Revista Hype 64

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Leandra

Leal uma atriz versátil

Conheça os 10 vencedores do

Prêmio

Hype

Lala Deheinzelin R$ 10,00 ano 11 | no 64

desvenda a economia criativa

Azul

00064 9 772237 558005

ISSN 2237-5589

A liberdade é


SHOPPING SHOPPING VITÓRIA VITÓRIA 27 3335271246 3335 1246 SHOPPING SHOPPING PRAIAPRAIA DA COSTA DA COSTA 27 3349279124 3349 9124 PRAIAP


9PRAIA 9124 DO PRAIA CANTO DO CANTO 27 3227 1880 27 3227SHOPPING 1880 SHOPPING PÁTIO MIX PÁTIO LINHARES MIX LINHARES 27 3048-0475 27 3048-0475


Editorial hype

É tempo de celebração!

» O mês de outubro se foi e, com ele, as esperanças

de muitos, enquanto outros tantos comemoram o resultado das urnas. Escrevo antes de saber quem ganhou a batalha, mas desejo que o grande vencedor tenha sido o Brasil. Por isso, a ordem agora é trabalhar para que 2015 transcorra sob a égide da paz e do crescimento, uma vez que, se tempos difíceis se anunciam, não há sentido algum em complicar ainda mais este já sombrio cenário com ameaças e retaliações de mau perdedor. Bem, mas estamos aqui para celebrar: nesta edição, dedicada ao Prêmio Hype, trazemos, além de uma matéria focalizando os 10 vitoriosos das oito categorias contempladas com o troféu assinado pela designer Ana Paula Castro, uma entrevista com a atriz Leandra Leal, protagonista da novela global Império; uma análise sobre economia criativa assinada pela expert Lala Deheinzelin, um perfil da polivalente Maria Sanz Martins, e um bate-papo divertido com a brilhante escritora Bernadette Lyra, prêmio Hype 2014. Neste clima de festa, a edição traz um belo ensaio de moda, destacando o imbatível jeans, e uma prévia do inverno 2015, saída das passarelas do Minas Trend, em Belo Horizonte, onde, mais uma vez, nossa revista marcou presença. E se ainda assim você achar que é pouco, então confira o papo surreal que travamos com o charmoso e irresistível ator alemão Michael Fassbender. Tenho certeza de que vai adorar. Divirta-se!

Betty Feliz

Editora

Betty Feliz MTb 179

Editora adjunta Ariani Caetano

Colaboradores André Andrès Antônio Carlos Félix Ariani Caetano Bárbara Hilsenbeck

Ester Jacopetti Luis Taylor Marcelo Netto Sylvia Lis

Redação

ua Prof. Sarmento, 41/Lj 01, Ed. Eller, R Praia do Suá, Cep 29.052-370, Vitória, ES. Telefax: 27 3225.6119 redacao@hypeonline.com.br

Comercial

27 3225.0184 comercial@hypeonline.com.br

Projeto gráfico e diagramação Link Editoração 27 3337.7249

Impressão

Gráfica e Editora GSA 27 3232.1266

Site

www.hypeonline.com.br

Nossa capa Fotografada por João Araújo, a modelo Gabrielly Becalli (Andy Models) usa blusa jeans Presidium e biquíni acervo. Styling: Carlos Faria. Beleza: Pablo Lima.

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A Revista Hype é uma publicação bimestral da Preview Editora Ltda. É proibida a reprodução total ou parcial de textos, fotos ou ilustrações, por qualquer meio, sem prévia autorização do editor. Todos os direitos reservados.



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vídeo caliente

Um

Dirigido por João Araújo e editado por Addam Araújo, o ensaio de moda desta edição ganhou um caprichado vídeo com os modelos Gabrielly Becalli e Rhuan Favoretto (Andy Models). Nele, o casal aparece em clima sensual, ao som de Blue Jeans, do álbum Born to Die, de Lana Del Rey. Confira no site.

A voz do leitor Pelo Facebook Hype, sempre impecável!

Vou ler com calma. Já vi que o conteúdo está bem variado e que promete. Até que enfim, Hype!

Ivoneide Souto

Solange Mota

Parabéns a toda equipe!

Lourdes Ferolla

Kely Ferr

Depois de brilhar na capa da última edição, a modelo da Andy Models aparece agora, no site da FFW, como uma das 50 melhores modelos brasileiras.

Por e-mail

•••

“Rolei de rir com a matéria surreal envolvendo o ator Peter Dinklage e seu personagem, Tyrion, de Game of Thrones. Uma brincadeira muito inteligente. Parabéns! Aliás, estou louca para assistir à próxima temporada desta maravilhosa série.”

“Li a fiquei surpresa com a matéria ‘Marcas capixabas realizam sonho de passarela’. Nunca fui ao Vitória Moda, mas, depois que li o texto, fiquei com vontade de conhecer o evento e as empresas envolvidas.”

“Amei a última edição! Aliás, Hype nunca decepciona e é por isso que sou fã.”

“Sou consumidor de arte, design e arquitetura. E, como leitor de Hype, não poderia deixar de registrar minha aprovação pela escolha de Rita Tristão e Neusa Mendes, duas profissionais supercompetentes destacadas na última edição.”

Carol Seixas

Ludmila Nolato

“Parabéns pela matéria com Alexandre Birman. Sou fã de design e, embora não consuma moda feminina, acho o trabalho dele genial.”

Maurício Teixeira

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Christiane Dutra

Rodrigo Couto


Sumário hype

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Papo Surreal

Narciso » Verão chegando... Para a delícia de estação que se avizinha, novos aromas e tons anunciam frescor e um toque de novidade, sempre bem -vindos aos lançamentos especiais que combinam com o sol.

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Entrevista

» A atriz Leandra Leal é mesmo

polivalente. Ela transita pelo cinema, teatro e televisão com a mesma competência com que gere sua vida particular. E é disso que ela fala na matéria que abre esta edição.

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Personagem

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» A edição traz um ensaio exclusivo

assinado pelo fotógrafo João Araújo, destacando a força do jeans, e também uma prévia do inverno 2015, lançado durante a última edição do Minas Trend, em Belo Horizonte.

Casa

» Especialista mundial em Econo-

mia Criativa, Lala Deheinzelin dá uma verdadeira aula sobre o tema, abordando crise, processos colaborativos, ética e outros valores ligados ao futuro do país e deste setor promissor.

Moda

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» Uma peça aqui, outra ali... Parece

simples, mas quando se trata de decorar com bom gosto, sutileza é essencial até no uso de adornos e complementos, que conferem personalidade ao ambiente.

» Você já ouviu falar de Michael

Fassbender? Não? Então corra até a próxima locadora e alugue Shame ou Bastardos Inglórios. E saiba que este belo e talentoso ator alemão também é bom de conversa.

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Turismo

» A empresária Cintia Dutra já viajou

por mais de 40 países e ainda não seu deu por satisfeita. Nos últimos tempos, seu roteiro tem contemplado a China, onde ela vai para divertir-se e, também, trabalhar.

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ZoOm »

Advogada, designer de moda, fotógrafa, ilustradora e escritora, além de esposa e mãe. Ufa! Maria Sanz Martins diz que suas habilidades se comunicam e que todas são frutos da mesma árvore criativa.

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56 58 60 Fi na l

Po nt o

V id a

Ci ne m a

52 54 Li vr os

46 47

Pr êm io H yp e Tu do Co ns um o V in ho Co m er Be m Fe liz Be tt y So m

Sa úd e

Ci da da ni a Di vã

12 16 17

36 40 42

E mais

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Entrevista hype

Leandra Leal

Uma mulher de talento

Filha da atriz Angela Leal, com quem diz manter uma relação forte de respeito e afeto, a jovem Leandra Leal seguiu os passos da mãe e hoje também é uma profissional respeitada, tanto na TV quanto no teatro e no cinema, onde já viveu inúmeras e marcantes personagens Fotos: divulgação

A

os 32 anos, ela vive agora a sofrida, mas combativa Cristina na novela global “Império”, escrita por Aguinaldo Silva. Para compor essa personagem, Leandra foi buscar inspiração em Julia Roberts, ou melhor, no filme “Erin Brockovich: uma mulher de talento”. Dirigido por Steven Soderbergh e escrito por Susannah Grant, ele conta a história real de Erin Brockovich e sua luta contra a empresa de energia Pacific Gas and Electric Company (PG&E). Nesta entrevista, concedida à jornalista Ester Jacopetti, Leandra fala da novela, de sua personagem, de dieta, sapatos e de seu sonho de ver estrear o filme “Divinas Divas”, no qual atua como diretora.

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Qual é a importância que você atribui à personagem Cristina em sua carreira?

» O que eu posso dizer é que estou realmente apaixonada pelo meu trabalho e pela minha personagem. E também pelas pessoas com as quais estou contracenando. É muito legal trabalhar com a Drica (Moraes). Em 2000, fiz com ela “O Cravo e a Rosa”. Nós tínhamos uma relação similar, mas ela era uma madrasta que torturava a Bianca. Essa maldade era muito mais evidente lá do que em “Império”. A descoberta do pai milionário mudou tudo, não?

» A gente não sabe ainda quais serão to-

das as consequências disso. Posso dizer, no entanto, que a família do José Alfredo (Alexandre Nero) é bem diferente da família dela, que tem um verdadeiro laço de amor. Na do Nero todos disputam quem vai herdar o império. Ela é um ser estranho ali...

Mas a Cristina sabe que a tia Cora (Drica Moraes) é do mal...

» Sim, mas é mais complexo do que isso.

Cristina foi criada por ela. É aquela pessoa da família que você fala: “Essa pessoa dá


defeito”. Mas é da sua família. A Cristina acha a tia doida, mas é a tia dela...

Você chegou a buscar inspiração em algum filme para viver a Cristina?

A Cristina é uma mulher devotada à família. Ela é um personagem de muitas emoções...

» Por coincidência, assisti a um filme que

achei que tivesse muito a ver com a minha personagem. Foi “Erin Brockovich: uma mulher de talento”. Acho que é uma mocinha moderna, batalhadora, que tem problemas, mas vai nessa pegada. Ela tem a consciência de que está toda ferrada, mas vai atrás, investiga sua história. A Cristina é uma mulher muito brasileira, contemporânea, que chefia a casa.

» Ela é uma mulher muito forte! Pensan-

do na minha vida, na verdade, é inimaginável perder a minha mãe. Eu me identifico com essa relação que ela tinha com a mãe porque eu também tenho com a minha. A minha mãe (a atriz Angela Leal) é o meu centro e minha estrutura. Quando a mãe morre, você consegue perceber dois personagens, um antes e depois. Porque mesmo com a dor do luto, ela tem que resolver muitos problemas, porque a vida não para. O trabalho dela é o camelódromo que pegou fogo, e o irmão foi preso. É muito sofrimento, mas não é à toa. As pessoas falam: é mocinha, vai sofrer demais. Mas como não sofrer? Seu trabalho é queimado, seu sobrinho é ameaçado de ser levado embora, sua mãe morre... Você não vai sofrer? Mesmo assim, ela está na ação. Ela fica tentando descobrir como é que ela vai conseguir lidar com tudo isso. A Cristina não é uma mocinha passiva nem boba. Mas ela está lidando com problemas grandiosos.

