Anuário do Design Brasileiro

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anuário do design brasileiro um panorama do design de produtos no brasil

Roma Editora – R$ 24,50

análises | produtos | materiais | escritórios de design

designers do Brasil

Ano 1 / 2013

Anuário de design brasileiro |

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Apresentação 1º Anuário do Design Brasileiro Ser um ponto de referência e, também, prestar um serviço. Esta é a proposta deste Anuário. Ponto de referência porque permitirá, a cada edição, uma avaliação dos caminhos que o design brasileiro percorre. Um serviço porque "apresentará" os designers brasileiros às indústrias, e vice-versa. Ao assinalar e divulgar marcas e produtos selecionados pelo design e qualidade da produção, estará, ainda, contribuindo para promover as empresas que trilham um caminho design oriented, buscando a inovação, ganhos de qualidade e competitividade. Esta edição é estruturada em três blocos. O primeiro traz artigos e depoimentos assinados por profissionais renomados, com discussões pertinentes ao momento do design no Brasil; a seguir, apresentamos uma grande resenha, com produtos selecionados em dez segmentos de mercado, formando um amplo painel da produção nacional de design do período recente (nesta primeira edição, nosso olhar foi um pouco mais abrangente do que se pode esperar do termo Anuário); ao final, o inédito Índex Designers do Brasil, com informações sobre os principais escritórios, estúdios ou ateliês de design do país, este ano com foco dedicado aos designers de produtos. Seguiremos ampliando o conteúdo do Anuário nas próximas edições, para que seja sempre fonte confiável de consulta, reflexão e divulgação a todos que se interessam pelo design brasileiro.

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| Anuário de design brasileiro


editorial o momento design O olhar do mundo se volta para o Brasil e para a criação brasileira. E com razão. Uma onda nova, novíssima, de orgulho pelo que fazemos, pela forma de expressar nossa brasilidade, felizmente sem exageros, no que diz respeito ao design. Leveza, colorido, qualidade, um certo humor nos produtos mais simples são nossa marca. A tecnologia crescente, que permite ao designer atuar em todos os campos do nosso universo material – dos meios de transporte aos equipamentos médicos e ao mobiliário – fez com que a indústria finalmente se unisse ao projetista. Um repertório tão grande e variado que seria impossível reunir em uma só publicação. O design, ou a produção design oriented, acontece hoje como uma explosão. Nos últimos anos, de repente, nos deparamos com uma vastíssima produção industrial brasileira, que tem maior impacto no universo doméstico, mas já abrange uma grande diversidade de tipologias. O mercado cresce, e com ele a confiança do consumidor no produto brasileiro. Queremos exportar, o que é necessário para alcançarmos os números exigidos pela indústria de ponta. Mas precisamos também garantir posição no mercado brasileiro, adquirir um nível de competitividade que nos permita enfrentar a avalanche de importações com produtos de igual prestígio e, principalmente, úteis e necessários. O design atingiu o universo material e o imaterial, design é serviço, e é com esta ideia em mente que poderemos nos tornar um país significativo no mercado internacional. Este Anuário, primeiro de uma série, acompanhará a evolução do design e do mercado, e a cada ano incluirá os novos protagonistas do processo e sua evolução. Confiamos que ele será tão útil e necessário quanto é o próprio design. Maria Helena Estrada

Anuário do design brasileiro |

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ÍNDICE

8

12

48

18

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28

Designers e empresas: um encontro promissor Por Maria Helena Estrada

A economia pede (um novo) design Por Ana Brum

A (in)sustentabilidade do design Por Cyntia Malaguti

O entrave do ferramental Por Guto Indio da Costa

Artesanato essencial Por Enrico Morteo

76 86

32

Na trilha do aprendizado Por Auresnede Pires Stephan

66

38

2. Apresentação 3. Editorial 4

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42

Como castelos de areia Por Thiago Maia

OLHARES sobre o design brasileiro


46. no mercado 48 66

76 86

mobiliário

A sustentável leveza do móvel

Luminárias

À luz dos novos tempos

102

Utensílios

A utilidade das coisas

Revestimentos Bonitos ao olhar, gostosos ao tocar

Cozinhas

102 Planejar é preciso 112 118

126 134

Eletrodomésticos

112

118

Em busca do mais novo

Acessórios pessoais MUITO MAIS QUE ACESSÓRIOS

Metais e louças sanitárias Banheiros: novos espaços de conforto

E mais

Para tudo, design

148. I ncentivo ao talento nacional

prêmios e concursos brasileiros de design

152. CO MO encontrar Materiais

140 É deles que surge o design

155. E special Índex Designers do Brasil 120 escritórios nacionais de desigN

Anuário do design brasileiro |

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| Anuário do design brasileiro


Anuário do design brasileiro |

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Por maria helena estrada

artigo

designers e empresas:

um encontro promissor

Desenho industrial e brasilidade? Sim, é possível. “Não somos apenas Maria Helena estrada é jornalista, curadora e diretora editora de revista Arc Design.

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| Anuário do design brasileiro

um mercado emergente, somos um estilo emergente.” Nizan Guanaes


D

esigners e industriais encontram finalmente

um lugar de destaque no panorama internacional, e

uma linguagem comum e uma confiança mú-

também naquele nacional? Como possível resposta,

tua. Com esta nova realidade, sai lucrando o

podemos citar o que Nizan Guanaes escreve em arti-

produto brasileiro.

go publicado na Folha de S. Paulo, em 21 de fevereiro

Aos poucos, a fabricação artesanal começa a ser

de 2012: “Não somos apenas um mercado emergente,

vista sob uma nova perspectiva e, com ela, desapare-

somo um estilo emergente.” (...) “E o Brasil não será só

ce o preconceito e a radical divisão entre artesanato

mercado de consumo de luxo. Temos tudo para nos im-

e indústria: este passa a ser visto como a necessária

por como mercado criador e produtor”.

raiz local para a criação de um produto global. Nações

Iniciamos tarde a desenvolver nossos produtos in-

como as escandinavas sabem que é a cultura popular,

dustriais com projeto próprio. Começamos quando já

o simples fazer, que dá início, muitas vezes, aos pressu-

imperava a globalização e os maravilhosos exemplos

postos, às características nacionais do desenho indus-

das indústrias europeias. Talvez decorra disto a nos-

trial. Por este motivo, são reconhecíveis e identificáveis

sa falta de confiança no designed in Brazil ou made in

– em sua maioria – as diferenças entre os produtos

Brazil e as dificuldades em encontrarmos, no desenho

industrializados vindos dos países nórdicos daqueles

industrial, uma linguagem própria.

criados na Itália, Inglaterra, França ou no Japão. O que

Mas, hoje, parece que já vencemos a barreira da

isto significa? Que é preciso mostrar nossa brasilidade

desconfiança e acreditamos que somos realmente ca-

também – ou principalmente – na produção industrial

pazes e, principalmente, que podemos atingir a qualida-

de larga escala e naquela destinada ao mercado global.

de desejada em nossa produção industrial e no uso de

Não por acaso, os dois produtos brasileiros que mais

materiais e tecnologias já disponíveis em todo o mun-

fortemente alcançaram projeção internacional são as

do. Outro exemplo? O desenvolvimento das tecnologias

sandálias Havaianas e as criações dos irmãos Campana.

inovadoras, emergent technologies, que têm no Brasil

Então, por onde começar? Como agir, quais priori-

um dos principais centros internacionais de pesquisa

dades escolher para dar à nossa produção industrial

e aplicação, principalmente destinados à área médica. Anuário do design brasileiro |

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Cadeira Coralo, design Fernando e Humberto Campana para Edra

Os caminhos são aqueles aparentemente óbvios:

aos produtos para a casa, seria a pesquisa de uma

aprimoramento da indústria, com a inclusão de mate-

estética “glocal”, que absorvesse os ditames globais

riais e tecnologias avançadas, que barateiem o pro-

como, por exemplo, o da economia de materiais e a

duto final; o incentivo governamental, que já existe,

criação de produtos “monomatéricos”, sem esquecer

mas muitas vezes não se detecta como usá-lo; maior

uma bela dose da tão valorizada brasilidade, o que

atenção de nossas escolas superiores quanto à pre-

poderia ser nosso grande diferencial.

paração dos profissionais ao mercado, promovendo

Falamos em estética, mas devemos lembrar que

incubadoras e maior cooperação escola/indústria;

os aspectos formais de um produto, que por décadas

atenção e respeito às pessoas e ao planeta, condição

foram o elemento primordial para seu julgamento,

essencial para a exportação.

hoje se deslocaram da estética para a ética. De nada

São muitos os ajustes, mas o principal já existe:

servirá uma brasilidade apenas formal, se ela não in-

a firme determinação de ampliar e aprimorar nossa

cluir todos os ditames sociais, todas as exigências do

produção e competir no mercado internacional.

planeta. E ao designer e à indústria cabe grande parte

Outro fator desejável, principalmente em relação 10 | Anuário de design brasileiro

desta responsabilidade.



Por Ana brum

a economia

pede (um novo) design

Com as mudanças no quadro econômico-financeiro internacional, os rumos do desenvolvimento brasileiro Ana brum é diretora técnica do Centro Brasil Design, delegada representante do design no CNPC/Ministério da Cultura e coordenadora e professora do curso de design gráfico no Centro Universitário Curitiba – UNICURITIBA.

12 | Anuário do design brasileiro

e a busca pela competitividade colocam em evidência, enfim, o design


A

crise econômica mundial estampa as manchetes da mídia há mais de três anos. Seus reflexos nos mercados internos e de expor-

tação estão, hoje, mais perceptíveis: a recessão afeta energicamente o cotidiano de grande parte da Europa, enquanto o Brasil passa, de forma inédita, com sofrimento muito menor pela crise internacional. Destacam-se a expansão de países emergentes e a força dos asiáticos, liderados pela China – que ameaça mudar drasticamente os rumos do comércio internacional. O momento exige um posicionamento governamental decisivo para o desenvolvimento de cada nação, e o fortalecimento da indústria entra em pauta como prioridade entre as novas potências. Anuário do design brasileiro |

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Medidas, planos e programas: as ações dos órgãos

Inovação: fator crucial

(governamentais ou não) que trabalham pela indústria

Como competir com a China e suas escalas de produção

no Brasil apresentam um foco declaradamente direcio-

e mão de obra barata? “Enfrentar este desafio significa

nado para a competitividade, na qual, de maneira qua-

ter empresas com mentalidade inovadora, capazes de

se inerente, está inserida a “inovação”. Este conceito,

construir marcas fortes e produtos com design, desen-

amplo pela própria semântica da palavra, foi incorpo-

volver tecnologia e inovar, gerando maior valor agrega-

rado aos negócios, mas ainda não alcança a difusão de

do a seus produtos”, completa a especialista.

um aspecto fundamental para o avanço da produção

Da parte do governo, que começa a perceber a ino-

brasileira: o fator humano. “Não que o investimento

vação como fator crucial, com vistas tanto ao mercado

físico não seja importante, mas temos toda uma nova

interno quanto externo, figuram medidas como os re-

indústria que é muito mais intensiva em capital huma-

centes Plano Brasil Maior e Procompi – Programa de

no”, afirma a doutora em Economia e especialista em

Apoio à Competitividade nas Micro e Pequenas Empre-

economia criativa Lídia Goldenstein. O termo econo-

sas, gerenciados pelo Ministério do Desenvolvimento,

mia criativa foi cunhado pelo britânico John Howkins.

Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e pelo Conselho

“É por meio dela que nossa indústria será competitiva

Nacional da Indústria (CNI), respectivamente. Além

e, portanto, crescerá e investirá mais”, argumenta Lídia.

disso, há incentivos como os do Banco Nacional de De-

Ao analisar o panorama internacional da econo-

senvolvimento Econômico e Social (BNDES), com seu

mia atual – com as recessões e crises na maioria dos

Programa de Sustentação do Investimento em Inovação.

países europeus, o declínio de grandes potências es-

Apesar de serem programas fundamentados pela

tabelecidas historicamente, como a norte-americana,

competitividade industrial por meio da inovação, ainda

e ainda a rápida ascensão de economias emergentes

não concedem ao design o devido destaque como fer-

como a intimidante chinesa –, a questão mais impor-

ramenta estratégica – sendo que, em alguns deles, nem

tante e também desafiadora, segundo Lídia, é “como

figura entre as diretrizes. “É senso comum acreditar que

construir um caminho que resulte na sustentabilida-

inovação seja a novidade tecnológica que um produto

de do crescimento”.

ou serviço apresenta, não se dando conta da importância

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do design no processo”, afirma o arquiteto e empresário

da exportação de commodities. Portanto, as políticas

Ronaldo Duschenes, fundador da Flexiv, especializada

e programas que impulsionem a produtividade e a

em mobiliário para escritórios. A realidade evidencia

competitividade industrial brasileira são prioritários.

que, apesar de hoje, no Brasil, muito se falar em relação

Mas o design não é protagonista independente.

ao design e, principalmente, inovação, o mercado inter-

“Investimento isolado em design não traz nenhum

nacional há muito trabalha com essas duas disciplinas

resultado”, opina Duschenes. “Somente a integração

por meio de políticas públicas estabelecidas.

do design no processo da inovação como um todo, de forma sistemática e completa, pode mudar os resulta-

Design em foco

dos positivamente. Vai desde a forma como o produto

Como nova coqueluche de diferenciação na com-

é pensado até como ele vai chegar ao mercado, com

petitividade mundial, o design já ganhou seu espa-

qual escala e por meio de quais canais.”

ço. Para efetivar os próximos passos, os brasileiros

O design passa, então, a figurar entre os fatores

precisam conhecer – e reconhecer – a capacidade

fundamentais do processo produtivo, como ferramen-

produtiva brasileira, para assim ganhar em compe-

ta aplicada desde a fase de concepção, a fim de agre-

titividade e maior geração de renda interna. A rele-

gar valor a um produto ou serviço, e ainda gerar um

vância dos esforços acerca da capacitação de mão

ciclo de vida pensado sustentavelmente. O designer e

de obra, da aplicação de tecnologia nas infraestru-

sócio-diretor do escritório de design Questto|Nó, Levi

turas produtivas e da adoção de medidas fiscais que

Girardi, aposta há mais de duas décadas no potencial

impulsionem o setor industrial e ainda o incentivo à

de contribuição do design para a competitividade no

exportação, por exemplo, ainda não se consolidaram

mercado. “Havia uma desconexão entre os cases in-

como compromissos claros em direção à competi-

ternacionais de sucesso e como isso poderia ser apli-

tividade – que cada vez mais é fator fundamental

cado aqui”, comenta, sobre o cenário da década de

para o desenvolvimento. Enfrentando um discurso

1990. “Hoje, o design é empregado intensivamente

histórico nacional, é preciso esclarecer que a esta-

com sucesso não só pela indústria, mas também pe-

bilidade econômica não será alcançada por meio

los serviços, pelo comércio e por outras fronteiras.” Anuário do design brasileiro |

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A hora do Brasil O cenário econômico mundial coloca em evidência as potencialidades de cada país. Na realidade brasileira, pode ser observada a grande variedade de negócios, que, em todos os campos, é influenciada pela entrada da concorrência estrangeira. “Devemos fazer nosso dever de casa, aceitando a concorrência sem medo de naufragar, com coragem de inovar no sentiPara Gerson Grohskopf, da Condor, do ramo de escovas dentais, “o processo do design na indústria

do mais amplo, seja nos produtos, seja nos serviços”, afirma Duschenes.

ajuda a entender o consumidor, seus anseios e suas

Com este objetivo, os produtos brasileiros bus-

necessidades”. Sua empresa começou a perder es-

cam diferenciais para enfrentar a competição global

paço no mercado a partir de 2005, com a grande en-

no mercado interno, uma vez que, de maneira geral,

trada de produtos chineses no país. “Brigar somente

o consumidor está cada vez mais crítico e seletivo. É

por custo contra os chineses, nós não conseguimos, e

a hora e a vez do design, que está sendo (re)desco-

brigar com as multinacionais de frente, sem ter ‘poder

berto. “O país está em franco ciclo de crescimento e,

de fogo’ para, por exemplo, investir em uma mídia de

se não soubermos aproveitar o momento para desen-

massa, também não é uma boa opção”, analisa. Então,

volver nosso setor industrial, deixaremos um legado

o foco da empresa passou a diferenciar-se pela inova-

de incompetência criativa e política”, conclui Ronaldo

ção. Como resultado, restabeleceu sua capacidade de

Duschenes. E se a era é de novos modos e compor-

competição e anualmente lança produtos com novos

tamentos – e o momento é de (re)inventar –, a nova

conceitos e funcionalidades.

economia, naturalmente, remete a um novo design.

16 | Anuário do design brasileiro



Por cyntia malaguti

artigo

a (in)sustentabilidade do design

Sustentabilidade parece ser, hoje, uma palavra surrada. Mas ainda há muito o que se pensar sobre ela no Brasil. Para além dos ditos produtos “ecochiques” e do consumo em si, é preciso buscar projetos e soluções cyntia malaguti é designer formada pela ESDI/UERJ; pós-graduada em engenharia de produção pela COPPE/UFRJ; e doutora em estruturas ambientais urbanas pela FAU/USP. Especializada nas áreas de Ecodesign e Gestão do Design.

18 | Anuário dO design brasileiro

que vislumbrem, ao final, um novo estilo de vida para os indivíduos – levando em conta respeito à natureza e maior bem-estar


Foto: Tatiana Cardeal

Caldeirão e Bogoió, cestos de palha de carnaúba trançada, da coleção Toca – A Gente Transforma. Desenvolvidos pelo designer Marcelo Rosenbaum com a comunidade de Várzea Queimada, no Piauí

(In)

sustentabilidade. O termo provocativo

ciaram muito mais “exortações” do que metas e com-

está contido no título de uma tese de dou-

promissos claros de governos e grupos empresariais;

torado em design defendida na PUC-RJ,

que vivemos, hoje, no Brasil um momento de “pro-

em 2009, por Leila Lemgruber Queiroz: “A atuação do

gresso” e de ascensão social de classes antes menos

design no cenário da (in)sustentabilidade”. Ele talvez

favorecidas; e, ainda, que muitos consideram alarmis-

seja ponto de partida apropriado para uma reflexão so-

tas e infundadas pesquisas de cientistas que apon-

bre o sentido e as possibilidades de atuação do desig-

tavam para mudanças climáticas em escala global. O

ner na sociedade contemporânea, diante do desgaste

discurso ambientalista se esvaziou e o desenvolvi-

do uso da palavra “sustentabilidade”. Será que existe

mentista se fortaleceu, ficando muito mais fácil e cô-

algum caminho possível e consistente, entre a utopia

modo adotar, individual e coletivamente, a atitude da

ingênua, romântica e o greenwashing que permeiam

“normose”, pois não coloca em risco (aparentemente)

grande parte do que se vê por aí sendo chamado de

o padrão de vida, o conforto nem a liberdade de cada

“ecodesign”, de “design sustentável”, de “produto eco-

um. No entanto, são inegáveis os reflexos em nosso dia

logicamente correto” e outras expressões similares?

a dia, de um modelo desequilibrado, que não respeita

É fato que os resultados da Conferência Rio+20 –

a capacidade de resiliência da natureza, nem mesmo

ou menos 30, como os mais céticos interpretaram a

do mundo artificial criado por nós mesmos. Alguns de-

última conferência sobre meio ambiente realizada na

les, como bem se sabe, são: o trânsito cada dia mais

cidade do Rio de Janeiro, em junho de 2012 – eviden-

insuportável nas grandes cidades, onde predomina Anuário dO design brasileiro |

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o transporte individual motorizado de quatro rodas; as

mente, processos de intencionalidade em sua criação

doenças respiratórias que afetam principalmente as

e também de atribuição de significado e valor em sua

crianças e os idosos; a durabilidade cada vez menor

apropriação, por quem deles se utiliza. Conseguiremos

dos produtos associada ao aumento exponencial do

articular de modo eficaz estes dois polos – intenção e

volume de lixo produzido diariamente; inundações e

apropriação? Na direção de quais perspectivas?

deslizamentos cada vez mais frequentes; pragas que

Vários designers e empresas, ao longo das duas

se proliferam e espécies da flora e fauna ameaçadas

últimas décadas, em resposta a diferentes demandas

de extinção, entre outros.

e abordagens associadas ao termo sustentabilidade

Além disso, sabemos também que o design se en-

– com mais ênfase nos aspectos ambientais, nos so-

contra profundamente vinculado a este modelo de

ciais, em ambos, ou ainda em outros –, têm desen-

desenvolvimento e estilo de vida, como elemento-

volvido e lançado no mercado produtos que, por in-

-chave, que dá forma e materialidade a ele, que via-

corporarem determinados atributos, são qualificados

biliza sua “sustentação”, de modo muito mais sutil

como “ecologicamente corretos”, “verdes”, “sustentá-

e duradouro do que qualquer propaganda. Nossa

veis” e outros adjetivos similares.

formação e prática profissionais estão imersas nesta

Há aqueles que se limitam a identificar ou substi-

visão construída de mundo. É este o mundo que co-

tuir materiais, empregando recicláveis, ou reciclados,

nhecemos e onde vivemos. Até que ponto seremos

ou renováveis, ou degradáveis, ou orgânicos, ou pro-

capazes de engendrar outras possibilidades de vida?

venientes de processos menos impactantes ao meio

E de correr o risco de experimentá-las?

ambiente... Outros focam mais na economia ou na otimização do uso de materiais, processos, água e ener-

20 | Anuário dO design brasileiro

Intenção e apropriação

gia, na linha da “ecoeficiência”... Outros já começam a

Por outro lado, a criação e o uso de objetos e men-

repensar os projetos, priorizando a redução de com-

sagens visuais materializam a cultura, são inerentes à

ponentes e a integração de funções, compreendendo

humanidade, à vida em sociedade; atendem a diversas

a importância da ideia do “menos é mais”, de tornar

necessidades e desejos; propiciam-nos inúmeras opor-

tudo mais leve, de reduzir matéria, de padronizar com-

tunidades de conforto, de comunicação, de segurança,

ponentes e adicionar serviços prestados... Outros têm

de satisfação etc. Portanto, carregam, inescapavel-

ido um pouco mais além, repensando o destino final


O Jogo da Carta da Terra estimula a reflexão sobre conceitos sustentáveis. Desenvolvido por Patricia Abuhab, Guilherme Blauth, Cláudio Casaccia e Gisela Sartori, com arte de Samuel Casal. Encontrado no Instituto Harmonia na Terra

dos produtos, seja pela extensão de sua vida útil, pela

de recursos, valendo-se de conhecimentos da biônica

viabilização de usos secundários, pela facilitação de

ou biomimética; ou buscando viabilizar a ideia de um

sua desmontagem... Outros têm percebido a impor-

design mais lento e que se “desmaterialize”, como ocor-

tância também de reduzir impactos negativos no uso

re na dinâmica dos ecossistemas, em um ciclo aberto ou

de produtos, simplificando sua limpeza e conservação,

fechado, em que substâncias e energias incorporadas

economizando água e energia em seu funcionamento,

ou eliminadas possam ser reaproveitadas na mesma ca-

aproveitando energias dispersas de outras atividades...

deia produtiva ou em outra.

Alguns têm avançado um pouco mais, desenvol-

A partir desta última abordagem, outro grupo pe-

vendo e aplicando metodologias de projeto e ferra-

queno de designers tem enfatizado seu trabalho, além

mentas auxiliares como a Avaliação do Ciclo de Vida

dos aspectos estratégicos, humanos e sociais, prati-

– ACV, que possibilita uma análise mais criteriosa dos

cando o que chamam de “design de território”, em que

aspectos mais graves a serem considerados previa-

materiais, identidades e saberes locais são valorizados.

mente. Esbarram, entretanto, na complexidade deste

Neste processo, busca-se, geralmente, a participação e o

tipo de abordagem e na precariedade de dados dispo-

diálogo entre os diversos atores envolvidos nas etapas

níveis sobre a realidade brasileira, de modo a validar

de criação, produção, comercialização e uso dos produ-

melhor os resultados do processo. A abordagem do

tos e serviços associados. Tais atividades usualmente

Design do Ciclo de Vida, ou do design “do berço ao

são ligadas à geração de renda, ao fortalecimento de

berço”, por sua vez, tem ajudado num enfoque mais

práticas colaborativas, ao associativismo, à cidadania.

estratégico dos processos decisórios que ocorrem no

E também ao cuidado com a informação clara sobre as

desenvolvimento de projetos, favorecendo a combina-

características de origem e ciclo de vida do produto.

ção de soluções que procuram reduzir impactos negativos dos produtos e mensagens visuais, nas diversas

Prestação de serviços

etapas de seu ciclo de vida.

Ainda predominantemente em atividades no âm-

Outros, na verdade bem poucos ainda, de certa ma-

bito da pesquisa acadêmica, outro desdobramento

neira, vinculados à abordagem do ciclo de vida, têm re-

relevante da abordagem do ciclo de vida tem sido o

forçado a importância do design com a natureza, a partir

design de sistemas produto-serviço, que considera o

da natureza e no ritmo dela, priorizando o uso criterioso

projeto num contexto mais amplo: o da prestação de Anuário dO design brasileiro |

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Ambiente com parede revestida de pastilhado de macieira, da Seivarte, produzido a partir de galhos de poda de pomares de maçã. Senhoras da terceira idade colam manualmente as pastilhas recicladas

serviços. Desta forma, pode-se otimizar o uso do pro-

econômico e político em que vivemos), têm seu valor.

duto, pode-se eliminar a posse individual do mesmo,

É a partir deles que podemos refletir e avançar na con-

reduzindo, assim, volumes de produção e privilegian-

cepção e viabilização de soluções consequentes. Como

do a qualidade e o desempenho das soluções. E o

alguns autores, tanto brasileiros como estrangeiros, há

briefing de projeto deixa de ser o produto em si, para

muito tempo vêm salientando, não há “receitas pron-

evidenciar o desenvolvimento de sistemas voltados

tas”: cada solução precisa ser analisada dentro do con-

ao atendimento de necessidades. O produto passa a

texto em que se aplica. O que não significa que tudo

ser um componente do sistema ou, eventualmente,

seja válido, mas que diferentes critérios e pesos podem

até eliminado, “desmaterializado”.

ser priorizados. O que é fazer design, em essência. Criar

Observando-se os exemplos de produtos e soluções cunhadas em nosso país, privilegiando um ou

a partir de escolhas viáveis, conscientes e adequadas, gerando soluções inovadoras, instigantes e atrativas.

mais dos enfoques mencionados, podemos até dizer

Mas, além disso, fazer design, em essência, tam-

que há neles uma inventividade, uma “cara brasileira”,

bém significa considerar produtos, e mesmo sistemas,

mas qual seu impacto na amenização dos problemas

apenas como atividade-meio. As pessoas, a melhoria

socioambientais com que nos defrontamos? E qual

ou regeneração de seus contextos de vida são o pon-

porcentual representam no universo e volume de pro-

to de partida e o de chegada da ação projetual. E elas

dutos lançados diariamente no mercado? Certamente,

interagem também no processo, de diferentes formas.

ainda estamos muito mais próximos da família dos

Considerar a sustentabilidade um pressuposto desta

“ecochiques”, na periferia do assunto, longe das solu-

ação requer ainda considerar, como meta final, que as

ções acessíveis e capazes de gerar impactos positivos

pessoas encontrem a apropriação e o uso de tais solu-

em maior escala, para maiores parcelas da população.

