"Comunicações" Agosto de 2022

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80 anos

443 498486485478476476475473473472474477499499500503504511514515464460446451452456459461462463466467468471 agosto de 2022 PROVÍNCIA FRANCISCANA DA IMACULADA CONCEIÇÃO DO BRASIL Rua Borges Lagoa, 1209 CEP 04038-033 | São Paulo - SP ofmimac@franciscanos.org.brwww.franciscanos.org.br Ministro Provincial: Frei Paulo R. Pereira Vigário Provincial: Frei Gustavo W. Medella Secretário: Frei Rodrigo da Silva Santos MENSAGEM DO MINISTRO PROVINCIAL “Celebrar as Festas!”, Frei Paulo Roberto Pereira FORMAÇÃO PERMANENTE Sobre “A melhor política”, Carta Pastoral dos Bispos do Regional Leste 3 ARTIGO O cordão vermelho da prostituta Raab” de Frei Luiz Iakovacz FORMAÇÃO E ESTUDOS Ordenação Diaconal de Frei Gabriel Dellandrea Profissão Solene: Retiro em preparação no Noviciado e Eremitério Na Festa do Perdão de Assis, Postulantado de Angola acolhe 16 jovens Começa o Noviciado 2022 em Angola Frei Lucas Moura faz sua Profissão Temporária em Guaratinguetá Festividades de São Boaventura marcam abertura do segundo semestre em Rondinha Postulantes fazem estágio no SEFRAS SAV A criação da Pastoral Vocacional em nossas Fraternidades Convento da Penha celebra o Mês Vocacional 2º Acampamento Vocacional Frei Carlos Pierezan FRATERNIDADES Santuário Frei Galvão elabora sua Missão, Visão e Valores Frei Djalmo: “Protestar contra a imprudência no trânsito! Que os culpados não fiquem impunes”

Tarde de espiritualidade com os benfeitores de São Paulo Chopinzinho: abertura do jubileu de 60 anos de Paróquia Agudos celebra o Perdão de Assis Peregrinação da Relíquia e Imagem de São Francisco de Assis em Blumenau Juventude Franciscana de Blumenau em grande atividade Paróquia Santa Clara de Colatina celebra sua Padroeira Santa Clara: Frei Fidêncio participa das celebrações em Nova Iguaçu Crisma na Paróquia Santo Antônio de Sorocaba EVANGELIZAÇÃO Canarinhos 80 anos Sefras realiza sua 18ª assembleia anual FIMDA: Assembleia Capitular 2022 USF celebra 20 anos do Programa de Pós-Graduação de Mestrado e Doutorado em Educação USF lança seu primeiro curso de pós-graduação em Teologia USF recebe estudantes de Odontologia da Universidade do Porto 10ª CFJ: Caminhada Franciscana do reencontro, da retomada e da ressignificação FAE, Fecomércio e Sebrae lançam projeto Consultoria Solidária Do encontro ampliado da Frente de Evangelização da Educação OSC Clarissas da Gávea: A vida no mosteiro desafia nosso tempo! OFM Ministro Geral comenta o rescrito do Papa que autoriza irmãos leigos serem superiores AGENDA

AGOSTO 2022 DO MINISTRO PROVINCIAL

Os próximos anos (2023 a 2026) irão oferecer à Família Francis cana a inestimável graça de celebrar diferentes jubileus. Ao anunciá-los, nossa Ordem insistiu que tais celebrações pudessem ser vividas de modo a revigorar a vocação dos frades e de todos os que se deixam inspirar pelas escolhas e opções de São Fran cisco de Assis. Portanto, esta orientação deve pautar a organização das ativida des pretendidas: os jubileus são graça e a graça dos jubileus deve ser vivida por todos.Válida para a celebração dos jubileus, tal máxima não seria também a intuição do artigo 12 dos Estatutos Gerais, reafir mado pelos nossos Estatutos Particulares (art. 10), que pede que as festas francis canas sejam vivamente celebradas? Por que celebrar as festas? Para tecer loas às virtudes alheias? Para ufanarmo-nos da história pretérita? Certamente, a convo cação para celebrar as Festas Francisca nas e os vindouros jubileus contempla uma extraordinária motivação evange lizadora e um criativo apelo vocacional. O mês de agosto, logo no início, ofe receu a oportunidade da celebração da Festa de Nossa Senhora dos Anjos e do Perdão de Assis. Nascedouro da experi ência franciscana, a Porciúncula é instan te convite ao revigoramento da missão; recordar de onde partimos e por que

públicodomínio1266-1337,Giotto,Francisco,SãodeEstigmatização

AGOSTOcomunicações2022 DO MINISTRO PROVINCIAL partimos recobra o sentido dos passos. Nesses tem pos tão conturbados que vivemos, a contemplação da pobreza de Nossa Senhora, do seu fecundo esvazia mento, ilumina o desejo da reconciliação. Esvaziados da prepotência, da soberba, da vanglória, da autorrefe rência e de todos os demais aspectos que geram dis tanciamento entre nós, poderemos nos tornar artífices do perdão.Aindana primeira quinzena veio a festa de Santa Clara, nossa mãe e irmã. Dádiva sem par poder gozar desta intimidade. Os inseparáveis e complementares projetos de Santa Clara, São Francisco e os irmãos e irmãs da primeira hora, são nossa grande herança e inspiração. Ao postular o privilégio da pobreza, San ta Clara realça a confiança inarredável no cuidado de Deus. Sendo Deus providente e cuidadoso, aos que o temem não resta outra coisa senão viver a liberdade plenificante e o cuidado em relação aos outros. Assim, não tardou e outras quiseram se juntar a ela; afinal, confiança, liberdade e cuidado são virtudes geradoras de fraternidade.Jánodia17de agosto foi a vez de agradecer e lou var a Deus pela santidade de Beatriz da Silva, que, a partir do ano 1484, reuniu algumas mulheres para cul tivar a vocação contemplativa, com Maria, por Maria e em Maria. Desde então, as mulheres que formam a Ordem das Concepcionistas, por sua vida prestam cul to à Virgem Imaculada, mais ainda, a têm como mode lo e exemplo. A devoção a Nossa Senhora, tão cara a São Francisco, a busca pelo silêncio que proporciona a intimidade com o Senhor, o testemunho da pobreza, o sustento alcançado pelo trabalho e a vivência euca rística revelam, de forma inapelável, que Santa Beatriz, mais do que uma influência episódica ou uma eventu al tutela dos frades, ela mesma bebeu da fonte que fez brotar o movimento franciscano. Agosto, com gosto franciscano, se foi e deixou um alerta para que as Fraternidades se organizem e privi legiem na sua programação as festas franciscanas que estão por vir. Desta forma, todos poderemos desfrutar o vigor que delas provém. No dia 17 de setembro, unamo-nos aos irmãos e irmãs da Ordem Franciscana Secular para viver a cele bração dos Estigmas de São Francisco, sinal da paixão de Cristo que a todos quer salvar. O Amor não amado deve ser proclamado com todas as forças. Deus apai xonado pelos seus é contraponto eloquente ao des caso e à indiferença pela dor alheia que têm marcado nossa sociedade. Neste mesmo dia, a Província vai cele brar a Profissão Solene de dois confrades em Petrópolis, Frei Danilo Santos Oliveira e Frei João Manoel Zechinatto. Nossos irmãos, neste dia tão significativo, nos oferecem um pensamento motivador extraído dos Fioretti: “Gran des coisas prometemos a Deus, mas muito maiores Deus nos prometeu”. No dia 17 também se dará a festa dos 375 anos de fundação do Convento São Francisco, do centro de São Paulo. Já em Florianópolis, a Fraternidade Santo Antônio assumirá os cuidados apostólicos da igreja da Ordem Terceira. A festa de São Francisco não será a única atividade em outubro. A piedade popular percebe em São Benedito, liturgicamente celebrado no dia 05/10, virtudes muito adequadas aos filhos de São Francisco, mormente, o cui dado com os pobres e a simplicidade. Além do padroei ro dos negros, dos cozinheiros, das donas de casa e dos profissionais de nutrição, em outubro vamos celebrar a festa de Frei Galvão (25/10). Neste ano, inclusive, a festa do primeiro santo nascido no Brasil se dará em meio às celebrações do bicentenário da sua morte. Mais do que datas, mais do que eventos, as celebra ções franciscanas revelam, de um lado, a criatividade e o vigor da vivência do Evangelho experimentados de dife rentes modos no decorrer da história, de outro, a possibi lidade que nos desafia a tornar mais nítidas nossas esco lhas e nossa forma de vida.

Festa em outros ambientes da sociedade Agosto está para Angola como outubro está para o Brasil. Primeiro por lá e, em seguida por aqui, se vivêsse mos tempos de normalidade, estes meses teriam a marca da festa pela possibilidade da participação popular na de finição do destino do seu país. O voto e as eleições pre sidenciais poderiam significar conquistas e sonhos reno vados. Entretanto, motivações nada nobres e interesses difusos têm comprometido a lisura dos processos eleito rais e isso tem gerado apreensão e medo. Recente pesquisa publicada aponta que no Brasil a partir dos eventos de 2016, quase metade da popula ção deixou de falar sobre política para evitar discussões. Muito legítima e até virtuosa é a proposição de evitar a beligerância, especialmente nos relacionamentos inter pessoais no âmbito da família, da comunidade de fé, en tre os companheiros de trabalho ou entre os irmãos na Fraternidade. Os conflitos com a marca da agressividade

Eles melhoram a produção de alimentos e remédios apenas o suficiente para prolongar nossa expectativa de vida, apenas para que tenham mais vida para drenar de nós. Eles nos permitem povoar a terra com mais humanos apenas para drenar nossa humanidade. Não somos pes soas para eles. Somos baterias. Somos combustível. Isso não é civilização. É um matadouro. Uma perfor mance de plástico falsa encenada para canalizar a vida humana nas engrenagens de uma máquina insaciável. Uma cultura de plástico falsa projetada para nos manter na esteira rolante para que nossa força vital possa ser con vertida em combustível para um império sem alma. Há muito mais de nós do que deles. Poderíamos es magá-los como um inseto no momento em que decidís semos. Mas a lavagem cerebral é muito, muito eficaz, e a alucinação da matriz parece muito, muito real. Nosso coma induzido por propaganda nos mantém alimentan do aSómáquina.quando acordarmos do coma nossa aventura nes te planeta realmente começará. Até que possamos des conectar nossas mentes dos mecanismos de controle de sifão de vida do império, podemos começar a realmente viver. Ou acordamos uns aos outros ou ficamos presos no matadouro. Paz e Bem! Frei Paulo Roberto Pereira MINISTRO PROVINCIAL

comunicaçõesAGOSTO2022 DO MINISTRO PROVINCIAL e da prepotência são destrutivos e não deverão ter lugar entre nós. Entretanto, o fechamento, o mutismo ou a in diferença poderão ser ainda mais danosos. A capacidade de ouvir, a maturidade para acolher a correção, a partilha de instruções esclarecedoras, o discernimento na escolha das fontes das informações se impõem. A inteligência nos torna aptos a acolher a tese, ouvir a antítese e configurar a síntese. Tristemente, vemos muitos grupos abrirem mão desta capacidade. Além da inteligên cia e da postura dialogal, é imprescindível o compromisso com a verdade. A enxurrada de fake News que invadem nossos relacionamentos, seja no ambiente virtual, seja no ambiente físico, não pode ser tida apenas como menti ras inconsequentes. A intenção deliberada de quem cria e propaga as ditas fake News é gerar insegurança, medo, desinformação, tensões e conflitos. Tudo isso faz parte de um estratagema com vistas a deslegitimar os meca nismos que garantem convivência harmoniosa entre as pessoas e instituições, dando margem, assim, a posturas desagregadoras e com viés autoritário. A página da Província na internet publicou o caderno elaborado por diversas Entidades da Igreja no Brasil que tem o sugestivo nome “Encantar a Política” e pode ser en contrado no seguinte endereço: br/banca/caderno-encantar-a-politica.html#gsc.tab=0https://franciscanos.org.

Por natureza da nossa vocação somos pessoas do diálogo; mais que isso, nos dispomos a ser agentes de reconciliação. A mediação de São Francisco no conflito entre os cidadãos de Gubbio e o lobo deve nos inspirar nestes tempos de dissenção. Assim como na legenda franciscana, alguns setores da nossa sociedade tentam impor conceitos e preconceitos que não se sustentam diante da mais rasa reflexão. Quando aliada à propósitos com fundamentação religiosa, esta postura aumenta a intransigência e nega qualquer possibilidade de inter posição, afinal o mandato de Deus é lei, e ele está acima de tudo. Francisco se utiliza do caminho da aproximação; ouve, dialoga, sugere ponderação e propõe combinados. A lição deste episódio, portanto, atesta que não devemos fugir dos conflitos ou ignorá-los em nome de um falso bem-estar; muito menos devemos buscar resolvê-los com truculência ou valendo-nos de pretensa autoridade ou força que imaginamos ter.

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A leitura individual, a reflexão a partir das Fraternidades, a constituição de grupos de estudo nos nossos ambientes de atuação, a divulgação do seu conteúdo serão instru mentos de esclarecimento e compromisso.

Termino esta mensagem sugerindo um texto de Caitlin Johnstone, jornalista australiana, intitulado “Presa no Matadouro”. A autora apresenta uma inter pretação dos dias atuais e aponta para a urgente ne cessidade de nos solidarizarmos, de nos unirmos para evitar a falência da sociedade e resgatar o sentido da existência: A civilização ocidental é uma história de barrigas cheias e corações famintos; de uma festa de informação e uma fome de verdade; de correias transportadoras pro duzindo alimentos processados, mídia de conformidade e cultura de serviço ao poder. Comida suficiente para per manecer vivo, mas não sustento suficiente para viver. Eles nos mantêm vivos, mas não nos deixam viver. Eles nos dão carboidratos suficientes para girar as engrena gens da indústria, mas nos mantêm ocupados demais, pobres, propagandeados, confusos e loucos para real mente beber das águas da vida. Para realmente experi mentar a beleza deste mundo.

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Acompanhando os turbulentos fenômenos políticos do Brasil nos últimos anos, criou-se no País um clima de ódio na política que acabou por se converter em ataque aos direitos humanos e das minorias, fazendo aumentar o fundamenta lismo religioso, intolerância, racismo, xenofobia, machismo, homofobia e outras formas de preconceito, que muitas vezes se concretizaram em atos de violência, como feminicídio e outros. Muito nos entristece, em particular, quando esses atos ou o desrespeito pelo outro são justificados por uma suposta adesão à Palavra de Cristo – que, na verdade, pregou o amor, perdão, conversão e acolhida a todos.

SOBRE “A MELHOR POLÍTICA”

01. Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque se rão saciados (Mt 5,6). Nós, bispos do Regional Leste 3 da CNBB, preocupados com a situação política e social do povo brasi leiro e estimulados pela reflexão do Papa Francisco sobre “a melhor política” na encíclica Fratelli tutti, nos dirigimos aos ca tólicos e outras pessoas de boa vontade, para que, iluminados pela Palavra de Deus e pela Doutrina Social da Igreja, encon tremos os melhores caminhos para colaborar na construção de um Brasil justo, fraterno e solidário.

03. Adentramos à terceira década do século XXI imersos em uma crise global de dimensões econômica, ecológica, éti ca, intelectual, social e política, intensificada e ampliada pela crise sanitária decorrente da pandemia global da Covid-19 a partir de 2020. No Brasil, porém, os efeitos dessa crise foram re forçados e tiveram maior impacto sobre a população pela in competência, insensibilidade, corrupção e preocupação com interesses próprios por parte das autoridades que deveriam cuidar de nosso Lamentamospovo.eoramos pelos mais de 670 mil brasileiros que perderam a vida em função da Covid-19 e nossa tristeza é ainda mais profunda quando sabemos que grande parte des sas mortes poderia ter sido evitada. Somos também testemu nhas dos elevados preços dos combustíveis, gás de cozinha, energia elétrica, carnes, óleo de cozinha e outros produtos da cesta básica, e sabemos muito bem que os efeitos dolorosos desses aumentos são sentidos primeira e mais sofridamente pelos mais pobres e desamparados, ou seja, por aqueles a quem Jesus nos manda amar e atender como se a Ele mesmo amparássemos (cf. Mt 25,31-46). Além desses, o número de pessoas desempregadas e que amargam situação de extrema pobreza aumentou de maneira preocupante no Brasil.

Vemos também com tristeza o avanço do desmatamento e a destruição de biomas fundamentais ao equilíbrio ecológi co, além do avanço do garimpo e do agronegócio sobre ter ras indígenas, que tem provocado, além da destruição de nos sa Casa Comum (cf. Francisco, Laudato si’), morte, sofrimento, adoecimento e empobrecimento dos povos originários. E tudo isso, muitas vezes, sob o silêncio dos órgãos de fiscaliza ção dos Poderes Executivos nacional e estaduais.

02. O profeta Amós dirigia um forte apelo aos homens e mulheres de sua época: “Quero ver o direito brotar como fonte e a justiça qual riacho que não seca” (Am 5,24). Essas palavras ainda hoje ecoam fortemente, como desejo de que brotem em nosso mundo o direito e a justiça. O direito de vida plena e digna para todos – mas, sobretudo, para os mais pobres – e a Justiça que nasce da partilha e tem como fruto a paz. O profe ta também exorta as autoridades e lideranças de seu tempo, incitando-as a governar com retidão e justiça, exortação que percorre o tempo e chega até os dias de hoje. Para os profetas, a ação dos governantes deveria refletir a Vontade de Deus revelada pela Aliança do Senhor com o povo e reproduzir na ordem social o Seu amor por todos os seus filhos e filhas. Ninguém deveria ser excluído da vida dig na e farta e do acesso aos bens da natureza que o Senhor dis pôs para todos (cf. Gn 1,28-30). Porém, o desvio dos caminhos do direito e da justiça por parte dos chefes e nobres da nação levava à “opressão dos fracos” e ao “maltrato com os necessita dos” (Am 4,1), o que provocava a exortação dos profetas, dirigi da principalmente à realidade política de seu tempo. Os olhos dos profetas não se desviavam da real situação do povo de Deus. E nós, como pastores, não podemos deixar de sentir no coração o momento crítico em que vive o País e a situação à qual foi lançada a maioria de nosso povo, em particular os mais pobres, aos quais Jesus outorgou a herança do Reino dos Céus (cf. Lc 6,20).

CARTA PASTORAL DOS BISPOS DO REGIONAL LESTE 3

Uma boa parte de nossos parlamentos (Congresso Na cional, assembleias legislativas estaduais e câmaras de vere adores) está ocupada por políticos que reproduzem esses aspectos negativos da política e não têm demonstrado a reta conduta que se espera de representantes eleitos para o Poder Legislativo. Muitos também se vendem em função de emendas parlamentares, mesadas ou doações para campa nhas eleitorais e esquecem a sua função de atuar pelo bem dos que os elegeram. A nenhuma dessas verdades podem os cristãos fechar os

O pressuposto fundamental para o voto consciente é o conhecimento das competências e limites de cada Poder da República e de sua importância na democracia. Os princí pios que apontaremos devem ser pensados de acordo com os papéis que cabem ao Legislativo (fazer as leis e fiscalizar o Executivo) e ao Executivo (administrar o orçamento público, os investimentos, as obras e as políticas públicas nas diversas áreas da sociedade). Cada Poder tem uma competência es pecífica e não se pode esperar de deputados e senadores o que é de competência do presidente e dos governadores, e vice-versa. Também não podemos nos esquecer de que, no sistema político brasileiro, nenhum presidente, governador ou prefeito governa sem harmonia e interação com as câ maras legislativas (Senado, Câmara dos Deputados Federais, assembleias legislativas e câmaras de vereadores). Isso deve ser levado em conta na escolha dos candidatos e na análise de suas propostas.

05. As próximas eleições, em função do que menciona mos acima, exigirão dos católicos um esforço maior de com preensão da conjuntura e engajamento efetivo no processo eleitoral. Muitas serão as armadilhas ideológicas e informa cionais, as notícias falsas e os apelos pseudorreligiosos – sem nenhum amparo nem nas Escrituras, nem na Doutrina Social da Igreja – que tentarão nos capturar em nome de interesses eleitoreiros. Estejamos atentos e sejamos “simples como as pombas e prudentes como as serpentes” (Mt 10,17), porque “os que pertencem a este mundo são mais espertos do que aqueles que pertencem à luz” (Lc 16, 8).

comunicaçõesAGOSTO2022 olhos. Pela missão que recebeu do próprio Cristo ressuscita do de “tomar conta de suas ovelhas”, como demonstração de seu amor por Ele (cf. Jo 21,15-17), o magistério da Igreja deve instruir os seus fiéis tanto nas verdades divinas quanto nas re alidades do mundo, de onde Jesus não queria nos tirar, mas preservar-nos do mal (cf. Jo 17,15). A Igreja, na sua longa ex periência de Povo da Aliança, inspirada nos profetas e na pre gação de Jesus, tem a função de também ensinar o seu povo sobre as questões sociais, políticas, econômicas e ecológicas. 04. Os bispos, nas suas dioceses ou em colegiado, no acolhimento sinodal à participação dos presbíteros e leigos e em sintonia com o Papa, têm autoridade para orientar os fiéis diante dos problemas gravíssimos das injustiças sociais de seu tempo (cf. Christus dominus, 12). Igualmente cabe aos presbí teros não ignorar a dramática situação dos pobres e injustiça dos (cf. Presbyterorum ordinis, 6). Por isso, inspirados pela luz dos Santos Evangelhos, pela Doutrina Social da Igreja, pelo pontificado do Papa Francisco e pelo clamor dos pobres e todos os que sofrem, nós, bispos do Estado do Espírito Santo – da Arquidiocese de Vitória e das dioceses de Cachoeiro de Itapemirim, Colatina e São Mateus, que compõem o recém-criado Regional Leste 3 da CNBB –dirigimo-nos ao povo de Deus de nossas igrejas locais para buscar a melhor política.

Para escolher os candidatos e candidatas, tanto ao Poder Executivo (presidente, governadores e prefeitos) quanto ao Legislativo (senadores, deputados federais, de putados estaduais e vereadores), precisaremos fazer uma avaliação muito criteriosa, porque o voto tem consequên cias na situação econômica, social, cultural e ambiental de nosso País, nossos Estados e Municípios. É necessária uma análise da história e das propostas daqueles que desejam ser nossos e nossas representantes no exercício de manda tos políticos. A participação consciente e efetiva dos cris tãos, desde que inspirada nas fontes autênticas de nossa fé, pode reverter o quadro geral no qual se encontra o nosso País e contribuir para que os poderes Executivo e Legislati vo de nossa República sejam moralizados e ocupados por pessoas com mais consciência de seu papel de represen tantes do povo.

Para auxiliar nesse momento de discernimento, apresen tamos algumas orientações que podem guiar os eleitores ca tólicos na escolha de seus candidatos e pautar o exercício dos mandatos dos que se candidatarem e se elegerem.

A defesa da vida desde a concepção até o fim natural 08. A Doutrina Social da Igreja defende o “direito à vida, desde o momento da sua concepção até o seu fim natural, que condiciona o exercício de qualquer outro direito e com porta, em particular, a ilicitude de toda forma de aborto pro curado e de eutanásia” (Compêndio da Doutrina Social da Igreja, 155). A defesa do direito à vida é concebida de maneira ampla e não se resume a uma única causa ou a um único momento, pois a vida humana é uma totalidade integrada e possui múl tiplos aspectos.

A defesa do inocente nascituro, por exemplo, deve ser clara, firme e apaixonada, porque neste caso está em jogo a digni dade da vida humana, sempre sagrada, e exige-o o amor por toda a pessoa, independentemente do seu desenvolvimento.

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O Papa Francisco, contudo, nos adverte: “Mas é nocivo e ideológico também o erro das pessoas que vivem suspeitan do do compromisso social dos outros, considerando-o algo de superficial, mundano, secularizado, imanentista, comu nista, populista; ou então relativizam-no como se houvesse outras coisas mais importantes, como se interessasse apenas uma determinada ética ou um arrazoado que eles defendem.

Mas igualmente sagrada é a vida dos pobres que já nasceram e se debatem na miséria, no abandono, na exclusão, no tráfi co de pessoas, na eutanásia encoberta de doentes e idosos privados de cuidados, nas novas formas de escravatura e em todas as formas de descarte. Não podemos propor-nos um ideal de santidade que ignore a injustiça deste mundo, onde alguns festejam, gastam folgadamente e reduzem a sua vida às novidades do consumo, ao mesmo tempo que outros se limitam a olhar de fora enquanto a sua vida passa e termina miseravelmente” (Francisco, Gaudete et exsultate, 101).

Tudo o que atenta contra qualquer aspecto da integralida de da vida humana deve ser combatido pelos meios disponí veis, entre os quais está a política. Segurança e direitos humanos 09. Testemunhamos nos tempos presentes o crescimen to da ideia equivocada de que a violência e a criminalidade se combatem com mais violência ou com a ação criminosa dos agentes do Estado. Isso se revela nos discursos que estimulam o ódio aos que cometem crimes, no apoio aos linchamentos e à tortura, nas propostas de aplicação de pena de morte ou pri são perpétua e no estímulo ao armamento da população civil.

O que revela a hipocrisia dessa posição é o fato de que esse ódio, na maioria das vezes, se direciona apenas aos crimi nosos das classes baixas. Muitos dos que dizem odiar o crime e os criminosos figuram entre os seguidores de políticos e empresários que assaltam os cofres públicos ou têm relações com o crime organizado. A ideia errônea de que o crime deve ser combatido com a violência e o ódio, fortemente presente nos discursos políti cos atuais, está em total contradição com os princípios evan gélicos e com a Doutrina Social da Igreja. O Papa Francisco o diz sem rodeios: “Hoje, afirmamos com clareza que ‘a pena de morte é inadmissível’ e a Igreja compromete-se decidida mente a propor que seja abolida em todo o mundo” (Fratelli tutti, 263). O que se estende à prisão perpétua, que, segundo o Papa, “é uma pena de morte escondida” (Idem, 268).

A concepção geral de política 06. A Doutrina Social da Igreja não rejeita a política, ao contrário, enxerga a atividade política dos cristãos como vi vência da “caridade social” (Bento XVI, Deus caritas est, 29). A participação na política é concebida como meio para o fim último, que é a dignidade da pessoa humana (cf. Compêndio da Doutrina Social da Igreja, 384). A política não é apenas uma ação que dependa de prefe rências individuais, mas um imperativo da vivência de nossa fé em um mundo onde se faz “necessária a política melhor, a política colocada ao serviço do verdadeiro bem comum” (Francisco, Fratelli tutti, 154). Por isso, o Papa nos convida a “revalorizar a política, que ‘é uma sublime vocação, é uma das formas mais preciosas de caridade, porque busca o bem co mum’” (Francisco, Fratelli tutti, 180). A simples adesão ao jogo político eleitoral, como se isso nada tivesse de relação com a fé que professamos e com os ensinamentos da Igreja, faz com que muitos cristãos acabem aderindo a ideias e práticas em franca contradição com os fun damentos de sua religião. Por isso, para o Papa, é inaceitável que os cristãos partilhem de certas mentalidades e atitudes que fazem “prevalecer determinadas preferências políticas em vez das profundas convicções da sua própria fé: a dignidade inalienável de toda pessoa humana, independentemente da sua origem, cor ou religião, e a lei suprema do amor fraterno” (Francisco, Fratelli tutti, 39). A preocupação com a casa comum 07. O pontificado de Francisco iluminou a Igreja para a centralidade da questão ecológica, e por essa razão, a temá tica ambiental deverá sempre ter espaço de destaque no debate político. Não se trata apenas do que foi chamado de “ecologia rasa”, ou seja, uma preocupação reduzida ao “verde” ou algumas espécies vivas, mas de uma concepção integral da ecologia, que pensa o planeta inteiro, nossa casa comum de que nos fala a Laudato si’. Segundo o Papa, “as questões re lacionadas com o meio ambiente e com o desenvolvimento econômico já não se podem olhar apenas a partir das dife renças entre os países, mas exigem que se preste atenção às políticas nacionais e locais” (Francisco, Laudato si’, 176). Quem não integra a concepção ecológica profunda a seus projetos políticos ou já demonstrou descaso com o ecossistema em sua gestão ou mandato não merece nosso voto e não pode dizer-se em sintonia com o pensamento de nossa Igreja.

