Revista Di Rolê 19ª Edição

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REVISTA

Brasília, Set | Out. 2016

Ano III Ed.19

QUEBRANDO PARADIGMAS

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EXPEDIENTE Jornalistas: Bernardo Torelly, Bianca Bruneto, Bianca Ramos, Diana Melo, Julia Dalóia, Juliana Mendes, Karyne Graziane, Thalyne Carneiro. Projeto Gráfico e Diagramação: Gueldon Brito e Thaíssa Nobre. Diretoria Executiva: Júlia Dalóia e Priscilla Teles.

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SUCULENTAS CAEM NO GOSTO DOS BRASILIENSES PERSONAL ORGANIZER É A NOVA TENDÊNCIA NO MERCADO DE BRASÍLIA

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PALAVRAS AO VENTO: A CONTRADITÓRIA CONDIÇÃO HUMANA

DESTINO: CHINA

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PROGRAMANDO O FUTURO BANDA SCALENE: PROVA VIVA DE QUE BRASÍLIA AINDA É A CAPITAL DO ROCK

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SUMÁRIO

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MODA SUSTENTÁVEL E VESTUÁRIO ORGÂNICO GANHAM ESPAÇO NO PAÍS

PALAVRAS AO VENTO: DA LEMBRANÇA

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ECO

Suculentas caem no gosto dos brasilienses Plantas que parecem de mentira se popularizam pela beleza e manejo fácil Por Bernardo Torelly

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arecem plantas artificiais, p e l o a s p ec to e a s co r e s diversas que chamam a atenção. Contudo, as chamadas suculentas são espécies reais de plantas que demandam poucos cuidados e possuem diferentes formatos. Podem ser criadas em ambientes f e c h a d o s e n e ce s s i t a m d e pouca água. Por essas e outras características, estas espécies estão se popularizando no Brasil e já são uma tendência

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em países como EUA, Austrália e Japão. O número de colecionadores ve m c r e s ce n d o n o D i s t r i to Federal, bem como pequenos negócios de comercialização, voltados para a confecção de arranjos diversos, que utilizam como principal meio de divulgação a internet. Um exemplo é a empresa Flora & Ser, criada há quatro meses e formada por um casal de

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ECO estudantes de Engenharia Florestal e Agroecologia. Segundo a estudante de Agroecologia e proprietária, Luíza Lopes, 22 anos, o nome do empreendimento significa um resgate da relação fundamental entre a natureza e o ser humano, seja ela por meio de um minijardim cabendo na palma da mão, até uma horta onde se possa relaxar e produzir alimentos de qualidade. A empresa trabalha com arranjos de vários tamanhos e vasos de diferentes materiais como: madeira, vidro, barro, concreto e cerâmica. Cada um pode conter uma ou diversas espécies de suculentas, cactos ou temperos. Ela explica como funciona o manejo das suculentas: “Elas se adaptam a solos bem drenados, ambientes secos, ensolarados ou com luz indireta. Faz par te do desenvolvimento da planta as folhas da base irem murchando e morrendo lentamente, com isso indica-se a retirada após a murcha total. A quantidade de água para rega é indicada proporcionalmente ao tamanho do arranjo e material do mesmo”. Para Diego Mendes, 23 anos, aluno de Engenharia Florestal e também proprietário da Flora&Ser, o mercado de suculentas ficou pulverizado por Brasília nos mais diver-

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sos locais, desde pequenos viveiros até lojas colaborativas e grandes mercados populares. Entretanto, a venda é mais restrita a feiras e apenas com pequenas mudas ou arranjos simples. “Onde se vê destaque deste mercado de arranjos mais

elaborados são nas feiras populares, onde reúnem diversos tipos de expositores. Porém, uma feira é algo muito relativo, pouco estável. Geralmente elas possuem custos altos para expor, o que dificulta a divulgação”, conta Diego. Apesar da dificuldade para mostrar os produtos, Diego avalia como positiva a aceitação do público com as suculentas. “A aceitação do público para este tipo de planta é muito interessante, inicialmente ficam curiosos para saberem se são plantas de verdade, posteriormente se encantam com a grande variedade de espécies, texturas e cores. O público-alvo varia desde crianças

pequenas até senhoras da terceira idade.” As plantinhas, além de prát i c a s , s ã o p e r fe i t a s p a r a quem não tem muito tempo para se dedicar a jardinagem, pois possuem algumas adaptações como armazenamento de água em suas folhas, caule e raízes. Devido a estas adapt a çõ e s , a l i a d a s co m uma baixa exigência de luz tornam-se muito versáteis para deco r a r q u a l q u e r a m biente que incida uma quantia razoável de luz, como por exemplo, escritórios, banheiros, salas, quartos, varandas, cozinha e etc. Segundo Luíza, a empresa possui projetos para ampliar sua área de atuação. “Iniciamos a produção de vasos contendo temperos para a culinária, visando o público que não possui uma área grande para cultivo, mas deseja ter seus temperos mais fresco s . Ao m e s m o tempo, estamos com projetos de consultoria e mão de obra para hor tas planejadas em pequenos espaços e manutenção das mesmas, visando a qualidade dos alimentos produzidos s u s te n t a ve l mente.”

