Apenas para profissionais da saúde
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ITR-AC: Infecções do Trato Respiratório Adquiridas na Comunidade
A iniciativa Inspiration é patrocinada pela GSK BR/AIN/00 10/18(1) AGOSTO/2018
Cronograma do encontro Fazendo a diferença no manejo das ITR-AC:* como podemos agir? Assunto
Palestrante
20:00 – 20:15 Infecções do trato respiratório e resistência a antibióticos na comunidade - perspectivas atuais 20:15 – 20:45
20:45 – 21:10
O papel dos antibióticos na pecuária e sua relação com a resistência bacteriana .
21:10 – 21:30 Sessão de perguntas e respostas 21:30 – 21:35 Observações de conclusão e fechamento
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LATAM Inspiration Meeting 23 de agosto de 2018
Todos Professor Marco Aurélio Safadi
Bem-vindo Prezado colega,
Marco Aurélio P. Sáfadi. Doutor em Medicina, PhD Professor Associado de Pediatria , Diretor do Departamento de Pediatria da Faculdade de Ciências Médicas da Sant a Cas a de São Paulo, Brasil.
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Diretora Médica de Doenças Infecciosas, GSK
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LATAM Inspiration Meeting 23 de agosto de 2018
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comunidade – perspectivas atuais
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Referências 1. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Antimicrobial resistance 2018. Disponível em: <http://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/antimicrobial-resistance>. Acesso em : 27 jul. 2018. 2. THE CENTER FOR DISEASE DYNAMICS, ECONOMICS & POLICY. FDA New Molecular Entity Antibiotic Approvals, 1981-2015. Disponível em: < https://cddep.org/tool/ fda_new_molecular_entity_antibiotic_approvals_1981_2015/#sthash.J0W7tuRc.ZjBksL7O.dpbs>. Acesso em 20 ago. 2018. 3. SPEAR, S. Tell the FDA: No antibiotics in our food. Disponível em: <https://www.ecowatch.com/tell-the-fda-no-antibiotics-in-our-food-1881631521.html>. Acesso em: 10 jul. 2018. 4. O’NEILL, J. Tackling drug-resistant infections globally: final report and recommendations. Disponível em: < https://amr-review.org/sites/default/files/160518_Final% 20paper_with%20cover.pdf>. Acesso em: 25 jun. 2018. 5. INTERNATIONAL FEDERATION OF PHARMACEUTICAL MANUFACTURES AND ASSOCIATIONS. AMR Industry Alliance. Disponível em: <https://www.ifpma.org/partners-2/ declaration-by-the-pharmaceutical-biotechnology-and-diagnostics-industries-on-combating-antimicrobial-resistance-amr/>. Acesso em: 21 jun. 2018. 6. ACCESS TO MEDICINE FOUNDATION 2018. First independent assessment of pharmaceutical company action on AMR Antimicrobial Resistance Benchmark. Disponível em: < https://accesstomedicinefoundation.org/publications/2018-antimicrobial-resistance-benchmark/>. Acesso em: 27 jul. 2018. 7. NIEDERMAN, MS. et al. Community-acquired pneumonia guidelines: a global perspective. Semin Respir Crit Care Med, 33(3):298–310, 2012. 8. HARRIS, AM. et al. Appropriate antibiotic use for acute respiratory tract infection in adults: advice for high-value care from the American College and the Centers for Disease Control and Prevention. Ann Intern Med, 164:425–434, 2016. 9. MASTERTON, RG. The importance and future of antimicrobial surveillance studies. Clin Infect Dis, 47(Suppl 1):S21-S31, 2016. 10.TORUMKUNEY, D. et al. Survey of Antibiotic Resistance (SOAR) results: respiratory pathogen susceptibility. J Antimicrob Chemother 71(Suppl 1):i1–i102, 2016. 11.TORUMKUNEY, D. et al. Survey of Antibiotic Resistance (SOAR) results 2: respiratory pathogen susceptibility. J Antimicrob Chemother , 73(Suppl 5):v1–v42, 2018. 12.PAN AMERICAN HEALTH ORGANIZATION. Informe regional de SIREVA II, 2012. Datos por país y por grupos de edad sobre las características de los aislamientos de Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae y Neisseria meningitidis, en procesos invasores. Disponível em: < https://www.paho.org/hq/index.php? option=com_content&view=article&id=5536%3A2011-sireva-ii&catid=1591%3Aabout&Itemid=3966&lang=es > Acesso em: 27 jul. 2018. 13.PAN AMERICAN HEALTH ORGANIZATION. Informe regional de SIREVA II, 2014. Datos por país y por grupos de edad sobre las características de los aislamientos de Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae y Neisseria meningitidis, en procesos invasivos bacterianos. Disponível em: https://www.paho.org/hq/index.php? option=com_content&view=article&id=5536%3A2011-sireva-ii&catid=1591%3Aabout&Itemid=3966&lang=es Acesso em: 27 jul. 2018. 14.Brasil SIREVA II OPAS 2016. Información sobre la vigilancia de las neumonías y meningitis bacterianas. SIREVA II. OPS. 2016.