ções, estilos de vida, valores e experiências de felici-

Evidentemente, todos esses esforços e experiên-

dade e bem-estar, bem menos vinculados ao consumo

cias, embora carregando limitações e aspectos contra-

em si. Que sua relação com a materialidade propicie

ditórios (alguns deles inerentes à própria capacidade

emoções e percepções mais profundas sobre a vida e

de intervenção do designer no condicionamento social,

sobre as relações humanas.

22 | Anuário dO design brasileiro


atelier d’exercices • atelier polyhedre • aurelio martinez flores axel olivier design • bernardaud • carol gay • cerruti-baleri c o r s i • e d r a • e n n e z e r o • e s t u d i o c a m pa n a • f l av i a a lv e s d e s o u z a jean-pierre tortil • mana bernardes • nada se leva • ron gilad secondome • superlimão • thomas eyck • veronika wildgruber zanini de zanine • zanotta

a l . g a b r i e l m o n t e i r o d a s i lva , 1 4 8 7 • t. 3 3 8 5 9 5 9 5 • fa c e b o o k . c o m / f i r m a c a s a • t w i t t e r . c o m / f i r m a c a s a • w w w. f i r m a c a s a . c o m . b r Anuário dO design brasileiro | 23


Por guto indio da costa

os entraves do ferramental

O que emperra, enfim, o boom do GUto indio da costa

é designer industrial formado pelo Art Center College of Design, nos Estados Unidos. Coordena os núcleos de design e transporte do escritório Indio da Costa A.U.D.T. (Arquitetura, Urbanismo, Design e Transporte).

24 | Anuário do design brasileiro

design e da indústria inovadora no Brasil? Entre diversos aspectos, destaca-se um a ser sanado o quanto antes: o altíssimo custo de moldes e ferramentas


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uitas razões justificam o baixo grau de inova-

cia, mas poucos, efetivamente, arregaçam as mangas

ção e a pouca competitividade da indústria

e fazem acontecer. Aqui, poderia citar uma série de

no Brasil. Se perguntarmos aos industriais o

exemplos. Desde aqueles que não conseguem fazer

porquê, certamente dissertarão sobre o custo Brasil, os

os projetos nos prazos e custos previstos (falta com-

entraves na infraestrutura, a descabida enxurrada de

petência em engenharia de produto no Brasil, princi-

impostos, a competição desleal da China, entre outros

palmente nas pequenas empresas) até os que, mesmo

aspectos. Evidentemente, eles sabem do que recla-

experimentando o sabor da diferenciação pelo design

mam, e estas justificativas são todas pertinentes.

e tornando-se líderes em seus mercados, acabam se

Comparando, porém, com o resto do mundo, acho

acomodando e deixando de investir em novos produ-

que existem, sim, muitas alternativas à crise de compe-

tos – enquanto os seus vão, aos poucos, perdendo a

titividade – evidentemente, uma boa gestão de design

competitividade original. Logo, serão engolidos de

e constantes ciclos de desenvolvimento de novos pro-

novo pela concorrência.

dutos poderiam fazer enorme diferença. Mas por que

Poucos entendem, também, que design é inovação.

ocorre apenas em casos isolados? Por que não é geral?

E a inovação mais simples e rápida de ser implemen-

Ao trabalhar com várias indústrias, e de portes

tada, consequentemente, é a de menor custo. (Mesmo

muito desiguais, surpreendo-me ao ver como a maio-

depois que a Apple provou ao mundo a capacidade

ria dos industriais brasileiros é pouco afeita a design e

inovadora do design, grande parte da indústria brasi-

inovação. Todos, hoje, falam e sabem de sua importân-

leira continua sem entender que design é inovação.) Anuário do design brasileiro | 25


Exemplos germânicos

muitas vezes a diferença de qualidade percebida de

Enquanto isso, admiro, por exemplo, os alemães,

um produto brasileiro versus um italiano ou alemão.

que não viram ainda a cor da crise internacional por

Para proteger este segmento, o governo passou a

conta de uma economia baseada em criação, desen-

taxar ferramental vindo de fora. Terrível engano. En-

volvimento e inovação. Veja que incrível supremacia

carecer o custo do ferramental externo para manter

conquistaram, por exemplo, no mercado mundial

no Brasil uma prestação de serviço que não consegue

de automóveis: BMW, Audi, Volkswagen, Mercedes,

competir com o resto do mundo fará o mesmo favor

Porsche – todas marcas alemães. Engoliram o mun-

que a lei de informática ofereceu ao país: ficaremos

do automotivo. São imbatíveis em qualidade, design,

caros, lentos e obsoletos. E todo o crescimento do

inovação, acabamentos... O que os faz extremamente

design e da indústria nacional estará comprometido.

competitivos, mesmo tendo alta carga de impostos,

A solução que realmente poderia fazer tremenda

alto custo interno etc. Outro país que segue a mesma

diferença seria reduzir o custo do ferramental no Brasil

trilha é a Coreia, com suas marcas que se tornaram,

e, ao menos, equipará-lo ao custo chinês ou coreano,

nos últimos dez anos, exemplos internacionais: LG,

ou subsidiá-lo, para que seja ainda mais barato. Se, no

Samsung, Hyundai e Kia.

Brasil, pudéssemos produzir ferramental ao custo chi-

E nós, aqui? Por que não temos também uma série

nês, o investimento no desenvolvimento de novos pro-

de marcas de penetração internacional? Por que nossa

dutos cairia significativamente, reduzindo o risco dos

indústria não consegue competir internacionalmente?

industriais e alavancando de vez o design brasileiro.

Porque falta design e inovação em larga escala. De to-

A maioria dos nossos designers continua refém

dos os entraves que vejo para incentivar uma maior

dos processos artesanais e da produção de baixa

aplicação de design e inovação na indústria brasileira,

escala. Por sorte, virou cult, virou arte! Aqueles à la

destaco apenas um: o altíssimo custo do ferramental

Campanas que conseguirem vender suas peças por

no Brasil. Sim, o vilão não é o projeto, é o ferramental,

altíssimos valores terão sucesso. Mas mesmo que um

um conjunto de moldes e ferramentas.

grande grupo de designers conseguisse trilhar este

Projeto é incerto, mas não é caro. Ferramental, no

mesmo caminho, a diferença econômica para o país

Brasil, é indecentemente caro, além de incerto. Incer-

seria desprezível. O caminho que tem efetivo poten-

to porque nem sempre a qualidade do ferramental

cial econômico e transformador de larga escala é o

brasileiro se compara ao internacional. Isso explica

design industrial.

26 | Anuário do design brasileiro


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A Radio Dpot chega para estabelecer um divisor na história do design brasileiro, em conforto e beleza irão provocar outro sentido: a sua audição! Um novo canal de qualidade musical para harmonizar e provocar ambientes inesquecíveis. Acesse: www.dpot.com.br A música e o design brasileiro, para deixar você mais ligado.

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Por enrico morteo

artigo

artesanato essencial

Design e artesanato sempre estiveram intimamente ligados. Tanto que, hoje, designers empregam sofisticadas tecnologias, mas continuam necessitando Enrico Morteo é arquiteto, crítico de design e curador da Coleção Histórica Compasso d’Oro, Itália.

de habilidades artesanais, da confecção de moldes aos acabamentos de produtos

28 | Anuário do design brasileiro


N

ão há dúvida de que o predomínio da indús-

trabalho em tantas fases sucessivas, mais simples e

tria tenha subtraído, do artesanato, o papel

rápidas, e diminuiu a dimensão e a importância das

de protagonista na produção de objetos e

oficinas artesanais.

artigos manufaturados. E é também certo dizer que

Por mais poderosa que seja a máquina, esta é

a indústria está na origem da afirmação, ou confirma-

apenas um instrumento. A prova é que, mesmo na

ção, do design. Que isto, no entanto, coincida com a

produção das máquinas e dos moldes – aqueles que

extinção do artesanato, como apressadamente afirma

depois irão realizar o produto acabado –, parte desse

a crítica oficial do design, não acredito que seja ver-

trabalho é sempre realizado por uma elite de operá-

dadeiro. Não acredito nem que o design identifique

rios cuja capacidade manual e técnica são compará-

uma dimensão exclusivamente massificada da pro-

veis, no todo e para tudo, às qualidades do trabalho

dução, nem que a indústria tenha reservado ao fazer

de um excelente “maestro de orquestra”.

artesanal um espaço específico e tarefas bem preci-

Ainda hoje, quando se trata de realizar produtos

sas. Além do mais, não acredito que esteja destinado

especiais com altas prestações, a indústria conserva

ao artesanato o privilégio de uma relação que o torne

e cultiva uma grande sensibilidade manual. Não por

vizinho da arte e que, de forma simétrica, a indústria

acaso, nas fábricas da Pirelli, recorre-se a sábias mãos

seja estranha à arte e ao belo.

de artesãos quando é necessário dar acabamento aos

O fato é que a modernidade assinalou um momen-

pneus da Fórmula 1. Quem são eles, se não extraor-

to de desvio e de ruptura, seja no modo de produzir

dinários artesãos, os especialistas da modelação, ca-

objetos (mas podemos nos referir também a ideias ou

pazes de realizar perfeitas imitações em escala, seja

imagens), seja na maneira de perceber o mundo e a

de uma faca ou de um automóvel, de modo a avaliar,

realidade. É claro que, para pensar o artesanato em

antecipadamente, dimensões, texturas, formas?

termos modernos, é necessário renunciar à visão romântica da nostalgia e ao imaginário das oficinas.

Fazer artesanal: perícia

Primeiro, é necessário superar a convicção de

É necessário, no entanto, nos lembrarmos sempre que

que tenha sido a máquina a causadora do fim do

fábrica e indústria não são sinônimos. A indústria é

artesanato. Foi, ao contrário, a racionalidade do

uma dimensão muito mais ampla e complexa do que

pensamento moderno que decompôs a unidade do

a fábrica, lugar no qual se concentra apenas a parte Anuário do design brasileiro | 29


A estrutura metálica da cadeira Vermelha e, na página ao lado, um artesão da empresa italiana Edra trançando as cordas na peça assinada por Humberto e Fernando Campana

da produção material de um objeto. Na verdade, qua-

com uma postura artesanal e uma grande sensibili-

se tudo que precede o trabalho na fábrica e o segue

dade. De fato, o estúdio de um designer ou centro

conserva uma qualidade artesanal do fazer. Artesãos

de estilo de uma indústria são apenas laboratórios

são aqueles que se dedicam à manutenção das má-

experimentais nos quais se finalizam protótipos,

quinas, sejam elas grandes aparatos industriais ou

que apenas em um segundo momento se tornarão

nossos pequenos eletrodomésticos. Acredito tam-

produtos de série.

bém que oficinas artesanais sejam os inúmeros pe-

É exatamente nesta “antecâmera” da indústria

quenos negócios chineses que consertam os iPho-

que a arte continua a conjugar-se com os objetos

nes ou garotos que conseguem abrir a memória dos

de uma pesquisa que tem raízes comuns. Assim, foi

computadores [realidade italiana, N.R.].

aqui que a arte conseguiu achar espaços novos e di-

De modo simétrico, reencontramos a perícia do

versos em relação ao passado.

fazer artesanal nos centros de estudo das indústrias,

Agora, a arte. Por muitíssimo tempo, o artesão e o ar-

assim como nos escritórios de comunicação e pu-

tista coabitaram o mesmo mundo. O que era um artista

blicidade. Aqui, experimenta-se, corrige-se, procura-

se não um artesão especialmente dotado, cujo talento

-se pacientemente dar identidade e conteúdo aos

o tornava capaz de assumir o papel de mestre, autor de

projetos, além de inventarem-se imagens capazes

obras que o tornavam modelo e exemplo comparativo

de evocar histórias e emoções. Os estúdios e os de-

para novas realizações? Pouco importa se fosse pintor

signers continuam a manipular a forma e a matéria

ou músico, escultor, joalheiro ou marceneiro.

30 | Anuário do design brasileiro


Hoje o artista é, sobretudo, um manipulador de

que alguns definem como líquida e outros preferi-

ideias e de estruturas das representações, enquan-

riam chamar de criativa, o design parece oferecer

to a forma é terreno privilegiado do fazer industrial.

instrumentos capazes de gerenciar as transfor-

Ora, visto que sabemos muito bem que nem tudo

mações de um modelo industrial com alta inten-

que a indústria faz é belo e sensato, podemos tam-

sidade produtiva. Talvez nos aguarde um modelo

bém definir o design como local privilegiado de pes-

menos hedonista e um consumo mais consciente

quisa e de elaboração de uma inteligente beleza, co-

e atento. O respeito pelo ambiente poderia ser um

erente com a dimensão moderna.

desafio necessário para o projeto do amanhã, mas também a educação, a alimentação, o cuidado com

Consumo consciente

os velhos e com os mais jovens deverão ser objeto

Definir o design como espaço ou local interme-

de renovadas atenções.

diário entre a seriação da indústria e a liberdade

Hoje, os novos artesãos são os profissionais da

da arte, entre funcionalidade e beleza, entre ma-

criatividade, capazes de usar tecnologias sofistica-

téria e tato, entre tecnologia e cotidiano? Não é

das com a mesma perícia com a qual, tempos atrás,

casual se, frente aos novos cenários do presente,

o artesão utilizava seus instrumentos. Este é o ho-

justamente ao design tenha sido delegado o papel

rizonte do terceiro milênio, no qual design, criativi-

de vanguarda estratégica das mudanças. Em uma

dade, fantasia e tecnologia deverão definir o novo

situação de rápida evolução, em uma sociedade

terreno do projeto e da produção futura. Anuário do design brasileiro |

31


Por AURESNEDE PIRES STEPHAN

NA TRILHA do aprendizado

Prestes a completar meio século de existência, o ensino de design no Brasil teve evolução inegável. Mas ainda é pouco para os desafios que o contemporâneo impõe aos jovens profissionais. Um caminho com muitos passos a Auresnede Pires STEPHAN, mais conhecido como Eddy, é consultor de design e professor de cursos de design da Faap, ESPM, FASM e IED, em São Paulo.

seguir, entre eles estreitar a relação entre instituições acadêmicas e indústria


Ateliê de pintura do curso de design do Centro Universitário Belas Artes, em São Paulo Anuário do design brasileiro | 33


A

aproximação do aniversário de 50 anos do en-

las no decorrer dos anos. Hoje, há aproximadamente

sino acadêmico de design no Brasil, em 2013,

740 cursos de design, compreendendo bacharelado

faz rememorar a implantação da ESDI - Escola

(design de produto, gráfico, digital, interiores e moda),

Superior de Desenho Industrial, em 1963, no Rio de

extensão, tecnológicos, especializações, masters, pós-

Janeiro, a primeira iniciativa pedagogicamente estru-

-graduações latu-sensu e stritu sensu (mestrados e

turada do segmento no país. Aquele período privile-

doutorados). Isso sem contar cursos livres ou mesmo

giou o modelo funcionalista da Escola de Ulm (Hochs-

disciplinas introduzidas em diversas graduações.

chule für Gestaltung), da Alemanha. Max Bill e Tomás

Um dado a ser avaliado é a forma como ocorreu

Maldonado, dirigentes e professores da instituição, so-

a transformação radical nas ferramentas de trabalho,

mados aos ex-alunos da escola alemã Alexandre Woll-

motivada pelos paradigmas advindos das novas tecno-

ner e Karl Heinz Bergmiller, foram os responsáveis, em

logias digitais, que exigiram adequação nos currículos,

conjunto com Aloisio Magalhães, entre outros, por seu

uma vez que o mercado as solicitava de seus estagiários

arcabouço acadêmico.

e futuros profissionais. Simultaneamente, o Ministério

Não só o Brasil, mas vários países latino-america-

da Educação incentivou a criação de cursos tecnológi-

nos, nas décadas de 1950, 1960 e 1970 – período de

cos de curta duração, que acabaram constituindo um

implantação de políticas desenvolvimentistas – em-

número expressivo de cursos de design, com duração

pregaram este modelo germânico. Ele apresentava um

média de dois a três anos, enfatizando habilitações de

perfil adequado, política e economicamente, para a

design digital e de interiores, entre outros. Os bacha-

formação de uma nova geração de profissionais vol-

relados dos cursos de moda, por suas peculiaridades,

tada à produção industrial e ao conceito de moderni-

implantados a partir da década de 1980, abriram uma

dade que se impunha no mundo. Era um modelo que

nova dimensão no mercado, que atualmente conta

atendia às necessidades dos novos tempos, em conso-

com profissionais de excelente qualidade. No entanto,

nância com os padrões internacionais.

um dos maiores desafios ainda está no distanciamento

O modelo curricular da ESDI passou a ser referên-

entre as escolas e os empreendedores e empresários.

cia do Conselho Federal de Educação para a implanta-

Uma cultura que precisa urgentemente ser acionada

ção de novos cursos da área a partir de 1968. Nesse

de forma a agilizar essa sinergia, pois as indústrias dei-

processo, muitas vezes mal equacionado e movido

xam de aproveitar a enorme potencialidade existente

por interesses vários, ocorreu uma explosão de esco-

nas academias.

34 | Anuário do design brasileiro


Um dos prédios da Escola Superior de Desenho Industrial (ESDI), no Rio de Janeiro, e, abaixo, tendas onde ocorrem aulas de design na PUC-RJ

Anuário do design brasileiro | 35


Polos de excelência Afora os possíveis desacertos e o tradicional questio-

Pode-se ressaltar, também, o esforço das instituições,

namento sobre a qualidade de ensino e a influência

que hoje apresentam infraestrutura mais bem adapta-

das matrizes europeias nos conceitos de identidade

da se comparada aos tempos pioneiros. Mas, vale lem-

nacional do design brasileiro, existe a falta de uma

brar, existe a constante falta de recursos tanto no en-

M

política educacional estruturada para responder aos

sino oficial quanto na iniciativa privada. O mal precisa

Y

desafios contemporâneos, embora possamos notar

ser sanado, a fim de se oferecer ensino de alto padrão.

CM

avanços no setor. Se de um lado pode-se questionar

Apesar de ser um item discutível e não a única al-

MY

a quantidade, conforme mencionado anteriormente,

ternativa para a visibilidade profissional, observa-se

CY

por outro deve-se entender que gradativamente al-

que praticamente quase todos os segmentos da área

CMY

guns polos de excelência começam a se definir como

de design, hoje, é instigada por concursos e premia-

K

novos caminhos e alternativas. Ao lado das institui-

ções, que têm seu valor. Outro fator notado na última

ções mais tradicionais como ESDI, Faap, Mackenzie,

década, não só em design, como nos demais ramos

Belas Artes, São Judas, PUC-RJ, PUC-PR e universida-

do conhecimento, é o intercâmbio internacional de

des federais e estaduais (Unesp-Bauru e UEMG-Belo

estudantes no período da sua graduação. O contato

Horizonte, além da de Campina Grande e da Federal

com outras culturas e costumes tem influenciado os

do Rio de Janeiro), observamos, nos últimos anos, a

jovens brasileiros a compreender a diversidade cultu-

implantação de cursos como o do Senac, em São Pau-

ral e as novas tecnologias, fatores fundamentais para

lo, o de design da USP, o de design do Instituto Mauá

uma visão globalizada.

de Tecnologia e o tecnológico do IED – Istituto Euro-

Entendamos, por fim, que uma educação de alta

peo de Design. Eles estão, gradativamente, trazendo

qualidade em design não pode ser definida por uma

uma contribuição no âmbito da pesquisa e na busca

solução de mão única. Não existe uma receita ou mo-

da interface empresa-escola.

delo definido e definitivo, mas precisa necessariamen-

Caminha-se para a constituição de uma massa crí-

te contar com inúmeros ingredientes: entender o con-

tica (ainda que pequena) – a produção dos vários mes-

texto globalizado, fomentar profundos debates sobre

trados e doutorados existentes apresenta um resgate

a forma de atuar, formar uma elite pensante, desenvol-

valioso que possibilitará a longa caminhada para uma

ver pesquisas locais, além de extrair a expressividade

futura reflexão profunda do "estado do design" no país.

cultural, social e regional que caracteriza o Brasil.

36 | Anuário do design brasileiro

C


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Anuário do design brasileiro | 37


Por THIAGO MAIA

artigo

como

castelos de areia Na praia, quando pequenos, tivemos lições – sem nem perceber – ao erguer construções encantadas com o que tínhamos à mão. Hoje, designers adultos, resta-nos resgatar esta experiência priThiago Maia é designer formado pela ESDI/UERJ e sócio do estúdio Fibra Design.

mordial em relação aos materiais e seu nascimento, sua vida e transformação


Foto: Fotolia


Q

uando crianças, construíamos castelos de

extrapolar as possibilidades oferecidas por ele, tão

areia. Íamos à praia e tínhamos as ferramen-

logo recebíamos como resposta um não, e éramos

tas e os processos ao nosso alcance. Matéria-

tomados da consciência de que deveríamos respei-

-prima não faltava. Afinal, existiam mais grãos de areia

tar seus limites, seus tempos e suas disponibilidades.

no planeta do que estrelas no universo (não era isso

Aprendíamos também um ensinamento que devería-

que nos diziam os adultos?).

mos levar para o resto da vida, mas parece que não le-

Experimentávamos antes de chegar a um resultado

vamos: a de que os fluxos dos materiais não podem ser

que nos agradasse. Fazíamos alguns modelos e protó-

interrompidos. O ciclo de vida dos produtos tem de ser

tipos, estudávamos formas variadas, ora trabalhando

desenhado de tal modo que a matéria possa transitar

mais rápido, ora mais devagar. Mas sempre chegáva-

em ciclos contínuos de nascimento, vida e transforma-

mos aonde queríamos. Castelos enormes eram cons-

ção. Nascimento, vida e transformação. O castelinho da

truídos e ocupados com reis, rainhas e uma corte ima-

nossa história já nascia pronto para, ao fim de sua vida,

ginária, além de servir de cenário para batalhas históri-

voltar a ser areia e, quem sabe, um outro castelinho,

cas com inimigos distantes. Ao final, desconstruíamos

ou uma estátua, ou uma casa de tatuí. Nosso processo

nossa própria criação e a devolvíamos à praia. Tal como

de fazer castelos, desde o princípio, não impedia que

a encontramos antes de iniciarmos nossa jornada.

nenhuma das formas e possibilidades futuras da areia

Areia em estado bruto.

fossem interrompidas. Os castelos não eram destruí-

Alguns podem dizer que o desafio era em vão.

dos. Eram transformados.

Para que construíamos algo que depois seria destru-

Hoje, somos adultos. E continuamos construindo

ído? Eu penso o contrário. Primeiro, porque se o que

castelos de areia. Só que agora estamos percebendo

queríamos era dar asas à nossa imaginação e ao nosso

que o que os adultos de nossa época nos diziam não

desejo criativo, os castelos de areia cumpriam mui-

era verdade: os grãos de areia estão acabando. Em al-

to bem seu papel. Segundo, porque acredito que, no

gum momento (que não me recordo), perdemos a sa-

fundo, estávamos aprendendo a dialogar com o meio

bedoria da criança, nos iludimos com a crença de que

ambiente. Ali, na simplicidade que era construir um

os grãos de areia são infinitos, deixamos de escutar o

castelo na praia, observávamos como a areia se com-

que os materiais têm a nos dizer e paramos de devol-

portava com a água e ouvíamos do material o que

ver nossos castelos à praia.

podíamos e o que não podíamos fazer para alcançarmos nossos objetivos. Se em alguma hora tentávamos 40 | Anuário do design brasileiro

Alguma coisa tem de mudar. Acho que está na hora de voltarmos a ser crianças.



DEPOIMENTOS

olhares sobre o design brasileiro Afinal, o que falta para o design feito no Brasil deslanchar de vez? A esta pergunta instigante, seis personagens ligados ao universo do design nacional revelam diferentes respostas, cada qual com uma abordagem particular. Todas nos levam a refletir mais sobre a tal questão, para seguir bons e novos caminhos

Marcelo Rosenbaum, designer “Podemos dizer que hoje fazemos parte do circuito de interesse mundial. O contexto atual do Brasil como um grande novo mercado de consumo faz com que as maiores empresas de design do mundo queiram entender o nosso país de tamanho continental e fincar bandeira aqui. Com este cenário, temos dois grandes desafios: entender que nós, designers, somos agentes ativos no progresso social brasileiro e que temos de ir, quando falamos de design brasileiro no exterior, além do “exótico, erótico e caótico” – uma expressão usada pelo crítico de arquitetura Fernando Luiz Lara. A grande inovação no design está em entender a relação do objeto com as pessoas que produzem, compram, usam e recriam. A partir desta visão, criamos um objetivo inserir o artesanato no mercado da decoração brasileira, trabalhando com design sustentável, baseado em quatro pilares: econômico, social, ambiental e espiritual. O projeto é a síntese da forma como trabalho: a percepção e o entendimento de que, hoje, o design é um grande catalisador de ideias, transcende o objeto, redesenha as relações e conecta as pessoas.”

42 | Anuário do design brasileiro

Foto: Marcio Tavora

projeto, o A Gente Transforma, que tem como principal


Adélia Borges, jornalista e curadora “Capacidade projetual, criatividade, inventividade, temos de sobra. O que precisamos é de políticas públicas que potencializem estas competências e, sobretudo, divulguem o design brasileiro dentro e fora do país. Dentro, ainda precisamos convencer muitos empresários sobre a necessidade de coragem na aposta no design como um diferencial de seus produtos. Fora, a onda é muito boa em relação a tudo o que se relaciona com a cultura brasileira, é hora de surfar... Mas para isso precisamos que os governos – os ministérios, as secretarias estaduais, as secretarias municipais – e as associações da sociedade civil teçam políticas consistentes, com um pensamento a longo prazo e ações urgentes.”

Fernando Campana, designer “Olhar com atenção como funcionam indústrias consolidadas, como a italiana, pode ser bom ponto de partida para termos uma profissionalização em todos os pontos do ciclo produtivo. As indústrias daqui deveriam apostar mais na figura de um diretor de arte capaz de criar identidade para as linhas de seus produtos, que devem ser fabricados com boa qualidade, mesclando o artesanal e o industrial. Além disso, há que se levar em conta, também, a divulgação eficaz da produção. Hoje, muito bem poderiam ser abraçados pela indústria. Por sua vez, os designers também têm de entender as necessidades da indústria e responder a elas.”

