you Sinopse
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PRÓLOGO A PERGUNTA... Rose —Você me ama? Era uma pergunta arriscada a se fazer, considerando que ele tinha conseguido o que todo cara queria de uma mulher, ou pelo menos é o que eu sempre supus. Afinal de contas, que cara não diria que amava uma mulher quando ela estava enrolada em seus braços, ouvindo o som da chuva batendo contra as árvores, o telhado e o ar-condicionado? Ele não seria estúpido em começar uma briga agora sobre isso. Então o quê? Eu o chutaria para fora e ele iria embora na tempestade, estupidamente tentando acender um cigarro, teimoso demais para perceber que a chama nunca poderia ficar acesa na chuva? Deus, eu o odeio às vezes. Muito. Eu engoli em seco e observei o jeito que seus olhos ficaram me encarando. Eu poderia identificar cada pequena coisa sobre seus olhos, e quanto tempo passei olhando para eles. Meu pai brincava e dizia que, se eu passasse mesmo todo o tempo estudando quando estava na escola, eu poderia ter entrado em uma boa faculdade. Eu poderia ter sido uma médica. Ok, certo. Meus dias de ser médica terminaram quando tentei abrir meus bichinhos de pelúcia e mudar seus enchimentos, apenas para perceber que nunca aprendi a costurar. Eu me meti em confusão porque também cortei os bichos de pelúcia da minha irmã. Droga. Seus olhos eram escuros, como um marrom muito escuro.
Eu sempre imaginei me apaixonar por um garoto de olhos azuis. Talvez eu tenha me apaixonado por alguns garotos de olhos azuis no passado. Mas foi o idiota de olhos escuros e selvagens que conseguiu não apenas tomar meu coração, mas manteve seu pé pairando sobre ele como se estivesse a um segundo de pisá-lo. Mas ele nunca pisou. Ele sempre me manteve pendurada, fazendo-me querer que ele fizesse isso para que finalmente terminasse. Mas isso nunca terminou, não é? Ele simplesmente não podia me deixar ir. Eu não podia deixá-lo ir também. —Bem? —Perguntei. —Bem, o quê? —Ele perguntou. Suspirei. Eu queria desviar o olhar, mas não desviei. Você sabia que as pessoas podem ter manchas nos olhos? Não na parte branca, mas na parte colorida. Isso não seria a íris? Eu não tinha certeza... eu nunca entrei na escola de medicina, lembra? Mas ele tinha essas manchas em seus olhos. Três manchas marrons claras no olho esquerdo. Elas formavam círculos perfeitos e formariam um triângulo perfeito se fosse traçada uma linha entre elas. No olho direito, ele tinha um ponto. Um ponto quase avermelhado. Era a minha coisa favorita sobre ele, porque era algo que só eu conseguia ver, pois você tinha que estar muito perto para vê-los. E ninguém chegou tão perto quanto... Eu engoli de novo. Eu me afastei. —Que porra é essa? —Ele sussurrou. —Você não vai responder.
—O que você quer que eu diga? —A verdade. Responda a minha pergunta. —Você me ama? —Você não pode distorcer isso. —eu disse. —Se eu disser que te amo, então você tem que dizer que me ama. Se eu disser que não amo você, então você tem uma saída fácil. —Saída fácil? Você acha que eu quero uma saída fácil? —Eu nunca disse isso. —Você acabou de dizer. —disse ele. —Não, eu não disse. Eu disse que… se você di… se eu disser… —Shhh. —disse ele. —Ouça a chuva, Rose. Apenas escute a chuva. Lavando tudo. Mantendo as pessoas afastadas. Mantendo tudo calmo. Ele começou a cantarolar. A vibração em seu peito me fazendo tremer. Ele começou a cantar baixinho, sua voz rouca, calma e sexy. Eu revirei meus olhos. Toda vez que ele fazia isso, eu dizia que não funcionaria comigo. Mas nunca falhou em funcionar em mim. Meus olhos começaram a se fechar, acalmados pela chuva e sua voz. Sussurrando palavras doces (literalmente) em meu ouvido sobre como eu era bonita. Sobre como eu era perfeita. Sobre como ele não poderia viver sem mim. O clichê sobre eu ser o sol, meus
olhos as estrelas, meu corpo a tempestade... esperei o máximo que pude para ouvir as palavras eu amo você... …mas elas nunca vieram.
CAPÍTULO 1 QUE TAL RATT? Foster —O que aconteceu com o seu lábio? —Nada. Eu assisti Everett lutar para mover seus dedos de um acorde para outro. Ele estava muito melhor no violão desde a primeira aula que eu dei para ele, mas ainda tinha um longo caminho a percorrer. Eu adoraria puxar sua orelha por não praticar o suficiente, mas ele era um garoto de rua e eu sabia que aquela vida não lhe dava nada além de tempo e nada para fazer. —Posso te mostrar um truque? —Perguntei. —Sim, tanto faz. —disse ele. Sua franja pairava sobre os olhos. Ele virou a cabeça para o lado e jogou o cabelo para trás, mas caiu para frente um segundo depois. Ainda era menino e jovem, com olhos brilhantes azuis. Provavelmente o pior pesadelo dos pais de uma jovem garota. Eu disse a ele que quando ele praticasse o suficiente, tocar violão para garotas quando fosse mais velho definitivamente daria certo. Eu segurei meu violão e recostei-me contra a minha cadeira de metal na pequena sala no porão com cheiro de mofo de uma velha igreja transformada em cafeteria. Eu tive a sorte de conhecer o dono, um cara que chamamos de Cheeky porque ele só sorria
quando estava com dor. Ele comprou o prédio para sua filha Stephanie e a ajudou a consertá-lo. —Observe meus dedos, Everett. —eu disse. —Estou tocando meu acorde G, certo? Agora observe a transição para o D. Deixe seu dedo anelar, levante o dedo mindinho e mova seu indicador e o dedo médio para o segundo traste... Eu dedilhei o acorde. Um som perfeito e limpo. Everett mordeu a língua enquanto me copiava, fazendo a transição. Seu acorde estava um pouco distorcido, o que significava que ele precisava praticar segurando os dedos com firmeza, pressionando com mais força contra as cordas implacáveis e dominando o posicionamento nos trastes para obter o melhor som. —Isso é bom. —eu disse. —É uma merda. —disse ele. Eu ri. Nós fizemos um trato quando eu o conheci. Eu poderia fumar no porão e ele não me denunciaria e ele poderia falar palavrões o quanto quisesse sem eu encher o seu saco. —O que há de errado, garoto? —Pergunto, tirando o violão do meu colo. —Eu sou péssimo nisso. —disse ele. —Não, você não é. Apenas continue praticando. —Eu não quero. Quero parar. —Então pare. —eu disse. —Coloque seu violão no estojo. Eu lhe darei cem dólares por isso. —Você daria? —Não. —Eu disse. —O que está errado?
A partir do momento que percebi que Everett era um garoto que vivia nas ruas, aprendendo sobre a vida da maneira mais difícil, eu quis ajudá-lo. Eu sabia que não poderia salvá-lo e eu não queria salvá-lo, mas se eu pudesse apontar um caminho diferente aqui e ali, então poderia dizer que pelo menos tentei. Eu alcancei e agarrei o braço do violão de Everett e o arranquei dele. Na parte de trás do corpo de madeira barata, vi o nome de uma menina. Amber. Tinha um X sobre ele e, sob isso, outro nome foi esculpido no violão. Sarah xoxo. —Problemas com garotas? —Perguntei. —Não. Sarah acha que eu gosto dela. Eu não gosto. —Ela gravou seu nome em seu violão. Isso soa sério. —Por favor. Tenho certeza que aconteceu com você antes. —Claro que não, garoto. Ninguém toca no meu violão além de mim. As bochechas de Everett ficaram vermelhas. Sorri e deslizei meu pé em direção a ele e chutei seu sapato desgastado. —O que é isso? Não me chateie. Hoje não. Eu tenho um show esta noite e estou trabalhando em algumas novas letras. —Sim, sim. —disse ele. —Eu odeio o meu nome. —O quê? —Everett. Que tipo de nome é esse? —Orgulhoso? —Perguntei, arqueando uma sobrancelha. —Vê? Isso aí mesmo. Mesmo um cara como você não gosta dele. Você tem um nome legal. Foster. Isso é muito legal. Girei o violão de Everett em minha mão e inclinei-o contra uma bancada que eu encontrei no porão e usava para mexer nos
violões. Eu era uma espécie de idiota quando se tratava de sobreviver. Dando aulas de violão. Consertando violões. Fazendo shows que raramente pagavam em dinheiro, mas principalmente em bebida. —Você sabe que meu nome não é realmente Foster, certo? —Não é? —Não. —eu disse. —Eu ganhei este apelido quando eu era mais jovem. —Por que Foster? —Por causa de quantas vezes eu pulei por aí. —eu disse. — De casa em casa. Família em família. Eu comecei a dizer para as pessoas me chamarem de Foster. Você sabe, para um filho adotivo. —Uau. —disse Everett. —Talvez seja o que eu preciso fazer. —Aí está. —Eu vou ser... Viper. —Viper? —Ri. —Vamos lá, garoto. Seja real. —Que tal Throat Punch? —Por que não Rhett? —Hã? —Rhett. —eu disse novamente. —Abreviação para Everett. Então você não soa como um velho homem da montanha comendo sardinhas de uma lata sobre uma fogueira. —Vê? Porra. Você odeia meu nome. Eu ri novamente. —Rhett é legal. É muito malvado. —Que tal Ratt?
—Rato? —Ratt com dois t. Fodão. —Não. —eu disse. —Se você se chamar de Ratt eu vou darlhe queijo para comer. Everett suspirou e revirou os olhos. —Bem. Rhett. Como faço as pessoas me chamarem assim? —Respeito. —Hã? —Consiga respeito e mostre que você é durão. —Arranjar uma briga com alguém e vencer? Sim, é uma boa ideia, garoto. Viva como eu vivi. Mas se você quer ser muito durão, pegue uma arma. Aponte essa porra a sua volta. Quase seja preso por anos e anos... —Não. —eu disse. —Aprenda a tocar violão. Seu nome é Rhett e você toca violão. Rhett pegou seu violão e praticou seus acordes novamente. Desta vez, ele fez a transição com facilidade. Perfeitamente de um G para um D, de volta para G e depois para um E menor. Sorri e assenti. —Aí está. Agora só precisamos de... O celular de Rhett apitou no bolso. Ele se mexeu com uma sensação de medo para verificar o mais rápido possível. —Merda. Minha carona está aqui. —Você ainda tem dez minutos, garoto. —eu disse. —Eu tenho que ir. Agora mesmo. Rhett se apressou para arrumar seu violão e seu caderno.
De repente ele estava tremendo muito. Agarrei seu pulso. — Ei. Está tudo bem em casa? —Você sabe essa resposta, Foster. —ele sussurrou. Assenti. Olhei para o lábio novamente. —Isso acontece em casa? —Não. Provavelmente uma mentira. Rhett se levantou e tirou dinheiro do bolso de trás. Pulei e coloquei minha mão sobre a dele. —Hoje não. É por minha conta. —Você não pode continuar me dando aulas gratuitas, Foster. —Eu vou fazer o que diabos eu quiser, garoto. Pegue esse dinheiro e esconda-o no estojo do seu violão. Então pegue algo bom para comer. Esqueça-se de Amber e pense em Carrie. —O quê? Meninas…? —Ei, você nunca sabe quando a pessoa certa vai aparecer e arranhar o nome dela no seu violão. —Eu pensei que você disse que ninguém toca no seu violão? —Perguntou Rhett. Eu sorri, olhando para cima. Meu coração se aqueceu de uma forma que eu odiava. —Bem, há apenas uma garota que gravou seu nome no meu violão...
CAPÍTULO 2 ENTREGAR, PEGAR Rose Eu sentei na minha mesa e olhei para duas fotos. A primeira era de uma mulher em uma mesa com seu laptop um pouco para a esquerda. Sua mão direita segurava uma caneca de café fumegante enquanto olhava pela janela. Havia uma rua confusa e movimentada e seu reflexo era claro. Isso me faz querer tomar café? A segunda foto era de uma mulher sentada em um peitoril da janela larga. A moldura da janela era velha, com tinta branca lascada. A janela estava ligeiramente aberta. As mãos dela seguraram uma caneca menor e ela segurou-a perto do nariz, olhos fechados, sorrindo enquanto inalava o cheiro gostoso de uma xícara de café fresco. Isso me faz querer tomar café? Meus olhos examinaram da esquerda para a direita. Eu particularmente achava as duas fotos uma porcaria, mas era meu trabalho descobrir qual venderia mais café. Esse era o meu trabalho. Eu estava trabalhando como garçonete quando uma velha amiga do ensino médio veio e me disse que estava começando um negócio e queria minha ajuda. Quando ela disse que era um negócio de café, eu franzi meu lábio. Ironicamente, eu estava segurando uma xícara de café quando ela propôs a ideia. Ela queria que eu a ajudasse a colocar o negócio em funcionamento. Eu tinha cerca de
cinquenta pratas no meu bolso e havia cerca de três dólares de gorjeta no balcão dos fregueses quando tirei meu avental e pensei por que não? Trabalhamos juntas, moramos em seu pequeno apartamento e conseguimos realmente começar um negócio. De todas as coisas em minha vida que pensei em fazer, acabei como isso. A pessoa do marketing de uma pequena empresa de café. Mas funcionou. Eu sobrevivi. Eu estava feliz. Minha chefe era minha amiga, o que às vezes tornava a vida mais fácil, mas ainda assim era como ter um chefe. Meu pai sonhava comigo indo para a escola de medicina e me tornando uma médica rica, mas ele sempre dizia isso com um sorriso. Claro que ele sonhava grande para mim, mas no final do dia ele só queria que eu fosse feliz. E essa palavra - feliz - era algo que vinha e ia como o tempo. Ou campanhas de marketing. Levantei-me e agarrei a primeira imagem. Meu escritório era cercado por uma moldura toda de vidro que dava para um segundo escritório idêntico, que era o de Molly. Alguma empresa de tecnologia esteve no pequeno prédio antes de nós e assumimos a locação deles. No lado direito do edifício, era onde toda a torrefação era feita. Torrefação de café. Por alguma razão, Molly aceitou a ideia e era realmente boa nisso. A empresa estava crescendo e sempre cheia. No meio do caminho havia um punhado de mesas onde os funcionários trabalhavam. Bambi tinha mais de vinte e um anos e estava de pé à minha porta de vidro, usava grandes óculos vermelhos e tinha o cabelo todo torcido e, de alguma forma, parado no topo da cabeça. Ela ergueu uma sobrancelha e apontou um dedo indicador no vidro.
—Entre. —eu disse. Ela abriu a porta. —Eu tenho números. —Oh? —E pedidos. E ... algumas más notícias. —Não dou más notícias. —eu disse. Virei a foto da mulher na mesa. —Dou boas notícias. Notícias felizes. Eu faço isso para você querer tomar café. —Sim claro. Então, essas são as finanças atuais... —Por que eu quero ver isso? —Eu não sei, —disse Bambi. —Molly disse isso. E ela também disse que você precisa fazer uma corrida. —Hã? —Kelly não está aqui hoje. —Por que não? Bambi apontou para a barriga. —Grávida? —Não. Naqueles dias. Franzi meu lábio. Pensei em fazer um comentário, mas me contive. Eu olhei para frente através da minha janela de vidro em direção ao escritório de Molly. Ela ficou ali, sorrindo para mim. Eu coloquei minhas mãos para cima, um sinal silencioso de que porra é essa? E ela rapidamente pegou o telefone e apertou-o como se estivesse recebendo uma ligação. Ela colocou no ouvido e jogou a cabeça para trás, rindo. —Cadela. —sussurrei.
—Eu estou dizendo a ela que você disse isso. —disse Bambi. —Então você está demitida. —Você pode me demitir? —Sim eu posso. —Oh. Bem, nesse caso, Molly é uma cadela total. —Ei, essa é minha melhor amiga. —eu disse. Os olhos de Bambi se arregalaram. —Uh... —Dê-me as coisas. —eu disse. —Ou apenas coloque-as na minha mesa. Ela colocou em um monte de pastas que eu não tinha vontade de lidar. —Eu tenho uma teleconferência. —disse ela. —Quando você terminar com as finanças, eu as pegarei de volta e finalizarei tudo. —Bambi, escolha uma foto. —eu disse. Eu recuei e peguei a outra foto da minha mesa. —Hã? —ela perguntou. —Qual você gosta mais? —Onde está o cara seminu na cama tomando café? —Ela perguntou. Eu sorri. —Não tenho certeza de como isso passaria a nossa imagem casual de café. —É casual. —disse Bambi. —Um pouco de sexo. Um cafezinho. Ir para casa. Sem compromissos. Que mulher não gostaria disso?
—Nosso público alvo… Bambi apenas ficou olhando. Peça-lhe para codificar um site e ela é uma profissional. Peça-lhe para dominar a mídia social e ela é a especialista. Fale com ela sobre qualquer outra coisa e são apenas olhos arregalados e atordoados. —Não importa. —eu disse. —Você nunca teve nada casual? —Claro. —eu disse. Eu me virei e joguei as fotos na minha mesa. Eu não tinha vontade de sair e fazer entregas. Não era tão divertido quanto nos velhos tempos, quando era eu e Molly, em um SUV usado que me ensinou como fazer reparos básicos em um veículo. Ou nós apenas o levávamos para a garagem onde meu pai trabalhava. Ele consertava, me lembrava que nunca se é muito jovem para a escola de enfermagem e me beijava na bochecha. Olhe para mim agora, pai. Entrei no meu SUV e voltei para a porta dos fundos. Bambi me encontrou lá com o que precisava ser entregue e onde. Quando vi a última parada, revirei os olhos. --Entregas não eram tão ruins. Era bom sair e ver as pessoas. Falar com pessoas. Falar com aqueles que estavam comprando o café e aqueles que estavam bebendo. Na verdade, eu me peguei algumas vezes apenas sentada em um canto e observando as pessoas. Foi quando me ocorreu que Molly provavelmente deu a Kelly o dia de folga por esse motivo exato. Para me levar ao mundo e ver nossos clientes. Eu odiava quando Molly estava certa, mas eu nunca diria a ela
que ela estava. Ir para a minha parada final era algo que eu tinha que fazer com cuidado. O antigo prédio ainda tinha a aparência de uma igreja. Nenhuma torre gigante ou qualquer coisa assim. Nenhum sino. Sem relógio. Sem torre. Mas tinha aquele aspecto de igreja. Stephanie era uma mulher legal. Seu pai comprou o prédio e deu a ela para fazer o que quisesse com ele. Tenho certeza de que meu pai adoraria ter feito o mesmo por mim e minha irmã, mas isso não era para ser. Isso não significa que amávamos menos nosso pai. Ainda assim, ele sempre desejou nos dar uma vida melhor. Estacionei nos fundos e caminhei para a frente. Havia um punhado de pessoas lá, nenhuma delas juntas. Três homens. Duas mulheres. Sozinhos em suas próprias mesas. Notebooks. Tablets. Celulares. Olhos brilhando contra a luz de uma tela. Incrível como o mundo estava muito mais perto por causa da tecnologia, mas as pessoas próximas a você eram aquelas com quem você nunca conversava. Atrás do balcão, uma mulher com um crachá que dizia Beth pegou meu pedido. Inferno, eu pedi um café grande. —Não deixe que ela pague. —disse uma voz. Virei-me e vi Stephanie ao lado do balcão, empilhando pequenas latas de chá de folhas. Eu já tinha colocado dinheiro no balcão. Beth olhou para mim. Eu sorri. —Pegue o dinheiro. —Uh... Stephanie desceu. —Pegue o dinheiro de volta. Eu deveria estar pagando a você. —É verdade. —eu disse, pegando meu dinheiro. —Como
você está? —Perfeitamente estacionou nos fundos?
bem.
—disse
Stephanie.
—Você
—Sim. —Bom. Vamos dar um passeio. Ajudei Stephanie a carregar todas as caixas de diferentes torras de café. Cada um era um grande saco de grãos inteiros que ela mesma moeria. Em seguida, havia caixas de sacos individuais de grãos inteiros e moídos. —Apenas deixe tudo aqui. —disse ela. —Tem certeza? —Sim. Você não é paga para guardar coisas. A menos que você esteja procurando emprego. —Não tenho certeza se você poderia me pagar. —eu disse com uma piscadela. —Além disso, Beth precisa fazer alguma coisa. Ela apenas fica lá e olha para o palco esperando por ... bem, você sabe ... Você sabe. Isso é o que tudo se tornou. Forcei um sorriso e um aceno de cabeça. —Vamos lá, vamos tomar esse café. —disse Stephanie. Quando caminhamos da área dos fundos para a frente, ouvi o som de um violão. Engraçado como esse som me levou de volta a mais anos do que eu queria admitir. Então eu vi… ele. Parado no pequeno palco do café, tocando um violão
enquanto estava sentado em uma banqueta. Eu congelei no lugar e ele olhou diretamente para mim. Nós não éramos estranhos. Então não foi uma surpresa real vê-lo. Eu sabia que ele dava aulas de violão no porão deste lugar. Eu sabia que ele fazia shows pela cidade sempre que podia. Mas eu também sabia o que ele tinha feito no meu coração repetidas vezes. --Foster me viu e rapidamente parou de tocar. Ele baixou o violão e saiu do palco. Acenou e sorriu enquanto caminhava em minha direção. Eu agarrei meu café como se fosse um cobertor de segurança. Não que eu tenha medo de Foster ou de qualquer coisa que tenha acontecido entre nós. Foi apenas aquele velho sentimento de cabo de guerra no meu coração que eu não tinha interesse em lidar naquele momento. —Lesma. —disse ele com um sorriso. —Foster. —eu disse. —Lesma? —Perguntou Stephanie. —Não pergunte. —eu disse. Foster riu. —Deixe-me pegar isso para você. — Ele enfiou a mão no bolso. —Já está pago. —eu disse —Oh. —disse Foster. —Bem, então me deixe pegar um. Tem alguns minutos? —Claro. —eu disse.
—Beth, tem algum uísque para mim lá atrás? —Ele perguntou. Beth riu e suspirou, suas bochechas se tornando quatro tons de vermelho. Eu levantei uma sobrancelha e senti meu lábio se curvando. Como se Foster fosse meu namorado e uma mulher estivesse dando em cima dele. Eu desviei o olhar, sacudindo a velha chama que ainda brilhava suavemente. —Vamos. —disse Foster. —Vamos nos sentar e conversar. —Eu vejo que você ainda é o rei das aulas de violão e noites de open mic1? —E você ainda é a rainha da cafeína. —disse ele, sem perder o ritmo. Eu sorri. Ele sempre poderia me fazer sorrir. Enquanto eu protegesse meus sentimentos, era bom ter Foster por perto. Ele te daria a sua camisa se você precisasse. Mas não peça para ele fazer planos ou promessas. —Como está seu pai? —Ele perguntou. —Bem. Ainda trabalhando. —Quando ele vai se aposentar? —Nunca. —Não me admira. Ele nunca foi do tipo acomodado, hein? —Não. O que ele faria? É tudo o que ele conhece. Trabalhar e cuidar de mim e de Vivian. —Como está sua irmã? 1
* É um show ao vivo em um café, bares, onde artistas amadores ou profissionais tem a oportunidade de se apresentar no palco.
—Bem. —Senti que a conversa era forçada e repetitiva. —Ainda fazendo cabelo. Aproveitando a vida. —Eu a vi não faz muito tempo. —Oh? —Fazendo cabelo. —Seu cabelo? —Perguntei. Eu olhei para o cabelo castanho bagunçado de Foster e não pude vê-lo em uma cadeira de salão, seu cabelo sendo cortado pela minha irmã. Ele tinha o mesmo cabelo bagunçado desde o dia em que o conheci. Só que agora ele havia perdido qualquer feição de menino, trocando um queixo rechonchudo por um definido e ele tinha um pouco de barba que cobria seu rosto e pescoço. —Não meu cabelo. Alguém que eu estava vendo. —Oh. —eu disse. —Certo. Sua… —Ninguém. —disse ele. —Não deu certo. Elas nunca dão. —Você é muito chato, Foster. —eu disse com um sorriso. Foster se levantou e pôs a mão na mesa. Percebi então que ele estava usando o anel de polegar que ele roubou de mim há muito tempo. Tinha um unicórnio nele. Todo prata. E encaixava no seu dedo mindinho. Eu olhei para ele. Seu rosto estava sério. Então ele disse: —Elas nunca dão certo, Rose, porque elas não são o que eu quero.
CAPÍTULO 3 O RETORNO DAS COISAS Foster Às vezes você pode simplesmente olhar para uma pessoa e se sentir em casa. Dias, semanas, meses, anos, todos eles se juntam e não fazem sentido. Era assim com Rose. Sempre foi e sempre seria. Eu sabia o que tinha feito com ela e ela nunca entendeu completamente o porquê. Mas ali de pé, olhando suas bochechas corarem um pouco, isso me fez sentir em casa. Comecei a deslizar minha mão pela mesa, considerando realmente tocar sua mão, mas hesitei. Tentei lembrar quando foi a última vez que a vi. Talvez cerca de um ano atrás, um pouco menos. De passagem, eu acho. Ela estava vindo para cá para cuidar dos arranjos do seu negócio de café e com Stephanie. —O que você está fazendo depois? —Eu perguntei a ela. —O quê? —Vou tocar hoje. Você deveria vir. —Vir. Aqui. Assistir você tocar violão? —E me ouvir cantar. —eu disse. —Sim. Por que não? —Eu... uh... —Convide alguns amigos se quiser. Seu namorado. Noivo. Marido. Namorada… —Engraçado. —disse ela. —Pervertido. —O quê?
—Eu não tenho nenhum desses. —Sem amigos, hein? Isso não me choca. Rose curvou o lábio. —O quê? Não, eu tenho amigos. Eu quis dizer namorado. E o que é isso? Não te choca que eu possa não ter amigos? Eu ri tanto que ganhei a atenção de todos no lugar. —Eu estou apenas brincando com você, Lesma. —eu disse com uma piscadela. —Quando você vai parar de me chamar assim? —Quando isso parar de deixá-la brava. Quando éramos mais jovens, as pessoas a chamavam de flor e outros apelidos idiotas. Então, decidi criar meu próprio apelido para ela. Um dia, não me lembro quando, alguém me disse que havia insetos chamados de lesmas-de-rosa que comiam rosas. No segundo que ouvi isso, comecei a chamá-la de Lesma. Isso a irritou... mas também chamava sua atenção toda vez que eu dizia isso. —Isso não me deixa com raiva, Foster. —disse Rose. —É infantil. —Eu sei. —eu disse. —No fundo eu sou uma criança. Eu olhei para suas feições. Eu assisti elas mudarem ao longo dos anos, mas quando fechava os olhos, ainda a via sentada no degrau superior de madeira da varanda de trás, com um vestido azul claro, o cabelo loiro envolvendo a frente do rosto em uma batalha com uma brisa de verão confortável. Agora seu cabelo parecia um pouco mais escuro, provavelmente tingido quatrocentos e vinte e cinco vezes. Embora seu rosto fosse o mesmo. Uma pequena covinha permanente na bochecha direita. Uma sarda no lado esquerdo do seu pescoço.
Quantas vezes a ponta da minha língua tocou aquela sarda e a fez pular ...? Eu virei minha cabeça e limpei minha garganta. —Você está bem? —Rose perguntou. —Sim, desculpe-me. Um sapo na minha garganta. —Ei. Você sabe por que um sapo é sempre feliz? —Não, por quê? —Porque ele come qualquer inseto. —Sério? —perguntei. —Pena que este não é um lugar de comédia. Você arrasaria aqui. Rose encolheu os ombros. —Isso é tudo que eu tenho. Eu não seria capaz de lidar com o mundo da piada. —Apenas o mundo do café, hein? —Você sabe. Sorri. Era bom falar com ela novamente. Casual. Confortável. Como voltar para casa depois de estar ausente por meses. —Então, como está o mundo do café? —Ótimo. As pessoas sempre procuram mais. —Bem, o gosto é bom. —eu disse. —E o seu trabalho é levar as pessoas a bebê-lo? —Sim. —ela disse. —Eu faço campanhas publicitárias e espero o melhor. Eu ajudo a equipe de vendas com suas apresentações. Eu ajudo com as finanças, embora eu não deva. —Por que não? —Bem, não é meu trabalho. Mas eu não me importo.
Poderia ser pior. Eu levantei a xícara de café e a girei para frente e para trás na minha mão. —Eu sempre soube que você faria algo ótimo. —Ótimo? Ajudar a administrar uma empresa de café não é exatamente ótimo, Foster. Eu coloquei o café para baixo e me apoiei na pequena mesa e me inclinei contra ela. —Lesma, você administra um negócio. Isso é ótimo. Você poderia estar fazendo qualquer coisa para qualquer outra pessoa por um salário por hora e ser infeliz. Você está brincando comigo agora? Você não percebe que isso é ótimo? —Meu pai queria que eu fosse uma médica. —E meu pai queria que eu estivesse atrás das grades. —eu disse. Rose olhou para baixo. —Você sabe o que eu quero dizer. Eu toquei no braço dela. —Seu pai nunca quis que você fosse uma médica, Rose. Você sabe disso. Ele apenas disse isso porque, para ele, era um bom trabalho com muito dinheiro. Para compensar o dinheiro que ele não pôde dar a você e a Vivian. —Foster, eu entendo isso. —Mas por trás disso não havia nada além de amor. Ele está orgulhoso de você. Estou certo disso. —Acho que ele entendeu que o sonho de médica terminou quando falhei em álgebra. —Para ser justo, Rose, acho que eu tive algo a ver com isso. —eu disse com uma piscadela. Ela riu. Deus, sinto falta dela rindo. Sinto falta de ouvir isso o tempo todo. Em
público, assim. Na cama, enrolados debaixo das cobertas, sussurrando segredos de para sempre um para o outro, compartilhando momentos que ninguém jamais teria. Quando ela ria, ela sempre jogava a cabeça para trás e abria bem a boca. Ela fechava os olhos, juntava as mãos, suas pequenas covinhas se tornando realmente grandes. Era honestamente uma risada chata, que você não acharia que viria de alguém tímido como Rose, mas era uma risada que ficava presa em você. Porra, eu sei que ficou presa em mim. Eu não aguentava quando uma mulher queria rir, mas se continha. Quando fechava a boca e baixava os olhos, cobrindo a boca, oferecendo uma risadinha. Não que eu já tenha comparado a risada de outra mulher com a de Rose ... —Provavelmente não é uma boa pergunta para fazer, Foster. —disse Rose. —mas... seu pai... Eu balancei a cabeça. —Não está por aqui. —Eu sinto muito. —Eu não sinto. —eu disse. —Você sabe que quando ele aparece, as coisas ficam confusas. —Sim. —ela disse. Houve um momento em que nossos olhos se encontraram. Um momento vacilante em que nossos corações precisavam tomar uma decisão precipitada. Vá para a esquerda como amigos ou vá para a direita como outra coisa. Rose tomou a decisão enquanto se levantava rapidamente. Ela abriu a boca para dizer alguma coisa e seu celular começou a apitar. Você teria jurado que o celular dela era uma bomba com um
temporizador de dois segundos, pelo jeito que ela jogou a bolsa na cadeira e se virou, suas mãos mergulhando nela. —Ah, diga. —ela sussurrou. —Tudo certo? —O quê? Sim. —Ela olhou por cima do ombro para mim. —Apenas coisas de trabalho. Eu tenho que voltar para o meu escritório. Terminar o marketing em que estou trabalhando. —Claro. —eu disse. Ela olhou para frente novamente. Servi-me com a visão, balançando a minha língua entre os dentes enquanto pensava em todas as vezes que toquei nos quadris dela. Naquelas pequenas curvas que estavam lá desde o primeiro dia. A única diferença agora era o modo como ela as preenchia. Seu cabelo, mesmo com uma cor quase falsa, ainda tinha os mesmos cachos grossos nas pontas. Meus dedos se esfregaram juntos, lembrando das vezes que eu brincava com o cabelo dela até ela adormecer. Foi tudo minha culpa. Sempre foi tudo minha culpa. —Você deveria dar uma passada aqui mais tarde. —eu disse. —Se você quiser. Rose se virou e jogou a bolsa por cima do ombro. —Certo. Deixe-me ver como vai o resto do meu dia. Ei, posso perguntar algo a você? —Pergunte. —eu disse. —Olhe para estas duas fotos. — Ela enfiou a mão na bolsa. —Diga-me qual deles faz você querer beber café. —O quê? —Perguntei com uma risada. Rose me entregou duas fotos. Duas mulheres diferentes. Dois lugares diferentes. Duas poses diferentes. Uma parecia feliz em
pensamento, a outra parecia meditar. Eu segurei as fotos e coloquei uma de cada lado do rosto de Rose. Cheguei perto dela, talvez perto demais. —Foster…? Meus olhos examinaram da esquerda para a direita e depois de novo. Então eu entreguei as fotos de volta para Rose. —Bem? —ela perguntou. Toquei no seu queixo, suavemente. —Eu prefiro ver você tomando café. Ela levantou uma sobrancelha. Parece perseguição.
—Isso deveria ser fofo?
—Tudo bem. —eu disse. —Aquela com a mulher na janela. Meditando. Cuidando do coração dela. Da alma dela. Exatamente o que o café deve fazer. Muito parecido com música. Nós nos encaramos novamente. Segundos se passaram. Rose sussurrou —Obrigada. Eu vou me lembrar disso. Ela se afastou e se despediu de Stephanie quando abriu a porta. Eu fiquei lá e a observei entrar em um novo SUV e ir embora. Esfreguei meu queixo. Eu disse a mim mesmo depois da última vez com Rose que eu deveria ter saído da cidade. Apenas me afastar de tudo para sempre. Mas eu fiquei, uma desculpa barata no meu coração. Então, novamente, mesmo se eu estivesse fora, eu não teria ido embora.
Eu estalei meus dedos. Lá estava. Minha letra que faltava. Mesmo se eu estiver fora, não vou embora. --Uma casa lotada consistia em mesas cheias, pessoas sentadas na beira estreita da janela e um punhado de pessoas do lado de fora, enquanto recebiam ou faziam chamadas telefônicas, mandavam mensagens e fumavam cigarros. Eu não podia exatamente tocar tão alto porque as pessoas precisavam pedir bebidas e lanches no balcão. Isso também significava que não havia banda completa. O que me deixava no palco sozinho. Uma banqueta preta. Um violão preto. Um microfone. Meu antigo amplificador. E uma única luz branca que parecia a ponta do sol ofuscando minha visão. A melhor parte dos pequenos shows era quando eu conseguia silenciar as pessoas. Tirá-las de suas conversas e, o mais importante, tirá-las de seus celulares. Mesmo que fosse por uma música de três minutos, valia a pena. Eu tinha um repertório de músicas que escrevi ao longo dos anos. Meu tempo de me tornar rico e famoso já havia passado há muito tempo. Bandas quebradas, demos fracassadas, shows em bares, estradas que pareciam todas as mesmas me deixaram apático e eventualmente fizeram com que eu me adaptasse ao que eu realmente gostava. Que era apenas a arte da música. Se uma pessoa se conectava, era um ótimo show. Claro, esse show envolvia zero dinheiro. Eu fiz um acordo com Stephanie. Ela não me cobrava aluguel para usar o porão para as aulas, desde que eu fizesse um show por semana. Isso trazia
pessoas, elas gastavam dinheiro e todos ficavam felizes. Ela até me deixou pegar gorjetas, o que significava que eu pegava meu boné de beisebol favorito e o balançava na beira do palco. Eu nunca mencionava o chapéu ou dinheiro enquanto tocava. Não é por isso que eu estava fazendo isso. Eu estava trabalhando em uma nova música por um tempo e meu encontro com Rose me deu a última frase que eu precisava. Mesmo se eu estiver fora, não vou embora. Eu terminei a segunda de dez músicas e fiquei surpreso ao ver todo mundo aplaudindo. Não eram aplausos de pena, mas de pessoas realmente olhando para mim. Eu dei um aceno com a minha palheta entre meus dedos. —Obrigado. —eu disse. Eu me abaixei para uma garrafa de água e tomei um gole. —Vocês sabem, para me fazer parecer mais legal aqui em cima, eu vou dizer que isso é vodka. Algumas pessoas riram. Ok, comédia não era minha coisa. Ei... porque é que um sapo está sempre feliz... Eu sorri. Antes que eu pudesse pensar no nome dela novamente, a porta da cafeteria se abriu e Rose entrou. Eu congelei por alguns segundos, esperando para ver se alguém estava com ela. Alguém estava com ela. Outra mulher. Não um cara. Eu sorri.
—Tudo bem. —disse. tagarelar. Algum pedido?
—Vocês não querem me ouvir
Cri cri... Eu ri. —Estou brincando. Por que vocês sabem quem eu sou, certo? —Nós amamos você, Foster! —Alguém gritou. Eu apontei. —Ok, alguém a afaste. Muita cafeína. Agora consegui algumas risadas. Eu toquei alguns acordes perdidos e olhei para Rose enquanto ela estava perto do balcão. —Vocês podem não adivinhar por causa dos jeans rasgados e a flanela de aparência barata aqui. —falei enquanto tocava os mesmos acordes. —mas gosto de flores. Quer dizer, eu não tenho nenhuma no meu apartamento. Elas estariam mortas em vinte minutos. —Mais algumas risadas. —Mas eu gosto de flores. Eu posso apreciá-las. Então essa música é sobre a minha flor favorita. Ela se chama Hey Rose... Eu dedilhei os acordes e comecei a tocar a música. Agora eu tocava essa música provavelmente cinco vezes por semana em uma semana ruim. Apenas por diversão ou durante meus shows. Era a minha música secreta, ou pelo menos era o que significava, já que a toquei para tantas pessoas. Com Rose presente, agora tinha uma nova sensação. Eu escrevi a música lá fora, depois de um show numa noite com uma das bandas que fracassou. Os caras já tinham se retirado e se retiraram eu quero dizer que todos seguiram em direções diferentes. O dono do clube também decidiu não nos pagar pelo show. Então eu sentei em uma pilha de caixas de leite, equilibrando-me, com uma caneta e papel, olhando para o nada, parecia ser três da manhã.
E eu escrevi uma carta. Apenas um cara tentando encontrar seu caminho pelo mundo, escrevendo uma carta para alguém que ele teve que deixar para trás porque ela já havia encontrado seu caminho. Mesmo que ela não tenha percebido isso. Não era exatamente uma música triste também. Apenas uma música sobre a merda que eu vi e fiz, e até mesmo uma estrada no fim do mundo ainda parecia uma estrada de volta para casa quando eu pensava nela. Era provavelmente a minha pior música. A música que fazia todos olharem para seus celulares. Mas eu gostava de tocá-la. E o palco foi meu por um tempo. Depois daquela música, eu corri com o resto que eu tinha planejado, incluindo uma nova música no final. Eu era capaz de cantar a última letra remanescente e a noite estava completa. Quando terminei, a multidão aplaudiu decentemente e com um aceno fiz a caminhada desajeitada para fora do palco. Foi estranho porque eu não consegui ir aos bastidores e recuperar o fôlego. Eu literalmente acabei de sair do palco e me juntei à multidão. Pedi a Stephanie uma garrafa de água e, brincando, ela me disse que era cinquenta. Eu disse a ela para colocar na minha conta. Eu tinha um objetivo, chegar até Rose. Quando cheguei perto o suficiente, ela me aplaudiu enquanto segurava um copo de café com uma mão e batia na lateral dela com a outra. —Bom trabalho. —disse ela. —Isso foi ótimo. —disse sua amiga. —Esta é Molly. —disse Rose. —Ela é proprietária da empresa de café. —Oh, esse café de merda que eles vendem aqui? — Perguntei.
—O quê? —Perguntou Molly. Eu pisquei. —Estou brincando. Eu bebo o suficiente para saber que é bom. Muito bom. —Ei, talvez devêssemos dar uma camiseta para você usar no palco. —disse Molly. —Patrocinar seus shows. —Sério? —Perguntei. Molly bateu em Rose. —Por que você não pensou nisso, hein? Você é a pessoa do marketing. —É verdade. —eu disse. —Onde está sua cabeça, Rose? —Sério? Mesmo?
—Rose perguntou. Ela olhou para Molly. —
—Estou falando sério. —disse Molly. —Eu não vendo minha alma tão barato. —eu disse. —Café é bom, mas não tão bom assim. Agora, se fosse cerveja... —Amanhã vamos expandir para a cerveja. —disse Molly. —Cuide disso, Rose. —Vocês são dois idiotas. —disse Rose. Molly riu. Ela lentamente se afastou. —Eu vou falar com Stephanie. Dar a vocês dois algum espaço. —Uau, ela é rápida. —sussurrei para Rose. —É tudo o que ela sabe. —disse Rose. —Se não fosse por mim, ela estaria falida. —Quer sair e tomar ar? —Perguntei. —Sim.
Eu abri a porta para Rose quando algumas pessoas vieram me dizer que gostaram do meu show. Eu agradeci a elas. Estranhamente, uma pessoa queria uma selfie comigo. Eu levantei uma sobrancelha, imaginando que era uma piada. Mas não era. Que diabos essa selfie provaria? Eu tirei a foto e fui para fora. —Famoso. —Rose disse enquanto caminhávamos pela frente do prédio, longe de um pequeno grupo de pessoas fumando. —Você sabe disso. —eu disse —Isso foi muito bom, Foster. Sério. Quer dizer, eu sabia que você era bom. Embora fizesse tempo que eu não via você tocar. —É divertido agora. —Não era divertido antes? —Não assim. —digo. —Eu só chego lá e não dou a mínima. Há muita liberdade na vida quando você simplesmente não dá a mínima. Quando você simplesmente deixa tudo ir. —Certo. Deixar tudo ir. —Você sabe o que eu quero dizer. —Sim. —Rose. —eu disse. Ela se virou e deu a volta na lateral do prédio. Fui atrás dela e segurei suavemente seu braço. —Ei. Tudo bem? —Nada. É só o que você disse. É tão verdade. É tão você, Foster. —O que foi que eu disse? —Que você não dá a mínima. Que você simplesmente deixa tudo ir.
—Ah, porra, Rose... —Não, eu entendo. E então aquela música que você tocou. Ninguém estava ouvindo, mas eu estava. Você nunca tocou essa música antes. Nunca ouvi falar. —Eu toco essa música o tempo todo. —eu disse. —Você que não estava por perto. —Você não me queria por perto, lembra? —Uau. Não diga isso, Lesma... —Não me chame assim agora. —Rose desviou o olhar. — Eu não deveria ter vindo aqui hoje à noite. Eu sabia que isso ia acontecer. —O quê? O que está acontecendo? —Isto. Nós. Não podemos estar perto um do outro, Foster. Nós tentamos conversar, brincar, mas sempre voltamos para a mesma coisa. Nós conversamos sobre meu pai, minha irmã, seu pai, e a próxima coisa que eu sei é que estou lá e você está cantando uma música chamada Hey Rose e eu tenho Molly sussurrando no meu ouvido, querendo saber se a música é sobre mim. Eu corri a mão pelo meu cabelo. —O que você quer então, Rose? Nós não podemos apagar o passado, certo? Seu pai foi e ainda é a figura mais importante da minha vida. —Sim? Quando foi a última vez que você o viu? Franzi o meu lábio. —Eu não estou fazendo isso. —Oh, você não gosta que digam quando você está errado. Típico. —Típico. —eu disse. —Você está tentando apontar as falhas de todos, Rose. Em vez de apenas aceitar isso como é.
—Como é… o quê? O que é isso? —Jesus. —sussurrei. —Eu pensei que seria bom você vir aqui e me apoiar. Me ver tocar. Ter uma conversa. Eu não sei. Eu não tenho cada segundo planejado. Eu não sou você. —Eu? Você acha que eu tenho tudo planejado? —Ela riu. —Você não me conhece tão bem quanto pensa. Ela tentou se mover e eu agarrei seu pulso. —Então vamos consertar isso. Eu não queria te trazer aqui e te chatear. Você quer que eu me desculpe pelo passado? Eu vou. Mas eu não quero trazer o passado. —Você sabe, não importa Foster. —disse Rose. Ela afastou a mão. —Isto é minha culpa. Eu vim aqui. Eu sabia o que poderia acontecer. Estar perto de você é instantaneamente perigoso. E não apenas por causa do passado. —Então por quê? —Porque é você, Foster. —disse ela. —É você. Você é perigoso. Para mim. Minha mente. Meu coração. Tudo. Assenti. —Certo. Ainda moramos na mesma cidade e nos vimos quantas vezes? Agora, de repente, é um problema. —Eu não disse que é um problema. Eu acabei de dizer... —Disse o quê? —Perguntei. —Você está cruzando as linhas, Rose. Eu não. Olha, me desculpe, ok? Me desculpe por ter te convidado para vir aqui hoje à noite. Eu não quis tocar uma música que te deixaria tão chateada... —Você não entende. —ela disse. —Entender o quê? —Que uma música estúpida faz isso comigo. —ela sussurrou. —O que você acha que significa, Foster?
Nós fomos iluminados por uma luz de rua surgindo bem acima de nós. Ao lado do café, perto da esquina onde havia pouco tráfego. Era uma noite fria, mas eu estava a segundos de começar a transpirar por estar tão perto de Rose. Seus olhos castanhos brilhavam como madeira polida. Eu não sabia dizer se ela estava se emocionando ou o quê. —O que eu acho que isso significa. —sussurrei. Andei em direção a ela. Franzi meu lábio. Rose era a única mulher que poderia revelar as emoções que eu trabalhei tanto para esconder. Eu já sabia quem eu era para ela. Primeiro amor. Primeira mágoa. Mas eu sempre presumi que qualquer coisa que parecesse para sempre era apenas um conto de fadas idiota. Merda, ela sofreu bastante com o que aconteceu com sua mãe. Eu tinha vivido bastante com meus pais também. Embora fossem dois mundos muito diferentes. —Eu acho que isso significa o que não deveria significar. — sussurrei. —E essa é a pior parte, não é? —Provavelmente. —O que significa que você deveria ir. —Provavelmente. —O que significa que devemos nos esforçar mais para evitar um ao outro. —Provavelmente. —Rose sussurrou. —Eu vou embora. —eu disse. —Você fica com Molly. Vá deixar um cara te comprar um café e falar sobre sua nova empresa de tecnologia. Ou talvez ele vá se gabar de seu celular chique e todas as coisas legais que ele e seus amigos aprenderam enquanto viajavam pela Europa para se encontrarem. E então você poderia falar sobre um bom marketing para uma empresa de café.
Ela assentiu lentamente. —Sim. Essa é uma boa ideia. Eu me atrevi a alcançá-la, mas neste momento da minha vida, eu realmente tentei fazer essa coisa ... você sabe, onde você faz a coisa certa. Eu me afastei. —Eu não queria que você viesse aqui e ficasse chateada. Eu não te enganei para ouvir uma música. Eu não tinha intenção de mexer com meu próprio coração. Só para constar. —Foster. —gritou Rose. —Sim? —Que tipo de sapatos os sapos usam? Eu levantei uma sobrancelha. —O que há com você e as piadas? —Uma coisa de defesa. —disse ela. —Você está com medo de mim, Rose? —Estou com medo de nós. —Você sabe, alguém me disse uma vez que você tem que enfrentar seus medos. —Isso é verdade. Ah, foda-se isso... Eu andei em direção a ela e ela conseguiu dar um passo antes de minhas mãos encontrarem e se acomodarem bem contra aquelas preciosas curvas dela. Nossos lábios se tocaram e foi como estar em casa. O beijo que eu nunca poderia esquecer. O beijo que eu implorava. O beijo que eu nunca poderia reproduzir com mais ninguém, não importa o quanto eu tentasse e quantas pessoas eu magoasse.
Foi um beijo rápido. Eu o interrompi e perguntei: —Então me diga ... que tipo de sapato os sapos usam? —Sapa-to aberto. —Rose sussurrou. —Isso é estúpido. —Eu sei. Eu a beijei novamente. Uma letra que tirei de uma canção esta noite apareceu na minha cabeça. Ei, Rose, eu ainda te amo - hoje e provavelmente amanhã.
CAPÍTULO 4 A COISA DA FESTA Rose Abri a porta do banheiro e um cara estava ali, fazendo xixi no banheiro. Deixei escapar um grito, mas fiquei seriamente grata por ele estar de costas para mim. Ele virou a cabeça e sorriu. —Eu terminarei em um segundo. —disse ele. —Preciso abrir espaço para mais cerveja. —Meu Deus. —sussurrei. Recuei e fechei a porta. Me virei e olhei para as escadas. Havia outro banheiro no andar de baixo, mas também havia um mar de gente. Meu pai ficaria muito bravo comigo por estar em uma festa, mas eu não estava fazendo nada errado. Eu não era Vivian. A Pequena Miss Boa Garota estava lá embaixo flertando com dois caras diferentes e tomando uma bebida frutada de uma garrafa. Ela era inteligente o suficiente para não se meter em problemas, mas eu ainda estava de olho nela.
A porta do banheiro se abriu. —Todo seu. Eu olhei e senti minhas bochechas ficarem vermelhas. Por que eu estava corando? Não fui eu quem foi pega usando o banheiro. —Você já ouviu falar em trancar a porta? —Perguntei. —Não. —Mesmo? —Realmente? —Ele perguntou de volta. —É um banheiro. Nenhuma surpresa o que acontece lá. Estamos realmente falando sobre isso? —Eu não estou falando com você. — eu disse. Ele se aproximou da porta do banheiro e a fechou. Ele olhou para mim com um sorriso arrogante no rosto. —Uau. —eu disse. —Você é tão legal agora. Mantendo o banheiro como refém. —Parece que você precisa de uma bebida. —Parece que você precisa de uma muda de roupa. Ele riu. —Eu gosto de você. Você é Rose, certo? —O quê? Como você... tanto faz. Eu comecei a ir embora. Não valia o esforço nem o tempo. —Ei. —o menino do banheiro chamou. Eu me virei no topo dos degraus. —O quê? —Eu sou Foster. —disse ele. —Não finja que você nunca ouviu falar de mim. Quando ele disse seu nome a ficha caiu. Eu engasguei.
Esse era o cara. O cara que me viu naquele dia de verão, sentada na varanda. Quando eu estava chorando porque... —Isso foi o que eu pensei. —ele gritou. —E não se preocupe, eu lavei minhas mãos. O garoto do banheiro... Foster... foi embora. Fiquei no primeiro degrau por alguns segundos, esperando para ver se ele voltaria, mas ele não voltou. Havia muitas histórias sobre Foster que flutuavam por aí, incluindo que Foster não era nem mesmo seu nome verdadeiro. Que de algum modo, de alguma forma, ele foi capaz de escolher seu próprio nome. Isso era muito legal, se você me perguntar. Eu com certeza não gostava do meu nome. Rose. Soava como o nome de uma velha mulher. De todos os nomes do tipo florido, eu fiquei com Rose. E quanto a Violet? Talvez não a flor, mas a cor. Minha irmã... ela ficou com Vivian. Um nome elegante. Eu só estava… —Rose! Aí está você. Venha aqui. Eu olhei para as escadas e lá estava Vivian. De pé com um cara muito alto que parecia muito mais velho que ela. Eu nunca entendi a parte em que os caras da faculdade tentavam ir a festas como essas. As festas universitárias não deveriam ser melhores que isso? —O que há de errado? —Perguntei. —Estamos jogando. —disse ela. —Vamos. Eu lentamente desci as escadas. Havia música vindo de todos os cômodos. Todas as crianças se separaram em seus respectivos grupos. A maneira como se vestiam, com quem saíam, a música que ouviam. Uma sala tinha um pouco de música rap, todo mundo estava se movendo com a música, bebidas nas mãos, mãos no ar,
garotos e garotas ficando super juntos enquanto dançavam. Outra sala, a sala de jantar que provavelmente é usada para a ceia de Natal, tinha algum tipo de música pesada de metal. Todo mundo em pé, sacudindo a cabeça com a música super-rápida, a voz rosnando dos alto-falantes. Eu não conseguia entender uma palavra que estava sendo cantada. Continuei seguindo Vivian e ela foi para as grandes portas traseiras que levavam a um enorme deck. Este deck era tão grande que tinha três níveis. O primeiro nível era a maior parte. Havia uma mesa e cadeiras. Uma sala de estar mobiliada. E muitos coolers com crianças abrindo as tampas brancas para enfiarem as mãos na água gelada, procurando outra bebida. O segundo nível ficava ao redor do primeiro e tinha mais assentos. O terceiro nível abaixo tinha uma banheira de hidromassagem. Estava ligada, borbulhando, com luzes de neon mudando a cada poucos segundos. Embora estivesse cheio de crianças. Todas as crianças super legais. Vivian parou no segundo nível do deck. Agarrei-a e finalmente tive a chance de parar. —Viv, o que está acontecendo? —Vamos jogar um jogo. —disse ela. —Se divirta. Vivian era um ano mais velha que eu, mas às vezes agia como se fosse um ano mais nova. A única coisa que eu poderia dizer com certeza era que ela nunca me tratou como uma irmã mais nova. Eu estava sempre ao lado dela o tempo todo. Então eu fiz o meu melhor para não a constranger ou a mim mesma. —Tudo bem, todos sentem-se em círculo. —alguém disse. Havia nove pessoas. Entre esses, eu sabia os nomes de sete. Dos sete, eu só tinha falado com três pessoas e isso incluía Vivian. A pessoa do lado de fora do círculo segurava uma garrafa. — Acho que conhecemos o jogo. Um pequeno giro da garrafa.
Todos gritaram juntos ooohhhh.... Minhas bochechas ficaram vermelhas. Eu cutuquei Vivian. Ela olhou para mim. Ela encolheu os ombros. Eu me inclinei. —Eu não quero fazer isso. —Shhh, Rose. —ela sussurrou de volta. —Não é nada. —Estamos mudando as regras. —disse a pessoa. Vivian rapidamente virou a cabeça. Mudando as regras? —Um simples giro é um beijo. —disse a pessoa. —Nós sabemos isso. Mas esse é diferente. Prontos para isso? Um único giro é um beijo único. Mas isso é chato. Então, aqui está a nova regra. Cada giro após o primeiro equivale a um segundo... um segundo que envolva língua em ação. Sacaram? Todo mundo riu. —Não é só isso. —disse a pessoa. —Se você fizer três giros completos, você pode levar seu novo amigo para uma caminhada no deck, para o escuro, por um minuto a cada giro. —Três minutos. —sussurrei. Essas regras eram estúpidas. Tão estúpidas. Elas não faziam sentido. O cara levantou três dedos. —Três rodadas. Três minutos. Qualquer coisa serve. Quanto mais louca a história... e os sons... melhor. Todos aplaudiram. Exceto eu. Coloquei minhas mãos no deck e planejei minha fuga. Eu poderia fingir ir ao banheiro e nunca mais voltar. Ninguém se
importaria. Eu me afastei um pouco quando vi uma figura aparecer no nível mais baixo do deck. —O que estão fazendo? —Perguntou Foster. —Estamos jogando. —Estou dentro. —disse ele, sem ouvir o jogo. Ele olhou diretamente para mim e sorriu. Ele sentou-se entre duas pessoas. —Ok, estamos em dez. —disse o cara que havia dito as regras. —Eu vou primeiro. Ele caiu sobre um joelho e alcançou o meio do círculo. Agora, para ser justa, eu já havia jogado esse jogo antes. Eu não era uma garota protegida ou algo assim. Eu apenas não esperava que Vivian quisesse ir a uma festa hoje à noite. E estar em uma festa com muitas pessoas que eu não conhecia. E agora, estar jogando uma versão mais extrema deste jogo. Além disso, agora Foster me encarava com um sorriso arrogante no rosto. Garoto idiota do banheiro. A garrafa foi girada e parou em uma garota chamada Tara. —Isso foi dois giros. —disse Tara. —Dois segundos comigo então. —Eu não gosto dessas regras, Jeff. —disse Tara. —Venha cá, baby. —disse Jeff. Ele se inclinou para frente e esticou os braços.
Tara avançou para frente, curvando o lábio. Com certeza, eles se beijaram. Suas bocas se abriram e alguém contou um Mississippi, dois Mississippi... Eles se separaram. —Tem sabor frutado. —disse Jeff. —Melancia? Tara mostrou a língua e disse —Cheeseburger? Todo mundo riu. —Vou girar agora. —disse Foster. Era fora de ordem, mas ninguém discutiu. Aquilo com Foster... ele não era um garoto legal. Ele não era um perdedor. Ele não era um menino mau. Ele não era um atleta. Ele realmente não se encaixava em qualquer lugar, mas todo mundo ouvia quando ele falava e fazia algo. Eu não poderia dizer quantas vezes ele deixou a escola por alguns dias, uma semana, ou mais. Então ele de repente estava de volta. Os rumores sobre ele circulavam. Ele estava com as mangas da camisa de flanela verde-escura arregaçadas. Quando ele se inclinou para frente, colares caíram de sua camiseta. Uma cruz pendurada. Uma corrente com um anel. Ele pegou a garrafa. Ele olhou diretamente para mim, apertou o lábio e girou o mais forte que pôde. Não havia jeito dessa garrafa parar em mim. Foi uma vez, duas vezes, três vezes... quatro vezes... —Oh, cara. —disse Jeff. —Estamos a cinco agora. Indo em frente... seis...
A garrafa diminuiu a velocidade e parou. Bem entre mim e Vivian. Eu engoli em seco e olhei para Vivian. —No meio. —disse Vivian. —Escolha, cara. —disse Jeff. —Você tem seis minutos com uma dessas duas irmãs. Engraçado como esse Jeff sabia que eu era a irmã de Vivian, mas eu não tinha ideia de quem ele era. —Três minutos com cada uma. —disse Foster. Metade do círculo riu. A outra metade bateu palmas. —Isso não é uma regra ruim. —disse Jeff. —Basta escolher. —disse Vivian. —Uma. Foster ficou de pé. Eu sabia o que ia acontecer e sabia como lidaria com isso. Foster andou pelo lado de fora do círculo como se estivéssemos no jardim de infância brincando de pato, pato, ganso. E ele parou bem atrás de mim. Ele colocou a mão no meu ombro. —Vamos nos divertir, Rose. --Eu joguei pelas regras quando me levantei. Todo mundo fazendo barulhos e comentários. Eu estava extremamente nervosa. Meu corpo tremendo. Beijar um cara era uma coisa. Ter que sair por alguns segundos era outra. Mas isso... seis minutos sozinha com Foster? E Jeff deixou bem claro que vale qualquer coisa.
Eu revirei meus olhos. Eu estava nervosa, sim, mas qualquer coisa não ia acontecer. Foster poderia pegar sua mão direita, voltar para o banheiro e ter seus seis minutos de qualquer coisa. Ele passou um braço em volta de mim e começou a andar. Olhou para trás e disse: —Não esperem por nós. Eu acertei meu cotovelo em suas costelas. —Oh. —ele disse e se encolheu. —O que foi isso? —Você está doente. Garoto do banheiro. —Essa é boa. Eu acho que posso te chamar de garota de seis minutos, hein? —Por favor. —eu disse. Nós caminhamos até o terceiro nível do deck. O ofurô ainda estava cheio de gente e barulho. Nós continuamos. Então estávamos no quintal. A verdade é que eu nem sabia de quem era essa casa. Só que era escondida, fora da parte principal da cidade. Era uma casa enorme com um quintal enorme. Alguma pessoa rica com um garoto rico que poderia fazer festas como essa. No entanto, o caminho que Foster percorreu disse que ele estava familiarizado com este local. O que me fez pensar em quantas vezes ele jogou essa nova versão de girar a garrafa. Isso me fez tremer. —Onde estamos indo? —Perguntei. —Ali embaixo, Rose. —ele disse. —Relaxe um pouco. —Cala a boca, Foster. —eu disse.
—O relógio está
correndo, a propósito. —Oh, então é melhor eu me mover mais rápido. Antes que eu pudesse falar Foster parou, virou-se e gentilmente me empurrou contra uma árvore. Suspirei. Olhei para ele enquanto seus olhos se fixavam nos meus. Não foi a primeira vez que um cara olhou para mim com esses olhos... mas nunca alguém como Foster. Lambi meus lábios. Um beijo que eu poderia aguentar. Mas os olhos de Foster queriam mais... e talvez os meus também.
CAPÍTULO 5 A COISA INTEIRA NERVOSA Foster Ela era bonita. Ela sempre foi bonita. Eu não dou a mínima para um jogo de garrafa estúpido. Qualquer um que honestamente jogasse esses jogos era patético. Se eu tivesse intenções de ficar com alguém, ou mais, eu poderia lidar com isso sozinho sem a necessidade de regras e acaso. Mas quando vi Rose sentada ali no círculo, tive que fazer uma jogada. Agora eu a tinha de costas para uma árvore. Suas mãos alcançando atrás dela. Tão insegura e nervosa. —Estamos quase lá. —sussurrei. —O relógio não começa até que eu diga. —Isso não é justo, disse Rose. —Eu não jogo pelas regras. —Oh, isso mesmo. Você é um cara durão. Você simplesmente desaparece da escola. Você escolhe seu nome. Você se destaca da multidão. —Exatamente. Vamos. Agarrei a mão dela e mostrei o caminho. Estive nesses bosques mais do que gostaria de admitir. Admito, não havia uma parte desta cidade que eu não tinha andando a pé ou de bicicleta. Na beira da floresta havia um lago. Tinha nomes diferentes, dependendo a quem você perguntasse. Cripp's
Pond. O Jack Hole. Edge Creek Pond. E mais alguns. Quando atravessamos as árvores e Rose viu a lagoa, ela ofegou. —Certo. —eu disse. Apontei para duas cadeiras brancas bem na beira da água. Entre eles havia um anel de metal que formava uma fogueira. —Sente-se. Deixe-me ver o que posso conseguir aqui. Rose estava apaixonada pelo lago como se nunca tivesse visto água antes. Mas eu tive que deixá-la ir por um minuto. A maneira como a lua refletia na água, iluminando a área ao redor da borda era realmente agradável. Comecei a juntar alguns paus e galhos. Joguei tudo no meio da fogueira e me agachei. Peguei um isqueiro do meu bolso e comecei a fazer uma fogueira. Minhas habilidades de sobrevivência não foram ensinadas no porão de uma igreja com um líder de rebanho e algum distintivo estúpido costurado ou essas coisas. Foi feito através da legitima sobrevivência. Eu poderia até ter parecido legal, talvez romântico, do jeito que eu era capaz de fazer uma fogueira, mas o que Rose não sabia era que havia momentos em que eu tinha que fazer isso para realmente sobreviver à noite. Os gravetos ganharam vida com fogo e havia uma pequena pilha de madeira ao lado da fogueira. Coloquei algumas peças nas novas chamas e elas pegaram em pouco tempo. —Isso é bem habilidoso. —disse Rose. —E aqui você pensou que eu seria algum cão selvagem te atacando, hein? —Perguntei. Eu pisquei e ela desviou o olhar. Eu ri. —O que é tão engraçado?
—Você. —Eu? —Você é tão tímida sobre essas coisas. —Oh, me desculpe, eu não tenho desejo de perder... de... brincar na floresta. —Perder, hein? —Perguntei. você nunca ...
—Então isso significa que
—Cala a boca, Foster. —disse ela. —Ei, não se preocupe. Seu segredo está seguro comigo. —Segredo? Por que isso é um segredo? É minha decisão. —Claro que sim. —eu disse. —O que você acha da lagoa? —Essa parte é legal. —ela disse. —E o fogo também. Obrigada. —Então, eu obviamente montei a cena aqui. —eu disse. Levantei-me e caminhei até a cadeira e estendi a mão. —Agora eu recebo meus seis minutos. —Foster… —Regras são regras. —Você disse há pouco que não se importa com as regras. —Eu não. —eu disse. —Mas você sim. Você sempre segue as regras. Você não quer que eu volte para lá e diga que você não cumpriu a regra. Certo? Assisti ela relutantemente me dar sua mão. Eu a puxei para que ficasse de pé. Ela colocou a mão no meu peito. Estava insegura. —Foster. —ela sussurrou. —Eu nunca, ok? Eu nunca fiz isso. E tem mais. Eu não vim aqui esta noite para... nada disso.
