Coleção Mirabelli Volume 1 Reconstituição histórica do Espiritismo Conheça a vida, a obra, as psicografias, as polêmicas, as sessões de efeitos físicos, a repercussão nacional e internacional no meio espírita e metapsíquico do brasileiro Carmine Mirabelli, um dos maiores médiuns de efeitos físicos do mundo. Mensagens do Além reúne 45 mensagens psicografadas pelo médium Carmine Mirabelli. Sócrates, Napoleão Bonapart, Cristóvão Colombo, Francisco de Assis,Joana D’Arc, William Crookes, Diógenes, Cromwell e muitos outros espíritos no testemunho além-túmulo. Honra ao Mérito descreve o processo sofrido por Mirabelli, acusado de prática ilegal da medicina.
Suas psicografias falam da vida além-túmulo com coerência espírita, passam ensinamentos morais, notícias de vidas em outros planetas, informes autobiográficos, etc.
Carmine Mirabelli, brasileiro, foi um dos maiores médiuns de efeitos físicos do mundo.
Carmine Mirabelli esteve no auge de sua grande força mediúnica entre os anos de 1915 a 1935, embora até ao final de sua vida apresentasse fenômenos de efeitos físicos. Entretanto, é de se notar que o meio espírita atual, no geral, não o conhece ou, pelo menos, têm bem pouco conhecimento do que foi a sua obra dentro do Espiritismo brasileiro e do Espiritualismo internacional. Jorge Rizzini assim resumiu seus feitos mediúnicos: “Mirabelli foi telepata, clarividente, médium de
precognição, retrocognição, médium musical (em transe tocava piano e violino e cantava com voz de tenor, barítono e baixo, em vários idiomas), médium pintor (deixou 300 telas mediúnicas; 50 foram expostas na Holanda), médium psicofônico (em transe falava 26 idiomas); e psicografava em 28 línguas, vivas e mortas, entre as quais o russo, grego, chinês, catalão, japonês, latim, aramaico, hieróglifos, caldeu, persa, árabe, etc., e enquanto o fazia podia conversar em outra língua. Mirabelli possuía ainda três outras modalidades mediúnicas, nele também poderosas – a materialização, a desmaterialização e a levitação, e com um detalhe precioso: sua mediunidade operava na claridade e à luz do dia, e os fenômenos físicos por ele produzidos foram observados por mais de 500 pessoas de elevado nível cultural, entre elas, 72 médicos e 105 estrangeiros.”
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Uma breve apresentação A revista VIVÊNCIA ESPÍRITA é de autoria da Editora Vivência Ltda-ME.
2015 - Ano 1 - número 01 outubro-novembro A revista também está disponível gratuitamente em nosso site, para baixar.
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e-mail: editor@vivenciaespiritualista.com.br Editor-chefe e Diretor de Arte: Victor Rebelo Administração: Ivonete Pietro As opiniões e conteúdo publicados nesta revista são de inteira responsabilidade de seus autores, e não refletem, necessariamente, a opinião do editor. O conteúdo desta revista é gratuito. Para reprodução, na íntegra ou parcial, na internet ou de forma impressa, é necessário comunicar à Editora Vivência e divulgar a fonte e autor do artigo.
Em 1999 lancei a Revista Cristã de Espiritismo, que é vendida nas bancas de todo o Brasil, atualmente com 21 mil exemplares. Em 2000 apresentei meu primeiro programa de rádio, e até hoje continuo me comunicando pela rádio Mundial 95,7 FM de São Paulo, com gravações disponíveis nos sites: www.rcespiritismo.com.br e www.vivenciaespiritualista.com.br. Publiquei novos títulos na área espiritualista e, em 2007, lancei a revista Caminho Espiritual, que aborda temas ligados à espiritualidade e religiões, mas sem vínculo com alguma doutrina específica, apesar de abordarmos temas espíritas com frequência. Acompanhando a tendência mundial, inaugurei o canal Vivência Espiritualista, no Youtube. Mas, como incentivar, diretamente, o público que frequenta centros espíritas a se aprofundar no estudo do Espiritismo e, ao mesmo tempo, levar informação e consolo de forma gratuita? Foi por isso que tive a ideia de publicar a revista Vivência Espírita, distribuída gratuitamente e que agora você tem em mãos (além da versão digital, disponível em nosso site para baixar). Espero que goste e divulgue! Acesse nossos sites! Centenas de artigos, vídeos e aulas disponíveis, além da nossa livraria virtual.
Victor Rebelo é médium e comunicador.
Realiza palestras e vivências sobre harmonização da aura, mediunidade, arte e espiritualidade.
ÍNDICE MATÉRIA DE CAPA
DÚVIDAS
04 – OBSESSÃO NO CASAMENTO
17 – TRAGÉDIAS COLETIVAS
CIÊNCIA E ESPIRITISMO
REFORMA ÍNTIMA
10 – TRATANDO A SÍNDROME DO PÂNICO 18 – POR QUE VOCÊ SENTE ANGÚSTIA? Revista VIVÊNCIA ESPÍRITA – edição 01 – 5 mil exemplares com distribuição gratuita em centros espíritas, pela Candeia Distribuidora. site: www.candeia.com Atendimento: 0800 707 12 06 (17) 3524 9800 A sede da Candeia fica em Catanduva, São Paulo. Endereço: Rua Minas Gerais, 1516. CEP 15801-280.
Diretor-presidente Ricardo Pinfildi Vendas Leonardo Zoais Não encontrou seu livro na livraria?
Impressão gráfica e acabamento Gráfica Flor de Acácia – (11) 2284-1200
ESTUDOS BÍBLICOS
ESPECIAL
12 – A BÍBLIA E A REENCARNAÇÃO
20 – ESTUDAR É FUNDAMENTAL!