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EMPREENDEDORISMO

Personal Organizer é a nova tendência no mercado de Brasília Profissionais da organização expandem seus negócios na Capital e atendem desde sua vida pessoal a vida virtual Por Karyne Graziane

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uando a personal trainner Elaine Correia, 26 anos, foi morar sozinha, o seu primeiro desejo era ter um lugar para chamar de seu. Morando há um ano em Brasília, a profissional mudou-se para um apartamento em Águas Claras de 50 m². No início sua principal dificuldade era organizar o espaço e aliar os equipamentos de trabalho no local. Mas, durante uma pesquisa na internet, ela encontrou o serviço de personal organizer. O PO – como é popularmente conhecido – não só organiza o

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espaço, mas ensina o cliente a manter aquele sistema de forma a melhorar sua produtividade. Geralmente são procurados por pessoas que desejam ter uma vida mais organizada na área pessoal ou profissional.

“Eu perdia muito tempo tentando organizar a casa. Ficava mais cansada quando chegava em casa do que quando estava na rua trabalhando. Não havia um equilíbrio e, por vezes, eu comprava produtos e utensílios que já tinha, mas que estavam em algum canto escondido do apartamento”, afirma Elaine. O p e r s o n a l o r g a n i ze r surgiu nos Estados Unidos nos anos 80 e, no Brasil, começou a tomar forma há pouco mais de 10 anos. Em Brasília, Confira o antes e depois de um armário masculino. Cestos são uma opção barata e eficiente para organizar os produtos.


Organizar camisetas em cascata facilita a visualização das peças e a manutenção da organização.

o mercado de organização cresce a passos largos. Existem “Organizadores profissionais” que já atuam há alguns anos na cidade, mas foi nos últimos dois anos que a profissão ganhou mais visibilidade, atraindo muitas pessoas. Estima-se que a p e n a s n o Ce n t r o - O e s te existam mais de 200 profissionais atuando. De acordo com a personal organizer Monique França ( @ m fo r g a n i z a ) a l g u m a s pessoas tem a ideia equivocada de que para ser um PO

basta ser organizado ou ter um dom. “Não é bem assim. É preciso fazer cursos de formação e especialização nas áreas que se pretende atuar. A maioria tem uma habilidade natural, mas é preciso aprender técnicas específicas não apenas de organização, mas de compor tamento, abordagem e relacionamento com os clientes, para atendê-los de maneira adequada. As pessoas trabalham cada vez mais e tem pouquíssimo tempo livre, e em algum momento recorrem a um profissional de organização”, explica. Monique França atua em Brasília na organização de residências, arquivos pessoais e organização digital. De acordo com a profissional, existem critérios que visam otimizar o espaço e o tempo, dando mais qualidade de vida e possibilitando uma rotina mais produtiva ao cliente. “É muito mais do que dobrar peças de roupas e ‘m a q u i a r ’ a b a g u n ç a . O

A desorganização está em toda parte. Assim como as casas e empresas precisam ser organizadas, os ambientes digitais também precisam. Existe uma tendência de jogarmos tudo em dispositivos digitais, sem nenhum critério. Documentos, fotografias, textos e músicas ficam perdidos em computadores e smartphones e você só se dá conta do caos quando precisa de algum arquivo e não encontra. Por isso, cada vez mais

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profissional de organização leva em consideração o uso do espaço e principalmente as questões da família. Tudo é analisado antes, em conjunto com o cliente, para que seja definido o melhor método de organização para aquele ambiente”, pontua. De acordo com Monique, o serviço é acessível. Geralmente os profissionais cobram por hora, diária ou por ambiente/projeto.

Foto: Arquivo pessoal

Foto: Arquivo pessoal

EMPREENDEDORISMO

Monique França é Personal Organizer em Brasília e atua na organização de residências, de arquivos pessoais e organização digital.

pessoas estão procurando o serviço de organização digital. O objetivo desse serviço é manter os arquivos em ordem, para que o cliente possa acessar com facilidade, agilidade e segurança. É criar sistemas de acesso móvel que facilitem a rotina pessoal e profissional. Mas principalmente, ajudar o cliente a ter mais controle sobre sua vida digital e online, para que tenha mais tempo e qualidade de vida offline.

