Preliminar sábado 4 de junho de 2011
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4 - PALAVRA DO COMANDANTE
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preliminar entrevista o técnico mano menezes, que fala sobre a preparação para a copa américa
12 - O ADVERSÁRIO: HOLANDA
15 - A REVANCHE
EDITORIAL
após perder em 1974, o brasil elimina a holanda da copa do mundo de 1994, com um gol histórico do lateral branco
Caro torcedor Esta é a primeira edição da revista Preliminar Seleção, que circulará nos jogos da Seleção Brasileira realizados no território nacional. Aqui, você terá as principais informações sobre as partidas, escalações, estatísticas, matérias sobre confrontos históricos, entrevistas e outros conteúdos sobre a canarinho. Neste primeiro número, por exemplo, você saberá como o time de Mano Menezes está se preparando para a disputa da Copa América, que será realizada na Argentina, em julho. O treinador da Seleção falou à nossa reportagem sobre o seu método de trabalho, as dificuldades na formação do grupo e os jogadores que buscarão o tricampeonato para o Brasil. Você também poderá relembrar três confrontos entre as seleções brasileira e holandesa: o de 1994 e 1998 — pelas Copas do Mundo dos EUA e da França —, e o de 1999 — amistoso —, realizado também em Goiânia, no Serra Dourada. Confira também como o time laranja jogará nessa tarde. Preliminar prepararou, inclusive, uma análise tática da equipe europeia, descrevendo como cada jogador adversário atua na seleção. Relembre o histórico time de 1974, a “Laranja Mecânica”, combinado que mudou a história do futebol por um estilo de jogo que envolvia todos os jogadores, o chamado “futebol total”. Também preparamos um especial, onde artistas de várias áreas relembram o jogo da Seleção Brasileira que mais marcou nas suas vidas. Uma boa leitura e um bom jogo. Até a próxima.
16 - A CLASSIFICAÇÃO DE 1998 17 - DE VOLTA A GOIÁS
o jogo entre brasil e holanda de 1999, realizado em goiânia
20 - PERFIS
saiba mais sobre a carreira dos jogadores da seleção brasileira
Preliminar a revista preliminar é produzida por stadium comunicação sob licença de klefer marketing esportivo STADIUM COMUNICAÇÃO/BANQUINHO PUBLICAÇÕES jornalista responsável: gustavo machado drt 7637/pr redação: eriksson denk, bábylla miras, bruno rolim, marcos monteiro, andré marques, matheus dias, andrea maciel, diana vieira, luiz gustavo vilela, fernanda foggiato, heitor humberto, nicole zancanaro, amanda ludwig, luciane degraf, sofia ricciardi, vinícius salvino e daniel moraes edição: gustavo machado, gustavo ferreira e téo arruda KLEFER MARKETING ESPORTIVO diretoria: eduardo leite e sérgio campos gerente de projetos: débora de luca design: raul pereira e rodrigo prieto
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ENTREVISTA | MANO MENEZES
PALAVRA DO COMANDANTE Nascido na pequena Passo do Sobrado, Rio Grande do Sul, Luiz Antônio Wenker Menezes, ou apenas Mano Menezes, teve uma ascensão rápida em sua carreira de treinador. Em 1992 deu início à sua trajetória em equipes de base de diversos clubes gaúchos, e assumiu seu primeiro time profissional em 1997. Em 2002, levou o Guarani de Venâncio Aires ao título gaúcho, e em 2004, chegou com o modesto XV de Novembro ao terceiro lugar da Copa do Brasil. O bom trabalho chamou a atenção de dirigentes do Grêmio, que lhe deram a missão de levar o time, recém-rebaixado de volta à Série A do Brasileirão. Mano não só cumpriu a missão, como no ano seguinte conquistou mais uma vez o título gaúcho e classificou a equipe para a Libertadores do ano seguinte, quando levou o time à final. Em 2008, um novo desafio, levar o Corinthians de volta à Série A. Com uma campanha irrepreensível conquistou o objetivo, e no ano seguinte levou o time ao título paulista e da Copa do Brasil. Em 2010 atingiu o auge de sua carreira, ao ser convidado para dirigir a Seleção Brasileira. No futuro, um objetivo: conquistar a Copa do Mundo de 2014. A Preliminar conversou com o treinador após a convocação para os amistosos deste sábado. Mano falou sobre sua carreira, o trabalho na Seleção e o futuro da equipe.
PRELIMINAR - Em suas passagens por Grêmio e Corinthians você foi chamado em momentos de renovação, o mesmo se deu em sua chegada à Seleção. A capacidade de renovar e formar novos elencos é uma de suas características? Mano Menezes - Penso que sim. O profissional técnico guarda mais características que estiveram presentes em seus trabalhos mais longos e vencedores, porém deve ser completo para permanecer recebendo oportunidades diferenciadas. P - Como você avalia este primeiro ano de trabalho frente à Seleção Brasileira? MM - Estamos conseguindo passar por este primeiro momento sem muita instabilidade,
“NA SELEÇÃO, O TÉCNICO PODE ADOTAR UMA FILOSOFIA DE JOGO E ESCOLHER OS JOGADORES PARA EXECUTÁLA NA PRÁTICA DENTRO DO CAMPO”
que é algo significativo, considerando o alto percentual de reformulação. Precisamos continuar evoluindo. P - O que diferencia o trabalho do treinador em um clube do trabalho frente à Seleção Brasileira? MM - Na seleção, o técnico pode adotar uma filosofia de jogo e escolher os jogadores para executá-la na prática dentro do campo. Também exige uma ação continua e intensa quanto à parte estrutural e de relacionamentos. P - Como driblar a dificuldade de ter pouco tempo para trabalhar com os jogadores antes dos jogos? MM - O segredo está nas escolhas. Neste momento ainda estamos variando bastante, mas logo adiante, vamos nos fixar mais em um grupo menor, para dar uma clara ideia do que e como queremos a seleção. P - Como será a preparação para a Copa América? MM - Vamos nos apresentar no dia 20 de junho e viajaremos para a Argentina no dia 21. Faremos duas semanas de preparação, considerando que os jogadores da Europa estão em período de férias. Nossa estreia será no dia 3 de julho, contra a Venezuela.
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P - O grande objetivo do Brasil é a conquista da Copa do Mundo de 2014, como lidar com essa pressão sobre o seu trabalho e os atletas? MM - Nos preparando o melhor possível. Na vida, só devemos ter medo do desconhecido, então, vamos escolher bem, conhecer bem nossos adversários, principalmente a nós mesmos e treinar tudo o que precisa ser treinado. P - Nessa convocação para os amistosos foram chamados dez jogadores que atuam no Brasil. Isso faz com que jogadores que atuem no país deixem de lado a percepção de que para defender a Seleção é necessário jogar na Europa? MM - Este grupo tem o maior percentual de jogadores que jogam no Brasil dos últimos anos. Os jogadores estão recebendo as oportunidades e quem aproveitálas melhor vai chegar à Copa, em 2014. P - Jogadores que não jogam em grandes centros do futebol mundial também estão sendo chamados, como se dá a observação destes atletas? MM - Temos uma equipe de analistas de desempenho, liderados pelo Rafael Vieira, que depois de uma observação prévia passam a monitorar o desempenho de forma minuciosa. Se for necessário, acompanhamos o jogador no próprio clube dele. P - Como você lida com a inexperiência de alguns atletas? Até que ponto a pressão de defender o Brasil pode prejudicá-los? MM - Vamos mesclar a juventude talentosa que está surgindo, com a experiência de jogadores remanescentes. Não podemos abrir mão dessas vivências, pois elas serão de grande valia. O fato de não jogarmos as eliminatórias, que trás alguns prejuízos por um lado, por outro, nos dá mais tranquilidade de podermos preparar os jovens com mais calma. P - A escola gaúcha de treinadores preza pela marcação, já suas equipes também buscam o ataque de forma incisiva. Como conseguir esse equilíbrio entre ataque e defesa? MM - A equipe dos sonhos de todos é o Barcelona. Está sempre com a bola e agredindo o adversário, mas não é menos agressivo quando perde a posse da mesma. O futebol brasileiro sempre se caracterizou por tocar bem a bola e marcar por zona. A marcação por zona mantém a equipe organizada para quando recuperar a bola, para aproveitar as suas virtudes de criação ofensiva. Sem marcar e jogar ofensivamente, de forma equilibrada, não é possível vencer.
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TIRA-TEIMA Equilíbrio, esta é a palavra que define os confrontos entre Brasil e Holanda. Desde que se encontraram pela primeira vez, em 1963, as duas seleções já se enfrentaram em 10 oportunidades, com três vitórias para cada lado e quatro empates. O número de gols também é idêntico, cada equipe marcou 15 vezes. No histórico de Brasil e Holanda foram disputados seis amistosos, com duas vitórias brasileiras, uma vitória dos holandeses e três empates. Já os demais jogos foram disputados em partidas de Copa do Mundo. Os holandeses levaram a melhor em 1974 e 2010; já o Brasil se deu bem em 1994, além do empate por 2 a 2, em 1998, quando levamos a vaga na final, na decisão por pênaltis. Apesar do equilíbrio, o Brasil não vence a Holanda desde 08 de junho de 1999, quando derrotou os rivais por 3 a 1, em jogo disputado no Serra Dourada.
todos os confrontos 02/05/1963 – AMISTOSO –HOLANDA 1 X 0 BRASIL 03/07/1974 - COPA DO MUNDO – HOLANDA 2 X 0 BRASIL 20/12/1989 – AMISTOSO – BRASIL 1 X 0 HOLANDA 09/07/1994 – COPA DO MUNDO – BRASIL 3 X 2 HOLANDA 31/08/1996 – AMISTOSO – BRASIL 2 X 2 HOLANDA 07/07/1998 – COPA DO MUNDO – BRASIL 1 X 1 HOLANDA (PEN. 4 X 2) 05/06/1999 – AMISTOSO – BRASIL 2 X 2 HOLANDA 08/06/1999 – AMISTOSO – BRASIL 3 X 1 HOLANDA 09/10/1999 – AMISTOSO – BRASIL 2 X 2 HOLANDA 02/07/2010 – COPA DO MUNDO – BRASIL 1 X 2 HOLANDA
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jogadores holandeses comemoram gol contra o brasil em 1974.
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DE OLHO NA COPA AMÉRICA Time brasileiro busca um melhor entrosamento para conquistar o tri na Argentina
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pós quase dois anos atuando apenas fora do país, a Seleção Brasileira volta a se apresentar diante de sua torcida. O último jogo disputado no Brasil ocorreu em 14 de outubro de 2009, no empate em 0 a 0 com a Venezuela pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2010. O adversário escolhido não podia ser melhor: a Holanda, algoz do Brasil no último mundial, mas que apesar disso, traz boas lembranças aos brasileiros, como as vitórias nas copas de 1994 e 1998. Sobre um possível
clima de revanche em decorrência da eliminação brasileira na última Copa do Mundo , o treinador Mano Menezes afasta a possibilidade, mas garante que o Brasil lutará pela vitória na partida. “O torcedor pode ter o sentimento de querer ganhar da seleção da Holanda, porque também vamos nutrir esse sentimento aqui na Seleção. Mas o nosso torcedor é inteligente ao ponto de saber que não vamos recuperar aquele resultado e, para estarmos bem preparados se encontrarmos o time holandês lá, na hora certa, temos de avançar com a
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acima neymar, andré santos e daniel alves comemoram gol brasileiro contra a escócia
Seleção agora”, explicou o comandante brasileiro. O amistoso serve como preparação para a disputa da Copa América, que será realizada em julho, na Argentina, onde nossa seleção lutará pela conquista do tricampeonato na casa de nossos maiores e mais tradicionais rivais. Para este confronto, e o da próxima terça-feira, contra a equipe da Romênia, no estádio do Pacaembu, em São Paulo, o treinador Mano Menezes convocou 28 jogadores, fato justificado pela proximidade
“A ÚNICA POSSIBILIDADE DE UM JOGADOR QUE NÃO ESTÁ NA LISTA IR PARA A COPA AMÉRICA É O GANSO, POR RAZÕES ÓBVIAS” mano menezes, técnico do brasil
da data final de convocação para a competição continental. “Optamos por chamar um número maior de nomes por diversas questões. Precisamos oficializar a convocação definitiva para a Copa América 14 dias antes da apresentação para os clubes. Após a partida contra a Romênia iremos convocar os 22 jogadores que levaremos para jogar na Argentina, na Copa América”, explicou o treinador Mano Menezes. Ainda segundo Mano, nenhum jogador de fora da lista de convocados, com exceção do meia Paulo Henrique
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Ganso, do Santos, que recupera-se de lesão, estará na Copa América. “A única possibilidade de um jogador que não está na lista ir para a Copa América é o Ganso, por razões óbvias”, disse o treinador após a convocação. Uma vaga na Copa América, porém, fica em aberto. O atacante Alexandre Pato, que iria participar dos amistosos se lesionou jogando pelo Milan, e foi cortado das partidas para recuperar-se da lesão no ombro. Sua participação na competição na Argentina depende de uma avaliação que será feita pelo departamento médico da Confederação Brasileira de Futebol nesta semana. Mano também comentou a convocação do goleiro Fábio, do meio-campo Thiago Neves e do atacante Fred, que estavam fora da Seleção Brasileira há alguns anos. “O Fred e o Thiago Neves são jogadores que possuem características interessantes, nós queremos observar os dois; já o Fábio vinha se destacanrobinho, atacante do há algum tempo pelo seu clube. Trouxemos eles para conhecê-los, avaliar como pensam e aliar outras informações ao conteúdo técnico que temos”, falou Mano. O atacante Robinho, presença garantida na lista de jogadores que irão à competição na Argentina, dá o recado sobre o que os torcedores podem esperar da Seleção Brasileira. “O torcedor brasileiro pode esperar o que se acostumou a ver na história do futebol pentacampeão: alegria, bom futebol e gols, é claro”, prometeu o craque dos dribles. Sobre a Copa América, o atacante do Milan sabe que o Brasil é o adversário a ser batido por todos. “A Copa América é uma competição difícil, porque o adversário a ser batido é sempre o Brasil. Levamos a melhor sobre a Argentina nas últimas duas edições e dessa vez espero que não seja diferente, ainda por cima jogando na casa deles”, afirmou Robinho.