Fernando Laszlo

há uma gama de designers dedicados à autogestão que

Anuário do design brasileiro | 43


Mario Fioretti, gerente-geral de design e inovação da Whirlpool Latin America "A única coisa que falta ao design brasileiro é tempo de estrada. A história dele, no país, ainda é muito recente. Hoje, o que existe é uma necessidade cada vez maior de as organizações de negócios e serviços terem o design inserido em sua estrutura. Temos o design autoral, os escritórios de design e as áreas dentro das grandes corporações. Sinto que poderia haver mais desenvolvimento do design corporativo. É preciso explorar mais a relação entre investimento em design e rentabilidade, aceitação do produto, sustentabilidade."

Fernando Prado, designer e diretor de criação da Lumini

Lauro Andrade, diretor da Anfacer, da feira Expo Revestir, do Fórum Internacional de Arquitetura e Construção e idealizador do festival Design Weekend – DW!

“Um passo decisivo para o aprimoramento do

“Jovem nação industrial que somos, vivemos, também no de-

design no Brasil seria estabelecer uma apro-

sign, as ciclotimias comuns da adolescência: ou somos artistas,

ximação maior da indústria com as escolas.

sem compromisso com resultados e escala, ou caímos no me-

Recém-formados, os jovens designers saem

canicismo e repetição não criativa da engenharia de custos. É

crus das faculdades, não tendo visão da reali-

fundamental encontrarmos o equilíbrio da maturidade, em que

dade do mercado nem do método produtivo.

o lúdico e o estético encontram o funcional, gerando inovações

A formação precisa melhorar, inclusive, com a

viáveis e com padrões mundiais de aceitação. Isso só será alcan-

adoção de disciplinas como gestão do design,

çado com a formação de capital humano multi e interdisciplinar,

que, para além do caráter criativo da profissão,

que consiga integrar a subjetividade da nossa inspirada criação

visa aspectos administrativos.”

com a objetividade da produção e as aspirações do mercado.”

44 | Anuário do design brasileiro


materiabrasil.net


46 | Anuário do design brasileiro


No mercado Um amplo painel, com produtos selecionados em diferentes segmentos do mercado, revela os caminhos e a diversidade do design nacional. Os critérios de seleção? A qualidade do projeto e da produção, itens recentes e também alguns emblemáticos, como as cadeiras de Paulo Mendes da Rocha, Flávio de Carvalho e Sergio Rodrigues, criadas em décadas passadas, mas que encontram hoje plena aceitação do mercado

Anuário do design brasileiro | 47


mobiliário

a sustentável leveza do móvel Philippe Starck afirma “que a elegância do mínimo vem da inteligência do nada” e o lendário arquiteto e designer Mies Van Der Rohe já dizia, há quase 100 anos, que “menos é mais”. A fórmula é simples de entender: menos styling, menos material, menos energia, menos descarte. e, resultado, mais vida ao planeta

O

mobiliário é o terreno fértil do design.

de status. Será que, também por tradição, algumas

Não há um só arquiteto ou designer que

pessoas ainda acreditam que para ser bom e bonito

não tenha “ensaiado” criar uma cadeira.

uma cadeira ou um sofá devem ser pesados e impo-

Assim, esta é uma tipologia que propicia a discus-

nentes? São resquícios de uma era que felizmente,

são sobre todas as vertentes e todas as atuais exi-

embora com um século de atraso, está desapare-

gências do design.

cendo. A madeira hoje é respeitada como um bem

Forma, função, utilidade, necessidade, susten-

valioso, e por isso mesmo ela é usada com parcimô-

tabilidade, capacidade de descarte e reciclo versus

nia. E por que não trocá-la pelo bambu, este mate-

produto durável, economia de matéria-prima: são

rial inesgotável, ou pelas fibras, tão fartas e variadas

estes os principais temas de discussão sobre o de-

no Brasil? Fica a sugestão.

sign em geral e aquele do mobiliário em particular.

Evolução dos costumes ou a consciência de que

No Brasil, o esforço de alguns designers em

nessas escolhas também reside a melhoria das con-

busca de materiais alternativos e novas soluções

dições de vida no planeta, o certo é que o mobiliário

tecnológicas para a produção de móveis tem contri-

brasileiro evoluiu – e muito. Os móveis, em madeira

buído para o aprimoramento do projeto contempo-

ou metal, em materiais sintéticos ou naturais, atual-

râneo. Soma-se a este fator a vontade de criarmos

mente são leves, têm linhas simples, enfim, apresen-

uma linguagem brasileira. Este, um dado essencial

tam uma nova estética brasileira – consciente de que

para a originalidade de nossos produtos, dando ao

a beleza também é fundamental – e estão alinhados

Brasil um potencial para a exportação.

com o design contemporâneo.

Historicamente, o mobiliário simboliza para a

Mas devemos também pensar em critérios mais

família brasileira questões como tradição e proprie-

objetivos, como os da utilidade e necessidade, que

dade. Herança da estética portuguesa e do mobili-

podem ser traduzidos como design de serviço. Esta, a

ário colonial, a madeira maciça tornou-se símbolo

real vanguarda de hoje.

Fonte: acervo Arc Design e empresas do setor

48 | Anuário do design brasileiro


Anuário do design brasileiro | 49


Mesa de apoio e banco Diamante, de acrílico, design Nada Se Leva. Na Conceito Firma Casa

Cadeira Paulistano (1957), tem estrutura de aço e capas de lona ou couro. Design Paulo Mendes da Rocha. Na Futon Company e Dpot

Messote de eucalipto certificado. A facilidade na armazenagem é obtida pela perfuração do tampo, que possibilita que as peças sejam penduradas. Da Butzke

50 | Anuário do design brasileiro


Banco Terrão, design Domingos Tótora. Confeccionado com massa de celulose, técnica de reaproveitamento de papelão, com pigmento de terra natural. Na Dpot

Cadeira (1953) com estrutura de ferro e percintas de couro sola. Design Flavio de Carvalho. Na Dpot e Futon Company

Poltrona Radar, de peroba-rosa de redescobrimento, com lustração especial. É giratória e tem estrutura de ferro oxidado. Design Carlos Motta. Na Arquivo Contemporâneo

Anuário do design brasileiro |

51


Poltrona Evergreen, de bambu com estrutura oxidada. Design Eduardo Baroni. Na Vimoso

Poltrona Rampa (anos 1970), design Sérgio Bernardes. Composta de dois cilindros de espuma, um no local do assento e outro na posição do encosto. Há ainda estrutura lateral de madeira e um tripé que fecha a estrutura. Na Dpot

Poltrona Mandacaru, design Baba Vacaro. Consiste num jogo de seis almofadas unidas como pétalas. Pode ser configurada em três posições diferentes. Na Futon Company

52 | Anuário do design brasileiro


Chamada de Banquete Panda, a cadeira faz parte da coleção que reúne bichos de pelúcia. Design Fernando e Humberto Campana. Na Conceito Firma Casa

Cadeira Sushi III, design Fernando e Humberto Campana. Composta de feltro, tecidos, plásticos, telas emborrachadas, náilon, látex e EVA enrolados na forma de sushi, tradicional iguaria da culinária japonesa. Na Firma Casa

Mesa de centro Fit, com bandejas superiores e pés em duas alturas, fabricados em aço carbono com pintura automotiva e tampo de MDF. Do Estúdiobola

Anuário do design brasileiro | 53


A cadeira Rio tem estrutura de eucalipto certificado e assento e encosto de metacrilato. Pode ser encontrada nas versões branca, preta, vermelha e amarela. Design Carlos Motta para Butzke. Na Dpot

Poltrona Recorte, design Ilse Lang, da Faro Design. Feita de couro, com estrutura de metal e revestida de veludo. Na Arquivo Contemporâneo

Bufê de MDF e chapa de aço com acabamento laqueado. Pertence à linha Orelha, identificada pelo puxador lateral. Design EM2 Design. À venda no estúdio dos designers

54 | Anuário do design brasileiro


Poltrona Pantosh, combinação da cadeira Panton com a Mackintosh. Design Lattoog. De freijó natural, da Schuster Móveis & Design, e coloridas, na Dpot

Mesa Dumont, com desenho inspirado no Demoiselle, avião de Santos Dumont. Combina aço inox, alumínio e eucalipto renovável. Da Flexiv

Anuário do design brasileiro | 55


Linna, design Jader Almeida. De madeira maciça e concha de multilaminado, é confeccionada a partir de cortes de CNC e processos manuais. Na Arquivo Contemporâneo

Cadeira Lucio Costa (1956), design Sergio Rodrigues. De madeira maciça natural ou tonalizada e assento de palhinha natural. Na Dpot

Estante Facetas, integra a série m ao quadrado©. De pinus ebanizado, pode ser fixada na parede, sendo composta por 38 módulos. Design José Marton. Na Dpot

56 | Anuário do design brasileiro


Mesa Raul Soares, tem no tampo impressão digital que remete à praça de mesmo nome em Belo Horizonte. De MDF, com pés em madeira maciça de reflorestamento. Design Isabella Vecci. Na Dpot

Armário Cidades, de MDF com acabamento de impressão digital. Da coleção Memória Mobília, funciona como uma caixa para abrigar objetos nos quatro lados. Design Isabela Vecci. Na Dpot

Poltrona Sopro, design Alfio Lisi. Com estrutura de freijó e aço, tem concha de fibra de vidro revestida de feltro e couro. Na Marcenaria Artífice Anuário do design brasileiro | 57


Mesa Elos, design Questto|Nó. É composta por peças independentes que possibilitam diferentes configurações. Há versões em metacrilato (foto) e madeira. Da Allê Design

Desenhado por Flávia Pagotti Silva para a Butzke, o banco Sela é de madeira certificada, com assentos revestidos de lâminas de PET reciclado e acabamento envernizado. Na Tok & Stok

58 | Anuário do design brasileiro


A cadeira IC01 tem estrutura de polipropileno de alta resistência, reforçado com fibra de vidro e proteção ultravioleta, que permite uso externo. Design Guto Indio da Costa, André Lobo e Felipe Rangel. Na Dpot

A cadeira Moeda foi concebida a partir das chapas metálicas descartadas pela Casa da Moeda. Design Zanini de Zanine. Coleção limitada e numerada. À venda no estúdio do designer

Anuário do design brasileiro | 59


Cadeiras Nóize, design Estúdio Guto Requena. Moldadas a partir dos sons captados na cidade de São Paulo, traduzidos por máquina de impressão em 3D. Série limitada com três peças. Na Coletivo Amor de Madre

Carrinho Teka, para bar, design Jader Almeida. Estrutura de aço inox e prateleiras de madeira. Na Arquivo Contemporâneo e Dpot

Sofá Tiras, design Luciana Martins e Gerson de Oliveira. De madeira de reaproveitamento ou compensado, com estofamento e estrutura de aço inox polido. Na Ovo

60 | Anuário do design brasileiro


Mesa de centro Longilínea, design Jacqueline Terpins. Peça de vidro plano pintado nas cores preto e amarelo. No Estúdio Jacqueline Terpins

Mesa Deslock, tem estrutura de alumínio e três pés deslocados. Design Bernardo Senna. Na Galeria das Lonas

Poltrona Goa, com estrutura de aço, malacca e amarras de couro. Compõe a linha de fibras naturais da Saccaro

Anuário do design brasileiro |

61


Mesa Cidades Imaginárias, com estrutura de aço e caixa de MDF laqueado, composta por peças de informática reaporveitadas e vidro. Design Luiz Pedrazzi. Na Desenho Design

Poltrona Exo, design Carolina Armellini e Paulo Biacchi, do estúdio Fetiche Design. A estrutura do encosto e do assento baseia-se no exoesqueleto dos insetos, que protege a parte interna de seus corpos. Na Schuster Móveis & Design

62 | Anuário do design brasileiro


Poltrona Diz, design Sergio Rodrigues. Estrutura de madeira maciça, assento e encosto de compensado moldado em dupla curvatura e folheado. Na Arquivo Contemporâneo e Dpot

Poltrona Kilin (1973), design Sergio Rodrigues. Estrutura de madeira de lei maciça e encosto e assento de couro. Na Arquivo Contemporâneo e Dpot

Cadeira alta Acan, com pés de tauari ou jequitibá maciços e concha de fibra de vidro. Design EM2. Na Finish

Anuário do design brasileiro | 63


Inspirado por vitórias-régias, Regis Padilha criou mesas de diferentes proporções. São de compensado multilaminado, com acabamento laqueado. No estúdio do designer

Desenvolvida pela Securit, a estante Brasiliana é inspirada em projeto arquitetônico de Rodrigo Mindlin Loeb. De uso múltiplo, é composta por módulos empilháveis de aço, com 16 opções de cores e diversos tipos de configurações

64 | Anuário do design brasileiro



LUMINÁRIAS

À luz dos novos tempos O segmento de luminárias passa por transformações impulsionadas pela inovação na tecnologia das lâmpadas e pela preocupação com a economia de energia. As formas exploram a diversidade: do pragmático ao emocional

U

ma das consequências do apagão de 2001 foi

percebem-se, também, alterações formais em algu-

a maior conscientização, por parte do consu-

mas peças voltadas ao uso residencial. A tradicional

midor brasileiro, que percebeu – e não deixou

austeridade dos “objetos de iluminação” abre espa-

mais de lado – a necessidade de perseguir o baixo con-

ço, cada vez mais, para um desenho humano e emo-

sumo de energia. A esta questão econômica, e também

cional, porém desenvolvido com o uso de modernas

de preocupação ambiental, soma-se o surgimento de

tecnologias. Assim, a indústria nacional apresenta

novas lâmpadas, que apresentam opções aos tradicio-

produtos com alto rendimento e controle de ofusca-

nais modelos incandescentes, de maior consumo. A si-

mento, com qualidade técnica, que permite manter

tuação é de mudança radical, e já existe uma diretriz

um efeito de iluminação eficiente e com baixo con-

do governo federal proibindo a comercialização das

sumo por metro quadrado. E há ainda o que se pode

tradicionais lâmpadas incandescentes a partir de 2016.

chamar de “objetos luminosos”, cuja luminosidade é

Os dois aspectos têm sido importantes nas mudanças

tão baixa que seu efeito é quase decorativo.

do segmento brasileiro de luminárias nos últimos anos.

Considerada a luz do futuro e alternativa às lâm-

Na área corporativa, elas estão mais integradas à

padas convencionais, o pequenino e promissor LED

arquitetura e passaram a associar eficiência energéti-

(sigla em inglês para Diodo Emissor de Luz) é fruto

ca à capacidade de iluminância, o que gera mais con-

do desenvolvimento de componentes técnicos com

forto aos usuários, embora não se observem muitas

precisão óptica e da tendência à miniaturização. Para

alterações formais. Já as peças residenciais, que por

se ter ideia, o LED pode consumir até um quarto de

anos estiveram atreladas tão somente à preocupação

energia com a vantagem da vida útil ser em média

estética ou meramente decorativa, agora também ex-

dez vezes superior a uma lâmpada halógena. Já exis-

ploram o fator economia de energia com o advento

tem luminárias fabricadas pela indústria brasileira

das novas lâmpadas. Mas não só.

com diferentes materiais e formas, cuja fonte de luz é

Como luz, em última instância, traduz emoção,

o LED. Seu uso, ainda restrito, tende a aumentar.

Fontes: Baba Vacaro, Fernando Prado e Guinter Parschalk, designers, e empresas do setor

66 | Anuário do design brasileiro


Anuário do design brasileiro | 67


Da Wall Lamps, a luminária Lumière tem design de Wagner Archela. O pendente plissado de metacrilato leitoso pode ser encontrado em várias cores e tamanhos. Utiliza lâmpadas E27 60 W

A luminária Ponto, um dos destaques da produção do Studio HAZ, tem fio de 6 m de comprimento, com lâmpada nas extremidades. O diferencial da peça é a malha de crochê, usada no revestimento, inspiração em trabalhos manuais. À venda na A Lot Of

68 | Anuário do design brasileiro


De longe, a luminária Flip, da Iluminar, sugere uma sobreposição de formas geométricas bem definidas, envolvendo um fio de luz capaz de gerar uma iluminação discreta e confortável. De perto, afirma seu design atemporal. Versátil, tem versões de mesa e arandela. Utiliza lâmpada halopin

Com design de Claudia Moreira Salles, a Cantante tem estrutura de cobre polido e refletor de cobre rosa, um novo acabamento desenvolvido pela Bertolucci

Tuff é uma luminária de mesa em forma de cubo. A operação de liga-desliga é feita pelo usuário no próprio corpo da peça. Ao apertar a tampa, ela acende. Ao repetir a operação, apaga, deixando uma luz de cortesia para encontrar o produto no escuro. Com design de Flávia Rocha Faria, pode ser encontrada na Iluminar

Anuário do design brasileiro | 69


Abajur geométrico de proporções harmoniosas, desenvolvido pelo designer Claudio Novaes para La Lampe. Fabricado em alumínio com pintura eletrostática, utiliza lâmpada halopin de 40 W, transmitindo uma luz indireta e agradável A luminária Desdobramentos integra a linha m ao quadrado©, assinada por José Marton. De MDF laminado ecológico, a peça é inspirada na transformação do cubo em triângulos. Permite a interligação de até 19 luminárias

A Siricutico faz parte de uma coleção de luminárias intitulada Play pela dupla Guto Requena e Maurício Arruda. As peças, que remetem à brincadeira e ao universo lúdico, podem ser usadas como arandela ou luminária de mesa. Confeccionada com chapa de madeira curvada e valorizada pela estrutura de metal. A iluminação é garantida por uma lâmpada globo de LED. Disponível na Bertolucci

70 | Anuário do design brasileiro


Criada especialmente para leitura, a luminária Aurora (Ler) apresenta haste suave e curvilínea com uma parte articulável, que permite regulagem da posição do foco. Design Alfio Lisi

Quando projetou a Pau de Luz, o designer Alfio Lisi imaginou uma peça simples e minimalista. A parede serve de apoio e, ao mesmo tempo, superfície refletiva. De madeira, tem hastes de inox removíveis nas extremidades. Em seu interior ficam o reator e a lâmpada fluorescente T5, protegidos por uma tira de acrílico de 2 mm. Na Dominici

Anuário do design brasileiro |

71


Assinada por Antonio Bernardo para Lumini, a Luminária 360º apresenta luz embutida que ilumina o pendente de aço inox banhado a ouro. A solução valoriza ainda mais o movimento das argolas dispostas em giros de 360º, conferindo a impressão de vibração e tridimensionalidade. Ao atravessar os anéis, a luz cria diversos desenhos no chão

A linha Vinte2 (acima e na pág. 67) foi criada por Fernando Prado para Lumini em comemoração aos 90 anos da Semana de Arte Moderna. De alumínio e freijó, pode ser encontrada nas versões de mesa e pendente. Disponível em 15 cores para lâmpadas com base E27 72 | Anuário do design brasileiro


A Led it Be, de Fernando Prado para Lumini, faz parte da linha de luminárias para leitura com haste flexível e orientável, além de opções de fixação em parede, cabeceira de cama e mesa. A vantagem é que com apenas um 1 power LED de 1 W proporciona uma luz eficiente, com baixo consumo e sem emissão de calor. Confeccionada em alumínio injetado tratado e pintado por processo eletrostático, nas cores preta, branca e titânio

Com design de Moshe Gorban e Eduardo Dutra, a luminária de mesa Folha é esguia e ocupa pouco espaço. Possui refletores de aço inox e alumínio, base de Corian® com esfera de baquelite, haste em fibra de carbono e iluminação de LED

Luminárias da coleção Batucada, design Brunno Jahara. De alumínio, as peças foram inspiradas nas luminárias industriais do século 20. O aspecto “amassadinho” é realçado pelas cores da anodização do alumínio, material reciclável. Utiliza tecnologia LED

Anuário do design brasileiro | 73


Poche é uma arandela para iluminação indireta, da Dominici, integra luz e arquitetura. Funciona com duas lâmpadas halopin G9 de 40 W. Confeccionada em aço carbono, com acabamento de pintura eletrostática na cor branca

A luminária Xodó, da Dominici, criada pelo artesão e xilogravurista pernambucano Fred Viana, é confeccionada a partir da técnica de dobradura. A folha de papel é marcada, dobrada e fechada manualmente, até tomar a forma final do difusor, que ganha um bonito efeito de luz e sombra. Base de madeira natural

74 | Anuário do design brasileiro


Nós acreditamos em um mundo mais bonito. Através de atitudes, decoramos com verde e respiramos melhor. Um sorriso muda o seu dia, um abraço imprime cor e um beijo decora com amor. E assim, o mundo se faz, decorando a cada gesto, porque de um jeito ou de outro, tudo é decoração.

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utensílios

a utilidade das coisas De acordo com a criatividade e a intenção dos designers, formas e materiais variam nos objetos que apresentamos aqui. Uns são austeros, outros lúdicos ou completamente artesanais. Feitos para facilitar a vida

76 | Anuário dO design brasileiro


Com a Fruteira Toledo, a Riva demonstra toda a versatilidade do aço Inox 18/10. Design de Rubens Simões

Anuário dO design brasileiro | 77


A coleção de vasos Era Uma Vez, design Guto Requena, foi concebida digitalmente a partir do registro sonoro de fábulas contadas pela avó do designer. As peças são confeccionadas artesanalmente com sobras de vidro da Guardian

Jarra Spin, design Baba Vacaro. Faz parte da linha Spin para a St. James. De prata, tem capacidade para 1,5 l

78 | Anuário dO design brasileiro


Abridor de garrafa Serrote, da Imaginarium. De silicone e aço inoxidável, a peça carrega certa dose de humor. Tem dupla função: serve para abrir e ainda cortar um eventual acompanhamento para a bebida

Objeto de luxo cotidiano da St. James. Cachepot Ziggy, da linha homônima, assinada por Ari Lyra para a marca

Vaso Cactus colorido, da coleção Lã em Casa, das designers Tina e Lui. As peças de vidro recebem uma capa formada por pequenas bolas de lã. Além de objetos utilitários, a coleção, feita em parceria com artesãos do grupo Ladrilã, também é composta por linha de acessórios

Anuário dO design brasileiro | 79


Vaso Kony, da Punch, design Zanini de Zanine. Para uso externo e interno. Peça texturizada, de plástico reciclável, em cinco opções de cores e dois tamanhos

Cestos para coleta seletiva desenvolvidos por Nido Campolongo. O produto, confeccionado com resíduos de papelão industrial, foi utilizado em campanhas realizadas em condomínios residenciais paulistanos

A forma Jump Brastemp Gourmand compõe a nova linha de acessórios da Brastemp. Ao todo, são sete modelos de silicone e três que combinam silicone e material antiaderente. Ideal para o preparo de muffins

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Vasos Continente Longos I, II e III, design Jacqueline Terpins. As peças são confeccionadas em cristal soprado

O humor em design de utensílios domésticos foi o conceito adotado pelos designers Pedro Braga Leitão e Marcelo Lobo Barroca ao criarem o Pazzo, um dosador de espaguete. Com formato de “cara”, é fabricado em bambu e alumínio, com três opções de medidas

A fruteira-revisteiro Asa é formada por uma peça única, em metacrilato, com aproveitamento total da chapa, sem desperdício, na produção de diversos exemplares. Design Bernardo Senna para Allê Design

Anuário dO design brasileiro |

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Os talheres Tatil foram criados pela Tramontina em comemoração aos 100 anos da empresa. O diferencial é o revestimento emborrachado, com proteção antibacteriana, que recobre o corpo do aço inox das peças, garantindo melhor empunhadura e higiene

Foto: Eduardo Câmara

A linha Petit Gourmet integra a Tramontina Design Collection. Indicada para refeições mais informais, as finger foods. São pequenos recipientes, como copinhos e bandejas, confeccionados com madeiras nobres, que recebem pintura à base de água. Da Zon Design para Tramontina

Fruteira turquesa e vinho com linhas incisas. Modelada em torno e queimada a 1.250ºC em forno elétrico. Design Elisabeth Fonseca

82 | Anuário dO design brasileiro


De porcelana, esta moringa não utiliza esmalte na parte interna do recipiente, a fim de resgatar as características das moringas originais e resfriar naturalmente o líquido. Design Marcos Roismann e Poliana Feliconio

Castiçal de porcelana modelado no torno e queimado a 1.250ºC em forno elétrico. Em preto e amarelo. Design Gilberto Paim

Foto: Eduardo Câmara

Figuras antropomorfas e zoomorfas, baseadas em lendas indígenas, foram a inspiração para o cabideiro Tribal, criado pela equipe da Quadrante Design. É formado por três peças recortadas em madeira multilaminada, que são fixadas entre si por meio de um núcleo triangular de madeira maciça

Anuário dO design brasileiro | 83


Um fluido em constante movimento. Este foi o conceito que norteou a Lattoog Design na criação da fruteira Marítima. De madeira catuaba ou carvalho, com opções de acabamento laqueado

O Organizador Transparente Retrô Coza pode ser usado para diferentes funções. Destaque para a divisória interna que permite separar alimentos, bijuterias ou mesmo maquiagem. O empilhamento das peças ajuda na economia de espaço

Este cooler é uma criação do estúdio Bertussi Design para a marca <OU>. Em acrílico, com design facetado, o utilitário foi pensado para acomodar melhor as garrafas. Nas opções de cores cristal, preto, vermelho e verde

84 | Anuário dO design brasileiro



revestimentos

bonitos ao olhar, gostosos ao tocar O Brasil é o segundo produtor mundial de revestimentos cerâmicos de alta qualidade – logo depois da Itália. Rápido na aquisição de maquinário moderno, com grandes investimentos, aposta no design e coragem para ousar: são estas as características do segmento de revestimentos para pisos e paredes

O

passaram por evolução significativa, e destaca-se o

os derivados de madeira, o vidro e o uso de

uso de matérias de reciclo associadas ao PVC na sua

pedras ou de placas de materiais sintéticos. Com ca-

fabricação. A instalação é simples e alguns fabrican-

racterísticas e custo diferenciados, atendem a todos

tes dispõem de tecnologia que dispensa o uso de

os perfis de consumidores.

colas – e a natureza agradece. Vale lembrar, ainda, as

s revestimentos cerâmicos são os campeões

Os pisos vinílicos, bastante populares, também

do setor, mas temos ainda os pisos vinílicos,

Os revestimentos cerâmicos, que já foram os “primos pobres” na avaliação dos consumidores, hoje

versões resistentes a água, manchas, riscos, calor e com alta capacidade de absorção acústica.

ganharam status de peças de design, sendo capazes

Mas não só de pisos vivem os revestimentos.

de reproduzir padrões e formas antes inimagináveis,

Como se tornaram belas peças com um bom design

com alta fidelidade, graças ao emprego da tecnolo-

de superfície, hoje são usados como painéis para

gia de impressão Full HD e outras, que permitem dar

paredes e até cabeceiras de camas. Isto sem falar

à cerâmica industrializada superfícies em relevo ou

de nossos materiais naturais, como as pedras, por

com texturas quase idênticas às do cimento, de fibras

exemplo, imbatíveis, graças à beleza de seus veios,

e rochas. Graças ao design e à tecnologia, o Brasil já

cores e texturas. São produtos ambicionados no

apresenta uma identidade própria neste segmento, o

mercado internacional.

que nos permite concorrer no mercado internacional.

