Portugal em Destaque, Setembro 2021

Page 1

“O SEGREDO É SERMOS CORRETOS E PROFISSIONAIS”

PERIODICIDADE MENSAL | DISTRIBUIÇAO GRATUITA

MIGUEL SALGUEIRO, PARTNER

ENSINO E FORMAÇÃO

RESILIÊNCIA PORTUGAL EM DESTAQUE | 1


2 | PORTUGAL EM DESTAQUE


ÍNDICE SETEMBRO 2021

Editorial Vivemos num mundo em constante mudança, principalmente no que concerne ao tema das tecnologias, cloud, IT e Inteligência Artificial, e muitas empresas sentiram necessidade de se atualizar por causa dos efeitos da pandemia nos locais de trabalho, comércio e até na indústria. Procurar o parceiro ideal para aliar a tecnologia de ponta à sustentabilidade das empresas e fazer com que essa simbiose resulte é uma realidade, como poderá verificar na entrevista da NextBITT, uma empresa 100% nacional, parceira da Microsoft, que leva o nome e o profissionalismo portugueses além-fronteiras. Mas para que esse conhecimento, saber, investigação e aprendizagem possam fazer parte da vida do ser humano é necessário que o ensino e a educação o acompanhem desde cedo. O ano letivo está quase a começar, mas ainda vai a tempo de apostar em si e adquirir mais conhecimento. Há homens e mulheres que estudam e apostam na formação complementar, que têm sede de saber e de se instruir constantemente. São estes os nossos empresários, gestores e líderes que mantêm este espírito de resiliência e lutam sempre para manterem Portugal na linha da frente da tecnologia e inovação.

13 Instituto Politécnico de Coimbra

16

UTAD

18 CEFOSAP

“Se você acha que educação é cara, experimente a ignorância” Derek Bok (advogado e educador)

Boa leitura! Ana Miguel Lopes Editora

24 Adriminho

27 Electro Siluz

FICHA TÉCNICA PROPRIEDADE: FRASES CÉLEBRES, LDA | Edição e Publicação: Ana Miguel Lopes | Direção Editorial: Ana Miguel Lopes ana.lopes@portugalemdestaque.pt | Jornalista: Diana Correia | Direção Gráfica: Sofia Lemos | Publicidade e comercial: redacao@portugalemdestaque.pt | Redação e Publicidade: Rua Nova do Seixo, N.º 55, Sala 4, 4460383 Senhora da Hora / +351 910 536 121 | Distribuição: gratuita com o semanário SOL/ dec. regulamentar 8-99/9-6 artigo 12 n.id | NÚMERO DE REGISTO NA ERC 126615 | Periodicidade: Mensal | SETEMBRO 2021 | Estatuto Editorial: https://www.portugalemdestaque.pt/estatuto-editorial

PORTUGAL EM DESTAQUE | 3


4 | PORTUGAL EM DESTAQUE


TECNOLOGIA AO SERVIÇO DA SUSTENTABILIDADE

O compromisso das empresas para com a sustentabilidade ambiental é cada vez mais um elemento fundamental e imperativo num negócio. Assistimos a um ritmo produtivo e de consumo excessivo, mas por outro lado estão a ser pensadas e desenvolvidas tecnologias sustentáveis, capazes de oferecer benefícios à sociedade e ao meio ambiente. À medida que os conhecimentos de sustentabilidade se apresentam como focos empresariais, a tomada de decisões ambientais integra-se no desenvolvimento de novos produtos e serviços. Nesse sentido, a ciência e a tecnologia têm sido utilizadas para a elaboração de novas soluções que aliam produtividade, controlo de qualidade e promove a sustentabilidade. Assistimos a esta dinâmica nos mais variados setores, mas o da mobilidade ganha especial destaque uma vez que a União Europeia assumiu 2021 como o “Ano Europeu do Transporte Ferroviário”. Com o intuito de promover o uso dos comboios como modo de transporte sustentável, inovador, verde e seguro arrancou, no dia 2 de setembro, em Lisboa um comboio que passa por 26 países europeus, o “Connecting Europe Express”. A viagem terminará no dia 7 de outubro, em Paris.

PORTUGAL EM DESTAQUE | 5


NextBITT

A MELHOR TECNOLOGIA AO SERVIÇO DA GESTÃO DE ATIVOS FÍSICOS Desde 2015 que a NextBITT, uma empresa tecnológica de capitais 100% portugueses, emprega as melhores tecnologias para desenvolver a solução de gestão de ativos físicos e facility management mais segura, eficaz e fácil de utilizar aplicável a todos os setores de atividade. Miguel Salgueiro, André Calixto e Pedro Morais, sócios fundadores da empresa, desenvolveram uma plataforma disruptiva, económica, intuitiva e de fácil interação. O mercado português apresenta-se já pequeno para a NextBITT que ambiciona a internacionalização, replicando o sucesso noutras geografias. Embora numa área abrangente comum, a vossa especialização direciona-se para diferentes vertentes. Como se conheceram e formaram a NextBITT? Miguel Salgueiro: Conhecemo-nos numa interação de cliente – fornecedor, eu trabalhava na área de compras e negociação de uma empresa do setor da saúde para a qual a empresa que prestava serviços de tecnologia tinha como interlocutores, o André e o Pedro. Demo-nos muito bem profissionalmente, comungávamos das mesmas ideias e potenciais soluções e, mais tarde, entendemos que faria todo o sentido criarmos em conjunto uma empresa. Não demos logo esse passo, o André e o Pedro acabaram por sair da empresa e criaram uma empresa associados a um grande grupo, mas após várias interações e muita negociação acabámos por nos juntar e fundar a NextBITT.

A NextBITT assenta numa plataforma que, em parceria com a Microsoft, dinamiza o mercado da Gestão de ativos físicos (Asset & Facility management). Esta parceria é um pilar de sucesso e crescimento a par com as skills da vossa equipa? MS: O know-how do André e do Pedro, associada às suas experiências profissionais em grandes empresas tecnológicas, definiram que tínhamos de trabalhar com a melhor e mais versátil tecnologia do mercado e a aposta na Microsoft tem-se traduzido em sucesso. Por outro lado, acreditamos desde sempre que tínhamos de ser um player internacional e estarmos associados à maior empresa internacional, abre-nos ao mundo. Apostamos na tecnologia líder mundial, como apostamos em clientes que lideram os setores onde atuam porque a nossa visão é estar sempre no topo do setor.

A fusão do vosso know-how, ao longo dos 5 anos, ditou que o crescimento se mantivesse nos 2 dígitos e que vivam de capitais próprios. Qual é o segredo do vosso sucesso? MS: Desde outubro de 2015 até hoje, a empresa cresceu sempre a dois dígitos e o negócio foi sempre sustentado pela atividade desenvolvida. O segredo é sermos corretos e profissionais mesmo antes de assumirmos o compromisso com os clientes. Empregamos competências e profissionalismo, disponibilidade e flexibilidade. Diferenciamo-nos porque não somos apenas uma empresa tecnológica, temos também uma forte componente de serviço ao cliente. Com mais de 75 anos de experiência profissional acumulada dos sócios, temos conseguido angariar clientes de dimensão porque as empresas percebem desde logo a capacidade de melhorar a gestão de vida útil dos ativos físicos, assim como de adicionar outros serviços que são uma mais-valia, nomeadamente inventário e cadastro, bem como sensorização. Tudo isto é possível pela equipa diferenciada e dinâmica de colaboradores da NexBITT que apoia os clientes na agilização e implementação.

EDP, Vodafone, BPI, CTT, Fertagus, CP, CUF Saúde, Teleperformance, Brisa, Sonae, são algumas das marcas nacionais e internacionais, dos mais variados setores e donas de ativos, com as quais colaboram. Houve algum produto específico que vos lançou e marcou a presença da NextBITT ou a pandemia veio evidenciar necessidades que as empresas não detetaram e que (já) eram prementes? André Calixto: Nós viemos ocupar um espaço “vazio” na tecnologia. Havia produtos de mercado que podiam ocupar esse espaço, mas que estavam tecnologicamente desatualizados e não correspondiam aos interesses do mercado. Ao contrário, nós oferecemos um produto tecnologicamente atualizado e com presença local, que ajudou a responder a essas necessidades e requisitos do mercado. Apresentamos uma solução de software que, com a pandemia, veio ganhar mais relevância. As empresas começaram a ter planos de contingência, de evacuação, reocupação das instalações e tudo isso passa pelos nossos interlocutores e a nossa plataforma acaba por ser uma ferramenta fundamental. O que oferecemos ao mercado é uma plataforma que cobre todas as áreas de gestão de ativos.

6 | PORTUGAL EM DESTAQUE


NextBITT

MS: Em suma, temos um produto único e igual para todos os clientes, embora possa ser utilizado em diferentes processos. Não customizamos produtos ou serviços, mas fazemos melhorias, uma mais-valia porque a plataforma abrange várias áreas de atividade que crescem com as dinâmicas do mercado. Tentamos sempre focar a nossa plataforma em tudo o que é transversal além do negócio core do cliente gerindo todos os processos numa única plataforma na cloud Azure. Assim, o cliente preocupa-se com o seu negócio e a plataforma NextBITT a gerir toda a estrutura de ativos. Apresentam soluções com base em cloud, mas os serviços complementares são uma vertente valiosa e fundamental do negócio. Acredita que há espaço para alargar este leque? MS: Quando criamos a empresa, na área dos facilities tínhamos cerca de três módulos e, atualmente, temos mais de 20. No entanto, há muito mais espaço para crescer. Temos altos e baixos, e felizmente não estamos habituados a perder. Estamos habituados a ganhar, principalmente em grandes concursos. E sim, queremos ter cada vez mais soluções tecnológicas, procurando sempre a satisfação do cliente. Destacam-se por utilizar tecnologias de ponta, realidade aumentada, Inteligência Artificial e por serem coerentes, mas disruptivos e por formarem um trio que se complementa. São estas caraterísticas que vos destacam? MS: Quando dizemos que o produto é único e que tem inúmeras valências em diferentes setores e que queremos ter

“A Microsoft tem sido um parceiro da NexBITT desde o seu início, vendo com muito orgulho o crescimento desta empresa no mercado, com soluções que alavancam a produtividade dos seus clientes e que acompanham a evolução das necessidades das várias indústrias. O endereçamento conjunto de setores estratégicos e a abertura para abraçar e implementar projetos desafiantes e inovadores através de soluções na infraestrutura de Cloud da Microsoft, refletem o espírito desta parceria, que se vê no sucesso que em tão pouco tempo de existência permitiu à NextBITT consolidar-se como uma empresa de referência para clientes de todas as dimensões.”

