NOVEMBRO DE 2015 • Nº 3 • ANO II
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•Você está preparado para a geração Z?
•Do limão uma limonada: as empresas que estão driblando a crise
ENTREVISTA • Renato Meirelles e seu olhar sobre a classe média brasileira
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FolheterIa
EDITORIAL
Empoderar
V
o jovem
ivemos um tempo formidável. O mundo se transforma em velocidade exponencial e suas novidades efetivamente impactam a todos. Negócios, rotinas, relações sociais, culturas. Para onde se olha há mudança, cenário revelador de que viveremos uma realidade diferente a cada ano. Cá no Brasil, enfrentamos nossos próprios desafios. Crises e crises, e o país parece caminhar para a consolidação da perda de sua maior oportunidade histórica, em termos de economia. Ao mesmo tempo, pela primeira vez em toda a história humana, é o jovem quem detém o poder do conhecimento. Não mais o ancião, dizem especialistas. E por um golpe do destino, neste mesmo período, o Brasil vivenciará a maior concentração de jovens em relação ao restante da população de toda a sua história. O Brasil nunca foi – e talvez nunca voltará a ser – tão jovem. Ou seja, ao mesmo tempo em que o país clama por ação e transformação, está sendo forjada uma enorme legião de jovens capacitados, éticos, inteligentes e atentos ao que acontece no mundo e no Brasil. Jovens que nasceram com a internet, que não entendem e não aceitam tanta ineficiência, não admitem intolerância, corrupção, desperdício, desmatamento, injustiça. Jovens sérios. Cidadãos do mundo – e do bairro –, aptos a realizar a transformação necessária, ou até muito mais do que ela. Essa força precisa ser utilizada. E cada vez mais. Trabalhamos nesse exato sentido porque acreditamos que o empoderamento do jovem é o empoderamento do otimismo, da melhor alternativa, da esperança. Há um enorme potencial
a ser empregado em benefício do Brasil, que, aliás, já começa a entregar, a se sentir o responsável pela realização do acredita ser o correto, para si e para todos. E isso contribuirá decisivamente para a construção do nosso melhor caminho. A melhor chance do Brasil são os jovens. Assim, é muito importante que se busque a maximização da “utilidade desse ativo”, na linguagem corporativa. Que se afirme, se acredite nessa força e que se dê atenção a sua adequada formação e canalização. E que se use, que se use logo. Nesta edição, buscamos compartilhar conhecimentos que evidenciam e sugerem caminhos novos, oportunidades, boas práticas e bons exemplos. Buscamos, em essência, contribuir para a intensificação do processo de empoderamento do jovem empreendedor capixaba. Boa leitura.
Luiz Felipe de almeida coelho Presidente da Fecaje
PRIVATE EQUITY É A ATIVIDADE PRINCIPAL DA APEX PARTNERS
RENATO MEIRELLES, DO DATA POPULAR, É ESPECIALISTA EM RETRATAR A CLASSE MÉDIA BRASILEIRA
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SUMÁRIO OS Z CHEGAM AO MERCADO DE TRABALHO COM NOVOS CONCEITOS E VISÕES DE MUNDO
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CONHEÇA A EXPERIÊNCIA DE QUEM ESTÁ APROVEITANDO A CRISE PARA CRESCER
A MESMA PERGUNTA, DOIS PONTOS DE VISTA. COM QUAL VOCÊ SE IDENTIFICA?
ECONOMIA COMPARTILHADA E AS OPORTUNIDADES DE NEGÓCIO QUE ELA GERA
INSTITUIÇÕES QUE OFERECEM CURSOS GRATUITOS EM EAD
AÇÕES DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL DA LORENGE QUE JÁ SÃO REFERÊNCIA
EXPEDIENTE PRESIDENTE Luiz Felipe de Almeida Coelho VICE-PRESIDENTE Duar Pignaton sECRETÁRIA eXECUTIVA Lorena Zucatelli
Federação Capixaba de Jovens Empreendedores (Fecaje) Av. Nossa Senhora da Penha, 2.053, 6º andar, Santa Lúcia, CEP: 29.045-403, Vitória/ES
DIRETOR DE PLANEJAMENTO Naone Garcia DIRETOR DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS Adriano Gomes Ohnesorge
DIRETOR aDJUNTO DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS Rodrigo Piassi
Produção e comercialização
Projeto Gráfico / Diagramação
DIRETOR DE eSTRATÉGIA POLÍTICA Robson Malacarne
(27) 3225.6119
(27) 3337.7249
DIRETOR DE tI Rodrigo Missagia Hulle DIRETOR aDJUNTO DE tI Clayton Silva DIRETOR DE INOVAÇÃO Renzo Oliveira Santos Colnago
Preview Editora Jornalista Responsável
Betty Feliz textos
Ariani Caetano
Link Editoração Impressão
Gráfica e Editora GSA
EMPRESA
chorar ou
vender lenços?
Dizem que o fundador do Wal-Mart, Sam Walton, certa vez teria dito a seus diretores: “Convoquei esta reunião sobre a crise para dizer que resolvemos não entrar nela”. Verdade ou não, a frase de Walton nunca foi tão dita e repetida, pelo menos por empresários que estão vendo neste momento de dificuldades uma oportunidade de inovar e crescer. Eles não são muitos, mas quem está praticando o mantra de Walton tem muito a ensinar
Leonardo carrareto triplicou o faturamento da WIs educação abrindo novos cursos e criando programa de fidelidade
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D
Ariani Caetano
e janeiro a junho deste ano, 232 mil empresas foram abertas em todo o Brasil. Ponto para os brasileiros empreendedores? Nem tanto. No mesmo período, 191 mil fecharam as portas, vítimas da cegueira causada pela crise financeira pela qual passa a economia brasileira. Os dados são da Secretaria da Micro e Pequena Empresa (SMPE), com base nos cadastros das Juntas Comerciais de todo o Brasil, e só corroboram o que todo mundo já sabe: o momento é de incerteza, cautela e moderação nas ações. “A história nos mostra que toda crise é passageira, porém os remédios são amargos e o tempo para que os efeitos positivos tenham eficácia vai depender de vários fatores, inclusive políticos”, afirma o gerente da Unidade de Acesso à Inovação e Tecnologia do Sebrae/ES, Mário
Barradas. Segundo ele, para superar o pessimismo e manter os negócios, o empresário precisa reduzir custos, manter o ponto de equilíbrio, diminuir o endividamento, eliminar desperdícios e adiar ou diminuir despesas. Felizmente, tem gente fazendo mais do que simplesmente praticar esse conselho. Na contramão das estatísticas mais pessimistas, há empresários fazendo o negócio crescer e prosperar, criando novas atividades e reformatando suas metodologias de trabalho. É o caso de Leonardo Carrareto, diretor-executivo da WIS Educação, criada em 2011 como uma empresa de cursos de Marketing. Até 2014 foi possível apenas criar e ofertar cursos com foco principalmente em Marketing digital, mas em 2015, como já havia vislumbrado Leonardo, não. Com as perspectivas bastante negativas para este ano e os inúmeros desafios que elas imporiam, o empresário se antecipou e resolveu mudar o foco da empresa, tornando-a uma escola de inovação. Com isso, novos cursos passaram a ser ofertados, em quatro novas áreas – Moda, Arquitetura, Gestão do esporte e Criatividade –, além dos tradicionais de Marketing e Comunicação. “O fato de termos nos antecipado à crise tem dado uma visibilidade até maior para a WIS”, conta Leonardo. Para a mudança existir e dar certo, foi preciso que ele e sua empresa se abrissem a parcerias, passando a contar com uma estrutura do que ele chama de curadores, que são os responsáveis por selecionar e preparar os cursos das novas áreas, que o próprio Leonardo não domina. “Essas pessoas são parceiros de negócios. Se eu não me abrisse para parcerias, iria morrer sozinho”, diz. Segundo o empresário, outras ações foram implementadas, como a disponibilização de mais horários para os cursos, para atrair mais interessados, e também a inauguração de um espaço próprio, e não mais a sublocação de salas para os cursos. Falando assim até parece que todas essas
A gente só inova quando se questiona, se faz mais perguntas e observa com mais criatividade” Leonardo Carrareto
mudanças exigiram um grande investimento financeiro, não é? Não. O mínimo possível, e para que isso fosse feito com muita segurança, a WIS criou ainda uma espécie de programa de fidelidade, em que os alunos pagam um valor mensal durante um ano e podem fazer sete cursos da casa nesse período. Com isso, além de o aluno ganhar descontos, os custos fixos da empresa ficam praticamente garantidos, afinal, criase uma previsibilidade da receita, que ajuda a empresa a manter sua estrutura. “Inovação é encontrar uma forma nova e melhor de fazer as coisas. Quando você encontra desafios, esse é o cenário mais fértil para fazer as coisas. Nos períodos de crise é quando mais se fala em inovação. É nele que se encontra mais resistência, e mais resistência te leva a inovar. Na zona de conforto, a gente não inova. A gente só inova quando se questiona, se faz mais perguntas e observa com mais criatividade”, defende Leonardo, cujas receitas triplicaram quando comparadas às que ele teve no mesmo período no ano anterior. De acordo com ele, a comunicação precisou ser mais ousada para se obter os resultados que ele objetivava, mas, ao mesmo tempo, ele reflete que talvez não tivesse chegado aos novos direcionamentos se não fosse a crise. “Crise é o melhor momento para você inovar. E inovação, querendo ou não, te diferencia e distingue os líderes dos seguidores”, ensina o empresário.
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EMPRESA
FRANQUEAR PARA CRESCER Seguindo a mesma cartilha, Alexandre Maffra, sócio e diretor-executivo da Tourlines, colocou em prática justamente no ano que se desenhava como um dos piores da década um projeto que já estava sendo pensado havia dois anos. A empresa, uma operadora de turismo com mais de 20 anos no mercado capixaba e com unidades em outros estados do Brasil, abriu-se a franquias, como modelos inclusive home office. Hoje são mais de 60 franquias da Tourlines no Brasil inteiro, mais concentradas no Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo, mas também no Nordeste e Sul. “A empresa continua sendo uma operadora, com a vantagem de ter uma rede de franquias. O benefício de ser franquia é que você consegue uma expansão muito rápida da sua marca. E enquanto operadora e fornecedora, consegue uma fidelidade de 100%. Com esse volume criado da rede própria de franquias, conseguimos diminuir diversos custos, inclusive para que o negócio do franqueado seja mais competitivo”, explica Alexandre. O modelo da Tourlines contempla franquias de lojas físicas, de conversão e de home office. Esta exige um investimento de R$ 6.600, o que representa para o fraqueado também uma oportunidade, já que o permite montar um negócio com uma série de benefícios, como flexibilidade
e custos fixos reduzidos, e ainda atuar num modelo moderno de negócios, que tem tudo a ver com os dias de hoje. “O conceito da rede é interessante nos tempos de crise porque você consegue com poucos recursos implantar diferenciais no mercado. Como no ano passado não tínhamos franquias, neste ano estamos experimentando um crescimento de quase 100% no faturamento da rede própria. As franquias têm colaborado com um aporte de 20% no faturamento total da empresa”, afirma o empresário. Ainda de acordo com ele, tendo uma rede 100% fiel e exclusiva, a empresa acaba garantindo uma receita que, se não fosse ela, estaria sendo dividida entre todos os concorrentes. “O mercado de turismo é muito fragmentado, e com a rede própria a gente se estabelece e tem um resultado melhor.” Para Alexandre, a necessidade obriga a ser mais criativo, ao passo que quando o mercado está em ascensão, o empresário acaba se acomodando. “Quando estamos em crise, temos que criar alternativas para que as coisas aconteçam. É sempre um momento de repensar a empresa e rever a estrutura, para ver se algo está inchado. Do ponto de vista da inovação do negócio, a crise é o melhor momento”, avalia.
