Revista Hype 55

arte • cultura • comportamento • moda • beleza • decoração

O guitarrista

Andreas

Kisser

como você nunca viu

Heloisa Perissé quer mais

Aprenda a combinar

estampas,

papéis

cabelos e

dramáticos

maquiagem

Chinesa, Lam Suki

vive em Londres,

mas pensa em Vitória

primavera Jardim de

ISSN 2237-5589

9 772237 558005

00055

R$ 5,00 ano 9 • nº 55

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Editorial

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Editora Betty Feliz MTb 179 Colaboradores Alessandra Vargas Antônio Carlos Félix Ariani Caetano Barbara Hilsenbeck Camila Lenk Diego Sierra Ester Jacopetti Luis Taylor Marcelo Netto Redação Rua Prof. Sarmento, 41/Lj 01, Ed. Eller, Praia do Suá, Cep 29.052-370, Vitória, ES Telefax: 27 3225.6119 redacao@hypeonline.com.br Marketing / Tiago Feliz Martins Comercial 27 3225.0184 / 8144.0141 tiago@hypeonline.com.br

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Impressão

Gráfica GSA 27 3232.1266

Site www.hypeonline.com.br

CAPA A modelo Fabiana Testa, da agência Ragazzo MGMT, veste body Presidium.

Beleza por Aline Bretas e styling de Juliana Fernandes.

Foto de João Araújo.

Betty Feliz

CONSULTORIA EM COMUNICAÇÃO

A Revista Hype é uma publicação bimestral da Preview Editora Ltda. É proibida a reprodução total ou parcial de textos, fotos ou ilustrações, por qualquer meio, sem prévia autorização do editor.

Todos os direitos reservados.

Ainda é primavera... n Você que nos acompanha desde que lançamos a primeira edição sabe que Hype sempre foi uma revista voltada para a produção de conteúdos de qualidade. É que, além de um projeto gráfico antenado e de uma impressão de primeira linha - elogiados em todas as reuniões do nosso clube de leitores - buscamos ir além do prazer visual.

Perseguimos a qualidade do texto e a diversidade de conteúdos, porque queremos que, assim como nós, você que nos lê saia de cada edição com um gostinho de quero mais. É esta receita apetitosa que oferecemos nas próximas páginas. Primeiro, um papo com Heloísa Perissé. Depois de viver as emoções de Avenida Brasil ,na pele da divertida personagem Monalisa, a atriz, que ficou marcada pela comédia,fala de suas inspirações e diz que quer investir em papéis dramáticos.

Trazemos ainda nesta edição com perfume de primaveril duas personagens instigantes: o guitarrista brasileiro Andreas Kisser, da banda de havy metal Sepultura, e a restauratrice Lam Suki, uma chinesa com espírito capixaba radicada em Londres. Misturamos rock e gastronomia: quer prato mais caliente?

No entanto, para quem prefere um ritmo mais romântico, oferecemos Adele. Na seção Papo Surreal ela aparece bem humorada, provocativa e linda,como sempre, provando não estar nem aí para quem diz que ela é uma cantora inglesa gordinha e desbocada.

Trazemos também a cobertura da 5ª edição do Prêmio Hype, que movimentou a cidade e a cena fashion. Realizado na Oficina de Ideias Ana Paula Castro, o evento contou com a presença de gente moderna e antenada e alternou momentos de emoção e alegria, como convém a uma autêntica celebração.

Para não fugir ao nosso estilo, oferecemos ainda ótimas dicas de decoração, consumo, viagem, além de belas crônicas e as seções Som, Livros e Cinema, com os lançamentos e as boas da estação. hypeonline Às vésperas de completar 10 anos de vida n Acompanhe a e já nos preparando para produzir a última Hype também edição do ano - que circulará em dezembro na internet.

– queremos que você desfrute ao máximo da leitura deste número. Porque, afinal, ainda é primavera...

Divirta-se!

Betty Feliz

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n Confira no site o making of dos ensaios de beleza e de moda.

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Por e-mail Prestígio

n Fico satisfeito em saber que uma marca como a Hype, que engloba arte, cultura, comportamento, moda, beleza e decoração, nos prestigia.

Afinal, a Razões do Corpo está diretamente ligada a tudo isso.

Marcus Frizzera

Boa surpresa

n Sempre admirei o trabalho da designer Luisah Dantas. Mas fiquei surpresa, no bom sentido, em saber que ela também é boa com as palavras. Vou aguardar seu livro de poemas com ansiedade.

Joana Angélika Vieira

Trade turístico

n Li na coluna Tudo que temos uma revista de turismo no Espírito Santo. Fiquei muito feliz em saber disso. Como estudante da área, torço para que saiamos do ostracismo, melhorando em todos os sentidos.

Destino ES pode contribuir para isso.

Paulo Roberto Simão

No Facebook Amorim Mauro Amorim Parabéns Betty Feliz, Tiago e Rodolfo. A revista Hype é só happiness! Be happy sempre!

José Daher Hype sempre linda.

Primeiro eu curto cada detalhe do visual, depois leio. Parabéns, vocês são muito dedicados!

Deley Coelho Parabéns! A cada dia que passa a revista Hype ganha mais espaço no mercado publicitário.

Michel Minassa Junior Parabéns equipe Hype por mais esta realização de imensurável importância para nossa cidade, ou seja, o Prêmio Hype!

Marciana de Saturno E pensar que um dia já foi sonho. Bom, né? Que venham mais! Bjs e desejo de uma noite... hype a todos!

Sylvia Lis Cardoso Beleza de matérias!

Adorei!

No Twitter @Ava_Araujo Meu show pra diva do jazz Ella Fitzgerald é destaque na coluna de cultura da @revistahype - Amei! @_meudocedesejo Ganhamos!

O blog ganhou o prêmio da @revistahype na categoria

melhor cobertura blog do Vitoria Moda Show. @agenciaRagazzo Hernani Raga e Anne Volponi foram os recordistas do Vitória Moda Show 2012 e são destaque na edição #54 da @revistahype.

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sumário hype

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ENTREVISTA

Ela foi um dos destaques da extinta Avenida Brasil, telenovela que mobilizou o país. A divertida atriz Heloisa Perissé confirma sua fama de simpática e alto astral.

CIDADANIA

Detentos da unidade de Xuri ganham,com o projeto Equilibrium, a oportunidade de trabalhar e ganhar dinheiro, sonhando com dias melhores e a vida fora da prisão.

camarim

A nova seção traz novidades. Assinada por Aline Bretas e Juliana Fernandes, as duas experts em beleza e styling ensinam a misturar estampas e maquiagem sem medo de errar.

PERSONAGEM

Guitarrista da famosa banda Sepultura, Andreas Kisser revela-se um músico apaixonada pela profissão,mas também um marido e um pai de família de fazer Inveja.

PAPO SURREAL

Ela acaba de ter seu primeiro filho e é uma das mais belas e promissoras cantoras internacionais. A inglesa Adele, uma gordinha assumida com seu corpo, é desbocada e feliz.

ENSAIO

Além das semanas de moda, também o ensaio de Hype antecipa o verão 2013, com looks de sete marcas capixabas. Delicie-se e inspire-se com as produções.

VIAJANDO.COM

Gestora da TAM, Clarice Coutinho é daquelas pessoas que todos invejam: conhece meio mundo. Ela não se furtou, no entanto, a nos servir de guia e a nos dar ótimas dicas.

CASA

Design e mobiliários funcionais fazem toda a diferença na decoração. Veja nossas dicas de artigos para provocar olhares admirados dos amigos e convidados.

ZOOM

Lam Suki viveu aqui durante muitos anos, até mudar-se para Londres, onde fixou residência e, há uma década, é sócia do restaurante Canela, sucesso no Covent Garden.

www.konyk.com.br

PRÊMIO HYPE: Melhor desle e melhor coleção masculina.

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entrevista hype HELOÍSA PÉRISSÉ

Aos 46 anos de idade, a atriz que viveu a divertida e suburbana Monalisa na novela Avenida Brasil, revela que o segredo da vida está em desfrutar os bons momentos. Nesta entrevista, sempre bem humorada, ela diz não ter problema com a idade e que é o olhar - e não a plástica – que “entrega tudo”. Heloísa PÉRISSÉ fala de sua personagem adolescente Tati, que fez sucesso na TV e acabou virando filme

Desconfio

muito

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Ester Jacopetti

n Carioca, com a adolescência vivida na Bahia, Heloísa Périssé iniciou sua carreira como atriz no programa Você Decide, da TV Globo. Depois, também trabalhou, atuando e como roteirista, nos humorísticos Escolinha do Professor Raimundo, Sai de Baixo e Zorra Total.

Ao lado da amiga Ingrid Guimarães, fez Sob Nova Direção e escreveu, produziu e atuou por 10 anos na peça Cócegas, sucesso de público em todas as cidades pelas quais passou e cujas apresentações foram “pausadas” no final do ano passado, em Vitória, por causa dos projetos que as duas tocariam neste ano. O de Heloísa foi um novo desafio: atuar, pela primeira vez, em uma novela. Em Avenida Bra-

das pessoas

terística nossa. Você pode ser um médico engraçado, por exemplo... É claro que quando me viram, me acharam engraçada. Mas, na minha cabeça, também já tinha o desejo de fazer outras coisas.

E se eu tivesse começado pelo drama, também gostaria de fazer comédia.

A Monalisa foi uma mãe que ficava no pé o tempo todo.

Você é assim na vida real? n A Monalisa jogou naquele filho toda sua frustração de amor. Aquela criança representou muito para ela. E acho isso muito preocupante porque, com o amor que ela tinha ao salão – e ela era uma pessoa bem sucedida profis-

arrumadas sil ela viveu Monalisa, , uma cabeleireira engraçada e, ao mesmo tempo, dramática, inaugurando um novo tipo de personagem em sua carreira.

Paralelamente à novela, lançou, recentemente, o filme O Diário de Tati, gravado há seis anos e que traz a história da adolescente Tati, personagem que Heloísa criou e interpretou na Escolinha, em um quadro do Fantástico e também em Cócegas. Obstinada, do tipo que quer fazer tudo o tempo todo, ela deseja ainda uma personagem dramática e quer viver muito bem os anos que virão pela frente.

Em Avenida Brasil sua personagem foi, em alguns momentos, bem dramática. Você tem vontade de continuar nessa linha? n Tenho, eu sou uma gulosa (risos).

Quando me perguntam, eu digo que quero de tudo. Sou difícil de escolher.

Entrei pela comédia porque é uma característica minha. O humor é uma carac-

sionalmente –, ela não deveria canalizar tanto para o filho. Acho que Monalisa jogou uma carga grande para cima dele. E já me perguntaram sobre aquela cena em que me joguei em frente ao carro, sobre como eu reagiria no dia em que minhas filhas saíssem de casa. A Luísa, minha filha, apesar de ter vergonha de mim, fala que pretende morar comigo até os 100 anos (risos). Vamos ver, estou contando com isso.

Você já comentou que é uma pessoa tímida... Como assim? n Sou! Eu não sou tímida no grau 10, tipo um amigo meu que nem conseguia deixar recado em secretária eletrônica e, quando dava o BIP, só falava “Hélio”. Mas eu sou tímida de, por exemplo, quando não conheço ninguém, ficar na minha. Se eu vou a uma conferência, eu nunca pergunto nada. Tenho esse tipo de timidez.

Você também já disse que é amiga do tempo e se colocou na categoria de “mulher vinho”. Qual é o segredo? n As pessoas se preocupam muito com o exterior, quando o que interessa mesmo vem do coração. Não que eu não me cuide. Claro que me cuido, e adoro. Mas não adianta só esticar aqui, puxar ali. Existe uma coisa que te entrega, e não dá para fazer nada, que é o olhar... O olhar de uma mulher de 40 não é o olhar de uma de 30, 20 ou 60. O segredo é viver bem a fase que a vida está te oferecendo. Eu não tenho vontade nenhuma de reter o tempo, ou que ele volte. É daqui para a glória de Deus, se Deus quiser!

Como você cuida da sua alimentação?

Você é regrada ou é tranquila? n Eu procuro comer bem, mas, às vezes, enfio o pé na jaca mesmo. Tudo depende da fase.

E os doces? Que lugar eles estão ocupando na sua vida? n Estou bem mais tranquila, mas de vez em quando ainda me traio.

Você tem um prato predileto? n Caruru e vatapá, comida baiana em especial.