LITERATURA
CODIFICAÇÃO
14 – O MÉDICO JESUS
22 – QUEM FOI ALLAN KARDEC?
CAPA
Obsessão no casamento Os espíritos obsessores se aproveitam da fragilidade emocional do casal, dos vícios e tendências de cada um a fim de conquistar seus objetivos. O pesquisador Bruno Gimenes ensina como proteger seu relacionamento REALIZADA POR VICTOR REBELO
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runo, muitos casais passam por crises no relacionamento. Claro que o assunto é complexo e não dá para generalizar, mas, no seu entendimento, quais são os principais fatores que levam um casal a entrar em crise? Bruno Gimenes – Naturalmente, nos relacionamos com as pessoas por conta das afinidades que temos, mas, em especial, as pessoas são atraídas umas às outras pela necessidade que elas têm de se harmonizarem mutuamente. Em uma relação, uma pessoa age como um gatilho para que o outro aflore emoções desequilibradas de sua personalidade, as quais ela precisa curar. Ou seja, um atua como gatilho do outro. É normal que uma pessoa busque no outro equilíbrio e paz para as emoções que tem em desequilíbrio, transferindo a tarefa para o cônjuge. É aí que a confusão começa! Nunca podemos buscar no outro aquilo que não temos internamente, mas, mesmo assim, agimos dessa forma. O resultado é que acabamos cobrando que a outra pessoa se comporte da forma como nós achamos que ela deva se comportar. Quando as cobranças surgem, a liberdade, a leveza e o respeito dão lugar para os conflitos que podem gerar a ruptura ou o caos no relacionamento. No casal, ambos precisam olhar para suas carências e falhas com o objetivo de curá-las, e jamais transferir essa tarefa para o outro. Muitas pessoas esperam um parceiro perfeito, mas se esquecem de que somos todos criaturas em amadurecimento espiritual. Isso atrapalha o relacionamento?
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Uma pessoa espera equivocadamente alguém que irá acabar com a sua solidão, carência, baixa autoestima, medo, angústia e assim por diante. Quando isso acontece, há a transferência da responsabilidade, e a própria pessoa agindo dessa forma está colocando a responsabilidade da sua felicidade em mãos alheias. Isso é uma ilusão! Além disso, é aí que as obsessões emocionais co-
meçam, porque quando o parceiro(a) não corresponde a necessidade que a pessoa tem, então ela naturalmente começará com as cobranças, para que ele(a) se comporte de forma que lhe agrade. Isso não é amor incondicional, é amor condicional, é egoísmo, o que mostra claramente que todos nós ainda somos imaturos quanto as nossas emoções e, consequentemente, quanto a nossa consciência espiritual. Essa condição atrapalha muito os relacionamentos porque, dessa forma, construímos relações que existem condicionadas à ideia na qual o parceiro é responsável pela felicidade da parceira e vice-versa. Esse é um processo típico de obsessão emocional, muito comum nos dias de hoje. Outro fator que pode atrapalhar muito um relacionamento é a questão da influência de
espíritos obsessores. Os espíritos, em geral, podem influenciar nossos pensamentos? Como? Quando o campo emocional do casal manifesta esse modelo ainda imaturo, no que tange às carências e egoísmos, naturalmente há uma tendência para que interferências espirituais nocivas comecem a surgir. O aspecto espiritual é sempre uma extensão do físico, emocional e mental, pois estão todos interligados. As obsessões espirituais atrapalham muito a vida do casal, porque sempre que forças externas estão agindo, a naturalidade e a leveza dos fatos alteram-se muito. Às vezes, a obsessão acontece em apenas um integrante do casal; em outras vezes, nos dois, separadamente. Também podem ocorrer nos dois ao mesmo tempo... A forma dessas entidades agir é também muito variada, mas a causa que deu origem a obsessão é sempre
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CAPA
SE UMA OBSESSÃO ENTRA É PORQUE EXISTE A PORTA QUE DÁ ACESSO a mesma: negligência espiritual. Essa negligência se constrói quando não há busca por reforma íntima, quando não há estudo sobre a evolução espiritual, quando não existem práticas como a meditação, a oração, o evangelho no lar... quando existem hábitos nocivos, vícios e falta de valores espirituais. Pelo que entendi, basicamente, tudo é uma questão de sintonia mental/emocional... Não dá para jogar toda a culpa nos obsessores, né? Com certeza! Colocar a culpa nos obsessores é covardia! Não estou dizendo que essas entidades sejam benéficas, mas apenas que elas agem de acordo com a sintonia dos cônjuges, separadamente, ou do casal. Em muitos casos, o trabalho desses espíritos se mostra muito simples, pois basicamente eles exploram as falhas emocionais de cada um e fazem com que elas sejam confrontadas em discussões simples, nas quais naturalmente o caos surge. Portanto, a causa raiz é a nossa falta de amor, as nossas carências e, como já disse, a nossa
