Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil
JANEIRO de 2019 • ANO LXVII • N o 01
Mês da Juventude
“Fazer germinar sonhos e florescer esperanças”
SUMÁRIO MENSAGEM DO GOVERNO PROVINCIAL
“Fazer germinar sonhos e florescer esperanças”, Frei César Külkamp e Frei Gustavo Medella....................................................................................... 3
FORMAÇÃO E ESTUDOS
Primeira Profissão em Rodeio..................................................................................................................... 6 Frei Raimundo prega retiro aos noviços.............................................................................................. 7 Nasce a “Casa-Mãe” de Angola............................................................................................................... 10 Frei César acolhe os noviços em Rodeio......................................................................................... 12 Frei Régis prega retiro para os postulantes.................................................................................... 13 As prímicias de Frei Ermelindo Bambi............................................................................................... 14 Primeira Missa de Frei João Canjenjenga........................................................................................ 16 Seis frades renovam o ‘sim’ em Petrópolis....................................................................................... 17 Festa da Imaculada - Renovação dos votos em Rondinha................................................... 18 Festa em Angola: 25 jovens renovam os votos........................................................................... 22 Como foi o Ano Missionário para sete jovens frades............................................................... 24 Encerramento do ano letivo no ITF.................................................................................................... 28 Boff celebra 80 anos de vida................................................................................................................... 28
FRATERNIDADES
sÉRIE NOSSOS FRADES: Frei Hipólito Martendal......................................................................... 30 Lançada a Festa da Penha de 2019..................................................................................................... 34 Encontro de dois Regionais em Itoupava....................................................................................... 35 Jubileus em São Paulo................................................................................................................................. 36 Jubileus em Bragança Paulista e encerramento festivo do Regional São Paulo................................................................................................................................. 40 No Convento Santo Antônio, a 4ª Exposição Franciscana de Presépios...................... 44 Exposição de presépios no Convento da Penha........................................................................ 45 O mistério da encarnação retratado no centro de São Paulo............................................ 46 Emoção e fé marcam a missa em Ação de Graças pela jovem Maria Amida Kammers..................................................................................................... 47
EVANGELIZAÇÃO
JMJ: A primeira da América Central.................................................................................................... 48 Notícias do Bom Jesus................................................................................................................................ 54
SAV
8ª Caminhada Franciscana da Juventude em Curitibanos................................................... 58
CONGRESSO CAPITULAR
Boletim da primeira etapa (26 a 29/11)............................................................................................61 Boletim da segunda etapa (10 a 12/12)........................................................................................... 65 Recomposição das Fraternidades........................................................................................................ 72
FRATRUMGRAM ESPECIAL
Ecos do Capítulo............................................................................................................................................. 78
AGENDA ...................................................................................................................................................... 80
Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil Rua Borges Lagoa, 1209 - 04038-033 | São Paulo - SP www.franciscanos.org.br | ofmimac@franciscanos.org.br
“Fazer germinar sonhos e florescer esperanças”
mensagem
Paz e Bem!
S
ínodo, Caminhada, Jornada, Missões Franciscanas da... JUVENTUDE. A profusão de iniciativas que convergem para a participação e o protagonismo dos jovens revela a força do tema na vida da Província, da Igreja e do Mundo. Neste ano em que se celebra o oitavo centenário do encontro pacífico e dialogal entre Francisco de Assis e o Sultão Melek-el-Kamel, em Damieta, no Egito, queremos nos colocar com especial abertura ao diálogo e, para que este ocorra de fato, faz-se necessária uma sincera disposição para a escuta. Desejamos, portanto, ser uma Província empenhada em escutar. Queremos ouvir a voz entusiasmada e provocante de nossas juventudes. Mesmo quando nos dizem verdades capazes de nos desinstalar, queremos nos colocar em espírito de acolhida, livrando-nos de preconceitos e estereótipos, conforme nos ensina o Papa Francisco em seu discurso de abertura do Sínodo da Juventude: “Um primeiro passo rumo à escuta é libertar as nossas mentes e os nossos corações de preconceitos e estereótipos: quando pensamos já saber quem é o outro e janeiro de 2019 – comunicações
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MENSAGEM
o que quer, então teremos verdadeiramente dificuldade em escutá-lo seriamente”. Nesta direção, o Papa nos convida a vencermos as barreiras geracionais para, juntos, vivermos um encontro capaz de gerar esperanças. Com a “Juventude Caminheira”, que se prepara para percorrer 61 km entre as montanhas do Planalto Catarinense, em Curitibanos, de 11 a 13 de janeiro, queremos aprender a disposição de nos colocar a caminho, impulsionados pelo mesmo lema evangélico que os jovens escolheram para a Caminhada Franciscana da Juventude: “Todos saberão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros” (Jo 13, 35). Estes jovens nos ensinam que, diante do cansaço, das dores e dos desafios do caminho, o melhor remédio é o amor fraterno e mútuo. Nossa capacidade de superação é diretamente proporcional à nossa disposição para abraçarmos amorosamente as exigências do discipulado. Na caminhada do triênio que se inicia, precisaremos nos apoiar mutuamente para abraçarmos os desafios do redimensionamento que urgem de nós a ousadia de deixarmos lugares que nos são extremamente caros, que marcaram a vida de nossa Fraternidade Provincial e a vida pessoal de muitos confrades que deixaram nessas presenças um pedaço de seu coração. Levantar acampamento para seguir em frente não é tarefa das mais fáceis, mas, com a graça de Deus e ajudando-nos mutuamente, produziremos bons frutos de itinerância e discipulado. Outro lema que nos toca profundamente é aquele assumido para a 34ª Jornada Mundial da Juventude, a se realizar entre 22 e 27 de janeiro, no Panamá. Inspirando os jovens do mundo inteiro, a jovem
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Maria de Nazaré, que diz: “Eis aqui a serva do Senhor: faça-se em mim segundo a tua Palavra” (Lc 1,38). Esta disposição de se colocar a serviço é caminho para vencermos o individualismo e a autorreferencialidade. O bom êxito da missão de Francisco diante do sultão se deu justamente porque o Seráfico Pai não pensou primeiramente em si nem foi atrás de sucesso ou reconhecimento. Apenas buscou fazer o que sua consciência julgava como o melhor a ser feito. Em artigo para o jornal Corriere della Sera, de 28 de abril de 2017, Frei Enzo Fortunato, OFMConv., escreve: “O Santo e os seus frades convidavam as pessoas àquele diálogo da vida, no qual a verdade não é possuída por ninguém, mas é descoberta em conjunto através da partilha das experiências de vida”. Nesta direção de escuta e diálogo é que, para este ano, atendendo ao apelo dos próprios jovens, a Província dá início à caminhada do Conselho da Juventude, uma articulação do Serviço de Animação Vocacional com o Secretariado para a Evangelização e que deseja reunir expressões das juventudes ligadas às nossas cinco Frentes de Evangelização. O primeiro encontro está marcado para os dias 16 e 17 de fevereiro, no Convento São Francisco, em São Paulo. Janeiro também é tempo de celebrarmos importantes passos de nossos irmãos da Formação Inicial. Nos dias 10, 20 e 30 deste mês, teremos, respectivamente, a primeira profissão e a vestição dos noviços, em Rodeio, SC; e a admissão dos postulantes, em Guaratinguetá. Também haverá a admissão dos noviços angolanos que, neste ano, realizam a etapa em seu próprio país de origem. Com estes novos irmãos,
desejamos todos atualizar nosso “Sim” pessoal diante do chamado do Senhor e de sua proposta evangélica, fazendo coro com o Seráfico Pai: “É isto que eu quero, é isto que eu procuro, é isso que eu desejo fazer de todo coração”. O Sínodo da Juventude foi realizado e aguardamos com muita esperança que os frutos deste processo sejam abundantes. A mesma expectativa nutrimos em relação ao Capítulo recém-celebrado e ao triênio que se inicia. Para externar nossas melhores expectativas, mais uma vez lançamos mão das sábias palavras do Papa Francisco no discurso de abertura do Sínodo da Juventude, aplicando-as à nossa vida provincial: “Esforcemo-nos, pois, por procurar ‘frequentar o futuro’ e por fazer sair deste Sínodo [Capítulo] não só um documento – que geralmente é lido por poucos e criticado por muitos – mas sobretudo propósitos pastorais [fraternos] concretos, capazes de realizar a tarefa do próprio Sínodo [Capítulo], que é fazer germinar sonhos, suscitar profecias e visões, fazer florescer a esperança, estimular confiança, enfaixar feridas, estreitar relações, ressuscitar uma aurora de esperança, aprender um do outro, e criar um imaginário positivo que ilumine as mentes, aqueça os corações, restitua força às mãos e inspire aos jovens [frades] – a todos os jovens [frades], sem excluir nenhum – a visão dum futuro repleto da alegria do Evangelho. Obrigado!”. Que Deus ilumine e guie nossos passos neste ano que se inicia! Com estima fraterna,
Frei César Külkamp Ministro Provincial
Frei Gustavo W. Medella Vigário Provincial
ANO NOVO Morreu Dois Mil Dezoito, na paz sagrada, Tempo de flores, dores, e com certeza, A luz da minha Fé trouxe fortaleza, Vivi alegre nesse chão de minha estrada. Por essa razão, louvo a Deus, meu Senhor, Peço que a Graça dele me venha a mim, Transforme meu peito num lindo jardim. Dois Mil Dezenove traga a Luz do Amor. Este Ano novo, certo, melhor será, E tenho certeza na minha esperança, E todo o caminho se iluminará... Nesse caminho que a meu Deus eu propus, E ele me deu o Dom de sua Alegria, Feliz me ardo, sim, na chama dessa Luz. Frei Walter Hugo de Almeida
formação e estudos
Primeira Profissão em Rodeio
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Noviciado São José de Rodeio, em Santa Catarina, estará em festa no dia 10 de janeiro de 2019 com a Primeira Profissão de 17 noviços. Depois de viverem um ano intenso de oração, trabalho e estudos do modo de vida franciscano, o Definitório Provincial deulhes o aval que façam a Profissão Temporária na Ordem dos Frades Menores, durante a Celebração Eucarística, presidida pelo Ministro Provincial Frei César Külkamp, às 19 horas, na Igreja São Francisco de Assis. Esta 117ª turma do Noviciado é composta por doze brasileiros: Frei Daniel Maciel; Frei Francis-
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co Teixeira Junior; Frei Franklin Matheus da Costa; Frei Gabriel Nogueira Alves; Frei Guilherme Plotegher Neto; Frei Josielio da Silva Oliveira; Frei Lucas Moreira Almeida; Frei Marcelo Tadeu da Silva Cardoso; Frei Roberto Rocha da Silva; Frei Sérgio Hide Honna; Frei Thierry Melo de Paula; Frei Yves da Costa Bernardes Leite; e cinco angolanos da Fundação Imaculada Mãe de Deus (FIMDA): Frei Abel Ndala Sahuma Nganji; Frei Clementino Samuel Miguel; Frei David Vicente da Conceição Gaeita; Frei Luís António Gungo; Frei Valódia João Manuel Baptista Manuel. O brasileiro Frei Éverton Junior Goschel Broilo continua por
mais um tempo fazendo a experiência do Noviciado. Segundo o Mestre Frei Samuel Ferreira de Lima, este ano foi intenso, a começar por mais um atraso na admissão dos noviços angolanos, que só chegaram ao Brasil no dia 22 e foram acolhidos em São Paulo no dia 23 de janeiro. “Este ano de noviciado foi tranquilo no aspecto de integração e da caminhada da turma, pois havia sempre muito interesse e empenho em aprofundar a espiritualidade e o carisma franciscano. Os desafios foram os inúmeros problemas de saúde que surgiram durante o ano. Alguns já tinham um histórico de tratamentos, outros foram surgindo durante a caminhada, exigindo
formação e estudos
muito jogo de cintura para conciliar exames e consultas em cidades maiores, como Blumenau, Indaial e Timbó e, ao mesmo tempo, horários e tarefas da casa. O elevado número de medicamentos usados nos chama a atenção para um trabalho mais ostensivo na questão da saúde, de uma alimentação equilibrada e saudável. Vivemos, hoje, numa sociedade que fabrica doenças, independentemente de idade, pelo modo incorreto de levar a vida. O nosso carisma e a Laudato Si’ do Papa Francisco nos apontam caminhos de harmonização com as criaturas e o Criador. Só assim teremos saúde plena espiritual e física. Mas as tempestades passaram e todos estão chegando ao fim de mais uma etapa com firmeza e alegrias”, comemora Frei Samuel. O mestre afirma que nesta turma se percebem grandes valores e um desejo ardente de crescimento e amadurecimento na fé e no seguimento de Cristo. “É um grupo com muitas lideranças positivas e que enriquece o caminhar. Há muita criatividade e sentido de pertença. Foi um ano muito rico e cheio de experiências marcantes. Deus seja Louvado por tudo!”, celebra Frei Samuel, que, depois de nove anos, está deixando o Noviciado para continuar sendo mestre dos professos temporários da etapa de Filosofia, em Rondinha.