Foto: Cloves Louzada
Franqueando o negócio, alexandre maffra mantém mais de 60 novas unidades, que colaboram com um aporte de 20% no faturamento da tourlines
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ESTE É O MOMENTO O gerente Mário Barradas, do Sebrae/ES, é da mesma opinião. “Inovar é preciso, assim como criar novos serviços ou ampliar os existentes. É preciso ouvir o que os clientes estão dizendo, entendê-los e atendê-los com soluções, e não apenas com produtos e serviços, de forma descomplicada e ágil”, reforça. Para o consultor, este também é o momento para se reciclar e buscar qualificação profissional, tanto para o empresário quanto para seus colaboradores. “Em épocas de crise é muito importante participar de um número maior de eventos para ter uma avaliação externa da crise e do cenário traçado para o futuro. É um ótimo momento também para o compartilhamento de
experiências e soluções adotadas por outros empresários que estão vivendo a mesma situação”, ensina. Outra solução, segundo ele, é otimizar os processos produtivos e rotinas administrativas da empresa. “Não reduzir o investimento em Marketing só porque as vendas estão baixas. É justamente nessa situação que o empresário deve investir mais ainda para atrair clientes para o seu negócio. Uma boa estratégia é o investimento em Marketing digital, pois além de ser mais barato do que o convencional, pode ter seus resultados mensurados nos mínimos detalhes. O empresário também deve ter um plano de mídia competente, isto é, um plano que alcance o seu mercado e este o entenda.”
Para o gerente do sebrae/es mário Barradas este é o momento de ouvir os clientes, qualificar-se e otimizar os processos
O QUE NÃO FAZER EM MOMENTOS DE CRISE 1) Descuidar da gestão do negócio: o empre-
sário jamais deve negligenciar o gerenciamento e o controle do capital de giro. Deve evitar os bancos ou tentar negociar taxas mais atrativas, seja para empréstimos ou descontos de duplicatas. Evitar o factoring. 2) não incentivar a criatividade: o empresá-
rio deve colocar a sua criatividade e de seus colaboradores para trabalhar. Ele deve estar aberto a sugestões e não deve criar qualquer tipo de barreira a mudanças. Em momentos de crise é que avaliamos de forma mais
contundente o valor que poderíamos estar entregando aos clientes e que ainda não foi agregado ao nosso produto ou serviço. 3) tomar decisões precipitadas: a redu-
ção massiva de pessoal é desaconselhável, tal qual fazer contratações indiscriminadamente. Devemos sempre lembrar que existe um “depois da crise” e é preciso pensar nele. O empresário tem que imaginar como pode ficar o setor e planejar a busca de novos mercados e produtos para quando a crise terminar. Fonte: Mário Barradas, Sebrae/ES
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CARREIRA
Os
Z entram
em campo
Primeiro vieram os baby bommers, os X, os Y e agora os Z. A sopa de letrinhas engrossou, e estes últimos já estão dando expediente no mercado de trabalho. Se bem que “dar expediente” não é bem o que eles querem
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Ariani Caetano
s novatos da geração Z, ou seja, os nascidos a partir do início dos anos 90, compõem o novo time escalado para o mercado de trabalho. Até 2020 eles serão 20% da mão de obra e já estão inaugurando novos hábitos corporativos. Não é para menos. Esse pessoal está levando para dentro do escritório seus conceitos, perspectivas e visões de mundo. E isso muda muita coisa no jogo de tabuleiro das gerações. Eles são imediatistas, mais empreendedores, menos focados em dinheiro e preferem trabalhar de casa. Os Z também prezam a honestidade, cresceram imersos na tecnologia e se entediam com uma semana típica de trabalho. Mais importante ainda: eles sabem muito bem o que querem, para a vida e o trabalho. Uma pesquisa realizada pela líder mundial em recrutamento especializado Robert Half em parceria com a comunidade global de estudantes, acadêmicos e líderes de negócios Enactus com 770 jovens da geração Z, por exemplo, mostra ao mundo quais são seus sonhos de carreira. Para 41% dos entrevistados, as empresas médias são
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o local ideal para trabalhar, seguido de grandes companhias (38%) e startups (14%). O estudo também mostra que 45% preferem trabalhar em salas individuais a dividir espaço com outros colegas, mas quando o assunto é comunicação, 74% preferem conversar pessoalmente. O equilíbrio entre a vida pessoal e profissional é a principal preocupação de carreira para esses jovens (28%). Depois vêm questões como ganhar dinheiro (26%) e garantir um emprego estável (23%). A estabilidade na empresa, entretanto, dependeria das oportunidades de crescimento profissional, já que 32% dos entrevistados esperam gerenciar equipes em cinco anos. Nem os chefes escapam de tanta exigência. Para 38% dos jovens Z, honestidade e integridade são o que mais importam nos chefes, bem como a capacidade de compartilhar experiências (21%). “Pelo fato de já terem nascido em contato com a internet e viverem conectados com o mundo digital, essa geração já vem com um ‘plus’ para encarar os desafios do mercado: espontaneidade, dinamismo, criatividade e inovação são características dessa geração e que são muito bem
cargos iniciais para conhecimento do trabalho, com acompanhamento extremamente próximo de líderes e gestores e demais profissionais mais experientes, proporcionando um espaço de aprendizado técnico e comportamental no ambiente organizacional, além da possibilidade de conquistar novos cargos conforme seu desempenho”, revela a gerente de Recursos Humanos da empresa, Mirella Destefani. Como a gestora mesmo já observou, “esses jovens são mais curiosos e interessados em assuntos diversos, estão o tempo todo conectados e se informando sobre qualquer assunto, contribuindo com criatividade e inovação às suas atividades. Trazem também um novo formato de relacionamento com o trabalho e com as pessoas. Por serem críticos e questionadores, criam um ambiente rico de novas ideias e pontos de vista diferentes”.
Espontaneidade, dinamismo, criatividade e inovação são características dessa geração” Juliana Cardoso
Foto: Cloves Louzada
vistas pelo mercado de trabalho”, destaca a sócia e consultora em Recursos Humanos da Psicoespaço, Juliana Cardoso. Segundo ela, essa geração não se contenta com rotinas e muito menos em permanecer por anos na mesma empresa, fazendo carreira ou até mesmo pensando em se aposentar. “Isso parece estar muito distante da realidade deles. Por exemplo, o sonho da geração formada em 1999 era iniciar a vida profissional ocupando cargos de estágio ou trainee em grandes empresas, construindo uma carreira até chegar ao cargo de gerente ou diretor. Hoje, já é totalmente diferente. O mundo e as pessoas mudaram, e com eles o comportamento dos jovens. As empresas precisam acompanhar essa tendência também. Os gestores precisam aproveitar ao máximo o perfil dessa geração enquanto eles ainda fazem parte de seu quadro de funcionários, pois, salvo exceções, pode ser que em um ano ele já tenha tomado outros rumos.” E se os Z entram no mercado de trabalho já sabendo o que querem, as empresas também precisam se adequar para incorporar esses jovens aos seus quadros sem gerar conflitos com as outras gerações. “Tanto os profissionais da geração Z quanto de outras gerações precisam saber se relacionar, estar abertos a novas ideias e novos desafios e a pensar fora da caixa, pois se corre o risco de irem de encontro a culturas organizacionais mais conservadoras e engessadas. Cada geração tem a sua contribuição, e buscar o equilíbrio é fundamental. O objetivo é minimizar os conflitos que podem ser gerados. O foco dos empregadores deve ser sempre buscar melhorar as relações interpessoais”, avalia Juliana. Na empresa de tecnologia ISH, por exemplo, os Z foram naturalmente sendo contratados por conta das características das oportunidades de emprego que a empresa oferece, que são muito atrativas a esse público. “A empresa se relaciona com eles oferecendo oportunidades de estágio com possibilidade de efetivação, além de
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CARREIRA
eLes QUeRem cResceR Há poucos meses na ISH Tecnologia, o estagiário de Service Desk Thalles Trancoso, de 19 anos, personifica bem o jovem da geração Z, afinal, sua maior motivação profissional é o crescimento na carreira. “Acredito que não ter limites quando se trata de crescer, atingir metas, realizar contatos e se vincular a diversos outros tipos de profissionais. Isso é muito mais proveitoso e contribui melhor para o meu desenvolvimento profissional do que apenas um bom salário”, diz. Thalles também é do time que acredita que sua produtividade aumentaria bastante se trabalhasse de casa. “Profissionais que trabalham de casa precisam ter grande responsabilidade e compromisso com a empresa, mas me adaptaria muito bem. Um ambiente confortável e flexível (em casa ou na própria empresa) contribui bastante para a produtividade dos funcionários”, avalia. Com 23 anos, o técnico em microinformática da ISH Lucas Pereira da Silva também acredita que o crescimento profissional é seu maior motivador profissional. Reconhecimento salarial, para ele, é importante, mas consequência da tão almejada ascensão profissional. “Os jovens da minha geração estão cada vez mais em busca de um aprendizado numa velocidade muito acelerada, pois a informação e o conhecimento
thalles, mirella e Lucas: os Z são muito bem-vindos na empresa de tecnologia
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estão disponíveis na palma da mão e em todos os lugares. Minha motivação é ter a oportunidade de aplicar meus conhecimentos em novas situações, adquirir novas experiências e oportunidades”, diz. Para ele, a prática de trabalho em home office e a flexibilidade nos horários bem que poderiam ser regra nas empresas atualmente. “Sinto que a minha produtividade fica ainda melhor quando trabalho de casa. Entretanto, é de fundamental importância estabelecer uma relação de confiança com a empresa e se comprometer com prazos e entregas.” Por meio de um banco de horas, e desde que previamente acordado com o gestor, a ISH permite ao funcionário trabalhar de casa ou flexibilizar seu horário, o que possibilita ao funcionário conciliar sua rotina profissional com suas demais necessidades. “A empresa realiza pesquisas de mercado para oferecer propostas atraentes de remuneração e benefícios para esse público. Também possuímos área de vivência com mesa de sinuca, videogame, espaço para refeições e jardim”, revela Mirella. Regalias? Não, apenas pequenas gentilezas a quem contribui com ideias, opiniões e propostas diferentes de trabalho e que trazem bons resultados.
“A educação deve possibilitar ao corpo e à alma toda a perfeição e a beleza que podem ter.” Platão
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BA B M Y ER
AS GERAÇÕES
• Nascidos logo após a Segunda Guerra Mundial. • Preferem empregos fixos e estáveis.
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GE
RA ÇÃ O
• Querem ser reconhecidos por sua experiência, não pela capacidade de inovação. • Workaholics, hoje ocupam cargos de diretoria e gerência, exercendo funções de chefia, muitas vezes em nível estratégico. • Nascidos entre o início dos anos 60 e final dos 70. • Fazem uso dos recursos tecnológicos promovidos pela geração anterior e sentem-se à vontade com eles. • Caracterizam-se por certa resistência ao que é novo e insegurança em perder o emprego para os mais jovens. • Querem atingir os objetivos profissionais e, ao mesmo tempo, ter qualidade de vida.
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Conheça, desenvolva e potencialize suas competências.
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• Desejam novas experiências e querem rápida ascensão profissional.
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Você sabe o que é private equity? Trata-se de uma atividade financeira em que instituições investem essencialmente em empresas que não são listadas em bolsa de valores com o objetivo de alavancar seu desenvolvimento. Foi para trabalhar prioritariamente com esse tipo de operação que a Apex Partners foi fundada, há quase três anos 14
Ariani Caetano
udo começou com dois jovens empreendedores, Tiago Pezotti e Fernando Cinelli, com experiência no mercado financeiro e em gestão, respectivamente. Com uma boa base em business, conferida especialmente pela formação na Fucape, eles fundaram a Apex, com recursos de poupança e que teria como missão buscar oportunidades de compra de empresas em economia real no mercado, dar a ela um choque de gestão, melhorar sua performance e fazer sua venda, em um período pré-definido. “Realizar a compra de empresas e dar o choque de gestão sempre foi o nosso foco. Juntamos investidores, fazemos aquisição da empresa, assumimos a gestão e depois oferecemos esse investimento para o mercado. Nesse modelo, temos hoje seis lojas do Giraffas. Analisamos o negócio, vimos que ele fazia sentido, calculamos o montante total do investimento e fomos ao mercado buscar esse recurso. O primeiro investimento foi de cerca de R$ 1 milhão, separados em dez cotas de R$ 100 mil. A primeira loja está operando desde o ano passado, e desde o começo sabíamos
Foto: Cloves Louzada
financeiro
de vida Pedro chieppe e Fernando cinelli, ceo da apex Partners
que não seria uma loja só, porque você não consegue gerar economias de escala e aumentar a margem com uma loja só. E hoje estamos com seis unidades: shoppings Moxuara, Vitória, Boulevard, Mestre Álvaro e Praia da Costa e Carone Mall”, explica o head Marketing da Apex Partners, Pedro Chieppe Ferraço. Esse tipo de investimento é uma oportunidade para muitos investidores que querem participar dos ganhos, mas não têm acesso ao mercado, não querem empreender ou não têm tempo de gerir mais um negócio. “A Apex dá a essa pessoa a oportunidade de ser dona de uma empresa sem precisar estar envolvido no seu dia a
dia, sem estar em sua gestão, e isso constitui a maior vantagem para o investidor”, conta Pedro. De acordo com ele, a empresa hoje tem uma estrutura de 14 sócios, sendo que nove atuam diretamente no negócio, e cerca de 20 funcionários, numa média de idade de 25 anos. “Quando a pessoa entra para a Apex, a gente diz que a quer como sócia. Isso porque nesse tipo de mercado não tem profissional meia boca, só de alta performance. Temos uma equipe enxuta que dá conta de fazer vários negócios. A juventude de hoje em dia não vê graça mais em ir para multinacionais viver aquela hierarquia de nunca ver seu diretor, não ter opinião. Então, tentamos
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CASE
trazê-los para as decisões e rotinas, criando um ambiente que colabore para o desenvolvimento. A gente quer a pessoa que sonha, que vive com isso”, afirma o empresário. A empresa atua como uma holding controladora que possui duas unidades de negócio: Finanças Corporativas e Investimentos Proprietários. Nestes são estruturados clubes de investimentos, como é o caso da AFS, controladora dos restaurantes Giraffas, mas que têm por objetivo ter outras marcas no portfólio. Além disso, a Apex Partners também trabalha com finanças corporativas, com uma espécie de aconselhamento financeiro.
