Ministério do Turismo apresenta
UmA caRtiLha de CuriOsiDades SoNoRas Vol. 2
O som escapa Alcança espaços difíceis de se chegar No isolamento, é um alento
Como um abraço, 2
A música faz alegrar Tornando especial qualquer momento
Instrumentos de vários tipos, Dá até vontade de tocar!
Musicistas do mundo, Que maravilha ouvi-los pelo ar!
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Levar música para um hospital é reconhecer que, independentemente da mobilidade restrita por conta de tratamentos de saúde, o acesso à cultura é um direito dos pacientes. O acesso à cultura é viável e transformador, e precisa ser garantido. Garantir esse acesso é mais do que promover participação social: é dever da sociedade.
O Hospital Pequeno Príncipe, maior hospital pediátrico do Brasil na atualidade, tem uma circulação diária de mais de 2
3 mil pessoas entre colaboradores, pacientes, familiares, médicos, parceiros. A instituição recebe diferentes projetos culturais que promovem apresentações musicais — e muitas outras iniciativas — em diversos de seus espaços.
Nem mesmo a pandemia de covid-19 fez parar de girar a importante roda cultural que abraça o hospital: inventamos jeitos diferentes de estarmos junto aos pequenos pacientes e aos colaboradores, proporcionando, seja por ondas sonoras, seja por vídeos ou ainda materiais impressos, o acesso à arte e à cultura.
Este segundo volume da cartilha de curiosidades sonoras apresenta novos instrumentos, trazendo muita história e informação para quem passa pelo Pequeno Príncipe. E não só, já que todo mundo pode acessar os conteúdos também por nosso canal no YouTube: www.youtube.com/musicanopequenoprincipe
Afine seus sentidos e siga com a gente neste passeio pela música! 3
Quer conhecer a primeira edição da cartilha? Acesse o QRCode.
A SeNhOrA M Ú S I C A Há diversas formas de produzir som.
Quando falamos, quando encostamos em alguma coisa, quando algo cai... Há, também, diversas ideias sobre como surgem os instrumentos musicais na história da humanidade. Mas, uma coisa é fato: diferente do propósito de fazer apenas sons, o instrumento musical surge para — por mais bobo que pareça — fazer música.
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Música! Mú-si-ca! Essa “senhora”, com tantas características quanto seres humanos que existem ou já existiram, repleta de vida e cor que embalam nosso estar na Terra! Para fazer música, o ser humano inventou instrumentos. Eles podem ser divididos em grupos que variam de acordo com a forma pela qual produzem som. Os principais são:
CoRdAs Som produzido pelas cordas, também chamados de cordofones.
SoPrO
Som produzido pelo ar, também chamados de aerofones.
PeRcUsSãO Som produzido pelo impacto ou pela raspagem de superfícies.
Dentro desses grupos, uma imensa variedade de formatos e tons, cada instrumento com suas características próprias se revela. Vamos passear por alguns?
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Os InStRuMeNtOs
1
Bouzouki
Rabeca
6
7
8
pág. 20
pág. 24
pág. 26
Sitar
pág. 10
Whistle
2
pág. 12
Pífano
6
12
13
14
pág. 34
pág. 38
pág. 40
Tuba
Triângulo
Derbak
18
19
20
pág. 48
pág. 50
pág. 52
Tabla
Tamborim
Steel Drum
3
Harpa pág. 14
9
Gaita de Fole pág. 28
4
Qanun
5
pág. 16
Oud e Alaúde
10
11
pág. 30
pág. 32
Órgão
pág. 18
Escaleta 7
15
Berimbau pág. 42
16
17
pág. 44
pág. 46
Atabaque
Agogô
8
InStRuMeNtOs De CoRdA
9
Ao perceber som na vibração
das cordas de seu arco e flecha, criou música.
BoUzOuKi Bouzouki! Já ouviu falar dele? O nome tem origem turca, mas foi na Grécia que ele fez sucesso e se desenvolveu. O bouzouki tem história! Instrumentos muito semelhantes a ele podem ser vistos em mosaicos do século VI, lá em Constantinopla, onde hoje fica a Turquia. 10
1
QuEm ToCa? Dónal Lunny
burger Théo de Borba Moos Nikos Tatasopoulos
Na Grécia, por volta do século XIX, o 11
bouzouki se tornou um dos principais instrumentos da música tradicional grega. Mas um grande assombro iria marcar a história dele... Nos anos 1930, durante um período ditatorial na Grécia, o bouzouki e seus músicos foram perseguidos, como
Após esse período sombrio, o
uma retaliação à cultura popular.
instrumento se tornou querido por todos os gregos, virando símbolo daquele país.
