Hype - Edição 58

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arte • moda • cultura • estilo • beleza • design

As viagens de

Ana Coeli Piovesan

Aline Bretas revela estilo de

vida e diz que não vale a pena ser magra e infeliz

Sophie Charlotte e Marcos Pigossi

e a trajetória de

Josué Vasconcelos

Félix ainda mais

diabólico e divertido em Papo Surreal

falam de Amora e Bento em Sangue Bom

O verão é arte e

diversidade ISSN 2237-5589

9 772237 558005

00058

R$ 10,00 ano 10 • nº 58


FORMIGUEIRO

07 agosto a 17 de setembro Boulevard Shopping Vila Velha Rod. do Sol, 5000. Itaparica - V.V. - ES. Tel.: 27 3225 4012 atendimento@casacor-es.com.br Horário de funcionamento: Terça a sexta: 15 às 22 horas Sábado: 12 às 22 horas Domingo e feriados: 12 às 21 horas

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Editorial

Expediente Editora Betty Feliz MTb 179 Colaboradores Alessandra Vargas Antônio Carlos Félix Ariani Caetano Bárbara Hilsenbeck Camila Lenk Diego Sierra Ester Jacopetti Luis Taylor Marcelo Netto Mariana Tristão

Redação Rua Prof. Sarmento, 41/Lj 01, Ed. Eller, Praia do Suá, Cep 29.052-370, Vitória, ES Telefax: 27 3225.6119 redacao@hypeonline.com.br

Marketing / Tiago Feliz Martins Comercial 27 3225.0184 / 8144.0141 tiago@hypeonline.com.br Projeto gráfico e diagramação

Link Editoração 27 3337.7249

Impressão

Gráfica GSA 27 3232.1266

Site www.hypeonline.com.br

CAPA Fotografada por João Araújo, a modelo Bruna Poly (Andy Models / All Models) veste o verão da Exatta e acessórios Di Ferolla. Styling, Glauro Simões. Beleza, Aline Bretas. Ao fundo, obra de Fernando Augusto (Galeria Matias Brotas)

Betty Feliz

CONSULTORIA EM COMUNICAÇÃO

A Revista Hype é uma publicação bimestral da Preview Editora Ltda. É proibida a reprodução total ou parcial de textos, fotos ou ilustrações, por qualquer meio, sem prévia autorização do editor. Todos os direitos reservados.

O que nos move n Estamos vivendo um tempo realmente muito diverso daquele que até ontem assistíamos passar pela janela. E essas mudanças, que levaram milhares às ruas em todo o país nos últimos dias, também me levam a refletir sobre o quanto ainda temos que aprender e reformular em nossas vidas. Ideias e mudanças, afinal, movem o mundo. No entanto, se para muita gente inovação e movimento soam como ameaças, para mim que, confesso, vivo em constante inquietude, sempre em busca do novo desafio, são estímulos essenciais. Admito: sou movida a este combustível. Ao longo de uma década ouso dizer que Hype tem refletido toda esta inquietação – compartilhada por nossa redação e por nossos colaboradores - em cada uma de suas edições. A revista,afinal, é fruto da busca pela novidade, pela provocação – sim, ideias novas podem ser altamente provocativas – e por que não, por um pouquinho daquela transgressão que tanto nos move, desafiando os “bem comportados”, copistas e invejosos de plantão. Esta edição traz, em suas entrevistas, personagens que provocam e ousam - alguns mais outros menos - com suas atitudes, ações e projetos artísticos- culturais inovadores. Entre estas propostas, destaco também nossa capa e o nosso ensaio de moda cult realizado dentro da galeria Matias Brotas. Ousadias, aliás, podem ser interpretadas, neste momento conturbado em que vivemos , como um recado àqueles que optaram por apenas ver a banda passar. De minha parte, confesso, embora não seja fã de carnaval, prefiro ir atrás do trio elétrico. Vem comigo! Boa leitura! Betty Feliz

hypeonline nA companhe a Hype também na internet.


hype online Confira no site

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No facebook n “Adorei a nossa revista!” Celso Siqueira n “Recebi a revista e amei. Muito obrigada! Minha parte preferida é a que diz ‘moça’...” Veruska Seibel n “Está cada vez melhor!” Juliana Caliman Dadalto n “Que bacana!!! Amei ver a novidade no ar. Parabéns à equipe Hype!” Angela Gomes de Souza

Por e-mail n “Adorei a última edição! Principalmente a capa e a matéria com a modelo

gustavo lopes

Anna Mark. Ela é mesmo um modelo de coragem.” Mariana Veloso

n Capixaba de 23 anos, Julia Brandão está fazendo sucesso com o projeto Julia & the lox, voltado para um pop/rock mais moderno, com mistura de guitarras e elementos eletrônicos. No nosso site, você encontra uma matéria exclusiva com a bela e também o videoclipe fresquinho de sua banda.

n “Sou fã da revista e adoro as matérias de moda que vocês publicam. Mas minha seção preferida é Papo Surreal. Morro de rir com as entrevistas fake!” Arion Vinícius n “Amo decoração e adoro a sessão Casa. As fotos são sempre lindas e dá vontade de comprar tudo.” Fernanda Lyra

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sumário hype

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ENTREVISTA

Os atores Marcos Pigossi e Sophie Charlotte revelam suas diferenças na vida real e na ficção, protagonizando, respectivamente, Bento e Amora, na telenovela Sangue Bom.

NARCISO

Tempo de hidratação. O inverno traz desconforto à pele que, ressecada, necessita de produtos que a deixem macia. Os cabelos também merecem cuidados nesta época do ano.

PERSONAGEM

Estilista e professor, exigente e meticuloso, Josué Vasconcelos percorreu uma longa caminhada até ser reconhecido como um especialista em vestidos de noivas e roupas de festa.

papo surreal

Nosso eleito da edição não poderia ser outro: Félix Khoury, personagem bissexual vivido por Mateus Solano em Amor à Vida , que tem divertido e assustado com suas maquiavelices.

perfil

Quem transita pelo mundo fashion a conhece: Aline Bretas, profissional de beleza de reconhecida competência é daquelas pessoas surpreendentes, que não teme adversidades.

moda

Nosso ensaio, que antecipa o verão lançado no Vitória Moda, foi fotografado na galeria Matias Brotas, em clima de arte contemporânea. O resultado não poderia ser mais inspirador.

turismo

Se você é do tipo mal humorado, não chame Ana Coeli Piovesan, da galeria Ana Terra, para viajar. Ela ama Paris, detesta pessimistas e gostaria de rever Jacques Prévert.

casa

Uma das sessões mais lidas de Hype, nesta edição trazemos elementos capazes de conferir não apenas leveza, mas graça e sustentabilidade com baixo custo.

zoom

Ela nasceu para sua arte. Designer de joias premiada e respeitada pelo inegável talento, Adriana Delmaestro acha que, apesar dos copistas, a criação continua em alta.


VITÓRIA MODA 2013


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entrevista hype

Marco Pigossi

Gente boa na ficção e na realidade Repetindo a dobradinha de “Fina Estampa”, Marco Pigossi, 24 anos, estrela “Sangue Bom” como par romântico de Sophie Charlotte. Na pele de Bento, seu primeiro protagonista, Marco fala com exclusividade sobre seu personagem e sua relação com a mídia. “Bento é um ser humano evoluído, que tem um senso coletivo muito forte. Estou aprendendo muito com ele”, diz o ator


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Ester Jacopetti

Em “Sangue Bom”, você vive seu primeiro protagonista. Quais são os desafios que tem enfrentado? n A grande diferença entre um protagonista e um coadjuvante não é quantidade de cenas ou o quanto você vai aparecer, mas sim a responsabilidade de contar uma história. É o protagonista que tem essa função. E a história tem que emocionar, fazer rir, chorar, se identificar. Acho que o grande desafio é contar uma história contundente e crível. Estou dividindo essa responsabilidade com outros jovens e talentosos atores. Além disso, estou muito bem amparado com um texto e direção impecáveis. Você comentou que o Bento é um personagem sem máscaras e, por isso, é muito mais difícil de interpretar. Como tem feito para não exagerar? n O Bento é muito mais sutil do que os outros personagens que já fiz. Coloquei tudo o que eu tinha de mais sincero e verdadeiro de mim no Bento, mas ainda tive que acrescentar muito mais (risos). Ele é um ser humano evoluído, que tem um senso coletivo muito forte e é incapaz de deixar passar uma injustiça na sua frente sem tomar partido. Depende de muito estudo e dedicação para se colocar no lugar daquela pessoa e entender seus sentimentos e motivações. Estou aprendendo muito com o Bento. Ele me faz uma pessoa melhor. Ele é um realizador, ele transforma e melhora tudo o que o cerca. Ele valoriza o ser humano e as relações humanas. A vida o encanta e, consequentemente, ele encanta a vida das pessoas que o conhecem. É muito grato e fiel àquelas pessoas que o acolheram e o educaram com muito amor. O Bento adora flores e trabalha no Ceasa em São Paulo. Você, como bom paulistano, já conhecia o local? n Sim, muito! Como um bom paulistano, sempre soube que era o melhor lugar para comprar plantas e flores.

nO ator com parte do elenco jovem da novela Bento é um cara do bem, feliz com a vida simples que leva, e parece não ter maldade. Existe esse tipo de pessoa no mundo de hoje? n Acho que existe sim! O que mais me impressiona no Bento é essa questão do coletivo. Ele criou uma cooperativa de flores, onde o lucro e o trabalho são divididos entre todos os moradores. Isso eu acho que falta um pouco, afinal, estamos sempre pensando nos nossos problemas e, às vezes, não enxergamos os problemas de quem está ao nosso redor. O remake “Guerra dos Sexos” terminou com baixa audiência e a novela “Sangue Bom” tem a missão de recuperar a audiência. Como você lida com esse tipo de pressão? n O Ibope é uma consequência de um trabalho bem feito e uma história bem contada, que encante as pessoas. Esse é o meu trabalho e com o que eu tenho que me preocupar. O sucesso do Cássio em “Caras & Bocas” foi primordial para sua carreira? n Sim, com certeza! Ele e todos os outros personagens. Tive muita sorte de conseguir papéis na televisão que sejam completamente diferentes uns dos outros e, principalmente, de mim. Isso é

muito rico para o ator e é onde a gente realmente aprende e encara os desafios. Quero sempre pode “passear” por todos os tipos, e não ficar preso em só perfil. Devo muito isso ao teatro. Ele expande esses horizontes. Você comentou em uma entrevista que está trabalhando bastante e quase não lhe sobra tempo. No seu momento de folga, o que mais o relaxa? n Não tenho nem um dia de folga (risos)! Domingo é um dia em que eu não gravo, mas é o dia em que tiro para estudar. Tranco-me no meu escritório e estudo as cenas da semana. É muita coisa (risos). Mas quando coincide de eu não gravar, pego minha moto e corro pela estrada... Sou apaixonado por motos e livros. São duas coisas que mais me relaxam e de que gosto bastante. Bento é morador da Zona Norte de São Paulo. Em que bairro você morou em Sampa? n Morei nos Jardins a vida inteira. Inclusive, continuo morando até hoje. Quando não estou gravando novela no Rio de Janeiro, estou em Sampa. Acho a cidade incrível, principalmente sua cultura e sua gastronomia, que é o que eu mais aproveito.

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entrevista hype

Jogo-rápido Característica marcante: Sou verdadeiro, não suporto mentiras! Qual a sua maior qualidade? Ser verdadeiro! Qual o seu maior defeito? Sou um pouco insistente! Se não fosse você, quem gostaria de ser? Acho que ninguém... Ideal de felicidade? Paz de espírito Você tem Twitter (@marcopigossi1) e Facebook. Você é muito viciado nas redes sociais? n Nem um pouco... (risos). As pessoas reclamam que eu não entro muito, mas acho uma ferramenta de divulgação interessante. Eu, por exemplo, só troco de aparelho quando o meu quebra... Não sou nem um pouco ligado nisso. Alguns aplicativos são ótimos. O que você mais gosta de baixar no seu celular e usa com frequência? n Músicas. Prefiro usar o tempo livre com meus livros a jogos de celular. Tenho tanto para ler ainda... Você mantém muita descrição sobre vida particular. Já se acostumou com o assédio da mídia? n Não faço nada para que isso ocorra... Acho que é um reflexo do que sou. Sempre fui muito reservado e procuro não me envolver com questões que não me dizem respeito. Mas acredito que a mídia é muito importante para que o público conheça um pouco mais sobre aquele ator por trás do personagem que ele tanto gosta. Estou acostumado sim, na verdade. Acho que nunca me incomodei. Faz parte do trabalho. O que você quer para o seu futuro? n Nossa, que difícil! Acho que seguir com a minha carreira, na televisão e no teatro... Um precisa do outro e saber balancear os dois seria uma conquista e tanto.

O que você não vive sem: Livros O que nunca imaginariam sobre você: Hoje as pessoas imaginam de tudo! Qual o seu prato preferido? Arroz, feijão, bife e batata frita! Uma mania: Secar-me com duas toalhas Definição do estilo: Básico – jeans e camiseta branca, cinza ou preta O que não entra no seu armário? Coisas muito coloridas Qual o último modismo ao qual se entregou? All Star... E não saio nunca mais! Do que você mais gosta no seu corpo? Sorriso Do que você menos gosta no seu corpo? Barriga O que você mais detesta? Inveja Um sonho ainda não realizado: Dar a volta ao mundo Do que sente mais medo? De não sentir mais medo algum!


