Alexa Riley -Virgin Husband. PT BR

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Para redenção... Às vezes é possível.


Eu rolo na cama e me estico. Eu preciso me levantar. Eu posso ouvir Gia cantando para si mesma no chuveiro e isso me faz sorrir. Ela gosta de cantar, mas é terrível nisso. Ela é pior do que eu, e isso diz muito. Isso não havia nos impedido de fazer o show de talentos da sétima série juntas, onde nós não apenas dançamos, mas também cantamos. Foi horrível, mas graças a Deus na época nós fomos a uma escola só para garotas em Seattle ou talvez fosse ainda mais embaraçoso. Ela realmente poderia me convencer a fazer quase tudo. Eu teria feito o show de talentos todos os anos com ela se isso a impedisse de se mudar para Chicago no meio do oitavo ano. Nós continuamos amigas, mas o ensino médio teria sido melhor se ela estivesse do meu lado. Eu jogo os cobertores pro lado e me levanto para ir tomar um café. Eu não bebo essa coisa, mas Gia não vive sem isso. Eu coloco meus chinelos e tiro meu telefone da mesa lateral antes de abrir a porta do meu quarto ao mesmo tempo em que Gia sai do banheiro enrolada em uma toalha. Seu cabelo escuro está escondido sob a toalha na cabeça. —Ei, eu queria te dar um aviso. — Ela abaixa a voz para um sussurro. —Choveu ontem à noite.


O mesmo cachorro que finge que não pode me ouvir quando eu chamo seu nome, quase me derruba quando ele vem voando do meu quarto, onde ele estava escondido debaixo dos meus cobertores. Ele esteve ao meu lado a noite toda e tentou me empurrar para fora da cama. —Elvis, não! — Eu saio atrás dele, mas de alguma forma o cachorro que se mexe no ritmo de uma lesma - a menos que você derrube comida - está mais rápido do que nunca e salta com suas pernas curtas e grossas no sofá, empurrando as cortinas para fora de seu caminho. Ele olha pela janela para ver se chove e eu gemo. —Desculpa! — Gia grita do corredor. Elvis se vira e suas orelhas grandes saltam quando ele se joga no sofá e me dá um olhar que diz que ele não vai andar hoje. —Você tem que sair pelo menos para uma caminhada, — digo ao meu cão teimoso. Tenho certeza que ele é uma mistura entre um Basset Hound e um Bulldog. Ele foi um resgate que Yana e eu encontramos, eu amo o pirralho, em parte porque ele me lembra dela. Eu perdi a mulher que eu considerava minha mãe, seis meses atrás. As pessoas dizem que o tempo ajuda a curar, mas não sinto que alguma coisa tenha mudado ainda. Pelo menos agora estou de novo com a Gia e isso ajuda. —Ele é o cão mais idiota e inteligente que eu já vi. — Gia volta para a sala de estar, alguns instantes depois, usando um par de jeans e moletom que diz ‘Northwestern University’. —Tem certeza de que ele não é Basset Hound e Bulldog com um toque de gato?


—Às vezes me pergunto isso. Ele age como um gato na maior parte do tempo. Ele é alérgico a água, a menos que seja para beber. Ele fica irritado se suas orelhas longas caírem em sua tigela de água e, se acontecer, ele fica na minha frente e me dá patadas até eu pegar uma toalha e secá-las. É adoravelmente irritante. —Eu ia começar o café, — digo a ela enquanto tentava dar a Elvis um olhar duro de aviso. Ele solta um bufar antes de se levantar e começar a se ajeitar no sofá, virando em círculos. Uma vez que ele está bem e pronto, ele deita e suspira. —Marco vem me pegar. Ele já pegou um pra mim. — Ela sorri por um momento e para. —Maquiagem. Ela corre de volta para seu quarto para se preparar antes que seu namorado chegue aqui. Pelo menos eu acho que ele é o namorado dela. Eu ainda não ouvi nenhum título nisso tudo, mas ele age como se ela fosse toda dele. É adorável assistir os dois juntos. Eu não tenho muito com o que comparar porque meus pais não tiveram um casamento de amor. Vendo como eles eram enquanto eu crescia nunca me fez desejar ter um relacionamento. Estar em uma escola só de meninas também não me ajudou com a questão. Não foi até o meu primeiro ano de faculdade que tentei ver o que poderia estar fora da minha bolha. Johnny Rule foi meu primeiro namorado, se é que você pudesse chamá-lo assim. Ele me fez desistir da coisa toda de namoro rapidamente.


Então a vida aconteceu e o namoro estava tão longe da minha mente, mas ver Marco e Gia me fez imaginar o que eu poderia estar perdendo. Yana sempre disse que eu era destinada a um grande amor e que um dia eu o teria e não seria nada parecido com o dos meus pais. Ela me disse isso semanas antes de morrer, quando eu disse a ela que nunca tinha me apaixonado. Ela me fez prometer que não iria trancar meu coração porque isso só me faria mais parecida com meus pais. Ela estava certa, mas por mais uma vez ela sempre esteve. Eu ando de volta para o meu quarto e coloco um par de jeans skinny e um moletom rosa. Eu olho para meus outros moletons que são como os de Gia. Eu os comprei durante o único ano da faculdade que eu fiz. Eu odiava cada segundo da faculdade, mas eu fui para onde meus pais queriam que eu fosse. Eu morava perto o suficiente da escola, e não me mudei para os dormitórios como a maioria dos outros calouros, e me sentia mais perdida do que agora, que vivia em uma cidade da qual não conhecia nada. Eu sou uma passeadora de cães sem ideia do que vou fazer da minha vida, mas estou feliz e isso é tudo que importa. Certo? —CC, — Gia chama por mim. Volto para a sala e vejo Marco parado ali. Ele está olhando para Gia como se ela tivesse o brilho do Sol todinho dentro dela. —Marco te trouxe chocolate quente já que você odeia café. — Ela segura ele para mim. Aquilo foi doce. —Obrigada, Marco. — Ele levanta o queixo e sorri educadamente, mas ele nunca fala muito. Eu luto com uma risada porque acho que ele só me deu o chocolate quente porque ele


sabia que faria Gia feliz por ele ter feito algo legal para mim. Isso não me incomoda em nada. Na verdade, isso me faz gostar ainda mais dele. Talvez ele queira ter certeza de que sou do time Marco quando a família de Gia descobrir que ela está saindo com alguém. —Bem, eu estou indo. Eu tenho duas provas hoje, — ela geme, mas eu sei que ela vai se sair bem. Ela passou a noite toda estudando. Eu fiz perguntas e a ajudei a fazer cartões de memória. —Eu vou levá-la para a sua pizzaria favorita depois que você terminar, docinho, — ele diz a ela em seu forte sotaque novaiorquino. Eu ainda não sei muito sobre Marco, mas uma coisa que sei é que ele não é daqui. Eu também sei que ele deve ter dinheiro porque está sempre vestido com um terno caro. —Você não tem que trabalhar? — Ela pergunta enquanto pega sua mochila do gancho ao lado da porta da frente. Ele tira das mãos dela para carregar para ela. A maneira como eles se olham faz meu coração doer para ter algo assim. Ou até mesmo uma paixão tola onde eu saiba o que é ter borboletas no meu estômago. —Obrigada novamente. — Eu levanto o copo quente que estou segurando e Marco acena de novo quando eles saem. Eu tranco a porta atrás deles antes de terminar de me arrumar e desfrutar do chocolate quente. Quando volto para a sala de estar, Elvis levanta a cabeça para me olhar com aqueles olhos de cachorrinho.


—Não vamos brigar sobre isso, — eu digo ao tirar sua coleira do gancho da porta da frente. —Você só tem que fazer a primeira rodada de passeios comigo e depois eu vou trazê-lo de volta. Eu sei que ele não pode me entender, mas às vezes eu me pergunto se ele não entende. Ele precisa da caminhada porque ganhou algum peso desde que Yana morreu. Nós dois temos comido para compensar a tristeza. Talvez o ganho de peso não fosse um grande problema se ele não fosse às vezes um pirralho e eu tivesse que carregá-lo quando ele decidisse que não ia andar mais. Eu olho para o meu telefone, sabendo que preciso me mexer para não ficar atrasada. Eu dou uma checada para ter certeza de que tenho todas as chaves dos lugares que vou hoje. Quando estou pronta, olho para Elvis, que não se moveu um centímetro. —Tudo bem, vamos parar no caminhão de bacon. — Na palavra —bacon— ele está fora do sofá e de pé ao meu lado. Mais uma vez, suas pernas curtas e grossas se movem mais rápido que o normal. Não é um caminhão de comida que só vende bacon, mas é assim que Elvis acha que é. —De qualquer forma, você não precisa usar o banheiro? Eu coloco a coleira nele antes de pegar minha bolsa transversal que tem as outras guias que eu preciso. Nós pegamos o elevador porque eu não quero forçar minha sorte com Elvis e seu mau humor. Eu dou a Jake, o nosso porteiro, um aceno quando ele abre a porta do nosso prédio para mim e eu faço o caminho até o meu primeiro cachorro do dia. Ser uma cuidadora de cães nunca foi algo que eu pensava que faria para ganhar a vida, mas mais uma vez eu também nunca pensei


que iria acordar e deixar minha vida para trás no meio da noite. Os meus pais demoraram quase duas semanas para perceber que eu saí e tenho quase certeza que foi só porque Stacy, a assistente do meu pai, lhe disse. Ela me ligou para perguntar por que o cheque da minha universidade foi devolvido com uma carta dizendo que eu não me inscrevi para o segundo ano. Quem sabe quanto tempo levaria se não fosse por isso. Eu cansei deles quando eles nem se deram ao trabalho de voltar para casa da viagem de verão para a Europa quando Yana faleceu. Liguei para eles em um frenesi quando ela ficou doente e eu a levei para o hospital. Eles me disseram que tudo ficaria bem, mas não ficou. Ela morreu três horas depois. A mulher que era mais que uma mãe para mim, mais do que a minha mãe que me abandonou quando eu era uma garotinha. Eles também não se incomodaram em voltar para o funeral e eu não podia perdoá-los. Eu me senti perdida e sozinha até Gia aparecer. Ela sentou ao meu lado enquanto eu chorava e se recusou a sair do meu lado. Eu sabia que ela tinha uma vida para onde voltar e eu também sabia, ao contrário dos meus pais, que sua família iria querer que ela voltasse para Chicago. Quando ela me disse para ir com ela, eu não tive nem o que pensar. Eu arrumei minhas malas, e Elvis e eu fomos com ela. Gia me disse que tinha um quarto a mais que eu chamaria de meu a partir de agora. Sua mãe e seu pai também fizeram eu me sentir bem-vinda, embora eu não tivesse certeza de como eles se sentiriam a princípio. Eu sabia que eles pagavam pelo lugar de Gia enquanto seu único trabalho era obter notas perfeitas - o que ela fazia muito bem. Quando cheguei aqui, eles me abraçaram e me


disseram que estavam felizes em me receber em casa e se sentiram melhor que Gia tivesse alguém para ficar com ela. A família de Gia oferecia amor e carinho melhor do que minha própria família. Eu senti falta deles quase tanto quanto senti falta de Gia quando ela se mudou. Eu estava quebrada quando eles se mudaram para Chicago. Passei muitas noites em casa quando criança, desejando que minha família fosse mais parecida com a deles. —Viu? Não é tão ruim assim aqui fora, — eu digo a Elvis depois de pegar o quarto cachorro esta manhã. Ele evita poças como se fossem minas terrestres. Quando ele um pouco de água molha suas patas, ele pula até que elas estejam secas novamente. Tem sido difícil se acostumar a segurar tantas coleiras ao mesmo tempo sem que elas se enrolem num bolo só, mas eu comecei a pegar o jeito e eu adoro isso. Eu suspiro quando o parque de cachorro está à vista. Os cachorros começam a ficar animados quando o vêem também. Eu entro na área cercada, deixando-os fora de suas coleiras para correr e brincar. Sento-me no banco vazio com Elvis porque ele não se junta aos outros cães. Em vez disso, ele me faz ajeitá-lo no banco para se deitar ao meu lado. Ele deita a cabeça no meu colo e sei que ele provavelmente sentiu meu humor mudar quando eu estava pensando na minha família. Pego meu telefone para brincar enquanto os cachorros vagam. Eu acaricio Elvis para que ele saiba que estou bem e olho para ver seus olhos se fecharem.


Um e-mail chega, e quando vejo que é da assistente do meu pai, não clico nele. Eu simplesmente o arquivo com os outros e, em seguida, clico no meu aplicativo Kindle. Volto para o livro que estava lendo ontem à noite antes de desmaiar. Eu posso não estar onde eu pensei que estaria, nessa mesma época no ano passado, mas eu sei que uma coisa é certa, eu posso estar triste e um pouco perdida, mas eu sei que estou onde eu deveria estar. Eu não tenho planos de voltar atrás e não vou me deixar levar pela vida que meus pais queriam que eu tivesse. Estou mais feliz sentada neste banco onde meus planos consistem em acariciar Elvis e pegar cocô de cachorro. É um milhão de vezes melhor do que viver uma vida para outra pessoa.


Eu olho para a aliança no meu dedo e me pergunto se algum dia vou me acostumar com ela. Tenho certeza de que todos os maridos sentem o choque inicial de usar um anel se nunca o usaram antes. Savannah parecia nervosa quando ela me deu, mas eu disse a ela que faria o que pudesse para ter certeza de que ela estava feliz. Savannah é minha melhor amiga desde que nascemos. Nossas famílias fazem negócios juntos há décadas e criaram um império a partir do zero. Nós dois sempre fomos próximos, mas nosso vínculo ficou mais forte quando perdemos minha irmãzinha. Todos nós éramos inseparáveis durante a maior parte de nossa infância até que sua família a mandou para uma escola privada, depois da morte de minha irmã. Ainda pudemos passar o verão juntos, e quando entramos na mesma faculdade, foi nossa chance de sair de debaixo de nossas famílias e finalmente viver nossas vidas. Nós estávamos tão errados sobre tantas coisas e foi assim que acabamos aqui. Tenho certeza que as pessoas assumiram que acabaríamos nos apaixonando e nos casando um dia, mas quando eu olho para minha esposa do outro lado da mesa do café da manhã, tudo que vejo é a garota que chorou por três horas porque eu não fiz a coreografia do NSYNC com ela. Ou eu vejo a pirralha que fingiu quebrar o braço na minha festa de aniversário para que ela pudesse ganhar um presente também. A garota que chorou a perda da minha irmã tão forte quanto eu.


—O que? — Ela diz enquanto ela estreita os olhos para mim. Eu balanço minha cabeça e rio. —Nada, só pensando no meu décimo aniversário. Ela revira os olhos e volta a olhar para o celular. —Eu ganhei o meu próprio Xbox, não ganhei? Ela é filha única e a única herdeira da fortuna do pai. No papel, você pode ver porque ele foi tão cuidadoso com a forma como ele a criou e com quem ele a deixou por perto. Mas ele a manteve em uma gaiola de ouro toda a sua vida, e no segundo em que ela pensou que tinha uma chance de uma vida normal, ele a pegou de volta e a fez se casar. Comigo. O que eu deveria fazer? Ela era como uma irmã para mim, e nossos pais fizeram esse arranjo. Eu nunca em toda a minha vida pensei em Savannah dessa forma. Nem mesmo quando adolescente, e eu estava tão excitado que eu poderia ter colocado meu pau num buraco de uma porta de madeira maciça. Ela significa o mundo para mim, e eu a amo, mas simplesmente não existe essa faísca. Eu sentia por ela, o mesmo que sentia pela minha própria irmã. Quando o pai dela descobriu que ela se candidatara à faculdade escondido dele, ele a levou para casa imediatamente e lhe deu duas opções. Ela poderia se afastar totalmente dele ou ela poderia concordar em juntar as nossas famílias e se casar comigo. Eu tentei conversar com ele e com os meus pais, mas eles decidiram o que era melhor para nós. Eu consegui terminar a faculdade, mas me senti culpado o tempo todo. Eu tive que deixar Savannah para trás, mas ela me disse que se eu não fosse, eu estaria


desperdiçando a chance por nós dois. Eu sabia que, se não concordasse com o casamento, quem imaginaria o que o pai dela poderia encontrar. Ele sempre colocou seus próprios interesses em primeiro lugar. Nós conversamos muito sobre nossas opções e decidimos que ser colegas de quarto e fingir para nossas famílias seria mais fácil do que tentar luttar contra elas. Minha família não tinha me pressionado como a dela, mas eles gostaram da ideia. Eu acho que mais do que qualquer coisa, minha mãe queria uma filha novamente e o casamento era uma maneira de ela conseguir isso. Mamãe e Savannah costumavam ser próximas, mas a determinação de mamãe só a afastou de Savannah. Eu acho que agora ela está esperando por netos. Isso nunca acontecerá. Temos alas separadas na casa e vivemos nossas próprias vidas, mas na maioria das vezes só saímos como amigos. Ela ainda está tentando descobrir o que ela quer fazer agora que seu pai a impediu de desenvolver qualquer habilidade real de mercado além de trabalhar para ele. Ele é dono da maioria das fábricas de tecidos na América e de ainda mais em toda a Europa. Savannah sabe muito sobre moda e eu tenho tentado convencê-la a se tornar a responsável de compras nos negócios da família, mas ela ainda não está interessada. Ele passou tantos anos tentando forçar isso garganta abaixo, que ela é contra se juntar a qualquer parte disso, mesmo que ela seja incrível na função. Meu lado da família faz a importação e exportação dos tecidos e nós possuímos os direitos de distribuição em toda costa leste. Basicamente, eu gerencio muitas partes móveis, mas sou bom nisso e é uma maneira de manter os negócios na família. Não é algo que


eu diria que sou apaixonado, mas realmente não há muito que me excita. Savannah diria que sou muito tranquilo ou chato, mas gosto de pensar que ainda não encontrei a minha faísca. —Você quer ir para o evento beneficente da Humane Society? Eles ligaram para nos agradecer pela doação e quiseram saber quantos ingressos enviar. —Se você quiser, — eu digo enquanto como a minha torrada e dou de ombros. —Você disse da última vez que não voltaria porque eles não tinham animais vivos de verdade lá. —É uma sociedade humana. Eles realmente perderam a oportunidade para a melhor noite de todas. — Ela navega pelo telefone novamente antes de começar a digitar. —Eu direi a eles para mandarem dois. Mas só se eu conseguir segurar um cachorrinho. —Eu tenho certeza que você vai conseguir o seu cachorrinho, — eu digo, em seguida, tomo um último gole de café e me levanto. —Eu não consigo sempre? — Ela me dá seu melhor sorriso arrogante e eu rio. —Você consegue. — Pego minhas chaves do balcão da cozinha e agradeço a Rita, nossa governanta, pelo café da manhã. —Você vai estar em casa hoje à noite? Savannah pensa por um segundo e depois balança a cabeça. — Eu volto tarde. Vou assistir uma sessão dupla com a Angie no Starlight. — Ela sorri e finge desmaiar. —Vamos assistir a dois filmes de Tom Hardy em sequência.