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PALAVRAS AO VENTO

A contra condição Por Bianca Ramos “Somos insatisfeitos crônicos”. É assim que Ivan Martins – um dos cronistas da atualidade que mais admiro – nos descreve, com maestria, ao final de sua crônica, publicada hoje – leia-se dia 14/09/16 – no site para o qual escreve semanalmente. E, só para não perder o costume, sou obrigada a concordar com ele: estamos constantemente insatisfeitos. Impressionante! Quem me conhece sabe o quanto gosto de gente e de me relacionar com o outro; é uma das coisas que mais me encantam nesta vida, mas acho imprescindível reconhecer o fato de sermos muito complexos e um tanto quanto estranhos. Durante muito tempo fomos considerados os únicos seres vivos capazes de raciocinar logicamente, e mesmo assim, vivemos agindo como se não fôssemos seres pensantes e dotados de tamanha inteligência.

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PALAVRAS AO VENTO

aditória o humana Sou inquieta internamente, ou seja, daquelas pessoas que gostam de entender e refletir sobre os quês e porquês, e acredito que seja por isso que a crônica postada hoje, tenha despertado em mim a necessidade de refletir sobre o fato de estarmos sempre buscando o que não temos, ao mesmo tempo em que deixamos de reconhecer o valor do que possuímos. É um verdadeiro contrassenso! Parece coisa de louco, mas não conheço um “serumaninho” sequer que não vivencie isso, incontáveis vezes, no decorrer da vida. É inegável: o bicho homem é um ser insatisfeito por natureza! Já se deu conta de como reclamamos e do quanto n o s e s q u ece m o s d e s e r mos gratos? Sei que de uns tempos para cá parece ter virado moda se declarar ou até se mostrar grato de alguma forma – creio até que a palavra gratidão seja uma das mais postadas nas redes sociais do momento – mas,

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na prática, não sinto que estejamos assim tão agradecidos de fato. Quem está solteiro quer um relacionamento a dois enquanto os comprometidos desejam a liberdade da solteirice. A criança e o jovem sonham com a idade adulta e quando adultos lamentam terem perdido a infância. Alguns perdem a saúde buscando a riqueza e quando a conquistam, não têm mais saúde para desfrutá-la. O workaholic deseja ter tempo para aproveitar as frivolidades da vida e quem tem tempo de sobra deseja não lidar com a ociosidade. O magro quer engordar, o gordo emagrecer. O baixo quer crescer e o alto demais não gostaria de estar fora da média. Quem tem cabelo cacheado o alisa e quem tem liso quer cachear. E segue a lista, porque, infelizmente, ela é infinita… Acredito que acabamos “chovendo no molhado” ao reafirmar que “o ser humano só valoriza quando perde” ou que “nunca estamos comple-

tamente satisfeitos”, mas o que, de fato, intriga é termos consciência de que nada é perfeito, de que nunca teremos tudo o que desejamos, e ainda assim insistirmos em sofrer por causa de dilemas tão humanos, e ao mesmo tempo tão desnecessários. Confesso que, como todos, também sofro deste mal e visto a carapuça da situação como se ela tivesse sido feita sob medida para mim, mas o que ainda não concebo é o fato de complicarmos tanto, quando poderíamos descomplicar. Por que será que, muitas vezes, nos custa tanto aceitar nossa realidade, reconhecer o lado bom do que temos e assim viver de um jeito mais leve? Não lhe parece uma opção bem lógica e sensata? Bem, parecer até parece, mas, como sabiamente afirmou Ivan: “somos insatisfeitos crônicos”!

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CAPA

Destino: China A nação com o maior contingente populacional do planeta está se transformando e surpreende quando o assunto é turismo Matéria e fotos por Júlia Dalóia

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uando pedimos informação a qualquer pessoa que já visitou a China, as primeiras coisas que escutamos nem sempre são positivas. Lembro que ouvi coisas bizarras sobre a falta de higiene e o jeito agressivo de ser do povo chinês. Também me recordo de comentários sobre o quanto eles fumam, inclusive em ambientes fechados, como elevadores, ônibus e trens.