Economia a serviço da vida 13. Faz parte da Doutrina Social da Igreja a ideia de que a economia deve servir ao bem comum e a política deve se sobre por aos interesses da economia. De acordo com a Laudato si’, “a política não deve submeter-se à economia [...]. Pensando no bem comum, hoje precisamos imperiosamente que a política e a eco nomia, em diálogo, se coloquem decididamente ao serviço da vida, especialmente da vida humana” (Francisco, Laudato si’, 189).

14. Em nossa atual conjuntura mundial e nacional, “deve mos voltar a pôr a dignidade humana no centro e sobre este pilar devem ser construídas as estruturas sociais alternativas de que precisamos” (Francisco, Fratelli tutti, 168), e, por isso, de ve-se privilegiar os programas econômicos e as propostas po líticas que tenham o meio ambiente e os pobres como meta prioritária do desenvolvimento econômico.

Partidos, candidatos ou candidatas e cabos eleitorais que simpatizam com regimes ditatoriais ou que atentam, com pa lavras e atos, contra a democracia e suas instituições também estão fora de sintonia com os ensinamentos de nossa Igreja e, como tais, não merecem nosso apoio.

10. A ação criminosa dos agentes do Estado, por meio da prática de tortura, é também condenada pela Doutrina Social da Igreja. “O discípulo de Cristo rejeita todo recurso [à tortura], de modo algum justificável e no qual a dignidade do homem é aviltada tanto naquele que é espancado quanto no seu al goz” (Compêndio da Doutrina Social da Igreja, 404)

O discurso político que só reconhece como meta da eco nomia o crescimento da riqueza, os resultados financeiros, a austeridade fiscal e o compromisso com as grandes corpora ções e com os agentes financeiros está em contradição com o ensino social da Igreja. O mesmo ocorre com os programas de governo que não assumem o papel determinante do Es tado na gestão da economia na perspectiva da vida humana – e mais ainda as ideias de fim do Estado para que este seja substituído pelo mercado. Pois “o mercado, de fato, não pode encontrar em si mesmo o princípio da própria legitimação” (Compêndio da Doutrina Social da Igreja, 348). “O livre mercado pode produzir efeitos benéficos para a coletividade somen te em presença de uma organização do Estado que defina e oriente a direção do desenvolvimento econômico” (Idem, 353). “O mercado, por si só, não resolve tudo, embora às vezes nos queiram fazer crer neste dogma de fé neoliberal” (Francis co, Fratelli tutti, 168).

11. O mesmo ensinamento nos instrui a respeito dos ar mamentos. “A doutrina social propõe a meta de um ‘desarma mento geral, equilibrado e controlado’. O enorme aumento das armas representa uma ameaça grave para a estabilidade e a paz. [...] Todo e qualquer acúmulo excessivo de armas ou o seu comércio generalizado não podem ser justificados moral mente” (Compêndio da Doutrina social da Igreja, 508).

A preferência pelos pobres, segundo a Doutrina Social da Igreja, é um imperativo decorrente de nossa fé, não uma op ção ideológica. “O princípio da destinação universal dos bens requer que se cuide com particular solicitude dos pobres [...].

comunicaçõesAGOSTO2022449formação permanente

Defesa da democracia

15. A Igreja Católica tem compromisso firmado com a de fesa dos valores democráticos. “A Igreja encara com simpatia o sistema da democracia, enquanto assegura a participação dos cidadãos nas opções políticas e garante aos governados a possibilidade quer de escolher e controlar os próprios go vernantes, quer de os substituir pacificamente, quando tal se torne oportuno; ela não pode, portanto, favorecer a formação de grupos restritos de dirigentes, que usurpam o poder do Es tado a favor dos seus interesses particulares ou dos objetivos ideológicos” (João Paulo II, Centesimus annus, 46).

A Doutrina Social da Igreja destaca, no entanto, que “uma autêntica democracia não é somente o resultado de um res peito formal de regras, mas é o fruto da convicta aceitação dos valores que inspiram os procedimentos democráticos” (Com pêndio da Doutrina Social da Igreja, 407).

A esse propósito deve ser reafirmada, em toda a sua força, a opção preferencial pelos pobres” (Compêndio da doutrina social da Igreja, 182, reforçado nas Conferências Episcopais Latino-Americanas e Caribenhas de Medellín, Puebla, Santo Domingo e Aparecida).

Apoiamos e estimulamos as propostas que fortaleçam a participação popular por meio de conselhos populares, fó runs, conferências, plebiscitos, referendos e outras formas de proposição e controle da sociedade sobre temas que envol vem a todos. Compromisso com a verdade 16. Lamentamos profundamente que a mentira esteja sendo usada como arma política e método para arregimentar apoiadores e seguidores de ideias políticas. Jesus apontava o Diabo como o “pai da mentira” (Jo 8,44) e a Si mesmo como “o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14,6). Por isso, a Doutrina So cial da Igreja afirma que “os homens estão obrigados de modo particular a tender continuamente à verdade, a respeitá-la e a testemunhá-la responsavelmente (Compêndio da Doutrina Social da Igreja, 198).

12. Nenhum candidato ou candidata, partido político ou cabo eleitoral que defenda o contrário disso e baseie suas propostas de segurança na defesa da prisão perpétua, pena de morte, prática de tortura e armamento da população civil pode se apresentar como representante dos valores defendi dos pela Igreja Católica. O mesmo ocorre com aqueles que homenageiam e defendem publicamente torturadores ou agentes de segurança que agem fora da lei.

20. Reiteramos o que foi dito na Mensagem ao Povo Bra sileiro da 59ª Assembleia Geral da CNBB no dia 29 de abril de 2022: “Conclamamos toda a sociedade brasileira a participar das eleições e a votar com consciência e responsabilidade, es colhendo projetos representados por candidatos e candida tas comprometidos com a defesa integral da vida, defenden do-a em todas as suas etapas, desde a concepção até a morte natural. Que também não negligenciem os direitos humanos e sociais, e nossa casa comum onde a vida se desenvolve. To dos os cristãos somos chamados a preocuparmo-nos com a construção de um mundo melhor, por meio do diálogo e da cultura do encontro, na luta pela justiça e pela paz.”

permanente não contratemos um motorista que não seja honesto, jamais daríamos a direção do carro a alguém apenas pela honestida de. É a habilidade na direção que nos vai fazer escolher, entre os honestos, aqueles que terão maior capacidade de dirigir.

PRESIDENTE DO REGIONAL LESTE 3

21. Inspirados na Palavra de Deus, na Doutrina Social da Igreja, nas palavras do Papa Francisco e de seus ante cessores, nas Conferências Episcopais Latino-Americanas e Caribenhas, nos documentos e pronunciamentos da CNBB, especialmente na Mensagem ao Povo Brasileiro da 59ª As sembleia Geral da CNBB, convocamos todos os católicos a participar ativamente das eleições, como candidatos(as) e eleitores(as), por meio de reflexões e ações, buscando ser “fermento na massa”, “sal da terra” e “luz do mundo”, a fim de construirmos uma sociedade mais justa, tolerante e fundada no direito e na justiça. Que eles “brotem como a fonte e o riacho que não seca” (Am 5,24).

Dom Dario Campos, OFM, ARCEBISPO METROPOLITANO DE VITÓRIA

Honestidade como pressuposto 17. Para a Doutrina Social da Igreja, “entre as deformações do sistema democrático, a corrupção política é uma das mais graves porque trai, ao mesmo tempo, os princípios da moral e as normas da justiça social. A corrupção política distorce na raiz a função das instituições representativas, porque as usa como terreno de barganha política entre solicitações cliente lares e favores dos governantes. Deste modo, as opções po líticas favorecem os objetivos restritos de quantos possuem os meios para influenciá-las e impedem a realização do bem comum de todos os cidadãos” (Compêndio da Doutrina Social da Igreja, 411).

18. Para enfrentar a corrupção, devemos nos opor à com pra e venda de parlamentares, seja por empresas privadas ou por verbas públicas e cargos nos governos em troca de apoio no Legislativo. Porém, a corrupção não aparece apenas na for ma de roubos ou desvios de verbas, mas também na distor ção da função dos mandatos e no seu uso interesseiro. O uso dos mandatos políticos para a criação de vantagens individu ais ou de grupos particulares também corrompe o sentido da política e da coisa pública (res publica17).

AGOSTOcomunicações2022

BISPO DA DIOCESE DE CACHOEIRO DO ITAPEMIRIM ES – SECRETÁRIO

19. Contudo, os candidatos e candidatas não devem apre sentar a honestidade como promessa de campanha ou plata forma política única. Honestidade é o pressuposto elementar para qualquer candidato que mereça o voto dos católicos. Ela está no terreno da ética e só por derivação faz parte da política. Por isso, não devemos nos contentar apenas com a promessa de honestidade, mas, tendo a conduta moral como pressu posto, devemos inquirir se os candidatos sabem a função e os limites dos cargos para os quais se candidatam. Embora

formação450

Ao Papa Francisco não passou despercebida a triste reali dade do uso da mentira como método político, potencializa do pelas redes sociais e aplicativos de mensagens e gerador de fanatismos destrutivos, dos quais não escapam também os cristãos: “Deve-se reconhecer que os fanatismos, que in duzem a destruir os outros, são protagonizados também por pessoas religiosas, sem excluir os cristãos, que podem ‘fazer parte de redes de violência verbal através da internet e vários fóruns ou espaços de intercâmbio digital. Mesmo nas mídias católicas, é possível ultrapassar os limites, tolerando-se a difa mação e a calúnia e parecendo excluir qualquer ética e respei to pela fama alheia’” (Francisco, Fratelli tutti, 46). Por isso, busquemos o debate eleitoral aberto, no qual não se escondam as propostas e projetos, e evitemos as can didaturas e campanhas pautadas na difamação do outro, nas falsas notícias, no discurso raivoso e nas mensagens de ódio transmitidas por aplicativos. Precisamos exigir ideias e propos tas claras e rejeitar a mentira, pois, para o cristão, é a verdade que liberta! (cf. Jo 8,32).

BISPO DA DIOCESE DE SÃO MATEUS- ES – VICE-PRESIDENTE

Dom Luiz Fernando Lisboa

Dom Paulo Bosi Dal’Bó

Dom Andherson Franklin Lustoza de Souza BISPO AUXILIAR DA ARQUIDIOCESE DE VITÓRIA

Que a graça e a sabedoria divina nos guiem e o amor de Cristo pelos mais pobres nos inspire na escolha dos candida tos e candidatas e no posterior acompanhamento de suas ações. Que a Virgem da Penha nos acompanhe e auxilie nessa importante missão! Vitória, 1º de julho de 2022.

Dom Lauro Sérgio Versiani Barbosa BISPO DA DIOCESE DE COLATINA

Para os cristãos, recorda-lhes a memória da morte salvadora da cruz. Deste episódio, poderá ter nascido o axioma “fora da Igreja não há salvação” (extra ecclesiam, nulla salus) ou, ainda “Igreja santa e pecadora” (casta meretrix) Várias lideranças religiosas entraram em conflito com Jesus por causa do rigorismo/ritualismo/legalismo. A estas, deixou este o alerta: “Em verdade, em verdade vos digo: os publicamos e as prostitutas vos precederão no Reino dos Céus” (Mt 21,31). Isto continua valendo no presente de hoje, e no amanhã do futuro! Frei Luiz Iakovacz

O

O cordão vermelho da prostituta Raab

aos reis amorreus Seon e Og. Por isso estamos “apavorados e de sencorajados”. O mais importante, porém, é sua declaração de fé: “Estou ciente de tudo o que Javé fez”.

Dia da Bíblia é comemorado em todos os países. No Brasil, teve a seguinte caminhada: em 1971, as paró quias de Belo Horizonte (MG) uniram-se e decidiram: durante o mês de setembro, todos incentivariam o estudo bíblico, se possível, com a participação do maior número de famílias. Para tanto, o Serviço de Animação Bíblica (SAB) elaboraria um roteiro simples e acessível. Após esta experiência, o próprio povo insistiu para que se continuasse nos anosVendoseguintes.osbons frutos que isso poderia trazer para a Igreja no Brasil, a CNBB, em 1985, instituiu“Setembro, Mês da Bíblia”. Por quê? Porque no dia 30 celebramos a festa da São Jerônimo (340421 d.c.), conhecido como um “apaixonado pela Palavra de Deus”. Dotado de extraordinária inteligência e gosto pelo estudo, deixou seu país, no Oriente, e dirigiu-se a Roma onde conheceu o cristia nismo e foi batizado. Ordenado presbítero, sentiu-se atraído pela Bíblia, dedicou-se ao estudo do hebraico, aramaico e grego, os idiomas em que foi escrita.

Notando o ardor deste jovem, o Papa Dâmaso o convidou para que traduzisse a Bíblia para o latim, pois as traduções existen tes eram “imperfeitas e diversificadas”. Jerônimo aceitou o pedido e intensificou os estudos, consul tando exegetas e visitando os lugares onde Jesus viveu e pregou, a Palestina. Inclusive, por vários anos, ficou recolhido nas grutas de Belém, onde ultimou a tradução. Escreveu, também, comentários sobre textos difíceis que a própria Bíblia admite existir dentro dela mesma. É preciso, então, que alguém a explique, como fez o diácono Felipe no encontro que teve com o etíope (cf. At 8,26-40). O conjunto deste imenso trabalho recebeu o nome de “Vul gata”. A Igreja Católica adotou esta tradução como oficial em suas celebrações e estudos. É por isso que celebramos o mês da Bíblia, em Sãosetembro.Jerônimo nos deixou este lapidar ensinamento: “Ignorar as Escrituras, é ignorar a Cristo”. A cada ano, nos é proposto o estudo de um livro bíblico. Este ano (2022) é o livro de Josué. Todo o capítulo 2, com seus 24 ver sículos trata do estranho e enriquecedor fato da prostituta Raab. Quando Israel vem do Egito e quer entrar na Palestina, obriga toriamente, tem que passar pelo rio Jordão, junto ao qual está a cidade de Jericó. Josué, para conquistá-la, envia dois espiões para obterem o maior número de informações. Os dois empreendem a tarefa e vão hospedar-se num pros tíbulo onde encontram a prostituta Raab. Prostíbulo é um lugar estratégico porque ali, normalmente, circulam todos os tipos de mercadores, comerciantes, povo em geral. A presença destes dois israelitas se espalha e a notícia chega aos ouvidos das autoridades que delegam pessoas para capturá -los. Raab confirma a presença deles, mas que já saíram. Se forem ao seu encalço, logo os acharão. Na realidade, ela os escondeu no terraço. Em contato com eles, lhes dá muitas informações. A cidade está “apavorada” com a possível invasão porque sabem dos grandes feitos que Javé reali zou para libertá-los da escravidão egípcia, e as derrotas impostas

Para os hebreus, o “cordão vermelho” os faz lembrar o sangue do cordeiro pascal com o qual untaram os umbrais das casas e, os que nela estavam, foram preservados da morte (cf. Ex 12,21-28).

Em seguida, pede-lhes que, assim como ela os protegeu e os informou, que o mesmo seja feito com ela e sua família. Ambos fizeram um pacto mútuo. O selo deste pacto é o “cordão verme lho/escarlate”, através do qual “ desceram da janela do terraço que ficava rente ao muro”, pondo-os, assim, em liberdade. Aconse lhou-os a ficarem três dias nas montanhas, fora do alcance dos que os procuravam. E o “cordão vermelho permaneceu na janela”. Ao regressarem a Josué, expuseram-lhe tudo o que aconte ceu, inclusive, o compromisso de preservar Raab e sua família. Jericó foi conquistada, o pacto foi observado, Raab e familiares começaram a fazer do povo de Israel (cf. Js 6,20-25). Há quem sustente que Raab se tornou uma piedosa prosélita e até que se casou com Josué. No transcorrer da história de Israel, Raab é apresentada como modelo de fé em Javé. Ela “ouviu e creu”, pois a “fé brota do ouvir” (Rm 10,17). Por três vezes é citada no NT. Mateus inclui seu nome na lista da genealogia de Jesus (cf, Mt 1, 5). O apóstolo Paulo afir ma que “pela fé, a prostituta Raab não pereceu com os incrédulos porque acolheu os espiões que vieram reconhecer a região” (Hb 11,31). Por último, a fé é concretizada em obras: “Não foi a pros tituta Raab, considerada justa em suas obras quando hospedou os exploradores e os fez regressar por outro caminho”? (Tg 2,25).

Frei Gabriel é natural da cidade de Timbó (SC), nascido no dia 7 de outubro de 1994 e foi criado na cidade vizinha, Rodeio, onde a presença centenária dos frades despertou um apelo vocacional pronunciado a ele por Deus. E dentro da caminhada religiosa iniciada em 2009, no Seminário Santo Antônio de Agudos (SP), Frei Gabriel sentiu-se inspirado e chamado por Jesus Cristo para receber seu sacerdócio minis terial no primeiro grau chamado de diaconado.

estudoseformaçãoAGOSTOcomunicações2022

A

Dom Carlos: “O diácono que não ama e não serve, esvazia-se”

“Assumir o diaconado é uma forma de intensificar esse desejo de imitar Cristo, especialmente através do serviço, nas mais variadas ações, correspondendo ao amor de Deus. Dá um certo ‘temor e tremor’, pois me sinto frágil diante da

FREI GABRIEL DELLANDREA

Fraternidade Provincial se reu niu no dia 30/07, no Santuário São Francisco, no centro da Cidade de São Paulo, SP, às 10h, para celebrar a ordenação diaconal de Frei Gabriel Dellan drea junto com os familiares e amigos, paroquianos e peregrinos na Celebração Eucarística presidida pelo bispo auxiliar da Arquidiocese de São Paulo, Dom Carlos Silva, OFMCap, e transmitida pelas redes sociais.

formaçãocomunicaçõesAGOSTO2022453eestudosgrandeza desse ministério, mas por outro lado, sei que não estou sozinho. E tenho muitos exemplos. Muitos frades, muitos amigos são servos exemplares. E não posso esquecer do meu pai e mi nha mãe, que sempre me convidaram a uma Igreja em saída, pois buscaram sempre oportunidades para visitar mos os doentes, rezarmos juntos na comunidade e em casa, partilharmos a Palavra e buscarmos realizar alguma ação de caridade de alguma forma. Eles são diáconos da mesa de casa, e é a partir dessa força que espero vencer os desafios para servir à mesa da Igreja de Cristo. Bons exemplos não faltam”, relata o Imbuídorecém-ordenado.deumaantiga necessida de apostólica, o diácono é responsável pela administração dos bens tempo rais de uma comunidade de fé para promover o serviço caritativo entre os irmãos, especialmente os fragilizados, marginalizados e apequenados pela sociedade. Frei Mário Luiz Tagliari, guardião e pároco do Santuário, com partilha que o diaconado “é um serviço instituído desde a Igreja Primitiva e que os convocados a este ministério eram os que ficariam cuidando da Mesa da Palavra e da mesa dos pobres”. Além do cuidado caritativo, é res ponsabilidade diaconal as implicações que decorrem da postura de salva guardar a Palavra de Deus e ensiná-la catequética e constantemente à co munidade cristã local. Compartilha Frei Gabriel a respeito desta missão divina e humana que “o chamado gosta de brincar de esconde-esconde. Ora, ele é totalmente evidente, ora ele corre à nossa frente e nos deixa a sua procura. Ficamos numa caça tremenda para encontrá-lo, tal qual a música ‘Caça dor de mim’, interpretada pelo Milton Nascimento. E quando pensamos que o encontramos, ele logo se retrai e vai para outro lugar, nunca se deixando possuir por inteiro e sempre escapan do, até que, na Vida Eterna, somos convidados por Deus a estar com Ele. E quando ele some a gente fica triste, e, aos poucos, vai deixando de lado aqui lo que não é essencial para continuar nessa busca. E ele é isso, um danado que nessa dinâmica de se revelar e se esconder, nos desafia a ir cada vez mais longe, mais fundo, mais intensamente. Mas a cada momento que o encontra mos, na fagulha de instante que ele nos

Muitos familiares e amigos do recém-diácono estavam presentes e dentre eles se destaca o irmão mais velho e confrade Frei Daniel Dellandrea que durante a celebração esteve ao lado do irmão caçula, Frei Gabriel, e ajudou-o a vestir a estola e a dalmática.

Frei Daniel partilhou sua emoção: “Sin to-me honrado e feliz por tê-lo como irmão, além de sangue, um irmão na Ordem, e, agora também, a serviço da Igreja e por saber que Deus nos chama. A resposta dada por Frei Gabriel acaba

da Oração de São Francisco de Assis diante do Crucifi xo, Frei Gabriel utilizou das palavras “dai-me uma fé reta, uma esperança certa e uma caridade perfeita” como seu lema de ordenação. Na Celebra ção Eucarística, após a apresentação pública do eleito e confirmada sua idoneidade, Dom Carlos Silva tomou a palavra para expressar o sentido bíblico-teológico, pastoral e social que tem um diácono dentro e fora de uma “GostariaIgreja.de começar nossa pe quena reflexão trazendo um pequeno trecho do documento Lumen Gentium (Luz dos Povos) que diz: ‘Ao ministério dos diáconos são impostas mãos não para o sacerdócio, mas para o serviço’. De fato, como nos ensina o Papa Fran cisco, o diaconado não é uma espécie de “passagem” para o presbiterado, mas é um ministério que nos conduz ao centro do mistério da Igreja. Porque a Igreja segue o mandato de Jesus: Jesus amou e serviu, a Igreja ama e serve, e o diácono que não ama e não serve, es vazia-se, não produz frutos”. E continua Dom Carlos com a atenção voltada a Frei Gabriel: “E, por isso, Frei Gabriel, o que nós celebramos neste momento é uma ação de graças ao Pai, por Cristo e no Espírito, mas também em nome do povo, isto é, do mesmo Povo ao qual você pertence e que você se doará ao modo servidor de Jesus Cristo”.

AGOSTOcomunicações2022 permite retê-lo, que alegria, que júbilo, queApoderando-seemoção”.

Motivando toda a assembleia reunida, o bispo comentou: “Deste modo, irmãos e irmãs, convém que haja uma relação autêntica entre o que se celebra, o que se ensina e vive, é aquilo que chamamos de ‘coerência’, que ultrapassa os limites da aparência e alcança a essência.

Sim! Que o nosso viver seja reflexo do que ensinamos e celebramos, e é somente quando somos evan gelizados que seremos capazes de evangelizar. É, fundamental, portanto, que o servidor seja tocado pela força vital do Evangelho, para que esteja a serviço do próximo e não de suas ideias e de si mesmo, mas disponível à comunidade, afinal, Jesus enfatiza que “o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir”.

Entre ações de graças, preces, cantos, lágrimas e sorrisos, Dom Carlos Silva, pela imposição de suas mãos, ordenou Frei Gabriel tornando-o, pela ação do Espírito Santo, um diácono. “[...] Frei Gabriel, recordo uma palavra que nós, franciscanos, bem conhecemos: despojamento. É necessário que haja um despojamento constante para que se viva a leveza dos Pequenos e o amor para com os Mínimos do Reino, assim como Paulo, Timóteo, Francisco de Assis e outros tantos”, explicou o bispo.

455 formação e estudos animando a todos nós a sermos fiéis deste chamado, mas principalmente nos tornar instrumentos de Deus”. Dentro do Projeto Fraterno de Vida e Missão da Fraternidade São Francisco, e no contexto do jubileu de 375 anos da presença franciscana no Largo São Francisco, a ordenação diaconal de Frei Gabriel ocupa um importante lugar na rememoração da necessidade de cuidar dos que sofrem e de ensinar a Palavra. “Nós estamos celebrando este ano jubilar de 375 anos da fundação do convento e o diaconado de Frei Gabriel desperta o autêntico sentido que vem dos Apóstolos de cuidado e serviço. Nós temos uma característica muito grande, em São Paulo, que é o Pão dos Pobres. A ação solidária franciscana se fez desde o início desta presença. Os frades, onde estiverem, partilham com os pobres aquilo que eles têm”, salien tou Frei Mário Tagliari. Antes da bênção final, Frei Gabriel Dellandrea, por meio da figura da uva que é transformada em vinho, expres sou sua gratidão por todos aqueles que caminharam junto a ele. “[...] Agradeço àqueles que foram em minha vida a minha terra onde nasci, o meu cacho, a minha família, a minha comunidade, a minha paróquia São Francisco de Assis de Rodeio. Agradeço a bacia da Igreja que me acolheu. Agradeço àqueles que me pisaram, para que eu pudesse soltar meu suco e aos meus amigos de perto e de longe que vieram, e os confrades de turma: Augusto, Roger e Hugo, verdadeiros companheiros... Agradeço o carisma franciscano, à Pro víncia, à esta Fraternidade, que é a gar rafa onde posso depositar meu suco. Agradeço a Deus por ter um irmão duas vezes: de sangue e de Ordem. Agradeço a todos aqui presentes e os que acompanharam pelas redes sociais e os que prepararam essa celebração. Bons exemplos me deram. Que eu possa, com a graça de Deus, chegar aos pés de todos vocês!”.

Frei Bruno Dias de Deus (texto) e Paty Castelo (fotos), pela Pascom do Santuário São Francisco

Retiro em preparação no Noviciado e Eremitério formação456 e estudos Profissão Solene

457 formação e estudos

O retiro foi marcado por dois momentos: o primeiro foi de 5 a 21 de julho e teve lugar na casa do Noviciado, onde os retirantes, ob servando a rotina própria daquele lugar puderam meditar sobre diver sos temas franciscanos e clarianos, a começar pela própria história

vocacional de cada um. No décimo terceiro dia de retiro integraram-se ao grupo os frades Moacir Anto nio Longo, José Bertoldi, Tarcísio Geraldo Theiss e Rafael Spricigo que foram ao Noviciado para o retiro anual promovido pela Província da Imaculada.Foramdias intensos de muita meditação, oração, partilha de vida, convivência fraterna e lazer. Via-se a alegria tanto no rosto dos noviços que se sentiram animados e confor tados com a visita de seus irmãos da Teologia e de outras Fraternidades, quanto no rosto dos retirantes que voltaram ao lugar onde deram o seu primeiro “sim” a Deus na Ordem dos Frades Menores. No segundo momento, de 22 a 27 de julho, os retirantes subiram à montanha do Eremitério Beato Frei Egídio de Assis, na busca d’Aquele que os chamou. Nestes dias, Frei Gilberto da Silva foi o pregador. Aquela experiência foi profunda

E ntre outros benefícios que temos recebido e ainda recebemos diariamente da generosidade do Pai de toda a misericórdia e pelos quais mais temos que agradecer ao glorioso Pai de Cristo, está a vocação que, quanto maior e mais perfeita, mais a Ele é devida” (Testamento de Santa Clara, 2-3). Após alguns anos de caminhada religiosa franciscana na Ordem dos Frades Menores, os frades Danilo Santos Oliveira, João Manoel Ze chinatto, António da Silva Manuel, Daniel Kahuvi Tchitumba Tchikeva, Domingos Cacanda Soma, Evaristo Seque Joaquim e Pedro Domingos Caiungue Mugiba, da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil; Luiz Eduardo Dias Lima, da Província São Francisco de Assis; e Matheus Morais Dutra, da Província do Santíssimo Nome de Jesus, rea lizaram no mês de julho o retiro em preparação para a Profissão Solene, na Fraternidade São Francisco de As sis, Noviciado São José, Rodeio (SC).