Você é o tipo de mulher muito vaidosa, que quer sempre estar bem arrumada? n Não! Desconfio muito das pessoas que estão sempre impecavelmente arrumadas... Para onde será que elas não querem que eu olhe?

Recentemente, você lançou o filme O Diário de Tati. Como surgiu essa personagem? n Eu era casada com o Luigi de Paula, e ele tem uma filha chamada Paulinha, que na época tinha 14 anos. Nós éramos muito amigas, embora ela fosse novinha.

Eu tinha 30, mas com idade mental de 12 (risos). Então, a gente conseguia se en-

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entrevista hype

tender muito bem. Ela me contava todas to com Cócegas no teatro. Foi tudo junas histórias da escola dela, e eu achava to e, de repente, o personagem começou aquilo hilário. Quando o Chico Anysio foi a crescer. E a peça que aconteceu no Rio morar nos Estados Unidos e nos chamou também teve uma crítica maravilhosa. para irmos junto com ele, fizemos um jantar de despedida num restaurante A Tati é uma personagem japonês. Convidamos a Mônica Martelli antiga nas questões atuais dos e a Ingrid Guimarães. Estávamos come- adolescentes, e hoje a Paulinha já morando, saquê para um lado, saquê é uma mulher. Você enxerga a Tati para o outro. E quando acabou o jantar, nas suas filhas? comentei que havia esn A Paulinha hoje é uma crito um texto. Pediram mulher, mas eu tenho uma para eu ler. Quando terTati em casa, que é Ana minei, eles estavam rinLuísa, que na época tinha do muito. Naquele moum ano. Se eu te disser mento, não sabia se esque não vejo diferença tavam rindo por causa nenhuma, você vai dizer Eu procuro do saquê ou do texto que não é possível. É claro comer mesmo (risos)... que na época não existia

bem, mas, às vezes, enfio o pé na jaca mesmo.

Tudo depende da fase

E o que aconteceu depois...? n Anos se passaram, e voltei para o Brasil.

Eu e Ingrid estávamos montando Cócegas e ela pediu para eu colocar a adolescente. Coloquei a Tati e foi engraçado, porque quando a peça estreou, a programação da Globo mudou. A Escolinha, que passava à noite, passou para a tarde. E eu não queria ir com a viúva, que era uma personagem que usava um véu baixo e quando o levantava virava uma louca, mas o Chico amava esse personagem. Aconteceu um almoço em família e eu falei para o Chico que gostaria de mudar de personagem. Ele não queria, porque achava a viúva ótima. O Bruno [Mazzeo] me mandou fazer o personagem para ele na hora. Aí eu comecei: ‘Tipo assim, quem foi Pedro Álvares Cabral? Tipo assim, é um cara que descobriu o Brasil, é um moleque que mandava muito. Caraca, fala sério, o cara mandava muito’ (risos)... Aí ele falou para mim: "Faz essa".

A Tati foi para a Escolinha em 2001 jun-

Facebook. Se eu comentar, ela vai dizer "não comente meu Facebook" (risos).

Outro dia, eu falei para ela que estava tentando mandar umas mensagens, e ela me disse que havia me bloqueado (risos). A forma das coisas realmente muda, mas a essência é a mesma em qualquer lugar do mundo.

Você pode observar as adolescentes do Japão, dos Estados Unidos. Eu não tenho essa preocupação, porque o adolescente não interessa. É uma fase da vida. É como você ficar mais velho. E isso é uma característica da idade. O filme fala sobre isso, de coisas que são eternas, sobre relacionamento com a mãe, o primeiro amor, os questionamentos, a espinha e por aí vai...

Você acha que sua personagem dialoga tanto com as mães, quanto com as adolescentes? n Acho que dialoga mais com as mães, sabia?! Um dia eu recebi um e-mail lá na Globo. ‘A Heloísa Perissé não é uma adolescente’. Eu sei (risos)! Não estou

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tomando nada não, nem ficando louca.

Eu tenho consciência do que sou (risos).

Pelo contrário, sou uma pessoa que não tem problema de idade. Eu cheguei bem na idade que eu queria e tudo na vida aconteceu no tempo certo. Não quero retardar o tempo. Eu não tenho isso e não queroaparecercomoumapessoamaisnova ou que force uma barra. É um personagem.

A personagem circulou pelo teatro, televisão e, agora, cinema. Para você, quais foram os desafios para a adaptação no cinema? n Um livro não é um filme, que não é um teatro... Chegaram a perguntar para mim por que no cinema a linguagem é muito realista. Até perguntaram se eu não queria passar isso para outra adolescente. Até poderia ser interessante, mas o engraçado da Tati é justamente não ser uma adolescente. É um personagem que não tem uma idade precisa. Por isso, nós resolvemos brincar. É lúdico e é uma história que não tem esse compromisso. É um filme tipo Grease. John Travolta e Olívia Newton não eram adolescentes. Mas foi decidido que seriam, e foi o que foi.

Na hora de passar isso para o cinema vocês consideraram outra abordagem? n Nós tivemos um milhão de ideias, mas achamos melhor fazer a história do filme. É um filme com uma historinha de amor e com os conflitos de adolescentes. Nós optamos por essa linha de comédia, de brincadeira. Nada de levantar bandeira ou de fazer a Tati mais velha. Já me perguntaram se eu faria a Tati mais velha...

Acho que não dessa forma, talvez fizesse a Tati mulher com uma filha. Isso seria uma brincadeira. Mas acho que a brincadeira é justamente a personagem.

Quando você era adolescente era como a Tati? n Muito! Nessa época, eu morava na

Bahia e fui uma adolescente com todas as letras maiúsculas. Mas eu também fui uma adolescente muito feliz. Não fui aquela adolescente mocinha sabe?! Fiquei assim quando tinha uns 17 anos. Até então eu era muito moleca.

O filme foi rodado há seis anos e as pessoas que gostavam de Tati já são mais velhas. Como você fez para continuar conquistando essas pessoas e conquistar novas? n As coisas acontecem quando tem que ser. A gente às vezes é tão presa à crono-

Não quero retardar o tempo(...) aparecer como uma pessoa mais nova ou que force uma barra

logia. Existem coisas que transcendem, não há uma regra, nem tudo é tão lógico. Às vezes, na vida, acontece até a lei da Matemática. Tem uma hora que azarão ganha a corrida. A criança pode não conhecer a personagem, mas a mãe conhece. E se Deus quiser, a criança vai gostar.

Você já tem projetos engatilhados? n Tem um filme chamado Dia dos Namorados. Eu recebi o convite e parece ser uma história bem legal, com direção do Roberto Santucci e roteiro de Paulo Curcino, que foi quem fez o roteiro de O Diário de Tati. É um filme que tem comédia, mas tem romance também, é uma história bem bonitinha.

Sobre o elenco eu ainda não sei. Só me mandaram o esqueleto, ainda falta o roteiro e depois vamos ver como vai se processar.

Você ajudou no roteiro de O Diário de Tati e já escreveu outros.

Como é essa experiência? n A primeira coisa que escrevi na minha vida foi um roteiro. Domingos de Oliveira e Joaquim Assis, cineastas que na época leram meus roteiros, disseram "você tem uma história". Eu não tinha uma técnica, mas com o tempo fui aprendendo o que era uma rubrica, a indicação do personagem, o que ele estava dizendo. Eu amo escrever! Talvez no futuro faça só isso.

E o roteiro da Tati foi assim. E entrei na Globo como roteirista e já tinha escrito para vários programas. Adoro escrever e até estou pensando num roteiro novo...

O que você pode adiantar sobre ele? n Estou esquematizando dois! Um não tem nada de comédia, é um drama. O outro é baseado em uma peça minha. Não sei se vou protagonizar, mas, provavelmente, vou gosta de participar.

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Cidadania hype

Artesanato da dignidade Ariani Caetano

n Sabe aquelas lonas publicitárias que vemos penduradas todos os dias no ir e vir de qualquer cidade? Depois do seu tempo de exibição, elas parecem não ter serventia, certo? Errado. Na contramão do descarte de material como esse, o Projeto Equilibrium transforma esse suposto lixo em matéria-prima de cidadania.

Surgido há quatro anos, o projeto objetiva oportunizar capacitação profissional e geração de trabalho e renda para detentos.

Inicialmente colocado em prática na Penitenciária Feminina de Tucum, foi transferido para a unidade de detenção de Xuri, onde 26 homens participam da Oficina Equilibrium, que fabrica artefatos manufaturados e artesanais a partir de lona publicitária.

A idealizadora e coordenadora do projeto, a artista plástica Mikka Wentz, explica que tudo começou a partir de seu questionamento sobre o que é feito dessas lonas. “Trabalhava com um projeto ensinando mulhe-

Projeto capacita e emprega detentos da unidade de Xuri. Além de oportunizar trabalho e renda, Equilibrium abre perspectivas para uma vida melhor fora da prisão

res a costurar. Como não tínhamos retalhos suficientes, experimentei usar a lona. Isso não é novidade, mas o grande gargalo é a comercialização dos produtos feitos a partir dessa matéria-prima”, explica.

Das mulheres costureiras à penitenciária feminina foi só o tempo de Mikka levar à Secretaria de Estado da Justiça um projeto, em parceria com a empresa de mídia Maely, que garante até hoje o fornecimento das lonas.

Há um ano no presídio de Xuri, o projeto capacita o detento para o trabalho. Os que se destacam e se interessam integram a Oficina Equilibrium, de produção de brindes corporativos. São cerca de 60 itens fabricados, entre bolsas, capas para laptop, nécessaires e estojos de lápis. A cada três dias trabalhados, o preso elimina um de sua pena. Além disso, todo o lucro obtido no mês é repartido igualmente entre os artesãos.

“O maior resgate que promovemos é o contato com a família, pois ela passa a acreditar no preso como

homem produtivo. Eles também se sentem motivados com a oficina, e isso ajuda a diminuir a tensão do confinamento”, conta Mikka.

Segundo a artista plástica, a proposta agora é que as empresas produtoras e usuárias de lonas publicitárias não só as doem para a Oficina Equilibrium, como também as recomprem, em forma de brindes. “Assim, além de por em prática a consciência ambiental, essas empresas assumem seu papel social, oportunizando ao preso a chance de retornar à sociedade de forma mais digna, conhecendo uma profissão”, conta Mikka.

Em 2011, a Oficina Equilibrium desenvolveu para a Casa Cor Espírito Santo a coleção Ícones Capixabas, com estampas alusivas a elementos típicos do Estado. Neste ano, a oficina também esteve presente na mostra, com peças feitas das sobras das lonas. Além disso, o projeto conquistou o Prêmio Sebrae Top 100, que contempla os 100 projetos de artesanato com a melhor gestão produtiva.

narciso hype

Cores e aromas 16

A estação mais florida do ano antecipa lançamentos que vão fazer a sua cabeça e a de sua cara metade.

Por isso, estas novidades merecem estar na sua nécessaire

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03 01 O quarteto de sombras é ótimo para levar na bolsa. O da Dailus Color vem em 12 combinações de cores.

02 Cheio de cor e vida, os batons e sombras da Koloss são capazes de dar um colorido especial a qualquer produção.

03 Para elas, Golden; para eles, Musk, as novas fragrância da Fiorucci.

04 A linha Candy Girl, da Yes!, é doce, romântica e sensual. Os hidratantes corporais vêm nas versões Lollipop, Cupcake e Algodão Doce.

05 Cílios mais volumosos e alongados. É isso o que promete a Máscara Primer Incolor para Cílios, da Mary Kay, com efeito dois em um (primer e máscara incolor).

06 Para proteger os petits, a La RochePosay lançou o Anthelios Dermo Pediatrics com fator de proteção 60.

07 A Base Líquida Facial Segunda Pele, da Contém 1g, vem com fator de proteção 20.

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PROMOÇÃO MAKE B. MIAMI SUNSET. A CADA R$ 140,00 EM PRODUTOS O BOTICÁRIO, VOCÊ LEVA UM KIT E CONCORRE A UMA VIAGEM PARA MIAMI. SERÃO 35 SORTEADOS.

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camarim hype

aline bretas e juliana fernandes

www.trendfashionlab.com.br

Desde o verão passado, a mistura de estampas vem sendo um tema muito explorado, mas pouco resolvido. Por isso, decidimos elucidar de vez o enigma, já que no próximo verão este mix estará super em alta. Aprenda com a gente a misturar estampas e harmonizá-las com cabelo, maquiagem, unhas e acessórios

Modelo: Luanna Cruz (Ragazzo Model Management) Fotos: Juliana Brandão

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sem medo Misture

Combinando cores n É a forma mais fácil de misturar as estampas. O segredo é escolher aquelas que tenham cores em comum. Exemplo: tons terrosos tanto na blusa, quanto na saia.

