BOLETIM INFORMATIVO
O Senhor te dê a Paz! PARÓQUIA SÃO FRANCISCO DE ASSIS – VILA CLEMENTINO – SP
Junho de 2022 – nº 113 - www.paroquiavila.com.br
Paz e Bem!
confiança da segurança e a opulenta quietude da saciedade eterna”.
m nossa Paróquia, no mês de junho acontecem as festividades de Santo Antônio. Mesmo não sendo o Santo Padroeiro de nossa comunidade paroquial, olhamos para ele com especial carinho e devoção. É um dos grandes filhos da espiritualidade franciscana e este santo homem, admirado por tantos, ensina que a santidade não é algo distante, ou que alguém precisa ser um ser humano extraordinário para ser santo. Não. Ser santo é assumir de forma extraordinária as exigências impostas pela vida, sem negligenciar o cuidado para com o outro, a empatia, a caridade para com quem precisa de nós.
Em um dos sermões de Santo Antônio, encontramos: “A caridade é a alma da fé, torna-a viva; sem amor, a fé morre”. O amor alimenta a fé ao mesmo tempo que o amor demonstra a fé que alimentamos em cada um de nós. Neste sentido, lembramos também do apóstolo Paulo, que na Primeira Carta aos Coríntios (1 Cr, 13) irá refletir que por melhor que alguém seja, por mais inteligência e dons que possua, se não demonstra e não faz as coisas por amor, tudo o que faz soa em vão.
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O Papa Francisco na exortação apostólica Gaudete et Exsultate, sobre o chamado à santidade no mundo atual, diz que “muitas vezes somos tentados a pensar que a santidade esteja reservada apenas àqueles que têm a possibilidade de se afastar das ocupações comuns, para dedicar muito tempo à oração. Não é assim. Todos somos chamados a ser santos, vivendo com amor e oferecendo o próprio testemunho nas ocupações de cada dia, onde cada um se encontra. A santidade, segundo o Papa, vai crescendo nos pequenos gestos do dia-a-dia. O Papa emérito Bento XVI, em suas catequeses, lembrara que “no começo do século XIII, no contexto do renascimento das cidades e do florescimento do comércio, crescia o número de pessoas insensíveis às necessidades dos outros, especialmente dos pobres. Por este motivo, Antônio convidou os fiéis muitas vezes a pensar na verdadeira riqueza, a do coração, que, tornando-os bons e misericordiosos, leva-os a acumular tesouros para o céu. “Ó ricos – exorta – tornai-vos amigos (…); os pobres, acolhei-os em vossas casas: serão depois eles que os acolherão nos eternos tabernáculos, onde está a beleza da paz, a
Continua o Papa emérito: “Antônio, na escola de Francisco, sempre coloca Cristo no centro da vida e do pensamento, da ação e da pregação. Este é outro traço típico da teologia franciscana: o cristocentrismo. Alegremente, ela contempla e convida a contemplar os mistérios da humanidade do Senhor, particularmente o do Natal, que suscitam sentimentos de amor e gratidão pela bondade divina”. Convidamos você, participante de nossa comunidade paroquial, a vivenciar conosco as celebrações de Santo Antônio, louvando a Deus, que em sua infinita bondade, concede a este mundo seres humanos como Santo Antônio, que anunciam a paz, diálogo e respeito ao próximo em meio a um mundo de tanto ódio, divisão e discursos que estimulam mais violência. Rogai por nós, Santo Antônio! Para que sejamos dignos das promessas de Cristo!
Frei Valdecir Schwambach, OFM Pároco
Missa de Corpus Christi 7h30, 9h e 12h
Horário das Missas
Segunda, quarta e sexta - 7h e 12h Terça-feira - 7h e 12h e 18h30 (com bênção do pão de Santo Antônio em todas as missas da terça) Quarta-feira – 7h e 12h Quinta-feira - 7h e 12h e 18h30 (com bênção do Santíssimo ao final da missa das 18h30). Sexta-feira– 7h e 12h Sábado – 15h Domingo 7h30, 9h*, 11h30 e 19h * (Missa transmitida ao vivo pelo canal da Paróquia no YouTube)
Confissões
Por favor, ligue para a secretaria para maiores informações: 5576-7960.
