PROVÍNCIA FRANCISCANA DA IMACULADA CONCEIÇÃO DO BRASIL
ABRIL DE 2022 | ANO LXX | Nº 04
PROVÍNCIA FRANCISCANA DA IMACULADA CONCEIÇÃO DO BRASIL Rua Borges Lagoa, 1209 CEP 04038-033 | São Paulo - SP www.franciscanos.org.br ofmimac@franciscanos.org.br
213 Núncio Apostólico faz visita ao Convento da Penha
Ministro Provincial: Frei Paulo R. Pereira Vigário Provincial: Frei Gustavo W. Medella Secretário: Frei Rodrigo da Silva Santos
214 Live do Convento Santo Antônio traz jornalista que mostra traços contemporâneos do santo franciscano
abril de 2022
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1ª Semana Santa no Jardim Peri Alto com os frades
ESPECIAL FESTA DA PENHA 2022
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MENSAGEM DO MINISTRO PROVINCIAL “A identidade franciscana deverá transparecer nas nossas escolhas e prioridades”
FORMAÇÃO PERMANENTE “Da maternidade que nasce Cristo, nasce também a Igreja”, de Frei Paulo Santana
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EVANGELIZAÇÃO
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Coral das Meninas dos Canarinhos recebe novas integrantes e lança música inédita
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Frades se reúnem para elaborar o Plano Operacional das Frentes de Evangelização
255 Fundações Celinauta e Frei Rogério promovem formação a seus colaboradores
FORMAÇÃO E ESTUDOS Sinodalidade: Assembleia do SAV indica caminhos para a Animação Vocacional
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Ordenação presbiteral de Frei Josemberg Aranha
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Ordenação presbiteral de Frei Junior Mendes
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UNIFAG comemora 20 anos de certificação com ampliação de suas instalações Celinauta conquista segundo lugar no prêmio FIEP de Jornalismo
OFM
FRATERNIDADES Celebrações Pascais no Sagrado
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Dom Rubens acolhe Fraternidade de Agudos
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257 Consternação do Ministro Geral
pelo assassinato de Frei Wilberth Daza Rodas na Bolívia
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Vigário Geral é nomeado bispo
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AGENDA
DO MINISTRO PROVINCIAL
“A identidade franciscana deverá transparecer nas nossas escolhas e prioridades” “Quem cuida com carinho de outra pessoa se importa com alguém que nem conheceria. Quem abre o coração e ama de verdade se doa simplesmente por humanidade, se coloca no lugar do outro, sente empatia”.
C
om esse trecho da música de Nando Reis que Frei Gustavo Medella citou na abertura da Festa da Penha deste ano e, como se diz no mundo da internet, virou “meme”, inicio a mensagem das Comunicações de maio. Sob a proteção de Maria, vivamos este tempo com a firme disposição de cuidar e servir, amar, doar-se e promover a empatia.
I - Reuniões e planejamento
Dias atrás, em visita a uma das Fraternidades, ouvi de um irmão aquele chiste que aponta uma das características da nossa forma de planejar as atividades: “No fim dos tempos, quando Jesus voltar, pode ser que não nos encontre unidos, mas, com certeza, vai nos encontrar reunidos”. Os primeiros meses do primeiro ano pós-Capítulo foram ocupados por reuniões diversas: encontros das Frentes de Evangelização, Capítulos Locais, reuniões com lideranças e colaboradores leigos, algumas presenciais, outras virtuais, muitas reuniões. Ainda que pareçam enfadonhas ou resultem cansativas, a importância das reuniões nasce da certeza de que o resultado de qualquer iniciativa será frutuoso se vier precedido de planejamento. Ainda bem que já vai longe o tempo da improvisação, do jeitinho; ainda bem que já não nos contentamos com o “sempre foi feito assim”, pensamento altamente danoso a qualquer passo pretendido. Reunir, rever, planejar é preciso, sobretudo nestes novos tempos que se avizinham. Por isso, ao projetar as atividades, lance-
Conventinho de Lages passa por reformas
mos mão de uma acurada análise dos dias atuais; de modo atento, ouçamos o que a realidade nos diz e o que o Espírito nos inspira. Vivemos a expectativa de retomada das atividades integralmente presenciais nos mais diferentes serviços. A pandemia realçou a fragilidade e a brevidade da vida e, ao mesmo tempo, deu destaque à importância do cuidado, da convivência, da proximidade, do afeto, entre outros valores. A realidade à nossa volta, olhada sob o ponto de vista da organização da sociedade, está repleta de sinais de intolerância, agressividade, adversi-
DO MINISTRO PROVINCIAL dade e medo. O empobrecimento e a precariedade do mundo do trabalho apontam flagrante desequilíbrio. Desequilíbrio escancarado na forma como os povos tradicionais estão sofrendo as consequências da sanha dos poderosos e seu descuido com a fecundidade da nossa Mãe Terra. No âmbito eclesial e na Vida Consagrada a dimensão profética, imprescindível para eficácia da missão da Igreja, quase não é notada ou, quando apare-
da experiência de Clara e Francisco que se fundamenta na reverência ao Deus Criador e fraterna convivência com as criaturas. A dedicação ao irmão e à irmã, sobretudo aquele descartado pela lógica da exploração e do lucro, somada à decisão de “estar feliz entre os pobres” será eloquente sinal da contribuição franciscana para a constituição de um tempo novo que nascerá sob a égide da esperança e da alegria, da justiça e da paz.
II - Animação Vocacional
Dom Frei Mário Marquez, O.F.M.Cap, bispo diocesano de Joaçaba
ce, se mostra padecente e anêmica. Nossos planos e projetos, sejam os planos pastorais ou estratégicos, sejam os Projetos Fraternos ou Pessoais de Vida e Missão, não poderão desconhecer a realidade que nos desafia e, mais que isso, cobra de nós coerência e opções claras. A identidade franciscana deverá transparecer nas nossas escolhas e prioridades. Para além dos ritos litúrgicos, que merecem toda nossa atenção e dedicação, nossa forma de evangelizar deverá partir comunicações ABRIL 2022
Por ocasião da Assembleia do Serviço de Animação Vocacional (SAV) me dirigi aos irmãos reunidos em Rondinha e, agora, partilho com todos os demais irmãos algumas motivações para o cumprimento de uma das prioridades elencadas pelo Capítulo de 2021: “Consolidar a Animação Vocacional como responsabilidade permanente de cada frade, Fraternidade e Frentes de Evangelização”, foi assim que o Capítulo Provincial traduziu o anseio dos irmãos reunidos em Agudos em novembro passado e colocou, mais uma vez, a Animação Vocacional como prioridade na definição da missão da Fraternidade. Ao escolher o verbo “consolidar”, o Capítulo considerou o fecundo caminho já percorrido. Da mesma maneira, quando a prioridade destaca a expressão “responsabilidade permanente” indica a importância da constância e envolvimento criativo de todos nesta tarefa. Todos, a começar por cada um de nós. Desta maneira, ao saudar os irmãos Animadores Vocacionais Locais agradeço por terem aceitado a indicação e a nomeação para serem, a partir de cada Casa e em todas as Frentes de Evangelização, os guardiães e promotores desta prioridade. Antes de ser um anúncio para os outros o “Evangelho Vocacional”, seja um convite para que cada um de nós, para que cada Fraternidade da Província, deixe-se revigorar a partir da alegria que um dia nos fez sonhar com a fraternidade, com a promoção da justiça, da paz e do bem. Por isso, entre os mandatos do Capítulo está a proposição: “Cada Fraternidade, uma nova vocação”. Notem, na frase tem a expressão “nova vocação”, afinal nossas Casas já reúnem os irmãos chamados a viver o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo. Este vocacionados somos nós mesmos. Por isso, vale a insistência: o testemunho alegre da própria vocação continua a ser a mais eficiente maneira de gestar novos irmãos.
DO MINISTRO PROVINCIAL Ao falar em novos irmãos, recorro à mensagem que o Ministro Geral, Frei Massimo Fusarelli, enviou à Assembleia da nossa Conferência, ocorrida em São Paulo (SP) no mês de março: “A proposta tem a ver com a constatação da diminuição numérica dos Frades na Ordem (nomeadamente nos países ocidentais): ler essa situação como oportunidade: uma vez que nos tornamos ‘menores’, abracemos a chance de viver a ‘minoritas’ de um modo novo... Nosso futuro não depende apenas do número, mas da qualidade e da autenticidade de nossa vida segundo o Evangelho”. Será fecunda a Animação Vocacional que, levando em conta a proposição do Ministro, ajudar os irmãos da Fraternidade a viver a minoridade. Os que vierem ter conosco, desde as primeiras conversas, saibam e reconheçam que a nossa forma de vida se fundamenta no desejo de estar no mundo como menores. Certamente, este será o critério mais lúcido no acolhimento das novas vocações.
mal, gerou um trabalhador sem direitos e, em seguida, contribuiu para o esvaziamento das comunidades do interior. É desconcertante constatar que Xaxim, com quase 30 mil habitantes (IBGE 2021), possui áreas periféricas comandadas por traficantes e já há relatos de assalto à mão armada no centro da cidade em plena luz do dia. Nem mesmo Coronel Freitas ou Luzerna estão isentas desta nova ordem.
III - Visita Fraterna Antes da Semana Santa, foi possível realizar visitas às Fraternidades do Oeste de Santa Catarina e Sudoeste do Paraná. Foram sete dias de estrada, oito Fraternidades visitadas e quatro conversas com Ordinários Locais. Os muitos quilômetros percorridos apresentaram a pujança do agronegócio na região em que nossas Fraternidades estão inseridas, com seus incontáveis silos à beira das estradas, com campos de soja e milho que vão juntando campinas e várzeas e promovem admiração e espanto. A verdejante paisagem, contudo, não consegue esconder os efeitos nocivos decorrentes da exploração desmedida dos recursos da terra e da escolha por um modelo de desenvolvimento que produz enriquecimento de uma pequena porção, concentração de pessoas nas cidades, inchaço das periferias, degradação das matas e mananciais, entre outros desastres. Apenas os antigos registros vão identificar povoações nascentes instaladas junto aos rios ou pontos de pouso dos tropeiros. Hoje, as cidades onde temos casas têm a marca da urbanização com seus progressos, possibilidades e debilidades. Concórdia, com 75.600 habitantes (IBGE 2021), e Pato Branco, com quase 85.000 (IBGE 2021), são sinais evidentes deste novo tempo. Tempo novo que supõe, mais que isso, exige novos olhares e novas escolhas. A substituição do trabalho autônomo das pequenas propriedades rurais pela adesão a sistemas de integração de produção de proteína ani-
A bela Matriz de Curitibanos
Nossas casas Nas Fraternidades, revigoradas pelo Capítulo celebrado em novembro, os irmãos vão se conhecendo, tomando pé da missão, vislumbrando projetos a partir dos apelos da realidade e dos pendores de cada um. Já se vive uma atmosfera de “pós-pandemia”, com todos os questionamentos que esse período histórico fez e fará nascer. A participação efetiva dos fiéis nas celebrações, a retomada dos projetos comunicações
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DO MINISTRO PROVINCIAL
de formação e catequese, a organização das festas e promoções, das quais, em grande medida, dependem o sustento da missão, vão ocupando as reuniões e reflexões das Fraternidades. À exceção do Conventinho de Lages, que passa por obras e adaptações, todas as demais Casas estão muito bem-dispostas e cuidadas; isso ofe-
Diante da nova configuração dos Regionais e da periodicidade mais alargada das reuniões, as Fraternidades geograficamente mais próximas foram convidadas a planejar visitas mais regulares, ajuda mútua nalgumas atividades e até planejamento de projetos comuns. A distribuição das Fraternidades em Regionais é uma marca da Província. O fortalecimento deste instrumento poderá viabilizar a efetiva realização das propostas do Capítulo, sobretudo aquela que assinala o jeito sinodal de organizar a vida e a missão dos irmãos.
Com os Ordinários Locais Há sincera gratidão na consideração da presença das Fraternidades nas Igrejas Particulares. Em cada uma das Dioceses visitadas temos duas casas. Em Joaçaba (SC): Concórdia e Luzerna; Lages (SC): Conventinho e Curitibanos; Xaxim e Coronel Freitas na Diocese de Chapecó (SC) e na de Francisco Beltrão (PR): Chopinzinho e Pato Branco. É verdade que nesses lugares as Fraternidades já foram mais numerosas, mas mesmo assim, nós, franciscanos, estamos entre os grupos majoritários nas diferentes Igrejas das regiões visitadas: nenhum dos bispos conta com clero local suficiente e as diferentes famílias religiosas não vivem momentos vocacionais tão vigorosos. Além disso, nem o Oeste de Santa Catarina nem o Sudoeste do Paraná estão entre as regiões que atraem Ministros Ordenados em busca de incardinação. A constituição das Fraternidades não tem como critério fundamental a suplência do clero a serviço das Igrejas Locais. Entretanto, a Fraternidade Provincial escolheu como forma privilegiada de evangelização o serviço às Paróquias. Diante disso, em todas as visitas foi apresentada a seguinte questão: Como poderemos melhor servir à Igreja que nos acolhe? rece aos irmãos segurança e conforto. A evitar: o risco da acomodação e a transformação do quarto/casa numa ilha segura, protegida e afastada da realidade. A realidade, inclusive, deverá ser norteadora na configuração do Projeto Fraterno de Vida e Missão. Houve insistência para que os irmãos se dedicassem à reflexão e elaboração, tanto do Projeto Fraterno (PFVM) como do Projeto Pessoal de Vida e Missão (PPVM). comunicações ABRIL 2022
Redimensionamento O alerta deixado pelo último triênio, quando foram entregues dez Casas e assumidas outras duas, mostra a necessidade do contínuo redimensionamento da nossa vida e missão. A entrega de paróquias, considerando ser a Frente que concentra maior número de irmãos, surge como remédio diante da fragilidade dos nossos quadros. Entretanto, devemos estar atentos, afinal há doses de medicação que, ao invés de curar, podem
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agudizar a doença. Das conversas com as Fraternidades, restou claro que não podemos aguardar o final do triênio para definir a situação das nossas presenças nas Dioceses de Joaçaba, Chapecó, Lages e Francisco Beltrão. Os irmãos foram convidados a promover uma reflexão nesta direção; primeiro entre si, a partir das Fraternidades e, em seguida, com os responsáveis nas Dioceses e, claro, com a mediação do Secretariado da Evangelização. Merece destaque a definição da presença na Diocese de Joaçaba. Tradicionalmente, estamos presentes em Luzerna e Concórdia com Fraternidades dedicadas ao apostolado paroquial. A possibilidade real de avanço no processo de beatificação de Frei Bruno deve inaugurar um novo modo de atuação naquela região. Com certo atraso, o Santuário Frei Galvão foi entregue ao nosso cuidado, em Guaratinguetá (SP). Assim como no Vale do Paraíba, também no do Peixe a promoção da devoção ao Santo e Beato franciscanos exigirá engajamento dos seus irmãos de hábito. Vamos esperar que surjam demandas que nos atropelem ou já não é o momento de apontar alguma direção, desenhar um projeto e dar encaminhamento?
mos a ordenação de Frei Alan Leal de Mattos, em Petrópolis (RJ). Além de rezar na intenção dos futuros presbíteros, os irmãos são convidados a fazerem-se presentes, sobretudo os irmãos das Fraternidades mais próximas dos locais onde se darão as celebrações. Afinal, antes de ser uma decisão pessoal, o ministério ordenado é dom da Fraternidade a serviço da missão. Além disso, as
IV – Convites O mês de Maio vai nos proporcionar momentos destacadamente fecundos. A reunião dos Guardiães, em Agudos, vai apontar a importância dos orçamentos de cada Casa e vai dar orientações a fim de que os irmãos que servem às Fraternidades possam promover a administração e o uso dos bens como sinais visíveis da nossa forma de vida. Os Encontros Regionais, cuja nova modalidade ainda está sendo estabelecida, são espaços de formação permanente, animação da vida fraterna e partilha da missão nas diferentes regiões onde a Província está presente, por isso, haja esforço de cada um para não ficar de fora. Nossa Fraternidade se alegra com os irmãos que, tendo terminado o período da formação, estão sendo ordenados. Já celebramos as ordenações presbiterais de Frei Jefferson Max Nunes Maciel, em Araucária (PR), e Frei Jhones Lucas Martins, em Macatuba (SP). No primeiro final de semana de maio será a vez de Frei Josemberg Cardozo Aranha, em Duque de Caxias (RJ), e, em seguida, de Frei Junior Mendes, no dia 14, em Santo Amaro da Imperatriz (SC). Logo no início de junho tere-
José do Patrocínio é o Padroeiro de Coronel Freitas
celebrações das ordenações sempre servem de espaço de animação e revigoramento vocacional. A alegria do Senhor Ressuscitado seja sempre nossa força. Paz e Bem! Frei Paulo Roberto Pereira MINISTRO PROVINCIAL
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formação permanente
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aria é Mãe do Verbo encarnado e, pela obediência ao que lhe foi confiado: “Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc, 1,38), e ela se faz mãe da humanidade também pelo que lhe foi confiado no Calvário, pelo próprio Verbo, “Mulher, este é o teu filho. Depois disse ao discípulo: “Esta é a tua mãe” (Jo 19,25-27). Consequentemente, se torna a “Mater Eclesie”, segundo o que nos afirma Santo Agostinho: “Maria é Mãe da cabeça do Corpo Místico e também dos seus membros”. Assim nos diz a Lumen Gentium:
naquele mistério como ‘a mulher’ indicada pelo Livro do Gênesis (cf. 3,15), no princípio, e pelo Apocalipse (cf. 12, 1), no final da história da salvação. Segundo o eterno desígnio da Providência, a maternidade divina de Maria deve estender-se à Igreja, como estão a indicar certas afirmações da Tradição, segundo as quais a maternidade de Maria para com a Igreja é o reflexo e o prolongamento da sua maternidade para com o Filho de Deus.” 2
Assim Maria, filha de Adão, consentindo na palavra divina, tornou-se Mãe de Jesus, e abraçando com generosidade e sem pecado algum a vontade salvífica de Deus, consagrou-se totalmente, como escrava do Senhor, à pessoa e obra de seu Filho, servindo ao mistério da redenção sob a sua dependência e com ele, pela graça de Deus onipotente. Com razão afirmam os santos padres que Maria não foi instrumento meramente passivo nas mãos de Deus, mas cooperou na salvação dos homens com fé livre e com inteira obediência. Como diz Santo Irineu, “pela obediência, ela tornou-se causa de salvação, para si e para todo o gênero humano” (LG 56).1
A função da “maternidade eclesial” de Maria é essencialmente soteriológica, pois manifesta a vontade salvadora de Deus para a humanidade, pois ela é Mãe do Salvador. A Maternidade Divina se une à Maternidade do Corpo Místico de Cristo, ao mesmo tempo que é Mãe é também membro do Corpo Místico de Cristo, e ocupa um lugar por excelência, mesmo depois de ser elevada ao céu, ela continua a interceder pelos homens e pela sua salvação. Diz a LG: “A Igreja não hesita em professar abertamente uma função assim subordinada em Maria; experimenta-a continuamente e recomenda-a ao amor dos fiéis, para que apoiados nesta proteção maternal, eles se unam mais intimamente ao Mediador e Salvador” (LG 61). Embora na narrativa bíblica não esteja explícita a participação constante de Maria na vida pública de Jesus, ela sempre esteve presente, muitas vezes aparentemente “oculta”, contudo, Maria desempenha um papel preponderante na ação messiânica de Jesus no mistério da Redenção, “faça tudo o que Ele vos dizer” (Lc 1,38). Nessa escuta, aos pés da Cruz, a humanidade é representada por Maria, onde ela é intitulada coparticipante no Sacrífício Redentor de Cristo. Sacrifício este que a Igreja perpetua no Sacrifico Memorial Eucarístico. No sacrifício redentor, aos pés da Cruz, só
É mister dizer que, diante da narrativa de São João (Jo 19,25-27), nasce aos pés da Cruz do Senhor a Igreja, sobre os cuidados da Mãe do Redentor. Ela torna-se a Mãe da humanidade. Isto é, por vontade do Filho e pela ação do Espírito e o “seu santo modo de operar”, faz da Igreja a Mãe de todos os fiéis. Portanto, a cooperadora de Cristo no mistério da salvação dos homens. Em Maria se revela o “lugar” singular em toda a economia da salvação, como nos exorta São João Paulo II na Redemptoris Mater, 24: “As palavras que Jesus pronuncia do alto da Cruz significam que a maternidade da sua Genetriz tem uma ‘nova’ continuação na Igreja e mediante a Igreja, simbolizada e representada por São João. Deste modo, aquela que, como ‘a cheia de graça’, foi introduzida no mistério de Cristo para ser sua Mãe, isto é, a Santa Genetriz de Deus, por meio da Igreja permanece comunicações ABRIL 2022
Imagem: “Stabat Mater”, de Gabriel Wuger, 1868 (domínio público)
Da maternidade que nasce Cristo nasce também a Igreja
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formação permanente alguém sem mácula, sem mancha, poderia ser integrada, incorporada, pois o Cordeiro imolado era o próprio Filho de Deus, sem mancha, e por isso ela se junta ao sofrimento e à dor do seu próprio filho Jesus. Ela continua ao lado dos sofrimentos dos aflitos e pobres, onde nosso Senhor ainda continua sendo crucificado, e ela, por sua vez, continua a interceder em nossas infindáveis atribulações, por causa da dureza dos corações dos homens (cf. Lc 1,59). É aos pés da Cruz que a Maternidade Divina assume a Maternidade dos homens, a “maternidade eclesial” na participação do mérito universal, quando Jesus diz: Mulher, eis aí o seu filho, filho eis aí a sua mãe” (Jo 19,26-27). Contudo há uma inclusão recíproca, uma íntima relação entre a Anunciação e o Calvário, de onde a Igreja dá os seus primeiros passos. O “servo” sofredor que se faz dom por amor a toda humana criatura. Da maternidade Divina de Maria, nasce a Igreja, a qual deve olhar para Maria como modelo de obediência e serviço, no seguimento de nosso Senhor Jesus Cristo. O modelo de amor Materno de Maria, deve nos impulsionar a estarmos animados e renovados para a missão que a Igreja nos confia em sua ação apostólica para a salvação dos homens, assim como nos foi confiado em Maria e ao discípulo que Ele amava (cf. LG 65 - Jo 9,25-27). Frei Paulo Roberto Santos Santana, OFM DUQUE DE CAXIAS 19/04/2022
1 - CONCÍLIO ECUMÊNICO VATICANO II. Constituição Dogmática “Lumen Gentium” sobre a Igreja, São Paulo: Paulus, 1997. 2 - JOÃO PAULO II. Carta Encíclica Redemptoris Mater do Sumo Pontífice João Paulo II sobre a Bem-Aventurada Virgem Maria na vida da Igreja que está a caminho. 14. ed. São Paulo: Paulinas, 2008.