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Denominada de República Popular da China, este país é único, especial, com regras próprias e modo de viver peculiar. Estamos falando aqui da nação com o maior contingente populacional do mundo, que tem uma população de 1 bilhão e 375 milhões de habitantes - o Brasil possui, hoje, uma população estimada em 206 milhões de habitantes. Se os números impressionam, imagina viver,

na prática, esta realidade. Falar de qualquer povo e seus costumes requer um certo cuidado. Não acredito que uma visita de férias ou alguns poucos meses serão suficientes para relatar, de fato, sobre como funciona uma sociedade. Principalmente a da China, que é milenar. Quando fui tirar o visto comecei a entender algo sobre o país, com aqueles vários

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CAPA

papeis a preencher que pareciam nunca acabar, cheios de detalhes. Relutei um pouco sobre a ideia de visitar o país, mas, depois, me conformei com o que tinham me dito e, então, estava decidida a conhecer mais dessa cultura tão antiga e, claro, aproveitar para ver se a China era mesmo o que me falavam. O povo chinês Tongli Town, cidade anciã que preserva traços e cultura milenares

Foram 12 cidades visitadas em 60 dias e incontáveis amigos feitos ao longo do caminho. Agora mesmo estou escrevendo esta matéria na mesinha apertada da segunda classe do trem convencional e vejo, de cantinho de olho, pelo menos duas pessoas me mirando fixamente, tentando descobrir mais dessa pessoa “diferente” que está em seu local comum.

sistema de envio de mensagens se assemelha ao do WhatsApp, com a possibilidade de tradução do chinês para o inglês, envio de áudio, fotos e vídeos. Além disso, tem uma timeline, onde é possível guardar registros fotográficos com comentários, como acontece no Facebook. Em dois meses somava em minha agenda pelo menos 40 novos contatos, de pessoas que conheci em ônibus, hostels, ou pedindo informação na rua.

Mamadeiras com diferentes sabores de iogurtes mostram um pouco da criatividade deste povo

A comunicação na China não é fácil para estrangeiros, uma vez que nenhuma ferramenta do Google é permitida, assim como Facebook, Instagram, além de alguns sites convencionais. O sistema de comunicação deles é único e exclusivo. Para se ter uma ideia, um mesmo aplicativo, o famoso WeChat, executa de uma só vez pelo menos três funções, além de ser prático e ter fácil acesso. É possível notar, por meio deste App multiuso, a criatividade e genialidade do povo chinês. Cada conta tem um QR Code único - como uma identidade -, por onde se adiciona um novo amigo com uma leitura rápida de um telefone para outro, além de possibilitar o pagamento de contas diversas em lojas e supermercados, por exemplo. O

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O povo chinês têm características próprias. Eles são curiosos, comem de um jeito peculiar, falam alto e adoram registrar em fotos cada momento, sempre com um “pau de selfie” nas mãos. É também um povo que se mostrou acolhedor e generoso em diversos momentos, além de serem solícitos e adorarem presentear. Nas horas mais delicadas de comunicação, sempre surgia uma alma iluminada oferendo auxílio, e tudo se resolvia. É interessante notar o quanto se vive extremos neste país. Em determinados momentos é fácil sentir-se importante, com todos te dando

Uma multidão de pessoas aglomeradas registram um espetáculo de chafariz em Hangzhou

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CAPA atenção e te olhando como se fosse uma celebridade. Por outro lado, é possível sentir-se “excluído” também pela reação negativa de alguns, devido a falta de conhecimento e maior contato com estrangeiros. Com o tempo é possível compreender algumas dessas reações. A cultura chinesa A China foi o país que mais cresceu economicamente nos últimos 20 anos, resultando em diversas mudanças para o país, no âmbito social e cultural.

A China tem uma beleza exuberante

Ainda é possível ver cidadezinhas anciãs, com arquitetura e costumes tradicionais. Mas convivendo com este povo é possível perceber mudanças interessantes de alguns hábitos antigos, como escarrar e cuspir, arrotar no meio de uma conversa, ou fumar em ambientes fechados. Não se vê facilmente comportamentos como

estes entre os jovens, que também já conseguem se comunicar em inglês. Estabelecer algum a co m u n i c a ç ã o verbal com os pais dessa nova geração é algo raro. O povo chinês aprecia gastronomia e, a todo momento do dia, é possível ver pessoas consumindo em restaurantes e pequenas lojas de comida local no meio da rua. Estava conversando com uma amiga chinesa sobre o assunto e ela explicou que o motivo de tantas refeições ao dia se deve ao fato da dieta deles se basear, principalmente, em massa caseira (mais conhecida como noodles), arroz, vegetais e chá. Alimentos como queijo, chocolate e carne de qualidade são raros na China. Em compensação, esse povo adora uma comida picante. A fartura de pimenta é grande e esta especiaria é parte fundamental de qualquer refeição do dia. A natureza na China é algo impressionante e de tirar o fôlego e, mesmo com um grande número de pessoas visitando parques e paisagens que só se vê neste país, é possível notar um cuidado com a sustentabilidade, inexistente há alguns anos. Diria que as landscapes mais imponentes estão neste país, com suas belas montanhas,