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entrevista hype Sophie Charlotte

crescer

Aprendendo a com Amora Dona de um sorriso encantador e muito simpática, Sophie Charlotte, que vive sua primeira protagonista na novela global “Sangue Bom”, descreve sua personagem como complexa Ester Jacopetti

n “Amora fala de onde viemos e do que nos tornamos. Não adianta você se cobrir de joias e deixar de lado as relações pessoais. Estou aprendendo isso com a minha personagem e estou levando para a minha vida”, reflete a jovem atriz. Além da boa fase na vida profissional, Sophie, que tem 24 anos, está com o coração preenchido de amor pelo também ator Malvino Salvador, com quem se relaciona há três anos. Nesta entrevista, ela fala da novela, de estilo, de tecnologia e conta sobre sua relação com a moda. A Amora é um personagem diferente de tudo o que você já fez... Como tem sido interpretá-la? n Amora é uma personagem complexa e importante, porque ela fala de onde viemos e do que nos tornamos. Ela cresceu no orfanato e foi a primeira filha a ser adotada pela Barbara Ellen (Giulia Gam), uma atriz falida que adota filhos para permanecer na mídia. E a Amora se torna o maior projeto da mãe, que a transforma em uma it-girl famosa. A Amora e a Malu (Fernanda Vasconcellos) não têm uma relação de irmãs, porque há muita competição. A Amora sempre ocupou todos os espaços da casa. Mas o mais importante da trama é que abordo o que os traumas fazem com uma pessoa. A grande questão da Amora é de onde ela veio e o que ela se tornou. Não adianta você se cobrir de joias e deixar de lado as relações pessoais. Estou aprendendo isso com a minha personagem e estou levando para a minha vida.

joão miguel junior

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A Amora aborda também a relação com a fama e a mídia. Como você lida com isso? n Essa personagem tem me feito pensar muito na vida. Estou pensando um pouco sobre isso, com essa coisa da fama. Acredito que tenho uma relação tranquila com a mídia. Não me preocupo muito com isso. É algo com o qual aprendo a lidar todos os dias. Esse trabalho está sendo especial. Estou muito feliz. Minha personagem é um presente. Você é uma das protagonistas da história. Você sente pressão? n É bom quando o núcleo principal tem vários protagonistas, porque dá para dividir as responsabilidades e o nervosismo. A Fernanda (Vasconcellos), que já tem mais experiências como protagonista, está me ajudando muito em como lidar com o peso do personagem. A Amora tem uma relação forte com sapatos, e ela chega a ter vários pares. E você? n Amo sapatos! Que mulher não gosta, né?! Gosto muito de levantar um look com um sapato mais chamativo ou um saltão. Exemplo é quando estou com um shortinho e uma camiseta e, no meio do caminho, dentro do carro, estou com um salto na mala. E de lá já sigo para a festa. Sabe essas coisas?! Acho que um sapato permite essa transformação, permite levantar todo um look. Você já fez alguma extravagância para ter um sapato bacana? n Quando abro o meu armário, acho uma extravagância. Acho que uma centopeia poderia viver com aqueles sapatos... (risos). A minha mãe me ensinou, desde muito novinha, a preservar o que tenho. Tenho sapatos de dois, três anos e que estão inteiros e vão durar, como botas, sandálias... Enfim, são coisas que vou ter por um bom tempo. Nunca contei a quantidade de pares que tenho, mas é um número bacana. A minha mãe calça o mesmo número que eu, então, já viu, né?! Ela se aproveita um pouco...

nA ssim como Amora, Charlotte também ama sapatos

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entrevista hype Você gostou da mudança de visual para viver a Amora? Mudou seu olhar para a moda? n Gostei do corte Chanel, porque me ajudou a entrar no personagem. O Fernando (Torquatto) é responsável pela caracterização. Mudou o jeito como me vejo. O figurino trouxe à tona muitas informações sobre tendências. É lindo, sóbrio e antenado. A Helena (Gastal) fez um trabalho maravilhoso para compor a Amora. Eu fiz várias pesquisas em blogs de moda para aprender ainda mais. Li tudo sobre fashionistas e estou viciada nas blogueiras fashions. Entro nos blogs todos os dias, mas não me tornei uma grande fã. De qualquer forma, isso fez com que eu mudasse o meu olhar no dia a dia. Ela me deu coragem e aprendi a misturar estampas e usar acessórios. O figurino da Amora é muito elegante. E o que você mais gosta de vestir no dia a dia? n Gosto em especial de roupas mais confortáveis, não só no sentindo ser uma roupa mais leve, de um tecido mais solto, mas também que me deixam mais tranquila em relação a uma fenda ou um decote a mais... Meu figurino se chama o oposto de espanta bofe... (risos). Tem alguma coisa que você usou no passado e hoje não usaria de jeito nenhum? n Muita coisa, porque a gente muda com o passar do tempo. Quando ia para o colégio, por exemplo, usava uniforme, então, colocava calça jeans, uma camiseta e um tênis. Quando eu saia, continuava daquele mesmo jeito. Só que ao invés de colocar a camiseta, usava uma blusinha normal. E a calça e o tênis continuavam... Demorou um tempinho para eu entender que poderia transformar isso numa brincadeira e numa outra maneira de mostrar quem sou e dizer como estou me sentindo, mostrar minha personalidade. Quando descobri essa possibilidade foi muito legal. Foi uma independência!

Há pouco tempo você estava loira e agora mudou a cor do cabelo novamente. O que tem feito para mantê-los bonitos? n Preciso hidratá-los muito. Tenho todo um cuidado diferente para manter a saúde dos cabelos. Mas, para mim, compensou porque eu já estava querendo mudar um pouco. Essa mudança é gostosa, e eu curto. Cuido dos meus cabelos em casa, mas não uso receitas caseiras, porque confio muito em bons produtos. A maioria das dicas é meu pai quem me passa (o pai dela é cabeleireiro!). São muitas ampolas, produtos que passo antes de fazer uma escova, todo tipo de produto. Estou com uma bancada bacana de produtos. Você e o Malvino pensam em casamento? n Já me casei quatro vezes e já tive três filhos na ficção. O bom é aproveitar a brincadeira... O q u e vo c ê faz para manter o corpão em dia? n Malho duas ou três vezes por semana, mas depende da necessidade. Quando desfilei no Carnaval, malhei o mês inteiro, todos os dias.

Como você lida com a tecnologia e a necessidade imposta de estar conectada o tempo todo? n Sempre fico muito ligada, tenho um grupo de bate-papo com as minhas amigas, até mesmo de fora da cidade, e quando estamos jantando, por exemplo, é uma regra nossa desligar o celular. Isso é um aprendizado. Acho que a tecnologia chegou e estamos aprendendo a lidar com a liberdade e a acessibilidade. Acredito que seja mais uma transição. É engraçado porque as pessoas ficam o tempo todo olhando as redes sociais.


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Cidadania hype

A ajuda

mora ao lado Como ajudar alguém que sofreu ou sofre abusos? O Serviço de Atenção às Pessoas em Situação de Violência do Município de Vitória (Sasvv) nasceu para cumprir esse papel. Ele recebe e auxilia pessoas que passaram pelos mais diversos tipos de agressões e se torna uma possibilidade de aconchego para suas vítimas na capital

Mariana Tristão

n Tratar casos de violência com seriedade é o primeiro passo para tentar diminuir os índices que insistem em crescer. Pessoas que sofrem com essas situações, muitas vezes, não sabem a quem recorrer e chegam a passar anos sofrendo os mais diversos tipos de abusos, já que eles se manifestam de maneira silenciosa e costumam ser reincidentes, como nos casos de agressão doméstica e violência sexual. Como forma de combate e apoio a essas pessoas, a Prefeitura Municipal de Vitória criou, em 2011, o Serviço de Atenção às Pessoas em Situação de Violências do Município de Vitória (Sasvv) para prestar assistência em saúde aos moradores da capital vítimas de qualquer tipo de agressão. O público-alvo atendido pela equipe é formado atualmente por pessoas em situação de violência sexual de todas as faixas etárias e crianças e ado-

lescentes em situação de violação de direito em decorrência de violências grave. O serviço conta com uma equipe básica formada por psicólogo, assistente social, enfermeiro e auxiliar de enfermagem, ginecologista e pediatra e tem pretensão de, ainda neste ano, fortalecer o quadro de recursos humanos, o que acarretará em um atendimento melhor e ainda mais especializado. Para ser atendido pelo serviço, o processo é simples: o cidadão precisa procurar uma unidade de saúde ou outros serviços da rede de proteção, como Conselho Tutelar, Cras, Creas, escolas etc, que o encaminhará ao Sasvv. Lá, a equipe interdisciplinar identificará os tipos de violação sofridos e os tratamentos adequados são iniciados. O tempo de tratamento varia de acordo com a gravidade de cada situação. Nos casos de violência sexual aguda, por

exemplo, onde é necessário o uso de retrovirais e medicamentos para a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e hepatite, é preciso assistência clínica por cerca de seis meses. Ao término do tratamento, quando o paciente já pode ser direcionado às unidades de saúde comuns, são realizados acompanhamento e monitoramento de cada caso, para garantir a preservação da integridade do paciente e, principalmente, evitar a reincidência da violência.

Serviço de Atenção as Pessoas em Situação de Violência do Município de Vitória (Sasvv) Rua Almirante Tamandaré s/n Pronto atendimento da Praia do Suá, 2º andar, Vitória/ES Telefone: 27 3223-4520


A GENTE CRESCE QUANDO REALIZA UM NOVO SONHO.

Quando você cresce, o Estado inteiro cresce junto. E, assim, pode oferecer mais pra quem mais precisa. É pra isso que o Governo do Espírito Santo trabalha. Para que você realize cada um dos seus sonhos. Afinal, crescer é com a gente.


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Camarim hype

aline bretas e juliana fernandes

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Entra ano, sai ano, o iluminador está nos backstages de beleza e é sempre um coringa na maquiagem. Atemporal, ele dá um ar saudável à pele, que costuma ressecar no inverno, e um toque de frescor no make de verão. Por isso, é super versátil. Confere um up a uma maquiagem mais suave e complementa um look sofisticado

Ilumine-se


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Dicas para não exagerar na dose e não brilhar demais: 01 Teste texturas diferentes. O iluminador pode ser líquido, pó ou cremoso. Os produtos líquidos têm maior fixação e dão um brilho mais natural a pele. 02 Se você tem a pele mais branca ou rosada, aposte nos iluminadores nos tons perolados ou até prateados. Nas morenas e negras, valem os dourados. 03 Também dá para usar iluminador nos olhos no lugar da sombra! Com muito rímel, fica lindo! 04 Para aquele brilho no olhar, aplique o iluminador ou uma sombra perolada para iluminar no canto interno dos olhos. 05 Sombras nos tons perolado e dourado suave também podem substituir o iluminador.

Dicas de produtos:

n Illuminator Soft & Gentle MAC

n Iluminador High Beam da Benefit n Iluminador Bathina da Benefit n Iluminador Vult Soleil n Blush Super Brilho da Quem Disse Berenice? n Iluminador Líquido da Quem Disse Berenice?

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Hidrate-se!

narciso hype

Dos pés ao cabelo, em todas as estações, o corpo precisa de hidratação. No inverno principalmente, quando a pele resseca e o cabelo fica mais oleoso, a dica é apostar em hidratantes para pés, mãos, rosto e madeixas. Para ajudá-la a manter esse item em dia, preparamos uma lista de produtos bem bacanas para você usar em todo o corpo. Confira

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01 Para deixar as mãos hidratadas, macias e com uma fragrância irresistível, da Eudora, hidratantes inspirados em tecidos: Sensual Velvet e Elegant Cashmere 02 Desenvolvida especialmente para as brasileiras, a máscara reparadora intensiva Kerium Máscara, da La Roche-Posay, nutre e repara a fibra 03 A John John lançou loções hidratantes iluminadoras nas versões Limoncello e Tangerina que hidratam a pele, deixando-a macia e perfumada 04 O Normaderm Total Mat, primeiro primer da Vichy, mescla cuidado antibrilho e antiumidade com hidratação 24 horas, funcionando como base para maquiagem 05 A linha Natura Todo Dia Cereja e Avelã inverno traz produtos de hidratação intensa e perfumação para mãos e corpo, com óleos vegetais, proteínas de arroz, cereais e vitaminas E e B5 06 O Hidrat Solution – Leite Hidratante Peles Secas, da Adcos, garante uma aparência jovem, macia e iluminada repondo a perda de água e hidratando a pele.


BELEZA

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Os segredos de

Larissa Maciel Gaúcha de Porto Alegre, Larissa Maciel, 35 anos, começou a fazer teatro ainda jovem, mas foi somente em 2008 que seu talento tornou-se conhecido ao interpretar a cantora Maysa, na minissérie “Maysa: quando fala o coração”

n Na época, Larissa venceu mais de 200 candidatas e encantou a todos com sua semelhança com a cantora. Depois, ainda na Rede Globo, deu vida à tímida e romântica Felícia, em “Passione”, e atualmente é a egípcia Sati, de “José do Egito”, da Record. Aficionada por cosméticos e produtinhos para ficar ainda mais linda, Larissa contou com exclusividade para Hype o que faz para cuidar da pele, manter a beleza em dia e estar sempre com o visual impecável nos eventos. ariani caetano

Quais são seus rituais de beleza? n Pela manhã, lavo o rosto como sabonete líquido, depois aplico água termal e vou tomar café. Após o café, aplico creme para a área dos olhos, outro na pele do rosto e filtro solar. À noite, tiro a maquiagem. No banho, faço esfoliação no rosto e no corpo duas vezes por semana. Se estou com pressa, uso um óleo hidratante no banho mesmo; se não, aplico hidratante no corpo com a pele ainda úmida. Geralmente escolho produtos que tenham mais de uma função, que hidratam e combatem celulite ou flacidez, por exemplo. Aplico novamente água termal no rosto. Antes de dormir, aplico novamente o creme para área dos olhos e no rosto. Na cama, passo hidratante nos pés e nas mãos.