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Professor Marco Aurélio P. Sáfadi
Professor Associado de Pediatria, Diretor do Departamento de Pediatria da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, Brasil. Membro do Comitê Científico Internacional (ISC) da WSPID (Sociedade Mundial de Infectologia Pediátrica) e da ESPID (Sociedade Europeia de Infectologia Pediátrica)
PhD estudando o impacto da vacina contra rotavírus em hospitalizações por gastroenterite em crianças.
Infectologia Pediátrica (ESPID). O Prof. Sáfadi é um membro do conselho editorial do Jornal da Sociedade de Infectologia Pediátrica (JPIDS) e o Editor Científico do Jornal “Imunologia hoje”. Ele foi autor de artigos originais e capítulos de livros, principalmente sobre imunizações, infecções meningocócicas e pneumocócicas, gripe, gastroenterite por rotavírus, dengue, infecções congênitas e adquiridas na comunidade.
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Controle das ITR-AC: desafios recorrentes e soluções possíveis Apresentações interativas de casos clínicos – Rinossinusite bacteriana aguda – Otite média aguda As infecções do trato respiratório adquiridas na comunidade estão associadas a uma morbimortalidade considerável, sendo a causa mais comum de prescrições de antibióticos para adultos. O primeiro atendimento é responsável pela maioria dos antibióticos e cerca da metade dessas prescrições é para o tratamento de infecções Apenas do trato respiratório. os antibióticos não conferem um benefício relevante na maioria dos casos de
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. As infecções do trato respiratório superior são uma das doenças mais comuns na infância e são reconhecidas como a principal causa de visitas médicas e prescrição de antimicrobianos em países desenvolvidos.6,7 A maioria dos casos desse tipo de infecção em crianças, entretanto, tem etiologia viral, evolução autolimitada e geralmente são benignas.6,7 Apesar dessa evidência, observamos uma tendência crescente no uso de antibióticos, particularmente os de amplo espectro, que, no final, contribuem para o aumento das taxas de resistência aos antimicrobianos e também causam efeitos adversos potencialmente evitáveis.6–8 Nesse contexto, apresentamos dois casos clínicos. O primeiro caso é um paciente adulto com diagnóstico de RSA e começaremos com o desafio de diferenciar a etiologia bacteriana da viral. Consideraremos opções de controle, seleção de antibióticos e o uso de terapias auxiliares. O segundo caso é de uma criança com sintomas sugestivos de otite média aguda. As considerações iniciais estão relacionadas à otimização do diagnóstico, do tratamento e exame de acordo com as recomendações de diretrizes Referências
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Dra. Flavia Rossi Diretora do Laboratório de Microbiologia, Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de São Paulo, Brasil A Dra. Flavia Rossi possui Doutorado em Medicina e PhD, e atualmente é a Diretora do Laboratório de Microbiologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de São Paulo no Brasil. Ela é membro do Grupo de Assessoramento da Organização Mundial da Saúde sobre Vigilância Integrada de Resistência Antimicrobiana (WHO-AGISAR) e também da Câmara Técnica de Resistência Microbiana/Agência Nacional de Vigilância Sanitária (CATREM-ANVISA). Além disso, a Dra. Rossi é membro da Sociedade Americana de Microbiologia (ASM) e também Consultora em diagnósticos microbiológicos(MD). A pesquisa da Dra. Rossi é focada na relevância clínica e no valor de dados microbiológicos, sistemas de vigilância microbiológica atuais, telemedicina e o Antibiotic with Stewardship Program (Programa Antibiótico com Gerenciamento).