Queremos ser reconhecidos como o principal player do mercado financeiro do Espírito Santo” Pedro Chieppe Ferraço
O serviço, que foi inicialmente feito somente para a própria empresa, passou a ser oferecido para o mercado, com boa aceitação. “Temos como diferencial promover o desenvolvimento do mercado financeiro, do mercado de capitais e da qualidade de vida. Em países do norte e na Europa, você tem mercados muito desenvolvidos e melhores oportunidades de investimento e isso, de alguma forma, vai impactando na melhoria da qualidade de vida. No Espírito Santo, não tem ninguém fazendo isso. Então, através da nossa vontade de empreender a gente viu a oportunidade de atuar nesse mercado”, diz Pedro. “Temos metas financeiras e de capital sobre gestão, mas a curto prazo queremos ser
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reconhecidos como o principal player do mercado financeiro do Espírito Santo, de forma que qualquer pessoa ou empresa que precise de uma assessoria, antes de qualquer contato, veja a Apex como um potencial parceiro para ajudá-la nesse momento. A Apex existe porque busca revolucionar o mercado financeiro no Espírito Santo, com foco em melhorar a qualidade de vida no Estado. E nosso principal diferencial é essa relação muito próxima com os investidores, além de o mais transparente possível, porque o nosso melhor comercial é o investidor satisfeito”, revela Pedro. Para ele, há muitas oportunidades no Estado, apesar de o momento ser de muitas incertezas. “Ele se desenvolveu e agora está na hora de o ciclo fazer a volta, com novos gestores assumindo as empresas. É neste momento que você vê oportunidades.” A receita do sucesso? Promover uma gestão muito próxima ao investidor e participativa. “Nossos investidores podem, de alguma forma, participar e opinar sobre a gestão do negócio, claro que respeitando sempre a governança corporativa. Uma coisa é você ser investidor do BTG, e nunca ver o seu sócio ou o gestor do seu fundo; outra é você ter sempre contato, conhecer os relatórios e os números pessoalmente. Assim, os investidores vão se conhecendo e fazendo negócios entre eles, o que vira um ecossistema muito pró-business”, reflete Pedro.
OUTROS NEGÓCIOS Além das seis unidades do Giraffas, que compõem a Apex Food Service, a empresa tem buscado outras fontes de investimento. Uma delas é uma aquisição no mercado de agronegócio, que ainda está em estudo, e outra é no mercado imobiliário. Em parceria com uma incorporadora, a empresa está buscando investidores para a construção de um residencial de 77 unidades na Reta da Penha, em Vitória.
ENTREVISTA
De olho Ela surgiu, se consolidou e hoje 56% dos brasileiros pertencem a ela. A classe média é um fenômeno social e econômico que vem ganhando força e, cada vez mais, definindo os rumos do país. Para ter ideia de sua importância, a classe emergente vai movimentar R$ 1,35 trilhão somente neste ano. Não é pouco. Como afirma Renato Meirelles, “as classes C e D têm um jeito de lidar com a adversidade que faz com que fiquem mais preparadas para momentos de crise.” 18
Foto: Patrícia Cruz
nela
Se a classe média brasileira formasse um país, estaria no G20 do consumo mundial”
o DATA POPULAR É PIONEIRO E REFERÊNCIA EM PESQUISAS COM AS CLASSES c, D E e. POR QUE ESTUDAR ESSE UNIVERSO SOCIAL? Renato Meirelles O Data Popular começou em 2001, quando ninguém acreditava em classe média. Há quase 15 anos estudamos com lupa a importância Ariani Caetano econômica do mercado emergente brasileiro. e há um especialista em mercados No início, a gente até levou prejuízo porque as emergentes no Brasil, é ele. O comu- empresas não acreditavam que a classe ménicólogo, colunista e articulista de veícu- dia fosse virar esse fenômeno que virou hoje. los da imprensa nacional Renato Meirelles fun- A classe média surgiu e se consolidou. Hoje, o dou e preside o Data Popular, instituto criado Data Popular faz pesquisas e ajuda as empreem 2001 que é pioneiro e referência no conhe- sas no que se diz respeito ao desenvolvimento cimento das classes C, D e E. A empresa atua no de estratégias de negócios para as classes C e D. desenvolvimento de estudos e análises para entender o comportamento do novo brasileiro que e COMO PODEMOS DEFINIR A CLASSE c? eLA É O MAIOR FENÔMENO SOCIAL NO BRASIL? cresceu socialmente depois de mudanças econôNo Data Popular, não trabalhamos com classe somicas da última década. Após conduzir pesquicial. Trabalhamos com classe econômica, que é, sas mercadológicas, liderar processos de inovabasicamente, renda e vai de R$ 354 a R$ 1.240 ção de produtos e auxiliar no desenvolvimento (por pessoa da família). Pode parecer baixo uma de marcas e planos de marketing para compafamília ser classificada como classe média, mas nhias nacionais e multinacionais, o Data Poputrata-se de classe econômica e não de classe solar se tornou especialista na realização de estracial. Com o aumento do emprego formal, a ecotégias de negócios para o consumidor brasileiro. nomia começou a crescer. E isso fez a classe méRenato também foi colaborador do livro “Vadia crescer. O auge foi em 2010. rejo para baixa renda”, publicado pela Fundação Getúlio Vargas, e autor do “Guia para en- a CLASSE c AINDA É O MOTOR DE CONSUMO frentar situações novas sem medo”, publicado NO PAÍS? o QUE ISSO REPRESENTA? pela Editora Saraiva. Em 2012, integrou a co- Hoje 56% dos brasileiros são da classe C, que missão que estudou a Nova Classe Média, na Se- vai movimentar R$ 1,35 trilhão neste ano. A cretaria de Assuntos Estratégicos da Presidên- classe C cresceu muito nos últimos e vai concia da República. E em 2013, fundou o Data Fa- tinuar crescendo. Se a classe média brasileivela, especializado em análises profundas so- ra formasse um país, estaria no G20 do conbre as comunidades brasileiras. No Data Po- sumo mundial. Apesar da insatisfação com os pular, especificamente, conduziu diretamen- rumos da economia, a classe média está otite mais de 300 estudos sobre o comportamen- mista com a vida pessoal e acredita que a vida to do consumidor emergente. vai melhorar em 2015.
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ENTREVISTA
FALANDO EM ECONOMIA, COMO A CLASSE MÉDIA TEM DRIBLADO A CRISE? Como o PIB parou de crescer e a economia parou de alavancar, o mau humor da classe C é muito grande. O que a gente tem visto hoje é uma classe C correndo para pagar as contas. Nossas pesquisas mostram que boa parte dos trabalhadores da classe C faz bico para ter uma renda extra. Do outro lado, troca as marcas caras por mais baratas, estoca produto quando está em promoção, faz compras coletivas no atacado, pesquisa mais os preços e reaproveita melhor os alimentos. nESTES TEMPOS DE INSTABILIDADE ECONÔMICA E POLÍTICA, QUAIS SÃO AS DIVERGÊNCIAS E CONVERGÊNCIAS DE PENSAMENTO E COMPORTAMENTO ENTRE AS CLASSES a E B E c, D E e? O brasileiro sabe se virar e transformar crise em oportunidade. Enquanto a classe C está vendendo lenço, a classe A está chorando. Para a classe C, crise não é exceção. Crise é regra. O brasileiro da classe C cresceu na crise, aprendendo a se virar. No Brasil, mais de 2 milhões de pessoas divide o plano de wi-fi com os amigos. As classes C e D têm um jeito de lidar com a adversidade que faz com que fiquem mais preparadas para momentos de crise, mesmo sem ter tanta poupança, sem crédito, sem as opções que as classes A e B têm. o BRASILEIRO, DE FORMA GERAL, ESTÁ OTIMISTA OU PESSIMISTA COM ESSE PANORAMA ECONÔMICO E POLÍTICO? Como a economia parou de crescer, os sonhos dos brasileiros foram perdendo forças. Temos hoje em dia um brasileiro mal-humorado e pessimista com os rumos da economia e da política do país. A população anseia por um discurso que ofereça uma nova perspectiva para o Brasil. O brasileiro quer mudanças sim, mas não a qualquer custo. Ele quer saber para onde vai.
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oS REFLEXOS DE TODOS ESSES DESAFIOS (DESEMPREGO, JUROS ALTOS, INFLAÇÃO...) SÃO CAPAZES DE DEFINIR UMA NOVA CLASSIFICAÇÃO ECONÔMICA? HAVERÁ MUDANÇA NOS ESTRATOS MOTIVADA PELAS CONSEQUÊNCIAS DA CRISE? Não acredito em retrocesso. Acontece que o Brasil veio de uma trajetória de crescimento da economia e aumento do otimismo muito grande nos últimos anos. Tivemos um overpromise (excesso de expectativa) em relação ao futuro e, como isso não se concretizou, trouxe insegurança à população. UMA PESQUISA RECENTE DO DATA POPULAR MOSTROU QUE 92% DOS ELEITORES CONCORDAM QUE “TODO POLÍTICO É LADRÃO”. tEMOS UMA NOVA CONSCIÊNCIA POLÍTICA SURGINDO OU SÃO ECOS PASSAGEIROS DE INSATISFAÇÃO? Quando a gente fez essa pesquisa, nosso objetivo era entender o real peso que a corrupção tinha na sociedade brasileira e quanto ela estava associada à classe política ou se era algo exclusivo do atual governo. Conseguimos perceber diferenças claras entre as pessoas que avaliam de forma negativa o governo. Separamos o eleitorado insatisfeito com o governo em dois grupos. De um lado, estão os oposicionistas, representados por 36% do eleitorado. São pessoas que não votaram na presidente Dilma e que avaliam o governo como ruim ou péssimo. Mas a gente
Para a classe C, crise não é exceção. Crise é regra.”
Foto: Patrícia Cruz
Várias crises assolam o país, mas a maior é a falta de perspectiva”
percebeu também o grupo dos insatisfeitos ou decepcionados com o governo. Eles representam 44% do eleitorado. São pessoas que votaram na presidente Dilma ou têm uma lembrança positiva do governo Lula, mas que avaliam o governo atual da presidente Dilma como ruim ou péssimo. Mas o que os unem? A insatisfação com o governo. O que os separa? A visão de Brasil, a visão de Estado, o tipo de governo que eles acreditam ser melhor para o Brasil. Esses 44%, que são maioria, estão decepcionados porque a presidente Dilma não conseguiu implementar a visão de Estado que eles imaginavam ser ideal, aumentando o Bolsa Família, ampliando o Mais Médicos e fazendo com que o Prouni e o Fies consigam atender mais pessoas. a CRISE QUE VIVEMOS É MAIS ECONÔMICA, POLÍTICA OU DE PERSPECTIVA? POR QUÊ? É verdade que várias crises assolam o país, mas a maior crise que o Brasil vive hoje é a falta de perspectiva. O brasileiro não enxerga uma luz no fim do túnel. O Brasil tinha a hiperinflação, estava em crise, mas a população sabia para onde estava indo. Hoje, o brasileiro tem dificuldade de enxergar para onde está indo, e isso aumenta a insegurança.