Quais são seus creminhos preferidos, aqueles que não podem faltar de jeito nenhum? n Active C, da La Roche-Posay, para área dos olhos; Papuless da Theraskin, para o rosto; filtro solar Minesol da Roc. Effaclar, da La Roche-Posay; Bi-facil, da Lâncome, para tirar a maquiagem, e Whipped Crème, da Sebastian, para modelar o cabelo. O que usa normalmente nos cabelos, o que não pode faltar nunca e qual seu nível de amor pelo novo look “Joãozinho”? n Estou amando o cabelo curto! Sempre tive cabelo longo, adorava, mas ao mesmo tempo tinha curiosidade de saber como ficaria com ele curto. Raspar foi

uma delícia! Fiz para minha personagem de “José do Egito”, a Sati. Gostei muito do resultado. Se não precisar colocar mega hair por causa de algum personagem, vou aproveitar para usar todos os cortes curtinhos que eu puder! Atualmente, para modelar, tenho usado o Wipped Crème, da Sebastian, e o Rewind 06, da Redken. Filtro solar: você usa sempre, quando lembra ou só na praia? n Uso diariamente filtro 30 Unify, da Minesol, no rosto, e o 40 da Clinique (para o rosto) no colo, pescoço, ombros e o que mais for ficar exposto. Gosto desse porque tem uma leve cor, e assim igualo o resto do corpo com o tom do rosto, por causa da maquiagem.

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divã hype Antônio Carlos Félix das Neves

Psicólogo, psicanalista e professor

antonic@terra.com.br

Acho...

n Depois de um tempo juntos, mas não muito, o homem se viu em condições de expressar seus sentimentos por sua nova namorada: – Acho que estou gostando de você... – Acho?! – censurou a namorada. Ele, meio embaraçado, não sabia explicar por que indeterminou seu afeto, deixando transparecer que existia algo em reserva. Talvez desejasse saber o que ela sentia, o que pensava a respeito, enfim, estava tentando criar um pouco mais de intimidade. – Como assim, “acho”?! – ela insistia num tom de reclamação. Ela, que não estava tão certa dos seus próprios sentimentos, agora se encontrava, inevitavelmente, diante deles. Não tinha mais como escondê-los de si mesma: O que eu sinto por ele? Mas... como foi ele quem começou, precisava que justificasse sua incerteza, pois uma mulher não pode conviver com dúvidas no amor... “Acho?”. Ele, então, tenta reparar o “acho”

recordando os feitos preliminares de um namorado bem intencionado: lembra-a das flores enviadas, do vestido comprado, do jantar de aniversário, da viagem planejada... Mas nada disso, feito com muito esmero, era suficiente para apagar a força que a incerteza do acho deixou. Pelo contrário, quanto mais provas dava do seu amor, mais ela questionava a dúvida pronunciada. A partir daquele dia, o do “acho”, o namoro não foi mais o mesmo. Ela encontrava motivos para brigas nas coisas mais insignificantes, expressando uma agressividade gratuita que ela mesma não entendia, se lamentando interiormente. Com o tempo, as injúrias injustificadas colocavam em risco o relacionamento. Ele começava a dar sinais de desistência: não ligava mais durante a semana, não fazia tanta questão das datas e não justificava seus atrasos, agora costumeiros. Ela, ao notar que algo estava

diferente, vê, então, que a profecia do “acho” estava se confirmando, não entendendo por que sentia, neste momento, um misto de alegria e desespero. Como o desespero prevalecia, tratou de reconsiderar suas atitudes incompreensivas para com ele: adocicou a voz, as carícias se tornaram constantes, revelou-se outra mulher no trato sexual. Diante dessa nova mulher, ele se assustou. Tornou-se distante em seus dizeres, às vezes até indiferente com as palavras. Ele que não estava acostumado com tanta gentileza. Ela, sensibilizada por tais comportamentos, perguntou: “Você ainda gosta de mim?”. Ele, diante da queixa delicadamente formulada, sentiu um tipo de ansiedade que lhe apertava o peito, por ter que confirmar os sentimentos daquele dia. E, como se quisesse se livrar de uma resposta que consentisse: “Acho...”.


Saúde

Jesse R. Tabachi

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médico cirurgião da Hucam/Ufes

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Fígado:

uma indústria química

Localizado do lado direito da região abdominal e podendo pesar até 1,5 kg no adulto, o fígado, a maior glândula do corpo humano, tem múltiplas funções: produz proteínas, armazena glicose, sintetiza colesterol, tem ação antitóxica, elimina substâncias nocivas de bebidas e alimentos e produz a bile, que auxilia a digestão de alimentos

n Pouca gente sabe que as doenças do fígado são silenciosas até a fase crônica, e os sinais e sintomas clínicos só se manifestam quando há descompensação, ou seja, quando há o comprometimento do funcionamento do órgão. Por isso, é necessário consultar o médico e submeter-se a exames laboratoriais e de imagem para diagnosticar precocemente qualquer problema que esteja afetando essa importante glândula do nosso corpo. O fígado normalmente leva a culpa pelos excessos alimentares que praticamos no dia a dia, principalmente os distúrbios gástricos, intestinais e as doenças da vesícula biliar. E entre as patologias hepáticas mais relatadas estão as hepatites agudas e crônicas, a cirrose hepática, além daquela que afeta um maior número de pessoas: a esteatose hepática, gordura que se instala no fígado.

A esteatose ocorre principalmente em pacientes com excesso de peso e um dado nos assusta, atualmente: o número cada vez maior de jovens com o fígado gorduroso. Para eliminar os excessos de gordura no fígado, normalmente recomendamos um novo estilo de vida, como dietas pouco calóricas e atividade física. A cirrose é outra doença que afeta o fígado. Ela é causada por processos inflamatórios repetidos nas células hepáticas, originadas de hepatites virais, principalmente do tipo B e C, uso abusivo de bebidas alcoólicas, drogas e toxinas. Para prevenção da cirrose hepática, um passo importante é a restrição de bebidas alcoólicas, a eliminação de drogas, o uso de medicação sob orientação médica e a prevenção das hepatites virais. Na cirrose, o fígado deixa de metabolizar e sintetizar substâncias, o que provoca graves transtornos ao organis-

mo, como hemorragia digestiva, icterícia, encefalopatia hepática, alterações na coagulação sanguínea, diminuição da produção de proteínas, ascite – que é o acúmulo de líquido na cavidade abdominal – e tumores malignos que, normalmente, são associados às hepatites virais. Pacientes que apresentam sinais de falência hepática associados à cirrose, recebem indicação de transplante de fígado. Atualmente, o procedimento tem apresentado excelentes resultados, proporcionando ótima qualidade de vida. Enfim, o fígado é uma verdadeira indústria química que precisa ser muito bem cuidada. Por isso, recomenda-se moderação na alimentação e no uso de bebidas alcoólicas, evitando-se também as drogas. Além disso, é preciso proteger-se contra hepatites virais e, caso o problema ocorra, tratá-lo adequadamente.

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personagem hype

cloves louzada

JOSUÉ VASCONCELOS

Capixaba, nascido na ilha de Vitória e formado em Artes Plásticas pela Ufes, ele atua há 36 anos na área de moda, produzindo roupas sob medida e colhendo os louros de uma trajetória marcada pelo seu estilo low profile e um apuradíssimo senso estético

traduz” “A moda me

betty feliz

n Aos 54 anos, o estilista e professor Josué Vasconcelos, que começou sua carreira produzindo para amigos e familiares, hoje é uma referência quando se fala em linha festa – leia-se criação de roupas para noivas, madrinhas, formandas etc. Até montar seu atelier, instalado em um pequeno sobrado da rua Antonio Aleixo, 404, no bairro Horto, ele percorreu um longo caminho pontuado pela convivência em um ambiente simples, mas rico em referências literárias e musicais, sempre estimulado por seus pais Josué

e Noeme, ele marceneiro, ela costureira. Inspirado em célebres ícones da moda como Madeleine Vionnet, Giorgio Armani, Claude Montana e suas criações “espaciais”, Maria Cândida Sarmento e Georges Henri, Josué sempre manteve um olhar atento e curioso sobre o universo fashion, observando os detalhes da produção de looks que chamavam a sua atenção. Sua equipe é formada por quatro pessoas, entre elas a fiel escudeira Célia Cruz, que o acompanha há cerca de 30 anos e

com quem mantém uma relação que extrapola o profissional. “Célia é uma pessoa a quem entrego tarefas com total confiança. Ela corresponde em todos os aspectos, tem afeto na nossa relação.” Para produzir as roupas que vão brilhar nos eventos sociais, ele diz que se concentra na percepção da modelagem, nos detalhes e nos acabamentos que tornem a roupa singular e lhe confira identidade própria. Afinal, a maior felicidade de Josué é ver seus vestidos fazendo sucesso no corpo


helson moura

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Josué por Josué n Comida: “Sei apreciar um bom bacalhau, uma boa moqueca e uma maravilhosa salada, que, bem temperada, saboreio prazerosamente, mas não me atrevo a fazer nada na cozinha.”

e nunca enjoo de assistir. Para mim, é inspirador.”

n Revista: “Todas de moda, em especial Vogue e Harper’s Bazaar.”

n Atriz: “Dina Sfat sempre me fascinou com seus gestos, seus olhares, seu caminhar e sua elegância. Ela era, enfim, minha atriz preferida, até mesmo por sua postura... Desde menino e ainda hoje, após sua morte, revejo cenas e me emociono com sua figura ímpar”.

n Viagem: “Sonho em conhecer a Itália. E todas as minhas férias eu passo no sul da Bahia, terra dos meus pais.” n Livro: “A Bíblia. Fundamental, desde menino fui instruído a lê-la e nela me inspirar.”

n Cantor: “Gosto de Louis Armstrong e Nat King Cole.”

n Filme: “A Cor Púrpura. Vejo, revejo

n Cantora: “Natalie Cole e Elis Regina.”

André Alves

das clientes e traduzir, por meio da roupa, “a alma de quem a veste”. E ele vai além: “Gosto da sensação de poder mostrar o que penso sobre moda em um evento importante para a minha cliente, como uma festa de 15 anos, uma formatura, um casamento ou uma boda.” Entre seus projetos de médio prazo está construir um atelier em endereço próprio, com sua identidade e onde ele possa atender à sua clientela de maneira mais confortável e personalizada. “Moda é o que eu respiro e transpiro. Ela me inspira. Vivo de moda e para a moda. Para mim, moda significa aquilo do qual me aposso na tentativa de exprimir meus sentimentos. No geral, ela traduz o pensamento de um grupo, cultura ou país, mostrando o que pensam e como vivem essas pessoas, mas posso dizer que a moda me traduz”, resume Josué, que também é professor de Moulage, Prototipia e Desenvolvimento de Produtos no curso de Design de Moda da Faesa,onde trabalha há dez anos.

n Ator: “Sou fascinado pela capacidade de interpretar de Robin Willians.”

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papo Surreal Félix Khoury

Diabólico e muito

fashion Personagem vivido pelo ator Mateus Solano em Amor à Vida, Félix virou uma unanimidade quando o assunto é trapaça, vilania e perversão. Embora vivendo ainda no armário para a sociedade (com exceção da mulher, Edith, e a sogra, Tamara, que conhecem seu lado B), Félix dá muita pinta, mas a família finge que não vê


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Compará-lo com Carminha, de Avenida Brasil, é uma ofensa. Félix Khoury se acha mais chique e refinado do que a malvada saída do lixão. Além disso, convenhamos, o rapaz não é um vilão qualquer: culto e bem nascido, sua fonte de inspiração vem da literatura nazista, e sua atração pelo poder, ilimitada, lhe dá ares de um diabólico ditador. Um personagem mau, debochado e, ao mesmo tempo, tão sedutor e atraente como Félix não poderia passar despercebido por Hype. Por isso, o elegemos para figurar nesta seção, onde tudo é possível... principalmente brincar com verdades e mentiras.

mãe. De quem você herdou esse dom para o fashion? n Senti um tom de ironia na sua pergunta... mas vou ignorar. A verdade é que eu a-do-ro moda! Antes de meu pai me obrigar a casar com a histérica da Edith, eu pensava em me tornar estilista. Mas acho que, se eu fizesse isso, Dr. César me deserdaria. Então, aceitei viver esse papel medíocre de administrador no hospital da família e, nas horas vagas, com muito prazer, dar uns toques no guarda-roupa da mami poderosa. Eu sim-ples-men-te amo escolher os looks dela, a pessoa mais maravilhosa e elegante do mundo!

Como você se sentiu ao ser comparado com Carminha (personagem interpretada pela atriz Adriana Esteves em Avenida Brasil)? n Criatura, eu já respondi mil vezes a esta pergunta. Vocês, jornalistas, são tão repetitivos... Que coisa mais cansativa!

Já que você falou em papel, como é ter que viver trancado no armário? n Um horror, meu docinho! Às vezes, penso que salguei mil vezes a Santa Ceia para viver este martírio.