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formação e estudos comunicações ABRIL 2022
SINODALIDADE:
Assembleia do SAV indica caminhos para a Animação Vocacional
O
Papa Francisco tem recordado com frequência o tema da sinodalidade. Isto é uma grande e profética perspectiva de trabalho. Entretanto, este é, na verdade, um modo de ser da Igreja desde os seus primórdios. Ser sinodal, antes de uma opção, uma ideia nova, é essência da caminhada eclesial, que já nas primeiras comunidades tudo realizava em forma de partilha, conversa e escuta mútua. O Papa, deste modo, reforça que este é o modo de ser da Igreja ao indicar que o propó-
sito do Sínodo que estamos vivendo este ano, sobre este tema, quer, antes de produzir documentos, gerar um movimento sinodal como resultado de sua atividade. E a Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil não poderia ser diferente. Diante disso, uma das articulações em chave sinodal a partir do Capítulo Provincial do ano
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passado se tornou, dentre tantas outras, a assembleia anual do Serviço de Animação Vocacional (SAV), que aconteceu na Fraternidade Franciscana Boaventura em Campo Largo (PR), nos dias 29-30/03. Retomando os grandes passos que o SAV já realizou nos últimos anos, a Assembleia quis ser um momento de encontro com os animadores vocacionais de cada Fraternidade para: situá-los quanto à sua missão, estabelecer critérios e oferecer dicas, ouvi-los quanto a possíveis sugestões para a articulação do trabalho em nível provincial e apresentar frentes de trabalho que já estão em execução. Frei Jeâ Paulo Andrade e Frei Gabriel Dellandrea, animadores vocacionais da Província, buscaram apresentar os documentos que contextualizam o trabalho de cuidado para com as vocações e traçaram propostas para um planejamento das atividades. Para tal, os 27 frades participantes foram divididos em grupos para melhor poder expressar suas ideias e assim ajudarem a construir um projeto comum de sensibilização vocacional. Além disso, foram apresentadas iniciativas que já estão em vigor nas redes sociais da Província, bem como atividades que foram realizadas nos tempos fortes das ordenações presbiterais que aconteceram na Província
nos últimos meses. Os animadores provinciais também apresentaram um panorama de outras atividades que aos poucos vão ser inseridas neste trabalho, tais como um espaço franciscano em algumas das grandes festas da Província, criação da Pastoral Vocacional onde for possível, visita às Fraternidades para pensar uma atividade vocacional, animação dos jubileus e outros momentos fortes da vida provincial e entre outras propostas. Frei Daniel Dellandrea, Definidor Provincial e Guardião, durante o encontro, falou em nome do Ministro Provincial, Frei Paulo Roberto Pereira, recordando que mais do que meios e articulações para o serviço, a vida de cada frade é um convite constante à animação. Cada frade, na sua missão, é chamado a ser sinal de promoção vocacional, pois é a partir de sua vida que outros irmãos poderão se sentir encantados a conhecer o carisma franciscano. Frei Paulo ainda enviou uma mensagem aos frades com as seguintes provocações: “ao saudar os irmãos Animadores Vocacionais Locais, reunidos em Rondinha nestes dias, agradeço por terem aceitado a indicação e a nomeação para serem, a partir de cada Casa e em todas as Frentes de Evangelização, os guardiães e promotores desta prioridade. Aqui
quero insistir, antes de ser um anúncio para os outros o “Evangelho Vocacional” seja um convite para que cada um de nós, para que cada Fraternidade da Província, deixe-se revigorar a partir da alegria que um dia nos fez sonhar com a fraternidade, com a promoção da justiça, da paz e do bem. Por isso, entre os mandatos do Capítulo está a proposição: “Cada Fraternidade, uma nova vocação”. Notem, na frase tem a expressão “nova vocação”, afinal nossas Casas já reúnem os irmãos chamados a viver o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo. Estes vocacionados somos nós mesmos. Por isso, vale a insistência: o testemunho alegre da própria vocação continua a ser a mais eficiente maneira de gestar novos irmãos”. Sendo assim, procurando ouvir a voz do Espírito na contribuição de cada irmão, a Assembleia estabeleceu alguns nortes para executar a prioridade do último Capítulo Provincial, que pediu a consolidação da Animação Vocacional como prioridade provincial. Além dos momentos de plenária e conversa para critérios e dicas aos trabalhos, os frades puderam se animar a partir de momentos de oração, convivência fraterna e reencontro. Frei Gabriel Dellandrea
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ENTREVISTA
FREI JOSEMBERG CARDOZO ARANHA
“A vida fraterna e o desejo de amar a Deus é a razão de escolher ser franciscano”
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Catedral de Santo Antônio, em Duque de Caxias, que foi erguida pelos frades da Província da Imaculada Conceição, voltará a ver os filhos de São Francisco de Assis em grande número. Frei Josemberg Cardozo Aranha, filho desta terra, será ordenado presbítero no dia 7 de maio, às 15 horas, pelas mãos do Bispo Diocesano de Duque de Caxias, D. Tarcísio Nascentes dos Santos. No dia seguinte, às 9 horas, ele celebrará as Primícias na Comunidade São Domingos, no Jardim Anhangá. Frei Berg, como é chamado, ingressou no Aspirantado no Seminário São Francisco de Assis, em Ituporanga (SC) em 2010 e, no ano seguinte, no Postulantado no Seminário Frei Galvão, em Guaratinguetá (SP). Vestiu o hábito franciscano no Noviciado em 2012, fazendo a 1ª Profissão no término deste ano em Rodeio (SC). Entre 2013 e 2015, cursou Filosofia na FAE-Centro Universitário de Curitiba (PR). Viveu o Ano Missionário em São Paulo (SP), no Sefras, em 2016. Em 2017 iniciou a etapa da Teologia em Petrópolis (RJ). Fez a Profissão Solene em 15 de setembro de 2018, dia de Nossa Senhora das Dores. Concluiu os estudos de Teologia em 2020 no Instituto Teológico Franciscano de Petrópolis (RJ), sendo ordenado Diácono em 19 de dezembro do mesmo ano. Sua primeira transferência, após o tempo de formação, em 2021, foi como vice-mestre e a serviço da evangelização no Noviciado Franciscano São José e Paróquia São Francisco de Assis, em Rodeio (SC). Comunicações – Frei Berg, fale um pouco de sua vida? Frei Berg - Sou filho único, e tive a graça de nascer em um lar temente a Deus, com grande fervor na fé. Meus pais, José Aranha Gomes e Maria Lúcia Cardozo Aranha, são nordestinos e, desde o berço, bebi desta piedade particular,
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sobretudo a devoção a Nossa Senhora. Por conta disso, nossa vida eclesial foi muito forte. Pertencíamos à Comunidade São Domingos, da Paróquia Santa Clara de Assis, em Duque de Caxias (RJ). Sempre fui comprometido nas pastorais, sobretudo na catequese, gerando um círculo de bons amigos. Estes fatores formaram minha personalidade, um homem mais do deserto e da solidão, mas que gosta, e muito, da companhia dos irmãos. Comunicações – Quando se deu o discernimento vocacional? Frei Berg - Nasci em uma paróquia franciscana. Lendo a Vida de Santa Clara e de São Francisco de Assis, e com o testemunho da fraternidade franciscana, comecei a pensar na possibilidade de viver a vocação religiosa. Contudo, foi na Ordenação Presbiteral de Frei Vanilton Aparecido Leme, em Itu (SP), em 13 de maio de 2006, dia de Nossa Senhora de Fátima, que senti fortemente o chamado de Deus. Daí em diante, tive a coragem de tomar a decisão de seguir este caminho, iniciando o processo de discernimento vocacional. Comunicações – Por que escolheu ser frade franciscano?
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Frei Berg - Antes de pensar em ser frade, minha formação estava se inclinando à área da educação. No Ensino Médio me formei em magistério e, em seguida, conclui a faculdade de licenciatura em Matemática. Foi neste meio tempo que fui conhecendo e me encantando pelo carisma franciscano. A forma de vida franciscana me encantou pelo testemunho da fraternidade, pois eu via com meus próprios olhos. Mas o fim último, de desejar amar a Deus com todas as forças, com todo o coração, com um amor seráfico, de um peito em chamas que não se apagam, é o que até hoje me encanta. A vida fraterna e o desejo de amar a Deus é a razão de escolher ser franciscano. Comunicações – Depois de tantos anos de estudos, você está prestes a ser ordenado presbítero. Fale-nos como está essa expectativa. Frei Berg - Eu me sinto profundamente realizado como um frade menor. Neste sentido, o ministério presbiteral vem somar ao serviço da doação de minha vida, vem ampliar a possibilidade de servir ao povo de Deus, ao desejo de amar a Deus com um coração seráfico, junto o desejo profundo de configurar
meu coração ao Coração de Nosso Senhor. Atualmente, mais do que expectativas, é o sentimento de incapacidade que me toma. Não é uma falsa modéstia, é, antes, o reconhecimento da grandiosidade deste ministério. Apesar de tudo isso, me sinto feliz, profundamente agradecido a Deus. Comunicações – O que é o presbítero para você? Frei Berg - Em sua raiz mais profunda e literal, a palavra presbítero significa “ancião”. Para além do que já nos diz a Tradição da Igreja e a Teologia sobre o ministério presbiteral, eu também acredito muito nesta dimensão de ser um pai, alguém que está próximo e ajuda a apontar os caminhos, enfrentar os problemas, guiar nas sendas da verdade, introduzir na fé e ser um suporte. Outra dimensão é o próprio sacerdócio ministerial, se configurar a Cristo, que doou sua própria vida em sacrifício. Comunicações – Há espaço para o carisma franciscano no mundo de hoje? Frei Berg - Sem sombra de dúvida. Como rezam as Fontes Franciscanas, São Francisco quis que fôssemos
chamados de Frades Menores, para sermos submissos a todos. Submissos no sentido de servir. Somos servidores em duas dimensões: a dimensão da caridade, servindo a todos que de alguma forma têm necessidades eminentes, e na dimensão da humildade, diante de um mundo materialista, dando testemunho de que o que mais importa é Deus. “Não temos ouro e nem prata, mas o que temos, nós ofertamos”. Comunicações – Vale a pena ser religioso franciscano? Deixe uma mensagem para os jovens que querem conhecer o carisma franciscano. Frei Berg - Sim, vale a pena, ou melhor, vale a própria vida, pois, “quem perder a sua vida por amor de mim achá-la-á”. De alguma forma, em nossas vidas acabamos experimentando traços do amor. Imagine penetrar tamanho amor, um amor que não se acaba. Esse é o fogo seráfico que queima na Ordem Franciscana. Tenha coragem, caro jovem, de dizer sim e abraçar este Amor, que, como uma paz inquieta, já invade vosso peito. Entrevista a Moacir Beggo
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ENTREVISTA
FREI JUNIOR MENDES
“O mundo de hoje precisa conhecer o modo de vida do pobrezinho de Assis”
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rei Junior Mendes será ordenado presbítero pela imposição das mãos do Arcebispo de Florianópolis, Dom Wilson Tadeu Jönck, no dia 14 de maio de 2022, às 15 horas, na Igreja Matriz Santo Amaro da Imperatriz, em Santa Catarina. No dia seguinte celebrará a Primeira Missa, às 10 horas, nesta mesma Matriz. Frei Junior Mendes nasceu no dia 24 de janeiro de 1989 no hospital São Francisco de Assis, em Santo Amaro da Imperatriz. Filho de Ganilton Mendes e Maria de Lourdes Schimidt Mendes, tem um irmão. Ingressou no Seminário São Francisco de Assis de Ituporanga em 2010 e vestiu o hábito franciscano em 2012. Em 2013, fez sua 1ª Profissão em Rodeio (SC). Entre 2013 e 2015, cursou Filosofia na FAE – Centro Universitário de Curitiba (PR). Viveu o Ano Missionário em Malanje, Angola, no ano de 2016. Fez a Profissão Solene no
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dia 15 de setembro de 2018 e concluiu os estudos de Teologia em 2020 no Instituto Teológico Franciscano de Petrópolis (RJ). Atualmente, reside na Fraternidade de Santo Amaro da Imperatriz. Comunicações – Frei Junior, fale um pouco de sua vida? Frei Junior Mendes - Nasci em uma cidade do interior de Santa Catarina, em uma família muito católica. Quando criança tinha um grande interesse pelas orações que os freis faziam na Igreja. Gostava de fazer orações em casa imitando as bênçãos de Santo Antônio. Usava um santinho de São Francisco e de Nossa Senhora (ainda os tenho comigo) para fazer “celebrações”. Com a adolescência fui me afastando dessas coisas, mas sempre fui muito sensível às coisas do Sagrado, pois como dito acima, minha família é muito religiosa.
Comunicações – Quando se deu o discernimento vocacional? Frei Junior Mendes - O discernimento veio quando retornei para a vida de oração. Fui provocado a dar respostas de minha fé para irmãos separados (popularmente chamados de evangélicos), que questionavam as manifestações do catolicismo. Como não tinha as devidas respostas, fui estudar. Com os estudos e a leitura da Palavra de Deus voltei a ter uma vida de oração que havia deixado de lado na adolescência. Os conflitos interiores começaram e eu precisava responder a algo que me chamava, mas não sabia o quê. Foi durante um testemunho de uma família que fui como que tocado pela realidade de Deus que caminha conosco, está próximo, no silêncio. Precisava responder a Ele, mas não sabia como e quando. Comunicações – Por que escolheu ser frade franciscano?
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Frei Junior Mendes - Quando voltei para a vida eclesial, fui convidado para ser catequista e fui fazer um curso que a diocese oferecia para os novos candidatos a catequistas. Neste processo, fui convidado por Frei Pedro da Silva para fazer parte do grupo vocacional da paróquia. Como dito acima, estava inquieto e precisava corresponder a algo que ainda não sabia ao certo o que era. Fui estudar as diversas propostas de vida consagrada. Estudei sobre São Domingos, São Bento, e São Francisco com sua proposta de vida. Quando fui conhecendo mais sobre o santo de Assis, foi crescendo a inquietação. O ponto alto foi quando fui participar de um encontro vocacional da Província em Ituporanga. Quando voltei deste encontro, estava convicto de que meu caminho de consagração (minha resposta à inquietação interior) era nos passos de Francisco de Assis. Comunicações – Depois de tantos anos de estudos, você está prestes a ser ordenado presbítero. Fale-nos como está essa expectativa.
Frei Junior Mendes - Depois de 12 anos de caminhada franciscana, minha expectativa é a de corresponder a uma convocação. Estou aqui. Sempre trouxe comigo esta convicção de que precisava corresponder a um chamado de Deus. Comunicações – O que é o presbítero para você? Frei Junior Mendes - Vamos melhorar a colocação da sua pergunta: Ser “Frade Presbítero” é ser chamado por Deus a ser seu instrumento na vida Eclesial. Por amor de Cristo pobre e crucificado, ser irmão de toda humana criatura, no serviço do sacerdócio. Comunicações – Há espaço para o carisma franciscano no mundo de hoje? Frei Junior Mendes - Esta pergunta foi a questão central do meu TCC no curso de Teologia. Minha resposta é um sim convicto. O carisma franciscano é um modo de vida importantíssimo para o mundo de hoje. Penso que nós, frades, precisamos difundir o carisma com mais intensidade. O carisma é para todos: casados, solteiros, consagrados e
consagradas. O mundo de hoje precisa conhecer o modo de vida do Pobrezinho de Assis. Comunicações – Vale a pena ser religioso franciscano? Deixe uma mensagem para os jovens que querem conhecer o carisma franciscano. Frei Junior Mendes - Sim, vale, mesmoo com todos os seus desafios e mazelas. O carisma franciscano é um caminho seguro de seguir Cristo. Minha mensagem para os jovens é que busquem as coisas com sinceridade de coração. A realização da vida começa por uma inquietação, uma busca, uma resposta que precisa ser dada a uma pergunta que nasce do íntimo do coração. Faço minhas as palavras de Frei Constatino Koser na sua obra “Vida com Deus no mundo de Hoje”: Para a vida interior (vida com Deus - vida franciscana) não existem estradas largas e cômodas, como as que construímos para os nossos automóveis, existem difíceis veredas de montanha, apenas traçadas. Mas é preciso caminhar, subir a montanha. Não parar. Entrevista a Moacir Beggo
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Celebrações Pascais
Convento e Paróquia do Sagrado de Petrópolis
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erminaram no dia 17 de abril as Celebrações Pascais no Convento e Paróquia do Sagrado Coração de Jesus de Petrópolis (RJ). Durante uma semana, os frades franciscanos realizaram diversas atividades e eventos, como mutirão de confissões, oração
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comunitária da Liturgia das Horas, celebração penitencial, procissões, oração da Via Sacra, além das celebrações próprias do Tríduo Pascal, ricas em espiritualidade e significado. Tudo isso para uma melhor preparação para a Páscoa do Senhor Jesus Cristo. Abaixo apresentamos um resumo das principais celebrações!
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Fraternidades
DOMINGO DE PÁSCOA “Com muita alegria nos reunimos no Domingo da Páscoa e da ressurreição do Senhor. Ele ressuscitou. E por causa da ressurreição a nossa fé e a nossa vida têm sentido. Nós somos salvos por Ele e também fazemos com Cristo a nossa Páscoa”. Foi com essa motivação que Frei Marcos Antonio de Andrade presidiu a Celebração Eucarística do Domin-
go da Páscoa, às 10 horas, na Igreja do Sagrado. Como de costume, a Santa Missa teve a presença do Coral dos Canarinhos, sob regência do seu maestro titular, Marco Aurélio Lischt. E mais uma vez, a igreja esteve lotada! A missa teve continuidade com a oração do Credo Niceno-constantinopolitano, preces e liturgia
eucarística. Após a comunhão, o Coral dos Canarinhos entoou a música O sacrum convivium, de Domenico Bartolucci. No final da celebração, Frei Marcos agradeceu a presença de todos e, em nome do guardião, Frei Jorge Paulo Schiavini, desejou boas festas! A solene bênção final findou a celebração.
VIGÍLIA PASCAL No sábado, 16 de abril, toda a Igreja aguardava ansiosa pela ressurreição de Cristo com a Celebração da Vigília Pascal. Na Paróquia do Sagrado Coração de Jesus, não foi diferente. O grande momento do Tríduo começou às 19h30, com a Missa da Vigília, e foi presidida pelo pároco Frei Jorge Paulo Schiavini. Os religiosos franciscanos, comunidades da
A celebração mais importante do Ano Litúrgico, também conhecida como Celebração da Luz, começou do lado de fora da Igreja do Sagrado com a bênção do fogo. Na sequência, Frei Jorge preparou o novo Círio Pascal colocando no centro e em cada extremidade da cruz esculpida na vela os cinco cravos, que simbolizam as cinco
deram acender suas velas no fogo santo e em procissão adentraram na centenária Igreja do Sagrado, que permaneceu com as luzes apagadas até o momento em que Frei Marcos entoou pela terceira vez o canto. Seguidamente, incensou o Círio e com a ajuda do coral entoou a Proclamação da Páscoa, também conhecido como “Exulte”. Os fiéis
Paróquia, lideranças de movimentos e pastorais, fiéis e o Coral dos Frades do Tempo da Teologia, sob a regência de Frei Marcos Antonio de Andrade, Definidor Provincial e mestre da Teologia, foram testemunhas deste evento, como a lua cheia que se encontrava clara, ela que também testemunhou silenciosamente a ressurreição de Cristo.
chagas de Cristo e depois, com o fogo já abençoado, acendeu o Círio Pascal, rezando: “A luz do Cristo que ressuscita resplandecente, dissipe as trevas do nosso coração e da nossa mente”. Frei Marcos, tomando o Círio já preparado, entoou então por duas vezes a jaculatória: “Eis a luz de Cristo” e se dirigiu para a entrada da Igreja, onde os fiéis pu-
acompanharam em silêncio e permaneceram com as velas acesas até o início da Liturgia da Palavra. Após a leitura de quatro textos do Antigo Testamento que relembram a história da salvação, leu-se a Carta de São Paulo aos Romanos. Depois, Frei Jorge proclamou solenemente o Evangelho de Lucas (24,1-12). comunicações
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PAIXÃO DO SENHOR E PROCISSÃO Nem mesmo a chuva e o frio na serra petropolitana espantaram os fiéis que vieram para a Celebração da Paixão do Senhor, na Sexta-feira Santa (15/04), na Paróquia do Sagrado. O pároco, Frei Jorge Paulo Schiavini, presidiu a celebração das 15 horas e contou com a centenária Igreja do Sagrado lotada. O Coral das Meninas dos Canarinhos de Petrópolis também se fez presente e entoou cânticos próprios para este dia, sob a regência de Marcelo Vizzani. Depois da homilia e da oração dos fiéis, realizou-se o momento mais intenso da celebração: a adoração da Cruz e a oração silenciosa dos fiéis diante do Crucifixo.