“O TORCEDOR BRASILEIRO PODE ESPERAR O QUE SE ACOSTUMOU A VER NA HISTÓRIA DO FUTEBOL PENTACAMPEÃO: ALEGRIA, BOM FUTEBOL E GOLS, É CLARO”
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O CARROSSEL A Copa de 1974 foi vencida pela Alemanha Ocidental, mas quem ficou na história foi uma seleção de camisas laranjas. A Holanda encantou o mundo com um jogo onde nenhum jogador tinha posição fixa, e todos poderiam assumir qualquer função. O “futebol total” foi criado pelo treinador Rinus Michels, no Ajax de 1969, e aplicado pela seleção holandesa na Copa do Mundo de 1974. As origens da “Laranja Mecânica” – apelido inspirado pelo filme de Stanley Kubrick, sucesso na época – remontam ao inglês Jack Reynolds, que treinou o Ajax por mais de duas décadas. Michels atuou sob o comando de Reynolds, e refinou os conceitos do inglês para criar o “futebol total”. O maior expoente dessa tática foi Johann Cruyff – atacante no papel, mas que aparecia em todos os setores do campo. O sistema holandês era baseado na ocupação de espaços, com atletas atuando em várias posições, garantindo flexibilidade ao esquema, com todas as funções táticas cumpridas em todos os momentos. A seleção que encantou o mundo tinha a base das equipes do Ajax e Feyenoord, e fez uma Copa impecável até a
final. Pelo caminho ficaram Uruguai (2 a 0), Bulgária (4 a 1), Argentina (4 a 0), Alemanha Oriental (2 a 0) e Brasil (2 a 0). O único empate foi um 0 a 0 contra a Suécia. Curiosamente, o único gol sofrido pela Holanda foi contra, marcado por Krol. A final foi contra os donos da casa, a Alemanha Ocidental. Com menos de um minuto e meio de partida, o placar já marcava 1 a 0 para a Holanda, gol de Neeskens, sem um toque sequer na bola por parte dos alemães. Mas, por um acaso do futebol, a Alemanha anulou parte do esquema holandês, e dominou o meio-campo, conseguindo a virada por 2 a 1. Com isso, novamente uma seleção encantadora perdeu a chance de se sagrar campeã mundial. Quatro anos depois, em 1978, a Holanda chegou novamente à final, perdendo para os donos da casa, a Argentina. O futebol holandês só voltou a aparecer com destaque em 1988, com a geração de Van Basten, Gullit e Rijkaard. A herança e a mística da Laranja Mecânica estarão com a seleção holandesa por onde ela jogar. E é a atual vicecampeã mundial que estará em Goiânia para enfrentar o Brasil, em um dos maiores clássicos do futebol mundial.
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TRADIÇÃO LARANJA Time holandês volta a jogar um bom futebol e resgatar seu conhecido jogo ofensivo
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a final da Copa da África do Sul até os dias de hoje a Holanda continua com uma base sólida. Não fosse o tropeço na final, na prorrogação, frente à também espetacular seleção espanhola, a “laranja mecânica” continuaria numa série impressionante de vitórias, em uma seleção que começou a se formar na Eurocopa de 2008. A base é praticamente a mesma, a não ser pelas saídas de Engelaar, Van der Sar e Nistelrooy. Na competição de 2008, conquistaram vitórias expressivas frente à França, Itália e Romênia no chamado grupo da morte. O time jogava para frente, lembrando os tempos de ouro das seleções de Cruyff, Van Basten e Rijkaard. O selecionado caiu nas quartas de final para a surpresa da competição, a Rússia. Nada que abalasse a equipe. Nas eliminatórias para a Copa da África do Sul foram oito vitórias em oito jogos disputados e
a garantia da melhor campanha na Europa. Os jornalistas apostavam: do Mundial da África do Sul, o título não passa. Na Copa foram três vitórias em três jogos disputados na fase inicial. Nas oitavas uma vitória apertada sobre a Eslováquia ligou a luz de alerta. Pelas as quartas foi a vez de uma vitória épica frente ao Brasil. Na semifinal um jogo digno de Copa do Mundo na vitória sobre o Uruguai, e o cenário estava pronto para o primeiro título mundial da Holanda, não fosse a excelente seleção de Xavi, Iniesta, David Villa , que ficou com a taça. A Federação resolveu manter o técnico Bert Van Marwijk no comando e a base da seleção
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acima robben é o principal atacante da holanda
permaneceu a mesma. Da Copa do Mundo para a atual seleção aconteceram apenas algumas trocas no time titular devido a contusões, mas o jogo bonito e rápido pelos lados do campo, os passes envolventes e contra-ataques mortais continuam. Algumas novas peças foram testadas, e jovens promessas como Afellay, Elia e Luuk de Jong começaram a figurar entre os titulares. Nas eliminatórias para a Eurocopa de 2012, que será disputada na Polônia e na Ucrânia, a campanha surpreende. Já são seis jogos de invencibilidade, todos com vitória. A base formada por
NAS ELIMINATÓRIAS DA EUROCOPA, A HOLANDA ACUMULA SEIS JOGOS DE INVENCIBILIDADE, TODOS COM VITÓRIA
três meias habilidosos e um atacante de área não parou para nenhum adversário até o momento. A conclusão do trabalho é o esperado título da competição europeia, algo que só aconteceu uma vez na tradicional laranja, em 1988, na Alemanha. O ciclo de alguns jogadores se encerrará em 2012, e uma nova geração já está sendo preparada. Até lá, a esperança dos holandeses é depositada na seleção-chave depois da época de ouro da “Laranja Mecânica. E para isso, Bert Van Marwik segue apostando nos seguintes talentos dessa geração.
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Para o gol, o time conta com Stekelenburg, do Ajax. Para este jogo contra o Brasil ele será desfalque devido a uma lesão. No seu lugar assume Michel Vorm, do Utrecht. A zaga é protegida pela dupla Heitinga e Mathijsen, que joga junta na seleção a algum tempo. Nas laterais a única mudança é na esquerda, depois da aposentadoria do capitão Van Branckhorst, autor de um gol decisivo nas semifinais da Copa do Mundo. No seu lugar entra Braahfeid, do Hoffen-
ANÁLISE
TÁTICA SELEÇÃO HOLANDESA APOSTA EM FORTE GRUPO DE ATACANTES
A base da equipe holandesa é a mesma da fatídica partida da Copa de 2010. Uma linha de quatro defensores, que atacam pouco, protegidas por dois volantes, e um meia servindo os três jogadores de frente. Tradição no futebol holandês, o esquema com dois pontas está se adaptando aos dias atuais. Mas hoje a equipe atua num 4-5-1 disfarçado, pois os jogadores das laterais voltam para ajudar a defesa. A defesa é composta por jogadores que atacam pouco, e são conhecidos por um estilo de marcação bastante forte, chegando a ser violento. Os laterais compõem a defesa, avançando pouco para o ataque. O meio-de-campo tem dois jogadores com funções mais defensivas, também apoiando pouco. A partir daí, o ponto forte dos holandeses aparece: o quarteto ofensivo. No esquema tradicional, um meia articula as jogadas para os pontas, que se movimentam e ocupam os setores laterais do campo. Como referência, um atacante centralizado, que muda de posição com seus companheiros. É um esquema tático que prevê a ocupação de espaços, atacando com velocidade e mantendo a defesa fechada. Seria o “Futebol Total” de 1974 adaptado aos tempos modernos. O destaque da equipe é o setor de ataque: os pontas Arjen Robben, Dirk Kuyt e o centroavante Robin van Persie são servidos por Afellay, substituto de Sneijder. Bons reservas como Elia, Huntelaar e a revelação Luuk de Jong também inspiram cuidados por parte da defesa brasileira.
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heim, da Alemanha. Na direita a esperança é Van der Wiel, disputado por grandes times da Europa.O meia continua sólido e habilidoso. Na proteção à zaga estão De Jong e De Zeeuw, já que o titular Van Bommel está lesionado. No meio jogam Kuyt, e Afellay, que substitui o craque Sneijder, lesionado, e Robben. No ataque a esperança é Robin Van Persie, artilheiro do Arsenal, da Inglaterra. Huntelaar e Elia também podem aparecer no time titular.
A defesa holandesa é composta por jogadores sem muita mobilidade, o que pode ser explorado por atacantes velozes da Seleção. Jogadores como Robinho e Neymar podem se aproveitar da lentidão da dupla formada por Mathijsen e Heitinga. A posição mais fixa do setor defensivo holandês pode ser explorada pelo avanço dos laterais brasileiros, além do avanço dos volantes. Mas a Holanda é um adversário que inspira grandes cuidados – e a sua campanha nas eliminatórias da Eurocopa de 2012 mostra isso, com seis vitórias em seis partidas, incluindo goleadas sobre Suécia e Hungria.
robben kuyt
van persie
de jong
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maduro
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BRASIL X HOLANDA
9/7/1994
cotton bowl dallas
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copa do mundo EMBALANDO bebeto, no jogo em que criou a comemoração para seu filho mattheus
3x 2 GOLS bebeto romário branco
bergkamp winter
Nas quartas de final da Copa de 1994, Brasil e Holanda protagonizaram o que para muitos foi o mais emocionante jogo daquele mundial e a mais emblemática disputa entre os países. Até então, a Seleção não tinha empolgado. Na primeira fase ganhou da Rússia por 2 a 0, meteu 3 em Camarões e empatou por 1 a 1 com a Suécia. Nas oitavas de final teve que vencer os donos da casa,
“FOI O JOGO DO GOL PRO MATTHEUS, O ÚNICO FILHO QUE NÃO VI NASCER. A COMEMORAÇÃO FOI ESPONTÂNEA. É INESQUECÍVEL” em pleno Dia da Independência, em um jogo tenso que terminou em 1 a 0 para o Brasil. Realizado no estádio Cotton Bowl, em Dallas, o jogo teve um primeiro tempo agitado, mas sem gols. “Há 20 anos havíamos sido eliminados pela Holanda, nunca é jogo fácil”, lembra o então coordenador técnico da Seleção, Zagallo. O grito da torcida brasileira só sairia aos 8 minutos do segundo tempo: Aldair intercepta um ataque adversário e, na defesa, lança a bola para Bebeto na esquerda. Livre, ele cruza para Romário, que entra pelo meio da área para fazer de primeira um dos gols mais belos da Copa. A Seleção teria diversas chances de ampliar, mas só aos 18 minutos a bola sobraria de graça para Bebeto no ataque. Ele segue em velocidade, deixa o goleiro no chão e marca.
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bebeto, atacante em 1994
Para este gol, o craque faria a famosa comemoração em homenagem ao nascimento do seu filho Mattheus. O gesto ninando bebê marcaria época e seria copiado pela torcida, por outros jogadores e reproduzido até em jogos de videogame. Bebeto lembra com carinho daquela partida e do lance. “Foi o jogo do gol pro Mattheus, o único filho que não vi nascer. A comemoração ocorreu de forma muito espontânea. É inesquecível”, recorda. O jogo dava pinta de goleada. Porém, um minuto depois do gol de Bebeto, Bergkamp marcaria o primeiro da Holanda. Aos 31 minutos, após cobrança de escanteio, Winter
faria o segundo para complicar as coisas. A tensão durou exatos cinco minutos. Branco sofreria uma falta dura no meio de campo. Ele mesmo se prontifica a bater e manda uma bomba de perna esquerda. O tiro foi direto no canto esquerdo do goleiro e chegou ao fundo da rede graças ao esforço de Romário em se contorcer para não desviar o curso da bola. Um golaço. “Foi uma partida importante, pois mudamos o estilo de jogo. A equipe começou jogando pra frente, contrariando as críticas que vínhamos recebendo. Definitivamente foi o jogo essencial na campanha do tetra”, contou Zagallo.