Vivian me encontrou e disse para vir brincar... Eu abaixei e coloquei meu nariz no dela. —Rose. Fique quieta. Eu não vou fazer nada. —Não vai? —Não. —eu disse. —Merda. — Eu dei um passo para trás. —Esses jogos são estúpidos. —Sim. Eles são. —Então, podemos ficar juntos por alguns minutos. —Então o quê? —Então eu vou voltar lá e passar pelo jogo. —eu disse. — Vou exalar alto, passar as mãos pelo cabelo, me ajustar e dar uma piscada. —Então todo mundo vai pensar... —Pense o que quiserem. —eu disse. Ela sorriu por um segundo, se afastou de mim e sentou-se novamente. Assenti. Eu podia ver a tensão a deixando. Como se ela realmente achasse que algo iria acontecer. Que eu iria forçá-la a fazer alguma coisa. Essa merda realmente acontecia nessas festas? —Ei, Rose. —eu disse. —Sim? —ela perguntou, virando a cabeça. Vi a luz da dança do fogo em seu rosto. —Eu sinto muito pela sua mãe. —eu disse. —Eu nunca tive a chance de dizer isso para você. Quer dizer, a primeira vez que te vi... você estava andando toda chateada. Eu deveria ter parado e
conversado com você, mas estava fazendo algo por alguém. Levando algumas sacolas para o meu pai dar ao amigo dele. Em troca, meu pai me comprou uma bicicleta nova. Ela assentiu. —Sim. Tudo bem, eu acho. Estamos bem. —Isso é bom. Eu só queria dizer isso. Nunca tive uma chance. Eu sei que já faz muito tempo. Eu não quero que você fique chateada ou qualquer coisa. —Estou bem. —disse ela. —Ei, posso perguntar algo a você? Olhei para o meu pulso como se estivesse usando um relógio. —Pergunte à vontade. Você tem cerca de três minutos sobrando aqui. —Eu sei que Foster não é seu nome verdadeiro. —Oh? —Quero dizer, eu ouvi tantas vezes. Você escolheu seu nome. —E se eu escolhi? —Perguntei. —Por quê? —Porque eu queria. —Dei de ombros. —Não gosto do meu nome real. —Você viveu em lares adotivos... Eu assenti. —Foi daí que eu consegui o nome. Algumas vezes tive que mudar de escola. É por isso que eu desapareceria da nossa escola. Engraçado como as pessoas gostam de pensar besteiras sobre mim. Que eu estava na cadeia ou algo assim. Na verdade não. Apenas fui enviado para outro lugar por um tempo. Eu me mudei tanto que as pessoas começaram a descobrir. Alguém
me chamou de foster kid 2 para me irritar. —É de onde você conseguiu o nome? De um valentão? —Bem, eu não diria que ele é um valentão. —eu disse. —Por que não? —Eu bati nele por me chamar assim. Bem no refeitório. E então eu disse a todos que meu nome era Foster. E permaneceu. —Porque você bateu naquela criança. —Exatamente. —eu disse. —Você os faz acreditar no que você quer, Rose. —Tipo como lá atrás com esse jogo? —Sim. —eu disse. —Deixe-os perguntar o que quiserem e não responda. Apenas sorria e pisque. Deixe-os pensar o que quiserem sobre o que estamos fazendo agora. —Você sabe muito sobre as pessoas. —disse ela. —Talvez você devesse ser um psicólogo quando crescer. —Crescer? —Perguntei e ri. —Merda, Rose, eu só preciso passar por essa semana primeiro. —Você não pensa no futuro? Eu sorri para Rose. Ela não tinha ideia de como era minha vida. O que era bom. Ela e sua irmã moravam em casa com o pai delas. O bom velho Frank. —Eu não penso no futuro, Rose. —eu disse. —Dia após dia. —Você toca violão, certo? Eu sorri. —Sim. Por quê? 2
Garoto adotivo
—Só... eu não sei. Eu só estou falando. —Certo. Falando. Sim, eu toco violão. —Quantos você tem? —Nenhum. —O quê? —Eu toco violões de amigos. —eu disse. —Quando eu posso. —Você escreve músicas? —Sim. Escrevo. —Você deveria fazer shows então. —Quem disse que eu não faço? —Oh. —disse Rose. —Uh ... bem ... quando é o próximo? —Não faço ideia, Rose. — Levantei devagar. —Alguma outra pergunta sobre minha vida? —Qual é o seu nome verdadeiro? —Sem chance. —eu disse. —E se eu te beijar? —Você vai me beijar? —Perguntei. —Eu vou te beijar se você me disser o seu nome. —Ok, feito. Seus olhos se arregalaram. Acho que a peguei de surpresa concordando com isso. Ela colocou as mãos no braço da cadeira e se levantou lentamente. Eu vi o jeito que ela lambeu seus lábios. Nervosa
novamente. Eu não poderia ser o primeiro cara que ela beijava. Então, novamente, quem sabe? As pessoas sempre eram cheias de surpresas. O fogo crepitou ao nosso lado. Nós nos enfrentamos. —O nome? —Ela perguntou. —O beijo. —eu disse. —Foster. —Esse não é o meu nome real. —eu disse com uma piscadela. Rose suspirou. —Tudo bem. Toquei em seus lados. Avancei até ela. Ela colocou a cabeça para trás para olhar para mim. Eu gostava de ser mais alto que ela. Eu também gostei desse momento. Este exato momento. A lagoa. A luz da lua. O fogo. O bosque. A quietude. Só conversar com Rose era fácil. O que era interessante para mim. Pela primeira vez em muito tempo, baixei a guarda um pouco. Segundos se passaram e eu estava perdendo minha oportunidade. Nossos narizes se tocaram novamente, como antes. Seus lábios estavam ligeiramente separados. Se eu a beijasse... droga. Meus lábios estavam a um milímetro dos dela. Em vez de beijá-la, eu disse: —Kingsley. —O quê? —Ela perguntou. Recuei e pisquei.
Apontei para o fogo. —Aproveite o fogo, Rose. Fui embora, deixando-a por um fio. Eu não pude me ajudar, no entanto. Uma garota como Rose não merecia um beijo de suborno. Talvez o cenário estivesse certo, mas não o motivo. Além disso, esse maldito jogo idiota. Seis minutos com Rose? —Nah. —sussurrei enquanto caminhava pela floresta. Olhei para trás uma vez e a vi em pé ao lado do fogo, abraçando-se. Me perguntei em que ela estava pensando. Provavelmente pensando que ela escapou de uma roubada comigo. O que era verdade. Mas na minha cabeça ... Seis minutos com Rose provavelmente levariam para sempre.
CAPÍTULO 6 PEGUE UM BEIJO, MAGOE UM CORAÇÃO Rose Meus dedos formigaram. E não foi do ar frio. A sensação de formigamento não estava apenas nos meus dedos. Estava... em todo lugar. Eu nunca tive essa sensação antes. Nunca em minha vida. —Kingsley? —Sussurrei quando virei a cabeça para olhar para a lagoa. Esse era o nome verdadeiro de Foster? Ele passou de Kingsley para Foster? Porque ele era um filho adotivo. Então os rumores sobre isso eram verdadeiros. Eu ouvi dizer que ele não tinha mãe. Que o pai dele era um cara mau. Eu não sabia o que tinha acontecido com a mãe dele. Foi o mesmo que tinha acontecido com a minha? Meu pai era um bom homem, no entanto. Ele sempre se certificou de que eu e Vivian fossemos bem cuidadas. Sacudi minha cabeça e olhei para a floresta. Eu não conseguia ver nada. Foster definitivamente foi embora. Provavelmente fazendo o que ele disse que ia fazer. Ir até as pessoa que estavam jogando, assentindo, dando-lhes um sorriso, deixando todos assumirem que ele e eu fizemos coisas na floresta. E então o quê? Eu deveria fazer o mesmo? Então as pessoas não achariam que eu sou puritana ou algo assim? Era tudo tão ridículo, mas fazia sentido. Era como se sobrevivia às vezes quando se era adolescente. Eu me perguntei quantas histórias que circulavam pela escola não eram verdadeiras.
Odiei que Foster me deixou. Bem ali no fogo. Estávamos a sós. Nós estávamos apenas conversando. Qualquer coisa que ele dissesse para mim, eu nunca contaria. O fato dele ter se desculpado pela minha mãe. Não que ele tenha feito algo para machucá-la ou causar o que aconteceu. Mas apenas o fato de que ele sabia e se importava. E lembrei do dia em que o conheci. Eu estava sentada nos degraus da entrada, chorando. Foi a vez de Vivian ter um dia ruim. Começamos a compartilhar uma cama depois que minha mãe morreu. Decidimos fazer um plano para ajudar o pai. Nós nos revezamos em ficar tristes. Era o dia dela de ficar triste, mas eu estava me sentindo muito chateada. E com raiva. Sentei-me nos degraus e vi Foster caminhando. Ele tinha o capuz puxado para cima e estava olhando para os próprios pés. Então sua cabeça apareceu e ele tirou o capuz. Eu estava chorando. Meu cabelo estava no meu rosto, então eu não tinha certeza se ele sabia que eu estava chorando. Papai havia contado a mim e Vivian que o vento era a mamãe tocando as mãos nos nossos rostos. Eu não gostei disso. Talvez fosse para nos fazer sentir melhor, mas parecia uma piada cruel. Foster apenas me encarou por um minuto e depois se afastou. Agora ele se afastou novamente. Eu assisti o fogo começar a morrer lentamente. Parecia um desperdício construir a fogueira, apenas para deixá-la morrer tão rapidamente. Por que ele foi embora? Eu não ia implicar com ele pelo seu nome. Kingsley era um nome legal. Quando o fogo se transformou em brasas brilhantes, decidi voltar para a festa.
Andar sozinha pelo bosque era um pouco assustador. Minha mente de repente pensou em todos os filmes de terror que eu já vi. Este era um clima perfeito, não era? Um bando de adolescentes festejando, seus sentidos atordoados pela bebida barata e a ideia de sexo e então vem o assassino para fatiá-los. Olhei por cima do ombro e fui engolida definitivamente pelas árvores e pela escuridão. Mas o medo passou rapidamente porque eu não estava andando por uma floresta enorme. Em questão de um minuto, pude ver a casa. O grande deque, a festa, o barulho, a música, o riso, o brilho da banheira enquanto ela mudava de verde neon para azul neon. Com as mãos nos bolsos enquanto o ar frio me envolvia, cheguei ao último degrau do deque e alguém me viu. Foi um cara e ele rapidamente deu um assovio. —Olhe para ela. —disse ele. —Mal capaz de andar. —Sim. —eu disse. —Olhe para mim. —Fodendo Foster, —alguém disse. —Ei, que tal você se juntar a nós aqui? —Não posso. —eu disse. Me senti desconfortável. Esses caras não olharam para mim a noite toda, mas agora, porque eles assumiram que eu ... você sabe ... com Foster, eu era de repente legal. Querendo. Precisando. —Você pode fazer o que quiser. —o primeiro cara disse. —Vamos abrir espaço para você. —Você sabe onde Foster foi? —Perguntei. —Oh, merda. —o segundo cara disse. —Ela quer repetir. —Eu fico com a terceira. —o primeiro cara gritou. Ele e o segundo cara se encontraram no meio da banheira
quente e bateram as mãos juntas. Eles começaram a rir e dançar. Franzi meu lábio. Meninos eram idiotas. E é isso que todas essas pessoas eram. Meninos. Meninas. Eles não tinham ideia do que estavam fazendo ou porque estavam fazendo isso. Não valia o meu tempo para continuar conversando com eles. Eles estavam bêbados. Eles só tinham isso na cabeça. Garotos idiotas. Andei até o segundo nível do deque e descobri que o jogo já tinha terminado. Ou todo mundo ficou entediado, ou todos se dispersaram para fazer o que quer que fosse durante seus minutos. Foi quando vi Vivian sentada no colo de um cara, beijando-o. A mão dele começou a subir pelo corpo dela quando me aproximei. Sim, eu era aquela irmã que limpava a garganta para chamar a atenção deles. Vivian interrompeu o beijo e olhou para mim. —Ei. Rose. O que… —Onde está Foster? —Foster? —O cara que Vivian estava beijando disse. —Por quê? Pensei que vocês dois tivessem se divertido. —Muito divertido. —eu disse. —Realmente? —Vivian perguntou. —Bom para você. Oh, uau. Você… —Você o viu? —Uh, sim. —disse Vivian. Voltando para a festa.
—Há alguns minutos atrás.
—Há muitos quartos no andar de cima. —disse o rapaz. — Fique à vontade para ficar um pouco mais confortável para a segunda rodada. —Vou me lembrar disso. —eu disse. —Viv, estamos saindo em breve. —Desculpe? —ela perguntou. —OK. Eu estou saindo em breve. Vou encontrar um jeito de sair daqui. Vivian começou a descer do colo do cara. Raiva nos olhos dela. Coloquei minha mão para impedi-la. Eu não iria discutir com ela. Eu não recuaria. Não havia como passar a noite naquela casa. A menos que… Mordi o lábio e olhei para a festa. Se eu pudesse encontrar Foster novamente. Nós poderíamos continuar conversando. Se ele não fosse como os outros caras idiotas nesta festa, poderíamos passar a noite toda juntos. Eu poderia dormir um pouco sem me preocupar com um idiota bêbado tentando lamber meu rosto. —Você disse que ele voltou para a festa? — Perguntei. —Foster? —Sim. —disse o cara. —Vá para dentro, Rose. Ele agarrou Vivian e ela soltou um grito brincalhão. Ela caiu de volta no colo do cara e eles continuaram de onde pararam. Fixei meu olhar na casa. Quando entrei na casa, havia centenas de direções em que eu poderia ir. Comecei pela cozinha e abri caminho entre as pessoas, perguntando se alguém tinha visto Foster. A maioria das pessoas me ignorou. Algumas deram instruções. Acabei debaixo das escadas
principais da casa onde havia um corredor quase secreto. Isso me fez revirar os olhos para as pessoas com dinheiro que faziam coisas estúpidas como essa. Além das escadas havia outra ala da casa. Desci para o que parecia ser um enorme escritório tipo quarto. Era vermelho escuro com móveis de couro preto. Tinha um cheiro estranho. Como charutos apagados e colônia muito cara. Olhei em volta e não vi nada. Ok, para ser honesta, eu estava em busca de Foster por um motivo. Eu queria beijá-lo. Eu queria que ele me beijasse. Eu deveria tê-lo mantido lá no fogo ao lado da lagoa, conversando e flertando. Isso é o que era, certo? Nós estávamos flertando. Sentindo um ao outro. Eu deixei minhas ideias atrapalharem, com medo que ele fosse me forçar, mas esse não era Foster. Além disso, eu tinha que ser justa. Nós fizemos um acordo. Ele me disse seu nome verdadeiro e eu lhe devia um beijo. Sorri e senti o calor correr para as minhas bochechas. Se eu tivesse que estar em alguma festa aleatória e começar a beijar um cara, eu queria que fosse Foster. Então eu tinha que encontrá-lo. Caminhei pelo escritório, observando uma mesa de bilhar, uma placa de dardos, uma enorme televisão fixada na parede. Havia outra porta e eu a abri. Choque, era mais um banheiro. Quantos banheiros tem esse lugar?
Fechei a porta, virei e no extremo oposto da sala havia mais uma porta. Quando abri a porta, ouvi o som de um gemido suspirante. Meus olhos tiveram o prazer de ver Foster sentado na beira de uma cama grande com uma garota. Ela tinha uma mão na cama, a outra mão na perna dele. Ele tinha uma mão no rosto dela, tocando suavemente sua bochecha, beijando-a com uma paixão que me deixou quente de raiva e com ciúmes. Essa poderia ter sido eu. Essa deveria ter sido eu. Um segundo depois, o beijo se rompeu e ambos olharam para mim. A garota não sabia quem eu era. Ela levantou a sobrancelha, obviamente irritada por eu ter interrompido. Foster inclinou a cabeça. —Rose? Você está bem? —Desculpe. —sussurrei. Fechei a porta e recuei. Meu coração se despedaçou, mas isso era estúpido, certo? Por que ele estaria despedaçado? Eu não estava namorando Foster. Eu só encontrei com ele algumas vezes. Porra, eu nem o reconheci quando ele estava no banheiro. Eu o chamei de garoto do banheiro. No entanto, lá estava eu, pronta para desmoronar em lágrimas. Esta seria a primeira de muitas vezes que Foster confundiu meu coração e me levou às lágrimas. ---
Eu me abracei enquanto corria pela porta dos fundos do escritório. Bem ao lado da mesa de bilhar. Ela conduzia ao deque e eu fui para a esquerda até que encontrei uma escada e desci. A parte ruim desta noite era que Vivian era a minha carona. Ela estava bebendo, o que significava que ela não iria embora. Que era a coisa mais inteligente a fazer. Ela já tinha arranjado uma desculpa, dizendo a papai que ela estava dormindo na casa de Meg. Claro, Meg estava em algum lugar na festa. Quanto a mim, eu disse que estava acompanhando Vivian e depois ia até a casa de Dani para passar a noite. Sempre havia um momento em que papai nos olhava, talvez sabendo que estávamos mentindo, mas ele nunca brigou. Talvez ele apenas esperasse que todas as suas longas e chatas conversas de pai fossem recompensadas. Bem, elas serviram para alguma coisa. Vivian estava enrolada nos braços de um cara, levando-a sabe Deus onde. E eu estava quase no jardim da frente da casa. Eu poderia encontrar o caminho para casa. —Rose! —Uma voz gritou. —Ei! Rose! Era Foster. Acenei a mão sem me virar. Cheguei na estrada, que parecia bem longa. Parei e olhei da esquerda para a direita. Ok, tudo bem, eu não tinha ideia de qual direção seguir. —Rose. —ouvi a voz de Foster novamente, agora muito perto. Ele estava bem ao meu lado um segundo depois. Agarrando-
me. Me virando. —O quê? —Gritei. —O que você está fazendo? —Estou indo para casa. Que se dane essa festa idiota. —O quê? —Você me ouviu. Me deixe ir. Volte para sua namorada. Foster sorriu. Um sorriso estúpido e arrogante. —Mesmo? —O quê? —Você está com ciúmes. —disse ele. —Não, não estou. —Certo. Você não está. Você me viu beijando outra garota. E você está chateada. Com você mesma. —Não seja tão cheio de si. —eu disse. —Oh, eu não sou. Acredite em mim, Rose. Eu não sou. É exatamente o que está acontecendo. Você queria me beijar. Você queria que eu te beijasse. No entanto, você deixa o medo atrapalhar. Você deixa a opinião de todos os outros interferir. —Então você apenas vai e beija a próxima garota que você vê? —Não. Voltei ao jogo. —O jogo... tinha terminado... —Sim. —disse Foster. —Eu peguei a garrafa e joguei. Disse que era uma ideia idiota. Então eu fui embora. Ficar sozinho. E ela me seguiu. —Ela? Você não sabe o nome dela, sabe?
Foster encolheu os ombros. —O que te interessa? —Você é como o resto deles. —digo. estúpido. Um perdedor.
—Um menino
Foster riu. —Sim. Eu sou o perdedor. —Quer saber? Foda-se, Kingsley. Suas narinas se alargaram e ele se aproximou de mim. Éramos só eu e ele. Talvez eu tenha forçado também... Suas mãos agarraram meus braços. Ele se elevou sobre mim. —Nunca me chame assim na frente de ninguém. Jamais. —O que te interessa? —Perguntei, zombando dele. Foster sorriu novamente. —Você é selvagem, Rose. Mesmo que não perceba. E eu gosto de selvagem. Ele avançou e no último segundo, beijou minha bochecha. Não meus lábios. Ele começou a andar. Minha boca se abriu e eu lentamente me virei. —Onde você está indo? —Gritei —Casa. —disse Foster. —Essas festas são chatas. Eu apenas fiquei lá e observei enquanto ele se afastava. Achei que ele continuaria andando, mas em algum lugar ao longo da estrada, um clarão vermelho de luzes de freio se acendeu. Eu olhei e jurei que Foster entrou no banco do passageiro do carro. O carro então foi embora. Ele se foi.
Estendi a mão e toquei minha bochecha. Meu coração disparou. Eu não consegui descobrir o que tinha acabado de acontecer. A parte maluca? O que quer que tenha acabado de acontecer ... eu gostei.
CAPÍTULO 7 CONFRONTO REAL Foster Andei pela frente da casa e casualmente olhei para a minha direita. Era a quarta vez que eu passava por lá naquele dia. Talvez uma parte de mim tenha se sentido mal por sair da festa na outra noite. Eu sabia que Rose queria que eu a beijasse, mas eu não queria machucá-la. Ela não sabia o porquê eu saí da festa. Que um carro estava estacionado na frente por vinte minutos, esperando o momento perfeito de me avisar que era hora de ir. A vida nem sempre era o que parecia. Eu me sentia observado, seguido e cercado por todos os lados. Algo ia acontecer e logo. Olhei para baixo e continuei andando. Minha mente estava confusa e distraída. Muitas coisas acontecendo de uma vez. Tanta coisa de uma vez que eu não parei de andar até me chocar com alguém. Isso me pegou de surpresa, eu pulei para trás, olhei para frente e vi Rose caindo de bunda. Ela estava ali parada com seu pai e sua irmã, Vivian. Eles não tinham uma garagem, então eles estacionaram no estacionamento ao lado da casa deles. —Oh, merda. —eu disse.
Eu me apressei, caí de joelhos e peguei a mão de Rose. —Rose. Você está bem? Eu sinto muito. Ela ficou tão surpresa quanto eu. Ela olhou para o pai. Foi quando eu virei minha cabeça. Em um joelho, segurando a mão da sua filha. Depois que eu tinha trombado com ela. —Eu sinto muito. —disse ao pai dela. —Você está bêbado? —Ele perguntou. —O quê? Não. —Ajude minha filha. —ele ordenou. Eu cuidadosamente me levantei e ajudei Rose a levantar. Seu pai a tocou nas costas. —Você está bem? —Estou bem. —disse ela. Seu rosto estava vermelho brilhante. —Estou bem. Estou bem. —Caramba, Foster. —disse Vivian. —Talvez você devesse ir jogar futebol. Atacando alguém assim. —Eu não ataquei ninguém. —eu disse. —Não tive a intenção... —Rose, Vivian, vão para dentro. —disse o pai. —O quê? —Rose perguntou. —Papai, não os separe. —disse Vivian. rondando a casa, procurando por ela. —O quê? —Falei. —Eu não tenho...
—Ele está
—Eu o vi. —disse ele. Eu era mais alto que ele, mas ele era mais forte. Não tinha muitos músculos, mas ele tinha alguma força. As linhas de suas mãos eram bem escurecidas de trabalhar em carros o dia todo. E seus dedos eram enormes. Como se usassem anabolizantes. Eu me arrisquei e olhei para Rose bem rápido, antes que ela fosse embora com Vivian. As duas rapidamente se juntaram e começaram a sussurrar. Talvez elas pensassem que eu estava prestes a receber uma bronca. Inferno, talvez elas estivessem certas. —Sr. Browmanin. —eu disse. —Foster. —disse ele. —Me chame de Frank. —Certo. Frank. —Quantas vezes você vai passar pela minha casa? —Até que eu visse Rose. —Rose, hein? —Sim. —Você estava com ela na outra noite? Naquela grande festa? Levantei uma sobrancelha. —Festa…? —Não brinque comigo, Foster. —disse Frank. —Eu não tenho tempo. Eu sou pai solteiro de duas adolescentes. —Certo. Claro. Eu sinto muito por isso. —Sente muito? —Frank arqueou uma sobrancelha. —Sim. Por… você sabe. O que aconteceu com sua esposa? Que você é um pai solteiro.
—Oh. Ele parecia chateado. Bem, ainda mais chateado. —Merda. —eu disse. —Frank. Desculpe pelo o que eu disse. Olha, eu não estava... —Vamos conversar. —disse Frank. —Me siga. —Sim. Claro. Ele liderou o caminho da calçada até uma passagem de pedra que corria ao lado da casa amarela feia. Havia uma fina faixa de um jardim de flores amarelas com adubo preto junto à casa. Frank não parecia gostar de jardinagem. Ele foi até os fundos da casa. Passamos pelos degraus de madeira onde eu vi Rose sentada na primeira vez que a encontrei. Ele parou em um conjunto de portas fortes contra tempestade velhas e enferrujadas. Do tipo que você vê as pessoas em filmes de tornado correndo para que eles possam se esconder da tempestade. Frank segurou uma das portas e levantou. Ela rangeu. Ele apontou para a escuridão. —Vá até lá, Foster. Eu assenti. Parece que eu estava entrando na tempestade.
---
Estava escuro como a pesada porta fechada acima de nós. Ouvi Frank respirar e o tilintar gentil de uma corrente batendo em uma lâmpada. Um puxão rápido da corrente e o porão agora tinha luz. Era um porão frio e de pedra.
Uma parede estava cheia de prateleiras de metal com muitas latas de tinta. Sobre o meu ombro, havia uma bancada de pesos no canto com um monte de pesos velhos e surrados. —Você levanta? —Perguntei e acenei com a cabeça. —Parece que eu malho? —Frank perguntou enquanto acariciava seu abdômen redondo. —Pode ser um tanquinho aí embaixo. — digo. —Mais para um barril. Siga-me. Andamos pelo sistema de aquecimento e Frank foi até um armário alto e preto. Ele parou lá e digitou um código na fechadura. Ele abriu o armário e eu vi coisas de camuflagem. E armas. Ele selecionou um rifle e se virou. —Então, foi assim que eu imaginei isso. Meus olhos se arregalaram. —Imaginou o quê? —A primeira vez que um garoto viesse em casa procurando pela minha Rose. —Certo. —eu disse. —Toda a história de pai armado que assusta o garoto. —Você está com medo, Foster? —Estou com mais medo desse porão do que dessa arma. Frank sorriu. —Eu costumava caçar muito. Não tanto agora. Não tenho tempo. —Certo. —eu disse. Foi a única palavra que me veio à mente. —Você estava naquela festa com Rose. Ela chegou em casa
e não estava tão feliz assim. Se importa em me dizer o que aconteceu? —Não. —eu disse. —Entendi. Cara durão. Eu não acho que tenho que explicar a você o que minhas filhas significam para mim. —Não, você não precisa. —E eu não preciso explicar o que eu faria se você a machucasse. —Não. —Então você está namorando minha filha? —Não. —eu disse. —Não? Então, por que estamos no porão? —Você me disse para segui-lo, Frank. —Sim, eu disse. —ele confirmou. Ele se virou e colocou o rifle de volta no armário. Ele trancou de volta. —Eu mantenho coisas perigosas longe para não ferir aqueles que eu amo. Eu não respondi. Frank foi até uma geladeira feia e abriu-a. Pegou duas latas de cerveja. Ele estendeu a mão. —Pegue uma. —Cerveja? Não. —Você quer uma dose de uísque? —Não, Frank. Eu estou bem. —Então você é o primeiro e único adolescente que não bebe? —Único. —eu disse.
Frank colocou uma cerveja de volta na geladeira. —Não minta para mim, Foster. Não beba e dirija. Com ou sem minha filha no seu carro. Mesmo se você não tiver um carro, não entre no carro quando estiver bêbado. Se você ver minha Rose fazendo qualquer coisa estúpida, você a salva. Você se coloca na frente por ela, se você se importa com ela. Eu assenti. —Eu só queria dar uma olhada nela. —Por quê? —Eu vou ser honesto, Frank. Ela me pegou beijando uma garota na festa. —Você a magoou? —Não. —digo. —Ou se eu magoei, eu não pretendia. Eu a salvei. Coisas de festa estavam acontecendo e eu me certifiquei de que ela estivesse segura. —Certo. E então você começou a beijar outra garota? —Não é assim, Frank. Houve uma situação. Eu tive que sair da festa. Frank assentiu. —Eu sei de onde você vem, Foster. Você é um punk de rua. Exceto que você não se encaixa no papel. O que me diz que você não quer o papel. —Não podemos controlar de onde viemos. —Essa é uma boa resposta. —disse ele. —Então, vamos fazer assim. Você pode vir aqui e ver Rose sempre que quiser. Na varanda. Cadeiras diferentes. Conversar. Rir. Tudo bem comigo. Eu posso até colocar um hambúrguer extra na churrasqueira para você de vez em quando. —Obrigado. —eu disse. Frank colocou sua lata de cerveja não aberta em uma mesa.
Ele caminhou até mim e colocou um dedo no meu peito. —Se você precisar de ajuda, Foster, você vem até mim. Se algo der errado lá onde você mora, você vem até mim. OK? —OK. —A última coisa que eu preciso é da minha Rose ficar amarrada a qualquer lixo, porque ela tem um olhar fascinado para você. —Eu nunca a machucaria, Frank. Ela é uma boa pessoa. Ela é esperta. Ela é legal. Ela é honesta. Ela é inteligente também. E ela é... —O quê? —Frank perguntou. —Ela é o que? —Bem, ela é bonita. OK? Ele curvou o lábio. —Devo admitir isso. Ela se parece com a mãe. Engoli em seco. Ele levantou o dedo do meu peito e bateu a mão na minha bochecha. Uma dor aguda atingiu meu rosto, mas eu não recuei. —Fique esperto, Foster. Eu sei que você não pediu pelo o que tem passado. Merda, nenhum de nós quis o que temos passado. Eu tenho duas filhas no andar de cima que não têm mãe. E você, Foster... —Não, Frank. —eu disse. —não precisa ter pena de mim. Eu posso enfrentar qualquer coisa. Eu só queria ver Rose por um minuto. Dizer a ela que sinto muito pelo que aconteceu naquela festa. Se ela pensasse em outra coisa... e eu não... Frank acenou com a mão. —Guarde isso para ela. Se a pior coisa que minha Rose está passando é um garoto que ela gosta beijando outra garota, eu posso viver com isso. Eu só não quero vê-
la chorar por sua causa. Eu assenti. —Fazemos assim. —disse ele. —Suba as escadas. Essa porta se abre para a sala de jantar. Se ela estiver lá embaixo, vão para a varanda. —Tudo bem. —eu disse. —Obrigado. E, ei, se você precisar de ajuda com qualquer coisa por aqui. Ou na garagem. Ou algo assim. Quero dizer, um par de mãos. Você sabe, um cara. —Um cara. —disse Frank com um aceno de cabeça. — Certo. Vou me lembrar disso. Eu me senti tolo. Eu deixei essa bobagem escapar facilmente. Praticamente implorando pela atenção de Frank. Ele nunca teve um filho. Eu nunca tive um pai. Estúpido. Fui embora e parei na metade da escada —Ei, Foster. —Frank gritou. —Sim? —Como você gosta do seu hambúrguer? Eu sorri. —Ainda mugindo. Frank riu. —Bom homem. Nada de sola de sapato. Recebi o convite para o jantar. Subi apressadamente os degraus com um sorriso no rosto. Incrível... cinco minutos com Frank e ele fez mais por mim do que meu pai tinha feito toda a minha vida. Abri a porta do porão e Rose se virou na cozinha. A sala de jantar se estendia até a área da cozinha.
—Foster? —ela perguntou. —Rose. —eu disse. —Onde está meu pai? —No porão ainda. —eu disse, fechando a porta. —Por quê? —Só perguntando. Ele disse que você poderia subir aqui? —Sim. —Ele deve gostar de você então. —Não importa. —eu disse. —Podemos ir lá na frente e conversar? —Eu acho que não temos nada para falar, Foster. —Eu queria me explicar sobre a festa. —Eu realmente não me importo. —disse ela. —Eu me importo. —Eu não. —disse ela. —Você não precisa mais rondar minha casa. —Então é isso? —Sim. Por quê? Você teve seus seis minutos, lembra? Assenti. —Oh. Bem, então eu acho que vou ir embora. —Até mais, Foster. Saí da sala de jantar e olhei para trás. —Só para constar, Rose, eu desejei que fosse você. E eu só me segurei porque queria que fosse especial para você. —Do que você está falando? —Perguntou ela.
—Aquele beijo. —eu disse. —O que você viu. Eu queria que fosse você. Pensei em você. Ela não respondeu. Dei mais alguns passos e olhei para trás mais uma vez. Rose estava olhando para baixo, mordendo o lábio, sorrindo. Saí da casa naquele dia me sentindo com um milhão de dólares. Mas ir para casa significava viver o maldito lixo podre.
CAPÍTULO 8 EU PODERIA SALVAR SUA VIDA Rose Saí da casa de Dani depois que tivemos uma discussão estúpida. Ela estava toda mau humorada por razões femininas e porque ela e Jeff terminaram. Não que eles estivessem realmente namorando. Foi mais casual do que qualquer outra coisa. Mas Jeff estava de olho em uma garota de outra escola. Então Dani ficou um pouco chateada quando ela percebeu que tinha sentimentos por Jeff desde o início. Um pouco tarde demais, né? De qualquer forma, eu estava andando para casa sozinha no escuro. Não que a cidade de Plenopville estivesse cheia de crimes. E sim, esse era o nome da cidade. A piada era chamar a cidade Por favor, não porque ninguém queria morar lá. Ninguém queria estar lá depois que o ensino médio terminasse porque não havia nada na cidade. No final da rua sem saída de Dani havia um pequeno beco. Você poderia colocar um carro ali, mas policiais ficariam irritados se você colocasse. Apenas as pessoas que moravam bem ao lado do beco usavam-no. Mesmo assim, se tiver algum idiota como o policial Stan, você acabaria sendo multado. Corri pelo beco e estava a apenas um quarteirão de casa. Ouvi um barulho do outro lado da rua, entre dois prédios de tijolos antigos que haviam sido abandonados desde que me lembrava. Era um estacionamento de terra e as crianças iam lá e ficavam chapadas. Isso é o que eu imaginei que estava acontecendo.
Ouvi o barulho novamente. Era um tipo de som estridente. Gemendo. Olhei para a esquerda e disse a mim mesma para ir para casa. —Maldito idiota. —disse uma voz. adotivo será um maldito túmulo.
—Seu próximo lar
Isso me chamou a atenção. Recuei quando as pessoas apareceram do outro lado da rua. Eram três caras. Bem, quatro, se você contar o que parecia ser um corpo sem vida que eles carregavam. Aquele corpo sem vida? Era Foster. Ofeguei e cobri minha boca. —Segure-o. —disse um dos rapazes. Os outros dois seguraram Foster. Sua cabeça rolou da esquerda para a direita. —Saco de sujeira estúpido. —disse o primeiro cara. —Escória. O primeiro cara deu um soco e acertou-o no estômago. Foster soltou um gemido e seus joelhos cederam. Os dois caras que o seguravam lutaram para mantê-lo em pé. —Ei! —Chamei quando voltei para as sombras do beco. — Ei vocês! Parem! Policiais estão chegando! Essas últimas três palavras podem ter salvado a vida de Foster. Sem hesitar, todos os três caras começaram a correr. Foster caiu no chão.
Observei as três figuras se transformando em sombras e esperei até que as sombras desaparecessem antes de eu começar a atravessar a rua para ver se Foster estava vivo. Eu nunca tinha visto nada assim antes. Me veio à cabeça a imagem dos dois caras segurando-o enquanto o terceiro cara o socava. Pense sobre uma briga injusta. Por que eles fizeram isso com ele? —Foster. —eu disse quando cheguei perto o suficiente para ele me ouvir. Ele estava de lado, de costas para mim. Ao som da minha voz, sua cabeça se ergueu e ele sentou-se rapidamente. —Rose? —ele perguntou. —Foster. —Agachei-me. —Foster... Seu rosto estava machucado. Lábio sangrando. Seu olho esquerdo inchado. Suas roupas rasgadas. Ele esticou a mandíbula e gemeu. —Merda. —Que diabos foi aquilo? Devo chamar os policiais? —Não, não chame a polícia. —disse ele. —Não é preciso. —O que foi aquilo? —Apenas uma discussão. —Discussão? Eles estavam atacando você. Três contra um. Isso não é justo. —Não vou discutir isso. —disse Foster. Ele colocou as mãos no chão e gemeu. Começou a se levantar, se apoiando na perna esquerda ao fazê-lo. —Esse cara é um idiota, Rose. Ele não
podia me encarar de homem para homem. Esperou que eu passasse entre esses edifícios... —Por quê? O que você estava fazendo lá? Ele sorriu com dor. —Eu estava lá. OK? —OK. Quem eram esses caras? Por que… Ele gaguejou e limpou a boca com as costas da mão. —Rose. Aquela festa em que estávamos. Lembra daquela garota que você me viu beijando? —Sim. —eu disse, borbulhando de ciúmes.
meu
interior
instantaneamente
—Esse era o namorado dela. —Ela tinha um namorado. —eu disse. —E você a beijou. Foster encolheu os ombros. —Pensei que estava ajudando você ... eu deveria ter deixado eles continuarem. Seu otário. Eu me virei e ele me segurou. Quando voltei, dei-lhe um soco. Eu nunca tinha socado alguém na minha vida antes. Mas algo dentro de mim estalou. Agora, no segundo em que minha mão atingiu o rosto de Foster, senti-me terrível. E eu senti dor. Eu pulei para trás e segurei minha mão. —Jesus, Rose. —gritou Foster. Ele cobriu o nariz e virou a cabeça. —Merda. Isso dói. —Foster. Eu.... —Não. —disse ele. —Não se desculpe. —Eu não sinto muito. —eu disse. —Estou feliz por ter
feito isso. Seu babaca estúpido. Você beijou a namorada de um cara. E você me machucou. Tudo na mesma noite. Foster abaixou as mãos. —Sério? Eu te machuquei aquela noite? Eu fiz o que achei que era certo para você. Mantive você segura daquele maldito jogo idiota. Eu já te disse que queria que fosse você. —Grande coisa. —eu disse. —Certo. Grande coisa. Olha, eu não pedi para você me ajudar. Eu poderia ter dado um jeito nisso sozinho. —Você teria acabado no hospital se eu não tivesse te salvado. Foster riu. —Rose, por favor. Eles não teriam me espancado tanto assim. Hospital levaria a policiais. Um grande e mau jogador de futebol não pode mexer com sua potencial bolsa de estudos. —Bolsa de estudos? Nós somos apenas... —Quem liga. —disse Foster. —Danem-se esses caras. Além disso, tenho uma maneira de resolver isso. Eu posso pegar de volta o que eles acabaram de tirar de mim. —Do que você está falando, Foster? —Tem certeza de que quer ver isso? —Eu não sei. —eu disse. Foster olhou em volta e deu um passo em minha direção. Ele esticou a mão atrás de si. E ele pegou uma arma. --Ofeguei quando vi a arma. Eu olhei para a arma, para Foster,
para a arma, para Foster... —O que diabos você está fazendo com isso? —Gritei. —Calma. —disse ele. —É só… minha. Algo que tenho. Aqueles idiotas... se eles continuassem, eu teria usado isso. Eu deixei ele dar esses socos. Eu entendo o que fiz de errado. Talvez eu teria feito isso por você. —O quê? Você vai me dizer que deixou esses caras baterem em você? —Talvez. —disse ele. —Eu estava chateado naquela noite da festa. Então eu entrei e uma garota se jogou em mim. Peguei-a e levei-a para o quarto. Nós começamos a nos beijar. Foi isso. Estou cansado de falar sobre aquela noite. E aqueles caras... eles deram o primeiro soco. Eu vou dar o último. —Coloque isso de lado agora. —eu disse. Tentei parecer calma, mas eu estava apavorada. Meu coração batia contra o interior do meu peito. —Guarde a arma, Foster. Venha comigo. —Onde? —Para minha casa. Deixe-me limpá-lo. Seu olhar era selvagem. Eu me perguntei se ele estava se sentindo envergonhado por ele ter sido espancado e por eu tê-lo encontrado. Foster não se moveu imediatamente. Então eu dei um passo para frente e coloquei minha mão em seu pulso. Não havia como eu tocar na arma. Era muito assustador para mim. —Por favor. —sussurrei. —Rose, você não entende. —sussurrou Foster. Assenti. —Venha sentar comigo. Me faça entender. Guarde a arma e venha falar comigo.
Foster respirou fundo e finalmente guardou a arma. Fiquei aliviada. Eu me virei e ele estava do meu lado. Depois de apenas alguns passos, peguei a mão dele. Minha mão na dele. Sua mão na minha. Em silêncio. Andando pelas ruas da nossa cidade miserável. Juntos. Eu me sentia feliz... mas a noite ainda não havia acabado.
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—Ok. —sussurrei. —Eu roubei tudo que pude. Se meu pai sair aqui e nos pegar, você começa a correr. —Não. —disse Foster. —Eu não vou mentir para o Frank. Eu fiz uma promessa para ele. Eu não vou mentir. —Frank.... —sussurrei. Sempre era estranho ouvir o nome do meu pai. —OK. Bem, deixe-me limpar o sangue e ver que tipo de curativos posso usar. Enrolei uma toalha de papel e mergulhei na água oxigenada. Toquei no seu lábio e bochecha. Foster respirou fundo. —Desculpe. —sussurrei. —Não. —disse ele. —Está tudo bem.
—Dói? —Não muito. Limpei seu rosto várias vezes enquanto nos sentamos em silêncio. Até que finalmente perguntei: —Por que você tem uma arma? —Proteção. —disse Foster sem hesitação. —De quê? —Coisas. —Foster... —Rose. Algumas coisas são melhores não ditas. OK? —OK. —sussurrei. —Eu só não quero que você... Foster fez um movimento. Ele se inclinou para frente e tocou meu rosto. Sua mão esquerda contra a minha orelha, seus dedos puxando minha nuca. Seu polegar acariciando minha bochecha uma fração de segundo antes que seus lábios tocassem os meus. Ele me beijou. Eu congelei. Foster me beijou novamente, a ponta de sua língua deslizando gentilmente em meus lábios. Meu coração explodiu com dez mil borboletas que faziam cócegas no meu estômago. Sua outra mão deslizou pelas minhas costas e ele me puxou para mais perto dele. Eu me aninhei perto dele, virando minha cabeça para um lado enquanto ele virava a dele para o outro.
Tentei colocar as toalhas de papel na varanda e derrubei a garrafa de água oxigenada. Eu me esforcei para alcançá-la sem interromper o beijo. Tateando como uma idiota, perdendo esse momento louco. Foster agarrou minha mão e entrelaçou seus dedos com os meus. Ele me empurrou suavemente, me forçando a deslizar para trás. Minhas costas tocaram a parede e ele continuou me beijando. Minha mão direita apenas balançou ao meu lado, as pontas dos dedos se contraindo. Eu não sabia o que fazer com essa mão. Tocar em Foster? Pegar o rosto dele? Fazer outra coisa? Quando Foster interrompeu o beijo, senti como se horas tivessem passado. Ele se manteve perto de mim. Muito perto. Sua testa tocou a minha. A ponta do nariz dele roçou no meu. Nossos lábios flertaram algumas vezes com beijos brincalhões. —Rose. —ele sussurrou. —Foster. —eu disse. Eu engoli em seco. Eu tentei descobrir que horas eram. Quantas horas eu tinha até que Foster precisasse ir embora de casa. Uma maneira de levá-lo para dentro. Ou talvez apenas ficar do lado de fora. Na varanda. Nós estávamos sozinhos. No escuro. Seu polegar acariciou minha bochecha novamente. Ele assentiu e sorriu. O corte nos lábios dele. Olhos e bochechas inchados. Ele era tão quente para mim. Tudo sobre ele era tão diferente de todos os outros. E não era só porque ele era mais velho que eu.
Isso não importava. Eu queria confessar a ele ali mesmo que o que acabara de acontecer era o melhor beijo que eu já tive. E nada iria superar isso, a menos que fosse só ele me beijando de novo e de novo. Sua boca começou a se mover como se ele tivesse outra coisa a dizer. Eu esperei, querendo ouvir o que ele diria ou faria em seguida. Houve o soar alto de uma sirene da polícia ao longe que me fez pular. A cabeça de Foster girou ao redor. —Merda. —Foster...? Na esquina havia o reflexo de luzes piscando no prédio. Foster levantou-se. —Foster? O que está acontecendo? —Eu tenho que ir. —disse ele sem olhar para mim. —Por quê? O que está errado? Eu não chamei a polícia, Foster. Eu juro. O que esses caras fizeram com você... —Não é isso. —disse ele. —Rose. Vá para dentro. Eu não sei quando te verei novamente. Ele desceu apressadamente os degraus. —Foster? Do que você está falando? Ele parou no final da calçada e olhou para trás. —Desculpeme. —Desculpe por quê? As sirenes ficaram mais altas.
Foster começou a correr. Eu me levantei e o observei desaparecer enquanto corria pelo estacionamento ao lado da minha casa. Meu coração ainda estava acelerado. Meus lábios ainda formigando. Meu corpo meio confuso sobre o porquê eu me sentia assim. E Foster foi embora. E ele iria embora por um tempo.
CAPÍTULO 9 UM NOVO LUGAR PARA VIVER Foster Eu deveria estar em casa há uma hora. Esse era o plano. Isso é o que ele me disse para fazer. Eu deveria deixar alguma coisa, pegar algumas outras coisas e depois voltar para o apartamento. Era uma coisa arriscada, eu acho. Ele continuava me dizendo como era arriscado e para não estragar tudo. Ele estava sentado em uma cadeira, bebendo uísque de uma garrafa, repetindo a si mesmo várias vezes. Eu poderia dizer que algo estava acontecendo porque ele nunca ficava nervoso. Inferno, os últimos dois meses tinham sido os mais próximos que tive com o meu pai. Agora eu estava correndo por becos e quintais, tentando chegar ao apartamento antes dos policiais. Eu não tinha ideia se eles iriam realmente visitar meu pai, mas algo me dizia que eles iriam. Eu tinha estragado tudo. Como? Não estava completamente claro para mim ainda. Mas algo grande estava acontecendo. Cerrei meus dentes, chateado que eu tinha acabado de beijar Rose. Claro que seria assim que aconteceria. Assim como naquela festa idiota. Eu deveria ter beijado ela então. Mas eu não queria que fosse por causa daquele jogo. Eu queria que fosse real. E sim, eu tinha beijado outra garota na festa, mas sei lá. De alguma forma, eu queria que Rose me pegasse para que eu pudesse ver se ela ficaria com ciúmes. E ela ficou. Isso significava que ela gostava de mim. Porra, isso era difícil. Estar nessa situação de gostar de
alguém como Rose, o tempo todo tentando ajudar meu pai com alguns favores para que ele realmente olhasse para mim como se eu fosse uma pessoa real. Normalmente ele só ficava viciado em bebida e drogas, e eventualmente, alguém viria e me levaria embora. Passaria algum tempo, ele iria para a reabilitação e então minha nova família adotiva estaria pronta para me botar pra fora. Desta vez era diferente. Desde o dia em que voltei para meu pai, ele mostrou interesse em mim. Talvez porque eu fosse mais velho e eu tinha um propósito real agora. O que quer que fosse, não tinha sido tão ruim assim. A primeira coisa foi que ele não me bateu mais. Eu era grande o suficiente para derrubá-lo se ele tentasse. A segunda coisa foi que ele me comprou coisas. Ele comprou comida de verdade para comer. Se eu lhe fizesse favores, ele me compraria uma bicicleta, me daria dinheiro, até falava sobre comprar meu próprio violão. Então eu corri mais rápido. Eu corri mais. Eu atravessei mais um quintal. As sirenes soaram e pararam de repente. —Porra. —sussurrei. As luzes piscavam contra o prédio. Seria apenas uma questão de tempo antes que as luzes se acendessem e todos quisessem ver o que estava acontecendo. Eu pulei a última cerca de arame e corri em direção à frente do prédio. Nós morávamos no térreo. Apareci assim que dois oficiais começaram a se aproximar do prédio. —Ei! —Chamei.
Eles me olharam e colocaram as mãos nas armas. —Pare! Não se mexa! Eu rapidamente mostrei minhas mãos. —Eu moro aqui. Com meu pai. Eu não tinha um plano. Eu não tinha ideia do que estava fazendo. Talvez fosse meu instinto distrair os oficiais para que meu pai pudesse escapar. —Seu pai? —Perguntou um dos policiais. —Foster. —o outro disse. —Venha até aqui agora. Eu me aproximei lentamente. —Temos um mandado de prisão. —disse o primeiro oficial. —Venha cá, garoto. —Eu não sou criança. —digo. —Você deveria sair daqui. —Foster, não faça nada estúpido. —disse o segundo oficial. Eu apertei meu lábio. Eu odiava essa merda. Eu odiava quando os policiais vinham. Eu odiava quando eles prendiam meu pai. —Eu tenho uma arma. —disse, com a voz trêmula. —Pegue ele! —O primeiro oficial ordenou. Antes que eu pudesse respirar, o segundo oficial pulou em cima de mim. Eu bati no chão e fiquei de bruços. As mãos do policial se moveram rapidamente, encontrando a arma em um segundo. Ele deslizou para trás e colocou o joelho no meio das minhas costas. —Você está brincando comigo, Foster? —Ele gritou. — Quem diabos você pensa que é?
—Você conseguiu o que queria. —disse. —Agora vá. Me leve e vá. —Sem chance. —disse o primeiro oficial. —É minha. —disse uma voz. Estiquei a cabeça e vi meu pai saindo do prédio. Ele estava cambaleando bêbado, segurando uma garrafa de uísque. Ele ergueu a garrafa de volta e tomou seu último gole. Ele bateu a garrafa no chão, deixando-a quebrar. —É a porra da minha arma. —ele gritou. —Não. —gritei. —Cala a boca, Foster. —disse o oficial e enfiou o joelho nas minhas costas. Eu gemi de dor. —Vamos lá, Kevin. —o primeiro oficial disse ao meu pai. —Você sabe por que estamos aqui. Não torne isso mais difícil do que é. —Você vai atirar em mim na frente do meu próprio filho? —Não. —disse o oficial. —Você vai se virar, colocar as mãos nas costas e ficar de joelhos. —Eu farei isso se você deixar meu filho ir. —disse meu pai. —Essa arma não é dele. Eu dei a ele para segurar. —Pare com isso. —digo. —Ele está mentindo. Meu pai cambaleou ainda mais. —Saia de cima dele. —disse o oficial para aquele que estava com o joelho nas minhas costas. Ele saiu de cima de mim e me puxou para que eu ficasse de
pé. Colocou meus pulsos juntos nas minhas costas e segurou-os. —Seja bom, garoto. —disse meu pai. —Seja bom. —Não. —eu disse. —Isto está errado. Eu tinha a arma. O oficial puxou meus pulsos, fazendo meus braços doerem. —É mais do que isso, Foster. Apenas cale a boca. O primeiro oficial prendeu meu pai. Havia uma calamidade de acusações esperando por meu pai dessa vez. A polícia vinha acompanhando ele e alguns amigos por um tempo. Dinheiro, armas, drogas. Eu era um peão nisso tudo. Mas nada aconteceria comigo. Eu era considerado um garoto. Um garoto que estava lá com as mãos nas costas, vendo o pai ser jogado na traseira de um carro da polícia. Um garoto que teve as mãos soltas e foi escoltado por um policial para o apartamento para que pudesse pegar minhas coisas. Foi-me dito para arrumar minhas malas. Um garoto que saiu do apartamento com duas malas e todos os vizinhos do lado de fora, olhando. Sabendo quem era meu pai. Sabendo que ele estava em apuros novamente. Sabendo que eu era apenas uma criança pobre que seria enviada para uma nova casa. Exatamente o que aconteceu. Um carro parou e uma mulher correu para sair. Eu não a reconheci, mas ela sabia tudo sobre mim. Ela me garantiu que tudo ficaria bem. Ela me disse que eu estaria seguro. Mas isso era uma mentira. A única vez que me senti seguro... foi quando beijei Rose.
CAPÍTULO 10 MÚSICA AO VIVO Foster —Conecte-o e toque. —disse a Rhett enquanto ele estava lá com meu violão. —Estou nervoso, Foster. Apontei para todos os lugares vazios. Todas as cadeiras estavam viradas e sobre as mesas. Beth tinha um esfregão molhado e fones nos ouvidos enquanto limpava o chão. Stephanie estava atrás do balcão reorganizando as coisas e fazendo inventário. Foi um dia muito lento no café graças à chuva torrencial. Rhett provavelmente deveria ter ido para a escola, mas eu não perguntei por que ele não foi. Pelo menos não ainda. Ele apareceu encharcado, sem seu violão, pedindo uma aula. Eu vi o olhar em seus olhos. Esse olhar de valentão aterrorizado. Eu vivi com esse olhar no meu rosto por anos. Atravessando os anos e as ruas, mas sempre olhando por cima do meu ombro esperando a polícia aparecer. Comprei um café para ele e, em vez de lhe dar uma aula, dei a ele meu violão e o coloquei no palco. —Trabalhe com isso. —eu disse. —Não há ninguém aqui.
E se alguém entrar, quem se importa? Apenas toque, cara. Vamos. Rhett olhou para mim e suspirou. Ele dedilhou um acorde. Foi instável. Mas vindo através do amplificador atrás dele, era alto e poderoso. Rhett tocou o mesmo acorde repetidamente. Ele mudou para outro acorde, perdeu uma nota, mas continuou tocando. Essa era a parte divertida da música ao vivo. Mesmo se você estragasse tudo, você poderia apenas tocar. —Viu? —Gritei. —Não é tão ruim assim, é? —Eu acho que não. —disse Rhett. —Posso tocar algo que tentei escrever? —Você escreveu uma música, Rhett? —Sim. Quero dizer, eu tentei. —Bem, vamos ouvir. Rhett olhou para o braço do violão. Ele tentou usar o braço um pouco. Era um som áspero, mas se ele escreveu, é assim que deveria ser. Recuei, sentei na banqueta negra e cruzei os braços. Rhett era muito parecido comigo quando criança. Você tentava manter alguma distância, mas às vezes as coisas simplesmente caíam no seu colo. O que eu quis dizer com isso ... ele tocou cerca de dez segundos de sua música quando a porta da cafeteria se abriu. Veio uma garota da idade dele, encharcada da chuva. Ela usava uma camiseta que se agarrava muito bem ao seu corpo. Uma mochila pendurada em seu ombro. Eu poderia dizer que ela estava chorando, mesmo que seu rosto estivesse encharcado pela chuva. —Carrie? —Perguntou Rhett.
—Você a conhece? —Perguntei. —É Carrie. —disse Rhett como se eu devesse saber quem era. —Certo. —eu disse. —Carrie. A garota, Carrie, olhou diretamente para Rhett. Ela começou a tremer e o olhar em seu rosto me disse, mais uma vez, que não era por causa da chuva. Os dois deviam estar na escola, mas enquanto eu observava a maneira como Rhett tirou o violão e pulou da frente do pequeno palco, isso me lembrou de mim e Rose. Rhett foi direto para ela e agarrou seus braços. —O que você está fazendo aqui? —Você não estava na escola. Então eu saí. Para te encontrar. —Você andou na chuva? —Sim. —Você é louca. —Eu sei. —disse Carrie. —Eu precisava ter certeza de que você estava bem. Houve rumores... Rhett olhou para mim. Então de volta a Carrie. —Eram rumores. Estou apenas passando o tempo aqui. —Estou com frio. —disse Carrie. —E encharcada. Cerrei meus dentes e levantei da banqueta. Fui até a bolsa e abri o zíper. Encontrei um moletom velho e levei-o para a porta da frente do café. Beth ainda estava passando o esfregão ao redor das mesas. Stephanie atrás do balcão, contando canecas, juntando-as. —Aqui. —disse a Carrie. —Pegue isso. Se aqueça. —Obrigada. —disse ela.
Rhett olhou para mim de novo. Ele assentiu. —Vocês dois estão bem? —Perguntei. —Tudo bem. —disse Rhett. —Você é o professor de violão? —Carrie perguntou. —Sim. —eu disse. —Rhett realmente gosta de você. —Ei. —disse Rhett. —Eu nunca disse isso. Eu sorri. —Certo. Eu sei que sou adulto. Mas do jeito que vocês dois estão agindo... preciso saber se está tudo bem ou não. Vocês dois simplesmente abandonaram a escola para dar uma volta? Ou é algo maior? Eu vi Carrie hesitar e esperar Rhett responder. —Vamos lá, Foster. —disse Rhett. —Você sabe como é… —Tente, Rhett. —Não é da sua conta. —ele retrucou. Levantei uma sobrancelha. —Everett. —disse Carrie. —Não ... —Não me chame assim. —disse Rhett. Ele se afastou de Carrie e a deixou lá. Toquei no ombro dela. —Fique aqui. Eu vou falar com ele. Ela agarrou meu pulso. —Não é tão ruim. Quer dizer, havia um boato na escola sobre ele brigar com o meu padrasto. —Seu padrasto? Ela assentiu. —Ele não gosta de Rhett. E ele me pegou
saindo às escondidas para encontrar com ele. —Certo. —Ele me deu um tapa no rosto na frente de Rhett. Eu nunca vi Rhett tão louco antes. Ele queria brigar com meu padrasto. —Seu padrasto faz muito isso ... com você? —Não. Embora ele seja um idiota total. Mas essa foi a única vez que ele realmente me deu um tapa. —Então, suponho que Rhett já passou por algo assim antes? —Você pode perguntar a ele. Ele não apareceu na escola e as pessoas estavam dizendo que ele iria brigar com meu padrasto. Eu odeio a escola. Eu odeio adolescentes. —Sim, eu também. —eu disse. —Fique aí. Quando me virei, Beth parou de esfregar e tirou um fone de ouvido. —Tudo certo? —Perfeito. —eu disse. —Tem certeza? Eu não respondi. As bochechas de Beth ficaram vermelhas. Ela colocou o fone de ouvido de volta e foi limpar uma área diferente. Senti outra pessoa me encarando. Me virei e vi Stephanie parada atrás do balcão, olhando para mim. Dei um aceno rápido com minha mão “fiquem calmos” e Stephanie voltou a fazer o inventário. Rhett sentou-se na beira do palco com as mãos no rosto. Eu tinha que admitir, andando em direção a ele senti como se estivesse caminhando em direção a mim mesmo na idade dele. Na idade dele. Cristo, isso me fez sentir velho e acredite em mim, eu não era velho.
Eu só tinha passado por tantas coisas na vida que era como se eu já tivesse vivido uma vida inteira. Eu era apenas dez anos mais velho que Rhett. O tempo era uma coisa estranha. Quando eu tinha a idade dele, passando por muitas coisas na vida, ele era apenas um garotinho, aprendendo o ABC e como escrever seu maldito nome. Agora olhe para nós dois. Me sentei no palco ao lado dele. —Você vai brigar com o pai dela? —Padrasto. —disse Rhett. —Canalha. —Você não disse a ela que estava abandonando a escola? Rhett olhou para mim. —Eu não abandonei. Disseram-me para não voltar. —Suspenso. —Sim. —Por quê? —Não importa, Foster. —disse Rhett. Isso não é justo. —O que não é justo, Rhett? —A vida. Ri. —Acostume-se a isso, garoto. —Foster, como você acabou aqui? Balancei a cabeça. —Essa não é a questão, Rhett. Agora você tem uma garota ali preocupada com você. Goste ou não, ela tem um padrasto que não gosta de você. Você tem que encontrar um equilíbrio. —Ele bateu nela.
—Ela me disse. Ele faz isso o tempo todo? —Não. —Bem, eu posso ligar para a polícia, Rhett. Vocês dois podem falar com um oficial. Esse oficial vai levá-la para a escola e ligar para os pais dela. Eles vão investigar a casa, tudo, determinar se ela está em um ambiente bom ou ruim. —Merda. —sussurrou Rhett. Ele levantou-se. —Ela tem uma boa vida. Eu não. Ela diz que me ama. Eu não entendo. Ela tem uma boa casa. Sua mãe é legal. Seu padrasto é um idiota. Mas eu entendo. Eu sou um perdedor. Eu sou uma criança pobre sem futuro. Rosnei baixo. Esfreguei meu queixo. —Ah, caramba. Olha, Rhett, eu não estou entrando no meio de problemas familiares. Ou questões legais. A menos que eu precise. Do jeito que eu vejo, ela está com medo agora. Ela está com medo porque acredita que você brigaria com seu padrasto. Ela está com medo porque ela ama a mãe. A casa dela. A vida dela. Isso não significa que ela não ama você. Carrie olhou para nós. Eu me levantei e acenei para ela. Ela caminhou lentamente em nossa direção. —Carrie. —disse Rhett. —Eu… —Vocês dois me ouçam. —eu disse. —Sente-se bem aqui. Eu me virei e fui até o balcão. Stephanie tinha uma torre de latas de chá à sua frente e acrescentou mais uma à pilha. —Isso é um jogo para você? —Perguntei. —Vendo quantas você pode empilhar até elas caírem. Você é como uma criança em idade pré-escolar. —E o que exatamente você é? —Perguntou Stephanie. — Um terapeuta agora?
Eu sorri abertamente. —Não é bem assim. —Os policiais vão vir? —Não. —eu disse. —Dê-me dois cafés e algo para comer. —Eles vão ficar? —Eles estão pagando, clientes. Qualquer outra coisa não é da sua conta. Combinado? —Você me ajuda a levar essas latas estúpidas para trás e temos um acordo. —Tudo bem. — eu disse. Coloquei o dinheiro no balcão enquanto Stephanie pegava os dois cafés e uma porção de doces. Nada de errado com um pouco de café e açúcar em um dia chuvoso. Levei tudo para Rhett e Carrie quando eles sentaram-se no palco, de frente um para o outro, de mãos dadas. Filhotinhos apaixonados... Isso era uma coisa perigosa. Coloquei o café e a comida no palco. —Vocês dois. Resolvam isso. Fiquem aqui. Conversem. Riam. Tudo o que vocês tem que fazer. Meu conselho? Carrie, volte para a escola. Você sabe que isso só vai piorar se você estiver saindo por causa de Rhett. E, Rhett, mostre seu valor ao padrasto dela. Os dois apenas me encararam. Lentamente assentindo. —Eu estou com o seu moletom. —disse Carrie. —Fique com ele. —eu disse. —Fique quente e seca. — Enfiei a mão no bolso e peguei mais dinheiro. —Pegue uma carona de volta para a escola. Não vá andando.
—Jesus, Foster. —disse Rhett. —Por que você está fazendo isso? —Eu não tenho ideia. Apenas não façam nada estúpido. Eu me senti bem com o que eu havia dito e feito, o que ninguém nunca fez por mim. A verdade, no entanto? A última coisa que eu disse a eles - não façam nada estúpido. Eu deveria ter dito isso para mim mesmo.
CAPÍTULO 11 TOQUE, TOQUE, ZUMBIDO, ZUMBIDO, NÃO, NÃO Rose Olhei para o número no meu celular. Não havia nome com o número, mas eu sabia quem era. Naquela noite fora do café, depois que Foster fez sua apresentação, com os olhos em cima de mim, suas mãos tentadas a fazerem o mesmo, depois que mostrei um pouco de autocontrole para ajudar, meu prêmio de consolação foi o número dele. Ele pediu o meu número para que ele pudesse me mandar uma mensagem. Eu tinha essa mensagem de texto aberta e apenas olhei. Eu sabia que não podia mais sentir o beijo, mas continuei lambendo meus lábios, esperando que houvesse alguma coisa sobrando. Não tinha. Aprendi muitas lições quando se tratava de Foster e foi por isso que me afastei. Não importava o seu tamanho, o quão bom ele parecia, o fato de que ele havia conquistado o público com seu violão e suas palavras, eu tinha que lutar contra ele. A partir do momento em que ele me beijou na minha varanda até a outra noite, toda vez que ele entrava na minha vida, ele iria sair de novo. E foi sempre em grande estilo. Confessando algo grande para mim. Ou me dizendo algo terrível sobre o pai dele. Ou possivelmente estando envolvido com alguém enquanto ainda afirmava estar apaixonado por mim. Para sempre deixando meus sentimentos na balança. Muito idiota? No entanto, não conseguia parar de olhar para o número. Eu
não pude deixar de querer mandar uma mensagem para ele. Ligar para ele. Para encontrá-lo novamente e conversar. Conversar com Foster era tão calmante. Para um cara que vivia no que sempre parecia um tornado perigoso, estar perto dele era calmo. Nós teríamos aquela calma por um tempo até que explodisse. A questão agora... nós não éramos crianças. Nós não éramos adolescentes. Não éramos capazes de comprar uma bebida em um bar, achando que éramos donos do mundo. Nós éramos mais velhos que isso. Eu tinha uma vida. Eu tinha uma carreira. Ele tinha... a capacidade de sobreviver. Engoli em seco. —Você parece perdida. —disse Molly enquanto estava na porta do meu escritório. Rapidamente desliguei a tela no meu celular. —Só pensando. Demais. —Isso é um problema. Pensar leva a pensar demais. Pensar de mais leva a perder o óbvio. O óbvio está sempre bem na sua frente. Sorri. —Você deveria colocar isso em um pôster. Ou talvez escrever um livro com todos os seus ditados. Você poderia ser uma autora famosa. Distribuir café em uma divulgação de livro. Pode ganhar muito dinheiro. —Veja. —disse Molly. —É por isso que te amo, Rose. Você é um gênio. Venha, vamos dar uma volta. Foi um prazer colocar minhas mãos na papelada na minha mesa e me levantar. Sacudi um pedaço de papel que ficou preso na palma da minha mão. Mais uma lembrança sutil do que o pensamento em Foster fazia comigo. Fazendo minhas palmas suarem só de olhar para o seu número.
—Quero que você experimente uma nova mistura de café da manhã em que estivemos trabalhando. —disse Molly. —Todo mundo parece gostar. Mas eu valorizo mais a sua opinião. —Você quer que eu prove, para que eu possa vendê-lo. —Exatamente. O escritório estava movimentado hoje. Bambi e Kelly estavam visitando clientes. Nós tínhamos alguns estagiários graças a conexões que Molly tinha na faculdade local. E nossa equipe de designers gráficos contratada estava lá, trabalhando em algumas coisas que eu queria fazer para apresentar a Molly. Às vezes, era incrível se afastar e apreciar tudo. Não apenas o cheiro do café também, mas a ideia de que a empresa estava crescendo. Quando tomei a nova mistura de café da manhã, era muito suave, quase entediante, mas depois veio um pouco de amargo na língua. Apenas o suficiente para me lembrar que era café. —Suave. —eu disse. —Eu gosto disso. —Então, o que aconteceu quando você foi lá fora na outra noite? —Molly perguntou. Ela fechou a porta e trancou-a. Eu coloquei a pequena xícara de café de degustação. —Você não queria que eu provasse isso. —Não. Estamos vendendo, goste você ou não. —Molly, é complicado. —Claro que é. O cara gostoso no palco está tocando músicas escritas sobre você. Vocês dois desaparecem. Você volta afobada. Nunca mais o vimos. —Eu o matei e escondi o corpo. —eu disse. —Eu gosto dessa história, mas qual é a verdade?
—Não há verdade. Foster e eu temos uma história. Eu não contava que as músicas me afetassem do jeito que elas afetaram. Isso é tudo. —Vocês dois... você sabe... no passado? — Molly arqueou uma sobrancelha. —Sim. —eu disse. —Nós tivemos nossos momentos. —Droga. Estou com ciúmes. Eu amo essa aparência grunge e rude em um homem. Jeans que são rasgados porque estão desgastados, não comprados assim. Mangas de flanela enroladas, exibindo antebraços musculosos. Tatuagens… me diga que ele tem tatuagens… —Ele tem tatuagens. —Droga. Quantas? Sorri. —Jamais contarei, Molly. Molly se abanou. —Você deveria estar em cima disso. Quero dizer. Literalmente. Eu ri. —Não é tão simples assim. —Sim. Tem um cara. Tem uma garota. Há uma faísca. Então eles fo... —Podemos voltar ao trabalho? —Perguntei. —Sim. Certo. Trabalho. Como é a mistura de café da manhã? —Eu disse que era boa. —Bom. —disse Molly. —Eu gostaria de oferecê-la nos próximos meses. Então, encontre uma maneira de vendê-la. Muitas. Finja que seu trabalho depende disso. —O meu trabalho depende disso?
—Não. —disse Molly bufando. —Isso é bom, —eu disse. —Porque você não pode pagar... Meu celular começou a tocar e zumbir. Meu pensamento instantaneamente mudou de assunto para Foster. Eu corri para o meu celular de uma maneira tola e desastrada, como uma garota do colegial dando risadinhas porque a paixão dela estava ligando. Não era Foster me ligando. Era minha irmã, Vivian. Quando atendi o telefone ela estava chorando.
