UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO FAC - FACULDADE DE COMUNICAÇÃO CURSO DE RÁDIO, TV E INTERNET LUMOS PRODUTORA
PROGRAMA GRAVADO: SEM COLARINHO
SÃO BERNARDO DO CAMPO 2015
Alaisa Correa André Bravim Breno dos Santos Guilherme Tavares Ingridy Tenorio Jéssica Mesquita Lucas Alves Lucas de Freitas Michel Gentil Ramonna Abreu Talita Dias
PROGRAMA GRAVADO: Sem Colarinho
Projeto Integrado apresentado à Faculdade de Comunicação, da Universidade Metodista de São Paulo, no Curso de Rádio, TV e Internet, como pré-requisito de avaliação do 5º período. Trabalho sob orientação dos Professores Marcelo Moreira e Marcio Kowalski. Professores Orientadores: Álvaro Peterson, Altair Scheneider, Diego Franco, Eric Ribeiro, Guilherme Bravo, Júlio C Fernandes, Rogério Furlan e José F. Tarallo.
SÃO BERNARDO DO CAMPO 2015
Aos nossos pais, familiares e amigos que nos apoiam, nos incentivam e estão ao nosso lado em todas as situaçþes.
Aos nossos professores, que nos proporcionam a base para elaboração
do
incentivam
a
conhecimento,
projeto,
nos
adquirirmos
o
transmitindo
assim confiança e tranquilidade; e à Universidade Metodista de São Paulo pela infraestrutura e atenção.
Resumo
O Projeto do programa gravado Sem Colarinho foi realizado pelos alunos do 5º período de Rádio, TV e Internet, da Universidade Metodista de São Paulo, com o gênero debate, voltado para o entretenimento feminino. O projeto inclui o roteiro original do programa, contendo 27 minutos de arte, um site de divulgação feito pela Lumos Produções, esta pasta de produção, um podcast (de aproximadamente 13 minutos) e a gravação do programa piloto em vídeo. Para o desenvolvimento foi feito um estudo sobre a programação do canal Fox Life, incluindo o gênero em que o programa se insere, além da grade horária e seu público-alvo. O projeto só se tornou possível após a união dos estudos teóricos nas áreas de narratividade, legislação e programação. Também foram aplicados ao projeto os estudos em produção, direção de arte, web rádio, edição e videografismo. Esperamos que programa gravado Sem Colarinho possa se tornar um produto audiovisual reconhecido no mercado atual. E que as pesquisas mostrem coesão com o conteúdo expresso no programa piloto e nesta pasta de produção.
Palavras-chave: Debate Feminino, Entretenimento, Televisão, Bar, Produção, Rádio, Tv e internet.
Sumário de fotos Figura 1 - Programação do canal Fox Life .............................................................. 18 Figura 2 - Pesquisa IBGE ........................................................................................ 20 Figura 3 - Projeto cenográfico do bar A ................................................................... 39 Figura 4 - Bar "La Revolucion" A ............................................................................. 40 Figura 5 - Bar "La Revolucion" B ............................................................................. 40 Figura 6 - Bar "La Revolucion" C ............................................................................. 41 Figura 7 - Cenário do porgrama A ........................................................................... 42 Figura 8 - Cenário do programa B ........................................................................... 42 Figura 9 - Quadro de parede A ................................................................................ 43 Figura 10 - Quadro de parede B .............................................................................. 43 Figura 11 - Cortina................................................................................................... 44 Figura 12 - Quadro de parede C ............................................................................. 44 Figura 13 - Projeto cenográfico B ............................................................................ 45 Figura 14 - Cenografia quadro "Rapidinha" A.......................................................... 46 Figura 15 - Cenografia quadro "Rapidinha" B.......................................................... 46 Figura 16 - Paleta de cor Bar .................................................................................. 47 Figura 17 - Paleta de cor quadro "Rapidinha" ......................................................... 47 Figura 18 - Bar do filme "À prova de morte" A ......................................................... 48 Figura 19 - Bar do filme "À prova de morte" B ......................................................... 49 Figura 20 - Bar do filme "À prova de morte" C......................................................... 49 Figura 21 - Bar do filme "À prova de morte" D......................................................... 50 Figura 22 - Cenário do filme "Moulin Rouge” A ....................................................... 51 Figura 23 - Cenário do filme "Moulin Rouge” B ....................................................... 51 Figura 24 - Cenário do filme "Moulin Rouge” C ....................................................... 52 Figura 25 - Bar MacLaren's Pub A .......................................................................... 53 Figura 26 - Bar MacLaren's Pub B .......................................................................... 53 Figura 27 - Bar MacLaren's Pub C .......................................................................... 54 Figura 28 - Bar da série AYTC 01 ........................................................................... 55 Figura 29 - Bar da série AYTC 02 ........................................................................... 55 Figura 30 - Bar da série AYTC 03 ........................................................................... 56 Figura 31 - Bar da série AYTC 04 ........................................................................... 56 Figura 32 - Cafeteria da série "Friends" A ............................................................... 57 Figura 33 - Cafeteria da série "Friends" B ............................................................... 57 Figura 34 - Cafeteria da série "Friends" C ............................................................... 58 Figura 35 - Programa "Gabi quase proibida" A........................................................ 59 Figura 36 - Programa "Gabi quase proibida" B........................................................ 59 Figura 37 - Cenário do MTV sem vergonha A ......................................................... 60 Figura 38 - Cenário do MTV sem vergonha B ......................................................... 61 Figura 39 - Poltrona Vermelha ................................................................................ 61 Figura 40 - Cenário Rock n’ roll ............................................................................... 62 Figura 41 - Figurino Giovani .................................................................................... 63 Figura 42 - Paleta de Cor A ..................................................................................... 63 Figura 43 - Figurino Natália ..................................................................................... 64 Figura 44 - Paleta de cor B ...................................................................................... 64 Figura 45 - Figurino Samara .................................................................................... 65 Figura 46 - Paleta de cor C ..................................................................................... 65 Figura 47 - Figurino Mariana ................................................................................... 66 Figura 48 - Paleta de cor C ..................................................................................... 66 6
Figura 49 - Figurino Claudia .................................................................................... 67 Figura 50 - Paleta de cor D ..................................................................................... 67 Figura 51 - Figurino Bianca ..................................................................................... 68 Figura 52 - Paleta de cor E ...................................................................................... 68 Figura 53 - Figurino Ingridy ..................................................................................... 69 Figura 54 - Paleta de cor F ...................................................................................... 69 Figura 55 - Alexandre Herchcovitch ........................................................................ 70 Figura 56 - Figurino Didi .......................................................................................... 71 Figura 57 - Figurino Didi B ....................................................................................... 72 Figura 58 - Roupas .................................................................................................. 72 Figura 59 - Roupas B .............................................................................................. 73 Figura 60 - Figurino Miley Cyrus.............................................................................. 74 Figura 61 - Figurino Didi Wagner............................................................................. 74 Figura 62 - Referência Figurino Natália ................................................................... 75 Figura 63 - Referência figurino Natália B................................................................. 76 Figura 64 - Referência figurino Natália C ................................................................ 76 Figura 65 - Figurino Penépole Nova ........................................................................ 77 Figura 66 - Figurino Penépole Nova B .................................................................... 77 Figura 67 - Figurino Ray Mattos .............................................................................. 78 Figura 68 - Figurino Ray Mattos B ........................................................................... 79 Figura 69 - Figurino Samara .................................................................................... 79 Figura 70 - Figurino Samara B ................................................................................ 80 Figura 71 - Figurino Julliany Souza ......................................................................... 80 Figura 72 - Figurino Julliany Souza B ...................................................................... 81 Figura 73 - Proposta de figurino Mariana ................................................................ 82 Figura 74 - Figurino Fernanda Lima ........................................................................ 83 Figura 75 - Figurino Fernanda Lima B ..................................................................... 84 Figura 76 - Figurino Fernanda Lima C..................................................................... 84 Figura 77 - Figurino Isabelle .................................................................................... 85 Figura 78 - Figurinos de Repórter............................................................................ 85 Figura 79 - Mapa cenário do bar ............................................................................. 86 Figura 80 - Mapa cenário do estúdio ....................................................................... 87 Figura 81 - Mapa de figurino A ................................................................................ 88 Figura 82 - Mapa de figurino B ................................................................................ 89 Figura 83 - Mapa de figurino C ................................................................................ 90 Figura 84 - Mapa de figurino D ................................................................................ 91 Figura 85 - Mapa de figurino D ................................................................................ 92 Figura 86 - Mapa de medida A ................................................................................ 93 Figura 87 - Mapa de medida B ................................................................................ 94 Figura 88 - Mapa de medida C ................................................................................ 94 Figura 89 - Apresentadores conversando ............................................................... 96 Figura 90 - Giovani e Samara ................................................................................. 97 Figura 91 - Mapa de Luz da cabeça ........................................................................ 98 Figura 92 - Claudia encarando a câmera ................................................................ 99 Figura 93 - Repórter Ingrid na Balada ................................................................... 100 Figura 94 - Logotipo do programa Sem Colarinho................................................. 116 Figura 95 - Logotipo Maga Morena ....................................................................... 117 Figura 96 - Tampa de barril Budweiser ................................................................. 117 Figura 97 - Neon.................................................................................................... 118 Figura 98 - Logotipo Sem Colarinho 2 ................................................................... 118 7
Figura 99 - Celular Giovani .................................................................................... 121 Figura 100 - Exemplo celular vinheta .................................................................... 122 Figura 101 - Saturday Night Live A........................................................................ 123 Figura 102 - Satuday Night Live B ......................................................................... 123 Figura 103 - How I Met Your Mother ..................................................................... 124 Figura 104 - Bloco X - Omeleteve ......................................................................... 124 Figura 105 - GC Programa Cabeça ....................................................................... 125
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SUMÁRIO
CAPÍTULO 1 – PROGRAMA GRAVADO – SEM COLARINHO ....................... 10 1.1 Nome do programa .................................................................................... 10 1.2 Funções e Respectivos nomes .................................................................. 10 1.3 Apresentação ............................................................................................. 10 1.4 Objetivos .................................................................................................... 12 1.5 Proposta de trabalho .................................................................................. 12 1.6 Justificativa ................................................................................................. 16 CAPÍTULO 2 – ROTEIRO ................................................................................ 21 2.1 Roteiro do programa Sem Colarinho .......................................................... 21 2.2 Pautas das matérias produzidas ................................................................ 26 2.3 Roteiro do quadro “Rapidinha” ................................................................... 33 2.4 Espelho do programa de TV....................................................................... 36 CAPÍTULO 3 – DIREÇÃO DE ARTE ................................................................ 37 3.1 Direção de arte ........................................................................................... 37 3.2 Projeto Cenográfico .................................................................................... 38 3.3 Paleta de cor .............................................................................................. 47 3.4 Referências Cenográficas .......................................................................... 48 3.5 Figurinos..................................................................................................... 62 3.6 Referência de Figurinos ............................................................................. 70 3.7 Mapa de Cenografia ................................................................................... 86 3.8 Mapa de Figurino ....................................................................................... 88 3.9 Mapa de medidas ....................................................................................... 93 CAPÍTULO 4 – DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA .................................................. 95 4.1 Realização.................................................................................................. 95 4.2 Defesa da construção estética ................................................................... 95 4.3 Referências audiovisuais.......................................................................... 100 CAPÍTULO 5 – DIREÇÃO DE ÁUDIO ............................................................ 101 5.1 Concepção Sonora: Cabeças................................................................... 101 5.2 Roteiro do programa ................................................................................ 102 5.3 Concepção Sonora: Matérias ................................................................... 107 5.4 Concepção Sonora: “Rapidinha” .............................................................. 107 5.5 Roteiro “Rapidinha” .................................................................................. 107 5.6 Concepção sonora: Podcast .................................................................... 110 5.7 Roteiro ...................................................................................................... 112 CAPÍTULO 6 – CONCEITO DE CRIAÇÃO .................................................... 115 6.1 Defesa para a construção do logo ............................................................ 115 6.2 Campanha Sem Colarinho ....................................................................... 119 6.3 Defesa para a linguagem de edição ......................................................... 119 6.4 Vinheta ..................................................................................................... 121 6.5 Arte para o GC do Programa.................................................................... 125 CAPÍTULO 7 – LEGISLAÇÃO ........................................................................ 126 7.1 Direito de Imagem .................................................................................... 126 7.2 Direito Autoral........................................................................................... 127 7.3 Classificação Indicativa ............................................................................ 130 7.4 ECAD ....................................................................................................... 131 REFERÊNCIAS .............................................................................................. 133 ANEXOS ........................................................................................................ 136
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CAPÍTULO 1 – PROGRAMA GRAVADO – SEM COLARINHO
1.1 Nome do programa
O nome do programa escolhido para esse semestre veio através de referências aos colarinhos presentes em roupas sociais masculinas, pois as roupas femininas geralmente não têm. E através da bebida Chopp, onde os homens costumam pedi-la com colarinho e as mulheres sem o colarinho. Surgindo então o nome Sem Colarinho.
1.2 Funções e Respectivos nomes
As funções foram divididas em: Direção geral – Lucas Alves Direção de arte – Talita Dias Direção de fotografia – Lucas de Freitas, Ingridy Ciscato, Michel Gentil e André Bravim Áudio – Breno dos Santos, Guilherme Tavares Produção – Jéssica Mesquita Santos, Alaisa Correa, Talita Dias, André Bravim, Ramonna Abreu Lisboa, Michel Gentil, Ingridy Ciscato Edição – Guilherme Tavares, Breno dos Santos Casting – Lucas Alves Roteirista e responsável pelas pautas – Alaisa Correa
1.3 Apresentação
No curso de comunicação de Rádio, TV e Internet da Universidade Metodista de São Paulo os alunos do 5º Semestre desenvolveram um Projeto Integrado, com base em criação de um programa de TV gravado, onde o tema e o gênero eram de escolha das produtoras. A proposta é que os alunos desenvolvam a ideia desde a criação do roteiro até a finalização do mesmo em divulgação em redes sociais, podcast, reforçando assim a ideia de cross mídia e transmídia. Foi introduzida uma pesquisa sobre os programas de diversos gêneros e formatos televisivos até chegar a proposta final. E dar continuidade ao processo de construção da pasta de produção junto as assessorias feitas em sala de aula. O programa foi finalizado e elaborado com 11 integrantes.
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Feito a pesquisa sobre os programas de diversos gêneros e formatos televisivos até chegar à proposta final. E dar continuidade ao processo de construção da pasta de produção junto às assessorias feitas em sala de aula. O programa foi finalizado e elaborado com 10 integrantes. A escolha da produtora Lumos, foi sobre as emissoras de canal fechado (TV por assinatura), iniciando os apontamentos de público-alvo a ser atingido, classe social, forma de abordagem, grade horária e estilo de programas e emissoras. Com base nas pesquisas, a ideia de projeto da Produtora Lumos se encaixa com o estilo do programa da emissora Fox Life, um canal fechado, voltado para o entretenimento e o público feminino entre 18 e 49 anos. Após isso, começou a ser feita a escolha do local para gravação, cenário, figurinos e casting com apresentadores e participantes. O local de gravação seria em externa e interna (dentro do estúdio da Universidade). Em externa, seria onde o programa aconteceria. A produtora Lumos queria um local, onde os participantes se sentiriam a vontade e não seria em formato de programa de auditório, como a maioria dos programas de TV aberta, e que quebrassem os estereótipos e preconceitos com o próprio público feminino, fazendo com que quem assistisse ao programa, tivesse uma nova visão de sociedade, um novo olhar para aquilo que já era “velho”, pois a sociedade entende a partir do que se vê. A escolha do local foi um bar, com um cenário bem diferenciado, com luzes e tons quentes. O local tinha que ser ao mesmo tempo aconchegante e deixar os jovens participantes à vontade para debater os assuntos. E nada melhor que a mesa de um bar, onde a maioria dos jovens frequenta e abordam assuntos desde relacionamentos, vida profissional e uma partida de futebol. O nome do programa e o logo vieram em seguida. O logo teria de ser associado ao bar, e um símbolo feminino. O grupo de criação e editores trabalhou em cima disso, com paletas de cores, design, e tipografia. Tudo para deixar o logo diferenciado e com a característica do programa. Criaram então, o Sem Colarinho, um emblema de um guardanapo com um beijo de batom e o nome com letreiro lembrando luzes em neon.