transferência de responsabilidade, pois queremos que o outro se comporte de forma confortável para nós, para continuarmos amando. Se não for assim, brigamos, choramos, nos magoamos e nos vitimizamos. Existem sintomas que indicam a atuação de espírito obsessor na vida do casal? Existem sim, entretanto, a grande armadilha nesses casos é achar que ao menor sinal de que há uma crise entre o casal já se considere que seja uma influência espiritual. Os sinais mais básicos são a irritação exagerada, a vontade de brigar maior que a vontade de ficar em harmonia, a cobrança exacerbada de um comportamento e, em especial, quando a atitude de um ou de ambos esteja muito diferente (negativamente). Também acontecem casos em que a pessoa se comporta de forma descontrolada em um dia; já no outro dia, não consegue dizer porque se comportou daquele jeito, ou seja, quando a própria pessoa não se reconhece direito. Uma questão muito importante nesse contexto é que, atualmente, a pornografia está explícita e aberta a todos: nas revistas, na TV e, principalmente, na internet. Quando uma pessoa se sintoniza com um filme adulto ou uma revista de nudez, ela está abrindo a sua guarda espiritual para atrair espíritos obsessores que atuam nessas frequências. Portanto, não é uma questão de moralismo exagerado, mas revistas, filmes, fotos e vídeos da internet ligados à pornografia são muito nocivos, já que facilitam muito a ação de espíritos densos especializados nessa ação perniciosa. Pode acontecer de um espírito, inimigo de vidas passadas, querer prejudicar o casamento? Por que isso ocorre? É justo? Pode acontecer sim, em várias situações, as quais, obviamente, não temos como descrever
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amplamente. No entanto, exemplifico com as mais ocorrentes: um espírito, em uma existência passada, pode ter sido atrapalhado em sua vida amorosa por um dos integrantes de um relacionamento nessa vida. Pela lei do esquecimento, o encarnado não tem consciência do passado, mas o obsessor espiritual se lembra de tudo e ainda está mantendo um sentimento de vingança. Nesse caso, ele pode se ligar ao seu desafeto na tentativa de lhe dar o troco, prejudicando-o em seu relacionamento. Também é possível que um espírito, que anteriormente era marido ou esposa, que já desencarnou, não aceite que o ex-cônjuge, ainda encarnado, tenha um novo relacionamento. Intolerante ao fato, o espírito pode decidir agir na vida do casal para que não fiquem juntos. Mas como disse, existem diversos outros casos que poderiam ser contados. Quanto à justiça, como já falamos, se uma obsessão entra é porque existe a porta que dá acesso. Normalmente, é a nossa falta de disciplina espiritual. Além disso, existem outros diversos fatores que precisam ser harmonizados, tudo isso pedindo mais amor, mais estudo, mas reforma íntima e mais dedicação à evolução da nossa consciência, portanto, tudo é perfeito e justo perante os olhos do Criador. Mas nem todo espírito que atrapalha a vida de um casal é obsessor. Existem aqueles que nem sabem que desencarnaram... Quando os espíritos desencarnados eram da família do casal, isso acontece com mais facilidade. Como você disse, nesses casos, muitos nem percebem que desencarnaram. Existem também espíritos sofredores que quase não têm consciência de que estão atrapalhando e, também sem qualquer ligação familiar ou laço de amizade, podem ser atraídos por conta do padrão mental e emocional do casal. Esse tipo de obsessão é nociva, pois afeta negativamente o ambiente e a relação, mas em um nível menos intenso do que o de espíritos conscientes ou especializados. E como é, basicamente, uma obsessão? O
COMO SE PROTEGER NO LAR? Para isso não existe um só remédio! O casal precisa combinar uma série de comportamentos individuais e coletivos para que, assim, alcancem o patamar de harmonia. O Evangelho no lar é uma ferramenta eficiente se, após a prática da leitura e da oração, ambos continuem a aplicar o que aprenderam na vida prática. É preciso haver busca, estudo, meditação e oração constantes. Ambos precisam encontrar autoestima, fé, tranquilidade e confiança internamente para que não comecem as cobranças. É necessário levar uma vida pautada na verdade, a cada ato, na busca por crescimento espiritual e consciencial constante. Além disso, faz-se necessário cultivar hábitos saudáveis de alimentação, que não contenham álcool, drogas, a nutrição desregrada, porque somos seres de muitos corpos. Portanto, só seremos saudáveis e felizes se realmente soubermos cuidar de todos com equilíbrio. “Orai e vigiai” resume tudo! Não se pode perder o foco no que realmente importa: o amor em todos os atos. Desta forma, o trabalho dos espíritos benfeitores que nos auxiliam será facilitado; caso contrário, fica muito difícil para eles nos ajudarem.
espírito algoz fica hipnotizando a pessoa para que ela desista do parceiro? Inspira ideia de infidelidade? Como é isso? As artimanhas dos espíritos das sombras são ilimitadas, pois, normalmente, as investidas feitas por espíritos especializados é patrocinada por instituições sombrias de grande escala e tecnologia. Portanto, cada caso é um caso. Em geral, os obsessores especializados atuam principalmente para evidenciar as falhas que cada um tem, tornando-as mais constantes e visíveis, para que o outro sinta-se incomodado e, assim, os conflitos surjam. Depois disso, com tranquilidade e sem nenhuma pressa, induzem hipnoticamente ao conflito, inserindo na tela mental de cada um ideias e pensamentos que lhes pareçam próprias. Essas informações certamente conduzem a mais brigas, conflitos, cobranças e desamor. Facilmente os integrantes da relação são induzidos por suas próprias fraquezas emocionais a transformar
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CAPA
É FUNDAMENTAL
BUSCAR O DIÁLOGO SINCERO