Estampas parecidas n A dica é escolher duas peças de cores diferentes, mas com motivos parecidos ou de mesmo tema, como listras azuis e listras vermelhas, étnicas ou florais de diversos tamanhos.

Estampas da estação n Aproveite os hits e abuse de todas ao mesmo tempo, misturando o étnico com a estampa de lenço.

Acessórios n Os metalizados são tendência deste verão e ficam ótimos com as estampas porque, apesar da textura, podemos abusar dos tons neutros, como dourado, cobre e prata. Não tenha medo de usar um brinco poderoso, mas evite combiná-lo com maxi colares coloridos. Além de ficar over, ele pode se perder no meio de muita informação.

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Beauty n Um make neutro é uma boa escolha quando se usa muitas estampas. Isso não quer dizer que você não possa usar maquiagem, mas sim que deve optar pelos tons neutros e nudes. Nesta produção, realçamos os cílios com muito rimel e postiços apenas nos cantos externos, para um look natural, mas sofisticado. Na sombra, trabalhamos o jogo de iluminação cla-

ro/escuro para ressaltar o olhar. Para completar, blush suave e batom em tom terroso, combinando com a estampa.

Nesta nossa estreia, usamos os seguintes produtos: 01 Paint Peintures: neutraliza a cor da pálpebra com uma cor suave e opaca e deixa a sombra durar por horas a fio sem acumular no côncavo do olho!

02 Cílios postiços de tufinhos: levantam o olhar quando aplicados

somente nos cantos externos, garantindo um efeito natural e fácil manuseio.

03 Carmex: um super hidratante labial que recupera instantaneamente os lábios.

Cabelos n O coque está com tudo. Super em alta, ele continuará brilhando no verão porque é prático e fácil de fazer, especialmente com a aplicação dos dunut’s, que ajudam a dar forma e volume em apenas cinco minutos!

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divã hype Antônio Carlos Félix das Neves

Psicólogo, psicanalista e professor

antonic@terra.com.br

EU TENHO QUE GOZAR! n Devo esclarecer, de imediato, que não devemos confundir gozo com orgasmo, mesmo que possam existir relações entre eles. O gozo implica uma satisfação a mais, que não serve para nada. Por exemplo, quando comemos a mais – o tal olho grande –, somos castigados por um sentimento masoquista, que a todo tempo nos faz lembrar o excesso cometido, o prazer transgredido, intensificando nosso arrependimento.

Goza! Mais um pouquinho! E assim vamos atendendo, sem vontade, a uma vontade maior que nos obriga a cumprir essa ordem sem limite. Quando indagamos aos pacientes o que faz com que eles se submetam a essa ordem, nos dizem que não sabem, como se fosse um comando autônomo, sem sentido, que devem cumprir – tenho que! –, não lhes restando alternativa.

O que é paradoxal nisso tudo é o fato de que, nessa obediência cega, obtemos um gozo acompanhado de sofrimento – é ruim, mas é bom – que nos traz um desprazer a mais.

Não é raro pessoas experimentarem uma sensação de que não fazem mais do que a obrigação, como se os seus afazeres nunca estivessem à altura dessa ordem exigente, o que torna a vida sem graça, pois façam o que fizerem – e como se

esmeram em fazer bem feito! –, nunca é mais do que obrigação.

Nossa sociedade compactua com essa ordem quando nos incita a consumir compulsivamente os objetos produzidos: “Financie o seu desejo”, me dizia a voz impessoal de uma ligação em espera... Financie em vezes, pensei!

Alienados a essa ordem, não resistimos: lembram-se daquela preguiça ou daquele sono constante? Da hiperatividade daquela criança? Da agressividade gratuita? Dos fracassos inexplicáveis? Das automutilações? Pois é, nos encontramos aí servindo à ordem categórica, aquilo que Freud nomeou de superego tirânico.

Essa ordem nos impele a uma busca desenfreada de um gozo absoluto, mortífero, que insistimos em querer acreditar, daí nosso sofrimento. E como só podemos fracassar nesse caminho, responsabilizamos o parceiro, as condições de trabalho, o destino, enfim, o outro, pelo insucesso de

não obtermos a esperada satisfação, ignorando assim que a impossibilidade é uma questão estrutural, um limite que nos diz que não podemos de tudo gozar.

Essa impossibilidade que se impõe – não se pode gozar de tudo – permite outro gozo, agora possível, aquele que no filme A Lenda do Pianista do Mar o pianista vislumbrou a partir de certo limite: “O piano, por exemplo, as teclas começam e as teclas terminam. Sabe-se que são 88 teclas e ninguém pode negar. Não são infinitas. Você é infinito. E, naquelas teclas, a música que tocar é infinita.

Expressei minha felicidade num piano que não é infinito. “ Ponto!

Saúde

Lilia Mameri El Aouar

hypeonline.com.br

Cardiologista e ecocardiografista

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Cuide-se bem:

seu coração agradece Há algumas décadas, admitia-se que a doença arterial coronariana (DAC) acometia os homens e que raramente se manifestava na mulher. Atualmente, sabe-se que a DAC tornou - se a principal causa de morte entre o sexo feminino do mundo ocidental, matando mais que o câncer de útero e de mama e problemas decorrentes do parto 1,3 bilhão de pessoas fumam: 47% são do sexo masculino e 12% são do sexo feminino. No Brasil, pesquisa recente do Ministério da Saúde, indica que 18,8% da população brasileira é fumante (22,7% dos homens e 16% das mulheres).

Abstinência do fumo diminui em 33% a incidência da doença cardiovascular.

Obesidade - Segundo a OMS, é um dos grandes problemas mundiais: mais de 2 bilhões de pessoas tem excesso de peso e 400 milhões são obesas. A obesidade é considerada doença crônica multifatorial e também fator de risco para várias doenças crônicas, como infarto, hipertensão e diabetes. Hábitos alimentares inadequados, sedentarismo e a genética são os fatores que mais contribuem para a obesidade. Seu controle diminui em 46% a incidência de doença cardiovascular.

Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) - A hipertensão arterial explica 40% das mortes por acidente vascular cerebral e 25% daquelas por doença coronariana. É uma doença crônica degenerativa de etiologia multifatorial que compromete os vasos do organismo, determinando alteração no tônus vasomotor, favorecendo a vasoconstrição e aumentando a pressão arterial.

Dislipidemias – É o aumento dos lipí-

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n No Brasil ocorrem 300 mil infartos por ano, aproximadamente um infarto a cada 90 segundos. De cada 10 óbitos, quatro são mulheres. A explicação talvez esteja na mudança do padrão de vida. Além das responsabilidades tradicionais com a casa, filhos, marido e parentes idosos, as mulheres adquiriram responsabilidades "de homem", como trabalho fora do lar e necessidades de complementar o salário do marido nas despesas da família.

Ao mesmo tempo, as mulheres também adquiriram hábitos masculinos: dietas irregulares e sem restrição de gorduras e carboidratos, fumo, álcool, falta de atividade física regular e de repouso adequado.

Como consequência, as mulheres passaram a apresentar múltiplos fatores de risco para a doença cardiovascular, tais como obesidade, hipertensão arterial, dislipidemia, tabagismo e estresse emocional.

Um aspecto a ser ressaltado é que, quando a doença cardiovascular se torna clinicamente manifesta na mulher, em geral 10 anos após a menopausa, ela coexiste com várias outras doenças, o que torna o seu prognóstico mais desfavorável.

Fumo - É uma das principais causas de morte evitável hoje no planeta. 1/3 da população mundial adulta – cerca de

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dios (gordura) no sangue, principalmente do colesterol e dos triglicerídeos. Este aumento pode causar obstrução parcial ou total das várias artérias do organismo, como as coronárias e as artérias cerebrais, causando infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral.

Diabetes Mellitus – É quando o pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina.

Sabe-se que a doença cardiovascular é responsável por 30% das mortes no Brasil e no mundo. Mas pode-se prever a maior parte dos casos de doença cardiovascular e assim evitá-las. A prevenção deve começar na infância, estimulando o controle emocional, saber dizer não, se aceitar como é, saber doar, ser positivo e feliz. Estimular nas crianças a prática de esporte e da boa alimentação.

E muito difícil mudar o adulto, mas não é impossível. Todos devem tomar conhecimento dos fatores de risco cardiovascular - tabagismo, sedentarismo, obesidade, stress emocional, álcool em excesso - e evitá-los. Além disso, tratar as doenças já instaladas, como o diabetes, a hipertensão arterial e as dislipidemias. Controlando os fatores de risco podemos prevenir 80% dos infartos agudos do miocárdio e dos acidentes vasculares cerebrais.

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personagem hype ANDREAS KISSER Quando você ouve falar em Sepultura e heavy metal, qual é a primeira associação que faz?Qualquer que seja sua ideia, ela está longe de refletir o jeito e o estilo de vida do célebre guitarrista da famosa banda, que iniciou sua vida musical aos 10 anos. Aos 40, completados no mesmo dia de agosto quando foi homenageado com o “tijolinho” da fama na Mathew Street,em Liverpool, Inglaterra, Andreas Kisser é o protótipo do cara tranquilo, pai de família e marido amoroso

Um roqueiro

Betty Feliz

n A conversa com este torcedor fanático do São Paulo, casado com Patricia Perissinotto e pai de Giulia, Yohan e Enzo foi ensaiada ainda em Liverpool, mas terminou somente um pouco antes da apresentação recente de Andreas no palco do Teatro do Sesi, dentro do Projeto Sócio de Carteirinha, ao lado da Banda Club Big Beatles. Foi um papo leve, mas que revela o estilo low profile do guitarrista. Vale a pena conferir.

Quando foi que você disse a si mesmo: é de música que quero viver? n Difícil dizer... Comecei a tocar cedo, primeiro o violão e logo depois a guitarra.

Aprendi rápido e logo já formava a primeira banda na escola, no primeiro colegial.

Acho que a partir dali eu já queria seguir carreira, mesmo porque não tinha a mínima ideia do que fazer na faculdade. Mas o negócio se tornou sério mesmo quando

entrei no Sepultura e me mudei para Belo Horizonte, em 1987. Ali, sim, as coisas começaram a acontecer e foi quando me dediquei inteiramente à música.

O que você gosta de ouvir quando está em casa, relaxando? n Nada! Eu toco muito, toco mais do que escuto. Em casa, gosto de tocar violão erudito. É uma coisa que eu estudo há muito tempo e que amo fazer. Gostaria de ter mais tempo para estudar violão. Fora a música, gosto de ficar em casa com os meus filhos, jogando videogame, assistindo a um filme ou... fazendo nada mesmo!

Você tem uma bela família e uma mulher bem cúmplice. E parece ser muito zen. Não é bem a ideia que as pessoas fariam, a priori, de um guitarrista do Sepultura...

Quem é Andreas, afinal? n É tudo isso. Sou tranquilo mesmo e esse contraste é que ajuda a ter a família que tenho em casa e a agressividade saudável do palco, quando me apresento com o Sepultura. É o equilíbrio que faz as coisas acontecerem. A vida na estrada é difícil, muitas viagens, muitas vezes dormindo e comendo mal... De vez em quando, nem banho dá para tomar, é muita correria, é outro mundo, com outras características.

Quando chego em casa é para resgatar a “pessoa” Andreas, recarregar as energias e curtir a família. Sossego total.

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Quanto tempo você costuma passar com sua mulher e seus filhos, anualmente? n Eu viajo muito, fico uns cinco a sete meses viajando e tocando. Claro que não é todo esse tempo direto, mas é difícil.

Por isso, preso tanto o meu tempo em casa.

De vez em quando, eles me acompanham em algumas viagens.

Para onde costuma viajar, de férias – se é que você viaja nas férias? n Eu vou para as praias curtir o final do ano. Também vamos à Disney, que as crianças adoram, mas eu prefiro mesmo é ficar no Brasil, na praia, morgando... De vez em quando, a minha esposa vai junto e curtimos algum tempo entre turnês em países interessantes, como Índia, Havaí, África do Sul, França, Inglaterra... Em novembro, vamos para a Malásia e a Indonésia. Assim, dá para fazer o trabalho e namorar um pouco em lugares muito exóticos.