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1.4 Objetivos
Objetivo geral: O objetivo do trabalho é produzir um programa de televisão com duração de 27 minutos, que se encaixe na categoria de entretenimento e gênero de debate, além de um programa de rádio (podcast) para veiculação na internet com duração de 10 minutos. Objetivos específicos:
Criação de roteiros para o programa e quadros e desenvolvimento da pasta de produção.
Pesquisa de referências e público-alvo.
Exercer de forma prática as funções dos participantes dentro da produtora (diretores, produtores e roteiristas) utilizando o que foi aprendido em sala de aula.
1.5 Proposta de trabalho
Classificação de Gêneros e Formatos do programa Sem Colarinho
A produtora Lumos tem como proposta de conclusão da pasta integrada do 5° semestre do curso de Rádio, TV e Internet a produção de um programa de debate feminino de nome Sem Colarinho a ser exibido no canal pago Fox Life. O canal Fox Life é um canal de televisão por assinatura brasileiro e pertence ao grupo Fox Entertainment Group. Sua programação é focada no público feminino, especificamente na faixa etária de 18 aos 49 anos. Ao privilegiar a mulher moderna de classe social A e B, os temas do canal abordam culinária, saúde, bem-estar, música, moda, decoração e design. O programa Sem Colarinho pretende debater assuntos e temas variados do interesse do público feminino. A abordagem do programa pretende ser moderna e descontraída sendo a locação do programa em um bar para realçar o conceito de happy hour entre as convidadas. O programa tem um apresentador masculino fixo que faz a mediação, uma especialista e conta com a participação de duas ou mais convidadas que discutem os temas relevantes e atuais do universo feminino. Ainda 12
como estrutura o programa tem reportagens sobre os temas do programa feitas em externas. Para a classificação do programa toma-se como base o livro Gêneros e Formatos na Televisão Brasileira, de José Carlos Aronchi de Souza(2004). O autor classifica os programas enquanto: categorias, gêneros e formatos. Com relação à categoria, ele define que ela “inicia o processo de identificação do produto, seguindo o conceito industrial assumido pelo mercado de produção” (2004, p.37); e a subdivide em cinco: entretenimento, informativo, educativo, publicidade e outros. Baseado nessa classificação, o programa Sem Colarinho se encaixa na categoria entretenimento, pois busca entreter além de informar por meio de temas relevantes do cotidiano do seu público. O advento e consolidação da internet aumentou a oferta de produtos audiovisuais para um público, que segundo Henry Jenkins (2009, p. 29) “vão a quase qualquer parte em busca das experiências de entretenimento que desejam.” Esse comportamento que Jenkins classifica como migratório obrigou os meios de comunicação a procurar formas de fidelizar esta audiência que não se contenta mais com um único meio ou forma de comunicação. Uma das alternativas é a transmidia, em que um produto principal é interligado a outras plataformas, desenvolvendo novas narrativas em cima de algo consolidado e mantendo a atenção do público que segue o desdobramento da história entre as mídias. Renata Resende (2012, p.12) cita que estes novos consumidores se transformam em caçadores Colecionando pedaços da narrativa por diferentes canais, comparando suas observações com as dos demais usuários em grupos de discussões, fóruns on line e colaborando para assegurar que todos invistam tempo e energia em prol de uma experiência de entretenimento mais imersiva (RESENDE, 2012, p.12)
Frente à programação televisiva o telespectador continua sendo passivo, o que mudou foi o seu poder de escolha, ou como cita Yvana Fechine (2001, p.22), “competência para distinguir gêneros que permite hoje ao espectador fazer desse hibridismo a sua ‘chave’ interpretativa”. O hibridismo dos programas televisivos quanto aos seus gêneros e formatos se intensificou neste contexto contemporâneo e é mais uma alternativa para a manutenção da audiência. Para Machado (2000, p.4 apud BARRETO e ARGOLLO, 13
2007, p.4) não haverá no futuro “espaço para obras fechadas e sem mesclas multidimensionais.” A convergência de linguagens, gêneros e formatos é inevitável e contempla grande parte do que é exibido hoje em dia nos canais de televisão abertos e fechados. Fechine (2001) define o universo televisual como sendo um “hibridismo estético-cultural”, o que permite que os gêneros sofram metamorfoses para se adequar à nova realidade da audiência televisiva. Saem de cena os gêneros institucionalizados da indústria audiovisual da década de 1950 e entra em cena o gênero como “força aglutinadora e estabilizadora dentro de uma determinada linguagem.”, (MACHADO 2000 p.15 apud FECHINE, 2007). Sendo assim, o processo de categorização das categorias e dos gêneros não é arbitrária, Aronchi de Souza (2004, p.40) afirma que a “classificação dos programas não impede a inter-relação de categorias.”. O modelo do programa Sem Colarinho – conduzido por um apresentador e com um bar como cenário principal, onde de duas a quatro mulheres debatem os temas propostos pelo apresentador – remete ao gênero do debate, categoria informativa que para Aronchi de Souza (2004) tem como característica principal o número de entrevistados e entrevistadores. Porém, mesmo com o programa Sem Colarinho sendo definido como gênero debate, ele é categorizado como entretenimento. O programa Sem Colarinho tem a duração de 27 minutos e utiliza vários formatos: talk show, entrevista, depoimentos, reportagens gravadas; sendo o formato predominante o de mesa-redonda, com pequenas reportagens enriquecendo os temas debatidos e sempre com a mediação de um apresentador. Aronchi de Souza (2004, p.144) define o formato mesa-redonda como o mais frequente quando se fala em programas do gênero debate, e acrescenta: A duração do programa é outro elemento característico do formato. Por se tratar de um gênero que tem a intenção de quase esgotar um assunto com opiniões distintas, à duração também é mais elástica, com o mínimo de trinta minutos e até mais de uma hora. A dinâmica de produção e a variedade dos temas apresentados determinam a duração (JOSÉ; ARONCHI, 2004, p.145).
O tema principal discutido no programa é “aplicativos de celulares” com reportagens de casais que se conheceram por meio de aplicativos de encontros 14
disponíveis nos celulares e matérias relacionadas ao assunto. O programa pretende mostrar os pontos positivos e os negativos no uso desses tipos de aplicativos.
Programas de televisão com gêneros e formatos semelhantes ao programa Sem Colarinho
A lista de emissoras que exibem ou exibiram programas semelhantes em gênero e formato ao programa Sem Colarinho é ampla. Abaixo alguns destes programas estão relacionados: Papo Calcinha, exibido atualmente de segunda a sexta às 23h45 pelo canal pago Multishow. Nele, quatro garotas discutem sobre sexo de forma livre e sem censura. A forma de condução do bate-papo e o linguajar despojado remetem a um papo de mesa de bar. Uma crítica ao programa é seu foco em agradar a audiência masculina, pois a maioria dos assuntos giram no que eles gostam e em como agradá-los1; Fora do Ar, foi exibido pelo canal aberto SBT (Sistema Brasileiro de Televisão), quarta após às 23h. Foi um programa de debate exibido no SBT, que reunia quatro nomes famosos e polêmicos da televisão brasileira: Hebe Camargo, Jorge Kajuru, Adriana Galisteu e Cacá Rosset. Eles discutiam os temas atuais e relevantes da semana do ponto de vista de cada apresentador. Não existia uma ordem dos assuntos e os apresentadores tinham liberdade para dar suas opiniões, mesmo que controversas. O único quadro fixo do programa era o “no ar” e “fora do ar”, onde os apresentadores indicavam quem merecia uma homenagem, ou uma crítica e não poupavam pessoas famosas, políticos e instituições. O programa estreou na noite do dia 13 de abril de 2005 e saiu do ar no dia 19 de setembro do mesmo, um dos motivos alegados foi a baixa audiência, mas os temas polêmicos e a falta de papas na língua do Jorge Kajuru também contribuíram para o programa sair do ar; First Class foi exibido pelo canal aberto SBT nas noites de sábado. Apresentado por Marília Gabriela, José Simão e Augusto Nunes. A proposta do programa era buscar uma audiência refinado e contava com um entrevistado diferente a cada semana. O programa teve duração de quatro meses, sua estreia foi no dia 08 1
“Papo Calcinha” posa de liberal sobre sexo, mas é só machismo disfarçado. Nina Lemos, Folha de São Paulo.
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de outubro de 1996 e sendo apresentado pela última vez no dia 24 de fevereiro de 1997; Saia Justa, programa de debate em formato de talk show exibido no canal fechado GNT. Exibido toda quarta-feira, às 21h30 e com reexibições no decorrer da semana. O programa estreou no ano de 2002, tornando-se uma das maiores audiências do canal. O formato do programa Saia Justa conta com quatro apresentadoras fixas. Desde sua estreia já passaram pelo programa nomes como: Rita Lee, Marisa Orth, Luana Piovani, Marcia Tiburi, Ana Carolina, Maitê Proença e Betty Lago. Atualmente o programa tem a mediação de Astrid Fontenelle e as apresentadoras: Maria Ribeiro, Mônica Martelli e Barbara Gancia. O diferencial do programa Saia Justa é sua abordagem que privilegia a mulher moderna; deixando de lado a visão “subalterna” de programas de tv femininos anteriores e sua linguagem machista voltada apenas para a dona de casa. Para Freire e Maldonado (2014) “falase ‘sobre’ a mulher, ‘para’ a mulher, entretanto, não é muito frequente perceber, de fato, a voz feminina, a voz feminista, a voz da mulher socialmente excluída, a voz da mulher contemporânea”. Para ampliar o debate dos assuntos o programa tem reportagens, entrevistas com especialistas e “fala povo” que discutem temas do interesse feminino. Como forma de passar informalidade os figurinos das apresentadoras são informais e despojados e quase não existe maquiagem ou adornos. Tudo isto é pensado para humanizar e aproximar as apresentadoras do seu público alvo: a mulher moderna.
1.6 Justificativa
Atualmente o mercado audiovisual vem se desenvolvendo com o passar do tempo, expandindo o seu formato televisivo. Com isso, as produtoras de televisão visam as tendências e aplicam nos programas, na maioria nos formatos de canal fechado. Visando isso, a produtora Lumos buscou aplicar em seu programa uma forma de novo olhar da sociedade. A justificativa é mostrar aos telespectadores uma nova linguagem de programa, modernizado, com assuntos, ideias e opiniões até mesmo do dia a dia do próprio público, através dos aplicativos de rede sociais e dos especialistas e convidados. 16
A criação de produtos transmidiáticos vem crescendo e se expandindo através dos meios de comunicação de massa, e é isso que move a produtora a desenvolver esse projeto. Levando ao público produtos de qualidade, quebrando regras e tabus da sociedade.
Público-alvo
O canal Fox Life é um canal de TV por assinatura, é definido na maioria das vezes para o público-alvo de classe social A e B. Seus programas, reality show e seriados são voltados para os temas de moda, saúde, bem estar, culinária, e decoração e tem como objetivo passar informação de forma prática, contemporânea e descontraída. As suas divulgações em redes sociais, como a página no Facebook da FOX LIFE BRASIL possui cerca de 2.000.000 curtidas. Um número de telespectadores bem abrangente. A emissora se encaixa na proposta do Projeto Integrado desse semestre, onde os assuntos de debate seriam voltados ao cotidiano do universo feminino, vida dos entrevistados e temas da atualidade. A gravação foi feita em externa, em um bar, que tira o estereótipo de que mulheres não podem ir a locais assim. O canal Fox Life é uma emissora de televisão com sede nos Estados Unidos. É propriedade da Fox Entertainment Group, que faz parte da 21st Century Fox, de Rupert Murdoch. Desde o lançamento da emissora, em 9 de outubro de 1986, a Fox se tornou um dos canais mais assistidos por jovens e adultos, principalmente pelos seus programas que abordam assuntos parcialmente destinados a este público. A Fox está presente em todo mundo, inclusive no Brasil, Austrália, Japão, Itália, Sérvia, Coréia do Sul, Espanha, Portugal, Turquia e América do Sul; sendo que nesses a programação não é a mesma da Fox Americana. A maioria dos espectadores no Canadá tem acesso, no mínimo, à uma afiliada da Fox Americana. Abaixo um quadro de programação de quarta-feira do canal Fox Life. Onde a ideia era transmitir a programação em horário 23h30 substituindo a novela Escrava Isaura:
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PROGRAMAÇÃO FOX LIFE – QUARTA FEIRA Minha nova casa velha às 00h29 Bones às 01h17 Kitchen Nightmares às 02h04 The Real Housewives Of Atlanta às 02h50 Minha nova casa velha às 03h55 A espera do bebê às 04h29 Kitchen Nightmares às 05h12 Dr. Oz às 05h56 Show do bebê às 06h37 Paid Programming às 07h00 até 08h59 The face – A próxima Top Model às 09h00 Design Original às 10h00 Operação Design com António Baàs 10h30 Ace of Cakes às 11h00 Os chefes sem cozinha às 11h50 The Real Housewives Of Atlanta às 12h35 Escrava Isaura às 13h20 Bones às 14h05 Minha nova casa velha às 14h50 A espera do bebê às 15h40 Dr. Oz às 16h30 Escrava Isaura às 17h20 Programa Palmirinha às 18h10 Property Virgins às 19h00 Em busca da Casa perfeita às 19h20 The real Housewives Of Atlanta às 19h45 Escrava Isaura às 20h30 Kitchen Nightmares às 21h15 Sinfonia Insana às 22h00 Duas luas às 22h45 Escrava Isaura às 23h30 Figura 1 ‐ Programação do canal Fox Life
Sites de pesquisas revelam que o índice de audiência do Fox Life em 2014 chega a possuir um dos maiores em apenas uma estreia. A emissora de TV paga Fox Life do Brasil irá lançar no mês de agosto a série Empire, sucesso na TV por assinatura norte-americana através do canal Fox e que até agora possui o maior índice de audiência numa estreia naquele país em 2015. (Site Exorbeo, 2014).
Como a emissora se encaixava com a proposta de trabalho, a escolha da grade horária foi a partir de pesquisa qualitativa com mulheres para saber o que elas assistiam e qual o horário estimado que estivessem em frente à televisão e os dias da semana. 18
Com auxílio dos professores em sala de aula, pesquisamos a grade horária e o perfil da emissora Fox Life, desde os programas com reprises, a faixa etária e até o número de audiência. A partir disso, foi planejado que o programa Sem Colarinho fosse ao ar às 23h30, no lugar de Escrava Isaura, onde é reprisado quatro vezes no mesmo dia; havendo, então, a possibilidade da retirada da novela dentro desse horário estimado. Talvez, a reprise do mesmo programa, reality show ou seriado, faça com que os telespectadores percam a vontade de estar no mesmo canal, fazendo, então, que a audiência do programa caia e não possibilitando a transmissão de novos produtos. Assim, mais canais brasileiros devem fazer parte do pacote das programadoras, e produtos audiovisuais brasileiros e independentes cumprem uma cota na programação dos canais. (FERNANDES, J.2014).
