Hype - edição 69

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R$ 10,00 ano 12 no 69

no papel da vil達 Atena

ISSN 2237-5589

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Giovana Antonelli se diverte

Um talento capixaba chamado

SILVA

Lucia Caus

e o desafio de fazer cinema no ES

Sol de primavera



Preços sob consulta.

Coleção Lady

Rua Comissário Octávio Queiroz • 750 Lojas 8 e 9 • Galeria Santarém • Jardim da Penha Telefone: 27 2142.6716 dressy @lojadressy




Editorial hype

Xô baixo astral!

» Eu não quero dar uma de Poliana , mas também não vou

ficar repetindo mantra de crise. Minha vocação para o bom humor e o otimismo me empurra na direção do sol, este astro luminoso e energizante que nos saúda a cada manhã, nestas terras tropicais abençoadas por Deus e bonitas por natureza. Pois foi exatamente nela, nesta obra divina que é a natureza, que nos inspiramos para produzir o ensaio de moda que resultou na bela capa desta edição. O cenário não poderia ser mais paradisíaco: o parque temático Acquamania, para onde a produção deslocou-se em busca da imagem perfeita. E falando em imagem solar, ninguém melhor do que a atriz Giovana Antonelli para cuidar da sua. Bonita, simpática, bem humorada e talentosa, ela diz, em entrevista à jornalista Ester Jacopetti, como foi que compôs a vilã Atena, de “A Regra do Jogo” e como se diverte trabalhando. Mas como nem só de ficção vive o homem, Hype homenageia dois talentos capixabas: o músico SILVA e a cineasta e diretora do Festival de Cinema de Vitória, Lucia Caus. Ambos apostaram em seus respectivos sonhos e, agora, colhem frutos. Mas não pense que foi fácil não... Que o diga Mariana Reis, que estreia nesta edição, na seção Vida. Exemplo de superação, ela acredita “na sedução diária de superar limites e ir além do que nos impede – não as pernas, os olhos, os ouvidos –, mas o cotidiano”. Cadeirante, além de administradora, Mariana é, também, uma competente educadora física, pós-graduada na Ufes. Mas não pense que acaba aí: ela é a primeira posing fitness coatch do Brasil. Quer saber mais? Então embarque comigo nesta viagem por Hype, que só está começando.

Betty Feliz

Editora Betty Feliz

Editora adjunta Ariani Caetano

Colaboradores Ana Laura Nahas André Andrès Antônio Carlos Félix Ariani Caetano Ester Jacopetti

Luis Taylor Marcelo Netto Sylvia Lis Yuri Barichivich

Yuri

Redação

ua Prof. Sarmento, 41/Lj 01, Ed. Eller, R Praia do Suá, Cep 29.052-370, Vitória, ES. Telefax: 27 3225.6119 redacao@hypeonline.com.br

Comercial

27 3225.0184 comercial@hypeonline.com.br

Projeto gráfico e diagramação Link Editoração 27 3337.7249

Impressão

Gráfica e Editora GSA 27 3232.1266

Site

www.hypeonline.com.br

Nossa capa Fotografada por Faelo Ribeiro, a modelo Elaine Gonçalves (All Models) usa chapéu Osklen, brincos Dotz, colar Morana e blusa Loja Bambu Produção: Mah Meirelles. Beauty: Gleyci Sassi.

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A Revista Hype é uma publicação bimestral da Preview Editora Ltda. É proibida a reprodução total ou parcial de textos, fotos ou ilustrações, por qualquer meio, sem prévia autorização do editor. Todos os direitos reservados.


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Foto: Agência Fotosite

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A voz do leitor Pelo Facebook

Por e-mail “Achei a capa da última edição simplesmente sensacional! Hype tem cara de revista internacional. Parabéns pelo bom gosto e ótimo conteúdo!”

Ana Angélica Dutra

“Como fã da revista e de moda, adorei a cobertura que vocês fizeram do Vitória Moda, colocando a opinião e as escolhas da imprensa, feitas pela imprensa, dos melhores looks dos desfiles. Achei super democrático e oportuno.”

Stael Siqueira

“Fiquei ainda mais fã da atriz Juliana Paes, achei Claudia Matarazzo um charme e curti muito a matéria com Wesley Sathler, personagens da edição passada. Parabéns! Hype demonstra versatilidade e bom gosto em suas escolhas.”

Simone Pontes

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“Muito bons os artigos sobre saúde e estética publicados na última edição. Matérias assim são informativas e educativas.”

“Acho a modelo Lara Armani maravilhosa. Ficou linda a capa.” (edição nº 68)

“Navegando pelo site da Hype, fui conferir a última edição da revista online... Adorei ver a minha participação! O conteúdo também está muito bem feito e selecionado. Parabéns, parabéns! E obrigado pela oportunidade!”

“Sou fã da revista. Muito bacana e antenada com vários nichos de mercado. Parabéns!”

Jorge Severiano

Pedro Permuy

Fique por dentro do que acontece nas redes sociais de Hype!

revistahype @revistahype revistahype

Franciany Prest Siquara

Camila Sandrini Domingues

Que capa maravilhosa!

Juliana Modenese “A ultima edição da revista Hype me ajudou a decidir onde curtir uma semana de férias. A reportagem sobre Gramado estava excelente”

Lourdes Ferolla


Sumário hype

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Vida

» A educadora física, personal e

posing fitness coatch Mariana Reis estreia na coluna, que vai abordar temas dos tempos modernos.

12 Entrevista

Papo Surreal

» Ela é linda, carismática

e talentosa. É claro que estamos falando de Giovanna Antoneli, a sedutora Atena, de “A Regra do Jogo”.

Consumo

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» Confira com quantas pedras, flores e cores se faz um arsenal de acessórios, para combinar com as novidades da estação do sol.

22

» Um ator cujos papéis

atormentados, obsessivos e controversos marcaram a carreira. Confira nosso batepapo com Joaquin Phoenix.

Encontro

Personagem

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» O nome dele é SILVA, o capixaba de 27 anos que conquistou a cena da música nacional com seu som inventivo, instigante e original.

Moda

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» Tendo como cenário o bucólico e tropical Acquamania, nosso ensaio de moda traz looks estampados e coloridos, com a cara do verão.

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» Imagine um pingue-pongue com o primeiro baterista dos Beatles, Pete Best, e o ídolo romântico Jerry Adriani. Hype realizou este feito.

Zoom

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» A cineasta e diretora do

Festival de Cinema de Vitória, Lúcia Caus, adora o que faz, mas se queixa da falta de políticas públicas para o setor.

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Ci ne m a Do is Po nt Po os nt o Fi na l

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St ud io Li vr os

Tu do V in ho Co m er Be m Fe liz Be tt y So m

Co ns um o V ia ja nd o

Di vã

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18 34 36 73

E mais

hypeonline.com.br

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Entrevista hype

GIOVANNA ANTONELLI

"Preciso me reinventar" Ela está de volta ao horário nobre. A bela Giovanna Antonelli é generosa e gosta de compartilhar com os fãs alguns momentos de sua vida

Por Ester Jacopetti / Fotos: Divulgação

N

ascida para brilhar, Giovanna tem mais de duas décadas de muitos personagens e histórias. Desta vez, a atriz incorpora Atena em “A Regra do Jogo”, do autor João Emanuel Carneiro. “Ela é uma mulher amoral, completamente livre, não tem um caráter muito reto, mas tem muito humor, é divertida, rápida e inteligente e teve um passado miserável nos arredores de Brasília”. Assim Giovanna descreve sua personagem, que já conquistou os noveleiros de plantão. A atriz, que mudou o visual para compor uma mulher poderosa, sexy e que adora ostentar, diz que Atena foi um presente como atriz, “para eu poder trabalhar e brincar”. A jornalista Ester Jacopetti conversou com Giovanna antes de a novela estrear. Veja o que resultou deste encontro, onde ela fala de sua relação com a família, da crise, do bazar beneficente que organiza junto de algumas amigas, de saúde e beleza.

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Atena é tida como vilã, mas alguns atores insistem em dizer que seus personagens não são vilões, mas pessoas de caráter duvidoso. Como você a descreveria?

» Ela é uma mulher amoral, completamente livre, não tem um caráter muito reto, mas tem muito humor, é divertida, rápida e inteligente, só que teve um passado miserável nos arredores de Brasília. Começou clonando cartões de crédito, falsificando assinaturas, ganhando dinheiro rápido e gastando mais rápido ainda. Todo vilão também tem um lado bom. Ninguém é 100% mal. Nós temos ímpetos de bondade e maldade. Uma pessoa má pode sim fazer uma boa ação, mesmo torta, ou mesmo não sabendo que está fazendo algo bom. O ser humano tem milhões de facetas. Não


Ninguém é 100% mal. Nós temos ímpetos de bondade e maldade

dá para tachar uma pessoa de uma coisa só. O material humano é maravilhoso. Eu tenho amigos superinteligentes que me serviram de inspiração, com certeza.

Para viver Atena você precisou mudar a cor dos cabelos. Gostou da mudança?

» Adoro mudar, e o público está sempre esperando uma novidade sobre os cabelos dos artistas, do tipo: o que vem agora? Sempre penso nas mudanças em função do público, se ele vai gostar de me ver de maneira diferente. Eu preciso me reinventar. É necessário trazer o novo! Também coloquei um pouco de megahair na frente. Meus cabelos estavam na cor tabaco e, por isso, nós fizemos uma mudança total. O Anderson Couto (cabeleireiro) é um gênio para fazer transformações de morena para loira. Para cada mulher existe um tipo de loiro diferente. Ele escolhe o que é ideal para você! É muito específico. Eu curti muito o resultado! E a Atena tem muita personalidade, muito estilo, trazendo moda também, referências nos acessórios, nas roupas. Não consigo eleger uma única peça, porque gosto de muitas. Sabemos que a rotina do ator, quando começa um novo trabalho, principalmente novela do horário nobre, é bastante cansativa. Como você consegue dar conta de tudo?

» Titia rala (risos)! Existem períodos mais turbulentos de muito trabalho em todos os sentidos. Dentro da televisão, fora dela, projetos que eu vou tocando. São meses preparando a minha família. O meu marido (Leonardo Nogueira) também tem uma vida bastante agitada. Agora, por exemplo, ele está num momento de estreia também. Nesse sentido, nos entendemos muito bem e explicamos para as crianças, mas sempre que surge uma folga, ficamos todos juntos, procurando priorizar nossa família, nem que seja num domingão para acordarmos juntos, irmos ao teatro, almoçarmos, pularmos amarelinha. Eu acredito na qualidade, porque, às vezes, você está todos os dias, mas não está presente. Só penso que no próximo ano terei o

meu momento de férias com as crianças. Por enquanto, é aquele trabalho de formiguinha que rala no verão para curtir o inverno. No meu caso, trabalho no verão e no inverno, mas estou feliz de qualquer maneira!