Adquira nosso tradicional bolo de Santo Antônio e visite nossa barraca de artigos religiosos e a barraca de pastéis.
Expediente da Secretaria 2ª Feira - 8h às 17h 3ª a sábado - 8h às 19h Domingo - 8h às 13h
As barracas começam no dia 9, quinta-feira. Dias 09, 10 e 11 das 10h às 18h. No domingo, 12 e na segunda-feira, dia de Santo Antônio, começarão mais cedo, após a primeira missa do dia e ficarão até a última missa do dia.
MISSA NO YOUTUBE
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DÍZIMO
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Agradecemos a todos os dizimistas que colaboram com sua oferta material para nossa Paróquia, permitindo-nos, assim, realizar nossos trabalhos com serenidade, criando ambiente acolhedor para os que chegam e permitindo a continuidade de nossa missão.
PARÓQUIA SÃO FRANCISCO DE ASSIS
DIZIMISTAS ANIVERSARIANTES DE JUNHO
REGIÃO EPISCOPAL IPIRANGA Rua Borges Lagoa, 1209 - Vila Clementino Telefone: (11) 5576-7960 Site: www.paroquiavila.com.br Email: paroquiavila@franciscanos.org.br Pároco: Frei Valdecir Schwambach, OFM Produção: Pascom
02 03 04 04 06 08 09 10 16
PROVÍNCIA FRANCISCANA DA IMACULADA CONCEIÇÃO
Alberto Toshikitse Chinen Omar Til Junior Regina Helena Lamenza Carmen Silvia Massa Bautto Eduardo Nascimento Faria Marina Englert Rita Denise Sameitat Antonio da Silva Nora Celia Ricoldi
17 18 19 22 22 26 28 28
Guilherme Ambrozio Albertoni Cintia Suzuki Jaqueline Silva Vaz Rosa Maria Geralda de Souza Rita de Cássia Orsini Miriam Marçola Lopes Sergio Frizzarini Lucas de Jesus Cordeiro
Qual a origem das festas juninas? A origem é de Caruaru, para os pernambucanos, ou de Campina Grande, para os paraibanos. Na realidade, as festas juninas ou joaninas são uma celebração religiosa européia tradicional do mês de junho. A denominação de festas joaninas teve origem nos países europeus católicos, desde o século IV. Quando chegou ao Brasil, no século XVI, o nome foi progressivamente modifica do para junina. Elas representam uma das mais expressivas manifestações culturais brasileiras, principalmente no Nordeste. Nelas são festejados três grandes santos católicos: São João (24 de junho), São Pedro (29 de junho) e Santo Antônio (13 de junho). Inicialmente eram chamadas de festas joaninas, dado o seu vínculo com a Festa de São João, o único santo católico festejado no dia de seu nascimento e não de sua morte. Quando nasceu e morreu São João Batista? A dica para saber a data do nascimento de São João foi dada pelo Arcanjo Gabriel: “E eis que Isabel, tua parenta [...] já está
em seu sexto mês” (Lc 1,36). O nascimento desse precursor de Jesus for fixado pela Igreja latina três meses após a anunciação de Maria e seis meses antes do Natal. A celebração da natividade de São João Batista é a única festa litúrgica que a Igreja dedica ao nascimento de um santo. Vamos repetir: é o único santo festejado no dia do seu nascimento! Dizem que é por ter sido purificado ainda no ventre materno pelas palavras da Virgem Maria, em visita à sua mãe Santa Isabel. São João Batista é venerado na Igreja Católica com uma festa litúrgica particular desde datas antiquíssimas. Santo Agostinho, lá pelo ano 400, já dizia que o santo era comemorado a 24 de junho na Igreja africana. Quando ele morreu? Bom, isso também ninguém sabe, mas, a 29 de agosto, no mês do desgosto, a Igreja o relembra com uma segunda comemoração litúrgica: do martírio de São João Batista, degolado, protótipo de monge e missionário. Rezar para os santos ou com os santos?