PAULA PANARRA, GENERAL MANAGER mais módulos, não podemos deixar de vincar que, hoje, as empresas embebidas em software e em plataformas díspares em que a maioria não comunica entre si é uma realidade. O que nos destaca é a nossa capacidade de perceber estas encruzilhadas dos nossos clientes e sermos capazes de promover a integração das suas aplicações de uma forma simplificada e eficiente! Como tal, a plataforma NextBITT veio trazer ao mercado a facilidade em falar com diferentes softwares e que permite ao utilizador final não reconhecer se está a comunicar com pessoas ou com tecnologia. Esta simbiose traduzida numa aplicação ou num portal virtual, facilita muito a vida dos clientes, reduzindo tempo e custos.

"É com recurso a esta plataforma que a interação entre todos os stakeholders é gerida, quer na vertente de manutenção preventiva, quer pela gestão com SLA’s da manutenção corretiva. (. . .) Trata-se de uma ferramenta indispensável para os nossos Facilities Managers."

MÁRIO COSTA, HEAD OF STORE CONCEPT, ENVIRONMENT & FACILITIES

Associada à plataforma está também a vertente da sustentabilidade energética, dos edifícios, dos materiais e demais ativos, ou seja, uma otimização disponível através da aplicação, acessível off e online. Estes serviços são disponibilizados respondendo às necessidades dos clientes? Pedro Morais: Estamos num processo evolutivo e o mercado está a crescer nas soluções de facility management, o que na prática nos oferece um caminho longo para percorrer, encontrar soluções e para mais desafios tecnológicos. O que nos tem diferenciado é a nossa resposta e recetividade à evolução do produto, uma mais-valia para o nosso cliente. Traduz-se em projetos com um conjunto de evoluções e desenvolvimento de novas funcionalidades. MS: O mercado está tão evoluído porque apareceram tecnológicas como a nossa: fáceis, intuitivas, disruptoras, menos pesadas, mais económicas e que permitiu aos donos dos ativos perceberem que através delas podem agregar mais serviços. A atual preocupação na sustentabilidade do planeta é hoje core para os nossos clientes onde a nossa plataforma já faz a diferença, nomeadamente na monitorização energética e gestão documental de todo o processo. A internacionalização é um objetivo que tinham perspetivado atingir antes da pandemia. O contexto atual já vos motiva a pensar novamente na expansão? MS: Sim, esse é o nosso caminho de onde não nos desviamos e que já iniciamos há algum tempo. Temos clientes que operam em Portugal, Espanha, Angola e Estados Unidos que utilizam a mesma plataforma em cinco línguas diferentes e o facto de usarmos cloud Azure da Microsoft facilita a nossa entrada noutras geografias. PORTUGAL EM DESTAQUE | 7


NextBITT

"A engenharia e manutenção no meio hospitalar exige cada vez mais (. . .) A NextBITT tem permitido, em contexto multidisciplinar e multi-instalação, gerir todos os processos existentes – inspeções, manutenções preventivas e corretivas, calibrações, auditorias, entre outros"

ANDRÉ VIEIRA D'ALMEIDA, ENGENHARIA E MANUTENÇÃO É importante salvaguardar que somos uma empresa tecnológica portuguesa, sustentada pelo negócio gerado pela atividade desenvolvida, um fator que, de alguma forma, nos garante o sucesso. Fator crítico de sucesso, está a satisfação do cliente, ou seja, começamos por vender a tecnologia e percebemos que também tínhamos de ter serviço que quando complementado à tecnologia, resulta em consultadoria. Ao longo do tempo, entendemos que o estágio das grandes empresas do nosso setor ainda não era muito ativo, nem havia muita oferta e nós tentamos sempre responder às dificuldades dos nossos clientes inovando. Temos consultores para ajudar a desenhar processos de implementação da plataforma, mas o nosso valor acrescentado incide também na disponibilização de serviços de

8 | PORTUGAL EM DESTAQUE

inventário dos ativos dos clientes, crítico no registo do cadastro e que valoriza a eficácia da plataforma. Por outro lado, também temos equipas que sensorizam edifícios que permitem uma monitorização energética, qualidade do ar, temperatura, entre outros. Esta nossa visão de tecnologia em conjugação com os serviços, levou-nos à criação de uma área que vem ajudar os grandes grupos económicos a reforçar o sucesso da implementação da tecnologia: a formação. Hoje temos tecnologia, consultadoria, inventário e formação que diariamente estão a formar, em diferentes línguas, o funcionamento da plataforma. Todas estas vertentes são necessidades que, ao longo do tempo, assimilámos não só como oportunidades de negócio, mas também de satisfação do cliente.

Convido-vos a fazer um balanço dos 5 anos de atividade da NextBITT, o que mudou na vossa vida e quais as linhas orientadoras do futuro da empresa? MS: Tem sido sempre de crescimento, quer de faturação, de equipa, projetos e serviços. Este ano no 1.º semestre faturamos o mesmo que nos 11 primeiros meses de 2020, por isso, isto não foi conseguido sem dor, mas continuamos a acreditar que o que fazemos faz sentido e queremos continuar com a mesma vontade de fazer, crescer e vencer! Pela minha parte sinto que ainda temos muito caminho pela frente porque ambicionamos ser um dos grandes players internacionais. PM: A ambição está sempre presente, mas também tem sido um esforço muito grande da nossa parte e das equipas que trabalham connosco. Tem havido um grande investimento de todos para estarmos neste patamar. AC: Montar uma empresa a partir do zero, como nós o fizemos, foi um enorme desafio e um esforço muito grande. Quanto ao futuro, o nosso grande objetivo é continuar o processo de internacionalização. Temos uma forte e relevante presença no mercado português, que começa a ser pequeno para a NextBITT e o próximo passo é capitalizar o que fizemos bem até agora e replicar o processo noutras geografias.


NextBITT - FERTAGUS

UMA MOBILIDADE “USER FRIENDLY” A utilização de ferramentas mais user friendly, adaptadas à nova realidade, afigura-se um dos focos principais da FERTAGUS, o primeiro operador privado a assegurar a gestão e exploração comercial de uma linha ferroviária em Portugal. João Grossinho, Diretor Técnico da FERTAGUS, não tem dúvida de que a digitalização da gestão de ativos e gestão da manutenção garante à empresa um salto tecnológico e uma eficiência ao nível da gestão dos processos.

“É inegável as vantagens que as empresas privadas, como a FERTAGUS, trouxeram ao setor dos transportes”, como a qualidade do serviço, limpeza, disponibilidade e pontualidade. Mais valias que, de acordo com João Grossinho, permitem ao operador privado e ao estado, usufruir desses equipamentos por muito mais tempo e em melhores condições. A empresa assegura a exploração da ligação ferroviária, segurança, manutenção dos comboios e de algumas estações da Margem Sul, sendo também responsável pela venda de títulos de transporte de Eixo Ferroviário Norte/Sul, recrutamento, formação e gestão de toda a equipa que opera nos comboios e nas estações.

Digitalização da ferrovia Atualmente, a FERTAGUS serve 14 estações, numa extensão de linha com cerca de 54 quilómetros e é responsável por cerca de 98 mil deslocações diárias. Números que se traduzem pelo contributo para a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos, que apresentam um índice global de satisfação de 4,5, numa escala de 1 a 5 (Dados do Inquérito de Imagem e Qualidade de outubro de 2018). Uma satisfação que resulta do investimento a vários níveis, nomeadamente ao nível tecnológico. Relativamente à gestão de ativos e gestão da manutenção, a FERTAGUS, em colaboração com a NextBITT, “um parceiro de confiança e com boas referências nos quadros”, pretende atualizar os sistemas, assim como utilizar ferramentas mais user friendly, mais adaptadas à nova realidade que permitam, ao nível da gestão de topo, ter informação mais detalhada que possa ser mais facilmente trabalhada, para tomar decisões ao nível estratégico na gestão dos equipamentos, não só do material circulante, mas também de todas as infraestruturas associadas à operação. Por outro lado, na ótica do utilizador, o objetivo é “poder utilizar essas ferramentas de uma forma muito prática, através de um tablet ou smartphone, visando com a utilização da plataforma NextBITT transitar do papel para o digital”. As vantagens são muitas, a começar pela eficiência ao nível da gestão dos processos, “porque reduz alguns recursos utilizados anteriormente no carregamento dos

dados nas plataformas que eram utilizadas”, acesso mais facilitado da informação de cada equipamento, quer ao nível da gestão, quer ao nível da operação. Para além do salto tecnológico, João Grossinho salienta a utilização de uma ferramenta 100% nacional, que “fala” a mesma língua, que permite adaptar mais facilmente a potencialidade da ferramenta NextBITT à FERTAGUS e vice-versa. O grande desafio para o futuro consiste em continuar a demonstrar que o transporte público é uma alternativa de qualidade. “Ano Europeu do Transporte Ferroviário” A União Europeia (EU) definiu 2021 como o “Ano Europeu do Transporte Ferroviário” para promover o uso dos comboios como modo de transporte seguro e sustentável. Assinalando esta data, decorre desde o dia 2 de setembro o “European Year of Rail”, que passará por várias cidades e termina no dia 7 de outubro, em Paris. A FERTAGUS esteve presente no arranque desta celebração, na partida do comboio europeu em Lisboa e estará presente no “Eco Submit”, no dia 17, no comboio que fará ligação Lisboa-Porto.