A madeira se mantém ainda na preferência de

Para além de estampas, o moderno maquinário

muitos, dos tacos vintage às tábuas corridas. Até

que estas indústrias dispõem pode produzir peças de

quando, com tanta inovação e tecnologia ao alcance

grandes dimensões, como, por exemplo, de 1 x 1 m,

das mãos – e do bolso? Mas a indústria já providen-

e também as linhas slim, porcelanatos ultrafinos. A

ciou os derivados de madeira, como o HDF, e os reves-

maior vantagem é a praticidade de instalação, uma vez

timentos cerâmicos com a aparência desta preciosa

que podem ser assentados sobre pisos preexistentes.

matéria-prima. E a natureza novamente agradece.

Fontes: Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimento (Anfacer); Renata Rubin e Ruth Fingerhut, designers; e empresas do setor


Anuário do design brasileiro | 87


revestimentos I pastilhas

Produzido artesanalmente em vidro, o mosaico Vidrotil é encontrado em várias cores e tamanhos, com superfícies e formatos irregulares. Pode ser usado na composição de pisos e paredes, a partir de textura característica diferente para cada tessela

88 | Anuário do design brasileiro


A mistura de cores quentes e frias caracteriza a linha Color Block, da Atlas. Entre as vantagens técnicas do produto, destaca-se o Drop System, sistema de junção das pastilhas no formato 5 x 5 cm, apresentadas em placas de 30 x 30 cm, cuja fixação é feita por pontos de cola de PVC. A técnica dispensa a utilização de papel sobre a face esmaltada e torna o trabalho de assentamento mais limpo e, principalmente, econômico

Com relevos côncavos e convexos, a linha Aleph, da Mosaik, é composta por pastilhas de inox na dimensão 5 x 5 cm. Indicadas para áreas internas e externas, segundo o fabricante, são resistentes à corrosão

Anuário do design brasileiro | 89


revestimentos I pedras

Resistente e de aspecto exótico, o quartzito Mont Blanc, da Brasigran, é encontrado em placas de 1,70 x 2,80 m. Pode compor paredes e pisos

As pedras Hijau e Hitam, da Palimanan, são indicadas para áreas molhadas. Com superfície lisa ou bruta, a Hijau é processada em placas em tons de verde. Já a pedra Hitam, composta de lava vulcânica, é encontrada com textura lisa, na cor preta

90 | Anuário do design brasileiro


Mármore acetinado compõe a linha Niterói Grigio. Um processo de corte especial com jato d’água possibilita a criação de desenhos variados nas placas de 29 x 29 x 2 cm. Indicado para paredes internas e externas. Da Mosarte

Da Colormix, os mosaicos de mármore são produzidos artesanalmente. O acabamento rústico é indicado para paredes internas e externas. Já a forma polida é ideal somente para ambientes internos, uma vez que apresenta maior absorção de umidade

Anuário do design brasileiro |

91


revestimentos I cerâmicas e porcelanatos

A série Amazon Wood, da Gyotoku, reinterpreta a natureza. As peças estão disponíveis em quatro formatos. Acima, a cor Almond. Quando instalada em área externa, recebe proteção extra contra intempéries

O modelo Shadow AC, da DecorTiles, marca Premium da Eliane, tem superfície acetinada. Indicado para compor painéis, está disponível nas dimensões 44 x 88 cm

Na coleção Innova HD, da Portinari, o destaque é o relevo 3D. A intenção é que as peças reproduzam os detalhes dos materiais de sua inspiração. Adequado às paredes, o porcelanato modelo Sizal está disponível nas dimensões 15 x 90 cm

92 | Anuário do design brasileiro


Ao empregar o sistema de impressão Full HD, a Ceusa criou a versão Extint, que integra a linha Native. Os tons, desenhos e tinturas são idênticos às tábuas de madeira natural recuperadas

A linha Eco Marmo 3D, do grupo Studio Marmo, é desenvolvida com resina de garrafa PET e pó de pedras naturais. Abaixo, o Allure Argento, 30 x 30 cm

Com moderna tecnologia de impressão, a Villagres reproduz na coleção Stone Age o design e a textura do granito. As peças estão disponíveis como relevo granilhado ou lapatto granilhado

Anuário do design brasileiro | 93


revestimentos I cerâmicas e porcelanatos

A Gail dispõe de um sistema de fachada ventilada, o Keragail, composto de painéis cerâmicos extrudados que possuem sistema de fixação por meio de ancoragem mecânica. Segundo o fabricante, as superfícies externas das edificações ficam livres de descolamento, infiltração, trincas e eflorescências

De uma pesquisa na Vila Madalena, em São Paulo, que visava apreender o espírito criativo e o lifestyle desse bairro, reduto de artistas e boêmios, surgiu a Vila Madá, da Portobello. As peças medem 20 x 20 cm

94 | Anuário do design brasileiro


A Lanzi uniu as texturas e sensações de dois materiais – o concreto e a madeira – para criar a linha de revestimento StoneWood. Acima, o modelo Arena, 51 x 103 cm

Porcelanato Limestone Dune, da linha Sediment HD, da Via Rosa. A impressão em HD e o alto relevo de prensa no formato de dunas conferem ao revestimento a aparência de pedra. Nas cores Beige e Bianco

Desenvolvida para ambientes corporativos ou onde há alto tráfego de pessoas, a linha Evolution, desenvolvida pela Eucatex, possui sistema antideslizante na base, que dispensa o uso de cola durante a instalação

Anuário do design brasileiro | 95


revestimentos I madeiras, laminados e vinílicos

Da Eucatext, o MDF Eucafibra é um painel com revestimento melamínico de baixa pressão. O acabamento Natural Wood reproduz os veios semelhantes aos da madeira

O Resinfloor é composto de resinas elásticas e sintéticas misturadas em uma massa homogênea aplicada ao piso em estado líquido. Autonivelante, não apresenta nenhuma junta e possui alta resistência a compressão

96 | Anuário do design brasileiro


A linha Durafloor Trend tem duas larguras de réguas – 92 e 152 mm –, que podem ser instaladas juntas ou separadas. O revestimento da Duratex faz uma releitura dos tradicionais assoalhos de madeira maciça, sendo indicado para áreas internas residenciais secas

Da linha Imagine Magic, da Tarkett Fademac, o piso vinílico Macadan Green foi especialmente desenvolvido para ambientes infantis. É antialérgico, térmico, não escorrega, além de ser confortável ao toque

Anuário do design brasileiro | 97


revestimentos I madeiras, laminados e vinílicos

Da linha Antiquity, o piso Black Gold, da Indusparquet, passa por tratamento industrial de lixamento e escovamento. Acima, as versões Pátina Dourada (à esq.) e Demolição

Ideal para paredes internas de academias, clubes, estádios e spas, o padrão Masisa Melamina Copa é produzido em MDP e pode ter 6 ou 18 mm de espessura

98 | Anuário do design brasileiro

O AcquaFloor, piso vinílico da Pertech, possui sistema Easy Clic, cuja instalação é feita por meio do encaixe das réguas, dispensando o uso de cola. O produto pode ser aplicado sobre pisos preexistentes e superfícies rígidas, como concreto, cerâmica, madeira e vinil


A Edição Rio (acima, à esq. e à pág. 86), da Oca, em tons metalizados, faz alusão às medalhas olímpicas: ouro, prata e bronze. Além disso, inclui o cobre para completar a gama de cores. Produzida com madeira teca maciça, está disponível em modelos de tijolinhos de 3 e 2 cm, pastilhas de 3 e 5 cm e um mix de ambos

Os pisos de bambu, da NeoBambu, possuem encaixe macho e fêmea e já vêm com acabamento pronto. A versão Bambu Demolição colorido é produzido a partir de fibras em alta pressão

Anuário do design brasileiro | 99


revestimentos I cimentícios

Série Elementos Vazados, linha Trama, da Castelatto. Os traços orgânicos criam desenhos que lembram o formato das ondas. A linha é indicada para compor tanto paredes internas quanto externas

Nuance, da Solarium, reveste paredes. Além do design atrativo, permite a circulação de ar a partir de linhas retas e curvas, que gera efeitos de luz e sombra. Medidas: 40 x 40 cm

100| Anuário do design brasileiro



cozinhas

Planejar É preciso Fabricantes de cozinhas planejadas apostam em design, tecnologia e personalização para levar ao consumidor projetos que correspondam ao seu perfil

102| Anuário do design brasileiro


A arquiteta Mari Ani Oglouyan mesclou armários da Kitchens com madeira de reflorestamento nesta cozinha. Nos armários inferiores, o MDF tem acabamento com laminado plástico e resina de alto brilho. Nos armários superiores, as portas são revestidas com vidro pintado. Em torno da ilha, com tampo de Corian®, fica a bancada feita de teca

Anuário do design brasileiro |103


esta boa acaba na cozinha.” A frase reflete um

“F

A ideia é acertar em cheio o gosto de perfis diver-

despojamento impensável algumas décadas

sos de consumidores. Quais? O natural, que prefere os

atrás, nas quais o espaço de preparo dos ali-

tons amadeirados, com texturas mais aconchegantes;

mentos ficava apartado da área social e era visto quase

o clássico, que privilegia o tom de madeira com alto

como extensão da área de serviço – fruto de uma he-

brilho, as lacas e os vidros; o moderno, que não se pre-

rança colonial. Hoje, quanta diferença! A cozinha ga-

ocupa com detalhes e preza a praticidade; e o vintage,

nha uma releitura em que se torna o “coração da casa”

que busca a valorização das memórias e cultua obje-

e, muitas vezes, surge integrada ao estar. Tal mudança

tos de família.

é, entre outras razões, resultado da tendência do co-

Além dos acabamentos e das formas, horizontais

cooning (encasulamento), em que os moradores gos-

ou verticais, outro trunfo das cozinhas planejadas são

tam de ficar em casa, por exemplo, para cozinhar com

as ferragens, a maioria delas ainda importada. Elas fa-

os amigos em rodas informais. Isso impactou na con-

cilitam a ocupação dos espaços e os movimentos das

cepção destes ambientes – dos eletrodomésticos ao

portas dos armários e das gavetas, que podem se abrir

mobiliário. Há maior preocupação ao escolher o que

com um simples toque e deslizar lentamente até fe-

irá compô-lo, e a indústria tem em mente uma palavra-

char, sem aquelas pancadas de barulho irritante. Re-

-chave para corresponder a este fato: personalização.

sultado: economia de tempo, melhor organização e

O mobiliário planejado atual, pode-se dizer, é um

mais conforto no dia a dia – e aos ouvidos – dos usu-

desdobramento dos módulos componíveis dos anos

ários. Fábricas especializadas nestes itens têm centros

1970. Só que, para responder às diferentes deman-

de pesquisa e desenvolvimento próprios, que apostam

das do mercado, o segredo dos fabricantes agora é

intensamente em tecnologia.

aproveitar cada centímetro do espaço disponível

Apesar de contar com equipe de design, algumas

com planejamento e diferentes materiais. É o caso

empresas brasileiras de mobiliário planejado para

de laminados plásticos ou de madeira, que permitem

cozinhas também se rendem às parcerias com desig-

o uso de cores ou alto brilho com boa durabilidade,

ners independentes. Umas para garantir um conceito

além do vidro, que continua em alta pela transparên-

autoral à produção, outras para obter melhor desem-

cia e facilidade de limpeza. Sem contar as superfícies

penho industrial. Tudo para oferecer a não estandar-

de resinas sintéticas misturadas a minerais naturais,

dização dos projetos, feitos sob medida para espaços

que fazem bonito nos espaços. Registra-se, ainda, o

os mais variados.

retorno do aço como matéria-prima das cozinhas, tão comum nos anos 1950 e 1960, direcionado a uma faixa intermediária do mercado. 104| Anuário do design brasileiro

Fontes: empresas do setor


Papaia é uma das 12 cores de vidro fosco da coleção Aloy Series, da Kitchens. Nesta cozinha, ele está nas portas dos armários basculantes, ao fundo. BP grafite compõe as demais estruturas, como a bancada em que o cooktop fica sobre uma prancha de MDF revestida de laminado de pedra. No detalhe, ferragem da Blum

Anuário do design brasileiro |105


Para compor a cozinha exibida na Mostra Artefacto 2012, a arquiteta Christina Hamoui optou pela Evviva Bertolini. Os móveis têm corpo de MDF padrão Nero, com sistema de amortecimento nas dobradiças. Sobre o balcão principal, tampo de Corian®

Neste modelo da Bontempo, feito de MDF e MDP, os volumes pretos têm revestimento melamínico Nero Trama, que faz alusão à textura de um tecido e combina bem com outros tipos de acabamento – como, acima, a pintura em alto brilho vermelha. Na parede, uma lâmina de madeira arremata o conjunto. Ela se repete nos nichos presentes na estante, também revestida de Nero Trama

106| Anuário do design brasileiro


Um toque retrô, moda atual. Bistrot é um modelo da Charm Collection, da Florense. A cozinha tem molduras usinadas em placas inteiras, sem emendas. O mobiliário de MDP recebeu pintura anticato, enquanto o grande nicho ao fundo e o tampo da ilha central são revestidos de Silestone preto


Projeto de Maithiá Guedes para a Segatto, no show room da empresa em São Paulo, SP. Folhas de nogueira forram as estruturas de MDF, com portas de vidro fosco e perfis de alumínio. O tampo da pia é de Silestone

De Marcelo Rosenbaum para Ornare, a linha Bola apresenta puxadores redondos, em dois tamanhos, de inspiração retrô. Estes itens podem ser nas cores preto, prata ou branco. Na composição abaixo, os tampos são de Corian®, e os móveis, de MDF

108| Anuário do design brasileiro


Foto: Carlos Edler

Armários em tons escuros, da Dell Anno, compõem esta cozinha projetada por Maira e José Pedro Maciel para a mostra Casa & Cia. (2011), de Porto Alegre, RS. De MDF com revestimento melamínico, o mobiliário tem, na estrutura, acabamento Chamalote Noir, criação do estilista Reinaldo Lourenço. As portas são de vidro. Peças coloridas incrementam o visual

Do escritório Edgar Casagranda Arquitetura para S.C.A., esta cozinha tem bancada de Corian®, que reúne cooktop e local de armazenamento. A grande báscula tem um sistema que mantém a porta na posição desejada. O acabamento da peça é em perfil de alumínio e vidro, com estampa de Renata Rubim

Anuário do design brasileiro |109


Da Coleção Vida, da Todeschini, esta cozinha tem ilha central revestida de Corian®, em um tom exclusivo desenvolvido pela DuPont. Nela, portas e gavetas são laqueadas na cor branco. Ao fundo, observa-se o mobiliário de tagliato com revestimento melamínico. O projeto foi fotografado na loja Parque Ibirapuera, em São Paulo, SP

110 | Anuário do design brasileiro


O mundo do design. O design do mundo

Há 15 anos, a principal publicação brasileira dedicada ao design

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eletrodomésticos

EM BUSCA DO MAIS NOVO Um tripé de conceitos orienta a indústria de eletrodomésticos no Brasil: design, inovação e sustentabilidade

Q

uando o consumidor escolhe um eletrodo-

portentosos, destinados a cozinhas gourmet. Estas são

méstico no varejo, leva para a casa, mesmo

uma tendência crescente nos projetos de arquitetura e

sem se dar conta, o fruto de muito desenvol-

decoração, que contribuem para a exploração criativa

vimento e pesquisa. Por mais que este segmento seja

dos produtos no espaço. No tocante às cores, a maioria

“globalizado”, diferenças culturais influem no dese-

dos fabricantes prefere apostar no tradicional branco

nho de alguns produtos. Por exemplo, as geladeiras

ou no clássico aço escovado. Mas há também iniciati-

– na Europa nelas não se guardam ovos; já na Índia,

vas pensadas para um nicho diferenciado, que usa o

a cor branca é sagrada e esses equipamentos devem

apelo de tons vibrantes em produtos com característi-

ter cores (exportávamos geladeiras vermelhas para

cas retrô ou até mesmo high-tech.

lá). De acordo com cada público, levando-se em con-

Algumas novidades tecnológicas capazes de al-

ta aspectos sócio-culturais regionais, todos buscam

terar de maneira positiva o dia a dia dos usuários?

aquele detalhe que fará o sucesso do produto. O de-

O fogão a gás que cozinha os alimentos no vapor e

sign, um dos principais fatores para agregar valor aos

proporciona uma vida mais saudável e saborosa;

produtos e marcas, fará toda a diferença.

ou refrigerador com tela touch screen que tem uma

No Brasil, grandes empresas multinacionais estão

central inteligente; produtos que reúnem diversos

presentes. Além de fabricar, mantêm centros de pes-

atributos e tecnologias voltadas à sustentabilidade,

quisa e desenvolvimento próprios, “traduzindo” pro-

com grande foco na redução do consumo. Hoje, ali-

jetos internacionais e criando novas soluções para o

ás, praticamente todos os eletrodomésticos têm selo

mercado local, as quais, muitas vezes, também são

do Inmetro que aponta seu consumo de energia, uma

exportadas para outros mercados.

preocupação cada vez mais presente para a decisão

Hoje, as tendências no segmento estão mais dire-

do consumidor.

cionadas a expressar tecnologia e funcionalidade, para

Também na produção, desde a concepção, já se

além dos aspectos estéticos, ainda que as peças se in-

pensa no meio ambiente ao levar em conta processos

tegrem à decoração da cozinha, das áreas de serviço

mais limpos de fabrico e o uso de materiais reciclá-

e até mesmo das salas. Há desde equipamentos mais

veis, do aço ao plástico. Afinal, esses bens duráveis,

compactos, voltados a cozinhas simples, até outros,

depois do descarte, têm de ser reaproveitados.

Fontes: empresas do setor

112 | Anuário do design brasileiro


Fabricada sob medida, a coifa modelo Lumi, da Tuboar, é também luminária acima do fogão. Tem filtros metálicos laváveis, tecnologia 100% nacional e alto poder de exaustão (até 1.900 m2/h)

Anuário do design brasileiro | 113


O Brastemp Laundry Center é composto de máquina de lavar (11 kg) e secadora a gás (17 kg), além de dois pedestais organizadores, que podem armazenar produtos e até roupas. Sensores inteligentes atuam de diferentes formas nos aparelhos. A função Eco Inteligente garante aos eletrodomésticos economia adicional de energia e gás

Refrigerador (352 l) e fogão são os novos itens da linha Retrô, da Brastemp. Os produtos, apresentam linhas arredondadas típicas dos anos 1950 e a antiga logomarca da empresa, por exemplo – sem deixar de lado inovações como o frost free no caso da geladeira, além de megachama, função grill e timer no fogão

114 | Anuário do design brasileiro


Com acabamento em inox, a coifa Facilite, da Consul, tem baixo nível de ruído e capacidade de sucção ideal para uma cozinha de até 19m2. Filtros de carvão ativado e de gordura permitem trabalhar tanto no modo exaustor quanto depurador, nos modelos com 60 cm (CA060) e 90 cm (CA090)

Com o freezer embaixo e a geladeira em cima, o Brastemp Inverse Maxi BRV80 (565 l), tem Central Inteligente com interface touchscreen e o exclusivo Smart Stock, para coordenar os itens na geladeira, por exemplo. Há ainda o Ice Maker, que produz até 24 bandejas de gelo sem precisar reabastecer o reservatório de água

Da Brastemp, a linha You, de produtos customizáveis, inclui o refrigerador Inverse. O consumidor pode definir, por meio do site da empresa, diferentes cores para diferentes partes da geladeira. Além disso, escolhe entre ter ou não estampa gráfica no interior do produto, como nas prateleiras de vidro, sorveteira e fruteira

Anuário do design brasileiro | 115


Dois fornos – um elétrico, outro a gás – permitem preparar diferentes receitas simultaneamente no fogão Blue Touch Nutri Vapor, da Electrolux. No a gás, pode-se cozinhar os alimentos com o vapor emitido a partir da água colocada em um dispenser junto aos queimadores. Há ainda um acessório de vidro, o Nutri Vapor, que ajuda a concentrar o vapor. Com apenas um toque, o painel aciona as funções do fogão

Com abertura superior, a lava e seca Electrolux Top Load Intelligent Sensor (12 kg) tem sensores que detectam a quantidade de água necessária para as roupas colocadas no cesto. Já o sistema Eco Enxágue economiza até 40% da água do enxágue. Além disso, o Eco Sensor identifica quando a roupa está seca e desliga a máquina

116 | Anuário do design brasileiro


O Infinity i-kitchen (542 l), da Electrolux, é um refrigerador interativo com monitor touch screen, que traz na memória 600 sugestões de pratos e bebidas. O painel dá acesso a programas diversos, além de servir de porta-retratos digital. Tem ainda o Espaço Express para gelar bebidas mais rápido. Já o icemaker produz gelo a toda hora

Criado pela GE/Mabe em parceria com o escritório Indio da Costa A.U.D.T., o refrigerador GE Frost Free RGS19 (505 l), da linha In.genious, exibe, na porta, um acesso que facilita pegar os itens mais procurados na geladeira. O painel eletrônico tem acabamento reflexivo, laterais cromadas e iluminação com LED para as funções eletrônicas do eletrodoméstico. É o caso da Express Chill Zone, que gela bebidas rapidamente

Anuário do design brasileiro | 117


acessórios pessoais

muito mais que acessórios O valor do design – sobretudo assinado – é essencial no setor de acessórios pessoais. Ele se volta aos que buscam, por meio das peças, uma identidade sintonizada com o que é atual

S

ão bolsas feitas a partir de escamas de peixes,

sam a sensação de que imprescindível, mesmo, é ter

sapatos que podem mudar de aspecto de acor-

determinado item, ou muito exclusivo, ou reconhecí-

do com a vontade do dono, xales trabalhados

vel pela marca que ostenta.

com corte a laser, que aproveitam a totalidade do

A maioria das empresas possui equipes internas de

tecido, óculos da última moda, sandálias de plástico

desenvolvimento e, por vezes, usufrui do trabalho de

reciclável, joias que exploram a riqueza de matérias-

designers renomados para fortalecer seus lançamen-

-primas encontradas no país. Eis exemplos atuais da

tos. Eles instigam os usuários, que apresentam grande

produção de acessórios pessoais no Brasil. Assim

potencial para absorver práticas e envolver-se com te-

como no mercado internacional, para além de neces-

mas atuais, caso da preocupação ambiental, além de

sários, assumem o papel de objetos de desejo, cole-

novas experiências de uso e de matérias-primas.

cionismo e estilo.

Associações nacionais, como a dos fabricantes de

Tal segmento movimenta a economia e faz surgir

componentes para calçados, têm investido em pesqui-

empresas brasileiras com destaque nos mercados in-

sas de tendências e de novos materiais para que seus

terno e externo, ainda que haja bastante espaço para

associados antecipem-se às necessidades das indús-

crescimento. As características marcantes em design

trias – que, em vez de recorrer à importação, podem

no setor são a pluralidade de materiais e tendências,

então empregar o que se tem à disposição no país. Se

que devem estar na vanguarda da indústria e dos for-

o couro de píton, de origem chinesa, está em evidên-

madores de opinião e tomadores de decisão.

cia, por que não substituí-lo pelo de avestruz ou tilápia

É a vez do show up das mulheres, à procura de uma

nacionais?

variedade de ornamentos capazes até de transformar

Temos ainda diversas pesquisas internacionais a

um look básico em um mais glamoroso. Por isso, bolsas

respeito. A empresa espanhola 01M OneMoment, por

de encher os olhos, feitas à mão e, às vezes, sob enco-

exemplo, inspirou-se nos habitantes da Amazônia, que

menda, encontram mercado. E trazem inovações nos

pintavam as plantas dos pés com borracha natural,

materiais: de madrepérolas a palha de milho, de strass

retirada das seringueiras, para chegar a uma espécie

a madeira, de pele de arraia à de novilhos. Tudo dentro

de “sapato natural”: ele descolaria do pé e se desman-

dos princípios eco, diga-se. Quanto mais diferenciado,

charia no ambiente. Ao empregar componentes 100%

melhor, nesta extensão do universo fashion. A busca

biodegradáveis, os pesquisadores visam à sustentabi-

por conceitos inéditos atende a um público ávido por

lidaade, mas também ao conforto e melhor ajuste aos

novidade, exclusividade e customização, que expres-

pés e à boa transpiração. O futuro promete!