—Eu não vou fingir que sei quem ele é, — eu digo antes de acenar sobre ombro e sair da casa. Conseguimos este lugar porque era perto dos nossos pais e em um bairro que eles consideravam digno de nosso status e riqueza. Eu realmente não me importo porque é apenas uma casa e nós não temos que pagar por ela. O pai de Savannah daria, o que ele chamava de dote, para o homem que se casasse com ela, e acho que ele se sentiu melhor que fosse eu recebendo o dinheiro. Acabei de abrir uma conta pessoal para Savannah e coloquei o dinheiro lá para ela e entreguei-lhe o talão de cheques. Nem sequer tem o meu nome. Eu queria que ela fosse capaz de ter uma liberdade de escolha. Eu acho que ser controlada toda a sua vida faz com que você se acostume com esse tipo de tratamento. A liberdade pode ser assustadora se tudo que você conhece são paredes. Eu acho que com o tempo ela vai descobrir, mas se eu sei uma coisa sobre ela é que ela não pode ser pressionada. Eu dirijo pela vizinhança e é só uma viagem rápida para o centro da cidade. Quando chego lá, estaciono meu carro em nosso prédio e, em seguida, subo o elevador até meu escritório. É sempre bom e tranquilo no início da manhã e eu gosto do silêncio e da calma neste momento. Levou algum tempo para eu me acostumar a viver com outra pessoa. Eu não tinha colegas de quarto antes de Savannah, e percebi que gostava de estar sozinho. Provavelmente é bom para mim, vivermos juntos, porque senão eu poderia enlouquecer com a solidão.


Quando me sento à minha mesa, abro a gaveta, retiro a aliança e a coloco dentro. Não é que eu tenha que usá-la, mas Savannah usa a dela em casa e eu sinto que é um ponto de solidariedade para nós. E nunca sabemos quando nossos pais podem aparecer. Desde que meu pai se aposentou, ele não colocou um pé dentro deste lugar, então eu não tenho medo dele entrar no meu escritório de surpresa. Minha assistente é uma senhora mais velha que trabalhou para o meu pai e eu lhe disse que achava que a alianca estava muito apertada. A verdade é que eu sinto que este anel carrega muito peso com ele e eu não levo o seu significado de forma leviana. Eu fiz tudo isso por Savannah para que ela possa ter a vida que ela quer, mas até que ela esteja pronta para sair e viver por conta própria eu tenho que tentar cuidar disso o melhor que puder. E isso inclui não usar o anel enquanto estou no trabalho. O sol mal levantou e olho pela janela para o parque ali perto. Em poucas horas, estará cheio de cães e pessoas brincando com seus animais neste lindo dia. Eu invejo sua capacidade de se perder e apenas brincar. Não me lembro da última vez que fiz algo porque gostava e não porque fui obrigado a fazê-la. Esta não é a vida que eu tinha imaginado quando estava na faculdade e pensando no meu futuro, mas não é ruim. Eu tenho muito mais do que eu sonhei e tenho oportunidades que a maioria das pessoas nunca consegue. Eu só queria poder encontrar uma coisa que me faça acender por dentro. O tipo de coisa que me dá paixão e me faz querer ser um homem melhor. Está lá fora; eu só tenho que encontrar.


—Ei, está pronto para o seu lanche? — Pergunto a Elvis quando me inclino e acaricio sua cabeça macia. Ele está feliz que não choveu mais e o sol está brilhando. Devolvi a minha primeira rodada de cães em suas casas e tenho tempo para matar antes de começar a próxima leva. Elvis começa a me levar em direção ao seu trailer de comida favorito. Eu me pergunto se ele se lembra ou se é o seu nariz de bloodhound que mostra o caminho. Uma coisa é certa: andar com cães me ajudou a aprender a andar pela cidade. Eu cresci em Seattle e não sei andar tão bem pela cidade, como eu ando por Chicago. É um lembrete de quanto eu fiquei dentro da vidinha que meus pais queriam para mim. Ou o que eles esperavam pra mim, eu acho. Se há uma coisa que Elvis sabe, é o caminho para o trailer de comida. Ele achou ele bastante depressa depois que nós nos mudamos para cá e ele me arrastou do parque para o trailer, claramente em uma missão. Sorte para mim, eles têm alguns dos melhores hambúrgueres que eu já comi. Eu não sabia que comida de um trailer podia ser tão boa até eu me mudar para cá. Agora é um vício que não posso largar. Nós realmente comemos aqui mais do que deveríamos. Elvis espera na longa fila comigo enquanto eu pego meu telefone. Quando sinto vibração, vejo um texto do Gia.


Gia: É cedo demais para desistir de Marco? Eu: Eu acho que você deveria aproveitar o momento. Aconteça o que acontecer. Você saberá se é o certo. Gia pode pensar demais. Pode ser difícil para ela deixar as coisas acontecerem até que algo como perder sua virgindade deva parecer certo. Ou talvez seja a minha nova maneira de tentar ver as coisas. Parece que estes últimos meses foram mais fáceis agora que eu deixo as coisas acontecerem todos os dias. Não há um padrão que eu tenha que cumprir que foi definido por outra pessoa. Eu faço o que quero, mas pelas diretrizes que sinto que estão certas. Eu olho para Elvis e acho que às vezes tenho que fazer o que ele quer, mas quem pode dizer não quando ele tem uma carinha tão fofa? —Porção extra de bacon? — Christian pergunta enquanto ele escreve meu pedido. Ele olha para cima e me dá um sorriso. —Elvis está tendo um dia ruim? — Ele brinca com um sorriso encantador. —Ele está emburrado, mas ele se animou desde que viu seu trailer. — O que é verdade. Sempre que ele está feliz, ele dá uma sacudida extra com a sua bunda. Parece que ele está dançando com as pernas grossas. —Então eu vou ter a certeza de que ele está sendo cuidado. — Ele arranca o papel do bloquinho e entrega ao cara que está virando hambúrgueres atrás dele. Eu pego meu dinheiro, mas Christian estende a mão. —Este é por minha conta hoje. — Ele rabisca alguma coisa no papel e desliza para mim. Eu vejo que é o número dele e ele está segurando para eu pegar. Eu congelo por um momento, sem


saber o que fazer. Ninguém nunca me deu o seu número antes. O único cara que eu já namorei tirou o meu da nossa folha de estudo do grupo e começou a me mandar mensagens um dia. —Há uma fila aqui, — diz uma voz irritada atrás de mim. Eu me viro um pouco para olhar para um peito largo coberto com um terno bem costurado. Meus olhos viajam para cima e para cima até que eles se fixam em profundos olhos cinzentos que não estão olhando para mim, mas acima da minha cabeça para Christian. Eu olho para o homem por um momento, surpresa com seus olhos intensos. Eu não sabia que as pessoas realmente tinham olhos cinzentos, mas os dele são como aço frio. —Não há necessidade de ser rude, — eu finalmente murmuro quando olho para longe dele e volto. Eu estava olhando abertamente para ele e tenho sorte de ele não estar olhando para mim. O homem chega por cima do meu ombro e pega o papel da mão de Christian. Seu braço escova meu ombro no processo e eu juro que ele fez isso de propósito. Eu não volto a olhar para o que ele faz com o papel, mas assim como Christian está prestes a dizer algo para ele, seu rosto muda e é como se ele reconhecesse o cara. Ele faz uma pausa por apenas um segundo antes de voltar a receber ordens. Por mais que o cara atrás de mim tenha sido grosseiro, ao tirar o papel da mão de Christian, espero que ele não esteja escrevendo seu número novamente. Eu realmente não quero que seja estranho porque não tenho intenção de ligar para ele. Não há atração ou faísca entre nós, apesar de eu gostar da nossa conversa fiada. Eu não quero estragar isso, principalmente porque Elvis não me deixaria parar de vir aqui.


—O de sempre, Aiden? — Christian pergunta. Ele claramente conhece o cara e eu soltei um pequeno suspiro de alívio. Talvez sejam amigos e mexem um com o outro. Eu passo para o lado, e embora eu me mexa, Elvis não se move. Ele mantém sua bunda plantada onde está e eu sei que ele não vai se mover até que ele pegue um pedaço de bacon. Oh, eu poderia tentar puxá-lo, mas mesmo que ele pareça gorducho, tem muito músculo nele. Ele não vai a lugar nenhum se não quiser, a menos que você o carregue. Aiden resmunga uma confirmação para Christian, seguido por um comentário sobre pagar pela minha comida. Eu me pergunto se eu deveria dizer alguma coisa. Eu dou uma espiada no cara do terno porque sou incapaz de falar. Acho que ele pode falar algo sobre Elvis, mas quando olho para ele, ele está olhando diretamente para mim. Eu olho para longe e finjo que não estou tentando dar uma olhada nele, mas tenho a sensação de que não sou muito sutil. Eu faço de novo, mas dessa vez eu inclino minha cabeça e dou uma olhadinha de rabo de olho. Seus olhos se prendem aos meus e ele fica lá olhando abertamente para mim. Ele não está tímido com isso e não tenta se esconder como eu fiz. Ele é ousado enquanto me observa e parece que está tentando me entender. Quando meu telefone vibra de novo, olho para baixo. Gia: Você está certa. Não tenho certeza de como durou tanto tempo. Eu ri.


Eu: Faz duas semanas. A resposta da Gia é instantânea. Gia: Você o viu! Eu rio mais forte desta vez. Ele é bonito, embora não seja o meu tipo. No pouco tempo que eles estão namorando, posso dizer que eles se encaixam muito bem. Sua personalidade tagarela e alta, compensa o oposto que ele é. Não tenho certeza se tenho um tipo. Eu olho para Olhos Cinzas, que se aproximou de mim. Eu passo ao redor de Elvis para deixar alguém pedir, mas ele ainda me olha. Desta vez, as bordas de seus lábios se levantam em um sorriso e ele levanta o papel que tirou de Christian. Eu vejo quando ele joga na lata de lixo ao lado dele e faz questão de querer que eu o veja fazer isso. Minha boca se abre, mas não sei se quero rir ou chamá-lo de bastardo arrogante. Mesmo com ele encarando abertamente e os comentários que ele fez, ele realmente não transmite uma vibração de ser um idiota. —Caroline. — Christian chama meu nome e segura meu pedido. Eu vou pegá-lo, mas Aiden faz isso. —Come comigo? — Ele pergunta, olhando para mim. —Tem certeza que você tem tempo? Você parecia estar com pressa há alguns momentos atrás, — eu o lembro de seu comentário anterior e levanto uma sobrancelha para ele. —Eu tenho todo o tempo que você me der. — Sua resposta é suave, mas sem remorso. Eu lambo meus lábios, de repente secos, e


seus olhos brilham com o movimento. Ele está gostando do que quer que isso que estamos fazendo seja. É então que eu sinto as borboletas dançando dentro do meu estômago e isso me faz sorrir. —Você está com a comida do Elvis. Ele vai te seguir em qualquer lugar agora, — eu digo a ele, e ele solta uma risada profunda. —Eu vou ter que me lembrar disso, — diz ele enquanto olha para Elvis. —Eu vou liderar o caminho, — diz ele, e eu o sigo enquanto atravessamos a rua movimentada em direção ao parque. Ele encontra uma mesa vazia para nós sentarmos e Elvis late com impaciência. —É melhor você dar o bacon dele ou você terá um inimigo jurado. —Não iria querer isso. — Ele pega o pequeno prato que está com o meu hambúrguer. Tem cinco tiras de bacon. —Eu vou precisar de você aqui do meu lado, — diz Aiden para Elvis tão baixo que quase não ouço. Ele dá um tapinha na cabeça antes de colocar a comida no chão e se inclinar para trás. De repente eu me sinto tímida quando o foco dele está de volta em mim. Minha fome se foi agora e um milhão de borboletas preencheu o espaço. Ele empurra minha comida para mim e sorri. —Ketchup? — Ele pergunta, apontando para minhas batatas fritas. Eu aceno e vejo quando ele abre os pequenos pacotes de ketchup. Ele faz uma pilha para mim e isso é estranhamente doce. —Coma, Caroline, — ele me diz.


A maneira como ele diz meu nome em sua voz profunda faz com que arrepios percorram minha pele. O que está acontecendo comigo? Ele pega uma das minhas batatas fritas e traz à minha boca. É então que percebo que estava sentada olhando para ele. Eu abro minha boca e deixo que ele me alimente de batata frita. Ele sorri e eu me vejo pegando meu x-burger e dando uma grande mordida. É uma maneira rápida de garantir que eu não tenha que falar, mas ele alcança o seu ao mesmo tempo. Nós dois comemos, mas é difícil me concentrar quando ele está assistindo a todos os meus movimentos. Quando Elvis late, Aiden tira um pedaço de seu hambúrguer e joga para ele. —Ele nunca vai te deixar sozinho agora, — eu digo a ele antes de dar outra mordida na minha comida. —Desde que você vai onde ele vai, não vejo problema com isso. — Eu abaixo meu queixo e minhas bochechas queimam. Ele está flertando comigo? Eu não tenho ideia de como fazer isso, então tento mudar de assunto. —Então, você trabalha por aqui? — Eu pergunto. —Ali. — Ele acena para o prédio onde o trailer de comida está sempre estacionado em frente. Não admira que ele e Christian se conheçam. —Como é que eu nunca te vi aqui antes? —Eu não moro aqui há muito tempo, mas eu como muito no trailer. É o favorito de Elvis. —Bom saber. — Ele diz isso como se estivesse tomando notas.


Eu olho para baixo e percebo que comemos toda a comida e tenho certeza que ele precisa voltar ao trabalho. E também é hora de levar o Elvis para casa. Eu sei que não conversamos muito, mas sinto uma conexão estranha com ele e não quero ir embora tão cedo. E se eu não o ver de novo? É uma pena que eu não tenha coragem de pedir o número dele ou o que quer que seja que as pessoas façam agora. Gia saberia. —Eu deveria deixar você voltar ao trabalho. E preciso levar o Elvis para casa. Talvez eu trombe com ele novamente. Nós dois nos levantamos e Elvis me puxa para mais perto de Aiden enquanto caminhamos até as latas de lixo. Nós dois rimos quando ele faz um círculo e se enrosca todo em torno de Aiden antes que eu possa libertá-lo. —Eu vou levá-lo para casa então, — ele diz para Elvis enquanto se inclina e o acaricia. É como se eles tivessem planejado isso juntos. —Tá tudo bem, eu posso fazer com que ele venha comigo. — Mas eu sinceramente não sei se isso é verdade. Elvis encontrou um novo melhor amigo que continua lhe dando comida. Eu não culpo Elvis, no entanto. Eu também quero segui-lo também. Há algo misterioso sobre Aiden, e quanto mais eu penso sobre como ele pegou o número de telefone de Christian para que eu não pudesse pegá-lo, mais minha opinião muda sobre isso. Inicialmente eu pensei que era rude, mas agora eu acho... sexy.


—Eu quero, — ele me diz, e aqueles olhos cinzentos encontram os meus. —Eu gostaria de ter tanto tempo com você quanto eu posso conseguir.


—Você tem certeza de que esses sapatos aguentarão a caminhada? — Ela pergunta enquanto olha para os meus pés. —Até onde vamos caminhar? — Eu digo com uma risada, pensando que não pode ser muito longe. —Cerca de dez quilômetros. — Meus olhos se arregalam e ela ri enquanto balança a cabeça. —Estou brincando. São apenas quatro quarteirões. Mesmo que sejam apenas quatro quarteirões, sei que meus pés vão doer. Eu normalmente não tenho que andar muito quando estou vestido para o trabalho, e quando eu tenho que andar longas distâncias eu sempre estou de tênis. Meus pés provavelmente irão me matar quando caminharmos os quatro quarteirões, mas valerá a pena. —Então, o que você faz, Aiden? Eu amo o jeito que ela diz meu nome. É como se ela estivesse feito isso a vida toda. É fácil e parece tão doce. —Eu trabalho no negócio da família. —Então na máfia? — Ela olha para mim e seu sorriso é contagiante.


—Só meio período quando eles precisam de músculos, — eu brinco, e vejo ela se virar e morder o lábio. —Não, é muito menos glamoroso que isso. Eu dirijo uma empresa de transporte, que meu pai começou, que envia tecidos para todo o mundo. É difícil ver sua expressão quando estamos andando na mesma direção, mas estou tentando olhar para ela sem tropeçar nos meus pés. —É, fique com a história da máfia. É muito melhor. Eu rio e não me lembro da última vez que sorri tanto. Não é que eu não seja uma pessoa feliz no geral, mas há algo acontecendo aqui agora e eu nunca senti isso antes. —Conte-me tudo sobre Caroline. — Eu olho para Elvis e depois para ela. —Além do fato de que você tem um chefe peludo. Ela ri e eu amo o som disso. Seria minha imaginação que estou tendo essa conexão como nunca antes? Deus, e se isso for unilateral? —Eu sou passeadora de cães. —Eu posso ver isso, — eu brinco e ela balança a cabeça. —Não só com Elvis, mas com muitos chefes peludos. Tenho cerca de trinta agora e ando com eles durante a semana. —De uma vez? Como isso é possível? Você é tão pequena. — Meus olhos percorrem seu corpo de cima a baixo, e acho que ela não é tão pequena em certos lugares, mas a faixa de pedestres à frente não permite que eu me demore em seu corpo por muito tempo. É provavelmente a melhor coisa de qualquer maneira, porque se meu pau ficar mais duro, eu não serei capaz de andar.