Segundo a Ordem dos Frades Menores, o tempo da Profissão Temporária é o “período durante o qual se completa a formação para viver de modo mais pleno a vida própria da Ordem e melhor cumprir sua missão”. Na Ordem Franciscana, os votos dos professos temporários são renovados anualmente até o momento da Profissão Solene. A profissão religiosa na Ordem Franciscana, emitida nas mãos do Ministro Provincial, faz-se nos seguintes termos: “Para louvor e glória da Santíssima Trindade, eu, Frei N.N., tendo o Senhor me dado a graça de seguir mais de perto o Evangelho e os passos de nosso Senhor Jesus Cristo, em tuas mãos, Frei Fidêncio Vanboemmel, com firme fé e vonta-
de, faço voto a Deus, Pai santo e todo -poderoso, de viver por um ano, em obediência, sem nada de próprio e em castidade. Ao mesmo tempo, professo a vida e a regra dos Frades Menores, confirmada pelo Papa Honório, e prometo observá-la fielmente segundo as Constituições da Ordem dos Frades Menores. Entrego-me, pois, de todo o coração a esta Fraternidade, para que, pela ação eficaz do Espírito Santo, guiado pelo exemplo de Maria Imaculada, por intercessão de nosso Pai Francisco e de todos os santos, e com a ajuda fraterna de todos, eu possa tender constantemente para a perfeita caridade, no serviço a Deus, à Igreja e aos homens”.
Moacir Beggo
Frei Raimundo prega o retiro dos noviços
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o dia 3 a 7 de dezembro foi realizado o retiro para Primeira Profissão dos noviços no Eremitério Beato Frei Egídio de Assis, em Rodeio (SC). Foram refletidos os elementos essenciais da consagração religiosa e seus fundamentos, a mística que está por trás de cada elemento da fórmula da profissão
religiosa, tendo como fontes de meditação a Regra, as Constituições, as Sagradas Escrituras e as Fontes Franciscanas. Foram momentos de oração, convivência, reflexões e celebrações litúrgicas com o pregador Frei Raimundo Justiniano de O. Castro. No começo de sua explanação, o pregador lembrou que os frades pro-
fessam “a regra e a vida dos irmãos menores” dada por Deus a Francisco de Assis e confirmada pela Igreja. Ele, em nome do Senhor e com desejo honesto, viveu aplicadamente a observância do santo Evangelho e quis que seus irmãos nutrissem profundo amor a Jesus Cristo, seguindo suas pegadas e formassem uma fraternidajaneiro de 2019 – comunicações
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formação e estudos
de minorítica sob a proteção do Espírito Santo e da Dama Pobreza. Nesta fraternidade, os irmãos são chamados a viver a inspiração divina dada por Deus. E, para melhor imitar o Cristo pobre, humilde, crucificado e ressuscitado, Francisco de Assis pediu duas graças: “Sentir em seu corpo as dores de Cristo e amar como Ele amou”, recordou Frei Raimundo. O seguimento de Jesus Cristo deve-se tornar concreto na vida do frade menor. O Evangelho deve circular da cabeça ao coração e do coração às mãos, principalmente nos momentos amargos. Neles, o murmúrio e a lamentação devem ser dissipados pelas palavras
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do Evangelho e da Regra que “deveriam ser temas de nossas conversas fraternas”, frisou o frade. Quando falava dos votos, Frei Raimundo disse que os religiosos, pela vivência dos mesmos, “se tornam exemplos e testemunhas de Jesus e de seu Reino para toda humana criatura”, sendo peregrinos e forasteiros neste mundo materialista e consumista, onde o ter e o poder corrompem o ser e as relações fraternas. Também pediu para se ter cuidado com o secularismo, o relativismo e a ganância que podem corromper a vida religiosa, por serem tão sutis. Deixou claro que a familiaridade com Deus é imprescindível para a cura desses males. Ela consiste em falar com o Senhor e deixá-Lo falar através do cultivo da vida de oração, meditação contínua, simplicidade, humildade, minoridade, serviço e relação fraterna baseada na confiança e transparência para dis-
cernir a vontade do Altíssimo e, deste modo, não perder o amor e o vigor inicial, o ponto de partida, pois quem é recebido benignamente também deve viver benignamente na Ordem e na Igreja, sendo fiel à fé que, de livre e espontânea vontade, se quer professar. No final, desejou aos noviços força na caminhada e um constante e intenso contato com o Senhor e mestre Jesus e, citando Francisco de Assis, lembrou-lhes que sempre de novo é preciso recomeçar e nunca ficar parado, pois o Senhor não desampara os que Ele chama. O retiro terminou com a oração das Vésperas da Solenidade da Imaculada Conceição e com a Missa na capelinha do Eremitério. Em seguida, os noviços regressaram ao Noviciado nutridos de sabedoria espiritual e com ânimo para a Primeira Profissão.
Frei David V. da C. Gaieta
Abel Ndala Sahuma Nganji
fimda
Nascimento: 09/07/1995 Naturalidade: Viana, Luanda
Clementino Samuel Miguel
fimda
Primeira Profissão 2019
Lucas Moreira Almeida Nascimento: 19/01/1999 Naturalidade: Vila Velha, ES
Luis António Gungo
fimda
Nascimento: 11/03/1992 Naturalidade: Luena, Moxico
Nascimento: 01/12/1990 Naturalidade: Kilamba Kiaxi, Luanda
Daniel Maciel Nascimento: 04/06/1994 Naturalidade: Curitibanos, SC
Marcelo Tadeu da Silva Cardoso Nascimento: 28/08/1984 Naturalidade: São Paulo, SP
David Vicente da Conceição Gaeita
fimda
Nascimento: 20/06/1996 Naturalidade: Calulo, Libolo, Cuanza Sul
Roberto Rocha da Silva Nascimento: 02/05/1980 Naturalidade: Itambé, BA
Francisco Teixeira Junior Nascimento: 22/02/1993 Naturalidade: São Miguel Arcanjo, SP
Sérgio Hide Honna Nascimento: 25/02/1973 Naturalidade: Itaí, SP
Franklin Matheus da Costa Nascimento: 13/04/1999 Naturalidade: Heliodora, MG
Thierry Melo de Paula Nascimento: 18/05/1999 Naturalidade: São Paulo, SP
Gabriel Nogueira Alves Nascimento: 05/07/1997 Naturalidade: São Paulo, SP
Yves da Costa Bernardes Leite Nascimento: 11/03/1989 Naturalidade: Rio de Janeiro, RJ
Guilherme Plotegher Neto Nascimento: 29/01/1989 Naturalidade: Governador Lindenberg, ES
Josielio da Silva Oliveira Nascimento: 13/01/1990 Naturalidade: Montanhas, ES
Valódia João Manuel Baptista Domingos
fimda
Nascimento: 13/11/1995 Naturalidade: Malange
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formação e estudos
admissão dos noviços
Nasce a “Casa-Mãe” de Angola Adriano Fernando Sumbelelo Nascimento: 17/01/1995 Naturalidade: Benguela (Benguela)
Noviços FIMDA 2019
Daniel Carlos Teresa Nascimento: 19/04/1991 Naturalidade: Soyo (Zaire)
Inácio Filipe Puto Nascimento: 23/07/2000 Naturalidade: Ganda (Benguela)
Fernando José Dange Nascimento: 9/01/1997 Naturalidade: Negage (Uíge)
Jerónimo Cheia Mário Nascimento: 1º/05/1996 Naturalidade: Catchiungo (Huambo)
Francisco Luís Lupasso Nascimento: 1º/12/1990 Naturalidade: Cangola (Uíge)
João Pedro Pessoa Lima Nascimento: 23/09/1991 Naturalidade: Catete (Bengo)
Herculano José Nuñgulo Nascimento: 25/12/1995 Naturalidade: Luvemba (Huambo)
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stamos findando mais um ano em nossa Fraternidade do Postulantado, em Quibala, Angola. Este foi para nós um ano intenso e frutífero no caminho de aprendizado e discipulado na vida franciscana. Um ano que nos provocou a passar por um processo de conversão pessoal e fraterna e, assim, aos poucos, foi nos preparando para o ano de noviciado. E, neste
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Hilário Kapiñgala Ngundja Nascimento: 30/09/1997 Naturalidade: Dombe Grande (Benguela)
Venâncio C. Candundo Nascimento: 5/01/1996 Naturalidade: Catchiungo (Huambo)
sentido, posso dizer que esta turma abriu-se para fazer conosco uma experiência de Deus, e fazer a experiência de Deus é se deixar formar pelo espírito que nos move e que, aos poucos, vai gerando o nosso jeito, o nosso modo de ser como Frades Menores, firmando assim nossa identidade religiosa. E como é gratificante ver e sentir o crescimento deles nesta busca. Com simplicidade fomos, então,
construindo o nosso dia a dia pela oração, pelo estudo, pelo trabalho, pela vida em fraternidade e, nesta práxis, é forte se deixar surpreender pelo cotidiano, não se deixar perder na “mesmice” de cada dia, serenar as inquietudes, o que é bem desafiante para os jovens nesta fase formativa, e creio que para todos nós, segundo o tempo que estamos vivendo. Assim sendo, afirmo que é gratificante chegar
formação e estudos
ao final deste ano e ver nos olhos de nossos jovens irmãos o brilho e a alegria de quem está de coração livre e espontâneo para acolher a nova etapa formativa: o Noviciado. Está é outra grande alegria e bênção para o tempo que estamos vivendo em nossa Missão, em Angola. Pois, no próximo ano, o Noviciado será feito aqui e não mais no Brasil. Esta Fraternidade que até então acolheu os postulantes, a partir de janeiro acolherá os noviços angolanos. O que muda?! Enquanto processo formativo, no que é essencial e vital para o Noviciado, a experiência será a mesma. Entretanto, cientes de que “noviço começa a vida na Ordem, e continua o seu discernimento e o aprofundamento da própria decisão de seguir a Jesus Cristo na Igreja e no mundo de hoje, segundo o espírito de São Francisco, conhecendo e experimentando mais profundamente a forma de vida franciscana”, o fato de se viver esta intensa experiência na própria realidade eclesial e cultural, é de fundamental valor para o processo formativo deles. Isto, uma vez que a nossa Forma de Vida é igual para todos os frades do mundo,
mesmo que respeitando a individualidade de cada nação, de cada indivíduo, uma vez que procedemos de ambientes geográficos e de valores culturais bem diversos. É deste espírito que nasce e se firma a nossa identidade de Ordem no mundo globalizado de hoje, uma Ordem aberta à internacionalidade, enquanto “peregrina e estrangeira”, porque cada irmão bem formado na sua entidade tem consciência de que é parte de um projeto muito maior, que nos une e nos integra como família onde quer que esteja um de nossos irmãos. Temos a mesma identidade. É esta a experiência que, junto aos nossos irmãos noviços em Rodeio, buscaremos viver aqui em Quibala. Como citado, a essência não pode e nem deve mudar nun-
ca, mas, a busca de amadurecer este processo formativo, nesta realidade, com a coparticipação de nossos confrades e noviços angolanos será extraordinariamente pulsante em nossos corações, pois o noviciado é a “Casa-mãe” e, com a graça de Deus e a iluminação do Espírito Santo, depois de 28 anos em missão nestas terras, estamos acolhendo a nossa “Casa-mãe” da formação, nesta abençoada e fértil terra. Iniciamos nosso ano de Postulantado com 11 irmãos, mas, por fatalidade, um veio a falecer - está na graça de Deus intercedendo por nós - e 10 irão para o noviciado de livre e espontânea vontade, com brilho no olhar e firme propósito no discipulado de Nosso Senhor Jesus Cristo, a exemplo de São Francisco de Assis. Rezemos para que eles perseverem no chamado que Deus lhes fez! Estamos em comunhão de oração com todos! Em São Francisco e Santa Clara: Paz e Bem!