O retiro teve início no dia 5 de julho no Noviciado e contou com a orientação de Frei Marcos Antonio de Andrade, Definidor Provincial e mestre dos frades do Tempo da Teologia e de Frei Gilberto da Silva, vice-mestre. Os frades da Fraternida de do Noviciado, Frei Samuel Ferreira de Lima, mestre dos noviços; Frei Josemberg Cardozo Aranha, guar dião; Frei Miguel da Cruz, pároco; e Frei Claudino Dal’Mago, vigário paroquial, também colaboraram na condução das reflexões.

OS PROFESSOS SOLENES 2022 Frei SantosDaniloOliveira 3° ano teologia (7° ano profissão temporária), residente na Fraternidade Sagrado Coração de Jesus, Petrópolis. Natural de Itapeva (SP), onde nasceu 10 de julho de 1989, vestiu o hábito franciscano no dia 15 de janeiro de 2015.

AGOSTOcomunicações2022458formaçãoeestudos

DATAS E LUGARES DAS PROFISSÕES: Frei João ZechinattoManoel 2º ano de Teologia (5º Ano de Profissão Temporária), residente na Fraternidade do Sagrado Coração de Jesus, Petrópolis. Natural de Amparo (SP), onde nasceu no dia 15 de dezembro de 1992, vestiu o hábito franciscano no dia 14 de janeiro de 2017.

mente marcada pelo silêncio da procura incansável pela voz do Senhor na oração, alimento do Frade Menor; pelo trabalho, que os faz servir mais do que ser servido; e pelo convívio fraterno, herança deixada a eles pelo Seráfico Pai São Francisco de Serviu-lhesAssis.deinspiração a própria Regra dos Eremitérios à qual procuravam observar, a Regra Bula da, o Testamento de São Francisco e de Santa Clara de Assis, além de leituras continuadas dos Escritos de SãoComFrancisco.aEucaristia celebrada diariamente puderam experimentar a viva presença do Senhor Jesus em sua Palavra e na partilha do pão. Marcaram o tempo no ritmo das Horas Canônicas, entremeadas de momentos de deserto, e partilha do que cada um viveu durante o dia. Aquelas pedras tão bem preparadas para erguer o Eremitério recordava -lhes a construção e reconstrução do Templo interior que eles, como consagrados franciscanos, buscavam diariamente empreender, isto é, pedra por pedra. Em um dos dias, no qual celebra vam a Festa de Santa Maria Mada lena, esta os fez recordar que, assim como apóstola do Ressuscitado acorreu ao sepulcro antes do clarear matinal, eles também, naquele Eremitério, foram ao encontro do Senhor a cada dia, antes do raiar da aurora e encontraram a pedra do sepulcro ao centro da capela na qual estava depositado o Santíssimo Cor po do Senhor e dele auriram forças para descer da montanha e anunciar a todos que encontraram o Senhor vivo. Alegraram-se todos e buscaram viver o seu Reino que é justiça, paz e alegria no Espírito Santo. Os frades retirantes concluí ram o retiro no Eremitério com a Celebração Penitencial extraída do Devocionário Franciscano. Eles agradeceram ao Senhor por aqueles dias e pediram que fossem recom pensados no céu a Fraternidade do Noviciado que os acolheu com tanto carinho, sempre pronta para as necessidades dos retirantes e todos quanto fizeram com que aquele retiro acontecesse. Frei Evaristo Seque Joaquim (texto) e Frei João ZechinattoManoel(fotos)

A profissão solene de Frei Danilo Santos Olivei ra e Frei João Manoel Zechinatto será no dia 17 de setembro na Igreja do Sagrado Coração de Jesus de Petrópolis, RJ A profissão solene de Frei Matheus Morais Dutra está marcada para o dia 25 de outubro em Anápolis (GO), na Capela Santo Expedito A profissão solene de Frei Luiz Eduardo Dias Lima acontecerá no dia 04 de dezembro, em Butiá (RS), na Capela Santa Bárbara A profissão solene dos frades António da Silva Manuel, Daniel Kahuvi Tchitumba Tchikeva, Domingos Cacanda Soma, Evaristo Seque Joaquim e Pedro Domingos Caiungue Mugiba está prevista para ser em Angola em data e lugar a serem marcados.

foi chamado pelo mestre Frei Max e cada um respon deu prontamente: “Aqui estou”. Com a chamada dos candidatos, Frei Ivair interrogou os candidatos sobre o que desejavam e eles responderam: “Que sejamos admitidos ao postulantado”.

Frei Ivair terminou sua reflexão com a seguinte recomendação: “Tenham devoção a Nossa Senhora, pois graças a esta igrejinha a Ela dedicada que toda nossa Família Franciscana começou”. Desejou a cada um dos postulantes força, coragem, oração e perseverança. Depois da homilia, como sinal de nossa fé como nos pede nosso Pai Francisco quando o irmão vem ao nosso encontro, rezou-se o Credo. Em seguida, a celebração teve o seu curso normal. No final da Missa houve um almoço festivo na Fraternidade.

comunicaçõesAGOSTO2022

Frei Fábio José Gomes e Frei Adriano Fernando Sumbelelo

Na Festa do Perdão de Assis, Postulantado de Angola acolhe 16 jovens

Na Fundação Imaculada Mãe de Deus de Angola, no dia 2 de agosto, Festa Franciscana do Perdão de Assis, foram admitidos ao Postulantado, na Fraternidade Nossa Senhora dos Anjos da Porciúncula de Viana, Angola, 16 irmãos para esta etapa formativa. A Missa teve lugar na mesma Fraternidade com início às 10h15 e foi presidida pelo guardião em exercício, Frei Laurindo Lauro da Silva Júnior. Estavam presentes Frei Ivair Bueno de Carvalho, Presidente da Fundação; Frei Jefferson Max Nunes Maciel, mestre dos postulantes; Frei João Alberto Bun ga, Frei Canga Manuel Mazoa, Frei Fábio José Gomes, vice-mestre dos postulan tes; e Frei Adriano Fernando Sumbelelo em estágio de férias. Depois do Evangelho, Frei Jefferson Max leu a carta enviada por Frei Paulo Roberto Pereira, Ministro Provincial, que delegou a Frei Ivair Bueno de Carvalho a acolhida desses 16 jovens na etapa do Postulantado.Cadapostulante

Então, seguiu-se o diálogo. Frei Ivair abençoou os Taus que cada um carre garia no seu peito. Frei Ivair começou sua reflexão di zendo: “Todos nós temos datas impor tantes nas nossas vidas, com o é a do nosso nascimento, batismo. Também para nós, Franciscanos, hoje é um dia muito importante porque celebramos a festa de Nossa Senhora dos Anjos. Foi na pequenina Igreja de Assis, a Porciúncula, que tudo começou, onde nasceu a Ordem Franciscana. Ali nosso Pai Seráfico partiu para o céu”. Dirigin do-se aos postulantes, disse: “Esta data ficará marcada também nas vossas vidas, pois fostes admitidos na Ordem dos Frades Menores”. Comentando a primeira leitura, disse o frade que a sabedoria é o que nos conduz cada vez mais a sermos e reconhecermos que somos filhos de Deus. Frei Ivair parafra seou o Papa Francisco ao dizer: “A vida consagrada é o prenúncio do reino dos céus que já começa nesta terra”. Já no final da reflexão, disse ainda: “o anjo Gabriel vai ao encontro da jovem Maria, que o recebe. Hoje, os jovens são vocês de diversas regiões de Angola, que recebem a graça de Deus ao ingressarem no Postulantado”. Disse ainda para se esforçarem em “manter a graça de Deus que está em vós, na oração, trabalho, na vida fraterna, como fez nosso Pai São Francisco”.

Começa o Noviciado 2022 em Angola capela. Segundo ele, o trabalho manual do povo foi a maior motivação que o levou a construir a capela de São José. Nos costumes do povo angolano, as refeições são feitas na forma de um círculo e a comida toda é posta no centro e assim ela é partilhada de forma fraterna. Este grande gesto levou Frei Ivair a colocar o Santíssi mo Sacramento no centro e não no canto como é comum na maioria das capelas. Frei Tomás Gaspar Joaquim Eles foram recebidos, durante as Vésperas solenes, pelo Ministro Provincial da Província da Imaculada Con ceição do Brasil, Frei Paulo Roberto Pereira. Frei Paulo disse aos noviços que estavam entregues em boas mãos, não as melhores, mas as que possuem o amor e a vontade de trabalhar, e que os eEspíritoquedashumanamenteformariamepedagogicamentemelhoresformaspossíveis.FreiPaulopediuaosirmãosparadeixassemavidafraternaeoSantofalaremsempreporsi,quenenhumaformaçãoacadêmica

AFundação Imaculada Mãe de Deus de Angola admitiu, no dia 22 de julho, às 18h30, ao Noviciado cinco jovens postulantes: Amilton Domingos Ambrósio, João da Costa António, João Kahamba António, Pedro José Domin gos e Turibio da Cruz Waya Ndumbu. estivesse acima da fraternidade. No dia 23 continuamos com a festa que foi marcada pela Profissão de Frei Pedro Isaías Luisa Vitangui e a bênção solene da nova capela situada em uma das pedras que se encontram na Frater nidade Santo Antônio, em Kibala, onde está situado o Noviciado. A capela, pela devoção popular, ganhou o nome de uma tarefa fácil, mas pode ser uma das maiores alegrias se vivida com amor”. Frei Paulo também agradeceu ao povo pelo carinho e respeito aos frades desde a sua chegada nas terras de Kibala.Por último, o guardião da Fraterni dade, Frei Ivair Bueno de Carvalho, foi chamado para falar sobre a criação da

AGOSTOcomunicações2022

São José. Ela estará aberta ao povo de todaNaregião.suahomilia, Frei Paulo pediu aos confrades que vivessem o Evangelho como Irmãos Menores segundo o que dita a Regra franciscana. “Ser frade não é

Frei Walter de Carvalho Júnior

4. As reflexões de Frei Egídio destacam a carne como lugar possível de pecado contra a castidade. A carne soa como o atributo do homem que é sensível à fraqueza do desejo imoderado. Viver segundo a carne é entregar-se aos domínios da própria vontade, e isto é o inimigo. Para perseverar na castidade é mais importante o uso da inteligência do que o uso da força. Força denota poder, agressão, ação do eu-próprio. Inteligên cia fala de delicadeza, de graciosidade e leveza. Há uma força própria que vem da inteligência.

Frei Lucas Moura faz sua Profissão

Temporária em Guaratinguetá

formaçãocomunicaçõesAGOSTO2022461eestudosNo domingo, 31 de julho, a Fraternidade do Postulan tado Frei Galvão esteve em festa. Frei Lucas de Moura Justino Souza fez a sua Pro fissão Temporária durante a Celebração Eucarística, às 9h30, com a participação de pessoas da comunidade local, confrades, ben feitores e amigos. Além do gesto de entrega e de confiança de Frei Lucas, que, nas mãos de Frei Paulo Roberto Pereira, diante da capela cheia, fez seus Votos, a festa foi ainda mais bonita pela presença de vários confrades vindos de perto e de longe. Frei Rodrigo da Silva Santos con cluía seu retiro anual realizado aqui na Fraternidade. Os frades estudantes que passaram o mês de julho em Rodeio fazendo o retiro em preparação à Pro fissão Solene, e o mestre Frei Gilberto da Silva, também se fizeram presentes. Frei César Külkamp, Definidor Geral, e Frei Fidêncio Vanboemmel, Moderador da Formação Permanente, ladeavam Frei Paulo, junto ao altar. Frei Róger Bru norio, que ajudava a planejar o balcão vocacional para área dos Romeiros, também compareceu. Frei Lucas se preparava para fazer os seus Votos há 8 meses, ajudando nos trabalhos diversos da casa e também dedicando-se aos estudos, pois deverá concluir neste ano o seu mestrado em Filosofia pela Faculdade Federal do ABC. No último Definitório, Frei Lucas foi transferido para a Fraternidade do Sagração Coração de Jesus, em Petró polis (RJ). O retiro de preparação Frei Lucas preparou-se para a Profis são durante três dias, junto ao Mosteiro

Mater Christi, na Fazenda Esperança. Acolhido pela Irmãs Clarissas, Frei Lucas, com elas e com os recuperandos, par ticipava da Eucaristia à tarde. Durante o dia dedicava-se à oração pessoal e à reflexão de textos de Frei Egídio de Assis: “A oração e seus efeitos”, “A obedi ência e sua utilidade”, “A santa castida de”, “A santa humildade”. Das suas várias anotações durante o retiro, partilhamos alguns pensamentos: 1. A obediência em si é um ato de amor promovido pelo Pai que precisa ser acolhido na pobreza. A pobreza daquele que sabe da sua insuficiência e, por isso, necessi ta da referência de Deus. É a voz Dele a responsável pela condução dos nossos passos. A obediência é também desa fio, e, como desafio, exige a prontidão para o expor-se. Na exposição de mim, tenho a possibilidade de enxergar o lugar em que mora o meu coração e o lugar em que coloco o meu tesouro. 2. O saber da oração tem precedência em relação à razão para o conhecimen to de Deus. Um saber que ilumina a fraqueza e demonstra a necessidade da procura. 3. “Quanto à oração aconse lho-te a ir devagar”: um saber que é também aprendizado, uma espécie de acrisolamento de si, e, portanto, um expropriar-se na disciplina de aprender a orar. Reza-se pobre com o intuito de permanecer pobre.

Festividades de São Boaventura marcam abertura do segundo semestre em Rondinha

formação462 e estudos

No dia 15 de agosto, como tradicionalmente ocorre, a Fra ternidade São Boaventura de Campo Largo ( PR), celebrou seu Padroeiro São Boaventura. O dia iniciou com a Missa solene, pre sidida pelo guardião da Fraternidade Frei Daniel Dellandrea. Na sua homilia, fundamentada nos artigos 38 e 39 das Constituições Gerais, acentuou que não somos um grupo de amigos que dividem a mesma casa, mas irmãos, filhos de um mesmo Pai. Esta comum paternidade é o que une nesta Frater nidade uma diversidade étnica com frades catarinenses, paulistas, cariocas e angolanos. Logo, esta diversidade é como um dom divino, que, nas dores e alegrias buscam seguir a Cristo, ins pirados pelo exemplo de São Francis co deNesteAssis.mesmo dia ocorreu o capí tulo da Fraternidade, como forma de marcar e dedicar este dia exclusiva mente como celebrativo da Fraterni dade. Frei Daniel deu oficialmente as boas-vindas a todos os frades que re gressaram dos estágios pastorais em diversas Fraternidades da Província, como também aos frades angolanos que, após um longo processo de espera pela liberação da documen tação, vêm compor oficialmente a Fraternidade São Boaventura. Frei Dâmaso, estudante do 1º ano da Fi losofia e recém-chegado de Angola, frisou que “depois de certo tempo à espera da documentação, ao mesmo tempo, fazendo a faculdade on-line foi bastante difícil. Mas, graças a Deus, já estamos aqui na Fraternidade São Boaventura para vivenciar a vida religiosa franciscana como irmãos”. Um almoço festivo contou com a presença dos confrades da Frater nidade Bom Jesus da Aldeia e dos colaboradores do Convento. A celebração do dia de São Boaventura marcou, assim como no ano passado, o início de uma nova caminhada, pois, além da Fraterni dade estar completa, indicou um re vigoramento fraterno junto da vida de cada irmão. Que São Boaventura continue sempre inspirando esta Fraternidade na busca constante de chegar a Deus, a exemplo de São Francisco de Assis! Frei Paulo Ngungu Ngumbe Gabriel

No dia 20 de julho houve festa nas Irmãs Franciscanas de Siessen. As novi ças Edilene e Daina receberam o hábito religioso e, os frades da Fraternidade de Santo Antônio do Pari e os do Semi nário Frei Galvão de Guaratinguetá, (SP), tiveram a graça de assistir esse grande momento.

O postulante Franklin fez o estágio no Chá do Padre: “Confraternizamos, rimos, conhecemos novos frades e, ao mesmo tempo, passamos a ser conhecidos por eles. Ou seja, sentimos que nos integramos mais à Província a qual queremos pertencer. Isto foi muito bom! Foi unânime a satisfação de todos em poder servir e ajudar. Cada serviço possui excelentes colaboradores e vo luntários que nos ensinaram um pouco do ótimo trabalho desenvolvido ali. Estar nesse período de estágio, poden do servir em projetos tão grandiosos, conhecendo pessoas, com certeza, foi um momento inesquecível e fonte de um novo vigor para todos os postulan tes na caminhada franciscana”.

Postulantes fazem estágio no SEFRAS

formaçãocomunicaçõesAGOSTO2022463eestudosN

o mês de julho, de 3 a 17, os postulantes realizaram seu estágio de meio de ano na Fraternidade Santo Antônio do Pari, em São Paulo (SP). O estágio foi de duas semanas e não era realizado desde o início da pandemia. Os postulantes trabalharam em três frentes do SEFRAS: com as crianças do Jardim Peri, Recifran e o Chá do Padre. No dia 4, juntamente com o mestre de Postulantado, Frei Walter de Carvalho Júnior, participaram de uma palestra para melhor compreender o trabalho e as frentes do SEFRAS. O guardião da Fraternidade, Frei José Francisco de Cássia dos Santos, usando a passagem do bom samaritano, explicou a missão, não somente do SEFRAS, mas de todas os seres humanos. No dia 5, deram-se início aos trabalhos. Cada um foi de signado para uma frente. Nos finais de semana, os postulantes visitaram o Mu seu da Língua Portuguesa, o Mosteiro São Bento e a Catedral da Sé. Também puderam participar de um evento do SEFRAS organizado pelos colaborado res em uma noite, com apresentações de músicas, poemas e histórias de vida. O evento “Vozes Caridosas” foi um grande sucesso. Nesse meio tempo, os frades das Fraternidades de São Paulo estiveram no funeral de Dom Cláudio Hummes. A missa foi presidida por Frei Fidêncio Vanboemmel, que na homilia lembrou suas raízes franciscanas. Os postulantes tiveram uma experiência de reafirmação da fé e da vocação, segundo o postulante Victor Gomes: “O estágio no SEFRAS foi uma experiência muito importante e gratificante para mim, pois eu pude ter mais certeza na minha vocação. Esse estágio ajudou muito no meu processo formativo, e também pude conhecer a realidade das pessoas em situação de rua. Esse estágio me marcou muito e por isso vou levar para a vida toda”.

Frades prestigiam vestição das noviças Siessen

AGOSTOcomunicações2022savO Capítulo Provincial de 2021 mais uma vez considerou o tema primordial, elegendo como uma das prio ridades da evange lização: “Consolidar a Animação Vocacional como responsabilidade permanente de cada frade e Fraternidade”. Dentre as muitas propos tas e sugestões, destacou-se, na ocasião, a importância da comunhão com os leigos que atuam diretamente em nossas Frentes de trabalho. Nesse momento, conside rou-se essencial criar a Pastoral Vocacional nas Fraternidades onde ainda não existem e que fossem animados os irmãos e irmãs que já se dedicam a essa pastoral em nossas paróquias. Durante os meses de julho e agosto os Animadores do Serviço Vocacional da Provín cia, Frei Jeâ Paulo Andrade e Frei Gabriel Dellandrea deram início ao processo de visita e criação da Pastoral Vocacional em nossas Fraternidades. Já houve uma primeira forma ção nas Fraternidades de Vila A criação da Pastoral Vocacional em nossas Fraternidades São João de Meriti – RJSorocaba – SP Agudos – SP

AGOSTO4652022savVelha, ES, São João de Meriti (RJ), Sorocaba (SP), Bauru (SP) e Agu dos (SP). Em algumas, o encontro serviu como primeiro passo para a articulação da Pastoral Voca cional e em outras Fraternidades a reunião foi o momento para retomar o vigor e reorganizar as atividades.APastoral Vocacional tem por objetivo possibilitar o surgimento e o encaminhamento de todas as vocações na Igreja: laicais, religio sas, ministeriais e missionárias, favorecendo a implantação de uma evangelização, em vista da construção do Reino de Deus. É função desta equipe dinamizar a comunidade eclesial integrando todas as pastorais, promovendo atividades que auxiliem os fiéis a descobrir, assumir e desenvolver a vocação à qual Deus os chama. Assim, a equipe de Pastoral Voca cional torna possível a integração orgânica com toda a comunidade paroquial.Nesses encontros estão sendo convocadas lideranças da Pascom, Pastoral Familiar, Juventudes, Cate quese, OFS e outras congregações religiosas presentes no território em que a Fraternidade está inse rida. A recepção da proposta está sendo muito bem acolhida pelos frades e leigos e se percebe boa vontade para dar continuidade ao processo de reflexão e ação em prol das vocações. Esse trabalho deve continuar nos próximos meses e em várias outras Fraternidades já está sendo organizado esse trabalho em sinto nia com o Pró-Vocações e Missões Franciscanas.Obrigado à acolhida fraterna nos lugares passados e a disposi ção para o bom êxito dos traba lhos vocacionais nas Fraternidades que ainda acolherão o SAV nos próximos meses! Frei Jeâ Paulo Andrade e Frei Gabriel Dellandrea Bauru – SP Vila Velha – ES

Alessandro

Ao final da Missa, Frei Alessandro fez uma oração pelos vocaciona dos, para que encontrem respostas para o chamado de Deus e sejam obedientes. Cristian Oliveira

Por fim, Frei Alessandro animou a todos para que não desanime mos mesmo com as dificuldades, lembrando o exemplo de Santa Dulce dos Pobres (memória do dia).

AGOSTOcomunicações2022466sav A

“Todos nós temos falhas e vamos enfrentar as dificuldades, mas não podemos desanimar. A gente pre cisa ter essa generosidade de ouvir o chamado de Deus, precisamos de muita fé, de muito amor, e obedi ência ao chamado de Deus. Temos hoje o exemplo de Santa Dulce dos Pobres, uma pessoa que se voltou para os necessitados, se entregou por eles. Nós temos, como ela, a função de rezar e cuidar do outro. O sacerdote é alguém que dedica sua vida ao serviço do outro”, lembrou.

Igreja no Brasil reserva o mês de agosto para as orações e preces pelas vocações: é o conhecido “Mês Vocacional”. A Missa das 11h, no dia 13/8,, teve como motivação a oração pelas muitas vocações. Frei Alessandro Dias Nascimento é Animador Vocacional do Convento e por isso conduziu a celebração como uma conversa, explicando principalmente que vocação não é apenas dos religiosos, e dos presbíteros. A liturgia também foi com leituras próprias que falam de vocação bem como as orações. Ao iniciar a partilha da Palavra e da experiência vocacional, Frei lembrou que a vocação é dom de Deus, portanto, todos nós somos chamados. “Estamos vivendo o mês vocacional e quando falamos de vocação, não podemos pensar apenas nos padres ou nos religiosos. No próprio Evangelho, Jesus diz: ‘A messe é grande mas poucos os ope rários, pedi ao Senhor da messe que envie operários para a messe’ (Mt 9,38), ou seja, Jesus chama a todos nós. Nossa vocação, primeiramente, é um dom de Deus. Vocação é uma resposta de fé ao chamado de Deus! Nossa vocação não é a gente que escolhe, é Deus que nos escolheu. Você que é casado ou você que é solteiro, a gente sente aquela ‘incli nação’ e se identifica com aquele modo de vida. É Deus que fala ao nosso coração”, explicou.

Convento da Penha celebra o Mês Vocacional

No Seminário, eles tiveram momen tos privilegiados diante do Santíssimo, momentos de mística e espiritualidade, além dos momentos de partilha e de formação. Nessa última eles puderam escolher uma entre as cinco vocações apresentadas para participar de uma oficina. Foram elas: Vida Religiosa Con sagrada, apresentada pelas Irmãs Após tolas do Sagrado Coração de Bauru, SP; Vocação Familiar, apresentada pelo Gustavo e a Daniela, casal de ministros na Paróquia; Vocação ao Ministério Ordenado, apresentada pelo Frei Ladí Antoniazzi; Vocação do Leigo, apre sentada pela Isabela Gaspar, Pascom da paróquia; e a Vocação Missionária, apresentada pelo Frei André Gurzynski.

Na manhã de domingo, Dia dos Pais, o acampamento aconteceu também para os pais, que levaram do Seminário o trabalho de cultivar a semente que foi plantada no coração de cada um, com obras e palavras. A missa de encerramento foi presidida pelo guardião do Seminário, Frei Ade mir Sanquetti, que manifestou o seu entusiasmo pela juventude reunida e recordou-lhes que não há outro cami nho senão seguir a Cristo. Essa foi a segunda edição do Acam pamento que leva o nome de Frei Carlos Pierezan, homenagem singela ao confrade que faleceu em 2019 e que, em seus anos em Agudos, esteve muito próximo da juventude, sempre trazendo questionamentos oportunos sobre as vocações em suas homilias e rodas de conversa. Frei Gilberto Silveira

comunicaçõesAGOSTO2022

N

da Costa Junior 2º Acampamento

Vocacional Frei Carlos Pierezan

os dias 13 e 14 de agosto, a juventude de Agudos, SP, foi convidada a meditar sobre o seu chamado no segundo zan.VocacionalAcampamentoFreiCarlosPiereOeventocomeçoupor volta das 14h com uma caminhada da comunidade São Francisco de Assis até o Seminário Santo Antônio, e encer rou-se com a Celebração Eucarística no domingo, às 10h, reunindo cerca de 50 jovens de toda a região. Durante a caminhada, os jovens fizeram três paradas para refletir sobre a sua relação com Deus e o chamado na sociedade e na Igreja. Na Paróquia São Paulo Apóstolo foi realizada a primeira parada, quando se refletiu sobre a vocação à vida, um chamado comum a todos, e a motivação foi feita por Rosana Padial e Frei André Gurzynski, da Pastoral da Ecologia Integral. Já mais à frente, na Paróquia Santo Antônio, uma outra vocação, também universal, foi apresentada aos jovens: a vocação à santidade. A animação e a motivação dessa parada foram do Padre Felipe Gomes, vigário, e do semi narista Gabriel Fantinati, da diocese de Bauru.Aúltima parada antes do Seminário aconteceu na praça do sol, e nessa to dos tiveram a oportunidade de refletir sobre suas escolhas e os caminhos que têm seguido, Foi também nessa parada que se apresentou as vocações específicas da Igreja.

MISSÃOPromover a devoção a Santo Antônio de Sant’Anna Galvão, de modo acolhedor e fraterno com todas as pessoas, proporcionando vivências de fé e plena misericórdia, à luz da Espiritualidade Franciscana. Galvão Valores

Santuário Frei

Quem sou? Para onde vou? Como quero chegar?

fraternidadesAGOSTOcomunicações2022

Agora o Santuário de Santo Antônio de Sant’Anna Galvão, de Guaratinguetá, SP, já consegue dar respostas para esses ques tionamentos, pois depois de um amadurecido processo de cons trução coletiva conseguimos definir a Missão, Visão e Valores do Santuário do primeiro Santo Brasileiro. Foram meses de escuta, consultas, reuniões, assembleias e criação comunitária que agora se concluem com a definição da identidade e do propósito desse Santuá rio da Arquidiocese de Aparecida, administrado pelos Frades Menores da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil. Nessa definição estão contemplados os sentimentos e a experiência de muitos devotos(as) de Frei Galvão, voluntários(as) que há anos fazem parte da história desse Santuário, colaboradores(as) que associam paixão e profissionalismo, os frades que agora trazem o carisma franciscano, além do povo em geral que também teve oportunidade de se expressar.

elabora sua Missão, Visão e

Marrom:Cores: Cor do hábito franciscano, símbolo da humildade, pala vra derivada do latim húmus, que significa terra, pó, que é de onde viemos e para onde voltaremos. Amarelo: Representa a glória e a santidade. Azul: Cor atribuída à Virgem Maria, representando a pureza e piedade.