Presos e sem poder tocar, esses músicos
Mas nem só de Grécia vive o bouzouki.
passaram a produzir seus próprios
Ele está presente nos palcos do mundo e
instrumentos, com uma técnica de esculpir
tem até uma versão própria na Irlanda:
o bouzouki em peças maciças de madeira.
o bouzouki irlandês!
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RaBeCa Também conhecida como a mãe — ou avó, ou prima — do violino, a rabeca tem origens medievais, mas o episódio da sua história que nos interessa mesmo é quando ela se junta com o tamanco e com a
Para chegar por estas terras, a
viola, fazendo o fandango, ritmo
rabeca viajou um bocado: veio de
tradicional da região caiçara.
Portugal, estacionou na zona rural do Nordeste — onde conheceu o
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pífano e a zabumba —, seguiu até a Mata Atlântica, e foi ali que ela definitivamente fez a festa!
QuEm ToCa? Mestre Luiz Paixão
Júlio César Soares Coelho Aorélio Domingues, grupo Mandicuera
Do Cavalo-Marinho da Paraíba à Festa do Divino Espírito Santo do Paraná, a rabeca participa de muitas manifestações e brincadeiras populares brasileiras. Um bom rabequeiro sabe não só embalar os bailes, como também é comum que faça seu próprio instrumento. Esse saber é passado entre gerações, mantendo viva a tradição. E é por isso que a rabeca acaba não tendo um padrão de construção definido, e sim características típicas de cada comunidade.
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HaRpA Dona de um som celestial, a harpa é um dos instrumentos musicais mais antigos da humanidade: há indícios dela desde 3 mil anos antes de Cristo. Isso é que é ter história!
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Na Europa Medieval, as harpas foram
Um dos capítulos mais interessantes da
adotadas pelas religiões cristãs e,
história da harpa acontece quando os
possivelmente por isso, foram associadas
espanhóis enviam os padres jesuítas
a algo angelical.
à América Latina e, junto com eles, suas harpas. O que era para ser uma
Especificamente na Irlanda, ela ganhou
ferramenta de evangelização, foi adotada
status de realeza: tinha até uma lei que
e reinventada pela população nativa.
dizia que todos os reis deveriam ter um harpista na corte! Também, que um nobre poderia até perder todos os seus bens, mas jamais poderia ser separado de sua harpa.
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QuEm ToCa? Loreena McKe
Edmar Casta
nnitt
neda Cristina Brag a
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Os indígenas harpistas utilizaram madeiras tropicais e foram repassando seus conhecimentos de geração em geração. Há muitas músicas paraguaias com harpas, quase todas com títulos em guarani, preservando a tradição dos povos originários.
QAnUn 16
Esse é o qanun. Nome diferentão, não é?
Com formato em trapézio, o qanun
Ele se chama assim porque, uma vez
pode ser tocado diretamente sobre os
afinado, serve de referência para os
joelhos dos músicos ou, ainda, sobre
demais instrumentos da orquestra
uma mesa. Toca-se com os dedos
árabe. O significado de qanun, no
ou com um acessório bem exótico:
árabe de sua origem, é lei. Isso faz
palhetas feitas de chifre de animais,
dele o primeiro e mais importante
que são presas nos dedos indicadores
instrumento desse tipo de orquestra.
do músico por meio de anéis de metal.
4
QuEm ToCa? Myria Tokmaji,
grupo Alma Síria Maya Youssef Aytaç Doğan
Capaz de reproduzir microtons, o qanun encanta a todos com seu som brilhante e envolvente. Ele tem tantas cordas que se diz por aí que os músicos levam meia vida para aprender a tocar o qanun, e a outra metade afinando o instrumento!
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OuD e ALaÚdE
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O alaúde pode ser considerado o avô da maioria dos instrumentos de corda! Ele veio da Ásia ainda com o nome de “oud”, que significa madeira em árabe. Chega ao Ocidente na mala dos muçulmanos, diretamente
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para onde hoje ficam Portugal e Espanha, a península Ibérica.