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PINGA-FOGO
Qual é a sua opinião? “Neste momento em que o país discute seus rumos para enfrentar uma crise política e econômica, qual deve ser o tamanho da participação e interferência do Estado?” FIZEMOS ESSA PERGUNTA PARA OS ESPECIALISTAS ARLINDO VILLASCHI E FÁBIO OSTERMANN. CONFIRA A OPINIÃO DELES.
REQUALIFICANDO A PARTICIPAÇÃO DO ESTADO NA ECONOMIA BRASILEIRA A necessária presença do Estado na economia brasileira precisa ser redirecionada. De fonte de incentivos a grandes empresas nacionais e estrangeiras e ao capital financeiro mundializado, é chegada a hora de o Estado voltar-se para o fomento e o apoio às micro, pequenas e médias empresas (MPMEs). Estas são, em sua grande maioria, de capital nacional e as maiores geradoras de emprego e multiplicadoras de renda na economia. Mas, diante da volatilidade das finanças internacionais, evitam riscos inerentes a essa volatilidade e, por isso, são muito cautelosas na hora de investir e de inovar. Instrumentos de crédito, incentivos e poder de compra do governo devem priorizar MPMEs em áreas que vão desde o fornecimento de bens e serviços a ações governamentais. Esse redirecionamento para que o país volte a crescer menos dependente de suas exportações de commodities intensivas em recursos naturais não renováveis necessita de uma requalificação da forma como o governo brasileiro desenha e operacionaliza políticas de desenvolvimento. Instrumentos importantes como o BNDES, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica
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Federal precisam ser repensados a partir das especificidades de MPMEs. O apoio à competitividade nos mercados interno e externo dessas empresas necessita de novos conteúdos nos incentivos e financiamentos à ampliação da capacidade produtiva e a inovações, principalmente as de maior conteúdo tecnológico. Para que esse apoio se torne efetivo, é necessária a requalificação de instâncias de poder público e em seus níveis federal, estadual e municipal, bem como nas instâncias de representação empresarial e da sociedade civil. Como o uso do cachimbo faz a boca torta, mudar a prioridade desses diversos agentes de grandes conglomerados para as MPMEs é tarefa complexa. Mas deve ser buscada, se é que o Brasil quer construir uma economia contemporânea, como o que acontece no chamado mundo desenvolvido. arlindo Villaschi é economista e professor de economia da Universidade Federal do espírito santo (Ufes)
MAIS BRASIL, MENOS BRASÍLIA Um dos grandes debates de ideias subjacentes ao embate político no Brasil passa necessariamente pela participação do governo na economia. Alguns ainda teimam a ignorar esse debate, acreditando tratar-se apenas uma mera questão numérica ou contábil. Essa incompreensão do alcance da economia em nossas vidas é, aliás, um dos principais componentes do nosso fracasso econômico – afinal, quando a opinião pública em sua maioria acredita que “ninguém come crescimento econômico”, o trabalho de políticos demagogos é imensamente facilitado. Quando falamos em emprego, por exemplo (variável econômica visceralmente ligada ao próprio crescimento/desenvolvimento econômico de uma nação), ainda impera entre nós, infelizmente, a mentalidade de que é o governo quem cria empregos. Nada mais longe da realidade. Um político só “cria emprego” quando aumenta o número de funcionários públicos ou subsidia a contratação de empregados na iniciativa privada. De um modo ou de outro, ele não está “criando” empregos, mas meramente transferindo-os de um lado para outro da economia. Explico: o dinheiro para pagar o salário dos funcionários do governo ou das empresas subsidiadas vem dos impostos que pagamos; esses impostos vêm de dinheiro que, de outra forma, estaria livremente circulando no mercado em mãos de cidadãos e empresas que o alocariam de acordo com suas preferências e valorações subjetivas. Ao tomar recursos da sociedade para alcançar seus fins, o governo acaba eliminando oportunidades de criação de emprego no setor privado. Só quem cria emprego é o empreendedor, por meio da inovação e do processo de descobertas de lucro não aproveitadas no mercado. Ao vislumbrar novas maneiras de alocar
os recursos existentes que gerem mais satisfação aos seus consumidores, o empreendedor cria riqueza e, com ela, novas oportunidades de trabalho em profissões que nem se imaginava que poderiam existir. O melhor que um governante pode fazer é eliminar barreiras e obstáculos ao processo de descoberta de oportunidades empreendedoras no mercado. Reduzir a burocracia, diminuir a tributação, dar mais autonomia às partes para que possam cooperar livremente de acordo com seus próprios interesses. Tentar agir ativamente em nome da criação de postos de trabalho vai apenas criar distorções no mercado, beneficiando grupos poderosos que dispõem de canais políticos para influenciar a tomada de decisão na formulação de políticas públicas supostamente pró-emprego. Sempre à custa do consumidor e, em especial, do trabalhador mais pobre e menos qualificado, a quem só resta o desemprego ou a informalidade, pois os eventuais contratantes de sua mão de obra menos produtiva terão menos recursos para contratá-lo. A atual crise coloca frente à nossa classe política uma nova oportunidade para, do alto de sua arrogância dirigista, demonstrar humildade e entender que é mais fácil um humilde pipoqueiro criar um emprego do que um presidente da República fazê-lo. Para termos mais crescimento econômico e, é claro, mais emprego, precisamos de mais Brasil e menos Brasília!
Fábio ostermann é cientista político, fundador e membro da coordenação nacional do movimento Brasil Livre (mBL)
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ESPECIAL
Você está preparado para
?
compartilhar
Netflilx, Amazon, Uber, Airbnb... Você pode até não utilizá-los, mas certamente já ouviu falar deles. Junto a outras centenas de aplicativos de compartilhamento, eles estão no cerne de discussões cada vez mais polêmicas que, acima de tudo, revelam que a economia compartilhada é (ou deveria ser) o melhor modelo econômico, principalmente para países em desenvolvimento. Mas o que é afinal, a economia compartilhada, de compartilhamento ou ainda economia colaborativa?
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Ariani Caetano
rosso modo, esse modelo econômico pode ser definido como aquele que tira a ociosidade de um recurso (produto, serviço ou mesmo tempo) compartilhando -o com outras pessoas. É o que acontece, por exemplo, quando você começa a alugar para estranhos aquela prancha velha que não vê o mar há tempos ou aquele quartinho no seu apartamento para quem precisa ficar por poucos dias na sua cidade. Parece mais um claro exemplo de gentileza entre estranhos, não é? Em tese, sim, mas de forma remunerada e criteriosa e cujas possibilidades se ampliaram sobremaneira graças à internet. Não é exagero dizer que foi a grande rede que possibilitou o acesso de quem quer fazer algo a alguém que precisa de alguma coisa. Sites e aplicativos como Aliexpress, Mercado Livre e OLX estão aí para provar isso. Nenhum deles vende nada do que anuncia e nenhum tem estoque, mas eles permitem que compradores encontrem vendedores e exibem os rankings de confiança construídos a partir das próprias experiências de compra das pessoas. Da mesma forma, o Uber não tem uma frota ou o Airbnb não é dono de milhares de imóveis pelo mundo, mas eles unem quem precisa dos serviços com quem os tem para oferecer, amarrando tudo numa rede que só faz aumentar e cujas cifras só tendem a crescer. Para se ter ideia da importância que vem ganhando a economia compartilhada, segundo dados da Price Water House Coopers, a projeção de movimentação global desse tipo de economia em 2025 é de US$ 335 bilhões. Só em 2013, o sistema movimentou cerca de US$ 3 milhões, de acordo com a revista Forbes. E o melhor: 70% dos entrevistados de uma pesquisa da consultoria Nielsen na América Latina estariam dispostas a participar de serviços de compartilhamento. Ainda tem dúvida de que na colaboração pode estar uma excelente oportunidade de negócio?
“O que fica cada vez mais claro é que a economia compartilhada é uma forma mais eficiente de distribuir recursos do que outros modelos. Isso porque ela é mais descentralizada, menos burocrática, responde à demanda mais rápido, é mais granular. Basta que o recurso ocioso exista para você começar a utilizá-lo”, ressalta o professor do mestrado em Economia Criativa da ESPM-Rio Fabro Steibel. De acordo com ele, se o presente já é compartilhado, o futuro será ainda mais. “O que a gente vê é uma multiplicação de intermediários, para
A economia compartilhada é uma forma mais eficiente de distribuir recursos do que outros modelos” Fabro Steibel
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ESPECIAL
termos cada vez mais pequenos e médios atores atuando nessa corrente de serviços. Até porque é mais sustentável, eficiente e rápido criar novos usos para coisas que já existem”, afirma. Segundo o professor, esse é um mercado sem limites. “A cada dia teremos mais tipos de serviços sendo oferecidos. No caso de quartos compartilhados, por exemplo, a cada dia vão surgir mais quartos, de diferentes tamanhos. A internet permite a interação em grande escala, mas o que estamos vendo é só o começo do que ela pode fazer.” Para além das potencialidades desse mercado compartilhado, há que se ressaltar que
ele ainda colabora para, cada vez mais, profissionalizar os negócios na chamada economia tradicional. “O aplicativo do Uber, por exemplo, tem o esquema da reputação do motorista e da transparência das transações. A partir do momento que a gente passa a valorizar mais isso, o mercado de táxis se transforma. Não há perda de mercado para a economia compartilhada, quando se há, principalmente, transparência, qualidade, custos competitivos. O que a gente espera é que a partir da economia compartilhada, as empresas possam remodelar seus modelos de negócio”, observa Fabrício.
COMPARTILHAR COMO OPORTUNIDADE DE NEGÓCIO Se você não tiver nem um quartinho, nem uma prancha para alugar, ainda assim pode fazer parte dos negócios que a economia do compartilhamento tem proporcionado. Basta que possa oferecer o seu ou contratar o tempo ocioso dos outros. Esse é o modelo do negócio que o cicloativista Rafael Darrouy criou na empresa de entregas Pedivela. Duas particularidades, entretanto, tornam o negócio especial. Primeiro, nele
não há carros ou motos, mas apenas bikes, trazendo à tona o lado cicloativista de seu fundador. Segundo, a empresa não tem funcionários, mas aproveita, para efetuar as entregas, o tempo ocioso das pessoas e também a rota que os ciclistas já fazem em seus deslocamentos diários. “Hoje temos 500 ciclistas cadastrados. Lançamos as demandas em grupos de WhatsApp e os ciclistas dizem se aceitam ou não fazer as
os ciclistas Rômulo Passos e Gabriel moreira fazem entregas para a Pedivela todos os dias, estão no topo do ranking e pegam geralmente as encomendas que melhor remuneram.
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entregas. Além disso, temos um sistema de reputação. Os ciclistas mais bem avaliados ficam no topo do ranking e pegam as cargas que pedalam menos e pagam mais. Entre nossos colaboradores, há estudantes, funcionários públicos, pessoas que trabalham só à noite e que passam o dia pedalando”, explica Rafael. Hoje é possível encontrar cerca de 25 ciclistas da Pedivela nas ruas de Vitória, pedalando em bikes próprias ou especiais, criadas pela empresa para carregar até 500 litros ou 150 kg de carga. Com essa bicicleta adaptada, fabricada por Rafael e uma pessoa de São Paulo, a empresa pôde proporcionar um preço ainda menor, cobrado por parada. Com isso, transportadoras estão procurando a Pedivela para fazer o quilômetro final das entregas.
Comparando os modais, enquanto um carro consegue fazer 30 paradas por dia, a empresa de Rafael é capaz de fazer até 300, e tem feito atualmente de 70 a 80. “A rede é mais flexível. Você aproveita o tempo ocioso das pessoas. Além disso, não acredito nos sistemas verticalizados. A Pedivela acredita no empoderamento das pessoas e só admite ciclistas apaixonados por pedalar e que queiram mudar a realidade da cidade. Afinal, os centros urbanos estão cada vez mais se fechando para carros e só as bikes vão conseguir fazer essa capilaridade logística”, conta Rafael. De acordo com ele, um ciclista que pedala para a Pedivela tem a possibilidade de ganhar até R$ 6 mil, dependendo do tempo que tem disponível e das especificidades da carga.