Símbolos presentes na nova logomarca do Santuário Frei Galvão Criada por Frei Leandro Costa Santos, membro da Fraternidade do Santuário Frei Galvão, a nova identidade do Santuário traz elemen tos próprios da Espiritualidade Franciscana, bem como da vida do primeiro Santo Brasileiro. A logomarca foi apresentada ao povo no dia 17 de abril, domingo de Páscoa, com a inauguração da nova fachada do Santuário. Confira a explicação detalhada dessa arte: Silhueta de Frei Galvão – Refere-se à imagem de 6 metros, abençoada pelo Papa Francisco em 2013, e que fará parte do novo Santuário. A imagem será colocada sobre um monumento de quase 30 metros de altura e se tornará visível de vários pontos da cidade.

3 furos do tijolo – Representam as 3 pílulas, a Santíssima Trindade e os votos religiosos de pobreza, obediência e castidade professa dos solenemente por Frei Galvão no ano de 1761. As formas arredondadas representam movimento, felicidade e dinamicidade, características marcantes de Frei Galvão. Ao se cru zarem, as linhas evocam a integração entre o humano e o divino, entre o céu e a terra.

Por Missão entendemos a razão de ser de nosso Santuário. Trata-se da afirmação de quem somos, da nossa própria identidade. Além da promoção da devoção a Frei Galvão, que durante a sua vida foi porteiro, pre gador e confessor, queremos deixar a marca da acolhida fraterna para todas as pessoas, sejam elas devotas ou não, romeiros ou turistas, cató licos ou até mesmo pessoas de outras religiões. Independentemente de quem se está acolhen do, queremos que o Santuário proporcione uma vivência de fé e misericórdia, segundo a Espiritualidade Franciscana.

VISÃOSerreferencial enquanto Santuário Franciscano dedicado ao primeiro Santo Brasileiro, comprometido com o anúncio integral e profético do Evangelho. Na Visão estão contemplados os nossos sonhos, as nossas metas e objetivos a serem perseguidos e alcançados. Embora haja outros santuários de Frei Galvão no Brasil, queremos ser uma referência, uma vez que estamos localizados na sua cidade natal. Nesse objetivo se inclui também a cons trução do novo Santuário, numa área de mais de 100 mil metros quadrados, criando, assim, um templo à altura da santidade desse grande franciscano. No entanto, temos bem claro que esse objetivo será alcançado à medida que formos fiéis ao anúncio do Evangelho na sua totalidade, sem renunciar à profecia de quem se faz seguidor de Jesus de Nazaré.

Lua – Referência à mulher do Apocalipse e símbolo da Imacula da Conceição, de quem Frei Galvão foi um grande defensor. Os significados da lua são: não tem brilho próprio, mas reflete a luz do sol, que é Jesus. Além disso, como a lua brilha no meio da escuri dão da noite, ela simboliza a pureza e a luz no meio das trevas do pecado, assim como Maria o é por ter sido preservada do pecado original. Tijolo – Frei Galvão recebeu o título de Patrono da Construção Civil no Brasil, no ano de 2000, por decreto do Papa São João Paulo II. Tal título decorre do fato de ele ter materializado a sua devoção à Imaculada Conceição, construindo, assim, o Mosteiro da Luz, local que abriga as Irmãs da Imaculada Conceição.

“Ribeirão Grande: Vi, Vivi, Vivenciei” chega ao décimo volume. As notas biográficas de Frei Clarêncio Neotti descrevem o ano de 2005, segundo seu Diário. “Depois, comento alguns fatos que ultrapassam 2006: a presença destruidora dos caramujos gigantes no Morro de Santo Antônio, a história do Sítio São José, que se prolonga até 2012, meu trabalho de 45 anos como redator da revista Vida Franciscana, os oito Papas do meu período de vida, a pormenorizada celebração dos 400 anos do Convento de Santo Antônio do Largo da Carioca”, adianta o frade. Segundo Frei Clarêncio, ao lon go de 2005 foi gestado o projeto de restauro do imenso Convento do Largo da Carioca, que recebeu a pedra fundamental em 1608, e tornou-se o maior monumento brasileiro tombado pelo Patrimônio Histórico em novem bro de 1937. Marco não só da presença franciscana no Brasil, mas também da independência política do nosso território.

Frei Diego Atalino de Melo, Reitor

AGOSTOcomunicações2022470fraternidades

VALORESEspiritualidade, Acolhida, Excelência, Simplicidade, Soli dariedade e Sustentabilidade. Conscientes de quem somos (Missão), onde queremos chegar (Visão), é preciso ter clareza do “como” queremos ir, quais os nossos instru mentos, as nossas ferramentas, os nossos princípios. Com a escolha dos nossos valores, definimos também as motivações que regem as nossas decisões e a nossa evangelização. Espiritualidade é o nosso diferen cial institucional. Mais do que uma empresa, somos um Santuário, uma Igreja, temos uma mística que nos motiva e nos conduz. Acolhida é a marca de um Santu ário. Mais do que portas abertas, nosso coração, nossas estruturas, nossos horários, nossas celebra ções e tudo o mais deve estar sempre pronto para receber a quem Excelênciachega.deve permear tudo o que somos e fazemos. Nosso modo de acolher, pregar, orga nizar, evangelizar, construir e comunicar deve ser pautado pela busca do melhor, da perfeição e da Simplicidadeexcelência.não significa ser sim plório, apequenado ou medíocre, mas é uma característica própria do carisma franciscano, que repre senta humildade e despojamento. Solidariedade é o valor que sinteti za a preocupação Franciscana com os mais pobres, com as periferias existenciais e geográficas. Trata-se do nosso compromisso social. Sustentabilidade é sinônimo de preocupação com a Ecologia Integral. Inspirado pela Laudato si’, o novo Santuário já nasce com a marca ecológica, reflorestando uma área de 20 mil metros quadrados, expressando, assim, o cuidado com o meio ambiente, com a preserva ção e o cuidado da Casa Comum. Assim, com a identidade ins titucional e carismática definidas, expressas na concepção da nova logomarca, lançada em abril desse ano, bem como da Missão, Visão e Valores, nosso Santuário Frei Galvão vai dando passos firmes e sólidos nessa longa caminhada de Evangelização e de Fé. A próxima etapa será a criação de um novo site do Santuário, que já está em fase de formulação e que será lan çado ainda nesse ano do Bicente nário de Morte de Frei Galvão.

“RIBEIRÃO GRANDE” JÁ TEM 10 VOLUMES

comunicaçõesAGOSTO2022471

Frei Djalmo: “Protestar

Um dia (8/08) para recordar boas lembranças. Um momento para manifestar gratidão. Milhares de fiéis participaram da 16ª edi ção da Missa em Memória das Vítimas de Acidentes de Trânsito, celebrada no Campi nho do Convento da Penha em Vila Velha (ES). A celebração Eucarística foi presidida por Frei Djalmo Fuck, Guardião e Reitor do Santuário. As famílias foram acolhidas num abraço materno da Mãe que sempre olha e intercede pelos seus filhos. Antes da Missa, o coral do Instituto Artes Sem Limites trouxe esperança, já que no futuro eles serão os con dutores e condutoras de automó veis. Por isso, é importante desde cedo cultivar atitudes responsáveis. de trânsito não escolhem suas víti mas. São crianças, idosos, homens e mulheres, de todas as idades e classes sociais. Na homilia, Frei Djalmo lembrou que as tragédias no trânsito, muitas vezes, acontecem pelas condições precárias das vias e também por causa da impru dência. “Existe a fatalidade, mas também existe a imprudência, normalmente, a que mais causa acidentes. A gente pensa naqueles que dirigem sem res ponsabilidade, alcoolizados, que dirigem em alta velocidade, não respeitam a sinalização… Tudo isso, contribui gran demente para que acidentes de trânsito aconteçam, causados pelo descuido com nossas ruas, avenidas, rodovias malcuidadas, mal sinalizadas, tudo isso contribui para que acidentes de trânsito aconteçam”, enfatizou.

O evento ainda marcou o Dia Estadual em Memória das Vítimas de Acidentes de Trânsito, instituído para acontecer sempre no primeiro domingo de agosto, conforme a Lei Estadual nº 9.689/2011, uma oportunidade de reforçar a importância da população refletir sobre a defesa de um trânsito seguro. Os acidentes FreiAoDjalmo.final, o reitor do Santuá rio, também pediu orações pe las famílias, abençoou a todos e rogou a proteção de Nossa Senhora da Penha por todos os fiéis no Campinho que sentem a dor da saudade, e introduziu a oração da Ave Maria. Cristian Oliveira

O guardião também falou sobre a importância de recordar os falecidos no trânsito e rezar pelas vítimas que sobreviveram. “Agradecemos quem criou a lei [9.689], os políticos, para lembrar e fazer valer este dia, para re zarmos por um trânsito mais seguro, um trânsito mais cidadão, um trânsito mais humano, mais solidário. A gente quer lembrar aqueles que partiram vítimas da fatalidade. Que o trânsito seja, de fato, mais seguro. Nós deve mos sempre protestar contra todo tipo de imprudência. Não é possível que pessoas que provocaram aci dentes de trânsito fiquem impunes. Uma coisa é a fatalidade, outra coisa é quando se contribui para que aci dentes acabem acontecendo. Nossa solidariedade, comunhão e prece por todas as famílias”, disse contra a imprudência no trânsito! Que os culpados não fiquem impunes”

o dia (26/7)em que a Igre ja comemorou a memória litúrgica dos avós de Jesus, São Joaquim e Sant’Ana, cerca de 23 benfeitores do Pró-Vocações e Missões Franciscanas se reuniram para uma tarde de espiritualidade no Convento São Francisco em São Paulo (SP). O encontro foi coorde nado por Frei Gabriel Dellandrea e Frei Jeâ Paulo Andrade. Participaram também os frades estudantes, do tempo da Teologia, Frei André dos Santos Sungo Mingas e Frei José João Ganga, da Fundação Imaculada Mãe de Deus de Angola (FIMDA),

frase lembrasse um episódio da vida do santo, fazendo um resgate dos momentos essenciais do Poverello de Assis. Em seguida, Frei Gabriel refletiu sobre o uso das tecnologias nos tempos de hoje, afirmando que elas podem ter um potencial evan gelizador e de divulgação do caris ma franciscano, mas que precisam passar pelo crivo do bom uso. Como parte do encontro, os ben feitores participaram da Celebração Eucarística, presidida por Frei Guido Moacir Scheidt e concelebrada por Frei Edvaldo Batista Soares e Frei Marcos Hollmann. Em sua homilia, Frei Guido con textualizou sobre o Pró-Vocações e Missões Franciscanas, um serviço da Província da Imaculada, assim como o Serviço de Animação Vocacional, conduzidos pelos frades. Para o celebrante, os benfeitores ajudam muito na formação dos frades, na promoção do carisma franciscano e também na manutenção daquilo que é necessário na formação do frade menor. “Nosso agradecimento sincero aos frades que trabalham na Animação Vocacional e aos nossos benfeitores”, completou Frei Guido. Nesta mesma celebração, Frei Gabriel, que seria ordenado diáco no no dia 30, professou a fé, jurou fidelidade à Igreja Católica e renovou as promessas batismais publicamente, como parte dos preparatórios para a ordenação diaconal. Por fim, Frei Gabriel agradeceu a participação de todos os presentes e convidou-os a participar da Cele bração Eucarística de sua ordenação diaconal. Frei Gabriel Dellandrea e Lucas Santos que durante o mês de julho fizeram o estágio pastoral na Sede Provincial, em São Paulo. Frei Gabriel e Frei Jeâ Paulo acolhe ram os benfeitores e, na primeira parte do encontro, conduziram uma forma ção e momento de espiritualidade. Por meio de vídeos, reflexões, músicas e partilhas, os participantes puderam se aproximar ainda mais do carisma franciscano e perceber a sua potencia lidade diante dos aspectos negativos e positivos do nosso tempo. A reflexão utilizou como gran de conteúdo a Oração pela Paz, atribuída a São Francisco. Frei Jeâ apresentou-a, sugerindo que cada

Tarde de espiritualidade com os benfeitores de São Paulo

AGOSTOcomunicações2022472fraternidades N

Chopinzinho: abertura do jubileu de 60 anos de Paróquia

Frei Junior Mendes

Dom Edgar recordou a impor tância do encontro entre as pessoas num momento de aridez e a alegria de poder estar ali conhecendo novas pessoas e promovendo a celebração com todos. Bem como exortou que o dom não é particular, mas para ser comunicado e compartilhado, assim como Maria que correu ao encontro de Isabel, “quem faz a experiência da Porciúncula, recebe a indulgência plenária, não pode ficar de braços erguidos comemorando essa graça extraordinária não; todos nós deve mos correr ao encontro das pessoas, amar as pessoas como são, acolhê-las, colocá-las de pé, trazer para a Igreja.”

Agudos celebra o Perdão de Assis amor pela igrejinha da Porciúncula. “Na reconstrução daquela igreja, Francisco não reconstruiu apenas um templo, mas construiu um novo caminho para chegar ao céu!”. Seja pela nova regra de vida religiosa que o Espírito Santo o inspirou, seja pela indulgência plená ria que ele alcançou do Santo Padre, ambos os caminhos têm levado muitas almas a Deus. A Celebração seguiu como de cos tume após o ofertório e sob as bênçãos da Rainha dos Anjos, os fiéis de toda a região retornaram às suas casas com a missão de serem também eles instru mentos de reconciliação.

Marcelo Tadeu da Silva Cardoso, Frei Alex Sandro Ciarnoscki.

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Frei Gilberto Silveira da Costa Junior No dia 2 de agosto, após nove dias de preparação para a Festa Franciscana do Perdão de Assis e Nossa Senhora dos Anjos, a Paróquia São Francisco de Assis, Chopinzinho (PR), teve a casa mo vimentada por diversos fiéis em busca da confissão e da comunhão. Come çando às 8h30, os frades atenderam confissões durante todo o dia, receben do também ajuda de outros frades e padres convidados para tal missão que só terminaria às 21h. Durante o dia foi celebrada a Santa Missa às 15h, por Frei Junior Mendes, e às 19h30, por Dom Edgar Xavier Ertl. A presença do bispo não era apenas pela Festa de Nossa Senhora, mas marcava também a abertura do jubileu de 60 anos de Paróquia que será comemorado em 1º de Maio de 2023. Além da Fraternidade local, Frei Olivo Marafon (guardião e pároco), Frei Junior Mendes, Frei Diomedes Basi e Frei João Gualberto Spohn, estiveram presentes Frei Gabriel Vargas Dias Alves, Frei Antonio Mazzuco, Frei Evandro Balestrin, Frei Jonas Ribeiro da Silva, Frei

Na noite do dia 2 de agosto, o Seminário Santo Antônio de Agudos tornou-se, por alguns instantes, a pequena igrejinha dedicada a Nossa Senhora dos Anjos em Assis e os seus fiéis puderam receber as graças abundantes que foram concedidas a ela. A celebração do Perdão começou às 18h com as confissões individuais e muitas pessoas vieram até o Seminário para receber este sacramento da reconciliação. Às 19h30, deu-se início à Celebração Euca rística com confissão comunitária. Frei Ademir Sanquetti, guardião do Seminário, presidiu a Celebração e nos recordou a importância do perdão e de como Nosso Seráfico Pai ardia em

Também, ao reforçar a graça da indulgência plenária concedida a todas as igrejas, Dom Edgar expressou o desejo de pedir ao Conselho Provincial para que “nesses 60 anos que abrimos hoje, esse lugar seja também divulgado em toda Diocese, como um lugar de indulgência plenária, celebrada todo dia 2 de agosto”. Ao término da celebração, Dom Edgar ainda comunicou ao fiéis que tivessem três desejos de experiência: com Cristo, com Maria e com o perdão.

São Francisco das Chagas é centenária. Erigida em 4 de outubro de 1894, a maioria dos seus membros encontra-se incluída, por razões de idade e/ou saúde, junto ao SEI (Serviço aos Enfermos e Idosos), de modo que a peregrinação, nesta Fra ternidade, ganhou contornos muito próprios, levando a Relíquia e Imagem à casa dos irmãos pelo irmão Ministro Lino Gomes de Carvalho e membros da Fraternidade Monte Alverne. A Fraternidade Monte Alverne, erigida em 8 de fevereiro de 2009, conta, atualmente, com 18 irmãos e irmãs professos(as) e 9 irmãos(ãs) que foram, neste ano, admitidos ao período de formação. Nesta Frater nidade, a peregrinação foi marcada, além das visitas aos irmãos e irmãs do SEI da Fraternidade São Francisco das Chagas, por momentos celebrativos e orantes em Fraternidade e nas Comu nidades São Domingos Sávio (sede da Fraternidade) e na do Santuário Nossa Senhora Aparecida (casa dos Frades Menores).

Peregrinação da Relíquia e Imagem de São Francisco de Assis em Blumenau

Em todas as noites da peregrina ção realizou-se Celebração Eucarística comunitária com a entrada solene da Relíquia e Imagem junto à procissão de entrada e motivação acerca do momento celebrativo da Ordem Fran ciscana Secular, realizada por irmãos e irmãs da Fraternidade. Os celebrantes, Padre Fabian Marcelo Capistrano (junto à Comunidade São Domingos Sávio), e Frei Pascoal Fusinato, Frei Nelson José Hillesheim e Frei Ari Estêvao Pintarelli (junto ao Santuário Nossa Senho ra Aparecida), em suas respectivas homilias, abordaram aspectos da Vida de São Francisco e da Ordem Francis cana Secular. Uma das celebrações foi transmita ao vivo via “live” da plataforma Facebook.Naspalavras de nossa Irmã Vice-Mi nistra Sinclair da Silva Ferreira, em men sagem encaminhada à Fraternidade no grupo de whatsapp: “Cumprimos nossa missão com devoção, responsabilida de, zelo, dedicação e carisma para com a peregrinação da Relíquia e imagem de São Francisco de Assis”. Queremos agradecer a Deus pela oportunidade e graça que tivemos de estar pertinho do fragmento ósseo do nosso Seráfico Pai. Queremos agradecer a todos os irmãos que não mediram esforços para participação e oração em fraternidade, entrada em procissão, vigília, celebração! Aos nossos queridos irmãos Nicodemos, Onildo, Alessio, Vidanei, Lino pelo translado e possibili tar que a relíquia fosse junto aos irmãos fragilizados! Gratidão a todos e que São Francisco interceda por cada um de nós, nas nossas necessidades e por toda nossa fraternidade! Marcos Aurélio Deschamps

AGOSTOcomunicações2022474fraternidades C

omo parte da comemoração e celebração ao jubileu dos 800 anos de fundação da Ordem Franciscana Secular, está acontecendo em todo o Brasil a Peregrinação da Relíquia e Imagem de São Francisco de Assis, trazidas de Assis, Itália. Pelas Fraternidades Franciscanas Seculares de Santa Catarina, a peregri nação vem acontecendo desde 23 de maio de 2022, e, em Blumenau, nas Fraternidades Monte Alverne (Itoupava Central) e São Francisco das Chagas (Centro), a Relíquia e Imagem foram recebidas na Capela São Domingos Sá vio, em 18 de julho de 2022, das mãos de irmãos e irmãs da Fraternidade São Luchésio e Buonadona, de Balneário Camboriú.AFraternidade

fraternidades475

Os passos dentro de retiro são trabalha dos por meio de pregações e teste munhos, juntamente com desafios práticos. Nesses três dias, os jovens são separados em grupos, denomina dos famílias, cada família é composta por quatro pessoas responsáveis por guiá-los dentro do retiro. As famílias são uma parte essencial do retiro, pois, serão essas pessoas que irão ajudá-los quando precisarem. Todos os momen tos são guiados pelo teólogo, psicó logo e pregador Luíz Vantroba, que é responsável pela condução do retiro, juntamente com as coordenadoras, Laurinda Moinho e Giulia Boschetto.

O Grupo de Jovens ganhou um espírito renovado à luz de São Fran cisco de Assis com a espiritualidade franciscana e agora caminha para ser a Juventude Franciscana (JUFRA). Talvez, o fato de ser um grupo numeroso tenha dificultado. Antes da pandemia sempre participavam dos encontros mais de 100 jovens. Hoje, pós-pandemia retomamos os encontros presenciais e com partici pação ainda mais expressiva. Os encontros de jovens ocorrem todo primeiro domingo do mês, das 16h às 18h, com formação de espiritu alidade. Em seguida, às 19h, Missa da Juventude com a comunidade, onde os jovens são responsáveis por toda a liturgia. É uma celebração vibrante, alegre, diferente.

A passagem destes três dias é dividida em sete passos. Cada passo com o seu ensinamento para seguir na caminhada com Jesus Cristo à luz de São Francisco de Assis: humildade, renúncia, entrega, confiança, restaura ção, unidade e missão. Para passar por cada etapa, o jovem é convidado a viver momentos de reflexão interior, de oração, de escuta e, a experienciar desafios individuais e em grupo durante sua jornada espiritual.

Durante os três dias, várias pessoas passam pelo “Na Moral”, trazendo para os jovens as suas experiências por meio de pregações, seguindo cada passo da caminhada.Apedido dos jovens, a JUFRA decidiu realizar a terceira edição do retiro ainda este ano, pois, é uma forma de ligar as experiências vividas no retiro com o último passo, a missão. O terceiro “Na Moral” irá acontecer nos dias 2 a 4 de setembro, com o tema “Eis-me aqui Senhor, faz meu coração semelhante ao Teu”. Podem participar do encontro jovens acima de 14 anos e os que já tenham feito a Crisma. Paola Thayná Helder COMUNICAÇÃO

A pedido de Frei Nelson, quero destacar os retiros da JUFRA que são momentos significativos de crescimen to na fé, de propósitos de compromis so com a vida, a família, a Igreja. De 20 a 22 de maio, os jovens realizaram o seu segundo retiro “Na Moral”. Jovens do Santuário Nossa Senhora Aparecida, Itoupava Norte e de outras regiões de Blumenau se reuniram na casa de retiro São José, na Vila Itoupava, para partici par desse grande evento, que teve sua primeira edição em agosto de 2019.

PELA

Juventude Franciscana de Blumenau em grande atividade

DA JUFRA

OSantuário Nossa Senhora Aparecida de Blumenau, com a presença Franciscana, destaca-se em espiritualida de, atendimento à comuni dade, celebrações e em pastorais e movimentos.Assimque o pároco Frei Nelson José Hillesheim assumiu a Paróquia, indicou como prioridade as pastorais da juventude, a animação vocacional, familiar, formação de lideranças e cate quese. Muitos frutos já foram colhidos.

O retiro ultrapassou as expectativas, pois, o que era para ser, inicialmente, 50 jovens, acabou fechando as inscrições em 93 participantes, sem conseguir acolher a demanda de jovens que queriam participar devido ao limite de espaço do local. O retiro “Na Moral” dividiu-se em três dias, tendo início na sexta-feira à noite e terminando no domingo, com a missa das 19h no Santuário. Todo ano, o retiro é guiado por um tema central. Neste ano foi sobre “Fé e Virtudes”.

AGOSTOcomunicações2022 Na Diocese de Nova Iguaçu, há 33 anos, a Ordem de Santa Clara está presente desde que foi fun dado o Mosteiro de Santa Clara, Santa Clara: Frei Fidêncio participa das celebrações em Nova Iguaçu fraternidades476 AFraternidade Frei Galvão, na Paróquia Santa Clara de Assis, em Colatina (ES) viveu momentos intensos neste mês de agosto, em preparação a festa de sua Padroeira. As festividades aconteceram com muita intensidade e alegria, com o empenho das comu nidades para que tudo corresse da melhor maneira possível, após esse tempo de pandemia. Tivemos também a grata presença da imagem peregrina de Nossa Senhora da Penha, dos dias 6 a 15, para esse momento festivo. Clara de Assis foi lembrada como mulher forte e decidida em vários momentos que moveu esse coração a proclamar sua fé a esse ponto? Simplesmente o conhecimento desse Deus Pobre, que não contente em fazer-se um de nós, esgotou-se totalmente na Pobreza do madeiro para resgatar nossa dignidade humana e lembrar mos que somos preciosos tesouros paraConhecendoDeus! a espiritualidade de Clara, que não pode ser apartada de Francisco, junto com Maria e todos os Santos, somos convidados a entender e entranhar na caridade de Cristo Pobre e Crucificado, que nessa Serva Pobrezinha, ecoando o clamor de Cris to a Francisco, nos pede para que com eles, reconstruamos novamente a Igreja; Igreja povo, Igreja família, Igreja coração. Clara, em seu devotado amor para com a Igreja de Cristo, nos ensina o caminho, onde o Cristo amado, e não armado, chama-nos a entranhar na experiência da paz e do bem, que encontra sua plenitude na Encarna ção, na Eucaristia e na Paixão, fontes que nos provoca e nos faz encontrar com a verdadeira face desse Deus!

das celebrações durante esses dias, e apresentada ao povo como exemplo de firmeza e fidelidade ao chamado e vocação recebidos. Clara, de doçura infinita, mas também de decisão inque brantável, tornou-se e torna-se a cada dia, espelho de admiração e seguimen to aos propósitos de Deus para cada um de Domnós.Lauro Versiani, ao referir-se a esta mulher grandiosa no início de sua homilia, destacou a maturidade e a firmeza que ela teve ao ouvir o questionamento de Francisco de Assis a ela: “O que procuras/desejas?” e ela, sem titubear em suas palavras, responde com convicção: “Deus!”. O Irmãs Clarissas se iniciou com missa solene em homenagem ao dia de Santa Clara, celebrada às nove horas da manhã, por Dom José de Ubiratan Lopes, Bispo de Itaguaí (RJ)e religioso da Ordem dos Frades Capuchinhos. Durante sua homilia, Dom Ubira tan, fez memória da trajetória terrena de Santa Clara, destacando a força inabalável da fé da mãe da Ordem das Clarissas: “A fé de Santa Clara era abraâmica, seguiu a fé de Abraão. Ela deixa o cerne, parte para o imprevis to, ela não sabia o que ia acontecer, mas ela vive essa fé absoluta na providência de Deus.

Frei Josielio da Silva Oliveira

FONTE: DIOCESE DE NOVA IGUAÇU no Bairro Botafogo, em de Nova Iguaçu (RJ). Frei Fidên cio Vanboemmel, OFM, que é o Assistente Espiritual da Federação Sagrada Família das Irmãs Clarissas do Brasil, esteve presente em todas as celebrações ao longo do dia festivo. No dia 11, a festa das

Paróquia Santa Clara de Colatina celebra sua Padroeira

Nos dias 15 e 16 de julho, os jovens participaram do “X Caná”, retiro que tem como objetivo prepará-los para receber o Sacramento da Crisma, proporcionando a eles um encontro pessoal com Jesus Cristo e com o outro.Já no dia 23 de julho, alguns jo vens crismandos da Paróquia Santo Antônio e da Paróquia Bom Jesus dos Aflitos se reuniram para um encontro com Frei Jeâ Paulo Andra de e Frei Gabriel Dellandrea, frades do Serviço de Animação Vocacional, que tinham como objetivo falar sobre o carisma franciscano: “Se a nossa oração não for correta, nossa vida também não será correta”.