O programa pode se encaixar na Lei 12.485, onde permite que os brasileiros tenham acesso à televisão por assinatura e outros serviços; crescendo, então, as empresas produtoras de veiculação audiovisual brasileira e a forma de olhar da sociedade, onde a maioria das pessoas não tem acesso à programas com qualidade. Em 2011, foi sancionada a Lei 12.485, que tem como objetivo “aumentar a produção e a circulação de conteúdo audiovisual brasileiro, diversificado e de qualidade, gerando emprego, renda, royalties, mais profissionalismo e o fortalecimento da cultura nacional” (NOVA..., 2012).
O programa se encaixa em programação diagonal. Sendo informativo e ao mesmo tempo descontraído, com classificação indicativa do Ministério da Justiça, acreditamos que o programa será a partir dos 14 anos de idade. Pesquisamos na cartilha cenas e assuntos que poderiam entrar na faixa etária, abrangendo o público de classe A até B. Foi feito a distribuição da população brasileira as classes econômicas a partir do IBOPE, classificando posse de bens e acesso a serviços.
19
Figura 2 ‐ Pesquisa IBGE
Classe A B1 B2 C1 C2 D E
População Brasileira 2,80% 3,60% 15,10% 20,60% 20,60% 22,80% 14,50%
Fonte: POF 2009 referente ao Brasil (Site IBOPE, 2013).
A partir dessa tabela já é possível ter uma noção da quantidade de público que tem acesso à TV a cabo, e quem ainda não tem a possibilidade de poder assistir a novos produtos de qualidade e informação. Dessa maneira, foi criada a lei para a circulação de conteúdo audiovisual brasileiro, perante a lei é obrigação de todas as emissoras aumentarem a circulação de conteúdo.
Proposta de veiculação
Como proposta atual para a veiculação do programa Sem Colarinho, criação da produtora Lumos, escolheu-se a emissora Fox Life de canal fechado como meio de transmissão do produto.
Veiculação comercial
A forma de veiculação comercial hoje em dia, vem crescendo cada vez mais, no caso o merchandising. O merchandising é uma ferramenta de marketing utilizada no ramo publicitário e vem se desenvolvendo. Na forma televisiva, o merchandising se destaca em comercias, em cenas com logotipos, marcas e até mesmo o produto e o faturamento das emissoras crescendo cada vez mais. E os hábitos de consumo mudaram muito durante alguns anos. Os possíveis patrocinadores seria a própria Fox Life e o produto iria para a TV sob demanda.
20
O Sem Colarinho por se tratar de um programa feminino também terá o apoio de marcas de produtos femininos, como roupas e também cosméticos.
CAPÍTULO 2 – ROTEIRO
2.1 Roteiro do programa Sem Colarinho
ROTEIRO
DATA
Alaisa Correa
25/05/15 VT
PRODUTO TEMPO 27’
10’’- VINHETA ABERTURA VT
BG VINHETA
2’ - CABEÇA ABERTURA APRESENTADOR CAM 1 VIVO
BOA NOITE/ SEJAM BEM VINDAS A ESTRÉIA DO SEM COLARINHO// EU SOU O GIOVANI FACCIOLI/ E AQUI NÓS VAMOS CONVERSAR SOBRE TUDO DO UNIVERSO FEMININO/ E DEBATER DIVERSOS ASSUNTOS DA ATUALIDADE/ E PARA ISSO ESTOU NA COMPANHIA DE MARIANA DOMINI/ NATALIA ALEIXO/ E SAMARA MASKALENKAS// E QUE LUGAR MELHOR SE NAO UM BAR PARA A GENTE COLOCAR EM DIA AQUELE PAPO ENTRE AMIGAS?// E ESSE É O ESPAÇO VIP QUE A GENTE VAI SE ENCONTRAR TODAS AS QUARTA-FEIRAS ÀS ONZE E MEIA AQUI NO FOX LIFE!// E VOCÊ PODE PARTICIPAR COM A GENTE MANDANDO AUDIOS NO MEU WHATSAPP QUE ESTA APARECENDO AQUI EM BAIXO// NO PROGRAMA DE HOJE VAMOS TER O QUADRO REPÓRTER POR UM CHOPP 21
FALANDO SOBRE APLICATIVOS DE RELACIONAMENTO/ O BAFÃO DAZA MIGA/ VAMOS FALAR TAMBEM SOBRE TRAIÇÃO/ E TEM A NOSSA “RAPIDINHA” SEMANAL COM A CLAUDIA// 20’’ APRESENTADOR GIOVANI CAM 01 VIVO
APRESENTADOR EXPLICA O QUADRO REPÓRTER POR UM CHOPP COM A REPORTER BIANCA E CHAMA QUADRO//
OFF
VT
VIVO
APRESENTADOR COMENTA QUE A BIANCA FOI BEM/ E CONVIDA TELESPECTADORAS A SE INCREVER PARA SER REPORTER POR UM CHOPP NO SITE// APRESENTADOR ABRE O DEBATE SOBRE O TINDER PERGUNTANDO O QUE AS MENINAS ACHAM/ E SE JÁ USARAM//
CLIPE REPORTER POR UM CHOPP TEMPO 3’’
4’ COMENTARIO MATERIA APRESENTADOR GIOVANI CAM 01
DISCUSSÃO/ NATALIA A FAVOR (JÁ USOU)/ MARIANA CONTRA/ SAMARA NUNCA USOU/ MAS É A FAVOR//
APRESENTADOR GIOVANI CAM 01 VIVO
APRESENTADOR CHAMA OS COMERCIAIS 22
10’’ VINHETA PROGRAMA
VT
VT
CLIPE COMERCIAL TEMPO 1’’30’ OFF
VT
10’’ VINHETA PROGRAMA VT
3’ CABEÇA PROGRAMA APRESENTADOR CAM 01
VIVO
BG ABERTURA
APRESENTADOR VOLTA AO PROGRAMA E DESENVOLVE O TEMA DE COMO UM ENCONTRO PODE SER BOM/ E QUE DESSE JEITO PODE TERMINAR EM SEXO// DISCUSSÃO/ MARIANA NAO CONCORDA/ NATALIA SUPER A FAVOR/ SAMARA MEIO TERMO//
APRESENTADOR GIOVANI CAM 01 VIVO
APRESENTADOR CHAMA O QUADRO “RAPIDINHA” COM A APRESENTADORA CLAUDIA PAGNONCELLI//
OFF
VT
CLIPE “RAPIDINHA” TEMPO 4’
23
25’’ CABEÇA APRESENTADOR CAM 01 VIVO
APRESENTADOR COMENTA QUE A CLAUDIA LACROU/ APRESENTADOR CHAMA O QUADRO “BAFAO DAZ MIGA”// EXPLICA COMO FUNCIONA O QUADRO/ E QUE O DE HOJE É COM A MAISA DE 19 ANOS//
OFF
VT
VIVO
QUE BAFÃO HEIN?/ E AI MIGAS?/ O QUE ELA FAZ AGORA?// DISCUSSÃO// APRESENTADOR FINALIZA COM O CONSELHO// CHAMA OS COMERCIAIS//
CLIPE BAFÃO TEMPO 2’
1’00’’ CABEÇA PROGRAMA APRESENTADOR CAM 01
10’ VINHETA PROGRAMA VT
VT
OFF
VT
CLIPE COMERCIAL TEMPO 1’’30’
10’ VINHETA PROGRAMA VT
BG ABERTURA
30’’ APRESENTADOR GIOVANI CAM 01 VIVO
APRESENTADOR DI Z QUE ESTA DE VOLTA/ E QUE VAI PARA A ULTIMA MATERIA DO 24
PROGRAMA QUE É SOBRE TRAIÇÃO//
CLIPE MATERIA TRAIÇÃO TEMPO 3’ VT
VT
3’ CABEÇA APRESENTADOR GIOVANI CAM 01 VIVO
APRESENTADOR ABRE A DISCUSSÃO PERGUNTANDO EM QUE SITUAÇÃO AS MENINAS TRAIRIAM// DISCUSSÃO/MARIANA CONTRA/ NATALIA JÁ TRAIU/ SAMARA JÁ FOI TRAIDA//
1’00’’ CABEÇA PROGRAMA APRESENTADOR CAM 01 VIVO
APRESENTADOR LAMENTA O PROGRAMA ESTAR CHEGANDO AO FIM/ FAZ OS AGRADECIMENTOS/ CONVIDA PARA ASSISTIR AO PODCAST QUE VAI AO AR NO SITE SEXTA FEIRA/ E CONVIDA PARA ASSISTIR OS PROXIMOS EPISÓDIOS DO SEM COLARINHO//
15’’ VINHETA ENCRRAMENTO VT
VT
25
2.2 Pautas das matérias produzidas
PAUTA – MATÉRIA SOBRE APLICATIVO TINDER RESPONSÁVEL: Alaisa Correa DATA: 01/05/2015 RETRANCA: TINDER
TEMA: Aplicativo Tinder
DEFINIÇÃO/OBJETIVO: Mostrar os lados positivos e negativos do aplicativo Tinder.
ABORDAGEM: Trabalhar o tema contemporânea, porém informativa.
de
forma
descontraída
em
linguagem
ORDEM DO DIA: Retirar equipamentos na faculdade sexta-feira dia 30/04 às 21h00. Gravação na Avenida Kennedy, São Bernardo do Campo às 17h00.
PESQUISA DO TEMA: O que é: Tinder é um aplicativo gratuito que tem como objetivo fazer pessoas se conhecerem. É mais comum ser usado para encontrar um par.
Como funciona: O aplicativo está disponível em português para androide e IOS. A pessoa primeiramente cria sua conta através do seu perfil no Facebook, depois ela define as características de quem ela procura, como por exemplo: sexo, idade e localização. A partir disso o Tinder busca as pessoas que estão próximas de você. Os perfis vão mostrar detalhes como nome, idade, fotos, amigos e interesses em comum. Se a 26
pessoa se interessar pelo perfil de alguém ela dá um coração (“liked” ou “gostei”) ou caso ela não tenha gostado um “X” (“nope” ou “não gostei”). Ao se interessar por um perfil que também gostou do seu o Tinder dá um aviso: “It’s match!” e assim o casal pode conversar por chat pelo próprio aplicativo. Conforme a conversa rende, as pessoas começam a trocar telefones e marcar encontros. Lados negativos Nem sempre o que aparece na tela é realmente o que corresponde a vida real. Mesmo o aplicativo sendo ligado com o Facebook muitas pessoas podem criar um perfil fake, ou serem diferentes pessoalmente das fotos que postaram. Como também as pessoas podem confundir os interesses, e achar que só porque alguém está usando o Tinder a pessoa quer apenas sexo. Muitas pessoas no Tinder estão procurando relacionamentos sérios ou apenas amizade. História relacionada ao tema Um casal do Rio Grande do Sul, Luana Jahnke e Rodrigo Zanotta, se conhecerem pelo Tinder. Hoje eles já possuem um ano de namoro, mas após completarem dez meses resolveram tatuar o símbolo do aplicativo no pulso como prova do seu amor. A ideia da tatuagem foi de Rodrigo, mas Luana na hora aceitou. O casal já possui planos para o futuro de comprar uma casa e se casar. A história do casal teve grande repercussão na internet, e em suas redes sociais eles constantemente trocam declarações de amor.
27
PESQUISA DE FONTES: 1º Personagem – Mulher que está namorando pelo tinder 1 – Você já teve quantos encontros pelo Tinder? 2 – Você achava que ia dar em alguma coisa mais séria quando começou a sair com o seu namorado? 3 – Você já usava o Tinder na intenção de ter um relacionamento sério? 4 – Você e seu namorado tiveram quantos encontros antes dele te pedir em namoro? 4 – A sociedade normalmente tem certo preconceito sobre conhecer pessoas pela internet, pois ainda é visto como algo perigoso. Você teve vergonha de contar para os seus familiares que conheceu seu namorado pelo Tinder? Como eles reagiram? 5 - Já são quanto tempo de namoro?
2º Personagem – Mulher que usa o Tinder 1 – Como foi sair com alguém do Tinder? 2 – Qual as vantagens de usar o Tinder? 3 – Já teve algum encontro que foi muito ruim? Por quê? 4 – Você mantem relacionamento com alguém que conheceu no Tinder? De se falar frequentemente? 5 – Já encontrou pessoas conhecidas no Tinder? 6-
3º Personagem – Mulher que não gosta do Tinder
1 – Qual a sua opinião referente ao aplicativo? 2 – Você acha que um relacionamento que começou pelo Tinder pode dar certo? Por quê? 3- Você já teve alguma experiência ruim com o aplicativo? Como foi? 4 – Qual a melhor forma de construir e manter relacionamentos hoje em dia?
28
DECUPAGEM DE IMAGENS OFF 1 – Bares na Avenida Kennedy OFF 2 – Pessoas mexendo no celular OFF 3 – Casais se beijando OFF 4 – Casal sentado em algum lugar como em um encontro
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PAUTA – MATÉRIA SOBRE TRAIÇÃO RESPONSÁVEL: Alaisa Correa DATA: 02/06/2015 RETRANCA: TRAIÇÃO
TEMA: Traição
DEFINIÇÃO/OBJETIVO: Discutir o que leva uma mulher a trair.
ABORDAGEM: Trabalhar o tema de forma em linguagem contemporânea, reflexiva e informativa.
ORDEM DO DIA: Retirar equipamentos na faculdade dia 03/06/2015 às 21h00. Gravação das entrevistas na Disco Club dia 06/06/2015 a partir da 0h00 – Endereço: Rua Prof. Atílio Innocenti, 160 Itaim - São Paulo. Gravação com a psicóloga no dia 08/06/2015 às 18h00 na Universidade Metodista de São Paulo. PESQUISA DO TEMA: Um estudo realizado pelo Projeto Sexualidade da USP (Mosaico Brasil 2008/2012) aponta que de 8.200 mulheres entre 18 e 35 anos, 54.9% revelou já ter traído. Mas o ponto é o que leva uma mulher a trair. Uma pesquisa realizada pelo jornal “The Huffington Post” levanta alguns dos principais motivos que fizeram as mulheres cometerem adultério. São eles: paixões antigas; O estudo realizado pelo jornal apontou que 32% das mulheres cometeram traição ao reencontrarem um antigo amor. Outro motivo seria a vingança, na pesquisa 14% das mulheres ao descobrirem que foram traídas pelo seu parceiro, optaram por dar o troco, para que o parceiro se sinta como ela se sentiu. E o principal motivo com 49% das mulheres, foi o tédio sexual. Na pesquisa as mulheres afirmaram que por causa da monotonia sexual ou insatisfação, elas acabam recorrendo a outros parceiros a fim de ter novas experiências e se sentirem desejadas.
30
PESQUISA DE FONTES: 1º Personagem – Psicóloga 1 – Você acha que hoje em dia pelas mulheres estarem se tornando mais dependentes, elas estão mais propensas a trair do que antigamente? Por quê? 2 – Pesquisas apontam que as mulheres traem por mais motivos afetivos do que sexuais, e já os homens ao contrário. Por que essa diferença? 3 – Que sinais em um relacionamento demonstram que a mulher está prestes a trair? 4 – As mulheres conseguem esconder por mais tempo a traição? Ou costumam revelar ao parceiro a situação? 5 – Quem trai uma vez traí sempre? Por quê? 6 – Dados apontam que mulheres também traem por motivos sexuais mesmo estando apaixonadas pelo seu parceiro. Será que as mulheres assim como os homens estão conseguindo separar melhor o amor do sexo? 7 – Por que a traição feminina é mais jugada do que a masculina? 8 – As reações dos homens e das mulheres ao descobrirem que foram traídos são distintas? Como cada gênero encara a traição? 9 – Qual a melhor forma de reconquistar a confiança do parceiro?