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7/7/1998
BRASIL X HOLANDA
NOS PÊNALTIS
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4 /6/2 01 1 copa do mundo fenômeno Ronaldo comemora a abertuda do placar para a seleção brasileira
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1x 1 (4 x 2) gols ronaldo
kluivert
No jogo das semifinais da Copa da França, em 1998, a Holanda queria se vingar pela eliminação em 1994. O favoritismo era do Brasil, que além de ser o último campeão, contava com o melhor jogador do mundo: Ronaldo. Como nas outras vezes em que as equipes se cruzaram em Copas, a disputa foi acirrada. Na opinião do técnico Zagallo, foi o melhor jogo da Seleção naquele mundial. “Tínhamos o melhor jogador do mundo em um dia inspirado. Foi nossa melhor partida naquela Copa. Merecíamos ganhar no tempo normal, pois nossa equipe jogou muito”, lembra.
“Foi um jogo difícil. Tivemos várias No período regulamentar, Ronaldo oportunidades, mas não conseguimos buscou o gol em diversas oportunidades, resolver no tempo normal”, lembra o mas sofria forte marcação do zagueiro atacante Bebeto. Frank de Boer. Aos dois minutos do 2.º Como o gol não saiu, a vaga foi tempo, o Fenômeno conseguiu se livrar decidida nos da marcação e, em uma jogada de velocidade, “FOI NOSSA MELHOR pênaltis. Pelo Brasil, Ronaldo, abriu o placar. PARTIDA NAQUELA Rivaldo, Emerson Apesar do gol, o jogo seguiu quente. O COPA. MERECÍAMOS e Dunga empate holandês viria GANHAR NO TEMPO marcaram. Já pela Holanda, só a três minutos do fim NORMAL, POIS NOSSA Frank de Boer da partida, com uma cabeçada certeira do EQUIPE JOGOU MUITO” e Bergkamp acertaram. Como atacante Kluivert. zagallo, técnico do em 1994, Taffarel Na prorrogação, a brasil em 98 mostraria sua Seleção não se intimidou eficiência nas penalidades, pegando e saiu para o ataque com perigosas as cobranças de Cocu e Ronald de arrancadas de Ronaldo. O time teve Boer. O Brasil venceria por 4 a 2 nos oito claras chances de marcar e resolver pênaltis e o goleiro entraria para a na morte súbita, contra apenas uma história como o herói do jogo. tentativa perigosa da Holanda.
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8/6/1999
BRASIL X HOLANDA
serra dourada goiânia
DE VOLTA A GOIÁS
partida amistosa BRIGA BOA Émerson e Davids disputam a bola no grande jogo de 99
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3x 1 GOLS amoroso F. de boer (contra) leonardo
kluivert
Hoje não será a primeira vez que Goiânia recebe o jogo Brasil x Holanda. A primeira partida entre as seleções na cidade foi em 1999, quando o time brasileiro, de Vanderlei Luxemburgo, procurava renovar seu grupo. O confronto integrou uma série de três amistosos contra a Laranja Mecânica. O primeiro foi na Fonte Nova, na Bahia, três dias antes do jogo em Goiás e o último em Amsterdã. A primeira partida da série terminou empatada por 2 a 2 com gols de Amoroso e Giovanni para o Brasil. Em Goiânia, o placar
foi de 3 a 1 para a equipe brasileira, tendo direito a polêmica e gol anulado. A equipe que entrou em campo era a seguinte: Dida; Evanilson, Antônio Carlos, Aldair e Roberto Carlos; Emerson, Djair, Leonardo e Rivaldo; Giovanni e Amoroso. A equipe adversária foi a campo com Westerveld; Oojier, Konterman, Frank de Boer e Cocu; Davids, Ronald de Boer, Zenden e Van Vossen; Van Nistelrooy e Kluivert. O primeiro gol da partida começou em um lindo lançamento de Rivaldo para a polêmica matada de Amoroso, que mudou a trajetória da bola com a mão, enganando o goleiro holandês. Depois de passar por Westerveld, o atacante deu um drible desconcertante em um defensor adversário e mandou para o gol. Em dia inspirado, Amoroso ainda teve um gol anulado, depois de outra grande jogada de Rivaldo. O segundo gol também surgiu de um lançamento de Rivaldo. Leonardo
brigou pela bola com dois adversários, e na disputa Frank de Boer acabou mandando para dentro da própria meta. O último gol do Brasil foi de Leonardo, que recebeu dentro da área, limpou dois zagueiros e empurrou a bola pra rede do Serra Dourada. Com 3 a 0 para o Brasil, a Holanda conseguiu seu gol de honra em uma cobrança de falta perfeita de Kluivert. O jogo pegado entre as seleções terminou com quatro expulsões: pelo Brasil, Rivaldo e Amoroso deixaram o campo mais cedo e pela Holanda, Ooijer e Davids levaram cartão vermelho. As duas seleções ainda se enfrentaram mais uma vez no ano, em Amsterdã: 2 a 2, com gols de Cafu e Roberto Carlos pelo Brasil. Com três jogos entre Brasil e Holanda em 1999, apenas no estádio Serra Dourada a Seleção Brasileira saiu vencedora, trazendo boas lembranças para a partida desta tarde.
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QUAL O JOGO DA SELEÇÃO MAIS O MARCOU?
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Todo mundo tem uma partida da Seleção Brasileira que ficou gravada no seu coração. Sejam vitórias inesquecíveis ou derrotas dolorosas, alguns jogos ficam marcados em nossa memória tanto pelo que os craques realizam em campo quanto pelos momentos em que cada partida importante acontece em nossas vidas. Preliminar convidou personalidades para relembrar um pouco esses momentos. Confira.
FELIPE NETO (Video-maker) Aconteceu na Copa de 2002, contra a Inglaterra. Na época eu tinha 14 anos, e a excitação de acordar às 3 da manhã foi indescritível. A Inglaterra logo abriu o placar. Porém, nós tínhamos Ronaldinho. Viramos com uma assistência e um gol antológico. Berrei alucinadamente pela vizinhança, acordando os velhinhos.
JAIR RODRIGUES (Cantor) A primeira vez que eu ouvi um jogo da Seleção foi em 1958., quando um negrinho de 17 anos chamado Pelé deu um chapéu lindo e fez um golaço na final contra a Suécia. Eu só fui ver as imagens daquele jogo muitos anos depois e até hoje não esqueço. Com certeza foi a melhor Seleção de todos os tempos!
ROLANDO BOLDRIN (Cantor e apresentador)
BEBETO (Ex-jogador e dep. estadual)
FÁBIO GUINALZ/FOTOARENA
A partida contra a Holanda na Copa de 1994 foi inesquecível. Foi o jogo em que fiz o gol pro Mattheus, meu único filho que não vi nascer
Foi na Copa de 86, contra a França. Meu neto de uns 10 anos saiu da sala chorando e dizendo que tinha sonhado que o Zico erraria um pênalti. Achamos um absurdo, mas realmente aconteceu o impossível. O Zico perdeu o pênalti naquela hora, naquele jogo. Nunca mais duvidei de um sonho deste neto querido.
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FOTOS: DIVULGAÇÃO
FÁBIO GUINALZ/FOTOARENA
ZAGALLO (Técnico e ex-jogador) O jogo contra a Suécia na final de 1958 foi muito especial para mim. Foi o primeiro título que vencemos e eu tive a grande satisfação de marcar o quarto gol daquela vitória. A final de 1970, já como técnico, também foi inesquecível
JOÃO UBALDO RIBEIRO (Escritor) O jogo da Seleção Brasileira que mais me marcou, pela grande desilusão e tristeza, foi a derrota para o Uruguai, na final da Copa de 50. Foi o primeiro Mundial em que eu já tinha condições de entender e de acompanhar pelo rádio. Tinha 9 anos, chorei muito.
VAVO (Guitarrista da banda Fresno) Final da Copa América de 2004, Brasil e Argentina. Eles saíram na frente, empatamos no final do primeiro tempo. Quando o jogo parecia que ia acabar 1 a 1, eles marcaram aos 42 do segundo tempo. E aí, quando a derrota era praticamente certa, o Adriano empatou no último minuto. Até briga teve no final do jogo. Ganhamos nos pênaltis.
BRITTO JR. (Apresentador) Foi a decisão de 2002, quando o Brasil faturou o pentacampeonato. Era a minha primeira Copa, passei 45 dias viajando pelas cidades de Coréia e Japão produzindo reportagens para a TV Globo. E dei sorte. Vitória inesquecível em cima da Alemanha, com 2 gols do Ronaldo fenômeno, fora o show de bola.
MARIA (Vencedora do Big Brother Brasil 11) Para mim, o jogo inesquecível da Seleção Brasileira foi a final da Copa do Mundo de 2002, no Japão, quando o Ronaldo arrebentou no jogo e fomos campeões contra a Alemanha. Chorei muito de emoção naquele dia.
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4 /6/2 01 1
AFP
FÁBIO
GOLEIRO CRUZEIRENSE ESPERA SUA OPORTUNIDADE DE ESTREAR PELA SELEÇÃO
30 anos ALTURA
1,89 m
Fábio D. Lopes Maciel 30/09/80
Nobres(MT) PESO
94 kg
18
GOLEIRO
Clube: Cruzeiro
convocações
A carreira do goleiro Fábio começou na cidade de Aparecida do Taboado, onde teve a oportunidade de disputar um campeonato amador. Após boas apresentações, foi descoberto pelos olheiros do União Bandeirantes, time do interior paranaense e, em 1997, iniciou sua carreira profissional. Fez três jogos, e logo foi emprestado ao Atlético Paranaense. Ficou no Furacão nas temporadas de 98 e 99. No ano 2000 foi emprestado ao Cruzeiro, fato que marcaria sua primeira passagem pelo clube, onde ganharia o título da Copa do Brasil. Com o final do empréstimo ao Cruzeiro, acabou-se também o contrato com o União Bandeirante. O goleiro foi então para o Vasco da Gama e por lá ficou durante quatro anos, até que em 2005 retornou em definitivo para o time mineiro. No clube celeste, Fábio marcou história. Sempre centrado e focado no trabalho dentro de campo, o goleiro carrega vários títulos, tanto com o time, quanto títulos pessoais. O respeito pelo jogador é tão grande na Toca da Raposa, que em julho de 2010 entrou mais uma vez para a história. Foi o terceiro goleiro a ter as mãos imortalizadas na calçada da fama do Mineirão. Os títulos fazem parte da rotina do atleta. Ainda pelo Vasco, conquistou a Copa Mercosul e o Campeonato Brasileiro, ambos em 2000. Além do Campeonato Carioca de 2003. Pelo Cruzeiro Fábio ergueu o caneco do estadual em quatro oportunidades, 2006, 2008, 2009 e 2011. Além da Copa do Brasil de 2000, enquanto estava emprestado pelo União Bandeirantes. Além dos títulos, teve também importantes participações nos vice-campeonatos da Libertadores de 2009 e também do vice nacional de 2010. Os rápidos reflexos e as defesas muitas vezes milagrosas renderam a Fábio vários títulos individuais como jogador. Somente no ano de 2010 foram quatro. Prêmio Craque do Brasileirão de melhor goleiro; Bola de Prata como melhor goleiro; Troféu Telê Santana de melhor goleiro do ano e também o Troféu de Melhor Goleiro do Campeonato Mineiro. Porém, o melhor dos prêmios veio com a primeira convocação para a Seleção Brasileira. Confiando em suas boas atuações e também no recheado currículo do jogador, o técnico Mano Menezes resolveu chamá-lo para defender o time pentacampeão.
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JEFFERSON MOWA PRESS
Em 2010 o atleta conseguiu ser mais consistente do que o ano anterior. Logo no Campeonato Carioca foi o grande responsável pelo título da Taça Guanabara, Taça Rio e consequentemente do Campeonato Carioca. Além das três taças, ainda foi considerado o melhor goleiro do torneio e também o melhor jogador da competição. Depois de um campeonato estadual perfeito, o goleiro Jefferson continuou fazendo os seus milagres com camisa alvinegra. Com ele fechando o gol, o time do Botafogo conseguiu uma nova boa campanha, e alcançou a sexta colocação do Campeonato Brasileiro.
GOLEIRO ESPERA PELA SUA ESTREIA NA SELEÇÃO
Aos 28 anos, o goleiro Jefferson é uma das novidades da Seleção Brasileira no comando de Mano Menezes. Apesar de estar sendo convocado desde o ano passado, o jogador do Botafogo ainda não conseguiu estrear com a amarelinha. Mesmo sem atuar, o atleta já conta com seis convocações em seu currículo e também com a experiência de ter atuado nas categorias de base do Brasil, conquistando o Campeonato Mundial Sub-20 em 2003. Formado no time do Cruzeiro, Jefferson só veio a ser ídolo quando começou sua história no Botafogo de Futebol e Regatas. Emprestado ao clube carioca em 2004, o jogador foi um dos grandes responsáveis pela permanência do alvinegro carioca na primeira divisão do Brasileirão. Com defesas espetaculares, o atleta ganhou destaque nacional e acabou sendo vendido pelo Cruzeiro ao Trabzonspor, da Turquia, em 2005. Após três anos, foi disputar uma temporada do Campeonato Turco no Konyaspor e em 2009 voltou ao Glorioso para ajudar o clube na situação complicada que vivia no Brasileirão. Jefferson retornou ao Botafogo em uma época em que o time carecia bastante de goleiros. Após os torcedores sofrerem com atuações inseguras de Max, Lopes, Julio César, Castillo e do jovem Renan, caiu novamente nas graças dos alvinegros. Depois de reestrear no clássico contra o Fluminense e ser o nome do jogo, continuou a fazer partidas magníficas em 2009 e ajudou o time de General Severiano a manter-se na elite do Brasil.