Crisma na Paróquia Santo Antônio de Sorocaba

Ao final da celebração do Sacra mento da Crisma, Frei Gabriel nos falou um pouco sobre a vocação franciscana como possibilidade de realização de vida. Dom Julio complementou sobre o tema e convidou também à voca ção aos ministérios ordenados.

fraternidadescomunicaçõesAGOSTO2022477

Na manhã do dia 24/7, 75 catequisandos, entre jovens e adultos, rece beram o Sacramento da Crisma na Paróquia Santo Antônio em Sorocaba. A celebração foi presi dida pelo Arcebispo Dom Julio Endi Akamine e concelebrada por Frei Gilberto Marcos Sessino Piscitelli, pároco local, e foi marcada por mo mentos especiais como a imposição das mãos e a unção com o óleo da Crisma.Durante a celebração, em sua homilia, Dom Julio nos fez refletir sobre a oração do Pai Nosso: “Na ora ção do Pai Nosso nós aprendemos tudo aquilo que devemos pedir a Deus e na ordem a Deus. Se a nossa oração não for correta, nossa vida também não será correta”. “Nós rezamos a oração do Pai Nosso impulsionados pelo Espírito do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Por isso, celebramos neste dia, o Sacramento da Confirmação, onde o Espírito Santo é derramado em nossos corações para que possamos rezar o Pai Nosso como faz o cora ção de Jesus”, conclui Dom Julio.

PASCOM DA PARÓQUIA SANTO ANTÔNIO

evangelizaçãoAGOSTOcomunicações2022 80 anos “Vocês nos fazem experimentar o céu na terra”, diz Frei Paulo

comunicaçõesAGOSTO2022

A

Solenidade da Assunção de Maria, no domingo 21 de agosto, marcou também a Celebração Eucarística de abertura do Ano Jubilar dos 80 anos do Coral dos Canarinhos, reunindo ex-in tegrantes de todas as idades e o povo, às 10 horas, na centenária Igreja do Sagrado Coração de Jesus, em Petrópolis (RJ). Desde 1942, os co ralistas concretizam o sonho de Frei Leto Bienias de ter um grupo coral de meninos para cantar a liturgia das missas dominicais na igreja dos frades franciscanos e, neste nos 80 e vamos estar todos aqui para juntos celebrarmos o centenário dos Canarinhos de Petrópolis”, apostou o Ministro Provincial. Ao longo de oito décadas o Coral dos Canarinhos, o mais antigo coro de meninos do país, acumula grandes feitos. Seu serviço por excelência é louvar a Deus pela sensibilidade das vozes de crianças e jovens. Mas, acima de tudo, desde que foi criado leva em frente e com vivaci dade os valores de São Francisco de Assis e da espirituali dade franciscana. Entoam em nome de uma assembleia dia, mantiveram a tradição “ao redor do altar”, entoando as maravilhas do Senhor da solene Missa da Assun ção de Nossa Senhora, sob regência do maestro Marco Aurélio Lischt.

evangelização479

O Ministro da Província da Imaculada Conceição, Frei Paulo Roberto Pereira, presidiu a Santa Missa. Estiveram presentes também o Definidor Geral da Ordem dos Frades Menores (OFM) e ex-pre sidente do Instituto dos Meninos Cantores (IMCP), Frei César Külkamp; o guardião e pároco do Convento e Paróquia do Sagrado Coração de Jesus, Frei Jorge Paulo Schiavini; o atual presidente do IMCP e Defini dor Provincial, Frei Marcos Antonio de Andrade e o diretor do Instituto Teológico Franciscano, Frei Sandro Roberto da Costa. “Os Canarinhos são do Sagrado, de Petrópolis e da Província, que está em festa hoje. Aqui trago a gratidão e, tenho certeza, a alegria de todos os nossos frades espalha dos em muitos lugares do Brasil e de Angola. A festa dos Canarinhos é a nossa festa! Tenho certeza de que cada petropolitano e, sobretu do, aqueles que frequentam esta celebração estão hoje muito felizes por esta data. É preciso que a gente louve a Deus a todo o tempo e é um privilégio celebrarmos a liturgia todos os domingos a partir do convite que essas vozes tão bonitas nos fazem”, disse Frei Paulo. “Nós temos um compromisso, Frei César, você estava na celebra ção dos 50 anos, estamos agora

AGOSTOcomunicações2022480evangelização reunida, suas súplicas e agradecimen tos. E, na celebração deste domingo, não foi diferente. Com grande júbilo os meninos cantores deram início à Pás coa semanal cantando em procissão!

TESTEMUNHOSCANARINHOS: DA FÉ E DO LOUVOR A DEUS “Foi também numa manhã de Nossa Senhora da Glória, há 80 anos, que os frades, por essa devoção tão grande a mãe de Deus e ainda antes da proclamação deste dogma de Maria Assunta aos céus, fundaram esta bela obra que nós hoje celebramos: o Coral dos Canarinhos nos seus 80 anos”, disse Frei César na homilia. “A gente vai se assustando com esses números”, brincou. “Frei Marcos me lembrava há pouco que nós estávamos cantando nas fileiras do coral, há 30 anos, na festa do aniversário dos 50 anos! Era essa mesma missa, da exaltação da Mãe de Deus”,Depois,recordou.fezmemória da emble mática figura de Frei Leto Bienias, maestro dos frades estudantes de canto e liturgia e que, por isso, também preparou alguns meninos, trazendo a sua experiência dos coros da Alema nha, para compor com os frades um pequeno grupo de cantores a fim de entoar os louvores de Deus através da boa música, da liturgia, do serviço de atenção aos fiéis da Igreja do Sagrado. “Esta obra nasce ligada à Mãe de Deus, certamente não por outra coisa, mas por este testemunho de entrega, de serviço, de fé e de louvor a Deus. Maria canta os seus louvores. Todas as gera ções me chamarão bem-aventurada porque o Todo poderoso fez grandes coisas em meu favor”, disse Frei César “E ao celebrarmos os 80 anos dos Canarinhos queremos render graças a Deus porque realizou grandes coisas em nosso favor, em favor desta comu nidade paroquial que pôde melhor servir a Deus, pôde melhor louvá-lo na sua liturgia com a presença deste coral dos meninos cantores e de toda obra que surge daquela bela iniciativa de Frei Leto Bienias e dos frades deste con vento que fizeram surgir uma institui ção que se perpetuou, que se tornou vigorosa, que se tornou sinal deste serviço a Deus e aos irmãos”, enfatizou. Lembrou também de Frei José Luiz Prim, continuador da obra de Frei Leto e de muitos outros frades e trabalhado res que fizeram com que os Canarinhos chegassem até os 80 anos. “Destacaria a figura dos nossos próprios cantores, os milhares de cantores desses 80 anos e aqueles que hoje levam adiante essa missão de servir, de louvar a Deus. E para que essa obra continue por muito tempo é importante que essa finalida

comunicaçõesAGOSTO2022 de, razão de ser da existência de todo este trabalho, seja forte, vigorosa, e renovada, assim como nos dá o teste munho da Mãe de Deus”, refletiu. “Deus abençoe esta bela obra do Coral dos Canarinhos, do Instituto dos Meninos Cantores, abençoe esta Paróquia e Fraternidade dedicada ao Sagrado Coração e que Maria interceda sempre por nós, e que sejamos sempre mais parecidos com ela no serviço e no louvor a Deus”, concluiu.

80 anos

Frei César iniciou sua homilia discorrendo sobre a Solenidade da Assunção de Nossa Senhora e explicou que o Dogma da Assunção foi promul gado pelo Papa Pio XII em 1950, no qual, o episódio da Assunção de Maria é apresentado, segundo ele, como uma prefiguração de tudo aquilo que nós esperamos. “É uma grande festa mariana que se cumpre de uma forma maravilhosa na vida da Mãe de Deus”, frisou. A FESTA DOS CANARINHOS É A NOSSA FESTA Frei Paulo iniciou os agradecimen tos saudando Frei Jorge que tem a honra de acolher diversas iniciativas a partir do Sagrado, e faz com que a presença franciscana seja difundida em Petrópolis e também no mundo inteiro. “Foi aqui que nasceu os Canarinhos, foi aqui que nasceu o Instituto Teológico Franciscano e a Editora Vozes”, lembrou.

Saudou também Frei Sandro, diretor do ITF e Frei Marcos, presidente do IMCP e mestre dos estudantes. Saudou ainda Frei César que já foi pároco do Sagrado, Ministro Provincial e agora faz parte do Governo Geral da Ordem. “Sua presen ça aqui é bastante significativa e por isso pedi a ele que exortasse o povo na fé, na Solenidade de 80 anos dos Cana rinhos. Frei César também cantou no Coral, foi diretor da escola e hoje está lá em Roma no Governo Geral”, disse o Ministro“AquiProvincial.querodestacar alguns olhares.

Os olhares orgulhosos das famílias. Gratidão aos pais e avós dos Canari nhos pelo incentivo que fazem. Muito obrigado. É necessário que os pais e familiares participem da formação dos Canarinhos, sobretudo, semeando desde o início o senso de pertencimen to a um povo que quer louvar a Deus porque tem muitas coisas a agradecer. Gratidão aos familiares. Tem outros olhares também desta turma que está aqui pertinho, dos Aprendizes. Eles e elas ficavam olhando para os coralistas com uma expectativa bonita. Todos nós devemos cultivar este olhar. Expec tativas da beleza que Deus preparou para nós todos”, evidenciou.

AGOSTOcomunicações2022482evangelização

Senhora da Glória representado na pintura do teto. Para que nós tenha mos sempre a certeza de que é para o céu que nós olhamos e caminhamos. É preciso purificar o nosso olhar. Tem muitas coisas que ofuscam o nosso olhar. Tem muitos sons que atrapa lham os nossos ouvidos. Purificar o ouvido, purificar o olhar”, indicou. Dirigindo-se a Frei Marcos, disse: “A música é o pressentimento dos dons celestiais” e lembrou que o frade proferiu essa frase em um filme antigo da Província, ao falar sobre o assunto. “Pressentir as coisas do céu, o céu é o nosso desejo”, disse. Ao citar a frase de Beethoven, Frei Paulo falou dos dons que Deus reservou para todos. “Então vocês, meninos cantores, meninas can toras, vocês nos levam a perceber que o céu é o nosso lugar. Vocês nos aju dam a pressentir, a sentir já aqui nesta vida frágil, transitória, efêmera, que nós já somos destinados à glória, ao céu”, animou. “Parabéns ao coral e parabéns a todos que sustentam esta obra e essa belíssima missão”, encerrou. Logo na sequência Frei Marcos entregou a Frei Sandro, Frei Jorge, Frei Paulo e Frei César uma peque na lembrança do IMCP. “O coro dos Canarinhos é da Província. O Coral dos Canarinhos é nosso, é da Paróquia, de

Depois, Frei Paulo convidou todos os presentes para apreciarem a pin tura da Assunção de Maria do teto da Igreja do Sagrado. “Olhem que beleza, é para lá que nós vamos. Dirijamos o nosso olhar para aquelas coisas que nunca vão passar. É o mistério que celebramos hoje na Festa de Nossa

comunicaçõesAGOSTO2022 todas as nossas instituições, mas é da Província. Meninos, todos os frades estão em festa hoje. Frei César, diga ao Frei Massimo Fusarelli, que é o representante atual de São Francisco de Assis, que o coro dos Canarinhos é também da Ordem, leve o nosso grande abraço a ele em nome de todo IMCP”, disse. Depois, Frei Marcos cha mou todos os ex-canarinhos presentes para se dirigirem até o presbitério para cantar os parabéns, juntamente com os coralistas.

‘NOSSO ‘CORO’

Desde 2016, o Instituto dos Meninos Cantores de Petrópolis tem em sua presidência o franciscano Frei Marcos Antonio de Andrade, que acumula o serviço de Definidor Provincial e Secretário da Formação e Estudos da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil. Frei Marcos conta com o auxílio de Frei João Mannes (vice-presidente), Frei Gustavo Wayand Medella (secretário) e Frei Jorge Paulo Schiavini (tesourei ro). Além de uma equipe de profis sionais do IMCP, onde destacam-se a figura da educadora franciscana e gestora Rose de Mello, do diretor artístico Marco Aurélio Lischt, do re gente do Coral das Meninas, Marcelo Vizani, dos secretários(as) Gabrielle Alves Rodrigues, Hugo Rocha de Oliveira e Deisi Zanatta e Maria Apa recida Marques Corrêa Martins, da zeladoria. Os frades, Frei Augusto Luiz Gabriel e Frei Ruan Felipe Sguissardi, auxiliam o IMCP na linha de espiritu A Celebração, que foi trans mitida ao vivo pelas redes da TvFranciscanos da Província da Imaculada, Paróquia do Sagra do, Canarinhos de Petrópolis e Rádio Imperial, encerrou com a solene bênção final. Depois, já no pátio da Igreja, foi distri buída uma lembrança dos 80 anos dos Canarinhos – uma gentileza da Editora Vozes --, e bolo para todos os presentes. alidade, pastoral e com os trabalhos de comunicação da instituição.Instrumentos, sons e vidas fizeram esta história de 80 anos chegar até aqui. Neste ano de 2022 se inicia um novo capítulo desta trajetória que continua a ser escrita através de muitas mãos e corações! Frei Augusto Luiz Gabriel

80 anos

FINALISTA NOS PRÊMIOS DA CNBB

RECONHECIMENTO OFICIAL DO INSTAGRAM, FACEBOOK E SPOTIFY Na véspera do aniversário do Coral dos Canarinhos, a equipe do IMCP foi surpreendida com a notícia de que as redes sociais do Instagram e Facebook foram reconhecidas oficialmente pelas respectivas plataformas. Isso significa que agora, ao lado do nome “Canarinhos de Petrópolis” passa a aparecer também um selo azul cujo objetivo é que as pes soas saibam que a conta foi verificada e que as redes sociais citadas confirmaram que a instituição diz ser de fato quem ela é. O mesmo aconteceu com a conta no Spotify, que em breve abrigará CD’s e clássicos gravados pelos Canarinhos, Coral das Meninas dos Canarinhos e muito mais. No dia 15 de agosto, exata mente no dia em que o Coral dos Canarinhos fez aniversário, o Instituto dos Meninos Cantores de Petrópolis lançou seu mais novo site. É a segunda reformulação realizada no domínio canarinhos. com.br. O primeiro site foi lançado foi em 2011 e hospeda mais de uma década de história. Com o passar do tempo e o avanço da tecnologia, viu-se a necessidade de atualizar as ferramentas e o layout. Assim, com um trabalho em conjunto com o Grupo Educacional Bom Jesus, procurou-se apresentar um site moderno, responsivo e comemora tivo. Além de uma página especial criada exclusivamente para os 80 anos do coro de meninos mais antigo do país.

Uma identidade visual foi pensada para as celebrações que se estenderão até 15 de agosto de 2023. Desenvolvido pelo estúdio de design “Apex DG”, sob responsabilidade do vo luntário Alexandre Campos, a logo dos 80 anos do Coral dos Canarinhos expressa os sentimentos de solidez e longevidade. A escrita 80 tem seus números unidos e com aparência de metal e dourado, um material resistente ao tempo, e que re presenta bem a história do coral, afinal são 80 anos de história.

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divul gou no dia 24 de julho, por meio de sua Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação, a lista dos finalistas em todas as sete categorias da 54ª edição dos Prêmios de Comunicação CNBB. E pelo segundo ano consecutivo, o Coral dos Cana rinhos de Petrópolis está entre os finalistas. Os nomes dos vencedores serão conhecidos em celebração presencial, no dia 18 de outubro, diretamente dos estúdios da TV Evange lizar, em Curitiba (PR). Com o curta-metragem “Canarinhos de Petrópolis – Tradição e Contemporaneidade”, o Instituto dos Meninos Cantores de Petrópolis concorre neste ano na categoria “Cinema – Margarida de Prata”.

NOVO SITE: IDENTIDADECANARINHOS.COM.BRVISUAL evangelização484

AGOSTOcomunicações2022

Momentos celebrativos e de confraternização animaram os par ticipantes no desejo de mudança e qualificação sem perder o essencial. No dia 28 de julho, antes do almoço de encerramento, a celebração ao ar livre retomou o tema da Assembleia: “Recomecemos, irmãos, porque até agora pouco ou nada fizemos”. Frei Vagner Sassi

As reflexões desenvolvidas na Assembleia, bem como o material pro duzido, uma vez sistematizados, serão retomados nas coordenações geral e ampliada em vista de se construir co letivamente uma proposta de reestru turação do SEFRAS para os próximos anos. Isso implica em um plano de implantação, prazos, orçamentos, obje tivos e metas de onde se quer chegar e como se dará esse processo.

SEFRAS realiza sua 18ª assembleia anual

Em grupos e plenários, todos foram convocados a contribuir na discussão dos desafios impostos ao SEFRAS como instituição; das forças das quais não se pode abrir mão para que não se percam os valores e missão; e de como se estruturar para os próximos anos em termos de governança e gestão. No dizer de Frei José Francisco: “Como pen sar tudo isso sem ferir o que já fazemos essencialmente e sem despersonali zar o SEFRAS? Como ponderar tudo isso num planejamento de trabalho objetivo e claro que nos faça ter plena consciência de onde estamos saindo e para onde estamos indo?”

evangelizaçãocomunicaçõesAGOSTO2022485Reuniram-se em Tanguá (RJ), en tre 25 e 28 de julho, cinquenta e seis trabalhadores do SEFRAS, dentre os quais oito frades, para a 18ª Assembleia Anual. O tema proposto fazia referência direta a São Francisco: “Recomecemos, irmãos, por que até agora pouco ou nada fizemos” (1CelUm103).momento celebrativo exal tando o cuidado da criação diante das realidades desafiadoras do nosso tempo deu início ao evento. Após Frei José Francisco de Cassia dos Santos dar boas-vindas aos presentes, foi transmitida a mensagem do Ministro Provincial, Frei Paulo Roberto Pereira, que estava em Angola, ressaltando o sentimento de gratidão a todos os trabalhadores, a prioridade dada pela Província ao trabalho de solidariedade com os empobrecidos, a necessida de de mantermos acesa a chama da profecia e da denúncia próprias da vida religiosa consagrada, e a oportunidade concreta de atender aos apelos de uma “Igreja em saída”, comprometida com os pobres e com o planeta. Em participação on-line, o Vigário Provincial e Secretário para a Evan gelização da Província, Frei Gustavo Wayand Medella, destacou as quatro prioridades levantadas pelo Plano de Evangelização para o sexênio 20222027 que deverão ser operacionaliza das por cada Frente de Evangelização. Recordando o tema da Assembleia, Frei Gustavo disse que o SEFRAS é chama do a recomeçar sempre de novo sem desesperançar, mesmo com tantos ventos desfavoráveis. “O SEFRAS é construtor, artesão, artífice de espe rança: tece esperança no coração de muitos”, afirmou. O objetivo da 18ª Assembleia do SEFRAS foi lançar um olhar sobre o an damento da instituição e fazer reflexões sobre constantes “recomeços” frente à realidade que bate à nossa porta todos os dias. Nesse sentido, trazia na pauta: a institucionalização do SEFRAS em sua estrutura, o reposicionamento do SEFRAS para discussão da sustentabili dade, discussões acerca de governança e gestão participativa, e planejamento do trabalho para qualificar o diálogo com o “mundo de hoje” a partir de suas oportunidades e desafios. Rudá Guedes Ricci, cientista polí tico formado na PUC-SP e Unicamp, apresentou on-line uma análise da atual conjuntura brasileira, marcada pela instabilidade econômica, política e social. Após suas considerações, houve amplas discussões. “Sem a participação dos cidadãos no controle das políticas públicas não haverá alteração do esta do atual. Há uma necessidade urgente de avançar no controle democrático e das políticas do Brasil, que é o sétimo país mais desigual do mundo, e o déci mo terceiro mais rico”, afirmou. Igualmente de forma remota, Cynthia Betti, diretora executiva da Plan International Brasil, falou um pouco dos desafios que se apresentam hoje para as organizações sociais em termos de gestão e captação de recursos. Ressal tou o desafio de se criar uma estrutura institucional enxuta e financeiramente autossustentável, bem como a necessi dade de se fortalecer a cultura de doa ção mediante uma melhoria constante nos processos de captação de recursos.

Vinho novo em odres novos (Mt 9, 16-17)”, foram as palavras de abertura da Assembleia Capitular na Fundação Imaculada Mãe de Deus de Angola, que teve início no dia 25 de julho, Festa de São Tiago Apóstolo, e terminou no dia 27. A sede desse im portante encontro foi a Fraternidade São Francisco de Assis, no Palanka, e contou com 39 capitulares, vindos de Malanje, Kibala, Viana, Palanka e do Governo Provincial: o Ministro Provin cial, Frei Paulo Roberto Pereira, e os Definidores Frei Robson Luiz Scudela e Frei Daniel Dellandrea. O primeiro dia da Assembleia foi reservado para o retiro e teve como pregador Frei Daniel. Durante a homilia, Frei Daniel rendeu graças a Deus pelos 30 anos da FIMDA e pelo carisma franciscano presente em terras angolanas. Em seguida, pediu aos frades para se deixa rem guiar pelo Espírito Santo, de modo que o Evangelho possa ser o vinho novo que orienta o Capítulo. “Capítulo é tempo de recordar e de guardar tudo aquilo que o Senhor nos ensinou”, disse o frade. Também pediu que evitem a improvisação, a mesmice, o individualismo, de modo agir como fraternidade e, a partir do ardor evangélico, olhar para frente, criar maior laço de partilha e de convivência fraterna de modo que se realize a vontade de Deus. “Que o Capítulo seja o tempo de nos ouvirmos uns aos outros e de ouvir o apelo do Senhor. Que este Capítulo possa ser uma dádiva de Deus”, enfatizou. Na abertura da reunião capitular, Frei Paulo destacou que o Capítulo generosamente o coração”, pede Frei Paulo

“Abrir

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1º DIA

da esperança no mundo de hoje, estando atentos à realidade à volta de suas Fraternidades. E lembrou aos capitulares que a vida religiosa pressupõe convivência fraterna, por isso, exortou a evitar o clericalismo e o individualismo para não se perder a graça de viver as virtudes francis canas de minoridade, simplicidade, fraternidade.

evangelizaçãocomunicaçõesAGOSTO2022489é um espaço para abrirmos gene rosamente o coração e ouvirmos o que Deus nos tem a dizer. “É tempo de olhar para trás para ver o que já foi feito e de olhar para frente com esperança. Capítulo é um exercício espiritual. Que haja leveza e despo jamento para ouvir o que o Espírito Santo tem a nos dizer”, disse. Igual mente lembrou que, “ao invés de nos perguntarmos onde iremos, a pergunta a ser feita nestes dias deve ser: Onde a inspiração franciscana nos leva, como homens do francis canismo?” E pediu que a alegria do encontro fraterno acompanhe os frades durante e após o Capítulo. No decorrer do retiro, Frei Daniel questionou: “Em que odres estamos guardando o vinho do Evangelho? A exemplo de Francisco de Assis que renovou a Igreja com a vivência do Evangelho, também hoje os frades são chamados a renovar a Igreja no amor e na misericórdia”. Apelou a não se ter medo de deixar aquilo que é odre velho, aquilo que não ajuda na missão e também a não ter medo de se renovar para abraçar o vinho novo do Evangelho. “Estamos aqui para discernir a qualidade e o sabor do vinho novo e ao mesmo tempo para avaliar se os nossos sonhos, se os nossos corações, estão em condições de conservar o vinho novo do Evangelho”, recordou Frei Daniel aos confrades. No período da tarde, Frei Daniel partilhou a carta do Ministro Geral, Frei Mássimo Fusarelli, “Ao Capítulo Provincial 2021”, onde frisava: “Nós não somos um grupo de pessoas que vive junto, somos religiosos, irmãos unidos no amor de Deus, ir mãos que buscam um bem comum, somos irmãos espirituais. Qual é o nosso bem comum? O que ainda nos une? O que dá sentido a nossa vida em fraternidade?” Na sua alocução, Frei Daniel pediu que os frades sejam profetas “Que o Senhor nos dê a graça de não permanecer prisioneiros ou acomodados com os odres velhos remendando a vida, mas nos conce da a graça da alegria e da liberdade que a novidade do Evangelho nos traz”, pediu Frei Daniel no fim de sua reflexão.Aoterminar o primeiro dia de Capítulo, Frei Robson apresentou o tema “Redescobrir o valor da Vida Fraterna”, onde afirmou que o carisma franciscano é ainda atual e a Ordem é a atualização do projeto de Francisco. “A dinâmica da vida comu nitária se baseia em Jesus Cristo. Ele é a fonte, a medida e o modelo da vida fraterna”, disse ele. do Reino de Deus”, disse e por isso, pediu que cada frade se alegre com a alegria do irmão. Para concluir, num tom humo rístico, disse que “os últimos a entrar nos céus serão os frades, não porque são os mais santos, mas para ter certeza de que ninguém ficou de fora do Reino dos Céus. E deixou algumas recomendações para se al cançar a harmonia fraterna: “Celebrar e festejar juntos, cultivar o respeito mútuo, orientar-se para uma missão comum e ser protagonista da vida comunitária”.Esteprimeiro dia do capítulo foi encerrado com as Vésperas solenes da Festa de São Tiago Apóstolo.

Frei Robson lembrou que o frade menor é chamado a ser construtor da vida fraterna e não um con sumidor, e os que procuram ser frades devem ter clara a missão de construir a vida fraterna e a vida de penitência. “A nossa fraternidade é uma comunidade de pecadores que caminha para a sua santificação. A paz e gosto de estar juntos são sinais

Osegundo dia do Capítulo (26/7) ficou marcado, na parte da manhã, pela leitura dos rela tórios do presidente da FIMDA e dos secretariados de evange lização e formação. Na parte da tarde, Frei Robson apresentou o documento “Economia a serviço do carisma e da missão”. Frei Ivair Bueno de Carvalho e Frei José Morais Cambolo moderaram Entretanto, durante o triênio foi possível iniciar a construção da Igreja matriz da Paróquia Santos Mártires de Uganda, de Malanje, e São Lucas, de Luanda. Também foi assumida a Quase-Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus, no município de Cangandala, Malanje.

“Todos

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O secretário de Evangelização, Frei Laerte de Faria dos Santos, frisou que, no tocante à evangelização, foi feito o possível, mas que ainda há muito por ser feito. Já io secretário da Forma ção, Frei Marco Antonio, elogiou o número crescente de frades, contudo pediu urgência na formação de for madores para melhor corresponder às necessidades do processo forma tivo na FIMDA. Em seguida,, passou -se para as discussões nos grupos. Na parte da tarde, Frei Robson apresentou o documento “Economia a serviço do carisma e da missão”. À luz do documento, o confrade dizia que “todos somos responsáveis da administração dos bens das nossas casas”. Igualmente, “os bens e as obras nos são confiados como dom de Deus providente para a realização da missão. Que os bens e coisas que temos estejam a serviço do nosso carisma”, dizia ele. Além disso, Frei Robson fez também a exposição das Diretrizes para a Administração Econômica e Financeira em vigor na Província. Indicou caminhos concretos para que a economia esteja ao serviço do carisma. Fez saber que é preciso que o Caixa seja Comum e falou da necessidade da prestação de contas, da apresentação de faturas, do colocar em comum a aposentadoria e outras entradas de dinheiro e bens. O confra de terminou a sua alocução falando DIA somos responsáveis pela administração dos bens das nossas casas”, diz Frei Robson as seções.FreiAntónio Boaven tura Zovo Baza, então presidente da FIMDA, em seu relatório disse que a Pandemia da Covid-19 trouxe muitas limitações, sendo a mais sonante a im possibilidade das reuniões presenciais do Conselho. da urgência de se investir financeiramente nas ações de caridade fraterna para com os empobrecidos e vulneráveis do nosso tem po. Seguiu-se a discussão nos grupos, o plenário e depois o encerramento das atividades deste segundo dia com a oração do Glória.