—Normalmente não. Eu os levo em turnos. — Eu aperto o botão e Elvis se senta e espera que a luz mude. —Ele é meu idosinho e não gosta de andar tanto quanto costumava. Quando a luz muda, saímos do meio-fio, mas Caroline é empurrada para trás pela coleira. Nós nos viramos para ver Elvis sentado lá imóvel enquanto ela o puxa. —Oh garoto, não faça isso comigo. — Ela se inclina e eu posso ouvi-la falando através de seus dentes. —Não me envergonhe. Ela lhe dá outro puxão, mas o cachorro já se decidiu. Ele não vai a lugar nenhum. Caroline suspira e eu tento segurar o meu sorriso quando ela coloca o rosto nas mãos e depois balança a cabeça. —Sinto muito, ele está ficando pior sobre isso. Eu acho que ele sabe que eu vou carregá-lo, então ele desiste. —Espere, você tem que carregá-lo? — Eu olho para o cachorro cansado e juro quando Caroline vira a cabeça e pisca para mim. —Sim, está se tornando um hábito. — Ela se inclina para pegálo e eu passo ao lado dela. —Aqui, deixa eu te ajudar. —Não, não faça isso. Você vai sujar o seu terno. — Ela olha para mim com uma expressão chocada quando eu pego o cachorro e começo a andar. —Sério, Aiden, tudo bem. Eu posso fazer isso. —Eu diria que ele pesa cerca de cinquenta quilos. — Eu olho para ela e ela concorda. —Você já teve que carregá-lo todo o caminho para casa?


—Bem, não todo o caminho, — diz ela e morde o lábio. —Mas tenho certeza que posso administrar. Ela é pequena. Não tem como ela levar esse cachorro para onde ela está indo. Elvis se aconchega em mim e sinto seu nariz molhado na minha bochecha. —Eu acho que ele está feliz onde ele está. —Eu acho que você está certo. — Seu sorriso poderia iluminar o caminho para casa, se fosse no meio da noite, e eu preciso que ela continue fazendo isso. —Você disse que não está aqui há muito tempo. Você está gostando de Chicago até agora? —Eu estou amando. Ela está animada enquanto fala sobre se mudar para cá e falar sobre sua melhor amiga, que é com quem ela mora. Ela fala sem parar sobre encontrar clientes e como abandonou a escola, mas foi a melhor decisão de sua vida. Eu aprendo muito sobre ela na caminhada até a casa dela, mas quando chegamos lá não é suficiente. Eu quero que ela continue falando e me conte todos os momentos de sua vida, mas como eu explico isso sem parecer louco? —Este é o meu, — ela diz quando chegamos ao seu prédio. Ela me apresenta ao porteiro e subimos o elevador. Acho que Elvis ficaria feliz em descer, mas não quero que nosso tempo acabe. Quando chegamos ao andar dela, ela destranca a porta e eu coloco Elvis no chão. Ele imediatamente corre para dentro e para um sofá próximo, mas Caroline está na porta, não me convidando para entrar.


—Gia está em casa? — Eu pergunto e Carolina balança a cabeça. —Ela tem aula até tarde hoje. Só vou deixar Elvis e tomar um banho antes da minha próxima rodada de cachorros. Um flash de seu corpo, nu e com sabão, entra em minha mente e eu tenho que engolir o nó na garganta. Ela é tão linda que quase dói olhar para ela assim. —Eu convidaria você para entrar, mas eu não deveria trazer estranhos para casa, — ela diz, e lá vai ela de novo mordendo aquele lábio maldito. —As regras são da Gia, não as minhas. Eu estendo minha mão e depois de um instante ela desliza a dela para a minha. —Prazer em conhecê-la. —Prazer em conhecê-lo, — ela diz enquanto olha para mim através de seus cílios. Eu não posso me segurar quando me inclino para perto até que estamos a uma curta distância. —Agora não somos mais estranhos, — eu digo pouco antes de eu tocar suavemente meus lábios nos dela. Ninguém pode nem chamar isso de beijo, é tão leve e rápido, mas é suficiente para saciar a fera dentro de mim por enquanto. —Eu vou te ver amanhã? — Eu digo enquanto relutantemente solto a mão dela e dou um passo para trás. Precisando vê-la novamente. Ela balança a cabeça ligeiramente enquanto leva os dedos à boca e toca os lábios. Eu fico lá e espero enquanto ela fecha a porta e então eu me afasto quando a ouço o trancar da porta.


Eu sorrio para mim mesmo quando penso que ainda hoje eu estava com esperanças de encontrar minha paixão.


—E então ele apenas te beijou e foi embora? — Gia pergunta com os olhos arregalados. —Sim, — eu digo. E como um pouco do meu cereal e tomando uma xícara de café. —E agora ele vai voltar esta manhã? — Ela é tão exagerada sobre isso que me faz rir. —Ele me disse que queria ver como alguém do meu tamanho poderia andar com todos os cães de uma vez. — Eu dou de ombros porque achei que era meio fofo. —Eu não posso acreditar que você mostrou um estranho onde você mora. — Ela começa a andar e eu tenho certeza que neste momento ela está falando sozinha. —Mas ele carregou Elvis quatro quarteirões e isso não é fácil. — Ela se vira e anda para o outro lado enquanto pensa mais um pouco. —Ele não tentou estuprar e matar você no segundo em que você o encontrou, então isso poderia ser um bom sinal. Mas talvez ele esteja voltando hoje para terminar o trabalho. —Gia? — Eu digo, e ela faz uma pausa para olhar para mim. —Bem, está resolvido. Eu tenho que estar aqui quando ele vier esta manhã para ter a certeza que você não vai morrer. Espero que esteja feliz.


Eu balancei minha cabeça e saí para me arrumar. Quando saio ela está no sofá com Elvis. Eu já o levei em uma caminhada rápida esta manhã, então ele vai ficar em casa. Gia não tem aula até as dez, então ela normalmente deita no sofá até que Marco venha buscá-la. —Vamos falar sobre a sua mensagem de ontem perguntando sobre desistir dele? — Eu levanto uma sobrancelha para ela e ela encolhe os ombros. —Ainda não aconteceu. Eu só queria fazer uma votação antes de tomar minha decisão. —Quando é o grande dia? —Eu acho que se você não for assassinada, eu vou te dizer, — ela diz, tentando mudar de assunto. Eu sei que ela está nervosa em desistir de Marco. Ela tem medo de que, por alguma chance insana, ele consiga sua virgindade e desapareça. Mas aquele cara rastejaria pela terra só para estar ao lado dela. Antes que eu possa responder a ela, há uma batida na porta e de repente eu estou cheia de pássaros em vez de borboletas. Eles estão batendo as asas como loucos quando eu atendo a porta e vejo Aiden parado ali. —Eu vejo que você se vestiu casualmente hoje, — eu digo, usando a desculpa de suas roupas para observá-lo, ele está vestindo jeans e uma camisa polo com tênis. —Você está linda, — diz ele sem tirar os olhos dos meus.


Eu estou vestindo jeans e uma blusa, mas de repente me sinto nua. Talvez eu esteja expondo muita pele porque é como se eu pudesse sentir suas mãos em mim, mesmo que ele esteja longe de mim. —Então esse é o cara, — diz Gia, andando atrás de mim. —Este é o cara, — eu repito, e para o crédito de Aiden, ele estende as mãos e dá uma volta no corredor para que possamos dar uma olhada completa nele. —Estou desarmado, — diz ele, e eu rio e o convido para entrar. —Eu só vou pegar as chaves e as guias e então eu estarei pronta para ir. —Eu não posso esperar para ver como isso vai funcionar, — diz ele, e Gia realmente bufa. —Parece que eles estão levando ela para uma caminhada, e não o contrário, mas ela gosta, — diz ela enquanto se inclina contra o balcão da cozinha. —Eu ouvi muitas coisas boas sobre você ontem, — diz Aiden, e Gia estreita os olhos para mim. —Que bom que ouviu. Ela parece mortal, mas eu sei que ela está apenas me provocando. Eu cutuco o braço dela quando eu ando e ela finge que eu a machuquei. —Eu vou te ver mais tarde, — eu digo a ela e saio com Aiden.


—Seja cuidadosa! Não morra! — Ela grita e eu fecho a porta na cara dela. —Desculpe por isso, — digo a Aiden quando entramos no elevador. —Eu gosto que ela cuide de você, — diz ele, e de repente eu sinto seus dedos contra os meus e então minha mão está na dele. Eu ia dizer outra coisa, mas de repente todos os pensamentos antes de ele me tocar foram embora. Quem diabos é esse cara e o que ele está fazendo comigo? No caminho para pegar os cachorros, passamos muito tempo conversando. Eu pergunto a ele mais sobre o que ele faz e de onde ele é. Eu não percebo o quanto estou sorrindo até meu rosto começar a doer. Ele me pergunta sobre todos os tipos de coisas, como filmes e comida favoritos, e o que eu gosto de fazer quando não estou andando com os cachorros. —Eu não pensei em perguntar, mas você mora na cidade? — Eu pergunto quando nós pegamos o último cachorro e estamos indo para o parque. —Agora eu estou apenas observando você maravilhado enquanto você gerencia todos eles, — diz ele, olhando para mim. —Eu tenho braços fortes, — eu respondo e pisco para ele e, em seguida, imediatamente me sinto tímida. —Eu moro perto do centro da cidade. Não muito longe. — Ele olha para longe de mim enquanto responde e depois muda de assunto. —Janta comigo esta noite?


—Ok, — eu concordo rapidamente, então eu me pergunto se talvez isso fosse muito rápido. —Bom, — ele diz e sorri para mim. Nós nos encaramos por um momento antes de me distrair com guias se enrolando e cachorros animados demais. Passamos o dia juntos e, quando pergunto sobre o trabalho, ele diz que tirou o dia de folga. Ele acaba me ajudando a andar com metade dos cachorros e depois que os deixamos, almoçamos em um café próximo. Nós nos sentamos do lado de fora, sob o sol, e eu nunca me senti tão leve e feliz assim antes. Minha atração por ele está fora de mim e nós falamos sem parar. Isso é o que eu sempre pensei quando as pessoas dizem que sabiam instantaneamente que a pessoa era a pessoa certa. Ele é encantador e doce e toda vez que ele me toca, algo brilha dentro de mim. Há um zumbido entre nós e tudo o que posso pensar é, quando ele vai me beijar de novo? —Eu preciso me trocar se vamos jantar, — eu digo enquanto olho para as minhas roupas. Elas estão principalmente cobertas com pelo de cachorro, mas um dos Jack Russell ficou animado e eu acabei com as pegadas enlameadas da minha calça jeans. —Por que eu não te deixo na sua casa e depois te encontro no restaurante, — ele diz, e eu concordo. Nós andamos de mãos dadas até o meu apartamento, e todo o caminho estou nervosa. Eu aceno para o porteiro e vamos até a minha porta. Eu estou tentando o meu melhor para me controlar. O


que eu quero fazer é pular em seus braços, mas não quero que ele pense que sou uma pessoa louca. Ficamos em silêncio enquanto subimos o elevador, mas a sensação rítmica de seu polegar indo e voltando sobre o meu está se ampliando para cada nervo do meu corpo. Eu quase pulo para fora do meu corpo quando o elevador toca e nós saímos. Eu destranco a porta e entro para dizer-lhe adeus. —Eu acho que vou ver você daqui a p.... Eu sou interrompida quando Aiden me agarra em seus braços e pressiona seus lábios nos meus. Minhas costas atingem a parede e ele me beija como se estivesse esperando o dia todo para fazer isso. Estou chocada por apenas um segundo, antes de me entregar. Eu envolvo minhas pernas em volta de sua cintura e gemo quando ele me aperta contra a parede. Quando eu sinto sua língua tocar a minha eu gemo com o quão bom é sentir isso. É assim que é ser completamente consumida? Ele empurra sua parte inferior contra a minha e o topo duro de seu pênis está esfregando exatamente o lugar certo. Suas mãos estão na minha bunda e ele está me segurando mais perto dele enquanto ele me afunda na parede. Eu nunca estive tão excitada na minha vida e ele está apenas me beijando. —Mais, — ele pede enquanto sua boca se move no meu pescoço e ele me beija lá. —Estou morrendo por você. Ele puxa a frente da minha blusa e sinto seus lábios na carne dos meus seios acima do meu sutiã. Eu quero que ele puxe o sutiã e chupe meus mamilos, mas eu perdi a habilidade de falar.


Ele está em toda parte de uma vez e eu estou cercada de seu perfume. Ele é tão grande e forte e me sinto delicada em seus braços. Eu não sei se estou respirando sozinha ou se ele assumiu isso completamente. —Me diga para parar. — Ele olha para mim com aqueles olhos cinza escuros e eu posso dizer que ele está no limite também. —Você tem que me parar. Eu corro minhas mãos pelo cabelo dele e fecho meus olhos. — Eu não quero que você pare, — eu sussurro antes de abri-los novamente. —Eu deveria, — diz ele, apertando minha bunda e esfregandome contra ele novamente. —Por favor. Ele está me implorando agora e por alguma razão eu amo que ele está me dando todo o poder. Ele está no controle, mas com uma palavra eu posso parar isso. Eu fui honesta quando disse que não queria que ele parasse, mas posso ver que ele precisa de mim para dizer a ele que pare, por algum motivo. Eu não quero fazer algo que ele vai se arrepender ou se for longe demais, rápido demais. Eu sei em meu coração que ele faria o mesmo por mim, então mesmo que eu não entenda, eu sei que precisamos nos acalmar. —Me dê mais um beijo, e então vá se preparar para o jantar, — eu digo. Seus lábios estão nos meus antes de eu mal dizer as palavras e é mais apaixonado do que antes. Talvez porque ele esteja aproveitando e me saboreando em vez de ser apressado e desesperado. Seus lábios são cheios e macios contra os meus e ele


tem gosto de chocolate. Eu poderia beijá-lo assim por horas, mas depois de alguns momentos ele separa nossos lábios e pressiona sua testa na minha. —Obrigado, — diz ele, e eu solto uma risadinha. —Você também é ótimo nisso, — eu digo, e então ele se inclina para trás sorrindo para mim. Quando ele me libera minhas pernas balançam um pouco e ele me ajuda a me estabilizar antes de dar um passo para trás. —Ok. Vejo você em uma hora, — ele diz enquanto se afasta de mim como se estivesse se forçando a me deixar. —Uma hora, — eu confirmo, tocando meus lábios. Eles provavelmente estão vermelhos e inchados de seus beijos, mas eu não me importo. Eu amo a sensação dele contra mim e já estou necessitada de mais. —Quarenta e cinco minutos, — diz ele enquanto agarra a maçaneta. Eu rio e então ele suspira e balança a cabeça. —Meia hora. Seja rápida, — diz ele, depois sai correndo pela porta. Eu sorrio novamente e então estou em movimento porque não tenho muito tempo. Eu posso estar correndo por aí como uma louca, mas o tempo todo eu estou sorrindo como uma lunática.


—Aonde está o Marco? — Eu pergunto a Gia quando eu entro na sala para ver o que ela pensa sobre o que eu estou vestindo. É um vestidinho preto que se abraça na parte de cima e se encaixa na cintura. É na altura do joelho e simples, então eu decidi usá-lo com meus sapatos azuis favoritos. Há brilhos nos saltos grossos e eu amo como eles são confortáveis. Esta é a terceira roupa que eu experimentei e acho que vou com essa. Talvez. É difícil escolher a coisa perfeita para usar quando não tenho ideia de onde vamos comer. Não ajuda que eu não possa me concentrar em nada, a não ser nos amassos que demos. Meus lábios ainda formigam e meu coração palpita. Se ele não tivesse me pedido para dizer a ele para parar eu não teria. Eu acho que sei o quão longe as coisas teriam ido e eu acabaria na cama com ele. Gia está toda vestida e está sentada no sofá ao lado de Elvis. Ela está usando chinelos e puxou o cabelo para cima. Ela faz uma pausa quando me vê, e você pode achar que eu peguei ela fazendo alguma coisa errada, devido a sua surpresa. —Gia? Eu pensei que ela iria sair hoje à noite e que esta poderia ser a noite para ela e Marco selarem o acordo. E se for a noite para mim também?


—Eu disse a ele que tínhamos planos, — ela corre para dizer, e agora eu entendo seu olhar culpado. —Você mentiu para ele? — Estou chocada porque não é algo que ela faça. —Não é mentira. Eu pretendo sair com você antes de sair. — Eu levanto minha sobrancelha para ela. —Estou apaixonada por ele. — Ela cai de volta no sofá e solta um suspiro. —Eu sei que você o ama, — eu rio, caminhando e me sentando ao lado dela. Eu pego a mão dela na minha e aperto. —Por que isso é tão assustador para você? —Por que ele não me disse isso? — Ela pergunta. Eu sei que algumas pessoas podem pensar que é loucura que Gia quer que ele diga eu te amo quando eles não namoram há tanto tempo, mas eu os vi juntos. Inferno, depois das últimas vinte e quatro horas, se eu continuar me sentindo como estou sentindo, eu vou estar onde ela está em breve. —Talvez dizer essas palavras não seja tão fácil para ele. Nem todos nós crescemos em famílias onde dizer amo você seja tão fácil quanto respirar. A família de Gia é carinhosa, e ela e Yana são as únicas duas pessoas que disseram essas palavras para mim. Eu nunca ouvi meus pais dizerem isso um para o outro, muito menos para mim. Sua cabeça se ergue para olhar para mim. —Oh Deus, você está certa. — Compreensão desponta nela. —Eu deveria ter dito a ele na


primeira vez que senti isso. Aposto que ninguém nunca disse isso a ele antes. — Eu ouço a tristeza por ele em sua voz e isso me faz pensar que tipo de vida Marco tinha e se não era muito diferente da minha. —Você será a primeira pessoa a dizer isso a ele, mas isso é realmente especial. — Eu tento ajudá-la a ver o lado bom das coisas. Eu sei que ela vai dizer o suficiente para ele, e compensar anos que ele nunca ouviu isso. É assim que Gia é. —Eu vou casar com ele, — acrescenta ela, ela balança a cabeça. —Deus, eu te amo, — eu rio e a aperto. —Amo você também. — Ela me cutuca com o ombro. —Você vai sair com o seu homem agora? Ela suspira e enfia os pés embaixo dela. —Ele me disse que ele iria para um jantar de negócios se eu tivesse planos, mas ele ia me ligar depois. —E por ligar, você sabe que significa aparecer aqui, certo? —Eu sei. — Ela sorri. —Ele me ama. Talvez ele não saiba o que é isso, mas ele me ama. Eu sou tão estúpida. —Não, você não é. Pode ser difícil ver como alguém é, quando você é criado de forma diferente. Por tudo que você sabe, ele pode estar se segurando para dizer isso porque acha que pode assustá-la. Ele já está querendo apressar as coisas. — Eu não posso esperar para ele para conhecer sua família. Eu quero ser uma mosca na parede. Tenho tanta certeza de que Marco pode lidar com eles, que aposto que ele será um deles em pouco tempo.