Como foi a preparação para essa personagem?

» Tivemos uma preparação com o cineas-

ta argentino Eduardo Milewicz durante três semanas. Não cheguei a ficar as três semanas porque o trabalho foi dividido por núcleo. O que foi muito bom. Encontramo-nos durante uma semana e lemos os textos da trama. O texto é muito complexo e as cenas cheias de camadas. Os personagens não são chapados.

Você chegou ir ao Saara para fazer laboratório para a personagem, que trabalha como camelô?

» Já fui ao Saara algumas vezes na vida.

Não é um ambiente estranho para mim. Eu vou ao Saara um mês antes do carnaval, todos os anos.

Isso quer dizer que você se identifica com ela?

Eu nunca fiz nenhuma pesquisa na internet a meu respeito. Há pouco tempo me toquei que não poderia ficar nessa paranoia o tempo inteiro

»

Identifico-me em várias coisas. Acho que essa coisa da liderança eu tenho um pouco. A relação forte dela com a mãe também é muito parecida com a que tenho com a minha.

Você tem preferência por papéis dramáticos ou gosta das personagens mais leves?

»

Os dois são muito difíceis. Não que todo trabalho seja difícil, mas acredito que os dois têm desafios. O ideal é você poder fazer um trabalho que a deixe feliz. É bom também poder trabalhar com texto de qualidade e com pessoas com as quais você se dá bem.

Você pensou em como fazer essa mocinha sem ficar certinha e chata?

»

Ela não é certinha. Cristina tem uma coisa que eu acho que é muito diferente de mocinha. Ela não é boba. Ela é uma mulher forte e esperta. Ela batalha, trabalha desde criança. Trabalha de dia e faz faculdade à noite.

Em algum momento você se sentiu pressionada por ser protagonista da novela das nove?

» A única pressão é minha mesma, de fazer meu trabalho bem feito.

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Entrevista hype Recentemente você se tornou garota propaganda de uma marca de sapatos. Você gosta de sapatos?

» Eu fiquei feliz e lisonjeada porque as

campanhas da Arezzo são sempre muito bonitas e de bom gosto. Eu amei fazer a campanha. Gosto bastante de sapatos, mas fico muito tempo com um específico e demoro para mudar. Não tenho muitos, mas gosto bastante de salto.

Como está sua vida? Você acompanha a repercussão da novela nas ruas?

»

Eu só tenho gravado! Juro por Deus! Estou tão enfurnada que não estou sabendo sequer sobre a repercussão de minha personagem nas ruas. É muito louco porque, ao mesmo tempo em que você faz algo que tem visibilidade nacional, você fica dentro de um estúdio. Para falar a verdade, quem acompanha é minha mãe. É até melhor porque ela deve filtrar, porque, claro, deve ter muito comentário ruim também. Eu nunca fiz nenhuma pesquisa na internet a meu respeito. Há pouco tempo me toquei que não poderia fi-

car nessa paranoia o tempo inteiro. Mas já pesquisei várias vezes nomes dos projetos no qual estou envolvida.

Você tem outros projetos de trabalho?

» Gostaria de estrear meu primeiro filme

como diretora, que se chama “Divinas Divas”. Ainda estou em fase de montagem. E, agora que estou na novela, ficou ainda mais difícil. É um documentário sobre a primeira geração de artistas travestis no Brasil.

Você é uma das principais atrizes da sua geração, uma das melhores na televisão. Você escolhe os trabalhos?

» Eu sempre tive uma boa relação com

A verdade é que me esforço bastante e procuro fazer o melhor

a Rede Globo. Sempre apareceram coisas legais, nunca tive problemas por não querer fazer determinado trabalho. Foram sempre muito legais comigo.

Você tem algum outro personagem que gostaria de interpretar em sua carreira?

» Ah... Um personagem que eu gostaria

de interpretar? Hamlet.

» Leandra Leal em cena e ao lado dos parceiros de trabalho, Drica Moraes e o autor da novela, Aguinaldo Silva

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Cidadania hype

Conteúdo livre e acessível Garantir a cidadania de pessoas que muitas vezes têm seus direitos corrompidos por falta de conhecimento e acessibilidade é a finalidade do projeto PCD Legal Por Ariani Caetano

C

om o objetivo de compartilhar o conhecimento sobre temas importantes para o desenvolvimento da cidadania, oferecendo à população um conteúdo em formato acessível, o Ministério Público do Trabalho no Espírito Santo (MPT-ES) criou o projeto PCD Legal. Trata-se da disponibilização de cartilhas na internet utilizando recursos que as tornem acessíveis a pessoas com deficiência, como ampliação e redução de fonte, inversão de contraste de fundo de tela, conteúdo em áudio gravado por locutores profissionais e conteúdo em vídeo (Libras). E visando a garantir a mobilidade do usuário e acesso à informação, todo o conteúdo está disponível também para download no formato que supra as necessidades do leitor. “Como o intuito do projeto é colaborar com o conhecimento dos direitos e deveres de cada cidadão, disponibilizar esse conteúdo de forma acessível é dar autonomia às pessoas com deficiência. Nossa sociedade foi estabelecida dentro de um contexto no qual as pessoas com dificuldades motoras, visuais e auditivas ficam excluídas. Esse projeto tem feito com que as pessoas despertem e vejam que a realidade é outra. Muitos pensam que acessibilidade é construir uma rampa que dê acesso a uma loja ou a um serviço público ou colocar corrimão em escadas. É isso e muito mais. É também proporcionar o acesso ao conhecimento, à informação, à

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arte, à diversão”, ressalta o procurador do Trabalho responsável pelo projeto, Estanislau Tallon Bozi. Segundo ele, a função do Ministério Público do Trabalho é a de atuar na defesa dos direitos coletivos e individuais na área trabalhista. Portanto, é preciso que cada cidadão tenha conhecimento dos seus direitos e deveres. “Temos que dar autonomia às pessoas para que possam crescer a partir disso. Para isso, é necessário que esses conteúdos estejam disponíveis. Imagine os principais portais de notícia do país adaptados às necessidades desse público? Que mudanças isso poderia provocar em nossa sociedade?”, defende o procurador. Pioneiro nesse tipo de iniciativa no Brasil, o MPT-ES já disponibilizou no site do PCD Legal títulos sobre a lei de cotas, os direitos dos trabalhadores, a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e a Constituição da República Federativa do Brasil. “O resultado tem sido muito positivo, pois já percebemos que há diversas pessoas que estão despertando para a necessidade de adaptação de conteúdos que contemplem deficiências auditivas e visuais. O PCD Legal vem basicamente mostrar que não é difícil cumprir uma lei que está aí há 14 anos (Art. 17 da Lei n. 10.098/2000). As ferramentas usadas no portal não são novas. Simplesmente houve quem acreditasse que seria possível fazer e foi feito”, diz Estanislau.

Acesse! Projeto PCD Legal www.pcdlegal.com.br



Narciso hype

Verão de cheiros e tons O frescor, os aromas e as cores da próxima estação já estão presentes nestes lançamentos especiais que Hype garimpou para você

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3

» A marca de autobronzeador Best

Bronze agora pode ser encontrada na Sephora. A linha completa de produtos inclui autobronzeador spray, sabonete pré e pós-bronze, hidratante corporal de alta hidratação, iluminador para corpo e cabelo e luva esfoliante em nylon.

» A Jafra Cosméticos lançou

duas fragrâncias, uma feminina, outra masculina. Sunsari foi desenvolvida para proporcionar frescor e suavidade, com uma fórmula ideal para os dias quentes. Para eles, Gentleman foi concebida para ser o símbolo máximo da empresa para homens clássicos.

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» A L’Occitane au Brésil estende a linha

Mandacaru e traz produtos específicos para lavabos. Com design decorativo e pump prático, o sabonete líquido e a loção para corpo e mãos limpam, hidratam e perfumam com uma delicada fragrância floral aveludada.

» Inspirada na luz da noite que

ganha vida na adormecida Place Vendôme, a marca Boucheron lança a fragrância Elixir, um floral amadeirado em edição limitada. O requinte está no aroma e na embalagem, um frasco embrulhado de ouro, como uma joia.

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» A Vult trouxe para a

temporada de primaveraverão cinco novas cores de batons. Com textura macia, excelente fixação e ótima cobertura, eles vêm em nova embalagem, toda em preto, com design moderno e um prático visor na tampara onde é possível conferir a cor.



Divã hype Antônio Carlos Félix das Neves Psicólogo, psicanalista e professor antonic@terra.com.br

Mania de limpeza Ilustração: Fernando Augusto

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E

la gostava de deixar tudo limpinho, tudo arrumadinho. Manter as coisas em ordem dava-lhe um prazer imenso, e o prazer era renovado todas as vezes que ela confirmava se tudo estava no seu devido lugar. Mas se alguma coisa viesse perturbar essa organização quase perfeita – a poeira trazida da rua, as roupas deixadas ao chão, os calçados embaixo da cama –, ela era tomada por um impulso agressivo e começava a gritar: “Eu deixei tudo arrumado e olha o que vocês fizeram! Assim não dá!”. Se alguém a convidava para passear ou para sair de casa numa hora qualquer, ela nunca podia, pois estava sempre a arrumar a casa. Até sugeriram que ela arrumasse depois, mas sua preocupação era constante: “E se alguém chegar?”. Em todos esses anos, esse alguém, que merecesse tamanha cerimônia, nunca chegou. Na hora das refeições, um ritual era seguido: lavar as mãos, sentar corretamente, não sujar a toalha e comer educadamente. A comida não podia sobrar, pois restos não eram

admitidos; os pratos deviam estar limpos. As roupas tinham que ficar impecáveis: limpas, sem dobras e cheirosas. Nos cabides, elas quase adquiriam autonomia, beiravam à postura de gente elegante. Assim, a cada coisa alinhada ou sujeira evitada, ela comprazia em seu mundo perfeito. Era um dever cumprido, um capricho passado a limpo. Certo dia, levantou com uma disposição tamanha e propôs, a si mesma, deixar o quarto nos trinques, encerando-o sistematicamente. Traçou o seu plano: da porta de entrada do quarto ao banheiro da suíte, tudo ficaria um brinco. Ela deslizava a enceradeira, que parecia representar um instrumento de prazer sob seu controle. O chão quase refletia sua imagem de tanto alisá-lo. Ao terminar o serviço, estava no banheiro, de onde contemplava a sua imagem refletida no piso encerado. De repente, angustiou-se: como sair dali, estando o piso tão bonito assim? Presa em seu próprio capricho ou na imagem refletida, tinha que escolher: ficar no banheiro ou pisar no belo piso. Eis a questão!