Um grande evento foi a forma encontrada pela Lab.Muy Arte e Cultura Digital para aproximar produtores de música, cinema, moda, arte e design com um público interessado por manifestações culturais que estão, digamos, meio fora do circuito. O intercâmbio cultural promovido pela empresa pode ser conferido todos os anos na Fábrica.Lab Infinitas, na Fábrica de Ideias, em Jucutuquara, Vitória. A curadoria do evento busca e convida artistas e produtores culturais para a grande rede de interação, cujas atividades são gratuitas e transmitidas ao vivo pela internet. A ideia surgiu em 2013, quando mais de 17 mil pessoas e 250 artistas estiveram presentes na primeira edição do evento. Além disso, mais de 3 milhões de pessoas puderam participar online, acompanhando a programação pela internet. “Viemos do universo dos coletivos, do compartilhamento, da cultura livre, da produção de forma horizontal e realizamos projetos assim”, conta o sócio da Lab.Muy, Fabrício Noronha.
Foto: Rafael Segatto
ENCONTRAR E REUNIR PESSOAS
Quem não está se mexendo para repensar seus negócios está fadado a caducar nesse universo” Fabrício Noronha
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ESPECIAL
Foto: Felipe Amarelo
Com esse conceito, a empresa criou um modelo em que ela encontra e reúne produtores culturais para que eles apresentem suas criações para um grande público, de modo que sua arte se transforme também no seu negócio. O círculo é virtuoso. “A Fábrica.Lab é a materialização do desejo de ajudar a construir uma cena criativa, unido potências criativas e fazendo-as multiplicar. Conectar pessoas é o jeito que a gente trabalha. Uma coisa comum a todos os participantes é a oportunidade de ser visto, de se expressar, de ser valorizado, de o público ter a oportunidade de gostar daquilo e se interessar em consumir”, completa. E se o festival acontece fisicamente, é graças à internet que grande parte desses talentos são descobertos. É lá também que eles se imortalizam,
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já que toda a programação da Fábrica.Lab vira conteúdo e vai parar na rede, onde ainda mais pessoas podem ter acesso aos artistas. Além de gerar inúmeras possibilidades e contatos, o festival mostra a eles que sua produção, seja ela de música, moda, arte, design, tem a potencialidade de se tornar um negócio. “Tem pessoas que estão preparadas para isso e outras não. Há muita resistência de entender esse universo ou como a gente se interessa por coisas que não têm essa pegada comercial. Os velhos modelos ruíram. Quem não está se mexendo para repensar seus negócios está fadado a caducar nesse universo. O caminho é estar aberto o tempo todo para se renovar. Há mil ferramentas e modelos.”
na Fábrica.Lab, produtores culturais podem apresentar suas criações para um grande público
“EU REPITO SEMPRE: ME DÁ A NOTA VITÓRIA, POR FAVOR.” ALAN / ENFERMEIRO
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ARTIGO
Integridade e Lei
anticorrupção empresarial
a
Lei Anticorrupção Empresarial, que entrou em vigor em janeiro do ano passado e foi impulsionada pelas manifestações populares de junho de 2013, veio, na verdade, cumprir compromissos que o Brasil havia assumido no plano internacional, especialmente a convenção da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), de 1997, que prevê a adoção pelos países signatários de instrumentos legais para responsabilizar empresas que participassem de ações ilícitas junto à administração pública, nacional ou estrangeira. “Tanto rouba quem vai à horta quanto quem fica à porta”, diz um velho adágio português. Por isso, dentre as principais novidades da Lei 12.846 está a responsabilização objetiva das pessoas jurídicas por atos lesivos à administração pública, o que significa, em outras palavras, que uma empresa poderá ser responsabilizada, por exemplo, se qualquer de seus funcionários entregar ou simplesmente oferecer vantagem indevida a um agente público, ainda que a alta cúpula ou a direção daquela mesma corporação não tenha dado ordem nesse sentido, não tenha tomado conhecimento ou até mesmo não tenha se beneficiado daquela conduta. Nesse sentido, provada a conduta do funcionário pelas autoridades públicas, a empresa será responsabilizada e poderá sofrer pesadas sanções, como multa, que pode chegar a 20% do faturamento bruto do último exercício anterior, e proibição, por até cinco anos, de receber empréstimos de instituições financeiras públicas
ou controladas pelo poder público, como Bandes e BNDES, dentre outras. Uma importante defesa que pode ser utilizada em tais casos é a demonstração pela empresa que ela implementou previamente mecanismos e procedimentos internos de integridade, auditoria e incentivo à denúncia de irregularidades (“compliance”), bem como que ela aplica efetivamente códigos de ética e de conduta. O Brasil incorpora em seu ornamento jurídico, assim, as mais modernas ferramentas legislativas de combate à corrupção, as quais partem da premissa de que se não existir a figura do corruptor, não haverá o corrupto.
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Foto: Fred Loureiro
Se não existir a figura do corruptor, não haverá o corrupto”
marcelo Zenkner Secretário de Estado de Controle e Transparência
ARTIGO
Estratégia política como modo de
transformar o ecossistema empreendedor
É
sabido que em tempos de “crise” ocorre a reprodução de discursos dicotômicos que polarizam as instituições Estado, mercado e sociedade, o que tende a prejudicar a relação entre esses atores na busca de soluções de desenvolvimento. A Diretoria de Estratégia Política, ciente desse cenário, buscou formas de problematizar essa relação, desenvolvendo suas ações a partir do seguinte questionamento: Qual deve ser a prioridade de ação da Fecaje? Como atuar para articular jovens empreendedores e interferir nos projetos de sociedade em discussão? Um dos caminhos para responder a esse questionamento foi a realização de fóruns de formação política, e esse espaço se configurou como lugar de escuta, aprendizagem e proposição de planos de ação. Num primeiro momento buscou-se compreender os diversos pensamentos políticos, econômicos e ideológicos, com o propósito de identificar as ideias contraditórias reveladas em seus discursos. O intuito foi ler essas lacunas como oportunidade de atuação da Fecaje. Mais do que buscar o discurso mais coerente, a postura foi valorizar a diversidade de conhecimentos e compreender as propostas de desenvolvimento de cada pensamento. Como resultado dessa trajetória de discussões e aprendizados, a Fecaje assimilou o papel do empreendedorismo como instrumento de transformação da sociedade. Vislumbrou-se que o Estado e a iniciativa privada não podem, simplesmente, atuar como instituições de fomento ao comportamento empreendedor, mas
A Fecaje assimilou o papel do empreendedorismo como instrumento de transformação da sociedade”
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é necessário repensar os pilares que colaboram ou não para a configuração de um ecossistema inovador e empreendedor. Nesse sentido, a Diretoria de Estratégia Política da Fecaje, com apoio de todas as entidades associadas à federação, aproximou-se da Endeavor para repensar os pilares que servem de base para o desenvolvimento de uma cidade empreendedora (ambiente regulatório, infraestrutura, mercado, acesso a capital, inovação, capital humano, cultura). Destaca-se que a Endeavor é responsável pela pesquisa “Índice de Cidades Empreendedoras”, que avalia os indicadores no Brasil, demonstrando as lacunas e oportunidades de desenvolvimento de cada município. O desafio está lançado, e se você também acredita que o associativismo jovem e o empreendedorismo são instrumentos de transformação da sociedade, não fique de fora desse movimento, venha participar e ajudar a escrever essa história. Fique atento à fanpage da Fecaje, onda são lançadas todas as datas do Fórum de Formação Política com seus respectivos temas. Até o próximo!
Robson malacarne Doutor em Administração pela Mackenzie e Universidade de Lisboa e professor efetivo do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes). Associado da Adesjovem, da Fecaje e do Observatório Capixaba da Juventude
CONHECIMENTO
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A instituição brasileira é a primeira a ser membro do Open Course Ware Consortium (OCWC), um consórcio de instituições de ensino de diversos países que oferecem conteúdos e materiais didáticos sem custo pela internet.
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Além de cursos para quem quer empreender, oferece também, de forma online, conceitos e dicas para o sucesso do empreendimento.
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O Senai oferece cursos gratuitos a distância sobre temas transversais que desenvolvem capacidades para a iniciação no mundo do trabalho ou para a atualização das competências profissionais.
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A BMF & Bovespa oferece cursos na área financeira, cujos temas vão desde finanças pessoais a renda fixa e fundo de investimento imobiliário.
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SENADO FEDERAL
Oferecidos pelo Instituto Legislativo Brasileiro (ILB), todos os cursos são gratuitos e possuem temas relativos ao Poder Legislativo, política, administração pública e orçamento, entre outros.
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SENAR
O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) oferece na modalidade a distância cursos sobre campo sustentável e empreendedorismo e gestão de negócios, entre outros temas.
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A Escola Virtual da Fundação Bradesco disponibiliza cursos online nas categorias Administração, Aperfeiçoamento/Comportamental, Banco de Dados, Desenvolvimento de Aplicativos, Gestão e Governança e Informática.
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NA REDE
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o QUE É: aparelho de cartão e aplicativo para receber pagamentos FUNÇÃO: receber pagamentos através de cartão de crédito e débito. O leitor de cartão da Cielo é grátis, e o lojista paga uma mensalidade de R$ 11,90 para tê-lo funcionando. É preciso ter um smartphone ou tablet para sincronizar o aplicativo com a máquina. A principal vantagem do Cielo Mobile é que ele libera pagamentos em débito em até um dia útil. As taxas tradicionais são 3,19% para débito e 4,05% para crédito. cUSTOS: taxa mensal de R$ 11,90 oNDE ENCONTRAR: www.cielo.com.br/cielo-mobile, App Store e Google Play
MAILCHIMP
o QUE É: serviço de e-mail marketing FUNÇÃO: enviar email-marketing para clientes. O MailChimp permite criar listas de e-mail, enviar mensagens personalizadas e gerir resultados de forma simples, certificando que tudo esteja dentro das leis antispam. Possui uma galeria de layouts pré-desenhados e prontos para serem usados nos e-mails. cUSTOS: permite enviar gratuitamente até 12 mil e-mails para até 2 mil clientes por mês. Os planos pagos oferecem e-mails ilimitados, com variação apenas na quantidade de clientes que vão recebê-los, e começam a partir de US$ 10/mês. oNDE ENCONTRAR: www.mailchimp. com, App Store e Google Play
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JURÍDICO
Empreender direito: um novo desafio na advocacia
a
vontade de ingressar na advocacia passa pelo sonho de constituir um negócio de sucesso. No entanto, nem todo profissional que deseja avançar nessa jornada compreende os desafios do empreendedorismo. A inserção do jovem advogado no mercado ou a manutenção do advogado mais experiente requer uma releitura de posicionamentos adotados na forma de atuação no meio forenEmpreender se e nas aproxié criar, mas de mações com os forma organizada. possíveis clienEmpreender é tes. É preciso empreender direito! sair da zona de Posicionamenconforto” to estratégico é um importante passo a ser dado pelo advogado empreendedor. Para saber como se posicionar no mercado, torna-se importante estabelecer o plaBruna Lyra Duque nejamento pessoal e, só então, é doutora e mestre do Programa de o plano de negócios. Nessa persPós-Graduação pectiva, esclarece Daniel Golestricto sensu em Direitos e Garantias man, em sua obra “Foco”, que o Fundamentais da desenvolvimento da compreenFaculdade de Direito de Vitória (FDV), são das coisas passa pela tríade especialista em Direito empresarial, “foco interno, foco no outro e professora de Direito foco externo”. civil da graduação e da pós-graduação É melhor iniciar um emLato sensu da FDV preendimento em carreira ine advogada do Lyra Duque advogados dividual ou constituir uma
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sociedade? Quanto deve ser investido na estrutura física? Como alcançar clientes? Esses são alguns questionamentos feitos pelo jovem advogado ao abrir seu escritório. Tais questionamentos, todavia, não bastam. O planejamento pessoal, que antecede ao plano de negócios, vai além. O objetivo desse planejamento é o autoconhecimento. O empreendedor jurídico avança na carreira quando mergulha dentro de si e assume o controle de sua trajetória. Empreender é criar, mas de forma organizada. Empreender é sair da zona de conforto. Como proposto por Peter Drucker, o ato de empreender precisa se pautar numa “inovação deliberada”. Ninguém inova sem paixão, sem comprometimento e sem preparo. Alguns jovens advogados costumam escolher a advocacia e constituir o escritório, postergando o planejamento para depois. Essa não é a escolha prudente para se consolidar no mercado. Um empreendimento de sucesso demanda a estruturação de um plano de negócios. O plano de negócios se faz com escolha de valores para a atividade a ser implementada no escritório, definição da missão e da visão, segmentação
de clientes e compreensão do mercado, busca pela qualificação diferenciada e implementação da gestão contábil, financeira e administrativa. Ainda utilizando as ideias de Peter Drucker, o empreendedorismo requer quatro estratégias, a saber: “com tudo e para valer”, “ataquem onde eles não estão”, “descobrir e ocupar um nicho” e “mudar as características de um setor”. Tais ferramentas têm suas próprias especificidades e não podem ser adotadas em quaisquer negócios jurídicos. Cada estratégia pode combinar com determinado serviço e não se ajustar a outro. Como escolher qual estratégia adotar? Buscando orientações com profissionais das áreas de estratégia, marketing e gestão empresarial. Criar um diferencial de carreira é se preocupar com parcerias e estudos em outras áreas do conhecimento, como contabilidade, economia e psicologia. Por fim, como ponderado pelo filósofo Lúcio Sêneca, “muitas coisas não ousamos empreender por parecerem difíceis; entretanto, são difíceis porque não ousamos empreendê-las”. Aqui, então, está o grande desafio do jurista contemporâneo: empreender direito, com o Direito.