Gia pega seu telefone e eu sei que ela está mandando mensagens para ele. Meu telefone toca ao mesmo tempo e eu o pego na mesa lateral. Aiden: Me desculpe, querida, mas tenho que cancelar. Eu esqueci que eu disse a um amigo que iria a um evento com ele hoje à noite. —Ele está cancelando. — Eu deixo meu telefone no colo, sabendo que deveria dizer a ele que está tudo bem. Se eu tivesse planos para hoje à noite eu teria esquecido tudo sobre eles também quando ele me convidou para jantar. Eu estive tão focada naquele momento que o resto do mundo desapareceu. Eu só posso esperar que foi isso o que aconteceu com ele também e ele não está me dispensando. Gia pega meu telefone e lê a mensagem. Ela não diz nada enquanto a estuda por um momento. Eu sei que ela está pensando demais em tudo da sua vida. —Eu quero chamá-lo de idiota, mas aquele beijo que você me contou, era quente demais para ele não ter interesse. Meu telefone toca de novo na mão dela e ela consegue ver antes de mim. —Ele não está mentindo. Ela me devolve meu telefone e eu leio o que ele me mandou. Aiden: Posso ligar depois? —Os homens odeiam falar ao telefone, então se ele quiser ligar para você depois, ele está falando sério, — diz ela com um sorriso confiante.


Meu telefone começa a tocar na minha mão e o nome de Aiden aparece. —Ele disse depois. — Eu mostro a Gia que é ele e, por um segundo, hesito. —Atenda, — ela ordena, e eu deslizo o dedo pela tela. —Hey, — eu digo quando atendo. Ei? Mesmo? Isso soou tão fraco na minha cabeça quanto em voz alta? —Você não respondeu, eu precisava ouvir sua voz. Sua voz me lembra do primeiro momento em que o conheci e ele estava criticando Christian. Eu não sei porque, mas isso me faz sorrir e me aquece toda. —Eu estava prestes a responder, mas você não me deu muito tempo, — eu rio, e aproveito o quão impaciente ele estava pela minha atenção. Não é algo que eu estou acostumada. —Me diga que posso passar aí depois. — Desta vez ele não está perguntando e sua necessidade de me ver me faz sorrir. —Passar aqui por que? Uma rapidinha? — Gia pergunta e aparentemente sua audição é tão boa quanto a de Elvis. Eu bato na coxa dela e ela solta um grito exagerado. Aiden ri. —Eu não vou cruzar o limiar da porta da frente. Eu só quero um beijo de boa noite. E se eu quiser que ele cruze o limiar? —Eu me lembro que não isso não foi tão bem há pouco tempo atrás. — Meu rosto aquece e a boca de Gia se abre em surpresa com o quão ousada eu estou sendo.


Eu me levanto do sofá e me afasto de Gia. Isso parece tão íntimo, estar ao telefone juntos, e eu realmente odeio que ele não volte mais cedo. Ele geme. —Eu preciso ver você hoje à noite. Já está me matando tendo que cancelar. — Eu posso realmente ouvir a dor em sua voz. Eu não deveria gostar tanto quanto eu gosto, mas estou feliz por não estar sozinha nessa dor. —Ok. Venha e me dê um beijo boa noite. — Os últimos 30 minutos esperando que ele voltasse foram quase impossíveis, então eu não tenho ideia de como vou passar as próximas horas. —Eu estarei aí, — ele me diz. Ele está quieto por um momento e não tenho certeza se devo dizer tchau. —Caroline. — Ele suspira meu nome e há saudade em sua voz. —Eu estarei pensando em você a noite toda até que eu te veja de novo. —Bom, — eu provoco ele. —Você vai sentir falta do vestido que eu coloquei, no entanto. — Ele geme de novo e sinto meu aperto no centro. —Eu vou te ver em breve. —Isso é uma promessa, — diz ele, e eu termino a ligação. Eu quero que ele faça o que for necessário para que ele possa chegar em breve. —Duas garotas vestidas e sem lugar para ir, — diz Gia do sofá. É então que eu lembro que tinha planos para hoje à noite. Eu estava em cima do muro para ir porque não queria ir sozinha. —Em vez de assistir os minutos passarem até que possamos ver nossos homens...


—Você o chamou de seu homem! — Gia grita, me fazendo corar nas bochechas. Eu a ignoro e continuo. —Poderíamos ir ao evento que ganhei os ingressos algumas semanas atrás. — Eu a lembro dos ingressos que a Sra. Badger me deu porque ela não conseguiria ir. Ela foi uma das minhas primeiras clientes dona de cachorro e ela era tão boa para mim. Deixei os ingressos de lado pensando se talvez fosse um bom lugar para encontrar clientes. O evento é para uma instituição de caridade de resgate de animais, então as pessoas que frequentam provavelmente têm animais, e é tudo por uma boa causa. —Vamos fazer isso então. — Gia pula do sofá e nos recompomos antes de pegarmos nossas bolsas e ir embora. Nós pegamos um táxi e logo estamos chegando do lado de fora do hotel onde eles estão tendo o evento. Eu vejo que algumas pessoas trouxeram seus animais de estimação com eles e eu sorrio. Acho que Elvis está melhor em casa no sofá, tirando o sétimo cochilo do dia. —Espero que eles tenham algo para comer, — diz Gia. —Eu esqueci de comer antes de sairmos. —Nós podemos pegar algo depois. Tenho medo de que algumas dessas coisas não sejam para nós. — Eu aponto para uma bandeja que um garçom está segurando. Parece extravagante, mas tenho certeza que é tudo para os cães. —Sim, eu não vou me arriscar. — Mesmo quando Gia diz as palavras, seus olhos seguem outra bandeja que passa por nós.


Eu rio enquanto cada uma toma uma taça de champanhe e se mistura por um tempo. Eu me deparo com algumas pessoas para quem eu realmente trabalho e me apresento para mais algumas. —Acho que eu deveria ser voluntária, — digo a Gia. —Eles estão fazendo muita coisa boa aqui. —Eu estava pensando a mesma coisa. Talvez... — Suas palavras se apagam um momento depois e eu sigo sua linha de visão. Ela inclina a cabeça e eu estou em choque. —É aquele—Aiden, — eu termino por ela e sorrio quando o vejo. —Quais são as chances? — Estou delirantemente feliz em vê-lo. Ao vê-lo agora em seu traje casual, acho-o incrivelmente mais atraente. Ele está com um par de calças e camisa de botão com o botão de cima desfeito. Seu cabelo está um pouco bagunçado e eu sei que ele esteve passando as mãos por ele. Eu posso dizer que ele está tentando ser legal com quem ele está falando, mas de alguma forma, eu sei que ele está pronto para ir. Eu vejo quando ele pega seu telefone e me pergunto se ele está verificando o tempo ou vendo se eu mandei uma mensagem para ele. Talvez eu devesse, mas não queria incomodá-lo enquanto ele estivesse em seu evento. Como se sentindo meus olhos nele, ele levanta a cabeça do seu telefone e ele olha diretamente para mim. Eu vejo seu rosto se iluminar com um sorriso e começo a me mover em direção a ele. Seu sorriso cai um pouco quando ele se levanta um pouco mais alto. Ele parece um pouco mais rígido do que quando eu o notei pela primeira vez, mas não consigo entender por quê.


—Ei, — eu digo quando finalmente chego a ele. Parece que ele está prestes a me pegar, mas para. —Oi, — ele diz depois de uma batida. —Você está bonita. Algo sobre o jeito que ele está olhando para mim parece distante. Ele não está se inclinando para me beijar ou se aproximar. Ele não me toca de forma alguma, quando mais cedo hoje ele não conseguia tirar as mãos de mim. O que mudou? São as pessoas ao nosso redor? Eu sei que ele tem dinheiro, então a minha presença o embaraça? —Obrigada. — Eu coloco meu cabelo atrás da minha orelha, de repente me sentindo tímida. Talvez ele pense que eu o persegui. — Quais são as chances né? Eu recebi os ingressos de uma cliente, — digo a ele com pressa enquanto tento explicar. —É por isso que estou aqui. Gia está ao meu lado e seus olhos vão e voltam entre nós. Ela pode sentir que algo está errado também. Uma longa pausa cai entre nós e é tão estranho que eu acho que poderia ter confundido o Aiden que conheço com esse parecido com ele. Então é como se o tempo parasse quando uma mulher morena caminha e desliza ao lado de Aiden. Eles ficam tão perto por um momento e eu me convenço que ela vai dizer que é sua irmã ou algo assim. —Você não vai apresentar a sua esposa? — A bela morena ri como se Aiden não tivesse boas maneiras e ela está repreendendoo.


Demoro um momento para perceber o que ela disse e ainda assim meu cérebro não quer processar isso. Sua esposa. Meus olhos voam para a mão dele, mas não há anel em seu dedo. Ela olha para a minha linha de visão e meu estômago começa a se agitar. —Esposa? — Gia sussurra ao meu lado enquanto ela já está presa ao que está acontecendo. Eu sinto sua mão voar para o cotovelo e me segurar firme. —Onde está o seu anel, Aiden? — A morena pergunta. —Que porra é essa?! — Gia grita, e eu seguro meu braço para bloqueá-la para que ela não possa seguir em frente. —Não. Não vale a pena, — eu digo para ela, meus olhos voando para a mulher morena. Ela tem um olhar malicioso no rosto, mas a culpa me incomoda. Eu beijei o marido dela e tinha planos de fazer muito mais com ele. —Ele não vale a pena, — digo a morena, esperando que ela receba a minha mensagem. Eu me viro e puxo Gia comigo antes que ela possa causar uma cena. É a última coisa que quero. Agora, preciso sair daqui antes que a dor me pegue. Eu ouço Aiden dizer meu nome, mas eu continuo me movendo através da multidão com Gia ao meu lado. —Sinto muito, — diz ela quando atravessamos as portas do prédio e para o ar da noite. —Eu só quero sair daqui, — digo a ela, lutando contra as lágrimas que estão desesperadas para fluir livremente. Eu não vou fazer isso aqui, mas tenho que me apressar.


Em questão de segundos, ela me coloca em um táxi e sua mão apertada na minha. Como pode doer tanto perder algo que, para começar, nunca foi realmente meu?


—Sério, Savannah? — Eu digo quando me viro para olhar para ela. —Sério, Aiden? — Ela imita minha voz e revira os olhos. —Meu pai estava ao nosso lado. O que diabos você estava fazendo? —Eu não sei! — Eu grito quando bato a porta da limusine e me afasto do meio-fio. —Leve-a para casa e deixe ela lá. Eu preciso voltar para a cidade, — eu digo, puxando meu telefone para mandar uma mensagem para Caroline. A primeira é marcada como entregue, então o resto não passa. Eu solto um grunhido frustrado enquanto tento ligar para ela, mas diz que não consigo alcançar o número que estou tentando ligar. Ela me bloqueou. —Porra, — eu murmuro e enfio o celular no bolso. —Aiden, o que está acontecendo? Quem era aquela garota? —Eu vou explicar mais tarde, — eu digo, inclinando-me para frente para gritar para o motorista. —Você pode acelerar, por favor? —Diga-me o que diabos está acontecendo. Eu nunca vi você assim antes, — ela diz. Ela está me olhando com uma mistura de choque e medo.


—Eu a conheci no parque. Pedi a ela para jantar comigo esta noite, mas me esqueci que lhe disse que iria com você para o coquetel. — Eu solto uma respiração frustrada e esfrego as costas das minhas mãos contra os meus olhos. —Você sabe alguma coisa sobre ela? — Suas sobrancelhas se juntam em confusão. —Você não pode simplesmente sair ao ar livre assim. Veja o que quase aconteceu hoje à noite. Concordamos que, se você quisesse fazer isso, seria discreto. —As coisas aconteceram. Eu me empolguei, — eu digo quando olho para ela. —Ela é diferente. —Ela parecia desesperada, — diz Savannah e revira os olhos novamente. —Você parece uma puta agora, — eu cuspo. Não quero que ela fale mal de Caroline. —Aiden, — ela olhou para mim como se eu a tivesse roubado seu feliz para sempre de dela. —O que você realmente sabe sobre ela? Porque eu garanto a você, ela sabe que você é rico. —Isso é o bastante! — Eu grito e estou surpreso com o meu tom. Não sou daqueles de me exaltar com essas coisas. A piada sempre foi que eu concordaria em deixar alguém nos matar em vez de ser rude e pedir para que eles saíssem. Mas agora, a única coisa que sinto é raiva. Estou com raiva por ter concordado com esse casamento falso com Savannah, estou com raiva porque a noite foi arruinada por causa disso, e estou com raiva por não conseguir ir até a Caroline o mais rápido que quero.


Savannah solta uma risada sem humor e cruza os braços. — Você pode ficar chateado se quiser, Aiden, mas eu conheço você há muito, muito tempo. E se você acha que eu vou deixar alguma aproveitadora entrar e invadir sua vida sem qualquer tipo de problema, então você realmente não me conhece. —Eu sei agora que você está falando merda. Você não a conhece e não sabe o que sinto por ela. —Não me diga que você está apaixonado. — Ela ri de verdade dessa vez e é como ouvir unhas arranhando um quadro-negro. Eu olho pela janela e penso sobre o que sinto quando estou com Caroline. Eu nunca estive mais feliz do que quando ela está perto de mim. Nós falamos sem parar e é tão fácil. Não é assim que o amor deveria ser? Eu nunca estive apaixonado antes, então eu não saberia, mas eu sei que os sentimentos que tenho com ela, eu nunca quero que acabe. A limusine para e Savannah está ansiosa para sair do carro. Antes que ela feche a porta, ela olha para mim e estreita os olhos. —Vá em frente e se divirta, Aiden. Basta lembrar que você é rico e poderoso e não é o cara mais feio da cidade. As mulheres vão te usar e tentar te prender. Certifique-se de que ela não está tentando entrar em suas calças só para entrar em sua conta bancária. —Ela não é assim, — eu digo enquanto aperto a maçaneta da porta. Savannah me dá um sorriso de satisfação. —Olhe-me na cara e me diga que você não iria transar com ela hoje à noite se você não tivesse me prometido que ia comigo?


—Isso não é da sua conta, — eu digo, rangendo os dentes. —Faça o que você tem que fazer, mas deixe o lixo no meio-fio. — Ela bate a porta e antes que eu seja capaz de responder, o motorista pisa no acelerador e nós saímos. Eu não sei qual é o problema dela. Quando cheguei em casa, tinha intenções de me vestir e voltar correndo para ver Caroline o mais rápido possível. Mas quando cheguei lá, Savannah já estava vestida e sentada no bar da cozinha, esperando por mim. Eu não podia simplesmente deixá-la sozinha e me senti muito mal por já ter prometido e feito com que ela conseguisse os ingressos. Ela me disse que seu pai estava indo e eu sabia que não podia deixá-la ir sozinha. Ele é horrível com seus comentários sobre o peso e a roupa dela, até como ela usa o cabelo. Ela nunca está perfeita aos olhos dele e eu sabia que se ela fosse sem mim, seria ainda pior. É a razão pela qual nos casamos para começar. Não apenas nossas famílias organizaram, mas eu sabia que finalmente seria uma chance para ele se acalmar com ela. Não durou muito antes de começar os comentários sobre ela não engravidar. Não importa que nós dois somos virgens e nem sequer nos beijamos. Nós nem sequer fizemos isso no dia do nosso casamento. Fizemos o padre pular essa parte e nós andamos pelo corredor o mais rápido que podíamos. Isso tudo foi para fazê-lo feliz e levou algum tempo para perceber que ele nunca seria. Me apaixonar não fazia parte do acordo. Eu honestamente acreditava que isso nunca aconteceria. Eu apenas presumi que estava faltando aquela parte do meu cérebro que achava outras pessoas atraentes, fazendo de mim um marido perfeito para Savannah. Eu não tinha atração por ela e não precisaria ter minha


própria vida amorosa. Mas no momento em que vi Caroline tudo mudou. Eu me encontrei atento a cada palavra que ela dizia e incapaz de tirar meus olhos dela. O toque mais simples, o menor movimento e cataloguei tudo. Não havia nada nela que eu não notasse ou lembrasse e nunca fui assim antes. Conhecia Savannah toda a minha vida e não podia nem dizer qual é o seu sabor favorito de sorvete ou de que lado ela penteia o cabelo. Mas no tempo em que conheço Caroline, já memorizei tudo e estou desesperado por mais. Eu preciso conhecer todos os aspectos de sua vida e hábitos e, em seguida, quero fazer um futuro com ela. As palavras de Savannah me atingem no peito porque sei que são mentiras. Caroline não está apenas tentando pegar meu dinheiro. Ela trabalha duro pelo que tem e tem orgulho disso. Há tanta coisa que não sei, mas o que sei é que ela tem o coração mais gentil de alguém que já conheci na vida. O carro para do lado de fora do apartamento de Caroline e eu pulo para fora. Corro para dentro e aceno para o porteiro antes de subir no elevador e apertar o andar dela. Graças a Deus ela não disse a ele para não me deixar entrar. Eu tenho um pressentimento que se ela me expulsar agora, eu não vou ter essa sorte uma segunda vez, então eu rezo para que eu possa convencê-la a me ouvir. Chego até a porta dela e respiro fundo antes de bater. Assim que meus dedos se conectam com a madeira, a porta é aberta e Gia está correndo para o corredor. Eu olho por cima do ombro e vejo Caroline sentada no sofá com Elvis. —Caroline, me escute. Não é o que você pensa.