Saúde

Você acredita

no resultado dos seus exames? Quando precisamos de um serviço na área de saúde, como realizar exames de sangue, por exemplo, procuramos escolher um laboratório que nos passe confiança nos resultados obtidos, certo? Mas você já parou para analisar com critério a qualidade dessa prestação de serviço? Acredita, realmente, nos resultados?

A

pesar de nem todas cumprirem, a qualidade é um fator obrigatório a todos os produtos e serviços prestados pelas empresas. No caso dos laboratórios de análises clínicas, a própria Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determina que “o controle interno e externo da qualidade é obrigatório para o laboratório clínico”. Esse sistema de controle deve abranger todas as etapas da execução dos exames: a pré-analítica (instruções sobre a necessidade ou não de jejum, como coletar uma amostra de urina, como preparar, conservar e transportar as amostras coletadas), a analítica (execução da análise propriamente dita) e pós-analítica (liberação e assinatura do resultado e guarda das amostras quando cabível). A partir do conhecimento dessas etapas, surgem as perguntas: o que acontece com minha amostra depois da coleta? Como ela foi transportada? Os aparelhos usados nas análises estavam calibrados? Posso confiar no resultado? Para garantir excelência nas respostas é necessário que o laboratório tenha montado e mantenha funcionando adequadamente o sistema de gestão da qualidade, que é o responsável pela padronização de todos os

No Tommasi nós acreditamos! Certificados de Acreditação

processos do laboratório a fim de garantir a qualidade dos exames realizados. Para comprovar sua excelência, o laboratório deve se submeter ao processo de acreditação, isto é, deve solicitar a uma das entidades acreditadoras existentes no Brasil (DICQ, pela Sociedade Brasileira de Análises Clínicas; ONA – Organização Nacional de Acreditação; PALC, da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica, ou ISO 15.189) que proceda a auditoria e emita um certificado que comprove que todos os processos são realizados dentro dos padrões estabelecidos, garantindo assim a fidedignidade dos resultados obtidos. O Tommasi Laboratório possui as acreditações do DICQ – SBAC e ONA, além de realizar treinamentos constantes com sua equipe, que é peça-chave para a qualidade do atendimento nos seus mais de 50 anos de história. Peça a recepcionista de um dos 24 postos de coleta do Tommasi no Estado que lhe apresente os certificados de acreditação e que lhe fale, por exemplo, sobre o sistema de monitoramento da temperatura de conservação e transporte de suas amostras. Isso faz a diferença.

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Papo surreal hype

Michael Fassbender

Lindo, loiro e talentoso Irresistivelmente charmoso e sedutor no filme “Bastardos Inglórios”, ameaçando, inclusive, o brilho do protagonista, Brad Pitt – em um papel onde de belo, o marido de Angelina Jolie não tinha nada –, Michael Fassbender dispensa comentários: além de lindo, é excelente ator. Por isso, e porque amamos cinema, o elegemos para participar do nosso papo imaginário

A

lém de Brad Pitt, Michael já trabalhou com grandes nomes, como Viggo Mortensen, Keira Knightley, Charlize Theron, James McAvoy e Jennifer Lawrence, além de ter atuado com diretores de peso, como Quentin Tarantino e Steve McQueen. Sua presença foi confirmada no filme da série de jogos eletrônicos “Assassin’s Creed”, prevista para ser lançada em maio de 2015. Protagonista no novo filme baseado na obra de Shakespeare, “Macbeth”, que será lançado em 2015 e que conta com Marion Cotillard

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interpretando Lady Macbeth, o ator promete brilhar mais uma vez na telona, em uma grande produção dirigida por Justin Kurzel. Nascido em 2 de abril de 1977, em Heidelberg, na Alemanha, Michael foi viver com a família na Irlanda quando tinha dois anos. Hoje, mora em Londres, para onde se mudou aos 19 anos, para estudar no Drama Centre, uma escola prestigiosa que ensina atuação, direção e roteiro e que ensinou tudo que sabe. Divide-se atualmente entre gravações em Nova York e Los Angeles e também Londres, onde mora e trabalha.


Nos Estados Unidos, conseguiu o primeiro papel na TV em 2001, na minissérie “Band of Brothers”, produzida por Steven Spielberg e Tom Hanks. Mas nunca pensou em morar fora da Europa. “Não tenho a menor intenção de me mudar para os Estados Unidos. Vou para lá a trabalho e só. Gosto de Londres e, quando passo muito tempo longe, sinto falta. Sou muito europeu”, diz. Sua experiência mais intensa no cinema, conta, foi interpretar o psicanalista Carl Jung, em “Um Método Perigoso”. Afinal, mergulhar fundo nos personagens faz o estilo deste alemão. Em 2008, chamou a atenção no Festival de Cannes sua interpretação de Bobby

Quem assistiu a “Bastardos Inglórios” (Quentin Tarantino) se pergunta por que diabos você tinha que errar aquele sinal ao pedir a bebida...

» Você tem que reclamar com Taran-

tino! Por mim, eu permaneceria no filme até o fim. Mesmo porque o Brad (Pitt) estava horroroso, enquanto eu desfilava lindo e elegante em meu uniforme militar.

Você gosta tanto de sexo quanto seu personagem em “Shame”?

» (risos) E se eu disser que sim? Bem, não me surpreenderia, porque você já admitiu que estuda muito os roteiros, mas que sua única referência real é você mesmo.

» Sim, é verdade. Tenho que me conhecer para buscar em mim a verdade das histórias que conto.

Sands, um prisioneiro que faz greve de fome, no premiado longa “Hunger”. O filme marcou o primeiro episódio de sua parceria com Steve McQueen. Para dar veracidade à história de Bobby Sands, emagreceu 16 quilos. “Steve me deu a primeira chance de verdade no cinema. Viramos amigos depois disso”, diz o ator. Com McQueen filmou, além de “Hunger”, “Shame” (“Vergonha”), que estreou em 2012, e “12 Years a Slave”, filmado em 2012. Nesse mesmo ano realizou grandes projetos, como “Prometheus”, de Ridley Scott; “Haywire”, de Steven Soderbergh, e “Um Método Perigoso”, de David Cronenberg.

Você interpretou Carl Jung, em “Um Método Perigoso”. Como foi essa experiência?

» Confesso que foi minha experiência

mais intensa no cinema. Sabe, atuar se parece um pouco com psicanálise... E, além do mais, havia a Keira (Knightley), uma super atriz.

O que você responderia a alguém que dissesse que sua beleza é maior do que seu talento?

» Você está me fazendo essa pergunta só porque eu sou loiro? Voltando ao cinema: Keira Knightley, Charlize Theron, Jennifer Lawrence e Marion Cotillard. Qual delas você considera mais bonita e talentosa?

» Humm... Difícil! Fico com a Marion,

mas a Charlize é muito sexy, e a Jennifer tem um corpo lindo... Mas talento mesmo tem a Keira. Infelizmente, nem sempre se pode, como eu, ter tudo.

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Personagem hype

Lala Deheinzelin

Uma mulher de futuro

Conversar com ela é mergulhar em um rico universo de informações que têm como temas recorrentes a economia criativa e o desenvolvimento sustentável. Afinal, Lala Deheinzelin é especialista mundial no assunto. Ela criou e coordena o movimento internacional Crie Futuros, atuando no Brasil e no exterior

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Por Betty Feliz | Fotos: Cloves Louzada e divulgação

iretora premiada de espetáculos multimídia, produtora, palestrante, consultora, curadora, facilitadora de cursos e workshops para corporações, governos e instituições internacionais multilaterais na formulação de estratégias de inovação, desenvolvimento e cooperação, Lala também é membro do Conselho do Instituto Nacional de Moda e Design e coordena-

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dora da primeira pós-graduação, no Brasil e América Latina, em Economia Criativa e Colaborativa pela ESPM, em Curitiba, Paraná. Aqui, a especialista, que esteve em Vitória, no mês de junho, abrindo a temporada cultural do Vitória Moda 2014, fala de crise, processos colaborativos, ética e de outros valores ligados ao futuro do país e da economia criativa.


Crise e economia criativa

Ética e valor econômico

» “A crise é uma oportunidade para que a

economia criativa possa ser o principal motor de desenvolvimento do país. Isso porque a crise deve-se ao fato de que toda a nossa sociedade e a economia se organizaram em torno do que era tangível, material. Só que o que é tangível e material se consome com o uso, gera um modelo de competição e uma economia da escassez. Não há como um governo centralizado, com uma equipe que não cria interação com a população e que tenta, sozinho, resolver as coisas, e ainda mais de forma fragmentada, separada por setores, dar conta da exponencialidade dos problemas que a gente tem. Então, onde está a solução? Estaria em ser exponencial também. Mas como é possível ser exponencial? Se a gente trabalha com processos colaborativos, se o modelo de gestão deixa de ser centralizado e passa a ser distribuído, onde todo mundo pode fazer uma cogestão, isso também tem uma interface com a economia criativa.”

Economia colaborativa

» “A economia colaborativa é uma das gran-

des chaves do futuro para permitir a abundância. Mas uma coisa é a economia do compartilhar e outra é a economia colaborativa. Vemos o compartilhamento de carros, de espaços... Na economia do compartilhar, eu uso as novas tecnologias para mapear estruturas que já existem e criar processos para usá-las de forma melhor. Já a economia colaborativa supõe outro modelo de gestão, que não é centralizado. É um processo descentralizado, distribuído, onde cada um faz a sua parte. Na economia do compartilhar, a gente vê um monte de coisa e de exemplos, Já a economia colaborativa é algo que está começando, mas que tem um potencial extraordinário pela frente, porque vai juntar tudo aquilo que é conhecimento e criatividade através das novas tecnologias e de processos distribuídos em rede.”

» “É interessante notar que estamos viven-

O que nos pôe em sintonia e permite a colaboração é saber que estamos todos trabalhando para o bem comum

do, além dessa passagem do tangível para o intangível, uma passagem de toda a vida sendo regida pelo mercado para uma vida (sociedade, economia, política) organizada em torno do bem comum. Isso não quer dizer que não temos mais mercado, mas sim que esse mercado se norteia a partir das coisas que estão a serviço do bem comum. Vamos ver uma passagem da centralidade do consumo como forma de gerar riqueza para a centralidade de cuidar como forma de gerar riqueza. E aí a ética passa a ser o principal valor econômico. Trabalhar para o bem comum depende de colaboração, colaboração só existe quando há relações de confiança, e relações de confiança dependem da ética. Então, a gente tem a possibilidade de um futuro de abundância, só que ele só será possível se existir confiança, e confiança só existe se existir ética.”