Fontes: Centro Brasil Design; Serpui Marie , designer; Silvana Dilly, gerente de design da Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal); e Valdemar Iódice, presidente da Associação Brasileira de Estilistas (Abest) 118 | Anuário do design brasileiro


De elegância única, este colar é desenvolvido por Miriam Mirna Korolkovas a partir de cipós colhidos em parques urbanos das cidades brasileiras Anuário do design brasileiro | 119


Ao criar o colar Anima, a designer Alice Floriano imaginou a figura feminina que compensa a consciência masculina. De prata, é confeccionado a marteladas

Colar produzido com esferas de vidro de alta resistência, fio de prata e, opcionais, pequenas bolas metálicas separadoras. Design Rosa Steiner

A coleção Roberto Burle Marx por H.Stern presta uma homenagem ao paisagista. A pulseira da coleção Luz e Sombra tem elementos vazados de ouro para que o tom da pele contraste com o do metal

120| Anuário do design brasileiro


Bolsa Laranjal, da coleção Poética da Palha. Com design de Renato Imboisi, foi desenvolvida com a técnica de trançado de palha pelo grupo Tecendo História, da cidade de Cerro Azul (PR)

Anuário do design brasileiro | 121


Os óculos acima pertencem à coleção Tupiniquim, criação da equipe de designers da Chilli Beans, que lança mais de 10 modelos desse acessório por semana. A marca tem ainda parcerias com nomes da moda, como Alexandre Herchcowitch, Ronaldo Fraga e Isabela Capeto

A mochila Relax Pack, design de Marko Brajovic e André Poppovic, é produzida em lona de algodão e náilon. Seu diferencial é que se transforma em uma rede com mosqueteiro, ideal para acampamentos e viagens. Possui, ainda, compartimentos para armazenar equipamentos eletrônicos

122 | Anuário do design brasileiro


As Havaianas Arts coleção 2012/2013 (acima) trazem uma estampa feita por Henrique Lima e Julio Zukerman, da dupla Mulheres Barbadas. O trabalho remete aos quadrinhos, ao grafite e skate. A marca ainda apresenta alpercatas (abaixo), cujo solado é idêntico ao das tradicionais sandálias

Feitas à mão com couro de pirarucu, numa parceria entre Oskar Metsavaht e o Instituto-E, as bolsas Tote foram lançadas em 2011 pela Osklen. Assim como a matéria-prima, os tingimentos são de origem socioambiental certificada

Anuário do design brasileiro | 123


O calçado acima, da Ciao Mao, pertence a uma coleção inspirada nas guetas, tamancos japoneses. Nela, os modelos podem ser customizados com palas e lenços. Os abertos são mais altos, e as cepas são de madeira reflorestada. Possuem ainda tiras de couro mestiço amassado. Design Priscila Callegari

Madrepérolas (foto), conchas do mar, strass e madeiras de várias tonalidades são alguns dos materiais que a designer Serpui Marie emprega em suas bolsas

124 | Anuário do design brasileiro

Na pulseira Fluxo, de prata, Antonio Bernardo trabalhou o efeito óptico do escurecimento do metal. O corpo ondulante da joia é constituído por linhas salientes e sinuosas, espaçadas por sulcos afetados pelo efeito da oxidação


Peças da série Pauta, desenhadas com recortes a laser e termoadesivagem. Nessa técnica, o tecido é laminado com um adesivo para ser readesivado em outra superfície têxtil. Design Renata Meirelles

A sandália de plástico reciclável Melissa N° 1 é uma parceria da marca com o jovem estilista Pedro Lourenço. O modelo de salto, supersexy, integra a coleção verão 2013

Anuário do design brasileiro | 125


mETais E LOUÇAS SANItÁRIAS

banheiros: novos espaços de conforto Este ambiente da casa merece cada vez mais a atenção dos moradores, que lhe dão uma nova concepção. Ele se transforma em sala de banho, onde o que importa é o bem-estar

H

erdamos o conceito de banheiros como lugares

duchas espetaculares com todo o tipo de jato – inclu-

destinados à limpeza corporal, originário da

sive coloridos –, penduradores de toalhas com aque-

América do Norte – e por isto fizeram história

cimento, banheiras comandadas por controle remoto.

os ladrilhos brancos, a frieza hospitalar. Hoje, vigora a

Além disso, há ainda dispositivos para economia de

visão oriental, que considera o banheiro um local de

água, como os arejadores e sistemas de reuso do lí-

prazer, com materiais quentes, acessórios para o rela-

quido, uma preocupação cada vez maior entre os con-

xamento e, muitas vezes, integrado à natureza.

sumidores. Não se pode esquecer também, por outro

Esta nova concepção dos banheiros permitiu que

lado, a existência de torneiras de plástico cromado,

seus equipamentos se diversificassem, incorporas-

que atendem a camadas mais populares e regiões

sem materiais e cores. Consciente desta possibilida-

com maresia.

de de maior liberdade criativa, o segmento de metais

Em resumo, esse ambiente vai do minimalismo e

e louças sanitárias vive um boom, reforçado pelo bom

economia ao grande luxo e ostentação. Para não falar

momento da construção civil brasileira. Mais popula-

dos lavabos, fundamentais para a demonstração de

res ou mais luxuosos, os produtos atuais traduzem

status e estilo! Assim como as cozinhas, que já foram

maior preocupação da indústria com o design.

locais de portas fechadas, reduto de serviçais, e se

Nota-se um investimento maior nesse aspecto,

transformaram em espaços gourmet, os banheiros são

por parte das empresas, seja em seus departamen-

hoje chamados de salas de banho, voltadas ao bem-

tos internos de desenvolvimento ou em parceria com

-estar, com seus equipamentos que fazem as vezes

designers e arquitetos. A indústria procura alcançar

de peças de decoração.

os diferentes públicos, com soluções ora simples, ora

No entanto, não basta atender aos anseios do

sofisticadas, mas sempre com preocupação de entre-

consumidor, mas antecipar-se a eles. É desta postura

gar um produto capaz de atender às expectativas e

que nascem as inovações mundo afora, como o vaso

necessidades do comprador.

sanitário inteligente, que apresenta a função de bidê

O perfil do consumidor brasileiro, em geral, privi-

e emprega tecnologia capaz de fazer, por exemplo,

legia as linhas minimalistas em detrimento do orna-

subir ou descer o assento, aquecido ou não. Ou du-

mentalismo. O que não impede uma certa tendência

chas que permitem com um simples toque escolher

“retrô” e barroca nos metais dourados e de formas re-

o tipo de banho pretendido. Os banheiros de hoje,

buscadas! Mas o importante é o avanço tecnológico,

movidos pela ânsia de conforto e pela tecnologia, são

que incorpora sensores para a abertura de torneiras,

um interminável universo em expansão!

Fontes: empresas do setor 126 | Anuário do design brasileiro


No banheiro projetado pelo arquiteto Roberto Migotto, a presença do mármore piguês é marcante. O material reveste piso, paredes e está na bancada. Os metais são Deca. Boxe de vidro e marcenaria laqueada de branco completam o ambiente

Anuário do design brasileiro | 127


A Deca tem acabamentos foscos em várias de suas linhas de metais e louças sanitárias. É o caso da torneira preta e da cuba marrom

Lavatório Cinco, estendido, da Vallvé. Fabricado com resina, tem diversas opções de cores

128 | Anuário do design brasileiro


Chuveiro Deca Twin Spa. A intenção foi unir design e tecnologia. Possui opções de ducha e cascata, além de formato ultra-slim

Bacia Cubo, da Deca. Com linhas retas, está disponível com assentos de poliéster, nas cores branco-gelo e ébano

Chuveiro quadrado de embutir, com cromoterapia, da Altero. Além da função ducha, tem spray

Anuário do design brasileiro | 129


A cuba Drop, da Vallvé, tem desenho orgânico, inspirado no movimento da água. De resina polida, com 48 opções de cores

A linha Simetria foi desenvolvida pelo escritório Indio da Costa A.U.D.T. com exclusividade para a Fabrimar. De latão fundido, com acabamento superficial cromado, tem arejador embutido articulável

130| Anuário do design brasileiro

Da Eternit, ducha manual da linha especial com barra deslizante, que permite regular a altura. Há cinco opções de jato de água


Da Altero, o modelo cascata tem borda iluminada com LEDs que mudam de cor. O objetivo é proporcionar bem estar por meio da função cromoterápica

Misturador Uno, da Meber. O design evoca o numeral cardinal “um”. A peça está disponível em três diferentes medidas

Na linha Lumina, da Meber, o misturador tem sensor que mede a temperatura da água. A luz azul é para água fria e a vermelha, para quente. Já a mistura entre as duas temperaturas produz jato iluminado na cor violeta Anuário do design brasileiro | 131


A cuba Loft, da Incepa, pode ser de apoio ou de sobrepor. Aceita misturador de três furos, de apoio e de parede. Nas cores branco, biscuit e preto

Linhas retas e cores marcam a Stillo Colors, da Docol. Tem arejador embutido, que proporciona conforto no jato, evita respingos na cuba e desperdício de água

Misturador Waterfall, da Lorenzetti. O vidro e o fácil manuseio, feito com joystick, são os destaques da peça

132 | Anuário do design brasileiro


A cuba Laguna, da Sabbia, é de sandstone (mistura de areia e resina) e tem desenho inspirado nas dunas. As inclinações da peça são para facilitar o escoamento da água

A linha LorenQuadra, da Lorenzetti, pode ser de mesa ou de parede. A vedação cerâmica ¼ de volta (MVC) ajuda a reduzir o consumo de água

Anuário do design brasileiro | 133


e mais

Para tudo, design Definitivamente, o mundo mudou e continuará em transformação acelerada. Ao design, aliado à tecnologia, cabe o desafio de criar produtos capazes de melhorar os padrões da vida moderna

e objetos do cotidiano, como cadeados ou ca-

D

E o que dizer do setor automotivo? Graças à atrati-

pacetes de motociclistas, a equipamentos do

vidade do mercado doméstico e qualidade do parque

setor médico-hospitalar e de transporte, o de-

produtor, além da competência em engenharia auto-

sign está cada vez mais presente nas empresas brasi-

motiva, o país abriga importantes centros de desenvol-

leiras. E, com ele, a tecnologia anda lado a lado. Exem-

vimento em algumas das montadoras multinacionais

plos não faltam, em segmentos nos quais empresas

aqui instaladas. Há estruturas que representam inves-

com expertise tecnológico vão ao encontro de escritó-

timentos da ordem de centenas de milhões de dólares

rios de design que ajudem a traduzir seu know how

em instalações, equipamentos e recursos humanos.

em produtos inovadores.

Estas não só adaptam projetos globais a serem produ-

Veja-se o universo dos equipamentos médicos

zidos no país, mas desenvolvem produtos a partir do

atuais. Neles, comandos antes analógicos hoje são

mercado nacional que, por vezes, conquistam espaço

feitos por telas sensíveis ao toque. É possível ainda

também no mercado externo.

ter um pequeno aparelho que monitora o coração 24

Temos, ainda, novíssimos caminhões e ônibus ro-

horas por dia e, à distância, aciona uma central mé-

doviários, que exploram os aspectos formais e tam-

dica em caso de problema cardíaco. Ou um posto de

bém de conforto, segurança e preocupação com o

triagem que ajuda a identificar mais rapidamente os

meio ambiente. Mas não só os veículos que trafegam

males de pacientes nos hospitais, reunindo em um só

nas cidades ou nas estradas apresentam novidades. A

equipamento exames diversos. E já temos, também,

população rural também vê a inclusão do design. Mo-

um endoscópio produzido no Brasil. São equipamen-

dernas máquinas pulverizadoras, que evocam “trans-

tos que buscam atender ao mercado interno, mas tam-

formers” de filmes de ficção, trafegam pelas planta-

bém têm em vista a exportação.

ções guiadas por joystick, tela touch screen e GPS. Elas

No dia a dia, o convívio com a tecnologia também se

borrifam água e insumos a uma velocidade e precisão

dá, por exemplo, nos bancos, que usam a biometria nos

tais que deixam anacrônicos os jatos feitos por meio

caixas eletrônicos ou em módulos especialmente dese-

de voos de avião. É o design encarado como serviço,

nhados para cadastrar clientes. A biometria é utilizada

pela melhoria das condições de trabalho e de vida. Um

ainda em nosso sistema eleitoral e pode abrir ou fechar a

caminho que apresenta grandes oportunidades para o

porta de nossas casas por meio de fechaduras high-tech.

designer e para a indústria.

Fontes: escritórios de design, montadoras e Centro Brasil Design

134 | Anuário do design brasileiro


A linha de produtos para utilização da biometria no banco Bradesco, chamada PALMSECURE, foi projetada pelo escritório Indio da Costa A.U.D.T., que empregou policarbonato e ABS injetados. A tecnologia reduz fraudes financeiras em transações eletrônicas bancárias com a leitura da palma da mão

Anuário do design brasileiro | 135


O capacete modular EBF E8, injetado em ABS, compõe-se de casco, viseira e queixeira. O motociclista pode utilizá-lo fechado, com a viseira aberta, ou com a queixeira erguida, dando a sensação de um capacete aberto. Projeto da Questto|Nó

O jipe 4 x 4 Stark, da TAC Motors, conta com engenharia que permite pôr ou tirar os para-lamas, por exemplo, de acordo com o tipo do terreno. Outro diferencial é a carroceria recoberta com uma composição de fibra de vidro e ABS. Projeto Questto|Nó

O EcoSport, projeto da Ford brasileira, ganhou nova versão, desenvolvida para disputar o mercado global

Desenvolvido pelo Centro Estilo Fiat para a América Latina em parceria com o estúdio da marca na Itália, o Novo Uno aposta na personalização. Oferece kits de adesivos para a carroceria, além de diferentes opções de rodas de liga leve, por exemplo. O interior também pode ser customizado

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O retinógrafo Kiron, da Opto, é um equipamento de retinografia colorida para diagnóstico oftalmológico em alta definição. ABS injetado, painéis de alumínio e poliuretano expandido na área de contato do paciente com o equipamento foram os materiais empregados pelo escritório Design Connection. Os controles são feitos por meio de uma tela de touch screen

O ônibus rodoviário Audace, da Marcopolo, foi desenvolvido pela área de design da empresa. Seu exterior é futurista, com para-brisa e vidros colados, que ampliam a visibilidade para os passageiros e o motorista. O conjunto óptico tem LEDs nas luzes de direção e de posição, além de faróis de neblina opcionais. O interior oferece mais conforto aos usuários

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Slim e com 4 cm de diâmetro, o cadeado Node é feito de liga metálica zamac. Possui haste de aço flexível, que pode ser esticada ou dobrada de diferentes maneiras. Tem ainda segredo definido pelo usuário. Criação do escritório VRD Research/Brasil para Papaiz

Voltado à agricultura de precisão, o pulverizador Uniport 3030, da Jacto, tem desenho inspirado em um besouro. Com tração 4 x 4 e motor traseiro, tem joystick em vez de volante, além de tela de touch screen e GPS. Projeto Design Inverso

O monitor cardíaco Nexcor, da Corcam, parece um smartfone. Graças a uma placa inteligente, o usuário fica monitorado 24 horas a uma central médica da empresa. Ele detecta à distância problemas do coração, que passa por eletrocardiogramas. Design Chelles & Hayashi

O compacto Trius, da Tolife Produtos Médicos, é um posto de triagem de pacientes, que tem medidores integrados para a leitura automática de dados de glicosímetro, oxímetro, termômetro de tímpano e medidor de pressão. Design Dalvino Lapa Netto, da Proton Design

138 | Anuário do design brasileiro


Para a Agrale, o escritório Questto|Nó desenvolveu uma nova família de caminhões. Entre as principais características do projeto está o conceito de cabine única tanto para o modelo leve (6 t) quanto para o médio (15 t). Sua construção tem painéis independentes e interligados, de RTM e termoplásticos

No sistema de endoscópio Scopecare, da MM Optics, um único gabinete comporta o processador de imagens e a fonte de luz. Os comandos são feitos em um teclado de membrana tátil, em que o acionamento das funções é indicado por LEDs. Projeto do Design Connection

Eagle Digital, da Dabi Atlante, é um equipamento odontológico que possibilita a obtenção de raio X panorâmico de forma digital, sem filmes. Um misto de linhas retas e orgânicas distribuem-se nas partes feitas de alumínio, polímero e aço carbono. Projeto Tec Design

Anuário do design brasileiro | 139


materiais

é deles que surge o design Materiais de qualquer origem ou características: eles hoje determinam a forma dos objetos. Naturais, híbridos ou artificiais, da madeira aos plásticos, constituem um vasto universo à disposição dos designers

O

substantivo matéria-prima traz em si a ideia

materiais artificiais capazes de atender a qualquer

“do que vem primeiro” – e é a partir dela

sonho projetual. Policarbonatos, metacrilatos, poli-

que hoje nasce o design. Para além do for-

propilenos, poliamidas, entre outras resinas que não

malismo, com peças que podem ter curvas orgânicas

cessam de se modificar e crescer.

ou serem retilíneas, cabe aos designers pesquisar e

Também é enorme no Brasil o repertório das ma-

conhecer o material com o qual irão trabalhar. E é este

térias-primas naturais. Para citar algumas, há a borra-

conhecimento que lhes permitirá definir o ponto de

cha vulcanizada ou não, o couro, o barro, as fibras, o

partida – e o partido – de seu projeto. Foi-se o tempo

“isopor” produzido a partir do bagaço de mandioca...

em que o designer iniciava seu projeto pelos aspectos

No quesito híbridos, podemos citar os laminados e

formais para chegar a um resultado. Estes são, na lógi-

os aglomerados de madeira (estes com acabamen-

ca contemporânea, o resultado de uma série de fato-

tos diferenciados), as chapas feitas com descarte das

res, que vão da escolha do material, aos critérios eco,

embalagens “longa vida” ou superfícies que mesclam

os quais incluem redução de matéria-prima, descarte

resina acrílica e minerais naturais.

ou durabilidade, necessidade e utilidade.

“Quanto menos, melhor” é uma premissa a ser

A partir do momento em que sabemos que o de-

seguida, tendo em vista a bandeira da sustentabili-

sign é capaz de solucionar problemas, visando a me-

dade e da preocupação com o meio ambiente. Dito

lhoria de nossa qualidade de vida, e que é o material

isto, não nos esqueçamos que a beleza é também

que define a forma, o importante é respeitá-lo. Estar

fundamental, mesmo aquela não harmoniosa, que já

atento à sua natureza e especificidades. E, antes de

foi chamada de feiura.

mais nada, avaliar: a matéria-prima escolhida atende às expectativas do projeto? Para riqueza de nosso universo material surgiu, em 1909, a era do plástico com o baquelite, uma

A diretora de criação da empresa Herman Miller, Susan Lyon, sintetiza, em cinco características fundamentais, o que um material deve evocar: possibilidade, honestidade, economia, utilidade e prazer.

resina sintética criada por Leo Baekeland. Mais de 100 anos depois, temos um enorme repertório de 140| Anuário do design brasileiro

Fonte: acervo Arc Design


Centro de referência Quem deseja pesquisar materiais inovadores e de bem com a natureza encontra boas sugestões no site MateriaBrasil (www.materiabrasil.com), que exibe um acervo de materiais menos impactantes, produzidos prioritariamente no Brasil. O objetivo é apresentar opções responsáveis aos profissionais de pesquisa e desenvolvimento, com foco em inovação. A “materioteca” já conta com mais de 100 propostas – como o couro de pescada que ilustra esta página – e está em contínua ampliação. A iniciativa é resultado de uma parceria do escritório Fibra Design com a empresa Sistema Ambiental.

Originário dos resíduos da indústria pesqueira do Amazonas, o couro de pescada beneficiado pode ter tingimento natural. É oferecido na forma do peixe ou em chapas costuradas artesanalmente. Da Couro D’Água Amazônia


VegPlac é composto de fibras vegetais e resina biodegradável à base de óleo de mamona. Trata-se de uma mistura de fibras de pupunha descartadas durante corte do palmito com outras variadas. Da Kaapora

Fibra Design e Henrique Monnerat assinam o skate Folha Seca. É feito de BIOPlac, um compósito sustentável e não madeireiro formado por sete camadas de bambu e pupunha, intercaladas com trama de linho e coladas com adesivo vegetal

Bambu laminado e colado com cola biodegradável compõe o Boocase, case para iPhone. Sua produção mistura processos mecânicos e artesanais. Projeto da Casco e desenvolvimento da Fibra Design

142 | Anuário do design brasileiro

Policog é uma madeira plástica que substitui a convencional. Composta por resíduos de plásticos moídos e higienizados, pode ser usada na fabricação de bancos, marinas, deques, móveis, escadas e pisos. Segundo o fabricante, a principal vantagem é a resistência a intempéries e custo menor de manutenção. Da Cogumelo


Ultra Clear é um vidro com baixos teores de ferro em sua composição, o que lhe garante maior transparência. Pode ser usado em interiores ou em móveis planos e curvos – caso da poltrona Tarrafa, design Ilse Lang. Da Guardian

O Plástico Verde compõe-se de resina termoplástica feita a partir do eteno obtido do etanol da cana-de-açúcar. Suas propriedades são idênticas às do polietileno convencional, uma resina versátil. A vantagem é ser proveniente de fontes renováveis. Da Braskem

Bagaço de mandioca termoformada é a matéria-prima destas bioembalagens. São biodegradáveis e compostáveis. Podem ser utilizadas para alimentação animal no pós-uso. Da Desígnio Ecodesign

Anuário do design brasileiro | 143


Material termoplástico bastante empregado por conta de sua maleabilidade e resistência, o acrílico pode ser reciclado. O resultado são chapas com até 70% de matéria-prima reciclada. Da Uniplex

Transparente, a resina de policarbonato LEXAN™ tem propriedades mecânicas e térmicas, além de ser resistente a impactos. Também pode ter cores personalizadas. Sua aplicação se dá nas áreas de bens de consumo, construção civil e automotiva. Da Sabic

Material sólido, não poroso e que apresenta homogeneidade, o Corian® é composto de cerca de um terço de resina acrílica e dois terços de minerais naturais. Sua aplicação é variada. Esta versão do material, chamada Illumination Series, tem efeito translúcido. Da Dupont

144 | Anuário do design brasileiro


Condutor de eletricidade, Magira Light Points é um vidro laminado com LEDs em seu Interior que podem ser de quatro cores. Para o efeito luminoso, deve estar conectado à rede elétrica. Tem diversas aplicações, como design de interiores e mobiliário. Da Schott

O vidro reciclado da União Brasileira de Vidros – UBV usa de 30% a 50% de matéria-prima reciclada. Esta vem de empresas de reciclagem de vidros, que têm o suporte de cooperativas de coleta. Aplicado na construção civil, em móveis e utensílios.

Anuário do design brasileiro | 145


O Silestone by Cosentino (acima, à esq.) tem 94% de quartzo natural, o que lhe dá resistência, e proteção antibacteriana. É usado em bancadas de cozinha, banheiros, pisos e paredes. Há 60 cores e três acabamentos. Já o Eco by Cosentino (acima, à dir.) compõe-se de 75% de materiais reciclados, como espelho, vidro e porcelana; os outros 25% são restos de pedras naturais. Disponível em 10 cores

De aço ou alumínio, as resistentes chapas perfuradas podem ser aplicadas em diferentes tipos de projetos, como em móveis ou objetos. Com várias medidas, têm acabamento galvanizado ou pintado. Da Permetal

146 | Anuário do design brasileiro


Masisa Melamina é um painel de MDF revestido, em uma ou duas faces, com películas decorativas impregnadas com resinas melamínicas. O material impede o desenvolvimento de micro-organismos. Disponível em diversos padrões, como o Malbec Amaro, Malbec Cassis e Trama (acima, da esq. para a dir.), é empregado em móveis. Da Masisa

O MaDeFibra BP é um painel de madeira de média densidade, revestido com uma ou duas faces de laminado melamínico de baixa pressão. É usado em mobiliário e revestimentos. Há várias opções de acabamento, todas com proteção antibacteriana. Da Duratex

Anuário do design brasileiro | 147


prêmios e concursos

Incentivo ao talento nacional Concursos e prêmios são instrumentos importantes para promover a cultura do design entre empresários, profissionais e o mercado consumidor em geral. Confira a seguir alguns dos PRINCIPAIS EVENTOS realizados no país

Prêmio Alcoa de Inovação em Alumínio / Anual, desde 2002 – Profissionais e Estudantes PRÊMIOS

Tem por objetivo incentivar soluções criativas e ino-

Auditions Brasil / Bienal, desde 2002 – Profissionais e estudantes

vadoras em novos produtos, ou novas aplicações em

É o maior concurso de design de joias de ouro do mun-

mercial. Tema livre. www.alcoa.com/brazil

alumínio, que possam ser desenvolvidos em escala co-

do. Realizado no Brasil, na China, Índia, nos Emirados mular a inovação do design no setor, por meio do uso

Prêmio Bornancini / Bienal, desde 2006 – Profissionais e estudantes

de novas tecnologias. Ainda permite a projeção do

Organizado pela Associação dos Profissionais em

país no exterior como potencial fornecedor de capaci-

Design do Rio Grande do Sul, é orientado para a va-

dade técnica. www.auditionsbrasil.com.br

lorização do design gaúcho em geral. Suas categorias

Árabes e na África do Sul, um de seus objetivos é esti-

são: Gráfico, Digital, PDV, Joias, Embalagem, Interiores Prêmio Abilux Design de Luminárias / Bienal, desde 2001 – Indústria e profissionais

e Produto. www.apdesign.com.br

Criado pela Associação Brasileira da Indústria de Iluminação (Abilux), tem como alvo promover o se-

Prêmio Francal Top de Estilismo / Anual, desde 1995 – Profissionais e estudantes

tor de iluminação com premiação e divulgação das

Criado pela Francal Feiras, visa revelar novos criadores

empresas cujos produtos industrializados caracte-

para a indústria nacional de calçados e acessórios, qua-

rizem-se por trazer soluções criativas e eficientes.

lificar o segmento e elevar a competitividade do Brasil

www.abilux.com.br

no setor. www.francaltopdeestilismo.com.br

Prêmio ABRE da Embalagem Brasileira / Anual, desde 1990 – Indústria, profissionais

Prêmio IBGM de Design / Bienal, desde 1990 – Indústria, profissionais e estudantes

e estudantes

É um instrumento de incentivo e avaliação de novos ta-

Seu alvo é eleger as embalagens que se destacam pela

lentos, promovendo trabalhos dos expoentes do design

qualidade, tecnologia, design, funcionalidade e inova-

de joias no Brasil. A intenção do prêmio é promover o

ção. www.premioabre.org.br

desenvolvimento de uma marca Brasil. www.ibgm.com.br

148 | Anuário do design brasileiro


Prêmio IDEA Brasil / Anual, desde 2008 – Profissionais e estudantes Organizado pela Associação Objeto Brasil, é a seção brasileira do IDEA Awards. Orientado para a valorização do design brasileiro, tem premiação para categorias como: Pesquisa, Design de Serviço, Estratégia de Design, Comunicação, Entretenimento, Ambientes, Casa, Design de Interface, Médicos & Científicos, Embalagens, Acessórios Pessoais, Estudantes, Transportes, Joias e outras. www.ideabrasil.com.br/site

Prêmio Sebrae Minas Design / Bienal, desde 2008 – Profissionais e estudantes

Prêmio Nacional de Inovação (antigo Prêmio CNI) / Anual, desde 2005 – Indústria

A finalidade é estimular as micro e pequenas em-

Visa reconhecer as empresas brasileiras que investem

titivo. O concurso premia iniciativas que contribu-

em sistemas e técnicas voltadas ao aprimoramento da

am para a redução de custos, a potencialização de

gestão da inovação e na implementação de projetos

processos produtivos e o uso eficaz de recursos.

inovadores. www.premiodeinovacao.com.br

www.premiosebraeminasdesign.com.br

Prêmio Objeto Brasileiro / Bienal, desde 2008 – Profissionais e Estudantes

PRÊMIO TOP XXI DESIGN BRASIL / ANUAL desde 2007 – Indústria e profissionais

Promovido por A CASA – Museu do Objeto Brasileiro,

Promovido pela revista Arc Design, reconhece produ-

visa destacar e premiar o melhor da produção arte-

tos de criação e/ou fabricação nacional e os destaques

sanal contemporânea no Brasil. As inscrições podem

do ano entre profissionais, novos talentos e empresas.

ser feitas nas categorias: Produção Autoral, Produ-

Premia várias categorias de produto e outras como

ção Coletiva, Ação Socioambiental e Novos Projetos.