QuEm ToCa? John Berberian Dhafer Youssef Abed Tokmaji
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Neste período, entre os séculos VII e VIII,
A diferença entre o oud e o alaúde é que
um músico chamado Ziryab, nascido
o primeiro não tem trastes (filetes de
onde atualmente é o Iraque, chegou em
metal) no braço e geralmente é tocado
Córdoba, Espanha. Ziryab influenciou
com a risha, uma paleta de penas de
toda a região com sua música e fez uma
águia; já o segundo tem trastes e é
adaptação no oud: inseriu mais uma
tocado diretamente com os dedos.
corda e, com isso, entrou para história!
Ainda hoje existem os ouds e os alaúdes,
Essa mudança deu força ao instrumento.
cada um com sua beleza e estilo.
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SiTaR Um dos símbolos da música indiana, o
O sitar é um instrumento recente
sitar pode até ter o nome parecido com
que foi adotado por tradições
a cítara, mas não é em nada igual a ela.
antigas. Diz a mitologia hindu que
Enquanto o primeiro é tradicionalmente
ele é uma criação do deus Shiva. Os
indiano, tem braço, faz parte da família
grandes mestres do sitar chegam a
dos alaúdes e se escreve com “s”, a
receber títulos de honra e diz-se que
segunda é originária do Leste Europeu,
o intérprete deve tocar com os olhos
é sem braço, tem sua própria família e
fechados, sentindo cada nota.
ainda se escreve com “c”.
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QuEm ToCa? Anoushka Shankar Ravi Shankar Vilayat Khan
21
Com um grande número de cordas
Seu sucesso no mundo ocidental
— entre 18 e 20 unidades —, o sitar é
começa no século XX e o transforma
capaz de emitir um som poderoso,
em uma verdadeira estrela pop nos
gerando uma combinação de
anos 1960, quando da parceria entre
frequências sonoras que o torna
os músicos Ravi Shankar e George
inconfundível.
Harrison (dos Beatles).
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InSTruMEntOs De SoPrO
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Vibrar o ar e, assim, musicar.
WhiStLe Já imaginou se um instrumento
Divertido e meio assustador.
pudesse fazer você dormir ou dançar, mesmo contra a sua vontade?
Tin whistles são palavras em inglês que significam "apito de latão". Essas
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É isso que diz uma lenda sobre a tin
pequenas flautas têm 6 furos que,
whistle. Contam os antigos que as
quando tampados, permitem a emissão
fadas usavam essa pequena flauta
de diferentes notas. Se o músico soprar
para enfeitiçar as pessoas, fazendo
forte, as notas saem mais agudas. Se o
primeiramente elas dormirem e depois
músico soprar mais fraco, as notas saem
dançarem. E assim ficavam: dançando,
mais graves. Existem whistles de vários
dançando, dançando, sem poder parar!
tamanhos, uma para cada tom.
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Por ser um instrumento da cultura popular, não é comum usar partituras para escrever as músicas tocadas na whistle. Afinal, na música tradicional o músico aprende a tocar “de ouvido”, sem seguir a partitura. A tradição oral tem seus segredos, que muitas vezes são difíceis de serem registrados. 25
QuEm ToCa? Paddy Molone y Joanie Madde n Brian Finnega n
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PíFaNo Os pífanos são parte importante da
Em um processo de fabricação bem
música popular brasileira.
artesanal, a localização dos furos é feita com ajuda dos dedos e de uma
O pife, como também pode ser chamado,
régua caseira. O pife ainda leva em seu
é uma flauta tocada na transversal; no
interior uma rolha de cortiça desbastada
Brasil, costuma ser feita de materiais
e molhada. É ela quem dá a afinação
encontrados nas matas como bambu,
adequada. O local correto para colocar
ossos ou taboca, que é um tipo de
a cortiça é uma coisa da experiência: o
taquara muito comum no Nordeste.
saber vem com o tempo!
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QuEm ToCa? Sebastião Biano, Banda de Pífanos de Caruaru Leon Adan Carlos Malta 27
Geralmente, nos grupos de pífano um dos músicos se destaca pela habilidade de fazer ajustes e reparos nos próprios instrumentos e nos dos companheiros de banda. Hoje existem também os pífanos feitos de canos de PVC ou de metal, mas mesmo estes têm produção artesanal.
