Revista Hype Edição 53

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arte • cultura • comportamento • moda • beleza • decoração

José Mayer quer apagar a imagem de eterno galã

Minas e Rio na moda Eventos antecipam um verão livre, leve e solto

Um bate papo com Hilal Sami Hilal

Ele fala de arte e de seu amor por Vitória

Gente, cinema, música e livros

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ISSN 2237-5589

Eventos, dicas e as novidades da temporada

Joias que cintilam como estrelas

R$ 5,00 ano 9 • nº 53


Foto gui paganini arte gb65 | www. arezzo.com.br

DÉBORA FALABELLA INVERNO 2012

Shopping Vitória 2° piso 3335 1246 Vitoria • Shopping praia da CoSta 2° pIsO 3349 9124 VIla VElha



Editorial

Expediente Editora Betty Feliz MTb 179 Colaboradores Alessandra Vargas Antônio Carlos Félix Ariani Caetano Barbara Hilsenbeck Camila Lenk Diego Sierra Ester Jacopetti Luis Taylor Marcelo Netto

Redação Rua Prof. Sarmento, 41/Lj 01, Ed. Eller, Praia do Suá, Cep 29.052-370, Vitória, ES Telefax: 27 3225.6119 redacao@hypeonline.com.br

Marketing / Tiago Feliz Martins Comercial 27 3225.0184 / 8144.0141 tiago@hypeonline.com.br 27 9294.8922 Projeto gráfico e diagramação

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Impressão

Gráfica GSA 27 3232.1266

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CAPA A modelo Juliana Alves (agência Ragazzo MGMT) usa joias Suely Chieppe. Make-up/hair de Aline Bretas e styling de Juliana Fernandes. Foto Vanessa Diskin.

Betty Feliz

CONSULTORIA EM COMUNICAÇÃO

A Revista Hype é uma publicação bimestral da Preview Editora Ltda. É proibida a reprodução total ou parcial de textos, fotos ou ilustrações, por qualquer meio, sem prévia autorização do editor. Todos os direitos reservados.

Além das aparências n Nunca fui fã de galã de novela. Com exceção de alguns raros, sempre achei a maioria deles insípida e inodora, como diria uma divertida amiga, que adora brincar com as palavras. Até o ator José Mayer reconhece que galãs são “personagens planas”. Melhor: ele diz que “não há nada mais bege” do que encarnar esse modelito. José Mayer continua com a barba, o cabelo e o bigode do finado “Pereirinha” – da igualmente extinta novela global Fina Estampa – porque está no teatro, vivendo, com sucesso exemplar, o patriarca judeu Tevye no espetáculo Um Violinista no Telhado. E se o seu visual atual frustra as expectativas da maioria de suas fãs, a entrevista que o ator concedeu à jornalista Ester Jacopetti e que abre esta edição prova que ele é um homem que vai muito além das aparências. Mesmo assim, para as mulheres, em especial, a aparência continua sendo um grande apelo. Pelo menos é o que comprova uma pesquisa feita com mais de mil entrevistadas que tinham entre 18 e 50 anos: 54% delas não estão satisfeitas com o corpo. O assunto é tratado por experts na seção Narciso. Mas enquanto umas se angustiam com sua imagem na frente do espelho, outras, como a estilista Hellen Dalla, estão mais preocupadas com a sustentabilidade do planeta, reutilizando materiais e criando lindas peças que você também confere nesta edição. Hype, como vocês sabem, adora tratar de temas sérios, de arte e cultura, mas também gosta de se divertir e divertir seus leitores. Por isso, além de trazer um lindo editorial de moda, que antecipa o verão 2013 lançado pelo Minas Trend Preview e pelo Fashion Rio, e um belo ensaio inspirado na atriz Liz Taylor, a revista montou uma entrevista hilária com Crodoaldo Valério, que brilhou em Fina Estampa como o mordomo Crô. (Uma curiosidade: embora sempre deixemos claro que as conversas publicadas na seção Papo Surreal são fictícias, muitos de nossos leitores acreditam em sua fidelidade. Para nós, isso soa como um elogio. Sinal de que, até brincando, sugerimos credibilidade.) Para terminar, quero propor um brinde à alegria e aos nove anos de Hype. Bem-vindo para você que está chegando! Obrigada para você que continua com a gente ! Tim-tim! Betty Feliz


hype online

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Confira no site

Por e-mail Antenada

n “Li com prazer toda a edição que traz na capa a modelo Amanda Gobbi. Linda! Achei que a revista acertou em cheio ao antecipar as homenagens à atriz Marilyn Monroe. Isso prova que vocês têm uma anteninha ligada na modernidade e na informação de qualidade.” José Anthero Queiroz

Verdade e mentira

n “Achei divertidíssimo o Papo Surreal com George Clooney. Percebi que a matéria traz informações verdadeiras sobre o ator, misturadas a uma dose de bom humor criativo e imaginário. Uma sacada muito legal e inteligente!” Maria Alice Munhoz

Questão de gênero

n “Concordo com tudo que a psicóloga Christina Montenegro fala sobre os homens na sua entrevista à Hype. Suas colocações são profundas e têm conteúdo. Ela não pratica o feminismo raivoso, ao contrário, revela uma visão humanística da questão, que merece ser respeitada e elogiada.” Cíntia Martins

No Facebook

Veja o making of do ensaio da capa de Hype

No Twitter

Amanda Gobbi espetacular com joias Florrih na revista Hype, numa super produção de Juliana Fernandes e Aline Bretas. Juliana Dadalto

@Elas 3 Comunicação Linda a nova edição da @revistahype. E que delícia poder acompanhar tudo aqui do Rio!

Editorial de moda estonteante de Marilyn, matérias gostosas e nossos prazerosos encontros registrados nela. Amei! Parabéns e desejo muito Sucesso. Simone Monteiro

@chmontenegro Muito chique minha entrevista estar citada na capa do último número! Obrigada! Adorei! Bjs a toda a equipe!

Edição primorosa de Hype, como sempre. Adorei! Beth Kfuri A revista está um luxo! Beatriz Szpilman Essa revista é super chic! Bom demais tê-la virtualmente. Assim posso matar as saudades do Espírito Santo. Bete Ventura

@adarianajenner Toda vez que chega minha fatura (uma das), chega a @revistahype... Eh pra dar o equilíbrio na alegria e tristeza da leitura. @andreambatista Clube @revistahype! Obrigada pelo convite, @BettyFeliz | @TiagoFeliz. Será que vocês vão mesmo descobrir o que eu penso sobre... Tudo???

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sumário hype

08 12 14 20 24 28 46 62 66 68 ENTREVISTA

O ator José Mayer revela seu desconforto na pele de galã de novela, o que considera “função ingrata”, e fala, empolgado, da peça Um Violinista no Telhado, em cartaz em São Paulo

CIDADANIA

Crianças e jovens carentes de Cariacica, entre sete e 18 anos, participam de projeto musical coordenado pela Fundação Bachiana, criada pelo maestro João Carlos Martins

NARCISO

Vaidosas e insatisfeita, as mulheres são capazes de tudo em nome da beleza, mas a preocupação excessiva com o envelhecimento pode gerar sofrimento para algumas

PERSONAGEM

Chic é ser exclusivo e sustentável, diz a estilista Hellen Dalla, dona a atelier Ecohar e de uma alma generosa. Com sua aguda sensibilidade social, ela apoias mulheres artesãs carentes

PAPO SURREAL

Não foi fácil, mas, enfim, Crodoaldo Valério concordou em falar sobre sua vida, revelando a Hype, de forma exclusiva, quem era o amante de pé tatuado.

ENSAIO

A atriz Elizabeth Taylor inspirou uma linda produção de jóias. Elas brilham tanto quanto os famosos olhos cor da safira da musa do cinema

MODA

Garimpamos, entre os desfiles exibidos durante a última edição do Minas Trend Preview e do Fashion Rio, looks deliciosos e iluminados que vão garantir que você brilhe no verão

VIAJANDO.COM

Laura Bragatto Ferri ama viajar e sabe recomendar onde, quando ir e o que levar na bagagem para que a trip seja um sucesso.

CASA

Você é contemporânea, retrô, lúdica, sustentável ou simplesmente funcional? Não importa o estilo, o que determina o sucesso da decoração é eleger o móvel certo.

ZOOM

Quem conhece o artista plástico Hilal Samil Hilal por suas belíssimas obras não imagina que ele toca piano desde criança, adora estar em família, comer bem e ir à praia.



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entrevista hype JOSÉ MAYER

Não há nada mais bege

do que ser galã

Eterno galã de novelas das oito, o viril e sedutor José Mayer não deve deixar o visual de Pereirinha, seu extinto personagem em Fina Estampa, tão cedo. Pelo menos não enquanto estiver encarnando outro, talvez o principal de toda a sua carreira, como ele mesmo faz questão de salientar Ester Jacopetti

n Interpretando nos palcos o patriarca judeu Tevye, que vive em uma aldeia ucraniana do início do século passado, José Mayer protagoniza o espetáculo Um Violinista no Telhado, produzido por Cláudio Botelho e Charles Müller. A versão brasileira do musical da Broadway marca, para o ator de 63 anos, uma nova fase de sua vida profissional, mais voltada para o aprofundamento e menos à "tarefa ingrata", segundo ele, de ser galã. Nesta entrevista exclusiva, o ator fala do desafio que é interpretar, cantar e contracenar com a própria filha, Júlia, nos palcos; da fama de sedutor e do relacionamento de mais de 40 anos com a esposa. Você tinha interesse em fazer um musical ou tudo aconteceu naturalmente? n Eu sempre tive interesse, sim! Cláudio, Charles e eu já tínhamos pensado em trabalhar juntos algumas vezes. Sempre tive vontade de fazer um musical, mas sempre estava focado em outros trabalhos. Tive algumas experiências passadas, e talvez isso tenha criado essa oportunidade. Fiz meu primeiro musical em 1996, No Verão de 1996, de Aderbal Freire Filho, com trilha sonora de Tato Taborda, um musical brasileiro. Foi um belíssimo trabalho. Em 2007, eu trouxe Um Boêmio no Céu, que era um poema dramático ao qual eu acrescentei algumas canções. Essa foi

a minha segunda tentativa. Mas os diretores têm um instinto, um faro... Eu não tinha tanta certeza, mas eles sabiam... Sabiam que o papel era para você? n Eles apostaram e estou muito feliz de estar neste musical, aprendendo uma coisa que sempre persegui na minha vida, que foi capricho, dedicação extrema, obsessão pelo acabamento. Este grupo é uma verdadeira escola de trabalho, de acabamento. Todo o esmero desse trabalho e os detalhes do acabamento negam a ideia de que o improviso é um traço macunaímico e brasileiro. Estou muito feliz, e esse trabalho é um acerto raro da dramaturgia. É uma grande criação da cultura judaica, com vários criadores. E como está sendo trabalhar ao lado da Soraya Ravenle? n Fui muito bem recebido, mas eu preciso destacar que a Soraya foi uma das primeiras pessoas do ensaio que sempre foi prévia. Soraya, para mim, foi fundamental. Ela é uma parceira maravilhosa, só faz somar e só estimula. E eu realmente confirmei isso. E agradeço muito. Qual é o segredo de ser um ator de musical? n Com esse grupo, aprendi que trabalhar é repetir. Eu fiquei muito impressionado porque eles detêm grande conhecimento so-

bre esse assunto, o que me deixou admirado. Entrei no espetáculo sem nenhum ensaio e ele fluiu normalmente, sem problema nenhum. Eles têm uma dinâmica de trabalho e uma proposta que são admiráveis. É uma formação muito boa para todos os profissionais que queiram fazer esse tipo de trabalho. E existe um cérebro por trás desse grupo, que se chama Tininha (Tininha Sales, coordenadora artística). Ela gerencia todas as necessidades, carências, diagnostica onde há problema e você não para. Quando você começa a trabalhar, ou você está fazendo o texto, ou canto com uma pianista, com instrumentista, uma maestrina, ou você fazendo dança. É um mergulho brutal! O que você aprendeu com tudo isso? n Aprendi que quem canta não é a vaidade, é o personagem. Se você não sucumbir à vaidade do canto, você alcança o coração das pessoas. Como ator de texto, praticamente, tive muita experiência em relação a isso e alcançava muitas vezes o coração do público, seja com Shakespeare ou o que fosse. Mas a potencialização que a música causa na comunicação é uma coisa brutal. É quase covardia. Essa peça é um moedor de corações. Eu raras vezes vi uma obra de ficção com a vida tão palpável e consistente. O grupo carioca se aproximou deste texto e o que brotou foi