CEIA DO SENHOR “Todos nós devemos gloriar-nos na cruz, de Nosso Senhor Jesus Cristo”. Com este tradicional canto entoado pelo Coral dos Canarinhos de Petrópolis na missa vespertina da Ceia do Senhor, a Paróquia do Sagrado, deu início às Celebrações do Tríduo Pascal na quinta-feira da
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Semana Santa (14/04), às 19h30. O Definidor Provincial e mestre dos frades do Tempo da Teologia, Frei Marcos Antonio de Andrade, presidiu a Celebração Eucarística que teve a presença de professores, educadores franciscanos, paroquianos e fiéis.
Depois da homilia, como é costume, repetiu-se o gesto de Jesus durante a Última Ceia, quando o Senhor lavou os pés dos seus discípulos como sinal de amor radical até ao ponto do serviço e da humilhação. No Sagrado, os mestres da educação foram os discípulos e tiveram seus pés lavados por Frei Marcos, que fez menção ao tema da Campanha da Fraternidade de 2022, “Fraternidade e Educação”. Na sequência, já com a jarra e bacia em mãos, Frei Marcos lavou os pés dos educadores. Um rico momento de espiritualidade e fé que emocionou os presentes. Durante este gesto o Coral dos Canarinhos, sob a regência de seu maestro titular, Marco Aurélio Lischt entoou a música “Jesus erguendo-se da Ceia”. Após a comunhão, o presidente da celebração explicou que na sequência faria a trasladação do Santíssimo para adoração e oração pessoal na Capela Frei Galvão.
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CELEBRAÇÃO PENITENCIAL “Bem-aventurados são todos aqueles que buscam trilhar um caminho com Jesus. Bemaventurados, são felizes, porque na liberdade de Filhos de Deus escolheram a melhor parte, a realização, o bem e o amor”. Com esta motivação o vigário paroquial e vice-mestre dos frades do Tempo da Teologia, Frei Gilberto da Silva, presidiu a Celebração Penitencial em preparação à Páscoa do Senhor, na quarta-feira (13/04), às 19h30, na Igreja do Sagrado. A celebração contou com a presença de paroquianos, frades, irmãs e fiéis.
CELEBRAÇÕES DE DOMINGO DE RAMOS A Semana Santa na Paróquia do Sagrado Coração de Jesus e em toda a Igreja começou no dia 10 de abril com as Celebrações do Domingo de Ramos. Às 10h, o Definidor Provincial, Frei Marcos Antonio de Andrade, presidiu a Santa Missa que contou com uma
Igreja lotada e com a presença do Coral das Meninas dos Canarinhos de Petrópolis, sob a regência do maestro Marcelo Vizzani, e dos catequizando dos Colégios Bom Jesus. Como de costume, a missa também foi transmitida pelas redes digitais da Paróquia e pela
Rádio Imperial. Já a celebração paroquial das 18 horas começou na Praça Oswaldo Cruz. O pároco, Frei Jorge Paulo Schiavini, deu início à celebração com a bênção dos ramos. Frei Augusto Luiz Gabriel
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D. Rubens acolhe a Fraternidade do Seminário Santo Antônio de Agudos
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a manhã do dia 03/04, a Fraternidade do Seminário Santo Antônio, em Agudos (SP) foi apresentada à comunidade local pelo bispo da Diocese de Bauru, Dom Rubens Sevilha, também religioso, da Ordem dos Carmelitas Descalços. Composta por dez religiosos, a Fraternidade se colocou, nesta celebração, à disposição do povo de Deus, da Diocese de Bauru e da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil. Na disposição de servidores e menores do Reino, a Fraternidade abraça a missão de evangelizar e comunicar o carisma de São Francisco de Assis no lugar onde se encontra. A casa se encheu para esse momento, estiveram presentes na Eucaristia a Família Franciscana do Brasil, que se encontrava em retiro de revigoramento nessa Fraternidade, a Ordem Franciscana Secular, que colaborou com a animação da celebração, os leigos que participaram do 5º Encontro dos Homens Católicos e aqueles que semanalmente frequentam as celebrações no Seminário. Frei Ademir Sanquetti, guardião
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da Fraternidade, ao fim da celebração agradeceu a presença de Dom Rubens Sevilha e reforçou que a intenção da celebração é dizer que a Fraternidade do Seminário não é uma ilha, não vive para si, mas está a serviço da comunidade local, da Diocese e da Província. A Fraternidade hoje é composta por Frei Ademir Sanquetti, guardião, Frei André Gurzynski, Frei Carlos Alberto Branco Araujo, Frei Dionísio Ricieri Morás, Frei Gilberto Silveira da Costa Junior, Frei João Antunes Filho, popularmente chamado Frei Rafa, Frei Ladí Antoniazzi, Frei Osmar Dalazen, Frei Sílvio Trindade Werlingue e Frei Valdevino Negherbon. No “Espelho da Perfeição”, sobre a vida de São Francisco, encontra-se um breve trecho em que o santo é
chamado a descrever o frade perfeito, eis a resposta: “Seria um bom frade menor o que reunisse em si a vida e os méritos destes santos frades: ‘A fé de Frei Bernardo, a pureza de Frei Ângelo, a distinção e o bom senso natural de Frei Masseo, o espírito elevado à contemplação que Frei Egídio teve em toda perfeição, a prece virtuosa e constante de Frei Rufino, a paciência de Frei Junípero, o vigor corporal e espiritual de Frei João das Laudes, a caridade de Frei Rogério e a inquietação de Frei Lúcio’, enfim, o frade perfeito é a fraternidade!” Que o Espírito Santo, Ministro Geral da Ordem dos Frades Menores, ilumine esta Fraternidade em sua missão! Frei Gilberto Silveira da Costa Junior
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Núncio Apostólico faz visita ao Convento da Penha
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Arquidiocese de Vitória do Espírito Santo recebeu a visita do Núncio Apostólico Dom Giambattista Diquattro. Ele chegou à capital capixaba na tarde do dia 27 de março e foi recebido na Catedral Metropolitana de Vitória pelos bispos da Província Eclesiástica e do recém-criado Regional Leste 3 da CNBB. Esta é a primeira visita do Núncio que está em missão no Brasil desde
7 de janeiro de 2021, tendo sido nomeado por Francisco em 29 de agosto de 2020. Nascido em Bolonha, Emília-Romanha, Itália, em 18 de março de 1954, Giambattista Diquattro é arcebispo, diplomata, teólogo e canonista. Foi ordenado sacerdote em 1981. É mestre em Direito Civil pela Universidade de Catânia, e doutor em Direito Canônico pela Pontifícia Universidade Lateranense de Roma, além de mestre em Teologia Dogmá-
tica pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma. O Núncio Apostólico tem dupla missão em um país. A primeira delas consiste em representar o Santo Padre, a Santa Sé, como o embaixador. A segunda dimensão é a missão pastoral, ou seja, ele está em comunhão com os bispos e o clero, tendo como responsabilidade, por exemplo, fazer indicações ao Papa Francisco para nomeações de bispos. “A finalidade é visitar os bispos, os sacerdotes, conhecer também os religiosos, religiosas, diáconos, leigos... É o primeiro encontro com as Dioceses daqui e espero também voltar no futuro. Essa é uma maneira de conhecer a fé no Brasil”, explicou Dom Giambattista. No dia 28 de março, o destino da comitiva episcopal foi o Convento da Penha. Ele foi recebido pelo guardião do Convento, Frei Djalmo Fuck. Conheceu as Salas dos Milagres e de Exposições; em seguida, contemplou a belíssima vista de um dos santuários marianos mais antigos do Brasil e, por fim, foi acolhido pelos demais frades franciscanos que residem na Penha. Ainda fez um lanche e teve a oportunidade de dialogar com a fraternidade, onde conheceu um pouco sobre a Festa da Penha. A visita foi encerrada no Campinho do Convento, onde agradeceu pela acolhida e deixou uma bênção do Papa aos fiéis capixabas. O Arcebispo Dom Dario falou da importância de receber o representante do Bispo de Roma: “É uma alegria muito grande para nós, especialmente para mim como Arcebispo da Arquidiocese de Vitória, receber o representante do Papa Francisco e principalmente agora neste momento em que nos preparamos para a Festa da nossa Padroeira, a Festa da Penha, então, ele vem aqui hoje nos abençoar para que possamos começar bem, tendo a bênção dele, a bênção do Papa Francisco”. Assessoria de Imprensa do Convento da Penha comunicações
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Live do Convento Santo Antônio traz jornalista que mostra traços contemporâneos do santo franciscano
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o ano sabático que viveria na Itália em 2018, o jornalista Edison Veiga decidiu escrever um livro sobre Santo Antônio que não ficasse somente na pesquisa, mas fosse resultado das suas andanças pelos lugares que o santo franciscano percorreu. Desse trabalho, nasceu “Santo Antônio – A história do intelectual português que se chamava Fernando, quase morreu na África, pregou por toda a Itália, ganhou fama de casamenteiro e se tornou o santo mais querido do Brasil”, publicado pela Editora Planeta. A nova obra sobre o santo fez o Vigário Provincial, Frei Gustavo Medella, fazer um convite ao jornalista para o segundo programa do Convento Santo Antônio do Rio de Janeiro, “Santo Antônio in LIVE”, transmitido pelo YouTube do Convento, sua página do Facebook e também pelo Facebook da Província Franciscana da Imaculada Conceição. Esse encontro teve a presença de Róger Brunorio, frade que reside no Convento e é curador provincial dos bens culturais. Frei Medella lembrou que no horário das 20 horas do Brasil, quando
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teve início o programa, na Eslovênia, onde reside Edison, era 1 hora da madrugada. Edison agradeceu pelo convite. “É sempre um prazer estar falando sobreo meu trabalho, minhas pesquisas e sobre esse santo que é tão querido que é Santo Antônio”, disse. Edison é natural da cidade de Taquarituba (SP), onde nasceu em 1984. Escritor e jornalista, trabalhou na revista Veja São Paulo e no jornal O Estado de S. Paulo. A partir de 2018, passou a colaborar com veículos como Deutsche Welle, BBC, Radio France Internationale, Vice, O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo, UOL,
entre outros. Além deste, já publicou sete livros. Atualmente mora em Bled, na Eslovênia. “Muita coisa esse trabalho me trouxe para a vida: a mensagem, a postura do próprio exemplo que foi Santo Antônio. Mas para o nosso tempo, com tantos problemas, algo muito forte como o tema da xenofobia, das fronteiras no mundo. Quantos problemas de refugiados que têm sair de seus lugares. Santo Antônio tem uma mensagem que não imaginava que fosse encontrar nele e não é a mais comum que a gente fala dele: o fato de que sempre foi estrangeiro ao longo da vida”, disse o jornalista.
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Jardim Peri Alto: 1ª Semana Santa com os frades
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epois de dois anos sem ter as celebrações presenciais da Semana Santa, a Paróquia Santa Cruz voltou com as grandes celebrações desta data importante para a Igreja. Foi uma semana intensa, pois desde o início do ano, os jovens se preparavam para uma encenação teatral da Paixão de Cristo, que foi apresentada na Igreja matriz, na Sexta-feira Santa à noite. No Domingo de Ramos foi celebrada uma única missa com procissão pelas ruas e com a presença de todas as comunidades (Sagrada Família, São João Batista, Nossa Senhora Consolata, Nossa Senhora Aparecida, São Judas Tadeu e Santo Antônio). A Igreja ficou completamente lotada e com fiéis do lado de fora. Sentimos, assim, o desejo forte do povo de uma volta aos momentos religiosos que, com a pandemia, deixaram de ser realizadas. Na noite de terça-feira, os padres do setor São José Operário, juntamente com os freis, atenderam muitas confissões em preparação para a festa da Páscoa. Na noite de Quinta-feira Santa aconteceu a cerimônia do lava-pés e a instituição da Eucaristia na Igreja Matriz e na Comunidade São João Batista, com grande presença dos fiéis. Na Sexta-feira Santa aconteceu a celebração da Paixão e Morte de Jesus. À noite, os jovens da Paróquia apresentaram a encenação da Paixão de Cristo, com os devidos cuidados em tempo de pandemia. Houve um bom público, embora reduzido por causa do pouco espaço da Matriz. No sábado santo, à noite, na Matriz e Comunidade São João Batista foi celebrada a Vigília pascal. Mais uma vez, os fiéis compareceram em grande número.
No Domingo Pascal aconteceu a Missa festiva na matriz e nas comunidades. As crianças receberam chocolates ao fim da missa, doados pelos nossos colaboradores. Nós, freis, ficamos muito felizes por essa primeira experiência participando com o povo do Jardim Peri Alto. Sentimos uma semana intensa de
oração, de espiritualidade, de devoção e de fraternidade com os fiéis. Que São Francisco, homem apaixonado pelo crucificado, continue sempre intercedendo por esse novo trabalho da nossa Província! Frei Carlos Lúcio, Frei João Lopes da Silva e Frei Marx Rodrigues comunicações
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ESPECIAL
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TEMPO DE
Festa da Penha 2022, de edição número 452, foi a festa do recomeço, do reencontro dos devotos e peregrinos ao Santuário de Nossa Senhora da Penha, Padroeira do povo capixaba. Com o tema “Saúde dos Enfermos, rogai por nós!”, a Festa quis refletir os tempos difíceis que vivemos nestes últimos dois anos de pandemia. No entanto, não ficamos focados na pandemia simplesmente, mas na esperança de dias melhores, no cultivo de novos ares, carregados de
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ESPECIAL FESTA DA PENHA
alegria, pois a Festa da Penha celebra a alegria de Maria ao contemplar o seu Filho ressuscitado. A Festa teve como novidade seu formato híbrido, ou seja, toda a programação com o Oitavário e as Romarias, acontecerem presencialmente e ainda foram transmitidas pelas redes sociais, tvs e rádios. A Festa ocorreu num clima de muita tranquilidade e serenidade, sem nenhum grande incidente. Mais de 3 milhões de pessoas participaram da Festa, numa edição considerada histórica, com superação do número de fiéis dos últimos anos.
RECOMEÇO Dias antes da Festa, ainda vivíamos a incerteza se a Festa seria presencial. Mas com a queda do número de mortes pela pandemia e o aumento da vacinação, a Festa pode acontecer cem por cento presencial. A notícia mais feliz que recebemos ao final da Festa, por meio do secretário de saúde do Estado do ES, foi que durante a Festa o Estado não registrou nenhuma morte por Covid. O que consideramos um sinal, uma bênção, um verdadeiro milagre. Agradecemos imensamente a Arquidiocese de Vitória, a Associação dos Amigos do Convento da
Penha, pela bela parceria na realização da Festa. Nosso agradecimento especial aos confrades da Província que estiveram conosco durante os festejos de nossa Padroeira. Não podemos esquecer nossos inúmeros voluntários, empenhados em dar o seu melhor. E que venha 2023, para que possamos repetir o mesmo empenho e recebermos sempre a proteção maternal da Virgem da Penha, a Senhora das Alegrias!
Frei Djalmo Fuck GUARDIÃO
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ESPECIAL FESTA DA PENHA
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OITAVÁRIO DA FESTA DA PENHA 1º DIA - PROVÍNCIA DA IMACULADA E ÁREA PASTORAL VILA VELHA
RESSURREIÇÃO É CURA! “Precisamos cultivar a abertura de coração e o olhar atento do bom Samaritano”, pede Frei Medella
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s fiéis e devotos de Nossa Senhora da Penha puderam, enfim, voltar ao Campinho do Convento da Penha no domingo de Páscoa, 17 de abril, para celebrar o início da 452ª edição da Festa da Virgem das Alegrias, Nossa Senhora da Penha. Além desta liberação presencial pelo Governo do Estado do Espírito Santo, os fiéis puderam participar da primeira Missa do Oitavário sem máscara.
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ESPECIAL FESTA DA PENHA
“A Mãe das Alegrias, certamente, alegra-se com as belas e sinceras homenagens que a Ela serão dirigidas nos próximos dias. Mais alegre e grata ainda ela ficará se cada demonstração que fizermos de carinho e devoção nos transformarem em pessoas melhores capazes de dar o seu melhor a fim de vivermos num mundo melhor”, pediu o Vigário Provincial, Frei Gustavo Medella, como presidente da Santa Missa de abertu-
ra da Festa da Penha, representando o Ministro Provincial Frei Paulo Roberto Pereira e todos os frades da Província Franciscana da Imaculada Conceição. Ele teve como concelebrantes sacerdotes da Área Pastoral de Vila Velha, entre eles os frades do Santuário do Divino Espírito Santo e do Convento da Penha, as duas Fraternidades na cidade de Vila Velha. A Festa também é a primeira sobre a liderança do guar-
dião Frei Djalmo Fuck. Entre as autoridades civis, o Governador do Estado, José Renato Casagrande, e o prefeito de Vila Velha, Arnaldinho Borgo. O povo que estava com saudades desta grande homenagem à Mãe da Penha, lotou o Campinho. Segundo o celebrante, a Festa da Penha 2022 está começando e, com certeza, já é uma edição histórica. O belo dia de sol garantiu um cenário belíssimo no alto do Morro para iniciar o Oitavário da Penha, como fez o devoto Frei Pedro Palácios há 452 anos, quando instituiu esta festividade em 1571, um pouco antes de falecer. O tema deste ano da Festa é “Saúde dos enfermos, rogai por nós”, trecho da Ladainha de Nossa Senhora que foi escolhido devido ao momento pandêmico. Nos dois anos anteriores, a Festa ocorreu com restrições. No primeiro ano da pandemia, quando se celebrava 450 anos das festividades, a decisão de cancelar todos os eventos presenciais ocorreu alguns dias antes. No ano passado, ainda com o agravamento da pandemia, as transmissões foram virtuais. Frei Medella abriu sua reflexão com a canção “Laços”, gravada por Nando Reis e Ana Vilela. “Escolhi-a para abrir esta breve reflexão por acreditar que ela sintetiza o espírito Pascal que tem nos conduzido até aqui, especialmente nos dois últimos anos
para cá. Com todas as circunstâncias duras e difíceis que temos vivido e experimentado, não temo em dizer que a Semana Santa de 2022 traz consigo um sabor profundamente pascal”, explicou o celebrante, que foi interrompido várias vezes com aplausos. Segundo ele, a possibilidade de celebramos juntos em nossas comunidades, a alegria do reencontro e da proximidade, o fato de podermos ver este Campinho do Convento da Penha novamente cheio de pessoas, mas também de fé e devoção à Mãe do Senhor, representam verdadeiro bálsamo, remédio que cura as feridas e amarguras do nosso coração. “Ressurreição é cura, é saúde! ‘Saúde para todos’, conforme propõe o tema de hoje do nosso Oitavário”, situou o frade. “A ressurreição de Cristo é sinal da garantia do amor incondicional que Deus nutre pela humanidade, sem distinção. Deus não criou ninguém para passar fome, morar na rua, ser agredido física ou psicologicamente ou sucumbir sem nenhuma espécie de cuidado diante das enfermidades. A saúde integral é, portanto, direito universal e imprescindível que pode ser fundamentado também pela fé em Jesus Cristo”, ressaltou o Vigário Provincial. “E justamente por isso não precisamos ter medo de declarar: o Sistema Único de Saúde do Brasil, em sua proposta e concepção, é profundamente
Pascal e Cristão, pois tem como meta levar saúde e cuidados para todos, sem nenhuma espécie de distinção”, disse, recebendo aplausos. “Se na prática ele nem sempre funciona como deveria, não devemos menosprezar o sistema, mas trabalhar para que suas operações sejam sempre mais aprimoradas e cheguem aonde devem chegar. A Igreja, que é mãe e deseja ver seus filhos com saúde, apela, a todas as esferas de governo, à sociedade, e também se compromete a fazer o que está a seu alcance para que tenhamos um sistema de saúde universal: público, gratuito e de qualidade”, avaliou Frei Medella. “Estamos felizes e somos gratos a Deus por todos os que se empenharam para que esta pandemia estivesse sob controle e também àqueles que se desdobraram para que os serviços essenciais fossem garantidos. O cuidado que devemos agora é o de não cairmos na tentação do comodismo, de imaginarmos que o controle da pandemia seja nosso ponto de chegada, de que hora de descansarmos em berço esplêndido. Ao contrário: o trabalho de reconstrução está apenas começando”, alertou o frade. Segundo Frei Medella, assim como o túmulo vazio foi apenas o início de uma história vitoriosa de esperança e amor, ao modo de Maria Madalena, Pedro e João, estamos ainda tentando compreender os acontecimentos
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tumultuosos que nos deixaram fragilizados e confusos. “Temos um caminho muito exigente diante de nós, com diversos obstáculos a serem vencidos, dentre eles a guerra, a violência, a fome, o desemprego, a exclusão, fora a avalanche de ódio e mentira que dia após dia invade as redes sociais. Sobre este fenômeno nos alerta o Papa Francisco na Carta Encíclica Fratelli Tutti: ‘Os movimentos digitais de ódio e destruição favorecem o efervescimento de formas insólitas de agressividade, com insultos, impropérios, difamação, afrontas verbais que chegam a destroçar a figura do outro, em um desregramento tal que, se existisse no contato pessoal, acabaríamos por nos destruir mutuamente. A agressividade social encontra um espaço de ampliação incomparável nos dispositivos móveis e nos computadores’, escreve o Santo Padre. Como discípulos e discípulas do Ressuscitado, tenho certeza de que este não é o caminho pelo qual desejamos seguir. Que nossos celulares e computadores e nossas redes eletrônicas sejam espaços de vida, de saúde, de ressurreição”, pediu o celebrante. “Se, como Cristo nos sentimos ressuscitados, amados e curados, mesmo com as dores e angústias que sofremos, nossa reação natural é a de nos sentirmos chamados a promover, entre nossos irmãos e irmãs, a ressurreição, o amor e a cura. Trabalho certa-
Prefeito de Vila Velha: Arnaldinho Borgo
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Governador do Espírito Santo: José Renato Casagrande
LAÇOS mente não vai nos faltar. O que precisamos é cultivar a abertura de coração e o olhar atento do bom Samaritano para enxergamos os que jazem caídos à beira do caminho, fazendo o que está a nosso alcance para reerguê-los, a fim de que sigam conosco esta bela caminhada em companhia de Jesus, o Vivente!”, exortou Frei Medella.