28 anos ALTURA
1,89 m PESO
94 kg
06
GOLEIRO Jefferson de O. Galvão 02/01/83
São Paulo (SP)
clube: botafogo
convocações
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22 · a m i s t o s o · brasil x hol an da
4 /6/2 01 1
MOWA PRESS
JÚLIO CÉSAR
MELHOR GOLEIRO DO MUNDO VAI EM BUSCA DE MAIS UM TÍTULO DE COPA AMÉRICA
96 conv. 55
jogos
4,8 mil minutos
36
GOLEIRO Julio Cesar Soares de Espíndola 03/09/79
Duque de Caxias(RJ)
clube: inter de milão
gols SOFRIDOS
Considerado um dos melhores goleiros do mundo na atualidade, Júlio César é titular absoluto na Internazionale de Milão. Além da equipe italiana, o jogador também já possui vaga cativa na Seleção Brasileira. Desde 2004 vem sendo convocado, e em 2010 foi o titular da amarelinha na Copa do Mundo da África do Sul. Antes de fazer história na Inter de Milão, clube em que venceu quatro Copas da Itália (2004-05, 2005-06, 200910 e 2010-2011), cinco Campeonatos Italianos (2005-06, 2006-07, 2007-08, 2008-09 e 2009-10), duas Supercopas da Itália (2006 e 2010) e uma Liga dos Campeões (2010), o goleiro começou no futebol defendendo o Flamengo. Nascido no Rio de Janeiro, em 1979, Júlio César iniciou sua carreira nas categorias de base do rubro-negro carioca aos 18 anos e já em 2001, conseguiu se firmar como o titular da equipe. Depois de vencer quatro Campeonatos Cariocas (1999, 2000, 2001 e 2004), foi convocado para a Seleção Brasileira pela primeira vez para a Copa América, e como titular, conquistou seu primeiro título. Após ajudar o Brasil a vencer a competição continental, Júlio César conseguiu reconhecimento internacional e foi jogar no futebol italiano. Em 2005, o atleta foi contratado pelo Chievo Verona e não demorou muito para fazer parte do elenco da Internazionale. No mesmo ano em que chegou ao Velho Continente o goleiro já despertou interesse pela equipe milanesa e reforçou a Inter, ajudando nos títulos daquela temporada. Mesmo sendo titular e ídolo da torcida nerazzuri, Júlio Cesar continua utilizando a camisa 12 do time. Na Seleção Brasileira, Júlio César defendeu a amarelinha em 55 ocasiões, obtendo 29 vitórias, nove empates e apenas cinco derrotas. Durante todas as suas partidas na equipe nacional sofreu 36 gols. O goleiro participou dos títulos da Copa América de 2004 e da Copa das Confederações em 2009. Em seu currículo também há duas Copas do Mundo - 2006, como o terceiro goleiro da equipe de Parreira; e em 2010, como titular.
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VICTOR PAREDE GREMISTA VEM EM MAIS UM ANO DE SUCESSO; CONVOCAÇÕES VIRARAM ROTINA
MOWA PRESS
17
conv.
04
jogos
360
minutos
01
GOLEIRO Victor Leandro Bagy
21/01/83 Santo Anastácio (SP)
clube: grêmio
gol SOFRIDO
Victor é considerado um dos melhores goleiros do futebol brasileiro na atualidade, tendo em sua sala de troféus dois prêmios Craque do Brasileirão (2008 e 2010) em sua categoria, que comprovam o seu bom momento. Com a chegada de Mano Menezes para o comando da Seleção e suas boas atuações no time gaúcho, o goleiro tornou-se figura constante nas convocações. O goleiro tricolor iniciou sua carreira nas categorias de base do São Paulo, e ainda jogando nos juniores foi para o Paulista. No clube de Jundiaí ganhou a vaga de titular em 2004 e conseguiu o primeiro passo para ter o reconhecimento de seu trabalho no país. Em 2005 , a equipe conseguiu conquistar a Copa do Brasil ao vencer o Fluminense na final. No torneio, o clube de Victor derrotou Cruzeiro, Figueirense, Internacional, Botafogo e Juventude. Após o título, o jogador continuou no clube até o final de 2007, quando foi contratado pelo Grêmio. Pouco tempo depois de ser contratado, Victor já era o titular do time gaúcho e depois de várias atuações memoráveis, passou a chamar a atenção da Seleção Brasileira. Em maio de 2009 foi convocado para as disputas das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2010 e também para a Copa das Confederações de 2009, competição que ficou marcada na história do jogador como a primeira conquista dele na equipe nacional. Apesar de já ter conquistado um título pelo Brasil, sua estreia com a amarelinha foi apenas em 2010, quando a seleção já estava sob comando de Mano Menezes. O primeiro jogo de Victor pelo Brasil foi o amistoso contra o Estados Unidos, no dia 10 de agosto. Depois da boa partida feita na vitória brasileira por 2 a 0, o atleta voltou a ser convocado e continuou sendo titular da equipe de Mano, até o retorno de Júlio César ao time.
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24 · a m i s t o s o · brasil x hol an da
ADRIANO
MOWA PRESS
marcando 19 gols pelo time andaluz. Seu destino foi o gigante Barcelona, onde assinou um contrato longo de cinco anos de duração. Durante sua primeira temporada no Barça, Adriano esteve em campo em 30 partidas, marcando seu primeiro gol contra o Almería, na semifinal da Copa do Rei. O clube catalão assinou com o jogador brasileiro justamente pelo fato de ser um atleta versátil, capaz de atuar em muitas posições diferentes. Pela Seleção Brasileira, Adriano foi campeão mundial sub-20 em 2003, e estreou na seleção principal no ano seguinte, na equipe que venceu a Copa América, no Peru. Após um hiato de seis anos, o lateral voltou a ser convocado por em 2010, e agora ganha nova chance, com Mano Menezes.
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NOVA CONVOCAÇÃO PROVA A CONSTANTE ASCENSÃO DO LATERAL
Um jogador diferenciado, versátil, capaz de chutar com os dois pés, atuar de forma defensiva ou ofensiva. Este é Adriano Correia, lateral-esquerdo do estrelado time do Barcelona. Adriano começou no Coritiba, antes mesmo de completar 18 anos de idade. Com atuações sólidas, o lateral esteve presente no bicampeonato paranaense e na equipe que conquistou uma vaga na Taça Libertadores, com o quinto lugar no Brasileiro de 2003. Os torcedores do Coritiba se lembrarão da final do Paranaense de 2004, quando Adriano foi o principal nome do jogo do título, conquistado dentro do estádio do rival Atlético-PR. Enquanto teve condições de jogo, o lateral infernizou os rivais, participando dos dois primeiros gols alviverdes. No final de 2004, Adriano foi vendido para o Sevilla, da Espanha. Em Sevilha, Adriano mostrou sua versatilidade, atuando como lateral-esquerdo, lateral-direito, meia-esquerda, meia-direita e ponta-esquerda. O sucesso foi quase imediato, com destaque para a conquista do bicampeonato consecutivo da Copa da Uefa, em 2006 e 2007, além da Copa do Rei de 2007 e 2010. Após três anos morando na Espanha, adquiriu a cidadania do país, o que abriu portas para clubes ainda maiores na Europa. Após sofrer com contusões na temporada 200910, Adriano deixou a equipe do Sevilla no final da temporada, após atuar em mais de 200 partidas,
17
conv.
0
gol
300
05
LATERAL ESQUERDO Adriano C. Claro
26/10/84 Curitiba (PR)
clube:
minutos barcelona
jogos
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ANDRÉ
SANTOS ATLETA IMPRIME ESTILO OFENSIVO NA LATERAL ESQUERDA CANARINHO
MOWA PRESS
20
conv.
o
gol
1,1 mil minutos
08
LATERAL ESQUERDO André C. dos Santos
08/03/83 São Paulo (SP)
clube:
fernerbahçe
jogos
Lateral de estilo ofensivo, muito qualificado no apoio e capaz de ser uma das melhores opções pelo lado esquerdo do ataque brasileiro, André Santos é considerado um nome forte para a posição, desde a chegada de Mano Menezes à Seleção Brasileira. André foi revelado pelo Figueirense, e teve passagens por Flamengo e Atlético-MG antes de voltar ao clube catarinense, onde se destacou na campanha do vicecampeonato da Copa do Brasil, em 2007. No ano seguinte, foi contratado pelo Corinthians, onde seu futebol explodiu, se tornou um dos destaques da campanha corintiana na Série B, retornando à elite nacional, sob o comando de Mano, então treinador do alvinegro paulista. O ano de 2009 foi brilhante para o jogador, com os títulos da Copa do Brasil e do Campeonato Paulista, tendo sido fundamental nas duas decisões. Na final do estadual, o jogador balançou a rede adversária no primeiro jogo contra o Santos, enquanto na Copa do Brasil, André Santos marcou contra o Internacional, dando o título para o Timão. No meio do ano, o Fenerbahçe, da Turquia, contratou André Santos como um dos maiores reforços da temporada. Jogando em Istambul, o jogador se firmou na equipe, ajudando a conquistar a Supercopa da Turquia no ano de sua chegada. Atualmente, o lateral é um dos destaques da equipe turca, considerada a maior da atualidade no país. Pela Seleção Brasileira, estreou em maio de 2009, em duas partidas pelas Eliminatórias da Copa do Mundo, contra Uruguai e Paraguai. Na Copa das Confederações do mesmo ano, o lateral começou como reserva na partida inaugural, contra o Egito, mas assumiu um lugar entre os titulares no decorrer do campeonato, tendo jogado e vencido a decisão como titular. Apesar disso, não esteve entre os convocados para a Copa do Mundo de 2010, na África do Sul. O lateral só voltou a vestir a amarelinha com a chegada de Mano Menezes, em um amistoso contra os Estados Unidos. Desde então, André Santos tem sido nome certo nas convocações para a Seleção.
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26 · a m i s t o s o · brasil x hol an da
4 /6/2 01 1
MOWA PRESS
DANIEL ALVES ESTRELA DO BARCELONA SOLIFICA SUA PRESENÇA NA LATERAL DIREITA
62
conv.
47
jogos
2,4 mil minutos
05
LATERAL DIREITO Daniel Alves da Silva
06/05/83 Juazeiro (BA)
clube:
barcelona
gols
Guerreiro e habilidoso, Daniel Alves é uma das peçaschave do Barcelona. Além de atuar na lateral direita, costuma jogar na meia, posição na qual foi bastante utilizado na Seleção. Em anos anteriores, o atleta foi reserva de Maicon, e na maioria das vezes em que entrou como titular, atuou no meio, ou, em algumas exceções, na lateral-esquerda. Com Mano Menezes, Dani Alves passou a ser o titular do setor direito do Brasil, e deixou de ser improvisado em outros setores. Baiano, Daniel começou na base do Juazeiro, e ainda jovem foi para o amador do Bahia, onde se profissionalizou. Sua estreia ocorreu no Campeonato Brasileiro de 2001, quando o clube sofreu com a lesão de seus dois laterais e teve que promover um jovem das categorias de base. Na sua primeira partida, contra o Paraná, Dani deixou a torcida eufórica, marcou bem, mostrou raça, sofreu um pênalti e deu um passe para um dos gols. Resultado: Bahia 3 a 0 e a torcida pedindo o jovem na equipe titular. Em grande fase, o lateral chamou a atenção de clubes do exterior. Em 2002, assinou um empréstimo com o Sevilha. Após o bom ano, a equipe espanhola contratou o jogador em definitivo. Depois de 175 partidas, o atleta deixou a equipe como ídolo. Despertando o interesse de clubes como Chelsea, Liverpool e Barcelona, Dani acabou sendo comprado pela equipe catalã, que pagou 34 milhões de euros. O número histórico fez com que Daniel Alves se tornasse o lateral-direito mais caro da história do futebol. Aos 28 anos, Daniel venceu, pelo Bahia, duas Copas Nordeste (2001 e 2002) e um Campeonato Baiano (2001). No Sevilla, foram duas Copas da Uefa (2005-06 e 2006-07), uma Supercopa Europeia (2006), uma Copa do Rei (200607) e uma Supercopa da Espanha (2007). No Barcelona, três Campeonatos Espanhois (2008-09, 2009-10 e 2010-11), uma Copa do Rei (2008-09), uma Liga dos Campeões (2008-09), uma Supercopa Europeia (2009), uma Supercopa da Espanha (2009) e um Mundial de Clubes (2009). Vestindo a amarelinha, Dani Alves foi Campeão Mundial Sub-20 (2003), campeão da Copa América (2007) e também da Copa das Confederações (2009).