a relação em um conflito contínuo. Essa ação é muito grave porque quase nunca demonstra ideias que não encontrem afinidade com o ser que a teve, pois identificam-se exatamente com o seu universo de pensamentos e sentimentos. Ocorrem obsessões fora do corpo, ou seja, quando o casal está dormindo, o obsessor pode se aproveitar para criar brigas e intrigas entre os parceiros? O corpo físico não é a matriz da obsessão espiritual. É o corpo espiritual o responsável pela interação entre o obsessor e suas artimanhas com a consciência do obsediado. Portanto, para que a obsessão espiritual aconteça com eficiência ampliada, o sono do corpo físico oferece a condição ideal. Quando dormimos, o perispírito tem a tendência de se projetar para fora do corpo físico. Em outras palavras: ele se desacopla. Este fenômeno, que é natural e ocorre com todas as pessoas, é conhecido na obra kardequiana como “emancipação da alma” – (O Livro dos Espíritos). Nesse momento, o intercâmbio do espírito obsessor fica facilitado para que ele consiga realizar suas ações de obsessão, por meio de influência mental ou hipnose, implantes espirituais e outras formas de exercer a ação perniciosa. Entre uma série de artefatos utilizados, os obsessores frequentemente projetam na tela mental das pessoas, imagens e situações – que manifestam-se como sonhos – e que afetam muito o equilíbrio emocional daquele indivíduo, com mensagens que obviamente atrapalharão a vida do casal. Muito espírita acha que tem que suportar um relacionamento insustentável, que está à beira da agressão física ou de grande desastre
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moral... Nestes casos, a separação, o divórcio não seria a melhor solução? Não podemos dizer que exista regra, pois cada caso é único, ou seja, não podemos ser deterministas ao analisar as situações. Quando o determinismo entra, a harmonia foge! Entretanto, existem muitos sinais que podem indicar que você deve praticar o perdão, tolerar e acreditar no relacionamento ou encerrá-lo o quanto antes. É razoável pensar que duas pessoas só se unem com o propósito de se tornarem melhores juntas. Dessa forma, essa união promove um crescimento, uma maior sinergia e, assim, o sucesso acontece, em todos os sentidos. Quando duas pessoas se aproximam, elas devem manter-se juntas sempre que a evolução e o amor forem mantidos. Também o respeito e a força de cada um devem crescer! Esse é um bom indício de que o relacionamento é saudável. A pessoa deve olhar para o seu relacionamento e se perguntar: Eu estou evoluindo junto da outra pessoa? A pessoa está evoluindo comigo? Nós juntos somos mais fortes do que separados? Quando estamos próximos, nossa energia positiva aumenta? Nossa harmonia se fortalece? Obviamente que se o seu relacionamento for saudável a resposta será: sim! Mas quando nem um, nem outro crescem na relação, as cobranças surgem e o amor escapa. Não há evolução, não há crescimento. Portanto, a intoxicação acontece. Da intoxicação pode surgir a obsessão ou a repulsão. Ambas são terríveis manifestações de desamor. Nesses casos, o mais sensato seria a separação, mesmo porque, como a alma é imortal, certamente esses espíritos em conflito poderão escolher um novo momento, seja no plano físico ou espiritual, para novamente procurarem se harmonizar, caso isso seja necessário. Bruno J. Gimenes é escritor, professor e palestrante. Criador da Fitoenergética e cofundador da Luz da Serra, editora e cursos. Mais informações: www.luzdaserra.com.br.
CIÊNCIA E ESPIRITISMO
Tratando a SÍNDROME DO PÂNICO É necessário termos uma visão integral do problema, buscando as possíveis causas no organismo, assim como no campo psicoemocional e espiritual
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POR DR. ANDREI MOREIRA
iante de uma crise primária de pânico, há que se fazer uma avaliação médica completa da pessoa para verificar a possibilidade de uma causa orgânica para os sintomas. Além disso, é preciso fazer o diagnóstico diferencial com outras patologias que apresentam sintomas semelhantes ou que possam desencadear crises de pânico. Não havendo causa orgânica que explique, então estamos diante de um quadro autêntico de fobia específica ou de transtorno de pânico, que deve ser avaliado de forma multidisciplinar. A causa orgânica das fobias e do transtorno do pânico é desconhecida pela medicina. Já foram postuladas várias hipóteses neuroquímicas envolvendo os neurotransmissores serotonina, dopamina e gaba, sem uma conclusão plausível até o momento. Conhece-se os efeitos no cérebro, mas não uma causa orgânica bem definida. Essa causa é buscada no campo emocional e psicoafetivo do ser. Como tratamento, a medicina oferece os medicamentos. É muito importante que o uso dessas medicações seja feito com indicação médica, pois representam alívio enquanto se trabalha para a cura real. Tanto as fobias quanto o transtorno de pânico podem se originar de traumas da vida presente ou passada, arma-
zenados no inconsciente da criatura a atuar de forma vigorosa, na sombra, e que afloram diante de um estímulo específico conhecido ou não. Quando esse trauma é conhecido, então pode ser ressignificado através de uma visualização criativa com resolução da dor. Muitas pessoas pensam que basta esquecer algo que foi vivido para que o problema esteja resolvido e, com isso, adiam a resolução de conflitos, o enfrentamento necessário e a tomada de decisões importantes que mudam o roteiro de vida.
Processos obsessivos Quando há um processo obsessivo que envolva técnicos em magnetismo do mundo astral, pode haver uma irradiação mental e magnética sobre o perispírito e o cérebro físico do obsediado, em suas áreas de sensibilidade, gerando crises de pânico intencionalmente induzidas. Essas áreas de sensibilidade do períspirito estão vinculadas aos equívocos do passado, como ensina André Luiz em Evolução em Dois Mundos. Em todos esses casos de fobias e transtornos de pânico de causa psicoafetiva, e nos demais, é muito útil a fluidoterapia espírita: o passe, a água magnetizada, a oração e a evangelhoterapia. Quando o espírito se reconecta à fé, redescobre a fonte interior fecunda e infinita e pode seguir em paz
Trecho de Reconciliação – Consigo mesmo, com a família, com Deus, do Dr. Andrei Moreira. AME Editora. www.ameeditora.com.br Adquira seu exemplar na livraria do centro espírita!