Você se considera uma mulher consumista?

» Eu não sou nada consumista, sou super-

conservadora. Na verdade, depois que eu tive filho, gasto mais dinheiro com eles do que comigo. Estamos sempre pensando no outro.

Já sabe quais serão as peças da sua personagem que cairão no gosto popular?

» O figurino dela é de uma mulher de muita

personalidade. Ela usa muito preto, branco e vermelho. Adora brincos, colares, anéis e pulseiras. Gosta de joias. É uma mulher sexy e curte roupas assimétricas que valorizam os decotes e os modelos mais colados no corpo, como bodies. Mas é claro que, quando entramos em um trabalho, nunca sabemos o que vai acontecer. É óbvio que as expectativas são as melhores, porque nós nos dedicamos, nos doamos, temos um tesão absurdo em fazer esse trabalho, mas nunca sabemos o que vai acontecer. A minha dedicação está sendo profunda.

E quanto a trabalhar novamente com o autor João Emanuel Carneiro?

» Estou amando e, acima de tudo, me divertindo muito. Foi ótimo reencontrar o João porque foi ele quem me deu minha primeira vilã, no primeiro trabalho que eu fiz com ele, que foi a Bárbara (“Da Cor do Pecado”, 2004). Faz dez anos que trabalhamos juntos e, sinceramente, era um sonho voltar em uma novela dele. Tem também a Amora (Mautner, direção de núcleo), que eu admiro e com quem adoro trabalhar. Nos divertimos muito, fazemos uma troca muito grande. O Nero (Alexandre, ator)... nem preciso falar! Foi um parceiro, um presente para mim nesta novela. Não poderia ser outra pessoa. Nós temos química, nos damos super bem, um escuta o outro, nós jogamos juntos. Poxa, um elenco e uma equipe maravilhosa. Estou muito feliz! hypeonline.com.br 11


Entrevista hype Você organiza um bazar beneficente para ajudar instituições. Como surgiu a ideia desse projeto?

» Surgiu num grupo de amigas, onde pen-

sávamos que poderíamos ajudar algumas pessoas. Uma amiga mostrou-me como funcionavam as instituições. Quando fazemos o bazar no Rio de Janeiro, a instituição escolhida é da cidade, em São Paulo é a mesma coisa. Tem sempre um amigo que ajuda e que indica. A equipe do bazar vai até lá, apura, vê se realmente precisa e, assim, vai fazendo as escolhas, de quem necessita mais no momento. Nós estamos tentando fazer pelo menos duas vezes por ano, São Paulo e Rio de Janeiro, por enquanto. No ano passado conseguimos apenas em São Paulo, mas neste, se Deus quiser, conseguiremos fazer no Rio também.

Vocês recebem algum apoio?

» Sabemos que é um ano muito difícil para a economia, as pessoas estão cautelosas.

Sempre que surge uma folga, estamos todos juntos, procurando priorizar nossa família

É muito mais difícil fazer acontecer, até porque, para levantarmos uma estrutura, temos custos e precisamos da boa vontade de muita gente. É uma dificuldade muito grande. Mesmo sendo um projeto social, nós não temos muito incentivo neste país. É uma ralação, mas vale a pena. Esse é um projeto do coração. Não desistimos do sonho de mover essa corrente do bem, de correr atrás, mesmo diante de tanta catástrofe que estamos vivendo no nosso país. Juntamos pessoas que estão a fim de ajudar, são elas que contaminam de alguma forma, que sentem a vontade de fazer a diferença. Por isso, em toda edição do bazar nós escolhemos quatro ou cinco, porque não adianta pegarmos R$ 100 ou R$ 150 mil, que é o que nós ganhamos em quatro dias, e dividir para 30 instituições. Dessa forma, não vamos conseguir mudar a vida das pessoas. É legal porque nós não doamos dinheiro, nós entregamos o serviço pronto para a pessoa. Espero que possamos crescer cada vez mais e, quem sabe, levar o bazar para outras cidades.

Como você se sente ao ver que o trabalho foi concluído?

» É muito gratificante! Primeiramente, por estar realizando algo que vai atrair as pessoas justamente para ajudar outras. Principalmente nos dias de hoje, em que vivemos num mundo individualista, e as pessoas mal olham para o próximo. Acredito que todas essas pessoas que passaram pelo bazar o fizeram com o intuito de ajudar alguém. Fico orgulhosa só de fazer parte dessa organização. Essa é uma premissa básica. Depois vêm outras condições, mas o princípio mais importante é fazer essa corrente do bem ficar cada vez maior. Nós temos noção do passo que podemos dar. Se tivermos que crescer, que seja ao longo de dez anos, com uma estrutura sólida. Em todo bazar a gente apanha, num bom sentido. Nós estamos aprendendo. Nesta quarta edição, foi a primeira vez que colocamos roupas masculinas e de crianças. Pouco a pouco, vamos melhorando. Investimos em cabides porque tínhamos que alugar,

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Sempre digo que alimentação não é apenas uma tendência de momento

e hoje só alugamos as araras. Depois que o bazar acaba, guardamos no depósito. É um trabalho estrutural que ninguém imagina, mas o prazer é muito grande, porque o que não falta são pessoas que se habilitam para participar do mutirão. Hoje, 90% das peças são doações de lojas e 10% de amigos mais chegados, famílias, pessoas famosas ou não. Cada vez mais o nosso objetivo é ter 100% das peças do bazar sendo de loja.

um prato de brigadeiro com os meus filhos? Vou! Inteiro! É um barato! Eles sempre brincam e me chamam pra fazer ‘caldo de feijão’ (risos). Mas deu mole aqui e comeu mais? Um dia compensa o outro. Durante a semana eu tento ter uma alimentação extremamente saudável. Não saio à noite e tenho uma vida regrada, e nos finais de semana eu me permito, me divirto.

Vamos falar de sua relação com os fãs... Você compartilha com eles suas atividades físicas, por meio das redes sociais...

» Gosto muito de cílios. Tudo que tem rímel ou é postiço, eu adoro, mas não sou uma pessoa que se maquia muito, porque, devido ao trabalho, estou sempre maquiada. Por isso, naqueles dias de folga, deixo a pele respirar, passando apenas um creme hidratante.

» Faço crossfit há quase dois anos. É uma

rotina de exercícios que pratico há algum tempo, mas vou quando é possível. Às vezes acontece de acumular muito trabalho, mas geralmente tento ir, pelo menos, umas três ou quatro vezes por semana. Essa quantidade está de bom tamanho.

O que você diria que não pode faltar no seu nécessaire?

E quanto a sua alimentação? Consegue comer de maneira saudável, com a correria do a dia a dia?

»

Tenho um restaurante no Rio de Janeiro, chamado Pomar Orgânico, que é à base da alimentação saudável. Moro perto do restaurante, então passo por lá, pego o meu almoço e levo para o Projac. Aproveito e faço meu mercado lá também. É óbvio que procuro me alimentar cada vez mais de maneira saudável. Sempre digo que alimentação não é apenas uma tendência de momento. Dieta não é uma tendência. Sinto que as pessoas estão criando novos hábitos alimentares. Nós vamos levando para a nossa vida, mas é claro que eu vou sentar para tomar um vinho, comer uma massa. Não sou radical! A vida é peso e medida. Vou comer

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Narciso hype

Praticidade

para o dia a dia

Realmente, tudo do que a gente precisa são produtos que facilitam a nossa rotina e, até mesmo, agem sem que a gente precise fazer grandes esforços. Hype garimpou novidades que prometem resultados imediatos e de forma muito prática. Confira e os adote você também!

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» A linha Siàge, da Eudora, acaba de ganhar três novos membros.

O xampu a seco foi desenvolvido para as mulheres que buscam praticidade, e o mousse para modelar e o fluido para babyliss são finalizadores versáteis que facilitam a elaboração de penteados.

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» O xampu e o

condicionador da linha Curly Revlon Style Masters, da Revlon, nutrem, fortalecem, ajudam a reduzir o ressecamento e proporcionam cachos definidos e saudáveis.

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» A L’Bel trouxe para

o Brasil o Nocturne Sérum, que promete acelerar o processo natural de reparação da pele do rosto, trazendo resultados imediatos e perceptíveis logo após a primeira aplicação.

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» A Yellow, do Grupo

» A Vichy apresenta uma

Alfaparf, relança o Ye Bloom Therapy, a aclamada linha para tratamento diário dos cabelos. A linha é composta por xampu, máscara condicionadora, leavein e óleo terapêutico.

inovação no tratamento intensivo contra a celulite e gordura localizada, o Cellu Destock Overnight. Esse gel creme não oleoso, age durante a noite, enquanto você dorme seu soninho da beleza.


publieditorial

Contagem regressiva para o verão Aliados a uma alimentação balanceada e exercícios físicos regulares, tratamentos estéticos podem melhorar o aspecto do corpo em pouco tempo

C

om a proximidade da estação mais esperada do ano, o verão, as mulheres já intensificam o treino na academia e investem em dietas mais equilibradas. Os tratamentos estéticos também entram na lista de cuidados e ajudam a potencializar os resultados para conseguir um corpo bonito e torneado. Porém, é importante ressaltar que os tratamentos não promovem emagrecimento, mas levam à redução de medidas e melhoram o aspecto da celulite e da flacidez. Como alguns tratamentos precisam de várias sessões ou de um certo tempo para atingir o resultado final, é interessante começar com antecedência para ter o resultado desejado.

localizada. O tratamento pode ser feito na barriga, costas e abdômen, não sendo indicado para obesos. O aparelho suga a pele da área a ser tratada e, em seguida, faz com que a temperatura da região seja reduzida a – 5º C, provocando a morte das células de gordura. São indicadas de 1 a 3 sessões.

I-lipo Laser de diodo de baixa intensidade, o I-lipo destrói a parede das células de gordura. As sessões podem ser feitas em regiões como: barriga, braços, coxas, quadril, costas e na papada do rosto. Podem ser feitas até 3 vezes por semana e são indicadas pelo menos 8 sessões.

Liposonix O liposonix é um ultrassom focalizado de alta densidade, que pode ser realizado nos braços, coxa, barriga e costas. O tratamento age por estímulo térmico, destruindo a gordura localizada. Com uma sessão é possível perder até cinco centímetros, o que vai depender da quantidade de gordura, local da aplicação e constituição corporal. Os resultados definitivos aparecem ao final de três meses.