Inovação, Sustentabilidade, Conceitos e Branding.

www.premio.acasa.org.br

www.arcdesign.com.br/top21

presas a adotar o design como diferencial compe-

Anuário do design brasileiro | 149


Prêmio e Concurso House & Gift de Design / Anual, desde 1999 – Indústria,

DESDE 2007 – ESTUDANTES

profissionais e estudantes

Aberto a profissionais recém-formados e estudantes

Premiação realizada pela feira de mesmo nome com

do terceiro grau dos cursos de arquitetura, design e

foco no design brasileiro para o segmento de utili-

áreas afins. Dentro do tema/desafio proposto a cada

dades domésticas. Suas categorias são: Gadgets Do-

edição, os projetos apresentados devem empregar

mésticos, Eletrodomésticos, Iluminação, Mobiliário,

como matéria-prima painéis de MDF ou MDP produzi-

PDV, Têxteis e Utilidades Domésticas.

dos pela Masisa. www.masisa.com.br

CONCURSO DESIGN ESTUDANTES MASISA / ANUAL,

www.grafitefeiras.com.br Prêmio e Concurso Museu da Casa Brasileira (MCB) / Anual, desde 1986 – Indústria, profissio-

Concurso Salão Design / Anual, desde 1989 – Indústria, profissionais e estudantes Realização do Sindmóveis, de Bento Gonçalves (RS),

nais e estudantes

o evento é paralelo às feiras Movelsul e Casa Brasil.

A realização é do museu homônimo, com o patrocínio

Trata-se do maior concurso de design de mobiliário da

da Secretaria de Estado da Cultura do Governo do Esta-

América Latina. Nas últimas edições, o concurso foi as-

do de São Paulo. Inicialmente focado nos equipamentos

sociado a um tema de projeto específico.

para o hábitat, atualmente volta-se para a valorização do

www.sindmoveis.com.br

design brasileiro em geral. Suas categorias são: Mobiliáeletrônicos, Equipamentos de Construção, Equipamentos

Concurso Talento Volkswagen Design / Anual, desde 1998 – Estudantes

de Transporte, Trabalhos Escritos Publicados. São avalia-

A cada ano propõe desafios/temas a serem desenvol-

dos produtos e protótipos. www.mcb.sp.gov.br

vidos pelos participantes inscritos, em duas categorias:

rio, Utensílios, Iluminação, Têxteis, Equipamentos Eletro-

Color&Trim e Shape. www.vwbr.com.br/talento2012 Concursos Concurso de Cartaz Museu da Casa Brasileira

150| Anuário do design brasileiro

(MCB) / Anual, desde 1995 – Profissionais

Concurso Universitário Tok&Stok / Anual, desde 2006 – Estudantes

e estudantes

A rede de lojas procura, por meio dessa iniciativa,

Por meio deste concurso é escolhido o cartaz para a

estimular os estudantes brasileiros a praticarem o

promoção de cada edição do Prêmio Museu da Casa

design de mobiliário. O concurso é pautado por um

Brasileira (MCB), juntamente com sua identidade visual.

tema de projeto específico a cada edição.

www.mcb.sp.gov.br

www.tokstok.com.br



como encontrar Adélia Borges www.adeliaborges.com Agrale (54) 3238-8000 Caxias do Sul (RS) www.agrale.com.br Alfio Lisi (19) 3571-6255 Leme (SP) www.alfiolisi.com.br Alice Floriano (51) 9739-9789 Porto Alegre (RS) www.alicefloriano.com Allê Design (54) 2105-5929 Bento Gonçalves (RS) www.alledesign.com.br A Lot Of (11) 3068-8891 São Paulo (SP) www.alotof.com.br Altero (51) 3559-1000 Sapiranga (RS) www.altero.com.br André Lobo (21) 2537-9790 Rio de Janeiro (RJ) www.indiodacosta.com André Poppovic (11) 3024-2670 São Paulo (SP) www.ozdesign.com.br Anfacer (11) 3289-7555 São Paulo (SP) www.anfacer.org.br Antonio Bernardo 0800-021-7045 www.antoniobernardo. com.br Ari Lyra arilyra@terra.com.br Arquivo Contemporâneo (21) 2227-9120 Rio de Janeiro (RJ) www.arquivocontemporaneo.com.br

152 | Anuário do design brasileiro

Auresnede Pires Stephan apsdesign@uol.com.br Baba Vacaro (11) 3021-5646 São Paulo (SP) www.babavacaro.com

Casco cascoobjetos.com.br Castelatto (11) 4416-6909 Atibaia (SP) www.castelatto.com.br

Bernardo Senna (21) 9753-7938 Rio de Janeiro (RJ) bernardosenna.com

Centro Design Paraná (41) 3018-7332 Curitiba (PR) www.centrodesign. org.br

Bertolucci (11) 3873-2879 São Paulo (SP) www.bertolucci.com.br

Cerâmica Atlas (19) 3673-9600 Tambaú (SP) www.ceratlas.com.br

Bertussi Design (51) 3086-0026 Porto Alegre (RS) www.bertussidesign. com.br

Ceusa (48) 3441-2000 Urussanga (SC) www.ceusa.com.br

Colormix (11) 3049-1947 São Paulo (SP) www.colormix.com.br Conceito Firma Casa (11) 3068-0380 São Paulo (SP) www.conceitofirmacasa. com.br Consul (11) 3003-0777 São Paulo (SP) www.consul.com.br

Design Inverso (47) 3028-7767 Joinville (SC) www.designinverso. com.br

Elisabeth Fonseca (22) 2523 9329 Nova Friburgo (RJ) www.gilbertoeelizabeth.com.br

Desígnio Ecodesign (14) 3882-1130 Botucatu (SP) www.designioecodesign.com.br

EM2 Design (21) 2259-3720 Rio de Janeiro (RJ) www.em2design.com.br

Docol 0800-474-333 www.docol.com.br

Corcam (11) 3294-7667 São Paulo (SP) www.corcam.com.br

Dominici (11) 3087-7788 São Paulo (SP) www.dominici.com.br

Chelles & Hayashi (11) 5573-3470 São Paulo (SP) www.design.ind.br

Couro D’Água Amazônia (92) 9982-8223 Manaus (AM) www.courodaguaamazonia. com.br

Domingos Tótora (35) 3662-1328 Maria da Fé (MG) www.domingostotora. com.br

Bradesco 0800-704-8383 www.bradesco.com.br

Chilli Beans (11) 3818-3030 São Paulo (SP) loja.chillibeans.com.br

Coza (54) 2101-5600 Caxias do Sul (RS) www.coza.com.br

Brasigran (27) 2124-4700 Serra (ES) www.brasigran.com.br

Ciao Mao (11) 3819-1768 São Paulo (SP) www.ciaomao.com

Cyntia Malaguti cyntiamalaguti@uol. com.br

DuPont 0800-17-1715 www2.dupont.com/ Brazil_Country_Site/ pt_BR/

Braskem (11) 3576-9000 São Paulo (SP) www.braskem.com.br

Claudia Moreira Salles (11) 3167-6173 São Paulo (SP) www.claudiamoreirasalles.com

Dabi Atlante (16) 3512-1212 Ribeirão Preto (SP) www.dabiatlante.com.br

Duratex (11) 3179-7733 São Paulo (SP) www.duratex.com.br

Deca 0800-011-7073 www.deca.com.br

EBF Helmets (19) 3825-4460 Indaiatuba (SP) www.ebfcapacetes. com.br

Bontempo (54) 3291-8300 São Marcos (RS) www.bontempo.com.br

Brastemp (11) 3003-0099 São Paulo (SP) www.brastemp.com.br Brunno Jahara (11) 2768- 8232 São Paulo (SP) www.brunnojahara.com Butzke (47) 3312-4000 Timbó (SC) www.butzke.com.br Carlos Motta (11) 3032-4127 e 3815-9228 São Paulo (SP) www.carlosmotta.com. br

Claudio Novaes (11) 3081-0955 São Paulo (SP) www.claudionovaes. com.br Cogumelo (21) 3408-9000 Rio de Janeiro (RJ) www.cogumelo.com.br Coletivo Amor de Madre (11) 3061-9384 São Paulo (SP) www.coletivoamordemadre.com

Dell Anno (54) 3455-4444 Bento Gonçalves (RS) www.dellanno.com.br Desenho Design (81) 3326-4264 Recife (PE) www.desenhodesign. com.br Design Connection (11) 4337-1228 São Bernardo do Campo (SP) www.designconnection. com.br

Dpot (11) 3082-9513 São Paulo (SP) www.dpot.com.br

Eduardo Baroni (21) 2204-0330 Rio de Janeiro (RJ) www.eduardobaroni. com Eletrolux 0800-728-8778 www.electrolux.com.br Eliane (48) 3447-7777 Cocal do Sul (SC) www.eliane.com

Enrico Morteo enrico.morteo@gmail. com Estudiobola (11) 3129-8257 São Paulo (SP) www.estudiobola.com Estúdio Jacqueline Terpins (11) 3872-4497 São Paulo (SP) www.terpins.com Eternit 0800-021-1709 www.eternit.com.br Eucatex 0800-17-2100 www.eucatex.com.br Evviva Bertolini (54) 2102-8500 Bento Gonçalves (RS) www.evviva.com.br Fabrimar (11) 5097-9777 São Paulo (SP) www.fabrimar.com.br Falmec (11) 3083-7055 São Paulo (SP) www.falmec.com.br Faro Design (51) 3333-1715 Porto Alegre (RS) www.farodesign.com.br Felipe Rangel (21) 2537-9790 Rio de Janeiro (RJ) www.indiodacosta.com Fernando e Humberto Campana (11) 3825-3408 São Paulo (SP) www.campanas.com.br


Fernando Prado (11) 5522-1988 São Paulo (SP) www.lumini.com.br Fetiche Design (41) 3024-5518 Curitiba (PR) www.fetiche.com.br Fiat 0800-282-1001 www.fiat.com.br Fibra Design (21) 2233-3126 Rio de Janeiro (RJ) fibradesign.net Finish (21) 2429-8196 Rio de Janeiro (RJ) www.finish-br.com.br Flávia Pagotti Silva (11) 3773-7337 São Paulo, SP www.flaviapagottisilva. com Flávia Rocha Faria (31) 8471-5778 Casa Branca (MG) flavia.rocha.faria@ gmail.com Flexiv (11) 3068-0068 São Paulo (SP) www.flexiv.com.br Florense 0800-970-0053 www.florense.com.br Ford 0800-703-3673 www.ford.com.br Futon Company (11) 3083-6212 São Paulo (SP) www.futon-company. com.br Galeria das Lonas (11) 5549-8311 São Paulo (SP) www.galeriadaslonas. com.br Gail (11) 2423-2600 Guarulhos (SP) www.gail.com.br

Galeria das Lonas (11) 5549-8311 São Paulo (SP) www.galeriadaslonas. com.br GE 0800-11-5151 www.geeletrodomesticos.com.br Gilberto Paim (22) 2523 9329 Nova Friburgo (RJ) www.gilbertoeelizabeth.com.br Giroflex Forma 0800-55-2468 www.giroflexforma. com.br Guardian (11) 5505-6659 São Paulo (SP) www.guardianbrasil. com.br Guinter Parschalk (11) 3872-9919 São Paulo (SP) www.studioix.com.br Guto Índio da Costa (21) 2537-9790 Rio de Janeiro (RJ) www.indiodacosta. com Guto Requena (11) 2528-1700 São Paulo (SP) www.gutorequena. com.br Gyotoku (11) 4746-5010 Suzano (SP) www.gyotoku.com.br Havaianas (11) 3003-3414 São Paulo (SP) loja.havaianas.com.br Henrique Monnerat www.henriquemonnerat.com H.Stern (11)2106-0001 São Paulo (SP) www.hstern.com.br

Ilse Lang (51) 3333-1715 Porto Alegre (RS) www.farodesign.com.br

La Lampe (11) 3069-3949 São Paulo (SP) www.lalampe.com.br

Iluminar (31) 3284-0000 Belo Horizonte (MG) www.iluminar.com.br

Lanzi (19) 3891-9800 Mogi Guaçu (SP) www.lanzi.com

Imaginarium (48) 3205-6410 São José (SC) loja.imaginarium.com.br

Lattoog Design (21) 2512-6182 Rio de Janeiro (RJ) www.lattoog.com

Incepa 0800-701-1510 www.incepa.com.br

Lorenzetti 0800-016-0211 www.lorenzetti.com.br

Indusparquet (15) 3285-5000 Tietê (SP) www.indusparquet. com.br

Luciana Martins e Gerson de Oliveira (11) 3045-0309 São Paulo (SP) www.ovo.art.br

Instituto-E www.institutoe.org.br Instituto Harmonia na Terra (11) 97621-9710 Cotia (SP) www.harmonianaterra. org.br Isabela Vecci (31) 3337-1715 Belo Horizonte (MG) www.veccilansky.com. br Jacto (14) 3405-2100 Pompeia (SP) www.jacto.com.br Jader Almeida (48) 8452-6457 Florianópolis (SC) www.jaderalmeida.com José Marton (11) 2666-5555 São Paulo (SP) www.martonemarton. com.br Kaapora Design kaaporadesign@gmail. com Kitchens 0800-11-4142 www.kitchens.com.br/

Luiz Pedrazzi (11) 3331-3185 São Paulo (SP) www.pedrazzidesign. com.br Lumini (11) 3898-0222 São Paulo (SP) www.lumini.com.br Iluminar (31) 3284-0000 Belo Horizonte (MG) www.iluminar.com.br Maithiá Guedes (11) 3079-1294 São Paulo (SP) www.maithiaguedes. com.br Mana Bernardes (21) 8181-5652 Rio de Janeiro (RJ) www.manabernardes. com.br Marcelo Lobo Barroca (21) 9992-3226 Rio de Janeiro (RJ) Marcelo Rosenbaum (11) 3082-6383 São Paulo (SP) www.rosenbaum.com.br

Marcenaria Artífice (19) 3555-3222 Leme (SP) Marcopolo (54) 2101-4000 Caxias do Sul (RS) www.marcopolo.com.br Marcos Roismann e Poliana Feliconio (11) 2533-1800 São Paulo (SP) www.theledproject. com.br Mari Ani Oglouyan (11) 3877-0466 São Paulo (SP) www.ogas.com.br Marko Brajovic (11) 2371-9206 São Paulo (SP) www.markobrajovic. com

Mosaik (31) 3264-6075 Belo Horizonte (MG) www.mozaik.com.br Mosarte (48) 3345-3000 Tijucas (SC) www.mosarte.com.br Moshe Gorban e Eduardo Dutra (11) 3729-7989 São Paulo (SP) www.ledtecbrasil.com Nada se leva (11) 8155-0003 e 9345-4604 São Paulo (SP) www.nadaseleva.com.br Neobambu (11) 5565-9029 São Paulo (SP) www.neobambu.eco.br

Marton + Marton (11) 2666-5555 São Paulo (SP) www.martonemarton. com.br

Nido Campolongo (11) 3667-4083 São Paulo (SP) www.nidocampolongo. com.br

Masisa (41) 3219-1850 Curitiba (PR) www.masisa.com

Oca Brasil (11) 3031-4589 São Paulo (SP) www.oca-brasil.com

Maurício Arruda (11) 3159-0396 São Paulo (SP) mauricioarruda.net

Opto (11) 2101-0500 São Paulo (SP) www.opto.com.br

Meber (54) 3055-2225 Bento Gonçalves (RS) www.meber.com.br

Ornare (11) 4615-4244 São Paulo (SP) www.ornare.com.br

Melissa 0800-979-8898 www.lojamelissa.com.br

Osklen www.osklen.com.br

Miriam Mirna Korolkovas (11) 9947-2177 São Paulo (SP) www.mmkorolkovas. com.br MM Optics (16) 3411-5060 São Carlos (SP) www.mmo.com.br

<OU> (54) 2101-9090 Caxias do Sul (RS) www.ou.com.br Palimanan (11) 3064-0617 São Paulo (SP) www.palimanan.com.br Papaiz (11) 4093-5100 Diadema (SP) www.papaiz.com.br

Anuário do design brasileiro | 153


Paulo Mendes da Rocha (11) 3259-3175 São Paulo (SP) Pedro Braga Design Tel. (21) 8842-5955 Rio de Janeiro (RJ) www.fb.com/pedrobragadesign Pedro Lourenço www.pedrolourenco. com Permetal (11) 2823-9200 Guarulhos (SP) www.permetal.com.br Pertech 0800-773-9600 www.pertech.com.br Portinari 0800-701-7801 www.ceramicaportinari. com.br Portobello 0800-648-2002 www.portobello.com.br Proton Design (11) 2231-3161 São Paulo (SP) www.protondesign. com.br Punch (21) 2233-5061 Rio de Janeiro (RJ) www.punchdesign. com.br Questto/Nó (11) 3875-5552 São Paulo (SP) www.questtono.com Quadrante Design (98) 4009-7810 São Luís (MA) www.quadrantedesign. com.br Regis Padilha (54) 3286-6241 Gramado (RS) www.regispadilha. com.br

Renata Rubim (51) 3330-3571 Porto Alegre (RS) www.renatarubim. com.br Renata Meirelles (11) 3032-0077 São Paulo (SP) www.renatameirelles. net Renato Imbroisi (11) 8221-8992 São Paulo (SP) www.renatoimbroisi. com.br Resinfloor (11) 3822-0858 São Paulo (SP) www.resinfloor.com.br Riva 0800-606-1600 www.riva.com.br Roberto Migotto (11) 2344-4490 São Paulo (SP) www.robertomigotto. com.br Rosa Steiner (11) 98456-9824 São Paulo (SP) Rubens Simões (54) 3227-1200 Caxias do Sul (RS) www.riva.com.br Ruth Fingerhut (48) 3211-8133 Florianópolis (SC) ruthmff@hotmail.com Sabic (11) 3781-1000 Campinas (SP) www.sabic-ip.com.br Sabbia (48) 3263-7070 Tijucas (SC) www.sabbia.com.br Saccaro 0800-541-1199 www.saccaro.com.br

S.C.A. (54) 2102-2200 Bento Gonçalves (RS) site.sca.com.br

Studio HAZ (11) 3266-5756 São Paulo (SP) www.hazdesign.com.br

Uniplex (18) 3652-1079 Penápolis (SP) www.uniplex.com.br

SCHOTT (11) 4591-0288 Itupeva (SP) www.schott.com/brazil

Studio Marmo (19) 3545-2453 Santa Gertrudes (SP) www.studiomarmo. com.br

Vallvé (11) 3060-2442 São Paulo (SP) www.vallve.com.br

Schuster Móveis & Design (55) 3541-1399 Santo Cristo (RS) www.moveis-schuster. com.br Securit (11) 2088-7044 Guarulhos (SP) www.securit.com.br Segatto (11) 3088-6924 São Paulo (SP) www.segatto.com.br Seivarte 46) 3262-3786 Palmas (PR) seivarte.com.br Serpui Marie (11) 3873-3095 São Paulo (SP) www.serpuimarie. com.br Sergio Rodrigues (21) 2539-0393 Rio de Janeiro (RJ) www.sergiorodrigues. com.br Silestone by Cosentino (27) 3348-8366 Serra (ES) www.silestone.com/br Sistema Ambiental (11) 3263-0834 São Paulo (SP) www.sistemambiental. com.br Solarium 0800-774-4747 www.solariumrevestimentos. com.br St. James (11) 2955-5344 São Paulo (SP) www.saintjames.com.br

154 | Anuário do design brasileiro

TAC Motors (47) 3027-8150 Joinville (SC) www.tacmotors.com.br Tarkett Fademac 0800-119-122 www.tarkett.com.br Tec Design (41) 3352-0234 Curitiba (PR) www.tecdesign.com.br Thiago Maia thiago@fibradesign.net Tina e Lui Design (51) 3237-2353 Porto Alegre (RS) www.historiasnagaragem.com.br Todeschini 0800-979-0210 www.todeschinisa. com.br Tok&Stok 0800-701-0161 www.tokstok.com.br Tolife (31) 2512-2600 Belo Horizonte (MG) www.tolife.com.br Tramontina (54) 3461-8000 Carlos Barbosa (RS) www.tramontina.com.br Tuboar (11) 5562-5060 São Paulo (SP) www.tuboar.com.br União Brasileira de Vidros – UBV (11) 2164-7000 São Paulo (SP) www.vidrosubv.com.br

Via Rosa (19) 3429-7000 Piracicaba (SP) www.viarosa.com.br Vidrotil 0800-119-971 www.vidrotil.com.br Villagres (19) 3545-9000 Santa Gertrudes (SP) www.lojavillagres. com.br Vimoso (21) 3654-3655 Rio de Janeiro (RJ) www.vimoso.com.br VRD Research www.vrdresearch.com americas@vrdresearch. com Wagner Arquela www.wagnerarchela. com.br Wall Lamps (11) 3064-8395 São Paulo (SP) www.wallamps.com.br Zanini de Zanine (21) 2233-5061 Rio de Janeiro (RJ) www.studiozanini. com.br


designers do Brasil www.arcdesign.com.br/indexdesigners

O Índex Designers do Brasil visa contribuir para aproximação entre os profissionais e as indústrias. Nesta primeira edição, nosso foco está, prioritariamente, nos escritórios que atuam na criação e desenvolvimento de produtos. A área de atuação dos escritórios divulgados, assim como todas as demais informações, foram fornecidas diretamente por estes e acatadas para efeito de publicação neste Anuário. A participação é gratuita e o convite aos escritórios de design foi divulgado pelos canais de comunicação dos realizadores e de seus parceiros. Nas próximas edições, iremos incluir outras áreas de atuação do design e ampliar o universo de escritórios participantes. Para garantir maior facilidade de acesso e visibilidade, o material também está disponível em versão digital pela internet, no site dos realizadores. A produção do Index Designers do Brasil é uma co-realização da revista Arc Design e do Centro Brasil Design.

www.arcdesign.com.br

www.cbd.org.br Anuário do design brasileiro | 155






BAHIA

Overbrand Design Ano de fundação: 2006 Contatos: Mário Bestetti Tel. (71) 3359-9852, Salvador, BA www.overbranddesign.com.br contato@overbranddesign.com.br

MARANHÃO

Quadrante Design Ano de fundação: 1992 Contatos: José Antonio Ramos Júnior e João Rocha Raposo T el. (98) 4009-7810, São Luís, MA www.quadrantedesign.com.br marcelo@quadrantedesign.com.br

MINAS GERAIS

Claudia Araujo Tecelagem Manual Ano de fundação: 1997 Contatos: Claudia Araujo Tel. (35) 3735-1710, Caldas, MG www.claudiaaraujo.com.br claudia@claudiaaraujo.com.br

CUCAMPRE Ano de fundação: 2009 Contatos: Olavo Machado Neto T el. (11) 3020-6813 www.cucampre.com info@cucampre.com

Domingos Tótora Estúdio de Arte e Design Ano de fundação: 2007 Contatos: Domingos Tótora Tel. (35) 3662-1328, Maria da Fé, MG www.domingostotora.com.br contato@domingostotora.com.br

GrãoStudio Ano de fundação: 2006 Contatos: Cristiano de Magalhães Tel. (31) 3492-9693, Belo Horizonte, MG www.graostudio.com atendimento@graostudio.com

160| Anuário do design brasileiro

Empresa de consultoria de design e gestão especializada em design estratégico, que associa cultura, tecnologia, planejamento e pesquisa de materiais. Principais clientes: Sebrae-BA, Sebrae-MS, Petrobras-SE, Instituto Aliança, IBENS, CAR, Sescap-BA, UFRB, FEA-UFBa, Cooperafis, Linearc Prime e Senai-BA.

Atua nas áreas de design gráfico, identidade visual, gestão e estratégia de marcas, design de embalagens e de produtos. Principais clientes: Vale, Potiguar Home Center, Terrazoo e Supermercados Maciel.

Confecciona tapetes exclusivos e sob medida em tear manual, com materiais reciclados e resíduos industriais. Principais clientes: Vallvé, Interbagno, Inove, Sacco Carpets, Moroso e Tabriz.

Desenvolve produtos para clientes do setor moveleiro, metalúrgico e elétrico.

Cria peças com papelão reciclado, transitando entre a arte e o design. As peças remetem às cores da natureza, lembrando cascas de árvore, pedras e terra. Principais clientes: Dpot, Hill House, Gabinete Duílio Sartori, Benedixt e Interni.

Especializado em produtos tecnológicos, eletromédicos e eletrônicos. Principais clientes: Seva Engenharia Eletrônica, Nansen Instrumentos de Precisão e Fundação de Inovação Tecnológica – FITec.


MINAS GERAIS

Isabela Vecci Ano de fundação: 1991 Contatos: Isabela Vecci Tels. (31) 3337-1715 e 3291-8536, Belo Horizonte, MG veccilansky.com.br isabelavecci@uol.com.br

New360 Ano de fundação: 1999 Contatos: João Delpino, Angela Dourado e Daniel Francesco Landini Tel. (31) 2108-2222, Belo Horizonte, MG www.new360.com.br new360@new360.com.br

Origem Design Ano de fundação: 2010 Contatos: Pedro Alexandre de Oliveira Vieira Tel. (32) 3531-5651, Ubá, MG www.origemdesign.com origemdesign@hotmail.com

Porfírio Valladares Ano de fundação: 1980 Contatos: Denise Rodrigues de Souza Tel. (31) 3287-3423, Belo Horizonte, MG www.porfiriovalladares.com porfiriovalladares@gmail.com

Quantum Design Ano de fundação: 2006 Contatos: Fernando Casanova Tel. (31) 3495-0573, Belo Horizonte, MG www.quantumdesign.com.br contato@quantumdesign.com.br

Quatter Design & Arquitetura Ano de fundação: 2000 Contatos: Paulo Miranda Tel. (31) 3285-5957, Belo Horizonte, MG www.quatter.com.br info@quatterdesign.com.br

Desenvolve projetos de urbanismo, arquitetura e design em distintas escalas: planejamento de desenho urbano, arquitetura e design de interiores, mobiliário e brinquedos. Principais clientes: institucionais, da área cultural, educacional e gastronômica (restaurantes e bares), lojas, indústrias de móveis e governos.

Cria produtos amigáveis, embalagens sonoras, eventos, marcas e até anúncios comestíveis. Principais clientes: Sistema FIEMG, Governo de Minas Gerais, Estrada Real, Devex, Fumec, Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, Anglo Gold, Grupo Libertas e GlobalBev.

Atua nas áreas de design gráfico e de produto, principalmente no setor moveleiro. Principais clientes: Sier Móveis, Móveis Itatiaia, MRV Engenharia e ValdeMóveis.