MERCADO
Jovens gerentes de
D
a criação de um novo software até a inclusão de serviços, passando pelo lançamento de produtos, depende da atuação dos gerentes de projeto. Eles planejam, executam e coordenam seu time. E, cada vez mais, essa função vem sendo desempenhada por profissionais mais jovens. Como os perfis das gerações estão em constante transformação, a presença desses profissionais traz uma abordagem mais dinâmica aos projetos. No Banestes, nem sempre é necessário que eles tenham pleno domínio do negócio para tomarem frente de importantes produtos e serviços do banco. A técnica bancária Rosana Sathler Nascimento, de 31 anos, por exemplo, é a gerente do projeto Banestes Celular. Ela trabalha na Gerência de Crédito Comercial Pessoa Jurídica do banco e trabalhou no desenvolvimento do aplicativo, mesmo não possuindo ligação com sua área de atuação. “É uma experiência incrível. Esse projeto é complexo e rico em detalhes. A equipe do Banestes Celular se atentou a tudo.
projeto
Foram construídos dois sistemas e outros oito foram modificados. Muito bom aprendizado”, destacou Rosana. O Banestes Celular permite aos clientes realizarem transações bancárias, recarga de pré-pago, pagamento de contas com leitura de códigos de barras e acessar faturas dos cartões Banescard e Visa. Até o final deste ano, novas funcionalidades serão incluídas. E o jovem analista de TI Leonardo Mello de Moura, 33 anos, é o gestor do Banestes SMS. Ele conta que foi necessário identificar os pontos fracos e fortes do serviço ofertado no mercado, além de recuar no tempo certo em alguns processos. “Gerenciar esse projeto tão importante tem sido desafiador. Ele me proporciona conhecer vários setores do banco e profissionais, além de entender melhor a integração dos sistemas. Nosso sucesso ocorreu por engajamento da equipe”, frisou Leonardo. O Banestes SMS permite aos clientes
acompanhar as transações realizadas em contas correntes, poupança e cartões de crédito. São serviços como transferências bancárias, DOC/TED, agendamento de transações e compras com o cartão Banescard (débito e crédito) e Banestes Visa (débito). Com mais 20 anos de casa, o gerentegeral de Projetos do Banestes, Genilson Gomes Corradi, reforça a ideia de que não é imprescindível que o gerente de projeto (GP) seja especialista no assunto ou tenha tempo de trabalho. Para ele, é importante que o profissional conheça a metodologia de gerenciamento de projetos e apresente habilidades como comprometimento, motivação, comunicação, capacidade de análise, resolução de conflitos e liderança. “O conhecimento específico que o profissional possa não ter é repassado pela equipe do projeto, que são técnicos no assunto. É a presença das qualidades de gestão no GP que permite o sucesso do projeto”, ressaltou Genilson.
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RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL
Lorenge conectada às demandas
socioambientais Depois de ter mudado sua marca e passado por um rebranding, a Lorenge criou inúmeras ações para aperfeiçoar a forma de se relacionar com seus públicos. Para isso, criou o que chama de Conexões, com o objetivo de lidar com assuntos de interesse da empresa, otimizando os processos e melhorando a qualidade do atendimento
D
Ariani Caetano
uas Conexões da Lorenge, uma na categoria Institucionais e outra na Benefícios, entretanto, trazem ganhos não só para a empresa e seus públicos, mas também para o meio ambiente. Por meio da Conexão Recriar, a empresa utiliza resíduos das obras para criar arte e cidadania, conferindo ao que seria entulho um novo significado. “A Conexão Recriar foi criada pensando nos benefícios socioambientais mesmo. Pegamos material de obra e damos a ele um reúso, envolvendo ONGs que transformam esse resíduo
É uma tendência que estamos antecipando, mas que no futuro será o comportamento padrão das empresas” Samir Ginaid
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em objetos de decoração e pequenos jogos e ainda os revende, criando renda para os artesãos. Hoje são mais ou menos dez associações parceiras, que trabalham geralmente com madeira e ferro”, conta o diretor comercial da Lorenge, Samir Ginaid. De acordo com ele, há a intenção de firmar parcerias com organizações que trabalhem com outros materiais, como tubo de PVC, por exemplo. “A tendência é ampliar essa Conexão. O movimento é crescente, e entendemos como um benefício muito grande para a sociedade e o meio
ambiente, já que deixamos de descartar materiais e proporcionamos matéria-prima para as associações se desenvolverem”, afirma. Já dentro da categoria Benefícios, a Conexão Sustentável relaciona-se ao uso de práticas sustentáveis tanto na Lorenge quanto nas unidades que a empresa entrega. Elas estão relacionadas ao aproveitamento de água da chuva, aquecimento solar e coleta seletiva, entre outras formas de preservar recursos e o meio ambiente. “Essa Conexão engloba todas as ações em produtos que a Lorenge faz pensando em sustentabilidade, tem a ver com as tecnologias que a empresa entrega no produto acabado. Então, qualquer item de economia e ecologia que está presente em uma obra se enquadra nessa Conexão”, explica Samir. Segundo o diretor, sustentabilidade é um conceito que sempre foi observado pela empresa, que já entregava suas obras com um ou outro item ecológico. Com a criação da Conexão, entretanto, essa prática ficou ainda mais evidente e institucionalizada. Por isso, os novos lançamentos sempre contam com itens sustentáveis, sejam eles certificados por órgãos competentes ou não. “O importante mesmo não é a
ONGs transformam esse resíduo de construção em objetos de decoração e pequenos jogos, produzindo renda para os artesãos.
certificação, mas sim trazer essa inovação, que é algo que o cliente futuro vai exigir. Além disso, fazemos isso para trazer uma economia futura para o cliente. É uma tendência que estamos antecipando, mas que no futuro será o comportamento padrão das empresas.”
SEDE CERTIFICADA
Atualmente, a própria sede da Lorenge, na Enseada do Suá, em Vitória, conta com a certificação Leed (Leadership in Energy and Environmental Design – Liderança em Energia e Design Ambiental), em nível Ouro. A construtora é, oficialmente, a primeira e única empresa no Espírito Santo a ter uma obra com o título, que é concedido pela organização internacional World GBC (World Green Building Council – Conselho Mundial para Construções Verdes) aos edifícios que se enquadram em conceitos mundiais de sustentabilidade. Para conquistar o selo, a sede da construtora, localizada na Enseada do Suá, foi construída com uma estrutura moderna e eficiente em relação à sustentabilidade ambiental. O projeto e o planejamento levaram em consideração fatores ambientais locais, uso de materiais não agressivos e com eficiência comprovada, dentre outros.
Sede da Lorenge conta com a certificação Leed, em nível Ouro
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VIDA SAUDÁVEL
Marmitas saudáveis
e inteligentes C
Especialista em Obesidade e Emagrecimento, Nutrição Clínica e Esportiva, a nutricionista da Academia Bodytech e da Clínica Espaço Terapêutico, Carol Sessa, alerta sobre as tentações à mesa, dá dicas para garantir uma alimentação equilibrada e saudável e ensina o passo a passo para montar uma marmita saborosa e inteligente
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Betty Feliz
OMO MANTER UMA BOA ALIMENTAÇÃO NO DIA A DIA, EM MEIO À CORRERIA DESTES TEMPOS MODERNOS? Hoje, é muito comum que as pessoas recorram aos alimentos que são mais práticos, mas não são saudáveis: lanches fast-food, congelados, sanduíches ou até mesmo shakes. A recomendação é que as pessoas evitem ao máximo esse tipo de alimentação e busquem opções que sejam práticas, mas também saudáveis. Minhas dicas seriam: 1. Para quem não consegue preparar sua própria refeição: optar pelas marmitas light/fit , que estão super em alta e podem ser entregues no seu trabalho/casa. 2. Congelar alimentos em casa: separar um dia da semana e preparar as marmitas, congelar e consumir aos poucos. 3. Escolher restaurantes de qualidade próximos ao trabalho/casa, que não tenham muitas “tentações”.
sE A PESSOA NÃO PODE ALMOÇAR EM CASA, TEM QUE COMER EM RESTAURANTES (CADA VEZ MAIS PROIBITIVOS NESTES TEMPOS DE CRISE) OU OPTA POR SELF-SERVICES (COM AQUELA ENORMIDADE DE OPÇÕES), COMO NÃO CEDER ÀS TENTAÇÕES DA MESA? Para evitar chegar com muita fome ao restaurante, a primeira dica seria fazer pequenas refeições antes do almoço. Por exemplo: café da manhã e um ou dois lanches no meio da manhã, além do consumo adequado de água. Outra dica que costumo dar seria começar montando o prato pelas saladas cruas/cozidas (você ocupará a maior parte do espaço com elas) e depois colocar carne, arroz e feijão. cOMO MONTAR UMA MARMITA SAUDÁVEL? QUAIS ALIMENTOS DEVEM COMPOR ESSE MIX? Recomendo fazer aquele prato “básico”: arroz, feijão, proteína e salada. Essa salada deve ser
bem variada, contendo folhas cruas, legumes cozidos e com a maior variedade de cor possível. O arroz e o feijão podem e devem fazer parte da rotina diária, independente de a pessoa ter objetivo de perda ou ganho de peso. A proteína pode variar de acordo com o consumidor, mas é interessante que seja escolhida uma proteína magra (frango grelhado / peixe assado / carne magra de boi / ovo cozido) ou mesmo proteína vegetal, no caso dos vegetarianos. QUE ALIMENTOS JAMAIS DEVERIAM COMPOR UMA MARMITA SAUDÁVEL? Alimentos com alto teor de gordura saturada e sódio devem ser evitados, como bacon, queijos amarelos, linguiças e embutidos em geral. Além de frituras, tipo batata, aipim, banana, bife empanado etc. Cuidado também com molhos prontos para saladas, normalmente muito ricos em sódio.
MAIS BARATO E SAUDÁVEL Se você é do tipo que torce o nariz para a ideia de fazer as refeições em marmita, saiba que essa é uma prática cuja demanda tem aumentado muito, especialmente nos grandes centros urbanos, que abrigam muitas empresas. Muitas pessoas têm optado por comprar alimento em quentinhas porque, dessa forma, economizam com idas a restaurantes. Outro fator é a falta de tempo. Muita gente leva horas no percurso de ida e volta entre casa e trabalho e não consegue chegar em casa com ânimo de preparar seu próprio almoço ou jantar. Tudo isso resulta em compras de refeições já prontas. Entre os clientes desse negócio que prospera estão, além das pessoas físicas, instituições, hospitais, escolas e empresas em geral. Bem, mas se você não quer comprar comida pronta, vale a pena parar alguns minutos
e planejar uma lista de itens que vão compor suas refeições, para ter sempre à mão comida saudável e compatível com sua dieta alimentar. Afinal, quem se programa não é pego desprevenido ou de surpresa quando bate “aquela fome” ou aquela vontade de comer “algo diferente”. Entre os tipos de alimentos mais comuns estão atum light, ovos cozidos, água, chás, iogurtes e frios fatiados lights, mas o segredo está na forma de armazená-los. Para garantir segurança no transporte e acondicionamento, prefira sempre potes cujas tampas vedem bem o conteúdo. E para assegurar-se da temperatura desejável, vale a pena investir em bolsas térmicas para carregar os alimentos. Alguns modelos em neoprene, coloridos e modernos, têm feito sucesso entre os adeptos das marmitas, mas cabe a cada um eleger o que melhor se adapta ao seu estilo e necessidade.