Frei Marco Antonio dos Santos Mestre dos Noviços
formação e estudos
Frei César acolhe os noviços em Rodeio Davi Gabriel Lutzke Nascimento: 17/01/1993 Naturalidade: Marechal Floriano/ES
Irven Gabriel de Jesus dos Santos Nascimento: 23/11/1997 Naturalidade: Cariacica/ES
Éverton Junior Goschel Broilo Nascimento: 14/09/1999 Naturalidade: Xaxim, SC.
Rodolpho Andreazza Marinho Nascimento: 14/06/1997 Naturalidade: Rio Claro/SP
Gabriel Ferreira Salinas Nascimento: 09/09/1994 Naturalidade: Várzea Paulista/SP
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turma do Noviciado de 2019 da Província da Imaculada Conceição do Brasil terá os atuais quatro postulantes, um monge beneditino professo solene que vai fazer a experiência do noviciado franciscano para ingressar na Ordem dos Frades Menores e, a continuação desta etapa por mais um tempo a pedido do noviço Frei Éverton Junior Goschel Broilo. Esses postulantes serão acolhidos na segunda-feira, dia 20 de janeiro, pelo Ministro Provincial Frei César Külkamp durante a oração das Laudes, às 6h30, no Noviciado São José, em Rodeio (SC). Neste ano, os postulantes angolanos dão início à primeira turma do Noviciado da Missão de Angola (veja mais na pág. 10). Segundo o mestre dos postulantes
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Flávio Malta de Souza Nascimento: 01/10/1989 Naturalidade: Natural: Caculé - BA
em 2018, Frei Jeâ Paulo Andrade, este ano de Postulantado foi um pouco atípico e terminou com quatro candidatos ao Noviciado, a menor turma nesses últimos trinta anos. São eles: Davi Gabriel Lutzke; Gabriel Fer-
reira Salinas; Irven Gabriel de Jesus dos Santos e Rodolpho Andreazza Marinho. Também fará parte desta turma Flávio Malta de Souza, monge beneditino que conheceu um pouco da vida franciscana na experiência que fez na Fraternidade Franciscana de Santo Amaro, em Santo Amaro da Imperatriz (SC). Para Frei Jeâ, o programa e as estruturas da casa foram naturalmente adequadas para que o essencial formativo pudesse estar em evidência. “Sentiu-se a necessidade de se trabalhar com a turma, no decorrer do ano, a importância da comunicação fraterna. Comunicar e falar sobre si entendido como uma forma de exercitar a Frei Jeâ à direita de Frei Ciríaco
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comunhão de vida. Muitos problemas fraternos decorrem pela falta do que expressar o que a pessoa sente, o que não gosta, o como poderia ser segundo o seu ponto de vista. Quando não me comunico, roubo da fraternidade a oportunidade de me dar a conhecer, perco a oportunidade de ser pobre o suficiente para me deixar contrariar a ponto de não me frustar por ‘perder’ uma discussão. A melhora da comunicação foi boa para qualificar mais as relações”, explicou o mestre. Da turma que iniciou o ano de Postulantando, cinco desistiram. “Os egressos, nesse período de discernimento, são considerados, de certa maneira, normais. Claro que cada formando que sai é uma provocação para os frades refletirem sobre
o acompanhamento que está sendo dado, os possíveis erros cometidos. Todos temos medo de tomar decisões. Quando é preciso assumir a responsabilidade pela decisão do outro é ainda mais difícil. Em determinados casos, porém, a saída é quase que uma libertação para pessoa. Deus sempre age nesses momentos”, avalia Frei Jeâ. Para ele, o grupo que está revestindo-se com o hábito tem muita consciência do caminho e de mais esse passo que está dando. “Estão bem dispostos para abraçar a vida religiosa. Chama a atenção o fato de três dos quatro futuros noviços já terem clareza pela opção laical. Certamente poderão, agora, beber na fonte do nosso carisma e firmar ainda mais esse dom de Deus para suas vidas”,
adiantou Frei Jeâ. Um dos momentos mais belos e emocionantes da admissão dos noviços será a vestição. Cada candidato receberá o hábito franciscano das mãos do Ministro Provincial e do novo mestre Frei Rodrigo da Silva Santos. Na sacristia, cada um se vestirá e retornará à celebração para assinar o documento de ingresso na Ordem dos Frades Menores. Durante o ano, os noviços intensificam a vida em comum, entre eles e com a Fraternidade Formadora da casa, e participam também de algumas atividades na própria comunidade eclesial e de celebrações das outras casas franciscanas da região.
Moacir Beggo
Frei Régis prega retiro para os postulantes “Somente Deus pode nos levar a consagrar e entregar a própria vida”
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Frei Régis
o dia 29 de novembro, os postulantes do seminário Frei Galvão viajaram com o mestre Frei Jeâ Paulo Andrade para Bragança Paulista, onde participaram de um retiro pregado por Frei Régis Guaracy Ribeiro Daher. O tema do retiro foi a “Vida Consagrada e os votos de pobreza, obediência e castidade”. O espaço retirado e calmo do Convento, repleto de natureza, propiciou um clima muito bom para as meditações dos textos bíblicos e para as reflexões. “Mas foi através da convivência com os frades mais idosos que pudemos ver, como em um espelho, aquilo que meditávamos e partilhávamos durante todo
o retiro: a doação da vida por amor a Jesus Cristo. Vimos os freis já debilitados pela idade, mas que ainda dão um testemunho fiel de vida dedicada ao seguimento do Evangelho”, explicou o postulante Rodolpho Andreazza. “Em suas pregações, Frei Régis afirmava com insistência a importância de vivermos uma busca apaixoda por Deus em nossa consagração, vivendo-a com amor, não só nos grandes fatos e eventos da vida, mas nas pequenas coisas corriquei-
ras do dia a dia, onde podemos concretamente buscar viver cada vez mais e melhor nossa entrega a Deus”, acrescentou Rodolpho. Ele agradeceu a todos da Fraternidade de Bragança Paulista por oferecerem “um momento de espiritualidade tão rico que, para nós, sintetizou aquilo que vimos durante um ano de formação, e que nos deixou mais motivados a ingressarmos no Noviciado com muito entusiasmo”, completou o jovem postulante, que é natural de Rio Claro (SP). janeiro de 2019 – comunicações
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formação e estudos
As primícias de Frei Ermelindo
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o dia 2 de dezembro, início do Ano litúrgico com o Advento, a Paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Viana, acolheu o neo -presbítero Frei Ermelindo Bambi, filho da mesma, para a sua primeira Missa. Era uma manhã serena que prenunciava chuva, mas que não impediu o povo de ir à igreja. Familiares, amigos, fiéis paroquianos e não paroquianos, pessoas vindas de diferentes lugares estiveram presentes. A Celebração teve início às 9h15, e foi concelebrada por Frei João A. Bunga e Frei João B. C. Canjenjenga, neo-ordenados, e pelo pároco Frei Valdemiro Wastchuk, o vigário paroquial Frei Laurindo Júnior, Frei Alisson Zanetti, Frei Marco Antônio dos Santos e Frei Laerte de Faria dos Santos. Contou com a presença dos religiosos e religiosas que prestam
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apoio à Paróquia, as Irmãs Franciscanas Hospitaleiras, Irmãs Salésias e as Irmãs Médicas de Maria. Como reza a tradição, na primeira Missa o neo-sacerdote convida um outro confrade para fazer a homilia, e Frei Ermelindo convidou Frei Laerte Faria para fazer a pregação. O frade dividiu a sua reflexão em dois momentos. No primeiro falou sobre o novo Ano Litúrgico que estava começando e do Tempo do Adven-
to. No segundo, falou sobre a missão do sacerdote. “Sacerdote é um instrumento de Deus, e pela graça sacerdotal ele vive como outro Cristo”, disse. O pregador pediu ao seu confrade para não esquecer as lindas palavras do Seráfico Pai São Francisco: “Considerai a vossa dignidade, irmãos sacerdotes, e sedes santos como Ele é Santo”, disse, resumindo a sua mensagem com estes dois verbos: confiar e rezar. Após a comunhão, São Pedro, querendo tornar o ambiente mais festivo, resolveu “abrir as torneiras do céu” de forma a abençoar o seu povo. Mesmo com muita chuva, o povo permaneceu ali, animado. Momento muito festivo para o povo que acolhia seu filho. Após o canto de ação de graças, a família de Frei Ermelindo ofereceu ao recém-ordenado uma estola, um Lecionário Dominical e
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um Missal Romano. Por sua vez, o neo-sacerdote agradeceu a todos que contribuiram para que se tornasse aquilo que é hoje, de modo particular, aos pais, à comunidade paroquial, à Ordem, especificamente à Província Franciscana da Imaculada Conceição, na pessoa do seu Ministro Provincial, Frei César Külkamp, e à Fundação Imaculada Mãe de Deus de Angola, na pessoa do seu presidente, Frei José Antônio Dos Santos. Celebração no Seminário - Dois dias após a sua ordenação presbiteral em Luanda (27 de novembro), o neo -presbítero Frei Ermelindo presidiu a Santa Missa no Seminário Monte Alverne, em Malange, juntamente com os 48 seminaristas deste ano letivo e com os confrades Frei Roberto Ishara, Frei Heberti Senra Inácio e o aniversariante Frei André Gurzynski. Estiveram presentes também os quatro brasileiros que viajaram para as ordenações de Frei Ermelindo, Frei João Batista Canjenjenga e Frei João
Alberto Bunga: o casal Jairo Pimenta e Ana Lígia Medeiros, e Ercília Coelho, da Paróquia São João de Meriti, e José Zumba, de Duque de Caxias. Estes agradeceram, emocionados, os trabalhos que Frei Ermelindo realizou nas comunidades de São João de Meriti e Duque de Caixas, na Baixa-
da Fluminense, quando cursava Teologia em Petrópolis e fazia ali a sua experiência pastoral nos finais de semana. Os visitantes doaram as camisetas que os seminaristas vestem na foto abaixo.