Pergunto porque acho que você não foi autêntico em suas respostas... Honestamente, acho que você não gosta da comparação. n Mas que ousadia! Você está me chamando de mentiroso, meu docinho? Bem... devo admitir, você é perspicaz: eu, realmente, me acho superior a ela. Carminha era muito brega, se vestia mal, era desinformada. E eu sou chique e culto, meu bem! É por isso que você só se veste de preto? Seu guarda-roupa é meio limitado, não? n (risadinha malévola) Meu doce, preto é o que há de mais cool, mais chique, mais in... Já vi que de moda você não entende nada. Você, ao contrário, entende muito, não? Afinal, é personal stylist de sua

Você acha que terá coragem de assumir sua homossexualidade até o final da saga? n Meu bem, acho que só depois que papi soberano tiver partido desta para a melhor (risadinha malévola). E sobre sua relação com seu filho? Ela não é das melhores... n As pessoas não entendem que tem gente que não nasceu para a paternidade. Eu sou um desses casos: filho é uma coisa muito chata. E filho adolescente, então... pelas contas do rosário! Você, realmente, odeia sua irmã? n Aquela entojadinha me tira do sério, francamente! E o que mais me irrita é ver meu pai fazendo todas as vontades da louca... Como assim, louca? n Você realmente é muito lenta mes-

mo, não? Só mesmo uma maluca como Paloma para ir para Machu Picchu e se envolver com um tipo rastafári e andrajoso como o tal do Ninho. Para completar, ela ainda se casa com ele... Mas agora Paloma gosta do corretor de imóveis, o Bruno. n Pelas contas do rosário! Que sujeito mais sem sal e mais brega este tal de Bruno... Minha irmãzinha, definitivamente, tem um péssimo gosto para homens. Mas você sabe escolher, não é mesmo? n Bom gosto, meu doce, é uma coisa nata. E eu tenho olhos de lince, farejo um belo bofe à distância. Porque, para mim, beleza é fundamental. Foi por isso que você se apaixonou pelo “anjinho”? n Ele não é uma graça? Mas isso é página virada, entende? Que Edith não nos ouça. Você não se arrepende de ter sequestrado sua sobrinha e, ainda por cima, jogado o bebê em uma lixeira? n Arrependimento é um sentimento que eu não cultivo. Meu docinho, o mundo é uma selva, a violência e o horror estão à solta por aí. No meio dessa Babel, posso me considerar um anjo de candura... ... um anjo capaz de mandar atropelar uma pessoa. n Chega! Pelas contas do rosário! Esta entrevista acabou! Você, além de desinformada e cafona, é inconveniente. Só uma última perguntinha: quem é sua maior inspiração? n (gargalhada) Mephisto. Mas é claro que você não sabe quem é... Procura no Google, meu docinho.

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perfil hype

ALINE BRETAS

amanda milanez

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Pinceis mágicos e generosos Ela se define como “uma pessoa forte”. Com toda razão: “Descobri essa força após perder meu filho e viver uma separação logo em seguida. Tenho muita fé em Deus e em mim, e isso também ajuda na minha autoestima”. Assim é Aline Bretas, a profissional de beleza capixaba que conquistou respeito e admiração pela qualidade que imprime ao seu trabalho, nos desfiles do Vitória Moda ou atuando como make up artist de noivas, madrinhas e mães em vários casamentos Espírito Santo afora


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betty feliz

n Foi Aline, também, quem cuidou, pessoalmente, da beleza da atriz Fernanda Vasconcelos, durante a gravação da campanha Descubra o Espírito Santo. Sua assinatura de beleza inclui catálogos, ensaios fotográficos, colunas e editoriais de moda, como os que a revista Hype exibe em suas edições bimestrais. A trajetória desta jovem profissional começou em 2006, a partir de um curso de maquiagem que fez quando morava na Inglaterra, onde trabalhou, em 2005, em um salão de beleza. Ela retornou ao Brasil em dezembro de 2007 e em janeiro de 2008 já atuava em uma agência de modelos como booker e maquiadora. Aline se lembra do seu primeiro catálogo de moda com carinho. “Eu maquiava havia pouquíssimo tempo. Eram nove modelos e foi uma loucura, mas, no final, deu certo e outros desafios foram aparecendo logo em seguida. Outro trabalho muito importante tem sido feito no Vitória Moda, onde atuo na coordenação do make up das modelos”, diz. Para Aline, o melhor trabalho é aquele que é realizado com a equipe certa e muita sintonia. Mas isso não é tudo. “Certa vez, dei um curso de automaquiagem para uma mulher que estava saindo de uma quimioterapia. Foi o dia em que me senti mais feliz com o que faço”, confessa a make up artist. Ela garante que uma boa maquiagem disfarça imperfeições e é capaz até de interferir no humor. E revela: “Por algum tempo me angustiava a ideia de que meu trabalho era fútil. Mas meus olhos se abriram e consegui enxergar as inúmeras possibilidades da maquiagem. Não tem preço ver uma mulher que perdeu suas sobrancelhas depois de uma quimioterapia aprender a refazê-las, a passar um blush para ganhar um ar de saúde... Essa injeção de alta autoestima mexe com coisas que não podemos imaginar”, diz Aline.

Projetos n “Sonho em ter um espaço meu, com atendimento bem privado e particular. Um espaço pequeno e uma decoração bem peculiar, com a minha cara.”

Estereótipos

O estilo de Aline

Guarda-roupa

n “Noventa por cento das minhas roupas são pretas. Estampas me enjoam e me acho muito estampada com as tatuagens. O preto, além de facilitar minha vida na profissão – porque maquiagem sempre mancha roupas claras –, me cai bem. Não gosto de usar calça nem shorts, porque tenho quadril largo e pernas grossas. Amo vestidos! Dificilmente uso algo que está na moda. Não me interessam marcas, nem gasto muito dinheiro em uma roupa. Amo mudar, então prefiro comprar muito e sempre. Renovo com frequência meu guarda-roupa, mas a cada peça que entra, doo o que não estou usando. Mas o ponto alto é o conforto: amo malha e, se pudesse, usaria até em casamento.”

Vaidade n “Gasto 15 minutos por dia na frente do espelho. É o tempo que dura o make rápido e uma olhada para ver se a roupa ficou boa para sair.”

n “Acredito que a beleza esteja na felicidade, e felicidade é saber lidar com aquilo que você tem, seja beleza, trabalho, dons e habilidades. E quando a gente consegue isso, fica ainda mais belo. Muita gente me pergunta como eu lido bem minha autoestima trabalhando no mundo da moda, onde todos são magros. Eu digo que minha autoestima melhorou ainda mais, porque o tanto de gente magra e infeliz que conheço não está no gibi! Como já ouvi casos de modelos que foram traídas pelos namorados... E a maioria das pessoas acha que isso só acontece com elas porque são ‘feias’. Acontece com todo mundo! Tenho até orgulho de dizer que nunca me faltou namorado e pretendente, nunca fiquei mais de seis meses sozinha e sempre tive relacionamentos saudáveis.

Relação com o corpo n “Amo minha cintura fina e meu cabelo, que não me dá trabalho nenhum. Mudaria meus seios e meu quadril, porém me falta coragem de arriscar minha vida, que está ótima, em uma mesa de cirurgia. Por mais simples que seja, é sempre uma cirurgia. Não digo que nunca faria, mas se estou feliz e sendo amada assim, para quê mais? Por enquanto, estou me cuidando com a ajuda de uma nutricionista e frequentando academia, mas é pela minha saúde, porque meu trabalho exige muito do meu corpo e eu estava ficando muito cansada.

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moda hype

Um verão étnico, tropical e inspirador

Betty Feliz

n Estavam todos lá, representados por suas obras: Nenna, Fernando Augusto, Flavia Arruda, Julio Tigre, Shirley Paes Leme, Raphael Bianco, Manfredo de Souzanetto, Renata Egreja, Vilar, Ana Holck, Lara Felipe e Rosana Paste. Se você ainda não conhece estes ar-

tistas, vale a pena visitar a galeria Matias Brotas, em Mata da Praia. O moderno espaço comandado por Sandra Matias e Lara Brotas foi palco deste ensaio de moda, no qual celebramos a arte contemporânea, a cultura e o verão de 2014, que já se anuncia, embora ainda seja inverno.

O ensaio, uma homenagem ao evento Vitória Moda, além do acervo da galeria, mostra também nossa diversidade étnica, variados estilos, cores e formas que a moda brasileira e, neste caso, capixaba, tem a oferecer. O resultado, captado pelas lentes de João Araújo, é plasticamente inspirador.


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Ficha técnica n Fotografia: João Araujo n Styling: Glauro Simões n Beleza: Aline Bretas n Assistente de Beleza: Pablo Lima n Modelos: Andy Models / All Models n Cenário: Galeria Matias Brotas

n n n n n n n n

Tamie: Camisa Exatta, pantalona Exatta, colar Lei BSC, scarpin Arezzo. Lara: Body Amabilis, pulseira e brincos Di Ferolla, sandália Arezzo. Flávio: Camisa Presidium, bermuda Lei BSC e tênis Presidium. Bruna: Vestido Exatta, cinto Amabilis sobreposto por cinto Di Ferolla, pulseiras e colar Di Ferolla e sandália Arezzo. Vallery: Cardigan Vide Bula, short Missbella, scarpin Arezzo, colares e pulseiras Di Ferolla. Vitor: Sunga Konyk. Ronnie: Polo Vide Bula, bermuda Presidium, meias acervo e tênis Presidium. Bianca: Body Amabilis, brincos e pulseira Di Ferolla, sandália Arezzo.

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moda hype n Tamie: Camisa Exatta, colar Lei BSC e brinco Di Ferolla. n Vallery: Cardigan Vide Bula, colares e pulseiras Di Ferolla. n Bianca: Body Amabilis, brincos e pulseira Di Ferolla.

n Flรกvio: Bermuda Lei BSC.

n Tamie: Camisa Exatta, pantalona Exatta, colar Lei BSC, scarpin Arezzo.


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n Flavio: Jeans Lei BSC. n Vallery: Blusa Vide Bula, short saia Lei BSC e colar Di Ferolla. n Vitor: Short Konyk sobrepostas por jeans Presidium.

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moda hype n Flávio: Bermuda Lei BSC. nL ara: Body Amabilis, saia Missbella, brinco e pulseira Di Ferolla e sandália Arezzo. n Vitor: Sunga Konyk.

n Bruna: Vestido Exatta, brinco e pulseira Di Ferolla e sandália Acervo. n Lara: Camisa Lei BSC, biquíni Vide Bula, calça Missbella e sandália Arezzo. n Vallery: Vestido Presidium, colar e pulseira Di Ferolla. n Tamie: Vestido, cinto e faixa Amabilis, sandália Arezzo e pulseira Di Ferolla. n Bianca: Top Cropped Missbella, saia Amabilis, brinco e pulseiras Di Ferolla e sandália Arezzo.


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n Ronnie: T-Shirt Presidium e sunga Konyk. n Bruna: Vestido Vide Bula, calça Missbella, Colares, Pulseira, cintos e clutch Di Ferolla.

nT amie: Vestido Missbella sobreposto por t-shirt Vide Bula, colar, pulseira e bolsa Di Ferolla e scarpin Arezzo. n Bianca: T-Shirt Vide Bula, colete Missbella, calça Missbella, brinco e pulseiras Di Ferolla e sandália Arezzo. n Ronnie: Camisa Presidium sobreposta por t-shirt também Presidium, jeans Lei BSC e tênis Presidium. n Bruna: Body Amabilis, saia Vide Bula, sobreposição de cintos Amabilis e Di Ferolla, brinco e pulseira Di Ferolla e sandália Arezzo.

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moda hype


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nF lavio: Camisa Vide Bula sobreposta por t-shirt Vibe Bula, calça também Vide Bula e bottons acervo. n Vitor: T-shirt Vide Bula e jeans Presidium. n Ronnie: T-shirt Presidium, calça Vide Bula e cinto acervo.

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ESPECIAL BELEZA

Chega de

pele ressecada

no inverno

A Adcos tem a solução perfeita para uma pele iluminada e hidratada na medida certa

n Mal o inverno bateu à nossa porta e os efeitos na nossa pele já podem ser percebidos. Independente se a pele é normal, mista, seca ou oleosa, é possível sentir logo as primeiras mudanças de textura e brilho. Mas não se desespere! Existem várias maneiras de ter uma pele linda e saudável, mesmo na estação mais seca do ano. E para revelar a beleza e a saúde da sua pele, é preciso uma hidratação intensiva.

Pensando nisso, a Adcos Cosmética de Tratamento desenvolveu diversos produtos que atendem a todas as necessidades. A linha de dermocosméticos para o corpo Hidrat Solution, por exemplo, é formada pelo Leite Hidratante e Nutritivo, para todos os tipos de pele, e o Leite Hidratante Peles Secas, indicado para peles mais secas e delicadas. Há também a Ultra-Nutrição Labial, que hidrata os lábios, prevenindo rugas na região. E para mãos macias, a Adcos

apresenta o Creme para Mãos FPS 20 Specific, que atua na prevenção de sinais de envelhecimento e garante proteção contra os efeitos do sol – fundamental em qualquer época do ano. Com os produtos da Adcos, a pele ganha uma aparência jovem, macia e iluminada, pois o tratamento repõe a perda de água e restabelece o grau de hidratação. Os hidratantes podem ser utilizados por toda a família, pois atendem as necessidades de homens e mulheres.