Escritório de arquitetura e design, com foco na criação de mobiliário. Principais clientes: lojas de móveis no Brasil e exterior.

Seu foco é a gestão do design. Trabalha nas áreas de design gráfico e de produto. Principais clientes: Leucotron, Tuma Industrial, Biometrus, Biotron, Sebrae-MG e Fiat-Isvor.

Especializado em design industrial, com destaque para desenvolvimento projetual, processos industriais, análise, seleção e aplicação de materiais. Principais clientes: Seva Engenharia Eletrônica, Trancil, BrasAlimentos, Ecovec, ControlMax, Sada Forjas e Skiny.

Anuário do design brasileiro | 161


PARÁ

Ekoara Ano de fundação: 2005 Contatos: Patricia Urayama Serafim Tels. (91) 3277-3864 e 3231-3461, Belém, PA www.ekoara.com.br patricia@ekoara.com.br

PARAÍBA

Studio Sérgio J. Matos Ano de fundação: 2010 Contatos: Sérgio J. Matos Tels. (83) 3063-2366, 9920-3166 Campina Grande, PB www.sergiojmatos.com studiosergiojmatos@hotmail.com

PARANÁ

Dangelo Di Ano de fundação: 2008 Contatos: Rodrigo Dangelo Tel. (41) 3033-0133, Curitiba, PR www.dangelodi.com.br contato@dangelodi.com.br

Desfiacoco Artedesign Ano de fundação: 2004 Contatos: Gustavo Engelhardt Tel. (41) 3027-5239, Curitiba, PR www.desfiacoco.com desfiacoco@desfiacoco.com

Designo Design Ano de fundação: 2001 Contatos: Rubens Ferreira e Maria Fernanda Vazzi Tels. (43) 3341-9809 e 3037-8290, Londrina, PR www.designodesign.com.br contato@designodesign.com.br

Eidee Ano de fundação: 2009 Contatos: Ricardo Dantas Tel. (43) 3371-5812, Londrina, PR www.eidee.com.br contato@iedee.com.br

162 | Anuário do design brasileiro

Cria produtos e marcas. Principais clientes: Hiléia, Ecomar e Tintas Veloz.

Cria e comercializa peças assinadas pelo designer, além de desenvolver projetos para a indústria moveleira e de decoração. Também presta consultoria em design e gestão de design. Principais clientes: Conceito Firma Casa , Art de Vie Marché, São Romão, Prima Línea, Ettore Design, Home Design e Finish, entre outros.

Aplica metodologias de gestão de design no desenvolvimento de soluções. Principais clientes: Henry, Nansen e Sasazaki.

Com foco em produtos sustentáveis, o estúdio-loja comercializa peças desenvolvidas por Gustavo Engelhardt, além de criar projetos para terceiros.

Traça estratégias de design para valorizar marcas, embalagens e produtos. Principais clientes: Grupo Tubform, Lacasa Design, Gazzi e Nutribom

Atua nas áreas de engenharia e design industrial, sempre em busca de soluções inovadoras. Principais clientes: Onixsat, HS Technology e Ariam Equipamentos.



PARANÁ

Eshes Ano de fundação: 2010 Contatos: Carl Kawasaki Tel. (43) 9101-3115, Londrina, PR www.eshes.com contatoeshes@hotmail.com carl_kawasaki@hotmail.com

Fetiche Design Para Casa Ano de fundação: 2007 Contatos: Carolina Armellini Tel. (41) 3024-5518, Curitiba, PR www.fetichedesign.com.br fetiche@fetichedesign.com.br

Inove Branding + Design Ano de fundação: 1986 Contatos: Ingrid Spengler, Eviete Dacól e Alceu Bomfim Junior Tel. (41) 3013-5522, Curitiba, PR www.inovedesign.com.br inove@inovedesign.com.br

Mais Infinito Engenharia e Design Ano de fundação: 2005 Contatos: Sérgio T. Almeida Tel. (41) 3018-5672, Curitiba, PR www.maisinfinito.com.br sergio.almeida@maisinfinito.com.br

Megabox Design Ano de fundação: 2004 Contatos: Vinícius Iubel Tel. (41) 3672-3663, Quatro Barras, PR www.megaboxdesign.com.br contato@megaboxdesign.com.br

New Level Design Ano de fundação: 2003 Contatos: Isabela Dorn Tel. (41) 3085-3500, Curitiba, PR www.newleveldesign.com.br info@newleveldesign.com.br

164 | Anuário do design brasileiro

Presta serviço em diversas áreas, como design de produtos e de superfícies. Principais clientes: Gelt.

Os designers Carolina Armellini e Paulo Biacchi estão à frente do escritório, especializado em design de produto e mobiliário. Principais clientes: Micasa, Lilia Casa, Schuster Móveis & Design, Artesian e Schattdecor Brasil.

Especializado no trabalho integrado de design de produto e gestão de marcas. O objetivo é traduzir experiências para a construção de branding. Principais clientes: Moss, Di Frizon, Dall Móveis, Berneck, Empório Arredo, Cajovil, MDesign/Mannes, Häfele, Khel Móveis e Decotec.

Emprega design e engenharia para criar produtos viáveis, agradáveis e funcionais. Principais clientes: Furukawa, Tecnoflex e Volkswagen do Brasil.

Especializado em design de produtos. Principais clientes: Wap, Philip Morris, O Boticário e Antenas Aquário.

Especializado em design esportivo. Seu objetivo é oferecer conceitos que fortaleçam a marca do cliente. Principais clientes: Umbro, Kappa, Mizuno, Topper, Rainha, TryOn, Guga Kuerten e UFC, entre outros.


PARANÁ

Projemec Ano de fundação: 1994 Contatos: Nelson Toba e Márcio Zanetti Tel. (41) 3376-2073, Curitiba, PR www.projemec.com.br projemec@projemec.com.br

Tec Design Ano de fundação: 1992 Contatos: David Niebuhr dos Santos Tel. (41) 3352-0234, Curitiba, PR www.tecdesign.com.br david.santos@tecdesign.com.br

Uia Eco Design Consultoria e Projetos Ano de fundação: 1998 Contatos: Bernadete Brandão Tels. (41) 3016-4877 e 8818-9989 www.coroflot.com/ber uiade@terra.com.br

PERNAMBUCO

Oliva Design Ano de fundação: 1980 Contatos: Paulo Oliva Tels. (81) 3446-3234 e 3446-3206, Recife, PE www.olivadesign.com.br olivadesign@olivadesign.com.br

RIO DE JANEIRO

Bernardo Senna Design Ano de fundação: 2001 Contatos: Bernardo Senna Tel. (21) 2284-0999, Rio de Janeiro, RJ www.bernardosenna.com bernasenna@gmail.com

Clark Art Center Ano de fundação: 2001 Contatos: Nuno Franco de Sousa Tel. (21) 2531-8137, Rio de Janeiro, RJ www.clarkartcenter.com.br info@clarkartcenter.com.br

Desenvolve produtos desde a concepção, passando pela prototipagem e pelo detalhamento, bem como projetos de moldes e acompanhamento de fabricação. Principais clientes: Copo Fehrer, Modelcraft, Ureplast, Soft Eletrônica, Machfloss e Goialli.

Desenvolve produtos para segmentos como automação comercial, máquinas e equipamentos, médico-odontológico, telefonia, construção civil e mobiliário. Principais clientes: Furukawa, Tigre Pincéis, Tigre Tubos e Conexões, Elevadores Atlas Schindler, Newton, Singer, Danka, La Casa e Menegotti.

Projeta produtos sustentáveis. Ênfase no uso de matérias-primas naturais e na pesquisa de alternativas para obter processos menos agressivos ao ambiente. Principais clientes: HDecormade Móveis, Riotivo, Movime Móveis de Vime, Escola Projeto 21 e Educação Gaia.

Desenvolve embalagens, sinalização ambiental, gestão de marcas, identidades corporativas e planejamento de produtos. Principais clientes: Ministério da Previdência Social, Chesf, Ello Distribuidores de Combustíveis, Projeto Golfinho Rotador, Frangoiano, Tambaú Alimentos.

Seu foco é o design de móveis contemporâneos e a criação de produtos eficientes e únicos. Principais clientes: Allê Design, Schuster Móveis & Design, Maze International, Brasil Post, Connect Estofados, Rede Globo, Trama Fhina, Prima Design, Senai Moda e Design e Rede Asta.

Promove o diálogo entre o design contemporâneo e outras formas de arte, além de abrigar a Associação Cultural “O Mundo de Lygia Clark”, área de pesquisa com o acervo documental da artista.

Anuário do design brasileiro | 165


RIO DE JANEIRO

Crama Design Estratégico Ano de fundação: 1991 Contatos: Ricardo Leite Tel. (21) 2512-8555, Rio de Janeiro, RJ www.crama.com.br crama@crama.com.br

Eduardo Baroni Design Ano de fundação: 2010 Contatos: Eduardo Baroni Tel. (21) 2204-0330, Rio de Janeiro, RJ www.eduardobaroni.com info@eduardobaroni.com

Em2 Design Ano de fundação: 2008 Contatos: Mariana B. Ferrarezi e Roberto Hercowitz Tel. (21) 2259-3720, Rio de Janeiro, RJ www.em2design.com.br em2@em2design.com.br

Estúdio Alcantarino Ano de fundação: 1996 Contatos: Carlos Alcantarino Tel. (21) 2227-1028, Rio de Janeiro, RJ www.alcantarino.com alcantarino@uol.com.br

E-Voxel Ano de fundação: 2010 Contatos: Felipe Igarashi Tel. (22) 2542-2722, Nova Friburgo, RJ www.e-voxel.com atendimento@e-voxel.com

Fernando Mendes, Ateliê Ano de fundação: 2011 Contatos: Fernando Mendes de Almeida Tel. (21) 3474-0884, Rio de Janeiro, RJ www.fernandomendesdesigner.com.br atelierfernandomendes@gmail.com

166 | Anuário do design brasileiro

Agência de design e comunicação estratégica com foco em construção de marca, design de ambiente, comunicação de PDV, corporativa e interna. Principais clientes: Oi, Vale, Avon, Technos, Diageo, Sonangol, Globo News, H.Stern, Instituto Alpargatas e Petrobras.

Especializado em móveis e objetos para ambientes residenciais. Principais clientes: Schuster Móveis & Design, Stone Design, Ronconi e Vimoso.

Especializado no design de movéis e objetos. Principais clientes: Schuster Móveis & Design, Sava Móveis, Salvatore Minuano, América Móveis e lojas de decoração como Novo Ambiente, Arquivo Contemporâneo, Clami, Dpot, São Romão, Tetum e Conceito Firma Casa.

Especializado em desenho industrial com foco em sustentabilidade. Trabalha em parceria com escritórios de arquitetura e empresas no desenvolvimento de mobiliário e objetos. Principais clientes: Vale, Sebrae, Grupo Asta, Coca-Cola, John Sommers, Proa, Sindmóveis - Casa Brasil.

Presta serviços de design de produto, design gráfico, computação gráfica e webdesign. Principais clientes: Redetec, Transpetro e Michelin.

Cria e fabrica peças de madeira que unem design contemporâneo a técnicas de marcenaria. O trabalho é baseado no conceito dos mestres escandinavos, em que se privilegiam encaixes perfeitos em vez de pregos e parafusos. Principais clientes: Dpot, Arquivo Contemporâneo, São Romão, Armazém da Decoração e Hill House.


RIO DE JANEIRO

Fibra Design Ano de fundação: 2007 C ontatos: Thiago Maia, Pedro Themoteo, Bruno Temer e Bernardo Ferracioli Tel. (21) 2233-3126, Rio de Janeiro, RJ www.fibradesign.net contato@fibradesign.net

Estúdio de design e inovação com foco em materiais e sustentabilidade. Tem quatro áreas de atuação: aceleração de produtos inovadores; comunicação positiva; criação de materiais, produtos e serviços; e conexão de profissionais e fornecedores. Principais clientes: Zebu e Zerezes.

Habto Design

Focada em design para o desenvolvimento de produtos. Busca transformar ideias em produtos inovadores. Principais clientes: Senai, UERJ, Instituto Ronald McDonald, Redetec e Sebrae.

Ano de fundação: 2007 Contatos: Diogo Lage Tel. (21) 2220-6664, Rio de Janeiro, RJ www.habto.com contato@habto.com

Indio da Costa A.U.D.T. Ano de fundação: 1974 Contatos: Paula Fiuza Tel. (21) 2537-9790, Rio de Janeiro, RJ www.indiodacosta.com marketing@indiodacosta.com

Indústria Nacional Design Ano de fundação: 1999 Contatos: Bruno Bertani Tel. (21) 9608-2073, Rio de janeiro, RJ www.industria-nacional.com.br bbertani@industria-nacional.com.br

Lattoog Design Ano de fundação: 2004 Contatos: Leonardo Lattavo e Pedro Moog Tel. (21) 2512-6182, Rio de Janeiro, RJ www.lattoog.com info@lattoog.com

LVA Criação Ano de fundação: 2010 Contatos: Ana Carolina Portella Tel. (21) 2523-2483, Rio de Janeiro, RJ www.lvacriacao.com.br contato@lvacriacao.com.br

Tem quatro áreas de atuação: arquitetura, urbanismo, design e transportes. Com equipe de mais de 40 profissionais, está apto a atender trabalhos de grande amplitude, complexidade e duração, atuando em todos os níveis dos projetos. Principais clientes: Alcoa, Alpargatas, Fabrimar, Giroflex Forma, Mabe, Movement, Ornare, Pial Legrand, Procter & Gamble e Saccaro.

Empresa de product communication, transforma brand em objetos, displays, sinalização, brindes e embalagens. Principais clientes: Prefeitura do Rio de Janeiro, Coca-Cola, Governo do Estado do Rio de Janeiro e lojas de decoração.

O nome do escritório, uma fusão dos sobrenomes dos sócios – Lattavo e Moog –, sintetiza o processo criativo da dupla: a conjunção de ideias em constante busca da originalidade. Principais clientes: Schuster Móveis & Design, Vimoso, Sava e arquitetos.

Busca a diferenciação por meio de uma abordagem integral do design e, tem como desafio trazer essa experiência para o cotidiano de pessoas e empresas. Principais clientes: LVA Estruturação e Macroplan.

Anuário do design brasileiro | 167


RIO DE JANEIRO

Mana Bernardes Ano de fundação: 2003 Contatos: Luciene Silva Tels. (21) 9567-7583 e 8177-5405, Rio de Janeiro, RJ www.manabernardes.com contato@manabernardes.com

Messen & Peterli Design e Comunicação Ano de fundação: 2009 Contatos: Paulo Pelá Rosado de Oliveira Tel. (21) 9379-3972, Rio de Janeiro, RJ www.bolaoito.com.br contato@bolaoito.com.br

Modo Design Ano de fundação: 2005 Contatos: Adriana Calderoni e Julia Gostkorzewicz Tel. (21) 2279-6276, Rio de Janeiro, RJ www.mododesign.com.br modo@mododesign.com.br

Monica Carvalho Ano de fundação: 2000 Contatos: Monica Carvalho Tel. (21) 2547-9989, Rio de Janeiro, RJ www.monicacarvalho.com.br monica@monicacarvalho.com.br

NCS Design Rio Ano de fundação: 1988 Contatos: Angela Carvalho Tel. (21) 2541-4083, Rio de Janeiro, RJ www.ncsdesign.com.br www.acarvalho.net.br angela@ncsdesign.com.br

Oficina Graham Ferreira Ano de fundação: 2007 Contatos: Ricardo Graham Ferreira Tels. (21) 3852-4218, Rio de Janeiro, RJ www.oebanista.com.br contato@oebanista.com.br

168 | Anuário do design brasileiro

Desenvolve joias inusitadas com materiais descartados, como plástico, grampos, palitos e bolas de gude. Principais clientes: Habitart, Mutações, Loja Inhotim, Loja do MAM, Conceito Firma Casa e Galeria Luciana Caravello Arte Contemporânea, além de empresas como Grendene, Tok&Stok e Natura.

Escritório de comunicação, design de produto e comunicação visual. Principais clientes: Universal Music, JBemFolhas, Warner Music, UM Music e Aero Safra.

Desenvolve projetos de branding, embalagens, design gráfico e design de produto. Principais clientes: Beleza Natural, Leite de Rosas, Rádio Globo, Masterfrio, Haga, Nokia, FGV, Coca-Cola, Petrobras, Cristais Cambé e AudioPax.

Desenvolve utilitários e acessórios de moda com matéria-prima orgânica. Sementes, frutos, fibras, pedras e troncos são coletados na natureza, com apoio de comunidades locais. Principais clientes: Interni, Aspargus e Eskandar (Londres).

Propõe um design de qualidade, adequado ao mercado brasileiro e com repercussão e reconhecimento internacional. Gera soluções integradas nas áreas de design, marketing e comunicação. Principais clientes: Caixa Econômica Federal, Petrobras e Haga.

Especializada na produção artesanal de móveis, mantém a tradição de técnicas de marcenaria aplicadas a uma produção exclusiva de peças de design contemporâneo.



RIO DE JANEIRO

Pedro Braga Design Ano de fundação: 2011 Contatos: Pedro Braga Leitão Tel. (21) 8842-5955, Rio de Janeiro, RJ pbragadesign@gmail.com

Pro Design Ano de fundação: 1990 Contatos: Elio Grossman Tels. (21) 2579-0188 e 9971-3349, Rio de Janeiro, RJ www.prodesignluz.com elio@prodesignluz.com

Sergio Rodrigues Ano de fundação: 1972 Contatos: Carla Claro Tels. (21) 2539-0393 e 2537-3001, Rio de Janeiro, RJ www.sergiorodrigues.com.br sergio@sergiorodrigues.com.br

Tátil Design Ano de fundação: 1992 Contatos: Maurício Sobral Tel. (21) 2111-4200, Rio de Janeiro, RJ www.abstratil.com.br msobral@tatil.com.br

Van Camp Design Ano de fundação: 1983 Contatos: Freddy Van Camp Tel. (21) 2532-2936, Rio de Janeiro, RJ www.vancampdesign.com.br contato@vancampdesign.com.br

YDEA Design Ano de fundação: 2002 Contatos: Bruno Batella Tels. (21) 2580-2448 e 2580-5235, Rio de Janeiro, RJ www.ydea.com.br atendimento@ydea.com.br

170 | Anuário do design brasileiro

Projeta mobiliário e utensílios domésticos. Os produtos exibem um perfil bem-humorado, lúdico e emocional. Principais clientes: Novo Desenho, It e Roberto Simões.

Projetos e consultoria em design de produto, lighting design, mobiliário, equipamentos médico-hospitalares, brinquedos e playgrounds. Principais clientes: Furnas, Shopping da Gávea, Ibam, Sesc, Prefeitura do Rio de Janeiro, Novo Ambiente e joalheria Antonio Bernardo.

A criação de mobiliário é o foco do designer, que tem mais de 50 anos de carreira e acumula a marca de 1.200 diferentes modelos de móveis. Busca sempre um design verdadeiramente brasileiro. Principais clientes: Dpot, Arquivo Contemporâneo, Espaço Due, Básica Home, Way Design, Casa Pronta, São Romão, Axis, Arte Ofício, Art Casa e Novo Desenho.

A empresa desenvolve ferramentas de branding que ajudam a construir marcas fortes. O objetivo é que o design seja um elemento de inovação e sustentabilidade. Principais clientes: Asics, Natura, Brastemp, Nokia, Grendene, Fiat e Philips, entre outros.

Especializado em design de produto, interiores, embalagens e sistemas. Principais clientes: Black & Decker, Dako, Consul e D&D Pilates.

Desenvolve e fabrica produtos: corte, router, móveis, expositores, displays, troféus, cenografia e peças especiais. Principais clientes: Cantão, Redley, Packaging, Embratel e Bel Lobo.


RIO DE JANEIRO

RIO GRANDE DO SUL

Zanini de Zanine, Studio Ano de fundação: 2011 Contatos: Arturo Isola Tel. (21) 2233-5061, Rio de Janeiro, RJ www.studiozanini.com.br contato@studiozanini.com.br

Aristeu Pires Design Ano de fundação: 2002 Contatos: Aristeu Pires Tel. (54) 3278-1762, Canela, RS aristeupires.com.br contato@aristeupires.com.br

BEMD Marketing + Design Ano de fundação: 1997 Contatos: Márcia Carneiro Luiz Tel. (51) 3312-2411, Porto Alegre, RS www.bemd.com.br contato@bemd.com.br

Bertussi Design Ano de fundação: 2000 Contatos: Tobias Bertussi Tel. (51) 3086-0026, Porto Alegre, RS www.bertussidesign.com.br administrativo@bertussidesign.com.br

Creare Ano de fundação: 2004 Contatos: Eliezer Henker Tel. (51) 3902-0550, Santa Cruz do Sul, RS www.creare-rs.com.br creare@creare-rs.com.br

DAZ Design Ano de fundação: 1999 Contatos: Daniela Ziegler Cella Tel. (54) 3451-2001, Bento Gonçalves, RS www.dazdesign.com.br daniela@dazdesign.com.br

Escritório de criação, desenvolvimento e comercialização de mobiliário e produtos para decoração. Principais clientes: Allê Design, Dimlux, Doiz, Habitart, Punch, Saccaro, Schuster Móveis & Design, Way Design e Tolix.

Dedica-se ao design de mobiliário contemporâneo, com predominância do uso de madeira maciça. Principais clientes: Dpot, Micasa, Casa Matriz, Decameron, Arquivo Contemporâneo, Hill House, Home Design, Toque da Casa, Diagrama, Stampa, Armazém da Decoração e outras lojas.

Equipe multidisciplinar que busca unir planejamento e criatividade, tornando produtos e serviços mais competitivos, com foco em design estratégico. Principais clientes: Isla Sementes, Uniagro e Clave Construtora.

Especializado na gestão de inovação para produzir em larga escala. Lança mais de 300 produtos por ano. Principais clientes: Grupo Voges, Unisol, Martiplast, Guerra, Sodas Fricke, Bontempo, Famastil, Ciber, Arvy, Thermosystem, Tecnovidro, Vonpar, Intral, Aladdin, Wirklich, Roche, Resfriar, LF Lareiras, Hara, Maguibeth, Schmitt e Tecnotag.

Design focado na manufatura de utilidades, móveis, máquinas, peças técnicas e automotivas. Inovação em design, ecodesign, ACV, CAE, materiais, INPI. Principais clientes: Grupo Dass, MOR, Ordene, Sanremo e Xalingo.

Desenvolve produtos focados no consumidor final, com projetos afinados com o perfil da fábrica. Busca matérias-primas diferenciadas, muitas vezes mesclando o artesanato com a produção seriada. Principais clientes: Universum Móveis, Panizzi Componenti, Estofados Grando, Ellipse Móveis, Politorno Móveis, Iby, Flosul e Poa.

Anuário do design brasileiro | 171


RIO GRANDE DO SUL

DB Design Industrial Ano de fundação: 2006 Contatos: Joni Dresch Tel. (54) 3268-0189, Farroupilha, RS www.dbprojetos.com.br contato@dbprojetos.com.br

Dom Design Ano de fundação: 1988 Contatos: Jurandir Simões Tel. (51) 3337-6189, Porto Alegre, RS www.domdesign.com.br contato@domdesign.com.br

Eulália de Souza Anselmo Ano de fundação: 2007 Contatos: Eulália de Souza Anselmo Tel. (53) 9945-4981, Bagé, RS www.eulaliaanselmo.com.br arqeulalia@terra.com.br

Gad Ano de fundação: 1984 Contatos: Valpirio Monteiro Tel. (51) 3326-2500, Porto Alegre, RS www.gad.com.br gad@gad.com.br

Gallina & Visentini Ano de fundação: 2005 Contatos: Cristiano Gallina e Everton Visentini Tel. (54) 3451-5164, Bento Gonçalves, RS www.designcomdesenho.com.br contato@designcomdesenho.com.br

Heloisa Crocco, Studio Ano de fundação: 1990 Contatos: Heloisa Crocco Tel. (51) 3222-3443, Porto Alegre, RS www.croccostudio.com contato@croccostudio.com

172 | Anuário do design brasileiro

Especializado em projetos de inovação, conjuga planejamento, criatividade, tecnologia e rentabilidade por meio de uma equipe técnica multidisciplinar. Principais clientes: Sazi, Maltec, Monofrio, Enobrasil, Tonederm, Plaster, Castellar, Tercek, Delav e Frost Frio.

Trabalha com informação, organização, criação, desenvolvimento, detalhamento e produção nas diversas modalidades do design. Principais clientes: Agco, Criare, Bortolini, Lumibras e Nutrella.

Ateliê de arquitetura e design, além de showroom de produtos. Principais clientes: Prima Design.

Consultoria em branding e design, há mais de 25 anos no mercado. Tem uma abordagem interdisciplinar, que contempla branding, inovação, varejo, embalagem, comunicação e tecnologia. Tem escritórios em Porto Alegre e São Paulo. Principais clientes: Vivo, Gerdau, Ramarim, Panvel, Todeschini, Salton, Sindilojas, 3M, Unimed e Instituto do Câncer Infantil-RS.

Design de produtos, embalagens, identidade visual e sinalização. Propõe um “design possível”, com qualidade técnica, criatividade e visão mercadológica. Principais clientes: Coza, Venax, Akeo, Di Solle, Gecele, Sademi, Utille, Ditália e Perlare.

Desenvolve conceitos e produtos. Busca uma sintonia entre a essência do tema pesquisado e o compromisso na construção de um fato cultural. Os paradigmas da natureza perpassam todos os segmentos criativos de produção do estúdio. Principais clientes: Tok&Stok, Altero, Florense, Sebrae e Abest.



RIO GRANDE DO SUL

Ilse Lang – Faro Design Ano de fundação: 1996 Contatos: Ilse Lang ou Susana Alonso Tel. (51) 3333-1715, Porto Alegre, RS www.farodesign.com.br loja@farodesign.com.br

Industriall Design Ano de fundação: 2008 Contatos: Lucio André Ravanholi Tels. (54) 3219-3519 e 9995-6262, Caxias do Sul, RS www.industriall.com.br lucio@industriall.com.br

Intervento Design Ano de fundação: 2011 Contatos: Juliana Desconsi Tel. (54) 3052-0950, Bento Gonçalves, RS www.interventodesign.com.br juliana@interventodesign.com.br

Renata Rubim Design & Cores Ano de fundação: 2000 Contatos: Renata Rubim Tel. (51) 3330-3571, Porto Alegre, RS www.renatarubim.com.br renata@renatarubim.com.br

Tina e Lui Arquitetura e Design Ano de fundação: 1988 Contatos: Maria Cristina Azevedo Moura Tel. (51) 3222-4228, Porto Alegre, RS tinaelui@tinaelui.com.br

Ye Design Ano de fundação: 2011 Contatos: Leandro Gava Tels. (54) 9173-3731 e 9172-0900, Bento Gonçalves, RS yedesign.blogspot.com muriele@yedesign.com.br, leandro@yedesign.com.br

174 | Anuário do design brasileiro

Edita e distribui móveis e luminárias de sua autoria. Cria objetos capazes de gerar identificação e apego por suas qualidades intrínsecas, independente de tendências efêmeras. Principais clientes: Dpot, Hill House, Inside Mobiliário, Armazém da Decoração, Novo Ambiente, Galeria 021, Arquivo Contemporâneo, Lasca Móveis, Stampa, Espaço Fatima Lima, Home Design, Casa Design e Occidente Studio.