Frei Evaristo Seque Joaquim
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Primeira Missa de Frei João Baptista
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ma semana depois da Primeira Missa de Frei Ermelindo Francisco Bambi, a sede paroquial Nossa Senhora de Fátima, em Viana, Angola, acolheu os fiéis de diferentes comunidades para a Primeira Missa de Frei João Baptista Chilunda Canjenjenga. A Celebração Eucarística teve início às 7 horas, tendo como concelebrantes o pároco Frei Valdemiro Wastchuck e Frei André Luiz da Rocha Henriques, a quem Frei João Canjenjenga convidou para fazer a pregação, um costume na Província da Imaculada que é herdado pela Fundação Imaculada Mãe de Deus de Angola. Na homilia, o pregador falou da figura do sacerdote e do grau de influência que ele exerce sobre o povo que o Senhor lhe confia. A obra do ministério presbiteral, que é de Deus, é o Senhor que a realizou. É o Senhor que iniciou essa boa obra e a levará a bom termo - dizia o pregador. Ele refletia sobre como o presbítero conduziria o sacerdócio segundo a vontade
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do Senhor. “Nenhuma preocupação terrena deveria ser obstáculo para ir ao encontro de Cristo. As preocupações terrenas podem se tornar, muitas vezes, um verdadeiro obstáculo para o exercicío do ministério sacerdotal, como também da vida cristã, quando outras coisas parecem mais importantes do que a vontade do Senhor, do que o amor a Jesus Cristo”, dizia o pregador, dirigindo-se a Frei João Canjenjenga. “Os nossos irmãos foram revestidos com as vestes sacerdotais”, dizia Frei André, dirigindo-se ao povo. “A casula não é sinal de glória, mas da cruz do Senhor. Aquele que preside, traz em seus ombros o jugo suave de Cristo, a cruz do Senhor. A casula é utiliza-
da apenas para o sacríficio eucarístico”, explicou. Segundo Frei André, não é a ordenação que faz o padre, mas o que faz o padre é cuidar dos filhos (fiéis) que o Senhor lhe dá. “No rosto destes estão os rostos de tantos outros que encontrarás ao longo do seu ministério e esses são os filhos que o Senhor lhe confia. Esta é a paternidade espiritual. O Pai único e verdadeiro é o Pai que está no Céu, pois o Senhor mesmo diz: ‘A ninguém na terra chameis de pai porque um só é o vosso Pai que está no céu’. O sacerdote evocava São Paulo, que dizia que toda a paternidade, no céu e na terra, procede do único Pai. Não somos donos dos nossos filhos. Nós os criamos não para nós, mas os criamos para o mundo, os criamos para Deus. Quantas vezes os pais querem escolher a vocação dos seus filhos, esquecendo-se de que é o Senhor que os chama. Você é convidado a recordar que o padre não é o dono do povo a ele confiado, mas deve sempre se lembrar, assim como João Batista, que ele é uma voz, um instrumento”, frisou o pregador. “O sacerdote deve sempre apontar para Jesus, o esposo da Igreja. Jesus é o verdadeiro Senhor e, nós, seus servos. É preciso recordar, assim como João Batista, que devemos ser voz e deixar que Cristo seja a Palavra. Esvaziar-nos de nós para que Cristo apareça. João Batista aparece como aquele que vem preparar o caminho do Senhor”, disse. No final da celebração, Frei João Baptista Canjenjenga agradeceu aos paroquianos pelas orações e apoio que tem recebido e pediu que o ajudassem a ser bom sacerdote.
Frei Evaristo Seque Joaquim
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Seis frades renovam o ‘sim’ em Petrópolis
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o início da noite do dia 6 de dezembro, na Igreja do Sagrado Coração de Jesus, seis frades estudantes do tempo da Teologia renovaram por mais um ano os votos de obediência, pobreza e castidade na Ordem dos Frades Menores. São eles: Frei Canga Manuel Mazoa, Frei Santana Sebastião Kafunda, Frei Gabriel
Dellandrea, Frei Roger Strapazzon, Frei Marcos Schwengber e Frei Hugo Câmara dos Santos. A renovação se deu durante a Celebração Eucarística, presidida pelo recém-eleito Ministro Provincial, Frei César Külkamp, e concelebrada por Frei Jorge Paulo Schiavini, que, em 2019, acumulará as funções de pároco da Igreja do Sagrado Coração de
Jesus e de guardião do Convento de mesmo nome. Em sua homilia, Frei César ressaltou o aspecto da minoridade do irmão franciscano e agradeceu pelo ‘sim’ renovado de cada um dos professandos ali presentes.
Michaell Victor Grillo pela Pascom do Sagrado
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RENOVAÇÃO DOS VOTOS EM RONDINHA
Convite de Frei César: um ‘sim’ ousado e corajoso como o de Maria
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a solenidade da Imaculada Conceição de Maria, Padroeira da Ordem Franciscana e desta Província, o Ministro Provincial Frei César Külkamp presidiu a Celebração Eucarística na capela do Convento São Boaventura de Rondinha (PR), às 10 horas do dia 8 de dezembro, quando acolheu a renovação dos votos dos frades professos temporários do tempo de Filosofia e rendeu graças a Deus pelo encerramento, na sexta-feira seguinte, das atividades acadêmicas no ano. O Ministro Provincial lembrou que, nesta solenidade da Imaculada Conceição de Maria, estava em comunhão com todos os lugares da Província e também com toda Igreja. Ele teve como concelebrantes o guardião da Fraternidade, Frei Jean Carlos Ajluni Oliveira, o mestre Frei Rodrigo da Silva Santos, o vice-mestre Valdir Laurentino, o Definidor Frei João Mannes, Frei Claudino Gilz, Frei Má-
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rio Knapik e o Pe. Samaan Nassry, da Igreja Católica Ortodoxa Antioquina. Além de toda a Fraternidade, estavam presentes confrades do Regional, religiosas, a pastora Érika Checan, da Igreja Batista, e professores da FAE e fiéis da comunidade. Frei César saudou de maneira especial os frades professos temporários neste dia de renovação dos votos. “Convido hoje, nesse dia de renovação dos votos e da Imaculada Conceição, a cada um de nós a abrirmos nossa vida, os nossos sentidos, para estarmos atentos à ação de Deus já presente em cada um de nós e na vida de cada irmão e de cada irmã, para que possamos dizer ‘sim’ como esse ‘sim’ ousado e corajoso de Maria, àquele que é o nosso primeiro amor, àquele que nos fez sair dos nossos projetos, da nossa casa, do nosso conforto, e assumir uma forma de vida. Queremos que esse amor seja, de fato, o maior amor da nossa vida e da nossa missão de franciscanos e franciscanas”, exortou seus confrades o novo
Ministro Provincial. Segundo Frei César, ao celebrarmos tal solenidade também nos encontramos diante de um dogma de um Igreja, diante de um mistério da nossa fé. “E é isso que nós queremos também recordar para vivermos com intensidade aquilo que celebramos. Estamos diante de um fato assumido na caminhada, na história e na tradição de nossa Igreja de que a nossa Mãe, Maria Santíssima, foi preservada de toda corrupção, de toda mancha daquilo que se chama de pecado original”, situou. Para o celebrante, hoje é um pouco difícil até de falar de pecado diante de tantas interpretações que existem em torno disso e se fala da existência das forças do mal. “Por mais esforços que a gente faça, por mais que a gente encontre pessoas boníssimas na nossa vida, a gente sabe que o mal exerce poder sobre a natureza humana. E por isso também, na nossa história cristã, é São Paulo que nos recorda que tudo que
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existe de bondade, de maravilhoso na nossa vida é a graça de Deus, apesar dos nossos pecados”, explicou. “Por isso, somos comparados a um vaso de barro que não tem importância nenhuma, quebra de qualquer forma. Mas o importante é que neste vaso de barro está depositada a graça de Deus, o tesouro mais precioso. Por isso que é importante esse tesouro e não o vaso de barro, como ele mesmo nos recorda. E ele também nos diz que esse pecado, ou essa condição falível, tem a sua importância porque ela nos faz seres humanos. O que seria de nós se não fosse o pecado? Talvez fôssemos pessoas estranhas, arrogantes. O pecado nos faz reconhecer que somos necessitados da graça e do poder de Deus. É aquilo que nos coloca também com os pés sempre no chão, por-
que nós não somos importantes, mas é sempre a graça de Deus”, acrescentou. “E no olhar da fé, no olhar bíblico, se procurou reconhecer desde o início que o ser humano é criado por Deus, mas ainda está em processo. Em algum momento teria acontecido essa nossa ruptura com o Criador. Nós reconhecemos por esse olhar da fé que nosso Criador é perfeitíssimo em sua essência; ele é o próprio bem como nos recorda São Francisco; ele é o amor como nos recordam os Evangelhos. Mas nós, que
fomos criados, somos matéria ainda. Caminhamos, naquilo que São Paulo nos lembra, em direção a esse Criador. E isso é a nossa predestinação a sermos santos. Ser santo, portanto, não é ser perfeitíssimo, porque os nossos santos também foram desta matéria do vaso de barro. Mas ser santo é estar nessa caminhada para se religar a esta Essência perfeitíssima, que é o próprio Deus. E isso nós fazemos - já nos recorda São Paulo -, não por nossos méritos, mas é a graça de Deus que vem ao nosso encontro. É ela que realiza tudo e é o próprio Deus que nos quer ligados a Ele novamente, que nos quer nesse caminho de santidade. E, por isso, Deus envia o seu próprio Filho Jesus Cristo para nos resgatar, para nos atrair, para retomar esse caminho, para sermos santos como só ele é Santo”,