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EU AGENDA INDICO
FeIRa PaRa emPReenDeDoRes A
Feira do Empreendedor, promovida pelo Sebrae/SP, será realizada entre os dias 20 e 23 de fevereiro de 2016, das 10 às 21 horas, no Anhembi Parque – Pavilhão Norte Sul. O evento deve reunir mais de 120 mil pessoas. Em 2015, 104 mil visitaram o evento. A Feira do Empreendedor oferece a empresários soluções para incrementar um negócio já existente ou dicas de abertura de empresa. Em um espaço de 30 mil metros quadrados, cerca de 400 empresas já confirmadas vão expor seus produtos e serviços. Haverá ainda oportunidade de receber consultorias individuais, acompanhar palestras, conhecer tendências e fazer a formalização como microempreendedor individual (MEI), além de obter informações sobre microcrédito e orientações referentes à melhoria na gestão do negócio próprio. mais informações em
www.feiradoempreendedor.sebraesp.com.br
emPReenDeDoRIsmo e PeQUenas emPResas
O
Encontro de Estudos sobre Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas (Egepe) já está com sua data em 2016 agendada. A nona edição será realizada na Universidade de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, de 16 a 18 de março. O Egepe terá como tema central “Empreendedorismo e pequenas empresas: novos contextos e novas configurações”, afinal, discutir o tema inovação pela perspectiva da transferência de tecnologia no contexto das PMEs é um desafio para a mudança, para o crescimento e para novas oportunidades de negócios. Nesse contexto, no IX Egepe pretende levar à discussão temas emergentes, como novas configurações das PMEs e das pequenas propriedades rurais; empresas familiares e agricultura familiar;
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ensino do empreendedorismo na educação básica; modelo de negócio, alianças, redes e cooperação estratégica; internacionalização de PMEs; motivações, barreiras e modos de entrada; contexto das pequenas propriedades rurais e suas configurações; competências e formas de operar das PMEs para cocriação de valor; perspectivas de crescimento das PMEs em um ambiente de inovação e transferência de tecnologia; formação empreendedora, e perspectivas para o mercado. A programação do evento prevê a realização de palestras plenárias, apresentação de trabalhos científicos em sessões simultâneas, sessões informais de diálogo interativo entre pesquisadores sêniores e os participantes (open space sessions) e lançamento de livros, além de outras atividades de interação
e networking. A programação do evento contempla, também, atividades artísticas e culturais típicas do Rio Grande do Sul e passeios turísticos ao final do evento. mais informações em
www.egepe.org.br/2016
MERCADO
Nossocrédito ajuda a realizar
sonho do negócio próprio informais, com linhas de crédito que vão até R$ 20 mil. O valor pode parecer baixo, mas foi o suficiente para milhares de pessoas dos 78 municípios do Espírito Santo começarem ou investirem no próprio negócio. Com 12 anos de atuação, o programa tem no acumulado de atividades R$ 550 milhões investidos para quase 125 mil empreendedores. De acordo com o Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes), coordenador do programa, o Nossocrédito tem o objetivo de levar desenvolvimento a regiões e pessoas normalmente
excluídas do sistema financeiro tradicional, além de configurar um instrumento de desenvolvimento econômico em um meio de inclusão social. “O Nossocrédito impulsionou muitos empreendedores para entrarem no mercado formal e se tornarem empresários. Muitos saem da faixa do microcrédito depois de um tempo e procuram financiamentos maiores para expandir e modernizar seu negócio. Esse é o maior resultado do Programa para nós. Temos convicção que estamos no caminho certo”, destaca o diretor de Crédito e Fomento do Bandes, Everaldo Colodetti.
PoDeR FemInIno De todos os contratos de microcréditos firmados pelo Nossocrédito, as mulheres são responsáveis por 56% deles. Os homens respondem pelos outros 44% dos financiamentos.
As atividades mais procuradas são ligadas ao comércio, que representam 59% dos contratos. O setor de serviços responde por 26%, seguido pelo de produção, com 15%.
Foto: Sagrilo
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uita gente sonha em abrir um negócio e ser seu próprio patrão, mas realizar esse sonho não é fácil. Exige perseverança, disciplina e recursos para começar a investir. E é justamente aí que está a dificuldade da maioria das pessoas: conseguir o dinheiro necessário para começar um empreendimento ou investir no negócio que possui. Esse obstáculo vem sendo superado por diversas pessoas de várias partes do Espírito Santo com a ajuda do programa Nossocrédito, que atende empreendedores de micro e pequeno porte, formais e
conDIÇÕes oPeRacIonaIs O Nossocrédito atende empreendedores formais e informais, com financiamento de até R$ 20 mil e juros a partir de 1,4% ao mês. Os clientes do programa são atendidos por profissionais capacitados pelo Bandes, os agentes de crédito. Na capacitação desses profissionais há a preocupação de não só ensinar as técnicas de análise econômico-financeira, mas também trabalhar aspectos comportamentais. “O agente é membro da comunidade, ele atua e conhece as potencialidades locais. É um profissional que sabe identificar as carências e as oportunidades onde o crédito pode
ser instrumento de inclusão social no município. Seu papel é fundamental”, destaca Colodetti. O programa funciona por meio de uma parceria entre o Bandes, Banestes, Agência de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas e do Empreendedorismo (Aderes), prefeituras e Sebrae/ES. O Nossocrédito está presente em todos os municípios do Espírito Santo. Os endereços de todas as agências do Nossocrédito estão disponíveis no site do Bandes (www.bandes.com.br). Outras informações podem ser obtidas no Bandes Atende: 0800 283 4202.
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EU INDICO
Colocar nossos pontos fortes para trabalhar é inicialmente reconhecê-los. Quando usamos nossos pontos fortes para nos diferenciar, obtemos maior êxito em nossas atividades e, por conseguinte, adquirimos maior prazer e qualidade de vida em nossa caminhada profissional e pessoal. Marcus Buckingham traz no livro “Empenhe-se! Ponha seus pontos
Acabei de ler “Pensamentos desordenados acerca do amor a Deus”, de Simone Weil. São cartas escritas pela autora, de formação humanística, que foram editadas por admiradores após sua morte. O livro é tão singular quanto a história de vida dessa filósofa bem-dotada. Na obra, por meio de diversos textos, Simone coloca em xeque concepções cristãs históricas sem, no entanto, abrir
VÂNIA GOULART, COACH PROFISSIONAL
mão de sua fé. Contemporânea de Simone de Beauvoir, ela graduouse à frente desta e não foi menos ousada em suas exposições. É dela a célebre frase “A família é prostituição legalizada. A esposa é uma amante reduzida à escravidão”, estopim de sua transferência de cidade e escola.
O que é mais provocante em “Liderança para tempos de incerteza”, de Margaret J. Wheatley, é a sua sensibilidade para tratar de questões sérias e tão presentes na psicodinâmica organizacional moderna com um misto de segurança e leveza. Para Wheatley, as organizações humanas podem funcionar como sistemas criativos e auto-organizadores, capazes de produzir resultados inovadores com pessoas comprometidas. Com essa perspectiva, a autora enfatiza o papel fundamental da liderança
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fortes para trabalhar” passos fáceis de serem seguidos para o leitor conseguir empenhar-se e diferenciar-se. Outro fator muito importante que o autor destaca é aprender a neutralizar seus pontos fracos, para que não atrapalhem o desenvolvimento.
XUXU NEFFA, DIRETORA DO GRUPO NEFFA
e discute temas correlatos de modo instigante, concreto e, ao mesmo tempo, poético. Para isso, vale-se de considerações técnicas, orientações práticas, imagens, poemas e metáforas. Em tempos caóticos, uma leitura imprescindível sobre questões organizacionais desafiadoras, repleta de argumentos fortes e muitas sutilezas, numa abordagem surpreendente. MANOEL CARLOS ROCHA LIMA, GERENTE DE INOVAÇÃO NA GESTÃO E CULTURA EMPREENDEDORA DA SEGER E COORDENADOR DO INOVES
ESPAÇO DA CONAJE
Rio de Janeiro recebe 21º Congresso
nacional de Jovens empreendedores
A
Evento reunirá jovens empresários e empreendedores de vários estados brasileiros de 24 a 27 de novembro
capital fluminense sediará, de 24 a 27 de novembro, a 21ª edição do Congresso Nacional de Jovens Empreendedores (21º Conaje). Com o tema “Redes Empreendedoras”, o evento abordará a inovação gerada
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quando diferentes elementos de um mesmo ecossistema se conectam para gerar valor compartilhado – pessoas, organização e ecossistema. De 24 a 26, a programação será voltada para reunião de Diretoria, Conselho e Assembleia Geral Ordinária
(AGO) da Confederação Nacional dos Jovens Empresários (Conaje), debates sobre projetos e ações da instituição, além de jantar em homenagem às personalidades e pessoas que contribuem para o desenvolvimento sustentável do empreendedorismo no país. Já no dia 27, vão ocorrer palestras, painéis e demais atividades do 21º Conaje, além de programações paralelas. Desenvolvido por meio de parceria entre Conaje e os movimentos de jovens empreendedores nos estados, o congresso busca ainda difundir o empreendedorismo para a geração de novos negócios e parcerias, promover aprendizado técnico e humano, além de
fortalecer a representatividades das entidades jovens do Brasil. A expectativa dos organizadores é reunir jovens empresários e empreendedores de diversos estados brasileiros. Estão previstos debates sobre empreendedorismo social, formação de lideranças, Agenda Brasil + Empreendedor 2.0, empreendedorismo na gestão pública, zonas integradas de serviços, lideranças no Mercosul, agricultura e inovação e rodadas de negócios, entre outros. As informações sobre inscrições estão disponíveis nos sites redesempreendedoras.com (sem o www) e www.conaje.com.br.