Rigorosamente, não se reza para São Francisco, mas com São Francisco. Não se reza para Maria, mas com Nossa Senhora. Compartilha-se a oração e as intenções. Além de “rezar com”, espera-se um dia “rezar como”. Já pensou rezar como Maria, como Teresa d’Ávila, como São João da Cruz etc.? Em alguns casos já dá e é bastante fácil. Graças à tradição, quando alguém repete, por exemplo, a oração de São Francisco: “Senhor, fazei-me um instrumento de vossa paz. Onde houver ódio que eu leve o amor...” já ora como São Francisco. Comunhão e contato de terceiro grau. Mas como dizia Santo Antônio, quem não pratica o amor, queima à toa o incenso da oração. (Fonte: Guia de Curiosidades Católicas - Evaristo Eduardo de Miranda - Ed. Vozes, 2007)
Cristy Avezedo Pastoral da Comunicação
Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo
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eunido com os Apóstolos na última Ceia, para que a memória da Cruz Salvadora permanecesse para sempre, ele se ofereceu a vós como cordeiro sem mancha e foi aceito como sacrifício de perfeito louvor.
Pela comunhão neste sublime sacramento, a todos nutris e santificais. Fazeis de todos um só coração, iluminais os povos com a luz da mesma fé e congregais os cristãos na mesma caridade. Aproximamo-nos da mesa de tão grande mistério, para encontrar por vossa graça a garantia da vida eterna.” São palavras rezadas pelo sacerdote no Prefácio da Santíssima Eucaristia II, um dos prefácios prescritos no Missal Romano (p. 440) para a solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo. Pensemos quão profundamente cada uma das palavras dos diversos prefácios nos toca. Concentremo-nos para vivenciar cada palavra rezada pelo sacerdote, pois este é o momento presente, não é hora para distrações ou preocupações. Sintamos a presença viva do Corpo e Sangue do Senhor, da vida que Ele entregou por cada um de nós.
Tantum Ergo Sacramentum (latim) Tantum ergo sacramentum Veneremur cernui Et antiquum documentum Novo cedat ritui Praestet fides supplementum Sensuum defectui Genitori, genitoque Laus et iubilatio Salus, honor, virtus quoque Sit et benedictio Procedenti ab utroque Compar sit laudatio Amen
Os momentos de adoração ao Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo nos trazem lembranças da juventude quando o sacerdote fazia o povo entoar cânticos em latim, como “Tantum Ergo Sacramentum”, que é o hino “Tão Sublime Sacramento” na versão em português, cantado também semanalmente nas celebrações das quintas-feiras aqui em nossa Paróquia São Francisco de Assis. Naquela época, ainda em Mogi das Cruzes, frei Estevão Yamagashira OFMConv, missionário da Pastoral Nipo-Brasileira de saudosa memória, ensaiava com muita paciência e dedicação para que todos finalmente pudessem entoar em uníssono, pois dizia que o latim era a linguagem universal daquele ambiente, não precisava ser em japonês ou em português. “Tantum Ergo Sacramentum” são as últimas estrofes do hino latino escrito por São Tomás de Aquino especialmente para o Ofício da solenidade de Corpus Christi, fazendo referência à doutrina da Igreja sobre a transubstanciação, onde o pão e o vinho da Eucaristia se tornam o Corpo e o Sangue de Cristo. É lindo e realmente sublime.