“Quem cuida com carinho de outra pessoa / Se importa com alguém que nem conheceria / Quem abre o coração e ama de verdade / Se doa simplesmente por humanidade / Se coloca no lugar do outro, sente empatia. Você que vai à luta e segue sempre em frente/ Enfrenta os desafios que o destino traz/ A vida é preciosa, todo mundo sente / Afeto e compaixão, a gente sempre entende. / Máximo respeito a você que faz / Laços de ternura e aliança / Hão de ser a diferença / O impossível pode acontecer / Só o amor é capaz de dar a vida / E encontrar uma saída pra esperança vir de novo a cada novo amanhecer”.
MOMENTO DEVOCIONAL O Oitavário é o momento de oração e meditação mais tradicional da Festa e foi aberto pelo guardião Frei Djalmo Fuck. Neste ano, a cada dia do Oitavário, os frades farão uma reflexão sobre o tema da saúde. O de deste dia foi “Saúde para todos”. Destaque sempre para a equipe de músicos e cantores, que animam a liturgia do Oitavário e da Missa com beleza e harmonia, sempre com a presença de Frei Paulo Ferreira, a voz da Penha. Na abertura, um momento sempre emocionante e belo é a chegada da imagem de Nossa Senhora da Penha ao altar do Campinho. Às 15h30, a imagem, vestida com seu manto azul e rosa, deixou a Capela
de São Francisco – onde Frei Pedro Palácios faleceu no dia 2 de maio de 1570 - e foi levada num andor até o altar central do Campinho, enquanto o povo cantava e dava “vivas”. É sempre um momento emocionante da Festa. Até o encerramento, esta imagem ficou no altar do Campinho, palco de todas as celebrações do Oitavário. À frente da imagem, seguiu o cortejo de anjinhos e os frades vieram em seguida. Esse momento é composto de cantos a Nossa Senhora; a história do frade franciscano que trouxe a devoção mariana, orações e bênção. No final, duas crianças ofereceram flores a Nossa Senhora, enquanto o povo cantou “Virgem da Penha”.
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2º DIA – ÁREA PASTORAL SERRANA
ALEGRAI-VOS! Pe. Daniel: “Apesar do período de medo, que possamos correr alegres para cantar os louvores da Mãe”.
O
bom público que veio ao Campinho do Convento da Penha na segunda-feira da Páscoa, 18 de abril, ouviu do Pe. Daniel Calil Mascalubo, da Paróquia São Sebastião do Alto Guandu, em Afonso Cláudio, uma mensagem de esperança e alegria. Ele presidiu a Celebração Eucarística deste segundo dia do Oitavário da Festa da Penha, tendo como concelebrantes os frades do Convento e os padres da Área Pastoral Serrana da Arquidiocese de Vitória (formada por 9 paróquias, localizadas nos municípios de Afonso Cláudio, Brejetuba, Domingos Martins, Marechal Floriano, Santa Leopoldina e Santa Maria de Jetibá). Uma boa parte do povo que esteve no Campinho do Morro da Penha também veio da Região Serrana, já que
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neste dia esta Área Pastoral ficou com a responsabilidade litúrgica da Festa. Pe. Daniel partiu do tema “Saúde dos enfermos, rogai por nós” e do Evangelho do dia (Mt 28,8-15), que narra o encontro das mulheres com o Ressuscitado, para fazer a sua reflexão. “Que sentimento interessante dessas mulheres que partiram ao sepulcro. Aparentemente duas coisas contraditórias. Estavam com muito medo, mas correram com alegria. E partindo, então apressadamente, alegres, elas se encontram com o autor da felicidade. A alegria é o próprio Jesus e Nosso Senhor aparecendo. No primeiro momento não diz: ‘Não tenham medo’, mas ‘Alegrai-vos’. A primeira ordem de Jesus é se alegrar. Apesar de tudo aquilo que passaram, se alegrem, porque Ele está no meio de
nós. E se alegrando nós não temos mais medo”, destacou o celebrante. Segundo ele, esse é o ímpeto que o Senhor coloca no nosso coração para a Festa da Penha: Alegrai-vos e não tenham medo! Eu sou a saúde dos enfermos! “Essa confiança no Senhor nós precisamos ter porque o tempo pascal, constantemente, nos projetará no coração uma alegria que vai para além deste mundo. O Senhor é saúde dos enfermos, mas não de uma doença somente deste mundo ou de um sofrimento para esta realidade. O Senhor é a saúde dos enfermos que nos afasta constantemente daquilo que é o pecado e a morte eterna. Portanto, o Senhor nos diz: ‘Alegrai-vos porque a salvação de vocês não está próxima!. Já aconteceu. Se deu na cruz e na ressurreição!’.
Não precisamos pedir ao Senhor que nos cure daquela doença que nos faz sair da visão dele para sempre, a doença do pecado e da morte. É contra isso que nós temos que nos alegrar porque o Senhor nos deu a condição de viver para sempre”, insistiu. “E nós precisamos, durante todo esse período de Festa da Penha, pedir a Nossa Senhora que nos interceda por nós, ela que é saúde dos enfermos, e possa curar no nosso coração aquilo que nos causa medo, que nos afasta do seu filho Jesus, que nos tira do seu caminho da graça eterna, para que Ele possa reinar no nosso coração e ser nossa eterna alegria. Porque a alegria do Senhor é a nossa força!”, exortou. “E nessa Festa da Penha nós queremos, com grande alegria, saudar a nossa Mãe, saúde dos enfermos, que ela cure do nosso coração tudo aquilo que
nos afaste de Jesus. E que nós, apesar de um período de medo, possamos correr alegres para cantar os seus louvores”, pediu. Um pouco da cultura da Região Serrana pôde ser vista no final da missa, quando um grupo de jovens mostrou
os costumes e tradições do povo europeu que está presentes nas montanhas do interior do Espírito Santo, seja nas danças italianas, pomeranas, alemãs, holandesas e polonesas que resistem ao tempo e são transmitidas de geração em geração.
MOMENTO DEVOCIONAL Neste segundo dia do Oitavário da Festa da Penha, o tema do dia foi “Saúde do Corpo”. A imagem de Nossa Senhora foi conduzida por quatro profissionais que atuam como nu-
tricionistas, educação física, fisioterapeutas, acompanhados pelos anjinhos, cantando o Hino da Festa da Penha. Frei Robson de Castro Guimarães, do Convento da Penha, conduziu a celebração e fez uma reflexão sobre o tema do dia, tendo como base o Evangelho de Lc 17,11-16, em que Jesus cura 10 leprosos e apenas um teve gratidão: “Gostaria de tirar dessa passagem do Evangelho, três mensagens para a nossa vida de intimidade com Deus. A primeira é que não nos basta so-
mente reconhecer a nossa miséria e ter consciência que somos pecadores necessitados do perdão e da misericórdia de Deus. Em segundo lugar, nós necessitamos estar prontos para obedecer ao que o Senhor Jesus nos propõe todos os dias. E, por terceiro e último, necessitamos ter diante de Deus no coração a gratidão”. Nesse segundo dia, fazendo memória do início da devoção mariana, lembrou-se que Frei Pedro chegou à Vila do Espírito Santo, hoje Vila Velha, e começou a procurar um abrigo. “Deparou-se com uma pequena gruta, formada por uma pedra. Ali entrou e colocou o painel da Virgem das Alegrias. A fisioterapeuta Nádia Monteiro de Assis Sá cantou belamente “Primeira Cristã” perto da imagem de Nossa Senhora da Penha.
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3º DIA – ÁREEA PASTORAL CARIACICA/VIANA
NÃO AOS SINAIS DE MORTE! Pe. Vitor: “O Cristo não é um Cristo com arma na mão mas bacia e toalha”
N
a terça-feira, 19 de abril, no terceiro dia do Oitavário da 452ª edição da Festa da Virgem das Alegrias, o Campinho voltou a ficar lotado. A Missa foi presidida pelo Pe. Rodrigo Costa Silva, C.Ss.R., da Paróquia Sagrada Família, em Cariacica (ES). Os presbíteros, diáconos e seminaristas da Área Pastoral Cariacica/Viana (formada por 18 paróquias nesses municípios) concelebraram, juntamente com Vigário Provincial, Frei Gustavo Medella, o guardião Frei Djalmo Fuck, os frades do Convento da Penha e do Santuário Divino Espírito Santo e os frades que chegaram de São Paulo, Frei Jeâ Paulo Andrade e Frei Gabriel Dellandrea, do Serviço de Animação Vocacional (SAV). Mais um belo dia de sol garantiu um cenário propício para subir o Morro e festejar a Mãe das Alegrias.
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ESPECIAL FESTA DA PENHA
Uma boa parte do povo que esteve no Campinho do Morro da Penha também veio dos municípios de Cariacica e Viana, já que neste dia esta Área Pastoral ficou com a responsabilidade litúrgica da Festa. O pregador escolhido para este terceiro dia do Oitavário foi o Pe. Vitor César Zille Noronha, do Santuário Bom Pastor de Cariacica. Segundo ele, a liturgia nos ensina que é fundamental a experiência pessoal com Jesus Ressuscitado. “Nos ensina que nosso Deus não está morto, que nosso Deus está vivo, está no meio de nós”, disse. Segundo Pe. Vitor, foi preciso fazer uma experiência pessoal com o Cristo Jesus, que aparece sob a forma de um jardineiro. “E para nós isso tem um significado fundamental, ao menos dois: um teológico e outro
espiritual. No significado teológico, o Evangelho de João resgata a ideia do Gênesis, da criação, no qual Deus fez o Jardim do Éden e colocou o homem e a mulher para viver a justiça e a verdade”, disse, lembrando que o Papa Francisco nos ensina a sermos cuidadores da Casa Comum. Para o celebrante, entrou no mundo o pecado, a violência e a desigualdade, e essa realidade esteve desordenada. Por isso, o evangelista João coloca o túmulo de Jesus no jardim, mostrando que ele reconstitui o paraíso original e que Cristo Jesus é o novo Adão, o novo início da humanidade. No significado espiritual, João faz questão de ressaltar que as aparições de Jesus sempre são com pessoas e o termo que ele usa é confundido. “Confundiu-se com pessoas pobres. Vejam só.
Ali era um jardineiro, mais à frente nos discípulos de Emaús será um peregrino, um viajante, um retirante. Um pouquinho depois será um fantasma. Mais ainda para frente será um mendigo que tem fome e pede, na margem do rio Tiberíades, de comer. Vejam só. Nessas pessoas, o Ressuscitado vai aparecendo, repara que confundido com eles, conjunto e misturado”, explicou. Segundo ele, Cristo Jesus ressuscitou, já venceu o pecado e a morte e deve voltar para a Casa do Pai, mas ele permanece confundido com os pobres, com os oprimidos deste mundo. “Por isso, meus irmãos e minhas irmãs, se queremos encontrar o Cristo Ressuscitado, devemos, ouvindo aquele o clamor do Papa Francisco, ser uma Igreja em saída nas Galileias deste mundo. Devemos estar, sim, com as pessoas em situação de rua, com os encarcerados, com as pessoas LGBTs, com os negros, todos aqueles que sofrem opressão, discriminação, ali a Igreja deve estar e isso tem um fundamento espiritual. Espiritual não é aquele que fica muito alienado e fora das coisas deste mundo, não. O espiritual, tal como diz Jesus, é aquele que se faz carne na carne dos últimos. É esta a espiritualidade de Jesus, que ele ensinou. Porque aquilo que não é assumido não é revivido, como ensi-
Pe. Vitor César Zille Noronha
Pe. Rodrigo Costa Silva, C.Ss.R
naram os Padres da Igreja”, observou. Pe. Vitor lamentou tantos sinais de morte hoje. “Recentemente pudemos observar, não sei se vocês acompanharam, uma coisa triste. O Governo Federal vetou, e temos aí a Campanha da Fraternidade sobre educação, a distribuição de absorventes para as meninas pobres. Professores e professoras que estejam aqui presente não vão me deixar falar sozinho. Como que isso leva meninas faltarem às aulas, terem déficit de aprendizado. Para isso, não tem dinheiro. E em meio a Campanha da Fraternidade, tantos católicos que se calam, fecham os olhos. Não, temos que ser profetas. Enquanto isso, tem dinheiro para viagra, para prótese peniana e lubrificantes para as Forças Armadas (aplausos). Sinais de morte. Uma grande sacanagem, podemos dizer assim. Vejam só que coisa triste. Sinais de morte”, enfatizou. “Cristo Jesus é aquele que não
pode ser retido. Seu Espírito vivificador permanece vivo no meio de nós. Ele ascendeu ao Pai, e pela primeira vez no Evangelho de João, ele nos chama de irmãos. Mas lembremos sempre que em Cristo Jesus aqueles que assassinaram, que mataram Deus, fez Senhor e Cristo. O Cristo não é um Cristo com arma na mão. O Cristo é um Cristo com toalha e bacia nas mãos. O Cristo não está por cima, dominando e explorando como os poderosos deste mundo. O Cristo está por baixo lavando os pés. Os poderosos deste mundo, como Pôncio Pilatos lavam as mãos. Jesus Cristo está a serviço lavando os pés. Este é Cristo Jesus. Por isso, irmãos e irmãs, ele não disse ‘Armai-vos uns aos outros’, não. Desde Pio XII, a Doutrina da Igreja é pelo desarmamento. O nosso Cristo disse: “Amai-vos uns aos outros” e assim é ser sinal da Ressurreição. Sejamos sinais do Ressuscitado!
MOMENTO DEVOCIONAL O Oitavário, o momento devocional da Festa da Penha, começou às 15h30, quando o vigário paroquial do Santuário Divino Espírito Santo, José Clemente Müller, convidou o povo a conhecer um pouco o devoto da Virgem da Penha, Frei Pedro Palácios, e também abordou o tema do dia: Saúde emocional. A imagem de Nossa Senhora da Penha foi carregada por quatro profissionais que atuam como psicólogos, médicos e enfermeiros, entre eles Osmar Sales, o criador do Terço entre as palmeiras. Na procissão de entrada, crianças vestidas de anjinhos abriram
o cortejo com o hino da Festa da Penha. Na sua reflexão sobre o tema do dia. Frei Clemente disse que a Mãe de Deus olha especialmente a cada um de nós. “Irmãos e irmãs, subimos esta montanha ou pelo amor ou pela dor. Mas tanto pela dor ou pelo amor, nós vamos ao louvor a Deus através de sua Mãe Santíssima. Que ela abençoe a cada romeiro, a cada peregrino que aqui veio, abençoe nosso bairro e nossa família”, pediu o frade. Frei Paulo César Ferreira terminou este momento cantando a música de Pe. Zezinho“Maria de Minha Infância”.
4º DIA – ÁREA PASTORAL BENEVENTE
CRISTO CAMINHA CONOSCO! “Em quem estamos depositando a nossa fé?”, pergunta Pe. Rafael
O
quarto dia do Oitavário (20/4) da Festa da Penha reuniu no Campinho do Morro da Penha, os sacerdotes, movimentos, pastorais e o povo da Área Pastoral Benevente (formada pelas cidades Anchieta, Alfredo Chaves e Guarapari) para homenagear Nossa Senhora das Alegrias. A Missa foi presidida pelo Pe. Alexandre Ferreira dos Santos, da Paróquia São José, de Guarapari. Além dos celebrantes desta Área Pastoral, concelebraram, juntamente com Vigário Provincial, Frei Gustavo Medella, o guardião Frei Djalmo Fuck e os frades da Província da Imaculada Conceição. O Evangelho de Emaús serviu de inspiração para o Pe. Rafael Martins
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do Nascimento, da Paróquia São Pedro, Muquiçaba, em Guarapari, fazer a homilia. Segundo ele, é bonita a fé
Pe. Rafael Martins do Nascimento
do povo na Virgem Maria, aquela que traz o nosso Salvador. Aquela que veio ao nosso encontro trazendo a esperança. “Que saudade de estarmos reunidos! Dois anos de pandemia, dois anos de desespero, dois anos de angústia, dois anos de tristeza e nós estamos aqui, neste ano, manifestando a nossa fé no Deus Salvador”, disse. “E a liturgia (discípulos de Emaús) mostra exatamente isso. Em quem nós estamos depositando a nossa fé, em quem nós estamos de fato escutando, a quem nós de fato estamos olhando? ramos fazer o bem. Mas quando fazemos o mal não acontece nada”, observou. Para ele, é Cristo que nos chama, que caminha conosco. “Olhe o que
nós vivemos nestes dois anos, quantas pessoas perderam a vida. Quantos conhecidos, quantas parentes você perdeu. Você mesmo pode ter ficado entre a vida e a morte e hoje está aqui para agradecer a Deus, louvar a Deus, para agradecer a Nossa Senhora por sua intercessão. Mas eu espero que você não fique somente
nesse agradecimento, espero que você permaneça firme naquilo que Deus está te dando. Porque se você não vai pelo amor, vai pela dor. Mas vai ser aquele que mesmo pela dor vai abandonando, vai dando as costas para Jesus”, alertou. “Eu não sei quais são suas dores, não sei os anseios que o trouxeram
neste Campinho, não sei quais graças vocês estão pedindo à Virgem da Penha, mas Jesus conhece, Jesus sabe. Por isso, você precisa clamar pelo nome de Jesus. Precisa clamar com fé e confiança. Sem a presença de Jesus a sua vida não tem sentido. A sua vida é em vão. Muitas pessoas vão se perdendo porque buscam na Igreja o batismo, a porta da salvação, mas depois dão as costas a Jesus achando que está tudo certo, que está correto. Não está”, disse, fazendo uma oração à Virgem da Penha, que sem ela não vem a nós o Salvador. No final da Celebração Eucarística, uma homenagem do Santuário de Pe. José de Anchieta, que trouxe uma relíquia do santo brasileiro para a bênção final.
MOMENTO DEVOCIONAL O Momento Devocional Franciscano e Mariano do Oitavário começou às 15h30, quando Frei Alessandro Dias do Nascimento, do Convento da Penha, convidou o povo a conhecer um pouco o devoto da Virgem da Penha, Frei Pedro Palácios, e como ele procurava evangelizar a todos sem distinção, fossem eles colonos, fossem eles nativos. Frei Alessandro teve como tema do dia “Saúde da Fé” e tomou o trecho do Evangelho de Lucas 7,1-10, que relata a cura do criado do centurião. Jesus fica admirado com a fé do centurião, que é estrangeiro: ‘Eu vos digo que nem mesmo em Israel encontrei uma fé como esta!’ “A gente sabe que não basta estar se sentindo fisicamente bem. Nós temos a dimensão espiritual, a dimensão social, e essa dimensão da fé é necessária. Às vezes, se a fé não é vivida de forma madura, pode nos
adoecer”, disse Frei Alessandro. “O sentido aqui é termos a naturalidade da fé. Infelizmente, às vezes, criamos muros, excluímos as pessoas”, lamentou.
Com o canto “Magnificat”, voluntários ofertaram a Nossa Senhora terço, novena da Festa, folhinha do Sagrado, encerrando este momento devocional.
