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NOVO DISCURSO PARA VALORIZAR AS REGIÕES ULTRAPERIFÉRICAS
Reiterando a importância de se inverter o discurso que tem sido recorrente quanto às Regiões Ultraperiféricas, no sentido de assumir que as mesmas representam “nunca um ónus, mas, sim, uma maisvalia” para a Europa, do ponto de vista da sua afirmação enquanto potência no mundo, Miguel Albuquerque garantiu que essa tem sido a estratégia seguida pela Região, particularmente há cerca de dois anos e frisou que essa mudança de discurso também depende de Portugal e da sua capacidade de afirmação atlântica.
Palavras proferidas na sessão de abertura do 1.º Encontro Interparlamentar, dia 9, que decorreu na Assembleia Legislativa da Madeira, onde o Presidente do PSD da Madeira fez questão de sublinhar a necessidade de se garantir melhores condições de desenvolvimento futuro para as Regiões Ultraperiféricas, designadamente através da grande oportunidade que representa a transição digital, assim como, também, a compensação dos custos associados à ultraperiferia.
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“Qualquer pessoa versada em geopolítica ou com uma perspetiva de futuro da Europa percebe que elas (RUP) significam para a Europa uma afirmação física no mundo enquanto potência, significa que, através desses territórios, a Europa tem uma presença no Atlântico, nas Caraíbas, na América do Sul e no Índico e isto é, também, uma afirmação comercial”, vincou. Isto para além de ser nestas Regiões que a Europa concentra 90% da sua biodiversidade e que a sua afirmação europeia e da sua plataforma continental só poder ser feita através da dimensão ultraperiférica e arquipelágica. Fundamentos que contrariam a ideia de que as Regiões Ultraperiféricas “estão sempre de mão estendida para garantir a coesão económica e social no quadro dos tratados da União” e reafirmam a necessidade de a Europa ter a obrigação de desenvolver e potenciar estas Regiões, facto para o qual o PSD tem alertado, em particular junto das instâncias europeias.