GAiTa De FoLe Ao contrário do que se conta por aí, a gaita de fole não tem origem escocesa. Ela surgiu lá do ladinho do rio Nilo, no Egito. Essa “confusão” acontece porque, além de apresentar uma infinidade de formatos, tamanhos e tipos, foi na Escócia que a gaita de fole ficou famosa.
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A Great Highland bagpipe, uma das gaitas escocesas mais conhecidas, virou referência no mundo por ser utilizada nas batalhas para encorajar as tropas e amedrontar os inimigos. Em dado momento da história, a Inglaterra chegou a proibir o seu uso, considerando o instrumento um artefato de guerra!
Além das escocesas, há ainda as gaitas irlandesas, as gaitas galegas e muitas outras. Há gaitas feitas com volume baixinho, perfeitas para serem tocadas em espaços fechados, e também as que possuem volume potente, para serem tocadas ao ar livre, em festas ou mesmo em meio a guerras. Tem gaita para todo gosto!
QuEm ToCa? Carlos Núñez Liam O'Flynn Alex Navar
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ÓrGãO O órgão faz jus ao título de rei: ele é
O órgão de tubo impera como um
capaz de produzir sons equivalentes
instrumento musical complexo, fruto
aos de vários outros instrumentos. Uma
da mecânica mais refinada de seu
invenção com toques de engenharia,
tempo. Sua história é bem antiga: ele
trabalho artesanal e arquitetura!
foi o primeiro instrumento de teclas a ser tocado pela humanidade.
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QuEm ToCa? Jon Lord
Ari Borger
Stephen Tharp
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Sensação em muitas catedrais, há
Com o tempo, os órgãos ganharam
órgãos de tubo com até 10 metros de
versões elétricas, digitais, portáteis e
altura. Seus tubos enormes fazem o
diferenciadas daqueles das igrejas.
som reverberar no interior das igrejas.
Entre as invenções, destaque para
Os órgãos de tubos são únicos: o
o órgão Hammond: um instrumento
som de cada órgão depende do local
eletromecânico que pretendia imitar
onde está instalado e do equilíbrio
o som do órgão, mas que acabou
entre seus registros.
por desenvolver um timbre próprio.
EsCaLeTa Esta é a escaleta, um instrumento musical que combina as vantagens de um instrumento de sopro a um teclado, semelhante ao do piano, em proporções reduzidas. A escaleta é pequena e fácil de carregar, o que a torna muito comum em práticas de iniciação musical. Mas não se engane, mesmo com sua carinha de brinquedo, musicistas 32
dedicados fazem dela um sucesso graças à sua sonoridade peculiar.
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Também conhecida como melódica,
Classificada como aerofone de
clavieta ou pianica, a escaleta
palhetas livres, a escaleta compartilha
apresenta hoje duas versões: uma de
sua história com o acordeão e a
32 teclas e outra de 37 teclas.
harmônica, sendo originários do sheng chinês.
Quanto maior o número de teclas, mais opções musicais o musicista
Muito mais abrangente do que
encontra e mais fôlego ele precisa ter.
aparenta, a escaleta tem até um grupo musical só para ela em Tóquio. Vale a pena conferir o som da Tokyo Melodica Orchestra.
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QuEm ToCa? Hermeto Pascoal Marcelo Torrone Augustus Pablo
TuBa
QuEm ToCa?
O som mais grave da família dos metais vem diretamente da tuba, uma gigante nascida em 1835 pelas mãos de dois alemães, Johann Moritz e Wilhelm
Constance Weldon
Levy Carvalho de Castro Øystein Baadsvik
Wieprecht. Seu corpo todo contém tubos estimados em 14 metros de comprimento!
Ao soprar no bocal, o musicista faz o ar passear por
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esse longo percurso, oferecendo à orquestra um som baixo e denso. A tuba moderna, da qual estamos falando, não deve ser confundida com a tuba romana, que é um pequeno trompete reto utilizado para comandos de infantaria nas antigas batalhas. Falando nisso, a tuba moderna também tem relação estreita com tropas, guerras e todo esse ambiente. Ela está presente nas bandas militares e, no decorrer
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da história, diversas adaptações foram feitas em seu formato para que os soldados pudessem tocar o instrumento enquanto desfilavam nas marchas, fosse a pé ou a cavalo.