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5º DIA – ÁREA PASTORAL SERRA/FUNDÃO
NÃO DEIXAR A RELAÇÃO COM DEUS DE LADO! Vivemos num mundo de relações, mas a relação com Deus muitas vezes é deixada de lado”, alerta Pe. André
C
omo era de se esperar, o Campinho do Convento da Penha lotou no feriado de Tiradentes, 21 de abril, durante a Celebração Eucarística, às 16 horas, do quinto dia do Oitavário da Festa da Penha. Além do povo fiel de Vila Velha, o dia foi da Área Pastoral Serra/Fundão da Arquidiocese de Vitória coordenar a liturgia. Um dos municípios que mais cresceu na Grande Vitória, Serra tem hoje mais de 500 mil habitantes, muitos problemas e um povo muito religioso. Sacerdotes e fiéis romeiros foram acolhidos na casa da Mãe pelos frades do
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Pe. André de Paiva Oliveira,
Convento e da Província Franciscana da Imaculada. Pe. Tárcio Siqueira Rosa, da Paróquia Bom Pastor de Serra, foi presidente da Celebração e o Pe. André de Paiva Oliveira, da Paróquia Epifania do Senhor aos Reis Magos da Serra, foi o pregador. Pe. André destacou a celebração presencial da Festa da Penha neste ano de 2022 e o tema geral que, segundo ele, é muito propício, haja vista que estamos passando a pandemia: “Saúde dos enfermos, rogai por nós” e, nesta tarde, o subtema: “A saúde das relações”. Nesta Missa, rezou-se pelas víti-
Pe. Tárcio Siqueira Rosa
mas do desabamento de um prédio de três andares em Cristóvão Colombo, em Vila Velha, na Grande Vitória, na manhã deste dia. “Mas temos muito que olhar e contemplar no horizonte desta Festa que não começou ontem. Já são mais de 400 anos e não acaba amanhã porque é de Deus e perdurará na história do nosso povo”, ressaltou. “Mas uma Festa que nos desafia a uma reflexão a cerca daquela que é nossa relação com Deus. Vivemos num mundo muito marcado por relações,
é verdade, mas a primeira de todas, a nossa relação com Deus, muitas vezes é deixada de lado, ocultada, ofuscada, por causa da nossa relação intrapessoal. A relação conosco, porque muitas vezes somos muito duros, muito rígidos, somos carrascos de nós mesmos, por isso adoecemos”, observou. “ E, de repente, porque queríamos trazer a cura, Deus nos deu a Virgem Maria. Ela é aquela escolhida por Deus, no meio dos mais pobres, podemos até exagerar na palavra e dizer no meio dos insignificantes, Deus recorre a Maria e nela prefigura toda a nova humanidade. Ela vai ser o auxílio para todos os cristãos diante da dor, da doença e do
medo, diante da recusa daquilo que é a vontade do pai. Quantas vezes, amados irmãos e irmãs, não fomos nós também aqueles que preferimos enveredar pelo caminho da doença. Quantas vezes não fomos nós que fizemos crescer a fila daqueles que se orgulham das doenças que carregam”, questionou. Segundo Pe. André, Maria é a saúde dos enfermos para aqueles enfermos que buscam em seu filho bendito a cura, a salvação: “Buscar a verdadeira saúde do corpo e da alma passa diretamente por essa contemplação da Virgem Maria, porque ela é aquela que nos aponta para o seu filho que nos traz a paz”.
MOMENTO DEVOCIONAL Frei Adriano Dias Nascimento, do Santuário do Divino Espírito Santo, presidiu o Momento Devocional que aconteceu antes da Celebração Eucarística, às 15h30. O tema do dia foi “Saúde nas Relações” e Frei Adriano
fez sua reflexão com base no versículo de Jo 3,14: “Nós sabemos que passamos da morte para a vida, porque amamos aos irmãos. Quem não ama permanece na morte”. Segundo o frade, o ser humano
criado por Deus é chamado para a vida. “Mas também chamado para a comunhão. Seu grande desejo é viver em paz uns com os outros. Viver em paz com Deus. Encontrar essa paz entre nós. Mas essa paz é alcançada quando nós conseguimos colocar a nossa vida a serviço do bem, da família, da sociedade, da Igreja”, disse o frade, destacando a família nas relações humanas. Recordando Frei Palácios, foi escolhido para o dia o momento em que o frade perdeu o quadro da Virgem das Alegrias e o achou entre as palmeiras. No final, a adolescente Heliana cantou “Ave Maria dos seus andores” em homenagem a Nossa Senhora.
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6º DIA – ÁREA PASTORAL DE VITÓRIA
UM GRITO PELA CASA COMUM No sexto dia do Oitavário, um clamor pelo cuidado do nosso Planeta
T
endo como inspiração São Francisco de Assis, a Virgem da Penha e o Papa Francisco, o sexto dia do Oitavário da 452ª Festa da Penha, no dia 22/4, uniu numa só voz as reflexões em torno do tema do dia “Saúde do Planeta”. A começar pelo Frei Mário Aparecido, agostiniano, que fez a homilia da Santa Missa, e Frei Jeâ Paulo Anddrade, que fez a reflexão do Momento Devocional. A Área Pastoral da Capital capixaba se responsabilizou pela liturgia da Celebração Eucarística, que foi presidida pelo pároco Pe. Robson Lemos, da Paróquia Nossa Senhora das Graças.
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ESPECIAL FESTA DA PENHA
Os frades do Convento da Penha e da Província da Imaculada acolheram os sacerdotes e religiosos desta região pastoral e o povo que lotou o Campinho, num dia de calor e sol forte. Frei Mário lembrou que desde 1986, a Campanha da Fraternidade vem trazendo um apelo para que cuidemos do Planeta Terra, com o lema ‘Terra de Deus e terra de irmãos’. A partir de então, o cuidado com a terra foi tema de várias Campanhas da Fraternidade: ‘Por uma terra sem males’ (2002), ‘A água fonte da vida’ (2004), ‘A Fraternidade e a Amazônia’ (2007), ‘Fraternidade e vida do planeta’ (2011);
‘A casa Comum nossa responsabilidade’ (2016), e ‘Biomas brasileiros e defesa da vida (2017). “Em 2015, o Papa Francisco chamou a atenção do mundo inteiro com a encíclica Laudato Si’, sobre o cuidado da Terra como nossa Casa Comum. Assim começa o Papa: ‘Louvado sejas, meu Senhor, cantava São Francisco de Assis. Nesse gracioso cântico, recordava-nos que nossa casa comum ora se pode comparar a uma irmã, que partilhamos a existência, ora a uma boa mãe, que nos acolhe nos seus braços’. Mas já em seu início, o Papa denuncia os males que causamos à Terra dizen-
do: ‘Esta irmã clama contra o mal que provocamos por causa do uso irresponsável e do abuso dos bens que Deus nela colocou. Crescemos pensando que éramos seus proprietários e dominadores, autorizados a saqueá-la. A violência está no coração humano, ferido pelo pecado, vislumbra-se nos sintomas de doença que notamos no solo, na água e nos seres vivos. Por isso, entre os pobres mais abandonados e maltratados da nossa Terra, oprimida e devastada, que geme e sofre as dores do parto, esquecemos que nós mesmos somos terra’”, citou. O nosso corpo é constituído pelos elementos do Planeta, disse o Papa. O seu ar permite nos respirar, e a sua água vivifica-nos e restaura-nos. “Portanto, queridos irmãos e irmãs, o cuidado com o Planeta Terra é de nossa responsabilidade. Todo mal que fazemos contra a obra da criação, constitui um pecado. Peçamos, nesta tarde, a intercessão de Maria, Saúde dos Enfermos, para que sejamos curados desse pecado e aprendamos a cuidar do Planta Terra, nossa casa, e como Maria, em tudo fazer a vontade de Deus”.
ROMARIA DOS MILITARES
O Momento Devocional Franciscano, que antecede a Santa Missa, marcou o testemunho e a homenagem dos Militares a Nossa Senhora da Penha. Às 15h00, a procissão, reunindo cerca de 100 militares, subiu a ladeira do Convento da Penha e chegou ao Campinho. A imagem de Nossa Senhora foi trazida num andor por um representante do Exército, da Marinha, da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros. O guardião do Convento, Frei Djalmo Fuck, fez a acolhida e pediu que rezassem pelos “responsáveis por nossa segurança”. Pe. Adelson Soares da Silva, que é Capelão da Marinha, fez uma oferta a Nossa Senhora da Penha da Escola de Aprendizes de Marinheiros. Foram ofertados dois símbolos da Marinha: um quepe e um apito marinheiro.
MOMENTO DEVOCIONAL Frei Jeâ Paulo Andrade, do Serviço de Animação Vocacional da Província, fez a reflexão sobre o tema do dia da Festa da Penha: ‘Saúde do Planeta’. Teve como base o texto do Gênesis (2,15): “Javé Deus colocou o homem no Jardim do Éden, para que o cultivasse e o guardasse”. Segundo o frade, a gente pode pensar em lugares onde encontramos descanso, onde nos refugiamos quando estamos cansados, tristes e estressados. “E no meio dessa mata, aqui no alto dessa montanha, Frei Pedro Palácios construiu essa casa de oração. Um lugar para nos aproximarmos de Deus. É um lugar de paz, porque é um lugar bem cuidado”, acrescentou o frade. Ele, então, pediu para olharem para imagem de Nossa Senhora da Penha e observassem que ela está carregando o Menino Jesus e ele carrega em suas mãos um globo. “Este símbolo representando nossa casa, nos diz que Jesus é quem sustenta o mundo e quem o mantém. A cruz sobre esse globo terrestre nos fala que foi através dela que Jesus salvou a humanidade. Quando pensamos no cuidado da
nossa casa, da nossa terra, precisamos conceber a cada um de nós como jardineiro, cuidador dessa grande obra. Quando nós cuidamos, limpamos, fazemos tudo para que nossa casa fique apresentável. Esse globo que Jesus carrega é a casa de todos nós. Precisa ser cuidada, precisa acolhida”. “Queremos, cada dia mais, servir em nosso coração o desejo de cuidar, de amar a todas as criaturas. Porque é cuidando do nosso Planeta que estaremos também saudáveis. Nós, muitas vezes, podemos nos comportar como esse vírus que quer destruir a nossa casa, mas precisamos saber que quando nós mesmos cuidamos, estamos sendo antídotos para esse vírus. Que Maria nos ajude a preservar a nossa Casa Comum!”, concluiu. No final, os profissionais que defendem o Meio Ambiente ofertaram mudas de plantas, dois bombeiros ofertaram seus capacetes, usados em combate de incêndio, crianças se enfeitaram de sol, lua, flores, bichos e se juntaram aos profissionais perto da imagem, enquanto se cantou o “Cântico das Criaturas”.
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7º DIA – ROMARIA DE CACHOEIRO
TER COMPAIXÃO Dom Luiz: “Queremos confirmar nossa esperança em tempos novos”
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omo já é uma tradição na Festa da Penha, o sétimo dia do Oitavário é tomado pelos romeiros da Diocese de Cachoeiro de Itapemirim, que lotam o Campinho. Um total de 30 ônibus, 15 vans e 2 micro-ônibus trouxeram 2 mil fiéis para homenagear a Mãe de Deus, a Virgem das Alegrias, depois de dois anos de pandemia. O bispo de Cachoeiro, Dom Luiz Fernando Lisboa, presidiu a Celebração Eucarística: “Estamos aqui para, com muita fé, celebrar a Eucaristia e queremos fazê-la por que somos peregrinos, somos povo de Deus que
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caminha como a Mãe Maria. Ela que nos ensina que temos que fazer tudo que Jesus nos disser, e nós queremos obedecer, queremos seguir o seu filho Jesus. Ela sempre nos encaminha para ele”, disse. Dom Luiz destacou o momento difícil nestes últimos anos da pandemia: “Queremos confirmar nossa esperança em tempos novos e pedir ao Senhor ressuscitado pela intercessão da Virgem da Penha para que alcance as milhares de famílias em nosso Estado do Espírito Santo e no país inteiro que perderam seus entes queridos por causa da pandemia, suplicando a
graça divina sobre todos que se dedicam à assistência aos doentes nos hospitais e em suas casas. De modo especial, queremos agradecer a todos os trabalhadores e trabalhadoras da área da saúde”, ressaltou. Dom Luiz lembrou que esta edição 452ª da Festa da Penha tem como tema “Saúde dos enfermos, rogai por nós”. Segundo ele, ao longo de todo o seu ministério, Jesus encontra enfermos em seu caminho. Jesus não vê a doença como a crença que a ligava mecanicamente com o pecado, próprio ou dos pais. Ou o doente cometeu um pecado ou os
pais o cometeram. Era essa a mentalidade. Diante da doença, Jesus sente compaixão e essa compaixão o move à ação. Compaixão e ação. Quem sente pena, sente dó, não faz nada, passa adiante. Jesus nos ensina a ter compaixão e quem tem compaixão faz alguma coisa e leva a ação”, ensinou o bispo. O bispo de Cachoeiro enfatizou que, além das enfermidades físicas, o mundo de hoje tem adoecido diante da guerra e dos riscos do enfraquecimento da democracia e citou outra fala do pontífice, na audiência geral do último dia 23 de março: “Com a guerra tudo se perde, tudo, não há vitórias em uma guerra. Todo mundo é derrotado”, disse. “Mais do que nunca é tempo para ter coragem, para pedir a Deus coragem. E que nossas mãos sejam sempre operosas e disponíveis para assistir os que mais precisam. Nossa Senhora Saúde dos enfermos, rogai por nós”, concluiu. Ao fim da Santa Missa a Diocese de Cachoeiro prestou uma homenagem à Nossa Senhora da Penha. Duas crianças subiram ao altar levando em suas mãos um coração – representando o coração da Virgem e mãe que acolhe as preces de todos que rogam pela saúde, pela educação e pela Paz.
MOMENTO DEVOCIONAL No 7º dia do Oitavário da Festa da Penha, o tema refletido por Frei Gabriel Dellandrea foi “Maria, caminho de saúde e salvação”. Na homenagem a Maria, usou-se um dos símbolos da nossa devoção mariana, com mulheres, jovens e um adolescente passando o terço de mãos em mãos no altar. Uma mulher entrou cantando a música “O Terço” de Roberto Carlos e todos se voltaram para a imagem de Nossa Senhora da Penha. Frei Gabriel fez a reflexão com base em Jo 19,25-27. “Hoje, o tema é ‘Maria, caminho de saúde e salvação’. E quando falamos em salvação quase todo mundo tem na mão um aparelho de celular. Quantas e quantas vezes tivemos o mesmo problema: não conseguimos salvar uma imagem porque o celular estava cheio. Aquela foto bonita que queríamos tirar no Morro da Penha não sobrou espaço. Para salvarmos
algo de importante, às vezes, precisamos perceber se a memória não está cheia. E o que a gente faz quando a memória está cheia? A gente deleta o que não precisava e fica com o essencial. O número mais importante do whatsapp a gente não exclui, assim como a foto mais mais bonita. Assim o
caminho de salvação quer nos ensinar que para sermos salvos nós também precisamos salvar na nossa memória apenas aquilo que é bom. Aquilo que de fato nos dignifica, nos torna melhores, para oferecermos a Deus o que podemos oferecer de melhor em nossas vidas”, disse Frei Gabriel.
ROMARIA DE SÃO MATEUS VEM DO NORTE CAPIXABA Na madrugada do dia 23 de abril, a alegria da Ressurreição tomou conta de um povo devoto e religioso do Norte do Espírito Santo. O município de São Mateus lotou cerca de 40 ônibus e, com a condução do seu pastor, o bispo Dom Paulo Bosi Dal’Bó, chegaram logo cedo a Vila Velha para prestar a homenagem a Nossa Senhora da Penha. Outro grande número de romeiros veio em seus carros. Todos foram acolhidos pelo guardião Frei Djalmo Fuck em nome do Convento da Penha e dos franciscanos da Província da Imaculada Conceição. Muitos romeiros ficaram acordados porque alguns ônibus deixaram São Mateus a 1 ou 2 horas da madrugada. O bispo representa 710 comunidades e 20 paróquias, divididas em quatro fora-
nias: Capixaba, Praiana, Mineira e Baiana. Segundo o bispo, uma das maiores festas de devoção popular está de volta depois de dois anos em que ficamos um pouco travados, sem a experiência desse encontro que diversos romeiros vêm dos mais diversos lugares além do nosso Estado do Espírito Santo. “Voltar aqui hoje é de fato agradecer a Deus. Deus seja louvado por esse retorno”, disse. “Nós viemos aos pés da Virgem Mãe para agradecer e buscar forças para a Igreja depois desse tempo de pandemia. Que ela volte mais reforçada ainda, mais fervorosa na fé, mais comprometida com a vida. Hoje somos convidados à luz de Cristo buscar essa força”, emendou o bispo.
ROMARIA DOS ADOLESCENTES E JOVENS
A ALEGRIA VOLTA AO CAMPINHO DA PENHA Com apenas cinco anos de existência, a Romaria dos Jovens e Adolescentes vem crescendo a cada ano. Grupos de Perseverança e Adolescentes da maioria das paróquias de Vitória e Vila Velha estiveram presentes, como se pôde ver durante a concentração na Prainha do sábado (23/4). Para fugir do sol forte, as sombras das árvores acolheram os adolescentes, que, portando bandeiras, camisetas e outros adereços, fizeram muito barulho para homenagear Nossa Senhora. Às 10 horas, os grupos se uniram e subiram o Morro da Penha para a Celebração Eucarística, às 11h00, no Campinho. Pe. Ruan Coutinho da Cruz, Vigário
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ESPECIAL FESTA DA PENHA
Paroquial da Paróquia São Pedro, em Muquiçaba, Guarapari, foi o presidente. Em sua homilia, ele questionou os jovens: “É impossível ser santo se não tivermos alegria no coração”, disse. “Não existe um santo na história da Igreja que não experimentou a alegria do coração. E aí nós precisamos fazer uma diferenciação importante aqui. Que alegria que nós estamos falando?”, perguntou. “Vou falar de duas formas, vocês vão ver qual é a mais adequada: Nós temos a alegria frisante. Quando você
abre aquele refrigerante e depois vem aquela espuma. Só que depois que começa passar o tempo, quem aguenta tomar refrigerante quente? Eu te apresento um copo d’água geladinho. Deixa o tempo passar, não faz barulho, ele está ali. E você pode beber depois. Essas as diferanças das duas alegrias: uma é barulhenta, faz espuma, mas daqui a pouco acaba. A outra é silenciosa como a água e vai nutrindo. Jesus disse ques quem tem sede vem a mim e beba. E essa água, que é o próprio Jesus, sacia a sede da nossa alma”, ensinou.]
ROMARIA DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA CHEGA À 15ª EDIÇÃO A Festa da Penha, como espaço de manifestação da fé e da devoção do povo capixaba, acolheu mais uma vez a Romaria das Pessoas com Deficiência. Realizado desde o ano de 2006, o ato reúne diversas instituições de atenção e apoio aos deficientes e seus familiares da capital Vitória, de Vila Velha e de outras cidades do Estado. Depois de dois anos de edições virtuais, a Romaria pôde ser realizada pela 15ª vez, resgatando a sua relevância para a garantia de direitos e sendo um grito contra preconceitos. A concentração, no sábado, 23 de abril, ocorreu na Praça Duque de Caxias, no Centro de Vila Velha, de onde os participantes percorreram a distância de 01 quilômetro, até chegar em frente à Igreja do Rosário, onde foram acolhidos por Frei Gustavo Medella e pela equipe de voluntários da Romaria. Chegando ao destino, os romeiros fizeram saudações a Nossa Senhora da Penha e, em seguida, começou a Missa de encerramento, presidida pelo Padre Carlos Pinto, da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, em Alfredo Chaves. Antes da homilia, foi lido uma Carta da 15ª Romaria das Pessoas com Deficiência da Festa da Penha. Segundo a carta, mais de 24% da população, ou seja, 46 milhões de brasileiros e brasileiras, e cerca de 900 mil capixabas têm algum tipo de deficiência - intelectual, visual, física, auditiva ou múltipla. “Superamos em parte a exclusão e o esquecimento e conquistamos o direito de participação e de cidadania (Lei Brasileira da Inclusão, 13.146 de julho de 2015). Entretanto, para assegurar o exercício pleno de nossa cidadania, precisamos de políticas públicas eficadez, ações e atitudes que garantam o pleno exercício de nossos direitos”, aponta o documento. “Negar a igualdade de oportunidades é promover a exclusão. Nossa sociedade não avançará na busca de
justiça social se fechar os olhos para essa realidade”, denuncia a carta do Fórum de Entidades das Pessoas com Deficiência do Estado do Espírito Santo, lembrando que a realidade pandêmica nos últimos anos privou-os de avançar em novas conquistas e revelou demandas gritantes. A carta lista uma série de reivindicações e faz uma denúncia: “Registramos nossa indignação diante das ameaças de perda de direitos que vem nos assombrando, com a proposta de reforma da Previdência e o fechamaneo de órgãos colegiados, inclusive o Conselho Nacional de Direitos sda
Pessoa com Deficiência - CONADE, que é uma afronta à democracia do nosso país”. Na homilia, Padre Carlos explicou que a romaria, além de um ato de fé e devoção a Nossa Senhora da Penha, também deseja ser um espaço de manifestação das lutas junto à sociedade, ao poder público e à Igreja. . A celebração contou com a participação efetiva das pessoas com deficiência. Acompanhando com devoção e fé, os familiares também não pouparam esforços para estarem juntos daqueles a quem no dia a dia dispensam amor e atenção.