2º Personagem – Mulheres que já traíram 1 – Quanto tempo você tinha de namoro quando aconteceu a traição? 2 – Quanto tempo o relacionamento extraconjugal teve? 3 – Na época como estava o seu namoro? 4 – Qual foi o principal motivo para você se envolver com outra pessoa? 5 – Você conseguiu esconder do seu parceiro? Como ele descobriu e qual foi a sua reação? 6 – Como vocês conseguiram restabelecer a relação?
FALA POVO 31
Pergunta: Por quais motivos você trairia? DECUPAGEM DE IMAGENS OFF 1 – Amigas na fila para entrar na balada OFF 2 – Rua movimentada OFF 3 – Balada OFF 4 – Casais se beijando OFF 5 – Casais dançando
32
2.3 Roteiro do quadro “Rapidinha”
ROTEIRO QUADRO “RAPIDINHA”
ROTEIRO
DATA
PRODUTO
Alaisa Correa
22/05/2015 VT
TEMPO 4’
05’’- VINHETA ABERTURA VT
BG VINHETA
2’ - CABEÇA ABERTURA APRESENTADORA CAM 01 VIVO
BOA NOITE/ EU SOU A CLAUDIA PAGNONCELLI/ E ESSE É O QUADRO “RAPIDINHA”/ ONDE TODA SEMANA EU VOU RESPONDER AS SUAS DUVIDAS SOBRE SEXO/ E TE DAR VÁRIAS DICAS//
CAM 02 VIVO
CAM 01 VIVO
SE VOCÊ TEM ALGUMA DUVIDA MANDE PARA O NOSSO E-MAIL QUE ESTÁ APARECENDO AGORA NA SUA TELA/ QUE EU VOU TE RESPONDER COM TODO PRAZER// E A PRIMEIRA DUVIDA É DA NOSSA AMIGA MAISA/ DE 22 ANOS// (LER A PERGUNTA NO TABLET E RESPONDER DUVIDA)
33
A SEGUNDA DUVIDA É DA ALCIONE DE 22 ANOS// (LER A DUVIDA E RESPONDER A PERGUNTA) A TERCEIRA DUVIDA É DA FERNANDA/ DE 26 ANOS// (LER A PERGUNTA NO TABLET E RESPONDER A DUVIDA)
CAM 02 VIVO
CAM 01
VIVO
AGORA A PROXIMA DUVIDA É DA NOSSA AMIGA GABRIELA/ DE 22 ANOS// (LER A PERGUNTA NO TABLET E RESPONDER A DUVIDA) VAMOS AGORA PARA A DUVIDA DA PRISICILA DE 19 ANOS/ (LER A PERGUNTA NO TABLET E RESPONDER A DUVIDA) NOSSA AMIGA VIVIANE DE 21 ANOS MANDOU A SEGUINTE DUVIDA (LER A PERGUNTA NO TABLET E RESPONDER A DUVIDA) E A NOSSA ULTIMA DUVIDA É DA ANA LUCIA DE 22 ANOSS// (LER A PERGUNTA NO TABLET E RESPONDER A DUVIDA) 34
ESSAS FORAM AS DUVIDAS DE HOJE/ OBRIGADA PELA COMPANHIA/ E NÃO ESQUEÇA DE MANDAR A SUA DUVIDA PARA O NOSSO E-MAIL// ATÉ APROXIMA SEMANA/
05’’- VINHETA ENCERRAMENTO
VT BG VINHETA ENCERRAMENTO
35
2.4 Espelho do programa de TV
Parte 01
Vinheta
0’10’’
Parte 02
Introdução e chamada do primeiro quadro
3’00’’
Parte 03
Quadro 01 “Repórter por 3’00’’ um Chopp”
Parte 04
Debate sobre aplicativos 4’00’’ de relacionamento
Parte 05
Debate sobre sexo no primeiro encontro
3’00’’
Parte 06
Quadro 02 “Rapidinha”
4’00’’
Parte 07
Quadro 03 “Bafão das amigas”
2’00’’
Parte 08
Solucionar o “Bafão”
1’00’’
Parte 09
Matéria sobre traição
3’00’’
Parte 10
Debate sobre traição
3’00’’
Parte 11
Final
1’00’’
Parte 12
Vinheta de encerramento
0’15’’
Total
27’
36
CAPÍTULO 3 – DIREÇÃO DE ARTE
3.1 Direção de arte
A direção de arte transforma sonhos em sets de filmagem. A direção de arte é responsável pela construção da parte estética de um produto audiovisual seja ele um filme, curta, série ou programa de televisão. Para o desenvolvimento de um universo ficcional é utilizado códigos de diversas linguagens artísticas, tais como: desenho, escultura, fotografia e pintura. A direção de arte é responsável por construir um mundo imaginado pelo roteirista e pelo diretor, tendo como base um roteiro e as orientações do diretor geral. O triunvirato (diretor de arte, fotografia e geral) desenvolve um padrão para que tudo fique em harmonia e o mundo que foi descrito no roteiro se torne real. A direção de arte comunica e torna verossímil a narrativa, mesmo quando se trata de um mundo de fantasias. Após a definição do conceito visual da obra, geralmente após o diálogo conjunto com o diretor e o diretor de fotografia, o diretor de arte dá início à atividade de pesquisa, importante fonte de informações visuais específicas e de âmbito histórico, possibilitando a ampliação da escolha de elementos adequados à intenção visual do filme2.
Para o desenvolvimento de um projeto trabalha-se com a semiótica que nos ajuda a intensificar signos e saber como usá-los. A direção de arte influencia em todo o processo de um produto audiovisual, pois ela conta uma história através dos cenários, figurinos, influência dos planos da câmera e a fotografia. Estes são elaborados para que todos os elementos (cenários, objetos) sejam ressaltados na tela. Faz-se necessário destacar, portanto, que embora possa até́ ser relativizado posteriormente, o trabalho da direção de arte, responsável pela estruturação do primeiro nível da imagem cinematográfica, como já́ visto, não pode ser relativizado a priori. (BUTUCE, 2005, p. 42) Disponível em: <http://www.bdtd.ndc.uff.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=1230>. Acesso em 22 de Maio de 2015 2
37
3.2 - Projeto Cenográfico
Embora seja um cenário para programa de televisão, não foi estruturado para parecer como tal. O local descrito para a gravação é um bar em que ocorre um debate leve e descontraído, igual a uma conversa e com exigência de ser uma locação. A escolha foi um bar, pois é onde as pessoas estão mais relaxadas, conversando com os amigos, bebendo, num ambiente de descontração e longe dos problemas de casa e do trabalho. Um local que pode beber, comer e não tem hora para fechar, levando em conta que bares, em geral, funcionam a noite toda. A escolha das locações é de responsabilidade do diretor de arte, sendo selecionada principalmente por sua adequação ao projeto visual proposto, mas também devendo levar em conta a proposta fotográfica para este espaço, adaptando-o para que a angulação e a movimentação da câmera não sofram limitações (BUTUCE, 2005, p. 38).
O local escolhido foi um bar, mas não para parecer com um programa de TV. O ambiente é um lounge, local onde o Giovani e as meninas vão para bater um papo descontraído, em que eles se sintam à vontade para expor suas opiniões. Assim, o cenário não é no meio do bar com balcão, mesas, garçom, música e várias pessoas. O espaço é dentro de um bar, porém é um lounge onde eles podem se encontrar, interagir de maneira relaxada e desfrutar de algumas bebidas. Por isso a escolha desse local, pois temos a intenção de se aparecer com um bar comum em que os amigos se encontram para beber e conversar.
38
Figura 3 ‐ Projeto cenográfico do bar A
Após uma pesquisa a campo (ver anexo 01) conhecendo bares, encontramos o “La Revolucion” um bar com lounge que se encaixa nas exigências cenográficas.
Um ambiente agradável e confortável. Por ser um debate feminino fomos em busca de um bar que não fosse masculinizado, mas que tivesse uma ambiência feminina. Decidimos mesclar o rústico do ambiente, como a parede o chão e a mesa, com o glamour das poltronas de cores quentes. Uma cortina ao fundo que foi utilizada para ambientar o local, bem como para que não aparecesse o que tinha atrás do cenário. Os espelhos pendurados na parede constituem uma premissa de que as mulheres gostam de se olhar no espelho remetendo assim à feminilidade, além do manequim com um vestido. Todos os elementos utilizados para compor a ambiência feminina.
39
Figura 4 ‐ Bar "La Revolucion" A
Figura 5 ‐ Bar "La Revolucion" B
40
Figura 6 ‐ Bar "La Revolucion" C
Nas paredes, além dos espelhos, fizemos algumas interferências cenográficas no local. Colocamos quadros de mulheres famosas, por serem ícones femininos, tais como Marilyon Moroe, uma mulher que é considerada por muitos de grande importância para a revolução sexual feminina já que na década de cinquenta dispunha de liberdade para usar roupas provocantes, além de ser um ícone de beleza. A imagem de Marly é enquadrada justamente quando as meninas estão discutindo sobre sexo. Outra é a personagem Holly Golightly (Audrey Hepburn) do filme “Bonequinha de luxo” (1961) que representa a beleza e a força feminina, com sua postura e simpatia.
Além de serem mulheres lembradas até hoje como ícones
femininos criando assim uma familiaridade com o público.
41
Figura 7 ‐ Cenário do porgrama A
Figura 8 ‐ Cenário do programa B
Um quadro importante é o de uma mulher, uma pin-ups em cima de uma taça representando assim a essência do programa que mulheres também frequentam bares e bebem para se divertir e não são apenas os homens que tem esse tipo de hobby (não estamos incentivando o consumo de bebida, mas apenas relatando que mulheres também frequentam bares). As bebidas eram interferências cenografias, há uma garrafa de cerveja, dois copo com chopp, um drink e um suco; estas disposições 42
foram conforme a personalidade de cada participante O Giovani bebeu o drink, pois ele é o apresentador e se destaca, a Natália e Regina beberam chopp e a Mari suco, já que a mesma não bebe nada alcoólico.
Figura 9 ‐ Quadro de parede A
Figura 10 ‐ Quadro de parede B
43
Figura 11 ‐ Cortina
Figura 12 ‐ Quadro de parede C
44
No cenário do estúdio, por ser um quadro sobre sexo, pensamos em colocar um fundo infinito preto, deixando como principal a fala da Cláudia que dá dicas sobre sexo. Colocamos alguns elementos em vermelho representando paixão e luxúria. Há uma mesa para apoio de uma taça com a água e do tablet em que ela lê as perguntas. Há uma poltrona vermelha e também duas almofadas vermelhas, o chão foram colocadas perto da mesa para que assim a atriz possa mexer, já que é para parecer um conselho de amiga, ela mexe, coloca atrás das cotas para ficar mais confortável. A escolha do fundo preto foi para não deixar muito poluído o ambiente, já que trabalhamos com objetos vermelhos, deixamos assim o foco na resposta da atriz.
Figura 13 ‐ Projeto cenográfico B
45
Figura 14 – Cenografia quadro "Rapidinha" A
Figura 15 ‐ Cenografia quadro "Rapidinha" B
46
3.3 Paleta de cor
As cores principais foram tons quente, com algum contraste de uma cor mais em um tom frio. As cores das poltronas como laranja, que promove a energia, diversão, o amarelo, felicidade, o colorido que gera esta descontração, assim como nos quadros. O contraste vem com a cortina roxa, que produz um efeito de amenizar, já que há muita informação nas poltronas além de ser oposta ao amarelo, é uma cor da arte da cultura.
Figura 16 ‐ Paleta de cor Bar
As cores utilizadas no quadro “Rapidinha” do estúdio, foi o vermelho pela conotação sexual, os objetos em vermelho e a iluminação deixaram o ambiente mais quente, aguçando a questão do sexo.
Figura 17 ‐ Paleta de cor quadro "Rapidinha"
A cor pode desempenhar diversas funções na direção de arte. A cor não serve somente para garantir a verossimilhança das imagens, mas também para indicar tempo, lugar e definir personagens, além de estabelecer emoções, humores e atmosferas. Ou seja, a cor é um importante elemento expressivo e compõe o conjunto de elementos utilizados pela direção de arte como instrumento essencial, podendo operar de forma evidente ou subliminar. (LoBrutto (ibid., p. 77)
47
3.4 Referências Cenográficas
As principais referências são de filmes e séries que tinham de cenários bares, restaurantes e boates. O projeto final foi a junção de várias referências pegando cada detalhe dos filmes como: “À prova de Morte” do diretor Quentin Tarantino, (2007); Moulin Rouge (2001); séries “How I Met Your Mother” (2005 a 2014), “Are You There, Chelsea?” (2012) e “Friends” (1994 a 2004).
Referências do filme “À prova de morte”
Figura 18 ‐ Bar do filme "À prova de morte" A
48
Figura 19 ‐ Bar do filme "À prova de morte" B
Figura 20 ‐ Bar do filme "À prova de morte" C
49
Figura 21 ‐ Bar do filme "À prova de morte" D
“Suas conversas não giram unicamente em torno de homens, sexo e
relacionamentos. Kim e Zöe compartilham com as amigas sua paixão e entusiasmo3” O bar do filme foi usado de referência pois é um local aonde garotas vão para conversar e beber, assim como as meninas no programa. Há um local mais reservado. O rústico está nas paredes e no chão, com contraste de pôster nas paredes com filmes de mulheres da década de cinquenta, salientando o poder feminino e a sensualidade. “Uma série de diálogos picantes e de duplo sentido esquentam a temperatura do bar4”.
3 4
Site: http://cinelogin.wordpress.com . Acesso 23 de Maio de 2015 Ibidem
50
Referências do filme “Moulin Rouge”
Figura 22 ‐ Cenário do filme "Moulin Rouge” A
Figura 23 ‐ Cenário do filme "Moulin Rouge” B
51
Figura 24 ‐ Cenário do filme "Moulin Rouge” C
Moulin Rouge é uma referência do glamour nos cenários com o uso de veludo. Escolha que usamos para fazer as cortinas e poltronas com cores quentes e bem confortáveis para deixar as meninas mais à vontade para conversar. As cenas que se passam no quarto de Satine (Nicole Kidman), demonstram um grande resumo do Moulin Rouge. Assim como o nightclub, o quarto de Satine tem muitos tons de vermelho, e elementos que estimulam a "animação" de quem nele está. O quarto tem uma decoração que remete à Índia, com muito brilho, contas, e é muito luxuoso. Sem falar de tapetes e almofadas que aparentam ser bem "fofas" dando a sensação de conforto, de algo aconchegante. Considero o cenário como representativo, pois representa um quarto, com uma decoração um pouco atípica, mas não deixa de ser um quarto, possuindo elementos que o caracterizam, como por exemplo, uma cama. Os tons fortes de vermelho e brilho mostram a personalidade forte da dona do quarto além de remeter a uma sensualidade típica de uma cortesã. Neste caso, uma cortesã de luxo. Há também a presença de uma mesa de bebidas, que remete à libertação5.
5
Site: <http://jyrar‐cenografia.blogspot.com.br/>. Acesso em: 28 Maio 2015.
52
Referências do seriado “How I Met Your Mother”
Figura 25 ‐ Bar MacLaren's Pub A
Figura 26 ‐ Bar MacLaren's Pub B
53
Figura 27 ‐ Bar MacLaren's Pub C
O bar MacLaren's Pub da série “How I Met Your Mother” é um local de reunião dos amigos, com poltronas, e quadros de pin-ups assim como é uma das propostas do cenário do programa, um lugar confortável paras as amigas conversarem.
54
Referências do seriado “Are You There, Chelsea?”
Figura 28 ‐ Bar da série AYTC 01
Figura 29 ‐ Bar da série AYTC 02
55
Figura 30 ‐ Bar da série AYTC 03
Figura 31 ‐ Bar da série AYTC 04
O bar da série é um local onde praticamente só trabalham mulheres de 20 a 25 anos. É um local de classe média assim como a proposta do nosso programa e do público-alvo, com espelhos nas paredes e cenários mais casuais.