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A tuba é amplamente aceita nas orquestras e bandas desde o seu surgimento. Considerada o coração de uma banda, sua presença faz muita diferença. Apesar do grande tamanho, seu timbre é suave e sua construção permite uma surpreendente agilidade. Às vezes, é usada para tocar uma melodia, mas seu uso mais frequente é na criação de uma base sólida para os sons dos outros instrumentos.
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InSTruMEntOs De PeRcuSsão
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Da batida do coração,
deixar surgir o ritmo da vida.
TriÂnGuLo O triângulo é um instrumento de 38
percussão formado por uma vareta de ferro ou alumínio dobrada em forma de triângulo. Todo o seu corpo vibra ao ser percutido por uma baqueta, também de ferro, produzindo um som agudo, cristalino e penetrante. Para tocá-lo, o músico maneja a baqueta com uma das mãos e, com
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a outra, segura o triângulo e alterna movimentos de mão fechada e aberta, obtendo variações.
QuEm ToC a? Leonardo G
orosito
Dennison Lu Airto Moreir
iz
a
Aqui no Brasil, o triângulo chegou
Ele é capaz de, com apenas uma única
junto com os portugueses. Também
nota, dar todo um contexto para a
conhecido como ferrinho, quindim
música.
ou tengo-lengo, o triângulo está presente em diversas manifestações
Por isso, exige muita concentração
culturais, dos sons rurais ao forró pé
de quem o toca. Já imaginou deixar
de serra e até mesmo nas orquestras.
passar a hora certa?
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DeRbAk O derbak é um tambor muito tradicional nos países árabes, presente em muitas culturas. Seu material de fabricação é variado: pode ser feito em cerâmica, em barro ou em madeira. Sua marca registrada é mesmo o ritmo!
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De acordo com o vocabulário da percussão árabe, o som “dum” é produzido quando se toca no centro da pele. O som “tak”, quando se toca mais próximo da borda. E o “sak”, quando o músico toca com a mão em forma de concha emitindo um som agudo, forte e seco. Combinando esses movimentos, uma infinidade de sons é possível.
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QuEm ToCa? Hossam Ramzy
Guilherme Gul (Derbake Gul) Luciano Madalosso
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Com um volume potente, o derbak é bem utilizado em músicas tocadas ao ar livre, pois tem uma boa projeção sonora e é capaz de oferecer ritmos marcantes que induzem a dança. E é por isso que ele é também um dos pilares da dança do ventre, na qual quem dança e quem toca atuam de forma conjunta.
BeRiMbAu Para contar a história do berimbau, temos de voltar milhares de anos. Não se sabe ao certo se foi o arco e flecha que deu origem a arcos musicais, como o berimbau, ou o arco musical que deu origem ao arco e flecha. O que sabemos é que o berimbau está em terras brasileiras 42
desde o início da colonização portuguesa, vindo junto com os povos africanos que aqui foram escravizados. Em Moçambique e em Angola há berimbaus semelhantes aos que temos no Brasil, mas foi aqui que ele ganhou sua companheira inseparável: a capoeira. O berimbau é a alma desta nossa dançajogo-arte-marcial!
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QuEm ToC a? Naná Vasc oncelos Ramiro Mu sotto Mestre Bim ba e Mestre Pas tinha
O som do berimbau dá a energia para os jogadores de capoeira! E aqui vai uma informação valiosa: na roda de capoeira, não há lugar para preconceitos ou vaidade. A magia da roda acontece no ritmo do berimbau, colocando todos em posição de igualdade! O berimbau é tão significativo para a cultura popular brasileira que não ficaria restrito às rodas de capoeira. Ele definitivamente ganhou todo o país!
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ATaBaQuE Dá para falar que desde sempre os seres humanos utilizam tambores para fazer som. De rituais e festas a batalhas, a batida marca o ritmo e dá energia às mais diversas manifestações culturais. Aqui no Brasil, com nosso caldeirão cultural repleto de influências africanas e indígenas, podemos dizer com orgulho que temos uma riqueza rítmica sem igual! Um belo exemplar da sonoridade brasileira 44
é o atabaque. Tocados normalmente em grupos de três, os atabaques conquistam quem os ouve. O atabaque geralmente é feito de forma artesanal: ele tem corpo de madeira unido por arcos de metal, e em uma das extremidades é coberto com pele de cabra. Esse couro é tratado no azeite de dendê e deixado ao sol para que fique bem esticado e, assim, possa produzir um bom som.