Se um de seus filhos lhe dissesse que gostaria de ser músico profissional, de buscar uma carreira internacional como a sua, o que diria a ele? n Isso já está acontecendo. Meu filho do meio, de 15 anos, o Yohan, já está

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personagem hype n "A vida na estrada é difícil, muitas viagens, muitas vezes dormindo e comendo mal"

tocando guitarra, e muito bem por sinal, leva jeito para a coisa. Ele foi comigo em uma parte do tour pela Europa, há alguns meses, e curtiu muito. Com certeza, é o caminho que ele quer seguir. Ele é muito dedicado e está evoluindo rápido na guitarra. Eu dou todo o apoio porque ele mostra talento e disposição para isso. Não é somente porque sou músico, mas principalmente pelas próprias características do Yohan.

E se fosse sua filha? n Se fosse a minha filha, coisa que não vai acontecer porque ela é muito tímida para o palco, eu também a apoiaria, com certeza, se ela mostrasse vontade e dedicação.

Você esteve em Vitória no ano passado, se apresentando com a Banda Clube Big Beatles, e acaba de repetir a dose no Projeto Sócio de Carteirinha. O que o atraiu nesse projeto? n Gostei muito de ter participado do projeto e fiquei surpreso com a qualidade e a dedicação da banda em representar as músicas dos Beatles. Uma coisa que eu curto muito são as ideias originais do Edu (Henning, líder do grupo). Ele é muito criativo e agita a plateia com cartazes e outros adereços. É uma interpretação livre,

mas com muito respeito à história e a curtição é garantida. Eu me sinto em casa tocando com eles.

E como foi participar, também pela segunda vez, da turnê a Liverpool, durante a Beatleweek, junto da banda capixaba, e ter seu nome inscrito no tijolinho e na parede da fama da Mathew Street? n Foi algo espetacular! A primeira vez foi fantástica, eu estava até mais tenso porque não sabia muito o que esperar, mas dessa vez estava mais tranquilo e pude curtir mais. O tijolo foi algo surreal, uma coisa que nunca tinha imaginado, nem em sonhos. Tenho que agradecer muito à Banda Clube Big Beatles pela sugestão do meu nome para a parede, pela participação no festival no ano passado, pela importância do Big Beatles no festival e pela minha história de mais de 20 anos representando o Brasil com o Sepultura. Foi um dia inesquecível, também por ter sido meu aniversário de 44 anos. Realmente, nada é impossível...

Mas, afinal, o quanto você curte os Beatles? n Eu gosto dos Beatles, mas nunca fui um beatlemaníaco. Conheço bem as músicas e a história da banda, mas não sou um fanático. Ainda aprendo muito com eles.

Vamos brincar um pouco com hipóteses: se tivesse que viver em uma ilha deserta e só pudesse levar três coisas, quais seriam elas? n Só precisaria de uma coisa: minha família! Tá, e um violão também...

E se sua casa estivesse pegando fogo, qual a primeira coisa que salvaria? n Minha mulher e os filhos, é claro! De material, salvaria o meu telefone. O que seria de nós sem a internet?

Quando foi a última vez que você chorou? n Não lembro, choro muito pouco... Acho que já chorei muito do que tinha que chorar na vida durante a minha infância. Eu era muito chorão!

E o que o faz dar boas gargalhadas? n Uma conversa com a família num domingão, falando das crianças, principalmente as mais novas, que dizem coisas incríveis.

O que o tira do sério? n Hipocrisia, injustiça e ignorância.

Qual é a sua maior vaidade? n Não sei... Meu cabelo comprido?

A origem de uma boa surpresa.

Obrigado ao juri do Prêmio Hype 2012 pela conquista do troféu Revelação, Na 5ª edição do Vitória Moda Show.

E obrigado a você, cliente, que sempre prestigiou a Origens.

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Talentosa papo Surreal

adele

e atrevida Ao contrário das jovens celebridades que apostam na superexposição, ela adota um estilo de vida reservado e quem se atreve a atravessar a fronteira, invadindo sua privacidade, pode ser recebido com aquele famoso gesto com os dedos. Foi o que ocorreu recentemente, em Londres: irritada com paparazzi que tiravam fotos dela com seu novo namorado – e pai de seu filho –, Simon Konechi, Adele ergueu o dedo do meio para os fotógrafos. n Enquanto a maioria das estrelas do showbiz vive obcecada por manter a forma (e a magreza), Adele Laurie Blue Adkins esbanja curvas opulentas, encarna, sem fazer disso um espetáculo, o perfil da “gordinha sexy” e assume que gosta de comer e cozinhar: sua especialidade são os cupcakes.

A cantora, filha única de mãe (Penny Adkins) solteira – seu pai, Mark Evans, a abandonou antes de nascer –, começou a apresentar-se aos quatro anos de idade. Fumante convicta, Adele, apesar de não fazer o gênero espetaculoso, ficou famosa por beber nos camarins e falar muitos e pesados palavrões.

Dona de um belo rosto e uma linda voz, marcada por grande extensão vocal, seu tom, considerado contralto, é feminino envolvente e, ao mesmo tempo, grave e sombrio. O fato é que a moça é fenômeno de vendas cantando músicas que falam sobre fim de relacionamentos: tanto 19 quanto 21, discos de grande de sucesso, são baseados no término de um namoro.

Por isso mesmo, Adele consegue fazer muito marmanjo chorar ao som, por exemplo, de Someone Like You, um de seus hits.

Durante a premiação do Grammy Awards de 2012, a cantora ganhou seis prêmios, vencendo em todas as categorias em que foi indicada: Melhor Gravação do Ano (Rolling in the Deep), Álbum do Ano (21), Música do Ano (Rolling In the Deep), Melhor Performance Solo Pop (Someone Like You), Melhor Álbum Pop (21) e Melhor vídeo musical – versão curta (Rolling In the Deep).

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Hype adora Adele e, por isso mesmo, a elegeu para ser protagonista desta hipotética entrevista, onde sempre misturamos realidade e ficção.

Você é filha única e foi criada sem a presença do pai. O quanto isso influenciou na sua formação? n A gente aprende com a vida. Agora que sou mãe, vejo o quanto um pai faz diferença. Mas um pai presente, porque se é para ser ausente como o meu, melhor apostar na mãe.

Sua mãe a incentivou a cantar? n Minha mãe é minha maior fã. Sim, ela me incentivou desde cedo porque viu que eu adorava cantar e que tinha voz. Mas mesmo se ela não me incentivasse, eu teria perseguido meu sonho...

Você sonhava em ser uma Spice Girl? n (risos) Com certeza! O grupo foi uma grande influência na minha carreira. Eu amava aquelas meninas e toda aquela performance delas no palco e nos shows.

Sua gravidez foi planejada? n Não. Foi um acidente, mas fiquei muito feliz desde o início.

Como vai sua relação com Simon Konecki? n Só digo uma coisa: estamos juntos e felizes, especialmente agora com o nascimento do meu Adkins.

A cantora Amy Winehouse disse aqui, nesta mesma sessão, em uma entrevista póstuma, que achava que você seria sua sucessora. O que você pensa sobre isso? n (risos) Como assim? Entrevista póstuma? E como alguém fala depois de morto?

Não se esqueça de que o nome desta sessão é Papo Surreal... n E põe surreal nisso... Bem, a verdade é

que eu amava Amy. E saber que ela disse isso de mim, mesmo postumamente, me deixa muito feliz, sério (risos).

O que você diria a uma cantora que – como ocorreu com você – tivesse que se submeter a uma cirurgia nas cordas vocais? n Quem mandou fumar? (risos) De verdade?

Tive muito medo, mas a cirurgia foi tão bem sucedida que eu diria: “Não tenha medo!”

Você deixou de fumar durante a gravidez? n Humm... Esta pergunta é complicada.

Fiquei bem enjoada no início e o cigarro me dava ânsias de vômito. Mas eu sou uma adicta mesmo, você entende, não?

Mesmo sabendo dos riscos, fumei... um pouquinho (risos).

O que você acha da música brasileira? n Conheço pouco. Aquela que diz “ai se eu te pego”... Faz muito sucesso, não?

Mas você gosta dela? n Humm... Não. Não faz meu gênero. Sou romântica e, depois, não entendo nada que este rapaz... como é mesmo o nome dele? Ah, Teló ... pois é, não entendo nada do que ele diz.

Você não está perdendo nada...

Mas vamos para outro assunto: você gosta da moda brasileira? n Adoro o trabalho da Clements Ribeiro.

Inclusive, usei uma roupa assinada pelo Inácio Ribeiro no Grammy Awards 2012.

Ele disse que você não gosta de mostrar os braços. É verdade? n Ele deve ter dito também que prefiro mostrar o colo. Meus seios são mais bonitos.

Você já passou por alguma situação vexatória? n Nossa, por muitas! (risos) Uma vez sai apressada de casa

para comprar leite, fazia um calor enorme e eu vesti somente um poncho. Fui surpreendida por um vento forte, o poncho se enroscou no meu pescoço e lá estava eu, nua em pelo, girando feito uma louca no meio da rua, tentando me proteger... Sorte que ninguém me reconheceu.

Dizem que sua diversão preferida é passar trotes por telefone... n Ah, isso eu fazia quando era adolescente... Não tenho mais tempo para me divertir assim.

Você também é famosa por falar muitos palavrões... n Isso é verdade! Quando eu vejo, já falei.

Mas, quer saber? F! Quem paga minhas contas sou eu. Falo o que eu quiser. É verdade que você faz ótimos cupcakes? n Eu não apenas faço, como adoro comê-los. Sou uma glutona. Mas isso todo mundo sabe, não? (risos)

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ensaio hype

primavera A brisa leve da

n S aia e casaqueto Missbella, sapato Arezzo, cinto Paula Shalders

Ficha técnica Produção Executiva: Trend Fashion Lab Make e cabelos: Aline Bretas Styling: Juliana Fernandes Modelos: Eduardo Fiorin e Fabiana Testa (Ragazzo Model Management) Fotos: João Araújo Tratamento de imagem: Thiago Costa

Uma estação mágica, inspiradora e envolvente.

A primavera remete não apenas às flores do campo (e da cidade), mas também a um clima romântico que chega prenunciando o verão.

Amanhece mais cedo, anoitece mais tarde e a brisa fresca que sopra, em breve se transformará em calor. Por isso, a ordem é curtir os bons momentos que esta linda estação nos proporciona, vestindo as estampas e os tons alegres e solares que são a cara dos trópicos.

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estido Lei Basica, sapato Arezzo, carteira, colar e anĂŠis Metal Nobre

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ensaio hype

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estido Paula Shalders, maxi colar Metal Nobre

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n C alça de linho, camisa e tênis R_Shalders

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ensaio hype

n C alรงa e body Presidium, sapato Arezzo e colar acervo

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nM acaquinho Vidativa, bolsa, pulseiras e colar Metal Nobre

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ensaio hype

nB ermuda e camisa Presidium, tĂŞnis R _Shalders

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estido Presidium, colar e anel Metal Nobre, sapato e bolsa Arezzo

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ensaio hype

nB ermuda e camiseta Vidativa, tĂŞnis Presidium

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consumo hype

UMA estação

inspirado

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É hora de dar aquela levantada no visual. A primavera desperta desejos e sentimentos românticos. Um sapato, uma bolsa, um aroma ou uma bijuteria nova podem produzir milagres, e essa sensação gostosa de renovação tem tudo a ver com o espírito da estação

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Com fundo nude e estampa

tropical, a bolsa Maria Lourdes, da Gibb, é puro charme n 02 Da Carmim, a bolsa estampada Winona compõe com looks fashion e antenados

03 n

Da Via Mia, a bolsa esportiva

e elegante: aquisição perfeita para a estação n 04 O colar verde

esmeralda de Silvia Doring: sucesso dentro e fora da Bijoias n 05 A

saia plissada e estampada da Zinco valoriza o shape das magrinhas de plantão n 06 A sapatilha Confort, da Cristófoli, combina com passeios e

namoro à beira-mar n 07 De biqueira

dourada, o scarpin Nathalie, da

Miesko, é garantia de sucesso na festa

08 n

12

A sandália de plataforma e

estampa floral, da Dakota garante visual jovem e descontraído

09 Para criar looks primaveris, n

nada como os lenços estampados da Contorno n 10 Skinny e super

estampada, a calça da Equus, combina com sorvete e cinema no fim da tarde n 11 Design e aroma especial

no Flower Tag, de Kenzo: água de

toalete fresca e delicada n 12 O trio

short, blusa e casaqueto da Shop 126 para garotas modernas e estilosas

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Tudo hype

Borbulhas luxuosas

n Celebrando a estação das flores, a luxuosa maison francesa Perrier-Jouët marca a primavera e a sua história com o lançamento do Perrier-Jouët Belle Epoque Florale. Em edição limitada, a novidade da vinícola fundada em 1811 é uma homenagem à Art Nouveau. Além disso, pela primeira vez desde 1902, o projeto da garrafa foi remontado, desafiando os limites estéticos.