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um sentimento familiar, profundo. E isso é impressionante! Aos 63 anos, eu estou muito feliz no teatro musical. Multiplicar minha potência para alcançar o coração do público é muito bom! Como foi preparar-se para este personagem? n Eu não conhecia O Violinista no Telhado. Ouvi a música, vi os filmes do Topol e pesquisei algumas coisas na internet. Entrei em pânico e pedi para o pessoal colocar isopor na minha casa. Peguei as partituras e comecei a trabalhar aquilo. Não larguei mais. A partir da hora que me convidaram e assim que eu tive o script e as partituras nas mãos, comecei a trabalhar furiosamente. Depois fui ao teatro encontrar e conhecer o grupo. E entrei em contato com aquela vertigem, aquele redemoinho furioso. Não tem segredo! É seriedade e se jogar mesmo! A preparação foi essa! E o esforço vocal? n Descobri ser necessário preparo físico de atleta, mas a partitura do personagem é muito adequada à minha voz de barítono. Como é trabalhar com a Júlia, sua filha, no espetáculo? n Eu estou em treinamento... Eu saí com Júlia algumas vezes, mas nós ainda não triangulamos com a plateia. Quando a gente ensaia, a emoção está um pouco sob controle; e quando vem o público, a gente fica um pouco mais permeável, mais fragilizado. Mas eu abri a sacralidade da relação que a paternidade possibilita, e a sacralidade da relação que nós, atores, temos no exercício do nosso ofício. O que significa isso? Significa que quando você contracena no palco ou estúdio, você atribui àquele momento um teor sagrado, porque se você fizer isso o trabalho se torna melhor. Se você não sacraliza, não dá certo. Eu troco uma coisa pela outra. É uma colega, e esse momento no palco nos protege, é sagrado. É uma atriz que está comigo. É preciso preservar esse espaço do ator, mesmo que seja a sua filha ou mulher.

n O visual barbudo do ator caiu como uma luva nos papeis do pescador malandro e do patriarca judeu vivido no teatro

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entrevista hype Como você encarou o texto quando o leu pela primeira vez? n Após ler o texto e conhecer as músicas, entrei em pânico. Esse é um dos trabalhos que mais exigiu preparação. Nós, homens, somos canalhas com mais competência. Sempre fui um ator de textos e alcançava o coração do público com eles. Mas a potencialização da música no espetáculo é quase covardia. O teatro musical é mais poderoso. Hoje, posso cravar sem receio que é o melhor papel da minha carreira. Já interpretei Calígula, Jasão, Peer Gynt, do Ibsen, mas nenhum deles me ofereceu o desafio de ampliar minhas possibilidades de ator. Esse personagem é o Rei Lear dos musicais. Você acredita ser esse o principal papel de sua carreira? n Com certeza. E não só no teatro, já que apontou outro caminho na TV, pois tive a opção de escolher o papel de Pereirinha, em Fina Estampa, e não o Paulo (papel de Dan Stullbach), que seria o habitual na faixa romântica. A música expandiu os meus recursos como ator. A comunicação pela música parece alcançar mais o âmago, a intuição do espectador, algo que nem sempre a palavra falada consegue.

nM ayer como galã: "personagem plano"o

Você vive num ambiente artístico em que os relacionamentos são fugazes, mas a relação com sua mulher já dura muitos anos. Você acredita em uniões duradouras? n Já estou com a minha mulher há 41 anos e casado há 37. Todos os dias fingimos que somos enamorados (risos). A minha carreira é tão mutante, flutuante, passo por tantas metamorfoses e parcerias diferentes, que preciso fixar essa referência. Meu caráter talvez explique um pouco a minha história. Eu sou mineiro... Sou Drummond, sou libriano... Um homem que talvez esteja ligado mais à tradição e menos à renovação. Talvez eu seja menos amoroso e afetivo e mais cerebral. A minha vida artística é camaleônica, mas minha vida pessoal é monotemática e feliz. Eu acrescento que eu estou muito feliz. Você acredita que a minha filha, que está no espetáculo, e que se chama Júlia, está substituindo a filha de Soraya, que também se chama Júlia? Viemos para São Paulo, saiu Júlia/Soraya e entrou Júlia/Zé Mayer. É maravilhoso. Você acha que encanta as fãs por causa do “olhar 43” ou por ser um homem bem sucedido? n Não existe mais isso de olhar 43. São tantas escalações para esse tipo de personagem que as pessoas até acham que é só isso (risos)... Mas isso tem fim, né? Eu acho que cheguei ao meu limite. Eu fui galã até pouco tempo. Galã é uma função ingratíssima, você não imagina como é difícil... É difícil ser galã, não há nada mais bege do que ser galã. É um horror! Eu não posso cuspir no prato onde comi durante tantos anos, mas é uma função difícil! Por quê? n Porque são personagens planos, sem grandes variações, que não são surpreendentes. Essa capacidade de atrair os olhares vem da aprendizagem do ator. São atores interessantes, é isso! É gente que tem formação, que veio do teatro. E isso é o que nos dá essa capacidade de criar e chamar a atenção do espectador. Eu não sei qual é a formação do jovem ator de hoje. Ou o que eles buscam na profissão de ator. O

que realmente interessa ao ator é o aprofundamento, o estudo, a capacidade de ser espelho da condição humana. E para que isso ocorra e que você confie no intérprete na tela de cinema ou no palco do teatro, ele precisa ter uma alma confiável, uma humanidade latente ou evidente. Fernanda Montenegro, Bibi Ferreira, para citar alguma das mulheres que me veem à cabeça, são criaturas humanas de grande proporção, de alma, de caráter, que quando agem, trabalham, têm carisma. É formação, é capacidade de abordar com profundidade esse universo do teatro. Então, o que falta é teatro? n Faltam, talvez, aprofundamento e informação. Não sei se isso vem das escolas ou se vem da prática do teatro. Porque nós todos viemos para a prática. Hoje não... Você está dizendo que é mais satisfatório fazer teatro do que novela? Por que você demorou tanto para abraçar essa causa? n Eu fiquei ocupado ganhando dinheiro e cuidando da minha família (risos). Se você comparar o teatro normal com o musical, é melhor o teatro musical, que é mais poderoso, tem público maior, mais dinheiro. Agora tenho que pensar em “Don Quixote”, “Rei Lear” e uma lista vasta. Não acho que eu tenha chegado tarde, mas é claro que se tivesse chegado mais cedo teria sido interessante. Tudo tem o seu devido tempo. E há uma coisa interessante que alguém me disse um dia: “Os atores não buscam os personagens, os personagens é que os buscam”. Se você pensa assim passa a ter uma compreensão mais mágica e esotérica dessa profissão e também da própria vida. É preciso ter uma aceitação das coisas quando elas vêm. E eu gosto de como elas estão vindo. Você está pensando em outros projetos? n Sempre que eu trabalho muito, o que eu mais gosto de fazer depois é nada! Um ator de novela costuma ser um atleta de resistência. No teatro de texto, no entanto, costuma ser um pouco mais leve.



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Cidadania hype

Música clássica por

causa nobre

n A orquestra de Câmara de Cariacica já se apresentou em São Paulo Cerca de mil estudantes já passaram pelo Projeto Musicalização

Crianças carentes de Cariacica estudam música clássica, formam Orquestra de Câmara e aprendem que é possível viver da arte, servindo, inclusive, de exemplo para a comunidade

Ariani Caetano

n Tem gente que torce o nariz, tapa os ouvidos e diz não entender. Mas a música clássica, antes fadada aos grandes teatros e espectadores seletos e refinados, tem atingido cada vez mais um público ávido por apreender suas sinfonias, sintonias, sentimentos e – por que não? – capacidade de construir e reconstruir histórias e destinos. Pelo menos é assim para alguns estudantes de Cariacica, na Grande Vitória. Desde 2010, cerca de mil meninos e meninas passaram pelo Projeto Musicalização, que é coordenado pela Fundação Bachiana – criada pelo maestro João Carlos Martins – e pelo qual tiveram acesso aos ensinamentos da música clássica, com aulas de flauta-doce e violino. Para o maestro, aliás, “o projeto é uma forma de conscientizar as crianças de que elas podem ser exemplo para uma comunidade inteira e de que é possível viver da música”. E a passagem por ele resulta não só em aprendizagem para os estudantes, todos com idade entre sete e 18 anos, mas também em oportunidade.

Os 16 alunos de Musicalização com melhor desempenho compõem hoje a Orquestra de Câmara de Cariacica, formada pelo maestro Leonardo David, que também é coordenador da Fundação Bachiana na cidade. Para compor o grupo, o profissional avaliou não só o talento e o potencial dos estudantes, mas também características como compromisso e disciplina. “Desde o início já foi feito um trabalho de triagem dos estudantes que iriam compor a orquestra. Os que se destacavam nas aulas coletivas foram para grupos menores e, depois, para aulas individuais. Entre eles, escolhemos os melhores para a orquestra”, conta Leonardo. O maestro destaca ainda que o projeto revela muitos talentos. “Você não precisa ter uma família de músicos para se tornar músico. A música está ao nosso redor e tem gente que tem facilidade com ela. O que falta é oportunidade”, ressalta, destacando que o grande ganho com o Projeto Musicalização é a mudança social que tem provocado na comunidade. E a comunidade de Cariacica apoia tan-

to a Orquestra de Câmara que sua primeira apresentação foi realizada durante as comemorações do aniversário da cidade, em 21 de junho de 2011. O regente da noite foi o próprio João Carlos Martins, que, em 19 de agosto, levou a orquestra para se apresentar na Sala São Paulo, considerada uma das mais modernas e equipadas casas de concerto do mundo e sede da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, em duas sessões prestigiadas por estudantes da rede pública paulista. Para este ano, a Orquestra de Câmara de Cariacica já tem convite para se apresentar novamente em São Paulo, em setembro. Além disso, o maestro João Carlos Martins virá novamente ao Estado para apresentar-se com ela. Para além do ensino de música clássica para meninos e meninas carentes de Cariacica, o Projeto Musicalização, que conta com apoio da prefeitura do município e da ArcelorMittal Cariacica, leva mais esperança a quem, talvez, estivesse fadado a viver uma vida sem acordes. Felizmente, as partituras foram abertas.



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NARCISO hype

Espelho, espelho meu...

Vaidosas e eternas insatisfeitas, as brasileiras têm muito a dizer quando o assunto é o que fazem para serem as mais belas

Ariani Caetano

n Você se preocupa com a beleza? Seu cuidado com a pele e os cabelos é normal ou excessivo? Um estudo realizado pela Sophia Mind Pesquisa e Inteligência de Mercado com 1.195 mulheres de 18 a 60 anos de todo o Brasil trouxe algumas pistas de qual tem sido a relação das mulheres com a beleza. Os resultados apontam, por exemplo, que 54% das entrevistadas não estão satisfeitas com o corpo. Quase a metade delas (42%), se pudesse, mudaria a barriga e 17%, os seios. Entre as principais insatisfações femininas estão o sobrepeso (40%) e os cabelos (18%). Para a dermatologista Karina Mazzini, essa insatisfação da brasileira decorre, principalmente, do fato de o Brasil ser um país onde há muita exposição do corpo, o que torna a mulher um pouco mais vaidosa do que em outros países. “Pelo que constato diariamente no consultório, a celulite e a flacidez são as grandes vilãs e representam em torno de 90% das queixas das mulheres. Em segundo lugar está a gordura localizada, em especial no abdômen, seguida das estrias. A quarta reclamação mais frequente é a de cicatriz de plástica, como a decorrente da implantação de prótese de silicone”, diz. Já a médica dermatologista do Hucam, Edilaine Brandão Schimidt, percebe, além

dessas, outra preocupação das mulheres, em especial as jovens: envelhecer. “Percebo uma preocupação muito grande em pacientes jovens com o envelhecer. Envelhecer bem é saudável, inclusive do ponto de vista da aparência. Entender que a verdadeira be-

leza não se resume em um corpo escultural, sem rugas e sem celulite nos possibilita envelhecer com menos sofrimento”, pondera.

