BOLETIM INFORMATIVO
O Senhor te dê a Paz! PARÓQUIA SÃO FRANCISCO DE ASSIS – VILA CLEMENTINO – SP
Agosto de 2022 – nº 115 - www.paroquiavila.com.br
Agosto de Santa Clara
A
gosto é o mês das vocações. Mês que recordamos a importância de cada vocação para o mundo. Nenhuma vocação se sobrepõe a outra; todas são importantes, constroem e colaboram com o pedido feito pelo próprio Deus para que o ser humano cultive e cuide de toda a criação (Gn 1,28).
Para falar de Santa Clara, tomaremos alguns pensamentos do Papa Bento XVI, na audiência geral de 15 de setembro de 2010. Clara de Assis, nascida no ano de 1193, pertencia a uma família aristocrática e rica. Embora os seus parentes, como acontecia nessa época, começassem a programar para ela um matrimónio com uma personalidade importante, Clara, com 18 anos de idade, com um gesto audaz inspirado pelo profundo desejo de seguir Cristo e pela admiração que tinha por Francisco, deixou a casa paterna e, em companhia de uma das suas amigas, Bona de Guelfuccio, uniu-se secretamente aos frades menores na pequena igreja da Porciúncula. Era a tarde do Domingo de Ramos de 1211. Na comoção geral, foi levado a cabo um gesto profundamente simbólico: enquanto os seus companheiros seguravam nas mãos algumas tochas acesas, Francisco cortou-lhe os cabelos e Clara vestiu o rude hábito penitencial. A partir daquele momento, ela tornou-se a virgem esposa de Cristo, humilde e pobre, consagrando-se totalmente a Ele. Principalmente no início da sua experiência religiosa, Clara encontrou em Francisco de Assis não apenas um mestre cujos ensinamentos devia seguir, mas inclusive um amigo fraterno. A amizade entre estes dois santos constitui um aspecto muito bonito e importante. Com efeito, quando se encontram duas almas puras e inflamadas pelo mesmo amor a Deus, elas haurem da amizade recíproca um estímulo extremamente forte para percorrer o caminho da perfeição. A amizade é um dos sentimentos humanos mais nobres e elevados que a Graça divina purifica e transfigura. No convento de São Damião, Clara praticou de
Santa Maria dos Anjos – Dia do Perdão de Assis
02/08 - Missas as 7h, 12h e 18h30 - Celebração penitencial nas missas das 12h e das 18h30
Festa de Santa Clara
11/08 quinta-feira - Dia de Santa Clara - Missas às 7h, 12h e 18h30.
Horário das Missas
Segunda-feira 7h e 12h Terça-feira 7h e 12h e 18h30 (com bênção do pão de Santo Antônio em todas as missas da terça) Quarta-feira – 7h e 12h Quinta-feira - 7h e 12h e 18h30 (com bênção do Santíssimo ao final da missa das 18h30). Sexta-feira– 7h e 12h Sábado – 15h Domingo 7h30, 9h*, 11h30 e 19h
* ( Missa transmitida ao vivo pelo canal da Paróquia no YouTube)
Confissões
Por favor, ligue para a secretaria para maiores informações: 5576-7960.
Expediente da Secretaria 2ª Feira - fechada 3ª a sábado - 8h às 19h Domingo - 8h às 13h
maneira heroica as virtudes que deveriam distinguir cada cristão: a humildade, o espírito de piedade e de penitência, a caridade. Não obstante fosse a superiora, ela queria servir pessoalmente as irmãs enfermas, sujeitando-se inclusive a tarefas extremamente humildes: com efeito, a caridade ultrapassa qualquer resistência, e quem ama realiza todo o sacrifício com alegria. Na bula de canonização, no ano de 1255, o Papa Alexandre IV escreveu: «Como é vivo o poder desta luz e como é forte a resplandecência desta fonte luminosa! Na realidade, esta luz mantinha-se fechada no escondimento da vida claustral, enquanto fora irradiava clarões luminosos; recolhia-se num mosteiro augusto, enquanto fora se difundia em toda a vastidão do mundo. Conservava-se dentro e propagava-se fora. Com efeito, Clara escondia-se, mas a sua vida era revelada a todos. Clara calava-se, mas a sua fama clamava”. O mês de agosto em nossa paróquia marca o início da caminhada do catecumenato – catequese para adultos. Não se trata da preparação para uma celebração a ser realizada no final do ano de crisma, de primeira eucaristia ou de batismo. Trata-se de uma preparação para a vivência cristã na Igreja e na sociedade. Ainda no final de junho, iniciamos a formação para coroinhas. Em torno de 10 crianças/adolescentes iniciaram a formação. Sem dúvidas, o serviço ao altar, que é um serviço à comunidade toda, é ocasião especial para um chamado de seguimento a Jesus, seguimento este que pode e deveria se prolongar a vida toda. No dia 27 de agosto, um sábado, teremos nossa confraternização paroquial. Vamos juntos confraternizar e agradecer, porque novamente podemos nos encontrar. Sabemos que a pandemia ainda está aí, infelizmente, mas graças a Deus, com a ajuda das vacinas, já temos maior segurança para nos reunir e celebrar! Um mês de bênçãos, saúde e amizade para todos!