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CONVOCADOS
MAICON
79
conv.
59
jogos
4,2 mil minutos
05
LATERAL DIREITO Maicon D. Sisenando
26/07/81 Novo Hamburgo (RS)
clube:
inter de milão
gols
MOWA PRESS
Conhecido por sua velocidade e o seu grande poder ofensivo, Maicon é um dos laterais direitos mais cobiçados pelos clubes de futebol. Atuando na Internazionale de Milão desde 2006, ao lado de Júlio César e Lúcio, o atleta ficou conhecido quando ainda era uma jovem revelação do Cruzeiro, ao marcar um gol extraordinário pela Seleção Brasileira, durante o torneio pré-olímpico de 2004. Aos 21 anos, em uma partida contra o Paraguai, o lateral direito partiu de trás do meio de campo, levou quatro marcadores adversários, cortou o goleiro e balançou a rede. Apesar de atualmente ser conhecido pelo mundo todo, Maicon teve dificuldades para iniciar sua carreira futebolística. O atleta tentou entrar nas categorias de base do Grêmio, em Porto Alegre, mas não teve sucesso e foi encontrar as portas abertas apenas no time em que seu pai treinava o setor amador: o Criciúma. Ainda nos juniores, o lateral foi para o Cruzeiro e logo após ser promovido para a equipe profissional, ganhou a vaga como titular. Pela Raposa, participou da histórica conquista da Tríplice Coroa (Campeonato Estadual, Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro) em 2003. As boas atuações na equipe titular do Cruzeiro fizeram com que Maicon fosse chamado para integrar a seleção pré-olímpica de 2004. As partidas incríveis do jogador trouxeram o interesse de clubes internacionais. Após o torneio, o lateral acabou sendo vendido para o Mônaco, da França. Depois de participar de 79 partidas e marcar sete gols pelo time francês, o jogador foi negociado com a Inter de Milão, em 2006. Atuando pela equipe italiana, Maicon passou a ser considerado um dos melhores jogadores da posição no mundo
ÍDOLO NA INTER, LATERAL É CONSIDERADO UM DOS MELHORES DO MUNDO
e atleta chave do esquema tático do treinador português José Mourinho, que treinou a Internazionale no período entre 2008 e 2010. Vestindo a camisa nerazurri, o lateral conquistou cinco campeonatos italianos seguidos (2005-06 até 2009-10), três Supercopas da Itália (2006, 2008 e 2010), uma Copa da Itália (2009-10), uma Liga dos Campeões (2009-10) e um Mundial de Clubes (2010). Atuando na Seleção Brasileira profissional, Maicon conquistou duas Copas das Confederações (2005 e 2009) e duas Copas América (2004 e 2007) e participou de sua primeira Copa do Mundo em 2010. O jogador, que foi considerado o melhor defensor da Europa pela Uefa na temporada 2009-10, está determinado a seguir na Seleção Brasileira até 2014 para conseguir o título que falta em sua carreira: a conquista do Mundial.
28 · a m i s t o s o · brasil x hol an da
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4 /6/2 01 1
MOWA PRESS
DAVID LUIZ
FAMOSO PELO PENTEADO, ZAGUEIRO SAIU CEDO DO BRASIL, E TEVE SUCESSO
08
conv.
o
gol
454
minutos
06
ZAGUEIRO David Luiz Marinho
22/04/87 Diadema (SP)
clube:
chelsea
jogos
Um dos maiores nomes da nova geração brasileira, o zagueiro David Luiz não era conhecido do grande público nacional até a sua primeira convocação para a Seleção Brasileira, no ano passado. Isto porque o defensor, famoso pela sua cabeleira, saiu cedo do país, com menos de 20 anos de idade, tendo defendido apenas o Vitória, da Bahia. Nascido em Diadema, na região metropolitana de São Paulo, David começou a jogar no Vitória com 14 anos de idade, e inicialmente atuava como volante. Com o tempo, foi recuado para a zaga, onde passou a mostrar o melhor de seu futebol. Infelizmente, o Vitória passava por um período complicado, na Série C brasileira, em 2006. David foi parte importante na recuperação do time baiano, que conquistou o acesso à Série B. No início do ano seguinte, David foi negociado para o Benfica, onde começou atuando pouco, mas ganhou espaço entre os portugueses no início da temporada 2007-08, quando assinou contrato por cinco anos com o time de Lisboa. Mas o zagueiro sofreu duas lesões sérias, perdendo praticamente toda a temporada. Apenas em novembro da temporada seguinte David voltou a atuar, e desde então, se tornou o dono da defesa encarnada. Na temporada 2009-10, o zagueiro se consagrou de vez em Lisboa, atuando em 49 dos 51 jogos da equipe, que conquistou o campeonato nacional depois de cinco anos. David foi eleito o melhor jogador do campeonato, e começou a chamar a atenção dos maiores clubes do mundo, como Real Madrid, Manchester United e Manchester City, que fez uma proposta, rejeitada pelo Benfica. A temporada 2010-11 marcou um crescimento ainda maior do futebol do zagueiro, que teve uma proposta oficial do Chelsea, aceita pelos portugueses. No Chelsea desde o início de 2011, o zagueiro já foi escolhido em três oportunidades o melhor jogador em campo, e um prêmio de melhor jogador do mês na Inglaterra. Para o capitão John Terry, David tem tudo para herdar a braçadeira do Chelsea no futuro. Pela Seleção Brasileira, foi convocado pela primeira vez em 2010, e formou uma dupla sólida com Thiago Silva – deverão compor a defesa brasileira na Copa do Mundo de 2014.
a m i s t o s o · br a sil x h o l a nda · 29 MOWA PRESS
LÚCIO APÓS TRÊS COPAS DO MUNDO, ZAGUEIRO SEGUE FIRME NA DEFESA DO BRASIL
125
conv.
99
jogos
8,5 mil minutos
05
ZAGUEIRO Lucimar da S. Ferreira
08/05/78 Brasília (DF)
clube:
inter de milão
gols
Há 11 anos na Seleção Brasileira, Lúcio é o espelho para os defensores mais jovens. Forte, inteligente, com boa saída e visão de jogo, já disputou três Copas do Mundo, sendo campeão em 2002. No seu currículo pela Seleção ainda constam dois títulos da Copa das Confederações (2005, na Alemanha, e 2009, na África do Sul). Apesar de seu currículo, esta é apenas a sua segunda convocação para a seleção comandada por Mano Menezes — a primeira foi para o amistoso contra a Escócia, em Londres. Após as derrotas para França e Argentina, o treinador voltou a chamar o zagueiro para dar mais experiência à defesa e mesclar experiência e juventude. Lúcio começou a carreira como atacante no Planaltina Esporte Clube, nas proximidades de Brasília. Em 1997, mudou para o Clube de Regatas Guará, também da região. Lá, chamou a atenção do Internacional mesmo com o time levando um sonoro 7 a 0 numa partida da Copa do Brasil. E por R$ 300 mil, os gaúchos o levaram para Porto Alegre. No Rio Grande do Sul, Lúcio não levantou nenhum caneco, mas ganhou projeção nacional e se destacou pelas suas arrancadas, gols de cabeça e segurança à frente do goleiro. O zagueiro ainda foi fundamental na luta contra o rebaixamento do Inter em 1999. Destacado, se transferiu em 2001 para um grande centro europeu, e foi parar no Bayer Leverkusen, da Alemanha. Com as boas campanhas com o time, Lúcio se firmou como um dos talentos promissores da Europa. Com ele, o Bayer chegou ao seu auge na disputa da final da Liga dos Campeões de 2002. Em 2004, o zagueiro mudou de cidade e foi para o gigante Bayern de Munique. Lá ganhou três Campeonatos Alemães, três Copas da Alemanha e duas Copas da Liga Alemã. Na trajetória no país, ainda foi considerado o melhor zagueiro do campeonato nacional nas temporadas 2001-2002 e 2003-2004. Em 2009, após a chegada do holandês Louis van Gaal, Lúcio deixou a Alemanha e foi para a Internazionale de Milão sob a tutela do português José Mourinho. Lá, conquistou um título do Campeonato Italiano, um da Copa da Itália, um Mundial Interclubes, uma Liga dos Campeões da Europa e uma Supercopa.
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3 0 · a m i s t o s o · brasil x hol an da
VIPCOMM
LUISÃO
4 /6/2 01 1
EXPERIENTE, ZAGUEIRO É SEGURO COM OS PÉS E NAS BOLAS ALTAS Luisão é o mais velho de três irmãos zagueiros, Alex Silva, do São Paulo, e também Andrei Silva, do juniores do Benfica. O zagueiro iniciou a carreira com 18 anos no time profissional do Juventus, da Mooca. Apresentando um belo futebol, e com uma marcação implacável, fez somente três jogos pelo Moleque Travesso, e, em 2000, foi atuar pelo Cruzeiro, de Belo Horizonte. Na equipe celeste, Luisão teve passagem vitoriosa. Perfeito na marcação, e prestando forte apoio ao ataque, o jogador fez 48 jogos com a camisa do Cruzeiro, e marcou oito gols. Nos três anos que defendeu a equipe mineira, títulos não faltam para coroar esta brilhante atuação do zagueiro. Em três anos, foram conquistados sete canecos. Duas Copas do Brasil, nos anos 2000 e 2003; Duas Copas Sul Minas, em 2001 e 2002; Em 2002 um Supercampeonato Mineiro; o Campeonato Mineiro de 2003, e no mesmo ano o Título do Campeonato Brasileiro. Em 2004, Luisão transferiu-se para o Benfica, de Portugal. Pelas suas impecáveis apresentações no campeonato português, e também pela classe e caráter “extra campo”, o jogador tornou-se um ídolo dos torcedores benfiquistas. É um dos capitães da equipe, e jogadores de maior responsabilidade, sendo um líder dentro de campo. Em 2009, completou a incrível marca de 200 jogos pelo time português. Além deste incrível número, a carreira vitoriosa de Luisão continuou a crescer. Desde 2004, foram sete títulos conquistados. Uma taça de Portugal, na temporada 2003/04; dois campeonatos portugueses, nas temporadas 2003/04 e também 2009/10; uma Supertaça Portugal no ano de 2005; e três Taças da Liga, nas temporadas 2008/09, 2009/10 e 2010/11. Atualmente o jogador é considerado um dos melhores zagueiros que atuam em Portugal. Com uma carreira tão vitoriosa era impossível que ficasse de fora do melhor time do mundo. Passou pelas categorias de base da nossa Seleção, e jogou o Mundial Sub-20 de 2001. A primeira convocação para a equipe principal foi para a Copa América de 2004, campeonato que a seleção canarinho se sagrou campeã. Luisão já jogou duas Copas do Mundo, em 2006, na Alemanha, e 2010, na África do Sul. Vestindo a amarelinha conquistou três títulos: a Copa América de 2004, e a Copa das Confederações em 2005 e 2009.
90
conv.
40
jogos
2,9 mil minutos
03
ZAGUEIRO Anderson Luís da Silva
13/02/81 Amparo (SP)
clube: benfica
gols
a m i s t o s o · br a sil x h o l a nda · 31
THIAGO SILVA DEFENSOR CHAMA A ATENÇÃO PELA QUALIDADE NO DOMÍNIO E TOQUE DE BOLA
MOWA PRESS
27
conv.
o
gol
970
minutos
13
ZAGUEIRO Thiago E. da Silva
22/09/84 Rio de Janeiro (RJ)
clube:
milan
jogos
Considerado um dos zagueiros mais técnicos do mundo, Thiago Silva nasceu no Rio de Janeiro, iniciou nas categorias de base do Barcelona Esporte Clube, da capital carioca. Sua estreia profissional foi pelo Juventude, tendo um ótimo desempenho em 2004, o que chamou a atenção do Porto, que contratou o zagueiro por cinco anos. Com problemas de contusão e poucas oportunidades, ele foi emprestado ao Dínamo Moscou, mas sofreu com o frio intenso, chegando a contrair tuberculose, ficando internado por alguns meses. Em 2006, voltou ao futebol brasileiro, emprestado ao Fluminense. Jogando no seu clube de coração, Thiago teve uma temporada excelente, mesmo em um time frágil. Ídolo da torcida, permaneceu no ano seguinte, conquistando o título da Copa do Brasil de 2007 e fazendo uma boa campanha no Brasileiro. Um novo jogador aparecia aí: a grande velocidade, a boa impulsão e as antecipações precisas, além de um chute violento com a perna direita. Em 2008, ele foi um dos principais nomes na campanha do vice-campeonato da Libertadores. No final do ano, o assédio do futebol europeu se tornou insuportável – especialmente após sua convocação para a Seleção Brasileira (olímpica e principal). Em dezembro, foi vendido ao Milan, onde estreou em janeiro de 2009. Mas apenas em julho o jogador pôde integrar o elenco principal milanês, devido ao fato dos italianos terem atingido o limite de jogadores extracomunitários durante a temporada 2008-09. A partir da temporada 2009-10, passou a ser presença frequente no Milan, se consolidando como um dos melhores zagueiros no mundo, e desbancando o italiano Nesta como melhor zagueiro rossonero. Sua habilidade o permite ser escalado como volante, como aconteceu em algumas partidas desta temporada. Pela Seleção Brasileira, Thiago Silva estreou em 2008, em partidas pelas Eliminatórias da Copa de 2010. No mesmo ano, integrou a seleção olímpica, como um dos atletas com mais de 23 anos. Em 2010, representou o Brasil na Copa do Mundo da África do Sul, e desde então é titular da equipe de Mano Menezes.
pr elimina r
32 · a m i s t o s o · brasil x hol an da
ANDERSON
AFP
Anderson assinou contrato com o Manchester United em 2007 e após uma grave contusão que o deixou longe dos gramados por sete meses, voltou bem ao futebol e agora vive um bom momento no time do técnico Alex Ferguson. Convocado inúmeras vezes para a Seleção, Anderson esteve presente na conquista do bronze olímpico nas olimpíadas de Pequim, em 2008, mas lesionado, ficou de fora do grupo que disputou a Copa do Mundo de 2010. Com boas atuações no Manchester, convenceu Mano de que merece um lugar no time e voltou a ser convocado para uma partida da Seleção em janeiro de 2011.