Criolipólise Utiliza a aplicação da baixa temperatura para eliminar a gordura

Dra Alessandra de Melo Dermatologista CRM-ES 6511 RQE 5084

Av. Des. Dermeval Lyrio, 56 – sl 104 Mata da Praia – Vitória-ES 27 3317-0506

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Vida hype Mariana Reis Educadora física, personal e posing fitness coach

Treinando poses A

partir desta edição, estarei aqui, cumprindo a deliciosa tarefa de escrever sobre estilo de vida, saúde, atividade física e diversidade humana. Confesso que, ao receber o convite, senti um arrepio na nuca (coisa de gente insegura... Ou não). A verdade é que mil coisas passaram pela minha cabeça e uma delas foi: como abordar de forma diferente tudo que já foi dito sobre esses temas? Mesmo assim, resolvi encarar e aqui estou! Escolhi para a estreia um assunto sobre o qual muitos nunca ouviram falar: a função de posing coach. Traduzindo: treinador de poses. Simples na tradução, mas, acreditem, complexo na função. No Brasil, sou a primeira a exercer essa profissão, que tem como principal objetivo cuidar da performance de atletas fitness – bikini e wellness –, modalidades do fisiculturismo. Em ambas as categorias, essas atletas precisam apresentar curvas suaves e firmes, sem exibir taxa de gordura e hipertrofia (musculatura) exagerada, além de saber desfilar, andar – de salto alto! – e, principalmente, executar lindas e delicadas poses. O trabalho requer uma visão ampliada, para que seja possível realizar um planejamento individual, que inclui, por exemplo, análise do andar, da flexibilidade, do carisma e da postura. Modelos e candidatas a misses também encontram no trabalho de posing coach condições necessárias para uma performance segura e com domínio da técnica em cena. Tão importante quanto os treinos e a dieta, ensinar a equilibrar-se com elegância no salto alto e apresentar as poses de forma a valorizar melhor as cadeias musculares, realizando um desfile técnico e com estilo

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próprio, tornam esse trabalho, além de desafiador, imprescindível. Uma das minhas grandes inspirações nessa área – e com quem vim a descobrir ter muito em comum – chama-se Maria Augusta Nilsen, a maior preparadora de misses no Brasil, que ficou famosa nos anos 60 não apenas por sua elegância, mas, também, pela inseparável bengala que a acompanhava. Na falta de uma bengala, carrego comigo a minha fiel cadeira.


publieditorial

Brilhe com Léia Lima Acessórios A primavera é a estação do desabrochar. E não são apenas as flores que surgem mais belas e coloridas nesta época do ano: as mulheres também florescem, em sintonia com o sol brilhante e intenso, e os dias luminosos de céu azul.

D

iante desse clima tão energizante, não há como resistir aos detalhes que compõem o guarda-roupa da estação. Estamos falando, é claro, dos complementos, companheiros imbatíveis da mulher moderna e exigente. E nesse quesito, Léia Lima Acessórios é imbatível. Suas peças - pulseiras, colares, anéis –, salpicadas de pedras, contas e preciosos acabamentos, oferecem, além do colorido tropical, materiais nobres e rústicos, capazes de imprimir brilho e personalidade ao visual. Confira nas fotos.

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Divã hype

Se fazer O

“se”, aqui, não tem o sentido das várias possibilidades morfológicas, nem mesmo a privilegiada conotação condicional: se você fizesse isso... Na verdade, você “se”faz isso! Isto é, essa pequena palavra expressa também uma condição subjetiva muito comum a todos nós, uma atividade passiva de se fazer alguma coisa. As pessoas que nos procuram em nossos consultórios se queixam de seus problemas, desconhecendo que estes, apesar da parte que cabe aos outros, são arranjados por elas mesmas; elas se fazem, diríamos, problemáticas. Sobre isso, Freud se expressava mais ou menos assim: “O masoquista sempre coloca a cara onde possa receber um tapa”. Somos todos, em alguma parte, masoquistas. Uns mais, outros menos. Em algum lugar, nem que seja por um pequeno devaneio, já sentimos pena de nós mesmos. Nesse sentido, numa certa divisão subjetiva, nos fazemos de vítimas sob a fantasia do olhar de um outro. Um olhar de compaixão em causa própria. O problema está quando permanecemos nesse estado, exigindo do mundo e das pessoas a reparação por um dano sofrido, por uma sensação de que nunca fomos amados suficientemente bem. Então... Essa atividade passiva, se fazer ou me fazer, muda a lógica da causalidade e do efeito, onde de vítimas passamos a algozes de nós mesmos. Deveríamos mudar essa lógica, bem assim: do “Eu fico sempre doente” para “Eu me faço sempre doente”; “Eu estou sempre endividado” para “Eu me faço endividar”; “Eu não consigo passar em nenhuma prova” para “Eu me faço reprovar”; “Eu não consigo

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Antônio Carlos Félix das Neves Psicólogo, psicanalista e professor antonic@terra.com.br

arrumar um namorado” para “Eu me faço ficar sozinha”, etc. Enquanto não invertermos a lógica da atividade passiva, continuaremos a ser vítimas do destino, permanecendo numa reivindicação sentida de que a vida nos deve alguma coisa. Posição confortável, maneira justificável de nos fazer mal sem nos responsabilizar. Mas se, mesmo assim, não conseguirmos evitar a pena de si, ao menos riam da situação: é ou não é verdade que parece engraçado nos apercebermos como crianças, fazendo pirraça, fazendo cena?

Ilustração: Fernando Augusto



Papo surreal hype

Joaquin Phoenix

Adorável

imperfeito

Ele nasceu em San Juan, Porto Rico, no dia 28 de outubro de 1974, mas foi para os Estados Unidos quando tinha quatro anos de idade. Rebatizado pela mãe – convertida, nos anos 70, a uma seita chamada Filhos de Deus – de “Leaf” (que, em inglês, significa folha), somente nos anos 90 Joaquin Phoenix voltaria a adotar sua verdadeira identidade

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I

ndicado três vezes ao Oscar, Phoenix ganhador de um Globo de Ouro e de um Grammy, em 2008 Joaquin anunciou sua aposentadoria do cinema, alegando que queria dedicar-se à carreira musical, iniciada em 2005, quando filmou o longa “Johnny & June”. O filme deu um Oscar de Melhor Atriz a Reese Witherspoon (June). Fã do seu carisma e do seu jeito bad boy de ser, Hype foi vê-lo em “O Homem irracional”, ótimo filme dirigido por Woody Allen, onde Joaquin, mais uma vez, comprova sua vocação para interpretar personagens confusos, imperfeitos e inseguros, vivendo um professor alcoólatra e deprimido. Rendida, mais uma vez, aos seus encantos, a revista o elegeu para este encontro que, na verdade, nunca aconteceu, mas que (vocês bem sabem), adoraríamos ter sido possível. Acompanhem-nos, portanto, nesta conversa surreal.


Vegano, ativista social que apoia uma série de organizações humanitárias, como a Anistia Internacional, mas também uma pessoa de difícil relacionamento, segundo dizem. O que há de verdade nisso tudo?

»A verdade é que ninguém é perfeito.

Quanto a dizerem que eu sou uma pessoa difícil, estou me lixando para o que pensam de mim!

O que aconteceu em 2009, quando, durante entrevista no Late Show de David Letterman, o apresentador lamentou sua ausência?

»Eu apenas não respondi àquilo que ele

Sua mãe era bem criativa. Ela rebatizou você e seus irmãos com nomes bem sugestivos: River (Rio), Rain (Chuva), Liberty (Liberdade), Summer (Verão) e Leaf (Folha), que era como você se chamava antes de reassumir a identidade de Joaquin. Por que você desistiu de Leaf?

queria, agi como o personagem do filme que estava divulgando (“Amantes”). Letterman não entendeu e bancou o engraçadinho, lamentando por eu não estar presente naquela noite... Morri de rir!

Durante um show em Miami, você pulou do palco para agredir uma pessoa que o estava ofendendo. O que aconteceu, de fato, naquela noite?

»Diga-me, sinceramente, o que você faria »O que aconteceu é que não sou uma se seu nome fosse Folha? Simplesmente, cansei de ser sacaneado!

pessoa fácil, como você mesma disse... Não levo desaforo para casa.

Seus personagens no cinema são sempre muito complexos, tímidos, neuróticos, obsessivos...

Com qual atriz você teve mais prazer em contracenar?

»Faltou dizer malucos. Acredito que tenho muito de meus personagens. Admito que sou um cara meio doido mesmo!

Você tem dirigido vídeos de bandas. Como anda sua carreira nessa área?

»Depois de “Johnny & June”, eu havia

decidido abandonar o cinema para me dedicar apenas à música, mas não consegui. O cinema falou mais alto.

»Com todas com as quais trabalhei. Está

pensando o quê? Posso parecer grosso, mas sou um cavalheiro...

Todo mundo achou injusto o Oscar de Melhor Atriz, ganho por Reese Witherspoon, porque, afinal, sua atuação em “Johnny & June” foi muito melhor do que a dela...

»Agradeço a gentileza, mas... o que você está sugerindo? Que o Oscar de Melhor Atriz deveria ter sido entregue a mim? (risos)

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Personagem hype

SILVA

Fazendo o que gosta,

com liberdade Por Betty Feliz| Fotos: Jorge Bispo

Aos 27 anos, formado em violino e piano clássico, o capixaba SILVA já não ouve mais as comparações que, no início da carreira, em 2011 – quando estourou com um EP que misturava elementos da música brasileira com eletrônica, letras em estilo poético e voz suave – , o associavam a outros artistas brasileiros

F

oi exatamente essa mistura de elementos que fez a diferença no som produzido por este talentoso músico, que estuda desde os dois anos de idade e faz de Vitória seu porto seguro, seja do ponto de vista pessoal – aqui nasceu e cresceu junto da família – quanto profissional, já que costuma gravar na cidade. Depois de ter-se apresentado no exterior, em seu mais recente show, no Sesc Vila Mariana (SP), SILVA fez um tributo à Marisa Monte. Tido como um das principais apostas musicais do país, o artista, que marcou presença no evento Moda & Design, promovido, no mês de setembro, pelo Shopping Praia da Costa, onde apresentou-se no Estúdio Infinitas, fala, nesta entrevista, sobre seu estilo de trabalho, os rumos da música brasileira e de sua relação com Vitória.

O que mudou em sua vida desde a gravação do EP SILVA, lançado em 2011 e apontado como um dos trabalhos mais originais do ano?

»Mudou praticamente tudo. Eu tinha

acabado de me formar em violino clássico e ganho uma bolsa para estudar em Boston. No fundo, eu não queria ir, e esse EP mudou todos os meus planos. Ele me colocou à frente dos palcos e sem previsão de saída. Descobri que era isso mesmo que eu queria.

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A mistura que você faz, juntando música brasileira com eletrônica, e o uso de sintetizadores, tornam seu som diferente. Quatro anos depois, passou aquele estranhamento inicial, de as pessoas associarem seu som com balada?

» Acredito que sim.