56
Referências do seriado “Friends”
Figura 32 ‐ Cafeteria da série "Friends" A
Figura 33 ‐ Cafeteria da série "Friends" B
57
Figura 34 ‐ Cafeteria da série "Friends" C
O Central Perk é uma cafeteria onde os amigos se reúnem para conversar. A disposição dos sofás: um grande no meio e outras duas poltronas ao lado, ajuda para que todos fiquem em quadro e também é uma maneira dos personagens interagirem na conversa.
Referência para o quadro “Rapidinha”
Usamos programas que abordam a temática de sexo, tais como o “Gabi quase proibida” do SBT, “MTV sem Vergonha” da MTV Brasil e “Sex n’ Roll”, Mix TV.
Referência do programa “Gabi quase proibida”
Programa no qual a apresentadora, fala abertamente sobre sexo, com entrevistados e especialistas. Cenário trabalha com objetos em vermelho, mesa, detalhes no fundo preto.
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Figura 35 ‐ Programa "Gabi quase proibida" A
Figura 36 ‐ Programa "Gabi quase proibida" B
59
Referências do programa “MTV sem Vergonha”
Programa que fala de sexo, e fala das experiências dos convidados, programa é um talk show que toda semana recebe um convidado para falar de sexo e participar de games. Cenário: Predominância da cor vermelha e detalhes, com as poltronas vermelhas, a mesa ao lado.
Figura 37 ‐ Cenário do MTV sem vergonha A
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Figura 38 ‐ Cenário do MTV sem vergonha B
Figura 39 ‐ Poltrona Vermelha
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Referências do programa “Sex n’ Roll”
Programa que abordar sexo, relações amorosas, erotismo e tudo o que ronda esse universo. Cenário com predominância vermelha e com detalhes de miçangas .
Figura 40 ‐ Cenário Rock n’ roll
3.5 Figurinos
Os figurinos do Giovani e das meninas foram pensando segundo a personalidade de cada um, visto que dentro do programa os figurinos deixam transparecer a personalidade e a opinião de cada integrante. Todos são jovens e tem entre dezenove e vinte cinco anos, então seus figurinos são atuais de modernos. As cores são em geral pretas e brancas, pois assim não destaca nenhum deles, visto que todos têm a mesma importância no programa, apenas o Giovani que se destaca, pois é o apresentador, mas o destaque fica pelo fato de usarmos um homem para apresentar. O cenário tem bastante destaque com cores quentes então preferimos um figurino mais sóbrio. O figurino do Giovani é moderno e despojado assim como o próprio, foi pensado para parecer confortável com uso jaquetas, calças jeans e tênis e peças do dia a dia. 62
Usamos em especial shape de uma calça, as sobreposições, o corte da jaqueta. As cores são frias com tons em azul e uso de preto e branco para deixar moderno e elegante.
Figura 41 ‐ Figurino Giovani
Figura 42 ‐ Paleta de Cor A
O figurino da Natália é mais despojado, ela é a mais liberal nos assuntos discutidos. O figurino é simples, moderno. Calça jeans com uma camisa customizada e um salto. As cores são neutras preto e branco.
63
Figura 43 ‐ Figurino Natália
Figura 44 ‐ Paleta de cor B
O figurino da Samara é o que mais tem destaque, pois deixa claro a sua personalidade forte. A proposta é um vestido para deixar evidentes suas tatuagens, com uma estampa em um tom mais neutro. O cabelo preso deixando os dreads soltos no ombro. Maquiagem simples, com batom vermelho para dar destaque, já que o figurino é mais simples.
64
Figura 45 ‐ Figurino Samara
Figura 46 ‐ Paleta de cor C
O figurino da Mariana é moderno, mas diferente das outras meninas, não usa decote, nem mostra as pernas. Usa calça, blusa de manga. A proposta é que Mariana é a mais conservadora das meninas, então a proposta é deixar isso claro em seu figurino, mas deixá-la moderna com salto, blusa de manga com renda, saia curta com uma calça mais justa em baixo. Passando assim a sensação de modernidade mesmo em opiniões ditas como mais conservadoras. Maquiagem básica, visto que a roupa já tem um destaque. Maquiagem mais elaborada para gerar um contra ponto da sua personalidade. 65
Figura 47 ‐ Figurino Mariana
Figura 48 ‐ Paleta de cor C
Figurino do Quadro “Rapidinha” O figurino tem destaque pois o cenário tem um fundo infinito preto. O
figurino é bem sexual, pois é um quadro sobre sexo, a proposta é um vestido com brilho, uma meia arrastão com um salto bico fino.
66
Figura 49 ‐ Figurino Claudia
Figura 50 ‐ Paleta de cor D
Figurinos das Repórteres O figurino da Bianca é para o quadro “Repórter por um chopp” então o
mesmo é bem pessoal. Foi proposto algo simples com calça jeans e um casaco vermelho, pois a gravação era a noite e precisava de uma cor que se destacasse no escuro. Figurino da Ingridy é um vestido moderno, com salto ideal para ir em balada. 67
Figura 51 ‐ Figurino Bianca
Figura 52 ‐ Paleta de cor E
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Figura 53 ‐ Figurino Ingridy
Figura 54 ‐ Paleta de cor F
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3.6 Referência de Figurinos Para o Giovani usamos de referência o estilista e jurado de programa de televisão Alexandre Herchcovitch, e o apresentador Didi Effe da MTV Brasil, pois assim como o Giovani ambos têm um estilo próprio de se vestir mistura o conforto a modernidade.
Figura 55 ‐ Alexandre Herchcovitch
70
Figura 56 ‐ Figurino Didi
71
Figura 57 ‐ Figurino Didi B
Figura 58 ‐ Roupas
72
Figura 59 ‐ Roupas B
O figurino da Natália é moderno e descolado, a referência foi da cantora Miley Cyrus, mas não os dos shows, os que a mesma usa do dia a dia, com calça e camisas. Mesclamos com o estilo da apresentadora Didi Wagner, com roupas leves, calça camisa sempre presando o conforto.
73
Figura 60 ‐ Figurino Miley Cyrus
Figura 61 ‐ Figurino Didi Wagner
74
Figura 62 ‐ Referência Figurino Natália
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Figura 63 ‐ Referência figurino Natália B
Figura 64 ‐ Referência figurino Natália C
76
Para a Samara usamos de referência o estilo da apresentadora Penélope Nova e da modelo Ray Mattos, ambas têm um estilo mais despojado. Seus figurinos são estrategicamente combinados para aparecer suas tatuagens.
Figura 65 ‐ Figurino Penépole Nova
Figura 66 ‐ Figurino Penépole Nova B
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Figura 67 ‐ Figurino Ray Mattos
78
Figura 68 ‐ Figurino Ray Mattos B
Figura 69 ‐ Figurino Samara
79
Figura 70 ‐ Figurino Samara B
Para a Mariana usamos de referências de cantoras gospel modernas, como a Julliany Souza, ela é jovem e tem um estilo moderno, com saias, bermudas, calças, blusas com decote U, V, harmonia de uma peça mais ampla com outra justa.
Figura 71 ‐ Figurino Julliany Souza
80
Figura 72 ‐ Figurino Julliany Souza B
81
Figura 73 ‐ Proposta de figurino Mariana
Para o figurino buscamos tipos de figurinos sexy, como os da apresentadora Fernanda Lima, ela usa sempre brilho, vestidos curtos com decotes valorizando seu corpo. Usa modelos justos, recortados, bandage ou decotados. Para apresentar seus programas ela muitas vezes escolhe looks um pouco mais ousados e conceituais.
82
Figura 74 ‐ Figurino Fernanda Lima
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Figura 75 ‐ Figurino Fernanda Lima B
Figura 76 ‐ Figurino Fernanda Lima C
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Para a repórter Ingridy usamos de referência o estilo da atriz Isabelle Drummond, que usa sofisticado e clássico, ideal para ir a uma balada. Para Bianca usamos as repórteres do programa “Profissão repórter” da TV Globo, pois elas são jovens e tem um estilo moderno e simples com calça jeans, blusa.
Figura 77 ‐ Figurino Isabelle
Figura 78 ‐ Figurinos de Repórter
85
3.7 Mapa de Cenografia
Figura 79 ‐ Mapa cenário do bar
86
Figura 80 ‐ Mapa cenário do estúdio
87
3.8 Mapa de Figurino
Figura 81 ‐ Mapa de figurino A
88
Figura 82 ‐ Mapa de figurino B
89
Figura 83 ‐ Mapa de figurino C
90
Figura 84 ‐ Mapa de figurino D
91
Figura 85 ‐ Mapa de figurino D
92
3.9 Mapa de medidas
Figura 86 ‐ Mapa de medida A
93
Figura 87 ‐ Mapa de medida B
Figura 88 ‐ Mapa de medida C
94
CAPÍTULO 4 – DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA
4.1 Realização
A concepção fotográfica do programa Sem Colarinho começa na idealização e roteirização do mesmo. Ao receber a proposta, a equipe de fotografia prontamente aceitou o desafio de transmitir através dos planos, enquadramentos e da iluminação a irreverência e informalidade de um bar. O objetivo foi buscar uma ótica que cative o público nas conversas que, no desenrolar se tornam engraçadas e envolventes. Compreender como a ciência da colorimetria, da iluminação e da sincronia dos enquadramentos, apresentadas em semestres anteriores, quando aplicada aos conteúdos apresentados ao longo da realização desse projeto integrado, a saber – semiótica, linguagem televisiva, narrativade, direção de arte, entre outros – possuem um poder ainda maior de captar a atenção e as salvas do público. Com a limitação dos espaços da locação onde foram realizadas as cabeças, lidar com alternativas compactas e equipamentos reduzidos se tornou um aprendizado rico e proveitoso. Foi possível extrair ao máximo a variação de planos e, ainda na proposta irreverente do programa, desconstruir alguns padrões entre a própria equipe de fotografia, que habitualmente, gerávamos conteúdo com câmeras constantemente sob o tripé ou em foco contínuo.
4.2 Defesa da construção estética
Realização em locação externa
Duas câmeras, modelos Panasonic HVX170 e DSRL Nikon D5300 integraram a gravação dessas cabeças. Em ordem de prioridade, a HVX170, sob um tripé, atuou como principal, operando com sua lente embutida no diafragma constante de f/2.8, com foco contínuo. A DSLR Nikon D5300, em mão, operou como secundária, com uma lente Nikkor 18-55mm, em diafragma f/3.5 nos planos mais abertos e f/5.6 em planos mais fechados, em todos os momentos trabalhando sob foco e desfoco. Na câmera principal, foram aplicados, em suma, planos abertos e mais constantes, os poucos movimentos são sutis. Sua estrutura mais pesada e bruta não permite grandes praticidades fora de tripés, além disso, ela captava dois canais de 95
áudio, o que requeria sua paralisação. Na câmera secundária, contrastamos com a câmera principal movimentos variados e ininterruptos. Com sua tela flip-out, a liberdade e gama de planos é ampla e facilita a locomoção num contexto de uma locação pequena.
Figura 89 ‐ Apresentadores conversando
A câmera HVX170 foi utilizada em tilts e pans, com o equilíbrio do zoom e movimentos suaves do tripé (fig. 87). O cinema já tinha descoberto a fluidez do real e do aqui-agora, explorando a duração por meio do plano-sequência e da 'camera stylo’, procedimentos que sublinhavam o gesto da câmera e o olho livre que explora o espaço. O que se tornaria ainda mais visível com o vídeo, pensado como rascunho e 'bloco de anotações'. [...] A câmera tornada personagem, aberta ao real, ao acaso e ao mundo, marca o estilo do direto [...] e será um dos procedimentos marcantes do vídeo (BENTES, 2012).
96
Figura 90 ‐ Giovani e Samara
O resultado informal (fig. 88) que permitem a DSLRs, a cada momento ganha mais espaço na internet e na televisão. Utilizar esta linguagem no programa Sem Colarinho foi algo estabelecido pela equipe desde sua concepção. Algumas dificuldades relacionadas ao uso desta linguagem foram encontradas na pós-produção. O balanço constante da câmera e o foque-desfoque geraram a inutilização de alguns takes. Sob orientação e mentoria do corpo docente foi possível registrar o aprendizado e uma maior cautela para as próximas experiências com o uso desta linguagem.
97
Figura 91 ‐ Mapa de Luz da cabeça
o
Iluminação
Três fresnéis de 600w com temperatura de 3200k foram utilizados para construir a iluminação do cenário, a saber - um principal, um de preenchimento e o último usado como contraluz. Destes, o fresnel utilizado para preenchimento contou com um filtro difusor. Apesar da limitação das tomadas e do espaço, o resultado foi condizente com a iluminação já disponívelvel no ambiente. Alguns spots, igualmente de 3200k, que já compunham o espaço original da locação foram utilizados para realçar objetos e elementos específicos, como cabelos, quadros na parede, detalhes das poltronas, entre outros.
Realização em locação interna
Conforme requisitado pelo corpo docente que coordena este projeto integrado, uma das gravações foi realizada em locação interna. Na ocasião, duas câmeras 98
modelo Panasonic HPX500 sob tripés foram utilizadas para gravação do quadro “Rapidinha”.
o
Iluminação
Quatro fresnéis de 1000w, 3200k todos diretos - dois destes contendo filtros vermelhos de efeito - construíram a iluminação em estúdio. O planejamento e a análise do roteiro foram indispensáveis para que tanto o posicionamento das câmeras quanto dos refletores e escolha de seus filtros encaixasse perfeitamente com a proposta e contextos do quadro.
Figura 92 ‐ Claudia encarando a câmera
O contraste entre sutileza e lascívia pode ser encontrado na luz direta, com sombras fortes e realces avermelhados no cabelo e nos objetos sob a mesa (fig.92).
Matérias
Nas matérias externas foi priorizado o uso da Panasonic HVX170. Somente a entrevista com a psicóloga Cláudio Del Monte foi captada através de duas DSRL, a saber - Nikon D5200 com lentes 18-55mm e Canon 70D igualmente com lentes 1899
55m. Em todas as realizações externas foi utilizado um refletor LED dimerizado, contendo difusor e filtros de ajuste de cor.
Figura 93 ‐ Repórter Ingrid na Balada
O refletor LED apresentou bons resultados perante sua simplicidade e praticidade de uso.
Na matéria realizada nas dependências da Disco Club SP, baseamos nossa referência fotográfica em conteúdos similares disponíveis no Youtube6, onde a câmera reveza sua posição entre o tripé e a mão, com focos de luz bem direcionados.
4.3 Referências audiovisuais
Entre acertos e deslizes, certamente o maior legado que a construção estética deste projeto integrado – bem como a idealização de seus planos, sua luz e movimentos – foi o legado da experiência e do aprendizado. Aprendizado este que fica marcado não somente nas teorias, mas alcança a prática cotidiana. Experiência esta que capacita todos os envolvidos na equipe de fotografia deste projeto integrado a realizar produções audiovisuais, com a qualidade e adequação exigidas pelas normas da linguagem televisiva. 6
CANAL TVGANG. Chutando o Balde. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=n1Dz61LIclI>. Acesso em 30 mai. 2015.