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continuou Frei César. Para Frei César, nesse mistério do Deus que se encarna, contempla-se esta solenidade, este mistério da festa de hoje. “Deus quis preparar uma morada, e por isso escolhe uma mulher e ela é adornada com essas virtudes, com estas belezas, que só Deus tem. Ele que é Santíssimo, Perfeitíssimo na sua Essência, também faz com que esta mulher, assim nos diz o texto do dogma, seja preservada, desde a sua concepção, dessa nossa condição humana de fraqueza”, recordou. Esse dogma, proclamado em 1854, não foi tão fácil de ser compreendido ao longo da história, embora os franciscanos celebravam esta solenidade desde o século
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XIII. Foi o franciscano Duns Scotus que ofereceu a explicação teológica da Imaculada Conceição de Maria no começo do século XIV (500 anos antes de ter sido proclamada como dogma de fé). “Mas neste ocular de fé, o que é importante para nós, é descobrirmos também nessa atitude de Deus que assim como prepara essa mulher desde todo o sempre, desde toda a eternidade ele também se curva diante dela e aguarda o seu ‘sim’. Os grandes místicos falam que é como se toda a humanidade também se curvasse à espera deste ‘sim’. E Maria surpreende também ao dizer este ‘sim’ e ao mesmo tempo o ‘faça-se’. ‘Faça-se em mim
conforme a tua vontade’. E é por causa desse ‘sim’ de Maria e deste ‘faça-se’ que o Verbo se encarna. Deus mesmo se coloca nessa dependência do próprio ser humano em Maria”, ressaltou o Ministro Provincial. “Também a nós hoje cabe dizer ‘sim’ como Maria. Ela, como primícia, é a primeira discípula de Jesus Cristo, seu próprio Filho. E nós, como Igreja, como consagrados, queremos também ser discípulos como Maria. E hoje, também como ela, renovando os votos, dizemos novamente ‘sim’. Mas a cada dia de nossa vida como cristãos precisamos dizer ‘sim’ e mais do que esse ‘sim’, o ‘faça-se’, para que também na nossa vida o Verbo possa se encarnar, possa se fazer presente. E nós queremos, então, buscar neste ‘sim’ de Maria aquilo que é o nosso compromisso de dizer ‘sim’”, enfatizou. Segundo o Ministro Provincial, hoje é necessário discernir qual é a vontade de Deus para a vida religiosa, pois “fazer a vontade de Deus” poderia até soar um pouco abstrato. “A gente fala muito isso: ‘Ah, isso foi da vontade de Deus!’, quando um mal ou uma coisa boa acontece em nossa vida. Isso pode ser passível de uma interpretação e por isso é que, para nós, na expressão de São Francisco, não estamos à mercê de uma vontade abstrata, mas estamos diante de uma pessoa concreta, que é o próprio Filho de Deus, que já se manifestou a partir dessa missão de Maria, Mãe de Deus. Já se manifestou a nós. Por isso, segui-Lo ou o ‘faça-se’ de Maria significa reconhecer quem é esse Cristo. Conhecer a sua vida, seus atos, ouvir suas palavras, e deixar-se guiar concretamente por ele”, explicou. “Nós, os franciscanos, as irmãs franciscanas, queremos viver também no meio do mundo uma vida consagrada. Nós estamos celebrando 50 anos da Conferência Episcopal de Medellín (1968), e lá se dizia que a vida religiosa tem uma missão profética.
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Ou seja, não é uma condição diferente. Nós não nascemos diferentes de outras pessoas. Nós queremos dar testemunho do reino de Deus. Então, esse testemunho significa assumir com a própria vida a nossa vida cristã. E esse é o testemunho que deve estar presente na vida de todos nós”, insistiu. Também nós queremos dizer com a nossa própria voz, com a nossa própria vida, que acreditamos em Jesus Cristo e queremos fazer isso não tanto preocupados em anunciar uma palavra, em ditar comportamentos ao mundo, mas deixando-nos impregnar pelas forças do próprio Cristo. Que ela possa penetrar em nosso ser e, a partir dessa convivência, assim como fez
Maria, que se deixou possuir pela força do Altíssimo, aí, sim, quem sabe ao nosso redor tudo possa mudar, a graça de Deus possa agir através de nós, apesar das nossas fraquezas, apesar de sermos esse vaso de barro”, completou. Foi com essa inspiração que o mestre Frei Rodrigo chamou um por um os frades para fazer a renovação dos votos: Frei Bruno Gonçalves Cezário, Frei Diego Martendal, Frei João Manoel Zechinatto, Frei Ruan Felipe Sguissardi, Frei Francisco D. Pereira Cabral, Frei Jonas Ribeiro da Silva, Frei Odilon Voss, Frei Lucas de Moura Justino Souza, Frei Danilo Santos Oliveira, Frei Felipe Medeiros Carretta, Frei Leandro Ferreira Silva, Frei Matheus
José Borsoi, Frei Thiago da Silva Soares e Frei Vítor da Silva Amâncio. Em seguida, cada frade assinou o documento de renovação. Os frades que concluem o tempo de Filosofia agora fazem um Ano Missionário. Frei Jonas Ribeiro da Silva e Frei Thiago da Silva Soares seguem para Angola; Frei Danilo Santos Oliveira, para Colatina (ES); Frei Felipe Medeiros Carretta, para a Rocinha (RJ); Frei Matheus José Borsoi, para Vila Velha (ES); e Frei Vítor da Silva Amâncio, para o Pari (SP). Como cursaram o último ano, ficaram na Fraternidade até o dia 14 para a festa de encerramento do curso. Os frades dos 1º e 2º anos de Filosofia seguiram no mesmo dia para os estágios de um mês nas Fraternidades da Província. Para os frades formadores desta Fraternidade também é tempo de despedidas. Com a realização do Congresso Capitular, o Mestre do tempo de Filosofia, Frei Rodrigo, será o Mestre dos Noviços em Rodeio e, no seu lugar, virá Frei Samuel Ferreira de Lima, o atual Mestre dos Noviços. O guardião desta Fraternidade, Frei Jean Carlos Ajluni Oliveira, vai para Jerusalém e, no seu lugar, assume o guardião do Noviciado, Frei José Cruz Duarte. O vice-mestre Frei Valdir Laurentino vai para o Seminário São Francisco de Ituporanga e Frei Aldeci Miranda vai para a Fraternidade de Bragança Paulista.
Moacir Beggo
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Festa em Angola
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25 jovens renovam os votos
a Solenidade da Imaculada Conceição de Maria, em Luanda, capital de Angola, 25 frades renovaram os votos de Profissão Temporária. A renovação se deu durante a Missa matinal, presidida por Frei José António dos Santos, presidente da Fundação Imaculada Mãe de Deus de Angola, no Mosteiro Sagrado Coração de Jesus, das Irmãs Clarissas. A Missa foi concelebrada por Frei João Alberto Bunga, vice-mestre dos Frades estudantes, por Frei André Luiz, assistente das Clarissas, e por Frei João Canjenjenga, em representação dos Frades da Fraternidade de Viana, Nossa Senhora da Porciúncula. Além das Irmãs Clarissas que animaram a Missa, participaram da celebração de renovação os irmãos da Ordem Franciscana Secular,
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ex-frades e vários fiéis de movimentos e grupos apostólicos marianos. Já no início da Celebração, Frei José expressou sua alegria por aquela Eucaristia em honra da Imaculada Conceição, na qual 25 frades renovariam sua profissão religiosa franciscana. No momento da pregação, o presidente fez referência ao ‘sim’ de Maria e explicou, em detalhe, o simbolismo das cores na iconografia clássica das imagens de Maria. Em seguida,
Frei José disse que “em Maria, Deus vem ao nosso encontro e, em Jesus, o divino se reveste do humano”. Sobre a renovação, o presidente da Fundação esclareceu que os 25 jovens frades, diante do altar e do povo de Deus, mais uma vez pedem para viver a obediência, a castidade e sem nada de próprio. A eles, exortou que se inspirem no ‘sim’ de Maria e santifiquem com sua presença os lugares onde forem chamados a estar, como estudo, pastoral, serviço a Deus e aos irmãos. Finalmente, disse que “Deus intervém na história da humanidade e concretiza a oferta da salvação. Nós somos os instrumentos de Deus, cada um de nós, pelo batismo ou pela consagração”. Por isso, a todo o povo pediu que rezasse pelos frades que renovavam os votos para que Deus lhes dê a graça da paz e da perseverança.
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Terminada a homilia, Frei João Bunga chamou cada frade professando. Segundo o rito de renovação, cada um disse o próprio nome, e, movido por inspiração divina, a seguir mais de perto o Evangelho, perante os irmãos presentes, renovou o voto a Deus de viver por mais um ano, em obediência, sem nada de próprio e em castidade. Ao mesmo tempo, cada um prometeu observar fielmente a vida e a Regra dos Frades Menores confirmada pelo Papa Honório. Todos decidiram entregar-se de coração a esta Fraternidade para que, pela ação do Espírito Santo, a exemplo da Imaculada Virgem Maria, por intercessão de São Francisco e com ajuda dos Ir-
mãos, possam chegar à perfeição da caridade no serviço de Deus, da Igreja e da humanidade. O presidente da FIMDA, em nome do Ministro Provincial, Frei César Külkamp, e da Igreja, disse que, se cada um viver fielmente a vida evangélica, receberá a assistência da graça de Deus e a recompensa na glória do Reino. Terminada a cerimônia, cada frade ganhou um Tau da Abadessa do Mosteiro, Madre Anuarite. Esta, em nome de todas Irmãs Clarissas, deu lhes os parabéns e encorajou-os a serem firmes. Além dos 25 frades que renovaram os votos em Luanda, por causa da dificuldade de deslocamento até
Luanda, por motivos relacionados ao visto, Frei David Belineli renovou em Quibala (Kwanza Sul) e Frei Hebert Senra Inácio, em Malanje. Destaque-se que antes do dia da renovação, os frades, em Luanda, tiveram um retiro de preparação que terminou na noite do dia 7 de dezembro. O retiro teve por base a Exortação Apostólica Pós-Sinodal ‘Vita Consecrata’, de João Paulo II. Ao longo do retiro, meditaram sobre os conselhos evangélicos e sobre o episódio da sarça ardente ( Êxodo 3). Os frades foram provocados a refletirem sobre seu testemunho e sobre alguns perigos a evitar, como a vida dupla.