www.nextbitt.com (+351) 211 347 042

info@nextbitt.com

Amoreiras, R. Tierno Galvan Torre 3, 7º Piso, Nr. 711 1070-074 Lisboa | Portugal

PORTUGAL EM DESTAQUE | 9


10 | PORTUGAL EM DESTAQUE


ENSINO & FORMAÇÃO O ensino atravessa um momento de transição e reformulação nos modelos de formação, nas dinâmicas entre alunos e universidades, mas que se tem demonstrado positivo e enriquecedor. A escassos passos do início de um novo ano letivo, a comunidade académica anseia por voltar à “normalidade”, recuperando rotinas, que agora são adaptadas sem comprometer a aprendizagem e a formação. Se, por um lado, temos alunos expectantes com as candidaturas à segunda fase, que se iniciam no final deste mês, por outro lado estão aqueles que anseiam o regresso ao ensino presencial. É certo que a realidade será outra, mas é nas adversidades que se encontram novas oportunidades e as nossas universidades, politécnicos e centros de formação são a prova dessa afirmação. Com reestruturações, adaptações e criação de novos projetos online e presenciais, apresentam às suas comunidades um futuro promissor de sabedoria e partilha de conhecimento.

“Educar é semear com sabedoria e colher com paciência” Augusto Cury

PORTUGAL EM DESTAQUE | 11


BREVES

CANDIDATURAS À SEGUNDA FASE DO

CONCURSO NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO SUPERIOR A PARTIR DO DIA 27 DE SETEMBRO

As candidaturas para a segunda fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior decorrem entre os dias 27 de setembro e 8 de outubro, depois de uma primeira fase que atingiu números recorde.

COMUNIDADE ACADÉMICA SERÁ

TESTADA NO ARRANQUE DO ANO LETIVO

O governo já disponibilizou 11 milhões de euros para a realização de testes à Covid-19 nas escolas, no início do ano letivo. O rastreio abrangerá o pessoal docente e não docente de todos os anos da escolaridade, independentemente da situação vacinal em que se encontrarem.

GOVERNO QUER CRIAR TRÊS NOVAS

ESCOLAS DE MEDICINA ATÉ 2023

O Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior quer expandir e modernizar a oferta de cursos de Medicina e, até 2023, criar três novas escolas: em Aveiro, Vila Real e Évora. O objetivo é facilitar a capacitação científica para alargar o ensino da Medicina, de uma forma diversificada em relação ao que já se faz em Portugal.

MAIS DE 52 MIL VAGAS E 17 CURSOS NOVOS

NO INGRESSO AO ENSINO SUPERIOR

No total, as universidades e politécnicos disponibilizaram 52.242 vagas para o próximo ano letivo no âmbito do concurso geral de acesso, segundo dados disponibilizados pela Direção-Geral do Ensino Superior (DGES). A primeira fase de candidaturas ao Ensino Superior recebeu 17.404 candidaturas.

12 | PORTUGAL EM DESTAQUE


"OS ESTUDANTES VÃO ENCONTRAR UMA NOVA NORMALIDADE INTERESSANTE E MAIS ENTUSIASMANTE DO QUE ESPERAM" PROFESSOR DOUTOR JORGE CONDE - INSTITUTO POLITÉCNICO DE COIMBRA PORTUGAL EM DESTAQUE | 13


IPC - INSTITUTO POLITÉCNICO DE COIMBRA

UM ENSINO DESCENTRALIZADO E ATRATIVO PROFESSOR DOUTOR JORGE CONDE

Um ensino adequado à região, mais próximo do tecido empresarial e descentralizado, são as principais bandeiras do Politécnico de Coimbra para um futuro que, nas palavras do Professor Doutor Jorge Conde, se espera mais atrativo e entusiasmante no ensino superior. O Politécnico de Coimbra é uma das mais conceituadas instituições de ensino do país, com uma oferta formativa adequada às necessidades da região onde está inserida? Essa tem sido uma das nossas bandeiras e sabermos responder bem ao que a nossa região precisa. O futuro vai ser muito diferente do que estamos habituados na relação com o mercado de trabalho. As empresas não querem profissionais muito abrangentes, nem demasiado especializados, mas sim adaptados à realidade da região. Temos de dar o mundo aos estudantes e isso significa que possam trabalhar em qualquer parte do mundo, mas o principal emprego está, muitas vezes, ao lado. Cada vez mais, a formação vai ser baseada em competências, mais do que em títulos. Portanto, acho que a oferta formativa vai responder a essas exigências. Isso já acontece com os CTeSP, porque já formamos em função das empresas que disponibilizam os espaços para estágios, em função das suas necessidades.

E, nesse sentido, têm parcerias com empresas da região que vão ao encontro dessas exigências? As parcerias são estabelecidas diretamente pelas escolas, a não ser que sejam grupos empresariais de grande dimensão que abarquem as áreas das seis escolas. Aliás, algumas das nossas escolas têm centenas de parcerias com empresas adaptadas aos seus setores de formação. Por exemplo na saúde, temos parcerias com todos os hospitais públicos da região. Trabalhamos muito na lógica do que o tecido empresarial tem para oferecer. Ainda falamos muito de transferência de conhecimento, mas, na realidade, as instituições de ensino superior estão a deixar de o fazer, estão sim, a procriar conhecimento com as empresas e, cada vez mais, a formação vai ser uma procriação. Este modelo justificou até agora o modus operandi do ensino politécnico, que daqui em diante vai justificar do ensino universitário também porque é a única forma de nos aproximarmos das empresas. Esta instituição tem apostado também na modernização dos serviços e equipamentos? Há laboratórios que por mais bem equipados que estejam nunca estão verdadeiramente

14 | PORTUGAL EM DESTAQUE

atualizados e a corresponder às necessidades de quem os utiliza, por isso, estarão sempre melhor nas empresas. Na área da saúde, não podemos ter um equipamento de ressonância magnética ou de TAC numa escola. O equipamento fica obsoleto ao fim de cinco anos, porque sai um novo, é caro e não temos dinheiro para investir num novo de cinco em cinco anos. Portanto, precisamos de formar dentro dos hospitais, porque não só têm equipamento de última geração, como têm casos reais para serem diagnosticados. Uma realidade que se está a transferir para todas as restantes áreas e temos de estabelecer a ligação entre as empresas e os nossos laboratórios. Também tem apostado muito no futuro através da descentralização da sua ação com a abertura de cursos noutros concelhos da Região de Coimbra? Além de termos uma escola descentralizada, em Oliveira do Hospital, disponibilizamos cursos técnicos superiores profissionais em mais dois concelhos, na Mealhada e em Cantanhede. Muitos estudantes que não seguem o ensino superior, cerca de 50%, se confrontados com a ideia de não saírem da sua região e de continuarem a viver em casa dos pais


IPC - INSTITUTO POLITÉCNICO DE COIMBRA para obter uma formação que o vai retirar do ordenado mínimo para o de um licenciado, na maioria dos casos, estuda mais dois anos. Há estudantes que nascem e crescem na região e que só concorrem para Coimbra. Pensamos que é um fenómeno marginal, mas não o é e justifica os 50% de alunos que não vão para o ensino superior. O Politécnico de Coimbra está a levar o ensino superior à porta de casa dos estudantes, na expectativa de que sejamos capazes de os recuperar. Quero acreditar que, em 2022, estaremos em dez concelhos da região. Será cada vez mais importante adquirir esta ideia de descentralização, porque os CTeSP estão a ser um sucesso do ponto de vista de formação, segundo porque minimizam o alojamento, deslocações e alimentação. Esta descentralização vai permitir atingir confortavelmente uma meta maior de alunos no ensino superior. O que melhorou, o que se vai manter e o que se deve alterar? Nos últimos anos, o ensino superior, e particularmente o politécnico, tem-se tornado mais atrativo, pelo aparecimento dos cursos técnicos e profissionais.

Já existe oferta em mais de 130 concelhos do país, o que reforça a forte ligação ao tecido empresarial e, em concreto, à área da investigação, na qual os jovens se veem envolvidos no segundo ano do curso. No nosso caso, temos feito uma grande aposta nesse sentido.

Precisamos de recuperar o nosso património imobiliário e de tornar os edifícios mais atrativos. O ensino superior precisa claramente de apoio financeiro, de subir no patamar tecnológico, mas tem dado passos gigantes que o tornam mais competitivo e entusiasmante.

" O ensino superior precisa claramente de apoio financeiro, de subir no patamar tecnológico, mas tem dado passos gigantes que o tornam mais competitivo e entusiasmante"

O que podem os alunos esperar do Politécnico de Coimbra no ano letivo que se pretende que seja a transição e recuperação da normalidade pós pandemia? Todas as semanas somos surpreendidos com subidas e descidas da Covid-19 e sendo uma incógnita e dada esta incerteza, estamos a preparar um ensino que será 70% presencial e 30% à distância. Nas grandes turmas teóricas, onde temos muitos alunos na sala, vão manter-se online, mas nas aulas laboratoriais e teórico-práticas vamos ter condições para as fazer presencialmente. O aluno vai estar 2/3 dias na escola e o resto do tempo em casa, sendo que se mantém na cidade, e o ambiente universitário vai-se construir e voltar à normalidade. Os estudantes que estão a concorrer para o ensino superior vão encontrar uma nova normalidade interessante e acho que mais entusiasmante do que esperam.