100
CAPÍTULO 5 – DIREÇÃO DE ÁUDIO
5.1 Concepção Sonora: Cabeças Para as cabeças do programa Sem Colarinho a voz dos envolvidos é primordial, tendo em vista que se trata de um debate e o programa gira em torno de uma conversa entre o apresentador e três jovens mulheres. O casting colaborou nesse aspecto, trazendo um apresentador com voz carismática e amigável, cumprindo o papel de “melhor amigo gay” que era necessário. Já as três participantes mostram em suas vozes um pouco de suas personalidades. Partindo para os meios técnicos, foi necessário planejamento considerando a disponibilidade de microfones para a gravação e a necessidade de ter as vozes de todos os participantes no mesmo volume. Evitando assim que a opinião de uma das participantes fosse prejudicada pelo volume de sua voz, trazendo imparcialidade ao debate. Sendo assim, na gravação das cabeças utilizamos um microfone lapela para o apresentador do programa, dando a possibilidade de conduzir o debate e finalizar assuntos de acordo com o tempo destinado a cada um deles. Essa decisão facilitou também na gravação de chamadas de blocos, matérias, intervalos comerciais e outros momentos em que só o apresentador falava. Como parte do cenário, uma mesa em formato de carretel serviu para que fosse fixado um gravador de áudio (Tascam), que captou as vozes das participantes Natália Aleixo e Mariana Domin. Por segurança, um microfone Boom em um tripé, direcionado para o espaço entre as duas poltronas também captava as duas moças. Na pósprodução, após avaliação técnica do material captado, foi decidido utilizar no programa a gravação captada pelo Tascam. Já para a participante Samara Maskalenkas, que se encontrava em uma poltrona distante da mesa, foi utilizado um microfone boom com vara. Por terem sido captadas em diferentes microfones, uma modulação foi necessária na pós-produção para nivelar todos os quatro participantes. Se tratando de trilha sonora, nas cabeças foram utilizadas trilhas para compor o som ambiente do bar, variando os gêneros entre pop e rock alternativo, com algumas variações de estilo para dar mais dinâmica ao programa em pontos específicos. 101
Os efeitos sonoros foram utilizados para reger a paisagem sonora de um bar, assim como sons de copo e murmúrios de fundo. Também foram utilizados para auxiliar as BG, estimulando os telespectadores, de acordo com o desenvolvimento do programa. 5.2 Roteiro do programa
ROTEIRO
DATA
PRODUTO TEMPO
Alaisa Correa
25/05/15 VT
27’
10’’- VINHETA ABERTURA VT
BG VINHETA
2’ - CABEÇA ABERTURA APRESENTADOR CAM 1 VIVO
BOA NOITE/ SEJAM BEM VINDAS A ESTRÉIA DO SEM COLARINHO// EU SOU O GIOVANI FACCIOLI/ E AQUI NÓS VAMOS CONVERSAR SOBRE TUDO DO UNIVERSO FEMININO/ E DEBATER DIVERSOS ASSUNTOS DA ATUALIDADE/ E PARA ISSO ESTOU NA COMPANHIA DE MARIANA DOMINI/ NATALIA ALEIXO/ E SAMARA MASKALENKAS// E QUE LUGAR MELHOR SE NAO UM BAR PARA A GENTE COLOCAR EM DIA AQUELE PAPO ENTRE AMIGAS?// E ESSE É O ESPAÇO VIP QUE A GENTE VAI SE ENCONTRAR TODAS AS QUARTA-FEIRAS ÀS ONZE E MEIA AQUI NO FOX LIFE!// E VOCÊ PODE PARTICIPAR COM A GENTE MANDANDO AUDIOS NO MEU WHATSAPP QUE ESTA APARECENDO AQUI EM BAIXO// NO PROGRAMA DE HOJE VAMOS TER O QUADRO REPÓRTER POR UM CHOPP 102
FALANDO SOBRE APLICATIVOS DE RELACIONAMENTO/ O BAFÃO DAZA MIGA/ VAMOS FALAR TAMBEM SOBRE TRAIÇÃO/ E TEM A NOSSA RAPIDINHA SEMANAL COM A CLAUDIA//
20’’ APRESENTADOR GIOVANI CAM 01
CLIPE REPORTER POR UM CHOPP TEMPO 3’’
4’ COMENTARIO MATERIA APRESENTADOR GIOVANI CAM 01
VIVO
APRESENTADOR EXPLICA O QUADRO REPÓRTER POR UM CHOPP COM A REPORTER BIANCA E CHAMA QUADRO//
VT OFF
VIVO
APRESENTADOR COMENTA QUE A BIANCA FOI BEM/ E CONVIDA TELESPECTADORAS A SE INCREVER PARA SER REPORTER POR UM CHOPP NO SITE// APRESENTADOR ABRE O DEBATE SOBRE O TINDER PERGUNTANDO O QUE AS MENINAS ACHAM/ E SE JÁ USARAM// DISCUSSÃO/ NATALIA A FAVOR (JÁ USOU)/ MARIANA CONTRA/ SAMARA NUNCA USOU/ MAS É A FAVOR//
APRESENTADOR GIOVANI CAM 01
VIVO
APRESENTADOR CHAMA OS COMERCIAIS 103
VT
VT
10’’ VINHETA PROGRAMA
CLIPE COMERCIAL OFF
VT
TEMPO 1’’30’
10’’ VINHETA PROGRAMA
3’ CABEÇA PROGRAMA APRESENTADOR CAM 01
VT
VIVO
BG ABERTURA
APRESENTADOR VOLTA AO PROGRAMA E DESENVOLVE O TEMA DE COMO UM ENCONTRO PODE SER BOM/ E QUE DESSE JEITO PODE TERMINAR EM SEXO// DISCUSSÃO/ MARIANA NAO CONCORDA/ NATALIA SUPER A FAVOR/ SAMARA MEIO TERMO//
APRESENTADOR GIOVANI CAM 01
VIVO
APRESENTADOR CHAMA O QUADRO RAPIDINHA COM A APRESENTADORA CLAUDIA PAGNONCELLI//
OFF
VT
CLIPE RAPIDINHA TEMPO 4’
104
25’’ CABEÇA APRESENTADOR CAM 01
VIVO
APRESENTADOR COMENTA QUE A CLAUDIA LACROU/ APRESENTADOR CHAMA O QUADRO “BAFAO DAZ MIGA”// EXPLICA COMO FUNCIONA O QUADRO/ E QUE O DE HOJE É COM A MAISA DE 19 ANOS//
CLIPE BAFÃO TEMPO 2’
OFF
VT
1’00’’ CABEÇA PROGRAMA APRESENTADOR CAM 01
VIVO
QUE BAFÃO HEIN?/ E AI MIGAS?/ O QUE ELA FAZ AGORA?// DISCUSSÃO// APRESENTADOR FINALIZA COM O CONSELHO// CHAMA OS COMERCIAIS//
VT
VT
OFF
VT
10’ VINHETA PROGRAMA
CLIPE COMERCIAL TEMPO 1’’30’
VT
BG ABERTURA
10’ VINHETA PROGRAMA
30’’ APRESENTADOR GIOVANI CAM 01
VIVO
APRESENTADOR DI Z QUE ESTA DE VOLTA/ E QUE VAI PARA A ULTIMA MATERIA DO 105
PRORGRAMA QUE É SOBRE TRAIÇÃO//
CLIPE MATERIA TRAIÇÃO TEMPO 3’
3’ CABEÇA APRESENTADOR GIOVANI CAM 01
VT
VIVO
VT
APRESENTADOR ABRE A DISCUSSÃO PERGUNTANDO EM QUE SITUAÇÃO AS MENINAS TRAIRIAM// DISCUSSÃO/MARIANA CONTRA/ NATALIA JÁ TRAIU/ SAMARA JÁ FOI TRAIDA//
1’00’’ CABEÇA PROGRAMA APRESENTADOR CAM 01
15’’ CRÉDITOS FINAIS
VIVO
VT
APRESENTADOR LAMENTA O PROGRAMA ESTAR CHEGANDO AO FIM/ FAZ OS AGRADECIMENTOS/ CONVIDA PARA ASSISTIR AO PODCAST QUE VAI AO AR NO SITE SEXTA FEIRA/ E CONVIDA PARA ASSISTIR OS PROXIMOS EPISÓDIOS DO SEM COLARINHO// VT
106
5.3 Concepção Sonora: Matérias Nas matérias, foi utilizado microfone de mão, privilegiando a presença das repórteres participativas, trazendo mais dinâmica durante as sonoras e para captar melhor as vozes em ambientes com muita interferência, como por exemplo, na casa noturna em que a matéria sobre traição foi gravada. Não foi utilizado microfone de mão na sonora da psicóloga Claudia Del Monte. Nesse caso, um microfone boom em um tripé (direcionado para a entrevistada) conseguiu atender as necessidades dessa gravação. A trilha sonora da matéria de traição é composta por música eletrônica, trazendo identificação com o local. Na matéria do “Repórter por um Chopp”, foi utilizada um pequeno trecho da canção “Sparks”, da cantora Hilary Duff quando citada pela repórter.
5.4 Concepção Sonora: “Rapidinha” O quadro “Rapidinha” foi gravado em estúdio, dando a possibilidade de controlar o som, mas por demandar uma intimidade entre a condutora e o telespectador, foi decidido o uso de um microfone Lapela. Os efeitos sonoros têm grande importância na criação do clima que o quadro exige, exaltando a sensualidade vista no vídeo e aumentando o clima cômico durante algumas situações. A música utilizada de trilha-sonora para o quadro também tem grande influência na maneira em que os telespectadores receberão o que é transmitido. Trilhas com baixos bem aparentes, como no Soul e Jazz, combinados com o agudo metálico de trompetes, elevam o clima sexy do quadro, exaltando os momentos de maior excitação.
5.5 Roteiro “Rapidinha”
Roteiro quadro rapidinha
ROTEIRO
DATA
PRODUTO
TEMPO 107
Alaisa Correa
22/05/2015 VT
4’
05’’- VINHETA ABERTURA VT
BG VINHETA
2’ - CABEÇA ABERTURA APRESENTADORA CAM 01 VIVO
BOA NOITE/ EU SOU A CLAUDIA PAGNONCELLI/ E ESSE É O QUADRO RAPIDINHA/ ONDE TODA SEMANA EU VOU RESPONDER AS SUAS DUVIDAS SOBRE SEXO/ E TE DAR VÁRIAS DICAS//
CAM 02 VIVO
CAM 01 VIVO
SE VOCÊ TEM ALGUMA DUVIDA MANDE PARA O NOSSO E-MAIL QUE ESTÁ APARECENDO AGORA NA SUA TELA/ QUE EU VOU TE RESPONDER COM TODO PRAZER// E A PRIMEIRA DUVIDA É DA NOSSA AMIGA MAISA/ DE 22 ANOS// (LER A PERGUNTA NO TABLET E RESPONDER DUVIDA) A SEGUNDA DUVIDA É DA ALCIONE DE 22 ANOS// (LER A DUVIDA E RESPONDER A PERGUNTA) A TERCEIRA DUVIDA É DA FERNANDA/ DE 26 ANOS// 108
(LER A PERGUNTA NO TABLET E RESPONDER A DUVIDA)
CAM 02 VIVO
AGORA A PROXIMA DUVIDA É DA NOSSA AMIGA GABRIELA/ DE 22 ANOS// (LER A PERGUNTA NO TABLET E RESPONDER A DUVIDA)
VIVO
VAMOS AGORA PARA A DUVIDA DA PRSICILA DE 19 ANOS/ (LER A PERGUNTA NO TABLET E RESPONDER A DUVIDA)
CAM 01
NOSSA AMIGA VIVIANE DE 21 ANOS MANDOU A SEGUINTE DUVIDA (LER A PERGUNTA NO TABLET E RESPONDER A DUVIDA) E A NOSSA ULTIMA DUVIDA É DA ANA LUCIA DE 22 ANOSS// (LER A PERGUNTA NO TABLET E RESPONDER A DUVIDA) ESSAS FORAM AS DUVIDAS DE HOJE/ OBRIGADA PELA COMPANHIA/ E NÃO ESQUEÇA DE MANDAR A SUA DUVIDA PARA O NOSSO E-MAIL// ATÉ APROXIMA SEMANA/ 05’’- VINHETA ENCERRAMENTO 109
VT
BG VINHETA ENCERRAMENTO
5.6 – Concepção sonora: Podcast O podcast foi desenvolvido com o objetivo de trazer interatividade para o programa de TV através do envio de áudios pelo aplicativo whatsapp, além de migrar o telespectador para a plataforma web-rádio, criando um evento classificado por Henry Jenkins como transmídia, cujo a definição tomamos emprestada de seu livro, “Cultura da Convergência. [...] Fluxo de conteúdos através de múltiplas plataformas de mídia, à cooperação entre múltiplos mercados midiáticos e ao comportamento migratório dos públicos dos meios de comunicação, que vão a quase qualquer parte em busca das experiências de entretenimento que desejam. (JENKINS, 2006, p. 29).
Durante a exibição do programa de TV, o telespectador é convidado a participar do debate enviando a sua opinião e contando experiências relacionadas ao tema. Alguns áudios do público são executados no podcast e comentados por dois apresentadores e uma convidada rotativa. Outras discussões são iniciadas a partir dos comentários de forma leve e descontraída, aproximando-se de uma conversa entre amigos. Mesmo tendo o público feminino como alvo, as opiniões masculinas também são levadas em consideração durante o podcast, abrindo o leque de visões sobre um mesmo tema. Para criar intimidade com os ouvintes, os locutores usaram um discurso bem informal, aproveitando a proximidade do rádio como meio e, a interação dos ouvintes 110
pelas redes sociais, para criar a ilusão de intimidade com o melhor amigo gay, Giovani, e com a melhor amiga, Bianca. Mesmo com uma postura diferente, agindo mais como conselheira especialista do que uma amiga em si, a convidada também se abriu bastante, acolhendo o discurso dos apresentadores. O timbre de voz deles foi escolhido pela familiaridade que o público teria com elas, pois os apresentadores participam de programa de tv, além de se encaixarem bem no perfil do programa. A voz suave e calma de Bianca, interagindo com a voz grave de Giovani, que mais se parece com um contralto. Junto a isso, a voz jovem guiando o programa, aproxima ainda mais o podcast ao público-alvo. A função da trilha sonora é criar a dinâmica do programa pois, por mais que seja uma conversa entre amigos, as discussões precisavam de uma incrementada. Em alguns pontos, elas inclusive foram apimentadas pela BG, que aproveitou as histórias mais absurdas que ou ouvintes enviavam, para criar uma espécie de bolha sonora. Essas bolhas nada mais são do que um momento de maior euforia, que destaca a BG do fundo, encerrando a trilha amena que corria até então, para surpreender e carregar o ouvinte pela experiência cômica ou dramática, vivida na história enviada ao programa. A BG sozinha, porém, não conseguiria criar essas bolhas, se não fosse a implementação de efeitos sonoros. Assim como no programa, os efeitos para a composição da paisagem sonora são imprescindíveis para alcançar o subconsciente de quem ouve o programa. A partir do momento em que surge um efeito como uma buzina de palhaço, ou o som de um xilofone, comuns quando alguém cai da escada em desenhos animados, os sentimentos que as pessoas tiveram quando ouviram esses efeitos anteriormente, voltam à tona, mesmo que ela não tenha consciência disso. De certa forma, utilizar os efeitos sonoros é um ótimo modo de usar a memória de uma pessoa, em favor de seu programa, pois isso aumenta as chances dela se familiarizar com o seu conteúdo. Portanto, enquanto a trilha atrai a atenção de uma pessoa ao podcast, os efeitos sonoros buscam as emoções dela ao programa, criando cada vez mais íntimo com o ouvinte
111
5.7 Roteiro
PODCAST : “SEM COLARINHO” Redatores: Lucas Alves e Michel Gentil Data: 04/05/2015 – Atualização: 07/05/2015 Tempo: Aproximadamente 13 min. LOC 1 - BIANCA FONTES LOC 2 - GIOVANI FACCIOLI LOC 3 – ROBERTA NADER (CONVIDADA) TEC – BG: Trilha leve LOC 1: SAUDAÇÃO PESSOAL, INTRODUÇÃO DO PROGRAMA (PODCAST ONDE VOCÊ SERÁ OUVIDA! E MATAR CURIOSIDADE SOBRE A OPINIÃO DOS HOMENS). LOC 2: SAUDAÇÃO PESSOAL E APRESENTAÇÃO DA BLOGUEIRA CONVIDADA: ROBERTA NADER, ROTEIRISTA E BLOGUEIRA. ELA ESCREVE PARA OS BLOGS “SEMIMUNDO” E “VIDA EM POSTS”. LOC 3: SAUDAÇÃO ROBERTA NADER. LOC1: CHAMADA PARA O ASSUNTO MAIS COMENTADO NO PROGRAMA DE TV: TINDER. RODAR TRECHO DO PROGRAMA.