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ESTUDOS BÍBLICOS
A BÍBLIA E A
REENCARNAÇÃO O escritor, pesquisador e professor de Ciências da Religião, Severino Celestino da Silva, explica alguns temas bíblicos conforme a ótica espírita Publicado na Revista Cristã de Espiritismo
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or que a Igreja está sempre em confronto com a doutrina espírita? É uma questão dogmática. A Igreja não aceita a reencarnação e, por isso, toma como parâmetro para se opor a doutrina espírita, esquecendo que a Igreja já foi reencarnacionista até o ano de 533, quando o II Concílio de Constantinopla retirou dos cânones da Igreja a reencarnação. Este Concílio ainda condenou Orígenes, um dos pais da Igreja e discípulo de S. Clemente, que afirmava que a doutrina do karma e do renascimento era uma questão dogmática. Para nós, isto não importa. Está na Bíblia e não é pela descrença que alguém deixa de reencarnar. Muitos estudiosos da Bíblia dizem que o sentido real da conversa de Jesus com Nicodemos, quando lhe disse: “Não pode ver o Reino dos Céus senão aquele que nascer de novo” de que o Mestre se referia ao Homem Novo nascer sobre o Homem Velho, ou seja, o processo de reforma íntima e não de reencarnação. Você acredita que Jesus realmente falava da reencarnação? Se sim, por quê? Falava de reencarnação e isto fica patente na pergunta que Nicodemos faz a Jesus: “Como um homem já sendo velho pode voltar ao ventre de sua mãe e nascer de novo?” Existe muito malabarismo por parte dos exegetas no sentido de aproveitar a palavra grega “Anoten”, que pode
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significar, além de “de novo”, “do alto”. Mas a pergunta de Nicodemos não deixa dúvida. Por que Jesus pergunta a Nicodemos “És doutor em Israel e não sabes dessas coisas?” Essa passagem deixa claro que para alguns círculos de iniciados de Israel a reencarnação era verdade conhecida? Claro. Jesus estranha que um doutor em Israel, fariseu, desconhecesse algo tão comum e que existe na Torá, que é a reencarnação. Como poderia Nicodemos desconhecer isto? A palavra hebraica “sheol” pode ser traduzida (como querem alguns) como “inferno”? O Sheol, no hebraico, significa região inferior e não tem o significado de inferno eterno, mas simplesmente uma região onde todos aqueles que desencarnam passam por ela, até mesmo grandes profetas, como foi o caso de Samuel, no fenômeno da pitonisa de Endor. Veja I Samuel 28:11 e 15, onde se fala tanto a pitonisa, quanto o próprio espírito de Samuel, em “subir”, o que demonstra, segundo a crença judaica, que estes espíritos estavam “embaixo”, no Sheol. Severino Celestino da Silva é autor de livros sobre temas bíblicos, entre eles, Analisando as traduções Bíblicas, da Editora Ideia. www.ideiaeditora.com.br Adquira na livraria do centro espírita!
COLUNA, MÚSCULOS E ARTICULAÇÕES Shen Tao Terapias Orientais tem como proposta resgatar e promover a saúde, colaborando com o paciente no despertar de sua consciência a respeito de suas potencialidades inatas. O objetivo é incentivá-lo a promover sua farmácia interior. Hérnia, protrusão e abaulamento discal. Tratamento com tecnologia de ponta aliada aos princípios da Medicina Chinesa.
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LITERATURA
O MÉDICO JESUS O médium, escritor e palestrante José Carlos De Lucca fala sobre o livro O Médico Jesus, que já ultrapassou a marca dos 150 mil exemplares vendidos, levando fé e propondo a reforma íntima aos doentes, do corpo e da alma POR CLAUDIA SAEGUSA
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livro O Médico Jesus, publicado pela Intelítera Editora, atingiu a marca de 150 mil exemplares vendidos. Qual a emoção dessa conquista? De Lucca – A primeira emoção é a da satisfação. Sinto-me alegre por ter realizado um trabalho que vem agradando o público, atendendo-lhe as necessidades de espiritualização num momento em que a doença fragiliza o doente e sua família. Saber que o livro tem levado fortalecimento espiritual aos que estão em busca da saúde e que necessitam, muitas vezes, de cirurgias, tratamentos médicos longos e severos e terapias, me é muito gratificante. Pensar que estou levando O Médico Jesus a elas me deixa feliz por acreditar que, ao lado do tratamento médico e psicológico convencional, o Evangelho de Jesus traz força interior, esperança e dinamismo para que o doente se liberte de suas dores físicas e espirituais. Você escreveu 17 livros, que já venderam mais de 850 mil exemplares. Eles são lidos por
espíritas, católicos e seguidores de outras religiões. Você escreve com essa intenção? Quando escrevo, não penso no rótulo religioso de quem vai me ler. As dores da alma e os desafios existenciais são os mesmos para qualquer pessoa, independentemente da religião que ela venha a professar e até para aquelas outras que não estão vinculadas a qualquer credo. Procuro falar sobre espiritualidade, aqui entendido o termo como a percepção de que todos somos espíritos e que estamos ligados a Deus, fonte suprema da vida, através de tudo o que nos cerca. Quando não temos essa compreensão da nossa própria espiritualidade, teremos certamente problemas de conexão com a fonte divina que nos abastece, e a consequência disso serão as carências, que se manifestarão em diversas áreas da nossa vida. Nossos problemas, nossas dores, sofrimentos e doenças se originam quando, de nossa parte, ocorre uma interrupção ou desvio em nosso desenvolvimento espiritual. É disso que meus livros tratam, por isso podem ser lidos por pessoas de qualquer religião. Meu propósito é o de estimular o desenvolvimento espiritual de quem me lê, pois acredito, com Jesus, de que o conhecimento da verdade nos liberta do sofrimento. E de que verdade o mestre se referia? É o conhecimento da verdade de quem somos, do que viemos fazer aqui no plano terreno