4 /6/2 01 1
ATLETA VOLTA À SELEÇÃO APÓS SUCESSO NA INGLATERRA
Meio-campista lançado por Mano Menezes em 2005, quando era técnico do Grêmio, Anderson Luís de Abreu Oliveira é hoje jogador do Manchester United, da Inglaterra, e um dos nomes de confiança do treinador na renovação da Seleção Brasileira. Revelado pela equipe gaúcha, Anderson jogou na categoria de base do tricolor desde os cinco anos de idade e foi considerado o sucessor de Ronaldinho Gaúcho no time. O garoto prodígio assinou contrato profissional em 2004, com apenas 16 anos, e foi incorporado ao time principal. No seu primeiro campeonato brasileiro com a camisa do tricolor, jogou seis partidas e marcou um gol, porém, suas belas jogadas, passes precisos e partidas excelentes, não foram o suficiente para evitar o rebaixamento do time para a Série B do Campeonato Brasileiro daquele ano. Em 2005, ganhou mais destaque e foi um dos principais nomes da campanha gremista no Campeonato Gaúcho. Um dos poucos jogadores que permaneceram na equipe após a queda em 2004, assumiu a responsabilidade e a posição de titular no time.Esteve presente e foi decisivo na épica “Batalha dos Aflitos”, último jogo do campeonato, que valia o título e retorno para a Série A do futebol nacional. O Grêmio enfrentava o Naútico, com três homens a menos e Anderson marcou o gol da vitória do time gaúcho. Em 2006, foi negociado com o Porto, onde ficou por uma temporada e meia, passagem marcada por uma lesão e dois títulos importantes, a Taça e a Supertaça de Portugal.
22
conv.
o
gol
376
minutos
08
VOLANTE Anderson Oliveira
13/04/88 Porto Alegre (RS)
clube:
mianchester united
jogos
a m i s t o s o · br a sil x h o l a nda · 3 3
CONVOCADOS
HENRIQUE
MOWA PRESS
Pelo time da Raposa, o atleta já acumula três campeonatos mineiros conquistados e boas participações no Brasileirão, chegando à disputa pelos melhores da posição no torneio em todos os anos. No total, Henrique já disputou mais de 100 partidas em campeonatos brasileiros e chega com experiência na busca por uma vaga no time titular do Brasil. Sua primeira convocação para a seleção brasileira aconteceu em 2011, já sob o comando de Mano Menezes, para o amistoso contra a Escócia, em Londres, quando o time canarinho venceu pelo placar de 2 a 0.
REGULAR, ATLETA CHEGA COM MORAL NA SUA SEGUNDA CONVOCAÇÃO
Henrique é outra grata revelação do futebol brasileiro. Reconhecido por seu estilo marcador sempre eficiente, o volante também tem um chute potente e visão de jogo. Seus caminhos no futebol começaram em 2004, no time da sua terra natal, Londrina, no Paraná. Após boa disputa no estadual daquele ano, chegou ao time do Figueirense, de Santa Catarina. No “Esquadrão de Aço” ficou até 2007, quando acertou a sua transferência para o Jubilo Iwata, do Japão. Antes de sair, porém, ficou marcado por boas apresentações nos gramados brasileiros, o que ajudou o Figueira a garantir um título estadual, em 2006. Na equipe japonesa, permanece até o ano de 2008, quando Adilson Batista, técnico do Cruzeiro, optou por trabalhar novamente com o jogador. A dupla já havia tido sucesso quando trabalhou junto tanto no Figueirense e no Japão. Juntos, evoluíram cada vez mais. Adilson criou um esquema em que Henrique jogava com dois parceiros na proteção da zaga. No ano seguinte à sua contratação (primeiro num empréstimo junto aos japoneses, depois em definitivo), o Cruzeiro se destacou na Libertadores da América e chegou até a final, numa disputa equilibrada com o Estudiantes. Com o vicecampeonato em mãos, Henrique ainda é lembrado pelo belo gol diante do São Paulo no jogo de volta das quartas de final e das belas atuações contra o Grêmio na semifinal.
0
gol
0
jogo
0
minutos
02
VOLANTE Henrique P. de Lima
16/05/85 Londrina (PR)
clube: cruzeiro
conv.
pr elimina r
34 · a m i s t o s o · brasil x hol an da
4 /6/2 01 1
MOWA PRESS
LUCAS LEIVA VOLANTE DE ESTILO CLÁSSICO, ATLETA SE DESTACA NO CAMPEONATO INGLÊS
23
conv.
o
gol
757
minutos
11
VOLANTE lucas pezzini leiva
09/02/87 DOURADOS (MS)
clube:
Liverpool
jogos
Sobrinho do ex-jogador Leivinha, o volante Lucas tem o futebol nos genes. Aos 24 anos e consagrado como ídolo em um time de ponta na Europa, o Liverpool, da Inglaterra, o meiocampista é titular da seleção brasileira na era Mano Menezes. Natural de Dourados, no Mato Grosso do Sul, o camisa 21 dos Reds começou a carreira nas categorias de base do Grêmio em 2002. Aos poucos, seu estilo clássico, de marcação firme e boa visão de jogo, chamou a atenção dos treinadores e em 2005 subiu para o profissional. No final do mesmo ano, disputou a chamada “Batalha dos Aflitos”, na série B do Brasileirão. No jogo, ajudou o Grêmio a voltar à série A com uma vitória épica com apenas sete jogadores em campo contra o Náutico. Em 2006, estabelecido como revelação do futebol gaúcho, Lucas foi campeão estadual, algo que não acontecia na Azenha desde 2001. Titular, conquistou com o Grêmio o terceiro lugar do Brasileiro e uma vaga na Libertadores. Em 2007, disputou seu primeiro torneio internacional e foi titular na campanha do Grêmio naquele ano. O time brasileiro acabou sendo vice-campeão, perdendo a final para o Boca Juniors. No mesmo ano, Lucas voltou a comemorar um título estadual e chamou a atenção dos maiores times da Europa. Na sua trajetória gremista, fez 38 jogos e anotou quatro gols. A partir de então, mudou-se para a Inglaterra para jogar num dos principais campeonatos do mundo: a Premier League. Reserva no começo, demorou a conseguir uma vaga entre os titulares, sempre sendo preterido pelo técnico espanhol Rafa Benítez. O Liverpool havia acabado de perder a Liga dos Campeões para o Milan e passava por uma renovação. Rafa Benítez caiu e Lucas assumiu a titularidade do meio campo dos Reds com a saída do também espanhol Xabi Alonso, que foi jogar no Real Madrid. Desde então, são 168 jogos com a camisa do Liverpool. Lucas acaba de renovar seu contrato com o clube inglês e lidera uma votação do site oficial do time para “o melhor jogador da temporada”. Lucas também acumula passagens bem sucedidas pelas seleções de base do Brasil. Em 2007 foi capitão do Brasil no SulAmericano Sub-20. Também participou da equipe que disputou os Jogos Olímpicos de 2008, em Pequim, na China. Na ocasião, o Brasil ficou com a medalha de bronze.
a m i s t o s o · br a sil x h o l a nda · 3 5
RAMIRES
MOWA PRESS
Um ano mais tarde participou da Copa do Mundo, na África do Sul. Após a competição, deixou Portugal rumo à Inglaterra, para defender o Chelsea. Os Blues vinham de um título inglês e só trouxeram Ramires, entre nomes representativos, no mercado de verão. A qualidade técnica do brasileiro encantou o italiano Carlo Ancelotti, que logo encontrou uma vaga no time titular para o “maratonista”. Comparado ao ganês Essien pela imprensa local, Ramires hoje é peça fundamental no time. Titular na seleção brasileira, a carreira do carioca de 24 anos segue em alta. Experiente após disputas seguidas na Liga dos Campeões da Europa, Ramires é nome provável na lista de Mano Menezes para a Copa América 2011.
O “MARATONISTA”, VOLANTE SEGUE EM ALTA NO TIME DO CHELSEA
O volante Ramires é dono de uma carreira de ascensão meteórica. E todo esse mérito começou na cidade de Joinville, em Santa Catarina, aos 17 anos. Após disputar uma competição para juvenis no Rio, o jovem chamou a atenção do treinador Wagner Oliveira, que levou Ramires ao time principal do Joinville e alterou a sua posição em campo; deslocando-o da lateral direita para o meio de campo. Versátil e ágil, apesar de franzino, ganhou destaque no estadual de 2007 no JEC e logo foi vendido ao Cruzeiro por R$ 400 mil a pedido do técnico Dorival Júnior. No time, se tornou titular incontestável em pouco tempo, vencendo o Campeonato Mineiro e sendo eleito um dos melhores em sua posição ao lado de Hernanes no Brasileirão de 2008. No ano seguinte, foi um dos grandes nomes do time de Adilson Batista na Libertadores. Após ganhar mais um estadual, o time se focou no torneio intercontinental e por pouco não soltou o grito de campeão, que ficou com os argentinos do Estudiantes. De lá, foi vendido ao futebol português e desembarcou no Benfica em 2009. Experiente, já acumulava uma passagem especial pela seleção brasileira nos Jogos Olímpicos de 2008, em Pequim, na China. No Benfica, era considerado um xerife do meio-campo, marcando e atacando com qualidade incomparável aos demais do campeonato. Ramires se destacou e voltou à Seleção Brasileira. Prestigiado com o título português em sua primeira temporada na Europa, o volante disputou a Copa das Confederações de 2009 com a camisa canarinho.
29
conv.
21
jogos
1,1 mil minutos
02
VOLANTE Ramires S. do Nascimento
24/03/87 Barra do Piraí (RJ)
clube:
chelsea
gols
pr elimina r
3 6 · a m i s t o s o · brasil x hol an da
SANDRO
MOWA PRESS
Ao final da competição continental, o jogador foi disputado por grandes times da Europa e fechou um contrato longo com o Tottenham, da Inglaterra. Apesar das dificuldades na adaptação ao futebol inglês, Sandro cavou seu espaço e aos poucos começou a aparecer entre os titulares. O jogador já disputou 25 partidas em sua primeira temporada na Europa e anotou um gol. Sandro foi convocado pela primeira vez em 2009, para o lugar de Josué, que estava contundido, em partida das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2010 contra o Chile. Foi convocado outras vezes, porém, ficou de fora do grupo que foi à África do Sul.
4 /6/2 01 1
IMPLACÁVEL, VOLANTE SE DESTACA PELO BAIXO NÚMERO DE FALTAS COMETIDAS
Natural de Riachinho, Minas Gerais, Sandro é um volante alto e técnico, com boa saída de jogo e comete poucas faltas durante as partidas. Hoje é titular do tradicional Tottenham, da Inglaterra, e figura constante nas convocações de Mano Menezes. Ele também pode desempenhar o papel de primeiro volante, soltando Ramires, Hernanes ou Lucas Leiva mais para o ataque. O jovem jogador começou sua carreira profissional no Internacional, e ganhou projeção no time titular aos poucos. Com as saídas de Edinho e Maycon , em 2008, foi tirado dos juvenis para compor o banco de reservas colorado. Figurinha carimbada nas seleções de base, Sandro foi capitão do time que buscou o título do SulAmericano Sub-20 para o Brasil na Venezuela. De lá, voltou direto para o time titular do Inter e ganhou status de xerifão ao lado do argentino Guiñazu. Só não disputou o mundial da categoria por pedido do clube gaúcho, que não queria ficar sem um de seus principais atletas. Sandro acumulou então grandes participações nos estaduais e no Brasileirão, mesmo quando o time não conseguia se firmar. O Inter, porém, voltou a se mostrar forte em 2010, quando conquistou a Libertadores da América. Titular no meio-campo ao lado de Guiñazu, D’Alessandro e depois Tinga, o jovem promissor foi decisivo tanto nos jogos fora de casa como no Beira-Rio, suportando a pressão da competição com a frieza de um veterano.