TEC - AUD. 1 – TRECHO DO PROGRAMA COM O ASSUNTO MAIS COMENTADO – 30” BG LOC 1: LOCUTORA CHAMA AS OPINIÕES DADAS ATRAVÉS DO WHATSHAPP, PESSOAS QUE GOSTAM: GABRIELE, 19 ANOS – SÃO PAULO – 10’’
112
TEC - AUD. 2 – DEPOIMENTO DE TELESPECTADORA POR WHATSAPP – GABRIELE – 19 ANOS, SÃO PAULO -30” BG LOC: LOCUTORES E CONVIDADA COMENTAM O AUDIO DA TELEPESCTADORA. LOC 2: AGORA VAMOS OUVIR A MARLON, 18 ANOS - RIO PRETO
TEC - AUD. 3 – DEPOIMENTO 2: MARLON, 18 – RIO PRETO BG LOC: LOCUTORES E CONVIDADA COMENTAM O AUDIO DO TELEPESCTADOR. LOC 1: RENATA, 30 ANOS - SP
TEC - AUD. 4 – DEPOIMENTO 3: RENATA, 30 – SP BG LOC: COMENTARIOS LOC 2: OPINIÃO MASCULINA, BRUNO, 19 ANOS – ANAPOLIS
TEC - AUD. 5 – DEPOIMENTO 4: BRUNO, 19 – ANAPOLIS BG LOC: COMENTARIOS LOC 1: GENTE QUE NÃO CURTE O APLICATIVO. PAMELA, 20 ANOS – DIADEMA 113
TEC - AUD. 6 – DEPOIMENTO 5: PAMELA, 20 – DIADEMA BG LOC: COMENTARIOS LOC 2: THIAGO, 20 ANOS - SP
TEC - AUD. 7 – DEPOIMENTO 6: THIAGO, 20 ANOS – SP BG LOC: COMENTARIOS LOC 1: LOCUTORA AGRADECE A PARTICIPAÇÃO DA CONVIDADA. CONVIDADA: SE DESPEDE. LOC 2: LOCUTOR ENCERRA CONVIDANDO OS OUVINTES A CONTAREM SUAS EXPERIENCIAS POR MEIO DO WHATSAPP. LOC 1: LOCUTORES CONCLUEM O PODCAST CONVIDANDO O OUVINTE PARA ASSISTIR O PROXIMO PROGRAMA NA TV
TEC – BG: Trilha de encerramento TEC – AUD. 8 – Recado do Nicolas para o Giovani
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CAPÍTULO 6 – CONCEITO DE CRIAÇÃO
Este é o capítulo da pasta, que encerra a parte teórica, na qual envolveu toda a pós produção do projeto, além de justificar todas as construções gráficas, que incluem logotipo, vinheta e GC. Tudo isso está dividido em quatro tópicos, onde cada um busca o melhor aprofundamento em seu tema.
6.1 - Defesa para a construção do logo
A concepção do logotipo está intimamente ligada ao nome do projeto e, juntos, eles são uma síntese do que de fato é o programa. Ou seja, é preciso que nome e logotipo criem nos telespectadores uma memória visual, para que se remetam a seu produto toda vez que os vejam. Em outras palavras, eles são a sua marca. Contudo, criar uma identidade para um universo que se projeta tão vasto, e que opera em diferentes mídias para alcançar o seu público, não é algo tão simples. Assim sendo, é necessário se prezar às singularidades de todo o projeto, para então representá-las em uma unidade visual, escolhendo signos harmoniosos que consigam transmitir a intenção de seu produto, com clareza. Tendo em vista que grande parte do universo temático abordado nesse projeto tem como característica o papo entre amigas no bar, é natural que a identidade do projeto tenha nascido da junção desses dois temas. No início do processo de criação, porém, achar um nome que combinasse e soasse bem estava sendo um tanto complicado. Até que em uma reunião de orientação, surgiu em pauta o nome Sem Colarinho (BINGO!), ele era perfeito para relacionar a temática do bar com o público feminino, por conta da expressão usada na hora de pedir um copo de chopp, além de colarinho ser um acessório mais comum em roupas masculinas. Era um nome criativo, que atendia bem ao programa e dava várias opções de logotipo. Antes de explicar as decisões estéticas do logotipo, é bom lembrar que um dos principais objetivos era estabelecer o Sem Colarinho como uma marca, algo que um patrocinador ou anunciante poderia aproveitar em algum acordo de campanha, produtos licenciados e o que mais trouxesse lucro ao programa. Dessa forma, o logotipo final é uma representação de painel luminoso, semelhante às marcas de cerveja que encontramos nos bares, mas com os toques suaves do Sem Colarinho. 115
Figura 94 ‐ Logotipo do programa Sem Colarinho
Depois de uma pesquisa referencial de imagem, foi concluído que as formas circulares e os traços arredondados são comumente usados em signos femininos, pois são mais tênues e agradáveis aos olhos das mulheres. E a moldura circular, que também representa a tampa de um barril de madeira, como as imagens abaixo podem ilustrar.
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Figura 95 ‐ Logotipo Maga Morena
Figura 96 ‐ Tampa de barril Budweiser
As formas em neon são um símbolo da vida noturna, que além de ser o período em que o programa vai ao ar, é também quando há maior movimento nos bares em São Paulo. Sendo uma forte característica feminina, o ícone de uma boca, que também está em neon, é um dos símbolos do Sem Colarinho, pois é ele quem substitui o nome 117
do programa no logotipo sempre que é exigido uma aplicação diferente, como no GC. Portanto, a partir do momento em que o telespectador está habituado com o desenvolvimento do programa, ele facilmente consegue assimilar essa boca ao programa em si, como uma outra identidade. As imagens a seguir mostram este outro logotipo e, em sequência, as referências em neon.
Figura 97 – Neon
Figura 98 ‐ Logotipo Sem Colarinho 2
A fonte escolhida para o logotipo é a “Brush Script MT Italic”, que imita a escrita cursiva, de modo que pertence à família “Script”. Dessa mesma família, esta é uma das que dão uma mais leitura, principalmente quando adicionado o efeito de neon.
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Outra importante característica dessa fonte é seu formato arredondado, como dito antes, propício ao universo feminino. Por fim, as cores do logotipo são as análogas vermelha e roxa, que foram escolhidas de acordo com os estímulos físicos que provocam, além de propiciarem o contraste buscado entre cores quentes e frias, que também favorece a profundidade, na hora de destacar os elementos vermelhos. Embora a cor vermelha não seja a mais usada no logotipo, ela é a principal, pois o vermelho tem a propriedade de atrair a atenção, além de estimular a ação e a paixão sexual, um dos temas mais abordados no programa. Enquanto a cor roxa estimula a criatividade. Sendo a primeira arte gráfica desenvolvida e servindo como identidade do programa, todas as composições gráficas seguiram esses mesmos princípios, que no contexto geral, ajudaram a dar fluência para a narrativa do programa, assim como a do conteúdo nos demais seguimentos de mídias.
6.2 Campanha Sem Colarinho
Uma das propostas desse logotipo era abrir as portas para patrocinadores desenvolverem campanhas em associação com o Sem Colarinho. Uma das possibilidades seria que anunciantes de cerveja promovessem o espaço Sem Colarinho nos bares de seus revendedores, como um incentivo de levar mulheres ao bar com suas amigas, para aproveitar o tempo entre si e não para servirem de paquera para os homens, como normalmente é promovido nas entrelinhas. Assim, todo bar que aderisse à campanha poderia receber grupos de amigas, com o painel luminoso de Sem Colarinho decorando alguma parede, como quem diz: “sejam bem-vindas”.
6.3 Defesa para a linguagem de edição
A linguagem utilizada para a edição do programa Sem Colarinho foi definida a partir da gravação de cada quadro/matéria. O trabalho de edição resumiu-se em selecionar os melhores takes (quando houve mais de um) ou melhores respostas dadas as perguntas das repórteres. 119
As cabeças foram gravadas em um bar, com a predominação de planos gerais para evidenciar a locação utilizada. Foi selecionado planos médios e fechados quando as meninas expressavam sua opinião. Buscamos takes que explorassem o cenário, com imagens dos quadros, espelho, bebidas na mesa, petiscos e interação das pessoas com os objetos cênicos. Também realizamos um tilt em close desde a tatuagem da Samara até a cintura, evidenciando sua personalidade. Para a externa do quadro do "Repórter por um Chopp", entrevistamos pessoas na avenida Kennedy em São Bernardo do Campo, com o intuito de descobrir a opinião delas acerca do uso do aplicativo Tinder para marcar encontros. Sendo assim, buscamos gravar as pessoas em plano fechado ou close, visto que esses planos favorecem o depoimento do entrevistado. Para a pós-produção, foi utilizado cortes secos por se tratar de um mesmo ambiente, e para sumarizar a fala de cada pessoa, selecionando as partes mais adequadas à matéria. Em nossa externa para a gravação da matéria sobre traição, fomos ao bairro Itaim Bibi, em uma casa noturna, para perguntar as pessoas a opinião delas acerca do assunto. Utilizamos planos abertos de dentro da casa para a ambientalização. Foi utilizado planos médios para a otimização do espaço, assim, também, dando mais importância aos depoentes. Os cortes secos dão mais dinâmica à matéria, combinando com o ambiente em que foram gravadas. Usamos o som ambiente devido ao fato da iluminação da casa ser em prol da música que está sendo tocada, além de haver uma combinação deveras interessante com o público local. Na gravação do “Bafão das amigas”, realizada no Parque Salvador Arena em São Bernardo do Campo, utilizamos um plano médio em todo o depoimento, pois tratase de um assunto íntimo; e, na edição, cortes secos para agilizar e dar mais fluência. Diferente das outras gravações, o quadro “Rapidinha” – realizado em estúdio – teve um ambiente controlado (áudio e iluminação) e utilização de Switcher, sendo os cortes feitos no próprio estúdio. As técnicas usadas para o Switcher foram cortes secos. Os planos mudavam de acordo com a necessidade e com o decorrer do quadro, sendo a câmera principal a que mais fazia as modificações, indo de plano aberto para médio, fechado e até close; sendo o último utilizado nos dizerem finais de algumas respostas, enfatizando a conclusão da apresentadora mediante à pergunta feita por uma telespectadora.
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6.4 Vinheta Enquanto o logotipo tem como função representar os principais elementos do universo temático, a vinheta deve preparar o público para o que virá no programa. Em Sem Colarinho, os pontos destacados nela foram: a influência da tecnologia, a amizade dos apresentadores e o debate; além, é claro, do universo feminino e do bar. A ideia da vinheta é reproduzir o celular do apresentador Giovani desde antes do programa começar (Fig. 99). Os status do celular estão todos baixos, como uma metáfora ao cansaço depois de uma quarta-feira cheia. Mas assim que uma das meninas manda uma mensagem para ele, com o relógio marcando 23:30 (horário do início do programa), todos os níveis ficam subitamente cheios.
Figura 99 – Celular Giovani
Após a mensagem ser respondida, uma transição em slide, da direita à esquerda, troca o plano de fundo para o fundo de um bar, assim como a foto dos apresentadores também vão sendo trocadas uma a uma, para a apresentação de cada um, seguida de uma foto dos quatro juntos “brincando”, para reforçar a ideia do papo de amigos. 121
O debate é representado pelas mensagens que vão descendo na tela do celular, cada uma identificada com o nome de uma participante e que dão alusão aos assuntos que rolarão no programa. Ao fim, as mensagens dão lugar ao logotipo do programa, que fecha o arco, introduzindo o público de fato ao Sem Colarinho! Todas as composições usadas durante a vinheta foram construídas em vetor no Adobe Illustrator, a fim de redimensioná-los de acordo com a necessidade sem perder a qualidade e proporções originais. A vinheta possui itens do logotipo ao longo de toda sua duração. O celular de Giovani tem como papel de parede o símbolo da boca em neon – com o gradiente radial de núcleo branco e a borda formada por tons de roxo. Também no celular, o novo logotipo da produtora Lumos está representado como o botão de menu. As bordas dos balões de mensagens também são feitas de neon roxo e vermelho, representando as respostas e perguntas, respectivamente. O efeito do Adobe After Effects, Linear Wipe, foi aplicado em camadas de Shape Layers de cor branca, para simular o brilho no celular, que varia de acordo com a movimentação do mesmo, tanto em posição, quanto intensidade (neste caso, aumentando ou diminuindo opacidade e Feather). A imagem a seguir traz um exemplo dos eventos descritos nos parágrafos anteriores.
Figura 100 ‐ Exemplo celular vinheta
Os efeitos sonoros também foram muito importantes para dar ênfase às ações na tela, de outra forma, alguns movimentos poderiam passar despercebidos. 122
A principal referência na construção dessa vinheta foi a abertura do programa da rede americana NBC, “Saturday Night Live”, que além de apresentar o elenco com fotografias, também apresenta seu convidado semanal. O seriado “How I Met Your Mother” também usa sua vinheta de abertura com fotografias dos personagens, usando transições com flash entre cada imagem, que inspiraram o desenvolvimento dessa vinheta. Confira as referências abaixo.
Figura 101 ‐ Saturday Night Live A
Figura 102 ‐ Satuday Night Live B
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Figura 103 ‐ How I Met Your Mother
O programa “Bloco X”, do canal do YouTube, “Omeleteve”, utiliza em seu GC, emojis das apresentadoras, que serviram de referência no final da vinheta.
Figura 104 ‐ Bloco X ‐ Omeleteve
O resultado final é uma vinheta um tanto quanto longa, porém, que atende as necessidades do programa e tem uma boa dinâmica para iniciar o fluxo do programa, bastante descontraído para cima!
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6.5 Arte para o GC do Programa
O desenvolvimento do GC seguiu o mesmo padrão das artes utilizadas no logotipo e vinheta, com duas aplicações diferentes, uma para informações de contato e assuntos do programa nas cabeças e, outra de crédito nas matérias. O GC das cabeças foi composto pelo segundo logotipo, de onde saem dois quadros de forma arredondada, com as cores do programa. Para mesclar melhor o GC com o cenário, foi usado o efeito de blur com baixo valor de opacidade, que deu uma unidade maior ao quadro. Já no GC de crédito nos quadros, apenas as cores do programa foram utilizadas no fundo do texto, para deixa-lo mais discreto. A fonte utilizada no GC foi Utsaah, que tem um corpo de traços finos e arredondados, e também não possui serifa, garantindo uma fácil legibilidade ao texto.