Hoje, os nossos estudantes não só se veem envolvidos, desde cedo, em projetos de investigação e com ligação à comunidade, como os ajudamos a publicar os seus artigos, patrocinados por bolsas. Tudo isso ajuda a que o ensino seja mais próximo e atrativo. Claro que há muito para fazer.

PORTUGAL EM DESTAQUE | 15


UTAD

“NO PRÓXIMO ANO LETIVO, É NA UTAD QUE OS ESTUDANTES TERÃO O MELHOR CAMPUS PARA ESTUDAR” Tomou posse a 14 de maio como Reitor da UTAD, Emídio Gomes conta já com um plano estratégico bem definido para o futuro da academia transmontana. Em entrevista, apresenta as principais prioridades para o próximo ano letivo.

REITOR EMÍDIO GOMES

Consolidar as áreas core da universidade, requalificar e modernizar os espaços de ensino e investigação, apostar num programa imediato de investimento e na melhoria das condições de salas e laboratórios são os grandes objetivos do mandato do Reitor da UTAD. Em paralelo, Emídio Gomes vai acompanhar os desafios do impulso jovem e da formação de adultos no âmbito do PRR (Plano de Recuperação e Resiliência), as agendas mobilizadoras, a construção de residências universitárias e a renovação da adega experimental.

16 | PORTUGAL EM DESTAQUE

Objetivos estratégicos da nova reitoria Entre os vários objetivos estratégicos, Emídio Gomes assegura que um dos primeiros passos será a consolidação do número de estudantes. No primeiro ciclo, são preenchidas, habitualmente, 95 por cento das vagas, o que não acontece no segundo ciclo. Contrariando esta realidade, foi definida uma estratégia de maior capacidade de fixação daqueles que frequentam o primeiro ciclo na UTAD e que querem continuar os estudos na Universidade. O desafio é que, até 2023, seja duplicado o número de alunos nos segundos e terceiros ciclos. A par desta estratégia, pretende-se também aumentar o número de alunos com origem em países de Língua Portuguesa, alcançando os oito mil alunos. Oferta formativa ajustada A nova reitoria da UTAD aposta no alargamento da formação nos domínios da saúde, através da criação de um Centro Académico Clínico em parceria com o Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, encarando, no futuro, o desafio da formação médica. No âmbito geral, haverá um reforço das áreas core, como Ciências Veterinárias, Agroalimentar, Viticultura e Enologia, Ciências do Desporto e Ciências Sociais. Em Ciências da Engenharia, a Universidade está a aumentar o número de graduados na área das competências digitais, nomeadamente em Engenharia Informática, na área da eletrotecnia, numa parceria com o Porto. Também com a Universidade do Porto foi recentemente estabelecida uma parceria para o curso de Engenharia Florestal.

UTAD: uma eco-universidade para o futuro O posicionamento da UTAD no âmbito da sustentabilidade está presente na requalificação do campus, o que conduzirá à diminuição de carros dentro do espaço. Ao nível da eficiência energética, a Universidade tem melhorado bastante, assumindo-se como uma “universidade sustentável” e ambientalmente certificada. Uma requalificação que conta com a parceria do Município de Vila Real, que cedeu à Universidade uma parte do PEDU (Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano). Aproveitando os fundos comunitários, serão feitas intervenções nas áreas mais técnicas. No âmbito desta requalificação, será construída uma nova residência dentro do campus, para além da recuperação de três edifícios antigos para estudantes de pós-graduação e visitantes. Para Emídio Gomes, a UTAD tem o melhor campus universitário de Portugal do ponto de vista paisagístico, o que é um fator de atratividade. A estratégia futura é dar uma grande atenção do ponto de vista da investigação e da formação de graduados e pós-graduados nos domínios das alterações climáticas. A UTAD quer estar na vanguarda da agricultura de precisão, enquanto fator de sustentabilidade. Ano letivo 2021-2022 O Reitor partilha a esperança de que a oferta formativa do primeiro ciclo seja preenchida dentro das fases regulares. Relativamente aos mestrados e aos doutoramentos, cujas inscrições encerram no final de setembro, estima-se um aumento expressivo. No próximo ano letivo, os estudantes terão uma universidade amiga, o melhor campus para estudar, um ambiente único e uma associação académica empenhada e responsável.


1º CICLO (Licenciaturas) Animação Sociocultural Bioengenharia Biologia Biologia e Geologia Bioquímica Ciências da Comunicação Ciências da Nutrição Ciências do Ambiente Ciências do Desporto Comunicação e Multimédia Economia Educação Básica Enfermagem Engenharia Agronómica Engenharia Biomédica Engenharia Civil Engenharia e Biotecnologia Florestal Em parceria com a Faculdade de Ciências da Universidade do Porto. Acreditado pela A3ES, aguarda registo na DGES

Engenharia Eletrotécnica e de Computadores Engenharia e Gestão Industrial Engenharia Informática Engenharia Mecânica Engenharia Zootécnica Enologia Genética e Biotecnologia Gestão Línguas e Relações Empresariais Línguas, Literaturas e Culturas Matemática Aplicada e Ciência de Dados Medicina Veterinária Mestrado integrado

Psicologia Reabilitação Psicomotora Serviço Social Teatro e Artes Performativas Turismo

CTESPs

(Cursos Técnicos Superiores Profissionais) Gerontologia

A funcionar em S. João da Pesqueira

Secretariado Clínico Termalismo e Bem-Estar

Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Quinta de Prados 5000-801 VILA REAL

utad.pt

PORTUGAL EM DESTAQUE | 17


CEFOSAP

“COMPENSA TER FORMAÇÃO, COMPENSA SER QUALIFICADO” Inovar a formação sindical e qualificar a população ativa, através de parcerias e projetos, contribuindo para o desenvolvimento económico, social e humano é a principal missão do CEFOSAP – Centro de Formação Sindical e Aperfeiçoamento Profissional. Para melhor conhecermos esta entidade e o trabalho meritório que desenvolve em prol da formação sindical e da qualificação da população ativa, estivemos à conversa com Jorge Mesquita, diretor, que em entrevista nos relembrou que “servir” será sempre o principal propósito do centro. O CEFOSAP assume como principal missão inovar a formação sindical e qualificar a população ativa, através de parcerias e projetos, contribuindo para o desenvolvimento económico, social e humano. Comecemos a nossa conversa por conhecer um pouco melhor o CEFOSAP e o trabalho que desenvolve em prol da formação sindical e qualificação da população ativa. Enquanto houver trabalhadores, empregados ou desempregados, enquanto houver trabalhadores que precisem de se valorizar, de se qualificar e de ter melhores competências, nós temos uma razão para existir. O CEFOSAP existe para eles e por eles. Ao ser um Centro de Formação da União Geral de Trabalhadores (UGT), naturalmente, a nossa preocupação é trabalhar em primazia com todos os associados, ou potenciais associados, dos sindicatos filiados na UGT e com as Uniões distritais. Este é o nosso público-alvo, (sem ser exclusivo) é ele que merece toda a nossa atenção, todo o nosso empenho e todo 18 | PORTUGAL EM DESTAQUE

o nosso apoio, para a criação de soluções que possam ser as melhores para todos. O CEFOSAP tem uma abrangência nacional. Isto só é possível porque há, de facto, um enorme esforço no terreno por parte dos nossos parceiros sindicais, quer os sindicatos, quer as Uniões Gerais de Trabalhadores distritais. Posso afirmar, com toda a certeza, que poucas pessoas conhecem o nome de todas as localidades onde o CEFOSAP faz formação. Mas nós fazemo-la porque são as estruturas sindicais, aquelas de âmbito nacional e melhor estruturadas, que estão no terreno com as suas equipas a perscrutar as necessidades dos seus associados e a verificar em que medida eles podem e sentem necessidade de ter mais e melhores competências, ou outro tipo de apetências para um melhor desempenho, para um processo de reorientação e/ ou reorganização da sua vida profissional. Como o CEFOSAP está diretamente ligado a esse processo, pela sua forte relação com

os parceiros, naturalmente, está, também, sensível e sabe das necessidades que cada localidade evidencia, atuando, assim, em sintonia com o seu projeto e com o seu processo de formação. O CEFOSAP tem uma outra componente muito importante, que vale a pena referir, que é a sua componente relacional. O CEFOSAP assume uma importante dimensão internacional. A UGT é uma central sindical portuguesa, mas é uma central sindical que foi fundadora da Comunidade Sindical dos Países de Língua Portuguesa (CSPLP), com quem temos projetos há vários anos. Temos vindo a desenvolver projetos de relação direta, da UGT com as centrais sindicais desses países, mas também projetos que resultam de parcerias com o Estado e para as quais a UGT e o CEFOSAP são convidados. Neste momento estão a decorrer dois projetos emblemáticos e que vale a pena conhecer – designadamente com Moçambique e São Tomé e Príncipe.