O responsável foi o artista floral japonês Makoto Azuma, que trouxe novas flores e detalhes em dourado, tornando sua obra uma extensão contemporânea do projeto original para receber essa safra Belle Epoque 2004. Apenas 150 unidades de todo esse luxo chegaram ao Brasil, com preço sugerido de R$ 1 mil.

Caneca mágica n Hit dos anos 80, o cubo mágico está de volta. Mas não em seu formato desafiador, capaz de manter entretidas por horas as mãos instigadas a resolver o mistério de suas cores. Agora, o brinquedo chega compondo peças de decoração e acessórios pra lá de criativos e lúdicos. Esta caneca, feita de porcelana, é um modelo exclusivo da Top Top para a loja Airu. É ou não é uma ótima sugestão de presente para aquele seu amigo mais descolado?

Caveirismo

Modernidade retrô

n A caveira, marca registrada de Alexandre Herchcovitch, estampa peças exclusivas da Tok&Stok.

Agora, as caveirinhas estampam peças que passeiam por todos os ambientes da casa, como sala de estar, banheiro, escritório, entre outros. A linha representa a forma de aproximação que a Tok&Stok promove entre moda e design.

Segundo Alê, a caveira é símbolo de vida e igualdade. E aí, topa ter em casa?

n Você ainda conserva seus LPs e fitas cassetes e não tem mais como ouvi-los? Então, o Omni Play é para você. Esse sofisticado aparelho com design retro é a solução perfeita para desfrutar do áudio dos discos de vinil, fitas, CDs e rádio com boa qualidade. Além disso, o compartimento em madeira que reveste o equipamento e o estilo clássico do aparelho compõem uma decoração dos anos 20 e 30, que agrada tanto quem tem paixão por música, quanto quem procura uma peça que fuja do convencional.

Luxo

41 n Juliana Caliman Dadalto

fitness joias

Na hora de malhar, o ideal é que não se use nenhum tipo de acessório, para não machucar o praticante da atividade física e para evitar que ele se quebre com o impacto de certas modalidades. Mas você conhece alguém que consegue pôr em prática este conselho? Vaidosas, as mulheres, em sua maioria, não abrem mão dos brincos nem na hora de exercitar-se

n Pensando nisso, e conhecedora do universo fitness, a designer de joias Juliana Caliman Dadalto criou uma série de peças ideais para serem usadas na hora de suar a camisa.

Praticante de atividades físicas indoor e outdoor, ela sabe que mulher nenhuma abre mão de um acessório na hora de malhar. “Brincos pequenos e pingentes para colares curtos podem não ser exatamente recomendados, mas são as joias mais adequadas para a hora da malhação”, assegura Juliana.

A designer, que é daquelas profissionais antenadas com os movimentos culturais e atenta observadora do comportamento do consumidor, em especial da clientela que prestigia seu trabalho, está sempre buscando novidades para atrair a atenção de seu público.

Juliana aposta no minimalismo das joias que saem às ruas em situações de lazer e trabalho porque, acredita, elas atendem a uma exigência da mulher moderna, que não abre mão de usar peças assinadas, com design e estilo,mesmo em momentos de descontração ,como, por exemplo, na academia ou simplesmente praticando saudáveis caminhadas.

n P ingente e brincos delicados se destacam na original coleção

clube hype

Conteúdo e design , a tônica do encontro quando gente criativa e inteligente se reúne, a conversa flui de forma leve e gostosa.

Afinal, Arte, negócios, cultura e comunicação sempre rendem bons dividendos n Para todo mundo que a lê, a revista Hype parece ser feita fora do Estado, talvez no eixo Rio-São Paulo, que é onde tudo sempre acontece. É aquela velha mania que ainda não perdemos de achar que só o que vem de fora é bom. Na contramão desse consenso provinciano, Hype mostra, a cada edição, com sutileza e elegância, que qualidade existe em

todo lugar, inclusive no Espírito Santo.

Essa discussão, que envolveu o conteúdo e o design da revista, foi a tônica do último Clube Hype. O encontro reuniu nove leitores no Vitória Bistrô. Entre um petisco e outro, todos preparados com maestria pela chef Sylvia Lis, nossos convidados elogiaram o padrão da revista e revelaram-se apaixonados pelo Estado, apesar de a maioria nem ser capixaba. Filhos, trabalho, amigos – e a dificuldade de ampliar relacionamentos por aqui – também foram temas colocados na mesa, num bate-papo descontraído e que terminou adoçado por uma bela fatia de O Melhor Bolo de Chocolate do Mundo.

Sandra Matias n O que faz: Artista plástica, é sócia da Galeria de Arte Matias Brotas. n O que mais gosta de fazer: “Viajar, apesar de não ter muito tempo, e namorar.” n O que mais gosta em Hype: “Gosto do formato e adoro a coluna Divã. Só acho que a revista poderia falar um pouco mais sobre arte...”

Celina Lievori n O que faz: Do Rio de Janeiro, é comerciante, representa 10 marcas de cosméticos e é franqueada da Casa do Pão de Queijo, da Joe’s e de O Melhor Bolo de Chocolate do Mundo n O que mais gosta de fazer: “Viajar, ir ao cinema e brincar com as filhas.” n O que mais gosta em Hype: “A revista é linda, tem um padrão de qualidade altíssimo.”

Marcelo Braga n O que faz: Mineiro e publicitário, há três anos é sócio da Liga de Marketing n O que mais gosta de fazer: “Além de ser paizão do meu filho, gosto de jogar futebol e adquirir novos conhecimentos.” n O que mais gosta em Hype: “Sou muito visual. Se algo me interessa, eu leio. Em Hype, gosto das dicas de produtos.”

Cloves Louzada

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Mariana Perini n O que faz: De São Paulo, é jornalista e editora da Revista.AG, do jornal A Gazeta n O que mais gosta de fazer: “Tomar uísque e vinho, dançar, ouvir uma boa música, ler para minhas filhas e levá-las ao cinema.” n O que mais gosta em Hype: “Me identifico muito com o que Hype faz. Gosto do formato, do papel, da impressão, e o conteúdo é tudo de bom.”

Marli Siqueira n O que faz: Paulista formada em Letras, é professora de Língua Portuguesa e Redação. n O que mais gosta de fazer: “Estar com os amigos, tomar vinho, ler e escrever.” n O que mais gosta em Hype: “A qualidade chama a atenção. A revista tem conteúdo. O texto não é simples, nem arrogante. Hype é para a mulher que se cuida, que é inteligente e antenada.”

André Muhle n O que faz Publicitário de Natal, atua há dois anos como diretor de criação da agência Ampla n O que mais gosta de fazer “Viajar e comprar remédio! Sou um hipocondríaco assumido.” n O que mais gosta em Hype “Do formato, tanto em relação ao tamanho, quanto em relação à edição. A revista tem um dinamismo, com um texto puxando para outro.”

Margô Devos n O que faz: Publicitária há 20 anos, é gerente de Marketing e Comunicação Institucional do Banestes n O que mais gosta de fazer: “De um bom vinho, de uma boa comida, de passear, de viajar.

Gosto do que é bom!” n O que mais gosta em Hype: “Hype é aquela revista que te acompanha em sua horinha de prazer. Você navega por tudo um pouco. Gosto principalmente do design e da seção de decoração.”

Carlos Eduardo Lacerda n O que faz: Arquiteto carioca, há 18 anos mora e trabalha no Espírito Santo n O que mais gosta de fazer: “Jogar golfe, velejar, tomar um bom vinho, comer e apreciar arte.” n O que mais gosta em Hype: “A diagramação chama a atenção. Graficamente falando, é uma beleza.”

Flávia Lessa n O que faz: Publicitária, é gerente de Marketing do Sebrae-ES n O que mais gosta de fazer: “Viajar, principalmente para lugares onde tem mar.” n O que mais gosta em Hype: “Gosto muito do Papo Surreal e também de ficar aguardando a próxima edição.”

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prêmio hype

n Oficina de Ideias Ana Paula Castro

n Some-se a isso a música de primeira de Marcelo Ribeiro e banda, o ambiente impregnado de arte e cultura da Oficina de Ideias Ana Paula Castro, a apresentação impecável do mestre de cerimônias Edu Henning, e o elogiado coquetel do Le Chandon, de Átila Teles, sob os olhares cuidadosos e atentos de Stella Miranda. O resultado não poderia ser outro: uma noite para ficar na lembrança dos convidados e anfitriões.

Assim foi a quarta edição do Prêmio Hype, uma realização da revista Hype que prestigia os talentos da terra em diversas áreas: de moda à cidadania, passando por fotografia e jornalismo.

O evento foi marcado pelo lançamento da edição 54 da revista, que teve sua capa reproduzida, em formato gigante, no espaço da festa, saudando os convidados. Como não poderia deixar de ser, momentos de alegria se confundiram com os agradecimentos emocionados durante a entrega dos troféus assinados por Ana Paula Castro. E, para conferir um clima ainda mais festivo à premiação, uma linda mesa de doces montada pela Casa do Brigadeiro brindou ao acontecimento.

Confira, nas fotos de Cloves Louzada, os melhores momentos desta inesquecível noite.

Gente bonita, antenada e fashion. Esse era o perfil dos convidados da festa

moda, arte Uma noite de

n Tiago, Betty Feliz, Ariani Caetano e Rodolfo

n Aline Bretas, Alexandre Siqueira, Geandra Guerra e Michele Geada

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n Helvécio e Rose Faé

n Ada Mota e Angela Lopes

e cultura n Eder Mota e Ariani Caetano

n Allan Ost e Nina Nogueira

n Renato Costa Neto e Bianca Dalla

n Adriana Delmaestro e Jorge n Flávia Amaral e Luciene Costa

n Décio e Eulália Chieppe

n Stella Miranda e Tiago Feliz

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premio hype

n Maria Alice Lindenberg

n Troféus Hype

e Roberta Moura

n Modelos da Konyk

n Eduarda Buaiz e Andressa Abreu

n Maria Helena Pacheco (Personalidade Hype)

n Kely Ferr, Anderson Bonella, João e Addan

Araújo e Alexandre Siqueira

nT hainá Castro (Melhor cobertura blog | Meu Doce Desejo)

n José Carlos

Bergamin Filho

(Melhor coleção masculina | Konyk)

nA ndressa Abreu (Projeto Social | Junior Achievement)

n João Araújo (Melhor Fotógrafo de Moda | Voto Técnico)

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n J uliana Brandão (Melhor Fotógrafo de Moda | Voto site)

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nM auro Amorim (Melhor Desfile | Konyk)

n Luana Amancio, Suellen

Sousa e Dimitria Sesquin

nA lessandra Parmanhni,

Rafael Vieira e Manuela Gama

(Melhor Coleção Feminina | Missbella)

n Rita Bumachar, Dalila Murad

nP aulo Henrique Marchiori

e Fabiana Cola

n I gor Souza e Rafael Miranda (Revelação | Origens)

nP aulo Henrique Marchiori e

Maria Helena Pacheco

n Lúcia Santos, Katiane Cabral e Ivan Coelho nR afael Vieira (Melhor Coleção Feminina | Missbella)

nR enato Costa Neto, Laila Magesk e Erik Oakes (Melhor Cobertura Site | Portal Gazeta Online e Gtv)

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premio hype

n Anginha Buaiz, Marcelo Ribeiro e Beth Kfuri

n Tati Braga e Cesinha Fernandes nE du Henning, Danilo Martins

e Ant么nio Carlos Leite

n Isabela de Almeida e Mariana Prates n Renata e Alan Mesquita n Marli Siqueira e Aurora Vargas

n Brigadeiros da Casa do Brigadeiro

n Jos茅 Carlos Bergamin Filho e Sabrina

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nA ntônio Carlos Félix das Neves

e Rosânea de Freitas das Neves

n Lorena Milaneze e Marcelo Braga

n Edu Henning, Danilo Martins,

Ricardo Shalders e Antônio Carlos Leite

n João Vicente e Rafael Nader

n José Carlos Bergamin, Iná Maria e Roberta

nC arla Perusse e

Luiz Carlos Venturini

n Donatella Coser, Isadora Saadi e Pedro Henrique Coser

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turismo hype

Viajando.com

Clarice Câmara

Muita gente gostaria de trocar de lugar com ela. De preferência na primeira classe, que é, sem dúvida alguma, o melhor lugar para viajar de avião. Por isso, não pergunte à mineira Clarice Coutinho Câmara, gestora da TAM , o que ela mais gosta de fazer. A resposta é óbvia:viajar Betty Feliz

n Também não pergunte quantos países Clarice conhece. É de dar inveja: “França, Inglaterra, Japão, China, Portugal, Irlanda, Argentina, Estados Unidos, República Theca, Itália, Áustria, Bélgica, Alemanha, Suíça, Suécia” e muitos outros mais que ela não menciona para não parecer, como diz, “esnobe”. Como sempre trabalhou no ramo da aviação e do turismo e viveu muito tempo na Europa, Clarice teve a oportunidade de correr o mundo. Foi por isso que a elegemos para nos guiar nesta viagem, digo, matéria.