Na China é comum ver jardins de flor de Lótus em vários parques públicos

florestas, rios, cachoeiras, flora e fauna exuberantes! O dia a dia na China Como é desafiador e mexe com os nossos sentidos lidar com pessoas de outras culturas. Especialmente na China, saber conviver, compartilhar e ter tolerância com o próximo são atitudes que devem ser praticadas a todo instante. Assim como você, existem incontáveis pessoas

Produção de rice noodles (macarrão de arroz) caseiro no meio da rua

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CAPA procurando pelo mesmo serviço ao mesmo tempo, seja no turismo, alimentação ou transporte. A China tem um sistema ferroviário de se admirar, com seus 19 mil quilômetros de extensão, e uma disputa acirrada pelos bilhetes entre as principais cidades. O país possui a linha ferroviária de alta velocidade com maior extensão do mundo, somando 2.300 quilômetros no trecho que liga as cidades de Pequim e Guangzhou. A experiência de pegar um trem convencional é especial e pode render belas histórias para contar. Já o trem-bala tem o seu requinte, é mais cômodo e rápido, mas tem um preço mais salgado, podendo

chegar ao dobro do valor do trem convencional. A moeda local é o Yuan Chinês e vale menos que o Real, cujo a diferença é de 1 para 2, aproximadamente. É possível tomar um café da manhã reforçado, com Pao-tzu (o tradicional pãozinho chinês com recheio de vegetais ou carne), dumpling ou ravióli chinês, e a tradicional sopa de arroz por apenas 11 yuan, o equivalente a 5 reais. Passagens de ônibus e metrô não passam de 4 yuan (mais ou menos 2 reais), e é possível se locomover somente desta forma nas cidades, já que a maioria conta com um sistema de transporte público moderno. O mais interessante é percorrer ci-

dades e bairros a pé e ver de pertinho um pouco mais dos costumes locais. Na China é comum ver grupos de pessoas dançando no meio da rua, seja para se exercitar, por lazer, ou pela simples prática da ginástica laboral. A garrafinha com chá é parceira fiel, assim como uma garrafa de água é para os ocidentais. Com essa soma de atitudes e hábitos, hoje consigo entender um pouco melhor o porquê do país ter alto índice de longevidade. Outro costume distinto dos ocidentais é o sanitário de latrina, aquele que fica no chão, onde é preciso agachar-se. O mau cheiro é forte e a posição desconfortável. Além disso, papel higiênico é um item escasso nos banheiros públicos,

A China tem uma beleza exuberante

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CAPA principalmente e, por isso, é sempre importante andar com um rolinho de papel na bolsa. A intensidade com que se vive a China é impressionante e o mais importante é imergir na cultura, sem medos ou receios. É interessante imaginar que as dificuldades encontradas no caminho serão apenas meios para se conhecer novas pessoas e viver novas aventuras. Viagem em trem convencional pode render sempre belas histórias. Este dia foi memorável...

Leia as dicas da Di Rolê para uma viagem à China! Aplicativos que você deve ter em seu celular: VPN Betternet – permite o uso normal de internet Google Translate Offline – tradutor Maps.me – melhor mapa offline No trem fazendo amizades com um grupo de mulheres de uma região mais afastada na China

Ctrip – para comprar bilhetes de trem e ônibus WeChat – ferramenta de comunicação eficaz e a mais utilizada na China Estudar minimamente o Mandarim Comprar bilhetes de trem ou ônibus e efetuar reservas em hotel ou hostel com, no mínimo, 4 dias de antecedência Se você tem algum problema respiratório, comprar uma máscara de proteção pode ser uma boa opção. A maior parte das cidades de médio e g r a n d e porte têm altos índices de poluição do ar.

Danxia Park, em Zhangye, tem este cenário de tirar o fôlego, com montanhas de cores

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CIDADANIA

Programando o futuro Por Thalyne Carneiro

Conheça a ONG de Valparaíso que estimula conhecimento, cultura e qualidade de vida

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evar conhecimento a quem precisa, ao mesmo tempo em que cuida do meio ambiente, esse é o objetivo da ONG “Programando o Futuro”, criada por Vilmar Simon e mais quatro amigos. “A gente começou o projeto exatamente porque ninguém entrou em uma faculdade. Gostávamos dessa área de informática e não queríamos ficar ociosos”, conta Vilmar. Hoje, a ONG, sediada em Valparaíso de Goiás-GO, já atende mais de 500 mil pessoas no Brasil inteiro. A instituição possui três projetos voltados para o desenvolvimento sociocultural das regiões onde são executados, são eles: a Estação de Metarreciclagem, onde computadores, celulares, tablets e todo tipo de lixo digital é separado e encaminhado de volta para os fabricantes; a Inclusão Digital, com laboratórios de informática em escolas e comunidades carentes para capacitação técnica; e a Produção Cultural, onde a Organiza-