---
—Eu tenho que ir. —eu disse enquanto corria em direção à porta. —O que há de errado? —Perguntou Molly. —Meu pai. —eu disse. —Foi levado para o pronto-socorro. Ele desmaiou no trabalho. Seu coração… Minha voz falhou. Eu tinha conseguido manter a calma, ouvindo Vivian chorando do outro lado da linha. Eu disse a ela para ficar no salão de cabeleireiro e respirar. Eu não queria que ela dirigisse se ela estivesse totalmente histérica... então eu precisava que ela se acalmasse primeiro. Minhas mãos tremiam como se eu tivesse provado muito da mistura de café da manhã. Molly correu para abrir a porta. —O que posso fazer para
ajudar? Eu olhei para ela. —Eu só tenho que ir. Eu tenho que ir ao hospital. —Eu vou com você. —disse Molly. —Eu vou dirigir para você. —Não. Estou bem. Comecei a correr pelo grande escritório. As vozes eram uma conversa abafada enquanto meu pulso latejava dentro da minha cabeça. Eu não sabia por que eles ligaram para Vivian em vez de mim. Eu estava mais perto. Mas ela era mais velha. Os caras da garagem provavelmente usaram o celular do meu pai. Ele e Vivian provavelmente estavam trocando mensagens ou algo assim. Cheguei à minha mesa e não conseguia encontrar minhas chaves. Perdendo segundos preciosos. Eu não conseguia parar de pensar sobre as coisas óbvias. Meu pai. Seu coração. Ambulância. Hospital. Não tenho certeza… Eu bati a mão na mesa e tirei um monte de papéis. Corri para o outro lado e chutei minha cadeira para fora do caminho. Abri minha gaveta e encontrei as chaves. Agarrei-as e, quando levantei a mão, joguei-as no ar por acidente. Eu me joguei para a frente e esmaguei minha perna contra o canto da mesa, uma dor latejante surgindo na minha perna. A próxima coisa que eu sabia, eu estava no chão, ajoelhada, com as mãos no chão, minhas chaves a um passo de distância. Foi quando eu comecei a chorar. Um segundo depois, uma mão tocou minhas costas. —Rose, me escute. —Era Molly. —Vou levá-la ao hospital. Estou aqui. Vamos, deixe-me ajudá-la e vamos sair daqui.
Eu olhei para Molly. Eu senti como se meu peito estivesse sendo pisoteado. Eu não pude deixar de tremer. Eu odiava a sensação, mas não podia lutar no momento. —Vivian. —sussurrei. —Eu preciso pegá-la. —Onde ela está? —No salão… —Eu vou mandar Bambi ou Kelly pegá-la, ok? —OK. Eu lentamente me levantei e deixei Molly ir na frente. Agarrei meu celular e minhas chaves com força. No último segundo, eu joguei minhas chaves nas minhas costas para a minha mesa. Mas eu mantive meu celular perto. Quando entrei no carro de Molly, respirei fundo algumas vezes para me preparar. Não havia ninguém para quem eu pudesse pedir ajuda ou uma notícia. Eu só precisava ir ao hospital. Alguém levaria Vivian ao hospital. Ela então me mandou uma mensagem e disse que já estava dirigindo. Então essa ideia foi descartada. Eu não gostava dela dirigindo com tanto medo. Mandei uma mensagem de volta dizendo que as coisas ficariam bem. O que era uma mentira total. Eu não era uma cartomante. Eu não podia prever o futuro. Tudo vai ficar bem… Alguém uma vez sussurrou isso no meu ouvido. Logo antes dele ser forçado a me deixar novamente. Isso é o que eu queria. Não, é o que eu precisava. Eu precisava de alguém para me consolar. Eu precisava de alguém para mentir para mim mesma. Eu precisava de alguém para me dizer que tudo ia ficar bem. Sim, eu tinha Molly ao meu lado. Ela poderia dizer tudo isso
para mim. Mas isso não significaria nada. Eu virei minha cabeça e senti meus polegares deslizarem pela tela do meu celular. Eu sabia quem eu queria. Eu sabia de quem eu precisava. Eu sabia que meu coração iria ficar bagunçado de novo.
CAPÍTULO 12 O GRANDE HOMEM, ABAIXO Foster Eu preciso de você
Eram três palavras de Rose, mas definitivamente não as três palavras que mais me assustaram. Sentado no porão depois de uma aula de violão, eu me peguei trabalhando na estrutura da música Hey Rose como se eu fosse mudá-la. Reescrevê-la. Tentar vender a música. Talvez. O sonho de estar em um grande palco foi embora, mas eu ainda tinha a chance de trabalhar com outros músicos e escrever músicas com eles e para eles. Às vezes o pagamento era bom, às vezes não. Se eu tivesse sorte o suficiente, uma música seria sucesso e eu receberia um bom cheque de vez em quando. Li a mensagem de texto algumas vezes antes de começar a responder. Mensagens de texto? Isso é o que eu vou fazer? Liguei para Rose em vez disso. Ela não era digna de um texto. Ela era digna de uma chamada. Além disso, qualquer chance de ouvir sua voz era um lembrete sutil de que, embora meus ouvidos ouvissem toda e qualquer música, sua voz era a trilha sonora das maiores lembranças da minha vida desregrada. Ela respondeu imediatamente e eu nunca novamente na minha vida queria ouvir a maneira como sua voz soou. Ela conseguiu dizer algumas frases e palavras confusas.
—Meu pai... seu coração... o hospital... Eu joguei meu violão na mesa e peguei meu casaco de flanela. Corri pelo porão e subi as escadas. Eu estava fora da porta e pulando em minha caminhonete, sem ideia do que estava prestes a acontecer. Eu não tinha ideia se Frank iria viver ou morrer. Sem mencionar o fato de que Rose me ligou para me contar sobre o pai dela. Ela veio a mim por ajuda. Ela precisava que eu estivesse ao seu lado durante um período difícil. O que significava muito para mim. Mas eu sabia onde esta estrada ia acabar...
--Lutei com outra nota de dólar enrugada e finalmente disse foda-se e peguei o elevador até a cafeteria. Eu me abasteci com tudo o que pude encontrar, a maior parte sendo café. Pelo menos lá eu poderia pagar com um maldito cartão de crédito. Frank chegou bem perto de chamar isso de último dia quando ele desmaiou. Eu não entendia de assuntos médicos e eu não estava exatamente autorizado a ficar lá com a médica enquanto ela falava com Rose e Vivian. Para dizer em termos simples, Frank tinha uma obstrução em algum lugar perto de seu coração e ele precisava cuidar disso imediatamente. Ou seja, cirurgia de emergência para que nada aconteça novamente. Porque desta vez não foi um aviso, mas um golpe de sorte. Inferno, a coisa toda me incomodou. Frank tinha sido mais uma figura paterna para mim do que meu próprio pai. Frank me ameaçou com um rifle. Ele me ofereceu uma cerveja. Ele cozinhou
para mim quando soube que eu não tinha comido. Não importava o que acontecesse entre mim e Rose, ele amava sua filha, mas me respeitava. Ele e eu tivemos conversas que foram profundas, honestas e forjaram para sempre o caminho que minha vida tinha tomado. Andei pelo corredor longo e solitário. Estava ficando escuro. Incrível como o tempo passava rápido quando as coisas eram um desastre. Aquela sensação horrível de apenas esperar por qualquer tipo de notícia. Virei o corredor e vi Vivian e Rose juntas, abraçadas, chorando. Eu parei e fechei meus olhos. Meu coração afundou. Porra. A porta no final do corredor estava se fechando lentamente. A médico acabara de estar lá conversando com elas. E eu não estava lá com Rose enquanto ela recebia qualquer notícia que fosse compartilhada. Eu vi Molly parada ali também, com a mão nas costas de Rose. Vivian ficou ali, a poucos centímetros de distância, olhando para o chão, roendo as unhas da mão esquerda. Vivian ficou alguns centímetros mais alta que Rose, super magra de uma maneira extravagante. Esse era apenas o estilo dela. Fazia sentido que ela vivesse em um salão de cabeleireiro. Isso a encaixava perfeitamente. O engraçado é que ela e Rose não eram muito parecidas. Talvez o nariz e as orelhas, mas era só isso. Vivian parecia Frank, mas de um jeito bonito e feminino. Rose parecia sua mãe. Eu só tinha visto uma foto da mãe dela uma vez e era impressionante o quanto elas eram parecidas. Molly me viu e começou a andar em minha direção.
Ela pegou o suporte com cafés e lanches. —Vá até ela, Foster. Ela quer você. Não eu. —E Frank... —Basta ir. —disse Molly em uma voz severa. Corri pelo corredor e coloquei uma mão no ombro de Rose e uma mão no de Vivian. Vivian e eu nunca fomos próximos. Ela pensou que eu era um menino sujo que queria roubar a virgindade da irmã dela. O que era verdade. Vivian sempre se interessou pelos jogadores de futebol e jogadores de beisebol. Suas exigências eram atléticas e pelo menos dois anos mais velhas que ela. O que eu tenho certeza que deu a Frank muito para se preocupar. Aquele pobre homem. Ele tinha que ter certeza que Vivian não estava andando por aí com os caras da faculdade, enquanto se preocupava com qualquer confusão que surgisse na minha vida, para que não machucasse Rose. Não é de admirar que o coração dele... Segurei meu coração. —Quais são as notícias? Ambas as irmãs respiraram ao mesmo tempo. —Ele saiu da cirurgia. —disse Rose. —Saiu? Significa… —Ele conseguiu. —disse Vivian. Ela tinha manchas negras de maquiagem nas bochechas. —Ele conseguiu... —Porra. —disse com um suspiro. —Bom. Sim. Oh Frank... Abaixei minha cabeça. Rose colocou sua mão no meu lado, suas unhas cavando em mim.
Pisquei rápido e recuperei o fôlego. —Ei. Eu tenho alguns cafés e comida. Não comida de verdade, mas melhor que nada. —Obrigada. —disse Vivian. —Eu acho que preciso me sentar. —Sim, vá em frente. —eu disse. alguma coisa para vocês...
—Se eu puder fazer
—Obrigada, Foster. —disse Vivian. —Por estar aqui. — Ela deu um passo e fez uma pausa. —Mas por que você está aqui? Vocês dois... —ela olhou entre mim e Rose. —… novamente? —Não. —disse Rose sem hesitação. Uau. Ai. —Quero dizer, não. —disse Rose. —Eu o chamei. Nós nos encontramos na semana passada. Eu… —Estou aqui, Vivian. —eu disse.
—Não repare muito
nisso. —Certo. —disse Vivian. —Eu já ouvi isso antes. —Viv. —disse Rose. —Vá. Vivian revirou os olhos vermelhos e lacrimejantes e foi embora. Eu finalmente tive a chance de enfrentar Rose, sozinha. Apenas eu e ela. —Ele está bem? Perguntei. —Por agora. Mas não é bom, Foster. Não é nada bom. Ele chegou tão perto... o médico... Rose perdeu seu chão.
Passei meus braços em torno dela e a puxei para perto enquanto ela chorava de novo. Ela tinha o rosto virado para Vivian e Molly. Eu respirei fundo, não querendo ficar agitado e estressá-la ainda mais. Minha mão direita subiu em seu cabelo. —Oh, Rose. —sussurrei. —Ele vai ficar bem. Ele é durão. Jesus, ele é forte. Ele criou você e Vivian. Ele me aturou. —Eu sei. —disse Rose. —Eu nunca pensei... nunca me ocorreu que algum dia ele vai embora. Soltei o abraço e lentamente peguei seu rosto. Minhas mãos seguraram suas bochechas macias. Seus olhos eram castanhos claros na luz, brilhantes de lágrimas. Ela era a pessoa mais linda que eu já tinha estado perto. Linda por dentro e por fora. Uma beleza que era tão forte que fazia meu estômago doer. —Vai ficar tudo bem. —sussurrei enquanto meus polegares limpavam suas lágrimas. Ela começou a sorrir. —Eu odeio quando você diz isso para mim. Toda vez que você diz isso algo ruim acontece. Mas eu precisava que você dissesse isso. É por isso que eu liguei para você. —Bem, se isso é tudo que você precisava, eu poderia estar fora daqui há horas atrás. —eu disse. —Você é um idiota. —disse Rose. —Eu sei, —sussurrei. —Mas tudo vai ficar bem. Qual é o plano agora? —Vamos vê-lo em breve, espero. —disse ela. —Eu vou passar a noite. Eu disse a Vivian para ir a minha casa. Ela também vai querer ficar.
Assenti. precisar.
—Eu vou ficar com você o tempo que você
—Não. Você deveria ir para casa. —Rose, eu não vou a lugar nenhum. Rose abriu a boca, mas não disse nada. As portas ao meu lado se abriram e saíram dois médicos. Eles estavam procurando por Rose e Vivian. Eu me afastei e deixei todos falarem. Elas iriam ver o pai delas. Ele tinha sobrevivido. Mas ele ainda tinha um longo caminho a percorrer. Coloquei minhas mãos no bolso e observei Rose passar pelas portas abertas. Elas começaram a se fechar automaticamente e ela olhou para mim. Eu sorri e assenti. Eu quis dizer o que eu disse a ela. Eu não ia a lugar nenhum. Mas até eu sabia que provavelmente era mentira.
CAPÍTULO 13 UM TIPO DE PARA SEMPRE Rose Estava quase escuro no quarto do hospital. Eu queria passar a noite, mas nos disseram não. Meu pai estava e estaria na UTI e seria monitorado por enquanto. As advertências eram claras dos médicos de que ele realmente tinha tido sorte. Não parecia assim, você sabe, quase morrendo e precisando de uma cirurgia de emergência. Mas no grande esquema das coisas, Vivian e eu poderíamos estar em pé em uma casa funerária, em vez de em um quarto de hospital. Eu odiava ver meu pai assim. Inconsciente, com máquinas apitando e monitorando tudo o que seu corpo estava fazendo. Eu deixei Vivian ir primeiro e ela pegou a mão esquerda dele. Ela se inclinou e sussurrou algo para ele. Eu virei minha cabeça. Por mais que Vivian e eu fossemos próximas, ela e papai tinham um vínculo especial. Ela sendo a primeira filha e tudo. O que costumava me deixar com ciúmes, mas eu acabei entendendo e aceitando. Vivian se levantou e enxugou os olhos. Ela olhou para mim e saiu do quarto. Eu me aproximei da cama. Mentalmente disse a mim mesma e ao papai que ele ficaria bem. Que estaríamos de volta logo de manhã. Que é melhor ele ter uma boa noite de sono porque esperamos que ele esteja acordado e pronto para ir amanhã. Essa parte era um pouco mentirosa porque os médicos já nos alertaram que o papai precisaria se submeter à terapia para voltar à sua rotina normal. Mesmo isso - rotina normal - não existiria novamente. Ele teria que mudar sua dieta e hábitos de trabalho. Tudo.
Mas essa era uma conversa para mais tarde. Eu beijei sua bochecha e saí do quarto. Vivian estava de costas contra a parede, com as mãos no rosto. Eu a abracei até que ela parou de chorar e disse: —Estou tão cansada. —Vamos para minha casa, Viv. Deixe-me levar você. Deixe seu carro aqui. Nós voltamos amanhã cedo. —Não tenho nada comigo. —disse ela. —Eu tenho roupas. —Minha maquiagem… —Você está preocupada com maquiagem agora? — Perguntei. Ela meio sorriu. —E se um médico bonito me ver sem maquiagem? Eu rapidamente ri. —Você realmente é uma coisa, Viv, não é? —Eu não sei mais o que fazer ou dizer agora. —Eu sei. —sussurrei. —Vamos dormir um pouco. Tenho certeza que tenho algumas maquiagens que você pode usar. —Tudo bem, Rose, eu sempre trago uma bolsa comigo. Nós duas rimos. Foi por pouco tempo e substituído por lágrimas. Aquela caminhada no hospital foi a pior caminhada da minha vida. Deixando papai para trás. Entrando no meu carro com minha irmã ao meu lado. Indo embora.
Chegamos tão perto de perder nosso pai. E, no entanto, minha mente não conseguia parar de pensar porque a primeira coisa que fiz foi chamar Foster para ajudar... e o fato de que ele apareceu, ficou, ajudou e fez com que eu ficasse bem antes de ir embora. --Eu tinha um quarto de sobra porque vinha com o apartamento. Eu teria preferido algo parecido com um flat, com piso de madeira e sem quartos reais definidos, mas este lugar funcionava. Era acolhedor. Era silencioso. E eu podia pagar. No armário do corredor, eu encontrei um cobertor extra grosso e dois travesseiros. Deixei-os na cama enquanto Vivian entrava no quarto vindo do banheiro, com o rosto limpo. Isso me fez sorrir vendo-a assim. Sem maquiagem. De repente ela era minha irmã mais velha quando éramos pequenas, se isso fazia algum sentido. Sempre andando ombro a ombro, esbarrando uma na outra, nos inclinando para que pudéssemos conversar e rir de meninos fofos. —O quê? —Ela perguntou. —Nada. —eu disse. —Peguei alguns travesseiros extras e um edredom pesado. Sei que você não consegue dormir até que esteja enrolada como uma múmia e enterrada em travesseiros. Vivian sorriu. —Sempre a irmã, Rose. Você sabe tudo sobre mim. Puxei os lençóis de volta e joguei os travesseiros extras em cima dos dois que já estavam lá. —Deite. Se você precisar de alguma coisa, você sabe onde fica a cozinha. Podemos comer alguma coisa no caminho para o hospital pela manhã. Acho que podemos ir visitar por volta das sete ou oito. Eu vou ligar às seis. Ou quando quisermos.
—Como agora? —Vivian perguntou. Engoli em seco. —Eu sei. Isso é uma merda. E é uma droga. Vivian se aproximou da cama e sentou na quina. —Ei, eu posso perguntar algo a você? —Claro. Minha irmã olhou para mim. —Foster...? Meu coração disparou um pouco. —Sim? —Você sabe, ele era a última pessoa que eu esperaria ver lá. —Eu também. —Ainda assim ele estava lá. —Eu o chamei. —Certo. —O quê? —Perguntei. —Nós vendemos café para o lugar onde ele dá aulas de violão e faz shows. Eu esbarrei nele. Não é grande coisa, certo? Não é como se fossemos estranhos. Não é como se fossemos inimigos. Quero dizer, as coisas nunca foram do nosso jeito. —O que basicamente era culpa dele, Rose. Eu encolhi meus ombros. —Eu não acho que posso culpar alguém e mesmo se eu pudesse, onde isso me levaria? —Bem, quando você não o culpa, você se machuca. —disse Vivian. —O que isso significa? —Eu não sei. —disse Vivian. —Desculpa. Eu deveria ficar de boca fechada. Eu só não quero que você se machuque de novo, Rose. Acho legal que vocês dois possam viver na mesma cidade e
esbarrarem um no outro. Mas tê-lo lá quando papai... —Espere um segundo. —eu disse. —Você percebe o quão próximos ele e papai eram, certo? —Eram. —disse Vivian. Suspirei. —Eu sei. Você provavelmente está certa. Eu vi Foster em um de seus shows. OK? Nós conversamos. Colocamos o papo em dia. Nada aconteceu. Então, hoje, quando você ligou, de repente me senti sozinha. Quero dizer, sim, eu estava no trabalho e tal, mas meu primeiro instinto... chamar Foster para ajudar. Então eu fiz. Ele apareceu. Ele estava lá por mim. Por você. É isso. Vivian subiu na cama para se aproximar de mim. Ela tocou minha mão. —Eu me apaixonei talvez duas vezes na minha vida, Rose. E uma dessas vezes eu não acho que foi amor verdadeiro. Então, o que eu sei aqui, certo? Eu posso te dizer como uma pessoa fora de tudo isso ... quando você e Foster se aproximam, as coisas acontecem. As coisas explodem. Eu não sei como ele se sente porque eu não estou perto dele, mas quando a explosão abaixa, você geralmente está machucada. Coloquei minha cabeça no ombro de Vivian. Respirei fundo. Eu sabia que ela estava certa. Mas eu também queria que ela soubesse a verdade, já que ela não entendia. —Viv ... aqui está a verdade sobre Foster ... aconteça o que acontecer, sempre vale a pena.
---
Eu mal dormi e tinha certeza de que Vivian se mexeu e virou tanto quanto eu. Finalmente consegui algumas horas de sono antes de sair da cama para tomar um café e ligar para o hospital. Não
houve alterações durante a noite, o que era bom e ruim. Sentei-me sozinha na pequena mesa da cozinha e segurei minha caneca de café com as duas mãos, cheirando-a e sem realmente beber. Eu me prometi uma distração, então pensei em trabalho. Meio idiota de fazer, mas minha mente precisava de um intervalo. Pensei na nova campanha de marketing que criamos. Pensei na nova mistura de café da manhã. Inferno, eu poderia ter tirado uma foto de mim mesma onde eu estava. Esse era o nosso alvo, certo? Uma mulher como eu, sentada à mesa, pensativa, segurando uma caneca de café. E a mistura de café da manhã de Molly era exatamente o que eu precisaria para enfrentar qualquer coisa que acontecesse naquele dia. Imaginar o anúncio, o texto, o sentimentalismo de tudo isso, me fez revirar os olhos. Meu celular tocou com um texto de Molly, verificando as coisas. Eu não mandei uma mensagem ou liguei para ela ontem à noite depois que cheguei em casa e me acomodei. Eu disse a ela que nada havia mudado e eu estava indo para o hospital em breve. Ela enviou seu amor e disse que estava de prontidão para qualquer coisa que eu precisasse. Qualquer coisa que eu precisasse... —Bom dia. —a voz grogue de Vivian disse enquanto ela se arrastava. —Ei, Viv. —sussurrei. Seu cabelo estava uma bagunça emaranhada e seus olhos pareciam pesados, como se ela tivesse perdido uma luta de boxe. Não que eu parecesse melhor. —Estou levando este café para viagem. —disse ela. —Vou
para o chuveiro. Então eu quero ir para o hospital. —Está bem. —eu disse. Eu levei meu café para o meu quarto e me troquei. Pelos próximos trinta minutos, olhei para o texto que enviei a Foster. Eu preciso de você Eu precisava dele e ele apareceu. Mordi meu lábio. Meus polegares tocaram a tela. —Podemos ir? —Vivian perguntou ao aparecer na porta aberta do quarto. Eu rapidamente fechei a tela e me levantei. embora. Vamos comer alguma coisa.
—Vamos
Saímos do apartamento e não falamos nada sobre o papai. Ou sobre Foster. Mesmo que ambos os assuntos permanecessem entre nós. Ela falou sobre seu trabalho. Sua clientela crescendo e querendo talvez conseguir seu próprio lugar algum dia. Eu estava orgulhosa que Vivian levasse a vida a sério agora. Papai sempre ficava preocupado que ela acabasse sendo arrastada por algum atleta perdedor e acabasse em uma rotina com uma vida miserável e sem saída. Vivian meio que nos chocou ao fazer o que estava fazendo. No meio de uma frase, Vivian parou quando o celular dela tocou. Ela olhou para mim. Era o hospital chamando. Eu coloquei a mão na minha boca e segurei a mão dela enquanto ela atendia. No entanto era uma boa notícia. Papai estava acordado. Perguntando por nós. Vivian chorou. Eu segurei minhas lágrimas pensando nesse
momento. Papai estava tão longe de estar bem, mas pelo menos ele estava vivo. Isso me fez pensar em Foster. Tudo o que passamos. No entanto, estávamos vivos, esbarrando um no outro, ainda flertando como se fosse o primeiro dia em que nos conhecemos. Não fazia sentido porque as coisas simplesmente não encaixavam do jeito que deveriam. Eu sempre achei que iríamos acabar juntos para sempre, de uma forma ou de outra. Mas a questão era... havia diferentes tipos de eternidade... algumas boas e outras ruins.
CAPÍTULO 14 O CAFÉ QUE VENDO Foster Eu me servi com algumas doses solitárias de uísque ontem à noite quando cheguei em casa do hospital. Parei para comer alguma coisa, tomei algumas doses de uísque e passei a noite sentado no sofá me convencendo a não beber mais, porque era uma estrada que não dava para andar sozinho e no escuro. Então passei horas pensando em Rose. Pensando em Frank e em todas as conversas que tivemos na vida. Às vezes eu ia para outra família e depois fugia para ver Rose ou ver Frank. Ele sempre falava comigo. Ele sempre dizia a coisa certa e depois me dizia para ir para casa antes de ligar para a polícia. Eu acho que em algum lugar do meu coração eu sonhava com Frank querendo me aceitar, mas ele sabia. Seria um problema deixar eu e Rose próximos assim. E Frank sabia que se ele me controlasse, arruinaria o relacionamento que tínhamos. Ao falar comigo e depois me chutar no traseiro, ele me ensinou mais sobre a vida e a sobrevivência do que qualquer outra coisa na vida. Eu acabei desmaiando no sofá e acordando na manhã seguinte com um pé no chão e meu pescoço sentindo como se alguém o tivesse o torcido. Estiquei minha mão na direção da mesa e peguei meu celular. Sem chamadas. Sem textos. Era quase nove da manhã. Eu não dormia muito bem já fazia tempo. Talvez tenha sido o uísque. Talvez fosse porque eu tive a chance de ajudar Rose sem magoar seu coração.
Eu morava em um apartamento barato. Um cômodo gigantesco com uma pequena ala que eu considerava um quarto. Havia três portas no apartamento. Uma delas a porta da frente. As outras duas eram do armário e o banheiro. As paredes eram de pedra velha e eu tinha alguns pôsteres vintage de música emoldurados e pendurados. Era claramente um apartamento de solteiro procurando por uma conquista, embora eu não conseguisse me lembrar da última vez que outra pessoa esteve aqui. Quando cheguei aqui, imaginei ficar com os amigos, tocando a noite toda, indo sorrateiramente até o telhado no meio da noite com uma linda mulher para olhar as estrelas... nos olhos dela... e viver naquele sonho de música que estava queimando dentro de mim desde que eu era criança. Hey Rose. Desculpe por aquela vez que eu fugi. Deixando você esperando outro dia. Deixando as cinzas do para sempre espalhadas ao redor e minha pegada no meio. Do seu coração. Passei a mão pelo meu cabelo e fui pegar meu estojo do violão e minha mochila. Alguns homens usavam ternos e carregavam maletas. Eu não. O mesmo jeans de ontem. A mesma flanela. Eu tinha mudado minha camiseta e escovado os dentes, o que era o suficiente de cuidados básicos no momento. Eu mantinha uma mochila arrumada por hábito. Aprendi quando criança a manter qualquer coisa importante comigo em todos os momentos. Você nunca sabia quando os policiais iriam aparecer ou quando algum assistente social iria querer me pegar e me levar a algum lugar seguro. Saí do apartamento e fui ao café. A placa pendurada acima da porta dizia The Jonesy, uma homenagem ao pai de Stephanie, Cheeky. Eu não tinha certeza do nome verdadeiro dele, mas o sobrenome dele era Jonesy. Meu dia estava praticamente livre na medida que as aulas de
violão acabaram. Eu tinha algumas ligações para retornar, que seriam conversas sobre músicas que não eram boas o suficiente para o que eles estavam procurando. Tudo aquela coisa de conversa profissional blah, blah. A cafeteria estava cheia de gente. Uma mistura de pessoas casuais olhando para pegar um café, algo para comer e relaxar enquanto havia uma fila de pessoas vestidas para o trabalho, pedindo algo para levar. Eu apenas andei no meio da multidão com um rápido aceno para Beth que a fez corar. Fui para a sala dos fundos e Stephanie estava lá, toda suada e desgrenhada, tentando tirar algo da prateleira de cima. Larguei minha mochila e estojo do violão e estendi a mão, conseguindo facilmente o que ela queria. —Obrigada. —disse ela, soprando o cabelo para fora do rosto. —Ocupada? —Perguntei. —Você não pode imaginar. Não faço ideia do porquê. —Isso é bom, entretanto. —Ei, quer ganhar bebidas grátis por uma semana? —Hã? —Perguntei, arqueando uma sobrancelha. —Eu preciso de ajuda lá fora. —Eu não vou ficar no caixa, Stephanie. —Que tal apenas levar as coisas para fora? Fazer o que eu digo por cerca de uma hora? Beth está cheia de serviço e ela se move tão devagar. Stephanie revirou os olhos lentamente. —Tudo bem. —eu disse. —Eu não vou usar um avental ou qualquer coisa.
—Coloque um chapéu pelo menos. —disse Stephanie. —Para trás. —Combinado. Nós nos movemos e, pela primeira vez em muito tempo, eu tinha um emprego de verdade. Eu empilhei algumas caixas e as levei para a frente do prédio. Eu as abri e comecei a encher algumas prateleiras vazias, e então fixei meus olhos nas máquinas de café que estavam parando de funcionar. Eu me movi rapidamente, retirando filtros sujos e substituindo-os por novos. Eu me virei e peguei bandejas vazias de comida do balcão. Stephanie disse-me onde estavam os produtos assados e eu reabasteci para ela. A fila era impressionante. As mesas estavam todas cheias. Uma manhã muito ocupada. Eu não tinha mais nada para fazer e não tocaria no maldito caixa. Então eu peguei meu violão e fui para o palco. Sentei-me na beira do palco e puxei o microfone o máximo que consegui. Então comecei a tocar pela manhã algumas músicas acústicas. Apenas eu e meu violão. Meus dedos arranhando as cordas, contando a história da música através das notas. Nenhuma palavra era necessária. Eu só toquei por cerca de vinte minutos, mas foi o suficiente para que, quando terminasse, ganhasse alguns aplausos. Que eu não esperava. —Esse é Foster. —gritou Stephanie. —Se você ainda não viu ele cantar e tocar, volte! Ele tem um show quinta à noite! Começa às sete!
Fui até o balcão e olhei para Stephanie. —Eu tenho um show quinta-feira? —Você tem agora. —disse Stephanie. Eu peguei meu violão e fui para a sala dos fundos. Peguei minhas coisas e finalmente desci os degraus do porão para o corredor longo e assustador. O cheiro de carpete velho e mofado estaria para sempre impregnado em minha mente, assim como o doce e perfeito cheiro limpo da pele de Rose... Abri a porta do meu escritório e me sentei. Eu tirei meu laptop da minha bolsa e comecei a passar por e-mails e outros tipos de lixo. O lado comercial da música era uma merda às vezes, mas era a vida. Eu estava trabalhando com um produtor chamado Carl. Ele era um cara da velha guarda com uma barba de aparência selvagem, grandes óculos escuros e recentemente trocou seu rabo de cavalo por um penteado mais curto e bagunçado. Eu disse a ele que se ele estava tentando se reinventar, seu rosto revelava sua idade. Ele me chamou de idiota e disse para enviar-lhe algumas músicas novas. Meio brincando, decidi mandar um e-mail para ele e explicar que eu tocava em uma cafeteria, música ambiente e que tudo estava indo bem. Eu poderia me tornar famoso por não cantar. Que tal isso? Coloquei algumas músicas e me virei na cadeira para enfrentar três violões que estavam lá para reparos. Dois violões só precisavam de ajustes. Restaurá-los, equilibrar a ação das cordas, deixá-los brilhando como se fossem novos. O outro estava tendo problemas com um dos captadores, o que significava que eu teria que desmontá-lo e verificar a fiação. Eu peguei o primeiro violão e houve uma batida na porta. —Entre. —gritei. A porta se abriu e Stephanie entrou na sala. Ela fechou a porta. Lutou com fios de cabelo suados e soltou um longo suspiro.
Ela olhou ao redor da sala. Às vezes eu jurava que ela achava que eu estava lá usando drogas ou montando um laboratório de drogas. Não. Era apenas uma enorme sala aberta que fedia com a idade, tinha azulejos feios e arranhados e ainda tinha um monte de fotos religiosas nas paredes que eu não me incomodava em tirar. Eu tinha mexido com o lado do diabo da vida por tanto tempo que percebi que eu poderia usar alguns pontos para o que quer que estivesse lá em cima, sabe? —Você está bem? —Perguntei a Stephanie. —Só queria dizer obrigada. Por ajudar. —Certo. —Essa coisa de violão que você fez… isso foi bom. Nós devemos fazer isso mais. —Apresentações de manhã? —Sim. As pessoas estavam prestando atenção em você. —Sim, certo. —digo. —Eu te pagarei. —Você não precisa me pagar por nada, Stephanie. —Você poderia colocar seu chapéu sujo para recolher gorjetas. —disse ela com um sorriso. —Nós vamos falar sobre isso em outro momento. —OK. Ei, aquele garoto que você ensina violão. Everett? —É Rhett agora. —Oh. Certo. Rhett. —O que tem ele? —Ele passou aqui agora há pouco.
Levantei-me. —O quê? —Ele me disse para lhe dar isso. —disse Stephanie. Ela me entregou um envelope. Eu abri. Era um pedaço de papel com algumas notas de dez dólares dentro. O dinheiro estava tão confuso quanto a caligrafia. Eu li a carta. —Porra. —O quê? Eu olhei para Stephanie. —Nada. Rhett escreveu para me dizer que ele estava saindo da cidade por alguns dias. E o dinheiro era para ajudar Carrie. Que ela ficou com o meu casaco, mas deu para Rhett. E que ele estava com ele. —Que bagunça. —sussurrei. —O que é? Esse garoto está bem? —Não. —eu disse. Eu bati minha mão no papel. —Ele é muito parecido comigo. Minha mente pensou em Frank. Eu deveria ser Frank para esse garoto? Fazer o que o Frank fez por mim? —Bem, se você acha que deveria ligar para alguém sobre isso. —disse Stephanie. —Vou descobrir. Eu pensei sobre o que fazer. Eu não sabia onde Rhett morava. Eu não sabia nada sobre ele, exceto que ele queria tocar violão e que ele estava apaixonado por uma garota chamada Carrie. Joguei a carta e o dinheiro na mesa. Uma coisa boa sobre o jeito que eu cresci foi que eu fiz amizade com muitos policiais e muitos assistentes sociais. —Obrigado por me entregar isso. —eu disse a Stephanie.
—Eu vou falar com algumas pessoas que conheço. —Pense no que eu disse. —Sim, sim. —eu disse e acenei para ela. Stephanie saiu da sala. Peguei meu telefone e encontrei uma mulher chamada Betty. Eu a conheci quando tinha dezessete anos. Fui um grande desafio para ela, mas ela nunca desistiu de mim. Então eu enviei um e-mail para ela com tudo que eu sabia sobre Rhett e pedi a ela para manter a calma se ele não estivesse exatamente com problemas. A última coisa que eu queria era quebrar a confiança de Rhett e deixá-lo louco. Com toda a agitação da manhã, liguei para Rose. Eu não tinha tido notícias dela e ela gostando ou não, eu queria saber o que estava acontecendo com Frank. —Ei. —disse ela, atendendo a chamada. Fechei os olhos e senti toda a loucura da manhã sair de mim. —Como está o Frank? —Bem. —disse Rose. —Quero dizer, tão bem quanto ele poderia estar. Ele está acordado. Está se sentindo bem. —Mesmo? Essa é a melhor coisa que ouvi a manhã toda. Espero que você não se importe de eu ligar. —Não. Claro que não. Desculpe não ter entrado em contato ontem à noite. Foi difícil sair do hospital... —Não se desculpe por nada, Rose. —eu disse. —Você se importa se eu passar por lá e vê-lo? —Meu pai? —Sim. Eu sei que já faz um tempo, mas... —Esfreguei meu queixo. —Se algo acontecesse com ele e eu nunca tivesse tempo de
dizer… —Ok. —disse Rose. —Eu sei. Entendi. Eu não esperava que você ligasse. Ou… Ou o quê, Rose? Diga! Diga que você esperava que eu estivesse em outra cidade. Fazendo um show. Escrevendo uma música. Ignorando a realidade. Vá em frente, você pode dizer isso. —Eu liguei, Rose. —eu disse. —Eu quero ver o Frank. Eu quero te ver. Quero ter certeza de que você está bem. Eu sei que você não está. Mas eu quero saber o que posso fazer para ajudar você a ficar bem. O mesmo para Vivian. Precisa que eu pegue algumas roupas ou maquiagem para ela? Rose riu. Ei, Rose, é bom ouvir você rir de novo, mesmo através de um telefone. Você não precisa saber onde estou agora. O inferno às vezes pode ser frio. —O que é tão engraçado? —Perguntei. —Nada. —disse ela.
—Você nos conhece muito bem,
Foster. —Eu estive por aí há um tempo. Falando sério. O que eu posso levar? Café? Comida? —Você quer me trazer um pouco do café que eu vendo? — Ela perguntou. —Tem um gosto melhor do que o que está no hospital. —Eu concordo. —disse Rose. —Você tem que concordar. —eu disse. —É o seu trabalho. —Cala a boca, Foster. Hey Rose, eu amo o som da sua voz. A maneira como você pode conversar e fazer o tempo esquecer de mim. Mas eu nunca vou esquecer de você.
—Estou a caminho. —eu disse. —OK? —Tudo bem. —disse ela. —Foster... obrigada. —Não precisa. —sussurrei. —Vejo você em breve, Lesma. —Imbecil. A chamada foi encerrada. Eu me inclinei para frente e coloquei meus cotovelos nos meus joelhos. Abaixei minha cabeça. Isso era perigoso. Ela precisava de mim. O que significava que ela estava vulnerável. Ao mesmo tempo, eu precisava dela. Sentado no porão de uma igreja transformada em um café estava me deixando magro. Tocar em shows aleatórios por cerveja e trocados estava cobrando seu preço. Então, estava tentando fazer com que Carl me ajudasse a vender uma maldita canção para que eu pudesse pagar o aluguel no próximo mês. Passei a mão pelo meu cabelo e me levantei. Pelo menos eu sabia que não ia desapontar Rose. Ainda.
CAPÍTULO 15 NÃO EXISTE INTERMÉDIO Foster Andei pelo corredor carregando café e comida. Comida real. Eu parei naquela pequena joia escondida na cidade que se parecia com um buraco gorduroso, mas tinha a melhor comida no mundo. Tudo, desde o café da manhã até o almoço, não para o jantar, porque o velho, dono do negócio, fechava às três horas. Em ponto. Mesmo se alguém estivesse na fila, esse velho bastardo viraria a placa de aberto para fechado e começaria a desligar as grelhas. Rose me encontrou no corredor e eu mostrei a ela as coisas que eu trouxe. Mesmo a distância, ela era bonita. As lembranças de nós dois vindo em minha memória. Não era como algo que eu escondia e tentava evitar. Ela usava um casaco curto e um jeans. Seu cabelo puxado para trás e nenhum toque de maquiagem no rosto. Ela sempre se odiava quando não usava maquiagem. Para mim, é quando ela ficava mais bonita. Capaz de me deixar sem ar e me tirar o juízo com facilidade. —Obrigada, Foster. —disse ela. —Sem problemas. —eu disse. —Se houver mais alguma coisa que eu possa fazer aqui... —Não. Você deveria estar trabalhando. Certo? —Não. —Não? —Rose perguntou. Ela levantou uma sobrancelha.
Ela estava me julgando. Ela estava preocupada comigo. Eu entendia isso. Ela tinha o direito de fazer isso. —Estou bem, Rose. —eu disse. —Eu prometo. Eu não vou sair daqui a não ser que eu vá pegar algo para você. Vivian então veio até nós e pegou um café. —Com licença, senhorita. —eu disse. —Esse café não é seu. —O quê? —Oh espere. Vivian? É realmente você? —O quê? —Ela perguntou novamente. —Foster. —sussurrou Rose. —Oh, é você. Eu não te reconheci sem toda a maquiagem. Uau. Olhe para você. As bochechas de Vivian ficaram vermelhas. —Você é um idiota, Foster. —Eu sei. Quer algo para comer? —Não, obrigada, Kingsley. —disse Vivian com um sorriso. Ela se virou, chicoteando seu cabelo ao redor, apressando-se. Eu sorri para Rose. —Você realmente tinha que fazer isso? —Rose perguntou. —Eu realmente tinha. —eu disse. —Eu vou ter que consertar isso. —Eu sei. —eu disse. —Vou compensar você. Rose se virou e eu joguei o saco de comida em uma cadeira
então eu pude agarrar o braço dela. Eu rapidamente coloquei os cafés restantes em uma mesa entre duas cadeiras. —Ei. —sussurrei. —Você está bem? —O quê? —Vamos lá, Lesma. Com tudo isso. Vi seu lábio inferior tremer. Ela mordeu, tentando ser forte. Eu acho que de alguma maneira confusa, eu a fiz desse jeito. Torneia forte. Tornei-a capaz de se conter. Mas eu também sabia como derrubá-la. Lentamente, cheguei com a outra mão e peguei a mão dela. Eu segurei nossos dedos. Eu apertei três vezes. Isso costumava significar eu te amo. Quando estávamos na cama, ouvindo a chuva ou o zumbido do ar-condicionado no verão. Agora mesmo significa você está bem? Rose sacudiu a cabeça e eu a puxei para perto de mim. Eu passei meu braço ao redor dela e senti o rosto dela contra o meu peito. Eu imaginei que ela precisava de um momento para chorar. Vivian era mais velha, mas às vezes ela era difícil de lidar. Preocupada com maquiagem, caras fofos e nada muito sério na vida. Isso não fazia dela uma pessoa má, apenas diferente de Rose. Quando Rose respirou fundo, ela recuou. Ela puxou a mão da minha e limpou os cantos dos olhos. —Imbecil. —sussurrou. —Eu? —Perguntei rindo. —Totalmente. —disse ela. —Eu não queria isso. —Você precisava disso. —Cala a boca, Foster.
—Ei, posso vê-lo? Rose assentiu. —Sim. Eu peguei os cafés e a comida novamente. Deixei tudo para as enfermeiras aproveitarem. Andando lado a lado com Rose, meus dedos continuaram se movendo, tocando sua mão. Querendo segurar a mão dela. Minha mente me desafiou a pensar sobre a última vez que estivemos juntos e o que aconteceu. Isso não ia acontecer, no entanto. Não havia como voltar atrás. Não quando se tratava de Rose. Eu esfreguei meu queixo quando ela me levou para o quarto do hospital. Era uma área sombria do hospital. Todos nesses quartos estavam literalmente lutando por suas vidas. Você podia sentir isso no ar. Quando entrei no quarto do hospital, me senti desconfortável. De repente eu queria uma bebida. Eu queria aquela garrafa de uísque novamente e queria me afogar. A primeira coisa que ouvi foram os bips das máquinas. Então eu vi Frank. Ele parecia o mesmo de sempre. Apenas com um pouco menos de cabelo e o cabelo que ele tinha era ralo. —Ei, papai. —disse Rose. —Alguém queria visitá-lo. Frank abriu os olhos e virou a cabeça. Quando ele me viu, seus olhos se arregalaram. Uma das máquinas começou a bipar mais rápido. —Frank. —eu disse.
—Foster. —disse ele. —Jesus Cristo. —Sim. —eu disse. —Como você está? —Maravilhoso. —disse Frank. descanso.
—Tendo alguns dias de
Ele sorriu. Isso me fez sorrir. —Os médicos já vieram? —Rose perguntou. —Ainda não. —disse Frank. —Estou bem. Quando eu saio daqui? Rose suspirou. —Não é tão fácil, pai. Você sabe disso. —É, porcaria. —disse Frank. —O mesmo velho Frank. —eu disse. Frank curvou o lábio. —O mesmo velho Foster. Apenas aparecendo quando quer. —Papai… —Não, ele está certo. —eu disse. —A que devemos essa visita? —Perguntou Frank. Ele olhou para Rose. —Você está de volta com esse tolo? —Não. —disse Rose sem hesitar novamente. Eu assenti. —Não, Frank. Eu estou fazendo shows, dando aulas. Escrevendo músicas. Fazendo algo bom. Rose está arrasando, hein? —Ela está. —disse Frank. —Café. E eu que pensava que quando ela começou a tomar café aos dez anos, que isso se voltaria contra mim.
—Obrigada, papai. —disse Rose. —Vivian estava aqui? —Não desde que vocês saíram. —Droga. —Rose sussurrou. —Eu tenho que ir encontrá-la. —Por quê? O que aconteceu? —Frank perguntou. —Foster aconteceu. —disse Rose. Frank riu. Rose passou por mim, mas não antes de tocar meu ombro enquanto o fazia. Eu virei minha cabeça e a observei sair do quarto. Porra, como uma mulher poderia fazer meu coração pular daquele jeito? Quando olhei de volta para a cama do hospital, Frank parecia chateado. —O quê? —Perguntei. —O que você fez com Vivian? —Eu posso ter feito um comentário sobre sua maquiagem. —Oh isso não é bom. —Eu sei. —eu disse. —Não consegui resistir. —E com Rose? —Frank... —Ei. —disse ele. Ele levantou uma mão fraca. —Eu posso estar aqui, mas eu ainda posso te dar uma lição, Foster. —Lamento que o tempo tenha levado o melhor de nós. — eu disse. —Todos nós. —Não se preocupe com isso. Você está indo bem? —Estou bem.
—Você está melhor agora que tem uma desculpa para ver Rose, aposto. —Sim. —eu disse. Frank soltou um suspiro. —Você sabe, qualquer bom pai teria feito qualquer coisa para manter alguém como você longe de sua filha. Eu espero que você saiba disso. —Você fez o seu melhor. Frank riu. Então ele gemeu e tentou tocar no seu peito. — Merda, isso dói. —Calma, Frank. O que aconteceu com o seu coração para parar de funcionar, hein? —Quem sabe. —disse ele. —Você sabe, desmaiando assim, eu pensei que era isso. Eu não estava com medo. Eu poderia ver minha Kathryn novamente. Mas eu deixaria minhas duas garotas. Engoli em seco. —Não, Frank. Você não vai embora tão facilmente. —Eu posso ver isso. —disse ele. —Foster. —Ele pegou minha mão. Eu peguei a mão dele. Ele tinha força zero. Isso esmagou meu coração. —O que aconteceu… —Não. —eu disse. —Frank. Não. —Sim. Eu pensei que estava fazendo a coisa certa. —Você fez o certo. —Então o que aconteceu com você? —Eu me perdi. —eu disse. —Isto é o que eu faço. —Você sabe, Foster, eu queria fazer o melhor para você... —Você fez, Frank. Você fez. E para responder sua pergunta
sobre eu estar aqui? Se algo acontecesse com você e eu nunca tivesse a chance de agradecer pelo que você fez, eu me odiaria. Então obrigado por tudo. Você sabia quando ajudar. Você sabia quando gritar. Você sabia quando dar um soco. —Eu te soquei algumas vezes, hein? —Para ser justo, eu estava bêbado. —eu disse. —Eu estava tentando pedir a Rose para se casar comigo. —E você estava de pé sob a janela do meu quarto. —disse Frank. —Seu idiota. Eu sorri. —Você se apressou em descer as escadas e sair de casa. — Puxei uma cadeira com a mão livre e me sentei. —Você chegou na lateral da casa com os pés descalços, de pijama. E você nem disse uma palavra. Você apenas deu um soco. —E eu te peguei de jeito. —disse ele. —Você pegou, Frank. Nós dois começamos a rir. Então Frank tossiu. Máquinas apitaram mais alto, mais rápido. Ele apertou o peito novamente, cerrando os dentes com força enquanto fechava os olhos. —Merda. —sussurrei. —Você está bem? Ele limpou a garganta. —Eu estou bem. Foster, me escuta. Obrigado por estar aqui. Você desaparece da pior maneira. De formas que só fazem sentido para você. Mas você sempre consegue aparecer na hora certa. —Ela merece o para sempre. —eu disse. —No entanto não tenho certeza se o meu para sempre é aquele que ela deve estar. —Para sempre não existe, Foster. Eu sei disso. Eu vivi isso. Você também sabe disso. Tudo o que temos é agora. Não existe intermédio. Este segundo. Minuto. Hora. Dia. É isso que temos.
Eu assenti. Praticamente em seu leito de morte e Frank ainda estava dando esse conselho paternal como se fosse natural para ele. Antes que eu pudesse responder, a porta se abriu e vieram Rose, Vivian e dois médicos. Eu me levantei e dei um aperto na mão de Frank antes de soltá-lo. Eu me virei e vi Rose a alguns centímetros de mim. O médico começou a perguntar a Frank como ele estava se sentindo. Mas eu estava perdido em Rose. Eu peguei a mão dela novamente. Eu cerrei meus dentes. Eu não conseguia falar. Senti um nó subindo no fundo da minha garganta. Droga… Rose deu um meio sorriso. Eu apertei a mão dela três vezes. E eu sabia exatamente o que queria que isso significasse.
CAPÍTULO 16 DISTRAÇÃO É UMA DESCULPA Rose Vivian adormeceu no sofá. Eu não me incomodei em tirá-la de lá, então coloquei um cobertor nela e deixei alguns travesseiros para o caso dela acordar e querer. Abaixei o volume da TV e caminhei até a cozinha. Fiquei na janela que estava centrada entre a geladeira e os armários. Mordi o indicador da minha mão esquerda. Tudo dentro de mim foi removido. Exceto uma coisa. Peguei meu celular e olhei para o número. Meus polegares flertavam com a tela enquanto eu digitava uma mensagem. Está acordado?
Eu enviei, selando o meu destino. Alguns dos maiores momentos da vida não eram transmitidos em um grande palco. Houve muitas vezes momentos de respirar fundo, de mudar os planos ou ficar na cozinha do meu apartamento sentindo-me realmente sozinha e confusa e enviando mensagens de texto para a única pessoa que poderia fazer o sentimento desaparecer. Mesmo que isso colocasse meu coração em risco. Foster respondeu imediatamente. Sim. O que está errado?
Eu engoli em seco. Saí da cozinha e olhei para o sofá. Vivian estava desmaiada. Ela precisava do sono. Eu deveria estar dormindo, mas isso não ia acontecer. Eu terminaria mexendo e virando a noite toda. Então eu mordi meu lábio e digitei para Foster. Nada. Não quero ficar sozinha. Posso passar por aí?
Enviei a mensagem e li. Minhas bochechas estavam quentes. Eu esperei pelo que pareceu uma eternidade... mas eu estava acostumada com isso com Foster. Ele respondeu. Com uma palavra. Sim
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Subi as escadas de metal e parei do lado de fora do apartamento. Havia um número dois marrom torto na porta. Eu bati e esperei. A porta se abriu e lá estava ele. Meu Foster Nas mesmas roupas de antes, menos a camisa de flanela. O que significava que era apenas uma camiseta preta abraçando seus braços e o resto de seu corpo bem definido. Ele segurou a porta aberta com uma mão e apontou com a outra. —Entre. —disse ele.
Entrei no estúdio de chão de madeira e percebi que Foster estava descalço. Eu não o via descalço há anos. A última vez… Eu respirei fundo, imaginando se isso era um erro. —Então este é o meu castelo. —disse ele. —Nada muito emocionante para ver. —Toque para mim aquela música. —disparei. —O quê? —Perguntou Foster. Ele parou e se virou. —Aquela música do café. A música que você escreveu sobre mim. Eu quero ouvi-la de novo. Foster assentiu. —OK. A questão sobre Foster era que, tanto quanto eu queria odiálo e odiá-lo, ele sabia exatamente o que fazer e quando fazê-lo. Ele sabia que eu pedindo para ele tocar violão era mais do que apenas uma música. Era à minha maneira de dizer que eu estava sofrendo. Que estava confusa. Que eu precisava dele. Ele passou a mão pelo cabelo sempre bagunçado e fez um desvio para a geladeira. Ele abriu e pegou duas cervejas. Segurando pelo gargalo com os dedos longos, ele apontou para os sofás no meio do cômodo e acenou com a cabeça. O apartamento inteiro cheirava a ele. Isso enlouqueceu meu nariz, enviando arrepios de formigamento pelo resto do meu corpo. Os sofás eram velhos de couro marrom escuro. Realmente desgastados e muito confortáveis. Olhei por cima do ombro e vi a cama no canto. Eu acho que isso era considerado o quarto dele. Os lençóis estavam emaranhados, o que não era uma surpresa. Eu não podia ver Foster como um cara que acordava e se dava ao trabalho de fazer sua cama. Ao mesmo tempo, eu me perguntava se aqueles lençóis estavam bagunçados porque ele dormiu muito mal, ou porque ele tinha alguém na cama na noite anterior.
—Você está bem? —Ele perguntou. Eu olhei para frente e ele colocou as bebidas na mesa e tinha um violão na mão. Ele sentou no braço de um sofá, equilibrando o violão naturalmente em sua perna. Ele segurava uma palheta entre os dedos como um cigarro, parecendo calmo e suave. Ele moveu a mão para cima e para baixo no braço do violão duas vezes, algo que ele sempre fazia antes de tocar. Por que me lembro de pequenas coisas como esta? Ele abriu a boca, mas sacudiu a cabeça. Eu não tive a chance de perguntar o que ele queria dizer. Foster começou a tocar a música. Hey Rose - você não tem que sentir minha falta. Tudo bem seguir em frente. Eu vou mentir e dizer que eu segui. Mas quando fecho meus olhos, vejo você. Eu nunca consigo ver você. Mas eu nunca mais posso voltar. Foster mal chegou na metade da música antes de eu virar a cabeça. Me amaldiçoei por deixar todas as coisas emocionais se acumularem e derramarem. Eu sabia que pedir para ele tocar me pegaria. E essa música? Eu nunca soube sobre essa música. Havia algo na voz de Foster que me destruía. Ele não era o melhor cantor do mundo. Longe disso. Seu sonho de ser aquela superestrela do rock tinha passado, mas o que a voz dele tinha era um senso de honestidade nela. Áspera, real, e as letras que ele escrevia que importavam muito mais. A música parou de repente. Eu toquei nos cantos dos meus olhos. —Rose… —O quê? —Perguntei.
Ele colocou o violão para baixo e deu um passo à frente, agachando-se diante de mim. —Rose... —Você deveria vender essa música. —eu disse. —Ela é realmente boa. Foster balançou a cabeça. —Não. Essa nunca será vendida. Essa é minha. Sua. Nossa, Rose. Eu olhei para ele. Ele estava no nível dos meus olhos. Uma posição perigosa para se estar. Mas eu sabia exatamente por que vim ao apartamento dele. Não foi para ouvir uma música triste escrita sobre o quão fodido nosso relacionamento foi. Foi para pegá-lo. Para senti-lo. Para tê-lo em mim. Ao mesmo tempo, nós dois pulamos um no outro.
--Foster se levantou e me levou com ele. Minhas unhas arranharam sua camisa, certificando-se que meu coração não tentaria me convencer do que estava acontecendo. E o que ia acontecer? Suas mãos foram para a minha bunda, me puxando com força para o seu corpo. Nossas bocas lutaram ferozmente, beijando como se o apartamento estivesse em chamas e não houvesse escapatória. Eu
tentei mentalmente descobrir quantos anos, meses, semanas fazia desde a última vez que nos beijamos. Seja qual for a resposta, eu não consegui descobrir. Meu corpo e minha mente estavam apenas em uma coisa. Minhas mãos se curvaram, pegando punhados de sua camisa, puxando-a enquanto ele me tirava do chão. Foster me levou direto para sua cama. Ele colocou as mãos nos meus quadris, seus polegares cavando em mim, me fazendo ofegar com uma sensação ardente de cócegas. Minhas pernas destrancaram por uma fração de segundo, tempo suficiente para permitir que ele me jogasse em sua cama. Eu pulei de volta e estendi a mão para a frente de sua calça jeans enquanto ele tirava a camisa. Ele jogou a camisa longe enquanto eu abria a calça jeans. Ele se abaixou para mim quando eu alegremente caí de volta na cama, fazendo-o me perseguir um pouco. Foster finalmente me pegou pela cintura e me impediu de me mexer. Meus cotovelos estavam na cama enquanto eu me apoiava, minhas mãos agora enrolando firmemente em torno dos lençóis. Sua boca colidiu com a minha, mas apenas por um segundo. Ele começou a beijar meu pescoço. Eu coloquei minha cabeça para trás e gemi. —Oh, porra, Foster. —sussurrei. —Sim… Sua mão direita alisou minha camisa, as pontas dos dedos seguindo até a pele nua, subindo até ele alcançar o volume do meu seio. Ele apertou uma vez e depois continuou. Puxando minha camisa para cima, sua mão deslizando por cima do meu ombro. Quando a outra mão fez o mesmo, sentei-me e fechei os olhos, sentindo a minha camisa subindo pela minha cabeça. Eu olhei para cima e vi o jeito que Foster pairava sobre mim. Tão grande e tão poderoso. Eu o alcancei com minha mão direita e passei meus dedos
ao longo das curvas duras dos músculos que se estendiam de seu abdômen até o peito. Eu continuei até que meus dedos tocaram a aspereza da barba em seu rosto. Palavras permaneceram na ponta da minha língua, mas elas foram roubadas quando Foster me beijou novamente. Com apenas uma mão ele tocou no meu lado esquerdo e se moveu para a parte de trás do meu sutiã. O movimento de seus dedos de repente me deixou exposta, ofegando e gemendo e com meus seios empurrados para frente, tudo para ele tomar. Essa mesma mão rapidamente se moveu de volta. Ele segurou meu seio por baixo, segurando-me, seu polegar gentilmente acariciando da esquerda para a direita contra o meu mamilo tenro. Mais uma vez, eu fiz serenata para ele com gemidos. Eles eram os únicos sons que eu poderia fazer. Os toques e beijos de Foster me deixavam selvagem e me faziam esquecer tudo o que esperava no chamado mundo real. Com a outra mão, ele tocou minhas costas e puxou, forçando-me até a cama. Um de seus dedos deslizou em minhas calças e deu a volta enquanto ele sedutoramente traçava uma linha até o botão na frente. Entre minhas coxas, estremeci com uma dor de longa data que me lembrava de que era apenas Foster que conseguia abrir os prazeres secretos que eu escondia dentro do meu coração e corpo. E eu o odiava por isso. A mão que tocava no meu seio avançou e ele agarrou a tira fina e sedosa do meu sutiã e fez um movimento rápido enquanto o rasgava e jogava em algum lugar do apartamento. Eu rapidamente coloquei minhas mãos na cama e arqueei meu peito, não para flertar, mas por necessidade. Ele abaixou, a ponta do nariz encontrando meu mamilo direito. Suspirei de alívio quando meus quadris começaram a balançar suavemente. Seus dedos abriram minhas calças e ele
deslizou a mão forte para baixo, encontrando o exterior da minha calcinha, apertando os dedos firmemente, pressionando minha calcinha contra mim. Lá ele pressionou três vezes. Eu soltei um gemido. O que isso significa... Eu te amo? Eu preciso de você? Tudo… porra… meu… —Merda. —sussurrei enquanto a boca de Foster se movia sobre o meu peito. A ponta de sua língua sacudiu primeiro, provocando, mas isso foi rapidamente substituído por toda sua boca saboreando minha pele. Sugando meu seio com sede e fome, puxando para trás com força suficiente para que eu assobiasse e tentasse ir com ele, me preocupando que ele iria me machucar. Mas ele sabia exatamente quando abrir a boca, um som molhado ecoando ao nosso redor, seguido por mim fazendo algum tipo de som estranho e animalesco. Agora Foster tinha ambas as mãos em meus quadris, sentindo minha calça e calcinha, retirando-as ao mesmo tempo. Sua boca continuou a me provar, alternando entre os seios, deixando um rastro de beijos molhados em meu seio, alguns deles mais duros que outros, talvez querendo deixar pequenas marcas vermelhas como lembretes de que naquele momento eu era toda dele. Acredite, eu não precisava de um lembrete. A bagunça que ele criou entre as minhas pernas só era correspondente à bagunça que ele criou no meu coração. E ambas valiam tudo... Levantei meus quadris e senti minha calça e calcinha
deslizarem. Soltei o lençol e bati minhas mãos nas costas dele. Tão forte e alto quanto eu pude. Minhas unhas o seguraram quando ele beijou meu pescoço e minha boca novamente. Nós nos beijamos mais forte, mais rápido, tão descuidado, mas bonito. Em questão de segundos, eu finalmente estava nua para ele. Abri as pernas, sem medo de oferecer tudo para ele. Ele já esteve lá antes. Ele tinha sido o meu primeiro. Foster tocou na parte interna da minha coxa e subiu depressa. As pontas de seus dedos roçaram na minha umidade, mas apenas por um momento antes dele empurrar para frente, fazendose bem-vindo dentro de mim. —Foster. —gemi quando seus dedos foram para as profundidades familiares. Ele torceu os dedos e puxou para trás, meus quadris se contraindo, precisando de mais. Ele deslizou para fora e subiu, pressionando as pontas dos dedos contra o meu clitóris. Ele interrompeu nosso beijo e colocou a testa na minha. Nesse momento, tudo parou. O tempo parou. Nossos olhos se fixaram. Ele engoliu em seco. Ele soltou um rosnado. Um animal faminto. Sua necessidade em sua plenitude e latejando... Meus lábios tremeram. Algum outro lugar estremeceu. Comecei a contar na minha cabeça - um, dois, três, quatro. Esperando Foster dizer alguma coisa. Havia muita coisa entre nós. Muita coisa para falar. Seu toque entre as minhas pernas me fazia doer. Com o menor dos movimentos, ele empurraria em mim de novo.
Cheguei a dez segundos antes de abandonar a contagem estúpida e enfiar a mão entre o corpo dele e o meu. Minhas pontas dos dedos correram para baixo em sua pele dura e direto em seu jeans aberto. Eu não parei até senti-lo. Sua espessura, esperando por mim. Minha mão tremia quando o toquei, gentilmente guiando sua dureza de seu jeans, sentindo-o deslizando contra a palma da minha mão. Seu pau duro terminando em uma ponta grossa, minha mão se movendo para cima e para baixo, depois descendo até sua base. Foster respirou fundo e torceu os dedos contra o meu clitóris. Eu ofeguei e arqueei minhas costas. Os segundos de contagem calma e romântica estavam totalmente acabados agora. Seus lábios desceram para o meu pescoço, beijando, gemendo quando minha mão começou a subir e descer em sua bela espessura. Seu pênis estava inchado e eu também, ambos mais do que prontos para o outro. Ele beijou meus lábios e tirou a mão do meu núcleo dolorido. Agarrou meu pulso e forçou minha mão para longe de seu corpo. Ele entrelaçou nossos dedos com força e colocou minha mão sobre minha cabeça. Quando ele se posicionou entre as minhas pernas, eu empurrei meus quadris com necessidade selvagem. Eu senti a dureza de seu pênis me tocar e eu gemi. —Maldito inferno, Rose. —ele sussurrou entre beijos. Houve outra breve pausa, seu nariz tocando o meu. Senti ele entre as minhas pernas, contra mim. A pressa repentina de pressão o suficiente para roubar minha respiração. Fechei os olhos por um segundo quando Foster acabou com meu limite. Tão perfeitamente devagar quando ele se enterrou em mim, indo para uma profundidade que só ele já havia explorado.
Minha mão livre segurou em suas costas, arranhando quando ele começou a me foder. Não havia romantismo e gentileza agora. Sua mão apertou a minha com uma ferocidade que foi acompanhada pelo poder de sua parte inferior do corpo. Puxando para trás e empurrando para frente, voltando à nossa antiga rotina como se tivesse sido apenas alguns dias e não anos. Nós roubamos beijos um do outro entre as investidas. Eu cavei meus calcanhares na cama e levantei meus quadris. Tentando combinar seus movimentos. Sentindo cada centímetro perfeito de seu corpo quando ele me levou ao clímax mais rápido do que eu poderia esperar. Ofeguei novamente quando eu arqueava e colocava meu rosto em seu pescoço. Cheirei sua pele quente e levemente suada. Aquele cheiro de homem malvado. Então eu mordi seu pescoço, gemendo quando ele fodia mais rápido, me levando ao primeiro de vários orgasmos. A única vez que ele parou de se mover foi para me pegar em seus longos e musculosos braços para me virar de modo que minha cabeça estivesse nos travesseiros. Eu estava sem fôlego e molhada, em todos os lugares, olhando fixamente para Foster quando ele assumiu o controle total de mim. Do jeito que ele costumava fazer. Do jeito que ele poderia fazer para sempre. Chamá-lo de vício seria estúpido, mas era a única palavra e maneira de descrevê-lo. Sabendo que me machucaria. Sabendo que não duraria muito tempo. Mas no meio da tempestade, o gosto, a sensação, ele empurrando e gemendo, meu corpo aceitando e amando-o de volta. Sua boca arrastando beijos dos meus lábios até o meu peito, seus dentes brincando, puxando meus mamilos um de cada vez. O jeito que ele se afastou e beijou minha barriga, flertando com a ideia de me provar em todos os lugares. Correndo a ponta do seu nariz no meu corpo enquanto ele exalava, sua respiração se espalhando em mim, me fazendo tremer, mesmo que eu estivesse suada.
Empurrando de volta para dentro de mim, até o talo, suas pernas poderosas e bombeando para frente, mais forte, meu corpo deslizando para cima da cama. Minhas pernas envolvendo seu corpo e travando os tornozelos para que ele nunca me deixasse. Sentindo-o beijar de volta aos meus lábios, onde ficamos com as bocas abertas, mas sem beijar. Apenas nossos corpos trabalhando juntos. Seu peito deslizando contra meus seios. Nossas metades inferiores em perfeita sincronia. Nossas respirações se misturando. Nossos olhos comandando um ao outro. Minhas mãos tremendo quando tentei segurar suas costas. Nunca querendo deixá-lo ir. Nunca… querendo… deixá-lo ir… jamais.