A primeira viagem internacional

n Foi para Ohio, nos Estados Unidos, onde visitei minha irmã. Foi uma experiência bastante interessante.

Pela primeira vez, me dei conta de que alguns clichês sobre o país realmente tinham fundamento. Por exemplo, visitei por alguns dias a high school onde ela estudava e confirmei que aquelas personagens que vemos nos filmes e seriados realmente existem: as cheer leaders, os jogadores de futebol, os nerds... Daí começou minha vontade de conhecer países e culturas diferentes.

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n Ohio, onde tudo começou...

Roteiro preferido e recorrente

n Espanha, um país fascinante, que se parece com o Brasil no quesito diversidade. De norte a sul, de leste a oeste, ele apresenta uma variedade cultural imensa. Lugares incríveis e paisagens maravilhosas: do campo à montanha, da neve ao sol escaldante. A alegria e o estilo de vida do povo espanhol também são fatores fundamentais para meu encanto pela Espanha.

O que jamais levaria na mala?

n Toalha. Ocupa muito espaço.

O que nunca deixaria de levar?

n Um par de Havaianas. Este tipo de calçado, que é confortável e super prático, não é fácil de achar em todos os países. Por isso, nunca deixo de levar. Mesmo no inverno, podemos ter a chance de entrar em uma bela jacuzzi ou em uma bela sauna e nesses momentos as Havaianas fazem a diferença.

Pratos bons de degustar

n No La Mordida, em Madrid, a saborosa comida mexicana da casa.

No Relais de Entrecote, em Paris, o ótimo filé com batata frita. Aqui, a

carne de panela do Spetacollo e o feijão tropeiro do Canto da Roça.

A melhor companhia para viajar...

n O meu amor, Romeu.

Uma viagem inesquecível.

A pior...

n Para quem é fã dos Beatles, Liverpool.

A cidade surpreende, ela respira música.

No Carvern Club, berço dos Beatles, podemos curtir música ao vivo durante todo o dia. A cidade também conta com belos restaurantes e excelentes lojas.

Além disso, vale mencionar que viajei, em 2010, em companhia de pessoas maravilhosas e aproveitamos bastante.

Inclusive, era aniversário do meu marido, Romeu, e ele deu uma “palhinha” no The Cavern tocando guitarra.

Imagina.... Exatamente no palco onde se apresentaram John, Paul, George e Ringo. Realmente inesquecível.

n Pessoas que não são abertas a novas experiências

Uma viagem que prefere

Um lugar bom para fazer compras

n Na Gran Via, em Madri, onde se compra roupa de qualidade e bem mais barata do que aqui.

Um lugar que a emocionou

n Brugees, em Bruxelas, e também o Rio de Janeiro.

Voltaria mil vezes a...

n ... Madrid, Rio, Paris, Tiradentes, Porto de Galinhas, Londres, Salamanca, Belo Horizonte, Caratinga, Praga, Maceió e a muito outros lugares.

apagar da memória.

n Marrakech, no Marrocos. Na verdade, tinha grandes expectativas em relação à cidade, mas chegando lá me decepcionei.

O que mais me impressionou, mesmo como brasileira e acostumada com um país que apresenta alto nível de desigualdade, foi a presença de resorts luxuosos ao lado de uma pobreza sem tamanho. Muito triste e decepcionante.

Moraria, se pudesse, em...

n ... Madri. Mas não troco nosso país por nada. Como já dizia Dorothy, do Mágico de Oz: “There is no place like home”.

Em caso de turbulência...

n ... fique tranquilo, porque está tudo sobre controle. Como tudo na vida, a turbulência também passa!

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comer bem hype

Alessandra Vargas Chef

www.batendopanela.com.br

Monumento a

Syd Lucas

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Parmentier Preciso aproveitar a minha próxima viagem a Paris para pesquisar se entre os muitos monumentos que existem pela cidade luz, existe um homenageando Antoine Augustin Parmentier, pois ele merece

Parmentier de Confit de Pato

n Parmentier foi o farmacêutico e cientista que, como prisioneiro da guerra da Prússia, descobriu as qualidades nutritivas da batata. Regressando à França, quando o país passava fome, no século XVIII, ele ensinou os franceses a comer batatas. Por esse motivo, se na França um prato possui Parmentier no nome, tenha certeza de que ele é à base de batata.

Entre esses pratos, um é muito popular: o Hachis Parmentier, versão francesa do nosso escondidinho. O original leva picadinho de carne, entremeado por camadas de purê de batatas, gratinado no forno e, como a versão tupiniquim, per-

mite infinitas variações, como com confit de pato, aves ou bouef bourguignon desfiados, ragu de cordeiro, linguiça toscana, miúdos ou o que mais sua imaginação permitir.

Optei por uma versão simples, sem gratinar, de Parmentier de Confit de Pato, cuja receita apresento a seguir. Sugiro que você se deixe levar pela sua intuição e imaginação, optando por gratinar ou não, conforme a sua preferência. Até mesmo a batata pode ser substituída por um purê de aipim, baroa ou algum outro.

Quem vai definir sua escolha é sua criatividade, abrindo, assim, um infinito leque de opções. Bom apetite!

Ingredientes n Uma coxa de pato (magret de canard) n 500g de gordura do próprio pato n Sal n Pimenta moída na hora n Alecrim n Sal grosso n Tomilho n Três batatas cozidas n Uma colher (chá) de manteiga n 30ml de leite Preparo Deixar o magret de canard marinando nos temperos durante uma hora. Em seguida, aqueça a gordura a 80 graus e coloque o magret para cozinhar por uma hora e meia. Faça em seguida um purê com a batata cozida, colocando primeiro a manteiga e depois o leite.

Corrija o sal e a pimenta do reino preta. Desfie todo o magret. Monte uma camada de purê e outra de magret desfiado, e assim por diante.

É tempo de encontros, sorrisos e confraternização.

No Vitória Bistrô, seus amigos e sua família vão encontrar bons motivos para celebrar à vida.

Reúna seu grupo e venha festejar!

Aceitamos encomendas de pratos e sobremesas para as festas de fim de ano.

Ligue, consulte nossos cardápios e faça sua reserva.

Rua Eslebão Linhares 15 lojas 20 e 21 Shopping Day by Day Praia do Canto Vitória 27 3022.1222 n

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casa hype

agradece

A natureza

A contribuição que o casal Simone Monteiro e Sérgio Cuzzuol quer legar ao mundo, por meio do seu trabalho, é a aceitação de que, sim, é possível existir harmonia entre homem e natureza

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Ariani caetano

n Para isso, ela, artista plástica, e ele, designer, trabalham juntos na criação e confecção de produtos que evidenciam o natural, seja por meio dos materiais utilizados, seja por meio das estampas de cada peça.

Prova disso são as novidades que o estúdio do casal, o Noble Savage, acaba de lançar: as almofadas da coleção Nossa Terra e os móveis de madeira de lei reciclada. Em 100% algodão e com enchimento de plumas siliconadas, as almofadas têm estampas exclusivas criadas pelo casal e que remetem ao

universo da fauna e flora brasileiras, refletindo toda a consciência ambiental agregada na produção das peças.

Somando-se à estamparia, Sérgio apresenta uma exclusiva linha de móveis em madeira de lei oriunda de demolições. A partir da matériaprima garimpada à mão – peroba, jacarandá, ipê, picuíba, entre outros tipos –, o designer desenvolveu peças que entram em total sintonia com o conceito do estúdio, cujo nome evidencia o que o homem é no mundo: um nobre selvagem.

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Antonio Cuzzuol

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01 Mesa Etnia e Banco Albino 02 Mesa Caeiras 03 Almofadas Arara Azul, Penas, Tucano e Topetinho Vermelho

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essenciais 03

Elementos Seja em um cantinho da casa, à mesa ou ocupando um lugar nobre da sala, estas peças podem criar tanto uma ambientação original, aconchegante e confortável, quanto um clima descontraído e charmoso para ser compartilhado com amigos

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01 Vai receber em casa? Que tal proporcionar um verdadeiro “parece, mas não é” para seus convidados? A linha Modern, da Rica Festa, oferece talheres de material plástico com cobertura cromada 02 Perfeitos para iluminar e decorar, os abajures funcionais e elegantes da Maricota Design abusam de estampas e cores em peças inusitadas, modernas e diferenciadas 03 Para a hora do café ficar descontraída, peças bem humoradas de Gustavo Rosa para a Full Fit. 04 A coleção Goa, assinada pelo Studio Saccaro, é composta por poltrona, pufe e mesa de centro confeccionados em fibra natural. 05 Para homenagear a identidade brasileira, o Estúdio Cipó desenvolveu a Mesa Cardeal. Produzida em ferro tubular retangular, a mesa obedece um ciclo visual que a sustenta e, ao mesmo tempo, remete à imagem do bico do pássaro Cardeal, formato que inspirou seu desenho

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om hype

LAM SUKI

Uma chinesa

bem br Betty Feliz

n Lam Suki nasceu em Hong Kong, China, mas viveu por muitos anos em Vitória com a família. Os pais são donos do restaurante oriental Lai, instalado desde 1975 em Jardim da Penha. Além de ajudá-los a tocar o negócio, enquanto aqui viveu e até migrar para a Inglaterra, Lam trabalhou como ilustradora e fotógrafa.

“Como é comandar um restaurante em uma cidade como Londres?”, pergunto. Lam diz que é muito recompensador.

“Londres é hoje um grande centro culinário. E isso faz com que a gente pesquise, visite outros restaurantes, novos cafés que abrem todos os dias. Trabalho com o nosso chefe nas novas receitas e, a cada mudança de estação, pesquisamos novos menus e novos vinhos a serem incluídos no cardápio”, explica.

Os londrinos conhecem o Canela há 10 anos e fazem questão de mostrar que a cidade também tem um café português-brasileiro onde se pode saborear desde uma boa feijoada, até prosaicas e deliciosas iguarias nossas conhecidas como coxinhas, quindins e brigadeiros. Estive lá, pela segunda vez, no mês de agosto deste ano e pude confirmar a aceitação da casa pelos clientes: estava sempre cheia.

O cardápio do Canela foi montado com receitas e sugestões de amigos e de mães de amigos. “Fiz da minha casa uma cozinha experimental por seis meses, antes de inaugurar o restaurante. O público aceitou bem nossas escolhas, tanto que até hoje temos dificuldade em tirar alguns pratos, porque eles não deixam”, revela Lam. Em Londres, quando está sozinha, Lam gosta de desenhar, mas quando viaja curte andar e fotografar. Acompanhada dos amigos, diverte-se e instrui-se tomando café e visitando museus e galerias.

Diz não alimentar grandes planos. “Vivo no dia a dia do que a vida me permite. Aliás, tenho uns planinhos, como o de fazer um curso de italiano, um de desenho e outro de impressão em telas

asileira

n Pa ís Brasil

nP rato preferido

Espaguete com tomate cereja e manjericão

Manjar de coco

n Peça curinga Shortinho de couro

nA triz Julienne Moore

n í dolo Dalai Lama

Primavera

nos no centro de Londres. Dr. Johnsons foi o primeiro autor a compilar o dicionário inglês. É dele a famosa frase: ‘Quem se cansou de Londres é porque se cansou da vida’.”

Pergunto a Lam qual lugar do Brasil elegeria, caso resolvesse abrir um negócio aqui. “Escolheria São Paulo, porque é uma grande cidade, cosmopolita, exigente, mas aberta a inovações.”