ção estimula e auxilia a promoção de festivais e eventos culturais. Diversos pontos de recolhimento de resíduos eletrônicos estão espalhados pelo Distrito Federal. Os itens recolhidos são encaminhados para a desmontagem na Estação de Metarreciclagem, que funciona na sede e conta com estagiários para auxiliar na atividade, como explica Vilmar: “Nós desmontamos todos os equipamentos e separamos todas as peças. Assim, como na reciclagem de embalagem de leite, é preciso separar todos os materiais para só depois serem reutilizados. Depois reenviamos para o fabricante”. Já a inclusão digital é feita por meio de laboratórios de informática montados com equipamentos descartados de instituições públicas. “Os computadores são doados a nossa ONG conforme vão sendo substituídos. Nós montamos o laboratório em algum espaço público e depois de

Fotos: Arquivo pessoal

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Fotos: Arquivo pessoal

CIDADANIA pronto acontecem capacitações para a comunidade. Quem participa recebe um certificado”, diz o fundador. Jovens e adultos podem participar destas capacitações. Quem estiver em idade escolar, precisa manter boas notas e ser assíduo na escola. “Só na sede, passam cerca de 80 pessoas por dia, sendo uma boa parte de idosos”. “Em um país de proporções continentais como o Brasil, onde só existe fornecimento de telefone e internet por empresas privadas é imprescindível esse tipo de iniciativa”, pontua Vilmar, “As empresas privadas só se interessam por onde há retorno financeiro para elas. As regiões mais carentes do Brasil continuam com uma dificuldade imensa, além da desigualdade social entre as regiões. O poder aquisitivo não é o mesmo. A inclusão digital é muito importante para estas pessoas”, conclui.

Fotos: Arquivo pessoal

Fotos: Arquivo pessoal

Quer saber um pouco mais? Conheça a ONG! www.programandoofuturo.org.br

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Foto: Breno Galtier

HITS

Banda Scalene: prova viva de que Brasília ainda é a Capital do rock Conheça a trajetória de um dos mais novos talentos nascidos na Capital, que tem conquistado fãs Brasil afora Por Juliana Mendes

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odos sabem que Brasília foi berço de muitas bandas de rock que fizeram sucesso pelo Brasil, sendo Legião Urbana uma das mais aclamadas nas décadas de 80 e 90. Sem deixar de men-

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cionar Capital Inicial, Plebe Rude, Raimundos e tantas outras que levaram diferentes gerações ao delírio. Passam os anos e ela continua forte como a Capital do Rock, revelando talentos e fazen-

do a felicidade de jovens amantes do estilo. Scalene é o nome de sucesso da atual leva de talentos desvendados em Brasília que, como outras bandas, surgiu

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HITS de um grupo de amigos, mas com personalidade própria que tem conquistado fãs pelos quatro cantos do Brasil. Influenciados por ídolos do rock internacional como

Queens of Stone Age, Radiohead, O’Brother e Thrice, a banda Scalene é formada pelos irmãos Gustavo Bertoni, guitarra/vocal, e Tomás Bertoni, também guitarrista; pelo baixista Lucas Furtado

e pelo baterista e vocalista Philipe Conde. Com uma trajetória bem sucedida, os meninos da Scalene são seguidos nas redes sociais e já fazem parte da trilha sonora de muitos jovens por aí.

Veja abaixo a linha do tempo que mostra a história da banda:

Nasce em Brasília, de um grupo de velhos amigos, a ideia de formar uma banda de rock. Sem muita experiência com música, dão início a um ano de ensaios e aprendizado. Nesse momento ainda conta com uma integrante a mais, a vocalista Alexia Fidalgo.

Ano em que a banda passa a ser um quarteto com a saída da vocalista Alexia. Como disse o baixista Lucas, tudo foi desafio e serviu para aprimorar a carreira, que nesse ano começa a deslanchar. “A cada passo que demos desde o início enfrentamos novos desafios e dificuldades e isso nos ajuda a crescer e nos preparar para cada nova etapa da nossa carreira”, afirma.

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2008

2009

O ano em que tudo, realmente, começa. Com a banda já formada, começam as apresentações e a produção de material. Ainda sem muita experiência, muitos erros são cometidos na tentativa de acertar. Enfrenta dificuldades para arcar com os shows, para garantir os locais com o mínimo de estrutura para as apresentações, além da luta para administrar a própria carreira e fazer a divulgação da banda que acabara de nascer.