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LATAM Inspiration Meeting 23 de agosto de 2018
bacteriana ao redor do mundo A RAM ameaça a saúde pública global por comprometer o combate às doenças infecciosas.1 Sem políticas que impeçam a propagação da Resistência antimicrobiana, as 700.000 mortes anuais decorrentes de infecções por microorganismos resistentes a antibióticos aumentarão para 10 milhões por ano até 2050.2 Uma das principais recomendações da AMR Review de 2016 sobre a RAM é que os antibióticos devem ser usados com mais moderação em humanos e animais para reduzir o seu uso desnecessário, algo que acelera o desenvolvimento da Resistência antimicrobiana.2 Estima-se que, de todos os antibióticos vendidos nos Estados Unidos, aproximadamente 80% sejam vendidos para uso na pecuária, sendo que cerca de 70% deles são considerados medicament importantes em humanos.3 Outras estimativas sugerem que cerca de 45% dos antibióticos fornecidos no Reino Unido sejam usados em animais e estatísticas recentes da Agência Europeia de Medicamentos mostraram que, em 26 países europeus, aproximadamente dois terços desse uso foram destinados a animais em fazendas.4 As estimativas atuais também sugerem que o consumo global de antibióticos na agricultura aumentará em 67% de 2010 a 2030.5 Grande parte do uso global de antibióticos em animais não é para o tratamento de infecções, mas para prevenir infecções ou promover o crescimento.2 Os antibióticos promovem maiores taxas de crescimento quando administrados em baixas doses em animais, ajudando-os a atingir seu peso comercial mais rapidamente. No entanto, o uso de antibióticos em níveis subterapêuticos faz com que as bactérias desenvolvam maior resistência.5 Não se sabe ao certo quanto da RAM encontrada em ambiente de saúde humana foi originalmente selecionada pela , no entanto, são encontradas bactérias resistentes em todos os estágios das diversas cadeias de fornecimento de alimentos, proporcionando uma rota para a transferência de bactérias e/ou genes de RAM. Um relatório de julho de 2018 da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, Organização Mundial da Saúde Animal e Organização Mundial da Saúde detalha o progresso no combate à RAM em 154 países.6 O relatório conclui que, embora os países estejam dando passos significativos no combate à RAM, há sérias lacunas, principalmente no setor de pecuária e alimentação, que exigem medidas urgentes. Até o momento, apenas 33% dos países seguiram as recomendações da OMS para limitar o uso dos antimicrobianos mais importantes para a promoção do crescimento na produção animal. O estudo sobre a RAM3 apela para três intervenções: primeiro, estabelecer uma meta global para reduzir o uso de antibióticos na produção de alimentos e uma reavaliação de quais antibióticos devem ser usados em animais e humanos. Segundo, estabelecer padrões mínimos para limitar a liberação de compostos farmacêuticos ativos durante o processo de fabricação. Finalmente, melhorar a vigilância quanto às duas intervenções anteriores. O Grupo de Aconselhamento da OMS sobre Vigilância Integrada de Resistência Antimicrobiana (AGISAR) revisa e atualiza a lista da OMS de antimicrobianos muito importantes para a medicina humana, a cada dois anos. Este documento fornece uma classificação dos antimicrobianos importantes em termos médicos para o gerenciamento de risco de RAM devido ao uso não humano. A AMR Review ocorreu na sétima reunião da AGISAR realizada em Raleigh, Estados Unidos da América, em 2016.7
Referências
1. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Antimicrobial resistance global action plan 2015. Disponível em: <http://www.who.int/antimicrobial-resistance/global-action-plan/en/>. Acesso em: 19 jul. 2018. 2. O’NEILL, J. Tackling drug-resistant infections globally 2016. Disponível em: <https://amr-review.org/Publications.html>. Acesso em: 19 jul. 2018. 3. TER KUILE, BH. et al. FEMS Microbiology Letters,363(1):1-7, 2016. 4. ALLIANCE TO SAVE OUR ANTIBIOTICS. Briefing 2015. Disponível em: <http://www.saveourantibiotics.org/media/1466/antibioticsalliance-40pp-report-2015-finalartwork-1.pdf>. Acesso em: 19 jul. 2018. 5. O’NEIL, J. Antimicrobials in agriculture and the environment. Disponível em: <https://amr-review.org/ Publications.html>. Acesso em 19 jul. 2018. 6. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Global Action Plan on Antimicrobial Resistance - message from WHO Director-General. Disponível em: < http://www.who.int/news-room/detail/18-07-2018-countries-step-up-to-tackle-antimicrobial-resistance>. Acesso em: 18 jul.2018 7. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Critically important antimicrobials for human medicine, 5th rev. Disponível em: <http://who.int/foodsafety/publications/antimicrobials-fifth/en/>. Acesso em: 24 jul. 2018.
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