Especializado em desenvolvimento técnico e design de produto. Ênfase em ergonomia e fabricação pelos processos de moldagem por injeção ou outro processo que empregue polímeros, alumínio e aço. Principais clientes: Dompel, FKS, Primavera Ind. de Vassouras, Climatruck, Forti-ar e Tone Derm.

Desenvolve produtos, desde sua concepção até a produção industrial. Insere-se em qualquer cenário de produção industrial, tendo inovação como foco. Principais clientes: Altero, Masutti Copat e Meber.

Especializada em design de superfície e de cores, principalmente para indústrias. Principais clientes: Solarium Revestimentos, S.C.A., Coza e Grendene.

Atua em projetos de arquitetura de interiores e design, desenvolvendo produtos para a indústria moveleira. Em parceria com o Sebrae, trabalham com comunidades artesanais do Brasil e da África, com foco em desenvolvimento de produtos. Principais clientes: Sindmóveis e Banco Sicredi.

Desenvolve soluções de design industrial, com foco em inovação e sustentabilidade. Principais clientes: Lazzari Móveis, Colibri Móveis do Brasil, Tumar, Sigplast, Metalgava e Telasul.


RIO GRANDE DO SUL

Zon Design

SANTA CATARINA

2:1 Design Industrial

Ano de fundação: 1995 Contatos: Beatris Scomazzon e Carla Simon Schmitz Tel. (51) 3029-6202, Porto Alegre, RS www.zondesign.com.br design@zondesign.com.br

Ano de fundação: 2009 Contatos: Alexandre Turozi Tel. (48) 3024-5121, Florianópolis, SC www.doispraum.com.br alexandre@doispraum.com.br

Design Inverso Ano de fundação: 2001 Contatos: Marcos Sebben Tel. (47) 3028-7767, Joinville, SC www.designinverso.com.br paola@designinverso.com.br

Jader Almeida Ano de fundação: 2006 Contatos: João Santim Tel. (48) 3223-3787, Florianópolis, SC www. jaderalmeida.com eu@jaderalmeida.com

Paradesign Desenhos Ano de fundação: 1992 Contatos: Célio Teodorico e Ricardo Álvares Tel. (48) 3235-2424, Florianópolis, SC www.paradesign.com.br paradesign@paradesign.com.br

SA2 Ano de fundação: 2001 Contatos: Letícia Zanella Tel. (47) 3562-2660, Taió, SC www.sadois.com.br leticia@sadois.com.br

A partir da estratégia de seus clientes, a equipe está capacitada a atender necessidades em diferentes manifestações do design: produto, gráfico, webdesign e sinalização. Principais clientes: Tramontina e Jackwal.

O principal objetivo é ampliar oportunidades para os clientes. Para isso, possui três núcleos: Estratégia, Design de Produto e Design Gráfico. Principais clientes: Netzsch, Olsen, Xalingo, Herveg, Cavaletti, Menno, Mineoro e Metasul.

Especializado na gestão de design, atua no segmento industrial, auxiliando na estratégia, concepção, execução e no acompanhamento de projetos de produtos, embalagens e marcas. Principais clientes: Chocoleite, Laticínios Tirol, Companhia Fabri Lepper, Fibrafort, Móveis Rudnick, Condor, Jacto, Soprano, Lactoplasa, Sebrae e Amanco.

O designer busca aliar a racionalidade e a geometria às formas puras e com estética atemporal. A intenção é sempre criar produtos com valores duráveis, aliados às tecnologias industriais. Principais clientes: Arquivo Contemporâneo, Dpot, Básica Home, Home Design, Itálica Casa e Maiora Design.

Consultoria em design estratégico, desenvolvimento de produtos e desenvolvimento de parcerias para oportunidades mercadológicas. Principais clientes: Intelbras, Contronics, Wap, Specto, Sabbia, Reason Tecnologia, Autolabor e Biokyra.

Atua na criação e gestão de fortes marcas. Para isso, conta com enfoque de comunicação, marketing, design gráfico e industrial na busca das melhores soluções. Principais clientes: Nutrifarma Nutrição e Saúde Animal, Agrocomercial Sandri, Melchioretto Engenharia e Construções, Kimyto Sorvetes, Coyote Implementos Agrícolas e Baby Piss Indústria e Comércio de Fraldas.

Anuário do design brasileiro | 175


SÃO PAULO

100% Design em Movimento Ano de fundação: 2001 Contatos: Lilian Chiofolo Tel. (11) 3032-5100, São Paulo, SP www.100porcento.net lilian@100porcento.net

André Cruz Design & Ideias Ano de fundação: 1999 Contatos: André Cruz Tel. (11) 2539-9481, São Paulo, SP www.andrecruzdesign.com.br andre@andrecruzdesign.com.br

Alfio Lisi Arquitetura e Design Ano de fundação: 1995 Contatos: Alfio Lisi Tel. (19) 3571-6255, Leme, SP www.alfiolisi.com.br alfiolisi@linkway.com.br

Baba Vacaro – Design Mix Ano de fundação: 2004 Contatos: Baba Vacaro Tel. (11) 3021-5646, São Paulo, SP www.babavacaro.com eu@babavacaro.com

BAR Design Ano de fundação: 2005 Contatos: Angélica Aoki e Rafael Tortella Tel. (11) 3442-2604, São Paulo, SP www.bardesign.com.br bar@bardesign.com.br

Batagliesi Arquitetos + Designers Ano de fundação: 1980 Contatos: Carlos Eduardo Russel Tel. (11) 3813-1999, São Paulo, SP www.batagliesi.com.br adm@batagliesi.com.br

176 | Anuário do design brasileiro

Atua nas seguintes expressões de marca: identidade visual, embalagem, shape, projetos gráficos, environment design e visual merchandising. Principais clientes: Akzo Nobel, Marilan, Pernod Ricard, Cepêra, Yakult, Brinquedos Bandeirante, Liz, Eth, O Boticário, Brasília Alimentos, Trinità e Pricake.

Design de produtos e serviços, auxiliando as organizações a entender, criar e implantar a cultura da inovação. Projeta produtos, serviços e espaços. Principais clientes: Americanflex Colchões, Móveis Tremarin, Via Light Iluminação, Estofados Jardim e Volare Ventiladores de Teto.

Desenvolve projetos, protótipos e produtos, principalmente móveis, luminárias e objetos. Principais clientes: Marcenaria Artífice, Dpot, Clami, Arquivo Contemporâneo, Básica Home, Hill House, Ouvidor, Itálica, Dominici, São Romão, Tetum, Bó Design, Ponto e Linha e La Lampe.

Atua na produção de conteúdo e gestão estratégica de design, marketing e inovação, com desenvolvimento/ adequação de portfólio de produtos e planejamento de estratégias de comunicação integradas. Principais clientes: Dpot e Dominici.

Desenvolve projetos de design de produto, gráfico e presta consultoria em design estratégico. Principais clientes: Exea, We, Marco 500, Luvidarte e St. James.

Especializado na criação e desenvolvimento de redes, desde arquitetura até interiores, mobiliário e comunicação visual. Principais clientes: Bradesco, Itaú, Companhia Athletica e Receita Federal.


GDarq Ilustrações

ARQUITETURA

GDarq Ilustrações

Casa Ponte Parati, RJ

Orla da Coroa do Meio, SE

GDarq Ilustrações

Linha Refrigeradores In Genious GE

VLT do Centro do Rio, RJ Indio da Costa + Yellow Window Consultants

A U D T

AR QUI TETURA . URB ANI SMO . DESI GN . TR ANSPOR TE


SÃO PAULO

Brunno Jahara, Studio Ano de fundação: 2008 Contatos: Brunno Jahara Tel. (11) 2768-8232, São Paulo, SP www.jaharastudio.com hello@brunnojahara.com

Camila Fix Ano de fundação: 1996 Contatos: Camila Fix Tel. (11) 4358-7336, São Bernardo do Campo, SP www.fixdesign.com.br camilafix@fixdesign.com.br

Carlos Motta, Ateliê Ano de fundação: 1979 Contatos: Sylvia Novaes Tels. (11) 3032-4127 e 3815-9228, São Paulo, SP www.carlosmotta.com.br contato@carlosmotta.com.br

Chelles & Hayashi Design Ano de fundação: 1984 Contatos: Gustavo Chelles Tel. (11) 5573-3470, São Paulo, SP www.design.ind.br info@design.ind.br

Claudia Moreira Salles Design Ano de fundação: 1988 Contatos: Liliana Saporiti Tel. (11) 3167-6173, São Paulo, SP www.claudiamoreirasalles.com cms-contato@uol.com.br

DI Ano de fundação: 1999 Contatos: Jacob Breur Tel. (11) 5548-6456, São Paulo, SP www.designindustrial.com.br di@designindustrial.com.br

178 | Anuário do design brasileiro

Estúdio de design de produtos que, em suas criações, busca exclusividade, brasilidade, primor no acabamento e ecodesign. Principais clientes: Vista Alegre, Via Light e Mannes.

Cria e produz móveis e objetos. Principais clientes: Proa Produtos e Tok & Stok.

Escritório de arquitetura e espaço de desenvolvimento de protótipos e mobiliários especiais, assim como showroom das peças em produção e acervo. Principais clientes: Cinemateca Brasileira, Sesc e clientes de arquitetos e designers de interiores.

Consultoria em design estratégico, branding, design gráfico, industrial e de embalagem, com foco na construção de marcas fortes e bem identificadas com o consumidor. Principais clientes: Natura, Tigre, Mueller, Panasonic, Hypermarcas e Flextronics.

Estúdio especializado em projetos de mobiliário e design de interiores. Principais clientes: Etel Interiores, Firma Casa e Bertolucci.

Cria desde os primeiros esboços até o projeto final a ser executado. Tem experiência com diversos materiais, como plásticos, metais, madeira, além de técnicas de extrusão e de montagem.


SÃO PAULO

DomusDesign Ano de fundação: 1996 Contatos: Fabio Righetto Tel. (11) 2659-3393, São Paulo, SP www.domusid.com.br info@domusid.com.br

Estúdio Amélia Tarozzo Ano de fundação: 2007 Contatos: Amélia Tarozzo Tel. (11) 3034-6202, São Paulo, SP www.ameliatarozzo.com.br amelia@ameliatarozzo.com.br

Estudiobola Ano de fundação: 2000 Contatos: Mauricio Lamosa Tel. (11) 3129-8257, São Paulo, SP www.estudiobola.com mauricio@estudiobola.com

Estúdio Manus Ano de fundação: 1999 Contatos: Daniela Scorza Tel. (11) 3032-0679, São Paulo, SP www.estudiomanus.com estudiomanus@gmail.com

Fernando e Humberto Campana Ano de fundação: 1981 Contatos: Ana Paula Moreno Tel. (11) 3825-3408, São Paulo, SP www.campanas.com.br campana@campanadesign.com.br

Flavia Pagotti Silva Design Ano de fundação: 2001 Contatos: Flavia Pagotti Silva Tel. (11) 3773-7337, São Paulo, SP www.flaviapagottisilva.com flaviapsilva@hotmail.com

Atua exclusivamente em design de produtos, de diversos segmentos. Os projetos nascem de profundos estudos e análises estratégicas de consumer insights. Principais clientes: Bosch, Osram, Filizola, Spy, Kos Acrílicos, Arcor e Goóc.

Produz móveis autorais, customizados, feitos de madeira maciça e MDF laminado. Fabricados artesanalmente, seguem técnicas tradicionais de encaixe da marcenaria. Principais clientes: Dpot, Clami, Vermeil, Hetty Goldberg, Básica Home, Hill House e Maiora.

Desenvolve produtos pautados em pesquisa rigorosa de proporções e acabamentos a fim de conferir às criações resultados atemporais. Principais clientes: 30 lojas de móveis de alto padrão no território nacional.

Especializado em objetos, luminárias e móveis editados em pequenas séries ou como peças únicas, além de trabalhos com arquitetura de interiores, cenografia e ambientações. Principais clientes: consumidores finais, lojas de design e decoração e escritórios de arquitetura.

Laboratório onde os irmãos Campana criam peças a partir de pesquisa de materiais e novas estéticas. Principais clientes: Firma Casa, Edra, Melissa, Alessi e Corsi Design.

Desenvolve móveis e objetos, tanto em parceria com a indústria quanto de forma independente e autoral. Principais clientes: Butzke, América Móveis, Estofados Minuano e Oppa.

Anuário do design brasileiro | 179


SÃO PAULO

Guto Requena, Estúdio Ano de fundação: 2009 Contatos: Paulo de Camargo Tel. (11) 2528-1700, São Paulo, SP www.gutorequena.com.br contato@gutorequena.com.br

HocDie Design Ano de fundação: 2010 Contatos: Patrícia Fernandes e Nelson Schiesari Tel. (11) 3088-6141, São Paulo, SP www.hocdiedesign.com.br hocdiedesign@uol.com.br

i! Design Ano de fundação: 2002 Contatos: Youngster Lucas Tel. (14) 3879-4782, Bauru, SP www.youngsterlucas.com.br contato@youngsterlucas.com.br

Jacqueline Terpins, Estúdio Ano de fundação: 2001 Contatos: Fernando Ortega T el. (11) 3872-4497, São Paulo, SP www.terpins.com contato@terpins.com

Jum Nakao Ano de fundação: 1997 Contatos: Suzana Memlak Tel. (11) 8181-9003, São Paulo, SP www.jumnakao.com.br suzana@jumnakao.com.br

Keenwork Design Ano de fundação: 1987 Contatos: Luis Castellari Tel. (11) 5561-6593, São Paulo, SP www.keenwork.com.br silvia@keenwork.com.br

180| Anuário do design brasileiro

Seu objetivo é refletir sobre cibercultura e narrativas poéticas digitais em design. Atua em diferentes escalas: objetos, interiores, edifícios e cidades. Propõe e desenvolve produtos, projetos residenciais e comerciais, além de espaços temporários. Principais clientes: Google, Pedro Lourenço, Disco, Ellus, Smirnoff, Guardian e Bertolucci.

Projeta mobiliário, objetos de decoração e utilitários, mesclando diversos materiais e tecnologias. Principais clientes: corporativos e de varejo.

Atua em diversas áreas do design de produto, como móveis, iluminação, eletrodomésticos e utilidades. Principais clientes: Formainox, Cerâmica Tupy, Imaginarium e Cafer Estofados.

A designer trabalha com cristal soprado (objetos), vidro plano (móveis e objetos), madeira (móveis) e Corian® (móveis e objetos). Principais clientes: Dpot, VB Design, Home Design, Lado Sul Móveis, Spazio Interni, Armazém da Decoração, Espaço Fátima Lima, Décor Home, Casa Design, Mezanino, Armazém Sofisticatto, Momentum & Design, Casa Pronta e Finish.

Oriundo da moda, o ateliê hoje atua em frentes como design de espaços, mobiliário, luminárias, cenografia, direção de arte, instalações e exposições. Principais clientes: Senac, Banco do Brasil, Nike, Globo, Brastemp, Guardian, Sulamerica, Dpot, A Lot Of, Coca-Cola, Nespresso e Chevrolet.

Atua em design, sinalização, ambientação e branding. Principais clientes: Braskem, Mabe e Metalfrio.


pedrazzidesign.com.br

design de produto

arquitetura


SÃO PAULO

Luciana Martins e Gerson de Oliveira - Ovo Ano de fundação: 1991 Contatos: Gerson de Oliveira Tel. (11) 3045-0309, São Paulo, SP www.ovo.art.br ovo@ovo.art.br

Marko Brajovic Ano de fundação: 2001 Contatos: Marko Brajovic Tel. (11) 2371-9206 www.markobrajovic.com office@markobrajovic.com.br

Marton e Marton Ano de fundação: 1995 Contatos: José Antonio Marton Tel. (11) 2666-5555, São Paulo, SP www.martonemarton.com.br marton@martonemarton.com.br

Maurício Arruda arquitetos + designers Ano de fundação: 2008 Contatos: Fabio Mota Tel. (11) 3159-0396, São Paulo, SP www.mauricioarruda.net contato@mauricioarruda.net

Morandini Design Ano de fundação: 1985 Contatos: Adolfo Morandini Neto Tel. (11) 3873-1509, São Paulo, SP www.morandini.com.br morandini@morandini.com.br

Nada Se Leva Ano de fundação: 2005 Contatos: André Bastos e Guilherme Leite Ribeiro Tels. (11) 8155-0003 e 9345-4604, São Paulo, SP www.nadaseleva.com.br contato@nadaseleva.com.br

182 | Anuário do design brasileiro

A dupla de designers cria móveis, objetos e projetos em sintonia com o campo da arte.

Projetos de cenografia, arquitetura, design de interiores e produto. Principais clientes: cenografia e interiores no Pavilhão do Brasil na Expo Shangai 2010, Design São Paulo e Miami Design 2010, entre outros.

Desenvolve e executa produtos e projetos em diversas áreas, incluindo mobiliário residencial e comercial, telas, molduras e chassis de quadros, além de cenografia, projetos especiais e vitrines. Principais clientes: Barbara Strauss, Luigi Bertolli e Eudora.

Especializado em design de produto e arquitetura. Principais clientes: Carbono Design, Coletivo Amor de Madre e Bertolucci.

Estúdio multidisciplinar de design, especializado em projetos autorais de produtos, embalagens e comunicação visual. Principais clientes: Eletropaulo, Almap, Paratur, Besc e Emae.

Revela a vontade de revisitar o passado, procurando traduzir um mundo de referências de viagens, cinema e arte em objetos, luminárias e móveis. Principais clientes: Officeform, La Lampe, Firma Casa, Finish, Homedesign e Brentwood.


SÃO PAULO

Northeast Desenvolvimento de Produtos Ano de fundação: 2007 Contatos: Reinaldo Rodrigues Filho Tel. (11) 2325-1541, Santo André, SP www.northeast.com.br contato@northeast.com.br

Oz Design Ano de fundação: 1979 Contatos: Giovanni Vannucchi Tel. (11) 3024-2670, São Paulo, SP www.ozdesign.com.br contato@ozdesign.com.br

Pedro Useche Ano de fundação: 1990 Contatos: Pedro Useche Tels. (11) 5643-9533 e 9493-9541, São Paulo, SP www.useche.com.br pedrouseche@terra.com.br

Questto|Nó Ano de fundação: 2011 Contatos: Leonardo Massarelli e Levi Girardi Tel. (11) 3814-8939, São Paulo, SP www.questtono.com.br info@questtono.com.br

Rodrigo Almeida, Estúdio Ano de fundação: 2005 Contatos: Rodrigo Almeida Tels. (11) 2305-2824 e 9976-0198, São Paulo, SP www.rodrigoalmeidadesign.com rodrigoalmeidadesign@hotmail.com

Rosenbaum Ano de fundação: 1992 Contatos: Adriana Benguela Tels. (11) 3082-6383 e 3063-3746, São Paulo, SP www.rosenbaum.com.br adriana@rosenbaum.com.br

Desenvolve produtos para os setores automotivo, de eletrodomésticos, eletrônicos e brinquedos, desde o conceito até a engenharia. Principais clientes: General Motors, Volkswagen, Mercedes-Benz, Edag e Schwaben.

Agência de branding em que o design de produto é tratado como ferramenta de construção e expressão social e mercadológica. Principais clientes: Coca-Cola, Porto Seguro, Kimberly-Clark, Hospital Sírio Libanês e Penalty.

Desenvolve produtos para empresas parceiras e produz linhas limitadas ou peças únicas. Principais clientes: Mais Design, Vermeil, Novo Ambiente, Arquivo Contemporâneo, Clami, Mezanino, Mazzullo, Galeria 21, Inove e Tutti Casa.

Busca inovação pelo design, materializando ideias transformadoras. Trabalha de forma integrada, por meio de todos os pontos de contato de uma empresa. Principais clientes: Agrale, Natura, Papaiz, Itaú Cultural, TAC Motors, Ambev e Metalfrio.

Estúdio de design de produto e interiores, com atuação internacional. Principais clientes: Fateditions, Christian Lacroix e Patricia Dorfmann Gallery (Paris, França), Contrasts Gallery (Xangai,China) e Aria (São Paulo, Brasil).

Escritório de design e inovação capaz de gerar valor a partir de ideias originais, com o conceito do morar ampliado, para além do projeto do espaço físico e da estética do objeto. Principais clientes: TV Globo, Sebrae, Magazine Luiza, Ornare e Pernambucanas.

Anuário do design brasileiro | 183


SÃO PAULO

Sergio Fahrer Design Ano de fundação: 1998 Contatos: Sergio Fahrer Tels. (11) 7133-7242, 3031-7250, São Paulo, SP sergiofahrer.com.br sergiofahrer@terra.com.br

Speranzini Design Ano de fundação: 1987 Contatos: Mauricio Speranzini Tel. (11) 5685-8555, São Paulo, SP www.speranzini.com.br speranzini@speranzini.com.br

Studesign Ano de fundação: 1997 Contatos: Silvia Grilli Tel. (11) 2243-0335, São Paulo, SP silviagrilli@uol.com.br

Studio B Design Ano de fundação: 2011 Contatos: Cristiana Bortolai Tel. (19) 9110-9934, Piracicaba, SP www.studiobdesign.com.br crisbortolai@studiobdesign.com.br

SuperLimão Studio Ano de fundação: 2002 Contatos: Antonio Carlos Figueira de Mello Tel. (11) 3518-8919, São Paulo, SP www.superlimao.com.br deux@superlimao.com.br

Studio HAZ Ano de fundação: 2010 Contatos: Fernando Oliveira Tel. (11) 3266-2773, São Paulo, SP www.studiohaz.com.br fernando.oliveira@centralarquitetos.com.br

184 | Anuário do design brasileiro

Desenvolve mobiliário contemporâneo e com design autoral. Principais clientes: lojas de mobiliário contemporâneo no Brasil e exterior.

Projeta design de embalagens e produtos, atendendo a clientes brasileiros e exportando seus serviços para mais de 40 países. Principais clientes: 1800, Aurora, Bayer, Cazo, Coco do Vale, Dafruta, Ebba, Jose Cuervo, Maguary, Mili, Nova, Nutriday, Nutrilar e Unilever.

Especializado em desenvolvimento de produtos e tecnologias para a indústria moveleira, com mais de 20 anos de experiência. Principais clientes: Estilo BR, Breton, Masisa, Senac-SP, Artesofás e Duemme.

Cria produtos e estampas comerciais, com design e produção consciente, sintonizados com o mercado e tendências mundiais. Principais clientes: Tok & Stok, Clami, Mannes e Oppa.

Busca novas linguagens estéticas inspiradas no dia a dia das grandes metrópoles, com o uso responsável de materiais. Desenvolve projetos de arquitetura, além de peças exclusivas e de mobiliário. Principais clientes: Firma Casa, Max Casa, Ambev, Vitacon e Laika Design.

Ateliê de design que propõe um mobiliário lúdico e funcional. Principais clientes: A Lot Of.


O objetivo do Estudio Guto Requena é refletir sobre cibercultura e narrativas poéticas digitais no design. Atuamos em diferentes escalas -objetos, interiores, edifícios e cidades. Analisamos o impacto das novas tecnologias de informação e comunicação em nosso cotidiano, e em seus desdobramentos aplicados ao projeto, como sustentabilidade, identidade, memória, interação, espaços híbridos, flexibilidade, relacionamentos e experiência. Em busca de um design brasileiro, contemporâneo e original, procuramos em nossos projetos e investigar diferentes metodologias de criação e de produção aliadas à prática de pesquisa onde o principal objetivo é também o processo de projeto e não apenas seu resultado final. Nós acreditamos em espaços interativos, hiper-sensoriais, responsivos, poéticos, bem humorados e honestos. As cadeiras Nóize foram concebidas digitalmente a par tir da mescla do som captado nas ruas de São Paulo com ícones do design brasileiro. Esta é a cadeira Girafa + Rua Santa Efigênia.

www.gutorequena.com.br


anuário do design brasileiro 2013 Publicação da Roma Editora, Projetos de Marketing Ltda.

Diretores Maria Helena Estrada - diretora editora Cristiano Barata - publisher

Editores Maria Helena Estrada (mh@arcdesign.com.br) Cristiano Barata (cbarata@arcdesign.com.br)

Coordenação editorial Roberto Abolafio Junior

Redação Nádia Fischer (redacao1@arcdesign.com.br)

Edição de arte, design e produção gráfica Cibele Cipola, Luciane Stocco e Emílio Fim (estagiário)

Revisão Deborah Peleias e Michaella Frasson

Colaboradores Ana Brum, Auresnede Pires Stephan, Cyntia Malaguti, Enrico Morteo, Fran Oliveira, Guto Indio da Costa, Thiago Maia

Marketing / Comercial publi@arcdesign.com.br

Circulação

Diretoria Superintendente Geraldo Pougy

Diretoria Financeira Maria José Reis Pontoni

Diretoria Executiva Letícia Castro Gaziri

Diretoria Técnica Ana Brum

Equipe Técnica

Ibep Gráfica

Claudia Ishikawa Juliana Buso Marilza de Siqueira Rodrigo Kneib

Distribuição nacional

Equipe de Apoio

Rita Cuzzuol (assinatura@arcdesign.com.br)

Impressão

FC Comercial e Distribuidora S.A.

Sérgio Hancke

Roma Editora, Projetos de Marketing Ltda.

Assessoria de Comunicação

Rua Simão Álvares, 356, cj. 12, Pinheiros CEP 05417-020 São Paulo, SP Telefone: (11) 3061-5778

Tecnologia da Informação

As fotos de divulgação foram cedidas pelas empresas, instituições ou profissionais referidos nos textos. A reprodução de toda e qualquer parte da publicação só é permitida mediante a autorização prévia dos editores, por escrito. Os artigos assinados são de responsabilidades dos autores e não representam, necessariamente, a opinião da editora.

Julliana Bauer Bruno H. Cruz França

Estagiários Juliana Mayumi Ogawa Laura Schafer Kock Netto



Realização

Parceria

Patrocínio

www.arcdesign.com.br/indexdesigners 2

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