2011

Já foram dois anos de estrada, ganhando experiência e fãs. Nesse ano toca em vários festivais de música de Brasília e começa a produzir o EP independente Cromático, que a levaria a palcos de artistas consagrados da música brasileira.

2010

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HITS Além de finalizar o álbum Cromático, participa de vários programas, grava vários clipes e começa a sair de Brasília para conquistar o Brasil. Porém, nem tudo são flores. Nesse ano alguns integrantes passam por momentos familiares difíceis. Mas unidos, seguem apoiando uns aos outros e, no final do ano, se preparam para gravar o primeiro CD, em estúdio, da banda. Começa então a produção do disco duplo Real/Surreal que foi visto com desconfiança por muita gente que, mais tarde, veria o sucesso do trabalho que até hoje é elogiado pelos fãs.

Ainda colhe frutos do primeiro CD e começa a despontar nas rádios de todo o país. Uma das músicas do álbum, “Danse Macabre”, é tocada na principal emissora de rádio especialista em rock do Brasil, na cidade de São Paulo. Nesse ano abre shows de artistas consagrados, realiza 45 shows em diversas cidades e participa inclusive de festivais como Porão do Rock. Além de ter o clipe “Surreal” veiculado em emissoras de TV como MTV e Multishow.

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2012

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2014

2015

Lançamento do CD Real/ Surreal, em agosto desse ano. Além do lançamento do primeiro trabalho profissional, começa a preparar o segundo álbum, independente, que acaba fazendo sucesso e conquistando lugar na lista de melhores do ano em sites e blogs especializados.

Chega ao ápice dos primeiros anos de carreira. Muitos diriam que esse foi um ano de ouro para a banda. Participa de festivais famosos como o Lollapalooza, no Brasil, e o South by Southwest, no Texas – EUA. É ainda o ano de lançamento do segundo álbum gravado em estúdio, Éter, contendo 12 faixas. Mas o momento mais marcante do ano foi a participação no programa da Rede Globo, SuperStar, em que levou o segundo lugar. A trajetória no programa foi um sucesso e fundamental para o crescimento da banda tanto em experiência, quanto em visibilidade. Após a aparição em cadeia nacional, muitos fãs foram conquistados e várias oportunidades surgiram.

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HITS

2016 Sentindo a falta de mais um instrumentista nos shows, o quarteto convidou o amigo Samyr Aissami para participações especiais. O que tem feito muito sucesso nos arranjos de guitarra, teclado e percussão. Samyr inclusive já foi personagem de um dos momentos inusitados vividos pela banda como conta Lucas. “Durante a gravação do nosso DVD Ao Vivo em Brasília, o multi-instrumentalista foi sair do palco durante uma música em que não participaria e perdeu o adaptador que liga o fone ao som do palco, percebendo isso entrou em desespero e saiu correndo pelo backstage gritando ‘adaptador, adaptador’, até que a produção conseguiu outro no momento exato de ele voltar ao palco.” Lança mais um EP independente, Entrelaços/Inércia com faixas gravadas no primeiro DVD ao vivo, lançado em julho desse ano. Em agosto, participa do Festival Feeling Pro Rock, se apresentando ao lado de bandas renomadas como CPM 22 e Tihuana.

Banda Scalene... Eu Curto! Sucesso também nas redes sociais, a banda Scalene coleciona mais de 320 mil curtidas só no facebook. Os fãs são participativos, acompanham

a trajetória da banda, comentam, sugerem e elogiam o trabalho. Reconhecimento fundamental para os integrantes que têm como expectativas para o futuro continuar crescendo e levar os fãs ao delírio.

Um dos planos é lançar um novo disco em 2017. Em nome da banda, o talentoso baixista Lucas Furtado emite um alerta aos milhares de fãs e admiradores...“Muita coisa boa vem por aí. Fiquem ligados!”

Foto: Breno Galtier

Confira depoimentos de fãs da banda:

Eduardo Oliveira O Éter de fato é a evolução de vocês e da mensagem que estão passando pra esse mundão. Mas poucas coisas se comparam ao Real/Surreal; um disco forte, grandioso e completo. Vou ouvir sempre e me alimentar dele sempre! Camila de Oliveira Borges A gratidão eterna sempre será nossa. Eu tenho um enorme orgulho de ser fã de vocês, pois vocês me proporcionaram muita coisa boa e fizeram com que, mesmo que quase na meia idade, eu evoluísse como pessoa. Obrigada pelas músicas que fazem com que possamos abordar e absorver

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Foto: Breno Galtier

HITS

assuntos pelos quais nunca pensamos antes, obrigada por ser quem são. Tamo junto. Talita Eduarda Vocês são bom no que fazem e por isso tem fãs por todo o Brasil. Eu como fã estou acompanhando há muito tempo e irei continuar indo com vocês até onde quiserem ir. Eu fico sem palavras pra descrever o quão grande é meu amor e carinho que sinto por cada um. Eu amo vocês, somente isso e continuarei apoiando até o ultimo dia.