AssembleiadaCapitular chegada do Ministro

3º DIA

Provincial e Definidores

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AAssembleia Capitular na FIMDA terminou no dia 27/7, num ambiente fraterno, sereno e festi vo. Os frades renderam graças a Deus pela existência e pelo florescimento da Ordem Franciscana em Angola. Também o Capítulo serviu para eleger o novo Conselho da Fundação. O último dia ficou marcado por momentos como a deposi ção dos ofícios até então assumi dos, apresentação dos Estatutos Revisados, votação das propos tas do triênio, eleição do novo Governo e leitura do relatório do visitador, Frei César Külkamp. Na leitura do relatório, Frei Paulo Roberto Pereira ressaltou a exis tência do entusiasmo vocacional e espiritual, o zelo apostólico e o desejo notável de crescimento da identidade franciscana em terras angolanas.Ressaltou também a existên cia do acolhimento saudável das diferenças culturais. Por outro lado, pediu que se evite a divisão no seio das Fraternidades, pois ela é danosa e compromete a qualidade da vida fraterna. Ape lou a que se evite a sobrecarga de trabalhos, pois “toda a nossa dedicação pode nos levar ao esgotamento físico ou espiritual, quando não é feita moderada mente, pois também é necessário evitar o laicismo”, enfatizou. Na sequência, Frei Paulo pe diu que haja maior transparência econômica e maior cuidado nas Último dia

A FIMDA acolheu o Ministro Pro vincial Frei Paulo Roberto Pereira, Frei Daniel Dellandrea e Frei Robson Scudela na chegada a Angola no dia 16/7. Logo pela manhã, na Frater nidade São Francisco de Assis, no Palanka, Luanda, os frades come çaram a visita pela Paróquia de São Lucas, conversando com o Conselho Paroquial, seguindo com o convívio fraterno e almoço na Fraternidade. À tarde, um encontro com os confrades de formação temporária da Fundação que cursam Filosofia no Palanka. A conversa, alegre e sin cera, deu-se num ambiente fraterno no qual os frades manifestaram a sua alegria e gratidão e aproveita ram o momento para manifestar as suas inquietações e desejos em prol do presente e do futuro da FIMDA. Frei Paulo Roberto, por sua parte, refletiu sobre a vida dos Frades Menores, dizendo que o ser frade começa com a profissão e perdura até ao fim da nossa existência. No domingo (17/7), os frades se reuniram com as Irmãs Clarissas do Mosteiro do Sagrado Coração de Je sus, no Palanka, com a OFS e a Jufra da Paróquia de São Lucas.

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relações. “É preciso que as nossas relações fraternas gerem vidas para além do formalismo”, para tal “é necessário investir naquilo que nos une e nos cura, e não naquilo que nos divide”, frisou Frei Paulo. Ani mando os seus confrades, pediu -lhes que arrumassem mais tempo de estar, rezar e estudar juntos, e que cultivassem uma convivência descontraída e leve, evitando ten sões desnecessárias.

“Todos nós passamos. A pereni dade é um atributo divino. É preciso não perder a consciência fraterna e não se apropriar dos bens comuns. Que nenhum irmão viva isolado, mas viva para e a partir da Fraterni dade”, pediu o Ministro Provincial. “Não podemos viver apartados do mundo real. A crise econômica hoje é mundial. Por isso, temos que mudar os nossos hábitos e melhorar a gestão e a transparência econômica e financeira”, apelou o frade. Frei Paulo lembrou também a necessidade de se pôr em ação o JPIC (Justiça e Paz e Integridade da Criação), de modo a se poder ter uma pastoral que atenda as pessoas que acorrem às cidades em busca de serviços e melhores con dições de vida e os mais vulneráveis da sociedade, além de dialogar com os organismos do Estado e outras instituições sociais. O Capítulo terminou com a Celebração Eucarística. Na homilia, Frei Paulo, dirigindo-se aos membros do novo Governo, disse que a missão que irão desempenhar é de servir a todos como irmãos. “Irmãos entre irmãos, sejam ministros, servos dos irmãos”. E olhando para Frei Ivair Bue no de Carvalho, novo presidente da FIMDA, disse: “Frei Ivair, seja dedicado, zeloso no serviço aos irmãos, seja servidor de todos”, e terminou pedin do orações para o novo Conselho. A seguir, convidou o novo presidente a tecer algumas palavras aos irmãos. Frei Ivair frisou que “a vida consagrada é um tesouro encontrado em campo comum. Precisa ser cuidada e anima da entre irmãos. Que o Espírito Santo nos conduza a sermos uma Ordem de irmãos, frades menores. Como Francisco, comecemos, porque até agora pouco ou nada fizemos”.

O novo presidente da FIMDA Equipe de Comunicação : Frei Canga Manuel Mazoa, Frei David Vicente da Conceição Gaeita e Frei Tomás Gaspar Joaquim

Na tarde do dia 27 de julho, na capela da Fraterni dade São Francisco, no Palanka, os frades – sendo 17 professos solenes votantes – elegeram o novo Conse lho da Fundação Imaculada Mãe de Deus de Angola (FIMDA) para o triênio 2022-2024. O novo Conselho está constituído por: Frei Ivair Bueno de Carvalho, presidente; Frei José Morais Cambolo, Frei Marco Antonio dos Santos e Frei Ermelindo Francisco Bambi, conselheiros.OMinistro Provincial da Província da Imaculada Con ceição do Brasil, Frei Paulo Roberto Pereira, perguntando a cada um dos frades recém-eleitos se aceitava o ofício a eles confiado, como resposta ouviu: “Sim, aceito com ajuda de Deus e dos irmãos! ” Frei Ivair Bueno de Carvalho é natural de Sorocaba (SP). Nasceu em 31 de janeiro de 1973. Filho de Aparecido Benedito Bueno e de There zinha de Carvalho Bueno, entrou na Ordem dos Frades Menores através da Província da Imacula da Conceição do Brasil, em 1993. Fez a Primeira Profissão religiosa em Rodeio (SC), no dia 9 de janeiro de 1998, e Profissão Solene no dia 30 de julho de 2005. Estudou Filosofia no Instituto São Boaventura, em Curitiba (PR), e Teologia no Ins tituto Teológico Franciscano, em Petrópolis (RJ). Em 2001 foi enviado como missionário em terras angolanas, trabalhando em Luanda, Malange e Kibala. Retornou ao Brasil por um tempo e regres sou a Angola em 2009. Atualmente é guardião da Fraternidade Santo Antônio - Noviciado de São José, em Kibala (Cuanza Sul).

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O NOVO GOVERNO

INSTRUMENTO DE PROMOÇÃO DA SINODALIDADE

As paróquias em Luanda e Viana pouco diferem das realida des já conhecidas nas periferias das grandes cidades brasileiras. A cruel realidade que expatria os pobres e os despeja nas bor das das cidades na ilusória espera por acesso às oportunidades e aos serviços essenciais, nalguma medida, pode ser vista em Malanje também. Cangandala, com seus mais de oitenta nú cleos rurais, conserva ainda algumas características realçadas nas fotos e relatos dos primeiros anos da missão em Angola.

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Visita às Fraternidades e Capítulo da FIMDA

Com os Conselhos Paroquiais São Lucas (Luanda), Nossa Senhora de Fátima (Viana), San tos Mártires de Uganda (Malanje) e Santa Terezinha (Cangan dala) formam o grupo de paróquias confiadas aos frades em Angola. A catequese e a formação, o acolhimento e a solida riedade com os pobres, a formação de comunidades, a admi nistração dos bens e, sobretudo, uma intensa vivência litúrgica são promovidas com empenho.

Definitório escolheu alguns confrades para estar em Angola com o propósito de visitar os confrades, conhecer as Frentes de Evangelização e celebrar o Capítulo da Fundação. Esta tarefa coube aos confra des Daniel Dellandrea, Robson Luiz Scudela e Paulo Roberto Pereira. Abaixo um relato informal e uma fraternal partilha da experiência vivida. COMO CHUVA...

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O planejamento dos dias de visita aos irmãos da FIMDA levou em conta a importância de identificar, conhecer e ouvir as diferentes forças que partilham conosco a missão evangeli zadora. Por isso, houve ocasião para encontros com os Conse lhos das Paróquias, com as Fraternidades da OFS/JUFRA, com as Clarissas e outras consagradas.

Os encontros com as lideranças deixaram em relevo o la borioso empenho dos confrades em constituir e promover a participação criativa dos fiéis leigos. Homens e mulheres e uma expressiva porção de jovens, tomaram a palavra e pude ram expor com clareza e responsabilidade os desafios e con quistas construídas ao longo dos anos. Unânimes, apontaram como destaque a forma franciscana de propor o trabalho e definir prioridades; a identificação com o povo e com o lugar; a amizade e a proximidade que geram familiaridade e senso de pertencimento. Familiaridade que permite, inclusive, algu mas reprimendas e estas também tiveram seu lugar. O povo gosta dos frades, nos quer bem e, por causa do bem-querer, não tem dificuldade em nos pedir que sejamos dedicados aos mais pobres, que escolhamos estar entre os últimos da sociedade, que nos esforcemos para traduzir em atitudes as palavras que pregamos. Feliz o agente evangelizador que pode ouvir os elogios e acolher as eventuais correções com a mesma atenção e sem deixar turvar seu coração. Em todas as paróquias há cuidado e incentivo a constru ções, ampliações e reformas dos espaços. Cresce o entendi mento de que as melhorias deverão ser promovidas no ritmo concedido pelos recursos arrecadados pelas próprias comuni dades; aprendizado exigente que confere robustez e garante continuidade aos projetos. Aliás, inúmeras são as manifesta

evangelização494 16 A 28 DE JULHO DE 2022

“A visita é como chuva, enche a terra de renovado vigor”, essas palavras emolduraram a fraternal acolhida da delegação chegada do Brasil para uns dias de convivência na Missão em Malanje no já longínquo ano de 1996. Junto com Frei Estêvão Ottenbreit e Frei Caetano Ferrari, então Ministro Provincial, tive oportunidade de visitar os confrades que haviam inaugurado nossa presença em terras angolanas alguns anos antes. Na mesma igreja, na mesma Malanje, 26 anos depois, a mesma frase pôde identificar a razão para, mais uma vez, estar ali. Dita a respeito de si mesmo, a afirmação da sabedoria popular po deria parecer eivada de presunção, afinal, imaginar-se suficien temente potente a ponto de revigorar a sequidão não é sinal de humildade. Entretanto, quando recordamos que é o próprio Senhor que “faz chover sobre justos e injustos” (Mt 5,45), e “sua palavra é chuva que rega a terra, faz florescer, produz semente que alimenta, e não volta vazia” (cf. Is 50,10), então os visitantes são transformados em instrumento nas mãos do Senhor.

ções de generosidade e entendimento da importância da par ticipação de todos na manutenção da ação evangelizadora. As famosas “tâmbulas” se multiplicam de acordo com as necessi dades e desafios. Gêneros alimentícios, material de higiene e toda sorte de doações são recolhidas a cada celebração. De alguma maneira, todas as paróquias estão ligadas a uma casa de formação, São Lucas/Tempo da Profissão Tempo rária, Nossa Senhora de Fátima/Postulantado e Santos Mártires e Santa Terezinha/Seminário, e isso tem proporcionado efetiva participação dos paroquianos na formação dos novos frades, seja no aspecto apostólico, seja na manutenção e sustento. A constituição de paróquias e comunidades missionárias é, e não poderia ser outra, a imperiosa motivação que justifica o fortalecimento das Fraternidades dedicadas a esta Frente de Evangelização na FIMDA.

Nestes dias de visita, em espírito de gratidão e louvor pela vocação e missão partilhadas, pudemos estar com as Clarissas em Luanda e também em Malanje. Nos reuniu o altar da Eu caristia e, em seguida, a mesa do refeitório. A alegria das irmãs é contagiante. O desejo de conhecer ainda mais a espirituali dade e a identidade carismática é motivador. O entendimen to que fazemos parte de uma mesma família, torna fecunda a proximidade. Houve ocasião para um breve momento de encontro e reflexão. Renovamos o compromisso de rezar uns pelos outros e envidar esforços para a criativa celebração dos jubileus franciscanos que se aproximam.

Com as Clarissas, OFS, JUFRA e Família Franciscana Malanje foi o primeiro lugar que acolheu uma Fraternida de da Província em Angola. O mosteiro das irmãs Clarissas ali localizado, certamente, foi porto seguro para os frades recém -chegados. A implantação da Ordem, missão que nos levou a Angola há mais de 30 (trinta) anos, teve o imprescindível in centivo e apoio das irmãs pobres de São Francisco que nos precederam naquele país. Da nossa parte, desde a primeira hora, coube partilhar da nossa pobreza e oferecer nosso qui nhão, seja pelas celebrações, seja pela assistência ordinária ao mosteiro. O vigor vocacional experimentado em Malanje in centivou as irmãs a inaugurarem nova presença na capital do país. Nossas irmãs suplicaram ao então arcebispo que nossos frades pudessem se instalar junto ao novo mosteiro constru ído em Luanda. De lá para cá, tanto em Malanje, como em Luanda, pode-se experimentar a singeleza e criatividade vin das da integração entre os frades e as damas pobres.

Irmãos e irmãs da OFS e JUFRA manifestaram o desejo de mútua colaboração a fim de que o carisma franciscano con tinue a ser conhecido e buscado. A promoção da justiça e da paz, o cuidado com a criação, as provocações do pontificado do Papa Francisco, não são atividades exclusivas dos francisca nos e franciscanas, senão motivações criativas para este nosso tempo e que a Família Franciscana não pode abrir mão. Esta compreensão fundamentou o pedido para que a assistência às Fraternidades merecesse atenção e cuidado da parte dos confrades. Tanto em Angola, como no Brasil, ainda persiste a danosa compreensão que mede com a mesma régua a OFS

comunicaçõesAGOSTO2022

A sobreposição de funções foi um dos elementos apresen tados como estratégia a ser evitada. A simplificação das estru turas deve ser buscada, se não por outro motivo, pelo número reduzido de professos solenes ou irmãos em condições de res ponder pelas tarefas a serem desempenhadas. Ao lado disso, o envolvimento dos irmãos do tempo da formação inicial deve ser promovido; assim, acompanhada e paulatinamente, sejam eles inseridos nas atividades e assumam responsabilidades de acordo com a especificidade própria deste tempo.

INSTRUMENTO DE REVISÃO DE VIDA E ANIMAÇÃO DA FRATERNIDADE

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Admirável a maturidade demonstrada pelos frades for mandos, inclusive os noviços. A liberdade e a franqueza com que expressavam suas preocupações e apresentavam suas su gestões denotaram responsabilidade e apurado senso de per tencimento. Quando experimentam a proximidade dos for madores e a clareza da proposta formativa, sentem-se seguros e bem-dispostos; na falta desses importantes elementos, sur gem a debilidade, a incerteza e até o medo. Foi possível ouvir reservas em relação ao itinerário formativo, marcadamente, voltado à formação presbiteral. Resta evidente que a adequa da formação franciscana vai fortalecer a clareza vocacional e evitar os diversos desvios que ameaçam e obnubilam a forma de vida proposta por Francisco de Assis.

INSTRUMENTO DE ESCUTA Em todas as casas foi possível reunir os confrades para uma conversa fraterna, ao modo de Capítulo Local. Criou-se espaço para a partilha de impressões acerca da missão da Fraternida de, experiências pessoais, relatos acerca da saúde física e es piritual, além de expectativas em relação ao futuro da FIMDA. Merece destaque o empenho de cada um na realização das tarefas confiadas. Os irmãos se esforçam para ser formadores e pastores dedicados. Contudo, à qualidade do apostolado deverá seguir a qualidade da vida fraterna; este, certamente, constitui-se em instigante desafio tanto no lado de lá, como no lado de cá do Atlântico. Não à toa, o último Capítulo Pro vincial (2021) escolheu como uma das prioridades “qualificar a vida fraterna”. Cada irmão deve sentir-se provocado a rezar com piedade e devoção, trabalhar com dedicação e empe nho, conviver com liberdade e confiança mútua, administrar os bens com transparência e generosidade.

e os movimentos/serviços eclesiais. O esforço para que a iden tidade carismática da OFS e JUFRA se apresente mais límpida, trará proveito à missão de todos. Além das Clarissas, foi possível encontrarmos com outras famílias religiosas que convivem com os confrades, num exer cício de mútuo cuidado e ajuda. Na raiz da Vida Consagrada está o desejo da fraternidade, e este não deverá estar restrito aos acanhados limites institucionais. Além disso, a amizade e cooperação entre os consagrados resultará em eloquente tes temunho e anúncio vocacional.

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A visita às Fraternidades, sem ter o caráter de “Visita Canôni ca”, já realizada em vista do Capítulo Provincial de 2021, serviu também como preparação para o Capítulo da Fundação. Anu almente, os confrades em Angola realizam sua Assembleia. A cada três anos a Assembleia, entre outras indicações, apresen ta os nomes dos irmãos que formarão o Conselho da FIMDA. Os nomes votados foram: Frei Ivair Bueno de Carvalho – Presi dente; Frei José Morais Cambolo, Frei Marco Antonio dos San

INSTRUMENTO DE ACOLHIMENTO A Fraternidade de Kibala, desde janeiro de 2019, acolhe os noviços para percorrerem itinerário do “Ano da Graça” da ini ciação franciscana. A visita fraterna começou com a admissão dos novos irmãos que, revestidos do hábito da provação se dispuseram a “trilhar o caminho da penitência, a viver segundo a forma do Santo Evangelho, a seguir a humildade e a pobreza de Nosso Senhor Jesus Cristo, a possuir o Espírito do Senhor e rezar sempre a Deus com o coração puro, e a crescer no espí rito do amor fraterno”. Presenciar a corajosa adesão de jovens noviços ao nosso projeto de vida é clamoroso convite à reno vação dos compromissos assumidos. Por falar em compromis so assumido, no dia seguinte houve a Primeira Profissão de Frei Pedro Isaías Luisa Vitangui. A Fraternidade se preparou muito bem para acolher o povo que, vestido de festa, veio participar da celebração. Além da profissão dos votos, a ocasião também foi marcada pela inauguração de uma pequena capela cons truída no alto de uma das pedras que são a marca do nosso terreno em Kibala. À entrada da capela, pretendida como es paço de oração tanto para os noviços, como para o povo, se lê a frase registrada num dos eremitérios que Francisco frequen tava: “Se o coração está longe de Deus, vãs são as palavras. ” Há muitos sinais franciscanos destacados na paisagem de Kibala. Além da recém-inaugurada capela sobre a pedra, no tam-se os quadros da Via-Sacra dispostos na alameda que sai do portão e vai à capela principal; o Tau está erguido numa das pedras da entrada e a imagem da Imaculada desenhada noutra. Contudo, o distintivo mais evidente de que aquela é uma residência franciscana se mostra na maneira como as pessoas sentem-se acolhidas pelos frades. Sejam os viajantes que passam, sejam as crianças que participam da catequese semanal, sejam as “mamás” que vêm, ora para rezar, ora para colaborar na limpeza do terreno ou nos afazeres da casa, todos podem fazer a experiência do acolhimento e da familiaridade. Sem que isso possa prejudicar a programação do Noviciado, o povo divide com os frades a fé e a festa, o trabalho e a comida, a dor e a confiança, convivência que se converte em excelente meio pedagógico para a formação dos novos e também dos que já foram noviços há um pouco mais de tempo.

Frei Paulo Roberto Pereira, OFM MINISTRO PROVINCIAL

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O Capítulo insistiu na emergência da formação de forma dores, condição fundamental para o acolhimento de vocacio nados. Esta tem sido a orientação da Ordem: acolher apenas e tão somente os irmãos que temos condições de formar, seja por condições espaciais, financeiras e, sobretudo, por condi ções de cuidadoso acompanhamento. O grande número de vocacionados é graça do céu e não pode ser desconsiderado como tal. Entretanto, corremos o risco de desmerecer tal graça quando não oferecemos aos vocacionados aquilo que o pro cesso formativo exige. Além da atenção à formação dos for madores, o Capítulo pediu que fosse configurado e aplicado vigoroso programa de formação permanente. Tal programa deve incentivar a celebração sistemática do Capítulo Local; a realização dos retiros previstos nos nossos Estatutos, mensais e anual; as comemorações das Festas Franciscanas; a transpa rência na administração dos bens e na prestação de contas.

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O olhar retrospectivo impõe a constatação de que, des de sua criação, a Fundação vem construindo sua identidade e adquirindo condições estruturais necessárias ao seu autos sustento. Terrenos, residências, veículos, paróquias sob sua responsabilidade, capacidade de geração de recursos, mão de obra qualificada, entre outros elementos, dão segurança aos passos pretendidos. O conhecimento e respeito à legislação que regula as propriedades e as relações laborais, o cuidado de ter e manter atualizada a documentação e os vários registros, a fidelidade à prestação de contas a partir de contabilidade ofi cial e auditável, a celebração de acordos com as Dioceses são procedimentos a serem adotados no relacionamento com as autoridades e outras instâncias da sociedade.

INSTRUMENTO DE GRATIDÃO Mãos erguidas, face exultante, rezando com o corpo intei ro, a multidão reunida no Kimbo São Francisco, junto à residên cia da Fraternidade em Luanda, entoava o refrão “Como hei de agradecer a tamanha graça que o Senhor me concedeu”. Era a última atividade da visita, “ação de graças”. Estrutura simples, um terreno com um altar e muitas árvores, o Kimbo reúne um sem número de pessoas a cada celebração que, ocorrem às quintas e aos domingos. A partir dali Luanda inteira, quiçá toda Angola, reconhece e emprega a saudação “Paz e Bem”, identi dade e motivo da missão franciscana. A palavra Kimbo, um confrade me ensinou, significa cam po; quando associada ao complemento São Francisco, então temos a síntese da experiência proporcionada aos que se di rigem àquele lugar: campo propício ao encontro com o Se nhor; campo onde é semeada a Palavra da vida; campo fértil para o encontro entre irmãos e irmãs; campo do descanso para a revitalização da jornada; campo adequado à celebração da reconciliação e promoção da paz; campo para o reencanta mento da vocação; campo da bênção; campo da missão.

tos e Frei Ermelindo Francisco Bambi – Conselheiros. A estes irmãos caberá a tarefa de promover o criativo envolvimento dos frades da Fundação a fim de que as ações sugeridas no Capítulo sejam executadas com proveito.

INSTRUMENTO DE AUXÍLIO À ORGANIZAÇÃO

O Capítulo se demorou a debater a importância de conti nuar a busca de empreendimentos e posturas que garantam o sustento da Fundação, a partir de Angola mesmo. A ajuda externa, através de projetos e campanhas, teve e continua a ter significativa relevância. Entretanto, a dependência exclusi va desta fonte de recursos, cada vez mais escassa, gera incô modo e inibe a maturidade institucional desejada.

Considerando o preceito evangélico que atesta que “o trabalhador é digno do seu salário” (1Tm 5,18), não erra quem afirma que o método mais eficaz de autossustento é o pró prio trabalho. Se me encontro no período de estudos, estudar com dedicação será meu principal trabalho; se a mim foi dada a responsabilidade de servir à missão paroquial, meu trabalho evangelizador empenhado proverá o sustento; se a Fraterni dade me dá oportunidade de desenvolver alguma atividade remunerada, meu salário irá garantir o sustento da missão de todos. Trabalhar com as próprias mãos; ocupar-se das tarefas domésticas; descobrir e desenvolver habilidades e colocá-las a serviço; sentir-se responsável pelo bom uso e conservação dos bens da Fraternidade; planejar viagens e evitar desloca mentos desnecessários; promover e participar da mesa e do caixa comum; deixar que as motivações que me levaram a consagrar meus dias à vida franciscana iluminem minha rela ção com os bens, são algumas escolhas diárias que poderão auxiliar no processo de amadurecimento da Fundação, a fim de que possa vir a constituir-se como Entidade Autônoma.

Diante do povo reunido os confrades manifestaram alegria pela graça de servir ao Evangelho e continuar a espalhar as sementes do Reino. Além disso, puderam renovar a disposição de assumir a vida franciscana com liberdade e generosidade.

A bondade do Senhor reservou-nos dias de intensa convi vência. A zelosa acolhida merece destaque. Não faltaram mo mentos de prece em comum. Os muitos quilômetros entre as casas foram percorridos em segurança. As confraternizações proporcionaram integração e mútuo conhecimento. A possi bilidade de “banhar” no Kwanza, subir as Pedras Negras, apro ximar da pegada da Rainha Ginga e perder o fôlego diante da beleza das quedas de Calandula nos fizeram conhecer e ad mirar ainda mais o país que nos adotou há mais de trinta anos. “Como hei de agradecer...” Paz e Bem.

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O Pró-Reitor de Ensino, Pesquisa e Extensão apresentou as mudanças recentes do programa e sua importân cia para o cenário regional e nacional.

“Nos últimos 4 anos a Universidade vem unindo esforços, principalmente no sentido de situá-lo para a educação contemporânea, nesse ponto o Pro grama de Pós-graduação Stricto Sensu em Educação se faz extremamente importante”, afirmou o pró-reitor.

A coordenadora do dos Programas de Mestrado e Doutorado em Educa ção também apresentou a missão que norteia todas as atividades desenvol vidas nesses 20 anos. “Em articulação com a missão institucional, delineamos a nossa. Promover a formação de docentes pesquisadores para atuarem na educação, atenta ao outro, com interação dialógica e potencialidade para projetos coletivos sustentáveis e inovadores, objetivando a equidade e a transformação social. É neste sen tido que o Programa tem buscado por meio das nossas atividades de ensino, pesquisa e extensão, assumir o compromisso de uma educação social transformadora e que contribua por meio dessas atividades com o enfren tamento das necessidades sociais, especialmente na cidade de Itatiba e seu entorno, mas também abrangen do outras regiões do estado e do país”, explicou a professora. Ao longo do evento foi realizada duas mesas-redondas com egressos e docentes contando suas memórias do Programa. Ao final do dia foi realizado um coquetel de encerramento, com a exposição das obras do Frei Pedro da Silva Pinheiro, que utiliza uma série de materiais recicláveis. Ana Paula Moreira de Souza anos do Programa de Pós-Graduação de Mestrado e Doutorado em Educação

USF celebra 20

Universidade São Francisco (USF) promoveu no dia 15 de agosto, o evento “Celebração de 20 anos do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação da USF”, no Câmpus Itatiba.Aabertura contou com a pre sença de professores do Programa, estudantes e ex-alunos, além da pre sença do reitor da USF, Frei Gilberto Gonçalves Garcia; do Pró-Reitor de Ensino, Pesquisa e Extensão, professor Dilnei Lorenzi; o Pró-Reitor de Admi nistração e Planejamento, professor Adriel de Moura Cabral; a Diretora do Câmpus Bragança Paulista, profes sora Patrícia Teixeira Costa; professor Rodrigo Ribeiro Paiva, Administrador dos Câmpus e a coordenadora do Programa, professora Profa. Dra. Ana Paula de DuranteFreitas.aabertura, o Reitor da USF destacou os desafios enfren tados pelo Programa ao longo das duas décadas e suas contribuições. “Nesses 20 anos, pudemos atravessar dificuldades de toda sorte, foram momentos de coragem para todos que estão no Programa. Em nome da reitoria da USF e da Mantenedora, trago essa mensagem de otimismo e agradecimento pela coragem com a qual todos os docentes têm levado adiante essa missão. Mantenham o diálogo com a graduação e desper tem nos jovens o interesse pela Ini ciação Científica, e o encantamento com a pesquisa”, ressaltou o reitor.