DR. BEZERRA ME PEDIA PARA
ESCREVER UM LIVRO SOBRE CURA
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e para onde vamos após a nossa passagem. Nisso reside a cura para as nossas dificuldades. O que inspirou você a escrever O Médico Jesus? Eu havia tido um sonho com o espírito Bezerra de Menezes, que em sua última passagem pela Terra foi um abnegado médico na cidade do Rio de Janeiro e que, no mundo espiritual, continua amparando os que passam pelas dores do corpo e da alma, estimulando a todos na busca da saúde integral. Nesse sonho, Dr. Bezerra me pedia para escrever um livro sobre cura espiritual. No próprio sonho eu dizia a Dr. Bezerra que não me sentia em condições de escrever o livro porque não era médico e, como tal, não tinha conhecimento técnico necessário para realizar aquela tarefa. Mas ele insistiu, carinhosamente. O tempo foi passando e o convite de Dr. Bezerra não me saía da mente. Até que um dia eu tive uma inspiração que me livrou da dúvida: se não posso escrever como médico, posso escrever como doente, porque eu também tenho os meus desafios no campo da saúde. E foi assim que me lancei ao trabalho do livro. Você acredita ter recebido algum auxílio espiritual de Dr. Bezerra de Menezes para escrever O Médico Jesus? Estou certo que sim. Creio que ele me envolveu num clima espiritual superior a fim de que as minhas fragilidades e imperfeições não
prejudicassem tanto a obra a ser desenvolvida. Ele me trazia estímulos para o trabalho, paz e compreensão, propiciando-me a sustentação espiritual necessária a fim de que a tarefa fosse adiante. Durante a fase da escrita, tive alguns sonhos com médicos espirituais, os quais eu sabia pertencerem à equipe de Dr. Bezerra, e com os quais eu dialogava sobre temas que posteriormente vieram a se materializar em tópicos abordados no livro. Não afirmo que o livro tenha sido psicografado, mas não posso negar o amparo espiritual que recebi a fim de que as minhas ideias fossem as mais claras e exatas possíveis para o entendimen-
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LITERATURA
to do tema abordado no livro. E também sei que não obtive qualquer privilégio especial, pois sei que o mesmo amparo que tive, qualquer outro trabalhador de boa vontade também o teria quando o assunto for o desenvolvimento espiritual da criatura humana, nas bases do Evangelho de Jesus. Quais são os temas que você abordou no livro O Médico Jesus? O livro tem 47 capítulos que abordam questões várias, pois o tema da cura espiritual é muito amplo e os caminhos que levam à cura também são múltiplos e variam de pessoa para pessoa conforme o ponto de estagnação em que ela se
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encontra. As curas realizadas por Jesus sempre implicavam numa combinação de seu inigualável poder fluidico com o despertamento das forças adormecidas na criatura humana. A uns Jesus exaltava o poder da fé (A tua fé te curou), a outros ele estimulava o poder da vontade (Queres ficar curado?). Para alguns ele curava através do perdão (Os teus pecados estão perdoados ) e para outros o dinamismo era a receita para muitas enfermidades (Levanta, toma o teu leito e anda). Um dos capítulos fortes do livro é o que trata da cura real, e fala que toda cura sempre é uma autocura, o que traz uma mudança de postura do paciente em relação ao seu tratamento. Ele deixa de ser a vítima da enfermidade para assumir a condição de agente de sua cura. O livro O Médico Jesus está à venda nas livrarias e no centro espírita.
DÚVIDAS
TRAGÉDIAS COLETIVAS O médium e palestrante Divaldo Pereira Franco expõe a visão espírita sobre as tragédias coletivas. Existe acaso? Punição Divina? ENTREVISTA COM DIVALDO FRANCO
Qual o propósito da divindade nessas mortes coletivas, segundo a doutrina? Divaldo Franco – O egrégio codificador da Doutrina Espírita Allan Kardec, em O Livro dos Espíritos, na sua terceira parte, a Lei de destruição, faz uma análise dessas tragédias coletivas e interroga aos benfeitores da humanidade o que pretende a divindade com essas desencarnações coletivas. E, para surpresa de Allan Kardec e nossa, os benfeitores disseram que era para fazer a sociedade progredir. O comentário é vasto, e nessa mesma questão, o codificador pergunta se não teria a divindade outros recursos para promover o progresso dessas pessoas. Os espíritos informaram que sim, e isso acontece através de fenômenos naturais, como epidemias, insucessos de vária ordem, fenômenos sísmicos e outros. Então, Allan Kardec volve à questão, indagando que, se num caso desses, muitos inocentes não seriam vítimas dos infelizes acontecimentos. Os benfeitores espirituais assinalam que não, porque dentro do código das soberanas leis, somente nos acontece aquilo de que temos necessidade para evoluir. A Lei de causa e efeito estabelece os parâ-
metros não somente dos resgates coletivos, como também das técnicas que induzem os indivíduos a esses resgates calamitosos. Observamos, por exemplo, que nos acidentes aéreos, pessoas chegam num momento e resolvem mudar a viagem, desenvolvendo um esforço tremendo, enquanto outros lutam para poder ser incluídos naquele voo e, como resultado, padecem essas consequências que estão dentro da sua programação evolutiva. É sempre providencial, portanto, que se mantenha a confiança em Deus, quando acontece algo lamentável e doloroso, especialmente os familiares, que ficam embrulhados nos mantos sombrios da saudade, e talvez também para alguns desencarnados, porque, surpreendidos de maneira inesperada, experimentam grande choque ao despertar no além, considerando que todas essas ocorrências estão dentro dos códigos da Soberana Justiça. Realizada por Claudia Saegusa. Trecho do livro Divaldo Franco Responde – Vol. 1. Intelítera Editora. www.inteliteraeditora.com.br Adquira na livraria do centro espírita!