—Você é um idiota e um mentiroso, — Gia diz quando se aproxima de mim. Ela está agitando os braços enquanto ela grita. Eu não quero que ela me bata e eu não vou colocar a mão nela. Mas preciso que ela pare de gritar para que Caroline possa me ouvir. Então eu grito uma coisa que sei que vai receber a atenção de ambas. —Eu sou casado, mas eu nunca fiz sexo com ela, — eu deixo escapar, e Gia para. Não posso dizer ‘com minha esposa’ porque, embora possamos nos casar legalmente, ela não é minha esposa. —O que? — Suas sobrancelhas se juntam em confusão e Caroline se levanta do sofá para olhar para mim. —Eu nunca fiz sexo com ninguém, na verdade. — Eu deveria estar com vergonha, mas se isso é o que é preciso para fazê-la me ouvir, então eu farei isso. —Savannah é uma amiga da família que eu concordei em casar por causa de seu pai. Eu nunca a toquei. É um casamento apenas no nome. Eu estou dizendo a verdade. Todas as razões pelas quais eu concordei em casar com ela, no começo, não estão fazendo sentido pra mim como antes. —Ela com certeza não agiu assim, — diz Gia enquanto cruza os braços, não recuando. Caroline se aproximou da porta e eu tentei continuar falando. —O pai dela estava bem ao nosso lado. Ela tem que mostrar que é a esposa ciumenta porque é isso que ele espera. Não vou dizer que ela não estava sendo um pouco rude quando a conheceu pela primeira vez, mas ela tem boas intenções. Ela tem. Ela tem tanta coisa presa dentro dela que está prestes a explodir. Ela não sabe como lidar com isso e, para ser sincero, não sei como dizer a ela para


lidar com isso. Eu sei que nós ainda lutamos com a morte da minha irmã. É a cereja no topo desse show que eu chamo de casamento. —Rude? É essa a palavra que estamos usando? — Gia olha para mim como se eu fosse idiota. Eu olho de volta para Caroline e fico com os olhos fixos nela. — Ela é minha amiga e eu não vou falar mal dela. Ela teve uma vida difícil e é protetora comigo. Mas juro a você que não estou fazendo isso pelas costas dela. Eu não estou apaixonado por ela. Eu nunca senti nada por ela como o que sinto com você. — Eu olho em seus lindos olhos, querendo que ela veja a verdade. Eu a vejo enxugar uma lágrima e me sinto como um pedaço completo de merda por causar aquelas lágrimas. Eu preciso que ela entenda que eu estou falando sério sobre ela e o que poderíamos ter juntos. Eu só preciso descobrir como levá-la para o meu lado. —Me deixa provar isso para você, Caroline. Eu posso te levar para casa e te apresentar a ela e nós podemos explicar. Mas eu juro, por minha honra, que o que sinto por você é real. —Por que você faria tudo isso? — Gia pergunta, olhando para baixo do nariz para mim. —Por que você concorda em se casar com alguém que você não amava? —Porque ele é um cara bom, — diz Caroline quando ela sai para o corredor. —Eu tomo conta a partir daqui, Gia. Apenas me dê um segundo. Sua amiga parece que não quer ir embora, mas depois de um momento ela finalmente cede. Ela entra e, quando não fecha a porta, Caroline alcança e fecha, deixando-nos sozinhos no corredor.


—Eu te disse que não iria cruzar o limiar, — eu digo, tentando fazê-la sorrir. Quando vejo as bordas dos lábios dela, meu coração relaxa um pouco. —Sim, tudo está indo de acordo com o plano, — diz ela, e eu suspiro. —Eu sinto muito. Eu deveria ter contado a você desde o começo, mas não sabia como explicar que sou casado, mas não da maneira como você pensa. E honestamente, pensei que isso te assustaria. —Sim, — diz ela, e é a minha vez de sorrir. —Eu vou consertar as coisas com você. — Eu dou um passo em direção a ela e tomo isso como um bom sinal quando ela não foge de mim. —É tarde, e eu sei que depois desta noite eu não deveria entrar. Amanhã de manhã, me deixe ir passear com os cães com você de novo e então vamos ter o nosso encontro a noite. Você pode ir à minha casa e conhecer Savannah, e depois eu te levarei para casa. — Ela não responde imediatamente e eu estendo as duas mãos pegando as dela com as minhas. —Me deixe consertar isso, Caroline. Eu sei que o que temos é algo que acontece uma vez na vida. Eu não vou a lugar nenhum, então me deixe fazer o meu melhor. Ela morde o lábio inferior e eu encosto meu dedo no seu queixo. Depois de um momento de hesitação, ela balança a cabeça e respiro aliviado. —Obrigado, — eu digo, pressionando minha testa na dela.


—É melhor você não me machucar de novo, — diz ela, e eu olho em seus olhos. —Nunca, — eu juro, antes de pressionar meus lábios nos dela. Nós nos beijamos por um longo tempo, mas não é tão quente e rápido como era antes. Desta vez é suave e doce enquanto eu coloco meu coração nisso. Eu não quero fazer nada para arruinar o que poderíamos ter, e se isso significa ir devagar, então é o que eu vou fazer. Há um fogo dentro de mim que foi aceso no dia em que a vi, e é impossível apagar. Ele cresce mais, cada vez que estou com ela, e quanto mais estamos juntos, menos eu quero ficar distante. —Eu venho buscá-la de manhã. — Eu digo, e ela sorri para mim e balança a cabeça. —Vou mandar uma mensagem para você no caminho para casa. —Boa noite, Aiden, — ela diz antes de eu me inclinar para lhe dar um último beijo. —Boa noite meu coração. Quando eu pressiono meus lábios nos dela, é quase impossível que eu me afaste. Mas finalmente dou um passo para trás e espero que ela entre antes que eu solte outro suspiro de alívio. Eu pensei que eu tinha perdido ela e não vou deixar isso acontecer novamente. Farei o que for preciso para torná-la minha, e isso inclui não ser mais um homem casado.


—Aqui. — Gia deixa o telefone no balcão da cozinha ao meu lado e aponta para a tela. O artigo que ela colocou em seu telefone é sobre Aiden e Savannah. Eu já li na noite passada quando fui para a cama. Eu não conseguia parar de pensar em Aiden, então eu o pesquisei como uma maluca. É um artigo sobre o dia do seu casamento e há uma foto mostrando os dois vestidos para a ocasião. Nenhum deles parece que queria estar lá. Como as famílias deles não podiam ver isso? Talvez eles não se importassem. Eu escapei de um interrogatório da Gia depois que Aiden saiu ontem à noite porque Marco apareceu. Ele teve pena de mim e silenciou Gia com um beijo que eu tenho certeza que a fez esquecer seu próprio nome. Eu me certifiquei que eu tivesse ido embora antes que ela acordasse esta manhã porque eu não tenho certeza do que dizer sobre a coisa toda. Eu coloco meu dedo na tela do telefone e passo para a próxima imagem, sabendo qual será. É a única foto que eu poderia encontrar de Savannah e Aiden se tocando e é no dia do casamento deles. Ele tem o braço em volta dela e ele está beijando o topo de sua cabeça. Não é como as pessoas se abraçariam se fossem amantes. Eu vi os irmãos de Gia fazerem a mesma coisa com ela quando ela estava crescendo e isso é tudo que eu o que pude pensar quando vi a foto.


—Olhe para ela, Gia. — O quarto está quieto enquanto nós duas olhamos para a mulher bonita na foto no dia de seu casamento. —Ela está triste, — Gia finalmente diz, suspirando. —Miserável, — acrescento. Ele está tentando consolar a mulher que ele me disse que é como sua irmã, ainda mais desde que ele perdeu a sua própria, e ele se sentiu ainda mais protetor com ela por causa disso. Eu vi a dor que a morte de sua irmã causou quando ele me contou sobre ela. —Miséria adora companhia, — Gia murmura para si mesma. Ela pega o telefone e começa a deslizar e eu volto a alimentar Elvis, que é do Time Aiden. Ele deixou isso claro hoje quando fez tudo que Aiden o encorajou a fazer sem lutar. Não só isso, ele queria ficar para todos os passeios apenas para estar com ele. —Ele perdeu uma irmã, — ela murmura quando ela cai no sofá. —Ela parece com Savannah. — Gia me mostra a foto, mas mais uma vez eu já vi. É das duas garotas se segurando e sorrindo enquanto mostram os mesmos dentes da frente faltando. Sua semelhança é tão gritante, embora eles não fossem relacionados. —Eles cresceram juntos. Ele me disse que suas famílias eram próximas há muito tempo e que seus negócios estão amarrados uns aos outros. Quanto mais ele falava, mais eu me sentia mal por Savannah. Eu sei o que é ter pais de merda. —Eu acredito nele, — eu digo a ela, a mesma coisa que eu disse na noite passada. Aiden é um bom homem.


—Eu sei disso, — diz ela enquanto vira para olhar o que eu estou vestindo. Eu vou sair de noite, então eu não estou nas minhas calças de yoga e no moletom. Eu coloquei um par de calças flare preta e um suéter rosa suave. É um pouco vistoso, mas ainda casual. O jantar em sua casa provavelmente será um pouco mais descontraído, mas eu tenho que lutar contra o meus pensamentos quando penso no por que estou jantando lá. Isso tem que ser pior do que quando as pessoas conhecem os pais do namorado pela primeira vez. —Quando estou longe dele, a dúvida começa a rastejar de volta para minha mente, — eu admito quando me sento ao lado dela. Quando ele está perto, posso sentir que isso é real e que não estou inventando tudo na minha cabeça. O jeito que ele me toca e olha para mim é tão intenso e não tem como ele fingir isso. Por que ele fingiria? Ele é bonito e rico e tenho certeza de que não seria difícil encontrar uma garota para se divertir, se fosse realmente o que ele quisesse. —Eu só não quero que você se machuque, — Gia admite. — Você finalmente virou uma página e... —Eu sei. — Eu comecei a me estabelecer e a me encontrar pela primeira vez na minha vida. —Não é só sobre ele, — acrescenta ela. —Ok, vamos dizer que é tudo falso e o casamento não é real. Onde isso te deixa? Você está fadada a se tornar uma amante pro resto da vida? Onde isso pode levar?


Eu mordo meu lábio inferior entre meus dentes. Suas palavras doem, mas elas são a verdade. Ela não está tentando ser cruel, ela só não quer que eu me afunde muito em algo que não vai levar a lugar nenhum. —Eu não quero continuar sendo pessimista, mas eles serão como sua família - as pessoas que você está tentando se livrar. Eu engulo apreensivamente. Esse é um dos meus maiores medos. Eu não quero cair de volta nesse mundo. Claro, a família de Gia tem dinheiro, mas eles não são como minha família. A família de Aiden claramente manda na vida dele. Eu entendo que ele está tentando proteger Savannah, e mesmo que seja egoísta, eu não posso ficar em segundo lugar depois de outra mulher. —Vou ter que falar com ele e colocar tudo para fora. — Meu coração parece pesado. Quando eu estava com ele há uma hora, meus olhos estavam iguais ao desenhos, em forma de coração, e eu esqueci de todo o resto. —Você merece ser a primeira opção de alguém, Caroline. Eu sorrio e aceno de acordo. Pode ser um pouco lamentável, mas ainda tenho medo de ter essa conversa com ele. Eu deveria têla no segundo em que eu passasse pela porta, mas eu não queria que minha noite acabasse tão rápido. Assustada que pudesse ser o fim para nós. É uma loucura, porque é muito cedo para ter essa conversa, mas as coisas mudaram e tenho certeza de que o que estou sentindo não é normal. Pelo menos não tão rápido, mas ele parece se sentir da mesma maneira também. É difícil imaginá-lo dizendo que ele


quer que eu seja uma amante ou algo assim. Como ele poderia me escolher quando me conhece por tão pouco tempo? Talvez ele esteja cansado de viver sob o comando de outra pessoa e o pensamento faz com que a esperança cresça dentro de mim quando provavelmente não deveria. —Só tome cuidado, é tudo o que estou dizendo, — ela diz e me cutuca com o ombro. É tudo o que ela está dizendo agora, mas posso dizer que ela quer dizer mais. Eu acho que está claro que eu estou maluca por esse cara e eu tenho que ver onde isso pode ir. —Eu amo você, mas não quero ter que me desfazer de um corpo. Parece muito trabalho, — ela acrescenta, franzindo o nariz. Eu rio, sabendo que ela cortaria as bolas de Aiden se ele partisse meu coração. Ouço uma batida na porta e eu me levanto do sofá para atender. Eu encaro ela com um olhar, avisando-a para não começar nada. Eu estava com medo que ele pudesse cancelar novamente como na noite passada e estou aliviada por ele estar aqui. Eu pego minha bolsa e me despeço de Gia. Quando abro a porta, a mesma sensação que sinto quando ele está perto de mim me atinge. Eu sorrio para seu rosto bonito e esqueço todas as razões pelas quais não podemos ficar juntos. —Hey, — diz ele quando chega perto de mim. Ele me puxa para perto e antes que eu possa dizer qualquer coisa, sua boca está na minha. O beijo é possessivo, como se ele não


tivesse me visto em anos. Suas mãos afundam em meu cabelo enquanto ele traz meu corpo ao dele e eu gemo em sua boca. Depois do que parece uma eternidade, ele descansa a testa na minha e tenta recuperar o fôlego. —Eu tenho que parar agora ou nunca sairemos desse lugar. — Ele encosta os lábios contra os meus mais uma vez antes de relutantemente dar um passo para trás e segurar na minha mão. Por mais que eu queira que ele me pegue e me leve para a cama, sei que precisamos fazer isso. Eu sei que Aiden não está mentindo que ele e Savannah não são casados além de um pedaço de papel, mas eu sei que ainda preciso conhecê-la. Lembro-me do olhar que ela me deu na noite passada e havia mais do que ela fazendo só o papel de uma esposa zelosa. Eu quero dizer isso a ele, mas temo que ele fique do lado dela e acabe com qualquer tipo de relacionamento que possamos ter. Eu só posso esperar que talvez ela seja um pouco como Gia e seja protetora com Aiden. Por alguma razão, tenho a sensação de que ela está apaixonada por ele e esperando que um dia ele a veja como mais do que uma irmãzinha. Mas isso poderia ser apenas uma mentira que estou dizendo a mim mesmo. Talvez ela não seja infeliz porque é casada com Aiden, mas miserável porque está apaixonada por um homem que não a ama de volta. Ambos soam horríveis, mas amar alguém que não te ama tem que ser pior. Saímos do prédio e um motorista está esperando por nós. O motorista evita olhar para mim e isso me deixa no limite. De repente eu quero virar e voltar para casa. Aiden deve sentir meu


desconforto. Ele dá um pequeno aperto na minha mão quando entramos no carro. Eu tento puxar minha mão da dele, mas ele não deixa. Quando ele começa a dizer alguma coisa, meus olhos vão para o motorista que pode ouvir tudo. Ele fecha a boca e eu vejo sua mandíbula ficar uma linha dura. Eu não tenho certeza do por que ele está bravo, então eu me viro para olhar pela janela. Eu fecho meus olhos quando sinto seus lábios nas costas da minha mão. —Você mudou de ideia? — Ele me pergunta baixinho. Eu não olho para ele, porque sei que entre a suavidade de suas palavras e o olhar em seus olhos, eu não vou querer mais nada do que ir para o seu colo e fazer com que ele me diga que está tudo bem. Eu não posso fazer isso porque o motorista veria e quem sabe o que pode acontecer com isso. É assim que será se ficarmos juntos? Todos fingirão que não estou por perto como a casa em que cresci? Eu não posso viver assim novamente e não vou. Eu olho para o motorista e o vejo olhando rapidamente para o espelho depois que eu o peguei olhando. —Meu coração, — diz Aiden, e meu estômago se agita. Há uma vantagem em suas palavras e, quando finalmente olho para ele, ele está com raiva. —Agora não. — Eu posso dizer pelo olhar dele que ele quer falar. —Por favor. Eu não quero ter essa conversa em público. Quando paramos em frente a uma casa, sou uma mistura de felicidade e desconforto. Eu quero sair do carro, mas saber que estou entrando em um espaço


confinado com a esposa do homem que está segurando a minha mão é estressante. Aiden abre a porta e me ajuda, e então fico chocada quando ele se abaixa para ver o motorista com um olhar fixo. —Eu disse para não encarar ela e para não ser fodidamente rude. Você está demitido. Ele puxa minha mão e eu estou feliz que ele faz isso, porque eu ainda estaria lá com a minha boca aberta se ele não tivesse me ajudado. Eu posso sentir que ele está chateado, porque irradia dele enquanto entramos em sua casa. —Está tudo bem, Sr. Clark? — Um homem perto da porta da frente pergunta. Dois segurancas olham para onde nossas mãos estão unidas e suas sobrancelhas se erguem. Todo o meu rosto aquece sabendo o que todo mundo está pensando. Eu tento puxar minha mão da dele, mas ele não deixa passar. —Eu não posso fazer isso, — eu digo quando entramos no foyer e a porta se fecha atrás de nós. —Eu vou consertar isso, — ele me diz. —Por favor, não tente sair. — O desespero em sua voz me faz questionar tudo. —Por que você disse ao motorista para não olhar para mim? Eu não posso ser um segredo sujo. —Eu não sei porque eu disse isso a ele. Quando cheguei ao seu prédio, acabou por sair da minha boca.


Eu quero dizer a ele que é porque sou um segredo sujo, mas ele me interrompe. —Porque eu sou ciumento e eu sabia que ele iria querer você. — Ele é tão intenso e eu não acho que ele já olhou para mim com emoções tão cruas. Eu olho para ele em confusão. Ele acha que o motorista iria me querer? —Isso é ridículo, Aiden. — Eu me sinto ficando louca. — Você não precisa mentir. —Ele iria, porque todos eles querem. Eu vejo os homens nos trailers de comida, o cara com o poodle preto na rua 54, seu porteiro, e todo mundo que vê você sorrir, — ele grita. —David é gay. — Eu olho para ele, sem saber por que ele acha que todos esses homens me querem. —Quem é David? — Suas sobrancelhas franzem em frustração e eu meio que quero rir. Seu ciúme também está me excitando e meu corpo está totalmente confuso sobre como agir agora. —O cara que é dono do poodle preto, — eu respiro, e tento me lembrar de que estou brava e frustrada. —Eu não ligo para o que ele disse, ele quer você, — ele retruca. —O motorista foi fodidamente grosseiro porque também queria você, mas sabia que eu já estava com você. —Você realmente acha que todo homem me quer? — Pergunto novamente para ter certeza de que estou entendendo o que ele está dizendo.


—Claro que eles querem. Olhe para você, Caroline. Você é linda pra cacete e quando olha para mim eu não consigo respirar. Eu mordo meu lábio para não sorrir, mas não funciona. —Eu acho que é a coisa mais doce que alguém já disse para mim. — Eu me inclino para ele, então ele sabe que não estou tentando fugir e deslizo minhas mãos na camisa dele, até os ombros. —Eu estou sendo um idiota, — ele admite, e eu ouço arrependimento em sua voz. Ele me pressiona contra uma parede próxima e se inclina para baixo. —Sinto muito, — diz ele antes de se inclinar e toca seus lábios nos meus. Eu fecho meus olhos e aproveito o momento juntos. Eu gostaria que pudéssemos ficar sozinhos e o resto do mundo poderia desaparecer. —Sério? Você poderia ser mais sem noção ? Eu me afasto de Aiden e percebo que de alguma forma consegui escalá-lo como uma árvore. Eu vejo Savannah parada lá e me recuso a me referir a ela como qualquer outra pessoa que não seja sua amiga. —Savannah, — adverte Aiden e seu tom é claro. Ele não me deixa sair e ela revira os olhos antes de sair. —Talvez isso não seja uma boa ideia, — eu digo quando ele me coloca de pé. —Eu te disse como você está bonita hoje à noite? — Aiden diz, olhando para mim e ignorando o meu comentário. —Porque você está.