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Os ritmos do atabaque estão presentes em muitos estilos brasileiros, mas são especialmente tocados em rituais religiosos afro-brasileiros, como a Umbanda. Ele também está presente na capoeira, junto do berimbau, e participando da roda ficou mundialmente conhecido.
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QuEm ToCa? Os Encantados
Tambores do Paraná
Mestre Carlos Caçapava
AGoGô
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O agogô é mais uma das heranças
A história do agogô é bem antiga e
maravilhosas trazidas pela cultura
tudo indica que ele foi originalmente
nagô para o Brasil. Ele chegou ao país
desenvolvido na África durante a Idade do
junto com os africanos que aqui foram
Ferro, entre os séculos X e V a.C. A região
escravizados. A palavra agogô vem do
onde hoje é a Nigéria era vanguarda
iorubá, que é um dos maiores grupos
da metalurgia nessa época, e assim o
étnico-linguísticos da África Ocidental,
agogô surge junto com vários outros
e significa “sino” ou ainda “tempo”.
instrumentos e utensílios criados no período.
E é isso que o agogô é: um ou mais sinos, que são muito utilizados para marcar
Hoje o agogô pode ser feito com latão,
o ritmo/tempo das músicas e também
bronze ou outros materiais, e a sua
tocar a melodia. Seu som agudo e
acústica, forma e tamanho variam de
penetrante vem da vibração de todo
acordo com o material escolhido pelo
seu corpo, quando tocado por uma vara
fabricante. No Brasil, existem até versões em
ou baqueta.
madeira: nas rodas de capoeira, é comum que se utilize o “agogô de castanha”.
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QuEm ToC a? Leonardo G
orosito
Timbalada
Mestre Sidc
ley Fernand
es
O agogô é muito versátil e está presente em uma variedade de estilos: axé, baião, maracatu e samba. Nos desfiles das escolas de samba, marca o compasso, oferecendo um padrão sonoro à música. Por esse motivo, o agogô pode ser considerado o "maestro" dos instrumentos. Se algum dia você perder o ritmo da música, fica a dica: basta prestar a atenção no agogô, é ele quem dá o andamento.
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TAbLa Tabla, em árabe, significa tambor. Mas é no norte da Índia que esse instrumento encontra sua casa. Por lá, a tabla é um dos instrumentos de percussão mais característicos. Formada por uma dupla de tambores de forma e tamanho ligeiramente diferentes, a tabla produz um som leve e envolvente, e acompanha perfeitamente bem tanto músicas clássicas como músicas populares.
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18
Os mestres da tabla ensinam que a
Na hora de tocar, é comum que os
melhor maneira de aprender a tocá-
músicos passem talco nas mãos
la é, antes de tudo, reproduzindo seus
para manter o instrumento o mais
sons com a boca. Essa prática chama-
seco possível e, com isso, a afinação.
se “tala”. Com bastões de madeira, os
Junto da pele da tabla há uma pasta
professores marcam o tempo enquanto
preta, que hoje em dia é permanente,
o aluno “fala” o ritmo. Depois de muito
mas que antigamente era feita com
falar, aprende-se os padrões rítmicos e,
uma mistura de farinha, água e ferro,
daí sim, pode-se tocar a tabla.
aplicada no momento de tocar.
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QuEm ToCa? Zakir Hussain Anindo Chatterjee Swapan Chaudhuri
Assim como o sitar, a tabla indiana ficou famosa em todo o mundo quando o músico Ravi Shankar fez uma parceria com o guitarrista dos Beatles, George Harrison, nos anos de 1960.
TAmBoRiM Teco-teco-teleco-teco-teco-teleco. É ele, o tamborim! Figura carimbada das baterias das escolas de samba, o tamborim é versátil e leve, sendo muito fácil de carregar. Para tocar, basta segurar o tamborim em uma mão, a baqueta em outra, e pronto: já pode desfilar! As origens do tamborim remontam
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aos diversos tambores oriundos da África e do Oriente Médio. Atribui-se um parentesco entre ele e o adufe, uma espécie de pandeiro árabe de forma quadrada. Hoje, aqui no Brasil, há basicamente dois tipos de tamborim: os feitos de madeira e com pele de couro, e os feitos de alumínio ou acrílico, com pele sintética.