Frei Crisóstomo Pinto Ñgala
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Como foi o Ano Missionário de sete jovens frades Segundo o Plano de Evangelização da Província, o Ano Missionário é o período de um ano em que o frade de Profissão Temporária, depois da formação do tempo da Filosofia, pode continuar sua formação humana, cristã e franciscana, realizando uma expêriencia evangelizadora dentro ou fora do território da Província, com especial atenção às cinco Frentes de Evangelização. Neste ano, sete jovens frades realizaram esta experiência, que consiste em interagir com as realidades mais concretas e desafiadoras de evangelização, mediante um programa que considere a gradualidade do envolvimento e a especificidade do acompanhamento do frade formando. Confira, em ordem alfabética, os depoimentos dos sete frades. FREI AUGUSTO LUIZ GABRIEL
Sede Provincial São Paulo Tive a oportunidade de viver um tempo rico de graça e de aprendizado durante este Ano Missionário junto à Fraternidade local e Provincial, que muito bem me acolheram e me acompanharam, como também com os frades e colaboradores que formam a Frente de Evangelização da Comunicação da Província. Pude, sem sombras de dúvidas, continuar minha formação humana, cristã e franciscana, realizando uma experiência evangelizadora. A evangelização por meio da Frente da Comunicação é um trabalho que muito me encoraja, entusiasma e desafia a comunicar o Evangelho das mais diferentes formas, meios e nas realidades sociais em que vivemos, de forma criativa, ousada, perseverante e profunda. Tenho clareza, certeza e convicção que este tempo foi propício para me ajudar a viver com maturidade e profundidade a
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Frei Augusto ao lado da mãe Elenir e a irmã Tatiana no Convento São Francisco
própria fé e a experiência de Deus a partir dos desafios da evangelização. Encerro este pequeno relato recorrendo um versículo do Evangelho de São Lucas que vem bem ao encontro das motivações e propósitos que pude abraçar neste tempo: “Estou no meio de vós como aquele que serve” (Lc 22,27). Por graça divina pude doar-me pela causa do Reino de Deus. E agora
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continuo o caminho formativo com o coração cheio de boas experiências e com o sentimento de dever cumprido. Agradeço imensamente a todos, em especial ao meu mestre e grande confrade Frei Gustavo Medella, a Frei Mário Tagliari, meu guardião, e, na pessoa dele, a todos os frades da Fraternidade Local, Provincial, ao jornalista Moacir Beggo e colaboradores.
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FREI DAVID BELINELI
Postulantando Santo Antônio - Angola Percorri ruas e cidades levando o rosto de Cristo numa terra distante, chamada Angola, de uma beleza incomparável em todos os aspectos, uma terra abençoada por Deus. Vi e vivi o próprio Evangelho em terras africanas, onde fui acolhido pelas pessoas, pelas tribos, nações e, principalmente, por Cristo. A experiência de ser um lápis nas mãos de Deus era sempre um desafio constante diante das realidades e sofrimentos. De muitas coisas que apreciei, uma delas sempre me motivava a ser este intrumento de Deus: era a alegria e a simplicidade deste povo. As danças, as músicas, a própria cultura revelavam a busca do Reino e suas bem-aventuranças. Caminhar até as lavras já bem cedo, sempre a pé, sem nenhum recurso de
transporte, na chuva ou no sol, tendo a graça de poder testemunhar as maravilhas de Deus e seu amor para com cada criatura é algo maravilhoso. O sorriso de uma criança me revelava o mistério de Deus e me acolhia em sua infinitude, num sacramento de comunhão eucarística, numa entrega total, de modo que este sinal de Cristo confirmava minha
vocação e missão. Num simples ato, como um lápis, que por vezes precisa ser apontado para melhor escrever e deixar a letra mais bonita, me coloquei nas mãos do Escritor, que já conhece o lápis e lhe dá um nome, para que as pessoas o reconheçam no seu trabalho de fazer parte da família de Deus e dos seus projetos do Reino.
FREI DOUGLAS DA SILVA
Paróquia Nossa Senhora da Boa Viagem - Rocinha Certa vez ouvi de uma senhora desta comunidade: “Só conhece a Rocinha quem passa por aqui”. Quando iniciei o Ano Missionário, três acontecimentos me marcaram: a ida de Frei Gilmar para a arquidiocese do Rio, que seria o meu mestre. Na mesma semana, as mais de 7 horas de tiroteio entre traficantes e policiais. E a fala de uma senhora que agradeceu por eu estar ali naquele momento. Diante dos dois primeiros, me senti sozinho e impotente diante da realidade que me cercava, mas foi a frase daquela senhora, que, estendia a mão como Jesus, me chamava pelo nome, esta me levantou. E como estava perto do almoço, os sinos bateram anunciando o Angelus, podendo se ouvir junto as rajadas de tiros. Percebi, então, que a Virgem olha e protege aqueles que a ela recorrem. E foi com esta certeza que
Frei Douglas (no centro) na renovação dos votos, tendo ao lado Frei Erick e Frei Tiago
continuei o Ano Missionário. Os meses foram passando e cada vez mais me aprofundava neste mundo chamado Rocinha. Ajudando naquilo que era preciso: celebrações, bênçãos, formações, visita às casas e aconselhando. Por fim, vivendo! E foi neste viver que fui conhecendo e me tornando parte da comunidade. A subida para a Matriz ou a ida para as comunidades é uma aventura, pelas motos, ônibus, caminhões, carros, pedestres e animais
que sobem e descem diariamente a estrada da Gávea, andam nos incontáveis becos e vielas espalhados por aqui. Foi nestes lugares que encontrei os maiores tesouros: mães que se doam pelos seus filhos; senhoras que, mesmo com dificuldades, não deixam de fazer suas orações; jovens que buscam no estudo uma vida melhor. Haveria tantas coisas para relatar, mas, como disse o salmista: Escondi a tua palavra no meu coração!
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FREI ERICK DE ARAÚJO LÁZARO
Convento Santo Antônio Rio de Janeiro Com o coração cheio de alegria, acolhi minha transferência para o Convento Santo Antônio, no Largo da Carioca, no centro dessa Cidade Maravilhosa. Foi experiência muito rica junto a este povo que sobe o morro sagrado e que tem sua forte devoção a Santo Antônio e expressam com gestos essa fé tão radiante. Servindo de sacristão na majestosa sacristia, pude ter esse contato tão próximo com o povo que ama também o carisma franciscano, e, junto com a Fraternidade, colabora na construção de uma sociedade humana e fraterna, como irmãos e menores. Foi um ano de grandes emoções e crescimento vocacional. Cada frade com seu jeito de ser pôde contribuir para o meu amadurecimento
Frei Erick (o primeiro à esq.) com os confrades Tiago e Douglas na renovação dos votos
e pude ver, de fato, aquilo que nosso Pai São Francisco sempre diz sobre a fraternidade perfeita, com o jeito e carisma de cada um. O mesmo digo também da Fraternidade da OFS do Convento Santo Antônio, para a qual fui delegado assistente espiritual. Sendo tão novo, assumi a assistência de uma Fraternidade que
já caminha há 107 anos. De fato, o Ano Missionário foi um tempo de grandes descobertas e aprofundamentos na vida religiosa franciscana. Agradeço a Deus por mais uma vez nos dar o dom da vocação e caminhar sempre conosco. E à Fraternidade Santo Antônio que me acolheu e ajudou a caminhar mais de perto o carisma franciscano.
o respeito e diligência que demonstram para com os missionários, conhecidos em Angola por “padres”. É alegria certa encontrar uma criança que te chama insistentemente de padre, acompanhado de um sorriso e um pedido de bênção. Certamente é uma maneira de nos ensinar a cuidar. Interagir com estas realidades permitiu que pudesse viver uma experiência de Deus com o povo e na Fraternidade. Também pude perceber que todas
as possibilidades de alegria estão Nele. Assim, em cada formação aos jovens na Paróquia, bênção nas aldeias e momentos de oração com as Irmãs Clarissas, foi possível despertar o olhar para as coisas simples e conviver fraternalmente com elas. Louvado sejas, meu Senhor, por esta família que recebi durante este Ano Missionário! Certamente, continuaremos unidos pela oração e pela vontade de viver esta experiência fraternal.
FREI HERBERTI SENRA INÁCIO
Seminário Monte Alverne Angola O Ano Missionário vivi-o em Angola. Esta experiência, a partir dos desafios da evangelização, despertou meu espírito missionário e me levou a encontrar profundas motivações para a vida consagrada franciscana. Por isso, destaco três pontos desta experiência: acolhida, cuidado e fraternidade. Ao chegar, pude perceber uma característica forte: um povo acolhedor, onde a alegria brota com simplicidade do coração. Com facilidade me senti em casa. A acolhida do povo angolano se deu de maneira inesperada no Seminário Monte Alverne, em Malange, onde vivi. Conviver com os seminaristas e com os confrades da Missão me fez ver a importância do cuidado. Aprendi muito com a juventude angolana e com os confrades. Os “miúdos” também me ensinaram muito com
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FREI SAMUEL SANTOS SOARES
Fraternidade Franciscana da Porciúncula - Angola Seguir a Jesus é um desafio para quem ousa viver por seu amor. Esse foi o pensamento que me veio à mente várias vezes durante esse Ano Missionário em Angola, na Fraternidade Nossa Senhora dos Anjos, a Porciúncula de Viana, composta por 4 frades (3 professos solenes e eu professo temporário) e mais 14 aspirantes. O trabalho a mim confiado foi acompanhar a Pastoral da Juventude na Paróquia Nossa Senhora de Fátima. Confesso que fiquei assustado com a quantidade de jovens e os diferentes grupos que há aqui. Para mim foi um grande desafio, pois nesta realidade pastoral há necessidade catequética integral e a evangelização é ainda um aspecto a ser valorizado cada vez mais. Houve momentos de muitas risadas por causa do meu sotaque. Demonstrei que
Frei Samuel (o terceiro da esq.para dir.) na renovação dos votos em Angola
não sei lidar com protocolos ou formalismos. Gosto da convivência sem ficar exaltando o que sou, o que tenho ou o status que ocupo na sociedade. Agradeço à Fraternidade Porciúncula, na pessoa do guardião Frei Laurindo Lauro Júnior, e demais confrades, Frei Valdemiro Wastchuk e Frei João Batista Canjenjenga, pelo apoio e pela ajuda mútua nos mo-
mentos difíceis na realidade precária de doenças como febre tifoide e paludismo. Sei que faz parte, contudo é preciso somar tudo o que vivi e restituir ao bom Deus por todas as maravilhas. Gratidão aos confrades. Sei que ser missionário é muito exigente, mas sei que tudo nos ajudou a sermos melhores. Muito obrigado à Fundação Imaculada Mãe de Deus por tudo!