—Vamos acabar com isso, — eu digo, e eu ando em torno dele na cova dos leões. Estou prestes a ver se o homem com quem tenho certeza que estou apaixonada me resgatará quando a hora chegar.


—Vamos realmente fazer isso? — Savannah pergunta, sentando-se à mesa. —Sim, — eu digo, minha voz no limite, e ela abre os olhos para mim. —Você disse a ela porque estamos casados. Eu não sei por que temos que continuar com a produção do jantar. Isso é para ela, não para mim. —Estou sentada bem aqui, — diz Caroline, e Savannah vira os olhos para ela. Meu corpo fica tenso. Eu não gosto do jeito que ela está olhando para a minha Caroline. Eu não me importo quem ela é para mim. Claramente isso aqui não é fácil. —Eu estou ciente, — responde Savannah e ela estreita os olhos. —Como eu não poderia? Você consegue atrair a atenção para onde quer que vá. Eu abro minha boca para defender Caroline, mas ela é mais rápida do que eu nisso. Não é culpa de Caroline que ela é tão linda e de tirar o fôlego. Eu não tenho ideia de como ninguém não a conquistou. Eu não vou deixar a oportunidade passar por mim. Eu estou de cabeça nisso. —Qual é o seu problema comigo? Aiden me disse que você é como uma irmã para ele e esse casamento era sua maneira de proteger você. — Suas palavras não são grosseiras. Na verdade,


tenho certeza de que ela está tentando ser legal. Compreender mesmo. —É claro que é por isso que nos casamos. Eu não amo Aiden além de um amigo, e às vezes até eu questiono isso. — Ela dá de ombros e olha para Caroline. Eu sei que ela estava tentando me magoar com sua observação, mas ela não consegue. Isso só me deixa mais triste por ela. Ela não vê quão feia isso a faz ser. —Então por que você está tão chateada que estou aqui? Aiden me pediu para vir jantar hoje à noite para que todos pudéssemos conversar. Mas é claro que você não gosta que eu esteja com ele. —Eu o conheço toda a minha vida e nunca o vi nem olhar para alguém. Então, de repente você aparece e ele está falando sobre alianças. Os olhos de Caroline se arregalam em choque. —Savannah! — Eu digo e bato minha mão na mesa com força, fazendo tudo tremer. Eu disse a ela ontem à noite quando cheguei em casa que Caroline era a única, mas eu não queria me mover muito rápido e assustá-la. Mas eu queria comprar um anel, esperando que isso me mantivesse calmo só de saber que eu já o tinha. —O que? Não é como se ela não fosse descobrir. Só estou tentando ser sua amiga e ter certeza de que você não está cometendo um erro. — Ela franze os lábios. —Eu acho que o erro foi cometido bem antes de hoje à noite, — eu digo, e desta vez vejo emoção em seus olhos. Ela está com dor. Este casamento não está apenas me machucando. Se eu soubesse


que isso estava fervendo abaixo da superfície, eu teria consertado isso antes. —Eu sei que você é amiga dele e você está apenas tentando protegê-lo, — diz Caroline quando ela coloca a mão na minha. —Eu também me importo com Aiden, e esta é uma situação complicada. —Você pode ter certeza disso, — ela murmura e joga o guardanapo sobre a mesa. —Mas... — Caroline continua como se não tivesse que lidar com a merda de Savannah agora. —Você não tem que gostar de mim, e nós não temos que ser amigas, mas Aiden e eu vamos ficar juntos. Podemos descobrir como conviver juntos ou podemos fazê-lo sozinhos. — Ela olha para mim por um momento e meu peito dói querendo puxá-la para os meus braços. Ela sorri para mim e, surpreendentemente, ela estende a outra mão e abre para Savannah. —Mas você é especial para ele por uma razão e eu realmente gostaria de ter a chance de conhecer você. Savannah olha para a mão dela e depois para mim. Há uma longa pausa e, surpreendentemente, Savannah cruza os braços e ignora a mão de Caroline. —Eu acho que vocês dois podem lidar com as coisas sem mim. — Ela está tentando parecer durona, mas eu a conheço melhor do que ninguém e posso ler nas entrelinhas. Vou ter que arrancar o Band-Aid metafórico. —Eu não queria fazer as coisas desse jeito, — eu digo, e pego a pasta ao meu lado e pego os documentos que eu tinha elaborado no meio da noite. Não pude esperar pelo dia seguinte e tirei meu


advogado da cama. Eu pago-lhe o suficiente. Ele poderia levantar sua bunda da cama. —O que é isso? — Ela pergunta quando eu coloco a pasta na mesa. —É uma anulação. — Seus olhos se arregalam de choque e Caroline fica tensa ao meu lado. —Eu pedi ao nosso advogado para fazê-los ontem à noite. Você receberá a casa e manterá todos os seus bens. Nosso acordo pré-matrimonial delineia todo o resto. —Aiden... Eu levanto a minha mão para parar o que ela estava prestes a dizer. —Tudo o que você precisa fazer é assinar e acabou. Eu me preocupo com você, Savannah, mas não podemos mais fingir. Não foi um problema até que eu me apaixonei, mas agora que encontrei Caroline, isso não está certo. — Caroline aperta minha mão e eu continuo falando. —Você tem que enfrentar seu pai e viver sua vida. Você não pode continuar se escondendo neste casamento falso. Ela se levanta tão rapidamente que sua cadeira cai para trás no chão. Eu posso ver lágrimas nos olhos dela quando ela olha para mim e depois olha para Caroline. —Ciúmes é uma coisa poderosa, — ela sussurra e olha para onde nossas mãos estão ligadas. Seus olhos voltam para Caroline e eu a vejo engolir. —Eu te dei um pouco de trabalho porque ele é meu amigo e ele merece o melhor. Eu nunca vou me apaixonar e ter o que você tem, então espero que você aprecie o que você tem agora. — Ela engole de novo e sei que isso é difícil para ela admitir. —Seja boa para ele, porque se você não for você terá que se ver comigo.


Antes que eu possa abrir minha boca, ela pega a caneta e rabisca o nome dela. Então ela a joga na mesa e sai da sala. —Eu sinto muito, — sussurra Caroline para mim, e eu olho para ela. Eu pego o queixo dela na minha mão e balanço a cabeça. —Você não tem nada para se desculpar. Ela vai ficar bem. Isso é o que ela faz quando se emociona. Ela vai aprender a se virar, mas isso é algo que ela tem evitado a vida toda. —Deixe-me levá-la para casa, — eu digo, e ela balança a cabeça. Desta vez quando me dirijo para a casa de Caroline o passeio é tranquilo. Quando estaciono na garagem, pegamos o elevador e eu seguro a mão dela enquanto caminhamos até a porta do apartamento dela. Quando ela abre, as luzes estão apagadas e Elvis está dormindo no sofá. —Então eu acho que te vejo amanhã? — Caroline diz isso como uma pergunta e eu apenas sorrio e balanço a cabeça. —Não, — eu digo, e suas sobrancelhas se juntam em confusão. —Oh, você vai trabalhar? —Não, — eu digo novamente e passo para dentro, fechando a porta atrás de mim. Seus olhos se arregalam quando eu giro a fechadura e, em seguida, tomo as chaves dela. Eu as coloco no balcão e vou em direção a ela. Para cada passo que dou na direção dela, ela dá outro para trás. Sua respiração está acelerando e posso ver seus mamilos pressionados contra o suéter.


—Você vai ficar essa noite? — Ela pergunta cautelosamente. —Sim, — eu digo pouco antes de pegá-la em meus braços e pressioná-la contra a parede. Eu enterro meu rosto em seu pescoço e ela envolve suas pernas em volta da minha cintura. Eu aperto meu pau duro contra ela e gemo com a pressão. Ela é tão suave e eu decido imediatamente que estamos usando roupas demais. —Eu quis dizer o que eu disse hoje à noite, — eu digo enquanto eu a carrego para o quarto dela e fecho a porta atrás de nós. Deito-a na cama e levanto-me para poder olhar para ela. —Eu estou apaixonado por você. Puxo minha camisa e, em seguida, subo na cama em cima dela. —Eu também estou apaixonada por você. — Ela sorri para mim e eu a beijo suavemente. —Isso é loucura? É tão rápido e tudo está uma bagunça. Eu puxo o suéter dela e depois escorrego para me ajoelhar no chão ao lado da cama. —Eu não me importo com quanto tempo isso acontece ou o que qualquer um diga. — Eu puxo suas calças e passo minhas mãos nas suas pernas enquanto as abro na minha frente. Ela está com seu sutiã e calcinha e eu nunca vi nada mais sexy na minha vida. —Eu quero você e eu vou ter você. —Aiden, — ela geme. Eu me inclino para frente e beijo sua boceta coberta pela calcinha. A seda rosa pálida está molhada, e quando eu a puxo para o lado eu posso ver seus lábios úmidos. Eu lambo o clitóris e, em seguida,


mexo minha língua entre eles enquanto ela abre as pernas mais ainda para me deixar entrar. Seu gosto é viciante e eu não experimento o suficiente. Eu coloco as duas mãos sob a bunda dela e a seguro lá enquanto eu chupo seu clitóris. Ela é suave e doce e os sons que ela está fazendo estão me deixando louco. Eu nunca provei nada tão bom e a cada lambida, eu quero outra. Eu deslizo dois dedos dentro dela e ela está quase apertada demais para deixar eles entrarem. —Você vai sugar a minha vida fora de mim, — eu digo enquanto eu lentamente entro e saio dela. —Eu nunca fiz isso antes e tenho medo de machucá-la. —Nós vamos fazer isso caber, — diz ela, gemendo e levantando os quadris. —Porra. — Ela pulsa em volta dos meus dedos e suas costas arqueiam. Eu chupo seu clitóris e seu clímax bate ao mesmo tempo. Ela grita meu nome e por um segundo eu me preocupo que sua companheira de quarto possa estar aqui, mas então todo o cuidado vai ralo abaixo quando eu provo quão doce ela é quando ela goza. Eu tiro meu cinto e libero meu pau enquanto eu puxo sua bunda para a beira da cama. Sua calcinha ainda está puxada para o lado, então eu não me incomodo em tirá-la e eu deslizo meu pau entre os lábios da sua boceta. —Eu não quero nada entre nós, — eu digo enquanto molho a ponta do meu pau e empurro um pouco. —E eu não quero tirar fora. Eu não quero mais nada além de você e eu, nus.


Ela olha para mim e morde o lábio enquanto eu afundo lentamente nela. Ela balança a cabeça e eu me inclino e a beijo. Eu ainda posso sentir a doçura de sua boceta, e quando sua língua toca a minha eu sei que ela também pode. Eu puxo as alças de seu sutiã para que os seios dela estejam nus contra o meu peito, ao mesmo tempo que eu empurro dentro dela até a raiz. Seu corpo fica tenso e ela lamenta, mas ela não me pede para parar. Eu me mantenho imóvel enquanto ela lentamente relaxa e eu beijo o caminho até seus seios. Eu chupo seus bicos arrepiados até que ela está se mexendo no meu pau e me implorando para transar com ela. Ela está molhada e pegajosa enquanto eu deslizo para fora dela e, em seguida, sigo para dentro de seu calor. Ela é tão fodidamente apertada, mas eu nunca senti nada tão bom na vida e estou feliz que eu esperei por este momento. Que eu esperei por ela. —Eu te amo, Caroline, — eu digo, pressionando minha testa na dela. —Você é minha agora, em todos os sentidos. —Eu sou sua, — diz ela, ofegante quando eu empurro de volta. Estou tão nervoso que sei que não vou durar muito. Eu posso sentir minha própria liberação caindo sobre mim e eu cerro os dentes para segurá-la. —Mais duro, — Caroline geme enquanto segura os lençóis acima da cabeça. —Foda-se, — eu rosno e enterro meu rosto em seu pescoço. Ouvi-la dizer isso vai ser a minha ruína.


Suas pernas apertam em torno de mim e sinto seus dentes no meu ombro, seu corpo enrijecendo e ela grita. Sua excitação molha o meu pau quando ela grita e goza. Eu finalmente cedo às demandas do meu corpo e eu quase desmaio de tanta intensidade. É tão rápido que parece como se um trem de carga estivesse correndo em mim. Eu perco todo o controle e deixo o instinto assumir, me segurando profundamente dentro dela. É o momento mais intenso da minha vida, e quando a última onda de prazer me domina, eu imediatamente quero fazer isso de novo. Eu rolo para cima de modo que ela esteja no topo e começo a empurrar nela novamente. —Oh meu deus, estamos fazendo isso de novo? — Ela olha para mim com um sorriso enorme e olhos brilhantes. —Se você quer apenas ficar aqui, você pode, mas eu estou tão cheio. Eu preciso de você novamente. Ela se senta e balança os quadris para trás e para frente. —Eu preciso de você também. Eu agarro seus quadris quando ela tira o sutiã que de alguma forma acabou em torno de sua cintura. Ela se inclina e me beija e eu estou perdido novamente para a sensação. Quando estamos conectados, não existe mais nada no mundo. Não há espaço, nem tempo. Há apenas nós e eu não posso esperar para ficar assim para sempre.


Aiden me deixa cair na cama e sobe em cima de mim. —Onde você pensa que está indo? Antes que eu possa dizer a ele que eu ia tomar um banho, ele está me beijando. Eu o envolvo e esqueço tudo, menos ele. Duas semanas sem nunca me separar e ainda não me canso dele. Nós fizemos sexo há cinco minutos e ele ainda está em cima de mim. Não que eu esteja reclamando. —Você estava prestes a tomar um banho? — Ele pergunta enquanto se afasta e beija meu pescoço. Eu disse a ele que era o que eu iria fazer uma hora atrás quando acordei, mas ele continuou me distraindo. Nesse ritmo, nunca mais sairei da minha cama. —Sim. — Eu empurro o peito dele de brincadeira, mas ele não se move. —Você acha que eu vou deixar você tirar meu cheiro de você? Eu gosto quando você anda por aí cheirando como eu. — Eu rio porque gosto do cheiro dele em mim também, mas essa garota precisa lavar o cabelo. —Você pode colocar isso de volta em mim? — Eu sugiro, levantando meus quadris em convite. Ele cantarola contra o meu pescoço antes de me beijar de novo sob o meu ouvido. A próxima coisa que eu sei é que estou no ar e por cima do ombro dele e ele está me carregando de bunda pelada até o


banheiro. Felizmente Gia se foi e eu não tenho que me preocupar com sua audição ou nos ver. —Aiden! — Eu grito, mas ele só bate na minha bunda e liga a água. —Você não tem um emprego? — Eu o provoco enquanto a água morna corre pelo meu corpo. Eu realmente não quero que ele vá a lugar algum, mas ele não foi trabalhar. Eu sei que ele fala com seu assistente no telefone e trabalha em seu laptop de vez em quando, mas ele não foi ao seu escritório. Eu gosto de tê-lo por perto porque me sinto bem quando ele está constantemente buscando minha atenção. —Temos planos hoje. — Ele pega o sabonete e começa a me lavar. Eu pensei que eu seria tímida sobre o meu corpo, mas como tudo com Aiden, parece natural. Como se ele estivesse me tocado e me amado a vida inteira. Não há nenhum embaraço em nada disso e isso me faz perceber que isso que é o amor verdadeiro. Somos almas gêmeas e nos encontramos. Sabíamos instantaneamente que era a nossa outra metade e estávamos esperando para nos encontrar. Graças a Deus ele lutou por isso e me perseguiu. —Que planos? — Meus planos para hoje estão por aí e talvez ir comer em algum momento. O único cão que eu tenho que andar hoje, é Elvis e Aiden já fez isso esta manhã enquanto eu ainda estava dormindo. —Precisamos de um lugar para morar. — Ele diz isso com tanta facilidade, como se ele estivesse falando sobre conseguir


mantimentos. Minhas mãos ensaboadas caem do peito dele e olho para ele em estado de choque. —Como, juntos? — Ele não foi mais para a sua casa desde a explosão com Savannah. Embora eu não saiba se ele liga mais para casa desde que ele disse a Savannah que era dela. Ela poderia ter nos dado sua bênção de uma maneira indireta, mas eu podia ver em seu rosto que ela estava sofrendo. Ele passou todas as noites, desde então, na minha cama e ficamos aqui no apartamento. Felizmente, Gia voltou a gostar de Aiden desde que ela o conheceu. As coisas parecem normais aqui, mas é o mundo exterior que me preocupa. Eu sei o quanto as famílias dominam e não sei se estou pronta para tudo isso. Nós não falamos sobre a situação de vida e eu não falei sobre isso. Nem trouxe a menção de Savannah a um anel. Estou vivendo dia a dia e curtindo a vida pelo que ela está me dando. Ele me disse que me amava e isso é o suficiente para mim agora. Pelo menos é o que eu tenho dito a mim mesma. Eu estive esperando que ele dissesse algo e ele não falou sobre seu casamento ou do fato de que ele não voltou para a sua antiga casa. —Você acha que eu vou morar em algum lugar sem você? Você é meu coração. — Toda vez que ele me chama assim, meu interior vibra. Toda. Vez. Eu sorrio para ele sabendo que nunca vou me cansar de ouvir isso. —Eu não quero dormir em um lugar que você não esteja. Ele se inclina e me beija enquanto me levanta facilmente. Eu envolvo minhas pernas ao redor dele, e ele empurra tudo dentro de


mim, até a base de seu pênis. Estou molhada por estar perto dele, e alguns de seus sucos ainda estão dentro de mim de antes. São necessários apenas algumas estocadas e estamos ambos no clímax. Ele rosna meu nome e eu estou sem fôlego, meu corpo formigando de prazer. Estamos sempre tão quentes e desesperados, não sei se conseguiremos o suficiente. —Como vivi tanto tempo sem isso? — Ele diz depois que me beijou e me colocou de pé. Aidan começa a lavar meu cabelo para mim e minha única resposta é um gemido. O orgasmo que ele me deu ainda formiga toda a minha pele enquanto ele me massageia. Eu não sei como eu vivi sem isso também, mas eu nunca poderia imaginar não ter isso agora. Eu tenho fome de amor e agora ele está se certificando de que eu tenha mais do que eu vou precisar. O pensamento de não ter isso é muito assustador para contemplar. —Olhe para mim. — Meus olhos se abrem e eles encontram seus olhos cinza escuros. Como no primeiro dia em que os vi, eles prendem minha atenção. Eu me pergunto se nossos filhos vão tê-los? Um dia de cada vez, eu me lembro, porque ele ainda é casado. Não há anel no meu dedo e não nos moramos juntos. Mas isso não nos impediu de todo o sexo desprotegido que temos tido. Nós não falamos sobre isso desde a noite em que fizemos amor pela primeira vez. Eu me pergunto o quão louco ele ficaria se eu dissesse a ele que eu estava secretamente esperando engravidar? Eu sei que o pensamento é louco, mas eu seria uma mentirosa se não admitisse pensar nisso.