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Além de brilhar em fevereiro, o tamborim também tem sua história nas pequenas rodas de samba, nas quais os músicos exploram outras sutilezas, muitas vezes encostando o dedo na pele enquanto tocam, para obter variações no som e um gingado característico. Este último possui um som mais potente e é por isso que as escolas de samba o escolheram. A cada ano que passa, os mestres da bateria são instigados a criar novos arranjos, sem nunca deixar de lado o famoso ritmo telecoteco. Cada escola de samba tem uma sonoridade própria, que convive com a tradição, e a polirritmia dos arranjos impressiona os músicos e o público, que vem do mundo todo para prestigiar nossa maior festa popular, o Carnaval.
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QuEm ToCa? Mestre Marçal
Alcebíades Barcellos (Bide) Thalita Santos
StEeL DRum
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Um instrumento musical que surge com
incorporados pela população local,
a reciclagem de latas usadas para
tornando-se um instrumento bem
transportar petróleo! Incrível, não?
característico da região.
O steel drum, também conhecido como
As ilhas de Trindade e Tobago têm forte
steel pan, é muito tradicional nas ilhas
influência de povos africanos. Mas já
de Trindade e Tobago, que ficam no
antes dos africanos chegarem, existiam
Caribe. Conta a história que, durante
bandas de tambores chamadas
a Segunda Guerra Mundial, havia
tamboo bamboo. Somando-se os
muitos e muitos barris de petróleo
galões de petróleo que lá estavam com
naquela região, que hospedava uma
a cultura de batuques africanos, surge
base militar dos Estados Unidos.
essa sonoridade, que nos leva rapidinho
Esses galões de petróleo, vazios, foram
para os mares do Caribe!
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QuEm ToCa? Ian Giller Branco
Desperadoes Steel Orchestra Andy Narell
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O steel drum é como uma grande panela com diversas cavidades, e cada uma delas emite uma nota sonora diferente. Para chegar a tal proeza de afinação usam-se martelos, que moldam as cavidades do instrumento. Haja destreza!
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FiCha TéCnicA Coordenação geral Ety Cristina Forte Carneiro Produção executiva Luciana Patrícia de Morais Texto Isadora Hofstaetter Revisão Adriana Tulio Baggio Pesquisa Mateus Sokolowski Gestão de projeto gráfico Carolyne Rover Projeto gráfico Pedro, Pastel e Besouro
Ilustrações Felipe Lui Lívia Deboni Diagramação Dora Suh Fernanda Corrêa Consultoria pedagógica Claudio Teixeira Equipe de apoio Eduardo Rosa Elisa Cordeiro Brito Gustavo Caboco Lucia Angélica Tania Campos Esta cartilha tem distribuição gratuita. Curitiba, 2021
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ObRas CoNSuLTadAs:
BARSALINI, Leandro. Sobre baterias e tamborins: as jazz bands e a batucada de samba. Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, n. 70, p. 59-77, ago. 2018. Disponível em: https://doi.org/10.11606/issn.2316-901X.v0i70p59-77. Acesso em: 2 jun. 2021.
ADEYEYE, Adegorioye Oluwole. The fabrication of agogo as a way to foster technical knowledge. In: INTERNATIONAL CONFERENCE, 2., 2020. Proceedings […]. Ilaro: The Federal Polytechnic, 2020. Disponível em: https://fpi2ndinterconf.federalpolyilaro.edu.ng/ uploads/new_uploads/7221184.pdf. Acesso em: 2 jun. 2021.
BARTOLONI, Carmo. Propostas para o ensino da percussão utilizando ritmos e instrumentos étnicos brasileiros. 2011. Dissertação (Mestrado em Música) — Setor de Artes, Comunicação e Design, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2011. Disponível em: https:// acervodigital.ufpr.br/handle/1884/26154. Acesso em: 2 jun. 2021.
AGOGÔ. In: PORTAL Musica Brasilis. Disponível em: https://musicabrasilis.org.br/instrumentos/agogo. Acesso em: 20 maio 2021.
BBC. The Harp: A Latin American Re-invention, 6 jul. 2001. Disponível em: http://www.bbc.co.uk/worldservice/arts/ highlights/010705_harps.shtml. Acesso em: 12 jul. 2020.
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