Meu som sempre foi mais “downtempo”, mais tranquilo, e acho que não funcionaria em baladas, mesmo com uma estética mais eletrônica. Quando comecei em 2011, ninguém fazia esse tipo de produção no Brasil e acredito que agora as pessoas estejam mais acostumadas, até pelo maior contato com bandas de outros países.

Acabaram-se as comparações de seu estilo com Los Hermanos, Guilherme Arantes...? O estilo SILVA venceu?

»As comparações são inevitáveis quando você começa, principalmente quando o som tem algo de novo e ninguém sabe de onde vem. Eu tive sorte de ser comparado com artistas que eu admiro, mas hoje percebo que as pessoas já identificam o “estilo SILVA”. Você disse em uma entrevista que não ouve rádio e que a internet é muito

importante para ajudálo a evoluir musicalmente. SILVA não toca no rádio?

»Eu toco em algumas rádios, mas poucas. Algumas em São Paulo e no Rio e outras mais independentes espalhadas pelo Brasil. A política das rádios de grande audiência é um pouco complicada, tem essa coisa do jabá e acho um tanto decadente ter que pagar por isso. É inverter demais os papéis. Sei que é um meio de comunicação que agrega muito público, mas prefiro apostar na internet, que foi onde eu surgi. Para onde vai a música brasileira?

»A música brasileira é difícil de prever.

É um mercado muito grande e um dos maiores do mundo. Acho que a nossa música nunca mais vai ser a mesma e sei que muita gente queria que ela voltasse a ser como antigamente, porém são outros tempos e não acho isso ruim. Tenho visto muita coisa interessante acontecendo por aqui e tem para todos os gostos.

Tornar-se um artista com a proposta de uma nova linguagem foi algo planejado ou consequência de sua formação musical?

»Foi algo pelo qual sempre corri atrás, nunca quis copiar o que todo mundo já tinha feito. Minha formação musical foi bem erudita e isso me incomodava, pelo fato de haver muito saudosismo e falta de contemporaneidade. Eu costumava falar com meus professores: amo Bach, amo Mozart, mas eles não faziam a música do tempo deles? Onde está a música do nosso tempo? A partir daí, comecei a criar e juntar as referências que eu gostava, até chegar ao som que faço hoje. Você mantém um vínculo com Vitória, gravou aqui seu primeiro EP, está sempre indo e voltando... É possível

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Personagem hype

estar aqui e, ao mesmo tempo, fazer sucesso lá fora?

»É possível sim. Eu gosto muito daqui,

da qualidade de vida, da cidade pequena e com o mar sempre perto. O lado ruim é a logística de ter que viajar toda hora e não ter tantas opções de voo. Mas voltar para Vitória é uma sensação muito boa e não pretendo me mudar daqui tão cedo.

Você se sente reconhecido em sua cidade natal?

»Sim! Os capixabas têm um jeito dife-

rente que eu gosto muito. Não somos muito efusivos e não damos o braço a torcer por qualquer coisa. Então, quando alguém me aborda por aqui e diz que gosta do meu trabalho, eu me sinto lisonjeado de verdade, e isso é algo que tem acontecido com mais frequência, ultimamente.

O mercado fonográfico é formado, hoje, por artistas contratados por gravadoras e também por um número, cada vez mais crescente, de independentes. Estar ligado a uma gravadora lhe dá autonomia para escolher o repertório?

»Tive uma proposta muito boa da mi-

nha gravadora atual e eles sempre me deram total liberdade criativa, sem nenhuma imposição. Isso era o que mais me preocupava enquanto negociávamos. Trabalhar com gravadora não é algo ruim, principalmente por não ter que me preocupar com questões burocráticas e por me darem o suporte de que eu preciso. Mas sei que os contratos não são iguais para todo mundo, e talvez eu tenha tido sorte de conseguir essa relação com a indústria. Acho que o importante é saber o que se quer e não abrir mão da sua liberdade nunca.

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Saiba mais:

» F ã de música brasileira,

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de Marisa Monte, Legião Urbana, Lulu Santos, Tom Jobim e Ernesto Nazareth, SILVA também curte house e ambient. G anhou o troféu de Nova Canção no Prêmio Multishow pela faixa “Amor pra depois” e excursionou pela Europa. S eu primeiro álbum, “Claridão”, 2012, saiu pela Slap. O segundo, “Vista pro Mar”, de 2014, foi lançado pela Som Livre. S ILVA é irmão do cantor Lucas Souza, tendo escrito várias músicas e produzido alguns álbuns da discografia do cantor. E m junho de 2015, ele lançou seu single

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“Noite”, com participação de Lulu Santos. P articipou do megafestival Lollapalooza, no Autódromo de Interlagos e de shows no Circo Voador, Goiânia e Brasília. N o Sesc Vila Mariana, o artista prestou tributo à Marisa Monte, ao lado de sua banda, formada por Rodolfo Simor (guitarra), Hugo Coutinho (bateria e programações) e Jackson Pinheiro (baixo).



Ensaio hype

Solar e fresh I

magine um lugar onde – nestes tempos críticos de escassez – a água é abundante e a natureza, verdejante e pródiga, invade o ambiente. Foi neste cenário idílico que realizamos o ensaio de moda desta edição, que faz, nesta primavera solar, uma colorida prévia do próximo verão. O parque temático Acquamania nos acolheu, carinhosamente abrindo seus espaços, onde predomina uma mistura de diversão, aventura, descontração e relax, ingredientes fundamentais para garantir que nossa estafante rotina seja pontuada por emoção e, é claro, por pausas relaxantes. Confira o resultado nas belas fotos de Faelo Ribeiro.

Ficha técnica » Fotógrafo: Faelo Ribeiro (faeloribeiro.com.br) » Produção: Mah Meirelles » Apoio: Mariana Massariol » Beauty: Gleyci Sassi » Modelos: Elaine Gonçalves (All Models) e Mariana Ardisson (All Models) » Assistente de fotografia: Will Ribeiro Agradecimento especial a: Indice Tokyo www.indicetokyo.com.br

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Âť BiquĂ­ni Magia do Mar, brincos Dotz, viseira Osklen

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Ensaio hype

» Colar Léia Lima, blusa e short Dressy

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»V estido Dressy, viseira Osklen, brincos Morana, colar Dotz, sandálias Sonho dos Pés

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Ensaio hype » Blusa Dressy, short Óh Darling!, sandália Clube Melissa, brincos Morana e colar Léia Lima

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» Colar Metal Nobre, blusa Óh Darling!, short Dotz e sandálias Ana Merotto

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Ensaio hype

» Vestido e macacão Dressy, colares Léia Lima, braceletes Morana e sandálias Arezzo

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» Blusa Dressy, calça Loja Bambú, acessórios Metal Nobre, chapéu Óh Darling!

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Consumo hype

De flores e cores Nossa seleção está recheada de itens que vão tornar seu verão ainda mais alegre

1

»O verão da Alfreda, com o tema

Magia das Flores, surge colorido, com pinceladas artísticas e aplicações contemporâneas, como nestas bolsas revestidas com tecidos refinados.

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» E smeraldas,

rubis e águasmarinhas têm seu espaço garantido nas joias de Dorion Soares.

»A coleção Turquesa, da artesã de

joias Porfíria Budetti, é toda feita com gemas originais, importadas do Irã, onde são produzidos os melhores exemplares.


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» Os óculos grandes e

com armações grossas, como este modelo da Lema21, ganharam adeptos e prometem ser o hit do verão 2016.

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» A Arezzo criou uma

coleção cápsula com itens limitados e inspirados no universo de Frida Kahlo.

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8

» A Swarovski

celebra a magia das festas de fim de ano com uma coleção criada com o rosto da marca, a top Miranda Kerr.

» C olares e brincos ornados de

pedrarias lapidadas e coloridas são a proposta da Miu Miu para a estação das flores.

»N ão dá para passar despercebido com este

sapato em couro da marca curitibana Daisy Rieke, cujos modelos são desenhados pelo estilista português Romão Ferreira.

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Turismo hype

Viajando.com

Monica Domingues Conhecer novas culturas e diferentes lugares é uma das paixões da empresária e decoradora Monica Domingues, que comanda, há 25 anos, ao lado do irmão, Cássio, a Maison Rosèe. Apesar da agenda movimentada – são em média 20 eventos por mês –, sempre que tem uma oportunidade, ela arruma as malas e parte em direção a algum destino Fotos: arquivo pessoal

O

s passeios também são bons pretextos para Monica garimpar peças decorativas e observar tendências que, posteriormente, serão usadas na ambientação de suas festas. “Viajo muito porque essa é uma das minhas grandes paixões. Se pudesse viajaria todo mês”, diz ela, que já visitou França, Inglaterra, Canadá, Estados Unidos, Argentina, Itália e República Dominicana e, no Brasil, circulou por pequenas e grandes metrópoles.

A primeira viagem a gente nunca esquece...

» Paris foi, realmente, inesquecível. Estava

acompanhando meu marido em uma feira na área da construção civil e aproveitamos para conhecer a cidade. Ficamos hospedados no La Concorde, bem próximo da Galeries Lafayette, o que nos permitia fazer muitos passeios a pé.

Roteiro de sonho

» Aquele que você diz: ‘nossa, já acabou?’ ou aquele que quando dá a hora de voltar para casa você queria ficar mais um, dois, três dias... Cartão postal inesquecível

» Costa Amalfitana. Todas as paradas, sem exceção, são um belo cartão postal.

» R avello

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Melhor companhia para viagem

» Viajo sempre com um grupo

bom de amigos. A gente se dá muito bem e isso ajuda muito.

Tropeçou na língua

» Certa vez cheguei em Sor-

rento e pedi um drink que tinha tomado em Roma e que eu tinha gostado muito. O nome da bebida era Spritz, mas, como eu estava na dúvida, pedi “Spreit”. O garçom acabou me trazendo um refrigerante. Chorei de rir.

País que não conhece e sonha visitar

» C osta Almafitana levar um casaco, mesmo em clima tropical, e sapatos confortáveis e já amaciados. Na bolsa de mão, uma nécessaire com coisas essenciais, tipo remédios para dor e enjoo, band-aid, fio dental e um kit costura.

Souvenir irresistível

» As praias paradisíacas da Tailândia e tam- » Tenho o hábito de comprar mini copos, bém a Austrália, que devo conhecer em breve.

estilo cálice de licor, com desenhos da cidade.

Voltaria mil vezes

Uma descoberta

lugares inesquecíveis.

Vaticano, com o rosto de Jesus. Quando você vai passando, a sensação é de que a imagem está te acompanhando com o olhar. Achei sublime!

» Com certeza, a Paris e à Costa Amalfitana, » Um quadro de Leonardo da Vinci, no Um prato de comer de joelhos

» As massas do Famiglia Mancini, em São Paulo. Também indico o jantar do Chez Clément, em Paris, que tem uma comida maravilhosa e uma decoração fantástica.