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REFORMA ÍNTIMA
Por que você sente ANGÚSTIA? Em muitos casos, a angústia é o termômetro emocional que o alerta sobre o quanto você está se abandonando...
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POR WANDERLEY OLIVEIRA / espírito ermance dufaux
angústia é uma dor que se aloja no peito, sufoca sua iniciativa e o faz perder a noção do que está acontecendo com você, criando uma profunda sensação de instabilidade que não lhe permite saber o que fazer para se recompor. Entretanto, ela tem um significado fundamental no equilíbrio e na sanidade do ser. A angústia vem com a finalidade de avisar que seu mundo interior está se desorganizando ou já está desorganizado. Quase sempre se trata de algo antigo que você ainda não compreendeu ou não tem consciência para mudar. Em muitos casos, a angústia é o termômetro emocional que o alerta sobre o quanto você está se abandonando e tomando a direção contrária às suas necessidades de realização interior. Ela surge quando você está se desconectando de sua autenticidade, de sua verdade pessoal e de seu caminho individual no mapa da existência. Não enfrentar seus medos, querer ter controle de tudo, usar de muita perfeição nas atitudes, conviver exaustivamente com a culpa e outros caminhos da dor emocional resultam nesse autoabandono. Memorize esta ideia: ninguém e nada pode preencher mais o seu coração do que você mesmo. Entregar ao outro essa tarefa é terceirizar sua felicidade. Quando você aprender a construir e a pavimentar o seu caminho com autoamor, sua vida emocional dispensará o corretivo da angústia. A angústia é para trazer você de volta a si mesmo. É uma dor que sinaliza o desvio de rota na caminhada da evolução. É você querendo resolver coisas de fora sem realizar a mudança interior. A estrada do autoabandono é um roteiro de descida espiritual semelhante à do homem que saía de Jerusalém, cidade que simboliza as conquistas espirituais, para Jericó, centro das
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transições mercantilistas e materiais da época. Nessa atitude de se abandonar, você cai na mão dos velhos salteadores, como o orgulho, o ciúme, a inveja, o destempero, a compulsão em fazer escolhas pelos outros, a tristeza pela vida não ser como gostaria, a impaciência com a melhoria e o progresso das pessoas que ama, a sensação de fracasso diante dos seus deveres e tantas outras frustrações da sua vida. Depois desses assaltos emocionais, surge a terrível sensação de perda, de despojamento, junto com a dor das pancadas da culpa e, por fim, a angústia toma conta do seu mundo interior, deixando-o meio morto. Quando se vir acometido pela angústia, faça duas perguntas: o que eu estou tentando controlar? O que eu não estou aceitando? Em seguida, busque uma mudança no padrão do seu comportamento, tomando por base as respostas. Com essas duas perguntas, você tem enormes chances de entender o que está acontecendo ou de iniciar e promover a recuperação de seu estado íntimo. Se não houver melhoras, será necessária uma investigação mais profunda. O controle sobre o que não é para ser administrável, especialmente os relacionamentos e as situações inalcançáveis, mais o fato de não aceitar os acontecimentos na vida, são causas muito presentes nos quadros de angústia. São dois comportamentos que consomem muita energia e afastam você de si mesmo. Aprenda mais sobre angústia no livro Jesus, a inspiração das relações luminosas. Editora Dufaux. www.editoradufaux.com.br Adquira na livraria do centro espírita!
ESPECIAL
ESTUDAR É FUNDAMENTAL! A médium Elaine Aldrovandi fala sobre a importância de estudarmos a doutrina espírita, para evitarmos equívocos e decepções
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POR George De Marco
laine Orpheu Cabral Aldrovandi é formada em medicina pela Faculdade de Medicina de Marília e em Homeopatia, pelo Instituto François Lamasson (Ribeirão Preto/SP). Por conta de sua mediunidade, Elaine se tornou espírita. Hoje, é presidente e dirigente doutrinária da Casa da Prece Chico Xavier, membro da diretoria da Casa do Garoto de Tupã e da Associação dos Pacientes Egressos dos Hospitais Psiquiátricos de Tupã. Escreveu os livros Nos passos da violência, Lágrimas de Esperança..., Seja feliz, diga não a depressão e Oito semanas para mudar sua vida, todos publicados pela EME. Nesta entrevista, ela nos fala sobre seu novo livro O aprendiz – Quem pergunta quer saber. Qual a dúvida mais comum que os leigos têm com relação ao Espiritismo? Em minha experiência pessoal, noto que há grande curiosidade sobre pactos com maus espíritos para prejudicar pessoas. Quase sempre são pessoas que estão sofrendo e se sentem vítimas de perseguições, inveja e mau olhado e querem saber se isso existe ou não e como se proteger dessas “coisas”. E qual a dúvida mais comum que o próprio espírita tem sobre a doutrina? Penso que o espírita ainda tem muitas dúvidas a respeito da lei de causa e efeito. Creem que todos os sofrimentos resultam de expiação e prova e que fazem parte do planejamento reen-
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carnatório ou ocorrem por obsessão. São raros os espíritas que assumem a responsabilidade por suas escolhas nessa própria existência, entendendo que são elas que acabam lhe trazendo dissabores. Qual a importância de se esclarecer acerca do Espiritismo? O desconhecimento doutrinário pode conduzir à decepção diante da prática espírita ou somente pode acarretar dano à divulgação espírita? As duas coisas acontecem e também há prejuízo para o paciente. Um número muito grande de pessoas procura o Espiritismo como pronto socorro. Na questão 24 da parte IV do meu livro abordo a questão do tratamento de doenças físicas e mentais na casa espírita. Atendi a uma senhora cuja mãe tinha um nódulo de mama e procurou um centro para tratamento. O “guia” disse que ficasse despreocupada, porque os espíritos iam resolver o problema e que não era nada grave. A paciente se submeteu a três meses de tratamento espiritual. Sem sucesso, procurou um médico e descobriu que se tratava de um câncer. Dois anos depois ela faleceu da doença. Os familiares se sentiam culpados por terem acreditado no médium. O desconhecimento doutrinário não somente conduz à decepção com a doutrina e abala sua reputação, mas pode prejudicar pessoas. O médium se dizia inconsciente e por isso não era responsável pelo que aconteceu. Ele deveria ler as questões 17 a 20 da parte IV do