CAPÍTULO 17 A SILHUETA DE UM CORAÇÃO MAGOADO Foster Eu sentei na beira da cama enquanto Rose dormia. Esfreguei meu queixo e encontrei meu jeans. Eu deixei de lado minha boxer e camisa. Eu entrei no jeans e me levantei. Fazia horas desde que Rose chegou. Já passava da meia-noite. O sono não seria um amigo. E sim, eu poderia culpar Rose por isso. Muita gente olhava para mim e assumia que eu fazia o que queria com qualquer mulher que eu quisesse. Eu fazia shows pela cidade, recebia dinheiro, cerveja e uísque gratuitos e levava alguém para casa. Tocaria alguns acordes no violão, mostraria a ela meu estúdio e depois bagunçaríamos os lençóis. Isso fazia parte do meu plano quando consegui o apartamento. E acredite em mim, houve muitas ocasiões em que a oferta ficou na minha frente. Eu olhei por cima do meu ombro quando me levantei. Ninguém mais poderia ser como Rose. Agora, eu seria um mentiroso se dissesse que o apartamento não tinha visto nenhum prazer. Mas não era do tipo o que acontecia com Rose. Como poderia uma mulher de um metro e meio encontrar o poder de fazer o tempo desaparecer do jeito que ela fazia? Desde a segunda vez que li sua mensagem de texto, soube o que iria acontecer. Eu sabia o que ela precisava. Ela estava se sentindo sozinha e confusa. Machucada pela realidade de que um dia todos irão embora. Qualquer indício de morte a deixava em uma posição difícil por causa da morte de sua mãe. Tanto quanto eu
queria odiá-la por arrastar seu coração de volta para o fogo, significava muito que ela viesse até mim. Ela poderia ter ido a qualquer bar em qualquer cidade e ter qualquer cara. Só pensar nisso me fez cerrar os dentes com tanta força que achei que fosse quebrar. Toquei no meu peito e jurei que meu coração ainda estava batendo forte. Eu andei até a cadeira e peguei meu violão. Eu o coloquei de volta no porta-violão no canto. Não, eu não tinha uma coisa de limpeza obsessiva, só estava procurando por uma distração. Da mulher bonita na minha cama. Da única mulher que eu amei e que dormia tão profundamente, deitada de bruços, sua cabeça para a esquerda, meus cobertores cobrindo apenas até as costas dela. Deixando a imaginação correr solta na curva de sua bunda empurrando contra os lençóis. O inchaço do lado de seu peito enquanto pressionava contra a minha cama. Minha cama. Rose estava na porra da minha cama. Peguei minha cerveja da mesa e tomei um gole. Estava quente e não parecia tão boa assim. Só mais uma lembrança de quanto tempo passamos juntos na cama. Na luz suave e única acima da pia da minha cozinha, eu fiquei lá com meu celular. Carl me mandou um e-mail de volta, querendo ouvir algumas das músicas que eu tinha tocado durante minha apresentação no café, música de ambiente. Isso me fez rir. Uma coisa sobre Carl era que ele nunca se esquivava de qualquer oportunidade de ganhar dinheiro. Havia também um e-mail de Betty. Agradecendo-me por ter lhe enviado um e-mail sobre Rhett. Ela o chamou de Everett no e-mail. Ele havia sido encontrado, com Carrie, nos trilhos do trem. Eles iam fugir, mas Carrie ficou com medo. Então eles apenas sentaram e esperaram que alguém os encontrassem. Fez-me fechar os olhos porque isso não iria suavizar nada com o padrasto de Carrie. Não que isso fosse da minha conta.
Eu deveria ensinar a Rhett alguns acordes de violão e nada mais. Eu parei por aí, sabendo que eu estava apenas matando o tempo para evitar a realidade que me esperava atrás de mim na minha cama. O que aconteceria depois tinha que ser feito com cuidado. Rose estava vulnerável e quando isso acontecia, ela me dava seu coração e corpo de uma forma que eu só poderia sonhar. Deixei meu celular no balcão e apaguei a luz. Todo o apartamento ficou escuro com a exceção de uma luz fraca que vinha através de uma janela ao lado da minha cama. Isso era de um poste de luz na esquina do estacionamento. Era brilhante o suficiente para que eu visse a silhueta da minha cama e a silhueta do corpo de Rose. Quando cheguei na cama, fui ao que agora era o lado dela. Eu estendi a mão para ela, meus dedos tocando suas costas. Ela instantaneamente estremeceu e fez um som de ronronar. Oh, a reação que o barulho fez no meu corpo... Eu corri minha mão para baixo e toquei os lençóis. Eu agarrei-os e os puxei de seu corpo. Até o fim, tirando-os de seus pés e da cama. Eu deslizei minha mão esquerda até a parte de trás de sua perna, avançando lentamente, indo para o interior de sua coxa. Sorri quando seu corpo começou a se mexer. Não foi até que eu toquei no seu centro doce e quente que eu recebi toda a sua atenção. Porra, ela tinha toda a minha atenção. Os joelhos dela se dobraram um pouco quando ela levantou sua bunda no ar. —Oh, porra. —sussurrei. Eu me inclinei, colocando minha mão direita na cama. Minha mão esquerda passou ao lado de seu sexo, tocando suas dobras molhadas. Dois dedos, curvados, abrindo-a, deslizando dentro dela. Rose soltou um gemido quando afundei meus dedos nela. Minha outra mão se moveu da cama para sua bunda. Tocando e pegando
ela, amassando-a enquanto dava prazer a ela. Deslizando e empurrando, amando-a enquanto ela estava presa em algum lugar entre o sono e um sonho. Ela começou a suspirar mais alto, seu corpo gentilmente balançando para frente e para trás ao meu toque. Cerrei meus dentes e comecei a me mover mais rápido. Mais duro. Eu tirei minha mão de sua bunda e agarrei a frente do meu jeans. Corri para abri-los e lutei para que eu pudesse expulsá-los. Por que diabos eu me preocupei em colocá-los de volta? Eu subi na cama, com meus dedos ainda guiando o caminho para dentro e para fora dela. Sentindo sua excitação na forma de calor e um som suave e úmido que ecoou pelo apartamento. Eu me movi sobre ela, deslizando meus dedos para fora ao longo de sua bunda e para a parte inferior das costas. Deixando sua própria doçura ficar contra sua pele, um pequeno lembrete de quão linda ela era. Eu me abaixei e beijei entre suas omoplatas. Foi quando ela virou a cabeça e tentou olhar para mim. —Tudo bem, Rose. —sussurrei. —Eu estou bem aqui. Eu me abaixei e peguei meu pau. Eu relaxei contra seu corpo, entre suas pernas, sentindo seu corpo me receber. Eu afundei nela com um gemido. Minha boca abriu e soltou um som ofegante e depois mordi meu travesseiro. Ela fez um barulho choramingando quando eu pressionei o mais forte que pude, sentindo ela se apertando contra mim, deliciosamente perto de me fazer explodir ali mesmo. Eu beijei o ombro de Rose quando me afastei e empurrei para frente novamente.
E eu continuei beijando seu ombro. As costas dela. Até o pescoço, lutando com o cabelo cheirando frutado. Seu corpo batendo de volta contra mim, minha mão direita segurando seu quadril, meu dedo do meio em torno do seu osso ilíaco para que eu pudesse puxá-la enquanto eu a fodia. Exceto que... eu não me movi mais rápido. Eu dei a ela tudo que eu tinha, lentamente. Com propósito. Polegada por polegada. Rose virou a cabeça para olhar para mim, sua boca se movendo, mas nenhum som aparecendo. Eu estiquei meu pescoço para que eu pudesse beijá-la. Ela colocou as mãos na cama e empurrou um pouco. Mas eu era forte demais para ela. E eu não queria que ela fizesse um movimento. Ela sucumbiu e permaneceu deitada de bruços como eu a amava. Sua mão esquerda apertou os lençóis. Sua mão direita chegou de volta e tocou minha bunda. Eu rosnei sob a minha respiração, lutando contra o desejo intenso de puxar de volta e trazê-la de joelhos. Em vez disso, permaneci na mesma posição, longas e profundas estocadas, tão lentas quanto eu conseguia, sentindo cada centímetro de seu corpo e do meu. Porra, eu estava ... eu estava fazendo amor com ela. Nossos corações estavam sucumbindo na minha cama, uma bagunça como aquela entre suas pernas. E nós dois sabíamos que era apenas uma questão de tempo antes de pisarmos no coração um do outro. ---
Ela sentou à minha mesa na manhã seguinte vestindo uma das minhas longas camisetas e nada mais. Seu cabelo estava uma bagunça do sono. O jeito que ela poderia pegar o cabelo e puxar
tudo para um lado. Sentada ali com uma caneca na frente dela, eu parado no balcão, observando-a enquanto deslizava um dedo pela tela do celular. Eu sorri. Isso era legal. Era bom. —Desculpe. —disse ela. —Estou apenas tentando... —Não se preocupe com isso, Rose, —eu disse. —Coisas de trabalho. —Sim. —Ela bateu na tela algumas vezes e franziu a testa. —Eu deveria ligar para o hospital. —Sim você deveria. Rose olhou para mim. —Noite passada… — Noite passada. —eu disse. —Eu acho que nós dois precisávamos disso. —Sim. —ela sussurrou, suas bochechas se transformando em um tom claro de vermelho. Eu me desencostei do balcão, peguei uma cadeira e puxei-a para fora. Eu me sentei e peguei a mão dela. —Ei. Você está bem hoje? —Eu não sei. —disse Rose. —Acho que devemos conversar agora. Eu sei que você não queria ontem à noite. Mas talvez você possa tirar algumas dessas coisas do seu peito. —Eu não quero incomodar você, Foster. —Me incomodar? —Perguntei com um sorriso. —Você está
me incomodando há muito tempo, Rose. Por que parar agora? —Porque quando nos incomodamos, machucamos um ao outro. —Eu não vou te machucar, Rose. Estou relaxando e deixando você assumir a liderança aqui. Sinto muito pelo seu pai. Mas você me ligou. Isso tem que significar alguma coisa. Eu sou a única pessoa que entende tudo. —Então me diga o que estou sentindo. —disse ela, levantando a sobrancelha. Amava quando ela ficava convencida desse jeito. Quando ela tentava se tornar mal-educada e erguer uma barreira. Eu sorri. —Bem. Você está comparando seu pai com sua mãe. Um susto repentino e isso te sacudiu. Você sabe que algum dia ele não estará por perto, mas você espera que o tempo dele seja longo o suficiente para compensar o tempo que você não teve com sua mãe. E ontem à noite... isso foi apenas uma necessidade simples, Rose. Todos nós precisamos disso. Coração ferido, mente confusa, então você lava com outra coisa. Rose virou a cabeça. —Não. Você está errado. —Estou? —Perguntei. —Olhe-me nos olhos e diga-me que estou errado. Rose olhou para mim. Apertando os olhos um pouco. Tentando ser durona. Eu me inclinei um pouco para frente. Sem piscar. —Vá em frente. —sussurrei. —Diga-me que estou errado. Houve silêncio. Então Rose mostrou a língua.
Eu ri. —Isso foi o que eu pensei. —Cale a boca, Kingsley. —disse ela, como se me desse um soco com meu nome real. —Coma, Lesma. —eu disse de volta. Ela se inclinou para frente. —Me faça... Eu me inclinei ainda mais para frente. —Você é um bebê, Rose. —Você é um idiota. —disse ela. Minha mão esquerda tocou seu rosto e eu a puxei para mim. Sua cadeira virou e começamos a nos beijar. Dois segundos depois, eu a tinha no colo, me abraçando. Minhas mãos rapidamente encontraram o fundo da camisa longa, indo por baixo para que eu pudesse sentir a pele nua. Eu estava no nível dos olhos dela. Nós nos beijamos descontroladamente, o mesmo tipo de beijo que começou a noite passada. Minhas mãos subiram pelo corpo dela. Ambas as mãos encontrando seus seios cheios, as palmas deslizando sobre eles. Rose movimentou seus quadris para baixo, esfregando-se contra mim, sentindo o quão instantaneamente ela me deixou. O beijo foi interrompido quando o celular dela começou a tocar. Ela gemeu e olhou para trás. Eu rapidamente beijei seu pescoço, provocando-a. —Porra. —ela disse. —É Vivian. Eu preciso… Eu puxei meus lábios para longe. ligação.
—Eu sei. Atender a
Eu me levantei, com ela no meu colo. Eu a coloquei de pé e a girei ao redor. Minha mão bateu em sua bunda de brincadeira
enquanto rangia meus dentes. No meu interior, eu estava doendo para levá-la de volta para a minha cama. Apenas ficar lá por dias. —Ei, Viv. —ela disse enquanto atendia a chamada e saia andando. Meu celular começou a zumbir. Era um número que eu não reconheci, então eu ignorei. Nada era mais importante que Rose e sua família. Eu assisti o jeito que ela andava de um lado para o outro. Do sofá para a cama. Sua mão livre brincando com o cabelo. Nós nunca tivemos a chance de viver juntos. Apenas aqueles encontros casuais que se transformaram em estadias intensas e apaixonadas. Isso me fez pensar no que a noite passada realmente foi. Casual? Intenso? Apaixonado? Peguei minha caneca de café enquanto Rose se despedia de Vivian. Ela voltou para a cozinha, revirando os olhos. —Eu acho que meu recado não foi bom o suficiente. — disse ela. —O quê? —Deixei um recado para Vivian. Ela desmaiou no sofá e eu não conseguia dormir. Então… —Você me incomodou. —eu disse. —Incomodei você. Exatamente. —O que ela tem a dizer sobre Frank? —Ele deve poder sair daqui a alguns dias, dependendo de como ele ficará. Até agora parece bom. Quando ele chegar em casa, será um processo de recuperação totalmente diferente. Ele não vai ficar feliz com nada disso. —Eu vou estar lá, Rose. —eu disse. —O que você precisar.
Ela olhou para mim e sorriu. Seu coração queria acreditar, mas o resto dela sabia melhor. —Eu não estou brincando. —eu disse. —O que ele precisar. Eu devo isso a ele. E eu quero fazer isso por você. —Esta é sua tentativa de entrar em minhas calças? —Para ser justo, você não está usando calças. E eu já estive nelas. Se isso é tudo que eu queria, então eu poderia simplesmente afastar você para sempre. Não sou eu, Rose. Você sabe disso. Ela hesitou por alguns segundos. —O que aconteceu antes... —Era uma bagunça antes. Você sabe disso. Nós dois éramos uma bagunça, Rose. Onde isso iria acabar? Eu lhe disse que a única coisa que eu nunca quis era que nos odiássemos tanto que nunca mais nos falaríamos novamente. —Então não foi real o suficiente. —ela sussurrou. —O quê? —Não era real o suficiente, Foster. Se era tão real e tão bom, perder tudo vale a pena. —Certo. Real? Bom? O que você acha que a noite passada foi? Isso não foi da necessidade, Rose. Isso era tudo que eu estava esperando ... você e eu juntos de uma forma que ambos queríamos assim. Você quer falar sobre o valor de tudo? Você vale tudo. —Eu apenas pensei antes... Eu andei em direção a ela. —Era real, Rose. Sempre foi real. Do nosso primeiro beijo a primeira vez que eu tive você. Eu não sei porque as coisas acontecem do jeito que acontecem. Mas eu estou bem aqui. Você me diz o que precisamos fazer e eu estou lá. Rose olhou para cima e sacudiu a cabeça. —Acho que eu deveria chegar em casa e tomar banho. Mudar de roupa.
—Você poderia tomar banho aqui. A água é fantástica. —É agora? —Ela perguntou. —Você não pode imaginar. —Isso é tentador. —Bem, deixe-me tentá-la... Toquei a camiseta longa e comecei a levantá-la. Rose ficou lá por alguns segundos antes de se afastar. —Calma, garoto. —ela disse. —Eu tenho coisas para fazer hoje. —E todo bom dia começa com um banho quente. Um banho muito longo e quente. Eu peguei a barra da minha camiseta e tirei. Eu joguei na mesa. —Foster... Toquei a frente do meu jeans e comecei a abri-los. Rose pulou em mim, colocando a mão na minha. —Que diabos está fazendo? —O quê? Estou ficando nu para poder tomar um banho. —Você se despe aqui na cozinha? —Eu me dispo onde eu tiver vontade. Por quê? Tem medo de ver algo de que gosta? Rose baixou a mão e colocou-a sobre a frente do meu jeans. Ela levantou-se nas pontas dos pés e pressionou os lábios no meu pescoço. —Oh, eu sei que gosto, Foster. Eu amo isso. Você só vai ter que esperar por mim...
Ela beijou meu pescoço novamente e se afastou. Minhas mãos se fecharam quando percebi que tinha acabado de perder uma batalha para ela. Ela recuou, pegou a camiseta longa e levantou-a. Exibindo sua calcinha rosa clara e depois continuou, para cima, parando antes que ela me mostrasse seu peito. Ela se virou e tirou a camisa e a jogou no chão. Ela atravessou meu apartamento para pegar o resto de suas roupas enquanto eu estava ali como pedra. E acredite em mim, eu era como pedra. Em toda parte. Eu respirei fundo e balancei a cabeça, sabendo que eu ainda estava apaixonado por ela. Eu me virei e vi que o número misterioso que tinha chamado me deixara uma mensagem de voz. —Foster, eu vou te chamar quando eu me situar. —Rose gritou. —Tudo o que você precisa. —disse enquanto comecei a escutar o correio de voz. Rose começou a falar novamente. Sua voz desapareceu enquanto eu ouvia a mensagem. Fechei os olhos, sentindo alguma esperança que Rose tinha me dado escapar. Meu pai estava saindo da prisão ... de novo.
CAPÍTULO 18 ELES ERAM PESSOAS AGRADÁVEIS Foster Jack e Nancy eram boas pessoas. Pessoas legais. Uma bela casa em um bairro agradável. Eu vagamente peguei as histórias de como Nancy não poderia engravidar e como Jack tinha tomado uma segunda hipoteca da casa para pagar por tratamentos que nunca pareciam funcionar. Então, a próxima coisa lógica foi pegar um garoto punk como eu. A verdade disso tudo é que eu acho que eles fizeram isso como uma boa exibição para o grandão lá em cima, porque ambos sabiam que eu teria dezoito anos em breve. Então eu estaria livre deles. Inferno, talvez eles estivessem me usando para obter boas graças para que pudessem adotar um bebê. O que quer que fosse, bom para eles. Eles me deram um quarto com uma cama e uma TV. Eles fizeram com que eu tivesse três refeições por dia. Jack chegou a cumprir a promessa de me arranjar um violão. Era muito bonito também. Tinha que ter lhe custado um monte de dinheiro para conseguir isso. Mas eu me importei? Não era o meu dinheiro. Esta noite eu tinha tudo funcionando perfeitamente.
Jack tinha uma noite de caras com o pessoal da faculdade. Ele fazia isso a cada poucas semanas. Ele trocaria seu terno e tentaria parecer legal em uma camiseta e alisando seu cabelo para trás. Nancy tirava sarro dele, mas o levava até a porta da frente e o beijava cem vezes. Estranho como vê-los se beijarem me deixava com ciúmes. Não porque eu gostava de Nancy ou qualquer outra coisa, inferno não. Quero dizer, sim, claro, ela era bonita, mas ela tinha o dobro da minha idade e ela não se encaixava no meu tipo. Estava assistindo duas pessoas que se amavam. Duas pessoas que queriam ter uma família, mas não podiam. No entanto, eu estava lá, o resultado final de sei lá o quê, sem uma família. Eu não entendia porque o universo fazia essa merda com as pessoas. Normalmente, Nancy estaria em casa. Mas esta noite ela sairia também. Ela estava indo para a casa de sua amiga para um pouco de vinho, queijo e fofoca. Isso me deixou sozinho. Na grande casa que nunca seria minha. Mas a grande coisa de estar sozinho em casa não significava nada para mim. Esse não era o ponto da minha noite. O ponto da noite era algo muito mais. Rose também estaria em casa sozinha. Frank levou Vivian para algum show pop de merda. E ele confiava em Rose para ficar em casa sozinha. O que significava que eu poderia finalmente me esgueirar até a casa dela e ficar com ela sozinha. E estar sozinhos, significava algo muito especial para nós dois. Eu me ofereci para trazê-la aqui. Para esta casa muito legal. Para o quarto que era temporariamente meu. Era um quarto grande com uma cama grande e confortável. Mas Rose queria que fosse na casa dela. No quarto dela. Com o qual eu estava totalmente bem. Eu não me importava onde meu tempo com Rose seria gasto. Eu só queria ela. Eu só queria estar
perto dela. Os últimos seis meses foram super selvagens. Seu pai poderia ter me expulsado e afastado a qualquer momento, mas ele mantinha as coisas comigo e estabelecia regras que eu seguia. Eu sabia em meu coração que ir lá enquanto ele não estava em casa provavelmente não era inteligente... mas ele nunca me disse para não fazer isso. Além disso, observar Rose quebrar as regras um pouco pela primeira vez em sua vida me fazia sorrir. Pela primeira vez na vida, parei no espelho do vestíbulo e olhei para mim porque me importava com a aparência. Eu usava uma jaqueta de couro desbotada, meu cabelo era comprido demais e bagunçado demais, mas era eu. Não havia como esconder quem eu era. Eu estava pronto para ter uma noite que nós dois nunca esqueceríamos. Eu abri a porta para sair e congelei. Alguém estava ali parado. Não era Jack ou Nancy. Não era Rose nem o pai dela. —Pai... ---
—Você vai me abraçar ou o quê? Meu pai estava lá com uma camisa de mangas compridas levantadas até os cotovelos. Seus antebraços estavam cobertos de remendos aleatórios de tatuagens, muitos delas nem sequer eram imagens reais. Ele tinha uma sombra de barba de cinco horas e seus olhos estavam pesados. Rugas na testa. Seus cabelos escuros fofos com fios de cinza.
—Pai. —sussurrei. —Filho. —Quando... como… Ele riu. Ele colocou a mão no meu ombro e apertou. Isso machuca. Ele era o homem mais forte que eu já conheci. Às vezes eu imaginava Frank e meu pai brigando, imaginando quem venceria. —Eu saí, filho. —disse ele. —Cumpri minha pena. Bom comportamento. —Então você está livre agora? —Sim. —Então eu posso ir morar com você? —Eu não sei, filho. —disse ele, olhando em volta. —Eu poderia querer vir morar aqui. Eu sorri. —Não. É tudo falso aqui, pai. —Você está indo bem? —Eu acho. Ei, é permitido você aqui? —Não. —Você pode voltar para a cadeia... —Eu precisava ver meu filho. —disse ele. Isso fazia meu coração sentir coisas quando ele dizia algo assim. Normalmente ele estava apenas bêbado e zangado. Forçandome em um dos seus esquemas de ganhar dinheiro. Esperando para ser pego e jogado de volta na cadeia. Mas ele parecia diferente agora. Áspero, sim Mas limpo. Sóbrio. —Eles não estão em casa. —eu disse.
—Eu sei disso. —papai disse. —Eu sei analisar uma casa. Vamos comer alguma coisa. —Eu não posso. —Você não pode? —Eu vou ver Rose. —Rose… —Minha... uh ... O que diabos era eu e Rose? —Sua namorada. —disse papai. crescendo. Oh cara. Eu me sinto velho.
—Cristo, você está
—Eu sinto muito. Eu tenho planos. Eu não posso desfazer esses planos com ela. Papai levantou uma sobrancelha. —Certo. Planos. —Eu quero ver você embora. —eu digo. —Merda. Deixeme… —Filho, cala a boca por um segundo. Você vai ver sua garota. Aproveitar sua noite. Você está levando flores para ela ou algo assim? —Flores? Por quê? —Filho, as mulheres adoram flores. —disse o pai. —Oh. Certo. Meu pai enfiou a mão no bolso. Ele pegou algum dinheiro e colocou na minha mão. —Pare e pegue algumas flores para ela. Confie em mim. —OK. Obrigado.
—Ei. Eu sei que você não está passando a noite. Então, que tal nos encontrarmos em algumas horas? —Sim? —Quero dizer, a menos que você tenha um toque de recolher aqui. —disse o pai. —Não. —digo mentindo. Mas eu já tinha um plano. Eu deixaria um bilhete dizendo que eu estava na casa de um amigo. Jack insistiu que eu tivesse meu próprio celular. Então eles poderiam checar comigo. —Eu posso encontrar você... Meu cérebro trabalhou duro para planejar o resto da noite. —Bom. —disse papai. —Encontre-me às nove e meia. Nós vamos ao Johnny's. —Sim? —Sim. Eu pago, garoto. Vamos fazer uma boa refeição e ter uma boa conversa. —Posso ir na sua casa? —Perguntei ansiosamente. —Vamos fazer isso direito —, disse papai. —Vou começar a fazer algumas ligações amanhã e vamos resolver isso. Essas pessoas são boas para você? Se são, não precisa correr delas. —OK. Bem. Papai piscou. Fechei a porta e descemos a calçada juntos. Ele foi para um lado, eu fui para o outro lado. Eu andei com meu coração cheio e um sorriso no meu rosto. As coisas estavam se juntando, finalmente. Mas eu deveria saber melhor do que ficar animado.
CAPÍTULO 19 O QUE EU NÃO SABIA Rose Eu toquei a rosa. Era como veludo. Uma única rosa na minha mesa de cabeceira em uma caneca de vidro onde eu costumava colocar o troco. Eu mordi o polegar da minha outra mão e me senti tremendo de dentro para fora. Eu não conseguia decidir se deveria estar animada, assustada, nervosa, feliz ou o quê. Meu coração continuava acelerado e as borboletas no meu estômago logo pareciam águias. Eu não conseguia parar de lamber meus lábios e não conseguia parar de pensar em Foster. Ele sentou-se na cama ao meu lado e se levantou. Eu olhei para ele e ele olhou para mim, sorrindo. —Lesma. —ele sussurrou. —Idiota. —eu disse. —Não estrague tudo. —Foi mal. —disse ele. Ele caminhou até a minha mesa e pegou minha cadeira. Ele girou ao redor e sentou, colocando-o a poucos centímetros de mim. —Você tem seus botões bagunçados. —eu disse e ri. —O quê? —Sua camiseta. Foster olhou para baixo. —Oh. Droga. Ele desabotoou a camisa e a refez. Eu olhei por cima do ombro e mordi meu lábio.
Uau. Então isso aconteceu... finalmente... Meus dedos do pé enrolaram e eu queria gritar de felicidade. Eu estava conversando com Vivian sobre isso por um bom mês. Claro, ela havia feito isso muitas vezes antes. Mesmo com mais de uma pessoa. Não que eu a julgasse por isso, eu nunca tive vontade de fazer isso... até agora. E eu tinha o cara que eu amava comigo naquele momento. —Rose, você está bem? —Perguntou Foster. —Perfeita. —eu disse. —Obrigada pelas flores. —Sim claro. O que você irá fazer com elas? —O que você quer dizer. —Bem, você não pode deixá-las fora. Seu pai… —Oh, droga. —eu disse, meus olhos se arregalando. Eu era uma novata quando se tratava de se esgueirar por aí. Especialmente tendo Foster quando ninguém mais estava em casa. Qualquer coisa que já fizemos foi mentir sobre ficar na casa de um amigo por algumas horas. Eu sairia cedo, encontraria Foster e voltaria para casa. Ou eu convidaria Foster e sairíamos. Mas isso era muito diferente... —O que devo fazer? —Perguntei. Eu comecei a ficar nervosa, mordendo meu lábio. Foster estendeu a mão e tocou minha bochecha. —Calma, Rose. Esconda as flores no seu armário. E então as leve para fora da casa amanhã. Volte para casa com elas e diga que eu as entreguei para você. Eu sorri. —Isso é genial. Você é tão bom nisso, Foster.
—Bom em mentir. —disse ele com uma risada. —Isso é uma coisa boa? —Contanto que você não minta para mim. —Eu nunca faria, Rose. Eu te amo. Quando ele disse isso, fez meus dedos enrolarem ainda mais. Eu agarrei a beira da minha cama e tive visões do que tinha acontecido. Eu meio que queria fazer isso de novo. Isso era errado? —Ei, que horas são? —Perguntou Foster. Eu virei o relógio na minha mesa de cabeceira. Cada número brilhava com uma cor neon diferente. Era um pouco depois das nove. —Você tem algum lugar para estar? —Perguntei. —Eu meio que tenho. Tenho uma coisa. —Uma coisa? —Eu não queria falar sobre isso, mas meu pai apareceu hoje à noite. —O quê? —Sim. —Eu pensei que ele estava... —Ele saiu. —Oh. —Engoli em seco. Eu odiava o pai dele. E todas as coisas horríveis que seu pai fez em sua vida. —Como você se sente sobre isso? —Eu não sei. —disse Foster. —É difícil. Eu gosto de onde estou. Eles são legais. Mas eles não são da família. —Sangue não é família. —eu disse. Eu agarrei a mão dele.
—Você é da família para mim, Foster. Quer dizer, do jeito que estamos juntos. Veja o que acabamos de compartilhar pela primeira vez. Os primeiros do outro... Eu vi o olhar em seu rosto. A maneira como ele engoliu em seco. —O quê? —Perguntei. —Nada. —Não. Não se segure. O quê? Eu disse… —Rose. Merda. —O quê? —Perguntei novamente. —Se eu fui seu ... quero dizer, você sabe, primeiro ... eu vou levar isso no meu coração pelo resto da minha vida. Mas você… você não é… —Eu não sou… —Eu sinto muito. —Então você... —Nada do que eu tenho orgulho. —ele sussurrou. —Quando? —Muito antes de te conhecer, Rose. Coisas de festa idiotas. De repente me senti suja. Repugnante. Como se eu tivesse feito algo errado. Eu me levantei e Foster fez o mesmo. —Ei, Rose. Não importa, no entanto. —Isso importa pra mim. —retruquei. —Eu pensei que nós estávamos compartilhando um momento.
—Nós compartilhamos. —disse ele. —Nós estamos. Rose, aqui estamos nós. Juntos. Não importa... — Isso importa pra mim. —eu disse. —Você me enganou. —Enganei? Como? Eu olhei para ele. Eu não tinha uma boa resposta. Eu apenas pensei que era a primeira vez para nós dois... —Rose, eu não posso mudar o passado. —sussurrou Foster. —Eu estou apaixonado por você. —Você já amou alguém mais? —Nem pensar. —Como você sabe? Como eu deveria acreditar em você? Ele se aproximou de mim. A noite inteira se inverteu. Eu odiava a noite. Muito. Foster gentilmente tocou meus braços. Assim como ele fez há uma hora atrás... —Rose, eu nunca me senti assim na minha vida. —ele sussurrou. —Pensando em você. Estar perto de você. As coisas que passam pela minha cabeça. Você faz meu coração disparar de uma forma que eu acho que vou morrer. Você acabou de dizer para nunca mentir para você. Então não estou mentindo para você. Há coisas no meu passado que não posso retomar e mudar. Tenho certeza que você se arrepende também. Mas eu não me arrependo de você. Eu não me arrependo. Eu não me arrependo hoje à noite. Eu nunca vou. Eu pisquei rápido, não querendo chorar. Eu amava Foster e suas palavras. Mas isso não me fez sentir
muito melhor. Comecei a duvidar de mim mesma e do que aconteceu. Eu deveria ter esperado. Eu deveria ter feito mais perguntas. —Eu vou embora. —disse Foster. —Eu não quero estragar mais da sua noite. —Você está indo embora. —eu disse. —Isso é o que você faz. Você chega perto de mim e depois me deixa. —Rose… —Não. —eu disse. fazendo isso de novo.
—Você fez isso antes. Você está
—Eu tenho que ir encontrar... —Apenas vá embora. —eu disse. —Eu vou ficar bem. Ele tocou no meu rosto e eu desviei minha cabeça. Em algum lugar dentro de mim eu queria machucá-lo. Eu queria que ele sentisse como eu me sentia naquele momento. Mesmo sabendo que ele não tinha feito nada de errado. —Rose, caramba. —rosnou Foster. Isso me chamou a atenção. Ele tocou meu rosto com as duas mãos. —Eu não posso te dar o que você acabou de me dar. Mas se isso significa alguma coisa, o que fizemos, importa pra mim. No meu coração, foi a minha primeira vez. Porque eu senti isso. Eu senti tudo. Ele me puxou para perto e deu um beijo nos meus lábios. Ele olhou para mim e saiu do meu quarto. Eu estava sozinha no meu quarto. Sozinha em casa. Corri para a janela e observei enquanto Foster se afastava. Correndo pela calçada e desaparecendo na noite. Não foi assim que planejei.
Sentei-me na cama e peguei a rosa. O resto das flores estava na mesa de cabeceira. Abracei a rosa e senti vontade de chorar. Por razĂľes estĂşpidas. Eu odiava o pai de Foster. Eu sabia, sem sombra de dĂşvida... Foster ia se machucar, muito mesmo.
CAPÍTULO 20 COMO NOS VELHOS TEMPOS Foster Assisti meu pai lamber seus lábios por uma boa meia hora, constantemente olhando ao redor. Ele queria uma bebida, muito mesmo. Ir a um bar foi uma má ideia. Inferno, eu nem deveria estar dentro do bar. Mas papai jogou uma nota de vinte para o bartender e garantiu que todos no bar tivessem um chope barato por ele. Ele se atrapalhou com as mãos. Ele estava sentindo-se muito bem de estar em um bar. —Vamos para outro lugar. —eu disse. —Por quê? —Você parece… —Eu pareço o quê? —Papai perguntou, franzindo o lábio. —Nada. —eu disse. —Desculpa. Então, quando você saiu? —Alguns dias atrás. —disse papai. —Eu estou bem. Eu tenho um lugar. Acima do bar. E eu tenho um emprego. Lavando os pratos aqui. Tudo apenas temporário, no entanto. Isso não vai ser a minha vida, garoto. De jeito nenhum. Eu tenho grandes planos. —Sério? Isso é incrível, pai. Estou orgulhoso de você. —Ah, foda-se isso. Estou orgulhoso de você. Mantendo sua vida em linha reta. Eu odeio ser preso novamente, sabe? Mas coisas acontecem. —Espero que essas coisas não aconteçam novamente.
—Ei, não seja a porra de um juiz aqui. —disse papai. —Eu tenho pessoas suficientes respirando no meu pescoço. Sobre cada pequena coisa que eu quero fazer. Senti culpa e medo no meu interior. —Sim. Desculpa. —Como foi a sua noite? Como está sua garota? Quem é ela? —Rose. —eu disse. —A garota de Frank. —Sim. Você conhece Frank? O lábio do pai se curvou. —Sim, eu conheço o Frank. —Você não gosta dele? —Eu não gosto de ninguém, Kingsley. Eu odiava o meu maldito nome. Por que ele tinha que me chamar pelo meu nome? —Sim. Eu ouvi você. —Você me ouviu? Que porra é essa? Alguma linguagem extravagante agora? —Não. —Eu sorri. —Então, você acha que eu posso morar no apartamento com você? —Esse é o problema. —disse papai, esfregando o queixo. —É muito pequeno. Eu vou me esforçar muito. Estava pensando... quero dizer, se você tivesse um emprego... —Nós poderíamos conseguir um lugar maior. — eu disse, assentindo. —Sim. —Eu estou dentro. —eu disse. dentro.
—Merda, pai, eu estou
Ele riu. Ele bateu com o punho na mesa. Ele pegou o chá gelado e tomou um gole. Eu podia ver o olhar de desgosto no rosto dele que não tinha o efeito de uma dose de uísque. —Você ama aquela garota com quem está? —O pai perguntou. —Sim. Eu realmente a amo. —Isso é bom. Não acredite nessa merda de ser tão novo. Conheci sua mãe quando ambos tínhamos catorze anos. Minha mãe… —Sério? —Perguntei. —Oh garoto. Minha Ginny. Virgínia. A primeira coisa que perguntei a ela foi se ela nasceu na Virgínia. Você sabia que ela nunca esteve na Virgínia? Nunca. Quão estranho é isso? —Muito estranho. —eu disse. —Vocês dois se amavam, hein? —Como um incêndio em uma grama seca. —disse o pai. — O pai dela me odiava. Oh, Kingsley, ele me odiava. —Pai, todo mundo me chama de Foster. Você sabe disso. —Foster. Certo. Merda. Foster. Cara durão agora. OK. Foster, o pai da sua mãe me odiava. Ele fez tudo para mantê-la longe. Então ele sofreu um acidente de carro e estava em seu leito de morte. Eu fui vê-lo. Por respeito a sua mãe. Aquele velho filho da puta agarrou minha mão e me disse para cuidar de Ginny. —Isso realmente aconteceu? —Pode crer, garoto. E eu a amava com tudo que eu tinha. De uma maneira que eu nunca poderia fazer de novo. —Então o que aconteceu?
Papai olhou para mim. —Vida, Foster. Vida. Isso é tudo o que posso dizer. Nós vivíamos intensamente. Nós vivíamos como se fosse nosso último dia. As coisas ficaram fora de controle algumas vezes, mas era assim que acontecia com a sua mãe. Ela era rápida, cara. Ela era um raio. Ela acordava às três da manhã e só queria ir a algum lugar. Dirigindo por todo o país sem dinheiro, sem gasolina, e então nos arrastávamos para o litoral. Ela mergulhava os dedos na água e girava, a brisa da praia batendo no rosto, o cabelo preso e ela planejava a próxima aventura. Às vezes nós parávamos e passávamos uma semana em um hotel. Indo à festas. Entrando em problemas. Sendo presos. Papai riu. —Implorando a polícia por um último beijo quando fomos colocados em viaturas policiais separadas. Ah, porra, sinto falta dela. Eu engoli em seco. Eu nunca tinha ouvido meu pai falar sobre minha mãe assim antes. —O que aconteceu com ela, pai? Ele piscou rápido. —Foi o suficiente. Para nós dois. Nós esquecemos um do outro. E a única vez que nos lembrávamos um do outro era quando estávamos separados. Só que nunca funcionou, Foster. —Então ela nos deixou? —É, eu acho que sim. —Ela me teve e foi embora. Ele apontou um dedo para mim. —Não fale mal dela. Eu não vim aqui para falar sobre quem ela é ou foi. —Certo. —eu disse. Engoli um pouco mais de dor. Parecia um vidro quebrado na minha garganta. —Eu queria te dizer… se você ama aquela garota, então
você faz o certo com ela. Não se perca na aventura. Não compre essa besteira hippie, Foster. Fique perdido nela. Você poderia viajar pelo mundo e ver todas as coisas surpreendentes possíveis na Terra… mas se você olhar nos olhos da mulher que você ama verdadeiramente, o mundo está lá. Papai pegou de novo o chá gelado e tomou um gole. Ele franziu a testa para o copo. Eu virei minha cabeça e olhei ao redor do bar. Eu pensei em Rose. Eu não queria machucá-la se eu machuquei. Eu só queria cuidar dela. Eu queria imaginar nossas vidas juntos. Mas Frank deixou claro para mim que eu precisava arrumar minha vida. Encontrar algo que eu poderia transformar em uma carreira. Eu não fiz isso ainda. Além de tocar em algumas bandas, conseguir alguns shows, fazendo alguns dólares. —Pai, está tudo bem sonhar grande? —Perguntei. —Porra, claro que sim, —disse ele. —Olha, Foster, todos nós caímos de cara no chão. É assim que acontece. Apenas seja feliz pra caralho. —Estou tentando. Eu não quero morar em uma casa que não é minha. Com pessoas que precisam ser legais. Ou pessoas que não são legais. É falso. —Tudo bem. —disse o pai. —Deixe-me ver o que posso fazer. Eu farei algumas ligações e umas coisas. —Ei, você! Kevin! —Uma voz explodiu. Já fazia algum tempo desde que ouvi alguém chamar meu pai pelo primeiro nome. —Ah, eu tenho que ajudar no bar. —disse o pai. —Horas significam dinheiro.
—Sim. —eu disse. —Eu acho. —Ei, amanhã de manhã, venha aqui. Às oito. Vou pegar um café da manhã para nós. —Sério? —Perguntei. —Claro que sim, Foster. Deixe-me passar a noite aqui. Entender as coisas na minha cabeça. Depois tomaremos café da manhã e faremos um plano. Eu corri para me levantar. —Ei pai. Uh… as pessoas com quem estou agora. Ela tem algumas coisas. Coisas legais. E dinheiro escondido. Eu tenho certeza que eu poderia… você sabe… ajudar. Papai sorriu. Ele colocou a mão no meu ombro. —Foster. Meu filho. Meu único filho. Olhe para você. Nós vamos descobrir isso. Juntos. Certo? —Certo. —eu disse. Papai piscou e bateu a mão no meu rosto. Ele se afastou, passando entre dois caras no bar. Ele fez um comentário alto sobre afastar pessoas da bebida. Eu fiquei lá orgulhoso. Orgulhoso? Orgulhoso. Eu me senti bem pelo meu pai. Puta merda. Fale sobre uma ótima noite. Saí do bar me sentindo muito bem. Eu passei pela casa de Rose e vi o carro de Frank lá, então continuei. Não há necessidade de causar nenhum problema tão tarde. Eu fui para casa, já pensando em contar a Jack e Nancy que meu amigo decidiu beber cerveja então eu saí. Você sabe, ser um
cara legal e tudo. Eles engoliriam essa mentira. Uma vez na cama, coloquei minhas mãos atrás da cabeça. Eu sorri, adormecendo pensando em Rose. Pensando em família. Tudo que eu sempre quis.
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Comi uma tigela de cereal para que Jack não achasse que algo estava acontecendo. Peguei meu violão e disse a ele que estava me encontrando com um amigo para sair. Ele fez algum gesto com os dedos e esticou a língua, dizendo-me para me divertir. O cara era um idiota do caralho, mas ele tinha boas intenções. Ele seria um ótimo pai. Como um ótimo pai. O pai que corria nos bastidores em um jogo de futebol, segurando uma câmera. Toda essa coisa idiota. Eu estarei fora da vida deles em breve e esperançosamente eles conseguiriam o bebê que eles sempre quiseram. Eu tive que levar meu violão comigo para tornar minha mentira legítima. Quando cheguei ao bar, puxei a porta da frente e ela estava trancada. Eu puxei de novo e de novo. —Foda-se. —sussurrei. Eu dei um passo para trás e olhei para os apartamentos acima dele. Tinha que haver uma maneira de chegar lá. Eu andei ao redor do lado do edifício e encontrei um conjunto de degraus de madeira. Eles terminaram em um grande patamar com duas portas. Uma delas era do meu pai.
Sorrindo, subi apressadamente os degraus. Eu bati na primeira porta. Sem resposta. Tentei de novo e mudei para a outra porta. Batendo novamente. Esperando novamente. —Merda. —sussurrei. Eu olhei em volta. Eu desci os degraus e olhei para a porta dos fundos do bar. A porta então se abriu e saiu um velho magro e grosseiro. Um cigarro torto entre os lábios. —O que você está olhando? —Ele resmungou. —Estou procurando por Kevin. —eu disse. —Meu pai. —Hã? Kevin... —Sim. Ele trabalha aqui. Mora lá em cima. —Mora lá em cima? Não tem nenhum Kevin morando lá. —Como você sabe? —Eu moro lá em cima. —disse o homem. —E minha vizinha é uma mulher chamada Marge. —O quê? Meu pai esteve aqui ontem à noite. Eu estava aqui. Ele disse… —Kevin. —disse o velho. Ele arrancou o cigarro da boca. —Você é filho dele? —Sim. —Me siga. Eu andei pela parte de trás do bar. O cheiro de gordura velha e limpador barato irritou meu nariz. O velho empurrou uma porta
barulhenta e fomos para a frente do bar. Estava quieto, calmo, quase assustador. Não havia luzes de néon. Sem TV. Sem barulho. —O desgraçado adormeceu aqui. —disse o velho. —O quê? —Ficou bêbado. Entrou em uma briga e foi nocauteado. —Isso é impossível. —eu disse. —Ele estava sóbrio. —Tenho certeza. Veja. Ainda há sangue nessa mesa. O velho apontou. Fui até a mesa onde estávamos sentados. Havia um pouco de sangue na mesa. —Sinto muito, garoto. —disse o velho. —Ele estava bebendo doses. Cerveja. Não pagou a conta. Foi nocauteado. Então nós o deixamos aqui. Achei que esta manhã poderíamos tirar dinheiro dele. Ele saiu esta manhã antes que eu pudesse colocar minhas mãos nele. Eu olhei para trás. —Ele disse alguma coisa sobre mim? —Não. Nada mesmo. —Ele não trabalha aqui? —Não. —Ele não mora aqui. —sussurrei. Havia aquela sensação que eu estava acostumado. Meu pai sendo um mentiroso e tudo mais. Vindo e indo. Eu nunca entendi porque ele fazia isso. Aparecia, me iludia e depois ia embora. —Garoto, você tem que sair daqui. —disse o velho. —Certo. —eu disse. —Desculpa.
O velho me mostrou a porta da frente e a abriu para me deixar sair. Eu fiquei lá na esquina da rua e não tinha ideia de onde meu pai estava. Eu me recusei a deixar isso me incomodar. Mas isso significava apenas tomar minha dor e jogá-la em outra pessoa. Meu celular tocou, Rose estava ligando. Eu fechei meus olhos. Se eu estivesse perto dela... só acabaria machucando seu lindo coração.
CAPÍTULO 21 MINHA RESPIRAÇÃO NO PESCOÇO DELE Rose A cafeteria estava lotada. E lotada, eu quero dizer que está realmente lotada. As mesas estavam cheias. A janela da frente estava cheia de pessoas em pé. A parede lateral também. Ao longo do balcão, havia uma fila de pessoas esperando para comer e beber alguma coisa e o resto estava olhando para o homem no palco. Usando um boné de beisebol preto puxado para baixo, escondendo o rosto, uma camiseta preta combinando, jeans velhos e desbotados, Foster tinha a aparência e a sensação de estar tocando para vinte mil pessoas em uma arena. Eu nunca na minha vida o vi tocar do jeito que ele tinha tocado ultimamente. Talvez tenha sido eu. Nós. O que quer que estivesse acontecendo. Não era uma coisa instantânea, continuava de onde as coisas terminaram uma vez. Mas vê-lo algumas vezes por semana, algumas noites por semana, durante o último mês tinha sido uma distração bem-vinda. Uma distração da teimosia que era meu pai quando ele lentamente recuperou sua força e resistência. Queixando-se de cada pedaço de comida que ele tinha que comer que era considerado saudável para o coração. Seu argumento era que comer hambúrgueres o tinha levado tão longe, por que mudar agora? Então eu e Vivian nos revezamos em lidar com ele. Entre isso e manter-se ocupada no trabalho, Foster tornou-se a mais agradável distração que eu poderia ter desejado. Nós não
reviramos o passado. Nós não avançamos em direção ao futuro. Éramos só nós, juntos, sabendo exatamente o que o outro precisava. Muito mais do que amigos se divertindo, mas talvez não seja algo mais sério. Então, novamente, era Foster... tudo sobre ele era mais sério. Tive a sensação de que alguém estava me encarando. Eu virei a cabeça lentamente e vi Kevin sentado em uma mesa. O idiota pegou uma mesa inteira para quatro pessoas. E ele não se importou nem um pouco. Ele tinha a maior xícara de café que você poderia pedir, e eu esperava que no mínimo ele estivesse tomando o café de Molly. Pelo menos assim eu poderia dizer que consegui algo dele. Porque ele não dava nada a ninguém, exceto falsas promessas e corações partidos. Eu não pude contar quantas vezes ele apareceu e destruiu Foster. Agora, Kevin estava em um recorde pessoal de quase um mês inteiro fora da prisão e longe de problemas. Ele não estava vivendo com Foster e ele estava realmente aqui no show, apoiando-o. Kevin deu um aceno para eu me aproximar. Foster estava terminando o que seria sua penúltima música. Ele cantou o último refrão repetidamente. Enquanto eu caminhava pela multidão, notei algo realmente interessante. As pessoas estavam cantando junto. As pessoas tinham visto Foster tantas vezes que elas conheciam sua música. Elas sabiam as letras. Letras que muitas vezes foram escritas para mim e por minha causa. Isso me deixava orgulhosa dele, mas também me deixava desconfortável. Como se todas essas pessoas pudessem ler a mais íntima das cartas de amor entre Foster e eu. Cheguei à mesa e Kevin balançou o pé direito, chutando uma cadeira para mim. Sentei-me e ele se inclinou. —Que tal o meu garoto lá em
cima? —Sim. —gritei de volta. deveria ver mais de um show.
—Todo mundo o ama. Você
Eu levantei uma sobrancelha. Kevin sorriu e piscou. Veja, eu não tinha medo dele. Para mim, ele era apenas um desgastado que esqueceu que o tempo passou. E em vez de largar a bebida e qualquer outra coisa, ele permanecia em um determinado tempo e continuava perdendo porque era mais fácil perder do que ganhar. Uma vez Foster mencionou que sua mãe havia magoado seu pai, mas isso não justificava o que Kevin fez da vida. Foster dedilhou o último acorde. O lugar entrou em erupção com os aplausos. Kevin enfiou os dedos na boca e assobiou. —Obrigado. —disse Foster. —Eu tenho mais uma. Então, certifique-se de que todos tenham outra coisa para comer e beber. Então eles vão querer que eu sempre volte. Foster tirou o chapéu e o jogou no palco. Eu vi seus olhos varrerem a multidão. Ele parou em mim. Mesmo à distância, esse olhar era tudo. Isso me fez tremer, queimar, sorrir, suar e sentir coisas que só Foster poderia me fazer sentir. Ele bateu algumas notas no violão. —Hey Rose... Sua voz ecoou pela sala. Ele estava falando comigo... não estava? Ele dedilhou o violão e começou a tocar a música. Hey Rose.
Parecia que toda vez que ele cantava a música, ele adicionava, removia, mudava as letras. Como se a música estivesse tocando na vida real. Que era o caso. —Isso é sobre você, hein? —Kevin perguntou. —Como descobriu isso? —Respondi sem olhar para ele. Kevin colocou a mão no meu braço. —Você pode me odiar o quanto quiser, Rose. Eu não te culpo. Mas esse garoto não me odeia. Nunca odiou. Nunca irá. —Eu acho que essa é a maior falha dele. —eu disse. Hey Rose... você não precisa mais ter medo... eu posso pegar tudo o que te assusta e fazer ir embora para sempre. —Eu ouvi sobre o seu pai. —disse Kevin. —Pena. Eu espero que ele melhore. Eu olhei para o Kevin. —Ok, certo. —Ei, nós podemos ter tido nossas diferenças, mas eu não quero ver ninguém morto. Ele é um bom homem. Um bom pai. Eu gostaria de poder ter sido como ele. —É chamado família. —eu disse. —Você deveria tentar de vez em quando. Kevin começou a rir. —Eu vejo porque ele te ama. Por que ele te amou desde o dia em que ele conheceu você. —O quê? —Kingsley. —disse Kevin. —Desculpe… Foster. Meu filho. Meu garoto. Ele te ama mais do que ele amou alguma coisa em sua vida. Você pode me odiar o quanto quiser, Rose, mas você e ele são a coisa que mais tenho orgulho na minha vida. Kevin se levantou e bateu com o dedo na mesa.
Eu olhei para ele enquanto ele pegava sua xícara gigante. Ele ficou parado ali e olhou para o palco, um sorriso rastejando ao longo de seu rosto. Eu nunca poderia entender isso. Eu tinha certeza que Kevin amava seu filho. Mas as coisas que ele fez... simplesmente não faziam sentido. Por que aparecer e mentir? Por que aparecer, só para ir embora? Por que continuar fazendo coisas que te mandavam para a cadeia de novo e de novo? Kevin virou a cabeça e se inclinou para mim um pouco. — Rose, diga a ele que eu estive aqui. Diga-lhe que estou orgulhoso. Diga a ele que sinto muito por não poder ficar. Antes que eu pudesse responder, Kevin se virou e foi para a multidão. —Hey Rose, apenas saiba que eu te amo. —a voz áspera de Foster cantou. Eu olhei para o palco e olhei para trás e Kevin se foi. Eu odiava tanto esse cara. De certa forma, eu não podia esperar que ele fizesse merda novamente e voltasse para a cadeia. De outras formas, eu sabia o quanto isso machucaria Foster. Na verdade, toda vez que seu pai estragava tudo, Foster se afastava de mim. Duas pessoas se aproximaram e apontaram para a mesa. Eu dei um aceno de cabeça e elas se sentaram. Afastei-me da mesa e observei Foster terminar a música e o show. Meu coração disparou por causa do quão bom ele parecia no palco. Meu estômago tinha borboletas porque ele estava cantando para mim. Meu corpo inteiro formigava porque eu assisti o jeito que suas mãos se moviam no violão e sabia o que aquelas mãos me faziam sentir. Mas meu coração também doía um pouco por ele.
Nós podemos estar apaixonados... desde o primeiro dia... mas esse amor veio com muitas reviravoltas, reviravoltas e dor.
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Deslizei minhas mãos por seus ombros grossos enquanto ele estava sentado à mesa, o polegar descascando no rótulo da garrafa de cerveja. Ele colocou a cabeça contra o meu peito e sorriu. —Você está sentado aqui por muito tempo, pensando muito. —sussurrei. —Eu sei, Lesma. —Você está pensando em seu pai, Kingsley. Ele riu. —Meu nome soa estranho neste momento da minha vida. —Bem, é o seu nome. E se você me chamar desse apelido estúpido de Lesma, eu vou te chamar de Kingsley. —Jogando duro agora? —Sempre. —sussurrei. Minhas unhas deslizaram pela pele dos braços dele até os pulsos. Eu suavemente inverti o movimento e o senti finalmente relaxar um pouco. —Isso é bom. —disse ele. —Bom. —sussurrei, colocando meus lábios em seu ouvido. —Você precisa deixar tudo ir, Foster. Pense no que você fez esta noite. Todas aquelas pessoas lá. —Eu acho que esse foi o meu maior show. Talvez será o maior de todos.
—Isso é bom. —Eu devo convidar Carl para assistir a um show. Deixar que ele me diga qual música é a melhor. —Você sabe qual música é a melhor. Foster fechou os olhos e sorriu. —Você sabe que eu nunca vou vender essa música, Rose. Essa é a sua música. —Mas deve ser ouvida por todos. Foster abriu os olhos. Aqueles olhos escuros eram a coisa mais brilhante da minha vida. Se você não conhecesse Foster, você pensaria que o olhar no rosto dele era quase maldoso. Mal. Pronto para atacar. Aquela imagem de bad boy que se desenvolveu agora que ele era um homem. Foster não respondeu ao que eu disse. Então eu continuei gentilmente acariciando seus braços. Sentindo o músculo. Seus antebraços grossos. As bordas arredondadas de seus bíceps relaxados, mesmo que sejam enormes. Quando ele colocou os punhos na mesa, vi o tamanho de suas mãos. Seus dedos pareciam quase inchados. Provavelmente dessa maneira de lutar. Ele viveu uma vida tão diferente da minha quando criança. No entanto, nossos mundos continuaram se colidindo como algum tipo de destino cósmico. Agora nós estávamos no controle de nossos mundos e eles mais uma vez colidiram. Eu respirei fundo e exalei em seu pescoço. Eu cheirei ele. Aquela pontada de suor e homem era mais do que suficiente para fazer meus dedos enrolarem. —Ele foi embora, não foi? —Foster sussurrou. —Sim. —sussurrei. —Ele disse para dizer que está orgulhoso de você e toda essa merda.
Foster assentiu. —Sim. Merda. Isso é exatamente o que é. —Eu sinto muito, Foster. Eu gostaria de poder dizer ou fazer alguma coisa. Foster balançou a cabeça. —Não. Eu só preciso me livrar de Kingsley. —Hã? Foster se levantou e empurrou a cadeira para trás, me empurrando de volta também. Ele se virou e se elevou sobre mim, suas mãos rapidamente indo para a minha cintura. Minhas mãos seguraram suas mãos, apertando quando ele me apertou. Eu nunca estive com um homem que pudesse se mover de forma tão furtiva como o silêncio e fazer meu coração pulsar com tanta força que achava que ia explodir no meu peito. Porque eu nunca soube o que Foster faria em seguida. Ele era uma bala perdida, mas sempre acertava meu coração. Ele me virou e me colocou na mesa. Suas pernas bateram na mesa e suas mãos se moveram para as minhas costas e me puxaram para frente, nossos corpos se tocando. —Simples, Rose. —ele sussurrou. —Kingsley é a criança que espera que seu pai apareça. Ele é o garoto com uma mochila cheia e um saco de dormir de desenho animado enrolado porque ele deveria ir acampar com o pai. Só que seu pai foi para a floresta sem ele. Ficou chapado, bêbado e não voltou para casa por uma semana. Kingsley é o garoto que assiste a esses shows estúpidos na sexta à noite sobre famílias passando por atividades, sempre rindo, sempre juntos. Assistindo a essa diversão enquanto eu estava na casa de outra pessoa, segurando um travesseiro, sorrindo, dizendo a mim mesma que algum dia eu teria. Que eu teria uma casa real com uma família real. Kingsley é o garoto que foi para a cama à noite esperando que uma manhã seu pai voltasse e ficasse para sempre.
Eu engoli em seco, tentando não chorar. Foster era um homem endurecido. Seu olhar honesto e vulnerável, confiando em mim com seu coração machucado. —É por isso que Kingsley não existe mais, Rose. E ele nunca existirá. Então eu pego o que posso. —Significa que, Foster? Ele curvou o lábio. —Agora, Rose... que eu estou pegando você.
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Foster estava errado. Eu coloquei minhas mãos em seu peito e empurrei-o para longe de mim. Eu era a única com o sorriso astuto no meu rosto. Eu queria que ele sentisse como eu me sentia sobre ele. Sentei-me na beira da mesa enquanto agarrava a parte de baixo de sua camisa. Eu levantei devagar e esperei que ele assumisse, o que ele fez. Eu amava o jeito que ele simplesmente jogava a camisa por cima do ombro. Aterrissou sobre a torneira da pia. Minhas mãos nem sequer se incomodaram em tocar seu belo corpo tatuado e esculpido. Em vez disso, coloquei meus dedos no topo de sua calça jeans. Com apenas um puxão, eu sabia o que eu queria. Eu provei seu beijo. Sua respiração. A doçura áspera da pele do pescoço dele. Mas agora eu queria mais. Eu estava com fome ...com tanta fome, porra... Eu deslizei da mesa e caí de joelhos diante dele. Para sempre dele, mas ele também era meu para sempre. Quase
instantaneamente, Foster colocou a mão na minha nuca. Seus dedos cravaram no meu cabelo enquanto ele olhava para mim. Eu me apoiei um pouco mais e me aproximei, beijando logo acima do jeans dele. Eu senti o abdômen dele tremer um pouco. Deus, era tão gostoso que meus lábios pudessem provocar aquela reação nele. E falando em reação ... Eu movi minha mão direita para baixo e senti a protuberância espessa tentando se esconder em seu jeans. Mas não havia como esconder essa coisa. Eu beijei uma pequena trilha com quatro beijos e depois voltei para baixo. Isso era tão lento quanto qualquer coisa iria. Minhas mãos foram para o seu jeans e o abriu. Eu os puxei até os joelhos e vi o contorno largo e perfeito dele pressionando contra suas boxers azul-marinho. Eu me aproximei novamente e beijei sua parte inferior do abdômen enquanto minhas mãos agarraram a parte de baixo da boxer e a puxava para baixo. Meus lábios começaram a seguir, descendo. Minha boca roçou os pelos e então se dirigiu a base lisa e grossa de seu pênis. Levando minha mão direita para cima quando ele se soltou de sua cueca, eu o agarrei sob seu eixo completo, deslizando minha mão até sua ponta. Eu gentilmente apertei, meu polegar sacudindo contra sua ponta, sentindo-o empurrando e gemendo enquanto eu fazia isso. —Porra, Rose. —ele sussurrou, seu aperto no meu cabelo ficando mais firme. Meus lábios deslizaram ao longo de seu eixo duro, movendose rapidamente, correndo todo o comprimento. Minha mão deslizou de volta para o fundo de sua espessura enquanto minha boca se aproximava dele.
Eu o peguei em minha boca, ponta primeiro, parando, sentindo-o quando meu corpo começou a demonstrar uma sensação selvagem de necessidade. Eu coloquei minhas duas mãos em suas pernas, subindo até seu abdômen, sentindo-o respirar enquanto eu suavemente chupava, indo e voltando exatamente onde ele começava. —Porra. —ele gemeu novamente. Sua mão pressionou em mim... Agora foi a minha vez de gemer. Eu o levei mais profundo, centímetro por centímetro duro, permitindo que Foster me testasse. Quando cheguei ao meu limite, deslizei de volta. Fazia tanto tempo desde que eu o provara assim. Meus lábios formigaram com as memórias de antes e da realidade de agora. Minha mão esquerda subia em seu corpo, arranhando os músculos que formavam seu abdômen enquanto minha mão direita descia e o agarrava com tanta força quanto conseguia. No entanto era uma batalha perdida para mim. Meu tamanho comparado ao dele… Droga. Eu o provei novamente, desta vez com mais velocidade. Eu gemia toda vez que me afastava, sentindo Foster se pressionar em mim. Minha mão acariciava o comprimento que eu não conseguia alcançar. Trabalhando juntos, mãos e boca, mostrando a Foster meu amor por ele. Meus gemidos os únicos sons que eu poderia oferecer. Eu não podia escrever músicas, letras e cantar. Mas eu poderia fazer isso para ele... Ele moveu a mão do meu cabelo. As pontas dos dedos dele tocaram meus ombros, me movendo de um lado para o outro do jeito que ele me queria. Seus joelhos levemente dobrados e ele
começou a se mover mais rápido, sempre empurrando com aquele pouquinho extra para continuar me testando. Deixando meus dedos do pé enrolados e uma sensação de formigamento correndo da cabeça aos pés. Eu fiquei com ele, minha boca amando ele. Logo senti um inchaço que era meu único aviso antes que ele chegasse ao clímax. Eu gemi quando ele rosnou, pressionou para frente e fez uma pausa. Seu corpo inteiro ficou paralisado por um breve segundo, mais duro que a pedra, um silvo deslizando entre seus lábios. Ele gozou e eu parei, quase chocada com a recompensa que me foi dada. Meu corpo estremeceu. Seu corpo estremeceu, flexionou, seus ruídos combinando com o latejar da minha boca. Comecei a me mover de novo, devagar, saboreando tudo o que Foster tinha a oferecer. Recusei-me a desperdiçar alguma coisa quando desci uma última vez, até onde pude ir. Eu me afastei dele, ofegando com um suspiro quando me sentei nos meus calcanhares. Minhas mãos tremiam enquanto brincava com meus dedos para cima e para baixo em seu abdômen enquanto ele tentava recuperar o fôlego. Foi quando Foster franziu os lábios com uma expressão de raiva que fez minha pele tremer. Ele me alcançou e me ajudou a ficar de pé. Minhas pernas estavam formigando por estar na posição que eu estava. Eu lambi meus lábios, ainda saboreando ele. Ele se aproximou de mim, sua testa descansando contra a minha. Minhas mãos então caíram para os meus lados. Ele não falou uma palavra. Lembra o que eu disse sobre o olhar dele? Você nunca poderia dizer o que ele estava pensando. O que ele estava sentindo.
Eu engoli em seco, meu corpo começando a tremer. —Foster... Ele passou os lábios pela minha bochecha, até o meu pescoço e finalmente até a minha orelha. Ele beijou uma vez e sussurrou duas palavras. —Minha vez.
CAPÍTULO 22 MINHA RESPIRAÇÃO NO CORPO DELA Foster Eu a amava em uma camiseta e nada mais. Eu cuidei da parte do nada mais quando meus dedos engancharam a ponta da calcinha e a deslizou para baixo. Rose colocou os pés na cama e levantou a bunda para fora, entregando-se a mim novamente. Quando vi a beleza sedosa de seu corpo, cerrei os dentes. Eu me aproximei e rocei meu nariz contra sua doçura. Seu perfume era mel e desejo enredado mais forte do que seu aperto na cama. Eu lentamente virei minha cabeça para a direita e usei a ponta da minha língua para deixar Rose saber que eu estava lá. Não que ela precisasse da dica, mas eu agi como um cavalheiro quando eu primeiro deslizei a ponta da minha língua para baixo, abrindo suas dobras suaves. Empurrando para frente para senti-la apertar-se contra mim, em seguida, invertendo o movimento, parando em seu clitóris macio, circulando ao redor quando ela levantou seus quadris e começou a respirar pesadamente. —Foster. —ela ronronou. Sorri enquanto exalava com força, deixando minha respiração tocar seu centro. Ela balançou os quadris ainda mais forte. Sua delicada flor era para eu tomar, mas meus olhos continuavam olhando para ela. Vendo ela em uma das minhas longas camisetas. Na minha cama novamente. O que diabos estava acontecendo entre nós estava crescendo e chegando a um ponto em que iria explodir. Bom ou ruim ...
Mas antes disso, eu estava sedento. Minha língua sacudiu contra a umidade, o barulho ecoando ao redor. Minhas mãos pousaram em seus quadris perfeitamente curvados, feitos para o aperto das minhas mãos. Eu a puxei quando comecei a saboreá-la. Não havia mais língua gentil. Não havia mais bondade. Meus desejos violentos estavam agora tomando controle total e Rose iria colher desses benefícios. Eu abri minha boca e a chupei. Minha língua se moveu mais rápido a cada segundo, certificando-se que eu provasse por toda parte dela, não querendo que nem a menor gota de seu doce mel caísse nos meus lençóis. De baixo para cima, girando em torno de seu clitóris, deslizando para baixo, repetindo esse movimento repetidamente. Eu pressionei minha boca contra ela, movendo-me um pouco, respirando pesadamente pelo meu nariz, minha respiração batendo em seu suave e pulsante monte. Suas mãos agarraram as minhas e ela puxou, querendo-as debaixo da camisa. Essa era uma viagem que valia a pena. Minhas mãos pousaram sobre seus seios, sentindo seus mamilos duros contra as palmas das minhas mãos. Ela enfiou o seio nas minhas mãos e, em seguida, empurrou sua metade inferior na minha boca. Ela se contorceu e balançou na cama, metade querendo mais, metade querendo fugir para recuperar o fôlego. Eu rosnei com a mesma necessidade de animais selvagens, sabendo que eu não estava procurando ar até que eu ficasse satisfeito. Rose arranhou a parte de trás dos meus ombros. Quando a ponta da minha língua bateu contra o clitóris, ela cravou mais forte. Então eu continuei. Ali. Naquele mesmo ponto. De novo, de novo e de novo. Seu corpo levantando e balançando, seus quadris se apertando contra mim enquanto eu pressionava o mais forte que eu
podia, dirigindo-a de volta para a cama. Suas unhas eram como agulhas penetrando minha pele quando ela começou a tremer. —Foster. —disse ela e depois perdeu o fôlego. Suas costas arquearam, mas rapidamente caíram na cama enquanto ela lutava para levantar sua metade inferior. Eu rapidamente trouxe minhas mãos pelo seu corpo e em torno de sua bunda e apertei com força, levantando-a, sentindo-a chegar ao limiar do clímax. Ela gozou alguns segundos depois, suas unhas se enterrando mais forte do que nunca. Eu deixei o seu núcleo aberto, todo o doce mel que eu podia provar e saborear agora era meu. Minha língua subiu e desceu enquanto ela balançava, dando tudo para mim. Quando suas mãos deslizaram dos meus ombros e bateram na cama, ela de repente relaxou. Eu a libertei na cama e gentilmente beijei entre suas pernas. Aninhando meu nariz contra ela, respirando fundo para memorizar o cheiro dela, avançando para a parte interna da coxa dela, sentindo-a mexer e chutar para mim. Eu sorri, lembrando como ela ficava excitada depois que ela terminava. Deus, eu amo essa mulher. —Foster. —ela finalmente sussurrou. respirar.