Sacramento Tão Sublime
(tradução) O Sacramento tão sublime Veneremos curvados E a antiga Lei Dê lugar ao novo rito A fé venha suprir A fraqueza dos sentidos Ao Pai e ao Filho Saudemos com brados de alegria Louvando-os, honrando-os, dando-lhes Graças e bendizendo-os Ao espírito que procede de ambos Demos os mesmos louvores Amém
Na história da Igreja, foi o Papa Urbano IV que oficializou a solenidade do Corpo e Sangue de Cristo - “Corpus Christi”através da bula papal Transiturus de hoc mundo (Para ir ao Mundo) em 11 de agosto de 1264, estendendo para toda a Igreja a festa que já era celebrada em algumas dioceses: “Embora este memorial do Sacramento seja frequentado nas sole-
Tão Sublime Sacramento (hino no Brasil) Tão Sublime Sacramento, adoremos neste altar. Pois o Antigo Testamento deu ao Novo seu lugar. Venha à fé por suplemento os sentidos completar. Ao eterno Pai cantemos e a Jesus, o Salvador. Ao Espírito exaltemos, na Trindade eterno amor. Ao Deus uno e trino demos a alegria do louvor. Amém
nidades diárias das Missas, ainda assim achamos conveniente e digno, que dele pelo menos uma vez por ano, uma memória mais solene e especial deve ser realizada”. Isto ocorre após receber o segredo da freira agostiniana Juliana de Mont Cornillon, que teve visões de Cristo demonstrando desejo de que o mistério da Eucaristia fosse celebrado com destaque,
acrescido ainda de outro acontecimento conhecido como o Milagre Eucarístico de Bolsena na Itália. Assim instituída, a festa é celebrada sessenta dias após o domingo da Páscoa, a Ressurreição de Jesus Cristo, ou seja, na quinta-feira após o domingo da Santíssima Trindade - um só Deus na forma do Pai, Filho e Espírito Santo que ocorre no domingo seguinte ao de Pentecostes, a vinda do Espírito Santo. Domingo da Páscoa na Ressurreição do Senhor 2º, 3º, 4º, 5º, 6º Domingo da Páscoa Solenidade da Ascensão do Senhor Solenidade de Pentecostes Solenidade da Santíssima Trindade Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo - Corpus Christi Para nós católicos a Eucaristia será sempre uma prova para a nossa fé. Quando surgir alguma dúvida ou desesperança, recorramos ao que diz o Catecismo da Igreja Católica no seu parágrafo nº 1376 para que acreditemos fielmente: O Concílio de Trento resume a fé católica ao declarar: “Por ter Cristo, nosso Redentor, dito que aquilo que oferecia sob a espécie do pão era verdadeiramente seu Corpo, sempre se teve, na Igreja, esta convicção, que o santo Concílio declara novamente: pela consagração do pão e do vinho opera-se a mudança de toda a substância do pão na substância do Corpo de Cristo nosso Senhor e de toda a substância do vinho na substância do seu Sangue. A esta mudança, a Igreja católica denominou, com acerto e exatidão, transubstanciação”. (CIC n.1376) E assim, exercitando a nossa fé, crendo na palavra do Senhor e no ensinamento da Igreja, dediquemo-nos cada vez mais às orações e às obras de caridade para vivermos a plena realização da festa do Corpus Christi em nossas vidas. Amém!
Inácio Minoru Ota Ministro Extraordinário da Sagrada Comunhão
Sopra, Senhor, te peço, fica esta noite na minha alma
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ma pequena história que me chegou pelo WhatsApp, narrava que uma pessoa idosa e com recursos econômicos contraiu a Covid; os médicos, temendo por sua vida, aconselharam a colocar-lhe um respirador; e ele começou a chorar. A enfermeira que o cuidava lhe perguntou: “O senhor está chorando porque não tem dinheiro para pagar o respirador?”. “Não – respondeu o ancião – choro porque estive respirando gratuitamente toda a minha vida e só agora me dou conta do valor desse grande presente”. Essa é a vida da gente... muitas vezes, entramos em um automatismo, um mecanicismo que não nos damos conta das pequenas – mas essenciais – coisas que dão sentido à nossa vida. Um pequeno “bom dia” ao entrar no transporte público, no trabalho, um abraço acolhedor diante da dor e do sofrimento do outro... enfim, pequenos gestos que nos renovam apesar do cansaço e da atribulada rotina. É nos pequenos gestos que a vida nasce, renasce e se manifesta. Assim, cinquenta dias após a Páscoa, a Igreja nos propõe celebrarmos a solenidade de Pentecostes como forma de renovar, em nós, a vida. Para o povo hebreu, essa era uma festa ligada à colheita, à terra, ao cultivo; para nós, deve ser o tempo da aragem, do adubar a terra de nossa alma, de cultivar e buscar nos sulcos da existência a esperança, muitas vezes, perdida ou escondida pela tristeza, pelo medo, pela mágoa, pelo “sem sentido”. Cinquenta é o número da liberdade, pois a cada 50 anos o povo celebrava o jubileu. Ao alegre som do “jobel”, uma espécie de corneta, todo o povo era chamado para celebrar o jubileu. O tempo do jubileu visava restaurar a relação com Deus, com o próximo e com toda a criação, por isso era um ano de perdão no qual os pobres eram absolvidos de suas dívidas, os escravos tornavam-se livres. Celebrar o jubileu era celebrar um novo começo, um novo ciclo pleno de vida e de oportunidades.