CEFOSAP Atualmente, são atribuições do CEFOSAP a promoção de atividades de formação profissional para a valorização dos recursos humanos, numa perspetiva transversal da atividade económica. Presentemente, qual a oferta formativa do CEFOSAP e a quem se destina? Há muitos anos, a nossa oferta formativa estava, tecnicamente, confinada a determinadas áreas. O CEFOSAP era conhecido por abranger determinadas áreas de atividade, onde era reconhecido como um importante player. A relação que o CEFOSAP tem com os seus parceiros, fez-nos sentir que havia a necessidade de “quebrar” essas barreiras e de sair desse ciclo de cinco/seis referenciais a que estávamos confinados. Isto porque, é evidente que, os sindicatos afetos à UGT representam áreas de atividade transversais à parte económica, social e política da sociedade portuguesa. Perante este vasto conjunto de áreas, tornou-se necessário fazer um trabalho de casa, junto dos organismos, para podermos aumentar a oferta formativa, com a mesma consistência e componente técnica, que nos permitisse manter o registo de qualidade que nos era imputado. Este foi, naturalmente, um trabalho conjunto, que envolveu o CEFOSAP, mas que contou também com o importante apoio e parceria dos sindicatos ou da UGT nas áreas afins. Houve, assim, um enriquecimento do “portefólio” do CEFOSAP, fruto das necessidades que os trabalhadores iam evidenciando junto dos seus sindicatos. Presentemente, a oferta formativa do CEFOSAP destina-se a dirigentes ou quadros sindicais da UGT e sindicatos nela filiados, a trabalhadores associados dos sindicatos filiados na UGT e a empresários das entidades onde trabalhem sócios destes, a trabalhadores, ainda que não membros de sindicatos e ainda a candidatos ao exercício de uma profissão, prioritariamente desempregados, desempregados de longa duração e candidatos ao primeiro emprego. Através do Centro Qualifica, o CEFOSAP pretende atuar de modo integrado e coordenado no território continental português, constituindo-se como uma interface com as demais respostas disponíveis no Sistema Nacional de Qualificações e assegurando a prestação de serviços de qualidade, no domínio da orientação e da informação sobre ofertas escolares, profissionais ou de dupla certificação. Quais os principais objetivos do Centro Qualifica do CEFOSAP e de que forma se afigura um importante veículo para o reforço das qualificações? Relatórios da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e de outras entidades externas, sistematicamente, fazem alusão ao défice de qualificação que

existe na sociedade portuguesa. Apesar do enorme esforço, ao longo dos anos, de inversão desta situação, através da tomada de medidas no âmbito da qualificação, todos os anos novos relatórios alertam para a falta de qualificação da população ativa. A verdade é que, se por um lado temos uma população ativa jovem muito qualificada, por outro lado ainda temos uma população ativa menos jovem, também produtiva, mas pouco qualificada. Assim, o Centro Qualifica permite, entre muitas outras coisas, fazer o diagnóstico daquilo que a pessoa fez durante a vida ativa e atribuir-lhe a devida valorização e certificação das suas competências. É muito importante que as pessoas tenham a possibilidade de ver reconhecido, de uma forma formal, aquilo que de melhor sabem fazer. Este devido reconhecimento das competências permitirá não só aos trabalhadores ver recompensado o efetivo trabalho qualificado, dentro da organização em que laboram, como poderá também permitir um redirecionamento e/ou reorganização da sua vida profissional. Este conjunto de instrumentos podem ser, e são muitas vezes, importantíssimas alavancas para mudar o rumo profissional, com mais segurança. Continua a valer a pena as pessoas concluírem a formação e terem uma certificação das suas competências. Compensa estudar, compensa ter formação, compensa ser qualificado.

A aposta na formação profissional nunca foi tão importante. Hoje, a formação profissional é vista não só como um meio de aquisição de novas competências e de valorização do currículo, mas também como uma nova oportunidade de qualificação. A par disso, a requalificação profissional, mais do que uma opção pessoal, é cada vez mais uma necessidade exigida pelo mercado de trabalho. A pandemia veio impulsionar, quer a qualificação, quer a requalificação dos profissionais? Durante o período de pandemia, as pessoas deram mais importância à formação. Elas tiveram tempo para pensar e muitas apostaram na formação porque tinham outra disponibilidade, ou porque assumiram outra capacidade que lhes possibilitou dispensarem uma parte do seu dia para investir em si. Neste contexto, vale ressalvar e valorizar o espírito notável de muitas pessoas empregadas que, voluntariamente, fazem formações em regime pós-laboral. Estamos a falar de pessoas que, no final de um dia de trabalho, têm ainda três ou quatro horas de formação. Este é um esforço meritório e que deve ser reconhecido e premiado. A par desta tendência e desta aposta na qualificação profissional, verificamos também uma grande aposta em formações com vista à requalificação profissional. Há 15 ou 20 anos era comum ouvirmos dizer que já não havia empregos para a vida.

JORGE MESQUITA

PORTUGAL EM DESTAQUE | 19


CEFOSAP

"É objetivo primordial da UGT desenvolver mecanismos legais que forcem os criadores de emprego a criar condições de trabalho dignas para os trabalhadores" Hoje, não há mesmo empregos para a vida. Perante esta realidade tornou-se fundamental, em muitos casos, repensar a vida profissional através de um redirecionamento ou reorganização profissional. Mas mais preocupante do que a falta de empregos para a vida é a efetiva falta de empregos. Perante isto, o pressuposto e o padrão de atuação da UGT é para que haja emprego, para que haja condições para se criarem empregos e empregos com dignidade, com condições de trabalho, com remunerações adequadas, com projetos de crescimento e de valorização das pessoas ao longo do tempo. É por isto que, diariamente, lutam no terreno a UGT, os sindicatos afetos e as uniões distritais. É objetivo primordial da UGT desenvolver mecanismos legais que forcem os criadores de emprego a criar con20 | PORTUGAL EM DESTAQUE

dições de trabalho dignas para os trabalhadores, tal como a central sindical defende. Importante o papel desenvolvido em sede de concertação social. A formação profissional e a formação a distância são, à partida, pouco amigáveis entre si dada a forte componente prática que a primeira integra. No entanto, a pandemia da Covid-19 veio mostrar que a formação à distância se apresenta, cada vez mais, como uma resposta válida em todos os âmbitos do ensino. Qual é a nova dinâmica do CEFOSAP, em relação à formação online e qual a recetividade de formandos e formadores a este modelo formativo? No primeiro período de pandemia, que nos apanhou a todos de surpresa, o CEFOSAP conseguiu num curto período de tempo fazer remotamente praticamente tudo aquilo que fazia nas suas instalações. O CEFOSAP não parou. Teve sim de parar, por imposição legal, a formação presencial. Impedida a realização de formação presencial, enfatizou-se a formação à distância. Logicamente, até à data, no que diz respeito ao CEFOSAP, a formação à distância era ínfima, ou até nula porque o nosso padrão de formação, pelo fator de proximidade que os sindicatos e as UGT têm com seu o público e com a população-alvo, era presencial. Nesta primeira fase, conseguimos estar online nas zonas urbanas, uma

apetência que continua a crescer. No entanto, sentimos uma reação expectável das zonas do interior, por várias razões. Desde logo, o efeito de socialização. As pessoas gostam de estar numa turma, de conviver, de socializar. Por outro lado, não podemos esquecer as dificuldades que muitos dos nossos formandos têm, por exemplo, em aceder a um computador. O online chegou, sem dúvida nenhuma, no entanto, os formandos do CEFOSAP continuam a dar preferência à formação presencial, quer pela característica do nosso público-alvo, quer pela sua situação geográfica. Orientado por valores como a inovação, rigor, profissionalismo, igualdade de oportunidades, ética e responsabilidade social, o CEFOSAP assume-se como uma entidade de referência nos seus domínios de atuação e na diversificação da oferta formativa. O que podemos esperar do CEFOSAP para o futuro e que objetivos o centro pretende alcançar a médio/longo prazo? O CEFOSAP tem 25 anos e uma longa história. O CEFOSAP quer continuar a fazer aquilo que tem feito, de um modo consistente e em crescimento e continuar a fazer aquilo para que foi criado: “servir”. Servir os princípios e os propósitos dos sindicatos e das uniões no âmbito da defesa dos trabalhadores na componente da formação e da qualificação.


PORTAL DECOR

FORMAÇÃO EM DECORAÇÃO E DESIGN DE INTERIORES O Portal Decor, marca do Grupo GBNW, é uma Entidade Formadora Certificada pela DGERT que disponibiliza o Curso de Decoração e Design de Interiores e o Master Interior Design, no formato presencial e online (à distância). José Cardoso, Diretor Geral, explica-nos a preocupação da empresa em ter uma formação criativa e inovadora, para os profissionais e apaixonados pela decoração e design de interiores.

JOSÉ CARDOSO

Entidade certificada pela DGERT e em processo de certificação da qualidade NP ISO 9001, pela APCER. O Portal Decor tem uma oferta formativa nos formatos presencial e online. Apresente o Portal Decor e os cursos disponibilizados. Estamos no mercado há quase 9 anos. A primeira edição do Curso de Decoração e Design de Interiores arrancou em fevereiro de 2013, em Gaia. Temos a formação presencial, que já foi realizada em mais de 13 cidades de norte a sul de Portugal Continental e Ilha da Madeira, num total de 105 edições até ao momento. Em 2019, passamos a disponibilizar o Curso Decoração e Design de Interiores, no formato totalmente online (à distância), com um modelo de formação diferente do habitual, pensado para a total disponibilidade dos formandos, uma vez que, estando os conteúdos totalmente gravados e disponibilizados na Plataforma www.portal-cursos.com, cada formando pode realizar o curso ao seu ritmo e em qualquer parte do mundo. Atualmente, o curso online está a ser feito a partir de vários países, desde a Namíbia, passando pela Suíça, Luxemburgo, Holanda, Brasil, Grécia, até à Arábia Saudita. Revele a vossa estratégia para o futuro e explane os pontos de diferenciação do vosso curso? A nossa estratégia passa pela melhoria contínua dos conteúdos, pela diversificação da oferta formativa, tanto na área da decoração e design de interiores, como noutras áreas, além do alargamento do âmbito geográfico, bem como disponibilizar as mesmas formações noutros idiomas.