E tanta preocupação com a estética corporal não podia levar a outra consequência que não o uso, muitas vezes indiscriminado, de produtos de beleza os mais diversos, de um simples hidratante aos que prometem efeitos milagrosos e instantâneos. De acordo com a pesquisa da Sophia Mind, por exemplo, os produtos mais usados são aqueles


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Tecnologia mundial, realidade local

para o cabelo (89% das entrevistadas), seguidos do hidratante (83%), da maquiagem (76%) e do protetor solar (73%). Entretanto, apesar de serem uma ajuda e tanto para qualquer mulher, esses produtos precisam ser utilizados com cautela e orientação. “O uso excessivo de maquiagem, por exemplo, pode aumentar o risco de processos irritativos ou alérgicos da pele, além de ser causa de acne”, salienta Edilaine. Com relação aos cosméticos, Karina alerta que o ideal para a saúde da pele é substituir os produtos cosméticos pelos cosmecêuticos. “A diferença entre eles é que o cosmético não tem obrigação legal de efetivamente proporcionar o efeito prometido. Já os cosmecêuticos precisam de pesquisas científicas que comprovem seus benefícios. Estes são vendidos na farmácia, devem ter pres-

crição médica e apresentar resultado. Além disso, os cosméticos normalmente contêm muito conservante para que sua vida útil seja prolongada, fornecendo maiores riscos de irritação e alergias, podendo também aumentar a oleosidade da pele”, ressalta. Os cuidados com o corpo não se resumem ao uso de cremes, hidratantes, sabonetes e esfoliantes. A prática médica tem demonstrado que muitas mulheres vão aos consultórios em busca de procedimentos, como botox, preenchimentos, lasers de rejuvenescimento e para tratar manchas, tratamentos para celulite e flacidez e depilação definitiva a laser. Se realizados de forma consciente, essas intervenções são capazes de trazer o resultado desejado, mas, caso contrário, podem causar danos dos mais diversos. A dermatologista Maria Oliete Guerra reforça que “há mulheres que buscam estar em dia com a sua saúde e beleza de forma adequada, já outras têm uma preocupação exagerada. Em geral, quanto maior o acesso ao conhecimento e o nível cultural da mulher, mais adequados são seus comportamentos e suas preocupações em relação a isso. Isso acontece porque, nesses casos, ela entende os conselhos dados sobre o tratamento, reconhece a importância deles e confia no trabalho do médico.”

Como cuidar da pele de forma equilibrada é fundamental para a saúde e o bem-estar, a indústria e os centros de pesquisa têm desenvolvido novos ativos, que entregam mais resultados, o que estimula as mulheres a conhecer as novidades para ver o que se adapta melhor a sua pele, ao clima de onde mora e ao seu estilo de vida. De acordo com a diretora científica e fundadora da Adcos Cosmética de Tratamento, Ada Mota, praticamente não há mais diferença entre os dermocosméticos produzidos no Brasil e no exterior. “Em termos de tecnologia, as diferenças são cada vez menores. Investimos, continuamente, em pesquisas e desenvolvimento de produtos com ativos eficazes, de última geração, de modo a nos mantermos na vanguarda do mercado nacional de dermocosméticos. Por outro lado, é preciso que os produtos sejam adaptados à realidade do consumidor, levando em consideração o tipo de pele, o clima de cada país, os hábitos de consumo e de higiene das mulheres”, pontua Ada.

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narciso hype

Sensações Se também fossem de comer, estas novidades seriam capazes de estimular os quatro sentidos. Afinal, elas conduzem a sensações maravilhosas a partir do toque, do olhar e do cheiro

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01 Gucci Guilty Pour Homme, o lançamento da Gucci que acaba de chegar ao Brasil, é um cativante eau de toilette, especialmente para homens contemporâneos. 02 A linha de maquiagem que a M.A.C. criou em homenagem a Iris Apfel traz cores incríveis de esmaltes, batons e sombras. Tudo tão irreverente quanto Iris. 03 Em versão mini (50ml) estes hidratantes da Vizcaya são ótimas opções de presente. Com fragrâncias inspiradas na perfumaria internacional, deixam a pele com toque suave e aveludado. 04 Seguindo a tendência de boca marcante, própria da estação, os batons da linha Una, da Natura, além de coloria, trazem alta cobertura, hidratam e restauram os lábios. 05 Para realçar a beleza dos olhos, aposte na Sombra em Pó Iluminadora, da Dailus Color. Em diversas cores, elas possuem ótima aderência e são de fácil aplicação. 06 Prático e versátil, o Lápis Delineador Duo, da Océane, tem dois lados: um para realçar e desenhar o contorno dos olhos e outro para colorir as pálpebras com suaves cores de sombras. 06

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DIVÃ hype Antônio Carlos Félix das Neves

Psicólogo, psicanalista e professor

antoniocarlosfn@terra.com.br

Eu queria estar aqui, mas estava sempre ali n Estava sempre angustiado. Chegou queixando-se de que já não aguentava mais essa sensação de fora do lugar, de estar aqui, mas querendo estar ali. Dividido entre o aqui e o ali, pergunta-se: “O que faço para me sentir inteiro nas coisas?” Ele já se dava conta de que, quando saía com a namorada, era tomado por certo tédio quando ficavam sozinhos. Precisava de movimento e, numa estratégia de fuga, seus pensamentos passeavam noutro lugar: às vezes, na nostalgia dos amores anteriores que não deram certo, outras vezes imaginava-se em relacionamentos perfeitos, que estariam dando certo. Enquanto isso... a namorada estava aqui. Era zeloso com seu trabalho. Tinha sérias dificuldades para finalizar o que iniciava – dos livros, nunca sabia seus desfechos; perdia-se nas diversas tarefas inacabadas, como se o fim ameaçasse um prazer preliminar que ele tentava a todo custo não perder.

No meio do caminho, experimentava um desânimo, uma preguiça acompanhada de um sono profundo e inesperado. Dormir, naquele momento, era uma maneira de não estar presente, de não estar aqui. Ele tinha pressa nas coisas. O que lhe apressa? pergunto. "Não sei, é um sentimento de urgência indefinido, como se eu quisesse me livrar daquilo de que me ocupo, feito batata quente, sem saber o motivo. Assim, sinto-me livre para poder começar outra vez, sempre outra vez." Era impaciente com o tempo. Não suportava esperar o tempo do outro, nem o seu próprio tempo, pois era tomado pela ideia de que seria cobrado

pelo atraso, pela tarefa não feita. Quem cobraria, isso ele não sabia. Ele queria desfrutar com os filhos o brincar – contar histórias, jogar, rir e papear – no entanto, uma aflição ia tomando conta de si, tirando-lhe da cena: “Brinca papai!”. A voz do filho trazia o pai para a realidade. Que coisa é essa que nos tira do cotidiano nos prometendo sonhos em lugares estranhamente conhecidos? Aí me lembrei de Cazuza, que nos deixou prematuramente, mas sua poesia ainda resiste aqui: "Sorte é se abandonar e aceitar essa vaga ideia de paraíso que nos persegue, bonita e breve, como borboletas que só vivem 24 horas."


Saúde

Eurico de Aguiar Schmidt

hypeonline.com.br

clínico geral

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Gastrenterite A gastrenterite viral é uma doença infecciosa aguda que afeta todas as idades, podendo ser causada pelo rotavírus e outros. Os sintomas são vômitos e diarreia aquosa, acompanhados de febre baixa, náuseas, falta de apetite, dores pelo corpo e abdominal. frequentemente, evitando o contato com fluidos corporais de pessoa infectada, inclusive a saliva. Também deve-se evitar compartilhar objetos (como chupeta, copos, pratos etc) e aglomerações; deve-se combater o calor com muito líquido e roupas leves; lavar exaustivamente frutas e verduras; ferver bicos e mamadeiras do bebê, várias vezes ao dia e nunca aproveitar alimentos velhos ou mal conservados. Essas são algumas recomendações que podem prevenir o aparecimento da diarreia virótica. Alimentação saudável e equilibrada também podem minimizar os sintomas da doença. O diagnóstico, geralmente, é feito pela história clínica e exame físico, podendo ser complementado pelo hemograma, com atenção para outras doenças, como meningites, gastrenterites bacterianas, apendicite aguda e intoxicação alimentar que, na fase inicial, podem se manifestar com sintomas em comum. Os pacientes mais susceptíveis às complicações são as crianças com menos de cinco anos, idosos, desnutridos, imu-

AIS IND RIO M ICA TÓ D RA

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LA PE

OL AB O

n A gastrenterite viral é uma doença infecciosa aguda que afeta todas as idades, podendo ser causada pelo rotavírus e outros. Os sintomas são vômitos e diarreia aquosa, acompanhados de febre baixa, náuseas, falta de apetite, dores pelo corpo e abdominal. As crianças com menos de cinco anos são aquelas que merecem maior atenção, pois desidratam facilmente, podendo sobrevir complicações mais graves. A infecção pelo rotavírus é a terceira causa de morte em crianças nessa faixa etária. Nos países desenvolvidos, a maior incidência é no inverno, mas no Brasil ocorrem surtos durante todo o ano e, principalmente, no verão. A transmissão ocorre pelo contato com fezes, ingestão de alimentos e água contaminados, como gelo não filtrado corretamente, por exemplo. Estes fatores somados à migração de pessoas decorrente das férias explicam o aumento da incidência da doença no verão. O intervalo entre o contágio e o início dos sintomas é de dois a quatro dias e a duração da doença é em torno de quatro dias. A prevenção se faz lavando as mãos

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viral

nossuprimidos e pacientes portadores de doenças crônicas. É preciso atenção especial àqueles pacientes que apresentam vômitos, pelo risco de desidratação (boca seca, pele fria, urina escura, respiração rápida e sudorese fria), que é a causa mais frequente de morte. A presença de tais sintomas indica a necessidade de buscar assistência médica com urgência. Por ser de causa viral, o uso de antibióticos nesse caso não é recomendado, aumentando o risco de resistência bacteriana. Dessa maneira, o tratamento se restringe aos sintomas apresentados. A hidratação por via oral com soro caseiro é parte importante do tratamento, mas em casos de vômitos, diarreia persistente e febre, o paciente deve buscar orientação médica. Na dieta são recomendados chá, torrada, banana, maçã, sucos de caju, água de coco verde, até o retorno progressivo à dieta normal, o que tende a acontecer em poucos dias, por se tratar de uma doença autolimitada. Em caso contrário, é importante buscar uma avaliação médica.

Tradição, Qualidade e Credibilidade em Análises Clínicas 27 2121.0022

www.bioclinico.com

MATRIZ: Avenida Rio Branco, 310, Santa Lúcia, Vitória, ES


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personagem hype HELLEN DALLA

é ser exclusivo e sustentável

Chic Tecidos, bordados, patchworks, cortes e recortes. Com certeza, você já viu isso muitas vezes, mas talvez nunca da forma como a estilista Hellen Dalla usa esses elementos. Alma generosa e dotada de uma aguda consciência social, ela reutiliza esses materiais, que são a matéria-prima do atelier Ecohar, com resultados surpreendentes

Betty Feliz

n Embora ache que, de modo geral, as pessoas não estão verdadeiramente preocupadas com a sustentabilidade do planeta e que, a cada dia que passa, o ser humano torna-se “mais egoísta, materialista e acomodado”, Hellen não ignora que “existem pessoas acordando para lidar com o ambiente e a ecologia de maneira mais harmoniosa, principalmente como agentes transformadores do seu meio social”. Essa, garante a estilista capixaba – que é mãe de três filhos e apaixonada pelo que faz –, tem sido a grande experiência vivida na Ecohar, que funciona na sua própria casa, na Ilha do Boi. Ali, o visitante encontra um rico acervo de materiais, entre pedrarias, tecidos, rendas, cordas, paetês e centenas de outras pequeninas coisas, relíquias guardadas ou trazidas de inúmeras viagens que Hellen empreendeu dentro e fora do Brasil.


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A Ecohar, palavra que resulta da junção de ecologia e harmonia, não apenas reutiliza material, mas também os transforma, virando-os e revirando-os ao avesso. Parte do trabalho manual é fruto de uma associação com a entidade de apoio a moradores de rua Fonte de Vida, que funciona em Bairro República, e do trabalho junto a mulheres artesãs carentes com quem Hellen divide os segredos do ofício para que elas obtenham renda. As peças da Ecohar podem ser vistas no site www.ecohar.com e também na Duett, multimarca capixaba que comercializa algumas peças exclusivas da marca. A estilista desenvolveu uma técnica em tecidos que prova que na natureza tudo se transforma mesmo: ela conseguiu chegar a uma textura que se assemelha à camurça, estica mais do que qualquer stretch e é mais confortável do que o algodão.

n "A cliente Ecohar já está liberta da 'normose'"

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personagem hype

Talentosa desde pequena O caminho percorrido por Hellen foi traçado pelo talento, assume a estilista, “sem medo de parecer de mais ou de menos”. Ela diz que upcycle sempre foi uma paixão na sua vida. “Só não sabia que existia uma definição ou nome e que, na verdade, isso já era um movimento em nível mundial. Desde pequena, eu já transformava coisas em outras diferentes, com novas funções. Desde então, crio sem parar!” Hellen enfatiza seu trabalho autoral e diz que, embora respeite as opiniões, assume que boa parte da sua vida trabalhou fazendo algo de que não gostava. “Agora tenho pressa em dedicar a este trabalho os anos de vigor e força de trabalho que tenho pela frente para, mais tarde, prestar conta desse talento que me foi confiado, não para ser escondido nem guardado, mas para ‘ecohar’ com generosidade. O futuro para mim é agora”, garante. A estilista faz uma analogia entre e moda e arte e diz, repetindo o escritor Ariano Suassuna: “Arte, para mim, não é produto de mercado. Podem me chamar de romântico. Arte, para mim, é missão, vocação e festa”. Qualquer outra coisa que não seja isso, completa Hellen, é puro business! Embora saiba que as consumidoras de moda, de maneira geral, acabam pagando um preço muito alto por marcas, “para estar mais ou menos igual à metade do planeta”, Hellen diz que a cliente Ecohar já está liberta da ‘normose’ e entendeu que o custo do trabalho social está embutido no valor da peça. Para ela, isso significa redistribuir renda e reutilizar materiais que estariam no lixo. “As clientes Ecohar sabem que o conceito upcycle em moda e arte não se desvaloriza. Pelo contrário, agrega valor ao trabalho. Porque, afinal, chic é ser exclusivo!”, defende.

n A Ecohar reutiliza materiais criando peças originais, que também podem ser vistas no site: www.ecohar.com


Sua mensagem.