Uma comida que detestou

» A paella servida em Punta Cana. O tempero é muito forte.

A mala perfeita

» Aquela na qual você

leva realmente o necessário, o que às vezes não é muito fácil para uma mulher. Nunca deixo de

» P aris

Dicas de viagem

» Nunca levar roupas além do necessário.

Também acho legal fazer um roteiro dos lugares que deseja visitar e um check list.

Paraíso consumista

»

Acho que lugares bons para se fazer compras fora do Brasil são Orlando e Miami. O México, por exemplo, é ótimo para quem quer perfumes. Já para comprar tranqueiras, nada melhor do que a 25 de Março, em São Paulo. Mas, para minha área de trabalho, a 25 é top.

» V eneza hypeonline.com.br 37


Roteiro

Experiência única de visitação O Instituto Inhotim, em Brumadinho/MG, é daqueles lugares que você fica louco para conhecer e, quando conhece, quer voltar outras vezes

A

tualmente com o título de Organização da Sociedade Civil de Interesse Púlico (Oscip), Inhotim foi aberto ao público em 2006, mas começou a ser idealizado em meados da década de 80. O empresário mineiro Bernardo de Mello Paz foi o responsável por transformar o que era uma propriedade particular em um lugar singular, com um dos mais relevantes acervos de arte contemporânea do mundo e uma coleção botânica de espécies raras de todos os continentes. No lugar está abrigado um complexo museológico com uma série de pavilhões e galerias com obras de arte e esculturas expostas ao ar livre. São dezenas de galerias que exibem permanentemente trabalhos de artistas como Cildo Meireles, Adriana Varejão, Doris Salcedo e Hélio Oiticica, entre muitos outros, cujos trabalhos são verdadeiras joias multissensoriais. Em Inhotim, o visitante interage com grande parte das obras: participa da construção da cena na instalação “Ahora juguemos a desaparecer (II)”, de Carlos Garaicoa; nada na “Piscina”, de Jorge Macchi; monta palavras com as letras em forma de vasos de

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Por Ariani Caetano

cerâmica de “A origem da obra de arte”, de Marilá Dardot, e se perde nos sons vindos de alto faltantes, amplificadores e computadores em “The murder of crows”, de Janet Cardiff e George Bures Miller. As obras espalhadas pelo complexo são outras boas surpresas encontradas ao se caminhar por Inhotim. É o caso, por exemplo, de “Beam drop Inhotim”, de Chris Burden; “Invenção da cor”, de Hélio Oiticica; “Elevazione”, de Giuseppe Penone, e das esculturas em bronze de Edgard de Souza. O grande acerto de Inhotim é proporcionar ao visitante a experiência de conhecer arte contemporânea com um modelo de visitação diferente do adotado pelos museus tradicionais. Em Inhotim, o protagonista é o espectador, que constrói sua visita percorrendo jardins, florestas e trilhas, perdendo-se e encontrando-se, estabelecendo, assim, uma vivência ativa com o espaço. Não à toa, conhecer Inhotim é uma experiência que nunca se esgota. Além de o espaço estar em contínua transformação, também o visitante precisa voltar a ele para afinar a percepção, aguçar os sentidos e acalmar o espírito.

Instituto Inhotim Brumadinho/MG, a 60 km de Belo Horizonte De terça a domingo Entrada gratuita às quartas-feiras www.inhotim.org.br


publieditorial

Já é verão no Acquamania! O Acquamania já deu a largada para o verão e está funcionando todos os finais de semana. Com o início do horário de verão, o maior parque aquático do Espírito Santo estendeu o horário de funcionamento e passa a receber os visitantes das 10 às 17 horas.

E

vêm novidades por aí! Além de contar com mais de 50 atrações e a participação especial da Turminha Macakids aos sábados e domingos, o Acquamania investe na ampliação do Porto Aventura, que ganhará um Jardim Sensorial, cantina italiana, delicatessen, lojinha e um novo restaurante com capacidade para 250 pessoas, em fase de construção.

Bairro Lagoa Dourada – Guarapari acesso pela Rodovia do Sol, Km 32 ou BR-101, Km 319. Mais informações: (27) 3221-6666 site www.acquamania.com.br.

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Tudo hype

Bolsa (ou joia?) indiana

» Sempre em busca de inspirações ao redor do mundo, Ana

27 ferramentas em uma

» A Victorinox lançou com exclusividade

para o mercado brasileiro o Swisstool Spirit Black Ice, canivete que já é ícone da marca suíça. A versão Spirit possui design anatômico de alta performance e vem na cor exclusiva antracite, que reveste sua parte externa e cria um contraste com o brilho do aço inoxidável das ferramentas. A peça tem disponíveis 27 funções, como alicate de ponta, cortador, raspador e dobrador de fios, chave Philips e de fenda, entre outras. O modelo ainda vem acompanhado de uma bainha de couro.

Regina Grynberg e Nathalia Zimmerman, fundadoras do ateliê carioca de joias Boho Ourivesaria, viajam os quatro cantos do planeta em busca de peças exclusivas para a sua linha Garimpo. Foi em uma dessas aventuras, tendo como cenário as exóticas paisagens da Índia, que a dupla encontrou exemplares maravilhosos de bolsas de metal e aplicação de pedraria. Com um estilo vintage e cara de acessório oriental, as peças carregam elementos que ajudam a espantar energias negativas e equilibrar a mente.

É de brincar?

» Não, não é. A minigeladeira e o minirrefrigerador portáteis da Imaginarium funcionam de verdade. Os lançamentos foram criados com inspiração no estilo retrô e combinam com vários ambientes, como escritório, sala, quarto e cozinha. O minirrefrigerador Refresh Express comporta até dez latinhas e libera das prateleiras as bebidas selecionadas com apenas um toque. Já a minigeladeira portátil Pega Um Drink tem uma alça que facilita o transporte e pode ser utilizada até mesmo no carro, já que possui também uma conexão 12v. Com capacidade para quatro litros, seu estilo vintage torna a peça um item de decoração.

Lindos, com ótimo desempenho » Nem precisa saber cozinhar um ovo, pois ter um liquidificador como estes da Kitchen Aid Diamond na prateleira faz qualquer um parecer a própria Palmirinha. Seu nome não foi escolhido por acaso. Com o formato e a força de um diamante, ele garante a melhor preservação das fibras e nutrientes dos alimentos e fornece o mais moderno desempenho para agitar, picar e misturar. São seis opções de cores, e, com certeza, um deles vai combinar direitinho com sua cozinha.

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tia zirinha


Vinho hype

André Andrès andreandres.hype@outlook.com

Laranja é a cor mais quente U

ma taça de vinho exige respeito. Não, não vai se falar aqui da necessidade de se perceber aromas, notas especiais no paladar, taninos ou acidez. O respeito exigido pelo vinho parte do fato de ele ser fruto de trabalho duro. Os terrenos usados para cultivo das videiras são pedregosos, difíceis de serem trabalhados. Muitas vezes são íngremes. Veja uma das belas fotos das plantações do Douro e se terá uma pálida ideia da dificuldade em fazer a colheita ali. Mas não é só isso. Uma taça de vinho embute também uma mistura incomum de química, de biologia, de conhecimento da natureza, de sabedoria. E, principalmente, história… Quando essa história se perde no tempo, a ponto de ser esquecida, é redescoberta e ganha ares de novidade, com grande qualidade, temos uma taça de grande riqueza. Isso está acontecendo atualmente com o vinho laranja. A sua história se perde no tempo. E ele anda ganhado espaço nas mesas como se fosse algo novo. Não é. Os primeiros registros de vinhos produzidos com uvas brancas, mas com coloração final alaranjada ou dourada, datam de 5 mil anos atrás. Eles eram

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feitos na região do Cáucaso, mais precisamente onde hoje é a Geórgia. Ao contrário dos outros sistemas de produção de vinhos brancos, neste caso o mosto resultante da maceração das uvas é deixado em contato com as casas. Mais ou menos como ocorre com os vinhos tintos. Resultado: o vinho ganha uma cor mais forte, mais alaranjada. O italiano Josko Gravner, entusiasta e grande produtor desse tipo de vinho, radicaliza e recupera todo o processo tradicional usado há milhares de anos pelos camponeses do Cáucaso. O caldo amadurece em enormes ânforas de terramoto enterradas no solo. “Por que as ânforas? Simples: a terra é necessária para o nascimento da uva boa, e a terra é novamente necessária para o nascimento do vinho. O círculo se fecha numa simplicidade desconcertaste”, diz ele. Gravner é autor de alguns dos principais rótulos do gênero. Mas o vinho laranja vem ganhando muitos adeptos. Tanto na Europa quanto no Novo Mundo. Quem os prova acaba reverenciando não só a sua qualidade, mas a sua trajetória. E, principalmente, sua história. Isso, definitivamente, não é pouco…

De Martino Antigas Tinajas Muscat

Ribolla Anfora IGT 2005 Gravner

Marcelo Retamal é um dos melhores e mais inquietos enólogos do Novo Mundo. Ele escolheu a Muscat para fazer o seu vinho seguindo métodos antigos. A uva é praticamente inteira em ânforas de barro. Não é filtrado nem recebe adição de leveduras ou enzimas. O vinho fica com uma coloração dourada, com toques alaranjados. É muito bom. Alcançou 96 pontos no Guia Descorchados. Preço: R$ 130

Produzido por Josko Gravner, um dos maiores entusiastas do mundo da produção de vinhos por sistemas antigos. É, provavelmente, a maior referência do mundo quando se fala de vinho laranja. Só isso já justificaria seu preço. Os aromas são uma incomum mistura de açafrão, laranja, com algo que lembra terra molhada. É um branco complexo, muito diferente do que estamos acostumados a encontrar quando se fala de branco. Preço: R$ 450