12
conv.
0
gol
93
minutos
04
VOLANTE Sandro R. G. Cordeiro
15/03/89 Riachinho (MG)
clube:
tottenham
jogos
a m i s t o s o · br a sil x h o l a nda · 37 MOWA PRESS
ELANO DISCIPLINADO, VOLANTE É HOMEM DE CONFIANÇA DE MANO MENEZES
Cabeça erguida e precisão nos passes. Essas são algumas das qualidades que fizeram de Elano um jogador essencial em todos os clubes onde passou. Iniciou sua carreira jogando nas categorias de base do Guarani. Após a passagem pelo Bugre, transferiu-se para a Inter de Limeira, permanecendo somente até o final do ano 2000. No início de 2001, foi para o Santos Futebol Clube, equipe pela qual se consagraria. Tornou-se peça fundamental do time que ficou conhecido como “Meninos da Vila”, e tinha a companhia de Diego e Robinho. Com este time, Elano venceu dois campeonatos brasileiros, 2002 e 2004, e o vice-brasileiro em 2003. Com apenas 20 anos, e dois títulos nacionais no currículo, o jogador atraiu olhares da Europa, até que em 2004, foi vendido ao Shakhtar Donetsk, da Ucrânia. No time de Donetsk, Elano teve 77 aparições, marcando 22 gols. De quebra, levou dois canecos do campeonato ucraniano nas temporadas 2004/05 e 2005/06, e uma Supercopa da Ucrânia, em 2005. Após a passagem vitoriosa pela Ucrânia, o jogador seguiu a trilhar seu caminho na Europa. Com um bom aproveitamento nos jogos, chamou atenção de um clube inglês em grande ascensão, o Manchester City. Permaneceu no “Sky blues” por duas temporadas, onde fez 62 partidas e marcou 14 gols. Embora tivesse chegado com fama de craque, Elano não conseguiu se firmar na equipe principal, e, em 2009, transferiu-se para a Turquia, onde jogaria pelo Galatasaray. No time turco, não conseguiu, a exemplo do clube inglês, demonstrar seu melhor futebol. Alternando entre o banco de reservas e a equipe titular, o meio campista confirmou em novembro de 2010 a volta ao time que o fez brilhar: o Santos Futebol Clube. No retorno ao alvinegro praiano, Elano tornou-se um líder dentro de campo. Tendo saído do time com 20 anos, retorna com 29, e rodado no futebol, algo importante para acalmar a jovem equipe. Dentro de campo, o jogador tem mostrado porque está entre os destaques da equipe, tornando-se um dos artilheiros do último Campeonato Paulista, com 11 gols. Foi durante sua estadia na Ucrânia que Elano recebeu sua primeira convocação para a seleção brasileira, em 2004. Desde então, foram 45 jogos e nove gols marcados, o último deles na Copa do Mundo da África do Sul, em 2010, na vitória por 3 a 1 sobre a seleção da Costa do Marfim.
66
conv.
47
jogos
2,3 mil minutos
09
MEIO-CAMPO Elano Blumer
14/06/81 Iracemápolis (SP)
clube: santos
gols
pr elimina r
38 · a m i s t o s o · brasil x hol an da MOWA PRESS
ELIAS
4 /6/2 01 1
MEIA VOLTA À SELEÇÃO E BUSCA UM LUGAR NO TIME DA COPA AMÉRICA
O meio-campo Elias chama atenção pelo forte poder de marcação e pela habilidade de apoio ao ataque. Fez grande sucesso jogando pelo Corinthians, mas foi no arqui-rival Palmeiras onde começou a carreira e jogou por oito anos nas categorias de base. Sem chances na equipe principal, foi dispensado. Depois da longa estadia na equipe do Parque Antarctica, o atleta foi para o Náutico, de Refice. O clube tinha uma situação financeira instável, o que fez com que Elias não recebesse os salários. Insatisfeito com a situação, voltou para São Paulo. Sem oportunidades em times de expressão, acabou disputando o campeonato de várzea paulista pelo Leões da Vila Medeiros e, posteriormente, pelo Lagoinha da Vila Maria, ambos clubes da zona norte de São Paulo. Em 2007, Elias teve a oportunidade que tanto precisava. Foi para o São Bento, disputar a Série A-1 do Campeonato Paulista. Comandado pelo colombiano Freddy Rincón, o jogador foi recuado. Passou do ataque para o meio, posição onde conseguiu destaque. Ainda em 2007, foi campeão da Copa Federação Paulista de Futebol, pelo Juventus. Com um ótimo rendimento pelo moleque travesso, foi contratado pela Ponte Preta. No Campeonato Paulista de 2008, a equipe teve um ótimo rendimento, chegando às finais. Com destaque no ataque, o meio-campista era o cobrador de faltas do time, e colocou a bola no fundo das redes em sete oportunidades. Com a queda do Corinthians a série B do Campeonato Brasileiro de 2008, Elias viu a oportunidade bater a porta. Quando foi contratado por um grande time do futebol nacional o jogador não deixou passar a oportunidade. Mesmo atuando mais no setor de marcação da equipe alvinegra, continuou com suas rápidas e mortais subidas ao ataque. Fez 155 jogos e balançou a rede em 58 oportunidades. Terminando o Campeonato Brasileiro de 2010 em 3º lugar, recebeu o Prêmio Craque do Brasileirão de melhor meiaesquerda, e também o Troféu Mesa Redonda, de melhor segundo volante. Como resultado, Elias foi para a Espanha, e atualmente defende as cores do Atlético de Madrid. Em setembro de 2010, foi convocado pela primeira vez para vestir a camisa canarinho, e defendeu nossa seleção em três amistosos: contra Ucrânia, Irã e Argentina.
06
conv.
0
gol
316
minutos
05
MEIO-CAMPO Elias Mendes Trindade
16/05/85 São Paulo (SP)
clube:
atlético de madri
jogos
a m i s t o s o · br a sil x h o l a nda · 39
CONVOCADOS
MOWA PRESS
JADSON COM BOA VISÃO DE JOGO, ATLETA DÁ CADÊNCIA AO MEIO DA SELEÇÃO
03
conv.
0
gol
104
minutos
02
MEIO-CAMPO Jadson R. da Silva
05/10/83 Londrina (PR)
clube: shakhtar
jogos
Um camisa dez à moda antiga. Se pudéssemos resumir o baixinho Jadson com poucas palavras, estas seriam as ideais. Um dos jogadores com melhor passe e visão de jogo da atual geração brasileira, o meia foi revelado pelo Atlético-PR, tendo atuado pela equipe paranaense desde 2003. Na campanha do ano seguinte, quando a equipe chegou ao vice-campeonato brasileiro de 2004, Jadson foi um dos principais nomes do time, com belos gols e assistências decisivas. No início de 2005, o Atlético recebeu uma oferta irrecusável do Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, e vendeu o meia. No futebol europeu, Jadson estreou no meio da temporada 2004-05, e desde a sua chegada, o Shakhtar passou a dominar o futebol local, tendo vencido cinco das últimas sete temporadas. Pela equipe ucraniana, Jadson joga há quase sete anos, tendo como companheiro de equipe o parceiro dos tempos de Atlético-PR, o também meia Fernandinho. Dominante na Ucrânia, o Shakhtar passou a despontar no futebol europeu, e Jadson teve papel fundamental nessa evolução. Seu auge na equipe da cidade de Donetsk aconteceu na final da Copa da Uefa de 2009, quando os ucranianos venceram a partida contra o Werder Brenem, da Alemanha, por 2 a 1, com Jadson anotando o gol da vitória e sendo escolhido o melhor jogador da decisão. Pela Seleção Brasileira, o meia sempre sofreu com a concorrência no setor — desde que despontou, Jadson encantou aos torcedores do Atlético, que até hoje o têm como um dos melhores jogadores a já ter vestido a camisa rubro-negra. Mas o Brasil tinha nomes como Kaká e Ronaldinho Gaúcho no auge de suas carreiras, e com isso, o jovem paranaense acabou perdendo a chance de defender o país nas Copas de 2006 e 2010. Com Mano Menezes, isso mudou. Jadson recebeu sua primeira chance em 2011, entrando no amistoso contra a França. Mesmo jogando em um time com um jogador a menos, o meia conseguiu cadenciar o jogo, e deu bons passes. Contra a Escócia, Jadson começou jogando, tendo uma ótima atuação na vitória por 2 a 0.
pr elimina r
40 · a m i s t o s o · brasil x hol an da
LUCAS
JOVEM MEIA DEIXA DE SER PROMESSA E SE TORNA UM DOS PRINCIPAIS JOGADORES DO FUTEBOL BRASILEIRO
conv.
o
gol
19
minutos
01
MEIO-CAMPO Lucas R. Moura da Silva
13/08/92 São Paulo (SP)
clube:
são paulo
jogo
MOWA PRESS
O meia-atacante mais jovem e valioso do país atende pelo nome de Lucas Rodrigues Moura da Silva, um garoto de 18 anos que após a renovação de contrato com o São Paulo, no início deste ano, passou a ter uma multa rescisória no valor de R$ 180 milhões. No início da carreira era chamado de Marcelinho, pela semelhança de seu futebol com o do exjogador Marcelinho Carioca, mas as comparações pararam por aí. Agora é chamado de Lucas, e por meio do seu futebol único e encantador deixou para trás qualquer característica parecida com a de outro jogador, tornando-se uma das principais revelações do time são-paulino nos últimos anos. A sua visão de jogo, a facilidade de conduzir a bola e dar passes precisos e o bom preparo físico para aguentar os trancos e solavancos do futebol são características do estilo de jogo e da personalidade tímida do menino mais valioso em atividade no Brasil. Avesso às badalações que envolvem o mundo dos boleiros, Lucas está aí para provar que bons moços também são craques. Destaque da Copa São Paulo de Futebol Júnior em 2010, não demorou a ser integrado ao elenco principal do São Paulo e desde sua estreia como profissional, na partida que terminou em empate contra o Atlético Paranaense, garantiu seu lugar no time. No final de 2010 foi convocado pelo técnico Ney Franco para disputar o Campeonato Sul-Americano Sub-20. Ao lado de Neymar foi decisivo para a conquista do título. Vestindo a camisa 10 da seleção foi o segundo maior artilheiro da competição, recebendo da Fifa o prêmio de revelação do futebol mundial em 2010. A grande aposta e orgulho dos torcedores são-paulinos, Lucas foi convocado pela primeira
02
4 /6/2 01 1
vez pelo técnico Mano Menezes para um jogo da seleção principal no dia 3 de março de 2011, e ainda com 18 anos tornou-se o segundo mais jovem jogador do São Paulo a conseguir esse feito. A convocação foi para uma partida amistosa contra a Escócia, quando começou no banco de reservas e entrou apenas nos 15 minutos finais, mas que foram suficientes para mostrar ao técnico e aos torcedores as características que os sãopaulinos já conheciam, e que a sua velocidade, as ótimas jogadas individuais e bom chute de perna direita poderão ser úteis e estarão à disposição da Seleção Brasileira.
a m i s t o s o · br a sil x h o l a nda · 41
AFP
THIAGO NEVES MEIA VOLTA À SELEÇÃO APÓS TAMBÉM RETORNAR AO FUTEBOL BRASILEIRO
03
conv.
o
gol
25
minutos
01
MEIO-CAMPO Thiago Neves Augusto
27/02/85 Curitiba (PR)
clube:
flamengo
jogo
Meia-esquerda de muita habilidade, Thiago Neves foi o destaque do Campeonato Carioca deste ano levando o Flamengo ao título invicto. Thiago Neves começou a carreira profissional no Paraná Clube, em 2004 , quando ficou entre os melhores do Paranaense daquele ano. O jogador ainda acumulou boas apresentações no Brasileirão de 2005 , o que lhe rendeu a chance de jogar no exterior. Em 2006, foi negociado com o Vengalta Sendai, na época na segunda divisão do campeonato local. Comandado por Joel Santana, dividia as atenções do time com o atacante Borges. Em 2007, se transferiu para o Fluminense. No tricolor carioca brilhou logo na primeira temporada e ajudou o time das Laranjeiras a conquistar a Copa do Brasil pela primeira vez. Ainda nesse ano, o jogador assumiu a condição de estrela da equipe e comandou o time na campanha do Brasileirão. Thiago Neves ganhou uma bola de ouro como melhor jogador e o Fluminense acabou o campeonato em 4.º lugar. Na Libertadores de 2008, outra grande campanha. O reforçado Fluminense, sob a batuta de Thiago Neves, chegou à final da competição e só parou na LDU, do Equador. As atuações do meia chamaram a atenção da Europa e ele foi negociado com o Hamburgo, da Alemanha. Lá, porém, não teve muitas oportunidades e se transferiu para o Al-Hilal, da Arábia Saudita, mas na negociação retornou ao futebol brasileiro para defender o Fluminense por empréstimo de seis meses. Entre 2009 e 2010 permaneceu no Mundo Árabe e se destacou logo de cara nos campeonatos locais. Com o AlHilal foram 41 jogos e 29 gols marcados. Em 2011 se mudou para o Flamengo. Na Gávea, Thiago Neves vem fazendo bonito, e além do título estadual invicto, levou ainda o prêmio de melhor jogador do Campeonato Carioca. Thiago volta à Seleção Brasileira após um período afastado da equipe que defendeu nas Olimpíadas de Pequim e também nas categorias de base.
pr elimina r
4 2 · a m i s t o s o · brasil x hol an da
4 /6/2 01 1
AFP
FRED
DE VOLTA À SELEÇÃO, ATACANTE DIZ QUE HONRARÁ O PAÍS
20
conv.