FREI TIAGO gomes ELIAS
Postulantado Santo Antônio (Quibala) e Rocinha A espiritualidade franciscana tem no seu DNA a força da missionariedade. E nesta alegria de anunciar a boa nova, a Província me enviou a Angola. Vivi em Quibala e lá pude experimentar concretamente nosso carisma no dia a dia. Desde os serviços fraternos, que muito me alegraram, como cuidar das ovelhas, algo novo e até muito divertido. Também ir às aldeias dar catequese, e perceber a dificuldade da comunicação, pois as crianças, em sua maioria, não falam português, mas nas línguas maternas. E eu que não sei nem o verbo “to be”, o que fazer? Terminávamos dançando, e muito! Pois uma língua que as crianças entendem é o sorriso e a dança. Foi um aprendizado para a vida ver que para evangelizar não é preciso grandes estudos ou palavras muito rebuscadas. Basta o desejo sincero
Frei Tiago (no centro) renovou os votos no Convento Santo Antônio
e simples de viver a mensagem de amor de Jesus e, pouco a pouco, transmitir esta fé que aprendemos dos nossos pais. Por motivos burocráticos no Consulado de Angola, tive de retornar ao Brasil. E logo fui enviado à comunidade da Rocinha (RJ). Deus, em sua infinita bondade, selou meu Ano Missionário em locais tão caros ao carisma de São Francisco de Assis! Estar e ser com os pobres instrumentos de paz num local tão ferido por violências e
fraturas sociais, nós, franciscanos, somos convocados a somarmos forças na fé, na garra. Cada beco, cada ruela, um aperto de mão, um abraço, uma bênção. São Francisco nos mostra o caminho, e o Ano Missionário indica muito claramente as pegadas da vivência em fraternidade como eixo fundamental da vida do frade menor: vida de oração em pobreza, castidade e obediência. E que venham muitos Anos Missionários!
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formação e estudos
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Encerramento do ano letivo Deus pelo período que esteve à frente do ITF, o apoio da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil, a dedicação dos professores, o empenho dos estudantes, o zelo dos funcionários, a colaboração dos amigos do ITF, o auxílio dos funcionários da Universidade São Francisco (USF) e da Associação Franciscana de Ensino Senhor Bom Jesus (AFESBJ). Frei Antônio Everaldo, na ocasião, passou a palavra ao professor Hugo Musetti – coordenador do Núcleo de Legislação e Normas Educacionais da Universidade São Francisco. Professor Hugo agradeceu a acolhida a ele e sua equipe junto ao ITF e desejou que os estudantes de Teologia “sejam uma semente que possa disseminar o conhecimento adquirido”. No final da celebração, Frei Antônio Everaldo agradeceu novamente a todos e desejou aos estudantes boas férias! A Ação de Graças foi seguida por um coquetel de confraternização.
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o dia 29 de novembro, o Instituto Teológico Franciscano encerrou o ano acadêmico do Curso de Teologia. Professores, estudantes e funcionários se reuniram para a celebração que foi realizada na capela do Instituto. Após um momento de oração, Frei Antônio Everaldo Palubiack Marinho agradeceu a
Boff aos 80
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s 80 anos do teólogo Leonardo Boff foram comemorados na noite do dia 28 de novembro, no Instituto Teológico Franciscano (ITF). Familiares e muitos amigos, entre estes diversas
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personalidades ligadas à política e às artes, também marcaram presença e prestigiaram o aniversariante. Frei Volney J. Berkenbrock homenageou o seu antigo professor e ex-confrade, destacando três “casas” às quais Leonardo Boff pertence: a Província Franciscana, o Instituto Teológico Franciscano e a Editora Vozes. Na sequência, Frei Gilberto Gonçalves Garcia, diretor da Editora Vozes, ressaltou a intrincada relação existente entre a Editora, a Teologia da Libertação e o homenageado da noite. Dando continuidade à noite celebrativa, Marcelo Barros, escritor e teó-
logo, frisou que “celebrar é expressar amor. A celebração é um ato de amor coletivo, comunitário, forte”. Sendo assim, os presentes estavam ali para expressar seu amor a Leonardo. Ao tomar a palavra, Leonardo Boff, citando o salmo 90, afirmou: “A idade do homem é setenta anos; e se ele tem saúde, oitenta. Então eu cheguei aos oitenta e tenho medo de chegar aos noventa”. O teólogo falou sobre alguns de seus livros e também fez referência ao atual Papa. Na ocasião, a Universidade São Francisco (USF) transmitiu a homenagem. O vídeo está disponível no YouTube.
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FRATERNIDADES
série FREI HIPÓLITO MARTENDAL
No “Caminho da Fé”
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rei Hipólito Martendal nasceu em Santo Amaro da Imperatriz (SC), no dia 13 de agosto de 1937. O caçula de 10 irmãos, filho de um franciscano da OFS, foi para o Seminário aos 13 anos. Ele afirma que a vocação franciscana, assim como outros capítulos em sua história, surgiu casualmente. Estudioso, é formado em Filosofia, Teologia e Psicologia. Neste ano, lançou o livro “O Caminho da Fé – Roteiro de estudo e reflexão”, publicado pela Editora Vozes, inspirado no curso “Escola da Fé”, ministrado na Paróquia Santo Antônio do Pari, em São Paulo. Nesta entrevista, concedida a Érika Augusto, ele fala sobre sua vocação, seu ofício de professor e sua visão da Igreja na atualidade.
Comunicações - Quando e como sur-
giu sua vocação? Frei Hipólito - Minha vocação foi meio casual, sem muitas preparações. Foi na Paróquia de Santo Amaro, uma paróquia bem administrada, que tinha um grande pároco, Frei Fidêncio Feldmann, muito amigo do povo e de meu pai. A ideia inicial não era ser franciscano, mas ser padre. Tinha uns 13 anos quando entrei no seminário. Foi rápido. Depois da minha decisão, conversei com meu irmão e meu pai. Discretamente, meu pai topou a ideia sem manifestar entusiasmo. Ele não queria me influenciar em nada, pois era franciscano da OFS. Fizemos a entrevista com Frei Fidêncio. Ele gostou da ideia, deu dicas, falou dos Seminários de Rodeio, de Rio Negro e de Agudos. Este último estava em construção. No ano seguinte estava indo pro seminário. Ser frade franciscano foi um acidente. Os padres que conhecia eram
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franciscanos. Por sinal, eram excelentes franciscanos.
Comunicações - O que o encantou na vida franciscana? Frei Hipólito - O encantamento veio direto da figura de São Francisco. Aliás, uma das coisas em que tenho insistido é que a gente precisa conhecer as figuras, a vida dos santos. Ou você se encanta por Jesus Cristo ou sua vida cristã vai “fazer água” sempre. Ou você se encanta pela figura de São Francisco ou vai se fixar num aspecto ou outro. O encantamento de pessoa para pessoa é essencial. Isso dá muito mais consistência e segurança na relação. Isso é muito importante para enfrentar dificuldades, crises, pecados, misérias humanas, etc. Comunicações - Em quantos lugares o sr. já passou na Província? Frei Hipólito - Fiquei sete anos em
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Guaratinguetá. Em 1974, fui para Petrópolis dar aula de Psicologia Pastoral, com Frei Ademar Spindeldreier, que faleceu em um acidente. Assumi a cadeira dele e fiquei por 13 anos. Depois, fui transferido para a Paróquia Bom Jesus dos Perdões, em Curitiba (PR), que passava por uma situação delicada com a saída repentina do pároco. Lá fiquei por 9 anos. Depois fui para o Convento São Francisco, em São Paulo (SP), onde fiquei por quase 14 anos. Depois fiquei um pouco mais de um ano em Vila Velha (ES). De lá fui para o Santo Antônio do Pari, em São Paulo (SP), de onde vim para o Santuário Santo Antônio do Valongo, em Santos (SP), onde estou até o momento.
Comunicações - Como surgiu o con-
vite para ser professor? Frei Hipólito - Eu não sou de muitas transferências. É um episódio bem gozado, também cheio de casualidades.
FRATERNIDADES
Fui ordenado presbítero em 1965, antes de terminar a Teologia, como era normal na época. Fui entrevistado por Frei Raimundo Vier, o “headhunter” da época para futuros estudantes no Exterior. Ele me “pescou” para estudar História da Igreja em Roma. Em 1967 a turma foi transferida e fiquei em Petrópolis, porque iria para Roma naquele ano. Era assistente de História da Igreja Antiga, de Frei Ildefonso Silveira. Durante uns meses dei aula de Patrística. Estava tudo indo muito bem, quando, no final de agosto de 1967, Frei Walter Kempf me telefonou e perguntou: Frei Hipólito, você acha que em três dias pode estar em Guaratinguetá dando aulas de História, Geografia e Religião para o Seminário de Vocações Adultas? Porque o Frei Francisco Diegues teve um infarto e não pode mais trabalhar. E eu, metido, respondi, meio à queima-roupa: Acho que sim. Geografia e História eram meus “hobbies”, sempre foi um passatempo. Assim pude dar aula. Dois dias depois da ligação, estava em Guaratinguetá, dando aula para os seminaristas. E o meu projeto de Roma foi ficando para trás. Não tinha urgência, na verdade. Fui tapar um “buraco” e acabou funcionando bem.
Comunicações - Como surgiu o inte-
resse pela Psicologia? Frei Hipólito - Sempre me interessei pela ciência. Enquanto estava em Guaratinguetá, surgiu a possibilidade
de estudar Psicologia com os salesianos em Lorena (SP). Quando liguei para o Provincial falando que tinha passado no vestibular, ele me deu os parabéns e disse que a Província pagaria a bolsa de estudos. Ele ficou contente porque poderia ter causado problemas pelo fato de não ter ido a Roma, mas passou tudo em brancas nuvens. Acho que é para obedecer sempre, não somente quando é do seu interesse. Também não estava dando um pedaço da minha alma por este projeto. Meus sonhos estavam voltados ao nosso povo.
Comunicações – E como uniu a Psico-
logia com o serviço religioso? Frei Hipólito - Achava que a Psicologia devia “casar” muito bem com Pastoral. Não queria me transformar num psicólogo clínico, como acabei me tornando. Queria estudar Psicologia como uma ciência auxiliar do meu trabalho pastoral. Que, aliás, no fundo é isso. Hoje, principalmente. A Psicologia surgiu como uma fronteira nova para melhorar o relacionamento do pastor com a ovelha. Nos atendimentos de confissão ou orientação, de vez em quando, conforme o quadro, acabo atendendo clinicamente porque tenho preparo para isso. Você forma um quadro empático muito mais claro da situação da pessoa.
Comunicações - Há alguma história interessante durante os estudos de Psicologia? Frei Hipólito - Sim, poucos sabem que durante o curso fiz estágio na Embraer. Nós ficamos um semestre indo toda semana, e no final, recebi o convite para trabalhar lá. Choveu na minha horta quando não precisava de chuva. Foi Frei Hipólito no lançamento do livro
de uma forma inusitada. O estágio era complicado, pois consistia no estudo de quatro cargos da Embraer e na elaboração de quatro baterias de testes para seleção de pessoal. Um trabalho enorme! Quando ficou pronto, eles me convidaram para uma entrevista. Disseram que iria entrevistar um candidato. Se ele fosse aprovado, seria contratado. Entrevistei um profissional diante de três pessoas do alto escalão. No fim, aprovei a pessoa e também fui aprovado pelos diretores. Eles estavam à procura de profissionais para trabalhar na área de Recursos Humanos. Ou seja, minha psicologia não era tão ruim!