Nosso design.

Os rascunhos que me perdoem, mas design é fundamental. Livros

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Identidades visuais Design de informação sem complicação.


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papo Surreal CRODOALDO VALÉRIO

Ele volta

para contar

tudo

n Mas, antes de falar, nosso Crô fez uma ressalva: só autorizaria a publicação da entrevista depois de confirmar o especial que fará no final do ano. Confira aqui, na íntegra, o papo que tivemos com aquele que, embora fora do ar, transformou-se, sem dúvida, alguma em um dos personagens mais divertidos, simpáticos e adorados do Brasil.

n Antes de começar, diga pra gente como é que você construiu seu figurino? De onde vieram aquelas camisas, o topete, as gravatas... Marcelo Serrado andou dizendo por aí, em entrevistas, que eu era inspirado em uma pessoa amiga dele e tal... Tudo mentira! Todo meu guarda-roupa foi obra minha, fruto de longa e exaustiva pesquisa de moda e estilo. Tudo muito autoral, entende? n Você compactuou com muitas coisas erradas, praticadas por sua patroa. Nunca se sentiu cúmplice ou teve uma crise de consciência diante das maldades de Teresa Cristina? Pera lá...! Em primeiro lugar, a Poderosa do Nilo podia ter seus defeitos e tal, mas jamais acreditei que fosse capaz de um ter-

Mordomo e fiel (bota fiel nisso) escudeiro da vilã Teresa Cristina na finada telenovela da Rede Globo Fina Estampa, Crodoaldo Valério, o Crô, que conquistou o coração e a simpatia de milhares de brasileiros desde sua primeira aparição na telinha, fez revelações exclusivas para nossa revista, na semana em que a trama rocambolesca das nove chegava ao fim.

rível crime, um crime hediondo. Humm! n Mas você a considerava uma boa mãe? Veja bem, a Divina Isis era, acima de tudo, uma mulher estilosa, linda, elegantérrima... Você lembra dos robes e das camisolas dela que eu herdei? Ma-ra-vi-lho-sos!! Ser mãe, para a Pitonisa de Tebas, era apenas um detalhe... aborrecido, é claro! n Afinal, apesar de todo aquele ódio de sua patroa, você gostava de Grizelda? Eu não gostava quando minha Nefertiti chamava Pereirão de Bigoduda, mas acho que a compridona deu margem a isso. Imagina... uma mulher que não depila o buço e anda com aquele macacão e, ainda por cima, rouba o marido da Filha de Osiris... My God! Ela estava a léguas da elegância e do savoir faire da minha deusa. n Como foi receber parte da herança da Poderosa Iris? Um choque! Fiquei bege... mas rico! (risos) Não é demais? Agora, com a


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Congela!

fortuna deixada pela Pitonisa de Tebas vou poder renovar todo meu guardaroupa e, ainda por cima, fiquei com o Zoiudo... como motorista exclusivo, é claro! Humm...! Você pensou que eu fosse dizer outra coisa... Confessa, danadinha... n Vamos falar um pouquinho de sua vida amorosa. Você nutre algum sentimento pelo Zoiudo? (risos) Ai meus sais! Todo mundo estava torcendo por nós, mas o Aguinaldo, sabe, o diretor, não permitiu. Ele disse que era em respeito a Dira Paes, mas ela, que é muito minha amiga, é super bem casada com o fotógrafo Fábio Baião e não estava nem aí para aquele zoiudo homofóbico... lindo! n Pois é, homofóbico e violento. Mesmo assim você ainda suspira por ele? Gente, coração dos outros é terra... como é mesmo esse ditado? Enfim, quem é manda no coração da gente, não é mesmo? n O mundo quer saber: quem, afinal, era o seu namorado secreto, aquele do pé tatuado com um escorpião? Humm...! Tá bom, eu digo: era o Pereirinha! Aquele robalo, queridinha, sempre foi meu. Foi duro ter que fingir que o detestava e assistir, impassível, ao seu affair com a Jacaroa do Nilo debaixo do meu delicado nariz. Mas você sabe como é, eu não podia perder o emprego... Agora que tudo acabou, finalmente, poderemos assumir nosso amor al mare. Ele não confirmou isso na entrevista que deu à Hype? Aquele danadinho...

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memória hype

Olhos

de safira...

... mas também poderiam ser de água-marinha, topázio, tanzanita ou iolita. Afinal, a julgar pela a paixão que Elizabeth Taylor tinha por joias, seus olhos não tinham mesmo como ser de outra cor

Ariani Caetano

n Quando o amigo mágico David Copperfield, em uma de suas apresentações, fez sumir de Elizabeth Taylor um de seus anéis, a estrela, aos gritos, divertiu a plateia com seu desespero ao ver a joia desaparecer. Também pudera. Liz Taylor amava tanto sua coleção de anéis, brincos, colares e pulseiras, quanto amava a carreira e amou os maridos, de quem, aliás, ganhou boa parte das peças. Nascida em Londres, na Inglaterra, em 27 de fevereiro de 1932, Liz mudou-se com os pais para os Estados Unidos em 1939, onde começou a carreira cinematográfica ainda criança, quando foi descoberta aos dez anos. A partir de então, apaixonou-se pela profissão e não saiu mais dos estúdios. Nos anos 1950, filmou dramas importantes, como Um Lugar ao Sol, Assim Caminha a Humanidade e A Última Vez que Vi Paris, tendo sido consagrada pelo público e pela crítica como uma atriz talentosa. Mas, para além do talento, chamava atenção a beleza de Liz Taylor, cuja marca registrada eram, principalmente, os olhos de cor azul-violeta, junto com os traços delicados do rosto e as sobrancelhas negras e espessas. Liz foi uma celebridade cercada por glamour e vaidade. A diva era compulsiva colecionadora não só de joias, mas de maquia-

gens, sapatos de grife, bolsas da moda e vestidos caros. Foi compulsiva também sua habilidade casamenteira. Casou-se oito vezes, sendo duas com o ator britânico Richard Burton – de 1964 a 1974 e de 1975 a 1976 –, com quem fez dupla em vários filmes nos anos 1960, como o lendário Cleópatra, em Quem tem medo de Virgínia Woolf, Os Farsantes e A Megera Indomada. Contudo, o relacionamento com Richard era conturbado, cheio de brigas, principalmente por causa do alcoolismo do parceiro. Nos anos 70, ainda casada com ele, Liz chegou a traí-lo com o embaixador iraniano nos Estados Unidos, Ardeshir Zahedi, com quem se encontrava em quartos de hotéis de luxo. Vencedora duas vezes do Oscar, mãe de três filhos biológicos e um adotivo, Liz foi ainda a melhor amiga do Rei do Pop, Michael Jackson, que acompanhou de perto sua agitada vida amorosa e dedicou à diva vários de seus trabalhos. Ao longo dos anos, a atriz tratou sérios problemas de saúde. Em 2004, passou a usar uma cadeira de rodas para lidar com a dor crônica na região cardíaca. Cinco anos depois, foi submetida a uma cirurgia para substituir uma válvula do coração. Em 2011, a insuficiência do coração exigiu uma cirurgia emergencial, mas Liz não resistiu e faleceu em 23 de março, aos 79 anos de idade. Mas, mesmo quando os olhos azul-vio-

leta de Liz fecharam-se para sempre, seu acervo de joias raras e caras continuava a brilhar. Em 13 de dezembro do ano passado, seus anéis, brincos, colares e pulseiras foram leiloados, tendo sido arrecadada a bagatela de US$ 116 milhões. A estrela dessa vez foi a pérola “La Peregrina”, presente de Richard Burton, arrematada por US$ 11,8 milhões. Antes de morrer, Liz Taylor chegou a dizer: “Sei que após minha morte minhas joias poderão ir a leilão, como aconteceu com a coleção da duquesa de Windsor. Talvez se espalhem pelos quatro cantos do mundo. Espero que quem as compre ame e cuide de cada peça como fiz. A verdade é que as joias têm donos provisórios, somos apenas seus guardiões”. Mera guardiã dessas riquezas ou não, Liz costumava dizer que “grandes garotas precisam de grandes diamantes” e contava: “Mamãe dizia que demorei oito dias para abrir os olhos após meu nascimento. E a primeira imagem que vi foi de seu anel de noivado.” É, agora está explicado.


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Olhos

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ensaio hype

que cintilam

Elizabeth Taylor encantou não somente os homens com quem se casou ou com os quais se relacionou. Ela encantou o mundo inteiro. Assim como sua paixão por joias, seu olhar constitui a mais emblemática lembrança que qualquer um possa ter dela. Com este ensaio, fazemos mais do que uma homenagem a esta diva do cinema; eternizamos uma joia

n j oias Dorion Soares n j oias Adriana Delmaestro


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Ficha técnica n

coordenação Trend Fashion Lab

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fotos Vanessa Diskin

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beleza Aline Bretas

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styling Juliana Fernandes

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modelo Juliana Alves (agência Ragazzo MGMT)

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locação Estúdio Base 40

n j oias Dorion Soares

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n j oias Juliana Dadalto


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n j oias Juliana Dadalto

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ensaio hype

n j oias Dorion Soares


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n j oias Suely Chieppe

oias Dorion Soares n j

n j oias Adriana Delmaestro

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Inverno ousado 34

consumo hype

Outono indo embora, inverno chegando. A estação mais fria do ano parece mesmo a mais sugestiva para você ousar e compor looks que vão dar o que falar. Dos pés à cabeça, as novidades são muitas. Veja o que é tendência e mãos à obra

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01 Para as mais ousadas, o sapato Black n

Garten, modelo colecionável da Louloux, do

designer Cristiano Bronzatto, dá a impressão de estar calçando uma obra de arte n 02 Se

a ordem do inverno é combinar tons pastéis,

estes óculos da Ray-Ban e Vogue são ideais

06 05

para conferir um toque especial à produção

03 Na onda do preto no branco, a boln

sa Bobstore pode ser usada tanto

com as echarpes, quanto com o colar

04 Para carregar casaco e guardan

-chuva, itens indispensáveis na temporada fria, aposte em maxi bolsas, como

05 Clutchs são a cara esta da Iódice Denim n da mulher moderna. Este modelo de Isa-

dora Saadi para Sarah Saadi combina tanto com uma produção mais casual e despojada, quanto com um super visual de noiten 06 Com uma proposta inovadora e urbana, a de-

signer Marília Capisani apresenta sua coleção de peças em vidro soprado nas versões incolor

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e âmbar n 07 Queridinhas do inverno, as ank-

le boots chegam em versões revisitadas, como

nesta estampa de cobra, da Top Vision.

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tudo hype

Christini Ziviani

Viva a tangerina! n Quem gosta da fruta... vai amar! A do bem, empresa carioca de bebidas naturais e integrais, traz para o mercado o primeiro suco de tangerina integral em caixinha do país. Com apenas 80 kcal por copo (200 ml), o suco foi feito com tangerinas do Sul do Brasil e também do interior de São Paulo, com 100% de frutas selecionadas (e sem água e adição de açúcar). Disponível na versão de um litro, o suco, assim como as outras bebidas do bem, não tem conservantes ou outros aditivos químicos. Preço sugerido: R$ 6,29

Paixão por relógios? n Seu pai, noivo, marido, namorado ou, quem sabe, seu irmão. Algum deles deve ser, com certeza, louco por relógios porque eis aí um item que é objeto de desejo de nove entre dez homens. Portanto, eles vão gostar de saber que a Tendence, que acaba de chegar ao Brasil através dos empresários Gilberto Pepe e Norton Aguiar Labes, ambos com anos de know how no segmento de relógios de luxo, lançou sete linhas, cada uma para um estilo de vida e um jeito de ser.