Veja qual produto da linha é o ideal para você n Desenvolvido especialmente para peles com alterações relacionadas à desidratação e ressecamento, o Hidrat Solution – Leite hidratante Peles Secas proporciona hidratação intensa, nutrindo a pele e melhorando seu viço. Ele oferece reposição efetiva da barreira de proteção natural da pele pela combinação de ceramidas, ômegas e aminoácidos. Apresenta rápida absorção e perfume suave. Hidrat Solution • Leite Hidratante Peles Secas (480ml) Preço sugerido: R$ 99,00

n Já o Hidrat Solution Leite Hidratante e Nutritivo é indicado para todos os tipos de pele. Ele nutre profundamente e previne o ressecamento, deixando a pele sedosa e suavemente perfumada. É formulado com vitamina E, poderoso antioxidante, pantenol e hidrolisado de colágeno, que hidratam a pele. Sua formulação não deixa sensação de oleosidade, é rapidamente absorvida e também tem uma fragrância suave. Hidrat Solution • Leite Hidratante e Nutritivo (480ml) Preço sugerido: R$ 82,00


Hidratação: A palavra chave do momento Manter os cuidados com a hidratação da pele no inverno é essencial para que ela permaneça saudável e com sua função de barreira preservada, já que a estação favorece o ressecamento, descamação e irritação da derme. Por isso, as dicas a seguir são simples e podem ajudar a manter a pele lisinha e iluminada, como é o desejo de tantos. 1. L impe sempre o rosto antes de dormir para retirar as impurezas acumuladas durante o dia e desobstruir os poros. A pele vai estar mais bem preparada para a aplicação do hidratante. Prefira sabonetes líquidos para peles sensíveis ou loções e géis de limpeza menos abrasivos. 2. D ê preferência em usar os hidratantes após o banho ou quando lavar o rosto ou as mãos, pois isso facilita sua penetração na pele. 3. Evite banhos muito quentes e prolongados e o uso de buchas, pois removem a camada de proteção natural da pele. 4. Mesmo nos dias nublados ou com chuva, o protetor solar é essencial, e existem também os filtros associados a hidratantes.

n O creme para mãos previne marcas senis e atua nos sinais de envelhecimento precoce. Hidrata, deixando as mãos macias e protegidas. Contém extrato de orquídea, Kombuschka, Dermawhite, extrato de soja, vitamina A, vitamina E, extrato de chá verde, pantenol, aminoácidos essenciais e silicones. É indicado para todas as idades. FPS 20 Specific (60g) • Creme para Mãos Preço sugerido: R$ 75,00

5. O s lábios também sofrem com a ação do frio e podem ressecar e rachar. Não se esqueça do protetor e hidratante labial. 6. Lembre-se sempre de que a hidratação também vem de dentro e precisamos ingerir pelo menos dois litros de água por dia (sucos, chás, frutas...). 7. Invista numa boa hidratação, com hidratantes de qualidade. Antes de escolher um hidratante, verifique seus princípios ativos, sua composição e procedência (o ideal é consultar um dermatologista que vai indicar o produto certo para o seu tipo de pele). Apesar do excesso de cuidados com a pele que o inverno requer, ele é nosso aliado, já que, devido a uma exposição solar menos intensa, esta se torna a melhor estação para realizarmos tratamentosfaciaisprofundosparamanchas, rugas, marcas de expressão e de acne. Aproveite então para colocar o inverno a seu favor deixando sua pele hidratada, linda e renovada. Thaiz Rigoni é dermatologista

n A Ultra-Nutrição Labial nutre e hidrata profundamente, auxiliando na prevenção de rugas ao redor dos lábios. Seu uso contínuo modela e redesenha o contorno labial, deixando-o mais definido. Contém Maxi-Lip, vitamina E, manteiga de karité, ceras naturais de abelha, candelila, carnaúba e ozoquerita. Indicado para o rejuvenescimento e hidratação de lábios em todas as idades. Ultra-Nutrição Labial (3,5g) Preço sugerido: R$ 65,00

n Para quem procura tratamento além da hidratação, a Adcos recomenda o Repair Complex Lift Densificador. O produto contém opala, mineral semiprecioso que emite ondas ultrassônicas estimulando a migração de células produtoras de colágeno e elastina para a região das rugas. Possui ainda Matrixyl, um pentapeptídeo que estimula o preenchimento da derme ao sintetizar o colágeno, glicosaminoglicanas e ácido hialurônico. Associado à molécula tridimensional Osilift, forma um filme elástico promovendo efeito lifting imediato e ação firmante. O resultado é um produto que atua nas rugas e incrementa a firmeza e elasticidade da pele. É necessário manter o contato das micropartículas de opala com a pele para efetuar o lifting biofísico, por isso, recomenda-se o uso do produto diariamente. Repair Complex Lift Densificador Preço sugerido: R$ 148,00

Adcos SAC: 0800 722 1123 www.adcos.com.br


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especial SICC

Aos seus

pés

Fomos a Gramado, na Serra Gaúcha, cidade linda e aconchegante de temperaturas baixíssimas, conferir em primeira mão as novidades do setor calçadista para a próxima estação. Entre os dias 27 e 29 de maio, acompanhamos de perto a maior feira de calçados do Brasil, o Salão Internacional do Couro e do Calçado (Sicc), que apresentou as coleções de primavera-verão 2014 de mais de mil marcas de todo o País Camila Lenk

n A primavera-verão 2014 será a temporada de anabelas, plataformas, meias-patas e sapatilhas. Esses modelos chegam com tudo em versões em preto e branco, estilo étnico, releituras de boho chic (ou Bohemia Look Chic), metalizados e com transparências. As sandálias gladiadoras, de tiras largas ou estreitas, ankle boots e oxfords também terão seu lugar no armário. Os destaques ficam por conta do grafismo das listras, do romantismo dos bordados, do vintage dos poás e da ousadia dos animal prints, que, entra estação, sai estação, continuam firmes e fortes nas vitrines. Vale destacar que materiais como cortiça, couro e ráfia estão presentes nos saltos. Na cartela de cores, o destaque é para tons vibrantes, como pink, vermelho e bordô, além do tradicional preto e branco, tons de azul, terrosos e metalizados, como prata e dourado.

Tendências que são destaque Étnico chic

n Você já deve ter percebido que essa tendência rústica está presente nas vitrines, passarelas e ruas. As estampas étnicas, inspiradas nos índios americanos, asiáticos, astecas e tribos africanas, vão continuar fazendo a cabeça e os pés das antenadas. No verão, os sapatos étnicos vêm com misturas de cores suaves e em estampas geométricas, listradas, xadrezes, camurça, couro e estampa de bichos.

Preto no branco

n O clássico P&B é sinônimo de elegância e promete continuar sendo tendência na próxima estação. Eternizada por Coco Chanel, a combinação dessas cores básicas é destaque nas passarelas internacionais, e os calçados não ficam de fora. Sapatos, bolsas e lenços em P&B também marcam presença nas coleções.

Metálico fashion

n Se antes o metalizado era considerado sinônimo de exagero, agora ele vem com tudo para dar mais vida às produções. Os sapatos metálicos ganham ar romântico ou surgem em modelos clássicos, sendo uma tendência bem democrática, atendendo desde as mais discretas até as mais ousadas.

Leve transparência

n Dominados por marcas como Prada e Chanel, materiais como vinil transparente e tela são aposta certa para a estação quente. A tela pode aparecer em sapatilhas ou em pequenos detalhes de sandálias. Já os saltos podem ser em acrílico ou com cores em degradê.


estilo MAISON LIBANESA HOMEM

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Um espaço moderno,

só para eles Imagine um endereço onde, além de um atendimento personalizado, conforto, modernidade e bom gosto estão impressos em cada detalhe da loja e na forma de receber o cliente

n É assim com a Maison Libanesa Homem, um espaço antenado com o universo de moda masculina onde, além de um guarda-roupa moderno e diversificado, os noivos encontram o que precisam e desejam para garantir um visual elegante e impecável na cerimônia de casamento. Referência de moda, a Maison Libanesa Homem é a loja que tem sempre peças de alta qualidade e inegável bom gosto.

Onde encontrar Rua Aleixo Neto, 1054 | Praia do Canto Tels.: 3376-3115 | 3376-3116

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consumo hype

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O detalhe que 04

Toda mulher gosta de se sentir bonita. Mas não são só as roupas, o cabelo e a maquiagem que fazem a diferença no visual. Um bom acessório transforma qualquer look e é capaz de atrair vários olhares. Para ajudar, Hype escolheu algumas peças-chave que irão garantir um up na produção

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diferença 09

01 A Camaleoa traz a moda dos braceletes de volta com n 02 Da Trees esta peça em couro legítimo e metal dourado n

Acessório, o brinco feito artesanalmente com strass e pedras azul turquesa confere sofisticação a qualquer look n 03 Em

liga metálica e banhado a ouro, o anel Camafeu da designer Rafaela Andrade é sofisticado e chama a atenção até dos mais desatentos aos detalhes n 04 A bolsa da Paolattore, que imita a cor do mar caribenho, dá um tom mais alegre ao visual n 05 Da Amora Acessórios, o anel em prata com cristal safira levanta

qualquer produção n 06 Feito à mão, o maxicolar com resina

colorida da Santinha Acessórios deixa o visual de inverno mais descontraído n 07 Seguindo a tendência dos crucifixos, o colar da Santa Victoria é capaz de transformar até os looks mais

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simples n 08 Em couro e com aplicação de pérolas, a pulseira da

Canela & Mel deixa o look ainda mais feminino n 09 Banhado

a ouro, o brinco da designer Rafaela Andrade dá vida ao visual

10 Charmosa e discreta, esta clutch da Godê é original n


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Tudo hype

Design aplicado

n O Cuttin’Studio, de São Paulo, é especializado em design gráfico e encadernação artística e faz coisas bem legais com artes visuais aplicadas. São cadernos, cadernetas, luminárias, bolsas térmicas, canecas, almofadas, ecobags, mochilas, quadros, pôsteres e camisetas, entre outros produtos desenvolvidos pelo estúdio ou por parceiros. Na loja virtual da marca (http://loja.cuttinstudio.com. br/) é possível encontrar algumas amostras bem transadas, como estas cadernetas bem estilosas.

Porque é inverno

Divertido e artístico n O Roda de Boteco deste ano contou com um reforço todo especial. É que a designer Simone Monteiro, do Studio Noble Savage, criou exclusivamente para o evento estampas relacionadas ao universo botequeiro para serem usadas na confecção de brindes, jogos americanos, luvas de cozinha, aventais e roupas para as recepcionistas. Simone mergulhou no mundo de comidinhas de boteco, bebidas, música e diversão para desenvolver as estampas. Tudo, claro, desenhado e pintado à mão no papel com aquarela e guache e depois digitalizado para, só então, desenvolver a estampa no computador.

n Com a chegada do inverno, os queijos são um complemento indispensável para as comidinhas gostosas da estação, como sopas, caldos e vinhos. E para ajudar a criar um clima especial, a marca S&P – Salt and Pepper criou os pratos para queijo Fromage, para servir as delícias de forma prática e, ao mesmo tempo, sofisticada. As peças são em porcelana branca e resistem a temperaturas de até 220ºC, podendo ser levadas ao forno, microondas e lavalouças.

Isto é rock, bebê! n Para marcar o Dia do Rock, comemorado em 13 de julho, a Art Maison lançou almofadas estampadas com ícones do rock’n’roll internacional. Entre os rockstars estão Elvis Presley, Bob Dylan, The Beatles, Madonna e John Lennon, todos cheios de personalidade, para a sala de casa e o quarto ganharem em charme e estilo.


vinho

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Com o olhar de uma criança n Ao fazer um documentário sobre o grande repórter Joel Silveira, o jornalista Geneton Moraes Neto encontrou um bilhete de Gilberto Freyre perdido numa gaveta no apartamento vazio de Joel. Freyre completava 80 anos e se dizia encantado com o fato de ver o mundo com os olhos espantados de uma criança surpresa diante de cada descoberta. Talvez esse tenha sido um dos segredos da enorme obra do autor de “Casa Grande e Senzala”, um tradutor da alma brasileira. Porque se há algo entediante diante da vida é justamente o tédio de imaginar saber tudo – e não se surpreender com nada. Eu me peguei pensando nisso num boteco. O dono é uma figura curiosa: ele não se espanta com nenhum assunto tratado na mesa, cheia de copos de cerveja. “Você viu a confusão da Maranata?”, pergunta alguém. “Rapaz, só agora deram isso nos jornais. Sei desse rolo há muito tempo...”,

intervém o dono. “Olha, fui ao Bassi, em São Paulo, e eles estão lá com um corte novo, exclusivo, uma costela de contrafilé. Maravilhoso”, diz outro cliente, entre um copo e outro. E o dono do boteco: “Já cortei muita peça assim. Você pega a ponta do contrafilé…” e sai desfiando detalhes sobre o corte, capazes de deixar qualquer um em dúvida se ele realmente sabe ou não qual o segredo da carne oferecida pela excelente churrascaria paulistana. Mas mesmo se for verdadeira, essa sabedoria é secundária. Porque deve ser muito chato, algo próximo do tédio absoluto “saber” tudo. Assim é na vida, assim é com o vinho: alguns “entendidos” já são incapazes de se surpreender diante de uma garrafa. Se alguém abre um Malbec argentino recém-lançado no mercado, lá vem o comentário: “Bom mesmo é o Bramare.” Se outro abre um português, tinto, de safra 1997, o “entendido” logo comenta sobre a safra de 85, “talvez a melhor do Alentejo”. É uma pena. Porque a graça do vinho – e da vida – está na surpresa, na descoberta. E em buscar, mesmo em garrafas já conhecidas, um aspecto ainda ignorado: a evolução de um certo tinto ao longo do tempo, a concentração do Chardonnay passado pela madeira, a incrível capacidade de envelhecimento de um Porto ou o impressionante frescor de um Sauvignon Blanc. As variáveis embutidas na produção dos brancos e tintos são infinitas e, por isso, impossíveis de serem totalmente dominadas. Daí ser inalcançável o conhecimento