O maior foco na componente prática. No curso, recorremos a clientes e imóveis reais, para uma simulação em contexto de formação, onde os formandos têm oportunidade de ter contato com cenários próximos da realidade, neste caso com uma entrevista com o cliente e para a realização de um projeto de decoração de um espaço. O ensino de um software para projetos de interiores, a visita a parceiros da área e a apresentação do projeto final ao cliente, complementam a base prática do curso. A aceitação por parte dos formandos do formato online foi, na sua opinião, positiva? Essa é uma boa questão. De facto, com a pandemia, muitas empresas de formação tiveram a necessidade de recorrer a este formato, para continuar a disponibilizar a sua formação. No nosso caso, já tínhamos iniciado no ano anterior, o que nos deu alguma vantagem competitiva. Para além disso, a forma como a nossa formação é disponibilizada (totalmente gravada e sempre disponível), permite uma maior flexibilidade aos nossos formandos. Para tal, contribui o facto de termos um estúdio totalmente equipado, para a gravação dos conteúdos. Para quem possa estar mais receoso deste formato, pode realizar um “TEST DRIVE” ao curso, que disponibilizamos, sem qualquer custo ou compromisso e que permite conhecer a dinâmica do mesmo.

Master Interior Design, formação avançada do Curso de Decoração e Design de Interiores Disponibilizam mais ofertas formativas na área? Sim, temos uma formação avançada em design e decoração e interiores, o Master Interior Design, com uma especialização em diversas áreas da decoração de interiores. Este formato está atualmente disponível no formato presencial e ainda este ano passará a estar também no formato online.

Cursos Exclusivos • Master Interior Design • Decoração e Design de Interiores Saiba mais em: www.cursodecoracaointeriores.pt

PORTUGAL EM DESTAQUE | 21


RESILIÊNCIA: A COMPETÊNCIA DO SÉCULO O atual cenário corporativo exige às empresas e empresários constantes mudanças, para que consigam manter-se competitivos e obter destaque frente aos seus clientes. Perante este cenário, a figura de um líder resiliente é fundamental para estimular os colaboradores a darem o seu melhor na organização. Mesmo antes da pandemia, a resiliência já era listada por especialistas como uma das competências que estariam entre as mais procuradas nos profissionais. No ano passado, já se sabia que essa característica seria imprescindível para, por exemplo, aprender e recomeçar, conforme surgem novas oportunidades, ao mesmo tempo que outras desaparecem, algo cada vez mais comum na economia. No entanto, é diante de uma crise que a capacidade de liderança e resiliência fará a diferença. Por isso, é hoje, cada vez mais, imprescindível que os líderes sejam resilientes, demonstrando capacidade de enfrentar os desafios, tomar decisões, lidar com os seus erros e da sua equipa, além de saber lidar com os momentos de crise. O bom líder, é claro, também sente os impactos da pandemia, mas se for resiliente, terá força para superar o momento difícil e demonstrar aos seus liderados o comprometimento com a equipa e a sua missão. Afinal, o líder deve dar o exemplo. Autoconfiança, persistência, otimismo e empatia são algumas das características apontadas a um líder resiliente e alguns dos principais trunfos desta liderança. Desenvolver a resiliência é verdadeiramente importante, já que as dificuldades, desafios e mudanças são elementos que fazem parte da vida de todo e qualquer ser humano, dentro e fora das organizações. Sendo assim, o que o vai diferenciar e tornar uma pessoa próspera e bem-sucedida, vai ser a forma como se vai posicionar diante de cada uma das situações adversas que surgirem no seu caminho. Faça da resiliência o seu principal trunfo.

22 | PORTUGAL EM DESTAQUE


BREVES

PROGRAMA TRAINEE CTT PROMETE

ATRAIR MAIS JOVENS TALENTOS

O Programa Trainee CTT 2021/2022 tem como principal objetivo atrair jovens talentos e reter os melhores ativos. As candidaturas para este programa terminam no dia 19 de setembro.

ESTUDANTES DO INSTITUTO SUPERIOR

TÉCNICO APRESENTAM BARCO MOVIDO A ENERGIA SOLAR

Um grupo de estudantes do Instituto Superior Técnico apresentou, na marina do Funchal, o projeto “Técnico Solar Boat”, um barco constituído por painéis solares e que se move através da energia solar. O projeto é apoiado pelo Governo Regional da Madeira e por parceiros privados.

VIDREIRA IDEAL DO FUNDÃO INVESTE DOIS

MILHÕES DE EUROS NA AMPLIAÇÃO DE FÁBRICA

A Vidreira Ideal do Fundão vai investir cerca de dois milhões de euros para ampliar a fábrica e criar uma unidade de produção de vidro laminado. Um investimento importante para a empresa e para o setor vidreiro em Portugal, segundo o sócio-gerente da empresa, Vítor Rebordão.

PHC SOFTWARE APRESENTA NOVO MODELO

DE TRABALHO HÍBRIDO

A PHC Software apresentou um novo modelo de trabalho híbrido, pensado e desenvolvido à medida da cultura organizacional da tecnológica. Tem como principais objetivos a contínua adaptação à nova realidade do mercado de trabalho e promover o bem-estar e felicidade dos colaboradores.

PORTUGAL EM DESTAQUE | 23


ADRIMINHO

“A MARCA DA ADRIMINHO NO TERRITÓRIO É INEGÁVEL”

A ADRIMINHO - Associação de Desenvolvimento Rural Integrado do Vale do Minho - intervém em núcleos rurais como forma de fixação da população e melhoria das suas condições de vida. São 27 anos de projetos que promovem o desenvolvimento local harmonioso e integrado do Vale do Minho, como nos garante o Presidente Manoel Pombal.

das zonas Rurais com a implementação da Marca Aldeias de Portugal, o apoio Social com a qualificação de valências sociais das diferentes IPSS do Território e o apoio à criação e dinamização das empresas locais, com a criação de emprego, com especial relevância no atual quadro comunitário de apoio.

A ADRIMINHO é uma associação com 27 anos de história. Para efeitos de contextualização, quais os principais marcos históricos? Desde a sua criação em 1994, com a submissão da primeira Estratégia de Desenvolvimento – Abordagem LEADER – procurou desenvolver o território dentro de uma estratégia de ação local suportada na fileira Agricultura-Turismo-Ambiente e foi sempre em torno desta fileira inicial que surgiram as principais ações e projetos ao longo destes 20 anos. Passados 27 anos, a marca da ADRIMINHO no território é inegável. A grande marca é, de facto, o trabalho de proximidade junto das populações, o conhecimento das problemáticas locais e o apoio ao mundo rural. Ao longo destes 27 anos foi possível apoiar projetos como o Centro de Interpretação da Serra D’Arga (caminha); o Solar do Alvarinho (Melgaço), a Casa do Artesão (Vila nova de Cerveira), a Loja Rural (Paredes de Coura) e o Centro de Interpretação Museológico (Valença), entre outros. Também importa referir que a nível privado, o trabalho desenvolvido na Requalificação das Aldeias e a promoção 24 | PORTUGAL EM DESTAQUE

Em suma, qual a principal missão da ADRIMINHO? A ADRIMINHO tem como principal visão tornar o Vale do Minho num território de reconhecida qualidade de vida, de excelência ambiental e social, capaz de atrair pessoas e de gerar atividades económicas sustentadas nos recursos endógenos. Assim, é nossa missão promover a empregabilidade, fomentar, valorizar e melhorar a sua competitividade com base na economia local, destacar o capital humano, tornar o Vale do Minho um território capaz de inovar e integrado a nível nacional e internacional. Descreva de que forma é que se adaptaram ao contexto económico e social afetado por uma pandemia mundial? O trabalho de uma Associação de Desenvolvimento privilegia a proximidade, por isso foi necessário pensar em formas alternativas para chegar às pessoas e aos promotores. Melhorámos as suas ferramentas digitais, apostamos na divulgação utilizando as redes sociais, melhorámos o site e a comunicação via email com os beneficiários e promotores de projetos aprovados. Privilegiamos a realização de sessões online para a divulgação de informação, apoios, etc. Temos, no entanto, noção que não foi possível chegar a todos. Nem todos têm condições de conectividade, nomeadamente, à banda larga que garanta

uma boa comunicação. A população de uma faixa etária mais elevada não está familiarizada com as redes sociais e os meios informáticos. Por isso, fomo-nos adaptando e existem metodologias que vão ficar pós pandemia, mas o presencial será sempre considerado fundamental no trabalho a desenvolver pela ADRIMINHO. O acesso à conectividade deve ser considerado um elemento essencial de equidade entre as comunidades locais dos territórios rurais e urbanos, que permita inimizar o “gap” digital entre as famílias e as empresas dos territórios rurais e as demais. Também aqui a experiência da ADRIMINHO e da abordagem LEADER poderá ser útil e relevante. Não basta espalhar cabos, é necessário capacitar as pessoas e as comunidades, promover a literacia digital, aprofundar e renovar modelos de trabalho e a ADRIMINHO pode ter um papel preponderante. No âmbito do atual quadro comunitário, quais são as principais áreas de atuação, tendo em vista o desenvolvimento social e económico da região do Vale do Minho? Podemos referir que no presente quadro, e de acordo com a Estratégia de Desenvolvimento Local de Base Comunitária – DLBC Rural ADRIMNHO aprovada e que integra os Fundos FEADER, FEDER e FSE, a nossa intervenção foi e é sustentada no Desenvolvimento Sócio Económico e promoção do emprego com o reforço da consolidação do tecido económico local, o apoio a pequenos investimentos na exploração agrícola e na transformação e comercialização, o apoio à diversificação de atividades na exploração agrícola, a promoção dos produtos locais, os circuitos curtos agroalimentares