Turismo capixaba

Para aquecer no inverno n Nestes dias frios, nada como apreciar algo quentinho e gostoso, não é mesmo? Hum... Aposto que pensou em um delicioso foundue de chocolate, compartilhado com quem se ama. Este aparelho da Dynasty foi inspirado no clima de romance que a iguaria desperta. O delicado aparelho tem seu bowl em cerâmica e os pegadores em formato de coração. Tudo na cor vermelha.

n Além do selo Hype, a Preview Editora, de Rodolfo e Tiago Martins, agregou mais um título ao seu portifólio: a revista Destino Espírito Santo. No mercado desde 2010, a publicação, que é especializada em turismo e divulga para todo o Brasil as potencialidades capixabas do setor, circula sob licença do Convention & Visitors Bureau do Espírito Santo. “Queremos contribuir para fazer do Estado um destino cada vez mais desejado e procurado. Para isso, vamos trabalhar com pautas curiosas e instigantes, que mostrem nosso verdadeiro potencial nos segmentos de lazer e negócios”, diz Tiago, responsável pelo marketing da editora.


Luxo

Joias

37 n Juliana Caliman Dadalto

de casar Tão importante quanto o vestido, as joias também conferem um charme especial às mulheres que vão subir ao altar. Afinal, se, tradicionalmente, o vestido precisa ser branco, os brincos podem fugir do comum e ser coloridos e alegres, traduzindo da melhor maneira o momento de êxtase vivido pela noiva n Ouro amarelo, ouro branco, pérolas, iolitas, diamantes, rubelitas, quartzo e penas compõem as peças que são a aposta da designer de joias Juliana Caliman Dadalto, da Florrih, para as noivas usarem não só no casamento, mas também em outras ocasiões depois da cerimônia ou, quem sabe, passarem de geração para geração, transformadas em joias de família.

nB rincos Sonho em ouro branco 18k, iolitas, pérolas e plumas

n Brincos Brasilidade em ouro branco 18k, pérolas, prasiolitas e penas


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Diálogos

Gente hype

Fotos Cloves Louzada

Tinha tudo para virar um clube da Luluzinha - é claro que sem os frufrus e as abobrinhas típicas da tribo. Até que o convidado chegou. Passado o sentimento de surpresa e timidez iniciais – “ih, só tem mulher...!?” –, ele relaxou e, daí em diante, a conversa rolou solta, pontuada por um clima confessional, algumas vezes leve, em outras profundo, mas sempre divertido. Sim, era mais uma reunião do Clube Hype, evento que a revista promove, bimestralmente, para conhecer de perto seus leitores. lembrando Freud, que disse um dia que “de perto ninguém é normal”, à medida que o grupo ganhava intimidade, aumentava o clima de cumplicidade, marcado por diálogos curiosos e confidências que, apesar de publicáveis, ficaram ali mesmo, na sala de degustação do Ville Du Vin, local do encontro. Histórias de vida, casamentos, perdas, ganhos, filhos, buscas, diferenças, preferências, escolhas, hobbies, manias... Enfim, entre drinques e entradas deliciosas assinadas pela chef Sylvia Lis, o papo rolou livre, deixando, no final, um gostinho de “quero mais, me convida pra próxima”. Conheça este animado e bem-vindo grupo que veio juntar-se ao nosso clube.

(im)possíveis Anginha Buaiz

n O que faz É produtora cultural n O que mais gosta de fazer Dormir tarde, cozinhar, ouvir música, cantar, ser cantada e encantada n O que mais gosta em Hype “A revista tem maturidade. É melhor hoje do que quando começou. Além de madura, é contemporânea.”

Mônica Zorzanelli n O que faz Formada em Publicidade, há seis anos trabalha exclusivamente como fotógrafa. n O que mais gosta de fazer “Fotografar, andar de patins e experimentar coisas novas.” n O que mais gosta em Hype Entrevistas, matérias de moda e de design. “Hype é uma revista que mistura as coisas.”


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Paula Shalders n O que faz Há 16 anos comanda as lojas Paula Shalders e Folic. n O que mais gosta de fazer “Cuidar dos meus cachorros, ficar em minha casa em Setiba, viajar e assistir a novelas.” n O que mais gosta em Hype Entrevistas e matérias de moda e decoração

Luzia Sartório n O que faz Proprietária da Metal Nobre, tem atuado como compradora da marca n O que mais gosta de fazer “Tirando ficar com os netos, ir ao sítio nos finais de semana e cozinhar com os amigos. Além disso, busco no lixo objetos para serem customizados e os reinvento.” n O que mais gosta em Hype Matérias de moda e decoração e das entrevistas

Henrique Decottignies n O que faz É diretor da construtora Decottignies n O que mais gosta de fazer Jogar futebol e futevôlei na praia n O que mais gosta em Hype Do design

Andrea Monteiro n O que faz Formada em Publicidade há mais de 20 anos, é coordenadora de Marketing da Rede Vitória. n O que mais gosta de fazer “Gosto da vida, e aprendi isso com a perda de meu pai. Faço tudo como se fosse uma tarefa, mas gosto mesmo de andar de bicicleta, ficar em casa, fazer balé – voltei a dançar depois de 18 anos sem praticar.” n O que mais gosta em Hype: Editoriais de moda e entrevistas. “A revista é moderna e tem movimento.”

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Design e inovação na

A inauguração da primeira franquia da rede Espaço Reclinável em Vitória movimentou o mercado de arquitetura, decoração e arte da cidade

Espaço Reclinável n Na noite de abertura, a elegante loja localizada na Avenida Rio Branco, em Santa Lúcia, atraiu personalidades da imprensa, profissionais e amigos do casal de empresários Renata e Alan Mesquita. Com elogiados projeto arquitetônico e de ambientação assinados por José Daher Filho, a loja é especializada em móveis voltados para livings, salas de TV e home em

geral, além de comercializar tapetes finos e outros itens ligados à decoração. No dia da inauguração, chamavam a atenção as obras de arte da galeria Matias Brotas e as lindas peças da Via Design que compunham a ambientação. “A Espaço Reclinável chega a Vitória com uma proposta inovadora. Queremos conferir um up ao mercado de mó-

Fotos Cloves Louzada

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veis do Estado. Por isso, estamos apostando em lançamentos que prometem surpreender os profissionais de arquitetura e decoração, além do público capixaba”, asseguraram Renata e Alan, felizes anfitriões da noite. O coquetel foi assinado pela Sweet Gula e a recepção teve o comando da competente Stella Miranda.


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01 Stella Miranda e Betty Feliz 02 Alan Mesquita, Renata Mesquita e Humberto Gandara 03 Roberta Gagliano, Najla El Aouar, Ana Elisa Hott e Maiara Mendes 04 Alan Kormann e Adalberto Lopes 05 Alan Mesquita e Donatella Coser 06 Patrícia Carneiro e Julia Buaiz 07 Bruno Lopes e Humberto Gandara 08 Célia Colodete e Cláudia Jacomelli 09 Patricia Antunes e Margarida Mesquita 10 Dagmar Amorim e Sabrina Balbi 11 Humberto Gandara e Ana Paula Brisol 12 Romulo Reis e Patrick Guarioli 13 José Daher, Renata e Allan Mesquita 14 Aline Mello, Nayara Tristão e Renata Mesquita 15 Ana Elisa Hott, Lorena Daher e Maiara Mendes 16 Renata Mesquita,Sandra Matias e Donatela Coser 17 Sergio Luis Fernando Baptista e Leonardo Cruz 18 Adriana Voloski e Luciene Mussielo 19 Leticia, José Daher e Mariana Lindenberg


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Moda

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n Paula Shalders apresentou as novidades de inverno de sua multimarca e da Folic, franquia sob seu comando, no dia 9 de maio, no Jardim Secreto, na Praia do Canto. Num coquetel intimista e disputado, a empresária de moda colocou na passarela o melhor de cada uma das lojas em um desfile duplo, produzido pela carioca Fabiana Meyer e organizado por Isabela Wanderley. E quem participou do evento ainda pôde fazer o bem. É que a dona da festa pediu que cada convidado levasse latas de leite em pó para doar à Associação de Amigos da Criança Carente e Deficiente (AACCD).

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no jardim

Desfile duplo marca lançamento da coleção de inverno da multimarca Paula Shalders e da franquia Folic Fotos Cacá Lima

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01 Eliene Salgado e Delma Paula 02 Haglaia Pavan, Margareth Castelo Branco e Luciana Haddad 03 Maria Angelica Fabris, Paula Shalders e Carlota Reuter Carrera 04 Andrea Maciel e Cláudia Rizzo 05 Joseane Pacheco Rodrigues, Tereza Julia e Izabela Heringer 06 Paula Shalders e Flávia Guerra 07 Aglaia Aguiar de Oliveira, Paula Shalders e Ana Paula Brasil 08 Vanessa Endringer, Fernanda e Paula Shalders 09 Fabiana Meyer e Equipe Folic 10 Fernanda Shalders, Catarina Dias, Manuela Mascarenhas e Marcela Reuter 11 Maria da Penha Guarçoni, Paula Shalders, Tereza Julia Heringer e Isabela Heringer 12 Daniela Rodex, Aglaia Aguiar de Oliveira, Ana Paula Brasil e Cláudia Rodrigues 13 Cláudia Rodrigues e Maria Helena Rezende 14 Lena Brotas, Lucio F. De Magalhães Sarmento, Consuela Bizerra, Leo Lima e Daniela Rodex 15 Equipe Paula Shalders 16 Paula Shalders e Tereza Julia Heringer 17 Laura do Valle Martinele e Paula Shalders 18 Daniela Rodex, Monica Boiteux e Paula Shalders 19 Márcia Rodrigues, Adriana Smith e Laura do Vale 20 Mônica Cupertino e Rita Casagrande 21 Equipe Folic Praia do Canto e Folic Shopping Vitória 22 Ana Viana e Paula Shalders


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leveza O verão da

As tendências do verão desfilaram na passarela do Minas Trend Preview, em Belo Horizonte. Hype, é claro, acompanhou tudinho e mostra para você o que os talentosos estilistas mineiros prepararam para a próxima estação Ariani Caetano

n Primeiro evento a antecipar as tendências da primavera/verão, o Minas Trend Preview levou, além das novidades, o conceito de “Leveza” para as passarelas. E isso podia ser observado não só na preocupação das marcas com a sustentabilidade de suas peças, mas também na composição dos shapes. Formas geométricas; tons nudes, aquosos e fortes; maxi estampas e colares; transparências; cortes a laser; estamparia digital, e utilização de tecidos leves em peças soltas prometem ser o hit da temporada, com destaque também para a volta aos anos 50 e 60 para compor looks inspirados no melhor estilo vintage. O século XXI também está representado no verão, principalmente em virtude dos Jogos Olímpicos que serão realizados neste ano, o que contribui fortemente para o aparecimento de peças com inspiração claramente esportiva, como parcas, jaquetas e coletes.