Amarildo

André Andrès andreandres.hype@outlook.com

absoluto sobre os vinhos, assim como deve ser inalcançável o conhecimento absoluto sobre qualquer outro assunto. Que bom que seja assim! Porque a partir de certo estágio, o fato de dominar de forma exagerada qualquer tema ou atividade torna enfadonho esse tema ou essa atividade. Dizem ter sido esse um dos motivos do ato extremo do poeta russo Sierguei Iessênin, famoso entre nós por conta de um poema para ele escrito por Vladimir Maiakovski. “É melhor morrer de vodca do que de tédio”, diz Maiakovski em seu texto, reclamando a ausência do amigo. Segundo relatos, Iessênin julgava já não ter mais nada para produzir, porque sua poesia, cínica, já havia ultrapassado todos os limites do cinismo. Enforcou-se no Hotel Inglaterra, em Leningrado, após ter escrito, com o sangue tirado dos pulsos, cortados com navalha, um poema dirigido a Maiakovski, concluído com os versos “Se morrer nessa vida não é novo / Tampouco há novidade em estar vivo”. Um resumo do tédio, rechaçado por Maiakovski em seu verso famoso, aqui citado, e também na conclusão de seu poema: “Nessa vida, morrer não é difícil / Difícil é a vida e seu ofício”. Talvez ela se torne muito menos difícil se a olharmos com os olhos de criança, como sugeriu Glberto Freyre do alto de seus 80 anos. E fique ainda mais alegre se a encararmos com a satisfação de quem prova uma boa taça de vinho. Inesperada e surpreendentemente boa. Como deve ser a vida…

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Um brinde

à competência! nosso encontro aconteceu no simpático e aconchegante ambiente do Vitória Bistrô, comandado pela premiada chef Sylvia Lis. A convite de Hype, este grupo formado por oito profissionais renomados foi recebido com um cardápio saboroso, à base de carpaccio bovino trufado, ratatouille e brandade de bacalhau regados a um delicioso espumante n Embora a maioria dos nossos convidados já se conhecesse, alguns estavam se apresentando ao grupo pela primeira vez. E é exatamente essa troca de informações, feita de maneira leve e descontraída, um dos pontos altos dos encontros de Hype. Esse momento possibilita o conhecimento das habilidades e competências dos participantes, além de revelações ora divertidas, ora inusitadas, como a feita pela designer Ana Paula Castro que, contrariando a maioria das pessoas, diz adorar a segunda-feira!

Hype sempre tira bom proveito desses encontros que, como já dissemos aqui, nos ajudam a pautar a revista. Ouvimos opiniões, críticas e sugestões que têm nos levado a aprimorar a publicação. Mas, no balanço que fazemos, ao final desses encontros, um dado sempre nos envaidece: o de que, sejam fiéis ou sazonais, nossos leitores sempre elogiam nosso conteúdo e nosso design gráfico. E mais: a nossa coragem de, há dez anos, desafiar um mercado nem sempre sensível a produtos editoriais inteligentes.

Ana Paula Castro n O que faz: É artista plástica e há 20 anos comanda o Ateliê de Ideias Ana Paula Castro. n O que mais gosta de fazer: “Sou muito feliz, apaixonada pelo que faço. Minha grande paixão é minha filha. Também adoro segunda-feira.” n O que mais gosta em Hype: “A revista não se fecha só no tema moda e, assim, não se engessa. Hype mostra as coisas que o Espírito Santo tem de melhor. Quem está fazendo, pensando e ousando tem voz na revista.”


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Claudia Souza n O que faz: Carioca da Tijuca, está há sete anos em Vitória, onde comanda o Marketing do Shopping Vitória. n O que mais gosta de fazer: “Estar com meus dois filhos, um bom vinho e a culinária básica.” n O que mais gosta em Hype: “Me encanta a ideia de como é possível fazer uma revista deste nível aqui.”

Fernando Kunsch n O que faz: Jornalista há 25 anos, há seis atua na Comunicação da Samarco, na área de relacionamento externo. n O que mais gosta de fazer: “Estar com os amigos em torno de uma mesa farta. Também gosto de cozinhar uns quitutes.” n O que mais gosta em Hype: "Hype evoluiu muito. É muito dinâmica e ocupa um espaço importante no mercado editorial capixaba.”

Idalberto Moro n O que faz: Atua nas áreas de importação, logística e distribuição e também preside o Sindicato do Comércio Atacadista e Distribuidor do Espírito Santo (Sincades). n O que mais gosta de fazer: “Gosto de estar com meus amigos, de charuto, de vinho e de ficar com minha neta de dois anos.” n O que mais gosta em Hype: “A revista tem ótimo design gráfico e é referência para seu público, com artigos que atingem vários níveis intelectuais.”

Rita Rocio Tristão n O que faz: É arquiteta, há 18 anos promove a Casa Cor ES e há cinco a Casa Cor Pernambuco. n O que mais gosta de fazer: “Adoro viajar. E para qualquer lugar. É o maior investimento que uma pessoa pode fazer. Também gosto muito de ler.” n O que mais gosta em Hype: “Acho a revista ótima, diversificada e com uma diagramação leve.” Simone Mozine n O que faz: Formada em Economia, atualmente presta consultoria para a Concrevit. n O que mais gosta de fazer: “Ir para a praia com meus filhos e levar meu filho mais velho à banca de revistas.” n O que mais gosta em Hype: “A revista é super leve e descontraída. Adoro a parte de moda, gastronomia e cinema. Só acho que ela poderia explorar mais o Estado.”

Edu Henning n O que faz: É diretor da Record News ES e integra a banda Clube Big Beatles. n O que mais gosta de fazer: “Meu grande prazer é a música, principalmente dos Beatles. Mas meu grande amor é minha filha de cinco anos, Chloé.” n O que mais gosta em Hype: “Gosto das entrevistas principais. A escolha é sempre interessante. O que diferencia Hype de outras revistas é o lado arrojado, os caminhos diferentes dos temas.”

Ricardo Shalders n O que faz: Carioca, está em Vitória desde 1995. Analista de sistemas, inaugurou, no ano passado, uma loja de roupa masculina, a R. Shalders. n O que mais gosta de fazer: “Gosto de cozinhar, de ler e de ouvir um bom jazz.” n O que mais gosta em Hype: “Gosto da originalidade da diagramação e também do Papo Surreal. Sou fã de Hype.”

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Ana Coeli Piovesan Advogada e galerista, a mineira de Ponte Nova (MG) Ana Coeli Piovesan é também uma cidadã do mundo

n Amante das artes, o que fica evidente quando se entra na Galeria Ana Terra, espaço que ela comanda na Praia do Canto, a galerista tem na França sua referência em história e cultura. Mas Ana já se aventurou em muitos países, até mesmo pela República Tcheca, que entrou para seu rol de viagens inesquecíveis. Com a experiência de alguém que rodou o mundo, mas ainda quer conhecer muito mais, ela também coleciona “acidentes de percurso” e revela ao lado de quem gosta e com quem jamais viajaria.

Viajar é preciso, viver... n ... é vibrar a cada minuto. Viver é tudo. A primeira viagem a gente nunca esquece n Aconteceu no final dos anos 60. Fui para Buenos Aires, com Abigail, Regina e Eliana Castro, quando a cidade ainda era linda. Hoje, ela perdeu em tudo, transformou-se em uma caricatura do que foi um dia. Um país que é referência em arte e cultura n A França. É um país privilegiado por ter recebido importantes influências, tanto da Bélgica, quanto da Holanda e da Espanha... É rica em música, moda, literatura e que tanto importou, quanto produziu cultura.


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Um souvenir valioso n Um fragmento de porcelana Sarreguemines adquirida na própria cidade (localizada na fronteira entre a Alemanha e a França), cuja indústria foi destruída durante a Primeira Guerra Mundial. Uma compra infeliz n Várias. Principalmente botas. Compro e não uso, porque ora machuca os dedos, ora a canela, o calcanhar...

Nunca se cansa de visitar n A França, porque reúne lindas paisagens, grandes cidades, cidades medievais, arquitetura, música... Ali se respira arte, cultura e história, dos Pirineus à fronteira com a Alemanha. A melhor companhia para viajar n Gente alegre, com espírito de aventura. Não é fácil encontrar, mas é possível.

A pior n Pessoas mal humoradas e pessimistas. Já viajei com gente assim e é por isso que jamais entro em uma excursão. Para mim, basta a companhia de, no máximo, quatro a cinco pessoas. Se fosse possível voltar no tempo, quem gostaria de encontrar circulando por Paris e/ou Nova York? n Se é para sonhar, vamos lá: em Paris, com Jacques Prévert; em Nova York, com Peggy Guggenheim,eemViena,com GustavKlimt. Comer, beber e amar em.... n ... qualquer lugar com outra língua, outra moeda e temperatura de, no máximo, 12 graus. Não dou, não alugo, não troco... n ... meu passaporte Trem, carro ou avião? n Os três, dependendo da distância. Mas, quando possível, prefiro carro. Adoro me perder pelas cidades...

Um país inesquecível n Tantos... Mas vamos ficar com a República Tcheca e a França. Um lugar ao qual jamais voltaria n À cidade de Castelo, no Espírito Santo, em feriado de Corpus Christi. Fui uma vez e não gostaria de repetir a experiência. A próxima viagem n Para Nova York. A mala perfeita n Levíssima, com roupas em três cores básicas: verde musgo, cinza a marinho. E acessórios (echarpes em especial) combinando. Dá para viajar assim por 60 dias. Acidentes de percurso n Certa vez, peguei um ônibus intermunicipal em Tanger, no Marrocos, indo para Casablanca. Desci na metade do caminho e aluguei um carro. Nos países árabes não existem limites de passageiros, e os ônibus carregam tudo, até mesmo cabras.

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Alessandra Vargas Chef

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Syd Lucas

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Aconteceu em

Paris

Em minha última viagem a Paris descobri, com a ajuda de um simpático motorista brasileiro e bom gourmand, um endereço inesquecível, o restaurante Passage 53 n Pequeno e relativamente novo, ele já foi agraciado com sua primeira estrela do guia Michelin, por conta de sua culinária francesa com influência oriental. O Passage 53 tem esse nome por ficar no número 53 da Passage de Panoramas, uma espécie de galeria no 2eme arrondissement, próximo ao metrô Grand Boulevards. O local é bastante pitoresco, o restaurante charmoso, acomodando apenas cerca de 20 pessoas, com uma decoração simpática e mesinhas baixas. Além do chef, toda equipe da cozinha é formada por japoneses. Isso me deixou ansiosa para saber até onde a influência nipônica interferiria na comida do restaurante. O maitre nos trouxe as duas opções possíveis, dizendo que ali tudo era muito simples e que no Passage 53 os menus eram confiance, isto é: nós seríamos totalmente guiados pelo chef. A única opção que teríamos seria o menu dejeneur, a 45 euros ,ou o menu degustation, a 85

euros, o responsável pela fama da casa. Com essa recomendação não poderíamos optar por outro senão o menu degustação. Primeiro veio um amuse bouche, um veloute de brócolis com brócolis crocante, que estava bom. Logo, uma razoável saladinha de fennouil com um fruto do mar australiano. O terceiro prato foi uma lula grelhada com purê de couve flor e lâminas de couve flor que agradou. O quarto prato, vieiras com um creme de agrião, também estava gostoso. Então, quando meu marido e eu pensávamos que tudo terminaria assim, meio assepticamente, veio um Cabillaud: bacalhau fresco, com aspargos frescos e um molhinho cremoso à base frutos do mar. Confesso que foi o melhor que comi em toda a minha vida. O nosso ânimo fortaleceu-se ainda mais quando experimentamos o foie-gras fresco, com calda de ruibarbo e mo-

rangos silvestres. Estava absolutamente perfeito! O carneiro novinho que veio a seguir também estava delicioso, derretendo na boca de tão macio. Juntamente com o cabillaud e o foie-gras, ele formou o trio forte da refeição. O capitulo limpeza do paladar foi, talvez, cítrico demais, mas em compensação a fatia transparente de torta de chocolate com uma micro-bola de sorvete de café estava uma loucura. Depois de passar quase três horas no restaurante, cheguei à conclusão de que se você tem tempo sobrando e bastante dinheiro no bolso, vale a pena conhecer o Passage 53. Não é barato: com vinho, pode chegar a mais de 250 euros. Por isso, pense na possibilidade de ir na hora do almoço e pedir o menu dejeneur. Certamente será uma escolha melhor porque descobrimos olhando a mesa ao lado que, apesar de mais barato, ele possibilita degustar ótimos pratos do menu degustation.


Qualidade em conteúdo e design

Preview

Revistas, catálogos, livros e periódicos.

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www.previeweditora.com.br Rua Prof. Sarmento, 41/Lj 01, Ed. Eller,Praia do Suá, Vitória, ES


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casa hype

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A palavra de ordem é

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Ser ecologicamente correto não é modismo, mas conceito e estilo de vida que veio para ficar. Hype resolveu trazer essa tendência para dentro de casa e garimpou algumas peças da mostra Morar Mais por Menos, que desembarcou pela primeira vez em Vitória com o objetivo de mostrar soluções criativas e inteligentes para tornar o seu cantinho, ao mesmo tempo, chique e sustentável (também para o bolso!). itens reciclados e restaurados entram de vez na decoração e conferem aos ambientes um toque de bom gosto e originalidade

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01 Os pregadores de roupa agora têm nova função. Numa área de serviço original, eles viram uma luminária de teto. 02 Para dar utilidade aos antigos vinis, a sugestão é transformá-los em objetos de decoração e também funcionais, como uma mesinha de canto. 03 Uma mini-horta pode ser feita em uma gaveta antiga de madeira. É só fazer as divisórias e colocar as plantas em vasinhos. As ervas ficam organizadas e sempre à mão. 04 Um simples carrinho de mão, após ser restaurado e estofado, pode se tornar uma cadeira diferente para ambientes mais modernos. 05 Os caixotes podem estar em todos os espaços da casa. Pregados à parede, eles viram estantes diferentes e super práticas. 06 Caixotes de madeira e retalhos de tecido formam este sofá estilizado e idealizado pela arquiteta Najla El Aouar. 07 As cadeiras de madeira da Casal Design trazem de volta uma tendência do passado: encosto feito em palhinha. 08 Canos de PVC de diferentes tamanhos unidos a uma estrutura de metal formam um porta-revista ou porta-objetos que, além de decorar, deixa o local mais organizado. 09 As latas de óleo viraram banquinhos para as crianças sentarem à mesa de desenho na Brinquedoteca. 10 Mais sustentável impossível: pneus usados são transformados em poltronas para ambientes externos.