ADRIMINHO

e a promoção do empreendedorismo local favorecendo a promoção e desenvolvimento empresarial e de base produtiva local, bem como na valorização dos núcleos rurais, renovando as aldeias e o seu património. Por último, a vertente social mediante a implementação de ações de apoio ao idoso e jovens tem sido, nos últimos anos, outra vertente que tem assumido predominância na atividade da ADRIMINHO. Programas de ação nacionais e europeus em funcionamento: • DLBC – Desenvolvimento Local de Base Comunitária – Vertente Rural (PDR2020/ NORTE2020) • EMERN-Q – Empreendedorismo em Meio Rural – Norte – Qualificação (SIAC – NORTE2020) • CLDS 4G Valença – Contrato Local de Desenvolvimento Social 4ª Geração – POISÈ Rede Rural Nacional (PDR2020) A ADRIMINHO irá apoiar algum evento a curto prazo? Iremos procurar dar continuidade à execução da DLBC Rural na vertente do PDR2020, fruto da disponibilização de verbas do próximo período de programação para ser executado ainda ao abrigo da atual Estratégia de Desenvolvimento Local de Base Comunitária. Promovendo o apoio aos agricultores, o apoio à transformação e comercialização de produtos locais, à implementação de circuitos curtos de comercialização, o apoio a iniciativas de agroturismo e enoturismo, bem como a renovação de aldeias. Na vertente Norte 2020 e pese embora a ADRIMINHO não ter competências de verificação da execução, procuraremos dar o devido apoio aos promotores de projetos do SI2E e + CO3SO Emprego e Empreendedorismo Social. Está previsto, o início da elaboração de uma nova Estratégia de Desenvolvimento do Vale do Minho, ou melhor proceder a uma revisitação da atual estratégia aprovada, adaptando-a às novas prioridades definidas pela comissão europeia, como sendo a transição digital, a transição verde, os sistemas de alimentação saudável, a biodiversidade.

Aponte as perspetivas que traça para o futuro. As perspetivas de futuro são de continuidade. Importa realçar que a ADRIMINHO é Presidente da Direção da Federação Nacional das Associações de Desenvolvimento Local – Federação Minha Terra – e, no âmbito deste movimento, temos apresentado uma série de contributos para o próximo período de programação. Defendemos uma abordagem mais integrada das diferentes políticas públicas e a valorização da participação dos cidadãos para responder aos desafios, que não são só referentes às zonas rurais, mas que são desafios sociais. Preocupa-nos não vermos, no âmbito das atuais negociações do próximo período de programação – Portugal 2030, Programas Operacionais e o PEPAC – um claro reforço das abordagens plurifundo nos instrumentos de desenvolvimento territorial, em particular no DLBC. Esperamos uma PAC mais próxima dos cidadãos, não só verdadeiramente mais verde, como também territorial e socialmente mais justa.

PORTUGAL EM DESTAQUE | 25


NHW SOLUTIONS

SOLUÇÕES PARA O CRESCIMENTO DO SEU NEGÓCIO A competitividade industrial é cada vez maior e, por isso, a NHW-Solutions está dotada de profissionais especializados com elevado know-how no mundo industrial, capazes de desenvolver soluções que contribuam para o crescimento sustentável dos clientes nas áreas de automação industrial.

Com vidas distintas, mas o mesmo objetivo, Nuno Rodrigues, Hugo Rodrigues e Wilson Ramirez decidiram, em 2016, unir todo o conhecimento e experiência e criar a NHW-Solutions. Os três sócios tinham noção de que ia ser muito complicado porque, apesar do grande know-how, não eram conhecidos no mercado, mas decidiram arriscar. Como nos conta Nuno Rodrigues, começamos com muito empenho na divulgação e apresentação da empresa de forma direta, o resultado traduz-se no trabalho que fazemos atualmente para grandes grupos empresariais nacionais.

Inicialmente, e dada a prematuridade do negócio, o propósito era prestar apenas serviços elétricos para a indústria, passando pela instalação e eletrificação de equipamentos. Dada a recetividade e necessidade dos clientes, a empresa passou a abranger vários ramos da indústria, desde a indústria cerâmica, alimentar, metalomecânica, vidro, automóvel, farmacêutica, logística e química. O negócio foi crescendo e surgiu a necessidade de contratar profissionais da área, contando à data com 15 colaboradores. A NHW-Solutions tem uma equipa bem estruturada e apta para responder às novas exigências do mercado nacional e internacional, onde atua e apoia no desenvolvimento de projetos e serviços de consultoria no desenho e projeto de unidades industriais, assim como gestão global de projetos desde a seleção e aquisição até à instalação e arranque. Evolução e consolidação do negócio A NHW-Solutions começou pela prestação de serviços elétricos, mas com o crescimento do negócio e exigência do mercado competitivo, passou para um patamar mais complexo com soluções completas, chave-na-mão. Hoje, num campo de atuação mais abrangente e diversificado, dedica-se a projetos

NUNO RODRIGUES, HUGO RODRIGUES E WILSON RAMIREZ

26 | PORTUGAL EM DESTAQUE

" Constatando que a

tecnologia está em constante evolução, é imprescindível estar sempre atualizado para dar uma resposta imediata e sempre com as melhores soluções do mercado" elétricos, construção de quadros elétricos, instalação, programação e, mais recentemente, tem apostado na componente mecânica, que dispõe de serralheiros e um projetista mecânico. Conseguindo assim criar todas as condições de resposta a medida de cada cliente. O objetivo, garante Hugo Rodrigues, é evoluir, mas sempre com cálculo de risco até porque a NHW-Solutions se distingue pelo profissionalismo e abrangência de atuação nas mais diversas indústrias. Para os três sócios, tem sido gratificante ver a evolução da empresa que, num ano adverso como 2020, conseguiram ultrapassar a faturação do ano anterior e foi distinguida como “Empresa Gazela 2020”. Uma superação conseguida também pela colaboração e parceria com outras empresas, sempre com o objetivo de servir o melhor possível todos os clientes. Perspetivando o futuro, constatando que a tecnologia está em constante evolução, é imprescindível estar sempre atualizado para dar uma resposta imediata e sempre com as melhores soluções do mercado. Os clientes estão sobretudo em território nacional, mas o nosso objetivo é alcançar o mercado internacional, é esse o foco atual da NHW-Solutions, o Wilson Ramirez, admite que, apostando fortemente no marketing e publicidade “atingiremos o objetivo a que nos propomos”.


" A EMPRESA QUER MARCAR A SUA POSIÇÃO NO MERCADO NACIONAL"

Porto - Sede | Amial | Rio Tinto - Forno | Gondomar | Leça Maia | Canelas | Arrifana | Ovar | Lixa | Cacia | Guarda Fausto & Almeida | Somat Internacional: Angola e Moçambique PORTUGAL EM DESTAQUE | 27


ELECTRO SILUZ

“EVOLUIR O MELHOR E MAIS RAPIDAMENTE POSSÍVEL” Apesar dos obstáculos e desafios que a Electro Siluz tem ultrapassado, a vontade de crescer, consolidar o trabalho desenvolvido até então e desenvolver novas oportunidades, permaneceu intacto. Jorge Silva, gerente, garante que a empresa quer marcar a sua posição no mercado nacional evoluindo o melhor e mais rapidamente possível no mercado digital. Na última década quais os principais marcos que definiram o percurso da empresa? A última década da Electro Siluz foi particularmente difícil, mas, ao mesmo tempo, entusiasmante enquanto desafio. Foi nesta década que a empresa se revitalizou e se preparou para os desafios que íamos enfrentar, quase como se fosse o destino a falar. Em 2010, abrimos a Siluz Moçambique, seguindo a aposta no mercado africano que já vínhamos a fazer desde 2004. 2016, foi o ano de abertura do novo Centro de Distribuição indexado às nossas instalações no Porto (sede da empresa). Com uma área total de 10 mil m² de área coberta, permitiu à empresa desenvolver a sua estratégia de melhoria de serviço para com os atuais

28 | PORTUGAL EM DESTAQUE

e futuros clientes. Em 2017, começamos a preparar a digitalização do nosso negócio, já que o nosso setor passará, também, por esta mudança. É inevitável! Quanto mais cedo nos prepararmos, mais rápido nos iremos sentir confortáveis neste “novo habitat”. Não se planeia falhas, mas falha-se em não planear. Começamos por criar a nossa plataforma comercial, a loja online – www.electrosiluz.com – com o objetivo de facilitar a relação comercial com os nossos clientes, mantendo o serviço de excelência que nos caracteriza. Mesmo neste contexto atípico, provocado pela pandemia, a empresa não deixou de concretizar o que estava previsto. Em maio de 2020 abrimos uma nova filial em Cacia – Aveiro, com uma nova imagem, com estacionamento privativo.

Um armazém com 1.800 m² de área coberta, com mais de 80 m² de exposição focada no cliente e com novos serviços essenciais para garantir a melhor experiência ao nosso cliente. E em novembro reabrimos a filial do Amial após uma profunda renovação do espaço na mesma linha estratégica de imagem da que estamos a criar. Já dizia o célebre físico e matemático Albert Einstein: “É na crise que nascem as invenções, as descobertas e as grandes estratégias. Quem supera a crise, supera-se a si mesmo.” De que forma é que a empresa se adaptou no último ano ao contexto económico e social afetado por uma pandemia? A pandemia e as questões relacionadas com a mesma foram, naturalmente, objeto de reflexão. Optámos por uma estratégia de motivação das nossas equipas para, em conjunto, ultrapassarmos este momento. O lema foi claro – Continuar com a firme vontade de crescer, consolidando o que, até aqui, tínhamos conquistado, desenvolvendo novas oportunidades e procurando novas formas de chegar aos atuais e novos clientes. Além disso, fomos dos poucos setores que, neste contexto pandémico, nunca parámos a nossa atividade. Sempre estivemos disponíveis para ajudar e apoiar todos os nossos clientes num momento tão difícil e incerto como o que vivemos. A estratégia definida, a postura de motivação e a crença que poderíamos aproveitar o momento, fez-nos acreditar em vez de desistir.