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ROMARIA DOS HOMENS
A MULTIDÃO VOLTA A CAMINHAR COM A MÃE DA PENHA
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epois de dois anos sem caminhar com a Mãe da Penha, o povo pôde finalmente matar a saudade de uma das demonstrações mais esperadas da Festa da Penha: a Romaria dos Homens. Durante sete dias, a Virgem das Alegrias ganhou homenagens no alto do Morro da Penha, mas no sábado, 23 de abril, ela reuniu todo o povo capixaba da Região Metropolitana de Vitória e do Estado do Espírito Santo para caminhar, na planície, com uma multidão de cerca de 800 mil pessoas, num percurso de 14 quilômetros, da Catedral de Vitória até o Convento da Penha. Inicialmente, a
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Romaria dos Homens foi criada para estimular a participação masculina na Festa da Penha, hoje se tornou a maior ‘romaria de homens’ do Brasil. Na verdade, todo o povo quer caminhar com a Mãe dos Caminhantes: homens, mulheres, jovens, idosos e crianças. Por isso, Dom Dario Campos informou que o novo título é Romaria das Famílias. É a maior demonstração de fé de uma festa essencialmente devocional. Esta gigante procissão com a Padroeira do Espírito Santo teve início no final da Missa de Envio celebrada na Catedral, quando os sinos da Catedral avisaram que a Romaria iria
começar às 19h10. As velas foram se acendendo e tomaram conta da praça da Catedral. Um grupo de homens, que formam a “Corrente da Penha”, abriu caminho para o ‘Penhamóvel’ passar, especialmente nas ruas mais estreitas do Centro da capital, a partir da praça Dom Luiz Scortegagna, ruas José Marcelino, São Francisco, Caramuru, Cais de São Francisco, Cleto Nunes, Marcus de Azevedo, Duarte Lemos e Nair Azevedo Silva. Foi emocionante ver a força dessa manifestação de fé em todo o percurso da romaria. Velas acesas, cantos e orações acompanharam a imagem de Nossa Senhora das Alegrias, que
parecia deslizar nos braços da multidão dentro de uma berlinda, uma espécie de andor ornado de flores naturais. A emoção tomou conta de todo o trajeto e, certamente, mesmo aqueles que não têm fé foram pegos de surpresa por essa gigantesca demonstração de fé. E não poderia ser diferente. O cenário era místico e frenético (alguns peregrinos caminhavam rapidamente). Milhares de pessoas rezando nas ruas, nos prédios, nas casas; fogos de artifício estourando no céu durante o percurso, e muita, muita, devoção. A música não poderia expressar melhor esse momento: “Maria, Mãe dos caminhantes,/ Ensina-nos a ca-
minhar./ Nós somos todos viandantes, /Mas não é fácil sempre andar”. Foi o momento de epifania, de manifestação divina, que durou algumas horas mas ficará para sempre iluminando a alma desse fervoroso povo. Na longa avenida Carlos Lindenberg, a romaria cresce assustadoramente quando recebe novos peregrinos, como os de Guarapari e dos bairros da capital e Vila Velha. A procissão de Guarapari acontece há mais de 30 anos e os romeiros caminham aproximadamente 11 horas, sendo assistidos por uma equipe de apoio com socorristas e ambulâncias. Depois de completar o longo
percurso com as grandes avenidas Carlos Lindenberg e Luciano das Neves, a imagem chegou à Prainha por volta das 23h00. A Eucaristia teve início e a multidão ainda continuava a chegar na Prainha, no pé do Morro da Penha. A Santa Missa foi presidida pelo Arcebispo de Vitória, Dom Frei Dario Campos, e concelebrada pelo bispo auxiliar Dom Andherson Franklin, o guardião do Convento da Penha, Djalmo Fuck, e sacerdotes da Arquidiocese e da Província da Imaculada Conceição. Segundo D. Dario, a Romaria dos Homens recebe um novo título: Romaria das Famílias. “Todos os passos que demos até aqui, saindo de di-
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versos lugares, próximos ou até mesmo muito distantes, foi realizado na companhia da Virgem da Penha, a Nossa Senhora das Alegrias. Ao chegarmos aqui fomos iluminados pela Palavra de Deus, que deseja aquecer os nossos corações e confirmar os nossos caminhos como discípulos, como filhos e filhas, missionários de Jesus”, disse o Arcebispo. “Também aqueles homens e mulheres apresentados na multidão, que a mesa da Palavra nos apresentou na primeira leitura, foram atraídos por Jesus Cristo. Nesta noite, todos nós fomos atraídos pelo amor de Deus, que a todos deseja comunicar a sua Palavra, deseja comunicar a sua graça, deseja dar o seu consolo, deseja buscar a sua bênção, afim de que possamos retornar para nossas casas, para nossas Comunidades Ecle-
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siais de Base, para o nosso trabalho, fortificados na fé, mas cheios de esperança e animados na caridade”, ressaltou Dom Dario. “Com a multidão que acorria aos apóstolos, também nós deixamos nossas casas e nos propusemos a fazer esta Romaria, na certeza de que seremos acompanhados ao longo de
todo o caminho pelo Senhor e que também nos acolheu aqui nesta noite, na Casa da nossa Mãe”, acrescentou. “De fato, meus irmãos, ao longo de toda a Romaria cada um de nós apresentou ao Senhor a própria vida, apresentou a família, apresentou ao Senhor o trabalho, as dificuldades cotidianas, apresentou as dores, o
sofrimento. Eu escutei alguém dizer: Nossa Senhora, arrume emprego para mim! Apresentemos nossas alegrias e esperanças, nossos sonhos e nossas conquistas, e, sobretudo neste tempo Pascal, seja um recomeço para todos nós. Foi o Senhor que nos acompanhou até aqui. Foi a sua graça e sua graça nunca faltou. E a sua
proteção que nos foi oferecida, ou seja, fomos amparados pelas mãos bondosas Daquele que nos amou e salvou em Jesus Cristo”, disse o Arcebispo, contando que ouviu um repórter na televisão dizendo: são mais de 800 mil pessoas nesta Romaria. “Que bonito!” “”Que todos que vieram, os que fi-
caram em casa, percebam que fomos tocados pela Palavra de Deus e dela nos tornamos testemunhas vivas como verdadeiros sinais do Reino. Que a Virgem da Penha, Senhora das Alegrias e da Ressurreição, Senhora da Saúde, Senhora dos Enfermos, interceda a seu Filho Jesus de Nazaré por todas as famílias”, desejou. Na Prainha, muitos peregrinos descansavam os pés, os joelhos e as mãos, deitados ou sentados no chão. Mas um grande número de romeiros só conclui a peregrinação no alto do Morro, aos pés da Virgem da Penha, com muitas velas acesas pelo caminho. O apelo do Papa Francisco para uma Igreja de saída, itinerante e missionária deu uma mostra de como pode crescer na fé. A igreja do caminho valoriza a comunhão, como diz os Atos dos Apóstolos (2,42-47).
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8º DIA – ENCERRAMENTO DO OITAVÁRIO E ROMARIA DAS MULHERES
SÓ O AMOR CURA FERIDAS Dom Andherson: “O feminicídio nos entristece porque temos como Padroeira uma mulher”
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Romaria das Mulheres da Festa da Penha prima sempre pela beleza e fé para expressar em grau máximo a devoção à Virgem das Alegrias, Nossa Senhora da Penha. Esta devoção, com elas, sempre tem um colorido especial no percurso do Santuário do Divino Espírito Santo até a Prainha, palco das grandes celebrações desta Festa. Cerca de 70 mil mulheres lotaram a Prainha por volta das 16h30, quando o Vigário Provincial, Frei Gustavo Medella, presidiu, no domingo (24/4) o último momento devocional franciscano no Oitavário da Festa da Penha. Muitos balões coloriram as ruas de
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Vila Velha e deram um espetáculo à parte na Prainha durante a Celebração Eucarística. É de se impressionar com a multidão de devotos, menos de 24 horas da grandiosa Romaria dos Homens, mostrando a fé do povo capixaba. A Santa Missa, às 17 horas, foi presidida pelo bispo auxiliar de Vitória, Dom Andherson Franklin, e teve como concelebrantes os frades do Convento da Penha, o guardião Frei Djalmo Fuck, e Pe. Renato Criste, pároco da Catedral de Vitória, além de religiosos, diáconos e seminaristas. Dom Andherson lembrou que diante da Virgem da Penha somos peregrinos. “Seremos enviados daqui como sal-
mistas para cantar a vontade de Deus. O Evangelho diz que Jesus se apresenta. É um apresentar-se na sua plenitude de Ressuscitado. Ele recorda aos discípulos que ele é o Crucificado. Ele deu a vida para que toda a humanidade pudesse viver em comunhão com o Pai. E ao se apresentar aos discípulos, eles se alegram e cantam a alegria da vitória da vida sobre a morte, que nunca terá e nunca teve a última palavra”, disse. “Nós somos estes que acompanhamos a Virgem, que canta a alegria da ressurreição. O texto dos Atos dos Apóstolos diz que Maria estava com os discípulos no Cenáculo e, com certeza, ela se alegrou ao ver o seu Filho Ressuscitado.
Com a alegria impressa no coração da mãe que se traduz hoje para nós em devoção, em amor e fé. A Nossa Senhora da Penha é a Nossa Senhora que nos convida a vivermos a alegria do Evangelho”, acrescentou o bispo auxiliar. Para ele, somos homens e mulheres marcados por uma esperança inquebrantável, que não se dobra diante das dificuldades que vivemos. “Cada um, cada uma, aqui, sabe a dor que traz da ausência não só dos dois anos que passamos sem nos reunirmos aos pés da Virgem, iluminados pela luz do Convento, um farol no Estado do Espírito Santo. Mas porque fomos privados de tantas coisas, porque o povo brasileiro sofreu com o aumento da miséria, com as dores causadas pela fome, pelo feminicídio que atinge de forma tão dura o coração desse Estado. Mas hoje nós nos reunimos diante da Virgem das Alegrias porque ela diz que ele está vivo. Cristo está vivo, irmãos! E, por isso,
o coração dos discípulos se alegrou, se inflamou do sopro do coração do vivente”, ensinou. O bispo lembrou que muitas cinzas ficaram sobre o nosso coração nesse tempo, impedindo-nos até de manter viva a fé, a esperança de tempos novos. “Mas hoje, nesta celebração, diante da Palavra de Deus, acompanhados diante da Virgem das Alegrias, queremos pedir: Sopra, Senhor, o espírito novo em nós, aqueça-nos o coração com o maior de todos os dons do Espírito, o amor”, pediu. Para o celebrante, só o amor é capaz de curar as feridas de um mundo marcado pelo sofrimento, pela dor, de um mundo doente em suas estruturas. “Doente nos corações das pessoas impedidas de dialogar pelo fechamento, doente na diferença que dilacera o tecido social e nos impede de nos entendermos, como irmãos e irmãs. Só o amor é capaz de curar e transformar o coração
daqueles que nos governam, para que de fato, com solicitude, com bondade, generosidade e compromisso, sejam pastores de um povo a eles confiados. Só o amor de Cristo soprado em nossos corações é capaz de extirpar do nosso Estado o feminicídio que atinge nossas famílias e nos entristece porque temos como Padroeira uma mulher, uma mulher que ousou crer em Deus e viveu marcada pelo amor”, lamentou. “Aí sim, irmãos, a exemplo da Virgem, nos alegraremos porque ele está vivo. Com ela seremos transformados pelo poder do Espírito que faz surgir em nossos corações, o maior e o melhor, o mais excelso, o mais necessário dos dons: o amor. E nós sairemos daqui cantando com a Palavra e, sobretudo, com a vida: Eterna é a bondade de Deus. Eterno é seu amor e misericórdia porque me atingiu e por mim atingirá os corações das pessoas. Ao sairmos daqui cantemos com a vida o amor de Deus que acolhemos, acompanhados da Virgem que celebra a vitória da vida sobre a morte porque nos acompanha a cada passo. Ela nos ensinará que o amor que vence, que o amor reconstrói, o amor cura, o amor salva e liberta, o amor educa, não vai embora. Este lugar se torna uma grande igreja, pois Cristo, por sua Palavra, por meio de nós e da Eucaristia está aqui”, orientou, rezando: “Senhor Ressuscitado, sopra sobre o meu coração e inflama-me com o fogo do amor que inflamou o coração da Virgem para que eu também seja onde estou um sinal concreto do teu infinito amor”.
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FREI MEDELLA ENCERRA OITAVÁRIO
Durante os oito dias, o Momento Devocional Franciscano, feito com cantos e orações, trouxe também para a reflexão o tema desta Festa, “Saúde dos Enfermos, rogai por nós”. No encerramento, neste domingo (24), Frei Gustavo Medella abordou o tema “Saúde Integral” Para falar do tema, ele tomou um trecho do Evangelho de Lucas 8,45-48. “Faz arrepiar o coração a intensidade desse encontro entre Jesus e essa mulher. O Evangelho, antes, explica a situação dela. Sofria com uma hemorragia há 12 anos e já gastara toda sua economia e não conseguia ser curada. E nesse encontro com Jesus, ela recebe a cura integral: da saúde física, da saúde emocional, da saúde social, porque uma vez que ela era enferma, era desprezada e considerada impura. Quanto pavor e medo não circularam no coração daquela mulher! Cada um de nós, cada uma de vocês pode também se identificar com essa mulher em suas dores, em suas lutas, em seus medos e inquietações. E cada uma de vocês tem a chance de tocar o manto de Jesus e sentir essa cura por inteira, querida mu-
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lher, participante desta Romaria das Mulheres”, indicou o Vigário Provincial. Segundo ele, ao falar de saúde integral, fez um resumo do tema da Festa que se desdobrou a cada dia falando sobre um aspecto da saúde: a saúde do corpo, a saúde da fé e da espiritualidade, a saúde do coração, emocional, a saúde das gerações, a saúde do planeta, Maria, caminho de saúde para todos. “E aí nós recordamos do Papa Francisco quando, naquela semana de Oração durante a pandemia, sozinho na Praça São Pedro, ele disse o seguinte: ‘Seria muita ilusão de nossa parte imaginarmos que poderíamos viver saudáveis num mundo doente’. A nossa saúde depende da saúde do mundo e vice-versa. Por isso, vamos trabalhar por esse equilíbrio, vamos proteger o nosso planeta, vamos cuidar das nossas gerações, vamos olhar nos olhos uns dos outros e nos reconhecermos como irmãos e irmãs e dizer: Não à guerra, não à violência, não à fome, não à injustiça e saúde para todos. Saúde para todos é o grande pro-
grama proposto por Jesus Cristo, no capítulo 10, versículo 10: ‘Eu vim para que todos tenham vida e a tenham plenamente’”, concluiu. Para encerrar, pediu que todas as mulheres que estavam no palco para se aproximarem da imagem de Nossa Senhora para dar a bênção final com Frei Medella.
FAFÁ DE BELÉM ENCERRA O DIA
A cantora brasileira Fafá de Belém encerrou as festividades do dia na Prainha, ela que tem uma forte ligação com Nossa Senhora de Nazaré e com o tradicional Círio de Nazaré, que acontece todos os anos em Belém. O repertório do show foi formado por esses principais sucessos da sua carreira, que já completou 47 anos, além de canções em homenagem a Nossa Senhora.
ROMARIA DE COLATINA
D. PAULO: “NÃO FOI A IGREJA CATÓLICA QUE INVENTOU A DEVOÇÃO A NOSSA SENHORA...”
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Diocese de Colatina foi a última do Estado a subir o Morro da Penha no domingo, 24 de abril, para prestar sua homenagem à Padroeira do Estado do Espírito Santo, Nossa Senhora da Penha. Cerca de 30 ônibus, que envolveu padres, seminaristas e devotos da maioria das paróquias da Diocese, vieram do Norte do Estado com o bispo diocesano Dom Paulo Bosi Dal’Bó. Às 8 horas, os romeiros subiram cantando e rezando o Morro da Penha e, às 9 horas, D. Paulo presidiu a Celebração Eucarística. A Diocese de Colatina foi criada pelo Papa João Paulo II, no dia 23 de abril de 1990, como parte da província eclesiástica do Estado do Espírito Santo. Antes a região pertencia à Arquidiocese de Vitória. A Província da Imaculada Conceição tem a Fraternidade Frei Galvão a serviço da Paróquia Santa Clara em Colatina. “Queridos irmãos e irmãs, que bom estarmos aqui hoje! Que bom termos podido celebrar com alegria e participação do povo e que está quase sem máscara a semana santa do Senhor, para podermos celebrar a festa de
Nossa Senhora da Penha, Padroeira do Espírito Santo. A fé cristã católica é mais cara por estas terras por causa da devoção da Senhora da Penha. Aqui temos essa devoção profunda, que, com muito zelo é cuidada e alimentada pelos franciscanos. Nossa Senhora da Alegria, festejamos logo depois da Páscoa, exatamente pela alegria do Cristo Ressuscitado e porque a imagem foi trazida para este Convento da Penha e passou a ser chamada de Nossa Senhora da Penha”, disse D. Paulo. “Não foi a Igreja católica que inventou a devoção a Nossa Senhora. Foi Jesus Cristo mesmo, que nos deu como Mãe. Acabamos de celebrar o Tríduo Pascal e lembramos a Sexta-feira da Paixão. O Cristo disse àqueles que
estavam ao pé da cruz, a Virgem Maria e o discípulo amado que representava todos nós: ‘Mulher, eis aí o teu Filho. Filho, eis aí a tua mãe’. Então, vejam: Jesus pediu a Nossa Senhora que ela não se ocupasse tanto com seu sofrimento, com sua paixão, com sua morte, mas que ela assumisse uma maternidade em relação a nós, em relação aos seus discípulos. ‘Mulher, eis o teu filho; Filho, eis aí a tua mãe’. E desde aquele dia, o discípulo amado a recebeu em sua casa. Eis o que a Igreja Católica fez e faz. Ela acolhe em sua casa o testamento espiritual do Senhor manifestado no alto do Calvário. Aos pés da cruz, Jesus nos deu Maria como Mãe. Mãe de Jeus, a Mãe de Deus que se fez homem. Ela é a Mãe da Igreja”, explicou.
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ROMARIA DAS PASTORAIS
“A FOME CHEGOU EM NOSSO MEIO E ESTÁ DEVORANDO TUDO”, DENUNCIA PE. KELDER
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fome chegou em nosso meio e está devorando tudo, principalmente, a vida, a dignidade e a alegria das pessoas empobrecidas”, denunciou Pe. Kelder José Figueira Brandão, coordenador do Vicariato para Ação Social, Política e Ecumênica da Arquidiocese de Vitória e pároco da Paróquia Santa Teresa de Calcutá, em Vitória. Ele presidiu a Celebração Eucarística das Pastorais Sociais da Arquidiocese de Vitória na segunda-feira, 24 de abril, festa de Nossa Senhora da Penha. Na sua homilia, disse que o projeto de Deus para a humanidade profetizado pelo canto de Maria é o inverso dos projetos políticos e institucionais de opressão e morte, que estão em curso no mundo, especialmente no Brasil, com falsos valores em uma sociedade que estimula o individualismo, o acúmulo, o consumo, o desperdício e a exclusão, aceitando como natural que uns possam viver com muito, enquanto outros, sequer têm direito à vida. O canto de Maria nos exorta e motiva à construção de um projeto de vida e dignidade para todas as pessoas. “A Mãe do Cristo Ressuscitado é a mesma Mãe do Cristo Crucificado; aqui no Convento, ao lado do altar mor de Nossa Senhora das Alegrias está o altar de Nossa Senhora das Dores e o altar de Nosso Senhor dos Passos, para nos lembrar que a Senhora das Alegrias, no alto da montanha, é, também, a Senhora das Dores, aos pés da Cruz. E ela continua sofrendo com os açoites, espinhos e cravos que atingem seus filhos, nas periferias das cidades, só porque são
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pobres e pretos. Está mais do que provado que criminalizar, encarcerar e matar jovens e adolescentes pobres, não diminui em nada a violência ou o tráfico de drogas e de armas, que cada vez está mais forte, movimentando montanhas de dinheiro, financiando campanhas políticas e fundando igrejas, ocupando o lugar do Estado e de outras instituições, cujos gestores não querem saber dos pobres, a não ser em ano eleitoral”, acrescentou Pe. Kelder. Segundo o celebrante, Maria bendiz a Deus porque Ele não é indiferente aos dramas dos pobres que são vítimas dos poderosos, saciando de pão os famintos. “E nós sabemos que a fome não é causada pela falta de alimentos, já que somos um dos países que mais produz alimentos no mundo. Temos sim alimentos para todos, mas os pobres não têm como comprá-los. Os alimentos estão caros, o povo está empobrecido, desempregado, neste país historicamente marcado pela desigualdade”, criticou. “Carecemos de políticas decentes
de distribuição de renda e políticas emergenciais para matar a fome do povo que sofre. Dia a dia testemunhamos a insensibilidade e má vontade dos gestores municipais, estaduais e federais, que se recusam a oferecer aos empobrecidos alternativas de acesso à alimentação, como restaurantes populares, cozinhas comunitárias e bancos de alimentos. Só em nossa Arquidiocese temos mais de quatorze mil famílias cadastradas para receberem cestas básicas e sabemos que no Estado são mais de um milhão e duzentas mil pessoas passando fome diariamente”, pediu. Pe. Kelder informu que a Campanha “Paz e Pão” já distribuiu mais de 500 toneladas de alimentos no decorrer do último ano e “sabemos que isso é pouco diante de tanta gente faminta. Estamos dando a nossa contribuição, organizando uma rede ampla de parcerias que tem amenizado um pouco o drama de milhares de pessoas. Entretanto, sabemos que isso é muito pouco! É preciso muito mais!”