Ética e bem comum

» “Tudo se organiza em torno do bem co-

mum. O que nos põe em sintonia e permite a colaboração é saber que estamos todos trabalhando para o bem comum. Eu posso colaborar com alguém que eu nunca vi na vida, que está do outro lado do mundo, se o propósito dele está em sintonia com o meu, se estamos ambos trabalhando para o bem comum e se estamos ambos baseados em ética. A gente vai ter que passar, sem dúvida, por essa mudança. Por isso, a mudança passa também por uma mudança de modelo político. O modelo de gestão por partidos, por representatividade, não serve mais, porque ele é toda uma lógica de organização por controle, e não por confiança. Vamos ter que passar para um novo modelo de gestão que tenha normas muito mais simples e baseadas na confiança, e não no controle, porque aí conseguimos a agilidade e a articulação suficientes para atingir essa abundância.”

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Personagem hype Confiança no futuro

Sustentabilidade

» “É muito interessante notar que se a gen-

» “A questão da sustentabilidade é cha-

te não mudar a nossa forma de gestão de produção de riqueza e de organização social para uma sociedade que prioriza os intangíveis como forma de gerar riqueza (já que eles são infinitos), a gente não terá futuro. Estamos no momento do fazer. E esse fazer vai criando ambiente favorável para que essas coisas sejam possíveis. Confiar, por exemplo: ou se confia ou não confia. E não dá para pensar sobre o confiar. É algo que se pratica. Em geral, nos processos colaborativos, as relações de confiança acabam se instaurando porque, na prática, a gente percebe que toda ideia de que o ser humano não presta, de que a natureza do ser humano é agressiva, de que o principal motor da gente é o lucro, tudo isso é uma cultura. Estamos imersos nessa cultura. Mas não é assim. A natureza tem momentos de competição, mas é essencialmente colaborativa, senão não existiria. E aí a prática é o que nos ajuda a mudar a mentalidade, e se a gente muda a mentalidade, todo o resto entra no lugar. Eu diria que o futuro depende, sobretudo, de a gente se dedicar como se fosse uma mudança de sistema operacional, porque se não mudar é como se os programas de futuro e todas essas coisas ligadas à criatividade e à colaboração, às novas tecnologias não conseguissem rodar no sistema operacional tradicional, baseado em medo, desconfiança, competição.”

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ve, agora o problema é: como vamos mudar a cultura em relação à sustentabilidade? Como a discussão da sustentabilidade veio na sequência da discussão ambiental, ela acabou ficando muito reduzida à questão ambiental. Todo mundo acha que é sustentável porque faz gestão de lixo ou porque controla um pouco seu consumo de eletricidade ou água. Isso é reduzir toda a questão da sustentabilidade à sua parte tangível. Agora, toda parte importante e chave para que a gente chegue a alguma coisa é a parte ligada à dimensão cultural da sustentabilidade, antes de mais nada, mudar a mentalidade.”

Dimensão cultural

» “Na dimensão cultural, isso significa mudar o próprio significado do que quer dizer sustentabilidade, percebendo que ela é fluxo harmônico nas quatro dimensões, não só na ambiental, mas na cultural, social e financeira. Isso supõe perceber que a economia não é a dimensão financeira. Economia são estas quatro dimensões: social, cultural, ambiental e financeira. A outra coisa que precisa mudar muito na dimensão cultural em relação à sustentabilidade, para permitir que o processo aconteça, é essa passagem de gerar riqueza por consumo para gerar riqueza por cuidar. Isso tudo necessita uma linguagem, então todos os criativos são fundamentais na questão da sustentabilidade para a gente ter uma forma mais atraente de falar disso tudo, porque hoje o discurso é todo pelo medo, e não por atração. Então, tomara que os criativos possam participar dessa ressignificação do que é sustentabilidade”.


Lala por Lala “Sou uma pessoa multi, pluri, trans. Durante muito tempo as pessoas me achavam meio esquisita, porque pensavam: mas, afinal de contas, o que ela faz, o que ela é? E hoje em dia isso já não é mais esquisito, mas é transdisciplinar. Eu tive o privilégio de, justamente por não ter muitas fronteiras de pensamento, ação e âmbito de atuação, poder perceber que muitas vezes o impossível é possível. Isso aconteceu na minha vida e vi acontecer em muitos lugares. Talvez todo o meu trabalho, e por isso é um trabalho essencialmente futurista, é mostrar que sim, que é possível fazer muito mais do que a gente imagina. Toda a minha filosofia de vida, que se reflete no trabalho, é mostrar que a gente precisa abrir a forma de pensar, de viver e de se relacionar, saindo do campo do provável, que está sempre baseado no pensamento do passado, é conhecido, já existe, e ampliar nossos pontos de vista, ações e maneiras de ser e fazer para o possível, onde o campo de possibilidades é muito maior do que o campo das probabilidades e, melhor ainda, para o desejável. Trabalhar com essa questão do desejo, do que a gente quer e construir a vida de uma maneira mais em sintonia com isso, tentando fazer com que a vida pessoal e profissional esteja mais em sintonia é uma das metas. A questão dos futuros desejáveis, que na verdade servem para criar presentes desejáveis, é central, porque em geral a gente pensa: o que eu acho que o mundo vai ser? E essa visão do que o mundo vai ser é

sempre um pouco tenebrosa. Mas o que eu gostaria que o mundo fosse? Essa visão é otimista. Se todos nós queremos um mundo legal, por que a gente não faz? Por que tem que ser aquilo que a gente não deseja? A essência do meu trabalho é encontrar ferramentas, linguagens, maneiras de ser que possam traduzir esse desejo de passar do provável ao possível e, melhor ainda, ao desejável. Como deu para ver, me explico um pouco pelo trabalho, porque realmente o trabalho para mim é uma coisa inseparável da vida. Eu gosto muito do que faço, e minha vida e o trabalho são coisas tecidas, são uma coisa única, não tem o momento eu e o momento trabalho. Eu e o trabalho somos uma coisa só. E, melhor que tudo, eu sou mãe da Rita, que é fabulosa.”

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Ensaio hype

True De Nimes, na França, onde o tecido foi fabricado pela primeira vez (1872), a Maryland, na Nova Inglaterra, quando, em 1793, popularizou-se por meio da indústria têxtil, este algodão sarjado batizado de denim e que, mais de 50 anos depois, Levis Strauss e Jacob Davis transformaram em jeans, muita coisa aconteceu até os dias atuais. Mas o bom e velho jeans de guerra enfrentou todas as intempéries, mantendo-se acima dos caprichos e dos modismos para chegar aqui, vitorioso e true blue.

blue

» Camiseta Presidium, short PK Jeans e acessórios acervo

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» Calça Presidium e jaqueta Vide Bula

» Camisa Missbela e short Presidium

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Ensaio hype

Âť Camisa jeans Base Nuclear e short Vide Bula

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Âť Bermuda Vide Bula e bonĂŠ acervo

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Ensaio hype

» Calça Base Nuclear

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Âť Top acervo e saia PK Jeans

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Ensaio hype

» Camisa Presidium, tenis H&M, boné Acervo e macacão Base Nuclear

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» Calça Vide Bula

Ficha Técnica »  Fotos: João Araújo (Assistente: Roger Patrocinio) »  Tratamento de Imagem: Thiago Costa »  Modelos: Gabrielly Becalli e Rhuan Favoretto (Andy Models) »  Styling: Carlos Faria »  Beleza: Pablo Lima

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Moda hype

Especial Minas Trend

Crise?

Que

crise?

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Patrícia Mota

T

udo bem que a campanha política pela disputa presidencial ainda estava indefinida, mas quem sabe o clima um tanto ufanista tenha contribuído para levantar o moral dos mineiros no evento? O fato é que a 15ª edição do Minas Trend, realizada no início de outubro, em Belo Horizonte, registrou, para alegria dos expositores, um expressivo aumento no número de compradores em relação à mesma temporada do ano passado. O evento, que lançou, oficialmente, as coleções de vestuário, sapatos, bolsas e bijux para o outono-inverno 2015, terminou com compradores comemorando vendas, abertura de novos clientes e, até mesmo, incremento de exportações. Os desfiles que marcaram a temporada de moda mineira tampouco ficaram atrás: cores, estampas e muito brilho (“quando eu vim de Minas, trouxe ouro em pó...”) foram a tônica na passarela. Olavo Machado Junior, presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), realizadora do evento, ainda está sorrindo de orelha a orelha diante dos bons resultados.

Vivaz

Por Betty Feliz | Fotos : Agência Fotosite


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Fabiana Milazzo

Raquel Mattar

Dessfile de abertura

Desfile de abertura


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Lucas Magalhães

Faven

Alesssa

Rogério Lima

Moda hype


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Lucas Magalhães

Herchcovitch, Alexandre

Jardin

Patrícia Motta


Prêmio hype

Oito categorias,

dez vencedores E m sua sexta edição, o Prêmio Hype contempla com o troféu assinado por Ana Paula Castro, da Oficina de Ideias, oito categorias, com dez agraciados. São elas: Moda (Marcí, Konyk e Carvalho Bambu), Grafite (Emílio Asceti), Design Artesanal (Jacqueline Chiabay), Projeto Sustentável (Sônia Iamonde), Projeto Musical (Edu Henning), Inclusão Social (Projeto PCD Legal), Literatura (Bernadette Lyra) e Cinema (José Augusto Muleta).

O júri (Vitória Moda 2014)

• Adélia Lopes • Eva Coutinho • Fábio Juchen • Gabriel Rajão • Heloísa Marra

Os vencedores da categoria Moda e Design Artesanal foram eleitos por um júri formado por 14 jornalistas que cobriram a 7ª edição do Vitória Moda, realizado em julho pelo Sistema Findes/Câmara do Vestuário e Sebrae-ES. As demais categorias foram eleitas pela redação de Hype, tendo como critérios economia criativa, originalidade, responsabilidade social, qualidade de produção e representatividade artístico-cultural.

• Heloísa Tolipan • Karla Matida • M arisa Baston de Toledo • Marta Bernardo César

• Nereide Michel • Reni Rosa • Silvia Boriello • Yuko Suzuki • Flaviano Quaresma

Conheça os vencedores de 2014 KONYK

A marca do empresário José Carlos Bergamin, presidente da Câmara do Vestuário do Espírito Santo, é campeã invicta do Prêmio Hype, desde sua primeira edição, em 2008. O estilo da marca é assinado por Mauro Amorim e Carlos Moretti, que, para a temporada de alto verão 2015, apostaram na coleção “Al Mare”.

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Fotos: Clov es Louzada

Melhor coleção masculina

» Mauro Amorim

» Carlos Moretti


MARCÍ

Melhor coleção feminina

a es Louzad Fotos: Clov

Pós-graduada em Moda, Marciana Vago assina o estilo da Marcí, cuja fábrica está localizada em Colatina, no Espírito Santo. Em 2013, a marca ganhou o troféu Hype como Revelação. Seu tema para o alto verão 2015, “Uma viagem pelo Brasil tropical”, exalta as cores e as paisagens tropicais.

» Marcí Vago

CARVALHO BAMBU Estreante na passarela do Vitória Moda, a marca atua há três anos no mercado, com fábrica em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. À frente do negócio estão Renata Carvalho e

Foto: Cloves Louzada

Revelação

Marcelo Zantti. Ele, estilista; ela, advogada e ex-professora universitária. Para criar, Zantti inspira-se na arquitetura, na arte e na música.