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DÍZIMO
Agradecemos a todos os dizimistas que colaboram com sua oferta material para nossa Paróquia, permitindo-nos, assim, realizar nossos trabalhos com serenidade, criando ambiente acolhedor para os que chegam e permitindo a continuidade de nossa missão.
DIZIMISTAS ANIVERSARIANTES DE AGOSTO 02 Hélida Conceição Cavalcante 02 08 12 13
Torres Maria das Graças de Assis Maria Lucia Moral Silveira Takase Glauco Veloso dos Santos Patricia Lagranha do Amaral
14 18 24 25 28
Karla Tuanny Fiorese Coimbra Cicero Medici Adávio Afonso Ribeiro Isabela da Silva Atanásio Paulo Roberto Roggério
Santa Clara de Assis
A PRIMEIRA FRANCISCANA!
A
ssisti ao filme Irmão Sol, Irmã Lua de Franco Zeffirelli pela primeira vez durante um encontro do Clubinho São Francisco, que reunia as crianças de nossa Paróquia que tinham concluído a Catequese, mas ainda não estavam aptas à Crisma. O filme é belíssimo, com inúmeras passagens emblemáticas da vida de São Francisco de Assis, mas o que me marcou profundamente foi a amizade entre São Francisco e Santa Clara. Aos poucos, fui encontrando informações sobre essa mulher incrível que foi fundamental para o fortalecimento das Três Ordens Franciscanas. No Domingo de Ramos de 1212, Santa Clara fugiu de casa e foi à Porciúncula, onde São Francisco e seus companheiros a receberam com muita alegria ao som das canções dos trovadores franceses que ele gostava e das muitas orações. Foi tudo muito simples, ambos ajoelhados diante do altar agradeceram a Deus e para assinalar a sua incorporação ao grupo, São Francisco lhe cortou os belos cabelos louros e, despojando-se de seu manto, foi vestida com as roupas rudes dos pobres, não tingidas, que mais se assemelhava a um saco do que a um vestido. Assim, surgiu a primeira franciscana! Ainda de madrugada, Santa Clara foi levada para o mosteiro de São Paulo das Abadessas, um convento das irmãs beneditinas a 4 km de Assis. Depois de 16 dias, sua irmã mais nova, Inês, também fugiu e se uniu a ela. Inconformada, a nobre família Favarone tentou retirá-las violentamente daquele convento, mas Santa Clara mostrou a cabeça raspada e a firme
convicção de permanecer naquele local, o que impediu que a levassem. Após uma breve passagem pela Igreja de Santo Ângelo de Panço, São Francisco a levou junto com as demais irmãs para a Igreja de São Damião. Por pressão de São Francisco, Santa Clara aceitou a regra de vida das beneditinas e o título de abadessa, mas com destemor conseguiu que o Papa Inocêncio III aprovasse o voto de pobreza absoluta (Privilégio da Pobreza). Foi confidente de São Francisco e o socorreu nas inúmeras aflições que lhe ocorreram. Após a morte do santo, o Para Gregório IX confiou o cuidado das Senhoras Pobres aos Frades Menores e tentou dispensá-la do voto de pobreza, mas Santa Clara se recusou dizendo que não queria ser dispensada de seguir a Jesus Cristo. Mesmo doente, cuidou dos excluídos daquele tempo e serviu às demais irmãs pobres. Era respeitada e ouvida pelos poderosos, que lhe procuravam em momentos de adversidade. Santa Clara foi a primeira mulher a escrever uma regra de vida sancionada por um papa e teve a ousadia de sintetizar os ideais evangélicos de São Francisco, as novas formas de religiosidade feminina urbana e a melhor sabedoria da tradição monástica para criar na Igreja Católica uma Ordem nova e duradoura. Fundamentalmente, ela testemunhou a São Francisco não só pela humildade de sua fidelidade, mas também pela autoridade de sua liderança e de seu ministério formador a serviço dos mais necessitados. Santa Clara foi umas das poucas mulheres medievais a
deixar escritos. Dentre eles, escreveu cartas para Santa Inês de Praga, nas quais ensinou a se desejar as virtudes como dons e frutos de bem-aventurança. Pediu que a pobreza, a humildade, a doçura e o serviço fossem as verdadeiras ofertas ao Senhor. Partilhou o poder da intercessão como elemento da vida contemplativa e contagiou a todos com uma linguagem vibrante, persuasiva e cheia de ternura. Por toda a sua vida, Santa Clara ensinou pelo exemplo o caminho para se viver o Evangelho de Jesus Cristo, nunca se esquecendo de seu ponto de partida. Santa Clara e São Francisco possuem a mesma grandeza. Não é possível compreendê-los separadamente, não é possível vivenciá-los separadamente, ou seja, não é possível separá-los. Santa Clara e São Francisco exortaram o amor!