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Rafael Alcântara Melhor banda de todas pra mim! Minha preferida, pois todas as músicas me inspiram em todas as áreas da minha vida e fazem-me enxergar o mundo de uma maneira diferente e melhor, com isso me tornei uma pessoa diferente através de todas as letras e melodias. . . Só tenho que agradecer por existirem! Kelvin Henrique Moreira Esse álbum me entende melhor que muita gente por aí. haha .

Apesar de toda a evolução que o Éter trouxe, vai ser difícil superar essa obra, viu. E quando superar. . . Vai ser outro tiro no coração. Tamo esperando! <3 Diogo Sanchez O m e u c h eg o u e s s e s dias, e só pude ouvir hoje. É o álbum mais completo musicalmente q u e e u j á o u v i d a cena atual da música brasileira. Vocês são músicos excepcionais, com conceitos e ideias expostas nos trabalhos de vocês que são de tirar o chapéu.

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TRIBOS

Moda sustentável e vestuário orgânico ganham espaço no país Também conhecida como ecofashion, a moda que se preocupa com o meio ambiente e ganha lugar nas passarelas Por Diana Melo ntes a palavra “orgânica” era utilizada apenas para se referir aos alimentos. Hoje, o termo vem sendo incorporado à indústria da moda com a ajuda de grandes marcas como Adidas e Vogue, que já introduziram ao seu modo de produção medidas que ajudam a preservar o meio ambiente. No Brasil, o grande nome na moda verde é a empresa carioca Osklen. Para serem consideradas parte da onda ecofashion, termo utilizado para se referir a marcas que praticam o consumo sustentável, as empresas devem adotar medidas legalmente ecológicas, desde a produção do algodão para fabricação do tecido até a embalagem final da peça. No que se refere à produção do algodão, a diferença está no cultivo da planta sem o uso de inseticidas ou pesticidas e no processo de plantio. Na

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versão orgânica, os agricultores usam água reciclada de outras produções, no processo de tingimento, são utilizados apenas pigmentos naturais. A produção de peças com materiais reciclados tem chamado bastante atenção nos últimos tempos. Podem ser utilizados materiais como rolo de fita de vídeo cassete, garrafas plásticas, jornal, tecido de guarda-chuva e CD, por exemplo.

Week, e também apresentou sua coleção na festa em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, realizada no Instituto Federal de Brasília (IFB). A programação do evento contou com feira de artesanatos recicláveis, exposição de cultivos conscientes e show de bandas alternativas da cidade. Fotos: Diana Melo

A

A estilista brasiliense Lua Guirra, 36 anos, cria vestidos de noivas com papel higiênico e saias de guarda-chuva velho. A artista já expôs o seu trabalho no principal evento de moda de Brasília, o Capital Fashion

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TRIBOS A coleção foi produzida basicamente com materiais encontrados na rua ou doado por colegas. Lua ressalta as principais vantagens de se trabalhar com moda sustentável, “A vantagem deste trabalho é o incentivo ao consumo consciente. Porém, outro benefício é ter o material para a produção da peça praticamente sem custo algum”. Desafio A moda verde tem conquistado seu espaço, porém, existem dificuldades para quem produz esses produtos. Para a estilista Lua Guirra, o maior problema é se adequar ao sistema de produção ainda muito jovem, se comparado ao tradicional.

Fotos: Diana Melo

“Para lançar uma marca são necessárias pesquisas, consultorias e uma adequação no processo de produção. Encontrar investidores que apostem nesta tendência ainda é um pouco difícil”, explica. Com relação ao mercado brasileiro, a jornalista pós-graduada em moda, Ana Lídia Brandão, se mantém bastante otimista. A profissional acredita que o Brasil tem potencial para produzir cada vez mais peças do segmento ecofashion. “Em países da Europa existe uma maior aceitação e preocupação com os produtos corretamente ecológicos. Porém o Brasil é muito rico em matéria-prima para produzir tais peças. Acredito que não demore muito até a moda sustentável se consolidar no país”, comenta a jornalista.

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Da lembranรงa Por Bianca Bruneto

Quando eu me for Lembre [Amor]

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