» Renata Carvalho e Marcelo Zantti

JOSÉ AUGUSTO MULETA

Foto: Divu lgação

Cinema

O jovem diretor capixaba radicado no Rio de Janeiro, com experiência em filmes comerciais e videoclipes, revelou o seu talento autoral nos curtas metragens que dirigiu, tendo sido premiado em alguns festivais. Atuou como assistente de direção e braço direito do conceituado diretor Felipe Joffily e é hoje uma das grandes revela-

ções na direção de filmes publicitários no Espírito Santo. Fez um curta – “A Banda” – onde a revista Hype também é protagonista, e “A Onda da Vida”, longa que conta a história da amizade entre três jovens surfistas, vividos pelos atores Caio Vaz, Omar Docena e Guilherme Tripa, numa viagem em busca de altas ondas.

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SÔNIA IAMONDE

Projeto Sustentável À frente do evento Morar Mais Vitória, que trabalha com os conceitos de sustentabilidade, inclusão social, mais por menos, brasilidade, tecnologia, inovação e customização, a partir da criatividade de profissionais da área de arquitetura e decoração, Sônia Iamonde, ao lado da filha Gabriela, coman-

da a primeira empresa do Espírito Santo com o conceito de Design de Eventos. A Iamonde também realiza o Projeto Pedalar, que incentiva a mobilidade urbana por meio da educação e da conscientização, e o Comunica-ES, maior evento da indústria de comunicação e marketing do Espírito Santo.

uzada Foto: Cloves Lo

Prêmio hype

INCLUSÃO SOCIAL

Projeto PCD Legal

Idealizado pelo Ministério Público do Trabalho no Espírito Santo (MPT/ES), o projeto tem como objetivo facilitar o acesso da população a informações sobre os direitos e deveres do cidadão em diversas áreas. A ideia surgiu a partir de demanda de pessoas

com deficiência que tinham dificuldades de encontrar informações acessíveis sobre direito trabalhista. O processo de produção do conteúdo do site, conduzido pelo MPT/ES, teve a participação de pessoas cegas, surdas e com outros tipos de deficiência.

EDU HENNING

Este radialista e jornalista lidera a banda Clube Big Beatles que, há 22 anos, mantém uma história de sucesso não só em Vitória, mas também no exterior. Desde 2010, Edu realiza, no Teatro do Sesi, a preços populares, o bem sucedido projeto Sócio de Carteirinha, que já trouxe a Vitória, entre outros, João Gordo, Di Ferrero, Sérgio Britto, Jerry Adriani, João Barone, Leo Gandelman,

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Flávio Venturini, Renato Barros, Malu Magalhães, Andreas Kisser, Wanderleia, Pepeu Gomes, Paulinho Moska, Tony Sheridan e Ivan Lins. Em agosto deste ano, Edu e a Banda Club Big Beatles embarcaram para Liverpool, pela 20ª vez, para representar o Brasil no Festival dos Beatles, levando como atração o cantor e compositor Ivan Lins.

Foto: divulgação

Projeto Musical


BERNADETTE LYRA

Literatura

Foto: Caliari

Escritora de ficção, nasceu em Conceição da Barra, no Espírito Santo, e publicou, entre outras obras, “As contas no canto”, “O jardim das delícias”, “Corações de cristal ou a vida secreta das enceradeiras”, “Aqui começa a dança”, “O parque das felicidades” e “A capitoa”. Foi indicada ao Prêmio Jabuti de Literatura, tendo ficado entre os dez

finalistas, com o livro “Memória das ruínas de Creta”. Foi homenageada pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), que deu seu nome ao prédio do Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários. Ganhou vários prêmios literários e participou de antologias e revistas de contos no país, tendo sido traduzida para o neerlandês. É cronista quinzenal do jornal A Gazeta, de Vitória.

JAQUELINE CHIABAY É artesã, designer e consultora de Design no Artesanato. Também credenciada do Sebrae na área de desenvolvimento setorial para o artesanato, atua como designer e na gestão da produção artesanal, formação e capacitação de artesãos. Paralelamente, coordena grupos que trabalham na produção das tramas de couro e com o núcleo de produção

da Penitenciária Feminina de Cariacica, que reutiliza o resíduo desse couro. Capacita as detentas e coordena desde a produção até a venda das peças. Na última edição do Vitória Moda, assinou, ao lado de Vivian Chiabay, a curadoria do Salão de Economia Criativa, instalado no Itamaraty Hall.

uzada Foto: Cloves Lo

Design Artesanal

EMILIO ACETTI

Foto: Caliari

Grafite

Graduado em Artes Plásticas pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), com mestrado em Ciências da Arte pela Universidade Federal Fluminense e professor titular da Faesa e do Centro Educacional Leonardo Da Vinci, trabalha com grafite, pintura, desenho, fabricação e utilização de materiais artísti-

cos, comunicação visual e design gráfico. É autor do painel que enfeita a fachada inferior da Fábrica de Ideias – antiga Fábrica 747 –, em Jucutuquara. A intervenção artística urbana faz parte da inauguração da primeira etapa do empreendimento, espaço dedicado à economia criativa.

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Tudo hype

Clutches art déco » Conhecida por criar joias a partir de peças garimpadas ao redor do mundo, a designer de joias Isabella Blanco lança uma pequena coleção de clutches customizadas adquiridas de um colecionador norte-americano num leilão em Palm Beach, nos Estados Unidos. As peças são da marca D. Evans Case Co., famosa companhia norte americana que, entre 1920 e 1960, produziu acessórios femininos como cigarreiras. Para a customização, Isabella utilizou gemas como lápis-lázuli, olho de tigre, citrino e quartzo rosa, entre outras. Assinadas na parte interna, as clutches são únicas, tanto no acabamento, quanto na customização.

Cadeados estampados » Em mais uma parceria entre a Papaiz e a estilista

Adriana Barra, a Linha Fashion de cadeados estilizados ganha novas artes exclusivas e sofisticadas. São quatro estampas que reafirmam as características marcantes das composições da estilista e fazem do cadeado muito mais do que apenas um item de segurança, mas sim um acessório de moda. As peças exclusivas são florais e coloridas e permitem usos diversos. Tanto na versão com chave quanto na versão segredo.

Uso lúdico » Fundada em 2007 para criar produtos customizados com fotos, a Printas utiliza papel, madeira, cortiça, acrílico e outras matérias-primas para desenvolver e fabricar coleções exclusivas de objetos desejos e presentes especiais. Atualmente, 18 linhas de produtos da marca enfeitam as prateleiras de papelarias, livrarias, lojas de organização, utilidades, design e presentes de diversas regiões do país.

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Stella e o Jaguar » Stella McCartney e Jaguar criaram uma série de experiências para marcar a chegada do novo Jaguar XE ao Salão do Automóvel de Paris, no início de outubro. Como parte da campanha de lançamento do modelo, a famosa filha do beatle Paul McCartney customizou veículos da marca britânica em seu desfile da coleção de primavera 2015. A parceria entre a estilista e a Jaguar celebram o design, a elegância, a performance e a inovação.


Consumo

Azul

verde e

vermelho Fotos: Cloves Louzada

Tranquilidade, serenidade e harmonia. São essas as representações do azul quando, com ele, se quer transmitir algo além da frieza da cor. Afinal, azul é cor do céu, do mar e do infinito, mas também pode ser cintilante como as estrelas, dependendo de quem o usa. Nas semijoias de Samia Creimer, essa linda cor assume, ao lado do verde e do vermelho, ares de realeza e refinamento

É

por isso que, por mais que você aprecie outras tonalidades, nesta temporada Hype recomenda: invista no azul, mas permita-se brincar com novas cores e metais, como a prata e o ouro nobre, também presentes na coleção de Samia.

» S amia Creimer 27 3314.1049

99911.2617 Samia Creimer

» s amia.saade@uol.com.br hypeonline.com.br 41


Consumo hype

Estilo para quem tem Com a proximidade do verão, novos lançamentos começam a provocar desejos nos consumidores ávidos por novidades. Antecipamos algumas delas

1

» Associada às principais tendências de moda para um público moderno e estiloso, a italiana Armani Exchange lança dois modelos femininos monocromáticos. Em rosé gold e prata metálico, os relógios representam o viés contemporâneo da marca.

3

» Em homenagem à pintora Tarsila do Amaral, a Havaianas lançou sandálias inspiradas nas obras da artista, com estampas únicas e exclusivas. Já o modelo Hype (que a revista adorou!) traz para os pés masculinos imagens de três típicas paisagens brasileiras. 42

2

» Em clima de primavera, a Dolce&Gabbana brinda a estação com seus charmosos óculos de sol, como os modelos com ramos em relevo, flores pintadas à mão, folhas de ouro e cantos arredondados.


4

» A Keds acabou de lançar no Brasil seu modelo Boyfriend, inspirado no look dos namorados. Em três versões – Suede, Jersey Metalizado e Chambray –, os sapatos vêm nas cores berry, areia, turquesa, cinza, preto e azul.

6

» O verão da Zeferino traz a delicadeza das sandálias vazadas. A marca seguiu a modelagem das lingeries para transformar seus saltos em peças ricas em detalhes, que desenham os pés, remetendo às curvas femininas.

5

» A moda de rua foi a principal inspiração para a Maria Cereja lançar sua coleção de verão 2015. A aposta são os maxi brincos, maxi anéis, pedraria, correntes e metais, tudo dividido nas linhas International Geographic, Rota Tropical e Inocente e Romântico.

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Turismo hype

Viajando.com

Cintia Dutra A primeira vez que eu vi Paris...

Durante 12 anos, ela trabalhou com moda, comandando uma loja feminina em Vila Velha. Mas, inquieta e cheia de ideias, Cintia sentia vontade de alçar novos voos. E foi o que ela fez neste ano, depois de realizar uma viagem à China, quando deu uma verdadeira guinada em sua vida profissional e resolveu ingressar no mercado de importação e eventos, criando a Unimport Decora. Mineira de Manhuaçu, Cintia Dutra diz que sua paixão por viajar foi despertada, no início de 2007, por outra paixão: o namorado Júio Cesar Oliveira. Desde então, diz ela, virou uma turista nada acidental, já computando, no roteiro do casal, mais de 40 países.

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» Impossível resistir aos encantos e ao romantismo de Paris! Tive a oportunidade de visitar essa cidade francesa algumas vezes e, a cada ida, era uma nova sensação... O roteiro dos sonhos

» Iniciar uma viagem pela Rússia, passar

pela Escandinávia, descer pelo Báltico e terminar na República Tcheca. Momentos indescritíveis... Mesmo sendo tão próximos, cada um desses lugares tem seus encantos e singularidades.