—Eu não posso
Eu me aproximei novamente e com meus lábios a um centímetro de seu clitóris, eu sussurrei: —Bom... eu ainda não terminei...
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—Vou me atrasar. Eu senti a cama tremer e eu abri meus olhos para ver Rose jogando as cobertas por toda a cama, tentando lutar para sair dela. No último segundo eu a agarrei, minhas mãos contra sua cintura nua. Ela ainda estava nua da noite anterior. Meus olhos a examinaram, estudando cada pequena característica. Desde a aparência de suas omoplatas até a covinha descontroladamente sexy em sua parte inferior das costas, até a curva de sua bunda. Eu cerrei meus dentes e me recusei a deixá-la escapar facilmente. Ela tinha sido meu lanche da meia-noite e agora eu a queria no café da manhã. Rose soltou um grito brincalhão quando a puxei de volta para a cama. Em um movimento rápido, eu a puxei para baixo e rolei para a direita. Eu tinha nos dois embrulhados nos cobertores novamente, Rose de costas, eu pairando sobre ela. —Bom dia, Rose. —sussurrei. —Foster. Eu tenho... Eu coloquei meus lábios nos dela. Quando me afastei, ela terminou a frase. —… uma reunião… —Sim, você tem. —eu disse. —Uma reunião comigo. Bem aqui. Agora mesmo. Eu beijei seu pescoço. Ela virou a cabeça e gemeu. —Droga, droga, droga. — Ela fechou as mãos e bateu-os nas minhas costas repetidas vezes. —Porra. Pare. Eu não posso. Eu me afastei. —Você não pode? —Eu tenho uma reunião. Vou me atrasar.
—E daí? Pelo menos você terá uma boa história. —Oh, sim, isso vai acabar bem. Desculpe por ter perdido a grande reunião de vendas para expandir o negócio. Eu estava muito ocupada sendo abusada pelo meu namorado. Eu levantei uma sobrancelha. —Espere um segundo ... abusada? —O quê? —Rose perguntou. —Isso é tão imundo. Eu gosto disso. Eu quero abusar de você, Rose. —Oh, caramba. —ela sussurrou. —O que eu acabei de fazer? —Você acabou de usar a palavra abusada e eu não vou deixar você sair dessa. —Foster... —Certo. —eu disse. —Esqueça isso. Que tal a parte em que você me chamou de namorado? As bochechas de Rose coraram. Ela engoliu em seco. —O quê? Isso é… errado? —Eu só não sabia que estávamos lá. —Onde você achou que estávamos? Tudo o que fazemos é sair e... —Abusar um do outro? Rose revirou os olhos. —Eu não posso abusar de você. Bem, tenho certeza que poderia, mas isso seria... Eu ri. Eu acariciei meu nariz em seu pescoço e comecei a beijá-la novamente. Ela chutou as pernas e começou a fazer sons falsos de choro.
—Pare. —ela sussurrou. —Eu te odeio, Kingsley. —Eu sei que você odeia, Lesma. Agora saia da minha cama. Eu tenho outra pessoa vindo depois que você sair. Rose colocou as mãos no meu peito e me empurrou. —Isso é muito bom de dizer. Imbecil. Ela correu para sair da cama novamente. Eu a observei se vestir e correr para a cozinha. Então algo veio sobre mim. Agora eu estava lutando para tirar as cobertas do meu corpo. Chutando os cobertores e lutando para colocar meus pés no chão. Levantei-me e olhei em volta, incapaz de encontrar o meu maldito jeans. Então eu peguei o lençol e o enrolei um pouco e fiquei coberto entre as minhas pernas. Eu corri pelo apartamento e não parei até conseguir colocar minha mão livre em Rose mais uma vez. Quando eu a toquei, ela ofegou. Ela estava de olhando seu celular e tinha as chaves na outra mão. —Foster... Eu peguei o celular e joguei na mesa. Eu tirei as chaves da mão dela e coloquei na mesa. Minha mão tocou seu lado e eu a virei um pouco, empurrando-a de volta para o balcão. Minha mão correu por seu corpo, sobre seu peito, não parando até que eu tocasse sua bochecha. —O que você está fazendo? —Rose sussurrou. —Dizendo exatamente o que é isso. —eu disse. —Isso é você e eu, Rose. Isso é o que sempre fomos. O que sempre seremos. Eu não faço os rótulos de namorado e namorada. Isso é para pessoas que estão se conhecendo. Observando o jeito que a pessoa come. Ou se eles escovam os dentes à noite. Ou se eles tinham alguma peculiaridade e hábitos irritantes. Estamos além disso.
—É? —Rose perguntou. Eu assenti. —Como você sabe? —Ela perguntou. Eu cerrei meus dentes. Eu amava quando ela me tentava. Eu me aproximei e beijei seus lábios. —Eu assisti você comer muitas vezes. A primeira coisa que você comeu na minha frente foi um hambúrguer que seu pai preparou. Quando você deu a primeira mordida, um pedaço gigante de tomate caiu e se jogou no prato. Suas bochechas ficaram vermelhas. Você costumava cobrir sua boca quando comia na minha frente, mas você não faz mais. Na maioria das vezes você escova os dentes, mas noites como a noite passada, tudo bem esquecer. E peculiaridades? Hábitos irritantes? Você escreve o livro sobre isso, Rose. Você rouba meu travesseiro à noite. Você me chuta quando eu chego perto demais. Você só morde a unha do polegar na sua mão direita. —Uau, Foster... Eu a beijei novamente. —Mas a coisa é… essas coisas significam tudo para mim. Eu não quero dormir sem que alguém pegue meus travesseiros ou me chute. Eu não quero estar com alguém que morde todas as unhas. —Apenas a unha do polegar direito. —ela sussurrou. —Exatamente. Rose engoliu em seco. —Uau. —Só queria tirar isso do meu peito. Agora, vá para a sua reunião. Vender café ou algo assim. Espero poder ver você mais tarde. —Vou ligar para você. Nós nos beijamos. Dois selinhos de adeus seguidos de um
beijo leve-me até a cama. Eu me empurrei contra ela, rosnando, suas mãos tocando meus lados para me afastar. Nós nos separamos, sabendo que nós dois não queríamos fazer isso. Rose tocou meu rosto, sorriu e foi embora. Ela parou na porta e olhou para trás. —Você ronca. Você está muito assanhado quando estou tentando dormir. Quando você come, você empurra tudo para o lado direito e sua mandíbula se move como uma vaca mastigando a grama. Você se importa muito com aqueles que não se importam com você. Você vê o mundo através de olhos que eu não entendo. Seu pé direito é estranhamente maior do que o esquerdo. Ela franziu os lábios e beijou. —Tenha um bom dia. Rose saiu do apartamento. Eu olhei para os meus pés descalços. Eu sorri. Ela estava certa. Meu pé direito era um pouco maior que o esquerdo. —Obrigado, Lesma. —sussurrei. —Eu também te amo…
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Caminhei pelas escadas com Rhett falando sobre nossos solos de guitarra favoritos. O garoto estava gostando do meu tipo de música. Nós fazíamos questão de trazer uma nova música a cada semana para o outro ouvir. Ele estava em algum tipo de coisa de metal profundamente sonoro. Era bom. Tinha um bom som e eu pude entender totalmente como isso fazia o coração cheio de angústia de um adolescente parecer um pouco mais fácil de lidar. —Ei, você quer um café para viagem ou algo assim? —
Perguntei. —Não, —disse Rhett. —Estou me encontrando com Carrie. Os pais dela não estão em casa. —Não fugindo dessa vez? —Não. Há um balanço no final do seu quintal. Nós nos sentamos lá e conversamos. —Apenas conversam? As bochechas de Rhett ficaram vermelhas. —Cale-se. Eu balancei a cabeça. Não se envolva. —Leve para ela um café. —eu disse. —Gesto romântico. —Você acha? —As mulheres adoram café. E flores. —Eu não tenho flores. —disse Rhett. —Então é melhor você levar café. —Parei no balcão. — Certo, Beth? —O quê? —Ela perguntou com os olhos arregalados. —As mulheres amam café e flores. —Sim. —ela disse. Ela olhou para mim. —Sim. Foster. —Vou querer dois cafés. —eu disse. Coloquei uma nota de cinco no balcão e me virei para encarar Rhett. Eu notei ele olhando para a janela da frente. Como se esperasse que alguém passasse. —Ela vem aqui? —Perguntei. —O quê? Não, eu vou lá encontrá-la.
—Você está bem? —Perguntei. —Tudo bem. —disse Rhett. —Precisa de muito para mentir para mim. —eu disse. —Você não quer saber sobre minha vida pessoal, Foster. —Verdade. Mas se houver uma chance de você estar com problemas ou algo assim... —Não. —disse ele. —Não é problema. Meu pai decidiu se aproximar de novo. —Oh? —Ele faz isso de vez em quando. Ele só vai aparecer. Fingir que tudo é normal. Quer que eu aja como se nos conhecêssemos. É... desconfortável. Ainda não posso dizer a ele para se foder. Assenti. —Sim, eu entendo isso. Já passei por isso. —Você passou? —Acredite em mim, eu passei. Pegue seus cafés e vá ver Carrie. Por favor, não faça nada estúpido e acabe em apuros. Beth deslizou os cafés pelo balcão. Rhett tinha seu violão pendurado nas costas enquanto saía da cafeteria, carregando dois cafés. Eu balancei a cabeça. Aquele garoto era como uma imagem ambulante de mim quando eu era mais jovem. Não havia nada que eu pudesse fazer, no entanto. Ele teria que viver sua vida e descobrir tudo. —Você quer uma bebida? —Beth me perguntou. —Estou bem, obrigado. Afastei-me do balcão e vi o movimento do canto do meu
olho. Eu me virei a tempo de ver meu pai parado do lado de fora do café. Tirando a tampa de um copo de viagem e tomando-o. Balançando a cabeça. Colocando a tampa de volta. Ele abriu a porta do café. O mão de vaca não podia nem comprar um café? Talvez ele esteja apenas economizando seu dinheiro. Fazendo bem. Tentando muito. —Aí está ele, meu garoto. —disse ele. —Eu estava procurando por você. —Procurando por mim. —eu disse. —Certo. —Queria ver você. Ver como as coisas estavam indo. —Eles estão indo, pai. —eu disse. —Venha aqui. Venha conversar comigo por um minuto. Fui até uma mesa e fiquei lá enquanto ele se sentava. —Você percebe que o café custa dois dólares. —eu disse. — Apoia uma empresa local. Na verdade me apoia. —Eu gosto do meu café. —disse o pai. —Você realmente quer falar sobre café? —Não. —Como está indo? —O que você quer dizer? —Os shows. O violão. A música. Foi um ótimo show. —Aquele que você deixou? —Eu tive que sair daqui. —disse o pai. —Eu não queria te atrapalhar. Você e Rose... —Não a traga para nada.
—Ei, eu disse a ela a verdade. —Você falou com ela? —Sim. —disse papai. —Disse a ela que você está apaixonado por ela há anos. Você e ela juntos me deixam orgulhoso. —Orgulhoso… —Sim. Porra, garoto. Estou orgulhoso de você. Engoli. —OK. Obrigado. Como sua... vida... está indo? —Não é ruim. Tenho um emprego e um lugar de merda para viver. —Isso é verdade ou é como nas outras vezes? Papai abaixou a cabeça. —Certo. Ouça, Foster... —ele pegou meu braço. —Kingsley. — Ele piscou. —Eu não quero te decepcionar. Fodam-se as coisas. Naquela época, era mais fácil fazer isso dessa maneira. —Mentir para mim? —Sim. —Isso não parecia bom. —Eu sei. —disse o pai. —Me desculpe por isso. —Então, qual é a diferença agora? —Perguntei. —Quero dizer, você está fora há semanas agora. Isso é um recorde para você. —Estou ocupado. —disse papai. —Aproveitando o sol. Um bom café. Indo para reuniões. —Reuniões… —Sim. Conversando com outras pessoas como eu. Reuniões de recuperação, Foster. Cuidar de mim mesmo agora.
—Bem, é bom ouvir isso. Papai assentiu. —Eu vou te perguntar uma coisa. —OK. —O que você está fazendo? Quer dizer, eu estou olhando do lado de fora aqui. Eu vejo você no porão de um café, dando aulas de violão. Fazendo pequenos shows. Você não pode ganhar muito dinheiro. —O quê? Você está me criticando? —Claro que não, garoto. Apenas curioso com o que você está fazendo. —Eu estou vivendo. —eu disse. —Você realmente não definiu o caminho para mim. —De jeito nenhum. —disse o pai com uma risada. —Mas você não pode me culpar por hoje. Esse é o caminho fraco da vida. Supere você mesmo, Foster. —Você está me dizendo para me superar? É por isso que você queria vir aqui hoje? —Não. Eu quero que você descubra o que você quer na vida. E depois coloque um anel de diamante no dedo de Rose. Casese com ela e viva a melhor vida de todas. —O quê? —Você me ouviu. Eu vou ajudá-lo a pagar pelo anel também. Estou economizando dinheiro, Foster. Desculpe, eu não gastei os dois dólares por um café, mas eu estou fazendo isso. —Você não pode estar falando sério. —Muito sério. —disse o pai. —Eu te fodi durante toda a sua vida. A única coisa que tem sido constante é Rose. Então eu vou
fazer isso certo. Certificar de que vocês dois estejam juntos. —Eu não preciso disso. —É meu presente. Me dê algumas semanas para juntar o resto do dinheiro. Papai levantou-se e piscou para mim. Ele recuou e se virou para sair. Levantei-me, boca aberta, querendo dizer algo mais. Mas naquele momento, tornei-me Kingsley novamente. O garoto segurando cada palavra que seu pai disse. Mas Foster sabia a verdade. Eu nunca conseguiria um centavo dele. Rose não ganharia um anel por causa dele. Ele voltaria à cadeia antes que pudesse ganhar metade do dinheiro para comprar mesmo um anel de noivado barato. Além disso, não era seu trabalho fazer isso por Rose. Era o meu trabalho, se é isso que eu queria. Eu me inclinei contra a mesa e toquei meu queixo. Porra, essa era a questão da minha vida ... O que diabos eu queria?
CAPÍTULO 23 UM TEIMOSO ENCONTRANDO OUTRO Rose Abri a porta da frente da minha casa de infância e encontrei Vivian parada ali, com o lábio franzido. Ela estava nervosa e eu sabia por quê. A primeira coisa que fiz foi abraçá-la. Era apenas a nossa coisa silenciosa de fazer. Quando sabíamos que a outra estava chateada, um abraço era o truque. Nós fizemos esse acordo depois que nossa mãe morreu. Nós nos revezamos no luto, tentamos manter o pai o mais feliz possível e sempre prometemos uma a outra que apenas nos abraçaríamos. —Ele é tão teimoso. —Vivian sussurrou. —Eu sei que ele é. —eu disse. —Por que você não volta ao trabalho? Eu ficarei aqui. Lidarei com ele. Faça uma pausa. —Você tem certeza? —Sim. Eu a peguei pela mão e nós entramos na cozinha. Papai ficou ali, uma mão no balcão, a outra mão tocando em seu peito. Ele respirava com dificuldade. No balcão havia uma caixa de hambúrgueres congelados. —Eu tenho que sair, pai. —disse Vivian. —De volta ao trabalho. —Bom. —ele disse. —Você não precisa estar aqui. Vá viver sua vida. Estou bem.
—Você tem certeza de que está bem? —Perguntei. —Só um pouco sem fôlego. Isso é tudo. —Ele sorriu. — Venha cá, Viv. Me dê um abraço. Eles se abraçaram e quando Vivian se virou ela tinha lágrimas nos olhos. Eu peguei a mão dela enquanto ela se afastava, apertando-a algumas vezes. Ela então fugiu e saiu de casa. A primeira coisa que fiz foi pegar a caixa de hambúrgueres congelados e depois abrir o lixo e jogá-la fora. —Ei. —papai rosnou. —Eu paguei oito... —Eu não me importo. —eu disse. —Você não pode comer essas coisas. —Quem disse? —Eu. Os médicos. —Vivian. —disse ele. —Você a magoou, pai. —Ela é exigente. —Você está doente. —Eu não estou doente. —papai retrucou. —Seu coração… Ele franziu o lábio. —Depois de tudo que passei, ninguém questiona meu coração. Ele empurrou o balcão e andou com resmungos e suspiros. Eu entendia isso. Eu dei a ele alguns minutos para ele mesmo. Eu escapei para o banheiro do térreo para fazer xixi e
organizar minhas emoções. De certo modo, meu pai chegara perto de encontrar minha mãe novamente. Sobreviver significava viver e estar comigo e Vivian. Morrer significava que ele poderia encontrar seu amor novamente. Então, para ele, era uma situação vencedora e perdida ao mesmo tempo. Limpei os cantos dos meus olhos e fui para a sala de estar. Papai estava sentado em sua cadeira verde favorita. Eu sentei na beira do sofá. —Vamos falar sobre ela. —eu disse. —O quê? —Mamãe. —Não. —Pai, eu entendo. Lamento que você tenha que reviver tudo de novo. Depois de passar por isso. Eu não sei o que posso dizer para você porque não posso imaginar não ter você por perto. Mas se você fosse embora, eu encontraria conforto sabendo que você estava com ela. Eu vi o jeito que papai agarrou os braços da cadeira. Esta conversa provavelmente não era boa para o coração dele. Eu deveria ter deixado ele cozinhar os malditos hambúrgueres. Papai respirou fundo. Ele olhou para mim. —Vivian me estressa. Assim como sua mãe. Eu sorri. —Então é por isso que você está sendo cruel com ela.
—Eu não sou mau. Sou honesto. —Honesto? —Estou com fome, Rose. —Então, vamos fazer uma coisa para você. —Eu não quero essa comida de coelho. —Papai. —Rose. —disse ele com uma voz arrogante. —Você está sendo uma criança agora. —Ha. Agora você sabe como foi lidar com as garotas. Sempre brigando por brinquedos, escovas, banheiro, nunca querendo comer o que cozinhava. —Você era um péssimo cozinheiro. —Eu fiz o melhor que pude. —disse ele, seus olhos se tornando brilhantes. —Eu sei. —eu disse. —E você foi incrível. Eu teria dado tudo nesse momento pela versão do bolo de carne do papai. Este pedaço de carne carbonizado com pedaços de eu não sei o que dentro dele. —Incrível. — disse papai. —Eu não sinto isso. —Você deveria. —Rose. Não tenho certeza do que pensar ou sentir. OK? Você falou sobre sua mãe. Mas então eu indo cedo e não vivenciando a sua vida e de Vivian... —Você ainda está aqui. —eu disse. —Por agora.
—Não fale assim. Faça o que os médicos dizem e você ficará bem. —Você sabe, eu nunca soube o que fazer com Foster. —Foster? Estamos falando de Foster agora? —Sim, estamos. Eu nunca consegui ler o cara. Você estava de ponta-cabeça no dia em que o viu. Eu sabia que estava em apuros. E o pai dele... —Qual é o problema entre você e o pai dele? Papai olhou para mim. —Eu o avisei. —O avisou? —Eu disse a ele tantas vezes para parar de foder a vida de Foster. —Você disse isso para o Kevin? —Sim. —Quando? —Depois do trabalho. Eu às vezes tomava uma cerveja com os caras. Kevin estava lá. Agarrei-o uma vez e coloquei-o sobre o balcão. Eu tinha o cabeça de merda nas minhas mãos e queria matálo. —Mesmo? Papai assentiu. —Os caras me afastaram. Então ele veio atrás de mim. Eles nos jogaram lá fora para resolver as coisas. —Você brigou com o pai de Foster? —Não foi realmente uma briga. —disse papai. —Nós nos empurramos. E então ele me manipulou. —Manipulou você como?
—Ele desmoronou. Manipulou em minhas emoções. Sobre perder a mãe dele. Como ele perdeu o amor dele. Acabamos bebendo algumas. Falando. Ele me pediu algum dinheiro para conseguir um quarto. Eu disse a ele para limpar e arrumar um lugar para que ele e Foster pudessem se acomodar. Ele pegou o dinheiro e comprou algumas drogas. Ficou chapado. Entrou em uma enrascada. Foi preso. Com meu dinheiro. —Papai apontou para o peito. —Jesus, Rose, foi como se eu tivesse comprado as coisas para ele. Eu não podia olhar Foster nos olhos novamente depois disso. —Papai... não é sua culpa. —É sim. Porque esse cara será sempre o mesmo. E eu nunca deixei Foster ficar aqui. Eu deveria ter feito um quarto para ele. Mas como eu poderia ter feito isso? Você era adolescente. Eu me movi do sofá e caminhei para o papai. Eu me agachei na frente dele. —Você não fez nada errado. Nunca. Estamos nos descobrindo. Juntos. —Eu sei que esse pedaço de merda do pai dele está fora da cadeia novamente. —disse papai. —Espero que ele não atrapalhe as coisas. —Foster é um adulto. Eu também. É a vida. Papai respirou fundo e moveu o ombro esquerdo com desconforto. —Vida. —E você papai, vai comer o que lhe é dito. Ande quando você deve andar. Não exagere. —Sim, certo. —disse ele. —Como quiser, Rose. Levantei-me e tive uma sensação repentina de mal-estar no estômago. Eu agarrei o ombro do pai e de repente tive vontade de
vomitar. Minha boca seca, meu estômago apertando. Eu respirei e engoli em seco. —Você está bem? —Ele perguntou. —Sim. Eu apenas me levantei rápido demais. Tenho que fazer xixi. —Você acabou de ir. Eu te ouvi no banheiro. —Eu tenho que ir de novo. —eu disse. Eu realmente fiz. Papai levantou uma sobrancelha para mim. Ele não disse nada. Talvez ele não precisasse. Eu não pensei muito nisso. Mas depois que eu fiz o meu pai comer algo e decidi ir embora, ele me acompanhou até a porta com um sorriso no rosto como eu não via há anos. Ele me abraçou com mais força do que ele fazia há muito tempo. Eu não sabia o que o fez tão feliz, mas foi muito bom ver. Quanto a mim ... eu estava prestes a descobrir qual era o motivo.
CAPÍTULO 24 TARDE DA NOITE SUSPIROS E LETRAS Foster Segurei o corpo nu perfeito de Rose contra o meu. Minha mão direita arrastando ao redor da curva de sua bunda. Minha mão esquerda brincando suavemente com o cabelo dela. —Conte-me sobre o seu dia. —ela sussurrou, sua respiração contra o meu peito. —Só mais um dia. —eu disse. —Algo engraçado aconteceu. —O quê? —Notícias de Carl. Eu tenho um trabalho em breve. Potencial para um hit ou dois. Isso seria legal. —Como é isso, Foster? Escrever música. Vendê-la. —Assim como qualquer trabalho. —eu disse. —Não. Eu não acredito nisso. Você está fazendo algo especial. —Você é algo especial, Rose. —Eu a puxei, segurando-a ainda mais apertado para mim. —Eu prefiro apenas fazer isso pelo o resto da minha vida. —Então venda a música sobre mim. —brincou ela. —Então podemos ficar ricos juntos. Para sempre. Eu olhei para ela. —Você acha que pode ficar comigo para sempre? —Por que não? É tudo o que temos um do outro. Nada
mais resta. —Oh, há muita coisa entre nós. —eu disse. —Você quer morar neste apartamento comigo? Ou eu morando em seu apartamento? —Então, estamos comprando uma casa agora? —Caramba, Rose, não nos precipitemos. —Oh. Certo. Ainda não estamos lá. —Ela revirou os olhos. —Ei. —eu disse. —Eu vou te dar o que você quiser, Rose. —Sim, você diz isso. Eu a rolei de costas e olhei nos olhos dela. —Estou falando sério, Rose. Estou gostando disso. Você e eu assim. Estou me segurando para não atrapalharmos as coisas. —Somos muito bons em bagunçar as coisas. —Sim, nós somos. Principalmente eu, no entanto. —Verdade. Eu não queria ofendê-lo, no entanto. —Obrigado por isso. —sussurrei. —Estou falando sério. Nós passamos pelo pior de tudo. Apenas pulando ao redor. Nós nunca nos afastamos muito. Nós nunca nos odiamos. —Nós simplesmente não arriscamos o suficiente. —disse ela. —Eu sei. De certa forma, prefiro ter você na minha vida como amiga do que perder você como a única. —Uau. Não tenho certeza se isso é romântico ou não. Eu sorri abertamente. —Nem eu. Eu gosto desta Rose. Quer dizer, eu não posso te dar uma vida de sonho. A vida que você provavelmente quer...
—Lá vai você, Foster. Apenas assumindo as coisas de novo. Você sempre faz isso. Como a noite daquela festa. Fingindo que ia beijar. Por quê? Você assumiu que eu não queria beijar você? —Não. —eu disse. —Rose. Naquela noite... se eu tivesse te beijado... isso levaria a muito mais. —Isso teria sido uma coisa ruim? Eu me abaixei e a beijei. Eu me virei e me sentei um pouco na cama. —Eu estava movimentando coisas para o meu pai, Rose. —Coisas… Eu olhei para ela. —Coisas. —Oh. —ela disse.
—Eu lembro daquela noite. Com o
carro. —Sim. Essa foi a minha fuga. Eu estava movimentando coisas na festa. Entregando. Então eu tive que ir e cuidar de outras coisas. Foi assim que sobrevivemos. Se eu o ajudava, ele ficava bem. O que parece estranho. Infringindo a lei para ele não infringir a lei. —Foster. —disse Rose. Ela pegou minha mão e abriu. Ela brincou com meus dedos. —Eu o odeio. Muito. Mais do que eu já odiei alguém. Eu sorri. Senti o nó duro na minha garganta. —Eu sei. Apenas significa que você me ama. Rose mordeu o lábio. —Eu quero dizer isso para você, Foster. Agora mesmo. Um mês atrás. Um ano atrás. Eu não sei onde isso vai nos levar, porém. —Eu quero que você viva do jeito que você quer. — sussurrei. —Nunca se segure. O bom. O ruim. Qualquer coisa. Eu sei que você odeia meu pai. De alguma forma, eu também. A coisa é, Rose, ele não pode mais me pegar. Isso realmente não importa.
Eu tenho tudo o que quero na minha vida. Nos meus braços. Você. Rose subiu um pouco e beijou meu peito. —Bem. Eu amo você, Foster. Eu toquei seu queixo, traçando uma linha de um lado para o outro. Eu segurei o lado esquerdo do rosto dela, meu polegar acariciando sua bochecha. —Eu sei que você me ama. —sussurrei. —Você me amou desde que eu conheci você. Isso realmente significa algo para mim. Você não precisa acreditar em mim, Rose, mas é por isso que eu mantive aquela pequena distância lá. Eu nunca quis que você fosse arrastada para a minha escuridão. —Eu nunca fui arrastada. —disse Rose. —Eu segui. De bom grado. —Eu sei. Você é mulher teimosa e tola. —Amor. —disse ela. —Ele faz coisas em uma pessoa. —Eu sei. —eu disse. —Porra, Rose, eu sei. Houve tantas vezes em que de repente eu pensava em você. Me perguntando se você estava com alguém. Se ele estava te tratando bem. Se ele te amava do jeito que você queria ser amada. —Nunca poderia haver ninguém além de você, Foster. — disse Rose. —Essa é a única verdade da minha vida. Todo o resto se encaixa. Apenas acontece. —Sim. —eu disse. —Eu não tenho certeza se alguma coisa na minha vida realmente se encaixou. Além de aparecer nos momentos certos. Ou nos momentos errados, dependendo de como você olha para isso. Rose riu. —Tudo sobre nós está certo e errado. Isso é o que nos faz...
Rose fez uma pausa. —Nos faz o que? —Perguntei. —Eu não sei. Eu ri. —Obrigada por isso. —Estou cansada, Foster. —Isso é sua culpa, Rose. Eu planejei ir direto para a cama. Mas você… —Oh, vamos lá. —disse ela. —Quem vai para a cama às nove? Eu pisquei. —Para ser justo, Rose, você não parece muito cansada agora. —Não pareço? —Não. Eu me movi para a esquerda, envolvi meu braço direito ao redor dela e a segurei na cama. Meu corpo pressionou o dela, eu a beijei de uma vez. Isso é tudo que eu precisava. Eu me afastei e dei a Rose um segundo para se arrumar. Ela prendeu a perna esquerda ao redor do meu corpo e eu empurrei para ela, sentindo seu desejo explodir com ainda mais calor. Eu me movi entre as pernas dela enquanto a beijei novamente. Suas mãos agarraram meu cabelo, puxando com força. Eu interrompi o beijo e desci pelo pescoço dela. Ela colocou a cabeça para trás com um suspiro e empurrou o peito para mim. Deslizei minha mão para baixo da cama e toquei seu quadril, subindo e descendo por sua doce pele até a parte interna da coxa. Eu abri as pernas dela um pouco mais, meus dedos se movendo até que eu toquei suas dobras sedosas. Passando meus dedos, eu provoquei seus quadris para empurrarem, seu corpo apertado ao
meu, sob o meu controle. Minha boca beijou seu peito e se estabeleceu em seu seio esquerdo. Eu provei sua pele, a ponta da minha língua fazendo círculos em torno de seu mamilo, e eu finalmente fechei minha boca e puxei delicadamente, fazendo-a gemer e arquear as costas ainda mais fora da cama. Entre suas pernas, movi meus dedos até sua pele macia e deixei um rastro de mel ao longo de sua parte inferior do abdômen. Eu movi meu corpo e me aproximei, me levando para ela. Com apenas o menor dos toques, suas costas bateram na cama e ela ronronou. Seus quadris estremeciam com a necessidade enquanto seu coração acelerava de desejo. Eu inverti meus beijos de modo que subi em seu peito, provei seu pescoço e beijei sua boca. O beijo era selvagem, intenso, e eu empurrei minha parte inferior para frente, afundando nela. Ela engasgou quando nos beijamos. Suas mãos agarraram minhas costas. Ela envolveu as pernas ao redor da minha cintura. Eu a tinha. Ela era toda minha. Meu corpo empurrando, bombeando, fodendo, tendo ela novamente. Ela estava certa... quem diabos vai para a cama às nove? Nós fomos. Porque agora era quase meia-noite e não tínhamos feito nada além de explorar os corpos e corações um do outro. Eu rosnei quando empurrei para frente com força. Rose gritou e interrompeu o beijo, enterrando o rosto no meu pescoço. Seus lábios, sua língua e depois seus dentes. Beijando-me.
Mordendo-me. Meu nariz tocou suavemente no seu cabelo, cheirando seu xampu. Isso me fez cerrar meus dentes. Com Rose, não havia o se apaixonar. Havia mergulho de cabeça em primeiro lugar em uma escuridão que nunca terminava do jeito que queríamos. Mas eu senti… —É tão bom, porra. —ela gemeu, sua respiração tocando meu pescoço. Ela lutou para continuar me beijando, indo para o meu peito. Coloquei os punhos na cama e me afastei dela. Ela agarrou meus braços e se levantou, beijando e mordendo-me. Eu me movi mais e mais rápido, olhando para ela enquanto ela tentava me devastar. Sentindo-a tentando manter o ritmo. Isso me fez franzir meu lábio. Eu senti meu pau inchar. Eu senti seu belo corpo apertando contra mim. Rose beijou meu peito e colocou a cabeça para trás novamente para respirar. Alguns fios suados de cabelo grudaram em seu rosto. Ela parecia desesperada com os olhos ardendo de prazer. Isso foi tudo que eu pude aguentar. Eu abaixei para beijá-la. Mas antes que nossos lábios se tocassem, nós dois começamos a chegar ao clímax...
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Eu usava meu jeans e tinha uma garrafa de cerveja na mesa de cabeceira. Peguei uma cadeira da mesa da cozinha e a coloquei ao lado da cama. Eu segurei meu violão e Rose estava enrolada em meus cobertores e lençóis. Ela olhou para mim, sorrindo. Eu sabia que sob esses cobertores e lençóis ela estava nua. Eu preferia estar segurando seu corpo ao invés do meu maldito violão. Mas ela me pediu para tocar para ela dormir. Quando éramos mais jovens, antes de tudo explodir em uma das vezes, ela me confessou que uma de suas fantasias era eu tocar violão e colocá-la para dormir assim. Não havia nada de sexual nessa fantasia, mas de alguma forma me fez sentir descontroladamente pronto para tê-la novamente. Talvez fosse assim que o romance funcionava. O coração, cérebro e corpo, todos tentando encontrar o seu lugar e sempre batendo um no outro para conseguir mais poder. É por isso que as pessoas eram idiotas quando estavam apaixonadas. É por isso que nada mais na vida importava quando eles estavam apaixonados. É por isso que eu sentei lá, tocando meu violão, escolhendo as cordas, chegando com as notas mais lentas e suaves que eu conseguia pensar. Quase como uma canção triste ou canção de ninar escrita apenas para Rose. Para aliviar seu belo corpo e mente. Para mandá-la para outra noite de sono. Porque nós dois sabíamos que amanhã seria outra aventura. Arranhei as cordas e movi minha mão esquerda para cima e para baixo no braço. Incrível como seis cordas e alguma madeira de lei me permitiam fazer o que eu estava fazendo. Os olhos de Rose lentamente começaram a se fechar e eu continuei tocando muito depois que ela estava dormindo. Eu bati na nota final e me inclinei um pouco. Eu deslizei o violão do meu colo e coloquei na cama. Peguei minha cerveja e
sentei na cadeira, observando-a dormir. Eu esfreguei meu queixo. Não havia as palavras escritas ainda sobre como eu me sentia sobre ela. Eu queria escrever essas palavras para ela, mas essas palavras a trancariam na minha vida para sempre. Ela me seguiria cegamente para sempre. Isso me fez amá-la ainda mais. Mas meu para sempre não foi feito de contos de fadas, castelos e príncipes e todas essas coisas. Meu para sempre começou há muito tempo e não havia mudança nem escapatória. Minha eternidade mostraria a Rose um amor que ela nunca encontraria em nenhum outro lugar. Mas minha eternidade... a machucaria para sempre.
CAPÍTULO 25 APENAS UMA VIROSE Rose Entrei no banheiro enquanto ele ainda estava dormindo. Algo não parecia certo. Era como se eu estivesse ficando enjoada, mas eu nunca fiquei enjoada. Esse sentimento oscilante, não tenho certeza se eu ia vomitar ou o quê. Eu fiquei na pia e segurei a beira, engolindo em seco. Eu gostaria de ter culpado a bebida pela sensação, mas eu não tomava uma bebida há algum tempo. Na verdade, eu não tinha vontade de beber por algum motivo. Nem mesmo no final de um longo dia. Apenas estar perto de Foster era bom o suficiente para me relaxar. Que tal uma ressaca sexual? Isso era possível? Porque parecia que eu estive com Foster toda noite há várias semanas. E cada uma dessas noites... não foi apenas uma vez brincando com ele. Era como uma sessão de maratona, repetidamente, como se estivéssemos compensando todos os dias e noites que passamos separados. Depois de alguns minutos de respirações profundas, o sentimento diminuiu. Eu me olhei no espelho. Eu parecia uma porcaria. Eu liguei a água e joguei na minha cara. —Ei, você está bem? —Disse uma voz. Eu pulei e me virei para encontrar Foster de pé na porta. Sem camisa. Jeans desabotoado. Seus braços se dobraram com o sono
em seus olhos e seu cabelo mais bagunçado que o normal. Sexy o suficiente para que eu me esquecesse da estranha sensação de ressaca, porque ela foi substituída por uma sensação de formigamento que começou você sabe onde e se espalhou pelo meu corpo. —Tudo bem. —sussurrei. —Bom. —ele disse. Ele entrou no banheiro e veio direto para mim. Ele me pegou como uma cobra, rápido e preciso, mãos agarrando minha cintura. Eu tinha conseguido colocar uma camisa quando saí da cama, mas nada mais. Ele me colocou na pia, a camisa subiu o suficiente para que minha bunda tocasse a porcelana fria. Eu tremi e assobiei. Suas mãos deslizaram para a cintura quando ele chegou o mais perto possível. Ele me beijou, sua língua suavemente rolando na minha boca, me fazendo gemer e derreter. Pelo menos eu estava em uma pia, certo? Foster se afastou. —Bom dia, Rose. —Bom dia. —sussurrei. —Eu posso sentir o quão bom uma manhã é. Ele sorriu. —Isso acontece, não importa o quê. —Oh, bom saber. —Estou brincando, Rose. —Seus dedos divertidamente deslizaram para o lado da minha perna nua, fazendo-me tremer. — Eu amo o jeito que você se sente à noite. E de manhã. E o dia todo. —Eu sei que você ama. —sussurrei. —Sabe o que eu amo? —O quê? —Algo quente. Fumegante A primeira coisa da manhã
também. —Eu beijei o lábio inferior de Foster. Suspirei. —Oh, Foster... algo tão quente, você não pode tocá-lo. —Eu gemi, beijando seu lábio superior. —Tão gostoso... —Porra, Rose. —disse ele. —O que você está... Eu me afastei e sorri. —Café. —O quê? —Quente. Fumegante. Café. —Você é má. —disse ele. —Eu sei. Ele roubou mais um beijo e saiu do banheiro. Eu amava flertar com ele. Eu amava todos esses jogos de romance. Isso fazia meu coração bater forte. Porque era real. Era além de ser divertido ou apenas brincar. Eu me vesti e fui para a cozinha enquanto um Foster sem camisa estava lá derramando duas xícaras de café. Ele pegou uma e virou, segurando-a para mim. —A coisa mais quente que eu poderia lhe dar esta manhã. — disse ele. —Eu duvido disso. —eu disse. —Você sabe, me provocando você não vai chegar a lugar nenhum. —disse ele. —É assim mesmo? Foster deu um passo à frente. Eu peguei o café dele, mas ele continuou vindo até mim. Suas mãos ao lado do corpo. Parado em pé de uma certa maneira que o fez parecer 60 centímetros mais alto. O olhar ardente em seus olhos. O jeito que o lábio dele se curvou. Olhando diretamente para mim.
—Não foda comigo, Rose. —ele sussurrou. —O que você vai fazer sobre isso? —Sussurrei de volta. —Eu vou colocar você de volta na porra da cama e quando eu terminar com você... você não saberá que dia, semana, mês ou ano é. —Oh, isso é uma punição que eu poderia lidar. Foster tocou minha bochecha com um dedo. —Não, você não poderia lidar com isso. Ele se inclinou e beijou minha outra bochecha. Ok, você venceu, Foster. Minhas pernas pareciam de borracha. Eles começaram a tremer tanto que eu pisei de lado para encontrar a mesa. Minhas bochechas coraram e senti meu peito ficando mais apertado. Eu não tinha certeza se estava excitada ou me sentindo ameaçada. Mas eu gostei disso. —Então, o que temos agendado no mundo da rainha do café? —Perguntou Foster. Ele olhou por cima do ombro e sorriu. Tomei o café e franzi meu lábio. —Primeiro de tudo, você precisa de um café melhor. Ele riu. —Estou surpreso que você demorou tanto tempo para reclamar do meu café. —Apenas dizendo. —eu disse. —Você está namorando alguém que trabalha para uma empresa de café e está comprando em uma loja de marca ruim? Foster virou-se. —Eu bebo café como eu bebo cerveja, Rose. Para um propósito. Dá para o gasto eu estou feliz. —É assim que você pensa em mulheres também?
—Claro. Eles servem ao meu propósito e eu sigo em frente. —Imbecil. —rosnei. Eu balancei a cabeça. quando você joga nas coisas que eu digo.
—Eu odeio
—Você diz isso para me fazer reagir. —disse ele. —Sim, sim, tanto faz. —Tomei outro gole do café. Não era tão ruim assim. Mas também não era bom. Quando eu coloquei a caneca nos meus lábios para um terceiro gole, senti meu estômago revirar. Eu rapidamente coloquei a caneca de café para baixo. —Rose? —Foster perguntou. Eu pulei, Meus olhos presos à pia. Não não não não… Eu nunca tinha vomitado na frente de Foster antes. Mas tinha uma primeira vez para tudo na vida. Eu agarrei a beira da pia e fechei meus olhos. Eu fingi que não estava fazendo um horrível som de morte quando vomitei. —Puta merda. —disse Foster. Ele colocou a mão nas minhas costas. —Rose. Eu não sabia que o café era tão ruim assim. —Cale a boca. —eu disse, meu estômago apertando. Eu soltei e gemi mais algumas vezes. Então a sensação passou. —Eu te odeio, Foster. —Me odeia? Pelo quê? Gemi. —Me passe um guardanapo ou algo assim. Limpei minha boca e lentamente me levantei. Eu respirei fundo. —Porra, Rose. —disse ele. —O que foi isso? — Ele ligou a
água para lavar a evidência. —Você se sente enjoada. —Não. —eu disse. —Eu não sei. Eu só… —Sim, você acabou de fazer isso. —disse Foster. —Droga. Minhas bochechas queimaram em brasa. Eu me senti envergonhada, mas não havia razão para isso. Eu toquei meu abdômen. Eu me sentia desconfortável, mas não enjoada. —Como eu pareço? —Perguntei. —Pálida. —disse ele. —Por que você não senta? Deixe-me fazer uma torrada. —Torrada? —Eu não sei. —disse ele. —Você não pode ter um sanduíche de salsicha e ovo em um croissant. Certo? —Oh, isso soa bem. —eu disse. —De volta para a cama, Rose. —O quê? —Você acabou de vomitar tudo o que comeu nos últimos seis meses. —disse Foster. Meu rosto ficou mais quente. —Obrigada por isso. —O quê? —Eu me sinto nojenta agora, Foster. Não faça comentários assim. OK? —Caramba, tudo bem. Bem. Nossa. Você acha que eu nunca vi ninguém vomitar antes? —Não é isso.
Foster sorriu. —O quê? —Perguntei. —Você é fofa demais, Rose. —Fofa… Ele se aproximou de mim. —Ei, isso é tudo parte da vida. Às vezes passamos mal. Você me viu vomitar. —Isso é porque você bebeu muito da cerveja barata do meu pai. —Ainda… —Foster. —Rose. Volte para a cama. Você sabe que pode trabalhar no seu telefone. Se você precisar de um computador ou algo assim, diga-me onde ir para buscá-lo. —Eu vou ficar aqui hoje? —Sim. Eu olhei de volta para a cama de Foster. Eu gostava da minha cama, mas gostava mais da dele. Eu gostava mais do apartamento dele. Eu gostava que cheirava como ele. Eu gostava que parecia com ele. —Você pode assistir TV direto da cama. —disse ele. —O banheiro fica ao lado da cama. Vou pegar um balde e uma toalha. —Vou espalhar germes em todo o lugar. —eu disse. —Bom. Eu quero seus germes desagradáveis. —Eca. —eu disse com um sorriso. —Vamos. —disse ele. —Vire-se e vá.
Eu dei dois passos e fiz uma pausa. —Ah Merda. —E agora? —Eu devo ir visitar meu pai. Certificar-me de que ele coma e saia para passear. —Como um cachorro? —Foster, serio? Seu coração. Se ele não... —Eu vou cuidar disso. —disse Foster. —O quê? —Eu e o Frank. —Eu não gosto disso. Ele não pode... —Rose. Pense logicamente. Você está preocupada com o coração dele. Você vai até lá e passa para ele essa virose ou o que for, como isso vai ajudá-lo? —Eu posso ligar para Viv. —eu disse. —Merda. Ela tem clientes o dia todo. Mas é papai... —Eu cuido isso. —disse ele. Eu olhei para Foster. Que escolha eu realmente tenho? Se não fosse Foster indo para lá, eu teria que pedir favores sérios ou ter Vivian cancelando o dia todo. A última vez que ela e papai estiveram juntos durante o dia, não terminou tão bem assim. Foster me acompanhou até a cama e me acomodou. Ele beijou minha testa e fez tudo o que ele disse que faria. Um balde. Uma toalha. O controle remoto da TV. Meu celular. Um carregador ligado na parede. E algumas torradas secas e uma xícara de chá. Ele era perfeito. Andando por aí sem camisa, cuidando de mim.
Eu me sentia bem, no entanto. Completamente e totalmente bem. —Eu vou parar lá e cuidar de Frank. —disse Foster. —Você descansa. Me ligue se precisar de alguma coisa. —Um beijo? Foster colocou seus lábios nos meus. —Nojento. —Obrigada. —sussurrei. —Eu vou ficar doente agora. Mas o beijo valeu totalmente a pena. —Chega de romance, Foster. —Bem. É melhor você se sentir melhor esta noite porque eu vou cuidar de você. Eu me encolhi com a palavra que inocentemente havia sido apresentada a Foster. —Vá. —eu disse. —Eu poderia vomitar de novo. Foster riu e tirou uma camiseta limpa da cômoda. Eu odiava que ele pudesse usar o mesmo jeans que no dia anterior e apenas trocar de camisa para torná-lo uma roupa nova. Ele sentou no canto da cama e colocou suas meias e botas pretas e me deu uma piscadela quando se despediu. Isso fez meu estômago vibrar. Ele saiu e eu agarrei as laterais do balde. As vibrações continuavam indo e vindo. Eu não tinha certeza se ia ficar enjoada de novo. Eu não fiquei. Eu coloquei o balde no chão e enviei um texto para Molly.
Ela enviou um texto de volta, uma pergunta divertida... Mas então isso me atingiu. O jeito que eu estava me sentindo na última semana. Agora esta manhã com o enjoo repentino que agora estava misteriosamente desaparecido. —Puta... merda... Minha boca ficou seca e me senti enjoada de novo. Mas por um motivo diferente. Parecia que eu e Foster realmente iríamos ter o nosso para sempre.
CAPÍTULO 26 PRESO COM O GRANDALHÃO Foster Eu bati meu punho na porta várias vezes, não parando. Sorrindo enquanto fazia isso, pois eu sabia que isso forçaria Frank a ir até a porta. E isso iria irritá-lo. Há muito tempo atrás, eu temia irritá-lo. Mas agora isso não me preocupava tanto. A porta foi aberta e Frank ficou ali, com os dentes cerrados e os olhos arregalados. —Foster? —Ele disse. —Estou aqui para verificar você. Rose está com um problema no estômago. —O quê? —Eu trouxe bebidas para nós. —eu disse. Eu levantei um saco de papel e tirei um pacote de seis garrafas de água. —Você está brincando comigo. —disse Frank. —Não. —eu disse. —Vamos nos hidratar e depois dar um passeio. Frank acenou com a mão. —Eu deveria ter atirado em você quando tive a chance. —Provavelmente. —eu disse. Entrei na casa sem ser convidado. Eu sabia o quão teimoso Frank poderia ser. Eu vi isso por anos. E ele passou essa
característica para Rose. —Foster, eu não preciso de ninguém aqui. —disse ele. —Eu não me importo. —Eu sei —disse Frank. Ele pegou minha camisa. —Eu… —O quê? —Eu me sinto fraco. —disse Frank. —OK? Eu não gosto de me sentir fraco. —Oh, Cristo, Frank. —eu disse. —Você quase morreu. Você precisa descansar. Você acha que eu vou te julgar? Vou te dizer uma coisa, vou pegar uma de suas armas. Eu saio da linha, você atira na minha bunda. —Que tal na sua boca para você parar de falar? —Feito. —eu disse. Frank fez um barulho de rosnado. Ele respirou com dificuldade. —Dê-me uma dessas águas. Eu tirei duas do suporte e tirei as tampas. Eu segurei minha garrafa. —Saúde, Frank. —Garoto punk. —ele sussurrou. Eu ri. Cada um de nós tomou um grande gole de água sem graça. Eu balancei a cabeça em direção à cozinha. —Então você decide o que vem primeiro. Um passeio. Ou almoço. —Você está realmente fazendo isso? —Frank perguntou. —Sim. —Rose está realmente doente?
—Vomitou na pia da minha cozinha esta manhã. —eu disse. —Obrigado pela imagem. —Você perguntou. —eu disse. desta, Frank.
—Você não vai escapar
—Certo. Vamos dar um passeio então. Eu preciso sair de casa. —Ótimo. —eu disse. Eu me virei e Frank puxou meu braço novamente. Eu parei e arqueei uma sobrancelha para ele. —Eu não sei o que vocês dois estão fazendo. Se as coisas são reais ou não. Mas eu estou torcendo por você. —Obrigado. —eu disse. —Estamos apenas descobrindo as coisas. —Sim. Descobrindo as coisas. Frank parecia meio desligado, mas eu culpei seu coração. Estávamos do lado de fora, na metade do quarteirão, quando ele parou para respirar. Ele tocou seu peito e me deixou desconfortável. Eu fiz o meu melhor para ficar normalmente parado e não fazer disto uma grande coisa. —Pronto para andar de novo? —Perguntei. —Vá pegar um carro como uma pessoa normal. Eu ri. —Não. —Você é um idiota, Foster. Você está gostando disso. —Eu não estou gostando disso. —eu disse. realmente deu a todos um susto.
—Você
Ele me olhou. Ele assentiu. —Você sabe, eu às vezes me arrependo de não ter cuidado de você, Foster. Eu penso sobre o que você poderia ter sido. Não que você não seja nada agora. Eu só... não confio em seu pai. Eu vou te dizer o que eu disse a Rose. Eu bati nele uma vez em um bar. Então ele me convenceu a dar dinheiro para ele. Pensei que ele iria usá-lo para você e para ele. Ele não fez isso. Ele ficou chapado e foi preso. —Do que diabos você está falando? Frank pigarreou. Ele ficou de pé, uma mão no prédio ao nosso lado. —Você me ouviu. Isso me incomoda até hoje. Eu cometi um maldito erro acreditando em seu pai. Me desculpe por isso. —Você deu dinheiro ao meu velho. —eu disse. —E ele foi preso. Quando foi isso? —Anos atrás, Foster. Eu levantei a mão. Eu disse a mim mesmo para ficar calmo. Mas meu coração já estava bombeando rápido. —Espere, Frank. Ele foi preso por posse de drogas e porte de arma… a arma era minha. Ele assumiu a culpa. Você lembra disso? —Sim. —disse Frank. —Isso foi antes ou depois disso? —Depois. Eu virei minha cabeça. —Merda. —O quê? —Então ele saiu e estava indo bem. —eu disse. —Então você deu dinheiro a ele e ele ficou todo fodido. —Ele me disse que iria usá-lo para achar um lugar para você e ele. Eu pensei…
—Ele sempre diz isso. —eu disse. —Essa é a melhor desculpa dele. Eu. Tudo o que ele tem que fazer é fingir querer ser um pai e as pessoas simplesmente se derretem. —Eu não derreti, Foster. Eu me importei. —Você se importou. Você deveria ter comprado a merda diretamente para ele assim ele nem precisaria ir comprar. Eu joguei as palavras para Frank que realmente não podia se defender. Frank me encarou com mágoa nos olhos. Eu cerrei meus dentes e me recusei a recuar. Ele tirou a mão do prédio e segurou seu peito. Ele respirou fundo enquanto se estabilizava sem tocar em nada. —Me escute. —disse Frank. —Você é punk. Eu vi seu pai naquela noite tomando as doses que as pessoas estavam comprando para ele. Eu agarrei aquele filho da puta pela camisa... —Sabe, Frank? Eu não quero saber. Eu realmente não me importo. Eu deixei claro para Rose já que ele não pode mais me incomodar. Mentira. —Certo. —disse Frank. —Vamos voltar para a casa. Nós andamos em silêncio. Eu não tinha nada para dizer a Frank. A próxima coisa que eu sabia era que eu estava dentro da casa dele e fazendo-o almoçar. Como se ele fosse uma criança. O tempo todo eu continuei pensando no pior possível. O que poderia ter sido? Isso é o que toda a base da minha vida foi. O que poderia ter
sido se minha mãe não tivesse ido embora? Ela provavelmente poderia ter ajudado a acalmar meu pai. Ou talvez não. Mesmo com todas as famílias que me receberam e me expulsaram. O que poderia ter sido... se eu não tivesse sido tão idiota com todo mundo? Ou algumas das famílias que se importavam comigo. O que poderia ter sido... se meu pai não tivesse voltado e me levado embora? Mas o que ficou comigo foi o que Frank fez. Eu me lembrei daquela vez. Meu pai estava fora da prisão por um tempo. Ele realmente tinha um emprego de verdade. Ele recebia um salário de merda, o que era perfeito para ele. Apenas o suficiente para sobreviver. Ele morava em uma casa de reabilitação, tinha um quarto com um colega de quarto. Mas aquele pouco de dinheiro que Frank deu a ele... foi como colocar o diabo na mão dele. Rose entrou em contato através de mensagens de texto, o que foi bom. Eu não estava com vontade de falar. Com ninguém. Perguntei-lhe como ela estava se sentindo e ela disse que estava bem. Ela não estava dormindo. Ela estava trabalhando. Eu tomei isso como uma coisa boa. Pelo menos ela não estava vomitando e incapaz de se mover. Quando ouvi o telefone do Frank tocar, soube que era Rose antes de ele atender. —Sim, estou bem aqui. —disse a voz de Frank. —Bem. Sim, ele está aqui. Eu não preciso de ninguém aqui, Rose. Eu estou bem sozinho. A conversa terminou pouco depois disso. Eu acabei ficando do lado de fora da sala de estar. —Frank, você precisa de mais alguma coisa? Eu tenho que ir. —Vá em frente. —disse ele. —Não se prenda por mim. —Tem certeza?
—Positivo. —OK. Se você precisar de qualquer coisa… Frank olhou para mim. —Ei, Foster. Sei como se sente. Querer algo que nunca acontecerá. —Do que você está falando? —Meu pai era como o seu. Ele era um alcoólatra muito ruim. Rose e Vivian nunca tiveram a chance de conhecê-lo. Não importa o quanto eu tentei, ele só me machucou. Machucou todos em sua vida. Até que paramos de nos importar. Eu não estou dizendo para você parar de cuidar ou tentar, Foster. Só estou dizendo que conheço o sentimento. Essa sensação desesperada, mas esperançosa. Isso suga suas energias. —Alguém deu dinheiro ao seu pai para ficar chapado e ser preso? —Perguntei. Frank suspirou. —Certo. Se eu pudesse voltar, eu não teria feito isso. Eu pensei que estava te ajudando, Foster. Ajudando Rose. Vocês dois… —Tudo bem. —eu disse. —Eu não deveria ter dito isso. Desculpe, Frank. Continue descansando. Se recupere logo. Deixei isso como meu adeus e saí da casa. Meu peito estava pesado. Meu interior se torceu. Eu sabia de uma coisa com certeza. Eu queria estar sozinho esta noite... esperançosamente só por esta noite.
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Bebi o uísque quente do copo enquanto me sentava em uma
cadeira dobrável de metal no porão da cafeteria da igreja. Se Stephanie soubesse que eu estava lá e me embebedando, ela ficaria chateada. Mas o que diabos, eu realmente me importo? Eu fiz uma apresentação rápida de cinco músicas e disse a ela que precisava fazer algum trabalho. Então ela me disse para terminar e trancar quando terminasse. Eu só não queria ir para minha casa. Mesmo que minha cama estivesse vazia de Rose, eu não queria me arrastar para a cama e sentir seu cheiro nos lençóis. Ela não fez nada de errado comigo, mas meu coração estava bagunçado de novo. A coisa certa era me distanciar para que eu não acabasse machucando Rose. Mas sentar sozinho com uma garrafa também não era a coisa certa. Eu toquei meu violão por um tempo, mas troquei pelo copo de uísque. Quando eu matei a garrafa, peguei meu violão e meu laptop. Eu abri meu software de gravação e comecei a tocar. Por alguns minutos, foi quase como uma experiência fora do corpo. Tocando uma música enquanto eu escrevia. Algo que estava queimando dentro de mim nos últimos dois meses. Chegando perto de Rose novamente. Sobrevivendo nessa limite perigoso, onde nos ofereceríamos um ao outro para sempre e, em seguida, encontraríamos um jeito de acabar e perder um ao outro. E agora essa besteira com meu pai novamente... saindo, aparecendo, incomodando-me, incomodando Rose e então o pai dela dizendo que ele deu dinheiro ao meu pai uma vez... Veja, o que ninguém entendia era que naquela época meu pai foi preso, eu fui enviado para uma casa fora da cidade. O que significava uma nova escola. Não que eu me importasse sobre isso. Sendo o novo garoto jogado. Sendo um filho adotivo jogado. Eu permaneci firme na escola. Mas naquela casa... não. Havia três de nós e nos revezamos sendo espancados. Eu fiquei mais de uma vez pela única garota da casa. O nome dela era Dani. Ela perdeu seus
pais em um acidente e foi jogada no sistema. Ela não era uma criança má, mas foi forçada a ser uma. Eu levei três de suas surras porque eu não gostava de vê-la chorar. Depois da última vez, ela percebeu e confessou que me amava. Que eu era seu protetor. Que ela e eu devíamos fugir juntos. Tudo o que tínhamos que fazer era sumir por um tempo e então teríamos idade suficiente para fazer o que quiséssemos. A parte louca era que ela realmente acreditava em tudo. Ela acreditava que ela me amava. Ela acreditava que eu poderia tirá-la do inferno em que estávamos. Eu tive que explicar a ela sobre Rose. Não havia mais ninguém além de Rose... Eu não queria magoar Dani naquela noite. Eu não pretendia fazê-la entrar no quarto onde todos nós éramos proibidos de entrar. Eu não queria que ela tivesse uma faca e decidisse ficar lá naquela noite. Eu não queria que ela tirasse a própria vida... Fechando os olhos, sussurrei as últimas desculpas e terminei a gravação. Deixei o violão escorregar das minhas mãos e ele bateu no chão com um som tipo gongo que ecoou pela sala. Se Frank não tivesse dado dinheiro ao meu pai... ele nunca teria se metido em problemas e eu não teria sido jogado naquela casa do inferno... Eu cerrei meus dentes enquanto corria minhas mãos pelo meu cabelo. Eu me virei na cadeira, finalizei a nova gravação e enviei para Carl. Enviei-lhe uma mensagem e em poucos minutos, Carl mandou uma mensagem de texto. Brilhante, Foster. Precisamos liberar sua agenda o mais
rápido
possível.
Eu
tenho
algumas
sessões
programadas. Diga adeus a essa cidade de merda e esse café de merda.
Eu não respondi. Em vez disso, peguei a garrafa de uísque e joguei meu celular na mesa. Eu o ouvi vibrando mais de uma vez. Eu sabia que provavelmente Rose estava querendo saber de mim. Eu disse a ela que estava cuidando de algumas coisas e chegaria tarde em casa. Eu não ia para casa. Meu conforto era a garrafa. Então eu poderia lavar o destino. Porque o destino me colocou naquela casa do inferno. O destino me colocou como filho do meu pai. O destino colocou Rose na minha vida. E o destino não tinha parado de mexer comigo ainda.
CAPÍTULO 27 O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI? Rose Eu tinha uma regra de dois dias com Foster. Eu sabia o que significava pressioná-lo quando ele estava de mau humor. Se eu fizesse isso cedo demais, isso pioraria as coisas. Então eu dei espaço a ele. E tempo. Dois dias. Essa era a regra. Depois de dois dias, era hora de procurar por ele e descobrir o que o estava incomodando. Tudo o que eu conseguia pensar era em ficar enjoada na frente dele. Mas ele tinha agido tão romanticamente sobre isso. Mesmo que eu não precisasse passar o dia na cama naquele dia, eu fiquei. Desde então, me sinto bem. A mensagem de texto estúpida que Molly enviou, me provocando, eu apaguei e limpei o pensamento da minha cabeça. A única eternidade que eu teria com Foster era a tensão persistente entre nós, esperando que alguém assumisse o risco final. Então foi o que eu fiz. Eu estava cansada de enviar mensagens de texto para Foster. Cansada de dois segundos de conversa no telefone. Eu parei do lado de fora do apartamento dele e bati. Agarrei a maçaneta e tentei torcer, mas a porta estava trancada. Eu rosnei. —Foster. —eu disse, batendo novamente. Quando eu coloquei meu ouvido na porta, ouvi música. A música dele. Foi abafado pela madeira grossa.
Então eu ouvi ele se aproximar da porta. Eu recuei um passo e esperei que ele se abrisse. Quando isso aconteceu, ele ficou lá parecendo um lixo. Como se ele não tivesse dormido fazia alguns dias. Como se ele não tivesse tomado banho, trocado, qualquer coisa. —Foster. — eu disse. —O que está acontecendo aqui? —Nada. —disse ele. —Apenas organizando algumas coisas. Para Carl. Eu tenho um grande trabalho chegando. —Posso entrar? —Sim, claro. —disse ele. Ele não parecia muito feliz com a ideia. Ele relutantemente recuou. Quando entrei no apartamento, olhei em volta. Como uma mulher intrometida tentando encontrar evidências de... o quê? Álcool? Drogas? Mulheres? O lugar estava bagunçado, sim, mas isso era típico de Foster. Havia quatro violões espalhados pelo apartamento. Um teclado encostado na mesa da cozinha. Cadernos, papéis e canetas espalhados por todo lado. —Você está realmente escrevendo, hein? —Perguntei. —Sim. Eu parei na mesa e coloquei meus dedos em uma página cheia de letras e rabiscos e muitas marcas pretas dele rabiscando palavras que ele não gostou. —Foster, o que aconteceu? Perguntei. —O que você quer dizer? —Não faça isso. —eu disse. —Por favor. Você está ... você está de mau humor.
—E daí? —Eu me importo. —Eu aprecio isso. —disse ele. —Você aprecia isso... o que isso significa? Foster curvou o lábio. —Estou fazendo a coisa certa, Rose. Estou mantendo distância quando as coisas não estão fazendo sentido. —Isso é inteligente? —Eu não quero te machucar. —Me machuque. —eu disse. —Certo. Por que você me machucaria? —Isto é o que eu faço. Eu fico com raiva e... —Por que você está com raiva, Foster? Tirei minha mão da mesa, caminhei até ele e peguei sua mão. Ele balançou sua cabeça. —Foster. Eu não estou mais jogando esse jogo. Nós não estamos... temos que arriscar tudo. Se nós não... Foster girou a mão para que ele segurasse a minha. Ele levoua à boca e beijou-a. —Eu te amo, Rose. —ele sussurrou. —Mas é tudo tão fodido. A maneira como nossos mundos estão entrelaçados. —Fale comigo. —Eu não estou com vontade de falar agora, Rose. —disse Foster. Então, o que você sente vontade de fazer?
Essas palavras estavam na ponta da minha língua quando ele me agarrou e me beijou. Ele empurrou meus quadris, jogando-me contra a mesa. Os papéis começaram a se espalhar. Eu olhei para trás e engasguei, não querendo estragar qualquer tipo de sistema organizado que ele tivesse. Um segundo depois, ele chegou atrás de mim e passou a mão, enviando papéis para o ar. Suas mãos se conectaram com meus quadris novamente e me puxaram para ele enquanto ele se dirigia para frente. Nossos corpos colidiram tão forte que perdi o fôlego por um segundo. —Porra. —sussurrei. —Eu não quero falar. —ele disse novamente. —Eu quero que você cante para mim. —Eu? Cantar? Foster… você sabe que eu não posso… Seus lábios flertaram com os meus. Suas mãos se moveram furtivamente, minhas calças estavam abertas, sua mão esquerda estava ao redor da minha cintura, as pontas dos dedos deslizaram para trás e para baixo em minha calcinha, indo para minha bunda. Com a outra mão, as pontas dos dedos se arrastaram para a minha frente, continuaram, então se moveram para o meu lado onde ele segurou agressivamente e começaram a me despir. Ele beijou meu pescoço e se afastou. —Porra, você vai cantar pra mim, Rose. —Foster. —eu disse, já meio sem fôlego. Minha calça e calcinha estavam agora nos meus joelhos. Eu rapidamente comecei a dançar, chutando meus sapatos, chutando minhas roupas. Seus dedos subiram pela minha perna nua e começaram a arranhar entre as minhas pernas, fazendo cócegas na parte interna
da minha coxa, mas eu estava tremendo por um motivo diferente. O olhar nos olhos de Foster era algo que eu não tinha certeza de ter visto antes. Eu tentei aliviar minha mão entre as pernas dele, pegando uma sensação rápida de sua espessura, mas ele correu para tirar a minha mão dele. —Não Rose. —ele rosnou, seus lábios e dentes brincando com a pele macia do meu pescoço. —Isto é para você. Você vai cantar para mim com o seu prazer. Cada gemido, suspiro, toda vez que meus dedos foderem seu doce corpo... eu quero ouvir você. Eu abri minha boca para ofegar e Foster estava ali para me beijar. Roubando meu suspiro, minha respiração, roubando segundos da minha vida que eu daria qualquer coisa para voltar no tempo e devolvê-los. Isso é o quanto eu o amava. Isso é o quanto eu o queria ele. Isso é o quanto eu precisava dele. Seus dedos tocaram entre as minhas pernas e ele ofereceu uma onda de aviso, um toque suave contra a minha umidade e foi isso. Seus dedos desceram e ele mergulhou dentro de mim. Eu ofeguei e pulei para trás, batendo na mesa. Foster veio comigo. Ele me empurrou de volta na mesa da cozinha um pouco e usou a outra mão para abrir minhas pernas ainda mais. Ele me beijou, beijos desleixados e selvagens, enquanto seus dedos empurravam dentro de mim novamente. Profundamente e torcendo, gemendo enquanto ele fazia assim. A pressão me fez sentir como se meu corpo fosse explodir. Com a mão esquerda, eu agarrei firme em seu pulso, tremendo, meu corpo exigindo que eu o afastasse, mas meu interior mais selvagem exigia mais. Mais duro. Mais rápido. Porra... tão forte quanto você pode me dar, Foster. Eu não tinha ideia do que havia de errado comigo. Os pensamentos girando em minha mente me deixaram tonta.