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Adriana Delmaestro

Uma artista movida pelo

design Ela migrou da publicidade para o design de joias e sempre teve um pé na arte de desenhar. Se lhe perguntam de onde veio esse talento, Adriana não titubeia: “Acho que nasceu comigo. Não me lembro de não desenhar” Betty Feliz

n Seu trabalho é reconhecidamente autoral e sua inspiração pode nascer subitamente ou durante um processo lento de gestação. Adriana diz que, na verdade, não tem uma rotina definida, mas que desenhar sempre exercita sua criação. Além disso, garante, observar é fundamental. Mas o que, realmente, inspira esta designer de joias que cursou Artes plásticas na Ufes, integra a Associação de Design e Autores de Joias, trabalhou em criação e arte publicitária até chegar à joalheria? ”A forma, a beleza, as cores, a arquitetura, as pessoas... Enfim, o mundo”, resume. Suas obras participaram de exposições pelo país, foram publicadas em revistas e catálogos e estão presentes nos principais editoriais de moda nacionais. Mas o ápice da carreira foi a premiação, pelo Idea Brasil,

em 2011: a designer capixaba foi a única a ser distinguida no setor de joalheria. Por isso, entre as peças que criou, pelo menos uma Adriana considera seu xodó, embora não se furte em confessar que sua relação com as peças que assina é de colecionadora de obras-primas: “Tenho o privilégio de ter criado várias peças nessa categoria, das quais me orgulho muito, mas o Anel Encaixe/ Pendente, premiada na categoria joalheria no Idea Brasil, é meu maior troféu. Afinal, o Idea Brasil é um dos mais importantes prêmios de Design do Mundo. Foi uma grande emoção”, lembra Adriana. Pergunto qual peça famosa da joalheria nacional ou internacional ela gostaria de ter criado. Adriana não se preocupa em parecer imodesta. “O meu Anel/Pendente

Encaixe. Simples no projeto, precioso no uso do material e sofisticado na utilidade.” Suas matérias-primas se apoiam no ouro e nas gemas diferenciadas e seu processo de criação parte do desenho, trabalho que executa com apuro e propriedade, passando pelo projeto e o protótipo, até a montagem na oficina. Sobre o trabalho autoral num mundo em que proliferam as cópias, Adriana prefere acreditar que as pessoas ainda valorizam a criação. “Até porque a cópia é uma apropriação indevida do projeto do outro, e isso é muito feio. Mais triste ainda é quem copia e se denomina artista, designer, vendendo uma idéia que não é sua”, critica. Aliás, no quesito que diz respeito à proteção de suas criações do olhar gordo dos copiadores de plantão, a designer não pou-


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Raio-x pa esforços e cuidados. “Costumo registrar a maioria das minhas peças. Ainda assim, tive que contratar uma advogada para coibir os copistas. Não existe respeito pela obra alheia e isso nem sempre parte do consumidor, mas do dito ‘profissional’.” O próximo desafio da artista é uma coleção inspirada na obra de um dos maiores artistas plásticos nacionais, segundo ela, “belíssima”.

Avessa a badalações quando se trata de mostrar suas coleções, Adriana tem razão para manter-se recolhida: “Realmente, não gosto de muita exposição. Quem deve aparecer e ganhar notoriedade são as minhas criações, e elas costumam falar por si. Optei por receber diariamente meus clientes em minha loja com um café e uma boa conversa. Essa é,em resumo, a maneira que escolhi para mostrar minha arte”.

n ator Selton Mello

n atriz Marília Pera n cantor Caetano Veloso n pedra preciosa Turmalina

n filme Forrest Gump n País Brasil

n cor Preto

n Prato Massa

n livro "A elegância do ouriço",

de Muriel Barbery

n estação do ano Outono


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Show de

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criatividade Cinco profissionais ligados ao design, à arte e à moda se reuniram no início de julho, no auditório da Findes, para falar sobre temas ligados à 6ª edição do Vitória Moda

n O talk show Moda, Arte e Cultura – Olhares diversos cumpriu o que prometeu: um diálogo rico e estimulante com a plateia. Foi uma troca estimulante tanto para os participantes – o diretor do Museu Vale, Ronaldo Barbosa; a escritora e fotógrafa Maria Sanz; a estilista Luisa Mendes; a designer de joias Adriana Delmaestro, e a designer de estamparia Rebeca Duarte – quanto para o público. Na plateia, atenta e interessada, além de jovens blogueiros e estudantes de moda, estavam empresários e aficionados por moda, arte e cultura. O evento abriu a programação do Vitória Moda, alto verão 2014, realizado há seis anos, sempre no mês de julho, no Centro de Convenções de Vitória, e cujo tema central, Diversidade – Arte e Cultura, inspirou o talk show.

Gostei muito, mas acho que poderia ser mais divulgado e ter um público ainda mais diverso.” Aline Bretas, maquiadora

nA driana, Ronaldo, Rebeca, Maria e Luísa

Adoro participar de eventos como este, onde mentes criativas se encontram e dialogam sobre suas experiências profissionais e sua íntima relação com a moda e a arte. Quero mais!” Luiza Amália Sodré, artista plástica

Vim sem grandes expectativas e fui surpreendida pela pluralidade de opiniões. Pessoas jovens, antenadas, inteligentes demonstrando determinação, confiança... Adorei e acho que Vitória carece de eventos assim.” Wanda Maria Alkimin, escritora e educadora

O tema moda me atrai muito. Vim movida pela temática e pelos convidados. Sabia que ia ser um evento rico em conteúdo. E saio convicta de que moda agrega tudo: arte, design, cultura...” Beth Kfuri, jornalista e secretária de Comunicação da Prefeitura da Serra

Achei o talk show fantástico! Um grupo de pessoas bem diverso e bem sucedido em suas propostas. Merece ser repetido.” Paula Shalders, empresária de moda


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Hypidinhas

nC arla Nogueira, Tiago Feliz, Angela Gomes e Ivan Aguilar de olho nas tendências nR ita Rocio Tristão , Idalberto Moro e Ana Paula Castro no Vitória Bistrô

n J acqueline Chiabay, Antonio Nicola e Angela Gomes: parceria afinada

TIM TIm!

n J ames Matos e Daniela Avancini: alto astral

gente antenada, moderna e de bem com a vida tem sempre bons motivos para celebrar em qualquer ocasião nC elso, Cilea e Caroline Siqueira conferindo lançamento de decoração

nU m trabalho do artista plástico Wagner Veiga estampa as novas bolsas de Hype, confeccionadas pela Victoriana, marca da designer Rebeca Duarte. Wagner inspirou-se no tema Diversidade Cultural, criando rostos de diferentes etnias. O acessório é uma das peças comemorativas aos dez anos da revista. nP or falar em Rebeca, é a designer quem assina também acessórios das coleções para o verão 2013/2014 das marcas Sacada, Mandy, Brooksfield, Track & Field e Trussardi, com estampas exclusivas. A Victoriana também produz acessórios para casa, como toalhas, guardanapos, almofadas, tudo personalizado e coordenado. nA revista Destino ES, publicação do Espírito Santo Convention & Visitors Bureau, volta a circular depois de um período de recesso, agora na vigência da nova diretoria da entidade, comandada pelo empresário Alfonso Silva. A produção é da Preview Editora, que também assina, para a construtora Lorenge, a Lorenge In. nA gastrônoma Regina Valory, que comanda a Coffee House, empresa que está há mais de 15 anos no mercado oferecendo também consultoria gastronômica e treinamento para hotéis e restaurantes, assina elogiados coquetéis para os mais diversos eventos. nA academia Vitória Sports realiza, há sete anos, a Meia Maratona nas Esteiras, competição que reúne dez equipes com três participantes cada. O desafio implica em percorrer 21 quilômetros. Com premiação para 1º, 2º e 3º lugares, medalhas de participação e troféus, o evento recebe apoio da AR Suplementos, do Hortifruti e da Redbull.

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Camila Lenk

Rede de mulheres

A internet é repleta de surpresas boas e se configura um espaço ideal para gente talentosa espalhar sua arte. Conheça artistas que trabalham a temática mulheres – sejam elas famosas ou anônimas – e que usam a grande rede para divulgar seus projetos e se tornarem conhecidos do grande público. Clique e confira!

Em aquarela n Mulheres e meninas fortes e sem medo da solidão são os principais temas das ilustrações de Laura Callaghan (www. lauracallaghanillustration.com). Em seu site, ela conta que seu trabalho é desenhado à mão com uma mistura de aquarela e nanquim (um material corante preto da China). Laura é irlandesa, mas atualmente mora em Londres, onde trabalha como editora de ilustração na “Oh, Comely”, uma revista feminina de moda e comportamento que foge da linha comercial.

Corpo de musas n O espanhol Conrad Roset (www.conradroset.com) passou sua infância entre caixas de lápis de cor e canetas de feltro. Mais tarde, já depois de se consagrar como ilustrador, descobriu que o que mais gostava de desenhar era a figura feminina. Daí surgiu a sua coleção Musas, onde o corpo da mulher é o tema central da obra. A maioria das mulheres desenhadas são anônimas com quem Conrad esbarra pelas ruas de Barcelona. O artista sempre declara que ama o corpo feminino e que esse é o seu assunto preferido.

Super poderosas n Não, as obras da americana Kelly Reemtesen (www.kellyreemtsen.com) não simbolizam donas de casa submissas. Pelo contrário. Segundo a artista, nascida nos anos 60, suas telas representam a mulher moderna, se sentindo poderosa, fazendo o trabalho doméstico com graça e beleza. É comum observar que em suas telas as mulheres estão bem arrumadas e vestidas segurando ferramentas pesadas. Em suas obras, a figura feminina está sem cabeça, mas a artista explica o motivo: é para que o observador enxergue a si mesmo na pintura.

Heroínas lembradas n O site The Reconstructionists (thereconstructionists.org) foi criado para homenagear mulheres que fizeram a diferença nas artes ou ciências. A ideia é da escritora búlgara Maria Papova e da ilustradora Lisa Congdon, que são grandes admiradoras de figuras femininas que, de forma independente, conseguiram mudar o cenário em que viveram. A inspiração do projeto vem do papel da mulher na reconstrução do mundo. Nomes como Frida Kahloe e Hedy Lamarr já foram lembrados.


roteiro hype

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Riqueza Melódica n No dia 23 de agosto, às 22 horas, o polivalente e autodidata Djavan se apresentantará no Vivo Rio, Rio de Janeiro, em um show com músicas como “Rua dos Amores”, “Já não somos dois” e “Acertos de contas”. O cantor é reconhecido por seu talento e pela capacidade de conferir às suas composições leveza, lirismo e sofisticação, falando de amor sem resvalar no lugar comum e na banalização.

Dobradinha de rock n Com mais de 130 milhões de cópias vendidas de seus trabalhos, a banda norte-americana de hard rock Bon Jovi pousa em terras brasileiras para se apresentar no Rock in Rio, no Rio de Janeiro. Para aproveitar a passagem por aqui, a banda fará show exclusivo em São Paulo, no Estádio do Morumbi, no dia 21 de setembro. O grupo Nickelback é convidado especial para dividir o palco com Bon Jovi.

Para todos os gostos e bolsos De músicos brasileiros a cantores internacionais, nossas dicas de shows são irresistíveis

Paramore no Brasil n Entre julho e agosto, a banda americana Paramore apresenta seu repertório do novo disco em seis cidades no Brasil. Primeiro pelo Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília e São Paulo. Em agosto, desembarcam em Curitiba e Porto Alegre. A turnê será do quarto disco de estúdio do grupo, o “Paramore”. Os principais hits da banda são “The only exception” (2010), “Decode” (2008) e Crushcrushcrush” (2007).

MPB mundial n Ele é reconhecido mundialmente por sua voz e seu dom para compor. Um dos mais influentes e talentosos cantores e compositores da música popular brasileira, Milton Nascimento aterrissa em Vitória para apresentar seu show aos capixabas, no dia 28 de setembro, às 21 horas, no Arena Vitória. Milton, que já se apresentou em países da América do Sul, América do Norte, Europa, Ásia e África, já canta desde os 13 anos, tendo iniciado sua trajetória em festas e bailes da cidade Três Pontas, em Minas Gerais.

Abrasileirada n Marina de La Riva canta MPB, Latin Jazz e Bossa Nova e sabe misturar como ninguém música cubana com brasileira. Seu primeiro e único disco, “Marina de La Riva”, foi muito bem recebido pela crítica e pelo público, chegando a conquistar o prêmio APCA de revelação feminina na categoria Música Popular. No dia 9 de novembro, os capixabas vão poder apreciar de perto o espetáculo da cantora, que dividirá o palco com a Camerata Sesi – Idílio, no Teatro do Sesi, em Jardim da Penha, Vitória.