—Você sabe que você é a única para mim, certo? — Seus olhos são suaves e eu aceno. —Eu te disse que iria consertar tudo e eu vou. Vai ser você e eu. — Ele diz as palavras enquanto sua mão passa sobre meu estômago, me fazendo pensar se ele está pensando as mesmas coisas que eu estou. —Nós realmente não conversamos sobre o que está no futuro, — eu admito. —Isso é porque eu não quero que você se preocupe com isso. Eu estou cuidando disso. Você não tem ideia do quanto eu quero te mostrar que tipo de família você e eu vamos ter. Eu vou compensar a merda que você teve. —Isso é muito doce, mas... —Sem desculpas. — Ele me beija novamente antes de me tirar do chuveiro e me secar. Eu seco meu cabelo e me preparo, e o tempo todo estou pensando no que ele disse. —Meus pais continuam ligando, — digo a ele enquanto busco alguma coisa para vestir. Não sei o que devo vestir quando se está procurando um lugar para morar. Aiden já está vestido com um par de calças cáqui e camisa polo. Ele está sentado em uma cadeira no canto do quarto, me observando, enquanto me preparo. —Você vai falar com eles? — ele pergunta. Ele já sabe tudo sobre eles. Nas últimas duas semanas, contei-lhe tudo sobre a minha vida.


Eu dou de ombros porque não tenho certeza. Eu ainda estou brava com eles, mas talvez tenham visto o quão pouco importante eles foram na minha vida. Eles poderiam estar diferentes, mas por alguma razão eu não estou comprando isso. —Você sabe que você é realmente o tipo de homem que eles querem que eu me case. — Eu balancei minha cabeça com uma risada. Ele é de uma boa família, tem dinheiro e foi a uma boa escola. —Todos os pais do mundo estão tentando casar suas filhas com alguém como você, — eu provoco com uma risada, mas vejo seu sorriso cair. —Eu sinto muito. Eu estava brincando. Eu ando até ele e ele instantaneamente me puxa para o seu colo e acaricia meu pescoço. —Eu nunca deveria ter feito aquilo. — Ele está falando sobre se casar com Savannah. —Você fez o que achou certo. — Ele é um bom homem, então como isso poderia me incomodar? —Ainda assim, parece que eu te traí. —O que? — Eu me viro em seu colo, então estou em cima dele. Suas mãos vão para meus quadris e ele me segura com força. —Isso é besteira. — Nós éramos os primeiros um do outro. Ele não me traiu de jeito nenhum. —Você é a única mulher que deveria ser minha esposa. — Ele descansa a testa na minha e eu posso sentir a tensão em seu corpo. —Eu estou consertando isso hoje. —O que você quer dizer? — Ele não falou sobre a anulação desde que eu vi os documentos que ele tirou da pasta. Savannah assinou, mas eu sabia que não era assim tão fácil. Nem tudo


desaparece quando você assina na linha pontilhada. Pelo menos eu não acho que é assim que funciona. —O juiz vai assinar a papelada hoje. Nós estaremos anulados. — Como se pegando a deixa da fala, seu telefone toca e ele atende. Ele vira a tela para que eu possa ver a mensagem. —É do meu advogado, Wyatt. Wyatt: Feito. —É isso? Você não é mais casado? — Eu sabia que isso estava chegando, mas eu não sabia o quanto isso significava para mim que tudo acabasse. Ninguém mais tem direito a ele, falso ou não, e eu o tenho só para mim. —Eu nunca fui casado, meu coração. Meu sorriso é tão grande que acho que meu rosto poderá doer amanhã. Eu penso em Savannah e espero que ela esteja bem. Ela era rude e malvada, mas eu podia ver a dor em seus olhos. Ela ansiava por ser amada por alguém e eu sei exatamente como isso é. Nós só temos maneiras diferentes de lidar com isso. O telefone toca novamente e nós dois olhamos para baixo. Wyatt: Ela não pertence mais a você. Nunca foi para começar. O texto soa possessivo e eu olho para ele por um momento pensando que li errado. Aiden não olha para isso mais de um segundo antes de colocá-lo no bolso e é claro que ele não se importa mais com isso. Ele conseguiu a informação que precisava e qualquer outra coisa não lhe interessa. Eu começo a me perguntar o que isso poderia significar.


—Você vai se casar comigo, — ele me diz, e todos os pensamentos de qualquer outra coisa se dissolvem. Eu concordo porque sei que vou. Eu acho que sabia desde o momento em que me virei e olhei para ele. Não eram apenas os olhos dele que me mantinham cativa naquele dia. Foi sua possessão. —Quando você me perguntar, nós vamos. — Eu luto com um sorriso. Eu estava feliz antes deste momento, mas agora algo parece diferente. Ele é realmente todo meu. Ele move as mãos dos meus quadris e começa a me fazer cócegas. Eu rio e tento fugir, mas é claro que não posso ir a lugar algum. —Vai se vestir para que possamos encontrar um lugar para chamar de nossa casa, — ele diz depois que eu concordo que vou casar com ele. Ele já sabia que eu faria isso. —Nós vamos fazer a vida que não sabíamos que poderíamos ter, — acrescenta com um sorriso. —Seus pais vão ficar bem com tudo isso? — Eu pergunto. Eu tenho pensado sobre seus pais desde que ele falou sobre eles. Eles não soam frios como os de Savannah e, de qualquer forma, querem que ele seja feliz, para que possam tentar curar a dor de perder a filha. Casar Aiden não era a maneira de fazer isso acontecer, especialmente porque não havia nenhum amor envolvido. Apenas os afastou dele. Eu posso não saber muito sobre ser uma família, mas ao assistir a Gia com a dela, eu sei que o amor é o centro de tudo. Eles podem brigar, mas eles amam mais e isso é claro em tudo que fazem um pelo outro.


—Eles não têm escolha. Eu estou cansado de viver para todos os outros. Agora é você e eu. — Sua mão vai para a parte de trás do meu pescoço e ele me puxa para ele. Nossas bocas estão separadas e eu posso sentir seus lábios quentes quase tocando os meus. —E qualquer que seja a família que façamos dentro de você, é para nós. Eu não posso me impedir de empurrar o clitóris coberto pela calcinha em seu pênis duro e pensar nele colocando um bebê dentro de mim. Por tudo que eu sei, ele já pode ter colocado. Ele geme, de pé comigo em seus braços. —Se vista ou nós nunca vamos sair. Eu tenho que conseguir um lugar onde eu possa ter você a qualquer hora e em qualquer lugar sem pensar em alguém ver ou ouvir você gozar. Minhas bochechas esquentam, mas eu rapidamente corro para o armário. Eu pego um jeans e um suéter. —Estou pronta. —Muito bem. — Ele pega minha mão e nos despedimos de Elvis antes de sairmos. Eu me inclino para ele enquanto descemos o elevador e depois saímos do prédio. Estou cheia de amor e felicidade quando saímos e de repente um flash se acende na minha cara. Então, vários mais todos de uma vez. —Sr. Clark, é verdade que você nunca foi casado? —Relatórios médicos afirmam que Savannah Caldwell ainda é virgem! —Ela é a outra mulher? Ela é a razão pela qual você nunca dormiu com sua esposa?


—A família de Savannah Caldwell estava tentando enganar você? Perguntas caem sobre nós e flashs me cegam. Aiden me puxa de volta para o meu prédio. Corremos de volta para o elevador e as portas se fecham, deixando-nos sozinhos. Eu olho para ele, sem saber o que dizer. Eu nem tenho certeza do que aconteceu. Eu não sei como eles descobriram onde eu moro ou que Aiden conseguiu uma anulação, mas o mundo inteiro agora sabe que estamos juntos.


Volto para dentro de seu apartamento e pego meu telefone. —Você acha que foi o motorista que você demitiu? — Caroline pergunta, suas sobrancelhas se juntando em preocupação. —Eu não sei. Possivelmente. Se ele fez, ele é um idiota. Faço todos os meus funcionários assinarem acordos de não divulgação e, se ele falou alguma coisa, eu serei dono de sua vida. —Talvez alguém tenha lhe oferecido muito dinheiro? — Ela sacode a cabeça. —Devemos ligar para Savannah? — Eu posso ver preocupação no rosto da minha garota. —Eu estou ligando pro Wyatt, — eu digo. Eu encontro seu número e seguro o telefone no meu ouvido. Quando a linha se conecta, começo a falar. —Eu preciso de você para lidar com uma situação para mim. Estou no apartamento de Caroline e há paparazzi do lado de fora fazendo perguntas sobre minha anulação. Como eles podem saber que já aconteceu? Você falou com alguém? —Isso não é o que você queria, Aiden? — Há uma acidez em sua pergunta. —O que diabos isso quer dizer? — Eu pergunto. —Acho que pode ter sido um motorista que despedi há algumas semanas. Eu posso lhe enviar suas credenciais por e-mail.


—Isso não será necessário. — Ele diz friamente, e eu estou começando a ficar chateado. —Qual é o seu problema? Você é meu advogado! Você não está sendo pago para descobrir isso? Caroline vem e fica ao meu lado e eu me sinto mais calmo quando ela coloca a cabeça no meu peito. —Para um homem inteligente, você realmente não entende, — diz Wyatt e solta uma risada sem graça. —Eu só tenho trabalhado para você esse tempo todo por causa de Savannah. Agora que seu casamento terminou, nós também terminamos. —Do que diabos você está falando? — Minha mandíbula aperta e o cabelo na parte de trás do meu pescoço se ergue. —Você nos conhece desde o colegial, Wyatt. —Exatamente. Eu era o aluno da bolsa de estudos que teve que trabalhar para cada coisa que eu tive e vi que você recebeu tudo facilmente. Até a mulher que eu queria. Esperei e esperei meu tempo e agora que você está fora da vida de Savannah, não temos mais nada para conversar. —Eu pensei que você era meu amigo. E você deveria ser de Savannah também. — Minha mente alcança e aperto o telefone com mais força. —Você vazou isso para a imprensa, não é? —Parece que você finalmente abriu os olhos. Parabéns. — Eu quase posso imaginar seu rosto arrogante e gostaria de poder lhe dar um soco agora.


—Você também liberou seus registros médicos, dizendo que ela era virgem? —Você pode apostar que eu fiz isso. — Ele é tão convencido que quero alcançar o telefone e arrancar sua garganta. —Eu queria que o mundo soubesse que ela nunca pertenceu a você, nem mesmo quando a lei dizia que ela pertencia. Ela manteve essa doce vitória para mim, e é hora de eu foder com ela. —Você acha que ela vai querer você depois dessa traição, Wyatt? Você acha que ela vai correr para os seus braços quando eu lhe disser o que você fez? —Oh, ela vai me querer. Seu pai poderia não querer que ela se casasse comigo quando eu não tinha nada e não tinha um centavo para oferecer a ela. Mas eu tenho algo que ele quer, algo que a deixe ansiosa para concordar. —Wyatt, — eu aviso. —Eu posso não ser casado com ela, mas ela é da família. Se você a machucar, eu mato você. —Eu não pretendo prejudicar um cabelo em sua cabeça. — Eu posso ouvi-lo sorrir. —Vamos lá, Aiden, você sabe que eu sou um idiota, mas eu não sou um monstro. É a razão pela qual você me contratou. Vou conseguir o que quero, mesmo que tenha que jogar sujo para conseguir. —No segundo em que eu desligar, vou contar a ela o que você fez. —Não se incomode, — diz ele, e eu ouço o som de sua porta do escritório se abrindo. —Já é tarde demais.


As chamadas terminam e eu olho para o meu telefone. —O que aconteceu? — Caroline pergunta, olhando para mim. —Wyatt foi o responsável por vazar isso para a imprensa. — Eu balancei minha cabeça em descrença. —Ele quer Savannah. —Oh— Ela morde o lábio por um segundo e depois inclina a cabeça para o lado. —Você disse que o conhecia desde que era criança. —Sim, nós crescemos juntos. —Ele é um cara mau? Eu penso por um segundo e realmente busco em meu coração. Ele é definitivamente um idiota arrogante, mas ele não é mau. Ele pode ser furtivo sobre conseguir o que quer, mas não machucaria Savannah. Eu acredito no fundo da minha alma. Balanço a cabeça enquanto tento pensar em um sinal ou algo que me faria pensar que ele queria Savannah. —Seria tão ruim assim que ele queira ficar com ela? Eu sei que você tinha suas razões para se casar, mas ela estar com Wyatt seria tão ruim? Ele nunca disse uma palavra para mim sobre querer ela ou qualquer coisa sobre isso quando ele fez a papelada para nos casarmos. Mas ela sempre perguntava sobre ele e fazia questão de falar com ele se estivéssemos juntos. Ela poderia secretamente ter sentimentos por ele? Eu decido dar uma chance e enviar uma mensagem de texto para Savannah dizendo a ela para me ligar quando tiver uma chance.


Eu sei que ela não está em perigo e que ela não vai fazer nada louco antes que eu tenha a chance de falar com ela. Quero ver o que Wyatt tem a lhe dizer e depois vou contar a ela o que ele fez. Mas até lá, tenho que sair daqui e levar Caroline a algum lugar seguro. —Pegue uma bolsa, — ordeno, e nós dois vamos ao armário e pegamos nossas coisas. Pegamos o suficiente por algumas noites, o que deve ser o suficiente para deixar as coisas acalmarem. Uma vez que ela tem o que precisa, ela manda uma mensagem para Gia e diz a ela para ficar na casa dos pais dela por alguns dias. Eu pego Elvis, e Caroline pega sua sacola de comida e guloseimas. Nós pegamos o elevador até a garagem desde que meu carro está aqui. Um código de segurança é necessário para entrar nesta parte do edifício, então não haverá nenhum repórter lá embaixo. Eu pego tudo e coloco Elvis no banco de trás. Ele está deitado, como no sofá, e vai dormir instantaneamente. Eu dirijo para o beco e para o tráfego. Quando entro na estrada, finalmente dou um suspiro de alívio. —Onde estamos indo? — Caroline pergunta enquanto eu entrelaço meus dedos juntos. —Seria uma surpresa, mas acho que agora é uma necessidade. —Isso soa sinistro, — diz ela, e eu levo sua mão para a minha boca para que eu possa beijá-la. —E um tanto necessário? — Eu sugiro, e ela concorda com a cabeça.


Nós não temos que dirigir muito longe para chegar ao outro lado da cidade e para onde estamos indo. As árvores ficam mais grossas e à distância eu posso ver o destino. —É para onde estamos indo? — Ela pergunta enquanto se move para a borda de seu assento. Os grandes portões de ferro se abrem e eu desço a longa entrada ladeada de árvores. No final, há uma grande casa branca com um lago atrás dela, e assim que eu paro, Elvis se anima. Saio e abro a porta de trás e imediatamente ele sai em direção à água e late para os patos. —Onde estamos? — Caroline pergunta quando eu pego sua mão na minha e seguimos atrás dele. Nós caminhamos sobre o pequeno cais para que ela possa dar uma boa olhada no local. —Estamos em casa, — eu digo, e ela olha para mim e engasga. —Eu pensei que estávamos procurando um lugar! — Ela diz enquanto coloca a mão sobre a boca. —Você está falando sério? —Eu estou se você quiser. Eu encontrei este lugar logo depois que te conheci e sabia que seria perfeito. Mas se você não gostar, podemos morar em outro lugar. Eu só quero estar ao seu lado. Eu não me importo com onde isso será. —Oh Aiden, eu não posso acreditar nisso. — Ela se joga em mim e eu a pego e a giro ao redor. —Eu amo tanto aqui. E eu te amo.


—Eu também te amo, — eu digo quando a coloco de pé e me ajoelho na frente dela. —Eu te disse desde o começo que você é meu coração. — Eu enfio a mão no bolso e retiro a caixa. —Puta merda, — ela sussurra quando eu lhe mostro o diamante em forma de coração de cinco quilates. —Eu te amei desde o segundo que te vi e não consigo imaginar uma vida sem você nela. — Eu beijo o dedo dela antes de colocar o anel. —Casa comigo, Caroline. Case comigo e seja meu tudo. —Sim! — Ela responde instantaneamente e quase me derruba quando ela pula em meus braços. Elvis vem correndo ao mesmo tempo e late para nós quando nos abraçamos no cais. Ele pula ao nosso redor, fazendo-nos rir e eu não consigo imaginar uma vida mais perfeita. —Eu acho que ele está feliz por nós, — eu digo, e Caroline ri. —Ele está animado que ele tem patos para perseguir. —Espere até que ele veja o interior. Há um sofá perto de uma janela para que ele possa ficar de olho neles em tempo integral. —Há uma cama? — Ela pergunta, inclinando-se para perto. —Você pode apostar a sua bunda linda de que tem uma, — eu respondo e coloco-a em meus braços e a levo para a nossa casa. Elvis nos segue para dentro e com certeza vai direto para o sofá e se deita. Ele olha para a água e depois abaixa a cabeça para ir dormir.