Cartão postal inesquecível

» Sou completamente apaixonada pela Europa, uma vez que sou amante incontestável do clássico. Mas avistar o rio Tâmisa, o Parlamento e o majestoso Palácio de Westminster, com o glorioso Big Ben, é realmente indescritível, uma paisagem ímpar. Melhor companhia para viajar

» Pessoas sempre dispostas a conhecer to-

dos os lugares, experimentar a culinária e vivenciar o estilo de vida local. Meu grande parceiro de viagem é Júlio Cesar.


Pior parceiro de viagem

A mala perfeita

te, ainda não tive esse dissabor!

que sejam super coordenáveis. Não abro mão de roupas mais alinhadas para momentos especiais nas viagens. Valorizo o conforto, mas não curto muito o estilo super despojado.

» Pessoas indóceis e indispostas. Felizmen- » A que contém peças estratégicas, Um mico em trânsito

» Em Paris, fiquei responsável pelo cartão

do hotel, para marcar nossa localização. Esqueci-me dele totalmente e, ao chegar ao metrô, atrapalhada, disse aos meus amigos que ficassem tranquilos, pois sabia que estávamos hospedados em “Sortie”, saída em francês. (risos)

Tropeçou na língua

» Fui jantar na Estônia e tudo o que eu falava

Um museu

» O Castelo de Versailles. Impossível

não se encantar com sua magnífica arquitetura. Afinal, foi o centro do poder do antigo regime e local que deu inicio à Revolução Francesa... Seus jardins são um show à parte!

o garçom respondia “all right”. Eu lembrei da piada: “Quem será esse tal All Right?” (risos)

Uma praça

País que ainda não conhece

Um povo

» Old Town Square, em Praga.

» Meu próximo destino, que também é um » O nosso, sempre! Levando em considesonho antigo, é conhecer a rota romântica da Alemanha, considerando as belezas naturais e sua história. São 400 quilômetros de puro romantismo. O caminho inclui 27 cidades, cujo cenário é rico em paisagens, com muitas histórias do período medieval.

Voltaria mil vezes a...

ração os países que conheci e suas histórias, classifico o nosso povo como o melhor, porque, com todas as dificuldades que enfrentamos, o brasileiro está sempre sorrindo, acreditando em um futuro melhor.

Um país

» Brasil. Porque é nossa casa, nossa fa-

» ... todos os lugares que já visitei, porque foram experiências incomuns de aperfeiçoamento cultural e humano.

mília, nossa cultura e, com certeza, será, em um futuro próximo, o melhor local para viver.

Jamais retornaria...

Dica de viagem

Não pelo povo e por suas belezas naturais, mas pelo regime.

viagens curtas com muitas cidades no roteiro e não limitar-se a conhecer somente os pontos turísticos.

» Complicado dizer jamais, mas talvez Cuba. » Programar com antecedência, evitar

Um prato de comer de joelhos

Para comprar

» Henna à moda Tallinn, servida no escu- »

ro, em uma caverna medieval.

Apenas coisas que me tragam encantamento.

Uma comida que detestou

Para viver e amar

China. Nem tanto pelo gosto, mas pela aflição de saber que se tratava de um... escorpião!

sonhar com reticências, viver sem ponto final.” (Charles Chaplin)

» Escorpião no espeto, que experimentei na » “Falar sem aspas, amar sem interrogação,

» Depois de muito viajar, Cintia ainda quer conhecer a rota romântica da Alemanha

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Vinho hype

André Andrès andreandres.hype@outlook.com

Letras saborosas

A

confusão é comum, bem comum: quando alguém quer enaltecer os conhecimentos de um amigo, sempre solta a frase: “Sabe tudo sobre vinhos. É um enólogo!”. Bem, pode até se tratar mesmo de um enólogo, porque o número de cursos superiores existentes hoje no país já torna possível termos pessoas formadas em Enologia. Mas na maioria das vezes o amigo é mesmo um enófilo, ou seja, alguém interessado em ler, estudar e pesquisar o mundo dos vinhos. Como dito acima, para se tornar um enólogo é necessário fazer cursos formais, ter diplomas, certificado de conclusão de curso. Mas qualquer um pode se

tornar enófilo. Assim como qualquer um pode assistir a muitos filmes, pesquisar sobre as artes cênicas e ler muito sobre cinema e… tornar-se um cinéfilo. Vinho exige dedicação. E leitura. Existem muitos guias, dicionários e romances a respeito do tema. É um mundo vasto, porque também vasto é o mundo dos brancos e tintos. Por isso, a coluna traz hoje quatro indicações de obras fundamentais para entrar nesse mundo. E desfrutar dele em toda a sua amplitude, tornada ainda maior por um outro mundo, tão rico e prazeroso quanto o da enologia: o mundo das palavras.

A Experiência do Gosto

O Vinho Mais Caro da História

Jorge Lucki é engenheiro civil por formação, mas seus textos têm a clareza de bons jornalistas e o dinamismo dos ótimos professores. O livro é uma coletânea de artigos, publicados principalmente no jornal Valor Econômico. Vale a pena porque Lucki não trata o leitor como um especialista profundo nem como um ignorante absoluto. Consegue acertar o tom na dose certa.

Ben Wallace conta os mistérios em torno de uma garrafa de Château Lafite 1787 que teria pertencido a Thomas Jefferson. Num leilão na conceituada casa Christie’s, ela foi arrematada por inacreditáveis US$ 156 mil. É quase um romance policial, cheio de mistérios, revelações e fraudes. E também, de certa forma, explica os motivos de os vinhos terem alcançado preços astronômicos nas últimas décadas…

Jorge Lucki

Descorchados 2014 Patrício Tápia

Guias existem aos montes por aí. A vantagem do Descorchados, guia organizado anualmente pelo chileno Patrício Tápia, reside no fato de o Brasil ser um grande mercado de vinhos do Chile e da Argentina. Ou seja, grande parte dos rótulos citados na obra é facilmente encontrada em gôndolas de lojas e supermercados daqui. Com uma vantagem: existem muitas indicações de vinhos de baixo custo e alto benefício. Obra obrigatória.

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Benjamin Wallace

Atlas Mundial do Vinho Hugh Johnson e Jancis Robinson

Os nomes de Hugh Johnson e Jancis Robinson sempre estarão entre os dos maiores entenderes de vinhos do planeta. A obra analisa as particularidades dos lugares onde cada rótulo é produzido, sob os mais variados aspectos. Os dois trazem detalhes de produtores de países tradicionais, como França e Itália, mas também avaliam a produção de outros locais, como Grécia, Canadá e até o Brasil. Edição rica em conteúdo e ilustração.


Comer bem hype

Sylvia Lis | Chef sylvialisc@gmail.com

Cozinha saudável (ou mais é demais!)

ros e frescos, cujo sabor deve ser potencializado pela forma de cocção e pelo emprego das ervas frescas. Mas sou radicalmente contra os excessos que matam a riqueza de cada ingrediente. Ensinei e ensino aos que transmito meus parcos conhecimentos que o equilíbrio é a grande virtude, como bem disse o filósofo. Em qualquer aspecto da vida e, principalmente, na cozinha, menos é menos mesmo e mais... é demais! Uma alimentação equilibrada com legumes, grãos, proteína, frutas, gordura e sal em quantidades adequadas, que mal pode fazer? Os alimentos orgânicos estão cada vez mais ao alcance de nossas mãos e, principalmente, de nossos bolsos. Valorizá-los é o caminho. E, ao elaborar um prato, um cardápio, seja para um restaurante, seja para uma simples ou majestosa refeição entre amigos e familiares, buscar a beleza dos frutos da terra e do mar com suas cores e aromas é o que nos tornará mais felizes e menos intolerantes com a própria vida!

Confira no site a deliciosa receita de Salada de Lagostim com Ervilhas Rosadas, da chef Sylvia Lis.

Foto: Ari Oliveira

C

om as crescentes intolerâncias alimentares que acometem mais e mais pessoas pelo mundo afora, passamos a enxergar o ato de alimentar-se sob uma nova ótica. Na gastronomia, uma onda de “comida saudável” se avoluma, quase como um tsunami. Aliás, confesso, não gosto muito dessa denominação – “comida saudável” – porque ela sugere que não era salutar tudo que fizemos até então. Movimentos surgem em toda parte. Nunca esteve tão em moda frequentar consultórios de nutricionistas, uma nobre profissão que, há até bem pouco tempo, não era tão valorizada, uma vez que pouco se conhecia sobre seu alcance e eficácia. Antes escondidas em cozinhas industriais, hoje algumas dessas profissionais ganham fama e surge até uma literatura – até então conhecida apenas pelos iniciados – bem vendida. Nessa onda surfam restaurantes, bufês e cafés, oferecendo aos clientes pratos e sobremesas sem glúten, sem lactose, sem açúcar e, mais recentemente, também sem adoçantes e outros ingredientes. Tudo muito louvável, sem nenhuma dúvida. Mas a investigação profunda sobre a origem dessas intolerâncias se faz necessária. Não basta lançar ao anátema os alimentos que fizeram, até bem pouco tempo atrás, a nossa alegria nas mesas familiares e a nossa admiração pelos criativos chefs. Não basta sair por aí criando pratos e mais pratos com a intenção de conquistar público. O que mais importa é saber de onde vem e para onde vai essa onda. Sempre fui partidária de uma alimentação leve, sem excesso de gordura e sal. E essa foi sempre a minha prática em restaurantes que comandei e, graças a Deus, com sucesso. Defendo o uso de ingredientes pu-

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Casa hype

Pequenas GRANDES

Necessidades Uma luminária aqui, um tapetinho ali... Parece simples, mas o uso de complementos, essenciais para qualquer ambiente, tornandoos ainda mais aconchegantes, exige bom senso e sensibilidade

1

» A marca catarinense

Aroeira Home, especializada em tapetes e acessórios decorativos, criou, pela primeira vez, uma coleção de tapetes totalmente dedicada ao público infantil. A linha Kids traz estampas que refletem a inocência da infância.

2

» Luz e Design na Terra do Sol. A nova coleção de lustres, em dourado e cobre, da La Lampe, é composta por produtos que representam a brasilidade.

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3

» E como luz nunca é demais, Hype aprovou as luminárias da megastore Yamamura. Estes modelos, para pendurar no teto, além de iluminarem o ambiente, também complementam a decoração de forma bem elegante.

4

» Versáteis e práticos, os pufes são boas alternativas para dar um toque a mais na decoração. Com uma estampa diferenciada e minimalista, a Q&E investe no modelo Osaka. Ao mesmo tempo em que ele é simples e contemporâneo, por sua base na cor cinza, sua estampa de flores alegra e confere delicadeza ao ambiente.