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Luis Taylor taylor@superig.com.br

é o número da sorte n Se você gosta de um estilo de som mais pesado, estou falando dos deuses do metal. Se for apenas um aficionado por música, certamente conhece a banda Black Sabbath. Se você nem é tão aficionado assim, já deve pelo menos ter ouvido falar de Ozzy Osborne, o caricato cantor à frente da banda, que já virou até um paizão de família – meio desmiolado, é verdade – em seriado de TV. Esse início é para deixar claro que existem várias maneiras de ver e ouvir o álbum 13, recém-lançado pelo Black Sabbath, que já tem, inclusive, ingressos à venda para seus shows no Brasil. A primeira delas é a louvação cega, digna de fundamentalistas, da qual tentarei fugir. A segunda, mais moderada, vai destacar as qualidades musicais das canções, sua criatividade e a capacidade dos músicos

Zemaria – Great Escape

n Enquanto o mundo todo comentava o novo disco do Daft Punk, uma turminha da pesada reafirmava seu talento. Dessa vez, infelizmente, bem longe de terras capixabas. Com Great Escape, o Zemaria deu um passo adiante e fez, de longe, seu melhor disco. Disponível nos melhores sistemas de streaming do ramo, as dez faixas passam como um vento refrescante à beira-mar, rápido e sempre deixando aquela sensação de “podia vir mais”. Um trabalho para marcar nome na história da música, seja ela capixaba ou não.

de nos assombrar. A terceira é a sensacionalista, vai querer saber quem estará na pista VIP do show, em outubro, com quem a filha do Ozzy está namorando e dos problemas de coração do Bill Ward. Vou com a segunda, claro. O problema de um disco novo do Black Sabbath é que ele já nasce datado. É antiquado, com ares de anos 70, com uma sensação de tempo diferente, sem rush na saída do trabalho, sem tsunami de informação ou compartilhamento em tempo real das timelines da vida alheia. E, por isso, é genial. O velho Sabbath não abriu concessões e fez o que sabe fazer de melhor: músicas arrastadas – mas, também, como ser rápido com o peso das guitarras de Tony Iommi? –, com mudanças de andamento a todo o momento e a anos-luz do que

se é produzido hoje em dia. Não, não é o melhor álbum dos caras. Mas, sério, é mais um álbum dos caras! No entanto, para quem ainda não conhece o trabalho do ex-quarteto, os primeiros discos se fazem necessários para entender tamanha devoção. Já para quem os conhece, fica a felicidade de poder ouvir, mais uma vez, inéditas de Ozzy, Iommi e Butler. O que já é o bastante. No primeiro solo, na primeira música, um lembrete. Ninguém fica na história à toa. Na levada de Live Forever ou no riff de God is Dead? matamos um pouco da saudade da adolescência e rezamos para que algum desses jovens de hoje escute esse disco e passe a conhecer o rock de uma época passada, sem preconceitos. Treze, nesse caso, passa a ser mais um número da sorte.


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CINEMa hype

Diego Sierra n diegosierra28@gmail.com

Jeitinho brasileiro

n Que jogue a primeira pedra quem nunca ouviu falar de fraudes em concursos públicos no Brasil! Esse é o tema central de “O Concurso”, comédia brasileira que estreou em julho e marca também o début de Pedro Vasconcelos, conhecido pela direção de novelas como “A Favorita” e “Cabocla”, no comando das filmagens. O roteiro gira em torno de um grupo de rapazes que se conhecem no Rio de Janeiro e fazem de tudo para conseguir o gabarito da prova que vão prestar. Entre eles, está um divertido gaúcho interpretado pelo ator Fábio Porchat, do coletivo “Porta dos Fundos”. O filme conta ainda com a atuação de Danton Mello, Carol Castro e Sabrina Sato.

Queda livre

n A queda de um avião dá o tom a “Amantes Pa s s a g e i ros ” , nova comédia de Pedro Almodóvar. No entanto, engana-se quem imagina um filme dramático, com cenas de ação, explosões e atentados terroristas. No universo criativo do diretor espanhol, o voo final é a chance de redenção dos personagens que acham que vão morrer. Muito excêntricos, como não poderia deixar de ser, entram em total desespero e começam a revelar seus pecados mais bizarros, histórias inconfessáveis e últimos desejos.

Flores em você

n Bjork, Daft Punk e White Stripes são alguns dos artistas que já fizeram memoráveis videoclipes sob direção de Michel Gondry, muito conhecido também pelo filme “Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças” (2004). Por isso, fãs não faltam ao diretor que agora estreia “A Espuma dos Dias”, adaptação do clássico da literatura francesa que é praticamente um conto de fadas sobre o amor de dois jovens: Colin (Roman Duris), rico, apaixonado por jazz e patinação, e Chloe (Audrey Tautou), uma moça frágil que sofre de uma doença incomum, uma flor que cresce em um de seus pulmões.


Livros hype

Cenas de amor

n A convite do seu editor, Isabel Allende reuniu as melhores cenas de amor de seus romances e contos em Amor (Bertrand Brasil), obra que traz trechos inspirados nas próprias experiências amorosas da autora ou nas de conhecidos. O livro é dividido por temas e em cada um deles há uma seleção de textos que abrange vários títulos, como A Ilha sob o Mar, Filha da Fortuna, A Soma dos Dias e A Casa dos Espíritos. Para tornar essa escolha ainda mais especial, antes dos capítulos, Allende explica o motivo da escolha dos trechos. Já na introdução do livro, a autora chilena faz um desabafo honesto e emocionante a respeito da sua vida, o papel da sexualidade e a descoberta da sensualidade. Uma boa leitura enquanto os fãs aguardam Riper, a estreia de Allende no gênero policial.

Demônios à solta

n Walter Casagrande Júnior não só venceu seus demônios, como fez questão de torná-los públicos. Em Casagrande e seus demônios (Globo Livros), o ex-jogador de futebol conta, com a ajuda de Gilvan Ribeiro, como foi de ídolo do esporte a viciado em cocaína e heroína. Ilustrada com um caderno de fotos, a publicação traz revelações inéditas de Casão, como o doping que sofreu quando jogava na Europa. O livro vai além e revela um Casagrande fá de rock, militante político dentro e fora dos campos e amigo de Sócrates, com quem tinha uma afinidade muito grande.

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Mãe nua e crua

n A médica e psicanalista Betty Milan é autora de ensaios, peças de teatro, crônicas e romances, mas é em Carta ao filho (Record) que ela faz uma reflexão singular sobre suas vivências como mulher e mãe. Em formato de carta aberta ao filho, o livro é sua ferramenta para falar de si mesma e não somente servir de escuta ao filho. A autora questiona a condição da maternidade contemporânea e retrata os desafios dos pais na formação de seus filhos. Livre do tabu de que a boa mãe é infalível e longe dos modelos pré-estabelecidos de maternidade, Betty promove uma reflexão séria e profunda sobre a condição materna neste século, sugerindo que, na verdade, só se aprende a ser mãe sendo.

Será que funciona por aqui?

n A jornalista americana Pamela Druckerman mudou-se para Paris após se casar e começou a observar que as crianças daquela cidade se comportavam de maneira muito mais fina e educada do que jamais havia visto. Elas simplesmente não interrompiam os adultos, não brigavam com os irmãos nem reclamavam de comer legumes. Em Crianças francesas não fazem manha (Fontanar), Pamela conta qual é afinal a mistura entre autoridade e relaxamento dos pais que faz com que as crianças francesas sejam tão comportadas, sem, entretanto, ficarem reprimidas ou sem personalidade. Inteligente, bem-humorado e bem fundamentado, o livro revela os segredos dos franceses para ter filhos criativos e educados e também serve de manual para os pais – de qualquer parte do mundo – não se tornarem escravos de pequenos tiranos.

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vida hype Barbara Hilsenbeck

Palestrante e escritora

www.avidaebarbara.com.br

Os cinco estágios n Olá! Se você está lendo esta coluna é porque naturalmente já virou algumas páginas. Virar as páginas de uma revista é algo aparentemente fácil, certo? Mas quantas vezes na vida não sentimos dificuldade em virarmos algumas páginas? O interessante é que essa dificuldade aparece inclusive em momentos em que nossa vida se direciona para algo bom, em que as dificuldades já fazem parte do passado e o futuro nos reserva alegrias. Todo recomeço exige, antes, o fim de um ciclo. E todo fim exige um luto. Para que possa seguir o seu caminho de uma forma serena, eu quero compartilhar com você os cinco estágios do luto criados pela psiquiatra suíça Elisabeth Kübler-Ross. Eles não dizem respeito apenas à experiência de morte, mas ao fim de uma etapa importante. São eles: 1. Negação: diante do fim, tendemos a negá-lo. É uma das formas de se lidar com a dor da finitude, seja de uma situação, de um relacionamento ou da própria vida.

2. Raiva: nesta fase, a pessoa expressa raiva por aquilo que ocorreu. É possível sentir revolta, inveja e ressentimento. 3. Barganha: busca-se fazer algum tipo de acordo ou promessa para que as coisas possam voltar a ser como eram antes. 4. Depressão: é o momento em que acontece uma grande introspecção e necessidade de isolamento. Surge, então, um sentimento de grande perda. 5. Aceitação: neste estágio a pessoa já não experimenta o desespero e não nega sua realidade. As emoções não estão mais tão à flor da pele e a pessoa se prontifica a enfrentar a situação com consciência das suas possibilidades e limitações. A vida morre e renasce a cada dia. Relacionamentos terminam e outros começam. Empregos vêm e vão. Para que possamos receber o novo, precisamos nos desapegar do velho, então, eu te convido a viver o luto de tudo o que já não cabe mais na sua vida. Chore, fique triste,

passe por um, dois ou mais estágios, eu lhe peço que apenas não pare. Não se negue a aceitar o novo. Quando eu e você nos encontrarmos na próxima edição, já não seremos mais os mesmos. A pergunta é: em que queremos nos transformar?


ponto final Marcelo dos Santos Netto

JORNALISTA E ESCRITOR

Jalecos e muros n Eu havia prometido contar a história de Saulo, aquele meu antigo colega de cursinho. Ele estudava bastante para o vestibular de Medicina. Adorava dizer que sonhava em se tornar uma estrela da música, mas o pai dele explicou que as mulheres idolatram médicos. Foi por isso que decidiu trocar o violão para tentar passar em Psiquiatria. Encontrei-o há um mês. Era ainda o mesmo rapaz magro. Parecia orgulhoso do jaleco que vestia e do estetoscópio que levava no pescoço. Pausa para degustar um tabaco, sorriu para mim, os dentes amarelados e ainda tortos, como na época de cursinho. Deu uma baforada, meteu o maço no bolso, perguntou como eu ia. Não tenho muitas novidades, respondi; mas aposto que você tem muitas. Sem dúvida, sorriu. Venha, vou apresentar alguns pacientes. Saulo começou pelos que chamava de “mansos”. Os preferidos dele eram os “loucos por amor” e os “maníacos por grandeza”. Mostrou-me, também, os “furiosos”. Jurou-me que um deles havia produzido o arco de seu violino com o couro de sua mulher, que o havia traído em uma noite de sexta-feira santa. Isso me parece mais uma lição de literatura, sorri. Acho que o alienista de Machado de Assis foi o seu melhor professor: seu vocabulário é todo desse livro. Pois eu não gosto desse livro, Saulo respondeu. Machado de Assis

não entende a Psiquiatria. Ele ridiculariza nossa ciência. Não estamos prendendo ou classificando loucos. Ele entendeu tudo errado. Se não estão prendendo loucos, questionei, como explicar esse isolamento, esses enfermeiros, essas celas, esses muros de contenção? Na verdade, respondeu Saulo, esses muros não isolam os loucos, mas os protegem. É isso mesmo: os muros dão privacidade e mantêm distante o mundo de fora. Aqui, os loucos podem ser o que são e o que querem, sem sofrer com preconceito por viverem uma realidade que os outros não vivem. Como médicos, temos apenas de cuidar para que não se machuquem. É por isso que existem remédios e celas acolchoadas. A resposta de Saulo me surpreendeu. Estar cercado de muros pode ser uma forma de liberdade. Tudo depende de como iremos interpretar o lado de dentro e o lado de fora. E as garotas, Saulo?, não resisti em perguntar, lembrando de quando ele dizia que mulheres veneram médicos. Não tenho muito espaço para elas aqui, respondeu ele. Sim, posso imaginar, concordei. Preciso ir agora. Escreva sempre que puder. Sim, respondeu ele. Se eu escrever um artigo científico, aviso.

Fim do horário de visita. Confesso que iniciei com expectativas sombrias. Deixei o lugar muito mais aliviado. Os enfermeiros e os psiquiatras recolheram Saulo para o pátio. Não sei se reparou, mas eu apenas disse que Saulo vestia jaleco e estetoscópio. Quem afirmou ser médico foi ele mesmo. Os profissionais do manicômio, claro, não concordavam. Tudo bem. Entre eles, Saulo estaria seguro para ser o que quisesse, sem sofrer preconceito. Mesmo que as mulheres de fora não o venerassem por isso.


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HYPE end

n João Grillo Silva é daqueles fotógrafos despretensiosos que curtem registrar pores do sol e cenas do cotidiano. Melhor ainda: usa o próprio iPhone para fazer flagrantes como este belíssimo fim de tarde no bairro São Pedro, em Vitória. Produtor gráfico de rádio e tv na agência Danza e há pouco mais de um ano no Instagram (@joaogrillosilva), ele conta que começou a fotografar quando estava de férias em Fernando de Noronha e acabou contaminado pelo cenário paradisíaco da ilha.




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