Nossos lábios se tocaram, mas paramos de nos beijar. Lentamente, Foster olhou para baixo. Ele estava levando minha mão junto, já que eu não tinha soltado seu pulso e ele não deixou de me devorar com o seu toque. Percebi que ele estava usando a mão esquerda. A mesma mão que subia e descia pelo braço de seu violão quando ele tocava música. De alguma forma estranha, romântica e suja, eu era seu instrumento agora. E ele queria que eu cantasse... Seus dedos se afastaram e bateram de novo. Eu pulei e gemi, colocando minha cabeça para trás, precisando de algo como ar fresco. Foster repetiu o mesmo movimento várias vezes, rosnando cada vez que seus dedos atingiam novas profundidades. Eu gemi o mesmo som, o único som que meu corpo poderia fazer naquele momento. —Mais alto. —Foster ordenou. Ele rapidamente moveu os dedos. A velocidade, a pressão, tudo se acumulando entre as minhas pernas. Senti meu corpo saltando e resistindo contra a mesa. O som da minha umidade e os dedos colidindo começaram a encher o ar. Tirei minha mão do pulso dele e agarrei a beira da mesa com as duas mãos. Eu levantei meu corpo, me oferecendo ainda mais. Comecei a gemer descontroladamente, ronronando, sibilando, rosnando, seus movimentos me trazendo cada vez mais perto do clímax. Quando eu trouxe minha cabeça para frente, ele olhou diretamente para mim. Olhos ardentes me deixando sem fôlego e em silêncio quando meu queixo tremeu. Cheguei ao meu pico alguns segundos depois, mas Foster não estava diminuindo a velocidade. Ele apenas continuou indo... e indo... e indo...
—Foster. —consegui sussurrar em algum momento. —F... Ele me beijou. Sua outra mão se moveu para as minhas costas e a próxima coisa que eu sabia é que ele estava me tirando da mesa. Segurandome firmemente ao seu corpo, seus dedos ainda dentro do meu núcleo. Meus quadris se mexeram, querendo alívio, querendo mais. Foster me colocou de pé e gentilmente deslizou seus dedos para fora de mim. Deixando uma trilha molhada pela parte interna da coxa, uma lembrança do meu próprio prazer. Eu não precisava do lembrete... meu coração disparou. Minha cabeça estava tonta. Meu interior doía por mais. Sem dizer uma palavra, ele se ajoelhou diante de mim. Suas mãos tocando meus quadris. Ele veio para a frente e beijou minha pele nua. Me fazendo tremer de novo, esperei por mais... mas não veio. Em vez disso, Foster estendeu a mão e levantou minha calcinha. Cheguei de volta para a mesa e fiquei ali, observando enquanto ele me dava uma olhada. Quando ele se levantou, ele tocou meu rosto. —Rose… —Foster. —sussurrei. —Seu pai me contou o que ele fez. —disse Foster. —Dando dinheiro ao meu pai. Meu coração afundou. —Oh. Sim. Ele só estava tentando ajudar. —Ele não ajudou. —Eu sei. Eu sinto mu... —Estou cansado de desculpas. —disse Foster. —Eu estou aqui escrevendo músicas por dois dias. Tentando encontrar as palavras que expliquem o que aconteceu depois disso.
—Depois do quê? —Perguntei. —Depois do que seu pai fez. Meu pai foi para a cadeia. E fui para o inferno. —Inferno? Ele pegou minha mão esquerda e colocou-a sobre o coração. —A única razão pela qual ele bate é você. Mas está despedaçado. É muito tarde, Rose. —Tarde demais... para quê? Antes que Foster pudesse me responder, o celular dele começou a tocar. Ele se afastou e eu me senti desconfortável. Na verdade, me senti mal. Novamente. Tão enjoada, tão de repente que eu corri para a pia da cozinha e me inclinei sobre ela, desejando que eu não vomitasse. Porque se eu vomitasse... de novo... desta forma... isso significaria que Molly estava certa. Eu engoli o pensamento e consegui acalmar meu estômago por um segundo rápido. Eu me virei e vi Foster procurando por suas botas pretas e tirando garrafas de cerveja e papel do balcão, xingando por não conseguir encontrar suas chaves. —O que há de errado? —Perguntei. Ele congelou e olhou para mim. —Eu estraguei tudo. —O que você quer dizer? —Eu perdi uma aula com Rhett e não liguei para ele. —E? —Ele está na delegacia de polícia... ele precisa de mim para pagar a fiança. ---
Eu olhei para Foster algumas vezes, mas segurei minhas palavras. Eu mordi minha unha do polegar. Lembra disso? A unha do polegar que tanto irritava Foster? Bem, eu não pude me ajudar. Era a minha coisa a fazer. Eu estava assustada. Não por causa de Foster e Rhett. Eu não entendi completamente a situação com Rhett, mas se eu tivesse que adivinhar, era a tentativa de Foster de consertar o passado dele, o que não poderia ser feito. Eu estava com medo por causa do jeito que eu me sentia. A maneira que eu passei cada dia olhando para o calendário no meu celular, não para reuniões, mas quando a última vez que eu… Fechando meus olhos, eu sabia o dia exato. Eu sabia quantas semanas desde a última vez que eu... —Você não precisa estar aqui para isso. — disse Foster. —Sim, eu sei. —eu disse. —Isto é minha culpa. Eu perdi a aula. —É só uma aula. —Não, não é. —disse Foster. —Sua voz soou clara. Você não entende, Rose. Você cresceu de maneira diferente. Tão diferente. Uma boa vidinha naquela casa. Ele entrou no estacionamento da delegacia. Eu debati sobre o que deveria fazer. Uma versão minha teria deixado tudo ir. Basta perceber que Foster estava chateado, cansado, talvez até um pouco deprimido. Eu não entendi muito bem o que ele quis dizer antes de ir para o inferno. Mas meu pai não quis fazer nada de errado. E o pai de Foster era o maior pedaço de lixo ambulante. Mas para dizer que eu tive uma boa vidinha... Agarrei seu braço quando ele desligou a caminhonete. —Rose, temos que entrar lá.
—Não. —eu disse. —Seu idiota. —Eu? —Sim. Foda-se, Foster. Ele levantou uma sobrancelha. —Rose… —Minha vida não foi pequena e boa. OK? Minha mãe morreu quando eu tinha nove anos de idade. OK? Nove. E Viv tinha dez anos. Ela estava tão perto da idade em que precisaria de uma mãe e ela não teria uma. —Oh, Rose, eu não... —Sim, você não queria. Minha mãe acordou em um sábado de manhã para fazer compras. Isso é o que ela sempre fez. Às vezes eu ia com ela. Às vezes Viv ia com ela. Às vezes era bom dormir um pouco. Ela sempre deixava papai dormir aos sábados. Ela entrou no meu quarto naquela manhã e eu perguntei se poderia ir com ela. Ela sentou-se na minha cama e me disse para descansar. Que ela estava indo para algumas coisas. Eu perguntei se ela poderia pegar rolinhos de canela. Os que são de lata, certo? Era um pequeno prazer para nós. Ela disse que os pegaria. Então voltei a dormir pensando nisso. Pensando no cheiro dos rolinhos de canela. E no pequeno recipiente de cobertura. Observando-o derreter nos rolos de canela. Passando meu dedo no recipiente pelo o último pedacinho dele. Era tudo em que conseguia pensar. Até que eu acordei com os sons do meu pai gritando. Gritando, Foster. Gritando de um jeito que eu nunca o ouvi antes e nunca mais ouvi de novo. Gritando de uma maneira que ainda posso ouvir quando fecho meus olhos. —Rose... —Foster pegou minha mão. —Eu sinto muito, ok? Eu não quis dizer isso assim. Vivemos vidas trágicas em dois caminhos diferentes. E a vida de ninguém é mais triste que a outra. Eu sinto muito. Ignorei seu pedido de desculpas. —Ela saiu e nunca mais
voltou. Eu não podia olhar para ela quando ela estava... você sabe. Viv olhou. Claro que papai olhou. Mas eu não. Eu não queria. Eu me arrependo disso. Mas de certa forma, eu prefiro lembrar de vê-la sentada na minha cama, falando comigo. —E você deveria. —disse Foster. —Tranque aquele momento em seu coração para sempre, Rose. Eu nunca quis sugerir… Eu esfreguei meu estômago. A excitação, a lembrança, a ansiedade me fizeram sentir uma sensação de vômito e enjoo novamente. Eu havia conversado sobre minha mãe algumas vezes com Foster. Ele conhecia a história. Eu tinha certeza que meu pai disse a ele o que aconteceu. Eu não falei muito sobre isso porque eu não me lembrava de tudo. Apenas o que eu disse para Foster agora. Então minha vida não foi confortável. Minha vida não foi perfeita. Como Foster, cresci sem mãe. Sim, eu tive meu pai. Ele trabalhou duro. Ele chegou em casa todas as noites. Ele preparou o jantar. Pelo menos, ele tentou. Mas houve dias, meses e anos em que ele era apenas um robô. Então... eu entendia. —Você ainda não está se sentindo bem? —Foster perguntou enquanto eu agarrei meu estômago e gemi. —Vem e vai. —sussurrei, imaginando se ele iria somar as peças do quebra-cabeça sozinho. —Você deveria ir ver um médico. —disse ele. Eu olhei para ele e franzi meu lábio. Eu o amava, mas às vezes ele era um idiota. Ver um médico? Que tal começar com um teste de gravidez?
CAPÍTULO 28 OLÁ... PAI… Foster —O que ele fez? —Perguntei a um oficial na recepção da delegacia de polícia. O oficial se levantou e colocou a mão na minha direção. Ele me pediu para esperar enquanto ele foi buscar o oficial que o prendera. Era uma pequena delegacia de polícia. Eu já estive aqui antes. Eu tinha sido socorrido daquele lugar antes. Um pequeno andar no meio estava cheio de mesas, computadores e policiais. Além disso, estavam as celas, um par de celas privadas e dois cômodos, que eu acho que você poderia considerar como salas de interrogatório. Eles estavam escuros e quase vazios, com a exceção de duas cadeiras. Eu havia sido questionado uma vez sobre um carro roubado. Para ser justo, eu sabia que o carro foi roubado e eu sabia quem o levou. Mas eu não sabia onde estava o carro. Então essa foi minha defesa. Aquela defesa me rendeu uma noite em uma das celas de detenção. Ah, ser jovem novamente. Um oficial veio andando por trás. Ele era um cara alto, da minha altura, e estendeu a mão para mim. —Oficial Greves. —disse ele. —Eu sou Foster. —eu disse. —Você é parente de Everett? —Não. —eu disse. —Mas tenho certeza que sou o único amigo ou família que ele tem. Eu lhe ensino violão. Mas é mais que
isso. Tenho certeza que você já ouviu falar de mim antes. Minhas pegadas estão por toda esta delegacia e esta cidade. —Certo. —disse o oficial Greves. —Bem, nós o pegamos invadindo uma propriedade. —Invadindo? Onde? —A casa da namorada dele. —Merda. —sussurrei. —Ele é, hum, é uma situação delicada. Ele e o padrasto da namorada não se dão bem. —Sim, eu ouvi a história. —disse o oficial Greves. —Acredite em mim. Everett tentou o seu melhor para lutar comigo. Sua namorada estava visivelmente chateada com a situação. Seu padrasto era inflexível sobre eu prender Everett. —Então você prendeu. —Eu não tive escolha. Uma vez ele começou a dar socos. Fazer ameaças ao padrasto. —Droga. —rosnei. —Isto é minha culpa. Eu deveria ter tido uma aula de violão com ele. Esqueci totalmente. Eu não apareci. Ele é apenas um adolescente... As palavras saíram da minha boca e de repente me senti como um pai. Como se eu estivesse implorando a este oficial por uma chance. Uma chance de quê? Para deixar Rhett ir? E se ele deixasse Rhett ir... para onde? Eu deveria levá-lo? Meu apartamento era um desastre. Eu era um desastre. —Adolescente ou não. —disse o oficial Greves. —Ele não foi bem-vindo lá. Meu entendimento é que ele apareceu pela porta da frente e tocou a campainha. O padrasto, William, atendeu a porta. Ele disse Everett para ir para casa. Everett então o chamou de imbecil estúpido. Então William fechou a porta. Agora, Everett afirma que ouviu sua namorada, Carrie, gritando. Eu tenho dois
policiais verificando essa afirmação agora. Everett deu a volta e entrou na casa. Ele trocou mensagens de texto com Carrie e eles se encontraram no porão. O pai dela os ouviu e chamou a polícia. Ele tem sorte que não o acusamos de invasão... —Posso falar com ele? —Perguntei. —Claro. Estamos tentando resolver isso antes de registrar qualquer acusação formal. —Acusação formal. —sussurrei. —Olha, eu entendo a coisa adolescente. Então, espero que todos possam respirar e seguir em frente. Eu posso esquecer o fato de que ele tentou dar um soco em mim. Mas cabe a seu padrasto agora. Fomos então escoltados pela delegacia de polícia. De volta às celas, vi Rhett na primeira. Sentado em um banco com uma perna para cima, parecendo muito assustado. Ele nunca havia sido preso antes. Ele nunca tinha estado na delegacia de polícia antes desta forma. Ele me viu e deu um pulo. —Não fique animado. —eu disse. —Eu não estou aqui para levar você. Ainda. —Foster, disse Rhett. Ele deu alguns passos e fez uma pausa. Cheguei para frente e toquei as barras frias da cela. —Eu te devo desculpas. Eu perdi a aula. —Sim, você perdeu. —disse Rhett. —Eu estava sozinho. Eu estava ... eu não tinha para onde ir, Foster. Meu velho disse algumas coisas ruins para mim. Eu precisava de você. Eu senti meu coração apertar.
—Eu vou te dar alguns minutos. —disse o oficial Greves. —Não faça nada estúpido, Foster. —Eu também vou. —Rose sussurrou. Eu recuei da cela e olhei para ela. —Não. Você fica. —Quem é essa? —Perguntou Rhett. —Esta é Rose. —eu disse. —Ela é a minha Carrie. —Então funcionou para vocês dois? —Você poderia dizer isso. —eu disse. —Estou ferrado, Foster. O pai de Carrie... —O que diabos você estava pensando? Hã? —Eu não estava. —disse Rhett. —Fui ao café para me encontrar com você. Liguei para Carrie e ela não estava respondendo. Eu sentei lá sozinho. Pensando no que meu velho disse. —O que ele disse para você? O que é tão ruim? O rosto de Rhett se contorceu de raiva. —Ele me disse que eu era um erro. —Merda. —eu disse. —Rhett… seja real com isto por um segundo. Você não o vê muito. Ele vem e mexe com a sua cabeça. Você deixou ele ganhar? O que isso diz sobre você? —Foda-se. —Rhett disparou para mim. Eu ri. —Você vai fazer o seguinte. Você vai voltar lá e deixar os policiais resolverem isso. —Ele estava machucando Carrie. —disse Rhett. —É por isso que fiquei tão chateado. —Deixe os policiais fazerem o trabalho deles. Vou falar com
ele daqui a pouco e vejo o que posso fazer. —Me desculpe, Foster. —disse Rhett. —Tudo bem. —eu disse. —Isso é comigo. Eu não queria te decepcionar, garoto. Eu me virei e Rose estava bem ali. Olhando para mim com olhos simpáticos. Ela estava tendo um vislumbre do inferno que continuava a me seguir. Foi minha culpa ir além do ensino nas aulas de violão para Rhett. Eu falei com ele. Tinha que conhecê-lo um pouco. Dei-lhe um apelido. Agora ele dependia de mim para estar lá. Para não foder. Para fazer o papel que deveria ser de seu pai. Merda. Dei dois passos e ouvi uma voz abaixo —Deixe-me ver meu filho! Eu olhei de volta para Rhett. Ele começou a sacudir a cabeça. Meu lábio franziu, uma súbita vontade de encontrar seu pai e lhe dizer umas verdades. Eu me movi mais rápido e senti Rose agarrar minha mão. Eu a sacudi para longe. Que tipo de idiota diz ao filho dele... Eu quase andei direto para ele. Direto para... —Pai? —Perguntei. Meu pai ficou lá e começou a piscar rápido. —Foster? O que diabos você está fazendo aqui? —Eu, uh, espere. O que você está fazendo aqui?
Eu olhei para o oficial Greves. Então para meu pai. Ele não estava de algemas. —Eu sou... oh merda... —Oh merda, o quê? —Perguntei. —Ele está bem aqui. —disse o oficial Greves. —Em uma cela de detenção até que tudo seja resolvido. Eu levantei uma sobrancelha. —Há apenas uma pessoa na cela de espera. Meu pai tocou meu ombro e engoliu em seco. —Eu sei. Ele passou por mim enquanto eu estava congelado. Ainda não tinha me acertado. Então ouvi meu pai dizer —Filho, o que você fez? Rose soltou um suspiro. Eu olhei para a área com as celas de detenção. É por isso que fiz o que fiz por Rhett. Merda, ele era meu maldito irmão.
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Eu recuei. Rose estava bem ali comigo. Ela estava falando, mas eu não a ouvi. Eu olhei para a porta das celas de espera. Meu pai. Rhett. O pai dele. Rhett… eu… Eu deveria saber. A maneira como Rhett disse que seu pai entrava e saia de sua vida. Mas isso poderia ter sido qualquer pai, certo? Mas não era nenhum pai. Era o meu pai. Era o pai dele. Era o
nosso pai. O que significava que meu pai sabia. Ele sabia que ele tinha outro filho. Ele nunca se incomodou em me dizer. Eu estava dando aulas de violão para o meu próprio irmão. Eu estava tentando ajudar o meu próprio irmão. —Foster. —disse Rose, sua voz interrompendo meus pensamentos. Eu me virei e fui até a porta da frente e saí da delegacia. Eu desci as escadas e virei, indo em direção ao estacionamento. Eu não tinha um plano. Não fazia ideia do que eu ia fazer. —Foster, espere. —Rose gritou. Eu parei e me virei. —O quê? O que você vai dizer agora? Ela correu para mim e tocou meu rosto. —Eu sinto muito. A coisa perfeita para dizer, mas não o que eu queria ouvir. —Eu sinto muito. —disse ela. —Não é assim que isso deveria ter acontecido. —Eu tenho um irmão. —eu digo. —Um fodido irmão. Família. —Sim. Você tem. Você deveria voltar lá e falar com ele. Rhett. Seu irmão. Eu balancei a cabeça. —Eu não sei, Rose. Isso significa que meu pai tinha outra coisa acontecendo em sua vida. Outro garoto? Outra família? E ele fez a mesma coisa com Rhett várias vezes. Todas as vezes que estávamos falando sobre coisas de pai, era o mesmo cara. —Kingsley! —Uma voz gritou. Eu olhei e vi meu pai correndo pelos degraus da delegacia de
polícia. —Oh, porra não. —eu disse. —Foster, basta ir embora. —disse Rose. —Vamos sair daqui então. Podemos conversar com Rhett mais tarde. —Você acabou de dizer para entrar. —disse para Rose. —O olhar no seu rosto está me assustando... Eu segurei Rose pelos ombros. —Este é meu inferno, Rose. Você merece algo melhor que isso. Eu a tirei do caminho e caminhei em direção ao meu pai. —Jesus Cristo, para onde você está correndo? —Ele gritou. Estava pronto para dar um soco e me vi batendo nele. Mas quando cheguei mais perto, o aperto do punho diminuiu. —O que você queria que eu fizesse aqui? —Ele perguntou. —Você tem outro filho. —eu disse. —Rhett. —Everett. —Eu o chamo de Rhett. Seu idiota. Você sabia que ele estava tendo aulas comigo, não é? Meu pai virou a cabeça. —O que você quer que eu diga? Eu não sou perfeito. —Perfeito? Você não é nada. Você teve outro filho. Outra família? —Sem família. —disse meu pai. —Acredite em mim. Foi um erro de uma noite. —E você disse Rhett esta noite que ele foi um erro... —Eu não queria, droga. —meu pai latiu.
—Está certo. Você não quis. Você nunca quis fazer nada. Você só faz o que você quer. —Você poderia ajudá-lo. —Ajudá-lo. Enquanto ele está sentado na delegacia de polícia. —Isso é culpa sua, Foster. Você o deixou esperando. —Você está brincando comigo? —Perguntei. Eu ri, porque senão eu teria dado um soco nele. —Isto é minha culpa? —Eu sei o que sou. —disse meu pai. —O que sempre serei. Mas você… você poderia fazer algo por ele. Para você mesmo. —Então você quer que eu seja o pai dele? —Eu não disse isso. —disse ele. Eu podia ver a raiva se espalhando pelo seu rosto. Ele odiava a sugestão dele mesmo não ser pai. Eu queria dizer a ele que ele nunca foi meu pai. Minha mente brilhou com uma memória. Na noite em que ele foi preso quando eu estava com Rose. Eu tinha uma arma comigo. Uma arma com a qual meu pai não tinha nada a ver, embora ele tivesse assumido a culpa. —Everett é um bom garoto. —disse meu pai. —Um bom menino. Apenas confuso. Como você sempre foi. Deixando as mulheres rasgarem seu coração muito jovem. Eu olhei de volta para Rose e ela apenas ficou lá. Ela não precisava dizer nada para me dizer como estava se sentindo. Eu estava envergonhada por ela. Por mim. Pelo meu pai. Por deixar Rose voltar ao confuso inferno da minha vida. Havia uma razão pela qual nós sempre ficávamos melhores como amigos do que qualquer outra coisa.
—Você não é nada além de uma desculpa. —eu disse. — Você tinha uma família em outro lugar e nunca me contou. Rhett sabia? Meu pai balançou a cabeça. —Não. —Então você fodeu a mãe dele e foi embora? —Sim, foi o que eu fiz, Foster. Se é assim que você quer acreditar. Acredite. —Eu quero saber a porra da verdade. —eu disse. —Tem uma criança lá. —Ele é um adolescente. —Uma criança. —rosnei. descobrir sua vida.
—Ferido. Confuso. Tentando
—Todos nós estamos. —disse meu pai. —Agora volte para lá e fale com ele. —Não. —eu disse. —Você é o pai. Você cuida disso. Eu vou falar com o Rhett mais tarde. Depois que você contar a verdade. —Foster. —meu pai disse. Eu virei de costas para ele. Eu andei até Rose e queria agarrála. Eu queria abraçá-la. Eu queria que ela me abraçasse. Me segurasse e me confortasse. Tirar um pouco dessa dor. Mas, olhando para ela, senti outro golpe no meu coração. Toquei sua bochecha, um único dedo descendo até o queixo dela. Ela rapidamente virou a cabeça e beijou meu dedo. Tirei minha mão. Não, Rose, por favor. Não. Não vai… é só… —Kingsley, volte aqui agora, garoto. —meu pai berrou.
Um interruptor virou na minha cabeça. Eu me virei e levantei meu punho novamente. Pronto para calar meu pai de uma vez por todas. Rose agarrou meu outro braço e plantou os pés no chão. Eu poderia ter andado com ela facilmente, mas ela começou a implorar. Sua voz crepitante. Algo sobre seus olhos e sua voz. Ela estava com medo. Eu sabia que isso não era habitual para ela. Isso era normal para mim, no entanto. Eu parei, em respeito a Rose. Meu pai viveria outro dia. Voltei para a minha caminhonete, balançando a cabeça. Meu pai chamando meu nome... fora de uma delegacia... e dentro da delegacia estava o irmão que eu nunca soube que tinha...
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Eu não dormi. Rose dormiu. Ela precisava do sono. Sentar ali na mesa comigo não ia fazer bem a ela. Já passava da meia-noite quando Carl me disse para checar meu e-mail. Quando o fiz, vi que havia uma oferta para escrever e vender algumas músicas. Eu precisava estar em um voo às nove da manhã e eu estaria fora indefinidamente. A maior chance da minha tentativa de carreira musical. Carl enviou-me uma enxurrada de mensagens de texto, querendo saber minha resposta. Eu o ignorei. Deixei meu celular na mesa zumbindo repetidamente.
Eu apenas fiquei sentado lá por horas, encarando meu apartamento, a cama. A forma do corpo de Rose, sob minhas cobertas. Tudo que eu sempre quis era amá-la. Cuidar dela. Abraçá-la à noite. Ouvir as tempestades passar por nós e contar os segundos entre o raio e o trovão. Ou sair no meio de uma tempestade de neve, quando as ruas estavam fechadas e apenas caminhar juntos na neve recém caída, quando o mundo estava tão impossivelmente quieto e tão maravilhosamente perfeito. Desde o primeiro dia, sempre foi apenas uma fantasia com ela. Comigo. Seu pai só foi capaz de fazer muito por mim. E nem isso foi exatamente para mim, mas mais para Rose. Para mantê-la fora dos meus problemas. Era mais fácil para Frank me servir uma cerveja e cozinhar uma refeição para que Rose não escapasse e acabasse se machucando porque estava comigo. Eu esfreguei meu queixo e pensei tanto que minha cabeça começou a doer. Rhett provavelmente precisaria de mim. Então, novamente, ele tinha um pai, certo? Se meu pai, seu pai, nosso pai, pudesse ficar fora da prisão por um bom tempo, então as coisas poderiam dar certo. Talvez seja melhor assim. Eu não podia imaginar guiar Rhett por um caminho onde eu tropeçava e vagava por tanto tempo. Quando me levantei da mesa, vi o mais fraco brilho do nascer do sol através da janela acima da pia da cozinha. Uma cor laranja ardente que me fez parar por um segundo. Hey Rose ... podemos fazer algo divertido? Eu quero que você defina seu alarme. Acorde assim que o sol estiver nascendo. Eu vou acordar com você. Eu vou sentar no escuro do telefone com você só para ouvir sua respiração. Ouvir o farfalhar das cobertas enquanto você rola. Ouvir os suspiros suaves de sua voz enquanto você tenta ficar acordada. Vou pedir para você dar um beijo no nascer do sol. Então será a luz do dia onde você está. Ficará escuro onde eu estou.
Então o nascer do sol vai começar onde estou. As cores ... seu beijo ... e nós fizemos isso. Nós nos beijamos de longe, Rose. Meu coração doeu. Isso só funcionaria uma vez. Talvez duas vezes. Então ficaria velho. Realmente velho. Eu arrumei uma mala e empacotei meu violão favorito. Coloquei os dois na mesa da cozinha e caminhei até a cama. Eu me sentei e toquei o cabelo de Rose. Eu me inclinei para frente e beijei sua cabeça, cheirando seu cabelo mais uma vez. Entendi. Eu deveria ter esperado e falado com ela. Mas era assim que sempre acontecia conosco. O doloroso adeus deixaria nossas lembranças cinzas. Sair sorrateiramente era mais fácil. Errado, provavelmente. Mas era mais fácil. De volta à cozinha, peguei um caderno e o coloquei em uma nova página. Querida Rose... me desculpe por isso...
CAPÍTULO 29 AQUI, AGUENTE ISSO AGORA Rose Quando acordei e vi que ele tinha ido embora, o coração romântico que batia dentro do meu peito me disse que ele tinha ido tomar café da manhã. Que a qualquer segundo, a porta se abriria e viria Foster segurando um café da manhã gorduroso e delicioso e um café chique que teria um sabor bom, mas não tão bom quanto o café que eu vendia com Molly. Eu encarei a porta pelo que pareceram horas. Na realidade, foram apenas quinze minutos. Eu olhei para o meu celular dez vezes nesses quinze minutos. Sair da cama de Foster e rastrear a bagunça deixada para mim ia doer. Eu finalmente decidi encarar o dia e a realidade. No segundo em que coloquei meus pés no chão e me levantei, meu estômago deu quatro piruetas e um conjunto de saltos. Eu me virei e corri direto para o banheiro. Cheguei à pia e recebi o dia enjoada. Quando a sensação diminuiu, fui até a cozinha e encontrei uma carta esperando por mim na frente da cafeteira. De Foster. Para mim. Sua caligrafia rabiscada. Hey Rose... Essas duas palavras me fizeram pensar na música.
Foster foi embora. Foi para escrever música. Foi para gravar música. Foi para vender música. Antes que eu pudesse começar a me sentir destruída, eu me lembrei de tudo o que tinha acontecido. Era isso que Foster fazia. Ele iria e pensaria. Normalmente, ele apenas ia sem aviso. Eu ficaria para encontrar a trilha de migalhas de pão. Desta vez, a carta foi bem clara. Ele estava pegando um avião. Ele iria embora por um tempo. Ele esperava que meu pai se sentisse melhor. Ele esperava que eu não o odiasse muito. Ele não mencionou o pai uma vez. Ou Rhett. Eu engoli em seco, me sentindo mal de novo ao pensar na situação. Maldito Kevin... tendo outro filho e nunca dizendo a Foster sobre isso. Ou dizendo a Rhett que Foster era seu irmão. Sabendo que Foster estava dando aulas de violão para Rhett. Li a carta duas vezes e dobrei. Eu olhei ao redor do apartamento. Estava revirado. Foster havia escapado novamente. Deixando tudo para desmoronar ao redor dele. E ele foi embora. Se fosse como nos tempos anteriores, ele iria embora por um tempo e depois voltaria e continuaria de onde parou. Pelo menos desta vez eu poderia entrar em contato com ele ... ou pelo menos eu esperava.
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Eu coloquei a pasta e me levantei. A única coisa que eu podia fazer era me distrair. Continuar trabalhando e mantendo o foco no
dia. Parar de olhar para o meu celular e parar de esperar que Foster me enviasse uma mensagem de texto. Ou ligasse para mim. Deixando meu escritório, minha boca parecia nojenta e seca. Não importava o que eu fizesse, eu não conseguia acalmar meu estômago. Tomei chá. Bebi água. Comi um café da manhã leve e um lanche leve. Não era uma sensação de enjoo, mas apenas uma sensação desconfortável. Eu culpei a ansiedade. Preocupando-me com Foster e com o que havia acontecido. Eu me odiava um pouco por adormecer. Ele queria apenas sentar lá e pensar. Eu disse que estava ficando com ele. Eu cochilei e ele me levou para a cama. Lembrei-me de jogar meus braços em volta dele e beijá-lo. Provando seus lábios, sua língua, sua respiração. Agarrando a sua nuca e sua camisa. Querendo ele. Mas o sono ganhou essa batalha. Eu tinha intenções para a manhã... elas não incluíram acordar sozinha e encontrar um bilhete de Foster. Cheguei no meio do escritório quando parei de repente. A mesma sensação de náusea daquela manhã me atingiu de novo e eu não estava exatamente perto de um banheiro. O que significava que eu tinha que correr. Como uma idiota. Através do escritório, na frente de todos, precisando encontrar o banheiro. Agora mesmo. Eu literalmente fiz isso na hora certa. Mais uma vez, pairei sobre uma pia, perdendo aquele lanche leve e café da manhã leve. Quando terminei e olhei no espelho, não estava sozinha. Eu vi Molly no reflexo enquanto ela estava lá olhando para mim. —Enjoada de novo? —Ela perguntou. —Eu não sei. —sussurrei. —Estresse, provavelmente. As coisas foram agitadas. Você não vai acreditar na noite que eu tive. Eu deveria ter ficado em casa e na cama.
—Certo. —disse Molly. Ela parecia irritada. —Eu não perdi nada aqui. —eu disse. —As coisas estão no prazo, Molly. Nada para se preocupar. Se isso continuar por mais uma semana, vou ligar para um médico. —Há algo que você deve fazer antes de chamar um médico. —Hã? —Perguntei. Eu me virei e me inclinei contra a pia. —É aqui onde você me fala sobre meu relacionamento com Foster? Ou algo assim? —Não. —disse Molly. —Parte de mim quer dizer para você ir para casa e descobrir o que se passa, Rose. Você está um pouco agitada aqui. —Isso é apenas a vida, Molly. —Sim, a vida. —disse ela. Ela foi para frente. —Não me odeie. —Odiá-la por quê? Ela tinha algo escondido em sua mão direita. Estendendo a mão, ela colocou no balcão do banheiro. Deu um aceno rápido e, em seguida, fez sinal para a porta. —Eu estarei lá fora. —ela sussurrou. —Vou me certificar de que ninguém mais entre. Te dar um pouco de privacidade. Eu engoli em seco. —Certo. Molly saiu do banheiro, me deixando sozinha. Eu me virei para encarar meu reflexo e vi a cor vermelha nas minhas bochechas. Eu olhei para o teste de gravidez no balcão e balancei a cabeça. Eu acho que não tinha escolha neste momento... ---
Não havia nada de romântico na cena. Então, novamente, eu me perguntei se isso realmente acontecia como eles mostravam na TV. Alguma mulher toda confortável em sua casa, meio excitada, meio assustada, parecendo feliz ao fazer o teste. Havia lugares piores para fazer um teste de gravidez, mas lá estava eu, no trabalho, Molly estava em pé do lado de fora da porta do banheiro e fiquei na pia, esperando para ver se apareceria outra linha rosa. Olhei para o meu celular, desejando e querendo que Foster ligasse ou mandasse uma mensagem. Alguma coisa. Qualquer coisa. Foi uma questão de... quatro segundos... foi quanto tempo olhei para o meu celular. Então olhei de volta para o teste de gravidez. Havia uma segunda linha rosa brilhante.
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Eu estarei em contato com você, Rose. Eu prometo. Essa foi a última linha da carta que Foster me deixou. Eu tinha a carta na minha mesa. E bem ao lado da carta estava o teste de gravidez. As linhas tão perfeitamente claras que eu não sabia qual delas estava lá para começar. Molly estava de volta ao seu escritório, mantendo sua promessa de manter as coisas calmas. Liguei e marquei uma consulta médica para mais tarde naquele dia. Não havia como fazer algo produtivo, então arrumei minha bolsa. Eu escondi a carta. Eu escondi o teste de gravidez.
Saí do escritório e não consegui impedir meu coração de acelerar. Havia apenas um lugar onde eu poderia ir para me acalmar. Eu fui para casa. Não minha casa, meu apartamento. De jeito nenhum. Eu fui para casa. Para minha casa. Para ver meu pai. Para me certificar de que ele estava cuidando de si mesmo. No segundo que ele me viu, ele sabia que algo estava errado. Então eu disse a ele que Foster teve que sair para um projeto de gravação e eu estava sentindo falta dele. Eu corri para a cozinha para fazer algo saudável para ele comer. Consegui uns bons dois minutos sozinha, aquecendo-me no conforto da casa em que cresci. A casa onde pela última vez vi minha mãe viva. A casa onde eu me apaixonei por Foster. A casa onde Foster e eu... —Rose, eu posso estar lento por causa do meu coração, mas eu não estou lento em qualquer outro lugar. Eu me virei, segurando um sanduíche saudável de peru recém-cortado, sem queijo, com alface, tomate e um pouco de pão especial que era mais saudável do que o pão comum. Batatas fritas não eram permitidas com o sanduíche, então em vez disso, algumas frutas frescas. —Aqui. —eu disse, deslizando o prato através da pequena ilha na cozinha. —Rose. —Papai. —Eu vejo seu rosto. Foster correu novamente, não é? —Não. —eu disse. —Ele voou.
Papai suspirou e colocou as mãos na ilha. —O que mais? —O que você quer dizer? —Você sabe o que eu quero dizer. —ele perguntou, sempre capaz de ver através de mim. —Bem, algo aconteceu com o pai dele. Um grande choque. Papai sacudiu a cabeça. —Eu ainda me sinto uma merda sobre o que aconteceu. Eu nunca deveria ter dito a ele o que fiz. Eu não tinha a intenção... —Eu sei. Ele sabe. Todos nós sabemos. A questão com Foster é que... um pequeno evento muda tudo para ele. E eu odeio isso. Eu odeio que ele tenha passado por isso. Ainda passe. O pai dele… Eu abaixei minha cabeça por um segundo. Então eu dei o rápido resumo da noite anterior. Enquanto falava, isso me deixou nervosa. Isso fez meus nervos se contorcerem e meus músculos ficarem tensos. O fato de que o pai de Foster sabia sobre Rhett e Foster e não fez nada sobre isso. Papai acabou apenas assentindo. —Típico. Que cara maluco ele é. Espero que esse garoto e Foster possam construir algo fora disso. Talvez seja bom ter um ao outro, já que o Kevin acabará ferindo os dois de novo e de novo. —Exceto que Foster se foi agora. —eu disse. —Por enquanto, devo dizer. Eu não sei sobre Rhett. Se ele está fora da prisão ou onde ele está. É apenas… —Você está aqui no meio de um dia de trabalho. —disse o pai. —Sim, e? —Você acha que Foster está voltando?
—Sim, por que ele não iria? —Você já tentou ligar para ele? —Papai perguntou. Eu vi seu rosto ficando um pouco irritado. —Tudo vai ficar bem. —eu disse. —Eu não estou preocupada. Ele está trabalhando. Não é como… Papai chegou e tirou o teste de gravidez que estava na minha bolsa. Ele colocou no balcão e olhou. Eu senti como se tivesse quinze anos novamente quando ele encontrou um maço de cigarros na minha bolsa. —O que… —Eu sabia antes disso. —disse ele. —O jeito que você olhou. Agiu. Você vai se surpreender quando eles lhe disserem de quantas semanas você está, Rose. —Como você… Papai levantou uma sobrancelha. —Eu tive duas filhas. Eu soube as duas vezes quando sua mãe ficou grávida. Ela agiu da mesma maneira que você está agindo. Teimosa para enfrentar a verdade. E cada vez que íamos aos médicos, ficávamos chocados com quantas semanas ela estava. Então... há quanto tempo você e Foster estão nessa rodada de relacionamento agora? Tentei voltar até aquele dia em que corri para ele no café. Mesmo assim, não corremos para o quarto. Então, novamente, nós não esperamos muito tempo depois disso, não é? Eu me senti corada, sabendo que não havia como negar nada. Não que isso fosse uma coisa ruim. Eu amava Foster. Ele me amava. O médico confirmaria a gravidez algumas horas depois. E,
sim, fiquei impressionada com quantas semanas eu estava. Significa que aconteceu a primeira vez que Foster e eu dormimos juntos. Eu não deixaria papai ir comigo ao médico. Eu fui sozinha. E sozinha, fiquei no saguão do prédio médico e decidi que era hora de ligar para Foster. Eu olhei para uma pintura na parede. Um campo verde com uma fileira de girassóis. De diferentes tamanhos e formas. Um sol ardente alto no céu. Pacífico. Sereno. Eu sorri quando tentei ligar para Foster. Não houve resposta. E não haveria resposta. Não importa quantas vezes eu ligasse. Seu número... não existia mais. O que significava que Foster tinha desaparecido de novo... deixando-me ... e um bebê por nascer para atrás.
CAPÍTULO 30 FECHE A PORTA, ESCONDA AS MENTIRAS Foster O amor era uma palavra complicada e às vezes falada rápido demais. Para o conforto. Por pena. Para manter as coisas estáveis. Para evitar uma conversa desajeitada que envolvia o futuro. Qualquer um que me conhecesse sabia que eu não fazia planos para o futuro. Tudo o que eu me importava era na próxima música a ser escrita e no próximo show a ser tocado. Este pequeno clube que eu estava tocando tinha uma área de bastidores. Era uma espécie de depósito, mas tinha uma coleção de guitarras antigas, amplificadores, kits de bateria e parecia uma antiga sala de música do porão de uma escola. Eu coloquei meu pé em um amplificador e bebi uma garrafa de cerveja. Eu estava sendo pago em dinheiro pelo show e eu bebia de graça. Para mim, foi o melhor show da minha vida. Toquei por mais de uma hora e só tive cerca de quinze minutos no total de atenção de todos. Aqueles quinze foram porque eu toquei algumas músicas cover. Nas outras músicas, as que eu escrevi, todo mundo teve tempo para conversar, passear, tomar uma bebida e esquecer completamente que alguém estava de pé em um palco, tocando música, tentando sobreviver.
Mas isso não era problema deles. Era assim que este mundo funcionava. Passei a mão pelo meu cabelo e respirei fundo. Hey Rose ... onde você está agora? Eu balancei a cabeça e olhei para frente. Por que diabos esse pensamento veio para mim? Essa música foi trancada há um tempo atrás. Eu não trabalhei nela. Eu não a toquei. Eu também não tinha cantado. À minha esquerda havia um violão antigo. Não era meu, mas eu alcancei de qualquer maneira. Eu rapidamente ajustei o melhor que pude, considerando a qualidade das cordas. Eu dedilhei alguns acordes e ri. Incrível como músicas que escrevi anos atrás ainda estavam frescas em minha mente. Comecei a tocar a música, sentindo as palavras na ponta da minha língua. Eu queria cantar a música… mas… —Ei, aí está você. —disse uma voz. Eu virei minha cabeça e vi Jess parada na porta. Segurando uma garrafa de cerveja, vestindo calças de couro pretas, uma camisa preta de corte baixo e o cabelo preto puxado para trás. Ela parecia um sonho pós-festa e seus olhos estavam fixos em mim. —Ei, querida. —eu disse. —Que música foi essa? —Ela perguntou. —Oh, nada. —menti. Eu menti. Eu sempre mentia para Jess. Todo o nosso relacionamento foi construído em mentiras. Principalmente ditas por mim.
—Parece boa. —disse ela. —Você deveria trabalhar nela. Posso te ajudar. Eu poderia... —Esqueça isso. —eu disse com um sorriso. Sim, Jess tocava guitarra. Ela liderava uma banda de três mulheres que se separou alguns meses atrás. A baterista ficou noiva e queria se mudar com seu noivo. Então Jess fazia shows solo como eu fazia. Nós nos conhecemos por causa da música e música foi a base do nosso relacionamento. Eu não pretendia acabar com ela, mas depois de um show e uma garrafa de uísque, se transformou em uma longa noite que levou para a manhã seguinte e as coisas apenas avançaram de lá. Uma semana atrás ela bebeu um pouco de vinho demais com a baixista de sua banda e voltou para casa para se enrolar no meu colo e sussurrar para mim que ela estava apaixonada por mim. Antes que eu tivesse que dar uma resposta desajeitada ou apenas mentir para ela, ela adormeceu. Mas ficou lá e ela sabia disso. Eu sabia. Eu teria que tomar uma decisão, por assim dizer. Ou apenas mentir e ficar por perto. Eu abaixei o violão enquanto Jess caminhava em minha direção. —Eu estou falando sério sobre essa música. —disse ela. — Eu adoraria ajudar. Você não vai tocar a porra da música que eu escrevi para Rose... Engoli as palavras e agarrei o pulso de Jess e a puxei para mim. Ela caiu no meu colo, encaixando-se tão bem, jogando os braços em volta do meu pescoço. O beijo foi implícito e instantâneo.
Ela tinha o gosto de uma bebida de vodka frutada. Algo de cereja. Ela tocou meu rosto, apenas usando os dedos e nunca cavando as unhas em mim. —Esse foi um grande show. —ela disse para mim. —Eles amaram você. —Eles não me assistiram. —eu disse com um sorriso. —Foster... —Eu não dou a mínima, querida. Estou feliz por tocar. Beber. Ganhar um dinheiro. —Não esqueça a melhor parte. —Jess sussurrou. —Hã? —Perguntei, levantando minha sobrancelha. Jess se levantou e foi até a porta. Ela fechou e encontrou uma cadeira dobrável de metal e enfiou-a sob a maçaneta. Ela se virou e levantou a parte inferior de sua camisa e sobre a cabeça. Eu soltei um suspiro quando eu sorri. —Uma estrela do rock tem que transar depois de um show. —ela sussurrou. Estendendo a mão, ela abriu o sutiã. Ela subiu de volta no meu colo e gentilmente empurrou seu peito para o meu rosto. Eu gemi e fechei meus olhos. Eu provei sua pele, mas não era... Hey Rose, onde você está agora?
CAPÍTULO 31 VENHA… VOCÊ NÃO TEM ESCOLHA Rose Meu telefone tocou à meia-noite. E então cinco minutos depois. Normalmente, ser acordada desse jeito me irritaria, mas era meu pai e minha irmã ligando para me desejar um feliz aniversário. Essa era realmente a melhor parte do meu aniversário porque eu tinha que trabalhar durante o dia e a noite. As escalas ficaram confusas no trabalho e eu estava trabalhando no turno do almoço e do jantar. Um duplo no meu aniversário. Eu não tratava o meu aniversário como outras pessoas que eu conhecia. Não era um grande negócio para mim. Apenas mais um ano que se foi. Um ano mais velha. Sim, desta vez eu estava legalmente autorizada a comprar uma bebida. Essa era a grande coisa. O que era meio engraçado para mim o porquê de as pessoas ficarem empolgadas com o vigésimo primeiro aniversário, quando a maioria já tinha bebido bastante em suas vidas. Quando meu turno terminou, meu gerente fez todos cantarem parabéns para mim e eu tomei uma cerveja. Então todo o meu aniversário veio e foi sem sair ou alguém me pagando uma bebida. Cheguei em casa por volta das duas e dormi até o meio dia. O dia depois do meu aniversário deveria ser um pouco mais calmo. Eu compartilhava um apartamento abarrotado com duas outras mulheres. Nós três no apartamento era a única maneira de sair do campus. Começando a faculdade, tudo o que queríamos era estar no campus. Mas essa vida se desgastou muito rapidamente.
Havia uma diferença tão grande entre meninos, homens e idiotas, que valeu a pena trabalhar, economizar e encontrar um jeito de conseguir um apartamento. Minhas companheiras de quarto me prometeram bebidas como meu presente de aniversário. Então, além de trabalhar, todo o meu aniversário veio e passou sem um único presente. A menos que você contasse a cerveja que meu gerente me deu no final do meu turno. Mais uma vez, foi apenas mais um ano que se foi. Não era como quando eu era mais jovem, embora. Realmente jovem quando minha mãe faria algo grande. Ou quando ela sempre me perseguia às sete e quarenta e dois da noite para me abraçar, porque era a hora que eu nasci. Uma vez, eu estava jogando futebol e ela parou o treino para poder me abraçar. Eu estava envergonhada, mas teria dado qualquer coisa para ela estar lá agora para fazer isso. E depois houve outros aniversários. Quando alguém foi capaz de capturar o dia de uma maneira que nunca pensei ser possível. Mesmo que tenha sido de curta duração, ele foi o único que me deixou sentindo como a pessoa mais importante do mundo. Mesmo depois do meio-dia, tomei meu café da manhã e relaxei. O apartamento estava vazio, o que significava que estava quieto. Isso era bom. Becca e Karly foram para a aula. E, a julgar pelo calendário desordenadamente agendado na geladeira, elas estariam fora até amanhã porque esta noite era uma espécie de festa das meninas do ensino médio. O que era bom. Eu poderia ter o lugar para mim mesmo por uma vez. Ou então eu pensei. Quando ouvi a batida na porta, me encolhi. Com alguma sorte, seria alguém à procura de Becca ou Karly e eu poderia simplesmente mandá-lo embora. Em vez disso, abri a porta para a minha irmã que estava ali
segurando um grande buquê de flores com um balão de coração que dizia FELIZ ANIVERSÁRIO sobre ele. —Feliz aniversário. —disse Vivian. Eu peguei as flores da minha irmã. —Obrigado, Viv. Você veio aqui para isso? —Não. Eu vim para ter um ótimo dia. —ela disse com uma voz estranha. A próxima coisa que eu sabia, ela tinha um cartão na mão e tinha alguma coisa de aniversário onde você puxava uma corda e o confete explodia. O pop! Me assustou pra caramba. Confetes voaram no meu rosto quando Vivian começou a rir. Eu não estava rindo, no entanto. —As flores eram o suficiente. —eu disse. —Vamos. —disse Vivian. —Eu não pude sair do trabalho ontem. Eu sei que você trabalhou ontem. Então vamos ter um tempo de irmã. —Eu acabei de acordar. —eu disse. tecnicamente meu café da manhã.
—Então, isso é
—Tudo bem. —disse ela. —Café da manhã será. Onde é o seu café da manhã favorito? E o que você quer? —Viv ... —Hoje está por minha conta. —disse ela. —Estamos tomando café da manhã. E então qualquer coisa que você quiser. Acabando com um jantar tardio e algumas bebidas. Eu te devo uma bebida. —Vai ser minha primeira. —eu disse com um sorriso. —Besteira.
—Minha primeira bebida legal. —corrigi. —Lá vai você. —disse Vivian. —Eu trouxe roupas extras para passar a noite, ou talvez nós duas encontremos alguns bons pedaços para brincar. —Eca. —Eca? —Vivian perguntou, levantando uma sobrancelha. —Você não gosta de caras? —Eu gosto de caras. Apenas… bons pedaços… Vivian estava então dentro do apartamento. Ela insistiu que eu lhe dissesse onde conseguir o café da manhã. Havia um ótimo lugar gorduroso a quatro quadras do apartamento. Eu mencionei o nome e dei-lhe o menu básico de papel e ela ligou para pedir comida. Este deveria ser o meu dia de folga. Ficar quieta. Relaxar. Em vez disso, eu tinha Vivian pronta para festejar o dia todo. E isso foi apenas o começo.
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Vivian passou duas horas no banheiro. Isso não era surpresa para mim. Eu cresci com isso. Ela acordava às cinco da manhã para começar a se preparar para a escola. Tudo tinha que estar de uma certa maneira. Parecer de uma certa maneira. Tudo combinando. Houve momentos em que eu queria arrebentá-la por isso, mas há muito tempo atrás Vivian confessou que se arrumar a ajudava a esconder a dor de perder a mãe. Que ela começou a usar maquiagem para ficar escondida do que aconteceu.
Eu era simples. Eu tinha um jeans favorito. Eu tinha uma camisa favorita. Cabelo era cabelo e hoje eu fiz um rabo de cavalo e usei qualquer laço de cabelo que eu pude encontrar em uma gaveta aleatória no banheiro. Meu batom era gloss. Meus olhos eram meus olhos. E era isso. Eu não ia sair procurando por bons pedaços como Vivian sugerira. A parte boa era que ela morava a apenas vinte minutos de distância. Então, se ela se encontrasse um bom pedaço, ela poderia desaparecer e fazer o que quisesse. Então eu poderia voltar para casa e fazer o que eu queria. Que era colidir com minha cama confortável e dormir. Esse era o meu plano, mas sair com Vivian significava que não havia plano. Jamais. Ela saiu do banheiro e deu um giro. —Como estou? —Linda. —eu disse. —Como estou? —Linda. —disse Vivian com um sorriso. —Ei. Você realmente quer sair? —O quê? Por quê? —Quero dizer, poderíamos pedir algo e pegar uma garrafa de vinho. Assistir a todos os tipos de filmes românticos e ficar bêbada. —Você não quer sair? Eu encolhi meus ombros. —Rose. —disse Vivian. —Você tem que sair de vez em quando. Do que você tem medo? —Eu não estou com medo. —Você ainda não bebeu nada desde que você fez 21 anos. —disse ela. —Eu prometo, sem loucura com doses e outras coisas. Vamos sair e nos divertir um pouco. Eu sinto sua falta. Quero falar
com você. —E os bons pedaços? —Provoquei. —Eles estarão esperando por mim. —Confiante, hein? —Você já me viu? Eu ri quando me levantei. Vivian enfiou o braço no meu e nós saímos para a noite. Eu confiei que ela teria tudo planejado sobre dirigir e faria melhor do que beber demais e tentar dirigir. Havia cinquenta lugares para ir perto do apartamento, mas Vivian decidiu ir mais perto de casa. Lá ela escolheu um pequeno bar de esquina. Definitivamente não é o tipo de lugar que eu poderia imaginar ela indo, mas eu não iria discutir. Escondido e quieto era uma coisa boa. Entramos e fomos direto para o bar. Nos desviamos das mesas com pernas bambas e cadeiras que estavam rasgadas com espuma feia amarela saindo dos assentos como pus. Vivian chegou do outro lado do bar e chamou a atenção da garçonete. Era uma mulher chamada Shayna. Ela frequentou a escola com Vivian, mas eu mal a conhecia. Sua reputação era mais conhecida do que ela era. —Eu sei que sou uma mentirosa. —Vivian disse para mim enquanto Shayna pegava as doses. —Mas é seu aniversário. —Ontem foi meu aniversário. —A semana do seu aniversário então. —Viv... —Apenas um. —disse ela. —Eu tenho que dirigir de
qualquer maneira. Então apenas um. —Tudo bem. —eu disse. Duas doses de vodka foram derramadas. —Por minha conta. —disse Shayna. —Feliz aniversário, Rose. Sorri e agradeci a Shayna como se fôssemos velhas amigas. —Eu te amo, mana. —disse Vivian. —Por um ótimo ano e uma ótima vida. Nós brindamos os pequenos copos e tomamos. Era suave com um gosto forte no final. Eu me encolhi e franzi a testa enquanto a queimadura tomava conta da minha garganta e descia até meu estômago. Por sorte, Shayna estava lá para salvar o dia com duas cervejas. —Ei. —eu disse para Vivian. —Por que você escolheu este lugar? —Honestamente... não tenho certeza se você conhece essa história... mas mamãe costumava vir aqui. —O quê? Vivian assentiu. —Quando ela tinha que trabalhar no terceiro turno. Eu não sei se você se lembra dela trabalhando. Ela era enfermeira. —Eu sei disso. —Ela trabalhava no terceiro turno e às vezes alguns deles vinham aqui tomar um café da manhã. Eu me lembro dela e papai brincando sobre isso. —Sério? —Perguntei, sorrindo.
—Eu acho que começou como uma coisa divertida, mas depois... bem, eles vinham para cá quando tinham noites difíceis. Quando eles perdiam pacientes e outras coisas. —Oh. —eu disse. —Eu não sei, é algo pequeno e idiota. —disse Vivian. — Mas é apenas uma maneira que me sinto conectada a ela. Ela se sentou em algum lugar neste bar. Você sabe? Ela tocou nos assentos. No bar. Nos copos. Olhou para a TV. Eu… Eu peguei o braço de Vivian e apertei. —Eu sei. Entendi. Obrigada por me trazer aqui, Viv. Eu não sabia que ela vinha aqui. —Agora você sabe. —disse ela. A noite ficou um pouco sombria. Eu levantei do meu lugar e passei um braço ao redor dela. Eu a puxei para perto e percebi que era a vez dela ficar triste. Assim como fazíamos quando éramos crianças. Eu engoli o nó na garganta e deixei Viv ter seu momento. Ela se afastou de mim e olhou para cima enquanto limpava os cantos dos olhos. —Merda. É por isso que precisamos de bons pedaços. —Bem, você parece gótica agora. —eu disse. —Ou um guaxinim bonito. —Obrigada. —disse Vivian. —Eu precisava disso. Vivian respirou fundo e limpou a garganta. Eu esfreguei as costas dela e sentei novamente. —Eu não trouxe você aqui para que pudéssemos chorar. —disse ela. —Para ser justa, só você está chorando.
—Cadela. —disse Vivian. —Apenas dizendo… —Eu vou ao banheiro me limpar. —Eu vou sentar aqui e esperar você voltar. —eu disse. —Bom. —Vivian levantou-se. —Não entre em apuros. Nós duas rimos. Não tinha problemas para entrar. Mas um minuto depois, enquanto eu tentava tomar um gole da minha bebida, ouvi uma risada que enviou arrepios pelo meu corpo inteiro. Lentamente, eu virei minha cabeça. Eu pisquei rápido, sem saber o que estava vendo. Era ele. Então algo mais aconteceu. Ele olhou diretamente para mim. Nossos olhares se fixaram. E eu sussurrei um nome que não sussurrava há muito tempo... —Foster.
CAPÍTULO 32 LONGA ESPERA Foster —Eu só quero falar com ela e descobrir qual o próximo passo. —Jess disse enquanto eu dirigia. —Isso poderia ser algo. Ou nada. Eu não posso simplesmente sentar e esperar. O drama da banda estava ficando velho. Jess e sua baixista, Megan, estavam tendo uma pequena reunião para falar sobre a música. A decisão era adicionar um baterista ou simplesmente fazer acústico. Duas mulheres com guitarras acústicas. Eu me ofereci para ficar atrás de uma bateria, mas Jess insistiu em ser uma coisa só de garotas. Ela passara a noite inteira tomando um pouco de uísque e já estava meio alegre quando entramos no bar que Megan escolheu para se encontrarem. Eu conhecia o lugar. Eu costumava esgueirarme pelos fundos e roubar cervejas quando era adolescente. Algumas vezes, quando eu era corajoso o suficiente, eu pegava uma garrafa de bebida. Eu fui pego uma vez pelo dono na época, um cara velho chamado Miles, que tinha um sotaque tão grosso que eu não podia ter certeza de onde ele era. Ele apareceu do nada com um cigarro aceso entre os lábios. Suas mãos eram minúsculas, mas o aperto foi a coisa mais forte que eu já senti quando ele agarrou a minha nuca. Ele apertou tanto que perdi o fôlego e deixei cair a garrafa de rum. Ela quebrou no chão e ele me disse que eu tinha um dia para trazer dinheiro para isso. Acredite em mim, eu ralei para ter certeza de que eu aparecesse com vinte dólares no dia seguinte. Miles pegou o dinheiro e me serviu uma dose. Nós fizemos
as pazes e eu nunca mais voltei lá. Bem, pelo menos não até ele morrer e o bar ser vendido. Megan estava em uma cabine esperando por nós e eu comecei a me arrepender de estar lá. Mas eu não tive escolha. Eu não queria que Jess tentasse dirigir depois de todos aqueles goles de bebida. Para não mencionar que no segundo em que ela se sentou, ela pediu uma rodada de bebidas para todos nós. —Vamos direto ao assunto. —disse Jess. —Temos que decidir o que vai acontecer a seguir. Megan olhou para ela e eu sabia que isso ia ser uma choradeira ou uma briga. Eu sinceramente só queria sair de tudo isso. A cabine. O bar. A cidade. Dessa coisa com a Jess. —O que você quer? —Perguntou Megan. —Música. —disse Jess. —Nós costumávamos ser tão boas. Megan avançou e tocou o copo agora vazio na frente de Jess. —Isso tomou conta. —O quê? —Você sabe o quê. —Oh, eu sou a única que bebe demais? —Ei. —interrompo. —Apenas decida. Você quer tocar, então toque. Por que não marcam alguns shows apenas com vocês duas? Veja como isso flui. Falar é fácil. Tão incrivelmente fácil. Vocês duas sabem disso. —Então ele é seu advogado agora? —Megan perguntou. —Não. —disse Jess. —Ele me apoia. Ele me ama. Eu me encolhi. Eu me senti desconfortável.
—Eu já passei por isso antes. —eu disse. —Isso é tudo. Eu odiaria ver vocês duas conversando e não chegando a lugar nenhum. —Tudo bem. —disse Megan. —Você traz seu namorado gostoso e eu pareço uma vadia. —Dificilmente. —eu disse. —Você é muito quente. —disse Jess. —Talvez devêssemos sair daqui agora mesmo. Nós três. Aquele sangue selvagem corria denso em Jess. Uma vez foi divertido, mas agora era uma obrigação. Ela ficava dizendo que me amava só quando estava bêbada. Quanto mais eu não dizia de volta para ela, mais louca ela ficaria na cama. Mordi um pouco a minha língua quando Megan enfiou a mão na bolsa e tirou um caderno. —Estamos escrevendo? —Jess perguntou. —Vamos fazer isso. —disse Megan. —Eu gosto dessa ideia. —eu disse. —Consiga algo e então você pode começar a colocar música nela. —Com a sua ajuda. —disse Jess. Ela agarrou meu braço e me puxou. Ela beijou minha bochecha e depois passou a língua na minha orelha. Mudei minha cabeça sem parecer muito chateado com isso. —Então, qual é a história. —eu disse, apontando para o caderno. —Que tipo de história você quer contar? —Bebidas. —disse Jess com uma risadinha. —Claro. —disse Megan. Ela revirou os olhos. Pensei por um segundo e tive uma ideia para salvar a noite.
—Compare um cara com uma bebida. —eu disse. —Escolha sua bebida favorita e seu tipo favorito de cara e escreva uma música. —Você é meu uísque, Foster. —disse Jess. —Estou tão viciada que não consigo parar de beber. —Que fofo. —disse Megan. —Vá com isso. —eu disse. Jess voltou sua atenção para o caderno novamente. —Isso é bom. —Que tal uma cerveja choca? —Perguntou Megan. —Elas são como os caras que eu consigo. Elas parecem boas e espumosas e depois você as bebe e fica mijando. Eu ri. —Bom, você poderia seguir esse caminho. Formem uma banda de garotas raivosas. —Ei, qualquer coisa que nos faça tocar. —disse Jess. Sua voz estava começando realmente a ficar arrastada. Núusfaaaçatocar… Eu senti como se alguém estivesse olhando para mim. Eu olhei por cima do meu ombro e não pude acreditar no conjunto de olhos que se fixaram no meu. Jess colocou a mão na minha perna e sem pensar eu tirei sua mão como se ela não significasse nada. Porque ela não significa nada. Havia apenas uma pessoa que significava alguma coisa. Aquela pessoa estava me encarando.
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—Rose. —sussurrei enquanto colocava meus cotovelos no
bar. Acenei a mão para a garçonete. Shayna. Eu me lembrava dela no ensino médio. Ela definitivamente se lembrava de mim. —Foster. —disse Rose ao meu lado. —O que você está... —Nós dois vivemos por aqui, certo? —Perguntei com um sorriso. Agora, este não foi um encontro de destino. OK? Rose e eu havíamos nos visto casualmente aqui e ali antes. Mas foi engraçado como eu senti alguém olhando e era ela. —O que você está fazendo aqui sozinha? —Perguntei a ela. —Minha irmã está aqui. —disse ela. —Ela teve que arrumar a maquiagem. —Ah, certo. Vivian. Claro. Maquiagem. —Ela me trouxe aqui para... —Ei, querida. —eu disse para Shayna. —Eu preciso de duas bebidas. Você escolhe a dose. —Foster. —disse Rose. —Dose de aniversário. —eu disse piscando. —Você tem vinte e um anos agora, Rose. Legal para tudo. —Oh, então é por isso que de repente você veio até aqui. — ela disse e levantou uma sobrancelha. Eu ri. Eu aproximei minha bunda até a banqueta. Atrás de mim, no lado oposto do bar, estavam Jess e Megan, tentando escrever uma música. Eu estava errado aqui? Provavelmente. Mas sentar tão perto de Rose... era a primeira vez em muito tempo que senti meu coração disparar por algo diferente da música. Fodendo Rose... eu deveria ter apelidado ela de Espinho pelo que ela tinha feito comigo desde o dia em que a conheci. No entanto, fui eu que continuei
a tocá-la e ser picado pelo espinho. Mas sempre valia a pena. Enfiei a mão no bolso e peguei algum dinheiro e entreguei a Shayna. —Fique com o troco, querida. Ela sorriu e piscou. Rose olhou fixamente para mim, lembrando-me que ela ainda tinha aquele inseto ciumento sobre ela. Eu amava isso nela. De como ela podia ficar tão ciumenta, mas não havia ninguém que pudesse me capturar como ela. —Saúde, Lesma. —eu disse, levantando meu copo e deslizando o outro em direção a ela. —Lesma? Eu ainda entendo isso. Você flerta com a garçonete e a chama de querida... mas eu sou a Lesma? Eu me inclinei. —Rose, eu chamo todo mundo de querida. Da garçonete aqui até a velha senhora no banco. Considere-se sortuda que eu tenho um apelido para você. Suas bochechas ficaram, bem, rosa vermelha. —Feliz aniversário. —eu disse. —Desculpe, não entrei em contato ontem. Mas eu não tenho o seu número. Eu não sei onde você mora. Onde você trabalha. Então eu estava em desvantagem. —Certo. —disse ela. —Veja, se você realmente se importasse, você teria me rastreado. —Eu acho que isso é chamado de perseguição. —É, eu acho que depende. —disse Rose. —Quero dizer, se você fosse me desejar um feliz aniversário e me comprar uma bebida, eu deixaria passar. Mas apenas uma vez. —Uma vez por ano? —Perguntei. —Apenas no seu aniversário. Eu recebo um passe livre.
—Eu posso viver com isso. —disse ela. —E o dia depois do seu aniversário? —Perguntei. —Que tal um passe livre então? Eu sorri e suas bochechas ficaram ainda mais vermelhas. Era incrível como o tempo nos separava, mas podíamos fechar os olhos e falar casualmente como se tivéssemos nos visto há uma semana. Nós bebemos nossas doses e Rose se encolheu. Isso me fez sorrir. Eu estava lá a primeira vez que ela tomou uma bebida de uma garrafa. Ela fez o mesmo rosto e se mexeu do mesmo jeito. Hey Rose ... eu sinto falta do jeito que você parece... do seu gosto... Ela empurrou o copo e balançou a cabeça. —Você sabe, esse é o primeiro drinque que alguém me comprou. —O quê? —Perguntei. —Eu trabalhei ontem. E acabei de chegar aqui com a Viv. Shayna me deu a primeira bebida de graça. Viv pediu cervejas, mas ainda não pagou. Então você… —Eu te comprei sua primeira bebida. —eu disse. —Legalmente. —Sim. Eu assenti. —Eu posso viver com isso. —Então como você está? Eu lambi meus lábios e provei o uísque. Eu olhei para os lábios de Rose e queria provar o uísque em seus lábios também. Eu tinha duas escolhas. Continuar com essa conversa fiada com Rose ou apenas aproveitar o que estava na minha frente. Eu estava mentindo tanto, que percebi porque não dizer a verdade pelo menos
uma vez... —Como eu estou? —Perguntei. —Não tenho certeza se você realmente quer saber disso. —Tente. —disse Rose. —Não. Rose tocou minha mão. —Diga-me, Foster. É meu aniversário. —Ontem foi seu aniversário. —É a minha semana de aniversário, então. —disse ela. —Oh, esse é o tipo de porcaria que sua irmã diria. —Ela me contagiou. Eu senti meu coração doendo. Mas a dor me lembrou que eu ainda estava vivo e ainda podia sentir alguma coisa. Nós gravitamos em direção um ao outro, os centímetros diminuindo. Como se fosse alguma força cósmica exigindo que chegássemos perto demais para nosso próprio bem. Minha mente tentou me lembrar da minha realidade, mas eu não iria fugir disso. Eu podia sentir o cheiro do uísque na respiração de Rose. Eu podia ver aquele velho fogo ainda queimando naqueles lindos olhos dela. A eletricidade entre nós poderia alimentar o mundo por dias. —Então Foster, me diga. —ela sussurrou. problema?