5

» Em seu novo showroom, a Stampa aposta na poltrona Dora, toda estofada e com os pés em aço carbono, do premiado designer catarinense Jader Almeida, e também no banco Ylla, inspirado no desenho de um barco indígena brasileiro, e assinado por Aristeu Pires. hypeonline.com.br 49


ZoOm hype

Maria Sanz Martins

São muitas

marias Por Ariani Caetano | Fotos: Cloves Louzada

Ela faz tudo, mas não quer dominar a técnica de nada. O que mais lhe entusiasma é o caminhar, e não aonde chegar

S

ua avó Themis é artista plástica; a vó Carmen, diplomata; sua mãe é marchand, e o pai, um sábio das letras e palavras. É dessa família tão diversa que Maria Sanz Martins suspeita que tenha herdado aptidões artísticas. Advogada, designer de moda, fotógrafa, ilustradora e escritora, além de esposa e mãe, Maria acredita que suas habilidades se comuni-

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cam. “São todas frutos de uma mesma árvore criativa, de modo que não é raro que uma leve à outra, e à seguinte, e de volta ao início, e assim por diante. Vou descobrindo meu destino ao longo do caminho – ainda bem! Desde menina, evito as linhas de chegada pré-estabelecidas”, diz ela. Amante das possibilidades, Maria não se sente mais à vontade em uma ou outra atividade que executa. Ao contrário, considera que qualquer sobra de expertise só serviria para deixá-la mais exigente consigo mesma e, consequentemente, mais encabulada. “Pode parecer estranho, mas me sinto à vontade testando minha própria elasticidade”, considera. Autora dos livros de crônicas “A vida secreta da gente” e “Mundo divã ou louca nada”, Maria ainda assina crônicas semanais no jornal A Gazeta. A inspiração, segundo


Mais de perto

Pode parecer estranho, mas me sinto à vontade testando minha própria elasticidade

Prato preferido Caranguejo

Autor

Jorge Amado

Livro de cabeceira

Agora? “Memórias de uma gueixa”, de Arthur Golden, e “As Palavras”, de Clarice Lispector ela, vem de um pensamento insistente, de um episódio vivido, de um tema debatido ou somente de um exercício criativo. “Na verdade, escrever nunca é fácil (como parece). Claro que algumas vezes pode ser uma delícia; noutras, uma prática quase dolorida”, confessa. Atualmente, Maria tem se dedicado, além das crônicas, ao blog noProvador, dirige um estúdio de produção criativa e assina a Maria Sanz Estampa, marca de quimonos e túnicas com estampas exclusivas e todas desenhadas pela designer em tecidos como seda e cetim. Suas peças estão ganhando o Brasil, vestindo inclusive personagens de novelas da TV Globo. Entretanto, para Maria, isso é apenas um aquecimento para o longo caminho que ela quer percorrer. “Isso foi uma enorme alegria para mim, mas, para ser sincera, acho que ainda nem comecei. Não sei ao certo onde vou chegar (nem sei se gostaria de saber), mas a medir pelo prazer que sinto em caminhar, espero que seja muito adiante.”

Mãe do pequeno Troy, Maria Sanz prefere viver um dia de cada vez, e, como toda mãe, pratica o equilibrismo. “Filho é uma inspiração sem tamanho – e uma entrega na mesma medida. Sou um pouco atrapalhada, divertida e muito firme quando preciso. Acho que sou brava, mas adoro a prerrogativa de também poder ser uma grande gaiata.” Maria também já estudou e trabalhou em diversos países, mas em alguns deles a experiência foi ainda mais enriquecedora. “Os cursos em Milão e Londres foram transformadores enquanto conhecimento de moda; a Austrália foi incrível para amadurecimento do meu olhar; e, agora, por último, o Japão foi tão impactante que ainda estou recolhendo os cacos para contar uma história.” E quando perguntada se deixaria Vitória para viver um grande projeto ou desafio profissional, Maria dá a resposta típica de quem vive um dia depois do outro, como ela mesma afirmou: “Quem sabe... Quem sabe?”.

Filme

Hum... Para sempre vai ser “O diário de uma paixão”

Ator

Javier Bardem

Estilista

Yves Saint Laurent

Cor Pele

Sonho de consumo

São tantos... Só um? Um apartamento em Nova York

Mania

Café preto com suco de laranja (todos os dias) e colecionar peças vintage

Aversão Falsidade

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y t t e B z i l Fe Balanço positivo Fotos: Cloves Louzada

» José Carlos Bergamin e Benildo Denadai

» Rafael Nader e Annelise Lima

» Thiara Adversi Poubel e Mauro Amorim

O Sistema Findes / Câmara do Vestuário reuniu, durante coquetel, as marcas que desfilaram na última edição do Vitória Moda. Enquanto drinques e petiscos eram saboreados, o microfone circulou, democrático, de mão em mão

» Felipe Gomes e Patrícia Bragatto

» V itor de Castro, Gaby King e Valeria Castro

» Jacqueline e Vivian Chiabay

» T hais Decôgo, Veronica Santolini

»M ariluce Polido, Clara Orlandi

e Joyce Passos

e Marta Colodetti

Hypidinhas » Você é vaidosa? A vaidade pode cegar? Essas e outras questões marcarão o próximo encontro do Clube Hype, dentro da série “Um dedinho de prosa”, inaugurada pela revista. O resultado desse delicioso papo, realizado na varanda do Grotto Grill, você confere na próxima edição.

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» Também vale a pena conferir, no Isla Vitória (Barro Vermelho), todas as terças-feiras, a ótima performance dos “Violões Nervosos”: Guto Ferrari (violão e voz) e Juninho Curcio (guitarra e voz), revivendo, no repertório da dupla, belos clássicos internacionais.

» O restaurante Villa Vecchia, que tem à frente o chef Luciano Victal, além de inaugurar um novo cardápio, abriu sua varanda para o mar: a disposição das mesas, no deck da casa, favorece, agora, enfim, uma bela visão panorâmica do oceano.

» Mulheres e poder: segundo pesquisa da PewResearch, 35% delas não têm interesse em ser líderes, enquanto 71% acham que a missão é mais fácil para os homens. Um dos principais motivos dessa recusa é a maternidade, para muitas uma questão ainda complexa.


9 questões para

Bernadette Lyra Ganhadora do troféu Hype de Literatura, escritora talentosa e premiada (confira na página 36), ela também é daquelas que não se permitem arrependimentos vãos, cultiva memórias perfumadas de jasmins e manjericão e a liberdade de expressar-se. Ao seu jeito, assim como sua personagem Dona Luiza, de “A capitoa”, Bernadette também é uma aventureira. Mas, acima de tudo, uma sonhadora em eterna luta contra moinhos de vento Sua casa está pegando fogo: o que salvaria primeiro?

» Meu moleskine vermelho de anotações. Naquele

caderninho escrevo o que me vem à cabeça. E ali tem coisa que até Deus duvida.

Se pudesse voltar à infância, qual seria o primeiro lugar que visitaria?

» A casa onde nasci, em Conceição da Barra, com

aquele jardinzinho cheio de jasmins e pés de manjericão.

Se arrependimento matasse...

» Eu continuaria muito viva. Sou daquelas que cantam

como a Edith Piaf: “Non, je ne regrette rien”...

Biografia autorizada ou liberdade de expressão?

» Nada de censura em biografias. Cada um é livre para

dizer o que quer, desde que assuma a responsabilidade pelas eventuais bobagens que fala ou as consequências que podem advir do que diz.

Com qual escritor você gostaria de bater dois dedos de prosa ou tomar um café?

» Eu adoraria juntar Vladimir Nabokov e Lewis Carroll

em volta de minha mesa. Seria uma bela mistura de vodca russa, chá inglês, blinis e bolinhos de Chelsea.

Qual personagem de seus livros mais a assombrou?

» Estou impressionada com Dona Luiza, terceira donatária da Capitania do Espírito Santo, aquela de quem ninguém consegue afirmar, de verdade, qual é o sobrenome: Grimaldi, Grinaldi ou Grinalda! Além de ter tomado conta de mim, ocupado minha mente e ter me perseguido por mais de quatro anos para que eu escrevesse sua história, a dama agora se desprendeu, virou livro e anda por aí, pelo Brasil e pelo mundo, espalhando suas aventuras. Uma autêntica Capitoa das terras capixabas! O próximo livro...

» O próximo romance, em fase de construção, trata de um assunto delicado e insólito: é sobre uma mulher obcecada pela morte.

Escrever é um ato de...

» ... sobrevivência.

Em outra encarnação você (foi ou) seria...?

» Don Quixote! Sei que é uma personagem de ficção, mas tenho a mesma estranha mania de sonhar onde o sonho e impossível e lutar contra os moinhos de vento.

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Som hype

Luis Taylor taylor@superig.com.br

Tão estranhos e tão atraentes Um dos melhores do ano e guitarras que gritam como cabras pastoreadas

Johnny Marr – Playland

» Quando a bateria entra na primeira música do disco novo de Johnny Marr, parece que estamos ouvindo uma das bandas dos 2000, como Arctic Monkeys ou Black Keys. Nem parece que foi coisa feita por um senhor de 50 anos. Para quem não ligou nome à pessoa, Marr nada mais é do que o guitarrista dos Smiths, aquele mesmo de Morrissey e... Marr. Bom, para começar a falar do disco, é importante destacar a destreza em criar riffs e músicas que marcam na primeira vez que são ouvidas. É praticamente impossível ouvir uma música e algum tempo depois não sair cantarolando algum pedaço dela pela rua, sem saber como aquela melodia apareceu na sua cabeça. “Back in the Box” e “Easy Money” abrem o disco em alto estilo. E o nível se mantém lá em cima durante todas as 11 canções. Dá para sentir que, diferente de tantos projetos onde esteve, Marr encontrou o tesão para compor e tocar. Só por isso, “Playland” já é uma dos melhores discos do ano.

••• Goat – Commune

» Da Suécia vem este grupo que gosta de tocar com másca-

ras e vestidos como se fossem uma tribo nômade do norte da África. Ou seria do Oriente Médio? A dúvida, assim como tantas outras, é uma constante quando se fala do Goat. Quem são, quantas influências carregam em cada música, como podem soar tão estranhos e ainda assim tão atraentes? Tirando tudo isso da frente e tentando focar somente na música, o Goat conseguiu superar, em Commune, a difícil prova do segundo álbum. Em seu single “Words”, as guitarras gritam como cabras sendo pastoreadas em meio ao deserto da Namíbia. Já em “Hide From The Sun”, uma cítara dá o caminho por onde seguem a guitarra, a bateria e os vocais femininos que dão todo o charme à banda. Não é fácil, mas depois de ouvi-los é possível entender que a boa música ainda pode ser considerada uma linguagem universal.

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Livros hype

Por que resistimos à mudança? » Por que é tão difícil mudar, mesmo quando sabemos que determinados hábitos nos são prejudiciais? Que mecanismos estão por trás da nossa resistência à mudança e como entendê-los para, então, desmantelá-los? Observador da alma humana, o psicoterapeuta Flávio Gikovate analisa em Mudar (MG Editores) os obstáculos que enfrentamos quando nos propomos a mudar um comportamento e aponta os caminhos para vencermos tais entraves. A vontade pessoal e a autoanálise são ingredientes fundamentais, mas não apenas elas. A razão também tem papel primordial: o que de fato queremos mudar? Em quem desejamos nos transformar? Estaremos dispostos a abrir mão da estabilidade para alcançar nossos objetivos? Sem fórmulas prontas ou conselhos fáceis, o autor mostra como a biologia, a cultura e a personalidade moldam o indivíduo, levando o leitor a reflexões profundas sobre a capacidade que todos temos de mudar.