meu livro para entender que é inconsequente e não inconsciente. Como O aprendiz – quem pergunta quer saber pode atender aos que já militam nas fileiras espíritas? Quem trabalha na seara espírita precisa saber quais as expectativas de quem chega ao centro e quais as dúvidas mais frequentes para melhor atende-lo. Na primeira parte do livro esclareço temas bíblicos, como a virgindade de Maria, a Santa Trindade, a proibição da comunicação com os mortos, Jeová como espírito protetor dos hebreus e não como o Deus-Pai pregado por Jesus, as diferenças entre Espiritismo e Umbanda, sobre os pactos com maus espíritos, etc., mostrando que tudo o que o Espiritismo ensina não contraria os ensinos bíblicos respeitados pelos irmãos evangélicos e católicos, rebatendo as críticas de que o Espiritismo seria uma religião do demônio. A segunda parte é um roteiro para a reforma íntima, tão necessária a todos nós. Quando abordo os temas mediunidade e passe na terceira e quarta partes do livro, trato da prática mediúnica, esclarecendo dúvidas comuns aos trabalhadores da seara espírita, tanto de neófitos quanto de trabalhadores experientes. Enfim, é um livro
baseado em experiência pessoal de alguém que está há mais de duas décadas a frente do curso básico de espiritismo, mediunidade e passes, acostumado a responder as perguntas de quem chega à doutrina pela primeira vez, mas também de quem milita nela há anos e ainda tem dúvidas a serem respondidas. Em seu livro você também orienta sobre a aplicação e utilidade do passe. O que, afinal, significa tomar um passe e qual a finalidade do mesmo? O passe é uma transfusão de energias vitais de um indivíduo a outro cujo objetivo é auxiliar na cura de males físicos e espirituais. Dá ao médium a oportunidade de exercer a caridade cristã e, através dela, tornar-se um ser humano melhor. O passe transforma a casa espírita num pronto-socorro espiritual para encarnados e desencarnados. Mas o passe deve ser seguido de mudanças de pensamentos, sentimentos e atitudes, caso contrário terá eficácia temporária. Adquira o livro O aprendiz – Quem pergunta quer saber, publicado pela EME, na livraria do seu centro espírita!
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CODIFICAÇÃO
Quem foi ALLAN KARDEC? Uma breve biografia do codificador do Espiritismo, o pedagogo francês Hippolyte Léon Denizard Rivail, e da codificação espírita POR érika silveira
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ippolyte Léon Denizard Rivail, que adotou o pseudônimo de Allan Kardec, nasceu na cidade de Lyon, na França, no dia 3 de outubro de 1804. Com dez anos de idade mudou-se para a Suíça, onde teve a oportunidade de estudar no Instituto Pestalozzi de Yverdon, dirigido com métodos pioneiros de ensino pelo educador Johann Heinrich Pestalozzi. A metodologia contribuiu para que Kardec entrasse para a classe dos homens progressistas e dos livres pensadores. Não há registro preciso de seu regresso à capital parisiense, mas, em 1823, quando lançou seu primeiro livro de teor pedagógico, Curso prático e teórico de aritmética, em dois volumes, já havia retornado para a França. No mesmo ano passou a frequentar os trabalhos da Sociedade de Magnetismo de Paris, tornando-se um magnetizador. Com 21 anos de idade, passou a dirigir a Escola de Primeiro Grau e, no ano seguinte, fundou o Instituto Técnico Rivail, nos moldes de seu mestre Pestalozzi. Publicou também diversos trabalhos voltados à educação, como gramáticas, aritméticas e livros para estudos pedagógicos superiores. Obras que foram adotadas pelas universidades e vendidas abundantemente. Preocupado com a qualidade do ensino, elegeu alguns princípios
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como primordiais: Cultivar o espírito natural de observação das crianças, dirigindo-lhes a atenção para os objetos que as cercam; cultivar a inteligência, observando um comportamento que capacite o aluno a descobrir por si mesmo as regras; proceder sempre do conhecido para o desconhecido, do simples para o composto; evitar toda atitude mecânica, levando o aluno a conhecer o fim e a razão de tudo o que faz; conduzi-lo a apalpar com os dedos e com os olhos todas as verdades; só confiar à memória aquilo que já tenha sido apreendido pela inteligência.
Contato com os espíritos Embora tenha nascido em família de origem católica, foi educado nos princípios de um país protestante. Em 1855, teve seu primeiro contato com o fenômeno das mesas girantes. Foi durante essas reuniões que iniciou suas sérias pesquisas e também descobriu que em uma de suas encarnações anteriores foi um sacerdote druida, de nome Allan Kardec. Desde então adotou este pseudônimo. Inicialmente, as sessões mediúnicas não tinham nenhuma finalidade determinada, mas com o tempo percebeu que naqueles fenômenos encontravam-se respostas ainda não compreendidas a respeito do passado e do futuro da humanidade. Nascia, assim, uma doutrina para a instrução de todos. Continuaremos com a biografia de Allan Kardec nas próximas edições. Na sequência, estudaremos o surgimento da doutrina espírita e as obras da codificação. Não perca!