—Qual é o
Eu disse a ela como o gole direto de uísque que ela tinha bebido um minuto atrás. —Rose, estou aqui com outra pessoa... mas ainda estou apaixonado por você.
CAPÍTULO 33 A CHAMADA NO MEU BOLSO Rose Quando Vivian voltou, eu ainda podia sentir minhas bochechas ardendo. Eu senti como se fosse desmaiar. Como se o bar tivesse subitamente encolhido para um terço do seu tamanho com a mesma quantidade de pessoas no local. As palavras ficaram gravadas em minha mente. E típico do Foster, dizer algo parecido e depois se levantar e ir embora. Deixando-me pendurada lá, pensando que eu ia roubar um beijo de aniversário ou algo assim. Que estupidez a minha, certo? Eu não o via há muito tempo. E a última vez que o vi... —Você me ama? Suspirei. Engoli de novo. Eu me afastei. —Que porra é essa? —Você não vai responder. —O que você quer que eu diga? —A verdade. Responda a minha pergunta. —Você me ama? —Você não pode distorcer isso. —eu disse. —Se eu disser que te amo,
então você tem que dizer que me ama. Se eu disser que não amo você, então você tem uma saída fácil. —Saída fácil? Você acha que eu quero uma saída fácil? —Eu nunca disse isso. —Você acabou de dizer. —disse ele. —Não, eu não disse. Eu disse que… se você di… se eu disser… —Shhh. —disse ele. —Ouça a chuva, Rose. Apenas escute a chuva. Lavando tudo. Mantém as pessoas afastadas. Mantém tudo calmo. Esperei o máximo que pude para ouvir as palavras que eu amo você... …mas elas nunca vieram. E ele escolheu agora para dizer isso para mim? Para confessar que ele estava apaixonado por mim? E que ele estava no bar com outra pessoa? O que diabos isso significa? Com alguém em um encontro? Um primeiro encontro? Quarto encontro? Um encontro normal, implícito, porque eles estavam juntos e apaixonados? Vivian sentou-se e casualmente levantou a caneca suada e levou-a aos lábios. Eu sentei lá como uma criminosa. Uma criminosa muito ruim porque eu estava prestes a explodir de culpa. Como se meus bolsos estivessem cheios de diamantes roubados e a pessoa sentada ao meu lado fosse o oficial que estava tentando localizá-los. Comecei a pegar minha bebida, minha mão tremendo visivelmente. Eu disse a mim mesma que não importava e que Vivian não notaria. Primeiro, o bar não era tão bem iluminado. Era um bar. Estava escuro. Todo mundo estava falando. Então, novamente, esta era minha irmã. Ela sabia quando eu tinha uma espinha antes de mim. Ela tinha orgulho em me dizer que eu tinha marcas no meu rosto quando eu estava no ensino médio.
Cadela. —Então, você vai me dizer por que Foster estava aqui? — Vivian perguntou. Eu virei minha cabeça e ela olhou para mim com um sorriso malicioso. —Como? —Perguntei, numa tentativa pobre de parecer estúpida. —Você me ouviu. —disse Vivian. —Isso é um pouco de seu passado vindo à tona, hein? —Oh, Foster? Na verdade não. Quero dizer, ele parou para dizer feliz aniversário. —Certo. Porque seu aniversário não foi ontem. Aquele sorriso malicioso no rosto de Vivian me incomodou. Franzi meu lábio. —É problema meu. —Problema seu? Você sabe que ele está sentado com outras duas mulheres, certo? Eu engoli em seco. Duas mulheres? —Então? —eu perguntei. —Rose, vamos lá... —Vamos lá com o quê? Estou sentada aqui e ele veio para me comprar uma dose e dizer feliz aniversário. —Ah, então você teve outra dose. —disse Vivian. —Isso é bom. Você vai se soltar e começar a falar. —Falar de quê? —Seus sentimentos por Foster.
Bufei. —Não há sentimentos por Foster. Mas ele disse que me ama... —Besteira, Rose. —disse Vivian. —Viv, esqueça isso. —É sempre perigoso quando vocês dois se encontram. —Encontrar? Quem está se encontrando? Vivian sacudiu a cabeça. —Eu acho que ninguém. Eu saí dessa decentemente o suficiente. O que Vivian não sabia era que, antes de Foster sair, ele escreveu seu número em um guardanapo. Ele colocou na minha mão e apertou a mão ao redor da minha. Seus lábios se aproximaram do meu ouvido. Me ligue, Lesma. Esta noite. Vou me certificar de que isso não cause nenhum problema. Tentei olhar por cima do meu ombro algumas vezes, mas não conseguiria fazê-lo sem parecer óbvio. —Rose. —disse Vivian. —Posso te perguntar uma coisa? —Depende. —É sobre Foster. —Então não. —O que aconteceu com vocês dois? Não foi há muito tempo, certo? Vocês estavam juntos e então vocês não estavam. —Isso é chamado de relacionamento. —eu disse. —Acredite ou não, Viv, às vezes as pessoas ficam melhores como amigas. Eu não sou como você. —Como eu? O que isso significa?
Eu sabia que o desvio barato poderia mudar de assunto. —Você sabe. —eu disse. —Você aproveita a noite e é isso. Você sempre encontra algo errado e descobre uma saída antes que fique sério demais. Você nunca se expõe. Vivian levantou uma sobrancelha. —Oh, me desculpe. Eu tenho um tipo que eu gosto. Além disso, se alguém teve a chance de se expor, foi você. —Eu? Eu só estive com... Eu não terminei essa frase. Não importava quantos caras eu tinha dormido. —Sim. —disse Vivian. —Você escolheu o único de todos. Aquele que papai tinha que se preocupar sem parar. Um garoto como Foster. Drogas. Armas. Seu pai na cadeia. Acredite, você roubou todas as dores de cabeça e preocupação. —Foster não... —Não importa, disse ela. —Vocês não estão juntos, lembra? —Exatamente. Vivian se inclinou. —Esqueça tudo isso. Fiz uma pequena espionagem enquanto você conversava com Foster. —É? —Confie em mim, no segundo que eu vi vocês dois, eu me afastei um pouco. Mas eu vi algo que eu gosto. —Alguma coisa? —Bem, alguém. Eu não sei. Eu prefiro pensar nele como algo. —OK. Isso é um bom pedaço?
—Um bom pedaço total. E ele está visitando a cidade. Para um casamento. —Oh, essa é sua especialidade. Sem compromisso, com certeza. Vivian assentiu. —Sim. —Então esta é a sua maneira de dizer Bem, Rose, eu espero que você tenha tido um feliz aniversário… nós tomamos algumas bebidas e conversamos por cerca de cinco minutos… mas nós passamos o dia juntas, então tudo bem que eu queira encerrar esta noite e curtir com algum bom pedaço até que eu não consiga lembrar meu nome… —Isso é muito preciso. —disse Vivian. —Então... —Vá. —eu disse. —Obrigada por hoje. —Você tem certeza? —Eu não tenho escolha. —eu disse. Vivian deu um pulo e respirou fundo. —Como estou? —Esse cara não tem ideia do que está prestes a acontecer com ele. —eu disse com um sorriso. —Amo você, Rose. —Viv, por favor, esteja segura. —eu disse. Ela tocou meu ombro. —Você também. —Vou encontrar o caminho para casa e terminar a noite. — eu disse. —Já que minha carona me abandonou. Vivian queria me dar as chaves, mas eu recusei. De jeito nenhum eu estava tentando dirigir. Ela permaneceu por mais alguns segundos, mas não disse nada.
Finalmente, ela foi embora. Eu lentamente me virei e aproveitei minhas chances para procurar por Foster. Ele se foi. Vivian estava flertando com seu novo bom pedaço. Enfiei a mão no bolso e tirei o número de Foster. Eu peguei meu celular. Eu mordi meu lábio. Rose, estou aqui com outra pessoa... mas ainda estou apaixonado por você. Meu coração disparou. Eu não poderia ser essa pessoa. Eu não seria essa pessoa. Se ele estivesse com alguém, não havia como eu entrar no meio disso. Não importa meus sentimentos por ele. Mas não havia mal algum em um amigo dar uma carona a uma amiga para casa, certo? Eu lentamente comecei a digitar o número de Foster. Eu disse a mim mesma que nada ia acontecer. Mas este era Foster... algo sempre ia acontecer...
CAPÍTULO 34 UM NOVO FIM Foster Elas queriam voltar para a casa de Jess para escrever algumas músicas. Eu dirigi porque ela e Megan não eram capazes. No entanto meus pensamentos não estavam lá. Eu não conseguia parar de pensar em Rose. Pensando em como ela era linda. O jeito que ela ficava incrível mais velha. Cada ano trazia mais de uma figura feminina, escondendo todas aquelas características de menina que costumavam fazer meu coração disparar quando eu era garoto. Como homem, apreciei cada pequena curva em seu corpo. Minhas mãos coçaram para tocar e explorar. A única maneira de me acalmar era tocar violão. Sentei-me na beira de uma cadeira e toquei acordes enquanto Jess e Megan bebiam demais e tentavam escrever as letras. Metade do tempo elas não conseguiram escrever uma única letra, muito menos uma linha. Essa foi uma coisa que eu nunca fiz. Bebendo e escrevendo músicas. Sim, eu ficaria bêbado e escreveria músicas. Mas eu nunca ficaria tão bêbado que não pudesse escrever. Nesse ponto, você acabaria perdendo uma chance de criar algo importante. A noite parou quando Jess deu um soco numa garrafa de vodka e a jogou sobre a mesa, espalhando-se por todo o caderno. —Olha, combina com a música. —Jess gritou e riu. Megan riu com ela. Fui eu quem teve que me apressar e limpar a bagunça. Eu joguei uma toalha na mesa e deixei-a absorver a vodka. Jess pegou meu jeans, de joelhos diante de mim.
—Deixe-me, deixe-me, deixe-me. —ela sussurrou. quero um lanche.
—Eu
Eu olhei para Megan. Ela sentou no sofá com uma sobrancelha levantada. Cerrei meus dentes e respirei fundo. Eu sabia para onde isso iria. Em vez disso, afastei Jess e peguei a toalha encharcada de vodka. Eu andei até a cozinha e joguei lá com força. O que eu precisava era de uma bebida. Não, dez bebidas. Eu deveria ter começado a beber uísque e deixar meu juízo escapar. Então eu poderia ter levado Jess e Megan para a cama. Se acontece algo, talvez teria deixado as coisas tão estranhas que Jess e eu nos separaríamos. —Ei, o que há de errado? —A voz arrastada de Jess disse atrás de mim. Meu bolso vibrou com uma mensagem de texto. Eu ignorei Jess e corri para pegar meu celular. Era a mensagem de texto que eu estava esperando a noite toda. A razão pela qual eu não tomei um gole de bebida. Ei. Isso é estranho, mas preciso de uma carona para casa. Você pode me ajudar?
Eu apertei forte meu celular. Eu me virei. Eu olhei da cozinha e vi que Megan já tinha colocado a cabeça no sofá. Isso significava que ela estava prestes a desmaiar. Bom.
Eu olhei para Jess. Ela era uma porra de bagunça. Sua maquiagem manchada em seu rosto. Seus olhos mal se abrindo, pequenas fendas, sua sombra azul ainda mais visível por algum motivo. O cabelo dela era uma bagunça desleixada, combinando com o jeito que ela mal conseguia ficar de pé. Como se ela estivesse em um furacão, tentando encontrar o equilíbrio. Isso foi o que eu deixei tudo se tornar. —Você precisa parar de beber. —eu disse a ela. —Vamos para a cama então. —disse ela. —Jess, não. Não essa noite. —Hã? —Jess, eu tenho que sair daqui. Para sempre. —Do que você está falando? —Perguntou ela. Exceto que soou assim - doquecetáfalano? Andei em direção a ela. Eu toquei seu rosto. —Eu sinto muito, Jess. Isso tudo é besteira. Você e eu juntos. Não é real. —Eu amo você, Foster. —Não, você não me ama. Você ama a ideia de eu estar por perto. Eu sou conveniente. E você é o mesmo para mim. Mas não é para ser. Nós não devemos estar juntos. —Foster... —Jess, pare. Eu estou te dizendo uma coisa. Eu não te amo. Eu nunca vou. Você não me ama Você acha que ama. Ela recuou até chegar à mesa da cozinha. Ela começou a piscar rápido. —Eu sinto muito em fazer assim. —eu disse. —Eu sou um
idiota. Sei quem eu sou. Você tem Megan aqui, no entanto. Então apenas esteja com ela. Podemos conversar de novo, talvez amanhã. Mas isso... nós ... não existe. Não é real. Você precisa pensar em si mesma. Eu preciso descobrir o que quero também. —Então é isso aí? —Ela perguntou. —Nós vamos de beber para querer brincar para terminar? —Jess, eu não bebi. Eu não queria brincar. Você queria. E sim, estamos terminando. —Você está certo. —disse ela. —Você é um idiota, Foster. —Eu sei. Eu sinto muito. Eu não perdi tempo em escapar de lá. Eu digitei uma mensagem de volta para Rose enquanto corria para a minha caminhonete. Não havia como voltar atrás agora. Eu prometi a Rose que não a colocaria em posição de se meter em problemas. Sim, terminei com Jess para poder ficar com Rose. Isso foi um movimento idiota? Absolutamente. Mas era Rose. Minha Rose. Minha Lesma. A única garota que eu amei. A única mulher eu sempre amei. Eu não poderia e não perderia uma noite para estar com ela. Eu não podia e não iria desperdiçar minha vida sem ela.
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Nós dirigimos em silêncio por alguns minutos. Eu a observei pelo canto do olho enquanto ela brincava com as mãos. Ela estava nervosa. Ela deveria estar nervosa. Porque isso não era uma carona para casa. Eu estacionaria esta porra de caminhonete e eu ia ter certeza que ela se lembraria do meu corpo enquanto eu explorava o dela.
Meus pensamentos dispararam, como meu coração fez. Eu estava mais do que pronto, já mais duro do que eu estive há muito tempo. Eu disse a mim mesmo para me acalmar. Eu nunca faria nada para machucar Rose. Pelo menos desta forma. —Eu acho que sua irmã encontrou algum colírio para os olhos? —Perguntei. —Essa é Viv. —disse ela. —Nada demais. —Certo. —Você sabe, ela disse algo sobre você estar lá com ... —Olha, Rose, eu sei o que eu disse a você. Acabou de sair da minha boca. —Mas é meio que importante. —disse Rose. —Quero dizer, você derrubou duas bombas em mim, Foster. Você me ama? Você está com outra pessoa? Como isso funciona? Agora você está me levando para casa. —Para ser justo, você pediu uma carona. —eu disse. —Eu sei, mas… —Eu não deixaria você se colocar em uma posição para se machucar. —eu disse. —A última coisa que eu preciso é de um idiota te levar para casa. —Não é isso que está acontecendo agora? —Rose perguntou com um sorriso. Oh, aquele maldito sorriso dela. Eu era todo homem, em qualquer lugar. Eu me orgulhava da minha altura, da largura dos meus ombros, da capacidade de me controlar em uma briga de bar. Mas quando Rose sorria, meus coração derretia. Ela fazia meu coração derreter como o de um moleque.
—Você é engraçada, Rose. —Foster, eu não sei se eu deveria ter te mandando mensagem. —disse ela. —Quero dizer, você é... e eu sou ... eu não posso fazer isso ... —Apenas me dê as direções, Rose. —eu disse. Eu cerrei meus dentes e apertei o volante com força. Ela apontou para onde ir e eu finalmente parei em um prédio marrom. —Você mora aqui sozinha? —Perguntei. —Eu tenho colegas de quarto. Muito caro para morar sozinha. —OK. Apenas certifique-se de que você não está sozinha. —Bem, esta noite eu estou. —disse ela. —Elas não estão em casa. Eu olhei para ela. A tentação correndo solta. —Obrigado pela carona. —disse ela. Ela abriu a porta. Eu a alcancei. —Rose, espere. Não pode ser apenas isso. Ela se afastou e saiu da caminhonete. —Eu não sou esse tipo de mulher. Você está com outra pessoa, Foster. Desculpa. Ela fechou a porta. Eu desliguei minha caminhonete, pulei e corri atrás dela. Eu a encontrei na frente da caminhonete e bloqueei o caminho dela. Ela parou e engasgou, levantando as mãos como se eu fosse um agressor. —Rose, —eu disse...
Ela balançou a cabeça. Agarrei-a pela cintura e virei-a, colocando-a contra a frente da minha caminhonete. Seus olhos se arregalaram enquanto eu fui para beijá-la. Nossos lábios se tocaram e ela virou a cabeça. Eu a persegui e a beijei novamente. Rose segurou minha camisa. —Foster. Que porra... Eu a beijei novamente, roubando suas palavras. Ela empurrou para mim e eu me afastei. Nós nos encaramos, o silêncio entre nós. Rose pulou em mim. Eu a peguei e dei um passo à frente, pressionando-a contra a caminhonete novamente. Nós nos beijamos. Nossas bocas se abrindo, Rose exalando enquanto minha língua acariciava a sua. Eu virei minha cabeça e a beijei mais profundamente. Ela gemeu na minha boca, enviando vibrações pelo meu corpo inteiro. Meus quadris empurraram para ela, exigindo-a. Eu não estava fazendo nada além de me acomodar sem ela e agora ela estava em meus braços mais uma vez. Minhas mãos começaram a deslizar para sua bunda e ela pegou meus pulsos. Suas unhas me cutucaram e ela começou a me afastar de novo. —Não. —ela conseguiu rosnar, virando a cabeça. Minha boca ainda não estava pronta. Eu fui para o pescoço dela, como algum vampiro clichê, sedento por seu sangue. Meus lábios mal a tocaram e ela deu de ombros, bloqueandome. Rose levantou a perna esquerda e me deu uma cutucada entre as minhas pernas.
Eu rosnei e dei um passo para trás. —Rose… —De jeito nenhum. —disse ela. —De jeito nenhum. — Ela deslizou em torno de mim. —Fizemos coisas malucas, Foster, mas eu não vou fazer isso. Sorri enquanto observava a expressão em seu rosto. Sentindo-se subitamente culpada, odiando-se um pouco, mas sempre querendo mais. —Você ainda é o mesmo idiota. —retrucou Rose. Ela se virou e correu em direção à porta. Eu a segui, pela porta e até o patamar do segundo andar. Ela abriu outra porta e foi para a segunda porta à esquerda. Procurando por suas chaves, sua mão tremendo, ela enfiou a chave na fechadura. Eu coloquei minha mão em seu pulso e ela pulou. —Vá embora, Foster. —Não. —Você não tem o direito de fazer isso comigo. —disse ela. —Simplesmente andar até mim e dizer o que você disse. —Eu disse isso porque eu nunca disse isso antes. —eu disse. —Eu me lembro da noite em que ouvíamos a chuva. Eu não queria dizer algo e atrapalhar sua vida. Mesmo agora, você está bem, Rose. Eu não estou. Como é justo arrastar você para baixo? —Arrastar-me para baixo? Veja o que você está fazendo agora. Você tem uma... qualquer coisa em casa. E você está aqui. Mudei minha mão do pulso dela para o rosto dela. —Eu não tenho nada, Rose. Eu terminei isso.
—O quê? —Eu terminei isso. —Você estava em um bar com ela... —E eu a levei para casa porque precisava terminar com ela. Porque enquanto eu estava com ela, meu coração não acelerava do mesmo jeito de quando estou com você. Rose virou-se lentamente e abriu a porta. —Essa é a verdade? —Eu juro por isso. Então, o que você pensa que estava fazendo lá fora, você não estava. Somos só nós, Rose. Você. Eu. Esta noite. Ela abriu a porta do apartamento. —Eu odeio você, Foster. Muito. —Eu sei que você odeia, Rose. Agora estou entrando ou o quê Rose fechou os olhos. E ela assentiu.
CAPÍTULO 35 DOCE DESPEDIDA, AMANHÃ Rose Foster me pegou e caminhou pelo apartamento como se tivesse estado lá várias vezes antes. Não que o apartamento fosse algum lugar com paredes, corredores ou quartos ocultos. Nós nos beijamos apaixonadamente enquanto ele se arriscava e abria a primeira porta que ele via. Ele entrou no quarto e eu gemi quando interrompi o beijo. —Não... não é meu... Eu estava sem fôlego já. Minhas mãos cravaram em seu cabelo e olhei diretamente para ele quando ele se virou e foi para a próxima porta. Isso era insano. Isso ainda estava errado. Uma hora atrás, Foster estava em um relacionamento. Ele estava comprometido com outra pessoa. E agora ele estava olhando para mim, chutando a porta direita aberta, a porta do meu quarto. Eu vi as intenções em seus olhos e senti as mesmas intenções em meu coração. Não era quem eu era ... eu não fazia isso. Mas era Foster. Era Foster... —Sim. —sussurrei quando ele entrou no quarto. Ele balançou o pé e a porta se fechou atrás dele. Nós estávamos na escuridão total. Foster continuou andando e quando ele esbarrou na cama, ele me soltou. Eu soltei um grito enquanto caia. Eu o ouvi se arrastando enquanto me sentei e peguei sua
camisa. Os poucos segundos que desperdiçamos nisso significavam que havia menos chance de eu voltar em meus sentidos e impedir que essa loucura acontecesse. Ele acendeu a lâmpada ao lado da minha cama, proporcionando uma luz suave e confortável em todo o meu quarto. Ele me empurrou e subiu em cima de mim. Minhas mãos deslizaram por sua camisa, sentindo o músculo familiar, todo o caminho até seus ombros, deixando-o sem escolha a não ser me deixar tirar a camisa. Minhas mãos rapidamente se moveram para seus jeans, abrindo-os. Eu sabia exatamente o que eu queria... Foster se abaixou para me bloquear. Ele me beijou novamente. Sua mão direita desceu pelo meu corpo e segurou firmemente o meu quadril. Isso fez meus quadris arquearem para ele. Eu senti sua espessura escondida dentro de seu jeans. O beijo foi de curta duração, no entanto. Foster se afastou e eu coloquei minha cabeça para trás, deixando-o beijar meu pescoço. Sua mão subiu, agarrou a parte inferior da minha camisa e empurrou-a para cima. Ele mudou do meu pescoço para o meu corpo. Logo abaixo dos meus seios, deixando-me formigando, querendo que ele recomeçasse. Mas Foster continuou. Beijo após beijo, descendo pelo meu abdômen enquanto ele tremia. Ele mordeu o topo da minha calça, rosnando enquanto puxava. Eu olhei para baixo e seus olhos estavam olhando para mim. Eu abri minhas calças para ele, suas mãos já em meus quadris, puxando. Ele mostrou seus dentes para mim, seus olhos ardendo quentes, me despindo. Arrancando minhas calças sobre meus sapatos. Arrancando meus sapatos. Ignorando o movimento sensual de tocar minhas pernas quando ele foi para a minha calcinha. Em vez disso, ele apenas a pegou e arrancou. Com uma mão, puxando, me deixando mexer e dançar com meus quadris para que ele pudesse tirá-la. Suas mãos suavemente descansaram na parte interna das minhas coxas, empurrando. Abri minhas pernas e soltei um
suspiro antes mesmo que ele tocasse meu sexo. Seus polegares se abriram contra minhas dobras quando sua boca se aproximou para me beijar. Tudo apertou quando seus lábios pressionaram contra a minha umidade. Eu coloquei meus braços na cama e me levantei, já balançando para ele, querendo mais. Foster se afastou e soltou um rosnado enquanto lambia os lábios, saboreando-me nele. Ele veio para a frente contra mim, exalando, sua respiração batendo em mim, me fazendo tremer. Sua língua se movendo para cima e para baixo, abrindo-me instantaneamente, enviando pulsos de prazer através do meu corpo. A ponta da sua língua subiu e pressionou contra o núcleo tenro do meu clitóris. Eu pulei e rapidamente agarrei seu cabelo. Ele bateu no seu local favorito... no meu local favorito... E ele não desistiu. Ele poderia ter escrito oito páginas de letras com sua língua contra mim. E eu forneci os sons. Meu corpo balançando e bombeando, minha voz saltando das paredes. Foster me dando prazer com sua boca... com sua boca perfeita... E então ele se foi. Meu corpo afundou na cama quando olhei para baixo. Meu corpo inteiro tremendo quando eu estava literalmente lá... minha boca aberta em choque, incapaz de compreender que ele não estava mais lá. Foster se levantou e empurrou a calça jeans para baixo. Eu ofeguei quando sua dureza se soltou. Eu quase tinha esquecido de quão grande ele era. Como nada e ninguém antes. Não havia outra pessoa que pudesse me dar o que Foster poderia. Ele subiu de volta na cama, suas mãos deslizando pelos lençóis. Nem mesmo se tocando enquanto ele abaixava, buscando
meu calor, encontrando-o com facilidade. Empurrando para frente sem nada parecido com gentileza, levando-se ao máximo, levando tudo de mim com ele. Sua mão direita deslizou atrás da minha cabeça e me segurou. Segurando-se tão profundamente dentro de mim, batendo os quadris, me reivindicando. Ele rosnava enquanto empurrava. Ele desceu e me beijou. Duro. Selvagem. O tipo de beijo que eu esperei muito tempo para ter novamente. Foster lentamente se afastou, deixando-me tremendo com cada centímetro de si mesmo saindo de mim... só para bater de novo dentro de mim. Eu gemi quando sua língua explorou minha boca do jeito que ele estava explorando entre as minhas pernas. Foster era a única pessoa a tirar isso de mim. Que me fazia sentir assim. Que me fodia e me amava ao mesmo tempo. Sua mão esquerda agarrou meu quadril e me segurou onde ele me queria. Ele interrompeu o beijo e se afastou. Percebi que eu ainda estava usando minha camisa e sutiã. Foster foi lá em seguida. Bombeando-se contra mim enquanto nós dois lutávamos com a minha camisa e sutiã. O momento tão quente e confuso ao mesmo tempo. Ele colocou a mão nas minhas costas e me manteve em uma posição sentada. Nossos rostos a poucos centímetros de distância. Olhando um para o outro. Tentei me segurar da melhor maneira possível, mas não consegui parar. Não parar o sentimento. Não parar o clímax. Eu agarrei seus braços e segurei o mais forte que pude. Entre minhas pernas, cerrei enquanto o prazer aumentava em seu ponto de ruptura. Eu senti como se fosse explodir e de alguma forma eu explodi. Eu me puxei para frente e gritei seu nome enquanto eu tentava morder seu peito. Eu pensei que talvez eu sentiria arrependimento após o primeiro clímax... mas eu não senti. Eu queria mais. Eu queria tudo.
Porque não importa o que, Foster sempre seria meu.
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O último impulso de seu corpo foi o mais duro e profundo que eu já senti. Foster enterrou o rosto no meu pescoço. Minhas mãos se espalharam pelas costas dele. Meus tornozelos estavam presos enquanto eu o puxava, sentindo-o terminar várias vezes. Foster começou a balançar suavemente seus quadris, o mais lento que ele se moveu a noite toda, certificando-se de que eu sentisse tudo. Confie em mim, eu senti tudo. Eu senti mais do que ele provavelmente queria me fazer sentir. Suas mãos agarraram os lençóis enquanto ele continuava, movendo-se mais devagar a cada segundo. Comecei a mover minhas mãos, para cima e para baixo, sentindo seu suor, sentindo seu músculo. Ele finalmente se moveu, deslizando para a minha direita, me virando, então nos encaramos. Nossas pernas emaranhadas como se fosse instinto. Ele tocou meu rosto, tirando mechas de cabelo dele. Sua mão segurou minha bochecha, seu polegar flertando com meus lábios. —Porra, Rose. —ele sussurrou. —Isso foi incrível. —Sim. —eu disse. —Já faz algum tempo. —Sim. —ele disse de volta e sorriu. —Sinto muito por ter perdido o seu aniversário. —Acho que você acabou de se redimir por isso. —eu disse. —Ainda assim…
—Foster, você sabe que meu aniversário não significa muito para mim. —Eu sei. —disse ele. —Isso nunca significou. Não importa o que qualquer um fez por você. —É por isso que você parou de tentar fazer algo sobre isso. —eu disse. —E isso realmente significou muito para mim. —Significou. —ele sussurrou. —Parou. Tudo no passado. Eu não sei se quero falar sobre o passado agora, Rose. —Então sobre o que nós conversaremos? —Perguntei, sorrindo. —Você. Você é linda pra caralho, Rose. Ver você. Tocar em você. Sentir você. Eu não entendo como você pode ficar cada vez mais perfeita. —Diz o cara que acabou de transar. —eu disse. —Ei, para ser justo, se eu quisesse falar com você, faria antes de você estar nua. —Verdade. —Estou falando sério. —disse Foster. Ele começou a acariciar minha bochecha. Ele continuou indo, até o meu pescoço, até o meu ombro. —Você é perfeita. Respirei fundo. Prometi guardar meu coração, mantê-lo seguro, mas já era tarde demais. Meu coração corria desenfreado, provocando ideias e pensamentos sobre Foster que eu sabia que nunca aconteceriam. De alguma forma triste, eu já sabia o final da noite. —Você vai me falar sobre sua música? —Perguntei. —A mesma coisa. —disse Foster. —Eu tenho feito alguns shows solo. Alguns caras estavam conversando sobre montar uma
banda e fazer turnês. Veremos. Eu estou apenas flutuando. —Não. Você não está. —Engraçado. E você está... o que... para sempre na faculdade? —Ha, ha. —eu disse. —Termino este ano. Finalmente consegui um apartamento fora do campus. Eu tenho duas colegas de quarto. Felizmente, elas não estavam em casa. —Felizmente? Foda-se isso. Eu gostaria que elas estivessem em casa. —Ai, credo. Por quê? —Então elas poderiam ouvi-la. —disse Foster. Ele avançou e colocou o nariz no meu. —Eu sei que eu não sou o primeiro cara a brincar entre esses lençóis, Rose. Mas eu sei que sou o único que conhece todos os seus segredos... onde tocar... como tocar... onde colocar minha língua gentilmente... Ele virou a cabeça um pouco e pressionou seus lábios nos meus. Uma faísca passou por mim, me deixou com borboletas e me excitou. Uma colisão perversa dentro do meu núcleo. A última vez que senti algo tão poderoso, foi a noite Foster e eu... pela primeira vez... Ele interrompeu o beijo com um suspiro. —Eu poderia fazer isso a noite toda, Rose. —Então faça. —O que vem depois da faculdade e colegas de quarto? — Ele sussurrou. —Não sei ainda. Eu tenho trabalhado em um projeto secreto.
—Oh? —É um segredo. —Eu conheço todos os seus segredos. —Não este, Foster. —Certo. —disse ele. —Então é aí que desenhamos a linha dos segredos? Eu sorri abertamente. —Conte-me um segredo que eu não sei sobre você. —Eu? Não. Não há segredos. —Muitos segredos. —sussurrei. —Vamos. Tente. —Você tem algo específico em mente, Rose. Eu sei isso. Então, por que você não me pergunta? Eu odiava que Foster pudesse me ler tão bem. Mas anos juntos fizeram isso acontecer. —Tudo bem. —sussurrei. —Você estava naquele bar com duas mulheres. Qual das... —Certo. —ele cortou. —Claro que você gostaria de saber sobre Jess. Você não pode simplesmente deixar as coisas irem. —Jess. Esse é o nome dela. —Sim. Eu a conheci tocando em shows. Ela toca guitarra. Tinha uma banda. A outra mulher lá era a baixista da banda dela. Elas estavam decidindo o próximo passo. Só que elas ficaram bêbadas e não conseguiram escrever uma música. Esse era realmente o maior problema dela. —Ficar bêbada? —Sim.
—Então você se apaixonou por uma roqueira bêbada? — Perguntei com um meio sorriso. —Algo parecido. —Você realmente a ama? Ou você… —Não, Rose. Há apenas uma pessoa que amo. Meu coração disparou. —Foster... —Foi uma fuga da realidade, ok? Alguém que poderia escapar comigo. Nós dois sabíamos que não era exatamente real. Mas funcionou. Esse é o fim disso. —Certo. —eu disse. —Agora me diga seu grande segredo. —OK. Alguém que eu conheço... Molly... —Oh. —disse Foster. —Molly? É aqui que você me diz que está apaixonada por ela? —Sério? Essa é a primeira coisa em que você pensa? —Eu não vou mentir, é meio que excitante de imaginar. —Você é um idiota, Foster. —Eu sei disso. Eu revirei meus olhos. —De qualquer forma, ela está começando uma empresa de café e eu estou ajudando ela a fazer isso. —Oh sim? —Sim. —Isso soa incrível. —Você acha?
—Definitivamente. Por que não? —Eu não sei. —eu disse. —Depois de estar na faculdade por tanto tempo... lutando para sobreviver. Tendo contas, mensalidades e toda essa porcaria. Eu não deveria conseguir um emprego de verdade? —O que é um trabalho real, Rose? Alguém te dizendo o que fazer? Definindo seu horário e pagamento? Se você tem a chance de fazer algo por conta própria, por que não? —Então, basicamente, seja como Foster... Ele riu. Sua risada retumbou a cama inteira. Isso me fez tremer. Aquele sonolento riso entre os lençóis. —Sim. —disse ele. —Seja como Foster. Ele me beijou novamente. Nós oficialmente paramos de falar por um momento. Suas mãos desceram pelo meu corpo e se acomodaram confortavelmente entre as minhas pernas. Eu tomei a decisão então de ajudar Molly com seu novo negócio de café. Apenas seja como Foster... Os pensamentos foram afugentados quando os dedos de Foster começaram a se mover. Eu ofeguei e afundei minhas unhas em seus braços. Eu o puxei. Ele me beijou mais forte. E essa foi a minha noite. Nós fodemos. Nós conversamos. Nós transamos de novo. Nós conversamos novamente. Minha esperança secreta era que, se passássemos a noite toda, o amanhã nunca chegaria. Porque eu sabia que amanhã eu perderia Foster novamente.
CAPÍTULO 36 PODEMOS RECUPERAR Foster Eu não tinha certeza quando fechei meus olhos, mas os abri com o sol que enchia o quarto. Era estranho acordar e não ter a sensação de uma marreta batendo contra a frente do meu crânio. Ou minha boca seca de todo o uísque da noite anterior. Também era estranho olhar para baixo e ver a cabeça de Rose no meu peito. Toquei seu cabelo e meu coração bateu o suficiente para me fazer pensar se eu estava morto. E isso era uma espécie de fase entre a vida e a morte. Vivendo tudo o que teria sido meu maior sonho. Lentamente, eu rolei Rose para a direita. Ela mexeu, mas não acordou. Ela aninhou sua bochecha contra o travesseiro com um som de ronronar suave. Senti uma sensação de melancolia no meu peito, o tipo de dor que me dizia que eu ainda estava vivo. Isso é tudo que eu sentia dentro do meu peito. Dor. Eu me inclinei para frente e beijei a bochecha de Rose. Eu propositalmente passei a ponta do meu nariz no cabelo dela para cheirá-la. Um pouco de suor e seu xampu. Eu gostava mais do cheiro do suor porque me lembrava da noite anterior. Completamente sóbrio, amando o lindo corpo de Rose várias vezes. Eu não podia dizer a mim mesmo a última vez que fiz sexo sem estar estupidamente bêbado. Sem entrar nisso como se fosse uma tarefa e meus olhos começarem a se fechar. Quantas vezes eu adormeci no meio da foda. Acordava na manhã seguinte perguntando o que aconteceu para terminar a noite. Ou apenas perdendo toda a vontade, culpando o uísque, para me livrar da
situação em que eu me meti. Não com Rose. Ela merecia tudo que eu tinha para dar e foi isso que ela conseguiu. Pelo menos entre os lençóis. Em todos os lugares na vida... Eu deslizei para fora da cama e encontrei minhas roupas. Boxers e jeans, eu saí do quarto e fui para a cozinha para nos fazer um pouco de café. Na metade do caminho, a porta do apartamento se abriu. —Você disse que estava indo... uau. Eu congelei no lugar e vi quando duas mulheres entraram no apartamento. —Bom dia. —eu disse. —Bom dia. —a outra mulher disse. —Quem é você? —Perguntou a primeira mulher. —E você está aqui por mim? —Ou por mim? —Perguntou a outra. —Ele está aqui por mim. —disse uma terceira voz. Eu virei minha cabeça e lá estava Rose com um lençol enrolado em volta de seu corpo. Eu coloquei um braço em volta dela e a puxei para perto. —Puta merda. —disse a primeira mulher. —Isso não é justo. —disse a segunda. —Eu quero um. —Como foi a noite de vocês? —Rose perguntou. —Estou supondo que nem de longe tão boa quanto a sua. — disse a primeira mulher.
Eu só observei com as sobrancelhas arqueadas. —Esse é Foster, —disse Rose. —Foster, esta é Becca e Karly. —Espere. —disse Karly. —Este é o Foster? —O Foster? —Perguntou Becca. —O primeiro e único. —eu disse. Eu olhei para Rose. — Então você está falando de mim? —Só quando eu bebo muito vinho. —sussurrou Rose. —Uau. —disse Karly. —Olá, Foster. —Vocês duas podem nos dar privacidade? —Rose perguntou. —Acho que vocês dois tiveram privacidade suficiente. — disse Becca. —Fiz café. —eu disse. Rose arranhou minhas costas. —Quarto. Por favor. Eu pisquei para ela. —Claro, Rose. —Tchau, Foster. —disse Karly. —Prazer em conhecer vocês duas. —eu disse. —Coloque alguma música para abafar os gritos. —disse Becca. Ambas começaram a rir. As bochechas de Rose estavam vermelhas. De volta ao quarto, Rose fechou a porta e trancou-a. — Desculpe. —Tudo bem. Você disse que tinha colegas de quarto.
—Sim eu disse. Eu, hum, isso foi estranho. —Não para mim. —eu disse. —Claro que não. Você tem três mulheres de olho em você. —Sim, mas apenas uma mulher consegue me foder. —eu disse. Rose riu. —Você é ligeiro, Foster. Eu pressionei meu corpo contra o dela, prendendo-a à porta. —Então, eu deveria ligar a música? Para abafar os gritos? —Fácil. —Rose sussurrou. primeiro.
—Eu vou tomar um banho
—Talvez eu possa me juntar a você. —Ah, certo. Economize água. —Exatamente. Eu sou todo a favor sobre salvar o mundo, Rose. Ela riu e me empurrou para longe. —Você sabe onde me encontrar. Eu a vi abrir a porta do quarto. Ela fez uma pausa e olhou para trás. Houve esse momento em que nossos olhos se olharam com força. Nós não dissemos uma palavra para o outro. Mas nós dois sabíamos exatamente qual era esse momento. Era nosso adeus.
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Eu sentei na beira da cama enquanto meu celular tocava. Jess. Eu ignorei a ligação, mas sabia que uma mensagem viria a seguir. Eu deveria estar nu, mas estava completamente vestido. Eu ouvi o som do chuveiro correndo no banheiro. Eu imaginei a água batendo no corpo de Rose. Suas mãos tocando sua pele molhada. Desfrutar de um banho quente de manhã depois de uma noite quente… você sabe… A coisa de eu estar sozinho em seu quarto era que eu podia respirar o momento sem a distração da própria Rose. Para absorver sua vida, o que ela fez e para onde estava indo. Não era autopiedade, acredite em mim. Era apenas a realidade. Meu celular tocou. Foster, por favor. Pelo menos fale comigo esta manhã. Já que estamos sóbrios.
Eu cerrei meus dentes. Eu não podia ficar muito chateado com Jess. Ela estava certa... na maioria das vezes, qualquer coisa que acontecesse em nosso relacionamento era quando estávamos bêbados. Exceto que não estava bêbado ontem à noite. E o que aconteceu, eu faria de novo. De novo e de novo. Não importa quantos corações eu magoaria com isso. Se me desse uma noite com Rose ... Fui até a porta do quarto e abri. O apartamento estava quieto. As colegas de quarto de Rose estavam em algum lugar em seus quartos ou saíram de novo. Eu andei pelo corredor e coloquei a mão na porta do banheiro. O chuveiro ligado. Rose, minha Rose, lá dentro.
Hey Rose, me desculpe, eu tive que sair. Me desculpe por ter deixado você esperando eternamente na cama vazia. Sinto muito que você ainda possa sentir meu cheiro no travesseiro. Me desculpe por ter me dado a chance de te machucar novamente. Eu coloquei minha mão na minha boca e fui embora. Eu disse a mim mesmo que ia falar com Jess e depois entrar em contato com Rose. Eu veria Rose de novo, mas não assim. Seria casual. Um aceno de cabeça. Um sorriso rápido. Um aceno rápido. Ou apenas fingir que não existíamos um para o outro. Jess me disse que ela tinha um problema com a bebida e ia procurar ajuda. Ela sugeriu o mesmo para mim. Só que eu não tinha problema com bebida. Eu tinha um problema com Rose. Eu tinha um problema no coração. Eu tinha um problema por ter me apaixonado. Eu tinha uma preocupação com o meu passado problemático. Comecei o dia na cama com Rose, sentindo-me inteiro. Eu terminei o dia com uma garrafa de uísque, me prometendo que tudo ficaria bem, sabendo que era mentira e me sentindo vazio.
CAPÍTULO 37 UMA NOVA FUMAÇA Foster Toquei o último acorde e olhei pelo estúdio aberto até o vidro. Carl ficou parado com as mãos nos quadris enquanto o produtor se movia da esquerda para a direita em uma mesa de som enorme que ele usava para ajustar e aperfeiçoar o som e a música. Eu esperei alguns segundos e quando Carl me deu o sinal de ok, eu tirei o violão e me inclinei contra o amplificador. Olhando em volta do estúdio, eu conhecia a lista de bandas que haviam gravado aqui. No entanto, eu estava lá para outra sessão rápida para colocar algumas faixas de violão para algum artista que alguma gravadora iria tentar lançar. Isso estava acima de escrever algumas músicas com alguns dos maiores nomes da música, o que poderia produzir alguns cheques de pagamento para mim. No geral, eu estava fazendo exatamente o que eu queria fazer. Eu estava tocando música. Eu estava sendo pago para tocar música. Mais do que isso, eu me distanciei de tudo que me pesava. Isso pode ter sido a coisa errada a se pensar, mas era a verdade. Eu pensava em Rose todos os dias. Eu falei com ela várias vezes também. Eu não apenas me levantei, saí e a deixei com o coração partido novamente. Bem, seu coração pode estar magoado, mas eu estava tentando o meu melhor para não o mantê-lo assim. Eu fui do estúdio brilhante e aberto para a sala mais escura,
onde o produtor ainda estava mexendo nas coisas. Adicionando minhas partes de violão onde ele queria na música que tocasse nos alto-falantes. Eu podia imaginar adolescentes ouvindo isso no rádio, pensando em seu namorado ou namorada. Não é exatamente o sonho das estrelas do rock que eu tive, mas era melhor do que ficar no porão daquela antiga igreja, agora café, dando aulas de violão. —Como estamos indo? —Perguntei. —Perfeito. —disse Carl. —Vamos deixar Bryan aqui fazer sua mágica e ver onde terminamos. —Vou fazer uma pausa. —eu disse. —Eu vou me juntar a você. —disse Carl. Ele apontou para mim e piscou. Ele segurou a mão no ombro de Bryan. —Está tudo bem aqui? —Tudo bem. —disse Bryan sem olhar para cima. Ele se virou para uma pilha de computadores. Balancei a cabeça. Eu entendia como tudo isso funcionava. Mas, de alguma forma, eu senti que tudo era enganação e transformação. Carl deu um tapinha nas minhas costas e saímos do estúdio. Lá fora, o sol do meio-dia explodiu no meu rosto. Eu coloquei minha cabeça para trás e o absorvi. Tinha sido apenas uma sessão de gravação após a outra. Todo dia. Escrevendo músicas. Apresentando-os a Carl para me dar uma ideia do que era bom e ruim. Levando elas para o estúdio. Enviando-as para as gravadoras. Tendo executivos ligando para Carl no último segundo, procurando um violonista para tocar. Eu estava morando em um quarto de hotel desde que cheguei... o quê, dez semanas agora? Talvez mais. Eu não olhei para um calendário. Eu não dava a mínima para datas e horários. Carl me
dizia onde estar e quanto tempo ficar lá. Quando eu estava sozinho, eu bebia demais e escrevia mais músicas do que eu dizia a Carl. Havia apenas algumas músicas que eu nunca deixaria ir... Hey Rose, eu quero ouvir sua voz, só mais uma vez. Eu sei que você está com raiva de mim. Estou com raiva de mim mesmo. —Aqui, pegue um. —disse Carl. Eu olhei para o maço de cigarros e assenti. Peguei um do maço e acendi. Eu substituí um vício por outro. Eu me lembro de quando eu fumava na escola para parecer legal. Então eu parei. Então comecei de novo. E prometi a mim mesmo que eu cortaria devagar, não importa o quê. Agora, era apenas uma rotina normal para mim. Eu não consegui chegar a Rose e provar seus doces lábios e algo mais doce em outro lugar em seu corpo. Então eu fumava como um idiota. —Isso está indo bem. —disse Carl. —O que é um disparate. —Tanto faz. —eu disse. —Sua ideia de música de elevador vai funcionar. —disse Carl. —Essas primeiras quatro faixas estão sendo notadas agora. É diferente. Um som todo musical. A boa notícia é que você pode gravar isso em qualquer lugar. —Qualquer lugar? —A menos que você planeje morar aqui. —disse Carl. —O que eu disse para fazer há anos. — Ele deu uma tragada e virou a cabeça, soprando fumaça. —Quero dizer, olhe para essa porra de lugar. É sempre verão. Biquínis em todos os lugares. O oceano no final de cada calçada. Quero dizer, Cristo, Foster, que porra poderia te manter longe deste lugar? —Nada. —eu disse sem pensar no nome dela. —Você tem hesitado por anos.
—Problemas familiares. —eu disse. —Eu não quero falar sobre isso. Carl assentiu. —Certo. Toda estrela do rock tem seus demônios. Entendi. —Carl. Vá fazer alguns telefonemas. Me faça dinheiro. Você não é meu amigo. Você não é meu terapeuta. Seus olhos se arregalaram. Ele enfiou o cigarro entre os dentes. —Certo. — Ele enfiou a mão no bolso e tirou um envelope. Atirou o cigarro no chão e pisou nele. —Aqui. Este é um antecipado das três das músicas que você gravou. Elas foram aceitas e serão usadas em dois futuros álbuns. Duas estão programadas para serem lançadas no rádio. Isso é mais tempo no ar e mais dinheiro. Isso deve, pelo menos, ser para você começar. Peguei o envelope e esperei Carl sair antes de olhar o cheque. Quando olhei, virei a cabeça. Fiz uma dupla checagem para ter certeza de que meus olhos não estavam mentindo. Eles não estavam. Era uma boa sensação ver uma vírgula no cheque. Mas eu sabia que poderia haver duas vírgulas nesse cheque e ainda assim não teria me dado o que eu queria. Dobrei o envelope e enfiei no bolso de trás. Eu me inclinei contra o prédio e tentei aproveitar minha fumaça. Tinha gosto de merda, no entanto. Não importa quantos deles eu fumava, eles nunca teriam um gosto bom. Eu segurei o cigarro e assisti-o lentamente queimar. Eu o deixei cair e pisei nele. Eu disse a mim mesmo que era o meu último. Meu histórico de parar com maus hábitos não era bom. Fui até a porta e comecei a abri-la, mas parei. Olhei por cima do ombro e pensei em tudo o que Carl havia dito para mim. Desde o dia em que tive a chance de conhecê-lo, ele me queria na costa oeste. Ele tentou me convencer todas as vezes que conversamos. E
ele estava certo. O clima. As mulheres. O sentimento. Eu estava lá há pouco tempo e me encaixava direito. Eu tocava violão todos os dias. Eu era pago. Eu não tinha saído e apreciado a paisagem e a vida ainda. —Logo. —sussurrei. Estava chegando ao ponto em que eu tinha que tomar minha decisão final de ficar ou sair. Ficar significava uma nova vida para mim. Sair significava voltar a tudo o que me deixava vazio. Casualmente esbarrando em Rose de novo, imaginando quando as coisas se acumulariam ao ponto de acabarmos na cama, tirando os velhos sentimentos, esperando por uma nova dor no coração. Ou lidar com meu pai. Ou meu irmão, Rhett. Cristo meu irmão. Falei com Rhett algumas vezes. Deixei claro que estava aqui trabalhando. Eu prometi a ele que descobriríamos quem éramos. Para a sorte dele, ele estava se conectando com o nosso velho. Foi um choque que o velho não estivesse na cadeia, mas se eu ir embora significasse que ele ficaria fora da cadeia, que Rhett teria um pai e que Rose poderia encontrar a felicidade, então valia a pena. Então, novamente, eu não estava vivendo no inferno. Pelo menos do lado de fora eu não estava. Meu celular começou a tocar e eu soltei a maçaneta. Puxei meu celular do bolso da frente e olhei para a tela. Eu cerrei meus dentes. Rose. Ela ligava nos horários mais aleatórios para falar sobre as coisas mais aleatórias. Como se ela tivesse algo na ponta da língua e não pudesse dizer. A parte engraçada era que tudo que ela tinha que fazer era dizer que me amava e eu provavelmente rasgaria o cheque no bolso e voaria de volta para ela.
Eu ri. Eu coloquei o celular no meu bolso. Eu nĂŁo tinha vontade de falar. Era melhor assim. Eventualmente, Rose pararia de ligar. Eventualmente, eu me tornaria uma memĂłria distante. NĂŁo era como se eu tivesse deixado algo para ela, certo?
CAPÍTULO 38 COMEÇANDO A ME SENTIR CHEIA Rose Mordi o lábio e pensei em ligar para ele novamente. Eu sabia que se eu ligasse, ele responderia. Que pessoa não faria? Três ou quatro chamadas de retorno atrairiam a atenção de alguém. Então o quê? O que eu diria a ele? Apenas deixar escapar o óbvio? Bem, o óbvio para quem me viu. Não Foster, no entanto. Ele estava perdido em seu próprio mundo. Apenas o fato de que eu tinha um número para ligar era o suficiente. De todas as pessoas que vieram de repente para mim, foi o pai dele. Está certo. Kevin. O cara que passou mais tempo na cadeia do que no mundo livre, foi quem conseguiu rastrear o gerente de Foster e conseguir seu novo número de celular. A primeira vez que conversei com Foster, eu queria gritar. Eu queria chorar. Eu queria dizer a ele que o odiava. Mas apenas ouvindo sua voz e sabendo que ele estava bem... isso foi o suficiente. Ele pediu desculpas por como as coisas aconteceram, às quais eu estava acostumada. Ele disse que teve uma chance e teve que aceitar. Ele deixou tudo para trás, incluindo seu celular. Ele queria cortar os laços. Que era apenas Foster sendo um idiota. Lembrei-lhe que as pessoas se importavam com ele. Isso incluía eu e o irmão dele, Rhett. Então a ideia dele de cortar os laços acabou não dando certo porque todo mundo tinha seu novo número e podia ligar para ele sempre que quisessem. Idiota. Eu toquei no celular. Eventualmente eu teria que contar a ele. Eu teria que apenas dizer isso. Que eu estava grávida do bebê dele.
Que depois de todos esses anos de loucura um do outro, nosso amor selvagem fez algo certo. Algo bom. Eu tinha os ultrassons para provar isso e poderia mudar toda a sua vida com uma frase simples. Uma batida na janela me tirou a atenção do celular. Eu olhei para cima e Molly abriu a porta do meu escritório. Ela entrou e fechou a porta. —Como está a mamãe e o bebê? —Ela perguntou. —Tudo bem. —eu disse. —Levante-se. Eu quero ver de novo. —Molly... —Vamos. Por favor. Eu empurrei a mesa e fiquei de pé. Eu me virei um pouco e deixei Molly fazer algum tipo de estranho grito de menina enquanto ela olhava para a minha crescente barriga de bebê. Foi mais fácil esconder há um mês atrás, mas não agora. Não que eu tenha algum motivo para esconder isso. Eu divertidamente criei uma história onde Foster foi gravar e ganhar muito dinheiro para que ele e eu pudéssemos brincar de casinha com nosso bebê. Todos aceitaram a história e eu chorei em um travesseiro todas as noites, desejando que isso se tornasse realidade. —Você está linda. —disse Molly. —Radiante. —Obrigada. —Como você se sente? Honestamente. —Eu sinto... como se estivesse ficando cheia. Molly assentiu. —Você está na metade do caminho, hein? —Sim.
—Ainda ficando enjoada? —Não. —Isso é bom. Sentindo o carinha ou a menina chutando? Eu sorri. —Sim. Os olhos de Molly se derreteram. —Isso é tão fofo. Eu quero um. Eu toquei minha barriga. —Cuidado com isso. É bom ter um cara por perto, sabe? —É verdade. —disse Molly. —Eu acho que vou continuar jogando no campo. —Qual é o tamanho do campo que você está jogando? — Perguntei com um sorriso. —Tanto quanto os olhos podem ver. —disse Molly. Ela colocou a mão na testa e olhou da esquerda para a direita antes de rir. —Você é demais. —eu disse. —Eu sei. Só queria ver você. Estou mandando todo mundo para casa pelo resto do dia. Tarde de folga. Por minha conta. Vá relaxar. —O quê? —Você me ouviu. Todos nós podemos ter uma pausa. —Desde quando você faz uma pausa? —Desde quando... eu tenho planos. Eu revirei meus olhos. —Certo. Planos. —Eu quero você fora daqui dentro de uma hora.
Quando Molly saiu, toquei meu celular novamente. Minha outra mão tocou minha barriga. Eu balancei a cabeça. Eu me fiz a mesma pergunta várias vezes. O que eu estava pensando? E continuava chegando com a mesma resposta. Eu não tenho a mínima ideia. --Eu estava tentando relaxar no sofá quando alguém bateu na minha porta. Eu gemi e me coloquei de pé. Já estava ficando difícil fazer isso e eu não conseguia imaginar como seria no final disso. Aos nove meses de gravidez, tentando andar pelo apartamento. Eu ainda tinha que resolver a questão do apartamento. Era grande o suficiente para mim e um bebê. Eu tinha o espaço extra. Mas criar um bebê aqui? Eventualmente eu precisaria me mudar. Quando abri a porta, o pai de Foster estava lá. Ele tinha um belo corte de cabelo com uma barba desalinhada crescendo. Ele parecia tão limpo como eu nunca o tinha visto em minha vida. Suas roupas não eram de segunda mão, cheias de manchas, rasgadas e esticadas. Ele levantou o braço direito, mostrando uma sacola. —Jantar. —disse ele. —Tenho que ter certeza que meu neto seja alimentado. Eu sorri. —Kevin. —Ei, você não pode dizer não à comida. Não a esta comida. Essa é boa. Top de linha dos hambúrgueres, batatas fritas, alguns nachos…
—Uau. —eu disse. —Você trouxe tudo para mim? —Não para você. O bebê. Ele piscou. —Se importa se eu entrar? Eu recuei. A verdade é que Kevin escolhia os piores momentos para vir, mas sempre tinha as melhores intenções. No segundo em que eu disse a ele que estava grávida, era como um interruptor ligado. Ele estava lá para mim, focado, carinhoso, sempre se oferecendo para ajudar. Eu meio que me senti mal por manter sua presença em segredo do meu pai, mas eu precisava manter o drama o mínimo possível. Por mais que eu estivesse mentindo para quase todo mundo sobre Foster. Eu disse quase todo mundo porque Kevin sabia a verdade. De todas as pessoas, confessei a verdade ao pai de Foster. Para ser justa, isso aconteceu durante uma louca mudança hormonal de cinco minutos, onde eu não pude imaginar o resto da minha vida. Eu não queria ficar sozinha. Eu não queria ser mãe solteira. Eu não queria... —Deixe-me pegar alguns pratos. —disse Kevin. Ele correu para o armário. Ele sempre trazia comida. Ele sempre conversava comigo. Ele era uma boa companhia. Que mundo estranho eu vivia agora. Kevin baixou os pratos e o celular começou a apitar. Ele rapidamente estalou os dedos. —Se importa se eu usar o banheiro? —Por que eu me importaria? —Perguntei. —Eu volto já. Ver Kevin sóbrio era estranho. Ele era mais excêntrico. Vivo. Atento. Eu não tinha certeza se gostava da nova versão dele, mas ele derrotou o velho que estava na cadeia, machucando Foster. Embora Foster não estivesse aqui, Kevin estava... e ele fez um esforço para
conhecer Rhett. Sua vida consistia em trabalhar, ver Rhett e me ver. Sentei-me à mesa e comecei a desembalar a comida. Kevin voltou com um pequeno movimento de dança girando, assobiando, estalando os dedos. Eu olhei para ele. —Você está chapado? Ele congelou. —O quê? —Você está nervoso. —Eu estou feliz. —Você não respondeu a minha pergunta. —Rose, eu não estou chapado. Eu poderia fazer qualquer teste no mundo e passar. Sem drogas. Sem bebida. Nada. Nem mesmo açúcar. Estou tentando ficar um pouco mais saudável aqui também. Tenho que mostrar ao meu carinha como jogar uma bola de futebol. —Carinha. —eu disse. —E se for uma menina? —As meninas podem jogar bolas de futebol também. —Kevin, você ensinou Foster como jogar uma bola de futebol? Ele franziu a testa. Ele puxou uma cadeira e sentou-se. Ele colocou a comida no prato e balançou a cabeça. —Não. Eu nunca ensinei nenhum dos meus filhos a jogar futebol. Eu nunca ensinei nada a Rhett. E Foster? Ele era bom em fazer favores para mim. De alguma forma, esta é uma chance de... talvez começar de novo. —Com o seu neto? —Por que não? —Perguntou Kevin. Ele olhou para mim, seus olhos brilhantes. —Talvez eu possa mostrar a Foster o homem que eu poderia ser. Então podemos seguir em frente. Todos nós.
—Isso é algo a se dizer. —eu disse. —Quero dizer, você está indo muito bem. Aparecendo aqui. Você me ajudou com os médicos uma vez. Você rastreou o novo número de Foster. —Eu queria esclarecer tudo com ele. —disse Kevin. —Eu não tenho estômago para ver meu próprio filho ser como eu. —Ele não é assim. —eu disse. Eu senti minhas bochechas vermelhas. —Quero dizer… —Não, é verdade. Eu sou uma pessoa ruim, Rose. Acredite em mim. Não há como esconder isso. —Bem, eu não acho que Foster seja uma pessoa ruim. Você não sabe muito bem tudo o que ele passou durante os momentos em que você se foi. —Uma das casas em que ele estava morando era bem legal. —Essa era uma casa, Kevin. —Certo. —disse ele. Ele acenou com as mãos. —Chega de falar sobre o passado e eu. Posso trazer uma pergunta? —Claro. —Você conversou com Foster muitas vezes, Rose. Você não mencionou que está grávida. Minhas bochechas queimaram. Pegue a porra da sua comida e vá embora, Kevin. —Não, não contei. —Por quê? —Eu simplesmente não contei. —Você está praticamente na metade da gestação, Rose. Se Foster é o homem que você acredita que ele seja, ele gostaria de
estar aqui para isso. Eu engoli em seco. Meu apetite rapidamente deixou de existir. —Exatamente. —O que exatamente? —Ele gostaria de estar aqui. —E isso é uma coisa ruim? —Ele finalmente está fazendo o que ele quer. Finalmente chegou ao ponto onde ele aproveitou a chance. Tudo cresceu o suficiente e ele foi. Eu não posso tirá-lo disso. —Não pode? Ou não vai? —Não importa. —eu disse. —Se eu disser a ele, ele voltará. Ele é esse tipo de homem. Bom. Honesto. Forte. Mas é isso que ele quer? —É o que você e o bebê querem. E precisam. —Eu não quero que ele seja forçado a voltar. —eu disse. — Eu sei que ele estará de volta. Ele não vai viver lá fora. As coisas entre nós sempre foram assim. —Isso não é uma besteira do ensino médio, Rose. —disse Kevin. Sua voz era severa. Uma voz paterna. —Você sabe disso, certo? —Eu sei disso, Kevin. —eu disse. —Não preciso que me digam o certo e o errado. Especialmente você. Ele assentiu. —Certo. É isso que estou fazendo. Vendo as coisas como elas realmente são. —Que é o quê? —Que o meu filho está em algum lugar do país sem saber que a única mulher que ele amou está grávida de seu bebê. O que
você espera que aconteça, Rose? Ele vai aparecer um dia? Então o quê? Você vai estar... com oito meses de gravidez? Como você acha que ele vai sentir? Ou melhor ainda, o bebê já nasceu. E Foster perdeu tudo. Hã? Eu engoli em seco. Meu coração começou a bater mais rápido. Tudo o que Kevin disse estava certo, mas eu não queria admitir isso. Não para ele. De jeito nenhum. Eu não respondi. —Você não sabe quantas vezes eu quis ligar para Foster. —Atreva-se. —eu disse, a raiva subindo em mim. —Isso não é da sua conta. Nenhum direito. Você não fez nada por ele. Você é a razão pela qual ele se foi agora. O que aconteceu quando você estava na cadeia. Nunca lhe contando sobre Rhett. Kevin levantou-se devagar. —Sim. Eu tenho que enfrentar esses demônios a cada dia. Me desculpe por isso, Rose. Eu queria trazer algo para comer ao meu neto. Eu queria falar com você. Eu não pretendia fazer essa pergunta e transformá-la nisso. Veja o que eu sei. Eu tenho dois filhos. Quando a mãe de Foster estava grávida, isso foi a coisa mais preciosa que já tive na vida. Observando sua barriga crescer. Assistindo a mulher que eu amava levar meu filho. E eu fodi com tudo depois que Foster nasceu. Com Rhett, eu nunca estive lá. Nem uma vez. E essa dor me alimenta todos os dias. É o seu corpo, Rose. É a sua gravidez. Mas outra pessoa faz parte disso. E ele deveria saber a verdade. —Obrigada pelo jantar. —sussurrei. —Eu acho que quero ficar sozinha agora. —Claro. —disse Kevin. Ele pegou a sacola vazia e embalou sua comida. Ele deixou muito mais comida do que ele precisava para mim.
—Você se importa se eu disser adeus? —Ele perguntou. Eu levantei-me. Isso era estranho, mas eu gostava. Kevin ficou perto, mas não muito perto. Ele não me tocou também. Ele apenas olhou para a minha barriga. —Eu te amo, netinho. —ele sussurrou. —Não importa o que aconteça aqui, você apenas procure por aqueles que amam você. Nada mais importa. Kevin olhou para mim e assentiu. Mantive minha posição e não respondi. —Eu vou falar com você em breve, Rose. —disse ele. —Certo. —eu disse. —Você sabe onde me encontrar. —Vou usar o banheiro mais uma vez. Isso me pareceu estranho. Eu não disse uma palavra, no entanto. Eu esperei. Uma mão na minha barriga. A vida dentro de mim. Eu assisti o pai de Foster sair, deixando para trás sua comida. De propósito, para ter certeza de que tivesse toda a comida que eu quisesse para o bebê. Eu olhei para o banheiro e balancei a cabeça. Eu tive um terrível pressentimento.
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Eu estava no banheiro e parecia normal. É assim que deveria
parecer, certo? Meu coração não queria acreditar que Kevin poderia estar fazendo algo ruim. Meu instinto dizia mais, no entanto. Kevin entrou no banheiro duas vezes em um curto período de tempo. Ele estava nervoso e trêmulo. Mais animado que o normal. Sem mencionar que me obrigou a contar a verdade a Foster. Tudo bem, essa parte provavelmente estava certa. O que alguém pensou… que eu não pensava em tudo o que o Kevin tinha dito? Que eu não tentei repetir isso na minha cabeça? Imaginando Foster aparecendo, querendo me ver e minha barriga estava super enorme, pronta para estourar. Ou mesmo depois que o bebê nasceu... Eu fechei meus olhos e respirei fundo. Minha mão deslizou ao longo da suavidade da pia do banheiro. Abri as gavetas uma a uma e nada estava fora do lugar. A gaveta de cima era uma bagunça de pasta de dente, fio dental e enxaguante bucal. A segunda gaveta era uma confusão de escovas, laços de cabelo esticados e tudo isso. Quando me agachei, abri as portas do armário. —Nada. —sussurrei. Eu fechei as portas e virei minha cabeça. Foi quando algo me chamou a atenção. Atrás da privada. Estranhamente, foi algo claro que chamou minha atenção. Algo que talvez eu não devesse ter visto, mas seja o que for. Eu me movi pelo chão e alcancei o vaso sanitário. Eu senti a bolsa e puxei. Resistiu um pouco, mas venci a batalha. Eu quase desejei que não tivesse. Na minha mão estava um saco grande de tamanho de garrafão. Dentro daquele saco havia sacos menores, cheios de... coisas. Eu me apressei, coloquei a bolsa na pia e me levantei.
—Drogas. —sussurrei. É o que o pai de Foster estava fazendo aqui. Colocando um estoque de lixo no meu banheiro. Provavelmente para escondê-lo da polícia. Ou de alguém realmente mal. Eu coloquei minha mão na minha barriga e senti que poderia vomitar. Minha outra mão cobriu minha boca. Eu olhei no espelho para mim mesma. O pai de Foster tinha se tornado alguém em quem eu poderia me apoiar. Mas era tudo uma piada. Era uma montagem. Ele só estava por perto por causa desse lixo. Então ele poderia movê-lo. Escondê-lo. Ele provavelmente o manteve aqui e veio quando ele precisava de um pouco para vender ou usar. Eu recuei, respirando profundamente. Eu não quero fazer isso sozinha. Eu saí do banheiro, deixando aquele saco da morte no balcão. Eu precisava do meu celular. Eu precisava do Foster. Eu não podia mais fazer isso. Não assim. Com meu celular na mão, liguei para ele. Este era o momento. Se ele não respondesse, eu continuaria ligando. Não houve… Houve uma batida na porta. A ligação começou a tocar para Foster. Fui até a porta e me perguntei se seria Kevin. Se fosse, as palavras que eu tinha para ele ... Eu abri a porta e engasguei.