Comer bem hype

Sylvia Lis | Chef sylvialisc@gmail.com

A primaVera H erdei de minha mãe o gosto pela arrumação da casa com flores para colorir os finais de semana. Quando criança, aos sábados, íamos ao mercado da Vila Rubim comprar, além de frutas e verduras, copos de leite, dálias, margaridas e outras flores simples que vinham de Domingos Martins. Mas, pouco depois das férias de julho, quando o frio já se transformava em brisa fresca e suave, esperava com ela aquela prima que motivava um capricho ainda maior: a prima Vera! Me lembro do dia em, que, muito menina ainda, ouvi de minha mãe que naquele dia chegaria a tal prima. Passei o dia na escola imaginando os presentes que me traria a distante parente. No entanto, ao chegar em casa, encontrei flores nas jarras e um aroma suave e gostoso que envolvia nossa pequena sala de visitas. Não encontrando a prima, perguntei por ela à hora do jantar e meus pais, sorrindo, disseram que ela já havia partido. Indagados pelos presentes, eles disseram que ela havia trazido as flores, mas sem imaginar que, na cabeça daquela ingênua e sonhadora menina, a esperada prima Vera partira deixando atrás de si apenas o perfume delas. Talvez por essa lembrança, a primavera me comove tanto. Ano passado fui à França justamente nesta estação do ano e minha querida amiga Cristina Anchieta ou Mme Deltour, já mais francesa do que brasileira, pois tem mais tempo de vida lá do que cá, me levou a Giverny para visitar a casa de Monet, o pintor impressionista e também amante da culinária. A casa linda, com sua escadaria e pórtico verdes, fica de frente para um enorme jardim de flores majestosas como peônias, lírios e rosas, entre tantas outras, cujo aroma se

espalhava e nos envolvia por toda parte. Me senti tocada pelo perfume e a beleza da natureza pintada nos lindos e coloridos quadros de Monet, que tinha como inspiração esse mesmo jardim com seu grande lago, suas pontes e vegetação exuberante. Passei a imaginar, então, que felicidade teria sido viver naquele jardim enorme. Dentro da casa, a cozinha revelava o gosto pela arte culinária com panelas de cobre de tamanhos variados pendendo nas paredes e um lindo fogão de ferro de onde certamente saíam deliciosos pratos da cozinha francesa de família. E, com todo esse envolvimento, me lembrei da velha e oculta prima – a Vera. Na verdade, ela me visita todos os anos me trazendo o mesmo presente – agora orquídeas das quais cuido o ano inteiro sem nenhuma retribuição amorosa, para, finalmente, me brindarem com suas flores raras e presunçosas. E me sinto agradecida por sua fidelidade, por não faltar jamais aos nossos esperados encontros anuais através dessa vida que já se faz longa, renovando meus sonhos inspiradores, me enchendo de esperanças e nostalgia.

Confira no site www. hypeonline. com.br a receita da Salada Primavera da chef Sylvia Lis

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Casa hype

Cantinho daleitura Uma poltrona confortável, os autores de sua preferência e pronto! Está montado um cantinho dedicado à leitura na sua casa. Pode ser num espacinho na sala, no quarto, na varanda, não importa. Qualquer lugar está valendo, desde que a poltrona seja confortável e o livro, convidativo

1 2

» Assinada pelo estúdio Asa Design e comercializada pela Galeria das Lonas, a cadeira Lótus se destaca pelo encosto em tramas de corda. Disponível nas cores natural, cinza, rosa, verde militar, azul marinho e marsala, possui estrutura em eucalipto e acabamento em verniz.

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»A poltrona Zenith, da Fahrer – dos irmãos Sergio

e Jack Fahrer –, é inspirada nas radiovitrolas das décadas de 50 e 60 e produzida em tauari maciço, com detalhes dos braços e encosto de palha natural. Confortável e carregada de conceito.


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»A o projetar a poltrona

Marapendi, os designers da Latoog pensaram em incorporar soluções práticas e versáteis. Seu estofado pode ser removido e a peseira pode ser encaixada abaixo do assento, podendo fazer as funções de banqueta e superfície de apoio.

» I deais para servir de encosto, as almofadas do

Mundo do Enxoval são confeccionadas com linha dupla face, apresentam toque suave e macio e garantem um visual único ao ambiente.

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» P eça vencedora do Prêmio Design

de Mobiliário Externo, da Tidelli, o módulo Rede, de Márcia Varizo, é um convite à leitura e ao relaxamento, assim como a poltrona Galega, de André Grippi, vencedor da premiação na categoria Estudante.

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ZoOm hype

Lucia Caus

Cinema capixaba

carece de

políticas públicas Por Ariani Caetano | Fotos: arquivo pessoal

Cineasta, roteirista e produtora de cinema e séries, Lucia Caus dirigiu diversos documentários de curta: “Homens” (premiado em festivais no Brasil e no exterior),“As cartas que não li”,“Estranho amor” e “Somos todos de Jorge”, além das séries “Os outros lados do muro” e “Mulheres feitas”. Também é jurada dos prêmios Ibeu de Cinema, Festival de Gramado, Festival de São Luis do Maranhão e Festival de Paulínia

F

ormada em Administração, Lucia já produziu 190 filmes de curta-metragem, além de ter sido responsável, entre 2007 e 2014, pelo Projeto Vídeo Nas Comunidades, do qual é idealizadora. Há pelo menos 20 anos, ela comanda o Festival de Cinema de Vitória, cuja 22ª edição foi realizada entre 11 e 16 de setembro, na capital, com um público de cerca de 30 mil pessoas, que participaram das mostras, oficinas, debates e programações extras. Neste ano, o Festival de Cinema de Vitória exibiu 100 filmes, que contemplaram os gêneros documentário, ficção e animação, em longa e curta-metragem, e homenageou o ator Matheus Nachtergaele, o ator e artista plástico José Augusto Loureiro,


o cineasta Luiz Carlos Lacerda e o diretor de cinema capixaba Penna Filho, falecido neste ano. Além da mostra, outras programações fizeram parte do festival, com destaque para a 5ª Mostra Quatro Estações, que, nesta edição, trouxe produções que abordavam a diversidade sexual. “A temática LGBTT, para além de render boas produções e boas histórias, está inserida em todos os lugares. A luta dessas pessoas por direitos está presente no dia a dia de toda a população, e o festival deu destaque às produções para e sobre LGBTTs. Garantir voz a uma enorme parcela da população que, diariamente, é privada dos seus direitos mais básicos de convivência em sociedade é o mínimo que o Festival de Cinema de Vitória pode fazer. O tabu está na cabeça das pessoas: o amor e o afeto são parte da vida de todo mundo”, afirma Lucia. Mas, para Lúcia, apesar de o festival não parar de crescer, assim como a produção audiovisual capixaba, ainda é muito difícil fazer cinema no Espírito Santo. “Faltam políticas públicas, como uma lei de incentivo estadual. Os editais públicos que temos também são poucos e escassos, não conseguindo atender a demanda. E os patrocínios também são difíceis, pois, apesar de contarmos com patrocinadores nacionais fiéis há mais de duas décadas, regionalmente, ainda precisamos provar nossa existência todos os anos”, revela a diretora do Festival de Cinema de Vitória.

Fã de Federico Fellini, que é, para ela, o maior diretor de cinema de todos os tempos, Lucia destaca como importante nome no cenário cinematográfico capixaba o cineasta de Guarapari Rodrigo Aragão, que faz cinema de horror e de monstros e que neste ano competiu na Mostra Nacional de Longas com “As fábulas negras”. Entusiasta e apaixonada pelo cinema, Lucia considera o Festival de Cinema de Vitória uma vitrine para as produções brasileiras e também uma oportunidade de intercâmbio e reciclagem para os profissionais do Espírito Santo. “Sou cineasta, produtora e coordeno o maior festival de cinema do Estado. Não consigo imaginar como seria não acordar todos os dias sem ir para a produtora e colocar o melhor da safra do cinema brasileiro na telona, para o público capixaba.” Os fãs da telona agradecem.

Mais de perto Filme preferido “Manhattan”, de Woody Allen

Livro de cabeceira

“Poesia do Eu”, de Fernando Pessoa

Cenário de sonhos Paris

Cor

Preto

Prato preferido Massa

Musa do cinema

Fernanda Montenegro

Trilha sonora “La Môme”, de Edith Piaf

Objeto de desejo

Viajar sempre

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Foto: Cloves Louzada

y t t e B z i l Fe

10 questões para

Renata Rasseli Libriana e,“de acordo com o zodíaco, muito equilibrada”, a jornalista Renata Rasseli Zanete, descendente e orgulhosa cidadã italiana, esbanja alegria, entusiasmo e bom humor, suas marcas registradas. Trabalhando na Rede Gazeta desde 1997, onde entrou como estagiária, antes de assinar a coluna Zig Zag ela foi editora do suplemento Prazer&Cia, criado em 2001. Foi ainda repórter de Cidades e do Caderno Dois e, nos finais de semanas, editora de Mundo. Casada com o também jornalista e colega de trabalho André Hees e mãe orgulhosa de Ricardo, a colunista diz que adora o que faz. “Coloco muito amor na minha tarefa, que é diária, 365 dias do ano. Costumo dizer que faço uma crônica do dia a dia da cidade e do Estado, em 24 notas e oito fotos, diariamente

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Quanto vale uma imagem?

»

A imagem é tudo. Como diz o bordão, “uma imagem vale mais do que mil palavras”. E, para mim, a primeira impressão é a que fica.

E quando é que uma palavra basta?

» Sou do diálogo, da prosa,

do verso. Não gosto de só “sim” e “não”. Gosto de trocar ideias, conversar...

Andar em zigue-zague, em círculos ou em linha reta?

»

Na minha tarefa diária profissional, tenho de andar sempre em zigue-zague, para colher informações e fotos do máximo de personagens

interessantes do nosso Estado. No dia a dia, em família, sempre em linha reta, em frente e avante, para cima, na fé – meu alimento –, e na alegria, minha marca registrada.

Comer, rezar e amar ou qualquer maneira de amor vale a pena?

»

Vou só inverter a ordem: amar, sempre, em primeiríssimo lugar; rezar, sempre e em qualquer lugar, e, comer – aliás, amo comer bem.

Se sua casa estivesse pegando fogo, o que salvaria primeiro?

» O Ric, sem sombra de dúvi-

da. O Ricardo manda na minha casa e na minha vida.


E se sua vida virasse um livro, quem o escreveria?

» Minha irmã, comadre e melhor ami-

ga, Roberta. Somos quase gêmeas, embora ela seja mais nova. A gente se fala todos os dias, sobre tudo: família, política, dieta, ginástica, televisão, praia, viagem. Como eu, ela é muito espirituosa e engraçada.

» O sorriso largo de José Carlos

Quanto dói uma saudade?

» Tenho uma saudade que me acom-

panha diariamente: a da minha mãe, que faleceu em 2008, precocemente. Ela tinha uma sabedoria de vida muito grande. Sinto saudade de compartilhar com ela as vitórias e as tristezas. Hoje, não tenho mais como dar aquele grito clássico: “Quero minha mãe”.

Quem levaria para uma ilha deserta?

»

Gosto tanto de gente que não sei se sobreviveria numa ilha deserta (risos). Mas se tivesse que ir levaria o Ric, o André, a Roberta e a Rafaela (minhas irmãs). Assim, a risada já estaria garantida.

O que jamais faria em nome da vaidade?

