bandas de brasília
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por cristiano bastos
que você precisa conhecer Saiba quem são e o que tocam os principais grupos da cena musical brasiliense
cena musical de Brasília vai bem, obrigado. A cidade deixou de ser apenas a “capital do rock” para tornar-se berço de todas as vertentes possíveis. No começo dos anos 1980, como não existia mercado de música “jovem”, a única opção que as bandas iniciantes tinham era fazer “seu próprio som” – sem se preocupar com as consequências. Foi por conta disso que bandas como Plebe Rude, e a estreante Legião Urbana (em seu primeiro show) foram presos em Patos de Minas (MG), em 1982. Motivo: o “desacato” das letras. “Era a urgência de nossa geração que nos movia. Todas as bandas da época, nem se quisessem, poderiam se vender. Não havia quem fosse pagar. Mas, depois do sucesso do Rock in Rio e da explosão da Blitz com “Você Não Soube me Amar”, o rock virou commodity. E o resto é história”, diz o guitarrista da Plebe Rude, Philippe Seabra. O músico Beto Só – cujo novo álbum (seu terceiro), produzido por Seabra e lançado pelo selo Senhor F Discos, é uma trilogia, que ele chama de “trilogia do otimismo” – acha a cena de Brasília mais “desencanada”. Observa que muita gente da cidade tem a música como atividade paralela a outro trabalho. “Li no Correio Braziliense que a Fernanda, da banda Lucy and
the Popsonics, não pensa em se mudar daqui, que aqui estão o trabalho, os gatos e a casa dela. É isso”. Para Beto, eles foram lá, tocaram no país, no exterior e viram que não era a deles ficar na estrada de van, esperando um sucessão que, sejamos francos, dificilmente chegará. Essa postura mais relax das bandas de Brasília, segundo Beto, poderá garantir artistas mais longevos, que vão lançar seus álbuns despretensiosamente – o que pode resultar em música boa, legal, criativa, que leve, inclusive, a uma nova cena. Conheça 10 bandas brasilienses que têm potencial, talento e carisma para renovar a sonoridade pop do centro-oeste.