PROJETO CIRCULAR
IDENTIDADE E AFETO ARTISTAS E PÚBLICO PARTICIPANTE DO CICLO DE AÇÕES EDUCATIVAS DO PROJETO CIRCULAR CONTAM COMO AS OFICINAS CONTRIBUÍRAM PARA O REALINHAMENTO DE MEMÓRIA E PROCESSOS DE IDENTIDADE DE MORADORES DE BELÉM COM O CENTRO HISTÓRICO DA CIDADE.
Por WANDERSON LOBATO Fotos: OTAVIO HENRIQUES E CLAUDIO FERREIRA
F
oi uma das experiências mais ricas da minha vida. Entrar em contato com aquelas pessoas, com aquelas senhoras, com aqueles senhores me fez ver a vida de outro modo”, diz Leonel Ferreira, ator e diretor com 20 anos de experiência artística, responsável pela oficina Vivência Teatral – Memória e Identidade. As palavras dele ilustram bem a iniciativa que, mais do que refletir sobre as edificações tombadas, procurou evidenciar o patrimônio humano do Centro Histórico, repercutindo na vida não só dos participantes, mas na dos instrutores também. Rica e produtiva, a oficina trabalhou com um públ ico específico, os idosos do Abrigo João de Deus. “Isso trouxe para nós uma carga densa e potente de memórias afetivas que resultou num cortejo cênico. Isso tudo possibilitou uma riqueza de troca de saberes sem igual. Mudou meu modo de ver a vida. Que precisamos viver intensamente cada dia de nossas vidas, na medida do possível, sermos felizes”. Leonel explica que a oficina teve como objetivo levar os participantes a um experimento cênico, por meio do teatro de rua e outras linguagens artisticas, para que os participantes pudessem ocupar os espaços do bairro da Cidade Velha contando suas memórias.
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