Lam tem muitas saudades do que deixou para trás. Lembranças do centro de Vitória, onde passou grande parte da sua adolescência, das ladeiras da Cidade Alta, da Igreja do Rosário, da Praça Oito, do Theatro Carlos Gomes, da Rua Sete, do Cine Glória, da Catedral, do Palácio do Governo, do porto... “Havia os catraieiros que nos levavam a Paul, lembra?”. Por isso, ela se esforça para vir ao Brasil pelo menos uma vez por ano.

Mesmo assim, confessa: se tivesse que recomeçar, não faria diferente. “Tive que passar por fases bem difíceis para chegar onde estou. Não falo materialmente, mas emocional e espiritualmente... Se tivesse sido fácil, não teria tido graça nenhuma”, diz a dona do Canela Café, que tem no Dalai Lama não apenas um ídolo, mas uma referência de “pessoa humilde, com muita iluminação, compaixão e amor ao próximo”, virtudes que Lam tenta colocar em prática em sua vida quase zen e totalmente vegan.

William Dello Russo

nE stação

de silk ainda neste ano. Voltei a me interessar por desenho...”, confessa Lam, que, aos 50 anos de idade, está investindo em um projeto de restauração de casas em Lisboa.

No pouco tempo livre que tem, se dedica a visitar o interior e conhecer os palácios, coisa que, segundo ela, “os ingleses têm de melhor”. E aproveita para me dar uma curiosa dica: “A National Trust, órgão que tem interesse em preservar palácios e casas e é aberto ao público, permite que você alugue algumas dessas casas ou parte dos palácios para festas”.

Aos turistas brasileiros – em especial os capixabas, como eu – que lhe pedem indicações de passeios, Lam gosta de dar dicas diferentes. “É claro que todos querem ver os monumentos mais famosos de Londres, como o Big Ben, a Westminster Abbey, Tower Bridge, Trafalgar Square, mas se a pessoa tem um tempinho extra, eu sugiro que visite o John Soane, a casa de um arquiteto que a transformou em museu, com colunas gregas, egípcias, bustos romanos, um lugar muito interessante.”

Outro passeio que ela sugere é ir até o Old Royal Naval College e conhecer o Painted Hall, onde são realizados banquetes e recepções. “Este era um dos palácios de Henrique VIII e fica em Greenwich. Tem também o Dr. Johnsons House, uma casinha bem minúscula, espremida no meio de prédios moder-

nL

ivro Sicilia in Cucina, de

nS obremesa

Em Vitória, seus amigos a chamam de Lam, como ela é conhecida desde que começou a trabalhar, em 1979, no jornal A Gazeta, como ilustradora do suplemento A Gazetinha.

Em Londres, no entanto, onde vive desde 1989, ela é Suki, a sócia do simpático e movimentado café brasileiro Canela, localizado no charmoso Covent Garden

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Raio-x

hypeonline.com.br

n Filme Tudo que

nC or Azul

o céu permite, de Douglas Sirk

FELIZ BETTY hype

Bons motivos para brindar Arte, moda, beleza, decoração... Juntos ou separados, estes ingredientes sempre rendem bom caldo, digo momentos. A câmera esperta de Cloves Louzada flagrou alguns deles. Confira.

Cloves Louzada

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n Demorou, mas finalmente aconteceu: o restaurante Aleixo reabriu em grande estilo na primeira semana de outubro.

nT odo o charme e alto astral de Sabrina Balzan

nF ábio e Nayara Tristão nC laudete Lovati e Vítor Cipriano, parceria

afinada no Escritório do Cinéfilo, na Casa Cor

nB runa Medeiros, Renata

Mesquita e Silvana Gripp: encontro de arquitetura e design nR icardo e Paula Shalders celebrando

a primavera na R Shalders

nM arcos Eduardo Altoé, sempre

ligado nas novidades do guarda-roupa masculino

nL ando e Rodrigo Campanella:

um brinde à arte e ao talento, na galeria Matias Brotas

Hypidinhas

n Já tem gente fazendo contagem regressiva para as festas de fim de ano. E há quem torça para que o mundo não acabe em 12 de dezembro de 2012. Na dúvida, pé de pato, mangalô três vezes! n A tal saia mullet, que prometia ser febre de verão, já está causando ojeriza em muitas fashionistas. Para a produtora de Hype, Juliana Fernandes, o desgaste tem a ver com a super exposição da peça. Como diria vovó, tudo que é demais sobra! n A GSA está preparando um belo presente para mimar seus clientes, parceiros e fornecedores neste final de 2012. O projeto envolve 12 renomados nomes das artes e da literatura do Espírito Santo. Mais não conto porque me pediram segredo absoluto. n Maria Helena Pacheco ficou muito emocionada quando, na entrega do Prêmio Hype, após receber o troféu de Personalidade da Moda, foi surpreendida pelo neto, Paulo Henrique Marchiori, com um lindo buquê de rosas amarelas.

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Loja virtual

Hotel número 100

n A Claire&Bruce acaba de lançar-se para o público brasileiro.

E-commerce de moda do Grupo Privalia, a loja virtual oferece as últimas tendências das coleções de inverno de grifes como 284, Blue Man, Cavalera, Colcci, Calvin Klein, Cori, Ellus, Espaço Fashion, Juliana Jabour, Le Lis Blanc, Reserva, Opera Rock, Schutz, Triton e VR, entre outras especializadas no público feminino, masculino, infantil e calçados. No total, são mais de 100 marcas que estão nas melhores vitrines dos shoppings do país. A plataforma de comunicação da Claire&Bruce envolve Blog, Facebook e Twitter.

n A Galwan Construtora e Incorporadora juntou-se ao grupo Accor para lançar o 100º hotel “da família Ibis na América Latina”, no Rio de Janeiro, um investimento da ordem de R$ 28 milhões assinado pela empresa capixaba.

Localizado a apenas 300 metros da praia de Copacabana, o novo empreendimento conta com 150 apartamentos e já está em franco funcionamento.

Toque de luxo n 75 anos depois, o tradicional Banestes se reinventa. O banco acaba de inaugurar a Agência Valores,que oferece atendimento personalizado para clientes AA. Exemplo de projeto moderno e funcional, com ambientação de bom gosto, a agência está localizada onde antes funcionava o restaurante Suá, na Av. Nossa Senhora dos Navegantes. Além da Sala do Investidor Banestes DTVM, o espaço oferece ainda ao cliente garantia de acessibilidade e direito a serviços vips, como garçom, cafezinho, acesso a internet e uma sala de reunião. Fino não?

Estilo

n Eu quero (e as fanáticas por óculos também) este modelo dourado da Osklen

n Com açúcar, afeto e chocolate: tentações da Casa do Brigadeiro

n Os sapatos de plataforma vieram mesmo para ficar. Mas enquanto as frenéticas fashionistas insistem em equilibrar-se sobre saltos de altíssimo risco, os ortopedistas veem as filas de acidentadas aumentarem na sala de espera de seus consultórios. As vítimas apresentam desde luxações dolorosas até graves casos de rompimento de ligamentos que podem levar à cirurgia. Mesmo assim... quem disse que elas abrem mão de viver nas alturas?

n Os pingentes dourados dos brincos Morana para quem curte bijoux com estilo

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Camila Lenk

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TECNOLOGIA hype

ço Pre

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Filmadora compacta

Mimos digitais

n A Kodak PlaySport é uma filmadora voltada especialmente para esportistas e promete agradar aos aventureiros de plantão. A invenção pode ser levada no bolso e manuseada somente com uma mão. Além disso, a filmadora portátil é à prova d’água, suportando até três metros de profundidade, e possui um software que permite a edição de vídeos e a inserção de áudio, podenPre R$ ço su do ser compartilhados em re28 gerido 9, 9 des sociais.

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n Que tal declarar seu amor através de uma almofada gravadora? Grave sua mensagem, aperte o play e abra o sorriso de quem você gosta. A almofada está disponível na Loja Imaginarium. E se o cenário tecnológico lhe agrada inclusive na decoração, a ideia é substituir o álbum de fotos tradicional pelo porta-retratos digital, também da Imaginarium. Com uma série de fotos importantes na sua vida, seu ambienPreço te vai ter um toque de nostalgia e tecnologia. sugerido R$2, 00

Machado de Assis está online

n Você está naquela viagem longa ou esperando para ser atendida e o tempo não passa? Um aplicativo para leitura de e-books pode ser uma ótima companhia e ainda lhe proporcionar bons momentos de leitura. Trata-se do “Machado de Assis – Romances”, um app que contém dez romances do autor, considerado o maior nome da literatura nacional e cujas obras estão entre os patrimônios da cultura brasileira. O usuário pode fazer o download no iTunes.

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n Em tempos de vida sustentável, até os aparelhos tecnológicos entraram no movimento ecológico. Exemplo disso é o primeiro headphone do mundo feito de materiais recicláveis pelo designer Michael Young. O Noisezero O+ Eco é feito de aço reciclado e bioplásticos de amido de milho. O aparelho conta um com microfone e vem pronto para ser utilizado em dispositivos iOS, como iPod e iPhone.

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Rede Web Visitante

Espaço Café

Sala do Investidor

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roteiro hype

Um tour musical para

Se você não rejeita uma boa música, vai gostar das nossas dicas. O final de ano promete!

A diva do pop

n A nova turnê de Madonna tem sido polêmica. Em show na França, a cantora pop exibiu o seio direito. E os fãs brasileiros aguardam novas surpresas nos shows que ela fará no país, no dia 2 de dezembro, no Parque dos Atletas, no Rio de Janeiro; dias 4 e 5, no Morumbi, em São Paulo, e dia 9 no Olímpico, em Porto Alegre. Madonna já vendeu mais de 300 milhões de discos no mundo inteiro e é reconhecida como a artista musical feminina mais bem sucedida de todos os tempos.

Admirável Zé

n JZé Ramalho canta antigos e atuais sucessos de sua carreira em um show em Vitória, no dia 24 de novembro, às 22 horas, no Álvares Cabral. O paraibano é um dos pioneiros da música nordestina brasileira e tem influências musicais da Jovem Guarda, Beatles, Raul Seixas e Bob Dylan. Para quem quiser relembrar de perto as músicas “Admirável Gado Novo”, “Garoto de Aluguel” e “Chão de Giz”, os ingressos custam entre R$ 30 e R$ 70. Já a mesa com quatro cadeiras sai por R$ 500.

Muitas em uma

n A pianista, cantora e compositora estadunidense Norah Jones apresenta três shows em dezembro, no Brasil. Sua carreira foi impulsionada em 2002, com seu disco de estreia Come Away With Me, um álbum de jazz com um toque de soul/folk e que já vendeu 23 milhões de cópias. Os shows acontecem dia 12 em Porto Alegre, dia 15 em São Paulo e dia 16 no Rio de janeiro. Os ingressos estão à venda no site da Via Funchal.

Stone encanta e canta

n Para apresentar seu novo álbum, The Soul Sessions Volume 2, lançado em julho deste ano, a cantora inglesa Joss Stone desembarca no Brasil em novembro e se apresenta em Belo Horizonte (13), São Paulo (11), Rio de Janeiro (15), Florianópolis (17) e Porto Alegre (20). Com 25 anos, Stone encantou milhares de pessoas e se tornou uma das mais importantes artistas da soul music na atualidade. Ela já tem cinco indicações ao Grammy e uma estatueta conquistada. Os ingressos do show custam entre R$ 90 e R$ 240.

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som hype

Luis Taylor taylor@superig.com.br

Pedacinho do

paraíso n É cada vez mais difícil decorar o nome dos caras (ou meninas) de suas bandas favoritas. Ainda mais se eles não tiverem o tino para o marketing autopromocional, qualidade que anda lado a lado com a competência para escrever boas canções. Alex Trimble poderia passar como um ilustre desconhecido pela maior parte do mundo e, tenho que admitir, até por mim mesmo.

Mas seus discos não passam.

Senti-me estranhamente apegado a umas músicas de uma banda com um nome grande e estranho uns anos atrás.

Era o Two Door Cinema Club. Tourist History foi um dos discos de 2010. E apegado a essa memória, a qualidade

demonstrada no passado, tive paciência para não descartar Beacon na primeira audição. Hoje agradeço aos céus. Aos poucos, fui me inteirando das músicas, pescando um pedacinho de paraíso aqui, um backing vocal legal ali, uma batida que me deixou feliz acolá. O disco foi crescendo e, no exato momento em

que escrevo, não sei se poderia apontar algum defeito. Já qualidades despontam a cada segundo em faixas como Pyramid, Handshake, Next Year e, quem sabe, na melhor música do ano: Beacon, que fecha o álbum. Mas é bom ressaltar: como todo fã, posso estar meio cego (nesse caso, surdo).