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USF recebe estudantes de Odontologia da Universidade do Porto primeiro curso de pós-graduação em Teologia nidade o material pensado pela teolo gia. Por isto, o estudante da Especializa ção em Teologia Pastoral desenvolverá as competências de planejar e animar diferentes iniciativas de evangelização e pastoral na sua comunidade de fé e de pensar teologicamente a prática pastoral nas suas dinâmicas de aco lhimento, iniciação cristã, celebração, cuidado, aconselhamento etc”, explicou o coordenador.Aelaboração do curso contou com a contribuição dos professores Renato Pezenti, Luiz Carlos Ramos e Welder Lancieri da USF. O material didático das disciplinas está sendo desenvolvido por vários teólogos e pastoralistas do Brasil. O modelo da pós-graduação da USF na modalidade a distância reúne a qualidade e a credibilidade do ensino presencial, com mais de 45 anos de tradição; e a flexibilidade e o dinamismo do ensino virtual. Entre os diferenciais está a conclusão da pós-graduação em até um ano, professores com ampla experiência profissional e acadêmica. Durante o curso o estudante terá oportunidade de cursar as seguintes missão e evangelização; Fundamentos bíblicos da evangelização; Animação bíblica da pastoral; Psicologia da pastoral: acolhimento e aconselhamento; Pastoral catequética: iniciação à vida cristã; Pastorais sociais: acolhimento e cuidado; Pastoral litúrgica: iniciação, celebração e anúncio; Evangelização e pastoral em contextos emergentes; Pastoral urbana; Análise de conjuntura em contexto. As inscrições já estão abertas pelo site da Universidade São Francisco.

Universidade São Francisco (USF) lança neste mês de setembro seu primeiro curso de pós-graduação (especialização) na área de Teologia. Trata-se do curso de Teologia Pastoral, que será oferecido na modalidade a distância (EaD), e terá duração de 12 meses. As inscrições já estão abertas. O Curso, destinado a diferentes lideranças religiosas, agentes de pastorais, religiosos e interessados em conhecer os princípios teológicos que fundamentam a ação pastoral, tem como principais objetivos con tribuir com a formação de lideranças religiosas e agentes de pastorais; dis cutir os princípios teológicos da ação pastoral; abordar a aplicação prático -contextual dos principais conceitos da Teologia Pastoral em realidades específicas.Ocoordenador e professor Renato Pezenti ressalta que o curso está estru turado a partir da concepção de que a teologia ilumina a pastoral e a pastoral ilumina a teologia. “A Teologia Pastoral é entendida como a teologia da práxis, no sentido de que a prática oferece a matéria-prima da teologia, que por sua vez devolve para o cristão e sua comu AUniversidade São Francisco (USF) recebeu, no dia 3 de agosto, estudantes da Uni versidade do Porto, Portugal, para intercâmbio com curso de Odontologia na USF. Os estudantes passarão o semestre na USF. Os estudantes portugueses foram recepcionados no câmpus de Bragança Paulista (SP) com a participação Diretora, professora Patrícia Teixeira Costa, a co ordenadora do Curso de Odontologia, professora Silvia Cristina Mazeti Torres, além de representantes da equipe do Núcleo de Relações Internacionais (NRI), professora Cristiane Ferraz e Silva Suarez e professora Liz Ponnet. A parceria da USF com a Universi dade de Porto permite que a USF envie e receba estudantes intercambistas. Em 2017, a Universidade do Porto esteve entre as 300 melhores universidades do mundo no QS World University Rankings, sendo o melhor lugar obtido por uma instituição do ensino superior e de pesquisa em Portugal. Saiba mais sobre as oportunidades de intercâmbio em usf.edu.br Ana Paula Moreira

USF lança seu

evangelização499

•disciplinas:Teologiapastoral,

e da

D epois de mais dois anos de pandemia, finalmente a Juventude Franciscana volta a se encontrar e pôr o pé na estrada. Para Frei Gabriel Dellandrea, um dos Animadores da Evangelização com as Juventudes, a décima edição da Caminhada Franciscana da Juventude, nos dias 10 e 11 de setembro, em Apare cida e Guaratinguetá (SP), tem a marca do reencontro, da retomada

“Muitosressignificação.jovenspassaram por diversas situações complexas durante esse período: crises de ansiedade, depressão, incerteza diante do futuro, adaptação a um novo estilo de estudar, trabalhar, conviver... Muitos grupos de jovens se desanimaram, outros seguraram as pontas como foi possível, outros até encontraram novos meios para se motivar. O fato é que essa retomada ensaia um avançar para águas mais profundas”, explica Frei Gabriel.Para o jovem frade, recém-or denado diácono, “assim como nós, frades, no final do ano passado, tivemos a graça de nos reanimarmos com o Capítulo Provincial, os jovens agora vivem esse momento de reto mada dos encontros provinciais com as juventudes que estão ligadas às nossas Frentes de Evangelização”. Segundo o animador vocacio nal, são esperados 300 jovens. “E Caminhada Franciscana do reencontro, da retomada e da ressignificação

evangelização501 toda a história que já temos com os eventos provinciais facilitou para que nessa ocasião os jovens nos surpreendam com uma grande participação apesar das dificuldades que viveram”, avalia. Para Frei Gabriel, esses jovens são caminheiros de sempre ou novos ir mãos. “Com eles queremos continu ar esse projeto a fim de apresentar, de forma criativa, o carisma francis cano”, indica o frade, agradecendo aos confrades que motivaram os grupos locais, aos jovens participan tes, aos confrades que um dia “cami nharam primeiro” e agora oferecem pistas e apoio para essa retomada e, especialmente aos voluntários en volvidos nessa preparação em fazer o melhor possível! COM FREI GALVÃO NO COMEÇO E NESTA DÉCIMA EDIÇÃO primeira experiência de itinerância foi o gérmen de uma bonita reali dade que já envolveu centenas de jovens por toda a Província”, recor dou o Nessesfrade.dez anos, percorrendo Estados e cidades no território da Província, a Caminhada Franciscana da Juventude acontece novamente em Guaratinguetá. Mas Frei Diego lembra que esta décima edição acontece num momento novo da Província, uma vez que agora os fra des estão presentes no Santuário do primeiro santo brasileiro. “Além disso, nesse ano celebramos os 200 anos de morte de Frei Galvão, motivo que tornará essa Caminhada ainda mais marcante. Ao testemunhar tantos jovens se colocando como pere grinos pelos passos de Frei Galvão, mostrando que o seu carisma e a sua vida continuam vivo no coração do povo brasileiro, iremos também mostrar o rosto jovem desse santo que continua espalhando a Paz e o Bem pelas estradas e caminhos”, avalia o Reitor do Santuário. Para Frei Diego, Frei Galvão é um Santo do povo, homem da proximi dade, da caridade e da paz: “Olhar para Frei Galvão é perceber que ele tem muito a ensinar aos jovens do dia de “Emhoje”.ummundo marcado pela indiferença, Frei Galvão se apresenta como portador da misericórdia. Em uma sociedade marcada pela violên cia, Frei Galvão se faz arauto da paz e da defesa da dignidade humana. Em um mundo marcado pelo acúmulo e pelo consumismo, Frei Galvão nos aponta para uma vida despojada e simples. Enfim, tenho certeza de

evangelização502 que à medida que os jovens forem conhecendo a vida e os feitos de Frei Galvão irão perceber o quanto ele tem a lhes ensinar e o quanto preci samos divulgar esse grande santo da nossa Província”, ensina Frei Diego. A Caminhada Franciscana da Juventude (CFJ) é um evento pro movido pela Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil. A ideia principal é oferecer aos partici pantes uma experiência de um retiro itinerante, realizando assim uma experiência de encontro místico com Deus, com o próximo, consigo mesmo e com a natureza. Por meio da superação dos próprios limites e de momentos de oração e espiri tualidade, o peregrino pode realizar momentos de reflexão, convivência fraterna e Durantealegria.oitinerário destes dois dias, que se inicia no Porto Itaguaçu, às 6h, do dia 10 de setembro, em Aparecida, contempla momentos de devoção à Padroeira do Brasil, passando pelas terras de Frei Galvão, visitando espaços que fazem aprofundar a experiência do contato com o santo e a espiritualidade franciscana. Além disso, a dimensão vocacional será um grande tema: assim como frei Galvão deu seu sim a Deus, todos os batizados devem dar o seu sim à missão da Igreja. Moacir Beggo

Nesta fase inicial do projeto serão 51 alunos participantes, realizando a consultoria gratuita em 15 empresas.

comunicaçõesAGOSTO2022503A

Também participaram da cerimônia o vice-governador do Paraná, Darci Pia na; o superintendente da Fecomércio/ PR, Eduardo Gabardo; o diretor regional do Sesc, Emerson Sextos; o diretor regional do Senac, Sidnei Lopes de Oliveira; o coordenador do Núcleo de Comunicação da Fecomércio/PR, Cesar Luiz Gonçalves; o coordenador de Pes quisa de Desenvolvimento Empresarial da Fecomércio/PR, Rodrigo Schmidt; a diretora da Câmara da Mulher Empre endedora e Gestora de Negócios da Fecomércio/PR, Claudia Colpi; o diretor de Relações Corporativas da FAE, Paulo Roberto Araújo Cruz; o coordenador do Projeto FAE Social, Frei Claudino Gilz; o vice-presidente do Grupo Educacional Bom Jesus, Frei Daniel Dellandrea; o tesoureiro do Grupo Educacional, Frei Mário José Knapik; o pró-reitor Acadê mico da FAE, Everton Drohomeretski; a diretora do campus Curitiba da FAE, Andrea Regina Hopfer Cunha; e o diretor do campus São José dos Pinhais da FAE, Élcio Douglas Joaquim. Juliano Franco Zemuner FAE, Fecomércio e Sebrae lançam projeto Consultoria Solidária

Em uma cerimônia realizada na FAE Business School, o diretor-geral do Gru po Educacional Bom Jesus e reitor da FAE Centro Universitário, Jorge Apósto los Siarcos, participou do lançamento do projeto ao lado do vice-presidente da Fecomércio/PR, Paulo Cesar Nauiack, e do diretor de Administração e Finan ças do Sebrae/PR, José Gava Neto.

O professor da FAE e gestor opera cional da Consultoria Solidária, Valter Filho, fez uma apresentação do projeto aos convidados e esclareceu dúvidas sobre detalhes da consultoria.

FAE Centro Universitário, a Fecomércio/PR e o Sebrae/PR assinaram, no dia 11/8, o termo de parceria para o projeto Con sultoria Solidária, que vai levar atendimento gratuito a empresas do comércio de bens, serviços e turismo de Curitiba e Região Metropolitana.

O projeto idealizado pela FAE em parceria com a Fecomércio/PR e o Sebrae/PR tem como objetivo levar consultoria gratuita de gestão aos empreendedores do comércio para melhorarem os resultados de seus negócios.Essasconsultorias serão realizadas pelos alunos do 4.º ano de Administra ção da FAE, que terão a oportunidade de experimentar na prática o que aprendem na teoria. Os alunos serão acompanhados pelos professores e pelos consultores do Sebrae/PR. Os empreendedores que partici parão do projeto terão um diagnós tico empresarial com o objetivo de identificar pontos fortes e fracos de sua empresa, além de uma sugestão de plano de ação para os pontos prioritá rios de melhorias. A Fecomércio/PR, que possui 500 mil empresas do comércio de bens, serviços e turismo como base de sua atuação, será responsável por fazer a ligação entre esses empreendedores e o projeto Consultoria Solidária.

“Certamente, esse projeto nasce com a essência da FAE, que privilegia uma formação integral, unindo o melhor do mercado, da academia e, principalmente, do ser humano, tra zendo contribuições significativas para muitas famílias paranaenses”, afirmou Jorge Apóstolos Siarcos.

O vice-presidente da Fecomér cio, Paulo Cesar Nauiack, destacou a importância de projetos como esse. “A solidariedade é uma via de mão dupla. Queremos fazer diferença na socieda de”, “Ganhamdeclarou. todos nesta parceria, principalmente as micro e pequenas empresas e os alunos”, destacou José Gava Neto, diretor de Administração e Finanças do Sebrae/PR.

3. Conhecer o Plano Operacional de cada Instituição de Ensi no da Província, elaborados no 1.º semestre de 2022.

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4. Identificar - a partir dos Planos Operacionais compar tilhados - aspectos a serem mais amplamente arti culados enquanto Frente da Educação no âmbito da Gestão (Administrativa e Acadêmica), da Pastoral, da Formação Franciscana, do Canto Coral e dos Projetos Socioeducativos-Solidários.

AGOSTOcomunicações2022504evangelização

os dias 17 e 18 de agosto, ocorreu o Encontro Ampliado da Frente de Evangelização da Educa ção, módulo central do Convento São Boaventura, Rondinha, em Campo Largo (PR). Evangelização e Educação no horizonte da Igreja, da Ordem e da Pro víncia foi o tema privilegiado nas diferentes atividades do referido Encontro, que teve os seguintes cinco objetivos: 1. Reunir-se como Fraternidade Evangelizadora Francis cana na missão da educação.   2. Celebrar a caminhada da Frente de Evangelização da Educação.

5. Refletir sobre Evangelização e Educação no horizonte da Igreja, da Ordem e da Província. Boa parte dos participantes já foi chegando para o al moço do dia 17 de agosto, sendo recebida cordialmente pelos confrades da Fraternidade São Boaventura. Às 14h, o Encontro Ampliado da Frente de Evangelização da Edu cação teve início por meio de uma fraterna acolhida, se guido de uma breve oração. Na mensagem inicial dirigida aos participantes, o Mi nistro Provincial, Frei Paulo Roberto Pereira, realçou os se guintes aspectos: “A simplicidade é uma das virtudes mais altaneiras da vida franciscana”; “O Evangelho é, por exce lência, a inspiração dos Planos Operacionais das nossas Instituições de Ensino”; “No âmbito da Igreja, da Ordem e da Província, a educação tem uma significativa história em termos de missão, de presença e de serviços desen volvidos em prol da formação integral de tantos alunos”. “O desafio é, na atualidade, aprimorar os processos de um trabalho em rede entre as Instituições de Ensino à luz das Do encontro ampliado da Frente de Evangelização da Educação

evangelizaçãocomunicaçõesAGOSTO20225054 prioridades estabelecidas no Capítulo Provincial de no vembro de 2021”.

Frei Gustavo Wayand Medella, Vigário Provincial e Se cretário da Evangelização, privilegiou na sua mensagem uma recomendação de São Francisco aos seus primeiros irmãos: “... comecemos, irmãos, a servir ao Senhor Deus, porque até agora apenas pouco ou em nada progredimos” (1Cel. 103). Motivou os participantes do Encontro Am pliado a viver numa atitude e numa experiência espiral no contexto da educação, tanto a partir da inspiração, do chamado e do envio, recebidos do Senhor, como a partir dos Planos Operacionais elaborados por cada Instituição de Ensino da Província.

Conforme programação previamente estabelecida, se guiu-se com a Apresentação dos Planos Operacionais das Instituições de Ensino (AFESBJ – USF – ITF – IMCP). Vale lembrar que já em 8 de abril de 2022, durante o encontro dos Frades da Frente da Educação, Frei Gustavo havia dado duas orientações a serem levadas em conta à elaboração do Plano Operacional de cada instituição de ensino: leitura na íntegra do “Plano de Evangelização 20222027” e das “Diretrizes da Frente de Evangelização da Educação” (revisada e atualizada em 2021).  Consideração das questões inerentes às “Orien tações para o Plano Operacional das Frentes de Evangelização”, ou seja: 1.ª) Quais as expres sões da instituição de ensino a compor a Frente de Evangelização da Educação da Província, ou seja, breve descrição do conjunto de atividades desenvolvidas; 2.ª) Em que mundos a instituição de ensino está presente?; 3.ª) Quais são os principais desafios e as potencia lidades evangelizadoras da instituição de ensino?; 4.ª)  Objetivo geral; 5.ª) Objetivos Específicos; 6.ª) Con junto de ações possíveis para que os objetivos sejam alcançados no sexênio 2022-2027. Da Apresentação do Plano Operacional da Associa ção Franciscana de Ensino Senhor Bom Jesus (Unida des Bom Jesus e FAE Centro Universitário), proferida por Frei Antonio Joaquim Pinto, alguns destaques a seguir: A AFESBJ insere-se – nos seus âmbitos de atuação educadora (da educação infantil ao ensino superior) –em um contexto cultural de mundo significativamen te amplo, complexo e diversificado; mundo marcado pelas contínuas inovações tecnológicas, pelo progres so científico, pelo fenômeno da globalização nas es feras econômica e cultural, pelo individualismo, pela autossuficiência, pela pluralidade cultural, étnica, polí tica, econômica e religiosa; em um mundo de rápidas e profundas mudanças, de incertezas, ambiguidades, de catástrofes sociais e ambientais, de indiferença glo balizada, de xenofobia, de intolerância religiosa e da polarização ideológicas; mundo da cultura do ódio e do cancelamento, aliado ao pior da desinformação e do advento das fake News, da pós-verdade e da fun ção narrativa do discurso; seja nos colégios da AFESBJ (Educação Básica e Ensino Médio) quanto na FAE Cen tro Universitário (Ensino Superior), o “mundo” se mos tra como espaço de confluência das mais candentes questões humanas, psicológicas e espirituais”. “Prática pedagógica compartilhando de situações limítrofes da sociedade contemporânea que se referem às fragi lidades emocionais, aos dramas individuais e familia res; está inserida a AFESBJ em uma complexidade de mundos profundamente marcados por uma cultura centrada no “eu”, pela liquidez de tudo, apresentan do um modelo educacional que promove uma nova compreensão de ser humano e de sociedade, e que gera uma nova cultura de fraternidade e de paz. Enquanto desafios e potencialidades, a AFESBJ enten de a importância de: 1.º) manter viva, “aquecida” a compreensão de que o mote da sua ação educati va é a Evangelização, ou seja, todas as ações devem ser pautadas pelo Evangelho, ensinado, vivido e anunciado por Jesus Cristo e seus seguidores-para digmas, como São Francisco de Assis; 2.º) Propor um modelo educacional que se inspire nos valores e atitudes de São Francisco de Assis (Primado do Amor - Amorografia), e que se responsabilize pelo desenvolvimento integral da pessoa: seu caráter, sua cognição, sua relação consigo mesma, com as ou tras pessoas, com a natureza e com o Transcendente;

AGOSTOcomunicações2022506evangelização

Objetivo geral – Promover o desenvolvimento integral de crianças, adolescentes e jovens, à luz da antropolo gia cristã e franciscana (prática do amor, da humildade, do diálogo construtivo, da compreensão mútua, da re siliência e do respeito à alteridade), gerando a cultura do encontro, da fraternidade universal e da paz.

3.º) Transmitir o Carisma Franciscano às crianças, ado lescentes e jovens, que compõem o alunado do Gru po Educacional Bom Jesus, por meio de ações, reali zadas nas Unidades e na FAE, fazendo-os sentirem-se, aos poucos, pertencentes à identidade franciscana e, se for o caso, decidirem-se pelo ideal franciscano, vivi do em fraternidade como frei, irmão franciscano.

Objetivos específicos – 1.º) Estimular uma cultura organizacional de sinodalidade e de fraternidade em saída, a serviço da dignidade da vida de todas as pes soas, à luz do Evangelho e dos valores franciscanos; 2.º) Formar pessoas para a vida em plenitude, contribuindo para a construção do humanismo solidário; 3.º) Engajar os colaboradores na evangelização por meio da edu cação, não tanto por palavras, mas por meio de ações, do exemplo no modo de ser, de agir e de interagir com todos; 4.º) Oportunizar à comunidade escolar vivências da espiritualidade evangélica franciscana, de modo a inspirar jovens a vislumbrar na vida de vocacionado uma opção; 5.º) Revitalizar o Projeto Virtudes e Atitudes ampliando as possibilidades de abordagem em cada uma das etapas educativas; 6.º) Mobilizar os colabora dores e demais participantes da comunidade escolar na promoção do humanismo solidário, da prática do voluntariado e da inclusão; 7.º) Dar visibilidade ao caris ma franciscano em ações pedagógicas, na divulgação de práticas no BJ Connect ou na Intranet, em ações do Marketing; 8.º) Promover, nos diferentes componentes curriculares, a cultura do encontro, da alteridade e do diálogo aberto e respeitoso. Conjunto de ações possíveis para que os objetivos se jam alcançados – 1.ª) Projeto de Pastoral Escolar e universitário a oferecer formação catequética dos alunos que optam por receber os Sacramentos da Iniciação Cristã, encontros catequéticos realizados nas Unidades, de acordo com as normativas da Dio cese, encontros de formação para os catequistas e para os pais dos catequizandos (catequese em famí lia; catequese familiar), celebrações/Missas em datas significativas para a família e para a divulgação da mensagem franciscana, oficinas de Autoconheci mento, formação de voluntários, produção de Con teúdo (artigos, reflexões, podcast, vídeo, mensagens, poesias), evento “Integra Calouro”, Trote Solidário, en tre outras atividades; 2.ª) Projeto Servir com Amor e Alegria (programa que tem como missão: trazer mais ativamente as virtudes franciscanas para o dia a dia dos funcionários da AFESBJ – ser e agir inspira dos em São Francisco de Assis, mestre de vida virtu osa e bem integrada consigo mesmo e com todas as criaturas do universo); 3.ª) Projeto à luz do tema da Campanha da Fraternidade proposto a cada ano pela CNBB; 4.ª) Projeto Tempo Franciscano (realizado entre setembro e dezembro de cada ano); 5.ª) Proje to Bom Jesus Social e FAE Social; 6.ª) Projeto Virtudes e Atitudes; 7.ª) Projeto Cantando a Paz e o Bem; 7.ª) Projeto Dia do Pobre; 8.ª) Ensino Religioso proposto a partir do fenômeno religioso e suas mais diversas manifestações em vista da promoção de uma cul tura de tolerância e de paz; 9.ª) Projeto do Ensino Médio em termos de Itinerário Formativo para os jovens, voltado ao Humanismo Solidário e à constru ção do Projeto de Vida à luz do carisma franciscano; 10.ª) Programa de Desenvolvimento de Habilidades Socioemocionais desenvolvido pelo Departamento de Saúde Escolar e Universitário; 11.ª) Projeto Seme ando o Bem; 12.ª) Atendimento especializado e in dividualizado aos alunos, visando o acolhimento e a inclusão com a ajuda de pediatras, psicólogos, psico pedagogos entre outros profissionais; 13.ª) Progra ma de Iniciação Científica, incentivando à pesquisa, sobretudo em projetos que envolvem questões so ciais e ambientais; 14.ª) PsicoFAE (serviços do curso de Psicologia que efetuam atendimento psicológico para alunos, professores e sociedade em geral. Foi essencial durante o período de maior isolamento social); 15.ª) Projeto Acreditar (programa de finan ciamento estudantil da FAE que incentiva os alunos participantes a uma formação humana e com pro pósito. Torna-se uma oportunidade para a instituição estreitar laços fraternos com os alunos e trabalhar os valores franciscanos da humildade, da perseverança, da disciplina e outras virtudes); 16.ª) Estamos Juntos (programa de apoio financeiro que ofereceu con dições especiais de pagamento das mensalidades para as famílias fragilizadas financeiramente pela pandemia. O programa também incentivou famílias a cederem seus possíveis descontos para os seus pares mais afetados pela crise financeira, sendo uma importante mensagem de fraternidade e de reforço da identidade franciscana da instituição); 17.ª) Ação humanitária SOS Petrópolis (momento de união en tre toda a comunidade do Grupo Educacional Bom Jesus para arrecadação de donativos aos moradores de Petrópolis, quando das fortes chuvas que asso laram a cidade em 2022. Foi um momento muito

Coube ao Prof. Dilnei Giseli Lorenzi apresentar como se deu a elaboração do Plano Operacional da Casa Nos sa Senhora da Paz/USF, envolvendo representantes da Mantenedora (Reitor da USF, Vice-Reitor, Pró-reitores, Di retores de Câmpus, Pastoral Universitária, Representantes do ITF e Representantes da UNIFAG), assim como Coor denadores dos seguintes setores: Programa de Forma ção Geral, Centro de Soluções Educacionais, Cursos de Graduação, Pós-Graduação, Núcleos, Manutenção e In fraestrutura, Segurança Patrimonial/Trabalho, Tecnologia da Informação, Desenvolvimento Institucional, Compras e Suprimentos, Conservação e Limpeza, Eventos, Central de Relacionamento, Departamento de Bolsas e Financia mentos, Departamento de Marketing, Departamento de Relações Institucionais, Setor Audiovisual - TV USF, Siste ma de Bibliotecas e Laboratórios da USF. Informou o Prof. Dilnei que, enquanto objetivo geral, a USF se propôs “Pro mover a cultura da educação para a paz e o bem, a partir de vivências plurais de evangelização, inspiradas nos valo res franciscanos”. Enquanto objetivos específicos e ações afins, mencionou o seguinte: Mobilizar vivências dos valores franciscanos (no co tidiano da comunidade universitária, na convivên cia entre colaboradores, docentes e discentes e na formação continuada), visando enquanto ações: 1.ª) semear os valores franciscanos nas redes sociais; 2.ª) potencializar a formação permanente da comunida de universitária a respeito dos valores franciscanos.

evangelizaçãocomunicaçõesAGOSTO2022507significativo de união e de fraternidade para toda a nossa comunidade); 18.ª) Distribuição do Tau Fran ciscano (a FAE privilegia alguns momentos para re forçar a presença dos símbolos franciscanos dentro da comunidade acadêmica, com ocorreu durante as celebrações dos 65 anos da FAE, no mês de maio, quando foram distribuídos taus franciscanos para os alunos dentro das salas de aula, com a liderança dos nossos frades); 19.ª DHLab – Laboratório de Desen volvimento Humano (é uma iniciativa que promove o aprendizado e o desenvolvimento de habilidades comportamentais para a vida profissional e que tem forte apelo para uma formação integral, humana, com valores franciscanos que certamente farão a diferença na sociedade); 20.ª) Saber, Fazer e Ser FAE (conceito da campanha de posicionamento dos cur sos de graduação reforça nosso compromisso com a formação da Geração FAE, uma geração movida pelos pilares “Saber, Fazer e Ser”. Este último, o Ser, é um importante pilar que representa a missão francis cana de maneira ainda mais evidente, tendo como base os valores humanos); 21.ª) A campanha da FAE Business School de posicionamento da marca traz a frase “Seu principal negócio é você” (é um incentivo para que o aluno se conecte ao seu propósito pes soal, não de maneira egoísta, mas com o objetivo de despertar o melhor de si mesmo para transformar a sociedade em que vive, inspirado no exemplo de Francisco de Assis); 22.ª) O conceito Amorografia (o jeito Bom Jesus de ser e de ensinar) marca presença nas campanhas de matrículas, nas ações institucio nais e na rotina pedagógica das unidades de ensino. Esse conceito é muito profundo, desdobrando-se no estudo e no fomento de todas as virtudes hu manas, e foi inspirado na antropologia franciscana e no primado do Amor; 23.ª) Programa PEA Unesco (O Colégio Bom Jesus é uma Escola Associada à Rede PEA Unesco, tendo o compromisso de fomentar e desenvolver ações que colaborem com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU, em har monia com o legado franciscano do cuidado com as pessoas e a Casa Comum); 24.ª) Feriados religio sos explicados de maneira didática nas redes sociais (procura-se trazer a presença dos frades nas redes sociais para apresentar o significado dos feriados e símbolos religiosos, de maneira didática, próxima e inspiradora, ao maior número de pessoas possível por meio dos nossos canais digitais); 25.ª) Trein amentos com colaboradores por meio do “Programa de Gerenciamento de Emoções” (iniciativa criada du rante a pandemia para acolher o colaborador e minimizar os efeitos colaterais do isolamento social por meio de palestras que apresentaram diferentes ferra mentas para lidar com situações adversas, de cunho profissional, pessoal e psicológico); 26.ª) Mentoria acadêmica humanizada (coordenadores e profes sores da FAE muito próximos dos alunos, tratando-os com atenção e cortesia); 27.ª) Estudo do Homem Contemporâneo (oferta dessa Disciplina acadêmica, comum para todos os cursos de graduação da FAE. Durante o semestre, os alunos são incentivados a desenvolver projetos inspirados nas virtudes francis canas, que podem ter aplicações sociais, ecológicas, vocacionais), entre outras ações.