10
jogos
539
minutos
04
ATACANTE Frederico Chaves Guedes
03/10/83 Teófilo Otoni (MG)
clube: fluminense
gols
Um dos atacantes mais completos que vestiram a camisa da Seleção Brasileira nos últimos anos. Boa visão de jogo, velocidade, bom posicionamento, habilidade e cabeceio. O “predestinado” Fred começou a sua carreira nas categorias de base do América-MG, quando anotou o gol mais rápido da história do futebol brasileiro, com apenas três segundos de partida, em um jogo do Coelho contra o Vila Nova de Goiás, pela Copa São Paulo de 2003. Até 2009, a marca de Fred permaneceu como recorde mundial, até ser superada por um jogador da Arábia Saudita. Com suas atuações pelo América, não demorou até o Cruzeiro contratar o atacante, já em 2004. O centroavante marcou 16 gols em 28 partidas, e foi o principal artilheiro da Raposa no Brasileiro. O ano seguinte trouxe ainda mais sucesso a Fred, que marcou 40 gols em 43 partidas, sendo artilheiro da Copa do Brasil, com um recorde que persiste até hoje – 14 gols em nove jogos. O atacante também foi artilheiro mineiro, e marcou dez gols no Brasileiro. A marca só não aumentou porque o Lyon fez uma oferta irrecusável e contratou o jogador. Na França, participou dos três últimos títulos nacionais da equipe, que fizeram do Lyon heptacampeão consecutivo. Sua temporada de estreia foi a mais destacada, quando foi vice-artilheiro do Campeonato Francês. As duas temporadas seguintes não foram muito felizes, marcadas por contusões, e perda de espaço no clube francês. Em 2009, Fred se transferiu para o Fluminense, marcando dois gols em sua estreia, contra o Macaé. Mesmo sofrendo com lesões, o atacante foi fundamental no Brasileiro, quando ajudou o Tricolor a fugir do rebaixamento com uma série invicta de dez partidas, anotando em média um gol por jogo. Em 2010, seguiu alternando atuações memoráveis com contusões, e teve menos destaque na campanha do título brasileiro do Flu. Em 2011, Fred voltou à toda, sendo o artilheiro do Fluminense na temporada. Com isso, ganhou nova chance do treinador Mano Menezes para representar a Seleção Brasileira, pela qual estreou em 2005 e atuou na Copa do Mundo de 2006, tendo feito seu primeiro gol com dois minutos em campo, contra a Austrália. Artilheiro, assistente, lutador: três palavras que resumem Fred no Flu e com a camisa do Brasil.
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L. DAMIÃO
02
conv.
o
gol
77
minutos
01
ATACANTE Leandro Damião dos Santos
22/07/89 Jardim Alegre (PR)
clube:
internacional
MOWA PRESS
Um atacante diferente – é o mínimo que se pode dizer de Leandro Damião. O que dizer de um atleta que não teve passagem por categorias de base, tendo sido criado na várzea, em São Paulo? Essa é a história do paranaense que, aos 17 anos, foi aprovado em um teste no Atlético de Ibirama, da primeira divisão catarinense. Entre 2007 e 2009, passou por vários clubes pequenos de Santa Catarina, até voltar a Ibirama e se destacar no Estadual de 2009, chamando a atenção de outros clubes. O Internacional o contratou por empréstimo, para disputar o estadual júnior e a Copa FGF de 2009, pelo time B colorado. Com boas atuações, o Inter agiu rápido e adquiriu os direitos econômicos do centroavante, o integrando à equipe principal no ano seguinte. Leandro Damião atuou pouco no ano de 2010, mas foi decisivo em momentos importantes, como na final da Taça Libertadores, contra o Chivas Guadalajara, quando marcou um dos gols da vitória que garantiu o bi da competição ao Internacional. Para 2011, o time gaúcho contratou diversos jogadores para o ataque, mas Leandro Damião soube se impor, e conquistou a titularidade, sendo peça importante para a conquista do campeonato gaúcho pelo Inter. O atacante foi o artilheiro da competição, com 17 gols em 13 partidas, e eleito o melhor jogador do torneio. Nos três primeiros meses do ano, Damião havia marcado 21 gols em 21 jogos, em uma média de gols espantosa.
jogo
MATADOR, JOGADOR PROMETE BRIGA BOA PELA CAMISA 9
Foi graças ao excelente desempenho com a camisa do Internacional que Leandro Damião recebeu sua primeira chance na Seleção Brasileira, convocado pelo técnico Mano Menezes para o amistoso contra a Escócia, em Londres, no início do ano. Logo em sua primeira convocação, Damião recebeu a camisa 9 e entrou como titular, fazendo uma boa partida. Seu principal momento foi uma cabeçada que parou no travessão do goleiro escocês. A trajetória de Damião é impressionante: de atacante dos campos de várzea paulistas, passando por pequenos clubes do interior catarinense, até uma ascensão meteórica, conquistando uma Taça Libertadores e vestindo a camisa que é o sonho de todo jogador brasileiro.
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NEYMAR MOWA PRESS
Na Seleção Brasileira, o jovem craque também não tem decepcionado. Sua estreia se deu em agosto de 2010 em amistoso diante dos Estados Unidos. Com 18 anos na época, não se intimidou e marcou de cabeça logo em sua chegada. Sua última partida pela Seleção Brasileira foi contra a Escócia em 27 de março de 2011, jogo em que o marcaria dois gols e faria sua melhor exibição vestindo a amarelinha. O craque só esteve presente em três convocações de Mano Menezes até agora e deve entrar com vontade para consolidar-se no ataque da Seleção que irá disputar a Copa América.
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MOLEQUE ABUSADO, ATACANTE É EFICIENTE E DÁ ESPETÁCULO
Moleque atrevido, franzino e bom de bola, este é Neymar da Silva Santos Júnior. Talentoso dentro de campo e famoso fora dele, é uma das maiores estrelas do futebol brasileiro atual. Menino da Vila, revelado na mesma base que Robinho, é a principal esperança de espetáculo e gols da Seleção Brasileira. Nas categorias de base do Santos desde os 12 anos, o garoto nascido em Mogi das Cruzes só foi estrear na equipe principal em março de 2009, em partida válida pelo Campeonato Paulista. O Peixe ficaria com o vice-campeonato e Neymar seria eleito a revelação do Paulistão daquele ano. A consagração definitiva viria em 2010. Neymar conquistaria no Santos o Campeonato Paulista, marcando gols em todos os clássicos. Mais tarde, os Meninos da Vila se tornariam campeões da Copa do Brasil, em uma campanha marcada por goleadas memoráveis, como o 10 x 0 contra o Naviraiense (MS) e o 8 x 1 contra o Guarani. Com 11 gols marcados, Neymar terminaria a Copa do Brasil como artilheiro e o Santos garantiria vaga na Libertadores da América. O primeiro semestre de 2011 ainda nem terminou e Neymar já ajudou o Santos a sagrar-se bi-campeão paulista, marcando um dos gols na final contra o Corinthians. Pela Libertadores, o atacante também vem realizando ótimas partidas e o Peixe é o melhor representante brasileiro na competição internacional.
04
conv.
03
jogos
236
minutos
03
ATACANTE Neymar da S. Santos Junior
05/02/92 Mogi das Cruzes (SP)
clube: santos
gols
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CONVOCADOS
NILMAR
31
conv.
19
jogos
838
minutos
09
ATACANTE Nilmar H. da Silva
14/07/84 Bandeirantes (PR)
clube: villareal
MOWA PRESS
Atacante habilidoso, veloz, de raciocínio rápido e gols bonitos, Nilmar Honorato da Silva foi revelado pela Sociedade Esportiva Matsubara, do Paraná. Nascido em Bandeirantes, no interior do estado, foi comprado pelo Internacional, onde iniciou sua carreira na equipe profissional em 2003, com apenas 18 anos. Ganhou espaço e destaque no Colorado, tornando-se campeão e artilheiro do time no campeonato gaúcho de 2004. Junto com o primeiro título, veio o interesse de clubes do exterior, e em agosto do mesmo ano foi negociado com o Lyon, da França. A adaptação ao futebol europeu foi difícil e as oportunidades no time francês eram poucas, mas mesmo assim sua trajetória no Lyon deixou boas impressões. Nilmar marcou dois gols na sua estreia no pelo clube, e na temporada seguinte marcou quatro gols em nove jogos, ajudando o Lyon a chegar às quarta-de-final da Liga dos Campeões. Após a passagem pelo futebol europeu, Nilmar voltou ao Brasil em 2005 para defender o Corinthians. O atacante foi um dos destaques na conquista do título brasileiro pelo Timão naquele ano. Depois de se recuperar de duas graves lesões nos joelhos, em setembro de 2007 o atacante retornou ao Internacional e foi decisivo na conquista da Dubai Cup, disputada nos Emirados Árabers, contra a Internazionale de Milão, quando na final marcou um gol de bicicleta. Em 2008, novamente mostrou sua estrela em finais, quando marcou o gol que deu ao time o título inédito
gols
HABILIDOSO, ATACANTE TEM PRESTÍGIO COM O TÉCNICO MANO MENEZES
da Copa Sul-Americana, e de quebra levou também a artilharia do torneio. Com tanto destaque acabou voltando ao futebol do velho continente. Em 2009 foi contratado pelo Villarreal, da Espanha. A contratação do atacante foi considerada pelo presidente do clube espanhol, Fernando Roig, “o maior investimento realizado pelo clube”. Pela seleção, Nilmar foi campeão do Mundial Sub-20 em 2003, e em 2009 foi convocado para as eliminatórias para a Copa do Mundo e para a Copa das Confederações de 2009, sendo campeão da última. Em 2010, Nilmar fez parte do grupo que defendeu o Brasil na Copa do Mundo da África do Sul.
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ROBINHO
ATACANTE É A ALEGRIA JOGANDO BOLA, SEM LARGAR A OBJETIVIDADE
MOWA PRESS
Quando o pequeno Robinho começou no futsal, muitos o imaginavam brilhando em alguma equipe grande do Brasil, porém, não o viam como um dos futuros líderes da Seleção Brasileira, com passagens pelos maiores clubes do mundo. Em 1996, com 14 anos, Robinho trocou as quadras pelos gramados no Santos – e foi a decisão mais acertada que poderia ter tomado. Para ele e para o futebol brasileiro. Sua primeira chance profissional veio em 2002, representando o Peixe no Torneio Rio-São Paulo. Mas foi no segundo semestre que a equipe santista, composta por jovens promissores mesclados com atletas experientes, começou a brilhar, chegando ao título brasileiro. Quem não lembra das pedaladas de Robinho contra o adversário corintiano, em jogada que resultou em um dos gols do Peixe na partida do título brasileiro? Em 2003, o desempenho do atacante caiu, mas em 2004, Robinho despontou de vez para o futebol mundial. Marcou 21 gols em 36 partidas pelo Brasileiro, e conduziu o Santos a mais um título brasileiro, mesmo vivendo o drama do sequestro de sua mãe. Em 2005, foi para o Real Madrid. Nas suas primeiras temporadas, o atacante sofreu com treinadores que não aceitavam seu estilo habilidoso de jogo, e só despontou em 2007, quando se tornou um dos principais jogadores merengues. Em setembro de 2008, Robinho assinou com o Manchester City, e se destacou na sua primeira temporada na Inglaterra. Mas o jogador perdeu espaço com a chegada do novo treinador, e voltou ao Brasil, emprestado ao Santos em janeiro de 2010. No Peixe, teve uma passagem curta, mas vitoriosa, com as conquistas do Paulistão e da Copa do Brasil. Retornando à Europa, assinou com o Milan, assumindo a camisa 70 do clube rossonero. Em Milão, Robinho voltou a apresentar o melhor de seu futebol, e esteve presente na conquista do 18º título nacional da equipe. Pela Seleção Brasileira, Robinho foi convocado pela primeira vez em 2003, mas foi na Copa das Confederações de 2005 que o atacante se destacou, conquistando seu espaço e viajando para a Alemanha, para a disputa da Copa do Mundo de 2006. No ano seguinte, Robinho foi campeão da Copa América, sendo escolhido o melhor jogador da competição. Em 2010, esteve novamente presente em uma Copa do Mundo, desta vez na África do Sul. Marcou o último gol brasileiro, na partida contra a Holanda.
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93
conv.
82
jogos
5,9 mil minutos
27
ATACANTE Robson de Souza
25/11/84 São Vicente (SP)
clube:
milan
gols