Pílulas

Tame Impala – Lonerism n Os australianos apareceram numa tacada do destino e maravilharam o mundo da crítica com seu praticamente perfeito primeiro disco – Innerspeaker. Agora de volta com o segundo trabalho, Lonerism, o Tame Impala continua trilhando firme e forte o caminho iniciado na psicodelia e nas viagens entre notas musicais. Um disco que merece uma boa parcela de atenção neste ano, principalmente para uma das mais belas linhas de baixo do ano, em Apocalypse Dreams, e para voz do “novo John Lennon”, que realmente impressiona.

ZZ Top – La Futura n Trace uma linha reta. Início, meio e fim. Para algumas bandas isso é o que pode ser chamado de resumo de suas atividades. Em uma palavra: integridade. Não há curvas, evoluções desnecessárias ou mudança de rumos na carreira. O que se fez é o que se faz. E há uma multidão de fãs ávidos por mais do mesmo. É assim com o ZZ Top. Guitarras, cada vez menos presentes nos sons de hoje em dia, blues e rock, poeira e muito uísque cowboy.

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CINEMa hype

Diego Sierra n diegosierra28@gmail.com

Sob nova direção n Há muitos motivos para que o 23º filme de James Bond, Skyfall, seja um dos mais comentados do ano. Para começar, será lançado em novembro, coincidindo com as comemorações dos 50 anos da saga do agente secreto 007, que começou em tempos de Guerra Fria e sobreviveu com maestria aos tempos atuais. Sam Mendes, diretor do longa, fez questão de dar mais dinamismo ao filme, com grandes cenas de ação e um vilão que promete. O espanhol Javier Bardem, que só tem feito grandes filmes nos últimos tempos, é Silva, o excêntrico inimigo do protagonista. Além de desfilar cabelos louros platinados, ele chega a expulsar os habitantes de uma ilha e tem papel central na história, pois suas antigas relações com M (Judi Dench) vão testar a fidelidade de Bond (Daniel Craig) à sua chefe no Serviço Secreto.

Surpresa

n Juan e a Bailarina é um filme argentino, mas tem um toque brasileiro. Conhecido por ter restaurado o famoso cinema carioca Cine Joia, em Copacabana, Raphael Aguinaga estreia como diretor e roteirista nessa ótima comédia dramática, que gira em torno do cotidiano de um grupo de idosos moradores de um asilo. A vida deles poderia ser bem monótona, mas não faltam acontecimentos para agitá-la. Para começar, a morte de uma colega, com direito a um testamento hilário. Mas nada se compara às férias da enfermeira, substituída por seu filho, que faz questão de fazer muito mal aos velhinhos, e a uma notícia bombástica que os deixa bem confusos: a igreja católica teria clonado Jesus Cristo. Em meio a tantas emoções, estão os personagens centrais. Mas quem é Juan? E a bailarina? Melhor não contar para não estragar a surpresa!

Lição de vida n Um dos filmes franceses de maior sucesso nos últimos tempos, Os Intocáveis tem o dom de fazer rir. Entretanto, está longe de ser uma comédia. É a história real de Philippe di Borgo, um ex-executivo de uma grande casa de champanhe que perdeu praticamente todos os movimentos após um acidente de parapente. Em busca de um candidato para ser seu cuidador, optou pelo mais inusitado: um ex-presidário argelino, negro, morador da periferia de Paris e sem nenhuma experiência. Podia dar tudo errado, mas deu tudo certo, graças ao infalível sexto sentido de Philippe, que troca muitas lições de vida com seu funcionário.

Aliás, o filme poderia ser piegas, mas não é! E tudo é inspirado no livro “O Segundo Suspiro”, escrito pelo próprio executivo.

livros hype

O que é styling

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n Para quem quer trabalhar na área ou deseja conhecer melhor o assunto, o novo livro da jornalista capixaba Silvana Holzmeister, Styling: Guia Básico (Estação das Letras e Cores Editora), é uma ótima maneira de começar.

Com linguagem gostosa e leve, o livro enumera as funções de um stylist, explica como funciona o mercado de tra-

balho, as diversas áreas onde o profissional pode atuar, como montar uma equipe e os desafios para obter sucesso na carreira. Em Styling: Guia Básico, a autora mostra ao leitor a importância de pesquisar referências em filmes, revistas, sites e na rua para criar imagens de moda. Tudo isso complementado com belas ilustrações de Márcio Alek.

Unidas pela música

n Da portuguesa Lídia Jorge, A noite das mulheres cantoras conta a história de cinco mulheres unidas pelo destino com um único propósito: fazer alguma diferença na história da música. Elas precisam aprender a lidar umas com as outras e a não deixar que o sonho de formar uma banda não seja ofuscado pelo cruel mundo do show business. E é exatamente aí que o caminho que as unia começa a de-

Saramago inédito

n Em José e Pilar: conversas inéditas, Miguel Gonçalves Mendes revela a intimidade de um dos mais fascinantes escritores de língua portuguesa. Acompanhando o dia a dia de José Saramago e sua mulher, a jornalista Pilar de Río, o autor reuniu depoimentos sinceros e comoventes sobre trabalho, arte, morte e, é claro, o amor de um pelo outro. Além disso, o livro mostra que há pouca diferença entre o autor e o narrador dos livros, com Saramago demons-

Universo rodrigueano n Em comemoração ao centenário de Nelson Rodrigues, a editora Nova Fronteira inaugura a reedição de sua obra em prosa por um de seus títulos mais conhecidos. A vida como ela é reúne textos que ficaram célebres, como A dama da lotação e A coroa de orquídeas, entre outros. Nelson começou a publicar seus textos diariamente no Última Hora, depois de já ter

passado pela redação de importantes jornais nacionais. Também já havia deixado sua marca na história do teatro, com a revolucionária montagem de Vestido de Noiva, em 1943. Encomendada por Samuel Wainer para seu jornal, a coluna A vida como ela é estreou em 12 de junho de 1951 e tornou-se um grande sucesso em poucas semanas.

sandar. As integrantes não conseguem mais ficar juntas e o sonho vai se esvaindo. Com uma narrativa descritiva e intensa, Lídia transporta os leitores para uma época aparentemente glamourosa, mas que, por trás de todo o brilho, escondia brigas, disputas de poder e intrigas, acobertados por um belo sorriso e por uma apresentação digna de espetáculo, que tempo nenhum ousa apagar da memória.

trando em sua intimidade o mesmo humor desconcertante e ritmo de frases que compõem sua obra. Embora implacável em suas posições, o que se destaca nas conversas de Saramago é o olhar compassivo com o mundo e a crença genuína na liberdade. O homem que queria morrer “lúcido e de olhos abertos” surge como alguém que seguiu o conselho que ele mesmo costumava dar a jovens escritores: “Não tenhas pressa, mas não percas tempo”.

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ponto final Marcelo dos Santos Netto

JORNALISTA E ESCRITOR

Alguém me acorde n Passo a mão pelo cabelo. Sim, está penteado. E estou com a bolsa, com a carteira, com as chaves. Se não foi nada disso, o que posso ter esquecido? Não tenho ideia. Apenas sei que esqueci, porque deixei o apartamento quase correndo, na maior pressa.

O ônibus chega lotado. Um engarrafamento enorme adiante. Busco o telefone celular no bolso da calça. Acho melhor telefonar para o escritório e avisar sobre o meu possível atraso.

Não encontro o celular. Meus céus – então foi isso o que esqueci. Não, não

me refiro ao celular. Antes fosse ele. Na verdade, não encontro nem o celular, nem o próprio bolso.

Eu havia saído de casa sem as próprias calças.

Que vergonha. Penso em deixar o ônibus e voltar para casa. Tarde demais – chegamos à ponte, não há pontos de parada.

Sem opções, decido fingir que nada demais está acontecendo. Penso em fechar os olhos para tentar não ser visto.

As pessoas ao meu redor parecem coniventes. Nenhum comentário, nenhuma risada, nenhum escândalo; nem

mesmo uma criança para me apontar e dizer, divertida, que o homem está nu. Iam todos vestidos, todos me ignorando. Isso só pode ser um sonho, daqueles mal sonhados.

Salto do ônibus, corro para o escritório. A indiferença das pessoas é até mesmo gritante. O guarda, o porteiro, a velha senhora – todos me ignoram. Isso deveria me deixar mais aliviado; mas a verdade é que fico ainda mais constrangido. Sento à mesa do escritório implorando para que o dia termine. Alguém me acorde, por favor.

Você já terminou aquele

relatório que pedi?, pergunta de repente dona Evandra, a chefe do departamento. Bom, já sim, ele está aqui – não, quero dizer, bom, eu encontro e levo para a senhora, certo?, disse eu, tentando não a encarar nos olhos.

Ei, mas por que o nervosismo?

Calma, já expliquei que estamos em tempo!, dona Evandra sorri. É, eu sei, pode deixar; vou achar e levar para a senhora, tá bom?,continuei muito sem graça, fingindo ajeitar as coisas e procurar o relatório.

Evandra deixa a sala enquanto ligo o computador. O barulho do salto alto dela vai diminuindo pelo corredor. Estou ainda mais constrangido. Imaginei que ao menos ela deveria me repreender. Como minha chefe não percebeu a falta das minhas calças?

Ei, essa é uma boa pergunta. Corro para a porta, espio o corredor. Ah, não – isso já é demais. Só conseguia explicar essa situação como um sonho. Mas agora, com isso, já nem sei mais o que achar de nada – nem do casamento, nem da bicicleta, nem da manteiga, nem do canhão.

Dona Evandra também estava nua da cintura para baixo.

VIDA hype Barbara Hilsenbeck

Palestrante e escritora

www.avidaebarbara.com.br

Fel em Mel n Sua vida está tranquila? A minha não! Há algumas semanas, adotei uma linda cadelinha abandonada na rua. Por volta dos dois anos, ela é uma mistura de golden retriver com algum cachorro de pequeno porte. Linda. Esperta. Absurdamente ansiosa. Quem? Ela ou eu?

Como eu já tinha um casal de cockers, estamos passando por uma fase de adaptação em que a cadelinha ainda não sabe exatamente o seu lugar dentro da matilha.

Visivelmente, ela possui uma natureza de líder e não aceita bem as ordens dadas.

Quem? Eu ou ela?

Temos saído todas as noites para passear, para nos conhecermos melhor e uma mostrar para a outra quem é que manda. Às vezes eu, outras vezes ela. Eu puxo a coleira, ela corre mais ainda. Eu mantenho a rédea curta e ela resolve se enforcar. Muito dramática. Quem? Ela ou eu?

Depois de muito puxa e empurra, anda e para, resolvi parar de brigar e aceitar o fato de que eu tinha na minha

frente um espelho mágico disfarçado de cadelinha, que me mostrava com muita fidelidade todos os meus aspectos mais marcantes. E aí a coisa começou a ficar interessante, muito interessante. Para mim e para ela.

Nos últimos passeios, se ela puxa, eu relaxo, se ela corre, eu paro e respiro fundo. Eu aproveito a caminhada. Eu não ofereço resistência.

Eu me torno mais disciplinada. E ela corresponde. É lindo de se ver…

Dizem que os cachorros se parecem com seus donos, mas diante da chegada inesperada de uma cachorrinha tão descontrolada e ansiosa, que se defende antes mesmo de ser atacada, eu percebi que era eu quem se parecia com ela.

Ao batizar a minha cadelinha de Mel eu aceitei inconscientemente o doce desafio que a vida me deu de presente. Ela surgiu no meu caminho para que eu pudesse treinar e adestrar não somente ela, mas também a minha mente e os meus sentimentos.

A Mel tem aprendido muito comigo. E eu com ela!

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HYPE end

n Cidade da Croácia, situada no norte do Mar Adriático, Rovigno é bucólica e surpreendente. Sua língua, o istriot, ainda é falada por alguns moradores. Quem viaja para a Itália e decide conhecê-la pode fazê-lo por Trieste. São cerca de duas horas de carro, passando pela Eslovênia. Entre 1283 e 1797, Rovigno era uma das cidades

mais importantes de Istria e pertencia à República de Veneza. É possível comunicar-se em italiano na cidade, que é cercada pelo mar azul esmeralda e linda como um cartão postal. O turista interessado em arte e artesanato, além de gastronomia, tem em Rovigno ótimos motivos para encantar-se e retornar.'

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