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o coração da Mãe de Deus, a Virgem das Alegrias, há espaço para todos. No último dia da Festa da Penha (25/4), as bandas de congo do Estado subiram logo cedo a ladeira do Convento, ao som dos tambores, casaca, reco-reco, para prestar sua homenagem à Padroeira do Espírito Santo, como diz a letra que é considerada o hino do congo: “Menina que vai na frente / carrega sua bandeira / é pra santa milagrosa / é a nossa padroeira”. Frei Paulo César Ferreira acolheu e agradeceu as bandas de congo por esta demonstração de alegria e fé. Frei Paulo deu a bênção nos estandartes e instrumentos do congo, além do mastro que será fincado no início da Ladeira da Penitência na Prainha. Segundo o frade, o povo que guarda sua memória, sua tradição, guarda também os valores do espírito, da fé. O congo é arte, é expressão da cultura do Brasil, acrescentou Frei Paulo, enfatizando o amor profundo das bandas de congo no Espírito Santo pela Mãe dos Capixabas, a Nossa Senhora das Alegrias. Conjunto musical típico das
ROMARIA DOS CONGUISTAS
CONGO TRAZ MAIS ALEGRIAS PARA A FESTA regiões litorâneas do Espírito Santo, a banda de congo toca e canta principalmente em festas religiosas, como as de São Benedito, São Pedro, São Sebastião e Nossa Senhora da Penha. No passado era a forma que os escravos encontravam para homenagear seus santos de devoção, já que eles não podiam participar das festas oficiais da Igreja Católica.
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ENCERRAMENTO
NA “FESTA DO REENCONTRO”, DOM DARIO PEDE “SINAIS DIVINOS NA VIDA DAS PESSOAS”.
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iante de quase cem mil pessoas, o Arcebispo de Vitória, Dom Dario Campos, chegou a insistir para sermos “sinais divinos na vida das pessoas, sinais do cuidado do Pai, sinais de vida, justiça e fraternidade” no encerramento (25/4), da 452ª Festa da Penha, depois de nove dias de muita devoção e celebrações. Nesse tem-
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po, Maria voltou ao centro das atenções do povo capixaba, especialmente nas grandes demonstrações de fé da Romaria dos Homens e das Mulheres, que levaram às ruas mais de 900 mil pessoas. Como disse o guardião do Convento da Penha, Frei Djalmo Fuck, foi a Festa do Reencontro: “Embora estivéssemos todos saindo de uma pan-
demia, tão difícil e sofrida nestes dois anos, a presença dos fiéis e devotos da Virgem Penha, a Senhora das Alegrias, foi expressiva e envolvente. Podemos dizer com certeza que esta foi uma edição histórica. Foi a Festa do recomeço, do encontro, do abraço, do sorriso sem máscaras, da saudade de estarmos juntos, de celebrarmos os nossos louvores a nossa Mãe e Rai-
nha, de nosso Oitavário e de nossas Romarias”. Neste dia, feriado em Vila Velha para festejar a sua Padroeira, o Convento da Penha foi o destino da grande maioria do povo capixaba, que já começou a peregrinar para este “Santuário da Graça e do Perdão” a partir da meia-noite desta segunda-feira, quando foi celebrada a primeira Missa do dia. Às 16h30, uma procissão cruzou a multidão trazendo os acólitos, os seminaristas e diáconos, os sacerdotes, os bispos Dom Paulo Dal’Bó (São Mateus), o Arcebispo de Vitória Dom Dario Campos, Dom Décio Sossai Zandonade (emérito de Colatina), Dom Geraldo Lyrio, arcebispo-emérito de Mariana, e o bispo auxiliar Dom Andherson Franklin. A Missa solene contou com a presença de autoridades civis, entre elas o Prefeito de Vila Velha, Arnaldinho Borgo, o Governador do Estado, Renato Casagrande, e autoridades militares do Estado. Logo em seguida, a Padroeira do Espírito Santo entrou no meio da multidão da Prainha, palco das grandes celebrações na reta final da Festa da Penha, carregada por um grupo de marinheiros. Um dos principais pontos aborda-
dos pelo Arcebispo na sua homilia foi o tema da Festa deste ano: “Saúde dos Enfermos, rogai por nós”. “No texto do Evangelho que acabamos de escutar, Maria responde positivamente aos apelos de Deus e se torna portadora da Palavra Viva do Pai, isto é, aquela que gerou Jesus, o Filho de Deus. Oferecendo ao mundo inteiro Aquele que redimiu a humanidade de seus pecados e dores mais profundas, o autor da Vida Plena para todos os filhos e filhas de Deus. De fato, todos os que se aproximavam de Jesus e o ouviam falar do amor do Pai e de Seu Reino de vida para todos, reconheciam a força de sua Palavra e a vida plena que indicavam. Ele não revelou o poder e a graça divina somente por suas Palavras, mas, acima de tudo, por meio de suas atitudes, escolhas e ações”, explicou Dom Dario. Segundo ele, Jesus o fez comprometendo-se e empenhando-se sempre em ir ao encontro dos necessitados e sofredores, dos doentes e aflitos, manifestando-lhes a bondade, a misericórdia e o consolo divinos. “Deste modo, ao invocarmos a Virgem Maria, como a saúde dos enfermos, voltamos o nosso olhar para o Seu Filho Jesus que a todos acolheu, acompanhou e curou, de suas dores e sofrimentos”, observou.
“Meus irmãos e irmãs, a exemplo da Virgem Maria que foi tocada pela Palavra de Deus, também nós devemos deixar que esta graça nos alcance e transforme. A fim de que nos tornemos sinais divinos na vida das pessoas, principalmente, junto aos que mais sofrem e passam por grandes tribulações. Como verdadeiros discípulos missionários, seguidores de Cristo e portadores de Sua Palavra, devemos nos tornar sinais do cuidado do Pai, alcançando a todos com o amor e ternura divinos”, exortou Dom Dario. Para o celebrante, hoje somos convidados a dirigir o nosso olhar na direção da Virgem das Alegrias, pedindo que por sua intercessão ao Seu Filho que todos tenham a plena saúde, principalmente, todos os que sofrem e pedem nossas orações. “Todavia, não podemos nos esquecer de que como discípulos missionários de Jesus Cristo, devemos também nos empenhar para que todos e todas tenham saúde integral, isto é, vida digna e plena”, indicou. Segundo ele, que diz respeito desde à segurança alimentar, passando pela criação e incentivo às políticas públicas que promovam
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a saúde de todos e todas, tocando todos os aspectos e as necessidades humanas, para que todos tenham vida digna e plena. “Além, é claro, da promoção do acesso à educação inclusiva, única via capaz de consolidar as esperanças de uma sociedade marcada pelos valores da justiça, da fraternidade e da solidariedade. Uma educação iluminada pela sabedoria
do Evangelho que indique o caminho do Amor solidário, compassivo e misericordioso”, ensinou. “Por fim, hoje damos início ao projeto: ‘Dá-lhes vós mesmos de comer’, um apelo que nasce no coração do Evangelho e quer chegar a todas as casas, principalmente, oferecendo alimento, saúde plena e auxílio necessário aos mais empobrecidos.
Meus irmãos e irmãs, o mundo mais justo, sinal do Reino requer compromisso de todos os cristãos católicos, os cristãos de outras denominações. Algo que toca também aqueles que estão em posições de governo e liderança social e todos os homens e mulheres de boa vontade. A fim de que unidos possamos, com a graça de Deus, contribuir para que o nosso
Estado do Espírito Santo seja marcado pelos sinais de vida, justiça e fraternidade”, enfatizou.
FREI DJALMO FALA DA “FESTA DO REENCONTRO”
“Tempo de plantar, tempo de colher. Tempo de pedir, tempo de agradecer. A Palavra de Deus é bem clara quando nos diz que existe um tempo para todas as coisas. Chegou a hora de fazer um agradecimento especial público por todos quantos se envolveram na Festa da Penha, nesta edição de número 452. Embora estivéssemos todos saindo de uma pandemia, tão difícil e sofrida nestes dois anos, a presença dos fiéis e devotos da Virgem Penha, a Senhora das Alegrias, foi expressiva e envolvente. Podemos dizer com certeza que esta foi uma edição histórica. Foi a Festa do recomeço, do encontro, do abraço, do sorriso sem máscaras, da saudade de estarmos juntos, de celebrarmos os nossos louvores a nossa Mãe e Rainha, de nosso Oitavário e de nossas Romarias”, avaliou o frade. Segundo ele, a Festa foi um “verdadeiro sucesso” e Deus se mostrou generoso para conosco. “Queremos começar agradecendo a Deus que é motivo e razão de realizarmos todas as coisas, porque absolutamente tudo o que fazemos é para glorificar o seu nome. Queremos louvar Maria, Saúde dos enfermos, nossa Mãe especialmente Mãe do povo capixaba”, disse. Ele manifestou o contentamento, em nome dos Freis do Convento e da Comissão Organizadora da Festa, pelo empenho na organização desta festa. “O envolvimento das pessoas e das equipes de trabalho na doação do seu precioso tempo, dos inúmeros voluntários e funcionários. Não devemos esquecer nossos patrocinadores”, disse, enumerando todos. “Que possamos repetir o mesmo empenho e sucesso em 2023!”, pediu, sendo muito aplaudido no final.
COLETIVA Foi realizada antes da Missa de encerramento uma coletiva para falar da Festa deste ano. Presentes o Arcebispo de Vitória, Dom Dario Campos; o prefeito de Vila Velha, Arnaldinho Borgo; o bispo auxiliar, Dom Andherson Franklin; o guardião do Convento da Penha, Frei Djalmo Fuck; e o pároco da Catedral, Frei Renato Criste. Segundo Frei Djalmo, esse ano a Festa da Penha trouxe muitas inovações. Entre elas o fato de ter mantido a programação virtual simultaneamente ao retorno da festa presencial depois de dois anos. - Foram 9 dias de programação com atrações culturais e litúrgicas; - 8 dias com Programação noturna, com atrações que trouxeram grande público: a cantora Fafá de Belém, Pe. Patrick Fernandes, Pe. Anderson Gomes, Bnda Big Beatles, Raquel Carpenter; - Mais de 50 missas realizadas; - Somente nas missas do Campinho, foram mais de 120 mil pessoas presentes, fora as que acompanharam on-line; - 11 romarias (contando as das dioceses), entre elas as Romarias dos Homens e das Mulheres que, juntas, somam quase 1 milhão de pessoas presencialmente, isso sem contar os que acompanharam de forma on-line a Romaria dos Homens; - Foram Mais de 120 horas de programação – presencial e on-line; - Cerca de 50 horas de transmissões on-line – número de alcance ainda será fechado; - Mais de 52 horas de toda programação, on-line e presencial, traduzidas em libras, o que também foi uma inovação deste ano - Pela primeira vez tivemos a Santa Iluminada em duas cidades: Vila Velha e Serra; - A Santa Peregrina esteve em Cariacica, na Serra, visitou o comércio da Glória e participou de várias romarias; - A Festa ganhou a Exposição Procissão Fotográfica, coordenada pela professora Zanete Dadalto, que ficará no Boulevard Shopping, em Vila Velha, até 08/05; - Importante: a Campanha Paz e Pão, que arrecadou toneladas de alimentos para famílias em situação vulnerável.
O SÍMBOLO QUE ENCANTA A FESTA
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terço entra na história da Festa, simples e por acaso. O primeiro, em 1998, era para subir em bolas de gás, mas o destino o fez ficar entre as palmeiras. Começou em família e, hoje, 24 anos de tradição, com algumas dificuldades no percurso, seria impossível realizá-lo sem uma rede de amigos voluntários que abraçam a causa com devoção, fé e alegria. A cada ano, a arte expressa a fé, e esta se robustece no Ressuscitado. “Alegra-te Maria”, diria o anjo
novamente. “Teu filho ressuscitou”. O terço em 2020 foi pensado para homenagear os 450 anos da Festa da Penha e traria na medalha o próprio quadro da Virgem das Alegrias. Sua cor verde seria uma reflexão pela agressão da natureza pelas queimadas. Mas a pandemia paralisou tudo, a festa grandiosa não aconteceu e o espaço entre as palmeiras ficou vazio. O terço estava em execução e também falava de esperança e do abraço de Deus na humanidade. Repetiu-se um terço antigo no ano seguinte como
Um momento de oração antes de o Terço subir entre as palmeiras no sábado Santo. O bombeiro aposentado Alcemir se prepara para subir na palmeira.
que para dizer: “Estou aqui, vamos seguir com fé”. O terço deste ano, ressignificado, utiliza o mesmo material de bolas de grama sintética. É como um jardim com lírios para simbolizar a beleza da criação e também a pureza de Maria. Seguindo o tema da festa deste ano “Saúde dos enfermos, rogai por nós” e por inspiração no sofrimento de um familiar que na pandemia, hospitalizado, encontrou forças para lutar e se curar, colocando-se no colo de Nossa Senhora, criamos a medalha que retrata a virgem cuidando de um enfermo, que não tem rosto para que cada um se veja retratado ali. A cruz, que de instrumento de tortura e morte, se tornou símbolo da vitória da vida sobre a morte, reflete o Cristo em sua glória. Em todo o processo de criação do terço, da ideia inicial à arte final, todo um grupo participa, por etapas (serviço de marcenaria, arte plástica, eletricista, decoração, montagem, bombeiros para a instalação entre as palmeiras, e armazenamento de todo material após desmontagem no terraço de uma voluntária (essa guardiã reformou o local da casa especificamente para acondicionar todas as peças.). Dr. Osmar Salles CRIADOR DO TERÇO
Vinte voluntários trabalharam com o dr. Osmar para montar o Terço desta Festa.
Superestrutura para acolher a 3ª maior Festa mariana do Brasil Os três dias de grandes celebrações da Festa da Penha na Prainha receberam uma estrutura com capacidade 30% maior que as edições presenciais anteriores, garantindo mais conforto e segurança aos fiéis devotos que participaram das programações tradicionais, como a chegada da Romaria dos Homens, Romaria das Mulheres e Missa de Encerramento. O palco foi reposicionado no canto esquerdo do Parque, na reta da Casa da
Memória, ampliando o raio para o público se acomodar melhor. Nas últimas edições presenciais do evento, o palco ficava mais à direita. “A ampliação do espaço é um ganho para a segurança e comodidade e, além disso, o público terá um campo de visão maior e melhor, com bom acesso e rota de fuga”, disse o Frei Djalmo. Essa estrutura absorveu 30 toneladas de equipamentos de som, 20 toneladas de equipamentos de luz e
Imagem com Dom Dario em Cariacica Durante a visita da imagem de Nossa Senhora da Penha no Pronto Atendimento de Alto Lage, em Cariacica, no dia 20, Dom Dario Campos falou sobre a importância dos profissionais do setor de saúde, evidenciada ainda mais nesses últimos dois anos. “Sabemos como foram duros esses dois anos de pandemia, e ainda são, além da tragédia causada
pelas perdas e privações, principalmente dos mais pobres”, disse ele na celebração.
60 toneladas de estrutura metálica em um palco de 18 metros de altura. Mais de 150 painéis de LED também
foram montados para que o público presente tivesse uma visibilidade melhor das homenagens à Padroeira.
Remaria reúne devotos na Baía de Vitória
Com a bênção do frei remador Pedro Engel cerca de 200 remadores dos participaram
da Remaria, da Praia do Ribeiro pela baia de Vitória até o Parque da Prainha. Uma imagem de Nossa Senhora da Penha também participou do trajeto de cerca de 5 quilômetros. “O trajeto foi difícil por causa do vento que estava fazendo, mas os romeiros e as romeiras foram firmes e completaram o trajeto. Para mim, é uma alegria participar da Remaria!”, disse Frei Pedro.
EVENTOS NOTURNOS
Pe. Patrick Fernandes, pároco capixaba O que tem mais de 4,7 milhões de seguidores só no Instagram, foi uma das atrações noturnas da Festa. Ele destacou na sua apresentação a saúde emocional, um dos temas apresentados na programação. Com seu bom humor e alegria, ele contagiou o público. Um show musical na segunda noite levou ao Campinho a Camerata Vale Música. Fundada em 2018 sob a regência do maestro Lucas Anizio, a Camerata Jovem Vale Música é um dos Grupos de Referência do Projeto Vale Música Espírito Santo. Iniciativa do Instituto Cultural Vale, o
Projeto Vale Música atende 200 alunos, de 7 a 29 anos, na Estação Conhecimento de Serra, em Cidade Continental, e 70 alunos, de 07 a 11 anos, no Núcleo do Vale Música no Parque Botânico Vale, em Vitória. Música de boa qualidade foi o belo concerto da Orquestra Sinfônica do Espírito Santo (Oses), no Santuário Divino Espírito Santo. Além da orquestra, a apresentação teve a participação de dois corais, o Coro Vox Victoria e o Coro Sinfônico da Fames, ambos regidos pelo Maestro Sanny Souza. O repertório trouxe obras sacras, como o “Ave Verum Corpus” de Mozart, ao lado de obras clássicas, de compositores como
Vivaldi, Massenet e da compositora Florence Price. O público teve mais música. O Clube Big Beatles e o Padre Anderson Gomes apresentaram um repertório carregado de simbolismo. A primeira parte do show foi do Clube Big Beatles, trazendo diversos clássicos dos garotos de Liverpool. Padre Anderson Gomes entrou na segunda parte interpretando “Don’t Let Me Down, “Help”, “I Want To Hold Your Hand” e “Love Me Do”, entre outras. Outra atração foi a Noite de bênçãos e graças para os casais. Esse momento foi conduzido pelo Pe. Renato Criste e show com a Comunidade Água Viva.
O simbolismo do jequitibá-rosa Uma muda de jequitibá-rosa, árvore símbolo do Espírito Santo, foi plantada na manhã do dia 21/4. Esse momento contou com a presença do Frei Djalmo;
da secretária de Saúde do município de Cariacica, Roberta Goltara; do engenheiro florestal e ambientalista Luiz Fernando Schettino, responsável pelo
plantio da muda; e a vacinadora Michele Nascimento, de Cariacica, que aplicou mais de 4 mil doses da vacina durante a pandemia.
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Coral das Meninas dos Canarinhos recebe novas integrantes e lança música inédita
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o dia 3 de abril foi a vez do Coral das Meninas dos Canarinhos de Petrópolis receber novas integrantes para o seu coro principal. O Rito de Investidura de nove meninas se deu durante a Celebração Eucarística das 10 horas, na Igreja do Sagrado Coração de Jesus. Frei Marcos Antonio de Andrade, presidente do Instituto dos Meninos Cantores (IMCP) e Definidor Provincial, presidiu a Santa Missa que contou com a presença de familiares, amigos e fiéis que lotaram a centenária Igreja da Rua Montecaseros. A celebração também foi transmitida pela Rádio Imperial e pelas mídias digitais da Paróquia e dos Canarinhos. “É com muita alegria que mais uma vez nos reunimos no dia do Senhor para celebrarmos a nossa Páscoa semanal neste tempo forte da Quaresma. Nesta celebração, também o nosso coro das meninas receberá nove novas meninas”, afirmou o celebrante.
Rito da investidura
Após a homilia, Frei Marcos convidou o regente do Coral das Meninas dos Canarinhos, Marcelo Vizzani, para que fizesse a chamada das novas integrantes e explicou que esse chamado não é feito pelo regente, mas sim, pelo próprio Deus. “Este chamado é para que vocês assumam uma importante missão no coro das meninas”, disse. Colocando-se em frente ao altar, o celebrante as interrogou: “Queridas meninas, o que desejais?” e em coro todas responderam: “Desejamos receber a veste coral das Meninas dos Canarinhos de Petrópolis”. O celebrante então disse: “Já que
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vocês demonstraram disposição, comprometimento e assiduidade no período de preparação enquanto ‘aprendizes’, hoje, em nome da Igreja e do Instituto dos Meninos Cantores de Petrópolis, eu vos recebo no Coral das Meninas dos Canarinhos de Petrópolis”. A assembleia em uníssono exclamou: “Graças a Deus”. Na sequência, Frei Marcos invocou as bênçãos de Deus sobre as meninas que “estarão assumindo a missão de cantar as maravilhas que Ele continua a realizar em nossas vidas” e aspergiu com água benta as novas cantoras, as vestes e pastas. Após a aspersão, o celebrante apresentou as meninas à comunidade, que as acolheu com uma calorosa salva de palmas. O diretor artístico, Marco Aurélio Lischt, deu as boas-vindas as novas integrantes do coral. “É uma alegria receber vocês e eu diria que vocês assumem uma missão social. Desde que a humanidade se entende como gente ela faz coisas juntas. Essa missão, às vezes, exige um pouquinho de sacrifício, mas como diz o Salmo de hoje, ‘aqueles que semeiam com lágrimas, ceifarão com alegria’. É um serviço que vocês fazem para Deus e para a Igreja! Este serviço pode exigir um pouco de sacrifício, mas tenho
grande valor na vida de muitos homens e mulheres que já passaram por esta instituição”, explicou.