Também nós precisamos de um novo Pentecostes, isto é, precisamos abrir-nos ao amor de Deus, precisamos sacudir as poeiras que a vida (com a nossa anuência, por vezes) foi acumulando em nós, precisamos abrir-nos à eterna novidade do amor de Deus, estarmos disponíveis para as surpresas de Deus... é preciso estarmos abertos às surpresas de Deus, à sua misericórdia infinita. Devemos sempre recordar que o Deus de Misericórdia não é o Deus das portas fechadas; é o Deus das portas sempre abertas a todos, que, a partir de seu coração nos acolhe apesar de, nos acolher com nossas feridas, nossos erros, nossos medos... é o Deus que nos aninha em seu colo de Pai e Mãe. “Soprou sobre eles e disse: ‘Recebei o Espírito Santo” (Jo 20,22), são estas as palavras de Jesus. Que este sopro não seja um vento que bagunça, mas um sopro que renova, que reacende a brasa do amor quase apagada pelos desafios do mundo, um sopro que nos renova por dentro, que supera “o fundamentalismo, a hipocrisia, a apatia e o medo. Não há nada de mágico. O Espírito age de modo silencioso, mas com extraordinária eficácia: a sua força se mostra irresistível. O seu sopro, penetrando em nossos corpos, nos recoloca de pé e nos faz, finalmente, viver como ressuscitados”. Somos filhos e filhas do Vento, do Ruah Divino. Impossível pensarmos nesse Deus que nos sopra nas narinas e nos enche de vida – real e metaforicamente – e não nos recordarmos com carinho e pesar de tantas vítimas que esta pandemia ceifou dentre nós, pois não tinham ar para viver. Impossível não se doer, se questionar, se revoltar e horrorizar diante da maldade humana que prende em um porta-malas de uma viatura policial e mata por sufocamento um homem de 38 anos. Que Pentecostes seja a festa da renovação e da restauração, seja a festa do perdão e da misericórdia – Deus já nos perdoou, nós precisamos nos perdoar. Seja a festa da doação, é necessário levar a vida e a esperança. Seja a festa da missão, é fundamental assu-
mirmos como projeto de vida o amor que corrige e não condena, que protege e não exclui, que perdoa e não julga, que promove a vida e não a morte. Seja a festa da família, pois é necessário entendermos que é preciso amar e perdoar aqueles que vivem conosco, sob o mesmo teto (ou mesmo sem teto algum). Seja a festa da universidade, pois ao contrário dos Atos Apóstolos em que as pessoas falavam diversas línguas, mas se entendiam, nós, diversas vezes, falamos a mesma língua e não nos entendemos ou não temos a capacidade de nos escutar. Que Pentecostes nos ajude a compreender o que já dizia o pobrezinho de Assis: “o Amor não é amado!”. Que a letras desta canção latina, seja nossa oração:
Sopra, Senhor, te peço, fica esta noite na minha alma, porque só o teu amor e abrigo me darão conforto e calma. Sopra, Senhor, sopra forte, envolve-me com a tua brisa e no teu Espírito renova-me, liberta-me no teu sorriso. Apesar das minhas quedas torna-me fiel às tuas promessas. Sopra, Senhor, na minha vida, e tira esta tristeza. Sopre, Senhor, em meu ouvido; sopre forte, arranque o medo, porque sem você estou perdido, sem sua luz estou cego. Sopra, Senhor, toma a minha vida nas tuas mãos, os meus sonhos, o meu amor, o meu tudo, o meu cansaço, os meus pecados, e molda-me à tua maneira. Sopra, Senhor, tuas carícias.
Diego Bello Doze Pastoral da Liturgia