» A arte em bijoux de

Bergamin: moda em revista

Xuxu coragem

A empresária Xuxu Neffa (que poucos conhecem como Lúcia, seu verdadeiro nome), vai lançar o livro “Os Sete Pecados Empresariais: relatos próprios e impróprios de uma herdeira”(editora Gente), no dia 2 dezembro, no Centro de Convenções de Vitória, espaço gerido pelo grupo

Mary Design

que ela comanda, ao lado dos irmãos, e cuja saga sucessória familiar motivou a obra. Nas 176 páginas da obra, Xuxu faz um relato cru, corajoso e comovente,“das dificuldades enfrentadas na gestão de um grupo empresarial sem compromisso com o patrimônio público”.

Promessas de verão Uma campanha original, com o aval da Setur, promete estreitar ainda mais a relação de amor que os capixabas nutrem por seu Estado. Além disso, o Boulevard Bacutia, da Iamonde Design de Eventos e da Studio Brasil Cia

de Evento, regado a muita moda, arte e música, vai invadir nossas praias, a partir de dezembro. Ambas as novidades prometem fechar 2015, ano para lá de sombrio, como promessas de que dias melhores virão.

»

Sou muito vaidosa, mas ficar velha com cara de boneca, jamais! Não me submeti ainda a nenhum procedimento estético, botox, preenchimento, silicone e tampouco cirurgia plástica. Nada contra, só estou adiando o máximo que posso. Como diz o poeta, “envelhecer é fazer as pazes com o tempo”. Não dá para olhar no espelho aos 40 e querer parecer ter 15...

Se não fosse jornalista, que profissão escolheria?

» Humorista ou comediante. Meu so-

nho era ser a Maria Paula, do Casseta & Planeta.

Hypidinhas »O jornalista e colunista de O

»

Globo, Artur Xexéo,vai escrever a biografia da apresentadora Hebe Camargo, que morreu em 2012. A previsão é de que a obra chegue às livrarias no ano que vem. Com direito a lançamento festivo no TurkZoo, reunindo vários músicos, o blog movimentompm tem

à frente Martha Pimenta. Não deixe de conferir: www. movimentompb.com.br » Ainda repercute a “autoentrevista” que a assessoria de imprensa de Lulu Santos enviou ao Diário Catarinense. Ele não teria aprovado as questões formuladas pelo repórter do veículo e “decidiu elaborar outras”. Eu, hein!

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Encontro hype

Encontro

inusitado

O primeiro, um famoso cantor brasileiro que viveu o auge do sucesso nos anos 60 e 70; o outro, britânico, foi o primeiro baterista dos Beatles. O que parecia improvável aconteceu: o encontro de Hype com Jerry Adriani e Pete Best, que estiveram em Vitória em setembro último, para participar do show em comemoração aos 25 anos da banda capixaba Big Beatles, na Arena Vitória

Jerry Adriani

T

udo aconteceu durante uma manhã de sol, em Guarapari, enquanto, ao lado do grupo que os acompanhava no evento – os ingleses Bill (Cavern Club); sua mulher, Allyson, e o irmão de Bill, além do ex-baterista de Raul Seixas, Carleba Castro, e a intérprete do grupo, Ana Paula Harris – Jerry e Pete deliciavam-se com os petiscos, o mar e a tranquilidade da Aldeia da Praia. Veja o que esse encontro inusitado produziu.

Se sua vida rendesse um filme, ele teria ingredientes de drama, comédia, aventura ou romance?

» A minha vida é um misto disso tudo, inclusive de muita comédia. Mas tive meus momentos dramáticos. Que música – ou estilo musical – jamais entraria em sua setlist?

» Veja bem, não sou radical. Prefiro ser

aquela metamorfose ambulante de que falava Raul Seixas. Não quero atirar pedras em ninguém.

Se sua casa estivesse pegando fogo, o que salvaria primeiro?

» Meus documentos e livros.

Que música você gostaria de ter composto?

» “My Love”, de Paul MCartney

Plantar uma árvore, escrever um livro, ter um filho... O que ainda falta fazer?

» Concluir meu livro. Adoro plantar e já tenho três filhos, de 33, 32 e 12 anos.


Pete Best Se sua vida rendesse um filme, ele seria uma comédia, drama, suspense ou aventura?

»Uma aventura, com certeza!

Que música o faz chorar ou rir de alegria?

» Qualquer música me faz chorar. “Don’t

cry for me Argentina” é uma delas. Quanto a rir, “Ciau, Ciau Bambino” é uma música de amor que me deixa feliz.

Se sua casa pegasse fogo, o que salvaria primeiro? Este é um país que vai para frente?

» Minha esposa.

» Espero que sim. Está muito difícil, mas ja-

Que erro não cometeria de novo?

Se pudesse voltar ao passado, que lugar gostaria de rever?

Com quem gostaria de encontrar-se, para sentar e conversar?

mais devemos perder a esperança. Penso que também temos que dar a nossa contribuição.

» Vila Prosperidade, no ABC paulista, onde

passei uma importante parte de minha vida, dos nove aos 17 anos.

Se arrependimento matasse...

» Não teria feito muitas coisas. Por exem-

plo, me apeguei muito a gravadoras. Isso me prejudicou. Eu deveria ter entendido melhor como as coisas funcionavam, até perceber que fazia parte dos móveis e utensílios...

Com quem gostaria de encontrar e conversar?

»

Se pudesse retroceder, com Juscelino Kubistchek, a quem acho que fiquei devendo. Recebi um convite dele para jantar no Palácio e simplesmente ignorei. Pura infantilidade. Achei que era uma brincadeira...

John, Paul, George ou Ringo?

» George. Ele foi muito gentil comigo, quando

o conheci, me chamando para fazer uma foto.

» Entrar no mundo da fama.

» Com Tony Sheridan, Little Richards

e Davy Crocket (político, militar e herói nacional americano). Ele fez muita diferença nos Estados Unidos.

Se não fosse baterista, qual instrumento gostaria de tocar?

» Piano. Mas tocar bem!

E se pudesse trocar de profissão, que outra atividade escolheria?

» Eu seria médico.

John, Paul ou George?

» John.

Cerveja, uísque ou caipirinha?

» Todas! (risos)

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Som hype

Luis Taylor taylor@superig.com.br

Leve e animado

A

nthony Ferraro até bem pouco tempo era apenas o tecladista da banda Toro y Moi. Agora, após o lançamento do primeiro álbum de sua própria banda, Astronauts, etc., o posto de apenas tecladista já pode ser deixado para trás. Levado para frente do palco, Anthony assumiu os vocais, as composições e se firmou como o frontman de um dos mais promissores atos de 2015. Com uma delicadeza que em certos momentos lembra “Antony and the Johnsons” ou “Bon Iver”, “Mind Out Wandering” abusa das belas melodias ao piano (quem diria), ao mesmo tempo em que mantém uma batida leve e animada, criando um clima lounge oitentista, sem soar caricato ou datado. O disco é coeso do início ao fim, mantendo a qualidade das composições, sem nenhuma faixa sobrando ou fora de compasso com o resto das músicas. “Eye to Eye”, “I Know” ou “Place with you” servem muito bem como aperitivo para quem estiver com vontade de provar uma banda da qual, se o mundo for um lugar bom, ainda vamos ouvir muito falar.

Kurt Vile - b’lieve I’m going down... Lembro de, alguns anos atrás, não ir a um show do Thurston Moore no Circo Voador por pura falta de vontade. Até hoje esse show assombra minhas memórias. Não pelo Thurston, mas pelo ato de abertura da noite, o até então desconhecido – ignorância minha – Kurt Vile. Ao descobrir as músicas do Kurt Vile, não consegui me perdoar por ter deixado passar a oportunidade de vê-lo ali, do lado de casa, ao vivo. E passei de desconhecedor a fã. Eis que o americano lança mais um álbum, “b’lieve I’m going down...”, para reforçar ainda mais seu espaço no mundo da música atual como um dos mais inspirados compositores de seu tempo. Está tudo lá: os dedilhados, sua marca registrada, as melodias incríveis e as letras bem construídas. Mas

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para não dizer que só falei de flores, vai o aviso: o disco é bom, mas não é sua obra-prima. Como apreciador de boa música, confesso que está mais do que de bom tamanho. Afinal, muitas vezes, tudo o que a gente precisa é ouvir aquilo que toca o coração. Comece a ouvir Pretty Pimpin, primeiro single e primeira faixa do disco, e tente parar o fluxo de canções que vem a seguir. É bem capaz de você passar a conhecer os dotes do rapaz e se tornar mais um fã.


Studio hype

Coisas de Theodora: uma história de amor A designer e coordenadora de produto Claudia Guarçoni Duarte é uma apaixonada por moda e arte. Formada em Artes Plásticas, dedicou sua vida profissional a ambas, até que, em setembro do ano passado, por ocasião do casamento da filha, Nathália, depois de buscar, em vão, por algo “diferente”, resolveu criar ela mesma o convite da cerimônia

“U

sei uma foto instantânea do casal, feita no dia do pedido, com papel reciclado e folhas naturais, que esqueletizei pessoalmente”. Nem precisa dizer que o convite virou um sucesso entre os convidados e, daí em diante, começaram a surgir as encomendas. Assim começou Coisas de Theodora, uma linha originada da Theodora Vix, marca de blusas diferenciadas, também assinadas por Claudia. Ela fica emocionada ao lembrar-se da origem do nome Theodora. “Meu pai havia falecido recentemente, depois de uma luta de dois anos contra um câncer, e eu e Natália estávamos procurando um nome para a

linha de blusas. Depois de muitas horas de busca, sem sucesso, desistimos. Naquela noite, já de madrugada, Naty saiu do quarto, sentindo como se meu pai tivesse soprado no ouvido dela o nome Theodora... Ela gritou: ‘Mãe! E Theodora?’. Decidimos na hora, principalmente depois de ver seu significado: enviada por Deus”. Depois disso, diz Claudia, as pessoas que a procuram, sem conhecê-la, a chamam de Theodora. Em Coisas de Theodora é possível encontrar uma linha fina de convites de casamento, diferenciados e feitos à mão, com papel reciclado, flores, bordados, rendas, pérolas, cristais, pinturas e tingimentos, além de embalagens para bem-casados e amêndoas, assim como almofadas para alianças, também bordadas à mão, e lembranças para presentear madrinhas, como braceletes e porta-guardanapos, bordados com pedras, miçangas e cristais. Os convites podem ser feitos em qualquer cor, com o tema da festa ou com alguma sugestão dos noivos. Além disso, Claudia também é responsável por lindos bordados em vestidos de noivas e de festa. “Trabalho com uma equipe de bordadeiras em Mimoso do Sul, onde realizamos um projeto social, criando empregos por meio da prestação de serviços”, diz a designer.

Foto: Cloves Louzada

Além de convites, embalagens, almofadas e lembranças para as madrinhas, Coisas de Theodora também borda vestidos de noivas e de festa, como o modelo da filha de Claudia, Naty.