—Nós podemos mudar qualquer coisa que você quiser, apenas diga a palavra, — digo a ela enquanto a carrego pelo lugar. —Estes serão os quartos das crianças. —Quantos têm? — Ela pergunta, seus olhos se arregalam animadamente. —Quantos quiser. Eu olho para o anel em seu dedo e meu pau fica duro. Eu nunca propus a Savannah e ela usava qualquer anel que quisesse. Propor a Caroline era algo que eu sonhava desde o dia em que a conheci. Eu nem sequer chego ao nosso quarto antes de empurrá-la contra a parede e tirar sua calça jeans. Elas estão em torno de seus tornozelos e eu a viro e puxo sua bunda para trás. Eu me ajoelho atrás dela e lambo a sua boceta para provar seu pequeno e apertado botão. Ela já está molhada e pronta, mas eu só preciso de sua boceta na minha boca quando eu a foder. Ela empurra meu rosto e eu gemo enquanto me atrapalho com o meu cinto. Quando meu pau está livre eu me levanto e deslizo entre suas dobras. Seu calor me rodeia e eu entro no que também é a minha casa. É quente e rápido e eu não posso segurar quando eu agarro seus quadris e entro nela. —Porra, você provavelmente já está grávida, mas vou me certificar. — Eu me seguro profundamente dentro dela e estendi a mão para brincar com seu clitóris. —Eu preciso de você se abrindo para mim. Eu beijo seu pescoço e ela geme enquanto eu a dedilho do jeito que ela gosta. Seu corpo responde lindamente, me apertando, e eu


sinto seus sucos doces cobrirem meu pau. Suas pernas ficam tensas e ela grita, chegando ao clímax em cima de mim. —É isso, — eu sussurro enquanto ela ordenha meu esperma de mim. É uma bagunça e eu posso sentir a nossa liberação escorrer no interior de suas coxas. Eu sorrio para mim mesmo, pensando nela andando o dia todo com isso dentro nela e mal posso esperar para saboreá-lo mais tarde. Pode parecer sujo e algo que eu não deveria querer, mas quando se trata do meu coração, eu quero tudo. —Eu te amo, — eu digo, tentando recuperar o fôlego. —Eu também te amo, — diz ela e se inclina para trás em meus braços. Eu planejo fazer amor com ela em todos os cômodos da casa hoje. E então começar tudo de novo amanhã. Temos muito tempo, mas parece que estamos tentando recuperar o atraso. Será que é assim quando você tem que esperar por uma esposa? Tudo o que sei é que vou passar o resto dos meus dias adorando a minha esposa e fazendo dela, minha. Eu posso ter sido um marido virgem quando ela me conheceu, mas agora eu pertenço a ela. Para a vida toda.


Duas semanas depois… O dedo de Aiden roça minha pele enquanto ele fecha a parte de trás do meu vestido. Ele beija meu ombro nu e eu olho para ele no espelho. Não estou prestando atenção ao vestido de noiva em que estou, apenas olhando para o homem que será meu marido em poucos minutos. Não sei como tive sorte o suficiente para encontrálo, mas o achei. Bem, com um pequeno empurrão de Elvis. Esta não é a primeira vez que coloco o vestido. Eu já fuz isso antes. Gia e mãe de Aiden, Joyce, me ajudaram a escolher. Ambas estão tão animadas para este casamento quanto nós. Então ficaram amuadas quando nós os informamos que só seria Aiden e eu lá no casamento. Era o que nós dois queríamos. Só ele e eu, fazendo a escolha de fazer algo porque foi o que escolhemos fazer. Nenhuma influência externa em qualquer lugar. Duas pessoas começando uma vida juntos. Nós não estávamos deixando todos para trás - era apenas mais simbólico para nós dois. Ajudou o fato de que isso me desse uma razão para não convidar minha própria família, que estava tentando entrar na minha vida. Não tenho certeza de como me sinto sobre isso, mas não estou com pressa de tentar descobrir. Era como se eles me colocassem ao lado quando estavam ocupados, então estou simplesmente escolhendo fazer o mesmo. Talvez seja mesquinho de minha parte, mas agora eu não me importo.


—Espero que você não esteja apaixonada por este vestido. — Aiden dá um beliscão no meu ombro antes de beijar o mesmo lugar. Eu me viro em seus braços e envolvo meus braços ao redor de seu pescoço, puxando-o para baixo para beijar. Eu não estou apaixonada por ele. Por mais que isso fosse caro, eu acho deveria me importar com a destruição dele. Mas eu não sei se me importo. —Eu estou apaixonada por você. — Eu sorrio contra sua boca. —Você pode arrancar a coisa de mim depois de dizer 'sim', que é tudo com o que eu me importo. — É a verdade. A mãe de Aiden e Gia me fizeram experimentar dezenas de vestidos. Para ser honesta, todos pareciam o mesmo. Tudo o que importava era casar com esse homem e cumprir a promessa que ele fez para mim sobre a nossa própria família. Escolher o vestido foi mais para chegar perto de sua mãe. Ela é doce e eu podia ver, como Savannah, ela ainda estava machucada pela perda de sua filha. Ela realmente ficou chateada quando descobriu que Aiden e Savannah nunca compartilhavam amor verdadeiro. Uma vez que Aiden contou a sua mãe e a seu pai, era como se as vendas caíssem de seus olhos e eles agora vissem coisas que deveriam ter visto muito antes de Aiden dizer para eles que não havia amor. Agora ambos os pais estão fazendo um esforço para se certificar de que eles estão mais envolvidos na vida de Aiden e na minha vida. É doce e eu posso ver que eles o amam. Eles só tinham feito o que achavam melhor. —Venha. — Ele prende a mão com a minha e me puxa do nosso quarto. Elvis salta de onde estava deitado no chão do corredor. Por alguma razão estranha, ele gosta de se jogar bem no meio do


corredor, de modo que quase tropeçamos nele no período da manhã. Ele está lá ou na sua janela observando os patos. Seu amor agridoce de perseguir os patos é uma das coisas mais adoráveis que já vi. Mais ainda porque os patos estão na odiosa água. Agora eles brincam com ele e sabem que ele não vai chegar muito perto da água. É realmente um relacionamento de amor e ódio. Ainda assim, fiquei com medo do que aconteceria se ele finalmente pegasse um. Esse medo passou quando o vi dormindo no cais, um pato descansando na cabeça nele, dormindo também. Elvis só late e não morde. Ele late enquanto nos segue, como se soubesse que hoje é um dia especial. Eu sorrio quando saímos. O sol parece bom na minha pele. Aiden e eu não passamos muito tempo em qualquer lugar, somente trancados em nosso quarto. Ele está tentando encher os cômodos da casa já. Nós só saímos para algumas visitas à cidade para ver sua família e para eu terminar meu vestido. Foi agridoce ter que deixar meus clientes. Não porque eu queria, mas os paparazzi não faziam o meu andar com um bando de cães a tarefa mais fácil de se fazer. Por sorte, Aiden se certificou de que alguém pudesse assumir o controle por mim. Eu odiava deixar os clientes abandonados. Eu sabia que andar com cães não era minha escolha de carreira a longo prazo, mas eu ainda levava minha responsabilidade a sério. Eu passei o meu trabalho adiante e fiquei grata por ter a ajuda do Aiden para fazer isso. —O juiz Prescott e sua esposa estão aqui. — Aiden me diz. Estou pronta para ser sua esposa. Ele me disse que Prescott era um amigo e ajudou a anular rapidamente a antiga união. Ele sabia muito


bem como era se apaixonar perdidamente por uma mulher e fazer qualquer coisa para torná-la sua. Mesmo que isso significasse contornar algumas regras para que isso acontecesse. Ele mesmo fez isso para reivindicar sua esposa, que agora está de pé ao seu lado para testemunhar o nosso casamento. Andamos de mãos dadas até a lagoa, onde o juiz e sua esposa estão esperando. Os votos são curtos, mas doces. Aiden está me beijando antes que o juiz termine suas instruções. De alguma forma, quando abro os olhos, me vejo em nosso quarto, no centro da nossa cama. Eu lembro de odiar a casa em que cresci. Estava tão longe do resto do mundo - uma mansão gigantesca cheia de coisas bonitas, mas que de alguma forma ainda parecia sempre vazia. Eu me sentia sozinha mesmo quando Yana estava lá. Ela tentou o seu melhor e me deu tudo o que podia, mas sempre havia uma dor por outra coisa. Houve uma época em que pensei que talvez não fosse ter o amor de meus pais. Agora eu sei que era uma dor não ter a outra metade da minha alma comigo. Aqui eu sei que nunca será assim. Eu gosto de estar longe do resto do mundo porque esta casa está cheia de amor. Tanto, que poderia explodir. —Você pode parar de tentar me engravidar. Um dos quartos será preenchido em breve. — Eu digo a ele a coisa que eu estava morrendo de vontade de dizer a ele desde que Gia me deu um teste de gravidez ontem. Ele fecha os olhos por um momento, absorvendo o que estou dizendo a ele. Eu sorrio para ele e sei que ele vai ser um marido e pai maravilhoso para o nosso bebê.


—Te amo muito, meu coração, — ele me diz, abrindo os olhos para olhar para mim, olhos que eu sei que nosso bebê vai ter de alguma forma. Eu só sei. Como eu sei que sempre serei seu coração e ele sempre terá o meu.


Cinco anos depois… Clico nos meus e-mails, certificando-me de que tudo foi feito para que o resto do meu dia seja livre. Meus pais estão vindo hoje à noite para olhar os meninos para que eu possa levar minha esposa para jantar. Eu tenho algumas surpresas planejadas para o nosso aniversário de casamento. Quase todos os dias depois do café eu levo uma pequena parte minha para o meu escritório de casa, só para verificar e para ter certeza de que tudo está funcionando como deveria. Eu me certifiquei de contratar os melhores, então não tenho que me preocupar com a empresa todos os dias como antes. Eu estava usando isso para me perder e evitar pensar na vida monótona que eu estava vivendo, antes de Caroline entrar no meu mundo. É fácil se ocupar para que você não veja o que está diretamente na sua cara. Eu me deixava perder em problemas, então não tive que encarar os outros. Era algo que eu nunca me permitiria fazer novamente. A única razão pela qual eu mantenho a empresa nesse ponto é porque talvez um dia meus filhos a queiram. Não é sobre o dinheiro. Estamos prontos, mas pode ser um verdadeiro negócio familiar se nossos filhos quiserem isso. Ou eles podem escolher seguir seus próprios sonhos. De qualquer maneira, essa porta está aberta para eles. Vou me certificar de que todas as portas estejam abertas para eles e nunca vou ficar no caminho do que eles querem passar.


Meus próprios pais cometeram seus erros, mas aprenderam com eles e todos crescemos juntos. O tempo curou algumas das feridas que duraram por anos. De fato, embora possam se arrepender de algumas das escolhas que fizeram, essas escolhas não apenas me colocaram no caminho para minha esposa, mas também me ensinaram lições de vida que me tornarão um pai melhor. Eu me levanto e me alongo, imaginando o que minha esposa está fazendo também. Eu sei que ambos os nossos garotos estão em apuros. Normalmente, ela estaria aqui deitada no sofá do meu escritório e lendo um livro até eu terminar de fazer o que quer que seja que eu tenha que terminar. Nós sempre almoçamos juntos. Então eu a como até ela desmaiar para sua pequena soneca. O primeiro trimestre de gravidez sempre faz dela uma mistura de sono e tesão. Eu adicionaria fome também, mas ela está sempre com fome, eu penso com um sorriso. Graças a Deus posso cozinhar, porque essa é uma das poucas coisas em que minha esposa perfeita não se destaca. Ainda que eu coma seu bacon queimado e ovos de borracha sempre que ela faz. Eu faria qualquer coisa por aquela mulher, para fazê-la sorrir. Deus sabe que ela me faz sorrir simplesmente por ser quem é. Eu fico parado, solto meus braços quando ouço sua risada ecoar pela casa. Eu olho para a janela, mas não vejo um carro. Talvez ela esteja no telefone. Eu saio do meu escritório, seguindo o som de sua risada, e congelo quando vejo Nick, o homem que faz com que nossa lagoa seja cuidada, em pé na nossa cozinha comendo os biscoitos queimados que minha esposa fez para mim na noite passada. Eu só


o contratei alguns meses atrás, depois que o último cara se aposentou e se mudou para a Flórida com sua esposa. Meu queixo endurece quando vejo seus olhos nos seios dela enquanto eles riem. Ela tem uma mão no balcão, a outra na barriga do bebê. Ela está segurando a nossa filhinha enquanto ela ri. Talvez o filho da puta não veja. Não que ele precise. Ela tem uma pedra gigante na mão e eu sou o único que o contratou. Sua bunda sabe que ela é casada. Ainda assim, aqui está ele na minha cozinha, olhando para minha esposa, pronto para atacá-la. Ele está mesmo andando para ela lentamente. —O lago está lá fora, — eu digo, entrando na cozinha. Caroline parece chocada com o meu tom duro. Eu quase juro que é falso porque não há como ela se surpreender agora. Ou talvez ela não tenha notado a porra do olhar para os peitos dela. De qualquer forma, estou chateado. Em toda a minha vida, todo mundo sempre disse que eu era o cara bom, sempre fazendo a coisa certa. Isso foi até Caroline. Aparentemente eu salvei toda a minha idiotice nos momentos em que alguém chegou perto demais da minha mulher. Eu vou para ficar atrás da minha esposa nivelando o cara com um olhar duro. Não há dúvidas de que eu estou implorando por uma razão para colocá-lo para fora. —Eu estava apenas deixando Caroline saber que eu tinha terminado. — Ele se dirige para o lago. —Sra. Clark, — eu o corrijo. Eu não tenho que ver o rosto da minha esposa agora para saber que ela revirou os olhos.


—Sra. Clark, — ele repete minhas palavras. Eu acho que é uma coisa boa que ele aprende rápido, mas ele não precisa aprender nada, porque ele não vai voltar aqui nunca mais. —Eu vou te acompanhar até lá fora. — Eu viro minha esposa em meus braços e beijo-a com tanta força que ela esquece que o idiota está ali. Quando me afasto ela está sem fôlego e sua boca está inchada. Aquele olhar pesado e lascivo nos olhos dela quase me faz esquecer que ele está lá também por um momento. —Volto em um minuto, meu coração. — Eu suavizo minha voz para ela. —Vou fazer um lanche para você e depois vamos tirar uma soneca. — Está claro o que ‘soneca’ significa com o meu tom. O homem engasga com o biscoito queimado. Pelo menos ele está tentando comer isso. Eu realmente teria que convencê-lo que a comida da minha esposa não era a melhor do mundo. Eu vejo as bochechas de Caroline aquecerem a um rosa agradável. Ela bate no meu peito, sussurrando meu nome em voz alta em um tom de repreensão. Eu tenho que lutar com um sorriso. Eu beijo a ponta do seu nariz antes de me afastar dela. Eu não me importo com o quão pequeno isso me faz, mas eu tiro o biscoito da mão do homem e o coloco no balcão da cozinha. — Vamos lá. — Eu faço sinal para ele começar a mexer sua bunda. Ele se vira e faz o que eu mando. Eu deixo minha mão cair em seu ombro, dando-lhe um aperto duro enquanto nos dirigimos para a porta lateral onde eu sei que ele estacionou o seu carro. É por isso que não vi a caminhonete dele quando olhei pela janela da frente. —Talvez você não esteja acostumado com os maridos que estão em casa quando você faz suas paradas. — Eu aperto-o com força e ele choraminga de dor. —Mas eu estou sempre na porra da minha


casa com minha esposa. — Eu paro de andar, mas não solto o ombro dele. Eu quero que ele me olhe nos olhos. Finalmente ele olha. —Você ouve o que estou dizendo? —Alto e claro, — ele se apressa para dizer, tirando os olhos dos meus. Eu deixo ele ir. Eu acho que ele entende o ponto. —Não volte aqui, — eu acrescento enquanto ele praticamente corre para sair daqui. Eu tenho que rir quando ele quase tropeça em seus próprios equipamentos que ainda estão no chão. Ele rapidamente os reúne e os coloca na parte de trás de sua caminhonete. Fecho a porta e a tranco antes de voltar para encontrar minha esposa. Eu volto para a cozinha e congelo quando a vejo sentada lá em nada além de uma calcinha. Seu vestido está jogado no chão ao lado dela. Não é de admirar que os seios dela estivessem saltando como estavam quando ela riu. Ela não estava de sutiã. —Eu gosto desse vestido. — Ela aponta para o vestido no chão. Eu sorrio. Ela sabia que eu estava voltando para ela e o vestido teria ido para o chão, como um pano de limpeza. Ela me conhece muito bem. Isso me excita ainda mais. —Não vai me dar uma bronca? — Eu me aproximo dela, esperando por um pouco de sua raiva. Eu sei que com alguns beijos e toques eu posso acalmar ela rapidamente. —Não. — Ela balança as pernas para frente e para trás sem se importar com nada. Ela ainda não diz nada sobre o que eu fiz. Então eu continuo.


—O que era tão engraçado? — Eu pergunto a ela, colocando minhas mãos nos braços de sua cadeira para prendê-la. —Nada. — Ela dá de ombros, mas continua sorrindo. —Ouvi você rindo alto de algo, — eu lanço de volta. Eu sei que minha esposa inteligente está tramando alguma coisa. Ela ri e envolve as pernas em volta de mim. O alto banquinho da cozinha em que ela está sentada traz meu pau bem onde ele quer estar. Ela desliza as mãos pelo meu peito e envolve seus braços em volta do meu pescoço. Instintos entram em ação e eu estou levantando-a em meus braços. —Eu estava rindo porque sabia que você viria e me salvaria. Ele não parava de falar. — Não tenho tempo para subir as escadas e entrar no nosso quarto. Eu volto para o meu escritório e chuto a porta atrás de nós. Eu a movo para o sofá gigante que eu fiz amor com ela muitas vezes antes. Não tenho certeza se há algum lugar nesta casa que eu não tenha. —Esse ciúme que você tem pode trabalhar a meu favor também, — ela ri. Eu quero rir com ela, mas eu estou muito excitado. Cinco anos e ainda acho que me torno mais viciado nela todos os dias. Eu não achei que fosse possível, mas aqui estou, além de obcecado por ela. Eu deslizo minha mão em sua calcinha e essa risada se transforma em um gemido. —Aiden. — Ela levanta os quadris enquanto eu empurro dois dedos dentro dela, usando meu polegar para esfregar pequenos círculos em seu clitóris. Minha esposa perfeita é sempre tão carente do meu toque e atenção. Eu gemo. Eu nunca me canso do quanto ela precisa de mim.


Meu pau vaza o pré gozo dentro da minha calça. Eu não posso me impedir de me inclinar e deixar minha língua substituir meu polegar. Eu quero o gosto dela. Eu conheço o corpo dela e o que ela gosta, então não demora muito para ela estar gozando para mim. Eu bebo ela, pegando cada gota de sua boceta doce. Eu deslizo meu dedo para fora dela e puxo sua calcinha para baixo, jogando-a no chão. Eu não aproveito o tempo para me despir. Eu só abro meu cinto e libero meu pau para empurrar dentro dela. Ela envolve suas pernas em volta de mim enquanto eu deslizo para dentro e para fora dela. É como voltar para casa para minha esposa. A única mulher que já segurou o título. O único que sempre será.

Fim


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