O chemise da década de 50 volta com tudo, em versões lisas e estampadas, assim como a saia Dirndl, aquela toda franzida, e os tubinhos Twiggy e o minimalismo da década de 60. O vestido Peplum também tem sua vez, trazendo de volta o babado na altura da cintura característico dos anos 50. As calças surgem mais soltinhas, mas com cintura alta e muito bem marcada, às vezes com um cinto bem largo. Pantalonas e cigarretes estampadas fizeram sucesso nas passarelas do MTP e prometem repetir a boa perfomance nas ruas, assim como os tops de bojo redondo e com motivos tribais. A observar os tecidos, as estampas, os cortes e as cores, o verão será livre, leve e solto, com um quê de vintage, um ar fresco e uma proposta de moda de uso lento, em prol da sustentabilidade. Quer experimentar? O provador está aberto. Se desejar, no site de Hype tem mais.


n UMA

n Victor Dzenk

n JARDIM

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n GIGI

n E. STORE

n Martha Medeiros

n CILA

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n PATOGÊ

n ALESSA

n Vitor Zerbinato

n PLURAL

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n ALESSA

n APARTAMENTO 03

n Martha Medeiros

n Fabiana Milazzo

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n APARTAMENTO 03

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n Fabiana Milazzo

n PatrĂ­cia Motta

n MarY DESIGN

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n Lucas Magalhテ」es

n Clテ。udia Arbex

n Vitor Zerbinato

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n Chouchou

n Patrícia Motta

n MARY DESIGN

n Patrícia Motta

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Quase nada

Mudou

A julgar pelo que se viu nas passarelas da última edição, o Fashion Rio não trouxe grandes novidades para a cena da moda verão 2012/ 13. Parece que a turma esgotou o repertório e a inspiração. Senão, vejamos: modelagens, estampas, shapes... pouco ou quase nada mudou. Bom para o nosso bolso porque, assim, poderemos usar, com uma boa repaginada, é claro, o guarda-roupa do ano passado. Vejam alguns destaques e confiram nossa seleção de looks:

n Cores: esqueça o color block, agora é a hora e a vez dos tons pastel. Mas, hum..., delícia! as cores sorvete prometem conferir mais energia e uma brisa geladinha à cena. Estampas: uma boa salada, de frutas, flores e legumes. Tem tropicalismo e brasilidade em formas mais delicadas. Crop top: como vai sua barriguinha? Se estiver legal, pode deixá-la à mostra. Do contrário, esqueça a novidade. Shortinhos: um verão mini. As peças aparecem prontas para brilhar na noite. Calças: como vai seu bumbum? O hit, as calças floridas, justas e mais curtas, lembrese, só combinam com as magrinhas. Conjuntinhos: que coisa mais retrô,não? Mas agora parece que eles vão emplacar! Saia lápis: que elas alongam a silhueta ninguém duvida, mas só se for as de bumbum magro. Transparências: Boas para o calor, mas exigem bom senso Tomara que caia: volta e meia... olha ele aí de novo!

n 2nd Floor

n Nika Kessler

Betty Feliz


n Filhas de Gaya

n Cia Maritima

n Blue Man

n Auslander

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n New Order

n Patachou

n Oh, Boy!

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Moda hype


n Poko Pano

n Salinas

n Sacada

n Maria Bonita Extra

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Feliz Betty

O importante

é celebrar Quem resiste a um bom pretexto para reunir os amigos, parceiros, clientes e afins? Seja o lançamento da coleção mais fashion ou o aniversário bombado da melhor amiga, sempre vale a pena festejar

Fotos: Mônica Zorzanelli

Fotos Cloves Louzada

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03 04

01 Ariane Mayerfreund n

comemorando idade novan 02 Lindas

de branco: Veronica Tomazini e Carolina Cheroton 03 O sorriso

cativante de Livia Baldin 04 Casal

afinado: Otacilio Pedrinha e Letícia Lindenberg n 05 As sempre antenadas

Maria Helena Pacheco e Maria Alice

Lindenbergn 06 Flávia e Lívia Neffa de olho na moda

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Hypidinhas n Quem não viu perdeu, no Palácio Anchieta, a mostra Mestres Franceses. Foram expostas 131 obras de Edouard M o n et , P i e r re - Au g u s te Renoir, Fernand Léger e Marc Chagall, artistas precursores da arte moderna. n A designer Ana Paula Castro vai a Paris em agosto visitar a Maison Objeto para saber o que está acontecendo de mais criativo na área de design internacional. A mostra reúne, a cada seis meses, talentos de todo o mundo. n O jornal A Gazeta lançou uma revista com 151 endereços e os grandes vencedores do Prêmio Prazer & Cia. A cada dia abre uma novo point gastronômico na cidade. Dizem que é porque o capixaba está comendo cada vez menos em casa. n E por falar em gastronomia, depois de insistentes pedidos, a chef Sylvia Lis capitulou e resolveu incluir no cardápio do Vitória Bistrô alguns pratos à base de massas. O que era bom ficou ainda melhor, garantem os adeptos da culinária italiana. n Ficaram lindos os ensaios de moda da revista Missbela Mag, na edição que traz as novidades da marca para o verão de 2013. A publicação também destaca o nascimento da irmã mais nova da Missbella, a MSB Princess, voltada para o público entre 12 e 16 anos. n Paula e Ricardo Shalders dão vazão a uma vontade antiga e inauguram em julho um novo espaço de moda, a R Shalders, uma multimarcas masculina. Localizada na Av. Rio Branco, a nova loja ficará pertinho da Folic, também sob a batuta de Paula.


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Eu quero! n Enfim, uma fórmula manipulada com ativos estimuladores do crescimento dos pelos da sobrancelha. Segundo a farmacêutica Mariana Piassaroli, da Rede Mônica, o produto pode ser aplicado até duas vezes ao dia e as primeiras penugens começam a aparecer, em média, após 20 dias de uso. A fila é grande...

A sustentável leveza da moda n A quinta edição do Vitória Moda Show já começa a mobilizar o setor. A largada foi dada com um preview que anunciou as próximas atrações. O evento, que se realizará entre 25 e 27 de julho, sob as batutas da Federação das Indústrias do Espírito Santo e do Sebrae, contará com desfiles, palestras e exposição de marcas, cujos estandes ocuparão a área inferior e superior do Centro de Convenções de Vitória. Nesta edição, o evento ganhou um tema: Os Quatro Elementos e a Sustentabilidade, o que promete conferir um colorido especial à realização, mobilizando empresas engajadas no terceiro setor.

A múltipla Luisah

n Artista plástica e designer de interiores Luisah Dantas, conhecida por projetos de decoração originais, que utilizam materiais tanto sofisticados quanto inusitados, vai lançar um livro. Inquieta, ousada e provocativa, há mais de 10 anos ela vem escrevendo poemas aos quais poucos tiveram acesso. São mais de 300 textos e anotações. “Alguns amigos que leram e gostaram me estimularam. Achei que estava se transformando em carma, então, tomei coragem e resolvi colocar tudo em um livro”, diz Luisah, movimentando-se para a obra.

n De blazer marinho de dois botões, calça chino vermelha com listras marinho, gravata vermelha/azul/ branca e loafers, Tommy Hilfiger recebeu a atriz Jessica Alba, de terninho de algodão preto com blusa de seda branca TH. O evento exclusivo celebrou a abertura da flagship Hilfiger no prestigiado shopping Omotesando, em Tóquio.

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turismo hype

Viajando.com

Laura Bragatto Ferri Apesar de jovem, a bela administradora já viajou meio mundo. Por isso, ela é uma referência para quem busca informações ou quer saber como evitar problemas antes, durante a viagem e na hora de voltar para casa. Laura não perde tempo: “Ao chegar ao meu destino, quero logo explorá-lo. Para isso, peço ajuda no hotel, me localizo no mapa e faço reservas nos restaurantes indicados pelo concierge ou naqueles já escolhidos por mim”

Betty Feliz

Por quantos países você já viajou?

n Ela curte tanto viajar que nem os trajetos longos e cansativos a desanimam: “Costumo dormir durante o voo inteiro, mas, caso fique sem sono, assisto a um filme ou leio uma revista ou livro”, diz Laura. Entre seus momentos inesquecíveis também há aqueles marcados pela tensão da perda de um avião. “Foi em Nice. Meu hotel era perto do aeroporto, mas no dia e no horário do meu voo o trânsito estava horrível e gastei uma hora no traslado. Resultado: tive que comprar outra passagem, porque precisava chegar no mesmo dia”, lembra-se. Entre os esquecimentos, recorda da mala de mão que deixou na esteira de raio-X e da qual se lembrou apenas na hora de pegar o táxi. O marido voltou e, felizmente, conseguiu resgatar o objeto.

n Eu conheço 18 países. Para onde foi primeira viagem?

n Foi em 1994, para a Disney, com minha irmã, mãe e amigos. Quais foram as melhores recordações que trouxe dessa experiência?

n Da primeira viagem não me lembro de nada especial, mas o souvenir mais interessante que tenho e pelo qual sou apaixonada é um tapete de pele de zebra que comprei na África do Sul em 2011. Lembrança marcante.

n Marcaram-me alguns jantares românticos que fiz com meu marido, em especial um em nossa lua de mel, no hotel Katikies, em Santorini, na Grécia. Episódio que prefere esquecer.

n Na ida para a minha lua de mel, nossas malas foram extraviadas e ficamos três dias sem elas.


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Uma comida que adorou.

n Amei um pato com molho de mel e cuscuz marroquino que comi no restaurante Les Fous De L’ile, na Île Saint-Louis, em Paris, em 2010. A melhor companhia para viajar.

n Meu marido. O pior companheiro de viagem.

n Pessoas desanimadas e mal-humoradas. Jamais levaria na bagagem.

n Roupas em excesso. Gosto de mala com roupas versáteis. Não pode faltar na sua mala

n Roupas práticas e confortáveis, tipo legging e sapatilha. Um país ao qual voltaria sempre.

n França. Um programa excitante.

n Safári na África do Sul. É muito emocionante percorrer a savana atrás dos animais. Um programa de índio.

n Viajar sem agendar previamente itens essenciais para o seu conforto, como hotel, carro, etc. Um endereço de compras imperdível.

n Rue du Faubourg Saint Honoré, em Paris, que é uma rua pequena com muitas lojas boas. Um restaurante descolado.

n Bravo 24, do chef Carles Abellán, que fica no Hotel W de Barcelona. O restaurante tem uma área externa com vista para o mar, e as mesas ficam cobertas por tendas. Além disso, tem um DJ que dá um clima descontraído ao local. Ainda vai conhecer...

n O Japão. Um programa cultural que recomenda.

n Visitar o Palácio Topikapi, em Istambul, uma das muitas atrações da cidade que me deixaram encantada por sua história e beleza.


comer bem hype

Alessandra Vargas Chef www.batendopanela.com.br

Intercâmbio

gastronômico Antigamente, quando falávamos de culinárias típicas, era muito fácil distinguirmos umas das outras, já que as características de cada uma costumavam ser bastante bem definidas n No entanto, de alguns anos para cá, isso começou a mudar, pois os grandes chefes começaram a buscar referências em culinárias típicas de outros países que não os seus, em um verdadeiro e intenso processo de intercâmbio cultural, de tal forma que tais fronteiras e diferenciações passaram a ser menos claras, aumentando as similaridades de tendências na alta gastronomia ao redor do mundo. Joel Roubouchon, considerado em 1989 o “chef do século” pelo conceituado guia Gault Millau e o mais influente chef francês pós “nouvelle cuisine”, foi um dos primeiros a ultrapassar essas fronteiras, trazendo fortíssimas influências e inspiração orientais, especialmente da culinária japonesa, além de ter adaptado à culinária francesa o conceito espanhol das tapas, adotando pequenas porções nos cardápios dos seus restaurantes. O star chef Nobu Matsushita fez o caminho inverso, trazendo para a tradicionalíssima culinária japonesa influências e ingredientes tradicionais da cozinha ocidental, como o uso do azeite de oliva extravirgem, sal de guerande e foie-gras.

Com isso, a fusion cuisine, que, no início, pode ter parecido uma onda, hoje mostra que veio para ficar, o que não significa, no entanto, que tenha havido uma perda de identidade, mas uma ousada ampliação das fronteiras originalmente estabelecidas, que, com competência, traz ótimos resultados e agradáveis surpresas. Um bom exemplo dessa transformação é a popularização do uso de peixes crus na alta gastronomia. Com diversas variantes, ele vem se tornando uma presença constante, quase obrigatória, em todos os restaurantes de maior sucesso, independente da sua nacionalidade. Assim, vou aproveitar e apresentar uma receita do chef Nobu Matsushita, que pode ser considerado um ícone dessa fusão gastronômica, o hoje já tradicional “New Style Sashimi”, que, mesmo com alguns anos de criação, continua mais atual do que nunca. Além de ser fácil de fazer, pode ser adaptado para diferentes peixes, vieiras e até mesmo para o Kobe Beef, nos fazendo agradecer por essa globalização gastronômica.