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Livros hype

Um caso de amor e guerras » Recém-lançado no Brasil, O amante ja-

ponês (Bertrand Brasil), da chilena Isabel Allende, tem sua história iniciada em 1939, ano da ocupação da Polônia pelos nazistas. Alma Mendel, de oito anos, é enviada pelos pais para viver em segurança com os tios em São Francisco. Lá, ela conhece Ichimei Fukuda, filho do

jardineiro da família. Um caso de amor começa a florescer, mas depois do ataque a Pearl Harbor, os dois são cruelmente separados. A paixão secreta só vem à tona décadas depois, por meio de presentes e cartas misteriosas. Assim, o livro explora questões de identidade, abandono, redenção e o impacto do destino em nossas vidas.

Pequenezas da vida » Uma das maiores cronistas do país,

Martha Medeiros, com certeza, não tem solução para todos os problemas, mas aponta viver de forma mais leve dando atenção às pequenezas da vida. Em Simples assim (L&PM Editores), transbordam sua perspicácia, olhar atento e sensibilidade aguçada, habilidades

que lhe permitem dar conselhos como: Acordou mal humorado? Respire fundo, abra a janela e pense que no final do dia você encontrará seus amigos e dará boas gargalhadas. Ou ainda: O namoro está mais para morno? Chegou a hora de pôr um fim a relacionamentos que não levam a nada.

Scout cresceu

» Continuando o sucesso de "O sol é para todos",

Harper Lee resgata a história da heroína Scout em “Vá, coloque um vigia” (José Olympio). Nele, ela está de volta a sua cidade natal, Maycomb, no Alabama, depois de 20 anos, quando os Estados Unidos estão divididos em torno das questões raciais. Confrontada com a comunidade que a criou, mas da qual estava afastada desde sua mudança para Nova Iorque, Scout passa a ver sua família e amigos sob nova perspectiva e se espanta com as inconsistências éticas e pensamentos nos âmbitos político, social e familiar.

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Além do que os olhos veem »

Finalista do National Book Awards em 2014 e eleito um dos melhores livros do ano por veículos como The Guardian, Entertainment Weekly e Kirkus Reviews, Toda luz que não podemos ver (Intrínseca), de Anthony Doer, é uma história arrebatadora, um romance sobre o que há além do mundo visível. Combinando lirismo e uma observação atenta dos horrores da guerra, o autor narra a história de Marie-Laure, que fica cega aos seis anos e cujos caminhos se cruzam com os do órfão Werner. Os dois tentam sobreviver à Segunda Guerra Mundial.


Cinema hype

Scorsese, DiCaprio

e o serial

» Falou em Martin Scorsese, falou em ci-

nema de qualidade. Hype ama este genial diretor, que já assinou grandes obras como “Touro Indomável”, “Taxi Driver”, “Alice não mora mais aqui”, “Cabo do Medo” e tantos outros, com e sem De Niro no papel de protagonista. Agora, ele se junta a Leonardo DiCaprio – com quem já trabalhou meia dúzia de vezes, entre elas em “O Lobo de Wall Street” e “Os Infiltrados” – na adaptação do livro “O demônio na cidade branca”, best-seller do americano Erik Larson. A parceria promete. DiCaprio viverá o protagonista dessa história sinistra, que envolve um serial killer e tem como roteirista Billy Ray, o mesmo de “Jogos Vorazes” e “Capitão Phillips”. O filme, que reúne o grande cineasta e o brilhante ator, é baseado na história real do arquiteto Daniel H. Burman, que, em 1983, respondia pela Feira Mundial de Chicago. A trama envolve um assassino serial que se aproveitou do evento para matar. Burman, que, na verdade, chamava-se Herman Webster Mudgett, foi um dos primeiros seriais killers de que se tem notícia. Como arquiteto, construiu um hotel, inaugurado no período da feira, para usá-lo como cenário de sua carnificina.

Embora Holmes tenha admitido ter matado 27 pessoas, a Polícia só confirmou nove. Especulações da época apontavam para 200 vítimas. O assunto não foi apenas alvo de sensacionalismo jornalístico, mas também motivou obras literárias. DiCaprio gostou tanto do livro de Larson – por sinal, muito cobiçado em Hollywood – que acabou por comprar seus direitos em 2010. Mas o filme deve demorar a estrear nos cinemas. Até lá, que tal conhecer a obra original? Segundo o diretor, a personagem “sugere que pensemos em como uma vida poderia ser completamente diferentes se outras escolhas fossem feitas”.

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Dois pontos Ana Laura Nahas Jornalista e escritora ana.laura.nahas@gmail.com

Carta aberta a Milson Henriques

Q

uerido Milson, Escrevo esta carta logo depois de um telefonema seu. É domingo. O futebol na televisão denuncia a deliciosa supremacia do prosaico: comida na mesa, bolo no forno, cheiro de café fresco, as flores ajeitadas nas garrafas de cores variadas, os jornais do dia espalhados pelo sofá, o livro da vez imediatamente posto ao lado. Falamos da vida, das tarefas, dos projetos, dos afetos e dos desafetos. Falamos do medo, do futuro e do alívio pelo cabelo que não caiu com as sessões de quimioterapia. Falamos da maldade e do egoísmo, da política e da vaidade, da arte e da memória. Falamos de janeiro, da Noruega, do filme por vir e do modo como determinados porvires alimentam o corpo inteiro com a melhor das esperanças. Falamos dos dias em que falta coragem. Esqueço por um instante que há um ateu do outro lado da linha; anarquista, humanista e ateu, poeta esquerdo melancólico e pecador convicto. Esqueço, Milson, o tempo, os perigos da vida, o sumiço dos óculos da Carmélia, o futebol que denunciava a deliciosa supremacia do prosaico. Emendo, em pensamento, que temos um santo em comum, um poeta como você, canhoto do corpo e gauche da alma, que por culpa da lua e do conhaque põe a gente comovido como o diabo. Celebro por termos Drummond em comum. Quero contar de quando, como você, abandonei a geladeira naquela cidade cinza e voltei para o sol – trouxe apenas os ímãs da Betty Boop, uma caneca de chá e um ano a mais na bagagem. Deixo para a próxima, o telefonema seguinte, uma visita quem sabe, um café talvez. Tomo nota mentalmente do seu gosto pela palavra ocaso, sua atração pelo começo e pelo fim, largada e chegada, infância e velhice, a criança que ainda não sentiu a dor da perda,

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nunca leu o santo Drummond que cultuamos em comum, nunca ouviu Tom Jobim, Chet Baker, nunca chorou ouvindo o Adágio de Albinoni, e o idoso que cobriu todas as mágoas e dores com a areia grossa da amargura. Acredito que você não se importe com o aberto desta carta, publicada antes de ser entregue, enviada assim, a descoberto. Vivemos como na canção, entre o escancaro e o contido, quietos no canto da gente, mas expostos no que tornamos público em livros, crônicas soltas e estes escritos [meu caso] e em livros, escritos de jornal, desenhos, quadrinhos, declarações, saraus, poemas, peças e filmes [no seu]. Torço, com o coração inteiro, para que seu otimismo seja tão logo também meu, que tenho tido mais trabalho por fazer que fé em certos tipos de homens e mulheres, mais dúvidas que disposição para ginástica, mais medo de determinados vivos que da maioria dos mortos. Torço, igualmente, para que em breve estejam restaurados os glóbulos brancos de seu sangue e a minha fé na humanidade. Torço, por fim, para que janeiro bata logo em nossas portas e aquele trecho certeiro, perdido numa outra revista, seja a cada dia mais meu, seu, de todos nós: – Quanto maior me faço, mais simplifico minha vida. Com todo o meu afeto, Ana

Ilustração: Clara Nahas


Ponto Final Marcelo dos Santos Netto Jornalista e escritor www.msnetto.com.br msanetto@gmail.com

De quem D

e repente, seu Olavo percebeu que o único evento social que lhe restara era o enterro dos amigos falecidos. Desta vez o falecido era Henrique, setenta e três anos. Ainda faltam três, sussurrou ele a dona Mirta, sua esposa. Ela não tirou os olhos do falecido. Foi ele?, perguntou. Dona Mirta fez que não discretamente com a cabeça. Seu Olavo queria sentir remorso por desejar a morte dos amigos. Estava difícil. Tarde da vida, numa daquelas discussões, dona Mirta apunhalou o marido com a confissão: havia dividido seu amor com um daqueles amigos. Revoltado, seu Olavo quis fazer as malas. Mas para onde seu Olavo poderia ir? Não havia tempo para recomeçar. Eu lhe perdoo, disse ele, mas me diga com quem foi. Está bem, respondeu dona Mirta: conto no dia em que ele morrer. E por que não agora? Para sua segurança: não quero que se arrisque a fazer besteira. E seu Olavo desejava a morte dos amigos enquanto comia, lia, andava pelo jardim. Era seu único passatempo. Dois anos depois, faleceu mais um. Teobaldo já não conseguia respirar sem aparelho. Faltam dois, sussurrou ele a dona Mirta, que não respondeu. Foi ele?, perguntou. Dona Mirta fez que não discretamente. Esperar cansava. Seu Olavo pensou em perguntar pela verdade aos que restavam. Pensando bem, seria humilhante. Faria seu Olavo descobrir o que lhe

faltava como homem, a ponto de fazer sua esposa buscar o amor em outros braços. Era melhor esperar. E que tortura, essa espera. Quanto menos amigos restavam, mais devagar o tempo passava. E, de tanto esperar, aconteceu que esperar deixou de fazer sentido. Por que desejar tanto a morte deles? Mirta, desabafou seu Olavo, eu confesso que cansei. Pensando bem, que diferença faz saber quem foi. Isso não vai recuperar minha dignidade. O que eu queria mesmo era poder dizer que também busquei amor com outra mulher. Eu me sentiria vingado. Pois eu queria poder dizer que nunca fiz isso, lamentou dona Mirta. E sabe qual é a pior parte? É a maneira como você se envergonha disso. Por que não consegue encarar as pessoas nos olhos? Por acaso você traiu elas, foi? Não, não traí, seu Olavo finalmente se deu conta. Três meses depois, dona Mirta faleceu. Nunca mais poderia dizer com quem havia traído o marido. Tudo bem, seu Olavo finalmente estava tranquilo. Vergonha é de quem trai, não de quem é traído. Depositou flores no túmulo da esposa e disse um até logo.

A té l

o g o! 57


Apesar do céu azul e do dia claro, esta foto de Yuri Barichivich, feita na antiga Cooperativa das Desfiadeiras de Siri, na Ilha das Caieras, é fruto de longa exposição. Segundo o fotógrafo, esta é uma das características mais marcantes das longas exposições: fazer de algo cotidiano uma espécie de sonho, resumindo um prolongado tempo (no caso desta imagem, quase um minuto) em um instante. A foto é uma das favoritas de Yuri e também de Hype.

Hype end

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