Era Kevin. E ele estava algemado. Meus olhos se arregalaram. Então ouvi uma voz no meu celular. —Rose? Olá? Você está bem?
CAPÍTULO 39 SONHO, KINGSLEY Foster Eu ouvi a voz dela e sabia que algo estava errado. Ela tentou dizer que me ligaria de volta, mas eu disse a ela que de jeito nenhum. Foi quando ouvi outras vozes. O som do meu pai gritando. O jeito que ele gritou... eu sabia que ele estava algemado. Meu pai tinha vozes diferentes. Uma voz bêbado. Uma voz chapado. Uma voz sóbria. Uma voz zangada. Mas sua voz algemado era algo completamente diferente. Ele tentava soar durão e forte, mas você podia ouvir esse crepitar, sabendo que ele estava aterrorizado. Acho que era a única vez em que a culpa penetrava em sua alma infeliz. Havia outras vozes também. Obviamente, a polícia. —Rose, o que diabos está acontecendo? —Rosnei no telefone. —Foster, eu vou ligar para você quando isso se resolver. Eu sinto Muito. Eu tenho… —Ela está grávida. —a voz de meu pai explodiu. —Venha para casa e cuide da sua família, Kingsley. —O quê? —Perguntei. —Sinto muito. —disse Rose novamente. Foi quando a ligação caiu. Eu estava no meio da sala de jantar do apartamento mobiliado que Carl estava pagando para mim. Tudo estava prédefinido e eu não possuía nada exceto a comida na geladeira, minhas roupas e o violão.
Ela está grávida. Eu corri para chamar Rose de volta, mas ela não atendeu. Rangendo meus dentes, minhas mãos começaram a tremer. —O que diabos está acontecendo? —Perguntei a ninguém no apartamento comigo. Mais três chamadas foram ignoradas. Então eu recorri a uma mensagem de texto. Eu mantive isso simples. Rose você está bem? Você está grávida?
Então eu esperei. Estranhamente, era como uma mulher esperando o teste de gravidez para ver o resultado. Meu celular na mesa, esperando ele tocar. Meus olhos examinando o apartamento. Minha mochila no balcão. Cadernos em cima da mesa. Meu violão descansando no sofá. Meu celular finalmente tocou com uma resposta de Rose. Eu olhei para as minhas perguntas e olhei para as respostas dela. Ela estava bem... não... ela estava grávida... sim...
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Eu passei pela porta do apartamento com minha mochila e meu violão. Deixando do mesmo jeito que eu havia chegado. Liguei para Carl e deixei uma mensagem de que havia uma emergência. As chaves do apartamento estavam na mesa e eu estava voando para casa.
Casa. Eu não tinha ideia do que diabos era a casa. Eu nunca realmente tive uma casa. O mais próximo disso sempre foi Rose. Grávida? Ela estava grávida? Minha cabeça girou. Eu mapeei quanto tempo tinha passado em minha mente. A última vez que Rose e eu estávamos juntos. Quantas vezes antes disso. Tentando combinar datas, mas isso era impossível porque perdi a noção do tempo. Horas, dias, semanas. Era um borrão. Minha vida se concentrou em escrever e gravar músicas. Eu não conseguia me mover rápido o suficiente. Precisando voltar para Rose. Consegui enviar-lhe mais uma mensagem de texto antes de desligar o telefone por algum tempo. Rose, estou voltando para casa, para você. Onde eu pertenço.
Quando enviei a mensagem, lutei com a mochila para encontrar um caderno. Eu nunca fui obrigado a sair. Rose estava certa o tempo todo. Era sobre correr um risco. A única coisa que nunca fizemos um pelo outro. Nós chegaríamos ao limite e, em vez de pular, nos afastaríamos. Eu nunca quis que Rose saltasse porque eu nunca quis que ela experimentasse o inferno. Mas eu nunca realmente pensei nisso. Não haveria inferno para Rose. Eu já estava lá e sobrevivi. As chamas já tinham lambido minha pele, as cicatrizes eram minhas memórias, e se o inferno tentasse emergir novamente, eu envolveria meus braços em volta de Rose e giraria, mantendo-a segura das chamas. Grávida…
A palavra me atacou novamente. Foi tudo em que conseguia pensar. Rose... minha Rose... carregando... nosso bebê. Hey Rose, às vezes me pergunto sobre o nosso amanhã. A que horas o sol vai nascer? Quando posso segurar sua mão pela primeira vez naquele dia. Quando eu posso provar o café da manhã em seus lábios. Quando eu posso ouvir sua risada pela primeira vez. Quando olho nos seus olhos e lembro o quanto me importo. Que eu sempre... tentarei fazer o melhor possível para estar lá.
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As horas pareciam anos. Eu não conseguia relaxar, não importa o que eu fizesse. Eu sabia que a cada segundo que passava eu estava mais perto de Rose, mas não era rápido o suficiente. Minha faixa de tempo estava tão distante que meu corpo não sabia se estava acordado, cansado ou em algum lugar no meio. Já passava da meia-noite quando eu dirigi pela cidade, correndo para chegar a Rose. Eu tentei ligar para ela, mas ela não respondeu. Eu tentei ligar para o número de telefone que meu pai tinha me chamado algumas vezes. Não houve resposta. Inferno, eu até tentei ligar para Rhett e ele não respondeu. Eu senti como se tivesse tropeçado em uma cidade fantasma. A única pessoa que parecia estar vivo era Carl. Ele ligou e me deixou uma mensagem, querendo saber o que era a emergência. Que ele esperava que todos estivessem bem e seguros. E queria saber quando eu voltaria ao estúdio porque fui agendado para mais algumas sessões. Joguei meu celular no banco do passageiro de um carro de aluguel barato e continuei em alta velocidade. Eu fui direto para o
apartamento de Rose. Quando vi o carro dela, me senti um pouco aliviado. Estacionei ao lado do dela e saí correndo do carro como se o mundo estivesse em chamas e estivesse a um centímetro de mim. Na porta dela, eu bati meu punho direito, meu coração batendo contra o interior do meu peito. Tudo que eu sempre quis para Rose foi a felicidade. Ela deveria seguir em frente e seguir em frente na vida. Ela nunca deveria terminar na minha. O destino não deveria deixar isso acontecer. Não importa o quanto eu empurrava o destino, ele me empurrava de volta para… A porta se abriu e vi Rose. Parada ali, parecendo presa entre o sono e as lágrimas. Seu rosto radiante. Tudo sobre ela naturalmente lindo e perfeito. —Foster. —ela sussurrou. —Eu tentei ligar para você, Rose. —eu disse. —O que… Meus olhos examinaram abaixo e se arregalaram. Sua barriga estava redonda. Rose virou-se um pouco e lentamente colocou a mão na barriga. Eu avancei e rapidamente me afastei. —Rose, eu não entendo. —Me desculpe, Foster. —disse ela. —Eu estraguei tudo. —Você não… Minha mão subiu pelo ar e eu alcancei a bochecha macia de Rose. Meus dedos tocaram e ela fechou os olhos por um segundo. Meu coração explodiu em um milhão de pedaços. Ela virou a cabeça
e apertou os lábios no meu polegar. Eu dei um passo à frente, sentindo a eletricidade crepitante entre nós. Eu cheguei perto o suficiente para sentir sua respiração me atingir. Eu me atrevi a tocar meu nariz no dela. Rose tocou na minha mão com a dela. Eu queria interligar meus dedos com os dela e segurá-la. Eu queria dizer tudo o que eu vinha pensando nas últimas dez semanas. Em vez disso, Rose moveu minha mão para tocar na sua barriga. Senti a protuberância do arredondamento e meu estômago deu uma reviravolta selvagem e uma cambalhota. —Rose. —sussurrei. —Sim. —ela disse. —É seu bebê, Foster. —Nosso bebê. —Eu nunca te disse. —ela sussurrou. —Eu fodi... Meus dedos se espalharam por toda sua barriga. —Estou aqui agora, Rose. Eu estraguei tudo. Eu não deveria ter saído do jeito que eu fiz. Eu… Rose levantou a cabeça um pouco e avançou. Seus lábios macios tocaram os meus. Eu a beijei de volta. Ela gemeu. Eu interrompi o beijo. —Rose. Que porra aconteceu esta noite... Ela olhou para mim. A mesma Rose de que me lembrava há tanto tempo atrás.
Eu estava tão cansado e torcido que não sabia o que pensar ou fazer. Horas atrás eu estava dentro daquele apartamento falso. Eu podia ver o oceano pela janela da sala de estar. Eu podia sentir o calor no ar. Eu ia trabalhar em algumas músicas novas e levá-las para o estúdio. Mas tudo isso era ilusório. Tocando Rose, beijando Rose, isso era real. O mais real de todos os reais, não importa o quanto doesse e quanto nos colocasse em risco. —Foster. —disse ela. —Seu pai foi preso com drogas novamente. Ele estava escondendo elas no meu apartamento. Eu posso te contar tudo o que aconteceu mais tarde. —Mais tarde? —Sussurrei. Rose assentiu. —Eu não sei dizer se estou sonhando ou não agora. E eu preciso de você. Eu preciso de você de uma maneira que não posso descrever... Ela tocou meu rosto e cavou as unhas em apenas o suficiente para me dizer exatamente o que ela precisava. Eu cerrei meus dentes e rosnei sob a minha respiração. —Rose, você deveria ter seu próprio para sempre sem mim. Ela balançou a cabeça lentamente. —Sem você, Foster, não há para sempre. Te devo um milhão de desculpas por tudo... Eu olhei para baixo. Eu engoli em seco. Ela estava grávida todo esse tempo e nunca me contou. Meu filho… minha filha… nosso filho… Uma nova vida inteira. Com tudo mais ao nosso redor desmoronando como sempre acontecia. —Foster. —sussurrou Rose. —Por favor. Eu passei todas as noites e todos os dias vivendo neste inferno…
Eu pressionei meus lábios nos dela. Rose nunca mais se sentiria mal. Eu roubaria todo o inferno dela. Ela viveria no céu e nosso bebê seria o seu mundo. Eu não tinha ideia do que isso significava ainda. Mas primeiro o mais importante... Minha Rose precisava de mim.
CAPÍTULO 40 UM BEIJO BONITO, A VERDADE FEIA Rose Eu deslizei minhas mãos pelas as costas de Foster e senti as ondas de seus músculos quando ele empurrou para mim novamente. Eu fechei meus olhos e coloquei minha cabeça para trás. Foi a primeira vez que me senti viva desde que ele saiu. Suas mãos subindo e descendo pelo meu corpo. Pegando meus seios. Seus dedos deslizando suavemente pelos meus mamilos, me fazendo tremer e gemer. O cintilar da sua língua no meu pescoço, beijando mais abaixo, engolindo meu seio, se afastando, deixando-me sentir mais terna, uma sensação de formigamento correndo pelo meu corpo sem parar. Seus impulsos eram poderosos, às vezes se movendo lentamente, às vezes rápido. Ele colocou as mãos na cama e empurrou para cima, olhando para o meu corpo inteiro. Eu me senti estranha sobre isso. Havia mudanças acontecendo diariamente e não importava que alguém dissesse que eu estava parecendo radiante e fofa ou qualquer clichê de gravidez que houvesse, eu não me sentia assim. Os olhos de Foster se moveram para baixo até que se encontraram com os meus. Minhas mãos pousaram em seu rosto, sentindo a face de um homem tão perdido que não se incomodou em fazer a barba. Debaixo disso estava a dureza de aço de sua mandíbula. E falando em dureza ... Eu arqueei minhas costas enquanto o prazer atingia seu pico
pelo que parecia ser a centésima vez naquela noite. Era tão bom sentir Foster novamente. Suas mãos tocando suavemente meus lados, seu aperto tornando-se mais firme no segundo enquanto ele acelerava. Houve uma sensação de resistência, no entanto. Ele alcançava uma velocidade e rapidamente a diminuía. Finalmente, agarrei seus pulsos e puxei. Suas mãos subiram pelo meu corpo, ao longo dos meus lados, me fazendo cócegas um pouco, me fazendo tremer, meus quadris se mexendo enquanto meu corpo se sentia impossivelmente cheio. Foster baixou o corpo de volta para o meu. —Foster, você não vai machucar nada. —eu disse com um sorriso. Ele franziu o lábio, irritado por eu ter gritado com ele por ser gentil comigo e com o meu corpo. Ele me beijou, sua língua explorando minha boca. Ele começou a empurrar mais forte, seus quadris batendo, batendo contra mim. Desta vez, ele não diminuiu a velocidade.
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Eu estava de costas, meus braços estendidos sobre a cama. Havia um silêncio entre nós. O mais alto era o meu coração ainda acelerado. Eu não consegui me acalmar. Não com as mãos de Foster ao meu lado novamente, logo abaixo dos meus seios. Eu olhei para baixo e vi seus lábios pairando a dois centímetros da minha barriga. —Rose, você não pode imaginar como você está linda agora. —ele sussurrou, seus olhos olhando para mim.
—Pare. —eu disse. —Eu me sinto inchada. —Você está carregando nosso filho. —Sim. Estou. —Quando... eu quero dizer... Eu mordi meu lábio. Eu não queria contar tudo a ele. Ainda não. Mudei minha mão direita e deslizei pelo cabelo dele. —Foster... —Não, Rose. —ele sussurrou. —Eu preciso saber tudo. Eu abri minha boca, mas não falei imediatamente. Foster pairou sobre minha barriga novamente. Desta vez, ele desceu e pressionou os lábios nela. Ele enviou borboletas voando por toda parte. Eu tremi e algo incrível aconteceu. O bebê chutou. Eu suspirei. Foster sorriu e beijou minha barriga novamente. —Estou aqui, garoto. Estou aqui. Eu juro, estou aqui. Eu sabia que Foster seria um pai incrível. Ele deslizou pelo meu corpo e depois se sentou na beira da cama. Alcançando de volta, ele pegou as cobertas e as moveu sobre mim. —Fale. —ele sussurrou. Eu brinquei com as cobertas. Foster olhou para a frente, do outro lado do quarto. Eu não podia acreditar que ele estivesse realmente aqui. Que turbilhão de dia e de noite. O sol estaria chegando em uma hora ou mais. Ele não dormiu ainda. Eu sabia. E ele ia se empurrar...
—Rose. —disse ele. —Por favor. —Quando eu estava enjoada. —eu disse. —Essas poucas vezes. Eu estava grávida, Foster. Isso era enjoo matinal. Ele vinha e ia. Eu não pensei em nada disso. Então percebi que não tinha menstruado e decidi fazer um teste. Você tinha desaparecido nessa altura. Ele assentiu. —Eu desapareci. —Você sabe o que eu quero dizer, Foster. Você disse que Carl te ligou... —Ele ligou. E eu fui embora. Gravei muita música e fui pago por isso. E em que ponto você ia me contar? —Eu não sei. —sussurrei. —Essa é a verdade. Você finalmente estava feliz. Você estava fazendo o que você sonhou. —E o que você ia fazer, Rose? Ter um bebê sozinha? —Não. Eu não sei. Eu ... não é como se você tivesse desaparecido. Foster olhou para mim. —Eu tentei. —Seu pai encontrou você. Ele rastreou Carl. —Sim. —Foster esfregou o queixo. Ele olhou para trás ainda mais e acenou para a minha barriga. —Eu não sei quem você pensa que eu sou, Rose, mas eu nunca abandonaria meu filho. —Eu sei disso, Foster. É por isso que não estou preocupada com isso. Foster levantou-se. Meus olhos foram direto para sua bunda nua. Ele pegou sua calça jeans e a colocou. Ele se virou e encarou a cama, olhando para mim. —Me desculpe por ter ido embora. —ele sussurrou. —
Tudo se acumulou dentro de mim. Eu me senti escorregando, Rose. Então eu simplesmente fugi. Eu pensei que era a coisa certa para você. —Está bem. —Não está bem. Você passou quantas semanas grávida? Eu mordi meu lábio. Eu não respondi. —Você foi para consultas médicas sozinha. Você estava passando mal sozinha. Você estava sozinha. —Eu sinto muito. Eu sei que eu estraguei tudo aqui. Eu não queria que você perdesse o seu sonho por minha causa. —Droga, Rose, você é meu sonho. —disse ele. —Tudo sobre você é o meu sonho. Eu ouvi a raiva subir em sua voz. Eu estremeci e pisquei rápido, incapaz de controlar minhas emoções. —E meu pai está preso novamente? —Sim. Ele escondeu as coisas aqui. —Você o deixou entrar em seu apartamento? —Ele foi útil. —eu disse. —Ele usou você, Rose. —Eu percebo isso agora. O lábio de Foster se curvou. —Ele usou você do jeito que ele sempre me usou. —Ele foi embora agora. —A polícia estava aqui. —Sim. —sussurrei.
—Eles... —Foster balançou a cabeça. desmoronou. Quando ele foi preso.
—Meu pai
—Sim. —eu disse. —Ele fez isso. Ele começou a gritar sobre eu estar grávida. Você estar muito longe. Que ele precisava do dinheiro para dar para mim e para você. Foster assentiu. —Sim. Projetá-la em outra pessoa. Para fazer você se sentir culpada. —Funcionou. —eu disse. Foster rapidamente se agachou. Ele tocou meu rosto. —Nunca se sinta culpada. Não por ele. —Ele foi tão legal comigo. Ele vinha me ver. Ele se importava. —Não, ele não se importava. —disse Foster. —Ele se preocupa com ele mesmo. Desta vez, vou garantir que ele nunca saia de novo. —Como? —Eu vou descobrir isso sozinho. —Foster acariciou minha bochecha. —Eu sinto muito por não estar aqui para protegê-la dele. —Eu nunca te disse que estava grávida, Foster. Eu estava com medo, ok? Com medo do que você diria ou faria. Com medo de que você viesse com pressa aqui e sempre me odiasse por não poder gravar música. Com medo… Foster balançou a cabeça. —Você é bonita demais para ter medo de qualquer coisa. Lágrimas escorriam dos meus olhos. Ele moveu o polegar e limpou as lágrimas. —Nós somos uma bagunça, Rose. —disse ele. —Essa porra
de bagunça. Mas há duas coisas de que tenho certeza. A primeira é que eu te amo. Essa dúvida não existe há algum maldito tempo. Eu desistiria de tudo e de qualquer coisa para estar perto de você. —Qual é a segunda coisa? —Perguntei. Foster moveu a mão do meu rosto para a minha barriga. —Eu vou cuidar desse bebê para o resto da minha vida. Não importa o quão bagunçadas as coisas sejam. Não importa o quanto estamos confusos. Isso não significa nada, porque eu sei o que é preciso para ser um bom pai. —Foster, eu te amo muito. —eu disse. —Você não tem... Foster levantou-se rapidamente, com a camisa na mão. Ele olhou para mim e engoliu em seco. Eu conhecia esse olhar. Eu odiava esse olhar. Comecei a sacudir a cabeça antes de Foster falar as palavras. —Rose, eu tenho que ir agora.
CAPÍTULO 41 O QUE EU NUNCA TIVE Foster Eu não estava deixando Rose para sempre. Eu não estava saindo por tanto tempo. Mas eu tive que sair. Meu corpo implorava por sono. Meu coração implorava por Rose. Mas eu precisava consertar minha cabeça. Por toda a minha vida eu andei nessa linha entre seguir o caminho certo e seguir o caminho que meu pai me mostrou. Ele não era nada além de um usuário. De muitas coisas. Não havia uma pessoa em sua vida que ele não usasse e eventualmente machucasse. Desta vez ele pegou Rose. E ele a pegou bem. Não foi nem a merda que ele fez no apartamento dela. Era o fato de que quem ele estava lidando poderia ter vindo atrás de Rose. E isso significava ir atrás do meu filho não nascido. Por isso que ele provavelmente queria que eu voltasse. Agora ele estava preso novamente. E eu ia ligar para um advogado desta vez. E fazer tudo em meu poder para mantê-lo na cadeia e mantê-lo longe de todos com quem eu me importo. Isso também significava encontrar Rhett e conversar com ele sobre nosso pai. Eu deveria ter feito isso antes, mas corri em vez disso. Desta vez eu não estava correndo. Desta vez eu ia fazer algo que eu sempre quis fazer. Quando subi a varanda até a casa familiar, o sol estava chegando. Isso significava que eu ficara acordado a noite toda. Mas eu não me importei. Isso precisava ser feito agora. Apertei a campainha e recuei. Não houve resposta imediata.
Então apertei a campainha de novo e de novo. Acorde porra. Eu apertei mais uma vez. Então uma voz rosnou: —Estou indo! Pare de tocar a maldita campainha! Eu sorri abertamente. A porta se abriu devagar. —Foster? —Frank perguntou. Ele alcançou a porta de tela e a empurrou também. —Frank. —eu disse. —O que diabos você está fazendo aqui tão cedo? Eu estava fazendo café. Você está de volta à cidade? Tudo certo? Rose está bem? O bebê… Eu dei um passo para frente. Eu enfrentei o único homem que realmente se importava comigo. O único homem que já me amou como um pai deveria. Eu peguei Frank e agarrei seu ombro. —Foster, o que está errado? —Frank perguntou. Foi quando eu finalmente tive a chance de desabar e chorar.
--Frank colocou os braços em volta de mim e tentou me dar algo como um abraço de urso. Espremendo-me. Foi uma situação estranha porque eu não conseguia lembrar de uma vez em que meu pai me abraçou. E eu quero dizer realmente me abraçou. Eu poderia
lembrar de momentos em que eu teria um abraço fingido ou talvez um aperto de mão. Mas sempre foi isso. Eu era mais alto que Frank, então mesmo que ele me abraçasse, quase parecia que eu estava abraçando ele. —Vamos. —sua voz disse, calma e suave. —Vamos tomar um café. Você está com fome? —De jeito nenhum. —eu disse, minha voz estalando. Eu limpei minha garganta. —Eu não vou comer comida de coelho no café da manhã. Frank riu. —Canalha. Quando Frank soltou o abraço, ele manteve a mão direita no meu ombro. Um aperto firme, silenciosamente me dizendo que ele estava me apoiando. Merda, isso é tudo que eu sempre quis, não era? Não importa o que eu fiz quando era mais novo, era só para fazer meu pai me dizer que ele estava me apoiando. Mas em vez disso, ele só me usou. Ele me usou como se eu fosse uísque em uma garrafa ou pílulas em um saquinho. Nós caminhamos até a cozinha, onde Frank pegou outra caneca de café. Observei-o pegar no armário com facilidade e despejar o café sem que suas mãos tremessem como se estivesse congelando em casa. —Você está se sentindo bem? —Perguntei. —Sim, —ele disse. —Chegando lá. Ainda longe de estar perfeito. —Você parece mais confortável. —Eu tenho meus momentos. —disse Frank. —Custa-me um pouco para acordar e ir começar, mas me sinto bem quando o
faço. —Isso é bom, Frank. Ele deslizou minha caneca de café em direção a um prato de biscoito em forma de boneco de neve. —Um pouco cedo para o Natal, né? —Perguntei. —Minha esposa. —disse ele. —Nunca tive coragem de mudar depois que ela... —Oh. Desculpa. —Tudo bem. —disse Frank. —Rose arrancaria minha cabeça se eu mudasse isso. Ela é muito parecida com a mãe às vezes. Eu olhei para o boneco de neve feliz. —Rose me contou tudo o que aconteceu. Lamento que você tenha passado por isso. Como você conseguiu passar por isso? Frank fechou a geladeira e colocou um pequeno recipiente de meio a meio no balcão. —Eu não sei como, Foster. Eu apenas fiz. Eu não fui exatamente o pai do ano durante esse tempo. Eu confiei em Rose e Vivian. O que às vezes pareceu injusto porque elas confiavam em mim. Elas acham que eu não sei disso, mas costumavam se revezar cuidando de mim. Elas se revezaram de luto. Eu não tenho certeza se poderia me perdoar por isso, mas nós conseguimos. —Pelo menos você está aqui, Frank. —eu disse. —Você poderia estar na cadeia. Frank assentiu lentamente. —É por isso que você está aqui? —Ele usou Rose. —eu disse. —Eu fui embora. Ela estava grávida. E ele armou para ela. —O que você quer dizer com ele a usou? —Frank perguntou.
Dei a Frank o rápido resumo do que havia acontecido. Ele virou a cabeça e lentamente começou a esfregar seu peito. —Sinto muito, Frank. —eu disse. —Isto é minha culpa. —Como é sua culpa? —Ele perguntou. —Eu invadi suas vidas. —Você não invadiu lugar nenhum. —disse Frank. —Na segunda vez que Rose viu você, foi ... o pior pesadelo de um pai. —Eu fiz tudo por ele e ele não deu nada de volta. —Essa é a personalidade dele, Foster. Você não é ele. —Eu sou ele. —eu disse, batendo o punho no balcão. —Eu saí antes que soubesse que Rose estava grávida. E ela nunca me contou. —Você não sabia? Eu balancei a cabeça. —Ela nunca me contou. Ela me ligou ontem à noite e ouvi a comoção com meu pai. Eu fiz as malas e vim embora. Não durmo há mais de um dia, Frank. Tentando engolir tudo isso. Frank se aproximou de mim. Ele tocou meu braço. —Você ama minha filha? —Você sabe essa resposta. —Então quem se importa? Você está aqui. Ela está aqui. Foster, eu odeio seu pai. Eu sinto muito pelo que aconteceu todos esses anos atrás. —Não. —eu disse. —Frank, eu não estou aqui por isso. —Então o que você está fazendo aqui? —Eu vim para tomar café. —eu disse com um sorriso.
—Então beba. Eu segurei minha respiração um pouco enquanto tomava o café. O que eu realmente precisava era de sono. Eu precisava de Rose e dormir. Eu vaguei pela cozinha e olhei ao redor da casa. Pensei na primeira vez que estive no porão com Frank, quando ele tentou me assustar por estar perto demais de sua filha. Subindo os antigos degraus do porão e vendo o olhar no rosto de Rose quando ela me viu emergir vivo e bem. De pé perto daquela porta, eu sorri. Eu pensei em ser pai. O próximo passo na minha vida selvagem. —Sinto falta dela o tempo todo. —disse Frank. —Minha esposa. Eu poderia tê-la usado em muitas situações na vida. Mas eu fiz isso. Eu passei. Mesmo agora, me dói porque ela teria sido ótima com Rose. Quero dizer, você tem filhos e em algum momento você pensa em quando eles terão filhos. É assim que acontece. E nada é perfeito, Foster. Acredite em mim. Não há boa época para ter um bebê da maneira como a vida se move. Eu me virei e coloquei minha caneca na mesa. —Frank, eu quero cuidar de Rose pelo resto de sua vida. É tudo que eu sempre quis. —Eu sei. —Eu tenho que cortar os laços com meu pai para sempre. —eu disse. —Vou perseguir toda e qualquer ação legal para garantir que ele nunca saia e, se sair, que nunca chegue perto da minha família. —Sua família. —disse Frank com um sorriso crescente. —Está certo. Minha família. Minha maldita família.
—A porra da sua família. —ele disse. —É por isso que não estou preocupado. Eu deveria estar porque você é um louco filho da puta, Foster, mas você tem o coração de um guerreiro. —Eu preciso de você por perto, Frank. —eu disse. —Não Rose. Não Vivian. Não este bebê. Eu. Eu preciso de você por perto. —Não se preocupe comigo. —disse Frank. —Eu tenho couve suficiente para me fazer viver até os cem anos de idade. Nós dois rimos. Terminei o café e Frank me acompanhou até a porta. No último segundo possível, ele me deu outro daqueles abraços de urso. —Fique firme, filho. —disse ele. —Isso é tudo que posso dizer para você. Fique firme. —Obrigado, Frank. —eu disse. Ele me chamou de filho. Saí da casa e quando comecei a dirigir para voltar para Rose, havia mais três telefonemas para fazer. O primeiro foi para a delegacia. Para se certificar de que meu pai fosse preso. Eu precisava da maior quantidade de informação que conseguisse para poder ligar para um advogado. O segundo telefonema foi para Carl. Para que ele saiba que eu não estava voltando. Que eu ia sair do negócio da música a menos que ele pudesse me encontrar um trabalho que eu pudesse fazer localmente. E a ligação final foi para o meu irmão. Para Rhett. Ele não respondeu, mas eu deixei uma mensagem para ele. Havia um monte de coisas que precisávamos conversar, mas eu mantive isso simples. Lembrei-lhe que ele estava muito atrasado para uma aula de violão. Limpei os cantos dos meus olhos e dirigi com o coração pesado. Para ir para casa para a mulher que eu amava.
CAPÍTULO 42 O ALIEN RECEBE UM NOME Rose Foster se ajoelhou diante de mim e meu coração deu um pulo. Meus dedos formigaram de excitação quando cheguei para ele, mas parei. Eu não sabia o que fazer com minhas mãos. Eu não sabia o que fazer. —Rose. —disse Foster, olhando para mim. —Eu tenho algo para lhe perguntar. Antes de sairmos e descobrirmos se estamos tendo um garotinho ou uma garotinha. Há algo que preciso fazer. —Foster... o que você está fazendo agora? —Shhh. —ele sussurrou. —Eu vou fazer as perguntas aqui. Primeiro, você gosta do berço? Eu olhei para o berço contra a parede. Eu não sabia ao certo em que mundo Foster vivia, onde ele pensou que morar em um apartamento de estúdio significava que ele poderia fingir ter um quarto para o bebê. Mas eu tive que reconhecer por ele, pois ele tentou o seu melhor. A parede ao lado da cama estava decorada com fotos de animais. Então havia um berço com lençóis de animais. Nós realmente não falamos sobre quais seriam os arranjos da vida. Nós ainda tínhamos tempo, embora. Muito tempo. Eu estava apenas tomando em cada dia que estávamos juntos. Suas mãos fortes tocando meu corpo, sempre encontrando o caminho para minha barriga crescente. —Eu amo o berço, Foster. —eu disse. —Eu sei que isso não é o que queremos agora, mas não se
preocupe com isso. OK? —OK. Foster pegou minha mão esquerda. Ele passou o polegar sobre o meu dedo anelar. Meu coração batia ainda mais forte. Eu engoli em seco, tentando manter o equilíbrio. —Rose. Os únicos dias da minha vida que sempre importaram foram os dias em que estive com você. E esse bebê agora faz isso, então estamos presos juntos para sempre. Eu assenti. Sorridente. Esperando… —Então, eu queria perguntar a você, antes de sairmos. — disse Foster. —Você vai... erguer sua camisa para que eu possa beijar sua linda barriga e conversar com nosso pequeno alien antes de sabermos o que é? Ele começou a rir. Eu não ri. —Você está falando sério? —Perguntei. O sorriso no rosto dele me contou tudo. Eu soltei um longo suspiro e peguei minha camisa. Ok, antes que eu pudesse completamente e totalmente odiá-lo, isso se tornou quase um jogo para Foster. Na minha última consulta médica, aquela em que Foster viu o bebê pela primeira vez em um ultrassom, ele me pegou olhando para uma revista de casamento. Brincando, eu disse a ele que não teria o bebê a menos que nos casássemos. Ou pelo menos noivos. Que não haveria bebê sem um anel de diamante. Eu estava brincando com ele, flertando terrivelmente no consultório do médico. Deixe Foster cair de joelhos no escritório, chamando a atenção de todos. Apenas para flertar de volta para mim, fazendo algumas perguntas estúpidas, o tempo todo tocando minha mão esquerda.
Então agora era uma piada interna entre nós. Eu o odiava por isso. Mas eu sabia que, se a hora chegasse, minha resposta estava bem clara. As mãos de Foster tocaram os lados da minha barriga. Ele se aproximou e beijou-a, depois pôs o nariz na minha barriga. —Você deveria me ouvir. —disse Foster. —Eu espero que você possa. Se você é um menino ou uma menina, isso não importa. Você roubou meu coração, criança. Mais rápido que sua mãe quando a vi pela primeira vez. Foster se levantou, se elevando sobre mim. Eu deslizei minhas mãos sob sua camisa, sentindo seu estômago duro. —Eu amo quando você faz isso, Foster. —O que, quando faço uma proposta falsa? —Você é um idiota às vezes. —O tempo todo, Rose. Eu tenho uma reputação a defender. —É melhor irmos, para não chegarmos atrasados. —A consulta é daqui uma hora. —Sim? —A viagem é apenas quinze minutos. —E aí? Foster sorriu. —Eu não sou de chegar cedo nos lugares. Eu gosto de fazer uma entrada. Suas mãos tocaram meus quadris e desceram. Senti meu corpo estremecer e suspirei. —Eu não posso
agora. Mas quando terminarmos lá... Foster curvou o lábio. —Eu não gosto de ser provocado, Rose. —Eu me sinto tão mal por você. —provoquei. Eu movi minha mão direita para baixo e entre suas pernas. —Tão mal por você... Eu apertei ele. Foster suspirou. —Rose… —Cale a boca. —sussurrei. Meus dedos puxaram seu zíper. Eu empurrei ele, fazendo-o andar para a cama. Foster era um homem forte e já um pai incrível. Mas para mim, ele seria para sempre o bad boy que apareceria no meio da noite para roubar meu coração.
--—Vocês estão prontos? Foster segurou minha mão com força. Ele sentou-se na beira da cadeira no quarto escuro, olhando para uma grande TV na parede em frente a nós. Música suave tocava ao fundo enquanto as chamas das velas acesas dançavam ao redor. Poderíamos ter descoberto pelos médicos, mas Foster queria assim. O que era bom para mim. Eu estava em uma cama grande e confortável com muitos travesseiros. Tão relaxada que quase quis perguntar que, se Foster pagasse mais, eu poderia ficar e dormir por
algumas horas. Ou dias? —Estamos prontos. —disse Foster. —Vamos. Estamos prontos. A técnica de ultrassom moveu a varinha de geleia para baixo da minha barriga. Ela apertou e torceu. Bem ali na tela da TV, era bem óbvio o que estávamos vendo. Eu suspirei. —Bem? —Foster perguntou. —O que estou olhando? Ainda é um estranho para mim. Eu ri. —Foster... —É um menino. —disse a técnica de ultrassom. Foster deu um pulo. —Um menino? —Foster, esse ponto ali é o... você sabe, —eu disse. Foster soltou minha mão e deu um passo à frente. —Isso aí mesmo. Esse é o... —É um menino. —eu disse. —Não há como negar isso. Foster olhou para a tela da TV enquanto a técnica de ultrassom fazia uma pausa na tela e começava a digitar. Ele se virou e olhou para mim. Eu encolhi meus ombros. Minha mente já começou a correr. Para assimilar tudo isso. Um menino. Um mini Foster. Um segundo Kingsley. Eu não tinha certeza se o mundo poderia lidar com isso. Eu não tinha certeza se conseguiria lidar com isso. Mas o sorriso no rosto de Foster me acalmou. A técnica de ultrassom continuou apontando todas as partes do nosso bebê. Pequenos braços. Perninhas. Dedos ainda menores. Uma cabeça grande, parecida com o pai dele.
Um bebê perfeito. Foster olhou para mim e sorriu. Nosso mundo sempre foi uma bagunça. Mas agora nós tínhamos uma vida a caminho. Quando o ultrassom foi feito, recebemos muitas fotos. Foster pegou o que provava que o bebê era um menino e o estudou. —Meu menino. —ele sussurrou. —certo, porra. Eu ri. —Fácil agora. Foster olhou ao redor da sala. —Oh espere. Agora é um bom momento para alguma coisa. Foster colocou a foto do ultrassom no bolso de trás. Ele caiu de joelhos novamente e pegou minha mão esquerda. —Foster, não agora. —eu disse. —Não vou cair nessa novamente. —Quem disse que há algo para cair? —Ele perguntou. Tentei não ficar excitada, mas era impossível quando ele estava nessa posição. —Rose, eu te amo. Tudo o que você me deu. Agora quero te dar tudo em troca. Eu levantei uma sobrancelha. —Você quer agora, Foster? —Sim. E eu quero começar aqui mesmo... Ele apertou meu dedo anelar. —Rose, você vai... me deixar ajudá-la a sair da cama? Eu puxei minha mão para longe e, em seguida, golpeei ele, dando-lhe um tapa no rosto. Não forte, mas ainda assim era bom fazer. —Eu tomo isso como um não. —disse Foster, esfregando a
bochecha. —Droga. Eu tirei meus pés da cama e lutei para ficar de pé. —Você continua assim e eu vou encontrar alguém que realmente irá propor e cuidar de mim. As mãos de Foster dispararam direto para a minha cintura e seguraram firme. Seu lábio franziu quando ele olhou para mim. Veja, Foster poderia mexer comigo... mas eu sabia como mexer com ele... apenas deixá-lo com ciúmes... Eu olhei para ele, franzindo meu lábio para combinar com o dele. Querendo ser arrogante. Querendo ser feroz contra esse monstro de homem. O homem que me tirou do chão antes que eu percebesse o que isso realmente significava. —Rose, você nunca mais dirá isso. —disse Foster. —Estamos presos nessa bagunça pelo resto de nossas vidas. O problema sempre foi o mundo exterior. Nós o deixamos entrar. Nós o perseguimos demais. Você mesmo disse, nós nunca assumimos o risco. Nós nunca pulamos. No entanto, estávamos destinados a saltar anos atrás. —Então o que você está dizendo, Foster? Você quer pular? —Nós já pulamos, Rose. —Foster virou a cabeça e acenou para a grande tela da TV. Ainda tinha uma imagem do bebê e sua cabeça perfeitamente modelada. Mãos minúsculas perto de sua boca. —Nós já pulamos. E se você está usando um anel de noivado, uma aliança de casamento, um anel que nosso filho compra para você para um presente de aniversário, o que temos é mais importante. Eu estendi a mão e toquei seu rosto. —Eu sei disso, Foster. —Eu vou fazer algo, um dia Rose, que vai mudar tudo. Eu prometo. Agora eu só quero esse momento. Quero vocês. Eu quero passar todos os dias observando seu belo corpo mudar e ficar mais
bonito. Estou preso neste momento com você. Eu não tenho certeza se esse é o jeito certo de fazer as coisas, mas eu não dou a mínima. Se esse momento em que estou vivendo tiver você, Rose, então é o único momento que importa. Eu engoli em seco. Meu cara durão bad boy estava mostrando esse lado mais tenro novamente. Um lado que eu só vi quando ele estava no palco e cantando músicas. —Você está meio errado. —sussurrei. —Como assim? —Este momento não é apenas sobre mim, Foster. Ou você. Senti sua mão direita e movi-a para a minha barriga. —É sobre nós três agora. Foster sorriu. Eu pisquei, tentando segurar as lágrimas. Quando eu pisquei, eu o vi de volta naquela festa todos aqueles anos atrás. A maneira como ele andava com uma arrogância. A maneira como as pessoas não tinham certeza sobre ele. A maneira como ele fixou os olhos em mim e se tornou meu protetor. —Nós três. —sussurrou Foster. —Eu acho que posso lidar com isso, Rose. —Eu não acho que você tem uma escolha. —Sempre há uma escolha. —ele sussurrou. Foster levou a outra mão ao meu queixo, inclinando um pouco a cabeça para trás. —Aqui está a coisa, Lesma... eu te escolho porra.
CAPÍTULO 43 EI, MANO Foster Andei pelo longo corredor do porão. Eu estava tentando juntar o que sobrou de uma música que eu havia começado na noite anterior. Rose estava se sentindo extremamente desconfortável. Nós estávamos realmente muito perto de pegar a bolsa do hospital e sair. Ela caminhava sentindo o desconforto, o telefone na mão com um temporizador funcionando. Finalmente, ela começou a se sentir melhor e só queria dormir. Então eu peguei e a coloquei de volta na cama e não consegui dormir. Sentei-me e observei-a dormir, em cima das cobertas, do lado dela, sua barriga muito redonda, meu filho descansando dentro de seu ventre. Fale sobre uma faísca de inspiração. Voltei para a minha sala de música, onde dava aulas de violão e sentei-me em uma cadeira dobrável de metal. Alcançando um violão, continuei lendo um conjunto de letras que simplesmente não pareciam certas. Meu celular se acendeu e começou a vibrar contra a mesa. Toda a minha atenção foi para o celular. Eu me virei, meu coração na garganta, sabendo que um dia desses ia ser Rose ligando para dizer que o bebê estava chegando. Não era Rose.
Era Rhett. Meu irmão, Everett. As coisas estavam delicadas com ele desde que descobrimos que éramos irmãos e que nosso pai estava de volta à cadeia, dessa vez por um bom tempo. O que acabei aprendendo foi que nosso pai estava usando Rhett para ajudar desta vez. Basicamente, Rhett se tornou o novo eu. Estranhamente, havia uma pequena parte de mim que estava com ciúmes disso. A única vez que meu pai falava comigo e mostrava que ele se importava era quando eu o ajudava. Ao mesmo tempo, eu sabia o quanto fodia com a cabeça de Rhett que nosso pai tinha ido embora. Eu fiz o melhor que pude para falar com ele. Mantendo-o focado em seu violão e tentando mantê-lo focado na escola e em seu futuro. Deixei claro que meu celular estava sempre ligado e faria tudo para ter certeza de que eu atendesse ou ligasse de volta. Isso não era mais eu ensinando-lhe lições de violão. Isto era dois irmãos tentando descobrir o que diabos isso significava. —Ei, mano. —eu disse ao telefone. —Foster? —Uma voz perguntou. Não era a voz de Rhett. Era a voz de uma garota. —Sou eu. —eu disse. —Quem é? —É Carrie. —Carrie. —eu disse. —Onde está Rhett? —Ele precisa de você. —disse ela. —Por favor, diga que você pode vir e salvá-lo. —Salvá-lo? —Perguntei. —Do que você está falando? Eu ouvi sua voz falhar. —Foster —Ei, ei, ei. Carrie. Respire fundo e fale comigo. —Por favor, venha e salve-o de fazer algo realmente estúpido.
---
Eu tinha o amor da minha vida em seu apartamento, na cama, tentando descansar. Ela jurou que estava vindo para o meu show no café e eu queria que ela ficasse e relaxasse. Ela não estava em repouso por causa do médico, mas por ordens minhas. E lá estava eu, dirigindo minha caminhonete por uma estrada de terra, olhando para todos os fantasmas de todas as festas que eu costumava ter nos bosques que me cercavam. Tudo o que Carrie teve que dizer foi o penhasco e eu sabia onde estava Rhett. Ele ia tentar se machucar. Carrie tinha conseguido o celular dele e me ligou. Ela disse que ele pegou uma garrafa de bebida da casa de sua família adotiva e estava agindo como um louco. Acredite, o garoto não era louco. Ele estava de coração partido. Ele estava perdido. Eu estacionei minha caminhonete e pulei, deixando a porta aberta. Eu corri por uma parte mais fechada da floresta e vi a cintilação de um cor de rosa forte à frente. Era Carrie quando ela se apressou para chegar perto de mim. Ela era uma menina muito jovem e o olhar de preocupação em seu rosto me lembrou muito eu e Rose. Esses dois tolos estavam indo pelo mesmo caminho. Talvez eu devesse ter sido mais parecido com o padrasto dela e tentado mantê-los separados, mas honestamente, quando o destino determina, não há como fugir disso. Carrie quase pulou em meus braços enquanto chorava. Meu coração afundou, temendo o pior. —Ei. —eu disse. —Onde ele está? —Ele está lá em cima. —disse ela. —Ele fica dizendo que
sente muito por mim. Que ele nunca será diferente. —Ok. —sussurrei. —Ouça-me, Carrie. Eu quero que você vá se sentar na minha caminhonete. OK? Ainda está funcionando. Coloque no rádio. Volto daqui a pouco. —Foster... Eu gentilmente toquei seus braços. —Ei. Eu sei exatamente como ele se sente. E eu sei como você se sente. Carrie, eu vou conseguir. Eu juro para você, eu vou conseguir. Ela assentiu. —Ele está se mudando, Foster. Eles estão mudando ele. Nós vamos nos separar. —Do que você está falando? —Algo aconteceu e sua família não o quer mais. —disse ela. —Então ele vai voltar para o sistema e se mudar. Ele estará em uma nova escola. Longe de mim. Eu disse a ele que ainda vou amá-lo. Mas ele… —Merda. —sussurrei. caminhonete.
—OK. Basta ficar na minha
Eu comecei a correr. Você não acharia que o penhasco seria o suficiente para efetivamente se machucar. Mas havia uma queda de bom tamanho do outro lado do penhasco. Se você caísse de cabeça e o riacho estivesse baixo o suficiente, aquelas pedras pontiagudas se erguendo como punhais ansiosos... sim, você poderia se machucar. Quando vi Rhett parado ali, ele olhou diretamente para mim e começou a chorar. Foi quando me senti um idiota. Quando ele estava na cadeia naquela noite, eu fui embora. Quando descobri que ele era meu irmão, parti. Eu fiz a única coisa que nosso pai era famoso por fazer.
Ir embora. E mesmo quando voltei, a coisa toda do irmão era mais uma piada do que sério. Eu andei em direção a ele e quando cheguei perto o suficiente, tirei a garrafa da mão dele. Sem dizer uma palavra, segurei. Felizmente, ele não bebeu tanto assim. Ele nem estava bêbado. Apenas tonto, provavelmente. Eu joguei a garrafa pelo gargalo o mais longe que pude. —Vá se foder. —gritou Rhett. Eu ainda não respondi. Pensei em mim, na minha vida e no que eu sempre quis quando tinha a idade de Rhett. Eu queria meu amor, Rose. E eu queria que alguém me dissesse que tudo ficaria bem. Agarrei Rhett pela camisa e puxei-o para mim. Seus olhos se arregalaram, terror instantâneo. Eu joguei meu outro braço ao redor dele e o abracei. Meu irmão. Meu irmão mais novo. O único membro real da família que eu tinha na minha vida. Apertei-o com força e coloquei-o no comprimento dos braços. —Rhett. Vai ficar tudo bem. Ele franziu o lábio, um adolescente desafiador, assim como eu tinha sido o que parecia ser ontem. —Eu sinto muito, mano. —sussurrei. —Por tudo. Por não estar lá mais quando você precisava de alguém. Pelo pedaço de merda que chamamos de pai. Eu posso dar-lhe o discurso de pai agora, sobre olhar para o que você tem, quem ama você, o fato de que Carrie seguiu você aqui para protegê-lo. Mas você já sabe disso tudo. Então, por que desperdiçar meu fôlego? —Eu vou perder tudo, Foster. —disse Rhett. —Eles não me querem mais. Eu moro lá há dois anos. Meio que me sentia em casa. Mas eles não me querem, Foster.
Senti meu coração cortar como um papel na tesoura. —Fodam-se essas pessoas então. —eu disse. —Se eu me mudar, vou perder Carrie. —Você não sabe disso. —Sim eu sei. Você também sabe disso, Foster. A maneira como as coisas são. Eu assenti e engoli em seco. —OK. Então agora você tem que descobrir como fazer isso funcionar. Você a ama? —Sim. E não diga que eu também estou... —Eu nunca diria. —eu disse. —Eu passei pela mesma coisa com Rose. Ok? Eu morando com uma família, tentando encontrar o caminho de volta. Então nosso pai saindo da cadeia e me querendo de volta. Eu sempre acabava com ele e as coisas ficavam fodidas. —Ele disse isso para mim. —disse Rhett. —Que ele estava preparando tudo para mim. Ele ia conseguir um apartamento. Eu senti raiva ferver na boca do meu estômago. As mesmas besteiras que nosso pai costumava me dizer. —Eu sei. —eu disse. —Isso é o que ele sempre fez. Esqueça aquilo. Nunca tente se embebedar e vir até aqui como se você quisesse fazer algum tipo de declaração. Não vai funcionar, Rhett. Sua declaração seria o silêncio. É isso que você quer? Silêncio? Você quer que eu sofra por você? Você quer partir o coração de Carrie? Você quer um cara para varrer e pegar esses pedaços de seu coração e consertá-la? Raiva tomou conta do rosto dele. —Nunca diga isso, Foster. —Bem, olhe o que você está fazendo. Eu entendo, mano, você quer atenção. Você quer isso? Da maneira correta? Então você pega seu violão e me encontra no porão do café. Você pratica todas
as músicas para o meu show amanhã à noite. Você dorme lá. Você não deixa o porão até que esteja pronto. —Pronto? —Você estará tocando comigo no palco, mano. —O quê? —Sim. Você vai deixar tudo isso para trás. Rhett engoliu em seco. —Foster... —Suba naquele palco e esqueça o mundo. Rhett não falou de novo. Ele ficou ali, olhando para mim. —Eu te amo, mano. —eu disse. —Muito antes dessa questão de irmão aparecer. Você é um bom garoto. Eu confio em você e Carrie. Farei tudo o que puder para ajudar os dois. Às vezes na vida, as coisas ruins não contam. Não parece justo. Existem regras que são besteiras. Caras como nós, Rhett, são jogados fora do sistema como uma bola de praia num concerto. Faz você se sentir vazio, esgotado, desesperado para se apegar a alguma coisa. Eu entendo. Eu preciso que você me dê isso, Rhett. Não segure essa merda. Não desista de Carrie. Não tente pegar uma garrafa e vir aqui. Carrie ama você. Mas ela não vai desistir do resto de sua vida em sua memória. Eu não me importo com o que qualquer um diz. —Você não acha que Rose faria isso por você? —Rhett perguntou. Eu não tinha pensado nisso na minha situação. —Bem, não. —eu disse. —Quero dizer, Rose é louca o suficiente para tentar. Talvez Carrie também seja. Mas imagine isso. A mulher que você ama, sentada ali, dias ou semanas, meses ou anos, esperando para morrer para estar com você novamente. Perdendo toda a sua vida por sua causa. —Coloquei meu dedo no
peito de Rhett. —Porque você se perdeu. Esquecendo o que você tem. Eu empurrei Rhett e ele tropeçou para trás. —Eu preciso vê-la. —ele sussurrou. —Dizer a ela que sinto muito. Eu pisei para o lado e ele começou a correr. Eu soltei um suspiro e desejei não ter me livrado daquela garrafa. Que diabos eu era agora... uma figura paterna? Eu ainda estava tentando descobrir como ser pai do bebê que deveria nascer a qualquer momento. Mas aquilo foi só o início. Eu fiquei lá e tomei uma decisão que mudaria a vida de todos.
CAPÍTULO 44 UM DOLOROSO SHOW Rose A cafeteria estava lotada. Mais cheia do que eu já tinha visto antes. Stephanie e Beth estavam ficando loucas atrás do balcão para acompanhar os pedidos. As mesas estavam cheias, as pessoas conversando umas com as outras. As paredes estavam cheias. As janelas encheram-se. Provavelmente além da capacidade que a tornava segura. Tudo por causa do Foster. O palco estava escuro, exceto por uma única luz que brilhava em uma banqueta. Um violão descansava contra ela. Eu vi Rhett sentado na frente da multidão, um violão a seus pés. Ele parecia bastante nervoso, pernas saltando, uma mão segurando uma garrafa de água, a outra segurando a mão da namorada. Quando Foster me contou o que havia acontecido com Rhett, me senti mal. Meu coração doeu por Rhett, sua namorada e por Foster. Lembrei-me de como foi ver Foster indo de casa em casa. Vendo o modo como sua atitude mudava, as vezes em que ele estava em uma escola diferente e eu não o via pelo que parecia uma vida inteira. Eu tinha um assento ao lado, os benefícios de estar tão grávida. Meus pés estavam no chão e mais ou menos encostados na cadeira. Foster insistiu que eu ficasse em casa na cama, mas de jeito nenhum eu perderia esse show. Nem nosso bebê. Minha mão gentilmente acariciou minha barriga enquanto eu sorria.
Foi quando Foster apareceu da sala dos fundos do café. Ele andou direto para mim e tocou meu queixo. Eu nunca tinha o visto mais vivo e feliz do que quando ele me via grávida ou estava no palco para tocar algumas músicas. Ele se inclinou e me beijou. Então ele se abaixou e beijou minha barriga. As pessoas começaram a perceber e bateram palmas para ele. Foi um pouco louco pensar que ele estava se tornando algo como uma celebridade local. As músicas que ele tinha trabalhado enquanto ele estava fora estavam realmente se tornando grandes negócios. Uma delas estava no rádio pelo menos quinze vezes por dia. No entanto não era Foster cantando, eram suas letras, sua música... e ele foi pago por isso. Foster chegou ao palco, pegou seu violão e acenou rapidamente. Ele não disse uma palavra. Ele apenas começou a tocar uma música. Ele tocou a música do rádio. Todos aplaudiram e cantaram com ele. Eu sentei lá, balançando a cabeça, observando o homem que amava fazer a única coisa que o fazia feliz. Nós ainda estávamos tão longe da perfeição. Ainda em uma bagunça. Mas nós tínhamos um ao outro. A única coisa que realmente queríamos na vida era o outro. O resto era apenas barulho. Vivian começou a namorar um cara e estava prometendo a si mesma que estaria com ele. Isso foi uma notícia de última hora. Meu pai realmente se comprometeu com sua nova dieta e estilo de vida e estava melhorando. Meu apartamento parecia uma loja de bebês que recebera um pedido. Foster fez tudo o que pôde em seu apartamento para o tornar adequado para o bebê, o que talvez tenha sido a coisa mais adorável que já vi. Na semana passada ele comprou grampos e fechaduras para todos os armários e seu suporte de TV para que o bebê não
pudesse entrar em qualquer coisa perigosa. Eu apenas sorri, não dizendo a ele que o bebê não estaria se movendo, rastejando e andando por um longo tempo. Isso é tudo que eu pensei enquanto Foster fazia seu show. Memória após memória fluiu pela minha mente. Depois de quatro músicas, Foster apontou para Rhett. Ele apresentou Rhett como seu irmão e Rhett se juntou a ele no palco. Eles então começaram a tocar juntos. Irmão e irmão. Unindo-se através da música e encontrando uma conexão mais profunda através da família. A tensão aumentou pela parte inferior das costas e eu tive que me levantar e esticar. Minhas mãos ficaram na minha barriga enquanto eu assistia Foster e Rhett terminar sua primeira música. Então Foster olhou diretamente para mim e disse: —Hey Rose... Ele dedilhou o primeiro acorde. Para minha surpresa, metade do lugar começou a aplaudir. Eles conheciam a música. Eles sabiam que era a música mais popular de Foster. Aquele que ele jurou que nunca venderia para ninguém. Seus olhos fixos nos meus, Foster cantou minha música. Ele cantou a maior parte… porque esse aperto nas minhas costas começou a ficar mais forte. Eu tentei sorrir, mas sabia que era falso. Isso machuca. Muito ruim.
Realmente, muito ruim. Foster parou de dedilhar seu violão e olhou para mim. Eu murmurei para ele desculpe e comecei a acenar. O bebê estava prestes a chegar.
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Três horas e vinte e três minutos. Esse foi o tempo entre aquela primeira dor esmagadora que me atingiu e quando segurei meu bebê pela primeira vez. Assistir Foster soltar seu violão e pular do palco era algo que eu nunca esqueceria. Ele disse a todos que eu estava tendo um bebê e que Rhett terminaria o show. Ele segurou minha mão e nunca a soltou. Ele olhou nos meus olhos quando eu disse a ele que o amava. Ele olhou nos meus olhos quando a dor me fez odiá-lo. A única vez que ele olhou para longe de mim foi quando ele conheceu seu filho. Nós o nomeamos de Wesley. Foster imediatamente começou a chamá-lo de Wes. A única outra vez em que me apaixonei tão rápido foi quando conheci Foster. Foster embalou nosso bebê com um braço e sentou-se ao lado da cama do hospital e me embalou com o outro. Eu não estava exatamente confortável nessa posição, mas estava perto da minha família. Olhei para Foster e, pela primeira vez, vi uma expressão de alívio no rosto dele. Um olhar de paz. Havia tanta coisa que eu dei a ele. Meu coração. Meu corpo. Meu presente. Meu futuro. Mas de tudo que eu poderia ter feito,
percebi exatamente o que tinha acontecido. Eu dei a ele uma família. A única coisa que ele sempre quis. A única coisa que ele nunca teve. Mas agora ele tinha. E ele teria para sempre. Foster olhou para mim. —Você está bem? —Perfeita. —Você foi incrível, Rose. —Você foi incrível. —sussurrei. Ele sorriu. Ele se inclinou e roubou um beijo de mim. Ele beijou a pequena cabeça de Wesley. Então ele olhou para o bebê. —Rose, eu acho que a parte surpreendente vai começar agora. —disse ele. Seu aperto se tornou mais forte no meu ombro enquanto ele nos abraçava. —E eu não posso esperar para ver onde tudo isso termina.
EPÍLOGO EU VOU PRIMEIRO Foster Eu andei pela porta da frente da casa nova e encontrei Rose na cozinha com Wesley em uma cadeira alta. Ela segurava uma caneca de café na mão, parecendo cansada, mas tão linda que parou meu coração por alguns segundos. Eu não ligo para o que ela disse sobre eu ser legal, ela era a coisa mais linda que eu já tinha visto. Especialmente quando ela estava cansada. Havia algo sobre ela... observá-la como mãe ... isso me deixava louco. Ela colocou a caneca de café e pulou em meus braços. Nós nos beijamos como se fôssemos adolescentes, eu a girando até que ela riu e disse que ia vomitar. Wesley soltou um grito e bateu as mãos. —Peguei você, garoto. —eu disse. Eu me inclinei e o beijei. Então eu fiz cócegas em seus lados e ele jogou a cabeça de um lado para o outro. Porra, família era bom. —Como foi o trabalho? —Rose perguntou. —Ótimo. —eu disse. O trabalho consistia em ir ao estúdio e gravar música. As músicas que eu trabalhei viraram hits. Todas elas. Hit após hit após hit. Eu fui procurado por mais, mas me recusei a viajar. Então, Carl deu um ok para transformar meu apartamento em um estúdio. Eu ficava e escrevia músicas, conversava em vídeo com artistas e, de
todas as coisas, eles voavam para mim. Se algo realmente valesse a pena, eu teria que sair e fazer a sessão de gravação. Mas isso só começou recentemente. Eu odiava estar longe de Rose e Wesley. —Rhett e Carrie estão lá em cima. —disse Rose, revirando os olhos. Torci meu lábio. —Eu não gosto disso. —Confiança. —Dane-se. —eu disse. —Se eu fosse confiável em ficar sozinho com você no seu quarto... —Pare. —disse Rose. Eu tive que agir rápido depois que Wesley nasceu. Eu juntei todo o dinheiro que pude e era possível para comprar uma casa. Então eu fui para Rhett. Eu era seu maldito irmão. Eu era sua maldita família. Nada iria mudar isso. Então eu o peguei. Nós o levamos. Eu era seu tutor legal e ele morava aqui. Ele tinha uma casa. Ele tinha uma família. Eu não consegui compensar todas as merdas que nosso pai fodeu em nossas vidas, mas eu poderia ao menos tentar dar um futuro a Rhett. —Hum, olá? —Disse uma voz. Eu me virei e Carrie ficou ali, acenando. —Ei, Carrie. —eu disse. —Estou indo. —disse ela. —Eu tenho que chegar em casa para o jantar. —Você é mais do que bem-vinda para ficar aqui. —disse Rose. —Eu posso ligar para sua mãe. —Obrigada, mas vamos ao cinema hoje à noite. Noite das meninas.
—Parece divertido. —disse Rose. —Diga a ela que dissemos olá. —eu disse. —Deixe-nos saber se vocês duas precisam de alguma coisa. Dois meses atrás, a mãe de Carrie deixou o padrasto. Ela descobriu que ele estava tendo um caso e tão louco como era que ele estava amarrado a um cartel de drogas prescritas. A mãe de Carrie basicamente perdeu tudo e ela e Carrie moravam em um pequeno apartamento, mas estavam mais felizes. Nós gostamos de ter Carrie por perto. Ela e Rhett estavam bem juntos. Eu beijei Wesley mais uma vez. Eu dei a Rose um beijo que ela nunca se esqueceria. O único problema em beijar Rose era que não importava o quanto eu tentasse fazê-la perder o fôlego ou tropeçar, ela me fazia sentir assim. Subi para verificar Rhett. Há cerca de cem coisas que poderiam dar errado, apenas por invadir o quarto de um adolescente. Mas assumindo o papel paterno, era a minha maldita casa e eu não precisava bater. Além disso, eu ouvi Rhett tocando violão, então eu não esperava ver nada acontecendo. —Parece bom. —eu disse quando abri a porta. Rhett parou de tocar. —Ei, Foster. Obrigado. Rhett parecia nervoso. Ele correu para colocar o violão de volta no estojo rígido. Hesitante, ele bateu no estojo e eu vi algo no pequeno compartimento que deveria ser para palhetas e cordas. Agora, para ser honesto, eu costumava esconder muitas coisas naquele compartimento. —O que é isso? —Perguntei. Rhett olhou para mim, o rosto ficando vermelho. —Foster... —Merda. —eu disse. —O que há nisso? Mostre-me. Não me obrigue a forçar isso para fora da sua mão.
Deixando escapar um gemido, Rhett abriu o pequeno compartimento e tirou uma pequena caixa. Ele jogou em mim. Quando abri, esperava que não fossem drogas. Não era. Era um anel de diamante. Um belo anel de diamante. —Uau. —eu disse. —Você comprou isso? —Sim. —disse Rhett. —Eu tenho trabalhado muito. Dois empregos. —Eu sei que você tem. —Eu comprei isso para Carrie. —Rhett, isso parece um anel de noivado. Ele encolheu os ombros. —Puta merda. —eu disse. —Você sabe que não pode... —Eu sei. —disse ele. —Mas eu sei o que quero. —Eu posso respeitar isso, ok? Mas de jeito nenhum você vai dar a Carrie este anel tão cedo. —Sério? —Sério. —eu disse. —Eu vou ficar com esse anel. —Você não vai me fazer devolvê-lo? Investir meu dinheiro em outro lugar? —Não. Você acredita nisso, Rhett, então eu também. Isso vai fazer você trabalhar mais do que você já trabalhou antes. Porque dar este anel não significa nada, a menos que você prove. Rhett assentiu. —Ok.
—Quando chegar a hora, terei isso para você. Eu me virei para sair do quarto. —Ei, Foster? Eu olhei por cima do meu ombro. —Sim? —Obrigado. —disse Rhett. suficiente.
—Eu não posso dizer o
—Eu cuido de você, Rhett. Agora pegue o violão e continue praticando. Ele ouviu e eu fiquei do lado de fora da porta do seu quarto, abrindo a caixa para olhar o anel. Eu deveria ter gritado. Eu deveria ter feito ele devolver. Mas foda-se... eu teria feito a mesma coisa na idade dele com Rose. Eu ri para mim mesmo enquanto eu caminhava para o quarto principal para guardar o anel na minha gaveta. Vasculhei minhas camisetas e sabia exatamente onde esconder o anel. Engraçado, já havia uma caixa preta lá. Eu olhei para a porta e me certifiquei de que Rose não estava vindo. Peguei a caixa e abri. Outro anel de diamante. Eu coloquei o anel que Rhett comprou ao lado do que eu comprei. Eu tinha que dar crédito a Rhett, ele sabia como escolher um anel de noivado. Eu fechei a caixa e guardei. Meus dedos tocaram o anel que eu comprei para Rose e eu me olhei no espelho. Se houve uma coisa na minha vida que aprendi, foi que
nenhuma hora é a hora certa. Nunca. Existem apenas momentos. Eles vêm. Eles vão. E é isso. Eu levantei a caixa preta da cômoda. Era uma quinta-feira aleatória. Por volta das cinco da tarde. Rhett estava tocando violão em seu quarto. Wesley estava lá embaixo em sua cadeira alta, brincando com brinquedos de bebê. Rose estava na cozinha, ainda tomando café. Sem maquiagem. Seu cabelo puxado para trás, óbvio que ela fez isso com pressa. Em um moletom azul marinho e jeans velhos. Sem sapatos. Sem meias. Eu entrei na cozinha, uma mão nas minhas costas. Nossos olhos se encontraram e Rose colocou a caneca de café para baixo. —Foster... Eu sorri. Ela me conhecia muito bem. Eu não estava fazendo nada bom. Talvez não tenha sido a hora certa para propor… mas fodase…
HEY ROSE...
Hey Rose... onde você está agora?
Hey Rose ... eu sinto falta do jeito que você parece... do seu gosto...
Hey Rose, eu quero ouvir sua voz, só mais uma vez. Eu sei que você está com raiva de mim. Estou com raiva de mim mesmo.
Hey Rose ... você não precisa mais ter medo... eu posso pegar tudo o que te assusta e faze-lo ir embora para sempre.
Hey Rose, me desculpe, eu tive que sair. Me desculpe por deixá-la esperando eternamente na cama vazia. Sinto muito que você ainda possa sentir meu cheiro no travesseiro. Me desculpe por nunca ter me dado a chance de te machucar novamente.
Hey Rose - você não tem que sentir minha falta. Tudo bem seguir em frente. Eu vou mentir e dizer que eu segui. Mas quando fecho meus olhos, vejo você. Eu nunca consigo ver você. Mas eu nunca mais posso voltar.
Hey Rose ... podemos fazer algo divertido? Eu quero que você defina seu alarme. Acorde assim que o sol estiver nascendo. Eu vou acordar com você. Eu vou sentar no escuro do telefone com você só para ouvir sua respiração. Ouvir o farfalhar das cobertas enquanto você rola. Ouvir os suspiros suaves de sua voz enquanto você tenta ficar acordada. Vou pedir para você dar um beijo no nascer do sol. Então será a luz do dia onde você está. Ficará escuro onde eu estou.
Então o nascer do sol vai começar onde estou. As cores ... seu beijo ... e nós fizemos isso. Nós nos beijamos de longe, Rose.
Hey Rose, às vezes me pergunto sobre o nosso amanhã. A que horas o sol vai nascer? Quando posso segurar sua mão pela primeira vez naquele dia. Quando eu posso provar o café da manhã em seus lábios. Quando eu posso ouvir sua risada pela primeira vez. Quando olho nos seus olhos e lembro o quanto me importo. Que eu sempre... tentarei fazer o melhor possível para estar lá.