Zeca cronista

» A Rede Idiota e outros textos (Editora Reforma-

tório) reúne crônicas afinadas e afiadas do inquieto e indignado Zeca Baleiro. Em textos que são mistura de críticas, reflexões e filosofias, o artista desfia as cortinas de um mundo cada vez mais fragmentado pela internet e pelas redes sociais. A obra divide-se em quatro partes. No capítulo 1, reproduz as crônicas da coluna Última Palavra, que Zeca assinava na IstoÉ. Na parte 2 estão os textos sobre música que o autor escreveu para o blog Questões Musicais, da revista Piauí. O capítulo 3 é composto por textos eventuais e esparsos, escritos sob encomenda para jornais e revistas. E o capítulo 4 contém arroubos de livre pensar, divagações a esmo sobre o absurdo mundo em que vivemos. São textos inéditos, crônicas ácidas, com contestação, indignação, pensamentos e sugestões de que existe mais de 50 tons de todas as cores.

Obesessão e sobrevivência

Sobre a alma » Depois do premiado

Se eu fechar os olhos agora e também de A felicidade é fácil e Vidas provisórias, o jornalista e escritor Edney Silvestre lança Boa noite a todos (Record). Sua protagonista é Maggie, cujo drama a obra retrata como um profundo e emocionante aprendizado sobre a alma humana. Maggie conheceu na Europa dos anos 60 e 70 a liberdade que os anos de chumbo tolhiam no Brasil de então. Essa liberdade teve como revés a ausência de uma terra à qual se prender. Marcada pelo destino dos expatriados, ela enfrenta a perda do pouco que lhe resta de identidade: a lembrança dos deleites e dos infortúnios de uma existência intensa.

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» Vencedor do Prêmio Pulitzer, O Pintassilgo (Com-

panhia das Letras), de Donna Tartt, é um romance que conta a história de Theo Decker, um nova-iorquino de 13 anos que sobrevive milagrosamente a um acidente que mata sua mãe. Abandonado pelo pai, é levado pela família de um amigo rico. Desnorteado em seu novo e estranho apartamento, perseguido por colegas de escola e atormentado pela ausência da mãe, Theo se apega a uma importante lembrança dela – uma pequena, misteriosa e cativante pintura que acabará por arrastá-lo ao submundo da arte. Já adulto, Theo circula com desenvoltura entre os salões nobres e o empoeirado labirinto da loja de antiguidades onde trabalha e será lançado ao centro de uma perigosa conspiração. O livro é uma hipnotizante história de perda, obsessão e sobrevivência, um triunfo da prosa contemporânea que explora com sensibilidade as cruéis maquinações do destino.



Cinema hype

Saint Laurent e outras fashionices

» Hype acha que a atriz Lauren Bacall –

morta recentemente aos 90 anos – bem que merecia um filme sobre sua vida, desde, é claro, que este tenha um bom roteiro e um excelente diretor no comando. Difícil mesmo será achar uma protagonista à altura da musa, que começou a carreira como modelo até transformar-se na diva hollywoodiana de rara beleza, voz grave e sexy. Mas, enquanto o filme de Lauren não vem, passemos ao que o cinema, inspirado em estilistas famosos, já nos deu no terreno da moda. Só para lembrar, Coco Chanel foi tema de pelo menos dois longas metragens. Em 2009, em Coco Antes de Chanel, Audrey Tautou incorporou a estilista nas mãos da diretora Anne Fontaine. Um ano depois, a mestra eterna do estilo inspirou outro filme, baseado no romance Coco & Igor, de Chris Greenhalgh, desta vez explorando seu caso com Igor Stravinsky. É verdade que, quando se trata de estilo e personalidade, é difícil concorrer com Chanel, mas ninguém pode negar o talento e a classe de Yves Saint Laurent. Não por acaso, recentemente, o estilista francês, que

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começou sua carreira ainda muito jovem – tinha cerca de 20 anos – como assistente de Christian Dior, também acabou na telona. Yves Saint Laurent é uma cinebiografia autorizada sobre vida e obra de um dos grandes gênios da moda. O estilista conseguiu fazer sucesso tanto na alta costura quanto no prêt-à-porter, e a obra revela sua persistência, coragem e amadurecimento, além de seus amores, em especial por Pierre Bergé, companheiro do estilista. Baseado no livro Cartas a Yves, de Bergé, e dirigido por Jalil Lespert, a história se passa em 1957, em Paris. Aos 21 anos, Saint Laurent – vivido por um ótimo Pierre Niney, cujos traços lembram muito os do estilista – é convidado para assumir a prestigiosa grife de alta costura fundada por Christian Dior, morto recentemente. Depois de realizar um grandioso desfile, ele conhece Pierre Bergé (Guillaume Gallienne), de quem se torna amante e parceiro de trabalho. Juntos, eles criam a grife Yves Saint Laurent. Alguns acharam o filme triste, outros que o obcecado e perfeccionista Saint Laurent merecia mais. Tire você mesmo suas conclusões assistindo ao filme.



Vida hype Barbara Hilsenbeck Palestrante e escritora www.avidaebarbara.com.br

Nosso maior medo N elson Mandela dizia que nosso maior medo não é da escuridão, mas da luz que carregamos dentro de nós. Nosso maior medo não é de sermos inadequados, mas de sermos poderosos além da medida. Eu concordo com ele! Somos mestres no quesito autossabotagem, mas não porque somos fracos, pelo contrário, porque somos fortes. Temos força para desistir, recuar, paralisar e, se for preciso, até causar uma doença que nos impeça de prosseguir. A chave sempre esteve em nossa mão, cabe a nós aprendermos a girá-la para o lado correto, já que a mesma força que aprisiona é a que liberta. O primeiro passo para a nossa libertação é aceitarmos que já estamos prontos. Sem-

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pre estivemos. A vida não vai acrescentar nada que já não haja dentro de nós; todo o trabalho de evolução consiste exatamente em retirar os véus que cobrem a nossa verdadeira essência. Toda luz a princípio cega, principalmente se estávamos na escuridão de uma caverna (como dizia o mito de Platão). Se conseguirmos ultrapassar os primeiros estágios de cegueira, momento em que parecemos estar completamente perdidos e sem saber direito para qual direção seguir; se conseguirmos ultrapassar esse estágio de medo em relação ao desconhecido, aos poucos seremos guiados por uma luz gigantesca, a mesma que carregamos dentro de nós. Nossa bússola interna se chama coração, e ela nunca falha. Todos os homens e mulheres que se permitiram ser guiados por essa luz descobriram o tesouro mais rico do mundo, o único capaz de acabar com o medo: o amor. A coragem só existe para que possamos manifestar o amor por tudo e por todos, a começar por nós mesmos. Se você estiver vivenciando algum tipo de medo, experimente injetar amor na situação e rapidamente perceberá a diferença. Vivemos tempos em que o medo parece dominar o mundo. Medo de perder o emprego, de ser assaltado, de não encontrar a cara metade. Medo de morrer e, por trás dele, um terrível medo de viver. É para acabar com todos esses medos que eu escrevo esta coluna. Um simples gesto de amor, de mim para você. Até a próxima!


Ponto Final Marcelo dos Santos Netto Jornalista e escritor

Corrida Grande C orrer para ele era irresistível. Jamais negava uma competição. Podia ser em carrinhos de rolimã, em apostas de corrida na rua. Entrava para chegar em primeiro lugar. Quase sempre conseguia. Para todo mundo, essa obsessão era divertida e curiosa. Para mim, era um enigma. Muitas vezes perguntei a ele por que corria tanto. – Não quero ficar para trás – ele me explicava. Competia todo ano nas olimpíadas escolares. Era o melhor corredor da turma, do colégio, talvez do bairro. Poderia ter sido um atleta olímpico; mas chegou à conclusão de que podia correr ainda mais sobre rodas. Tentou os patins, as bicicletas, as motocicletas. Encontrou-se nos carros. Era detestável pegar carona com ele. Quando podia acelerar, acelerava. O máximo possível. O carro trepidava, quase saindo do controle. Costumava insistir nisso até que o volante ameaçasse escapar das mãos – ou até que a pessoa no carona gritasse para ele parar e perguntasse por que ele fazia aquilo. A resposta era sempre a mesma: – Não quero ficar para trás. Tornou-se corredor profissional. Achou dessa forma o sentido da sua vida. Teria sempre alguém na frente. Ou teria sempre atrás para zombar dele, se não conseguisse chegar em primeiro lugar. Quem seria esse alguém? Uma namorada? Um professor?

Um parente? Perguntei isso a ele, ao que me respondeu: – Não quero ficar para trás. Por talento e mérito, foi de corredor municipal a corredor estadual. Até que adentrou o circuito nacional. Testemunhei sua vitória de estreia. Logo nas primeiras voltas, passou os competidores e os retardatários. Deu uma volta à frente de todos. Uma corrida inesquecível. Os fãs, a imprensa e os narradores se lembrariam desse feito como o dia da Corrida Grande. Ele completou a última volta da vitória. A bandeira sacudiu, o público vibrou. Mesmo assim, ele continuou sua corrida obcecada. Acelerou mais e mais. Alguns diziam que ele não corria contra os outros, corria contra si mesmo. Outros diziam que ele tentava alcançar um corredor fantasma que somente ele podia ver e que estava sempre à frente. As lendas começaram a pulular pela arquibancada. Com toda aquela velocidade, o carro escapou do controle. Voou, girou pelo ar, estatelou com violência ao chão. Chamas. Bombeiros, médicos, padiolas. Olhares de preocupação de um público que, no fim, teve o sangue que esperava receber. Muitas fotos do corredor sendo removido para dentro da ambulância. Eu ainda não pude visitá-lo no hospital. As visitas estavam proibidas, para desespero dos fãs, que comentavam avidamente a Corrida Grande. A curiosidade era geral: onde ele queria chegar? Quanto a mim, queria mesmo é saber se ele estava bem. Era um amigo de infância. Além disso, eu já sabia a resposta que ele daria a todos, já muito irritado por ninguém jamais o entender: – Não quero ficar para trás!

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Mais saudosista, impossível. Ao som de “Age of Aquarius”, do famoso grupo The Mamas and The Papas, a atriz Letícia Sabatella foi uma das atrações da última edição do Minas Trend, realizado no início de outubro, no Expominas, em Belo Horizonte. Antes do tradicional desfile de abertura, que exibiu 36 looks, vestida com um tubinho preto, Letícia leu um poema, para, ao final, sair dançando com as modelos. Na passarela, o tema do evento, “Nós, Hoje, Sempre”, ganhou ousada produção assinada pelo stylist Paulo Martinez.

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Foto: Agência Fotosite

Hype end


Foto: AgĂŞncia Fotosite



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