Figura 105 ‐ GC Programa Cabeça
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CAPÍTULO 7 – LEGISLAÇÃO
7.1 Direito de Imagem O direito de imagem, também considerado direito de personalidade autônomo, é a proteção legal que todo cidadão tem sobre a representação do seu eu físico; seja como fotografia, vídeo, retratos, pinturas, etc. Este direito está vinculado a dignidade humana e atinge todas as etapas do desenvolvimento da pessoa e até mesmo após a sua morte cabe aos herdeiros o resguardo desta imagem. Essa proteção legal é amparada pelo novo Código Civil Brasileiro (lei 10.406 de 10 de janeiro de 2002) do artigo 11 ao 21 e por nossa Constituição Federal, artigo 5°, X e XXVII, a, sendo o inciso X primordial quando versa que “são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação”. A imagem não pode ser violada, transferida ou tampouco renunciada, porém ela é disponível e pode ser negociada para outras pessoas. Esta transferência é feita através de contratos que permitem o uso da imagem em diversas modalidades ou meios de comunicação, nestes contratos também são definidos prazos e tempo de exposição da imagem. Quando se trata de personalidade pública e respeitando o direito de informação – que prevalece sobre o direito de personalidade – a imagem poderá ser usada de forma que não machuque a honra e a moral do cedente. A violação do uso da imagem é dada sempre que se ferem propositalmente duas condições claras: 1) explorar economicamente através da imagem, e/ou; 2) denegrir a pessoa retratada. O prejuízo real à vítima está bem claro nos dois itens e demanda bom-senso do Juiz na avalição da proporcionalidade do dano. Um exemplo de prova – como dito em sala de aula – pode ser laudos médicos que comprovem o desconforto emocional da vítima, mas a privacidade da imagem é tão representativa que a prova do dano “Independe de prova do prejuízo à indenização pela publicação não autorizada da imagem de pessoa com fins econômicos ou comercias”, súmula n° 403 construída pelo Superior Tribunal de Justiça.
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Existem algumas limitações quando a questão do direito de imagem envolve áreas públicas ou privadas: se um paparazzo pula o muro de uma casa para fotografar uma celebridade, este está cometendo uma violação, não só relacionada ao uso da imagem, mais também envolvendo invasão de residência, porém se este mesmo paparazzo fotografa um famoso andando numa rua movimentada, fazendo topless ou sem camisa o caráter informativo da foto predomina. O advento e a consolidação da internet e das redes sociais banalizaram o uso e a funcionalidade da imagem. O massacre diário de selfies e fotos com amigos, familiares e animais postadas na rede todo o dia se tornou obsceno e preocupante. Um direito consolidado à própria imagem e a personalidade nunca se fez tão necessário neste contexto atual.
Programa de debate feminino Sem Colarinho
Para a gravação do programa de debate feminino será utilizado a imagem e voz dos participantes, seja no estúdio, nas gravações externas ou no podcast. Utilizaremos o modelo de cessão de direitos de imagens(anexo) para colher a assinatura de todos os participantes do programa de televisão e do podcast, este instrumento nos autoriza a usar a imagem/voz do participante para fins culturais e acadêmicos, bem como a reprodução das mesmas em vários meios de difusão sonora e audiovisual e também para a confecção de capas de DVDs, CD-ROM e home-vídeo.
7.2 Direito Autoral Direito Autoral é o direito exclusivo do autor sobre sua criação e sendo esta chamada de propriedade imaterial – não tem corpo – é protegida por leis nacionais e internacionais. O contexto do direito autoral no Brasil se deu através de convenções e tratados internacionais que resultou na Lei n° 5.988 de 14.12.1973, e posteriormente ampliada e aprimorada pela Lei Federal n° 9.610 de 19.2.98. Entende-se por propriedade autoral os direitos morais e patrimoniais que o autor tem sobre suas obras intelectuais. Por direito moral se entende o poder do autor sobre o ineditismo da obra intelectual, da vontade do mesmo de publicá-la ou não e
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depois de publicada ainda é seu o poder de modificá-la; sem nunca perder o vínculo do seu nome sobre a mesma. O fundamento do direito sobre tais obras se explica pela própria origem da obra, do indivíduo para o mundo exterior. A obra lhe pertence originalmente pelo próprio processo de criação; só a ele compete decidir revela-la pondo-a no mundo, e esse fato não destrói a ligação original entre obra e autor (SILVEIRA 1998, p. 15).
O direito patrimonial protege os direitos do autor quando da reprodução da obra, e ao titular da obra que caberá os atos de “fruir e dispor da obra literária, artística ou científica”, art. 28 da Lei Federal n°9.610 de 19.2.98. Abrão (2002 p. 16) classifica ainda outros três tipos de direitos como direito patrimonial: “o direito de adaptação, o direito de tradução e o direito de inclusão”. Os direitos patrimoniais enfatizam a necessidade de aprovação do autor para que a obra seja executada e pune na forma da lei as reproduções por terceiros sem prévia autorização. A autorização pode ser feita pelo autor para terceiros – pessoas físicas ou jurídicas – mediante contrato. Após a morte do autor a obra passa para a pessoa ao qual o autor transferiu ou licenciou a mesma, caso esta transferência não tenha sido feita em vida a propriedade passa para os herdeiros, pelo prazo de 70 anos após a morte do autor e findando este tempo a obra passa ser de domínio público. A cobrança destes direitos é feita por associações e órgãos arrecadadores e distribuidores, se em outras artes o sistema é amplo e desorganizado na música existe um único escritório privado de arrecadação e distribuição de direitos, o ECAD (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição). Por fim, o direito autoral se desdobra ainda no direito conexo – análogo – que dá direitos patrimoniais iguais ao do autor para quem atuar ou difundir a obra autoral do primeiro. Os detentores do direito conexo são um tríplice: artistas - que executa ou interpreta a obra -, gravadoras de discos e CDs e emissoras de rádio e tv. A duração do direito conexo é de 70 anos a partir da data de fixação e independente das alterações, reproduções, exibições; o direito inicial do autor é sempre primordial e deve constar nos créditos.
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Direito autoral e programas de televisão
A grande quantidade de programas televisivos sendo exibida atualmente, seja em rede aberta, rede a cabo ou conteúdo para internet, levanta uma questão importante quanto ao direito de autor frente aos inúmeros programas com formatos parecidos sendo exibidos na tela. Aronchi (2004 pg. 92) classifica os programas da televisão brasileira e cinco categorias “entretenimento, informação, educação, publicidade e outros”, a partir destas categorias os gêneros e formatos se multiplicam. Das cinco categorias a de entretenimento é a que mais deixa brechas para disputas judiciais sobre direito de autor, sendo as outras em sua maioria compostas e produzidas com roteiros completos e registrados, minimizando as chances de um processo por plágio. A categoria entretenimento abriga os gêneros de jogos e brincadeiras, animações, humorísticos, quiz show, reality show, entre outros. São justamente os dois últimos gêneros citados que demandam atenção quanto a sua autoria. A frequência destes gêneros se dá pela repetição de seu formato: quantos programas de auditório existem atualmente? E programas de entrevistas, com um apresentador, uma banda de músicos e entrevistados? E programas de reality shows com pessoas reproduzindo comportamentos reais através de competições ou apenas interações em ambientes fechados e sendo monitorados 24hs por dia? Muitos destes formatos são comprados pelas emissoras brasileiras e formatados para o público brasileiro, alguém que tenha registrado anteriormente um formato de programa idêntico ao que está sendo transmitido pela emissora de televisão pode entrar com um processo alegando plágio e são processos deste tipo que mais se tem notícia nos fóruns brasileiros. Mas a maioria das sentenças dos juízes brasileiros que saem sobre estes casos, minimiza o assunto e clareia o entendimento: os programas são baseados em formatos e não em roteiros prontos, são mutáveis, imprevisíveis e têm elementos que se diferenciam um dos outros e assim ganham identidade e visual próprio. Como exemplo podemos incluir o programa que será produzido para o PI deste semestre: trata-se de um debate feminino, onde mulheres irão para o famoso happy hour após o serviço; se o formato de programas de debate feminino não é novo, procuramos trazer a questão da descontração e a leveza dos assuntos tratados como possíveis diferenciais. 129
7.3 Classificação Indicativa
O sistema de Classificação Indicativa das obras audiovisuais é um meio de informação e proteção, além de promoção dos direitos das crianças e adolescentes. Ela é uma regulamentação da mídia fundamentada pela Constituição Federal de 1988 e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e é exercida pelo Ministério da Justiça. A classificação indicativa, como política pública foi pensada a partir da Convenção sobre os Direitos da Criança das Organizações das Nações Unidas (ONU) em 1989 e ratificada por 192 países, dentre eles o Brasil. Nesta convenção ficou evidente a necessidade de proteção e direitos das crianças, inclusive quando se trata da mídia, como deixa claro o art. 17 Os Estados Partem reconhecem a função importante desempenhada pelos meios de comunicação e zelarão para que a criança tenha acesso à informação e matérias procedentes de diversas fontes nacionais e internacionais, especialmente informações e matérias que visem a promover seu bem-estar social, espiritual e moral e sua saúde física e mental.(UNICEF, 1989)
A competência de classificar as obras audiovisuais é da Secretaria Nacional de Justiça (SNJ), é ela que recebe as classificações enviadas pelas empresas geradoras de obras audiovisuais e através da equipe da COCIND (Coordenação de Classificação Indicativa) avalia e avaliza, ou não, a classificação do produto pedida pelo requerente. A Classificação Indicativa é feita por tendências e dividida por três critérios (violência, sexo e drogas) que podem atenuar ou agravar a faixa etária recomendada. Ficam de fora da classificação produtos jornalísticos, esportivos, publicidade e programa eleitoral, nenhuma delas prevista na Constituição Federal de 1988. O Brasil sendo um país que já viveu um período de ditadura militar vive sempre com um receio do que pode parecer censura, por este motivo quando se fala em Classificação Indicativa deve-se levar em conta que a emissora pode fazer a autoclassificação e exibir a obra, ficando a cargo do Ministério da Justiça validar a classificação e monitorar a programação. Outro entrave para a Classificação Indicativa é o monopólio de alguns meios de comunicação, que tendem a privilegiar o lucro imediato em detrimento da moral,
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por este motivo é muito importante o papel da sociedade civil como ator relevante para o monitoramento da programação.
Programa de debate feminino Sem Colarinho
O Projeto Integrado do 5° semestre trata de um programa de televisão voltado para o público feminino. O nome do programa será Sem Colarinho e promoverá o debate de temas cotidianos e pertinentes ao dia-a-dia do universo feminino. O programa será pensado para exibição no canal a cabo FOX LIFE no período noturno. Utilizando o Manual de Classificação Indicativa para fazer a classificação prévia do programa chegamos à classificação de “não recomendado para menores de 14 anos”, pois um dos itens respondidos afirmativamente no manual foi o da página 38 que pergunta: Apresenta linguagem erótica, de conteúdo sexual? O programa também mostra o consumo de bebida alcoólica, mas este item é citado por último como tendência negativa no manual antigo da Classificação Indicativa, pag. 21-c.3.1. que trata do consumo de drogas lícitas e diz respeito a faixa etária de 12 anos. Enfatizando que se trata de uma Classificação prévia, sem que o roteiro do programa esteja finalizado e levando em conta as pautas já levantadas e a proposta do programa.
7.4 ECAD O ECAD (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) foi fundado em 1973, possui sede no Rio de Janeiro e tem por finalidade arrecadar o valor cobrado para a execução das músicas e distribuir para os seus autores. A arrecadação é feita através de fiscalização e monitoramento de locais onde músicas são executadas: radio tevê, internet, bares, lojas, festivais, etc. Do total arrecadado o ECAD retira cerca de 20% (vinte por cento) para administração interna e o restante é dividido para os autores respeitando um sistema de pontuação. O ECAD usa como base a lei do direito autoral para proteger e garantir o direito do autor ou autores sob suas músicas. É deles o direito sobre suas composições, mas
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a partir do momento em que a música começa a ser executada e gera lucro cabe ao ECAD e as suas associações fiscalizar e reverter os lucros arrecadados a seu autor.
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REFERÊNCIAS
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Pesquisa de locação Nome: Sem colarinho Cenário principal para a gravação as cabeças. O bar é um local agradável, que recebe os mais variados tipos de público, com uma ambiência para elas conversarem. Bar Central Endereço :Rua Esperico, 169 – Jardim do Mar - São Bernardo do Campo - SP Tel: (11) 4125-8089 /www.barcentral.com.br Bar localizado em São Bernardo do Campo, tem um tom masculino, porem com algumas interferências cenográficas (ver interferências) pode ganhar o tom que desejamos para o programa. Local com espaços nas paredes para a colocação de quadros, e há um balcão e uma estante com várias bebidas. É preciso retirar a estufa dos alimentos e as coisas penduradas na parede para ficar com a cara mais de bar. Fachada é moderna dá para fazer tomadas delas entrando no local
Bar Central 01
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Bar Central 02
Bar 02 Bar Generali Endereço: Av. Kennedy, 260 – Jardim do Mar - São Bernardo do Campo – SP Tel: (11) 43322152/www.bargenerali.com.br No bar há um espaço amplo, com uma decoração, mais moderna, cores pasteis, também há a possibilidade de interferências nas paredes.
Bar Generali 01
Bar Generali 02
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Bar Generali 03 Bar 03 Casilla Bar Endereço: Rua Continental, 368 – Vila Margarida - São Bernardo do Campo – SP Tel: (11) 2988-2539 Bar, mas moderno com uma boa iluminação.
Bar Casilla Bar 01
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Bar Casilla Bar 02
Bar 04 La Revolucion Bar Endereço: Av. Kennedy, 699 – Vila Daisy - São Bernardo do Campo – SP Tel: (11) 4121-5700 www.larevolucionbar.com.br Um bar com aspecto mais Cult, parecido com taberna há vários quadros que podem ser substituídos por imagens que se intensifiquem com tema do nosso programa.
Bar La Revolucion 01
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Bar La Revolucion 02
Bar La Revolucion 03
Bar La Revolucion 03 182 Â
Bar La Revolucion 04
Bar 05 Bar do Exquisito Endereço: Rua Bela Cintra, 532 São Paulo Telefone: (11) 3854-6522 www.exquisito.com.br/ Local, com várias referências de arte, quadros, imagens, cartazes, que dão um estilo Cult ao bar.
Bar do Exquisito 01 183
Bar do Exquisito 02
Bar do Exquisito 03
184 Â
Bar do Exquisito 04 Bar 06: Bar Melograno Endereço: Rua Aspicuelta, 436 - Vila Madalena www.melograno.com.br O Melograno é um bar pequeno e discretamente estilos, com um ar de tranquilidade.
Bar Melograno 01
Bar 07 Bar Filial Endereço: R. Fidalga, 254 – Vila Madalena Bar simples, mas clássico com o detalhe do chão em preto e branco, local pequeno e intimista. 185
Bar Filial 01 Bar 08 Prime burger itaim bibi Local com temática retro.
Prime burger itaim bibi 01
Bar 09 Joakins Itaim Proposta de bar com estilo retro década de 60 EUA
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Lanchonete Joakins Itaim01
Lanchonete Joakins Itaim 02
Lanchonete Joakins Itaim01
Bar 10 Vermont Itaim Endereço: Rua Pedroso Alvarenga, 1192 - Itaim Bibi, São Paulo - SP, 04531-004 11 3071-1320
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Vermont Itaim 01 Bar 11 Donostia Endereço: Rua Simão Álvares, 484, tel. (11) 3034-0996, Pinheiros, São Paulo, SP. Para um restaurante basco, uma taverna contemporânea. Essa é a premissa que norteou o trabalho do arquiteto Vitor Penha. “Garimpamos materiais em ferros-velhos e lojas de antiguidade para compor a cenografia despojada do lugar”, diz ele. O balcão de 9 m, produzido sob medida, tem acabamento de grades antigas soldadas uma a uma sobre um veludo vermelho, como em um patchwork. É lá que ficam expostos os aperitivos típicos dessa culinária, como a tortilha de batata. O mobiliário resgatado, com bancos e cadeiras de metal, segue
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o mesmo estilo da decoração.
Bar Donostia 01
Bar Donostia 02
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