ELECTRO SILUZ

Para conhecermos melhor a dinâmica empresarial da Electro Siluz, qual o atual posicionamento da empresa no mercado nacional e quais as principais novidades no que se refere à área de distribuição de material elétrico? Atualmente a Electro Siluz procura ser uma das principais empresas do seu setor a nível nacional. Apostando, para isso, na capacidade de serviço, na confiança e no profissionalismo, não esquecendo nunca que a melhoria é um ato contínuo na vida das empresas. A aposta em novos serviços de armazenagem, uma melhor e mais rápida distribuição, assim como, uma incessante procura de parceiros que permitam à empresa estar sempre na primeira linha de oferta de produtos e tecnologias, como por exemplo IOT e Smart Buildings. Que serão as principais novidades do nosso setor, tudo o resto se desenvolverá à volta do tema.

No que diz respeito ao mercado externo, qual a evolução da Siluz Angola e da Siluz Moçambique na última década? A crise, a nível mundial, que se abateu no mercado de petróleo afetou, profundamente, alguns países, entre os quais se encontram Angola e Moçambique. Esta última década tem sido uma “batalha” nestes mercados e os nossos colaboradores que estão na linha da frente têm sido verdadeiros “guerreiros”, com muita resiliência. Esperemos que na próxima década estes mercados se recomponham e que a retoma se concretize o mais rápido possível, pois são mercados muito importantes para a nossa estratégia de exportação. Seria, também, muito importante um apoio mais amplo e mais profundo do nosso Governo aos exportadores, de forma a dinamizar a nossa aptidão nesta área.

com o amanhã. Cada empresário tem a sua forma de ver e estar no mercado. Num mercado tão pequeno como é o nosso tivemos de criar uma nova fórmula que pudesse atrair e fidelizar os clientes. Foi isso que sempre tentamos ao longo da vida da empresa. Oferta diferenciada, serviço e foco na satisfação do cliente.

" Seria, também, muito importante um apoio mais amplo e mais profundo do nosso Governo aos exportadores, de forma a dinamizar a nossa aptidão nesta área"

Na sua opinião, o que distingue a Empresa da concorrência? Quais as mais-valias da empresa e de que forma se destacam no mercado? Somos uma empresa familiar com 3 gerações no ativo, com uma postura na vida e na empresa muita característica. Os valores que respiramos, assim como a humildade de não esquecer o que fomos, permite-nos sonhar

Assuntos pertinentes que não foram abordados nas questões anteriores que considere relevantes. Não podemos deixar de agradecer a todos os colaboradores das 5 empresas do Grupo Siluz por toda a dedicação e empenho que sempre tiveram, principalmente neste momento de particular dificuldade, para todos eles o nosso sincero e profundo Obrigado.

Quais as perspetivas de futuro e projetos para a empresa? Os projetos são claros e o caminho difícil, mas estamos a preparar-nos para o futuro. Aumentar e consolidar a nossa posição no mercado nacional, evoluir o melhor e mais rapidamente possível no mercado digital e profissionalizar toda a estrutura humana da empresa. O êxito ou o fracasso não dependem só das circunstâncias, mas sim da nossa atitude perante elas.

www.electrosiluz.pt comercial@electrosiluz.pt Sede: Estrada Interior da Circunvalação 5139 5157, 4350-119 Porto Tel: 225 420 350 PORTUGAL EM DESTAQUE | 29


J. F. SILGUEIROS

“VENHA DESCOBRIR O BERÇO DO DÃO” Temos também já garantidas e orçamentadas empreitadas contínuas da Câmara Municipal de Viseu as seguintes requalificações de ruas: RUA DO LAVADOURO – PASSOS DE SILGUEIROS TRAVESSA DO LAVADOURO – PASSOS DE SILGUEIROS RUA DA COSTA – PASSOS DE SILGUEIROS RUA DO PRADO PINHÃO – PASSOS DE SILGUEIROS RUA DO COMÉRCIO – PINDELO DE SILGUEIROS RUA FRANCISCO MELO – PASSOS DE SILGUEIROS RUA DAS CAMPAS – PASSOS DE SILGUEIROS RUA NOSSA SENHORA DA GUIA – PASSOS DE SILGUEIROS RUA DAS TORRES À CAPELA – PINDELO DE SILGUEIROS RUA DO SOITO – MOSTEIRO DE SILGUEIROS RUA DA BICA – MOSTEIRO DE SILGUEIROS RUA DO CRUZEIRO/ PRINCIPAL (CASAL MEÃO- LAGES) RUA DO OLIVAL – PINDELO DE SILGUEIROS RUA DO ALTO / FLORES / PRINCIPAL (PÓVOA - PORRINHEIRO) JOSÉ AUGUSTO HENRIQUES MOTA

É com orgulho que o Presidente da Junta de Freguesia de Silgueiros José Augusto Henriques Mota descreve os últimos anos de mandato, naquela que é uma das freguesias mais conceituadas do concelho de Viseu e onde foram realizados diversos projetos, como a inauguração do espaço do cidadão de Silgueiros. Quais foram as áreas alvo de especial atenção durante este quadriénio? Foi com grande sentimento de orgulho que assumimos nos últimos 4 anos os destinos da Junta de Freguesia de Silgueiros. Centrámo-nos entre outras realizações, na expansão da rede de água e saneamento básico que irá dar um salto ainda maior com a construção da nova ETAR de Silgueiros, nas acessibilidades como por exemplo a rua da Cofadeira que liga a N337 a Silvares/Casal Meão/Lages , na requalificação da Rua Dr. José Maria da Cruz em Passos de Silgueiros, nos espaços públicos de lazer, na concretização da primeira fase da ampliação do Cemitério de Silgueiros a Sudoeste e no desporto com o apoio à Direção Do Grupo Desportivo de Silgueiros na implantação do relvado sintético no campo da coletividade.

Fale-nos deste território que conserva histórias e tradições, que deslumbra pelas paisagens, pelo património edificado e simpatia das suas gentes. A nossa terra tem, neste momento, capacidade de atrair jovens casais e investimento privado. É uma terra inundada de História e tradições, com uma extensão de 37km² e muitos hectares dedicadas à vinha, uma vista deslumbrante para as serras da Estrela e do caramulo, serpenteada pelos cursos de água. Venha descobrir o Berço do Dão! O enoturismo assume um papel crescente na divulgação deste território. Quais as ações já desenvolvidas pelo executivo? Desenvolvemos, anualmente, a Feira à Moda Antiga de Silgueiros na famosa Quinta do Loureiro, um evento importante no panorama regional, que está suspenso desde 2019 fruto da pandemia. Temos a “casa” do Largo de São Bartolomeu que irá servir para eventos deste género no futuro, mormente promoção turística e realização de atividades culturais, como por exemplo uma feira de vinhos e feira de excedentes agrícolas. Que roteiro não pode faltar numa visita a Silgueiros, para viver uma experiência inesquecível? As quintas vinhateiras são um dos grandes ex-libris, a Adega Cooperativa, o museu de Silgueiros situado na ASSOPS em Passos de Silgueiros, a Igreja do Mosteiro, a aldeia medieval da Póvoa dão que aguarda urgentemente por uma revitalização, os trilhos junto ao rio Dão, o caminho pedestre da Rota do Dão, e a gastronomia. Num ano em que Portugal foi eleito o melhor país da Europa para visitar em 2021, que convite gostaria de deixar aos nossos leitores para que visitem este território? A nossa freguesia situa-se num planalto ladrilhado pelas vinhas do Dão e rodeado de serras e rios. Tem inúmeros segredos a descobrir, tem magia a cada recanto. Oferecemos simpatia, venha descobrir-nos! Prestes a terminar o último ano deste mandato, que mensagem deixa a todos os seus fregueses? Temos a consciência de que fizemos o melhor para a nossa terra, mas devido aos constrangimentos financeiros e aos derivados da pandemia não foi possível fazer tudo o que gostaríamos. Por isso, continuamos cá para afirmar a nossa terra e desenvolvê-la ainda mais no panorama regional.

30 | PORTUGAL EM DESTAQUE


PORTUGAL EM DESTAQUE | 31


32 | PORTUGAL EM DESTAQUE


PORTUGAL EM DESTAQUE | 33


BREVES

MACAU PALCO DA PRIMEIRA COMPETIÇÃO

DE START-UPS UNIVERSITÁRIAS

A primeira competição de start-ups universitárias entre os países de língua portuguesa e a China vai decorrer em Macau, em outubro. São 14 as equipas registadas na competição, que irá apresentar negócios orientados para a sustentabilidade.

PORSCHE ABRE A PRIMEIRA FÁBRICA

FORA DA EUROPA

A unidade de produção, localizada no norte da Malásia, será dedicada à montagem final de modelos específicos para o mercado local. No próximo ano, será a primeira fábrica fora da Europa, para responder à grande procura do país.

AMAZON VAI LANÇAR UMA TELEVISÃO

DE MARCA PRÓPRIA

A Amazon.com vai lançar uma televisão de marca própria nos Estados Unidos, em outubro, para competir com gigantes tecnológicas. O desenvolvimento da TV está em curso há quase dois anos e envolve equipas da Amazon Devices e da Lab126.

INTELCIA ADQUIRE ESPANHOLA UNÍSONO

A Intelcia anunciou a aquisição da Unísono, empresa espanhola especializada na gestão de serviço ao cliente e transformação digital. A empresa refere que “faz parte da estratégia de expansão geográfica e diversificação de negócios para 2020-2025.

34 | PORTUGAL EM DESTAQUE


DESTAQUE-SE AQUI!

www.portugalemdestaque.pt Siga-nos nas redes sociais:

PORTUGAL EM DESTAQUE | 35


36 | PORTUGAL EM DESTAQUE


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.