Angelo Fernando Vaz Rosa Franciscano secular em formação
A messe é grande, pois ! u o e m e s a e u q r o h n e S o foi
C
hegamos em mais um mês de agosto. Como o tempo está passando rápido! Mal celebramos a Páscoa, passamos pelo mês mariano, o mês de Santo Antônio, o mês das férias e chegamos ao mês em que a Igreja do Brasil nos propõe a rezar com mais afinco e recordar em cada um dos domingos as vocações que formam a Igreja, Povo de Deus, animada pelo mesmo Espírito que nos inspira a diferentes respostas ao amor divino. Ressalto: rezar com mais afinco, com a memória voltada à importância destas vocações, já que nunca deixamos de rezar por elas no decorrer do ano. Disse o Evangelho narrado por Mateus que “a messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, portanto, ao senhor da messe que envie mais trabalhadores para a sua messe” (Mt 9,35-38). Este trecho do Evangelho acentua a necessidade de trabalhadores para uma colheita que supera em muito os que hoje são responsáveis por ela. E esta afirmação é surpreendente! Sem nos dizer claramente, Jesus recorda que a semente já fora lançada, independente dos trabalhadores, porque o próprio senhor a tem lançado, diariamente, no terreno das almas e corações dos homens e mulheres, jovens e idosos, de todo tempo e cultura. Semente boa lançada, que se submete à qualidade do terreno que a recebeu para
que possa produzir frutos e, veja só, são muitos! A messe é grande! Esta é uma certeza que acalenta os nossos corações pois afirma aquilo que nem sempre estamos certos: ainda há vocações, entre os jovens e adultos, para a constituição de famílias que se unem e crescem segundo valores cristãos? Ainda há jovens suficientes que se sentem chamados à vida consagrada ou ao ministério ordenado a serviço de paróquias e do cuidado da alma dos fiéis? Jesus nos responde: sim, e muitos! Eles estão por toda parte! E aí nos é apresentada a missão: rezai ao senhor da messe para que envie mais trabalhadores. Rezemos, portanto, irmãos e irmãs, para que mais e mais cristãos, se disponham a cuidar da própria vocação e a das pessoas ao seu redor. Que os pais incentivem e ajudem a cultivar a vocação de seus filhos, seja ela para qual caminho for! Rezemos para que haja sempre mais famílias cristãs, berço da fé; religiosos e religiosas que deem testemunho de vida comunitária e entrega a Deus; diáconos, presbíteros e bispos, que assumam com fidelidade seu chamado a serem bons pastores. Rezemos ao senhor da messe que suscite no coração de cada fiel a vocação à profecia de um mundo mais fraterno, mais humano, onde as diferenças sejam vistas como riqueza de uma sociedade plural, diversa, mas criada pelas mesmas mãos de um Pai amoroso e animada por um mesmo Espírito. O tempo corre de modo cada vez mais acelerado. Dentre tantas responsabilidades e atribuições, que tomam nossa mente todas as horas do dia, recorde-se: o mais importante não pode ser deixado de lado, ao essencial sempre deverá ser reservado parte de nossa atenção, cotidianamente: perguntar-se sobre a razão de estar vivo, o caminho que Deus sonhou para cada um, o lugar onde se encontra nossa felicidade e realização, a confiança de que não estamos sozinhos nesta caminhada: Ele nos chamou, Ele nos guia, Ele está conosco agora e estará conosco no final da colheita! Quem sabe, não somos nós também trabalhadores desta mesma messe?
Frei Rodrigo da Silva Santos, OFM Vigário Paroquial
Confraternização VOCÊ NÃO VAI FICAR DE FORA VAI?