AGOSTOcomunicações2022508evangelização

Instituto Teológico Franciscano, Frei Elói Dioní sio Piva compartilhou vários aspectos inerentes ao Plano Operacional elaborado, a saber: Missão do ITF – Produzir e difundir conhecimento, a partir do carisma franciscano e do diálogo entre fé e ciência, através do ensino, da pesquisa e da ex tensão comunitária, promovendo valores teológicos, religiosos, culturais e sociais junto aos discentes, lei tores e agentes pastorais. Prioridades do ITF – “Reforçar a importância da For mação Inicial e permanente dos frades”. Continuar a mantença entre ITF e Casa Nossa Senhora da Paz em relação à Assessoria em RH e administrativa, ao Suporte financeiro e administrativo, à Assessoria téc nica (PDI, PPI, PPCT, MEC), à Parceria em cursos (Ex. Evangelização e Franc.) e à Assessoria em Revistas; continuar com a parceria entre AFESBJ e ITF com re lação à Assessoria em TI; continuar com a parceria com a Editora Vozes em edição em livros e revistas.

Evangelizar promovendo a educação para a paz e o bem (no trabalho cotidiano do ensino, da pesquisa e da extensão universitária, no diálogo entre os di ferentes sujeitos (colaboradores, docentes, discen tes e comunidade externa) e nas atividades promo vidas pela Pastoral Universitária), visando enquanto ações: 1.ª) fomentar práticas cotidianas de reflexão da educação como instrumento de evangelização; 2.ª) propagar em espaços plurais a Boa Nova de Cristo, a partir da educação para a paz e o bem. Fomentar ambientes de diálogo fraterno (na cons trução de uma sociedade mais humana, solidária e consciente da sua responsabilidade para com o fu turo da Casa Comum, nas relações com a sociedade e nos ambientes internos, na produção do conheci mento e da ciência, no compromisso com políticas públicas voltadas para a educação), visando enquan to ações: 1.ª…) promover atividades de convivência fraterna, na sensibilização acerca das demandas da sociedade, em prol do bem comum; 2.ª) desenvolver pesquisas na resolução de problemas de impacto global que comprometem a vida.

Prof. Dilnei concluiu que se tratavam de “objetivos de continuidade, uma vez que o trabalho evangelizador acontece desde 1976 e, principalmente, por meio do ser viço sinodal entre frades, profissionais de diversas áreas e estudantes”.Pelo

Expressões do ITF-1 “Ontem”: 1.ª) A gênese do ITF, da Editora Vozes e de seu viés pastoral se mesclam; 2.ª) O ITF, em si, notabilizou-se pelo Curso de Teologia a nível de bacharelado, pela imprensa (livros e revis tas) e pelo acento prático-pastoral de seu empenho acadêmico. Expressões do ITF-2 “Hoje”: 1.ª) O ITF é fortalecido pela parceria com a CNSP/USF, AFESBJ, Editora Vo zes; 2.ª) Destaca-se pela Faculdade de Teologia (Curso de Teologia/bacharelado), por Cursos on-line e Lives, pela condução de revistas, destacando-se GS e REB, por assessorias de membros do corpo do cente, por inspiração na atuação pastoral. Influência/presença do ITF: 1.ª) Através da Faculdade de Teologia (Curso), o ITF integra o itinerário da For mação Inicial dos Freis da Província da ICB, que, por sua vez (os freis), lideram nas 5 Frentes de Evange lização; 2.ª) A Iniciação teológica oferecida pelo ITF, fazendo parte da missão da Igreja em decorrência do carisma franciscano e, por isso, inserida na socie dade, acolhe estudantes seja de outras entidades franciscanas (hoje: São Benedito e Sete Alegrias, Ima culada Mãe de Angola), seja de dioceses e da socie dade (leigas/os); 3.ª) Em comunhão com a UCLAF e a OFM, e em Parceria com a USF, o ITF reedita, em formato virtual, o Curso de Pós-graduação em Evan gelização e Franciscanismo; 4.ª) Através de Revistas e atividade on-line, bem como de livros e assessorias, o ITF chega a numerosos setores da Igreja e da so ciedade, alinhado à CNBB e à Igreja, inspiradas pelo Vaticano II. Dificuldades: manter-se e adaptar-se no serviço à Província, à Ordem, à Igreja e à Sociedade, tendo em vista a diminuição de estudantes (vocações); renovar o quadro docente, também superando o desfalque das desistências; sustentação financeira (que recai sobre a CNSP); constante renovação de mentalidade e estruturas. Potencialidades: Mantença pela CNSP e Parcerias com a CNSP/USF, AFESBJ, Vozes; Valor de marca: tradição (herança); Capacidade para renovação de mentalidade, de estruturas e de diálogo com a atu alidade; Espiritualidade franciscana (humana e ecle sial); Força do Evangelho de JC; “Consagração” de estudantes e professores.

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Desafios a serem enfrentados pelo IMCP – Ingresso de novas crianças, cujos pais são comprometidos (novos integrantes); Comprometimento dos atendi dos com a instituição e as suas atividades; Disponibi lidade de Recursos Humanos e financeiros; Reflexos negativos da pandemia; Fomentar a cultura musical de qualidade que envolve o canto coral; Adaptação da metodologia do ensino musical à realidade atual; Trabalhar com realidades educacionais e sociais di versas fazendo com que todos alcancem o mesmo objetivo; Propagar de forma ampliada as atividades musicais do IMCP  na comunidade.

Objetivos específicos: 1.º) Estimular cultura institucio nal de fraternidade e paz a serviço da dignidade da vida, à luz do Evangelho e na ótica franciscana; 2.º) Estimular cultura institucional de fraternidade e paz a serviço da dignidade da vida, à luz do Evangelho e na ótica franciscana; 3.º) Oferecer ensino de qua lidade informativa e (auto)crítica, com metodologia científica, promovendo desenvolvimento integral do estudante. Ações afins aos objetivos específicos: 1.ª) Imple mentar grupos de Pesquisa em: teologia, Francis canismo, ecologia e educação; 2.ª) Prosseguir com o projeto de Pós-graduação em Evangelização e Franciscanismo – Lato sensu em EaD; 3.ª) Promover Lives e cursos on-line com temáticas franciscanas; 4.ª) Participar seja das atividades da Frente da Edu cação, particularmente das Comissões previstas no Plano de Evangelização 2022-27 para repensar itinerário, currículo e estrutura das casas da Forma ção Inicial (cf. p. 15, 18, 27-28), seja de atividades das outras Frentes de Evangelização; 5.ª) Utilizar-se de canais de comunicação (Presencial (Fac. Teol.), On-line (Cursos, Lives, revistas, Informativo) em par ceria com TI/BJ, Impressos (parceria com Ed. Vozes: revistas, livros), Semana teológico-pastoral (on-line) e Semana de preparação de corpo docente (on-li ne – USF); 6.ª) Manter e estabelecer parcerias com Associações e Entidades afins (Contatos relativos às parcerias com: Ed. Vozes, CNSP/USF, AFESBJ, IMCP, PUC-Rio, SEFRAS, Mãe de Deus Angola e afins, como: ESTEF e UERJ); 7.ª) Prosseguir a linha curri cular própria da instituição, da CNBB, da Ordem e da Igreja; 8.ª) Reavaliar a unificação do currículo; 9.ª) Sintonizar o PDI, o PPI e o PPCT com o Plano de Evangelização 2022-2027; 10.ª) Promover avalia ções constantes; 11.ª) Oferecer ensino de qualidade informativa e (auto)crítica, com metodologia cien tífica, promovendo desenvolvimento integral do estudante; 12.ª) Implementar iniciativas de caráter explicitamente franciscano; 13.ª) Afirmar o modo franciscano no ensino da Teologia (valorização do indivíduo, partilhada construção do saber, busca do Sumo Bem) – Cursos on-line e Lives com temas franciscanos, Pós-graduação em Evangelização e Franciscanismo em EaD, Temáticas (nas revistas) ligadas à Ecologia, à Paz, ao Diálogo e à espiritua lidade franciscana, atualização constante do corpo docente, participação em congressos e encontros afins, participação de semana de atualização peda gógica, estímulo à produção intelectual (teses, arti gos, palestras etc.), entre outras ações.

Principais potencialidades – Evangelização através da música; Disponibilizar experiências culturais, francis canas, religiosas, sociais para coralistas, colaboradores e familiares; Proporcionar boas relações sociais a to

A Profa. Rose de Mello Vogel Lischt dos Santos trou xe também detalhes estruturais do Plano Operacional do Instituto Meninos Cantores de Petrópolis, em cujo ano celebra 80 anos de fundação. Mencionou ela que o IMCP desenvolve as seguintes atividades: Celebrações eucarís ticas; Concertos espirituais; Viagens artísticas; Formações culturais; Casamentos; Encontros de formação pedagógi ca e humana; Participação nos eventos dos colégios Bom Jesus, da Paróquia do Sagrado e da Província Francisca na da Imaculada Conceição do Brasil; Formação musical; Preparação dos espaços físicos realizado pela Direção e Produção Musical para que as atividades musicais pos sam acontecer; Convivência entre os coralistas, professo res, colaboradores e frades; Formação dos Aprendizes de Canarinho; Formação pedagógica (Instrumentos, Técnica Vocal, Canto Coral) e Retiros espirituais com os frades. Em que “mundos” o IMCP está presente – a) Mundo social, em que crianças e adolescentes de diferentes classes sociais convivendo em um mesmo ambien te musical e formativo; b) Mundo eclesial, inter-reli gioso e ecumênico; c) Mundo da história e criação musical; d) Mundo do canto coral; e) Mundo das relações com os pais, com os colaboradores, com a igreja local; f) Mundo educacional diverso que che ga até o IMCP através dos alunos das várias institui ções educacionais públicas e privadas da cidade.

Na manhã de 18 de agosto, as atividades do Encon tro Ampliado da Frente de Evangelização da Educação tiveram três momentos fortes: 1.º) a conferência “Evange lização e Educação no horizonte da Igreja e da Ordem”, proferida por Frei Gustavo e por Frei Claudino; 2.º) a ex planação por parte de Frei Paulo Roberto Pereira (Ministro Provincial) da Evangelização e Educação em âmbito de Província, Conferência Brasil CONE SUL, UCLAF e Ordem; 3.º) Mensagens finais, agradecimentos, avisos, encerra mento, almoço e despedida.

AGOSTOcomunicações2022510evangelização dos os envolvidos, criando vínculo entre a instituição e o beneficiados; Um legado sólido com credibilidade e força da marca Canarinhos; Os Coralistas dos Cana rinhos fazem parte da vida e da história da Província; Colaboradores comprometidos com a missão do IMCP; Educação musical sob o olhar franciscano. Objetivo geral – Promover a formação de crianças e jovens através da música baseada no espírito fran ciscano. Objetivos específicos – Estimular uma cultura insti tucional de fraternidade a luz do Evangelho e dos valores franciscanos; Oferecer formação musical de qualidade promovendo uma formação integral dos coralistas; Realizar com zelo ações pelas quais o Ins tituto dos Meninos Cantores traz consigo enquanto história, potencialidade musical e evangelizadora. Ações possíveis afins aos objetivos – Promoção Tem po Franciscano (setembro a dezembro); Concertos espirituais (maio e novembro); Fomento a cultura do encontro e da corresponsabilidade com os pais dis seminando o espírito de proximidade de cuidado, de acompanhamento e de sinodalidade (comunhão); Vi sitas artísticas a determinadas localidades a partir de convites recebidos; Interação com o relacionamento no mundo digital; Animação das missas dominicais na Igreja do Sagrado Coração de Jesus, bem  como de ce lebrações junto as presenças evangelizadoras da Pro víncia Franciscana em Petrópolis e regiões; Animação musical de casamento e eventos diversos; Encontro de formação com os colaboradores, pais e coralistas (formação humana, musical,  religiosa e franciscana). Após o intervalo, Frei Gustavo motivou os partici pantes para um breve encontro por grupos afins com a finalidade de identificar aspectos contemplados na apresentação de cada Plano Operacional que poderiam ser melhor  articulados entre as Instituições de Ensino da Província, ou seja, Grupo 1 (Gestão Administrativa e Aca dêmica), Grupo 2 (Pastoral e Canto Coral) e Grupo 3 (Pro jetos Socioeducativos, Projetos Solidários, entre outros). O Plenário dos Grupos, realizado na sequência, evidenciou o quanto os princípios e valores franciscanos têm sido um dos aspectos convergentes das instituições de ensino da Província. Princípios e valores franciscanos que embasam tanto ações em curso em termos de formação permanen te de docentes, funcionários e alunos como tratativas em prol do fortalecimento da pastoral escolar/universitária, da curricularização da extensão (cursos de ensino supe rior), da formação para o voluntariado e da realização de projetos de cunho solidário/socioeducativo. As atividades do Encontro Ampliado da Frente de Evangelização da Educação do dia 17 de agosto foram concluídas com a celebração da Missa na Capela do Convento e com um jantar-recreio servido aos participantes pelos Frades da Fraternidade São Boaventura.

PELA FRENTE DE EVANGELIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO

Aproveito aqui ao final para pedir desculpas se, por de satenção minha, tenha deixado de mencionar algum as pecto relevante, seja em relação ao relato da apresentação dos Planos Operacionais de cada uma das Instituições de Ensino da Província, seja em relação a alguma menção feita por algum dos participantes (Frades ou Leigos) do Encon tro Ampliado da Frente de Evangelização da Educação. Agradeço à orientação fraterna na preparação do En contro Ampliado da Frente de Evangelização da Educação, assim como ao apoio recebido por parte de Frei Paulo Ro berto Pereira e de Frei Gustavo Wayand Medella durante a realização do mesmo. Agradeço a cada uma das Institui ções de Ensino que muito se esmeraram na elaboração do Plano Operacional, incumbência que nos foi solicitada pelo Governo Provincial, especialmente pelo Secretariado para a Evangelização em 8 de abril de 2022, assim como por terem convidado diversos de seus colaboradores (Frades e Leigos) a participar desse Encontro Ampliado. Agradeço à Fraternidade São Boaventura, em nome de todos os partici pantes do Encontro Ampliado da Frente de Evangelização da Educação, pela acolhida alegre e fraterna, pelo apoio em tudo o que se fez necessário. Deixemos ressoar sempre mais em cada um de nós o divino envio feito pelo Mestre de Nazaré, Jesus Cristo (cf. Mt 27, 18-20): “Ide, pois, ensinai todos os povos, [...] ensinando-os a observar tudo o que vos mandei. E eu estarei convosco até a consumação dos séculos.”. Busquemos ser presença evangé lica e franciscana junto às crianças, aos adolescentes, aos jovens e adultos a serviço da promoção de uma educação integral da pessoa humana enquanto parte indissociável da sua missão evangelizadora que a Província nos confiou levar a bom termo! Se formos capazes de tanto, a Graça Di vina nos ilumine e nos ampare em meio a toda e qualquer provação, maledicência ou mesmo ingratidão...

Frei Claudino Gilz

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Clarissas da Gávea

Vivem de doações e através de tra balhos que com muito zelo, criativi dade e ousadia desempenham. Mas acima de tudo, vivem com muito alegria e desprendimento. Com autorização da irmã aba dessa, tivemos a graça de acompa nhar a rotina interna durante um dia das irmãs. Ao perguntarmos sobre o dia a dia, as próprias irmãs explicam sorrindo que não existe um dia igual ao outro. Com especial dedicação à vida de oração, aos trabalhos manuais e à convivência fraterna, as Clarissas colocam-se no caminho de A vida no mosteiro desafia nosso tempo!

As Clarissas são irmãs con templativas e vivem em clausura. São filhas de uma mulher forte, destemida, determinada e corajo sa: Santa Clara de Assis. De”plantinha” só leva o carinho dos frades, especialmente de quem a denominou assim, São Francisco de Assis! Clara clareou o mundo com sua vida e de sua inspirada vocação nasceu o que hoje conhecemos como as Irmãs Clarissas, que fazem parte da segunda Ordem fundada por São Francisco de Assis. entanto, basta um dedinho de prosa para entendermos que a providên cia divina não falha e nunca falhou.

Essas mulheres precisam ser fortes e corajosas para encarar um mosteiro e um estilo de vida que desafia o nosso tempo, sem dúvida. O tempo para elas é marca do pela oração das horas canônicas. A forma de vida é simples, muito simples. No contemplar a presença e a ação de Deus em todos os momentos do dia e em tudo o que fazem. É claro que Clara, quan do jovem, animada pelo exemplo do também ainda jovem Francisco, largou tudo e queria seguir pelo mundo,

As Irmãs da Gávea confeccionam ima gens e rosários, decoram velas e círios pascais, costuram alfaias, confeccio nam cartões de batizados e bodas de primeira eucaristia, trabalham com a terra e desempenham todos os serviços domésticos.

O Mosteiro da Gávea conta com o auxílio de três irmãs externas que se revezam nos trabalhos de atendimento na portaria e na ajuda das irmãs do convento. Elas são como que a ponte entre as irmãs que vivem em clausura e os apelos do mundo. Neste sentido, no rito da profissão perpétua as irmãs exter nas não fazem o voto de clausura. É uma opção de servir à comunidade de outra forma, mas com o mesmo espírito: viver o Evangelho de Jesus Cristo, sob inspiração de Santa Clara de Assis e do carisma franciscano. De fato, a vida no mosteiro desafio o nosso tempo marcado pelo imediatismo. Essas mulheres são hoje sal na terra e luz do mundo e tem muito a nos ensinar com suas vidas e profetismo, mesmo enclau suradas. Por isso, a Tv Franciscanos de nossa Província da Imaculada Conceição do Brasil, em parceira com o Convento Santo Antônio do Rio de Janeiro e o Mosteiro da Gávea, apresentou neste ano a III edição da série “Clara por Claras”. O título por si só já revela o objetivo deste especial que desde 2018, com a primeira edição realizada com o Mos teiro de Nazaré de Lages (SC), e depois, em 2020, com a segunda edição no Mosteiro Santa Clara de Nova Iguaçu (RJ), é uma uma rica oportunidade de juntos celebrarmos as festividades pelo dia de nossa mãe Santa Clara de Assis. Frei Augusto Luiz porsérieoscelularcâmeraAponteGabrieladoevejavídeosda“ClaraClaras”

513osc servindo aos pobres de Deus, pregan do, vivendo sua consagração. Mas, na época medieval em que ela vivia, para uma mulher isso não era possível. Clara, percebe então que a clausura é uma forma de se consagrar plena mente ao serviço de Deus. As grades dos mosteiros em hipótese alguma prenderam Clara, bem como não limi tam as Irmãs Clarissas hoje. A clausura representa a entrega total a Deus, não afastam o povo, não separam ou distanciam, mas são um emblema de amor, dedicação e entrega total. Clara foi uma mulher que escrevia. Além de tantas coisas nas quais Clara foi protagonista em seu tempo, é ainda uma das pouquíssi mas mulheres medievais que deixou escritos! Além da Regra de Vida das Clarissas, Clara foi a primeira mulher a escrever e ter reconhecida uma Regra de Vida! Conservam-se cinco cartas que ela escreveu a irmãs de outros mosteiros, o seu Testamento espiritual, e uma bênção que ela dirige a todas as irmãs. E hoje, 800 anos depois, as irmãs vivem exatamente como sua fun dadora pediu e orientou na Regra. No Mosteiro de Nossa Senhora dos Anjos, do Rio de Janeiro (RJ), não é diferente. Ao chegar no pé da mon tanha da Gávea, cercada de árvores, as Irmãs certamente têm o privilégio de através da meditação conversar com Deus. Sobem as escadarias do mosteiro entoando a ladainha e recitando orações. Em todo tempo, é tempo de rezar, de agradecer e de interceder pelas inúmeras intenções que até elas chegam. O mosteiro hoje tem mais de 90 anos. Atualmente conta com mais de 20 irmãs. Todas, ainda ativas, dividem seu tempo entre oração e trabalho. Chamo atenção para a adoração ao Santíssimo realizado pelas religiosas dia e noite, permanentemente.

Durante décadas, alguns ramos da Ordem Franciscana traba lharam para restabelecer o sentido original de fraternida de da Ordem. Em um rescrito do Direito Canô nico, publicado dia 18 de maio de 2022, o Papa Francisco respondeu aos apelos por maior igualdade entre membros ordenados e não orde nados de instituições religiosas. O rescrito do cânon 588, §2, que versa sobre a identidade dos institutos clericais de Direito Pontifício, entre os quais a Ordem dos Frades Menores está inclusa, concede à Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica a faculdade de autorizar que os supe riores destes institutos possam ser religiosos não-clérigos.

Em entrevista a Rome Reports (12/8), uma agência internacional de notícias especializada na atividade do Papa e do Vaticano, o Ministro Geral da Ordem dos Frades Menores, Frei Massimo Fusarelli, explicou que o Papa Francisco respondeu ao desejo e ao pedido explícito de vários ins titutos religiosos, que era devolver à vida religiosa sua dimensão carismá tica. “Portanto, os irmãos clericais, nós, os presbíteros, e os irmãos não-cle ricais, os leigos, temos os mesmos direitos e deveres. Nossa ordem, como outras, há séculos tem irmãos presbíteros e irmãos não ordenados vivendo e trabalhando, juntos sem distinção”, disse Frei Massimo. Este pedido era de unidade e fraternidade, pois reunia os líderes dos quatro ramos da Família Franciscana: os Frades Menores, os Capuchinhos, os Franciscanos Conventuais e os Regula res da Ordem Terceira. Segundo o Ministro Geral da Ordem dos Frades Menores, no início da Ordem não havia essa distinção. “Tivemos São Francisco. Ele não era um presbítero. Nem seu sucessor, o irmão Elias. Nascemos como famílias onde, em primeiro lugar, somos todos irmãos, professando a mesma Regra e é isso que nos une e o que nos permite fazer tudo em fraternidade”, explica Frei Massimo.Todos nós, juntamente com outras instituições, queríamos esta mudança porque significa ir à origem da vida religiosa, lembra o Ministro geral. Este rescrito não altera o Direito Ca nônico, mas sim, em casos individuais, permite que membros não-ordenados sejam nomeados superiores locais ou superiores maiores de sua ordem religiosa.

AGOSTOcomunicações2022514ofm

Para Frei Massimo, a mudança “nos ajudará a reconhecer melhor o fato de que somos realmente uma fraternida de de pessoas iguais entre si e o que nos une, os franciscanos, por exemplo, é seguir a Regra franciscana. Esta mu dança do Papa nos une. Converte-nos em irmãos menores e religiosos. Outra coisa é que alguns de nós são chama dos a servir à Igreja e o povo de Deus como presbíteros, mas os demais não. O que nos une é ser irmãos e irmãos menores.Segundo Frei Fusarelli, reconhe cer que há igualdade entre irmãos religiosos não só é benéfico para a vida religiosa, mas para a natureza fraternal de toda a Igreja. Em linguagem própria da Ordem dos Frades Menores, o rescrito estabe lece que:

1. Um frade irmão leigo pode ser nomeado Guardião pelo Ministro Provincial com o consentimento de seu Definitório.

2. Um frade irmão leigo pode ser nomeado Ministro Provincial, após a licença escrita da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica, solicitada pelo Ministro Geral com o consentimento de seu Definitório.

4. À Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica se reserva o direito de avaliar cada caso individualmente e as razões apresentadas pelo Minis tro Geral ou pelo Capítulo Geral.

Ministro Geral comenta o rescrito do Papa que autoriza irmãos leigos serem superiores

3. Um frade irmão leigo que é eleito Ministro Geral ou Provincial, de acor do com o estabelecido na lei própria da Ordem, requer confirmação – por licença escrita – da Congregação para os Institutos de Vida Consagra do e Sociedades de Vida Apostólica.

Agenda 2022 ConceiçãodaFranciscanaProvínciaImaculadado Brasil AS ALTERAÇÕES E ACRÉSCIMOS ESTÃO DESTACADOS EM VERMELHO 05SETEMBROa08 Retiro e Encontro Under Ten (Guaratinguetá, SP) 10 e 11 X Caminhada Franciscana das Juventudes (Guaratinguetá, SP) 15 a 30 Encontros ampliados das Frentes de Evangelização (presencial ou on-line) 17 Missa Solene pelo aniversário de 375 anos de fundação do Convento São Francisco 17 Profissão Solene (Petrópolis, RJ) 19 e 20 Encontro do Regional Vale do Itajaí e Leste Catarinense 19 e 20 Encontro do Regional São Paulo (Agudos, SP) 19 e 20 Encontro do Regional Espírito Santo 22 e 23 Reunião do Conselho de Evangelização (Petrópolis, RJ) 26 Encontro do Regional Rio de Janeiro 26 e 27 Encontro do Regional Frei Bruno 28 e 29 Reunião do Conselho das Juventudes (on-line) 28 a 30 Encontro da Frente da Solidariedade para com os Empobrecidos/JPIC (Campo Largo, PR) 03OUTUBROe04 Encontro do Regional Curitiba 20 e 21 – Reunião da Coordenação da Formação Inicial (Guaratinguetá, SP) 22 a 25 Festa de Frei Galvão (Guaratinguetá, SP) 07NOVEMBROa10 Fórum da Evangelização (Agudos, SP) 11 a 14 Reunião do Definitório Provincial (Agudos, SP) 15 Encontro Recreativo do Regional Rio de Janeiro (Duque de Caxias, RJ) 28 e 29 Encontro Recreativo do Regional Frei Bruno 03DEZEMBROa05 Encontro Recreativo do Regional Curitiba 05 Encontro Recreativo do Regional Vale do Itajaí e Leste Catarinense 08 Abertura do Ano Vocacional JANEIRO 2023 10 Primeira Profissão dos Noviços (Rodeio, SC) 15 Admissão ao Noviciado (Rodeio, SC) FEVEREIRO 2023 09 a 14 Visita do Ministro Geral à Província no Brasil SETEMBRO 2023 07 a 10 Fórum da Formação e Estudos O Convento São Francisco celebra os 375 anos no próximo dia 17 de setembro com Missa solene às 12h horas, seguido de almoço festivo (os convites podem ser adquiridos antecipadamente)Nacapitalpaulista, a história franciscana começa em dezembro de 1639, quando chegava a São Paulo uma caravana de sete frade vindos do Rio de Janeiro, que se instalaram numa casa em frente à Ermida de Santo Antônio, na atual Praça do Patriarca. Dois anos depois, no dia 24 de dezembro 1642, os frades ganha vam um terreno, doado pela Câmara de Vereadores, de “oitenta braças de chão de comprimento”, e davam início à construção do convento. A igreja dos franciscanos, juntamente com as igrejas da Ordem dos Beneditinos e da Ordem dos Carmelitas, formava um dos vértices do triângulo que consistia a colina sobre a qual se assentava a cidade de São Paulo que ainda era uma Vila. No dia 17 de setembro de 1647, festa das Chagas de São Francisco, foi inaugurado o Convento de São Francisco e de São Domingos, seu primeiro nome de batismo. São, portanto, 375 anos de presença franciscana em São Paulo e de fundação do Convento. Convento São Francisco celebra 375 anos

O Canadá, 37ª Viagem Apostólica de seu pontificiado é o 56º país que Francisco visita. Uma viagem muito desejada e na qual esteve no centro, o encontro e o abraço com os povos indígenas e a Igreja local.

O Papa Francisco reza e espera “que os cristãos e a sociedade desta terra cresçam na capacidade de acolher e respeitar a identidade e a experiência das populações indígenas”. Imagens: Vatican Media Acolher e respeitar os povos indígenas

“Faço votos de que se encontrem vias concretas para as conhecer e apreciar, aprendendo a caminhar todos juntos. Da minha parte, continuarei a encorajar o compromisso de todos os católicos em favor dos povos indígenas. Já o fiz em outras ocasiões e em vários lugares, por meio de encontros, apelos e mesmo através de uma Exortação Apostólica. Sei que tudo isto requer tempo e paciência: trata-se de processos que devem penetrar nos corações, e a minha presença aqui e o compromisso dos Bispos canadenses dão testemunho da vontade de avançar por este caminho”.

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