Enquanto eles falavam, Jesus escrevia com o dedo no chão
a certeza de que é para o vosso engrandecimento e para que vocês possam colher no futuro os frutos, com alegria”, ressaltou. Segundo o maestro Marcelo Vizzani, após um ano de aperfeiçoamento musical, cumprido com muita responsabilidade e dedicação, é chegada a hora de colher os frutos das sementes plantadas. “Neste momento as chamo para ingressarem oficialmente no Coral das Meninas dos Canarinhos de Petrópolis, para juntos cantarmos os louvores a Deus”. Convidou então as madrinhas para entregarem às suas respectivas afilhadas a pasta do coral e na sequência as conduzir até o coro. “A pasta traz consigo as músicas cantadas durante sua vida coral. Nela vem estampado o símbolo do Canarinhos, marca de
Após a proclamação do Evangelho do 5º Domingo do Tempo Quaresmal, Frei Marcos deu início à sua homilia. “Deus nos ama a tal ponto que sempre está de braços abertos com roupa novas, sandálias novas, festa, boi gordo, para fazermos uma festa porque Deus está sempre pronto a nos receber, apesar de todas as nossas falhas”, disse, lembrando da Parábola do Filho Pródigo. Dirigindo-se às meninas, disse: “Vocês têm a bonita missão de nos ajudar a rezar através das vozes de vocês e de levar também a nossa voz até Deus com as vossas vozes”. A Santa Missa teve continuidade com a profissão de fé e a liturgia eucarística. Após a comunhão, o coral já com sua formação completa entoou a música “Judica Me”, de Antônio Gastão, composta especialmente e exclusivamente para a Celebração de Investidura, que teve sua estreia hoje.
Frei Augusto Luiz Gabriel e Frei Ruan Felipe Sguissardi comunicações
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Frades se reúnem para elaborar o Plano Operacional das Frentes de Evangelização
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s frades que atuam nas cinco Frentes de Evangelização da Província da Imaculada Conceição começaram as reuniões, no começo de abril, tendo em vista a elaboração do Plano Operacional. Por meio de videoconferência, os frades da Frente da Comunicação foram os primeiros a se reunir, no dia 5 de abril. Depois vieram a Frente da Solidariedade com os Empobrecidos (6/4), a Frente das Paróquias, Santuários e Centros de Acolhimento (7/4) e a Frente da Educação (8/4). A Frente das Missões terá ainda o seu encontro. Para o Ministro Provinicial, Frei Paulo Roberto Pereira, a integração crescente entre as frentes de evangelização deve ser um desafio abraçado por
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toda a Província neste triênio e para além dele. De acordo com o Secretário para a Evangelização, Frei Gustavo Medella, o Plano operacional vai ser construído a partir do Plano de Evangelização, atualizado no último Capítulo Provincial (2021): “Nosso Plano acabou de ser revisto e atualizado. Optamos por não fazer um texto longo, pormenorizado, mas um texto curto, com poucos parágrafos que servissem como orientação geral, como um norte. O desafio agora é colocá-lo em prática no dia a dia da missão evangelizadora. Os planos operacionais de cada frente vêm justamente cumprir esta tarefa. Temos muito trabalho pela frente, mas com certeza bonitos frutos vão nascer a partir do empenho de cada um”, espera Frei Medella.
As prioridades do sexênio (2022-2027), também eleitas no Capítulo e contempladas no Plano, são as seguintes: – Redescobrir o valor da Vida Fraterna; – Consolidar a Animação Vocacional como responsabilidade permanente de cada frade e fraternidade; – Reforçar a importância da Formação Inicial e Permanente dos frades; -D efinir a sinodalidade como dimensão transversal da vida Fraterna e da ação evangelizadora. A partir deste primeiro encontro, as Frentes começaram a se programar para propor redigir e apresentar seus planos operacionais que devem ser apresentados até meados deste ano.
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Fundações Celinauta e Frei Rogério promovem formação a seus colaboradores
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os dias 4 a 6 de abril, as Fundações Celinauta (Pato Branco) e Frei Rogério (Curitibanos) promoveram vários momentos de formação para dirigentes e colaboradores. Frei Gustavo Medella assessorou o primeiro dia falando sobre o Plano de Evangelização de Província e seus reflexos no serviço da Frente de Comunicação. Segundo o frade, “a evangelização é tarefa de todos, frades e leigos”. Após a formação, aconteceu um jantar de confraternização.
No dia seguinte, no início da tarde, aconteceu o encontro da Frente da Comunicação. A exemplo das demais Frentes que tiveram encontro durante a semana, os frades puderam conhecer o Plano de Evangelização e conversar sobre o Plano Operacional. No final da tarde, um grande encontro envolvendo comunicadores, jornalistas, cinegrafistas, editores e produtores. Dessa vez quem assessorou o encontro, juntamente com Frei Gustavo, foi o Frei Marcelo Tadeu da Silva Cardoso, em ano pastoral na Fraternidade de
Pato Branco. Seguindo o roteiro, os confrades recapitularam conceitos da comunicação e promoveram oficinas e dinâmicas com o grupo! E para encerar, no dia 6 foi realizado o encontro de produção das Fundações. Esse setor, entre outras coisas, desenvolve materiais religiosos para rádios, TV e redes sociais. Frei Alan Leal de Matos, atualmente atuando na Fraternidade de Curitibanos e na Fundação Frei Rogério, enalteceu os passos dados no último triênio, com a repaginação dos programas radiofônicos “Espaço Família” e “Madrugada Franciscana”, além da grande quantidade de podcast. Na ocasião do encontro foi elaborada a programação dos conteúdos a serem produzidos nos meses de maio e junho: Campanha contra a Dengue, Maio Amarelo (Campanha contra os acidentes de Trânsito), Dia do Trabalho, São José Operário, Mês Mariano, Santo Antônio, São João e São Pedro, Semana do Meio Ambiente, Corpus Christi e outros. Em nome das Fundações Celinauta e Frei Rogério, queremos agradecer aos assessores Frei Gustavo e Frei Marcelo e a todos os confrades e leigos que se envolvem na nobre missão de comunicar a Boa Nova de Cristo ao modo de Francisco de Assis, e almejamos continuar exercendo bem a missão a nós confiada! Frei Neuri Francisco Reinisch
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UNIFAG comemora 20 anos de certificação com ampliação de suas instalações
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om larga experiência e tradição, a Unidade Integrada de Farmacologia e Gastroenterologia (UNIFAG) comemora seus 21 anos de certificação com um projeto de ampliação de sua estrutura física, sendo criada a Unidade Clínica II, com inauguração prevista para junho de 2022. A nova área tem um espaço de aproximada-
mente 1.700m² e 72 leitos, contando ainda consultórios, salas de coleta, uma Unidade Semi intensiva de Terapia, farmácia e espaços administrativos, dentre outros. Com as duas unidades clínicas, a UNIFAG contará com uma área total de cerca de 3 mil m² com 120 leitos, aumentando sua capacidade em mais de 150%. Fundada em 1994, a UNIFAG, uma Unidade de Pesquisa da Universidade São Francisco (USF), mantida pela Casa de Nossa Senhora da Paz – Ação Social Franciscana, é um dos maiores Centros de Pesquisa de Bioequivalên-
cia do Brasil, voltada para a prestação de serviços e para a pesquisa, contribuindo, assim, para a política de saúde pública e desenvolvimento científico e tecnológico no país. Na segunda fase do projeto, prevista para o segundo semestre de 2022, a UNIFAG irá ampliar sua estrutura analítica em um novo prédio, que também abrigará os laboratórios do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ciências da Saúde da USF. Para o Presidente da Casa de Nossa Senhora da Paz – Ação Social Franciscana, mantenedora da UNIFAG, Frei Thiago Alexandre Hayakawa, a UNIFAG precisa estar em constante transformação para manter e cumprir sua missão de contribuir com a consolidação do programa de medicamentos genéricos no Brasil e com a ciência brasileira, com profissionalismo e capacidade técnica, originária de sua tradição e inquestionável idoneidade. Ana Paula Moreira
Celinauta conquista segundo lugar no premio FIEP de Jornalismo
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oram revelados na noite da quarta-feira, 06/04, em Curitiba, na sede da Federação das Industrias do Estado do Paraná, os vencedores do Prêmio FIEP de Jornalismo . Mais uma vez, a Radio Celinauta estive entre os finalistas. Os jornalistas Thiago Tessaro e Edson Honaiser, com edição de Fabiano Marangon, conquistaram o segundo lugar na categoria Rádio com a série de reportagem “Forte atuação das indústrias ameniza efeitos da pandemia”. A disputa envolveu 236 projetos, sendo selecionados 15 finalistas nas categorias fotojornalismo, internet, jornalismo impresso, reportagem rádio e reportagem TV, e seis destaques regionais. Um recorde de participações entre
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todas as edições do evento, que é realizado desde 2014 e totaliza 929 trabalhos inscritos e 111 premiações. A novidade este ano foram os prêmios regionais. O Paraná foi divido em seis macrorregiões e o trabalho que recebeu a maior nota recebeu o prêmio regional. Para o jornalista Thiago Tessaro, o reconhecimento vai além do jornalismo: “Pra gente é importante receber o prê-
mio, mas isso mostra também o trabalho desenvolvido pelas indústrias regionais”. O jornalista Edson Honaiser destaca a valorização do profissional do jornalismo e da Rádio Celinauta: “Estar entre os finalistas e ser premiado pela FIEP é uma alegria que não cabe no peito. Revela que o interior tem emissoras e trabalhos que primam pela qualidade”. Já o editor da série de reportagens premiada, Fabiano Marongon enalteceu o trabalho de edição numa reportagem de rádio: “Eu recebo o material bruto e o preparo para torná-lo mais audível, com a inclusão de trilhas especiais”. O presidente da FIEP, Carlos Valter Martins Pedro, ao usar a palavra no evento, enalteceu o trabalho da imprensa: “ É um reconhecimento sincero
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Consternação do Ministro Geral pelo assassinato de Frei Wilberth Daza Rodas na Bolívia
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Ministro Geral, Frei Massimo Fusarelli, expressou sua tristeza pelo assassinato de Frei Wilberth Daza Rodas, da Província Missionária de Santo Antônio, na Bolívia, no sábado santo, 16 de abril de 2022. Segue abaixo a carta do Ministro Geral: Caro irmão Ministro e todos os irmãos, Que o Senhor lhes dê a paz! Ontem, juntamente com o Definitório Geral, tomei conhecimento da triste notícia do assassinato de Pe. Wilberth Daza Rodas, depois da Vigília Pascal celebrada em Santa Cruz de la Sierra. A razão parece banal e a violência brutal do ataque provoca dor profunda e muitas perguntas. Certamente é também um sintoma da difícil situação social do país. Com isto, desejo expressar de maneira muito simples a minha proximidade e a de todos
os irmãos do Definitório Geral à sua Província tão dolorosamente afetada, à família da vítima e a todos aqueles que o conheceram e o amaram. Frei Wilberth - um irmão humilde e prestativo - encontrou-se com a Irmã Morte depois de celebrar Aquele que derrotou a morte e saiu do sepulcro glorioso e vitorioso. Que o Senhor Ressuscitado vos acompanhe nos braços misericor-
diosos do Pai, envolto no Espírito e sustentado pela Virgem Imaculada e Nosso Pai São Francisco. Na companhia dos irmãos da Custódia de Marrocos com os quais começo hoje o Capítulo, rezemos pelo seu descanso eterno, pela sua família e por todos vós, juntamente com a intercessão de tantos irmãos da Ordem. Muitas vezes não entendemos o significado do que nos acontece e clamamos a Deus com nossa dor e nossa reivindicação. Também pedimos uma fé mais firme e profunda. Com estes sentimentos, envio-vos um abraço fraterno, irmãos, certo de que o Senhor saberá dar a sua consolação e restituir o bem que passa pela vida e dedicação do nosso irmão. Com a bênção seráfica, seu irmão e servo Frei Massimo Fusarelli
Exercícios espirituais dos Ministros Gerais Franciscanos e seus Definidores no Monte Alberne De 4 a 9 de abril, no Santuário Franciscano do Monte Alverne, em Arezzo (Itália), realizaram-se os exercícios espirituais dos Ministros Gerais e dos Frades Definidores Gerais da Primeira Ordem Franciscana e da Ordem Terceira Regular: Ordem dos Frades Menores (OFM), Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, Ordem dos Frades Menores Conventuais e Ordem Terceira Regular (TOR). Juntamente com os quatro Ministros Gerais - Frei Massimo Fusarelli, OFM, Frei Roberto Genuin, OFMCap, Frei Carlos Trovarelli, OFMConv, e Frei Amando Trujillo Cano, TOR- 26 irmãos que fazem parte dos Definitórios da Primeira Ordem participaram Monte Alverne. Durante os três primeiros dias as reflexões foram conduzidas por Frei Antonio Ramina, OFMConv, Reitor da Basílica
de San Antonio de Pádua, e os dois últimos dias por Frei Francesco, OFM, chefe da ermida do Alverne. Os exercícios terminaram neste sábado, 9 de abril, com a reunião da Conferência de Ministros Gerais. FONTE: SITE DA OFM
comunicações
ABRIL 2022
DISCURSO DE FREI ISAURO Aos meus queridos Irmãos da Ordem dos Frades Menores, O Senhor te conceda a paz! Inicio estas palavras de ação de graças com o alegre anúncio da Vigília Pascal: “Aleluia, Aleluia, O Senhor ressuscitou, Aleluia Aleluia”. É a melhor e mais bela expressão de alegria, júbilo e de um futuro eterno que a Igreja tem para conter e expressar a vida e celebrar a Eucaristia, sacramento permanente da Kénosis de Jesus Cristo que enche toda a Igreja de esperança e de uma nova visão de toda a humanidade. Compartilho com vocês que, assim como meus irmãos no último Capítulo Geral me escolheram para servir a Fraternidade como Vigário Geral, o Papa Francisco Bispo de Roma e da Igreja Universal me devolve ao Chile para ser Pastor-Bispo da diocese de Iquique . Desde meus inícios vocacionais tenho claro de que vim para a vida franciscana para ser frade e assim me formei em minha Província do Chile. Servi com generosidade e alegria em muitos cargos confiados sem procurá-los. Sou irmão franciscano de fé em Jesus Cristo pobre e crucificado e de uma comunidade-fraternidade que o expresse e anuncie de igual forma. Sempre procurei estar atento à situação dos mais pobres e aprender a ler o presente com os outros, em suas luzes e sombras. Nestes dez meses na Cúria senti-me muito bem, colaborei e aprendi muitas coisas. Posso dizer-lhes que os irmãos que formamos esta Fraternidade internacional cultivamos um bom clima fraterno de respeito, oração, alegria, responsabilidade e trabalho. Cultivamos boas relações e colaboração entre os Definidores e, especialmente para mim, foi muito agradável trabalhar com Frei Massimo, Ministro, na animação da Ordem. Com simplicidade dei o meu melhor em tudo que me foi confiado. Depois de falar com o Ministro e rezar, aceitei a nomeação do Papa Francisco. O que tem me ajudado é: Nas últimas semanas rezei com o Ícone do Cristo de São Damião que, como todos sabemos, falou ao nosso pai São Francisco e a nós hoje “Ide e reparai a minha Igreja que ameaça ruir” (2Cel 10; LM 2, 1; TC 13). A realidade que a Igreja vive no Chile com suas luzes e sombras. Especialmente o tema dos abusos e a necessidade de continuar seguindo o caminho da vida evangélica, reparação, simplicidade e sinodalidade. Pessoalmente, não me apego a ofícios, aceito-os e vivo em liberdade como um dom recebido para servir. Os frades do Definitório geral saberão dar um novo frade para servir a Ordem como Vigário Geral. Digo-vos que, a partir da minha experiência pastoral, e agora da nomeação de Bispo, me anima a ser Pastor no meio do Povo de Deus, caminhando com todos, atravessando fronteiras e sendo uma Comunidade chamada a configurar-se com o Ressuscitado que tem as pegadas da Cruz, para que muitos crucificados possam ser abraçados e abaixados da cruz com uma vida digna. Confiando em Maria, Virgem feita Igreja, em São Francisco, em Santa Clara e em milhares de irmãos e irmãs de ontem e de hoje, discípulos fiéis de Jesus me ajudarão a ser pastor no estilo de Jesus. Com eterna gratidão
FREI ISAURO COVILI
Vigário Geral é nomeado bispo
E
leito no dia 14 de julho do ano passado para o sexênio 20212027, o chileno Frei Isauro Ulises Covili Linfati recebeu, no dia 22 de abril, uma nova missão: foi nomeado bispo pelo Papa Francisco para a Diocese de Iquique, no Chile. O comunicado de sua nomeação foi feito pelo Ministro Geral, Frei Massimo Fusarelli, na Sala Duns Escoto da Cúria Geral, após a recitação do Angelus, ao meio-dia. Frei Massimo saudou o seu confrade na nova missão e disse que, em nove meses, sua presença no Governo Geral da Ordem dos Frades Menores foi “serena e construtiva”. A mesma manifestação teve o Definitório Geral que desejou um frutífero ministério espiscopal. Frei Isauro é natural de Lumaco, Diocese de Temuco, onde nasceu no dia 22 de março de 1961, filho de Pablo e Cecília. Ingressou no Noviciado dos Frades Menores em 16 de julho de 1981 e professou temporariamente em 16 de janeiro de 1983. Fez a profissão definitiva na Ordem dos Frades Menores em 20 de março de 1987 e foi ordenado sacerdote no dia 23 de novembro de 1990. Frei Isauro foi eleito Ministro Provincial da Província da Santíssima Trindade do Chile no dia 16 de outubro de 2016 para o sexênio de 2017-2022. Na ocasião, ele era pároco em “São José Operário” do setor La Antena e Vigário Provincial da Província chilena. Frei Isauro tem pautado sua vida por uma evangelização inclusiva e transformadora. Viveu durante oito nos em uma fraternidade de inserção numa zona periférica de Santiago e durante dez anos trabalhou como membro da entidade de não violência Sebastián Acevedo (ações nas ruas), contra a tortura em tempos de Augusto Pinochet; e foi membro de um grupo de formação contra a impunidade no início dos anos 90. Frei Massimo Fusarelli: “Sentiremos sua ausência. Ao mesmo tempo, como Ministro do Definitório geral, desejamos a Frei Isauro um fecundo ministério episcopal no estilo de fraternidade e minoridade de São Francisco e da Ordem. Em espírito de corresponsabilidade eclesial, aceitamos este chamado para servir a Igreja no Chile em um momento em que se exige uma nova resposta ao serviço do Reino de Deus. Sabemos que a Igreja no Chile vive um momento de grande e nada fácil conversão. Estamos certos de que a presença humana, fraterna e pastoral do Irmão Isauro poderá dar, com a ajuda de Deus, uma ajuda válida”.
Aggenda 2022
Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil
AS ALTERAÇÕES E ACRÉSCIMOS ESTÃO DESTACADOS EM VERMELHO.
MAIO
JUNHO
02 a 04
02
Reunião dos Guardiães e Coordenadores de Fraternidade (Agudos, SP)
05 a 06 Reunião do Definitório Provincial (Agudos, SP)
07 Ordenação Presbiteral de Frei Josemberg Cardozo Aranha (Duque de Caxias, RJ)
14 Ordenação Presbiteral de Frei Junior Mendes (Santo Amaro da Imperatriz, SC)
15 a 17 Encontros Regionais (Espírito Santo e Vale do Itajaí-Leste Catarinense)
22 a 24 Encontros Regionais (Curitiba e Frei Bruno)
29 a 31 Encontros Regionais (Rio de Janeiro e São Paulo)
26
DIA COM MARIA E FREI GALVÃO (APARECIDA/GUARATINGUETÁ, SP)
Reunião dos Mestres de Formação (Petrópolis, RJ)
JULHO
03
18 a 21
Reunião da Coordenação da Formação Inicial (Petrópolis, RJ)
Retiro Provincial (Rodeio, SC)
04
Assembleia da FIMDA
Ordenação Presbiteral de Frei Alan Leal de Mattos (Petrópolis, RJ)
07
Reunião do Conselho da Formação e Estudos (on-line)
11 e 12
Encontro Vocacional Regional (Petrópolis, RJ)
18 e 19
Encontro Vocacional Regional (Ituporanga, SC)
21 a 23
Reunião do Definitório Provincial
25 e 26
Encontro Vocacional Regional (Guaratinguetá, SP)
25 a 27 AGOSTO
30 a 01.09
Reunião do Definitório Provincial
SETEMBRO
05 a 08
Retiro e Encontro Under Ten (Guaratinguetá, SP)
15 a 30
Encontros ampliados das Frentes de Evangelização (presencial ou on-line)
NOVEMBRO
07 a 10
Conselho Plenário Provincial (Agudos, SP)
11 a 14
Reunião do Definitório Provincial (Agudos, SP)
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ALTAR do mor
A comunicações ABRIL 2022
De Israel um injusto tribunal, um dia, E por tramoia dos romanos, uns vilões, Matou Jesus, conduzindo-o à ignomínia, Crucificando-o no meio de dois ladrões. E a cruz que era um instrumento=o de maldição, Passou pra história como altar do Amor Profundo. Nela morreu Jesus, a nossa salvação, E de seu sangue jorrou o perdão pro mundo. Mas, o inocente que foi morto e sepultado, Após três dias o vimos ressuscitado, Prometendo que quem nele crê, jamais morre. Bendita Cruz em que morreu o Salvador, Altar para sempre do mais Sublime Amor, E mais fiel lição para a humanidade. Frei Walter Hugo de Almeida, OFM