PROGRAMAÇÃO PRÉVIA (SUJEITA À ALTERAÇÃO) 24 DE NOVEMBRO (TERÇA-FEIRA) 9 às 18h: reunião de Diretoria da Conaje Sede da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ)
25 DE NOVEMBRO (QUARTA-FEIRA) 9 às 18h: Assembleia Geral Ordinária da Conaje / Sede da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ)
26 DE NOVEMBRO (QUINTA-FEIRA) 9 às 12h: Assembleia Geral Ordinária da Conaje / Sede da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ)
27 DE NOVEMBRO (SEXTA-FEIRA) 21º Conaje / Sede da Federação da Indústria do Rio de Janeiro (Firjan) 8h: Welcome e credenciamento 9h: Abertura e debate “Conectando Redes Empreendedoras” 10h15: Empretalks 10h55: Coffee break 11h25: Empretalks 13h05: Almoço 14h35: Painéis temáticos 16h35: Cerimônia de encerramento 16h50: Resultado Agenda Brasil + Empreendedor 2.0 17h10: Palestra com o ministro Augusto Nardes (Tribunal de Contas da União) 18h10: Palestra “Rio – Cidade Olímpica”, com Pedro Paulo Carvalho 19h10: Coquetel de encerramento
CONVIDADOS eduarda La Rocque
ministro augusto nardes
Vitor Gomes
Pedro Paulo carvalho
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CASE DE ENTIDADE
Juniores desenvolve gestão
e consegue expansão
O
papel da Federação das Empresas Juniores do Espírito Santo (Juniores) é trabalhar para as empresas juniores, ajudando na sua regularização, gerando estímulos para que elas tenham as melhores práticas, legitimando seu trabalho, garantindo que trabalhem em conformidade e expandindo o movimento, ou seja, atingindo mais empresas juniores. A Juniores, mesmo sendo uma instituição recente, existindo há apenas sete anos, já passou por grandes desafios e hoje entrega um portfólio de programas que permite um trabalho cada vez melhor junto às empresas juniores. Além disso, é responsável por uma rede mais participativa e com mais credibilidade e reconhecimento. Um desses programas é o Desenvolve Juniores, projeto de desenvolvimento pelo qual a cada 15 dias são realizados treinamentos online para empresários juniores. Com isso, a Federação conseguiu se aproximar mais das empresas juniores (EJs) em todo o Estado. Além disso, outros projetos foram reformulados para melhores objetivos, como o Padrão Juniores, que coleta e analisa resultados e dados de toda a rede do Movimento Empresa Junior (MEJ) capixaba, e o Prêmio Juniores, realizado em parceria com o Sebrae e Nest Coworking, que avalia e premia as melhores práticas das EJs a partir de quatro pilares: resultado, responsabilidade socioambiental, inovação e tecnologia e empreendedorismo. A Juniores, entendendo que a crise trouxe oportunidades para as EJs – que oferecem serviços de qualidade com o preço abaixo do mercado
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–, criou uma ação com o objetivo de ser uma vitrine para suas empresas juniores. Sendo assim, a Rodada Empreendedora surgiu, como uma feira de negócios dentro dos shoppings da Sá Cavalcante e que posicionou as empresas juniores enquanto opção de qualidade e preço acessível no mercado. Por haver um grande número de iniciativas de empresas juniores em diversas cidades do interior capixaba, a Juniores criou também o Dia Junior, como parte do objetivo de interiorização. Esse evento ocorreu nas quatro cidades do Estado em que há um grande número de empresas juniores. São Mateus, Alegre, Santa Teresa e Vitória (que engloba a Grande Vitória) receberam o evento, que, para abordar o empreendedorismo, levou palestrantes e treinamentos do Desenvolve Juniores, além de palestras motivacionais e grandes personalidades que inspiraram os participantes. Pensando na realidade do Brasil, que passa por crises de lideranças em algumas instâncias, e por ter ciência de que o Movimento Empresa Junior é um grande formador de jovens conscientes e capazes de grandes transformações, mais um evento foi criado: o Encontro de Líderes, ocorrido no início do ano para trabalhar e capacitar as lideranças do MEJ, aumentando o impacto dos jovens líderes que surgem cada vez mais por causa das empresas juniores. Por meio do Café com Juniores, a Presidência visitou as empresas juniores em busca de conhecer com mais proximidade os empresários e suas realidades. Já com o Carreira Juniores, as habilidades dos empresários juniores
foram mapeadas, para constituir um banco de dados com perfis que podem ser oferecidos às empresas que possuem contato com a Federação, a fim de fazer uma ponte com o mercado de trabalho. Assim, para expandir o Movimento Empresa Junior e ter mais jovens impactados com essa iniciativa, foi lançado o EJ Aspirante. Por meio dele, uma empresa Junior que ainda não é federada pode, ao final de um processo, se federar. A previsão é que mais seis vão entrar na rede no final do ano por meio desse programa, totalizando 14 EJs. “Quando assumimos a Juniores neste ano, percebemos que o fato de o Estado ser pequeno poderia ser encarada como uma oportunidade e não como uma fraqueza, e nos esforçamos para usar essa característica para ter um movimento ainda mais forte. Hoje as nossas empresas se comunicam muito mais e os resultados são melhores”, diz a presidente da Juniores, Sophia Nardoto. Estar dentro da Fecaje também foi muito importante para a forma como a Juniores se desenvolveu e ampliou sua representatividade. Ela fechou várias parcerias com outras entidades, além de renovar o contato com os governos municipais e estadual. Hoje, ela possui um projeto de lei estadual e também atua diretamente na articulação do projeto de lei nacional que visam à regulamentação das empresas juniores, principalmente dentro das instituições de ensino. Neste ano, a equipe de comunicação da Juniores fez uma das maiores entregas do ano: reformulou a identidade visual da Federação, mostrando o amadurecimento da rede a partir de cores mais fortes e da utilização do ninho do colibri – pássaro símbolo do Estado – como ícone. A Juniores está numa crescente há um tempo, cada vez mais importantes no MEJ nacional. No ano passado, ela realizou o Encontro Nacional de Empresas Juniores, contando com
a participação de mais de 1.800 pessoas. Assim, o Espírito Santo se tornou um dos protagonistas no ramo, conseguindo representantes capixabas na diretoria da Confederação Brasileira de Empresas Juniores (Brasil Junior). E com o tema “Voem, gigantes!” – da frase “Ser Junior no Brasil é ser gigante pela própria natureza” – a Juniores desenvolve neste ano mais uma edição do Encontro Capixaba de Empresas Juniores (Encej). No final de semana dos dias 12 a 14 de dezembro, em Domingos Martins, no Eco da Floresta, são esperadas cerca de 300 empresários juniores de todo o Brasil para refletirem na projeção dos jovens no mercado, no propósito e na atuação do Movimento Empresa Júnior na sociedade.
Hoje as nossas empresas se comunicam muito mais e os resultados são melhores” Sophia Pinto Nardoto
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ENTIDADES
Oficinas de curta para reduzir violência escolar O projeto “A juventude quer mais”, realizado pela Agência de Desenvolvimento Social Jovem (Adesjovem) em parceria com o Centro Salesiano do Menor Aprendiz (Cesam), já está na segunda etapa das oficinas de audiovisual. Na primeira, 12 jovens participaram da iniciativa, e produziram um curta-metragem sobre direitos humanos. Agora, mais 19 adolescentes estão tendo a oportunidade de fazer uma produção audiovisual depois de terem aulas teóricas e práticas na oficina. Segundo o presidente da Adesjovem, Sandayvit Tosato, o principal objetivo do projeto é contribuir para a redução da violência escolar.
“Queremos, por meio de atividades lúdicas, promover a reflexão sobre as diversas formas de violência no espaço estudantil”, afirma. A iniciativa proporciona aos adolescentes participarem de todo o processo de produção de um curta, como elaboração de roteiro, figurino, gravação e edição, entre outros. De acordo com o estudante Jackson Luiz da Silva Oliveira, 15, as oficinas podem auxiliá-lo futuramente. “Aprendi muitas coisas que utilizarei na profissão que escolhi, que é o Jornalismo. Outra coisa que gostei é que tivemos aulas práticas e pudemos manusear a câmera”, diz.
novas entidades no interior Com a missão de fortalecer o movimento lojista jovem, a CDL Jovem de Vitória tem apoiado a criação de novas entidades no Espírito Santo. É o caso da CDL Jovem de Marataízes/Itapemirim e da CDL Jovem de Aracruz. “Esse trabalho vai ao encontro do desejo da coordenação nacional da CDL Jovem, que é fortalecer as entidades regionais, dando a sua devida representatividade”, afirmou o coordenador da CDL Jovem no Espírito Santo, Adriano Gomes Ohnesorge, que presidiu a
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reunião plenária para iniciar a formação da CDL Jovem de Aracruz, em julho. Adriano acrescentou que a CDL Jovem tem inspirado outras iniciativas semelhantes pelo Brasil. “A Associação Brasileira de Panificadores (Abip), atenta à renovação da sua diretoria, também vai criar o seu grupo jovem. Em agosto, estive em um evento que eles realizaram na Costa do Sauípe, na Bahia, para falar das experiências das CDLs Jovem.”
EJCAD realiza Semana de administração A Ufes abrigou, de 30 de setembro a 2 de outubro, a terceira edição da Semana de Administração, evento organizado pela Empresa Júnior de Consultoria em Administração (EJCAD) e que serve como uma capacitação extra aos futuros administradores do Estado, com palestras, workshops e rodas de discussão. Neste ano, o evento trouxe o tema “Quebrando paradigmas e protagonizando seu
futuro”, que fez os estudantes repensarem sobre a realidade imposta e projetarem um futuro melhor para eles e para o país. Outra discussão que revirou a cabeça dos congressistas presentes no evento foi o slogan “Hackeando trajetórias”. A ideia da organização do evento era mostrar que a cultura hacker não é o que as pessoas comumente pensam, e sim uma forma de pensar o novo, de inovar e de alcançar resultados antes inalcançáveis.
Encej em dezembro em Pedra Azul O maior evento do Movimento Empresa Júnior do Espírito Santo já tem data marcada. O Encontro Capixaba de Empresas Juniores (Encej) será realizado entre os dias 12 e 14 de dezembro, com o tema “Voem, gigantes!”, que tem o intuito de estimular os empresários juniores a se lançarem no mercado, mostrando que eles estão prontos, e fazendo com que eles se reconheçam como gigantes capazes de alçar grandes voos, utilizando os obstáculos como trampolim para subir cada vez mais alto. Idealizado pela Juniores, instância de representatividade das empresas juniores a nível estadual, o Encej acontece anualmente com diferentes temas a cada edição. Com três dias de programação, os congressistas terão a oportunidade
de participar de palestras, workshops, rodas de discussão, dinâmicas e premiações. O Hotel Eco da Floresta, em Pedra Azul, município de Domingos Martins foi o escolhido para ser a casa do Encej. O evento será imersivo, ou seja, com todos os congressistas reunidos e todas as programações e integrações em um só lugar. A previsão é de que 250 congressistas participem do evento, entre empresários juniores de EJs federadas e não federadas do Espírito Santo e membros do movimento de diversos lugares do país. Para participar é necessário fazer uma pré-inscrição no site sistema.encej.com.br e esperar pelo e-mail de confirmação da vaga.
PALESTRANTES • BÁRBARA PROÊZA presidente do Conselho da Juniores no ano 2012 e analista do Sebrae
• JOVACY PETER advogado
• WAGNER BESSA especialista em jogos cooperativos
• MARCELO LAGE pós-júnior, empreendedor e especialista em inovação
• DANTE LOPES desenvolvedor da Empreendi na Rede
• TIO FLÁVIO especialista em comunicação e gestor da Tio Flávio Cultural
REVISTA EMPREENDA JOVEM
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ENTIDADES
cindes Jovem reúne jovens empreendedores do ES Com o objetivo de integrar os jovens empreendedores do Estado, desde 2005 o Cindes Jovem vem estimulando a troca de experiências profissionais e sociais visando à formação de novos líderes. A ideia é formar gestores que poderão contribuir para o desenvolvimento do Espírito Santo. Entre as ações desenvolvidas pela organização estão palestras, visitas técnicas às empresas, rodadas de negócios e ações sociais. “Queremos construir um futuro diferente e inovador para o nosso Estado, incentivando a geração de novas ideias que façam frente às necessidades de desenvolvimento”, afirma o presidente da entidade, Vitor Lomba.
O trabalho no Cindes Jovem é voluntário, mas traz importantes benefícios para os seus participantes, como networking, troca de ideias com empresários mais experientes, além de aquisição de conhecimentos em gerenciamento de projetos, planejamento estratégico e gestão orçamentária, entre outros. O Cindes Jovem é mantido pelo Centro da Indústria do Espírito Santo (Cindes), que é um órgão ligado à Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes). Pode participar qualquer jovem de 16 a 34 anos que tenha espírito inovador. Quem tiver interesse basta se cadastrar no site www.cindesjovem.com.br ou ligar para (27) 3334-5647.
Em prol da sociedade livre O Students for Liberty (conhecido como Estudantes pela Liberdade no Brasil) é a maior organização estudantil do mundo. Presente em mais de 105 países e em todos os estados da Federação brasileira, o SFL tem como objetivo formar, desenvolver e empoderar jovens lideranças com os valores e princípios que fundamentam a sociedade livre. O EPL acredita que uma nação próspera, plural e pacífica necessita de maior tolerância à diversidade de ideias, respeito aos direitos individuais e valorização do empreendedorismo. Por isso, busca tornar o ambiente educacional mais receptivo aos princípios da liberdade individual, ampliando o conhecimento da juventude sobre a importância da economia de mercado como meio para possibilitar o desenvolvimento humano, social e econômico de todos. Em junho de 2015, o SFL promoveu a Conferência Estadual do Estudantes pela Liberdade no Espírito Santo, em Vitória, no auditório da Rede Gazeta de Comunicações. O evento teve público de 200 pessoas e recebeu, dentre outros palestrantes, Bruno Garschagen (foto), Bene Barbosa, Arilton Teixeira, Kim Kataguiri e Renzo Colnago.
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Banestes
Secom