Syd Lucas

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New Style Sashimi (Nobu Matsushita) Ingredientes n 250 a 300g de salmão (limpo, em filet) n 2 colheres de sopa de alho ralado ou espremido n Gengibre a Julienne (cortado em tiras finas) n Ciboulette picada n 12 colheres de sopa de azeite de oliva de primeira qualidade (utilizar o azeite de oliva virgem, e não o extravirgem) n 4 colheres de sopa de óleo de gergelim n 4 colheres de sopa de shoyu n 4 colheres de sopa de suco de yuzu (pode ser substituído por suco de limão cravo ou siciliano) n 2 colheres de sopa de gergelim branco Corte o salmão em fatias bem finas. Disponha as fatias em círculo em 4 ou 5 pratos. Espalhe uma pequena quantidade do alho sobre as fatias. Disponha uma ou duas tirinhas de gengibre e a ciboulette sobre cada uma das fatias do peixe. Polvilhe com o gergelim, misture o shoyu e o suco de yuzu (ou limão) e regue sobre os pratos. Misture o azeite de oliva e o óleo de gergelim em uma panela de inox e coloque para aquecer em fogo médio. Quando estiver bem quente, com temperatura em cerca de 180ºC, retire imediatamente do fogo e divida igualmente entre as porções, derramando sobre elas. O azeite quente vai dar uma leve cozinhada no peixe, à medida que você despeja a mistura sobre o prato. Sirva imediatamente.


decoração

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bom gosto Um endereço de

Comandada pelos empresários Renata e Alan Mesquita, a primeira franquia da rede Espaço Reclinável no Espírito Santo oferece um mix de produtos voltados para o conforto personalizado

n Especializada em móveis voltados para livings, salas de TV e home em geral, além de tapetes finos e outros itens ligados à decoração, a Espaço Reclinável ocupa 500 metros quadrados de área em um ponto estratégico da Avenida Rio Branco, em Santa Lúcia, Vitória.

espaço reclinável Avenida Rio Branco, nº 658, Santa Lúcia, Vitória/ES | 27 3376.2122

Além disso, a loja possui um homecine que está atraindo a atenção da clientela. “Além de um cantinho aconchegante para os amantes de cinema, queremos tornar esse espaço um ponto de encontro para troca de ideias entre os profissionais de arte, arquitetura e decoração”, diz Alan.

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casa hype

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Qual é

o seu Contemporâneo, retrô, lúdico, sustentável, funcional, decorativo. Não importa o estilo de sua decoração. O segredo é eleger o seu objeto de desejo, repaginando cada cantinho da casa. Nós já escolhemos o nosso. E você?

estilo? 04


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01 Os vasos de vidro soprado, de Marco Zanini para Studio In, dão um colorido mais do que especial para qualquer ambiente 02 A atmosfera retrô dos anos dourados também aparece nas salas de banho com o Lavatório 1950 York, do designer Rubens Szpilman 03 Confeccionado em madeira MDF e com pintura laqueada nas cores preto e branco, o Puff Dado, da Formato Design, cria variações na decoração 04 Unindo o clássico ao contemporâneo, a cômoda Giallo, da Oren, confere um charme retrô à decoração 05 Com design retrô e tecnologia avançada, a lareira elétrica Dynasty Eletro é um aquecedor que traz aconchego ao ambiente 06 Destaque da Reobjeto, a luminária Pangea tem base em aço inox e globo feito de partes de árvores adultas descartadas pela Prefeitura de Curitiba 07 O daybed Ofurô, da Via Rosa, vem acompanhado por um pufe em meia-lua e cinco almofadas decorativas 08 Fernando de Noronha é a inspiração da coleção de móveis outdoor Noronha, da Saccaro. As peças são assinadas por Roque Frizzo e abusam das cores do fundo do mar. 09 Assinada pela designer Alessandra Delgado, a mesa de jantar Vidrá possui base em madeira – disponível em várias cores – e tampo de vidro

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om hype

Hilal Sami Hilal

Família e trabalho Desde os quatro anos de idade, ele toca piano quase todos os dias. E uma vez disse que “o trabalho é como se fosse uma partitura e estivesse escrevendo um ritmo”. Com a mesma suavidade e simplicidade com que seus dedos tocam as teclas, Hilal Sami Hilal constrói sua arte, atraído, principalmente, pela memória afetiva, pela memória do corpo

Ariani Caetano

n Nascido em Vitória, na Rua Barão de Monjardim, como faz questão de frisar, Hilal Sami Hilal é um pacato artista plástico, com rotina muito bem administrada, foco no trabalho e hobbies simples de quem gosta de estar em família, comer bem e ir à praia. De incomum mesmo em sua vida, só sua arte, onde usa como principal matéria-prima papel feito de trapo de algodão, retirado de roupas de familiares e amigos. De lençóis, camisas, camisolas e fronhas ele extrai não só a celulose, mas a memória afetiva do corpo que os usou.

“Acho bastante contemporâneo discutir o afeto e seu distanciamento. O simbólico é uma questão relevante para o meu processo”, diz o artista. Para este jovem senhor de 60 anos, com mais de 30 dedicados à produção artística, o processo da arte ainda é um enigma, mas que já está impregnado em seu fazer, como um mergulho contínuo e sem volta. “Existe um desejo permanente de compreender o processo criativo. No mundo da arte, lidamos muito mais com questões subjetivas. Portanto, minhas


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nL ugar Praia

nA rtista Johannes Vermeer nf ilme Pina

nL ivro O Mal-Estar

nH obby Tocar piano

na Civilização (Sigmund Freud)

np rato O ceviche da Thaís, minha mulher

nV iagem Caraíva, na Bahia

nc or Morena nP rincipal mostra Seu Sami

Raio-x

conclusões estão sempre em questionamento, e essa é justamente a posição da arte. A certeza escapa; o que fica é o questionamento, o pensamento que se constrói perante a obra de arte”, afirma. Sobre as referências que tem hoje, Hilal conta que elas vieram do passado, praticamente herdadas da mãe, que foi pintora e, claro, a primeira grande influência do artista. “O barroco era a preferência dela, assim como artistas como Rembrant, Vermmer, Caravaggio e outros. Também gosto muito de gravura, do neoconcreto e do minimalismo”, conta Hilal que, atualmente, além do papel de fabricação própria, tem trabalhado com o cobre e seu processo de corrosão e oxidação. E se no seu ofício Hilal tem referências muito bem definidas, na vida seus pilares são “acreditar na justiça, na ética e na arte”. Não à toa, o que lhe move é a tríade “desejo, amor e paz”, traços que marcam toda a trajetória do artista, que fixou residência em Vitória e tem pela cidade tanto carinho e admiração que não se cansa de contemplá-la. “É um lugar de recantos, restinho de Mata Atlântica, de amigos e família, é onde meu pai e seus irmãos construíram uma história no princípio do século XX. Por essas e por outras, Vitória significa toda uma trajetória de vida. É o lugar onde casei e tive meus filhos e tenho certeza de que eles também adoram a nossa cidade”, confidencia Hilal. Apesar de sua paixão por Vitória, sua arte não está restrita aos limites do município. Hilal, que já expôs dentro e fora do país, levará sua obra, ainda em 2012, para diversas partes do mundo: em maio, esteve na São Paulo Arte e na Arte BA, em Buenos Aires; em julho estará no festival de São João Del Rei; em setembro, em uma mostra individual em Paris, e no segundo semestre, na Arte Rio. Ao final, a gente se arrisca até a dizer que a obra de Hilal atrai tantos olhares porque é leve como o algodão e densa como o cobre.

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nT extura Pele


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TECNOLOGIA hype

Camila Lenk

ido ço suger Pre

uito Grat

Paper divertido e profissional n Um novo aplicativo está fazendo sucesso entre os apreciadores de eletrônicos. O Paper, criado pela empresa FiftyThree, teve 1,5 milhão de downloads em duas semanas na loja virtual da Apple, registrando a estatística de sete milhões de páginas criadas. O programinha é, na verdade, um bloco de notas com um painel de desenho, uma mistura do Sketchbook Pro (um programa de desenho do autodesk) e do Draw Something (game de adivinhação de desenhos). O Paper pode ser baixado gratuitamente na App Store.

Pre ço suger ido 9, 90

R$2 8

TV portátil

Pre ço suger

US$ 14

ido

9, 99

Tuitada do relógio n Para aqueles que não desgrudam das redes sociais, a Sony criou o Sony SmartWatch, seu primeiro relógio com funções de Smartphone. Trata-se de um gadget compatível com smartphones Android e que possibilita que você tuite ou olhe seus e-mails sem precisar usar o telefone. Além disso, você pode escolher aceitar ou não chamadas, ativar comando de músicas ou deixar o fone mudo. O aparelho é compatível com os telefones X-peria, Motorola, HTC e Samsung e vem com uma pulseira emborrachada. O relógio já está à venda nos Estados Unidos nas cores rosa, menta, cinza, azul, preta e branca.

n A empresa Dazz desenvolveu a TV Digital Portátil 3.5, que tem um design simples e prático. O aparelho tem dimensões similares a de um smartphone e a qualidade da imagem é ótima. Além de ser TV, o produto ainda é rádio, armazena e exibe fotos nos formatos JPEG, BMP e GIF e reproduz música e vídeos em vários formatos, como MP3 e RMVB. O aparelho ainda traz as funções de calendário, relógio, cronômetro, gravação de voz e leitor de livros digital. No entanto, a TV só funciona bem em locais com boa recepção digital.

ido suger ço Pre 00

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6. US$

Design no som n O construtor de guitarras Jean Michel Capt criou uma caixa de som com um design inovador e criativo. Trata-se da JMC Soundboard, que também é uma peça de arte, servindo para decorar qualquer ambiente. A caixa é feita de uma espécie de madeira, com matéria-prima de árvores que já caíram, vindas da Suíça. O som é uniforme e limpo.


roteiro Hype

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Montanhas aquecidas

A temporada fria vai esquentar com shows e festivais que acontecem no Estado e em outras regiões do país

n Para quem gosta da combinação frio, música e boa culinária, o 1º Festival Gastronômico – Sabor das Montanhas é uma ótima oportunidade para aproveitar o clima da região serrana capixaba. O evento será realizado nas cidades colonizadas por alemães e italianos: Marechal Floriano, Afonso Cláudio, Domingos Martins, Venda Nova do Imigrante, Castelo e Vargem Alta. Os pratos são elaborados de acordo com a cultural local e com ingredientes e produtos da agroindústria da região. Mais informações e programação nos contatos (28) 3546-2049, convention@motanhascapixabas. com e www.montanhascapixabas.com.

Sócio de carteirinha n O Clube Big Beatles era apenas um programa de rádio, mas ele foi tão bem aceito pelo público que se tornou uma banda de grande sucesso dentro e fora do Estado. Composto por artistas do Espírito Santo, a banda tem um projeto, com objetivo filantrópico, chamado “Sócio de Carteirinha”, pelo qual convida artistas em destaque no mundo da música para realizar um show em dose dupla. Em setembro, dia 27, às 21 horas, quem compõe o show junto com a Big Beatles é Andreas Kisser, do Sepultura. Os shows acontecerão no Teatro do Sesi, em Jardim da Penha, em Vitória. Mais informações pelo telefone 27 3334.7307.

Dança de Joinville

Scorpions no Brasil n A banda de rock alemã Scorpions retorna ao Brasil no dia 20 de setembro para um único show em São Paulo, no Credicard Hall. O grupo composto pelo vocalista Klaus Meine, os guitarristas Rudolf Schenker e Matthias Jabs, o baterista James Kottak e o baixista Pawel Maciwoda promete um show retrospectivo, resgatando antigos sucessos e momentos marcantes dos 40 anos de carreira. Ingressos à venda no portal Tickets For Fun.

n O evento é considerado, pelo Guiness Book, o Maior Festival de Dança do Mundo e acontece há 30 anos, sempre no mês de julho, em Santa Catarina. Durante oito noites, você verá grandes espetáculos de Balé Clássico de Repertório, Balé Clássico, Dança Contemporânea, Sapateado, Jazz, Danças Urbanas e Danças Populares. O evento tem o objetivo de promover a dança como expressão artística e contribuir para a difusão cultural.

Ela voltou n Marisa Monte volta aos palcos com a sua sétima turnê, “Verdade, Uma Ilusão”. A cantora, de estilo singular, deixou o samba um pouco de lado e engajou no pop. Marisa conta que o novo projeto é inspirado numa missão espiritual de buscar a verdade individual dentro do nosso íntimo, e sua intenção é fazer as pessoas cantarem e dançarem. As cidades contempladas pela turnê são São Paulo e Porto Alegre.

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som hype

Luis Taylor n taylor@superig.com.br

n The Shins

Paisagem

desértica n Faz alguns anos que espero o novo álbum do Shins. Cinco, para ser mais exato. E sempre os incluí na lista das minhas bandas prediletas. Durante esse tempo entre “Wincing” e “Port of Morrow”, James Mercer, o cabeça por trás da banda, tornou-se conhecido no mundo da música e, mais do que isso, respeitado. Assim, não foi difícil arrumar parceiros de peso para participar de projetos paralelos, enquanto deixava os fãs de sua banda principal em modo de espera. Junto com Danger Mouse formou e lançou, em 2010, o incrível Broken Bells. “Se com um projeto paralelo, ele chegou a esse nível, imagina o que não fará no próximo disco.” Expectativas foram catapultadas ao infinito. Como todos sabem, expectativa é a irmã mais próxima da decepção. “Se ele está falando isso é porque o disco é ruim”, você deve pensar. Nem é que seja ruim, já que conta com algumas boas músicas, mas ele não se sustenta e seus poucos pontos altos acabam se perdendo em uma paisagem desértica. Geralmente, escuto o disco sobre o qual escrevo para buscar inspiração, mas hoje estou escutando o melhor disco que o

Shins nunca lançou, o já citado “Broken Bells”. Desde o primeiro single lançado na internet, “Simple Song”, o gosto que ficou foi de comida requentada. Aquela que até tem um temperinho gostoso, mas que é sempre uma segunda opção depois de posta à mesa. “The Rifle's Spiral” abre os caminhos do disco, que até cumpre seu papel, mantém a atenção ligada no que se está tocando. Infelizmente, o resto parece ser um grande mexidão, onde se escuta mais do mesmo e acabamos sendo levados para longe da música, por qualquer coisa que aconteça ao redor. A atenção só volta a ser atraída quando se chega a “40 Mark Strasse”, a penúltima do álbum. Ainda assim, apenas por segundos. Muito pouco, para quem fez tanto em outras tentativas. Depois de tanto tempo, acho que merecíamos mais, hein, Mercer?! Enquanto isso, revejo a lista dos melhores de 2011 publicada aqui mesmo e me dou conta que deixei de fora o coeso “Torches”, dos moleques do Foster The People. Imperdoável. Se você ainda não ouviu, não perca tempo.

Pílulas miike snow Happy to You n A Suécia, quem diria, além de exportar loiras de 1,80m com hábitos sexuais liberais, não para de dar ao mundo boa música. O último disco de Miike Snow traz o calor e o ritmo que não se espera encontrar em seu invernal país de origem. “The Wave” e “Paddling Out” são destaques em um disco que ainda traz a introspectiva e belíssima “Black Tin Box”. Jack White Blunderbuss n O que falar de Jack White que ainda não te n h a s i d o falado? O mentor da finada White Stripes volta com seu primeiro disco solo, com o pé enfiado na lama do blues e do country de raiz. Tem peso, tem melodia e, de quebra, umas pitadas de genialidade. Já é possível vê-lo, velhinho, com uma guitarra no colo fazendo um show inesquecível como outros mestres do blues. Recomendadíssimo.


CINEMa hype

Diego Sierra n papopop.net n diegosierra28@gmail.com

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Clássico revisitado n Uma das grandes estreias nacionais deste ano é Luz nas Trevas: a Volta do Bandido da Luz Vermelha. A continuação de um dos maiores filmes do cinema brasileiro, lançado em 1968, é baseada em um roteiro deixado por Rogério Sganzerla, morto em 2004. Helena Ignez, viúva do diretor do clássico, que conta a história real de um dos bandidos mais procurados do país, divide a direção com Ícaro Martins, com quem teve grandes desavenças que atrasaram a estreia, prevista inicialmente para 2010. Confusões a parte, é imperdível a oportunidade de ver Ney Matogrosso interpretando o protagonista. Em sua primeira incursão no cinema, o cantor não decepciona e é peça fundamental para a continuação da história, que dá um foco maior no criminoso Tudo-ou-Nada, filho do famoso bandido.

Homem-bomba

n Jesse Eisenberg, que ficou famoso ao interpretar o criador do Facebook, também está em uma das comédias mais divertidas do ano, mas que só foi lançada no Brasil diretamente em DVD. Em 30 Minutos ou Menos, ele é Nick, um entregador de pizza sequestrado por dois malucos que resolvem obrigá-lo a roubar um banco em troca da sua liberdade. Com cenas muito criativas, o filme é para dar muita risada, mas os momentos de tensão também são garantidos, afinal Nick tem seu corpo preso a uma bomba que pode explodir a qualquer momento, e seus algozes, vilões de primeira viagem, parecem mais dois patetas do que sequestradores terroristas.

Baila Comigo

n Falando em bons atores, Ricardo Darín sempre ganha espaço na coluna, pois seus últimos filmes têm sido ótimas surpresas. A novidade é A Dançarina e o Ladrão, uma produção espanhola de 2009 que só neste ano chegou ao Brasil. O longa revive a época da volta da democracia no Chile pós-Pinochet, quando presos que não cometeram “crimes de sangue” foram libertados. Entre eles, Nicolas, um habilidoso arrombador de cofres, que mal pode esperar para rever sua família, e o jovem Angel, que ainda vai tentar convencer o colega a cometer um grande roubo. Entretanto, o destino dos dois muda quando surge Victoria, uma bela bailarina que deixa Angel completamente apaixonado, com direito a poéticas cenas de amor.

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livros hype

As várias Brancas de Neve n Alvo de duas recentes grandes produções cinematográficas, Branca de Neve pode não ter aquela historinha que os estúdios Disney e os livros de conto de fadas infundiram na cabeça de gerações e gerações de crianças. Com textos dos irmãos Grimm, dentre outros, Branca de Neve: os Contos Originais (Évora) apresenta a princesa indefesa de um jeito que ainda não conhecemos, como personagem de uma narrativa criada para discutir

Memórias

Padecer no paraíso?

n Quantas mulheres enfrentam o desafio de ser mãe sem ter aquele sentimento de fracasso e culpa rondando-a 24 horas por dia? Afinal, esse é um cotidiano nada paradisíaco e tão estressante que é raro encontrar uma mulher confiante e tranquila sobre seu papel. No livro A Culpa é da Mãe (Summus Editorial), a psicoterapeuta Elizabeth Monteiro relata suas experiências, algumas desastradas, como mãe de quatro filhos. Partindo da época de sua avó e passando pela própria infância, ela mostra que as mães, independente da geração, erram, mas não devem se sentir culpadas por isso.

valores e conceitos morais. Espelhos, fadas, madrastas, bruxas e príncipe pontuam as histórias apresentadas nessa versão, que traz Branca de Neve em suas mais variadas origens e um perfil desconhecido pela maioria das pessoas. No livro, todos os contos são comentados e analisados, e as narrativas são oriundas do folclore de países como Alemanha, Itália, Suíça, Rússia e Escócia, entre outros.

História da moda

n Em Cronologia da Moda (Zahar), NJ Stevenson traça um panorama completo da história da moda desde o final do século XVIII, com as criações ousadas que a rainha Maria Antonieta exibia, até os dias de hoje, apostando, inclusive, nos tecidos e tendências que estarão em voga em 2020. Professora de moda e estilo no cinema na University of the Arts London, Stevenson faz desfilarem pela obra as grandes criações de alta-costura e prêt-àporter, com mais de mil ilustrações: looks completos característicos de cada década, detalhes ampliados, croquis, fotografias, cenas de filmes. Isso tudo, além do perfil dos principais costureiros e designers, como Chanel, Dior, Balenciaga, Saint Laurent, Viviane Westwood e Alexander McQueen.

n Clássico da literatura infantil italiana, por mais de 120 anos, Cuore, de Edmondo de Amicis, encantou inúmeras gerações em todo o mundo. Publicado pela primeira vez em 1886, o livro ganha nova versão no Brasil pela Autêntica Editora, que manteve o título original. A obra é uma espécie de diário escolar, narrado por um aluno da 3ª série de uma escola municipal da Itália. Em pleno século XIX, Enric descreve seu dia a dia, conta a sua vida, a de seus colegas, familiares e professores, num contexto posterior à guerra em que o país, repartido em vários estados, lutava por sua independência e unificação.


VIDA hype

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Barbara Hilsenbeck

Palestrante e escritora

www.avidaebarbara.com.br

A luz que nos ilumina n A luz que nos ilumina não vem de fora, mas de dentro. Vem da profunda reflexão que fazemos sobre nós mesmos naqueles momentos de coragem. Quando parece que nada mais vale a pena, quando nos perguntamos o que estamos fazendo da nossa vida e achamos que pegamos algum desvio errado pelo caminho. A luz que nos ilumina surge no momento em que estamos experimentando a mais profunda escuridão. É no breu das dúvidas, das inseguranças e das incertezas que buscamos algo que nos ajude a encontrar respostas para os nossos questionamentos. A princípio, buscamos uma ajuda externa, vinda de palavras sábias proferidas pela boca de outras pessoas, impressas em livros de autoajuda ou cantadas na letra de uma música especial. Buscamos aquilo que achamos faltar em nós. E nos decepcionamos, pois a luz do outro não é capaz de iluminar o nosso quarto escuro, trancado a sete chaves para ninguém abrir. Principalmente nós mesmos. Um dia, depois de muito buscar, paramos de berrar e acusar o mundo de nos tirar aquilo que nunca tivemos, deixamos de nos sentir injustiçados pelo trabalho que não conseguimos, pelo relacionamento que chegou ao fim ou quaisquer outras expectativas que não foram cumpridas. Um dia, inevitavelmente nos vemos diante da escuridão e, nesse momento, só nos resta fazer uma coisa: acender a luz!

Somente quando jogamos luz sobre as nossas deficiências de caráter é que aceitamos de coração a necessidade de realizarmos um trabalho interno, lento e, por vezes, doloroso, na tentativa de nos melhorarmos como pessoa. Sentimentos como raiva, inveja, rancor ou até mesmo egoísmo não devem ser considerados vergonhosos para ninguém, mas sim um ponto de partida para onde queremos chegar. Da raiva para a alegria, da inveja para a autodeterminação, e assim por diante.

Nossa luz, quando está acessa, dissipa qualquer escuridão, já que é impossível existirem ambas ao mesmo tempo em um mesmo lugar. E esse lugar é o nosso coração. Mantenha o coração calmo e sua mente também estará. Sendo assim, não tente controlar os seus pensamentos, mas sim os seus sentimentos. Eles são o seu guia para as repostas que você procura. Um abraço iluminado e até a próxima edição!

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ponto final Marcelo dos Santos Netto

JORNALISTA E ESCRITOR

msanetto@gmail.com

Mais reticências n "Foi quando me dei conta de que nem mesmo preciso de personagens. Basta dizer que tudo começa com uma declaração de boas intenções: “você não faz, eu não faço”. Com o tempo, o entusiasmo do momento dá lugar a um pouquinho de incerteza, e a proposta acaba virando uma condicional: “se você não fizer, eu também não farei”. Só não dá para ignorar aquela incerteza sobre o que a outra parte está fazendo. É aí que tudo vira desconfiança. O sentido indireto das primeiras declarações triunfa, e o tom fica um pouco mais ameaçador: “se você o fizer, eu também o farei”. O mal-estar aumenta, porque as partes sabem cada vez menos e temem cada vez mais. Até que o anúncio vira um desafio: “tente fazer, e eu farei também”. A certeza ainda faz muita falta. A angústia leva as partes a perguntar para si mesmas: “enquanto não faço, o que está sendo feito?”. Neste momento, só uma conclusão parece lógica: a outra parte

está se aproveitando da situação para fazer à vontade. Mas que jogo sujo! E ambas as partes enfim se sentem livres: “estou fazendo porque está sendo feito, é claro que está – quem garante que não?”. Mas será preciso encarar ao outro cedo ou tarde. Neste caso, a frase será “eu o fiz e você também o fez – vamos assumir”. O outro pode de fato assumir, e ambas as partes chegam à conclusão de que esta é a

natureza suja da vida; mas o outro pode insistir que não, ou que não se compara um caso ao outro – “como você pôde ter feito, eu nunca fiz!”. Finalmente se alcança o clímax – o da retaliação. O argumento é trágico: “Você fez, agora pague a consequência!” Surge o momento do castigo. Da consequência. E é aí que vem a surpresa: o outro não reage. Isso mesmo – não responde, nem corresponde à traição. “Mas como assim, não retalia?”, protesta a outra parte; “tanto que eu fiz por merecer, e simplesmente não surjo? Então quer dizer que nunca existi para você?!”. Isso mesmo, nunca existiu. E esta é a graça da história. Frustrante? Não posso concordar. Já que não ofereci rostos nem personagens, deixarei a lição também explícita: responder ao ódio ou ao amor é reconhecer que o outro existe de alguma forma para você. E digo mais – mas antes, eu preferiria que você fosse comer alguma coisa. Não faça nada estando de barriga vazia.


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hype end n Mais um ano se passou... Poderíamos repetir aquela frase chavão “parece que foi ontem”, mas isso não é verdade. A sensação que temos é a de que Hype nasceu há muito mais do que os nove anos que completa agora. Por que será? Talvez porque produzí-la, além de um grande prazer, implica um enorme e exaustivo trabalho. Não fosse assim, talvez não tivéssemos chegado aqui, felizes, para comemorar. Queremos dividir este original bolo com vocês, queridos leitores, parceiros e colaboradores que nos acompanham nesta jornada, torcendo pelo nosso sucesso. Um viva para todos nós!



AnĂŠis tortos em ouro amarelo e turmalina verde


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