Comunicações - E com relação ao li-
vro lançado recentemente? Como foi o processo de elaboração? Frei Hipólito - Em 2011, Frei Gilmar José da Silva era pároco e guardião no Santo Antônio do Pari, onde morava. Numa conversa genérica, falando sobre o Ano da Fé, comentamos de fazer alguma coisa. Surgiu, não sei se foi da cabeça dele ou da minha, a ideia de um curso de catequese para adultos a fim de esclarecer a fé católica. Fizemos um plano, tinha até aula para os frades, mas apenas os leigos acabaram participando. Foram 70 aulas no total, que também foram publicadas no site da Província. Outra casualidade foi escrever o curso. Apenas em 1973, quando lecionei dois semestres de aula na Escola Militar da Aeronáutica, escrevia minhas aulas, quatro ou seis laudas por aula, mimeografadas, pensei: “Para os militares, você escreveu as aulas. Agora para Ele (Deus), você também vai escrever estas aulas”. Apresentei este material em CD para o Frei Volney Berkenbrock, da Editora Vozes, que se interessou e surgiu a ideia de escrever um livro de espiritualidade no lugar do texto das aulas. Foram seis anos de trabalho. No fim, o livro também surgiu casualmente.
Comunicações - O que lhe atrai na
pessoa de Jesus Cristo?
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FRATERNIDADES
Frei Hipólito - As duas figuras de Cristo que me encantam é o Cristo sacerdote e o Cristo Pastor. Nas celebrações, tudo tem a ver com Cristo sacerdote. A Igreja é o corpo-vivo através do qual Ele atua e você é o ministro, é o escolhido, “ad hoc”, nessa ou naquela celebração. É importante, antes de fazer um batizado, por exemplo, agradecer a Ele o fato de ter lhe escolhido para atuar no lugar d’Ele, para que seja um bom instrumento. Quando vou atender uma confissão, um doente, um pobre, é o Cristo Pastor. É preciso agradecer por ter sido chamado, para que Cristo Pastor exerça sua função através de mim. Isso é uma ajuda fantástica para você fazer o melhor. E não, nunca, aceitar fazer de qualquer jeito. Para mim, nesse sentido, as duas coisas mais abrangentes e difíceis foram a conversão: lidar com o pecado, com as misérias pessoais, ter que enfrentá-las, olhar para elas. Aí vem o Cristo Bom Pastor, para cuidar de si. A segunda coisa foi ser capaz de rever todo o seu trabalho pastoral até aqui e renovar o seu trabalho. Ser melhor padre, melhor pastor, melhor cristão.
Comunicações - Para o sr., qual a im-
portância do Concílio Vaticano II para a Igreja hoje? Quais foram as principais contribuições? Frei Hipólito - O Vaticano II foi o rompimento de uma imobilidade histórica. A Igreja estava literalmente engessada, num clericalismo doentio, com o uso de poder muito forte. Com o Vaticano I, declarou-se a infalibilidade do Papa, um capítulo nunca bem engolido. A Igreja era o poder e o povo via isso. Faltava esta Igreja mais pobre e mais voltada para o pastoreio. Ela encarnou com muita facilidade Cristo Rei, mas Cristo Bom Pastor nem tanto. O papel do Cristo é o do Rei-Pastor, ou do Pastor-Rei, como quiser. Mas sem isso, nunca se chega perto da figura real de Cristo. Nesse sentido, o Vaticano II foi um rompimento desse engessamento histórico, sem dúvida nenhuma. Eu não tive no livro uma preo-
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cupação especial com o Vaticano II. A minha preocupação era mostrar o quanto a Doutrina da Igreja é linda.
Comunicações - De modo geral,
pastoral, mesmo a pastoral de manutenção, a tal pastoral sacramentalista, como dizem com certo desprezo, você pode fazê-la muito melhor e tocar muitas pessoas.
Pega-se um adulto, dão-se três ou quatro aulas e pronto.
Comunicações - Como acontece na prática, por exemplo? Frei Hipólito - Isso é uma coisa que ainda quero escrever: a compreensão empática e os sacramentos. Uma criança que tem poucos meses, cinco a sete meses, vai ser batizada. Racionalmente, ela não entende nada, mas a vivência que ela tem pode ser melhorada. As primeiras vivências espirituais e religiosas têm que ser as melhores possíveis. Tenho este propósito, de tornar a coisa agradável. Transformar o ritual, o gesto físico, ungir a testa, o peito, num gesto de carinho, para que ela perceba que ela é querida. As crianças choram muito menos quando você tem esta consciência. Estas coisas têm muito a ver com o livro. É impossível fazer uma proposta desta importância para o povo se você não for capaz de fazer tudo para incorporá-la. Até onde você vai conseguir, isso a gente não sabe. Mas tem que ser uma preocupação constante.
como o sr. vê a iniciação cristã na Igreja do Brasil hoje? Frei Hipólito - Eu sou suspeito, porque sempre fui crítico. A Igreja tem muitas atividades, instituições, ministérios, papéis, apostolados. Quando chegamos numa igreja, somos recebidos por ministros da acolhida, mas nem sempre sabem acolher. Vejo muita falha nas comunidades. A iniciação cristã é muito fraca.
Comunicações - E qual seria o ideal?
Frei Hipólito - O ideal seria, em primeiro lugar, seduzir a pessoa para nosso modo de vida, envolvê-la nas coisas aos poucos, dar uma formação mais sólida, numa caminhada mais longa. O conhecer é essencial para admirar. Não é converter à Igreja, é converter a Jesus Cristo, em primeiro lugar. Aí vem o nosso modo de ser. Nós somos um modo de ser entre muitos. Eu tenho plena convicção que é o melhor deles. Nenhuma Igreja tem a riqueza da Igreja Católica. Não estou dizendo com olhar triunfalista, mas de alguém que conheceu, através de aulas, estudo, meditação. Esse livro para mim foi um excelente trabalho de reflexão e meditação. Ele me fez um bem enorme, porque hoje percebo que meu trabalho
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Comunicações - Qual a importância dos leigos na transmissão da fé? Frei Hipólito - É total. O leigo vai gerar a vivência das convicções dele nas celebrações, ritos, nas orações em casa, nos valores de justiça, bondade, misericórdia, perdão. Isso tudo é vivido pelos leigos. O leigo é tudo! Ele é 99,9% da população da Igreja. Nós, clero, somos um pequenino grupo a serviço dele. Ou nós estamos a serviço dos leigos ou vamos plantar batatas. Não temos razão de ser, a não ser servir esta gente. Comunicações – Mas hoje em dia, nas comunidades, há um cenário diferente. O povo serve o clero, os leigos não fazem quase nada sem consultar o clero. Como mudar esta mentalidade?
FRATERNIDADES
Frei Hipólito - O clericalismo tem semelhança com o machismo. O pior machista, dentro de uma família machista, em geral não é o homem, mas a mulher. Ela incorporou de tal maneira o papel subserviente em relação ao todo -poderoso machista, que ela passa isso para os filhos. O grande problema não é converter o homem, mas a mulher, que é machista sem saber. O clericalismo é a mesma coisa. Muitos leigos não fazem nada sem consultar o padre. O pior é que os padres em geral gostam de ser consultados, que as coisas aconteçam conforme eles imaginam que devam ser. Uma falha seríssima na formação do clero é a falta de formação para o diálogo, para o trabalho em grupo. Vemos muitos padres e bispos fazendo trabalhos individualistas.
Comunicações - Há hoje na Igreja
uma forte corrente legalista, tanto litúrgica como dogmática. Como o sr. vê esta questão? Frei Hipólito - Há uma página complicada da Psicologia Profunda e Religião, cuja tese é: quanto mais difícil a proposta religiosa, mais ela tende a atrair pessoas. Uma proposta que chega muito suave, “light”, muito bonita e festiva pode encher a igreja para a missa disso ou daquilo, mas não mobiliza. Eu não sei qual é a nossa proposta. Talvez nossa proposta esteja um pouco diluída, adocicada. O povo tem facilidade
Comunicações - Como o sr. vê as no-
vas tecnologias? Frei Hipólito - É importantíssimo. Uma das minhas falhas, que eu me acuso hoje, é não ter nenhuma página de pensamentos, de meditações, na internet. Seria importante. Se eu não fizer este ano, não faço mais. Mas as melhores coisas da minha vida começaram na década de 80. Essa pode começar também. Acredito que a tecnologia tem que ser usada com muito critério, porque ela está individualizando ainda mais o clero que já é individualista. Por incrível que pareça, nunca se comunicou com tanta facilidade e nunca se comunicou tão pouco. Eu sou um leitor mais ou menos voraz, leio todos os dias. Sinto-me mal quando fico sem ler nada. Vivo carregando as coisas: no ônibus, nas rodoviárias, metrô. O livro você lê onde quer, pode riscar. Acho o acesso muito mais rápido, mais fácil. O meu livro, por exemplo, foi escrito quase todo a mão. A Flávia e Santino, um casal excelente em computação, me ajudou. Eu fazia o trabalho a quatro mãos. Acabei ficando muito mal treinado sozinho. Mas preciso aprender. Para mim significa uma mudança de parâmetro, de estilo. Ler menos livros e ler mais numa telinha.
de gostar de rigorismos. Por exemplo, a dificuldade de conviver com outras religiões. Você percebe como é difícil mudar as convicções pessoais que já foram interiorizadas, passando a ser automático. Por exemplo, agora no Natal, Cristo se encarnou e tornou-se irmão de todos. Quem são todos? Os católicos, alguma Igreja Evangélica melhorzinha? Da Igreja Oriental Ortodoxa? Não, é de toda humanidade, todo ser humano. Também o bandido, o viciado, o ateu. O autor que estou lendo diz que Nietzsche é a mais piedosa das pessoas ímpias. Achei linda esta frase. Nietzsche declara a morte de Deus. Mas qual Deus ele diz que morreu? O Deus que a Igreja estava pregando, que as pessoas estavam querendo levar para frente. Não era o Deus encarnado em Jesus Cristo. Nietzsche, embora ateu, acabou fazendo um trabalho interessante, ajudando a consci-
ência na nossa relação com Deus e da proposta que nós fazemos.
Comunicações - Como o sr. vê o pon-
tificado do Papa Francisco? Frei Hipólito - É uma bênção do céu. Ele tem a rara pedagogia de dizer coisas de uma forma simples e ditas por muita gente, mas de uma forma diferente. A questão da autorreferencialidade, a Igreja em saída. Que “sacada” simples. Você, para amar uma pessoa do seu lado, se você não sair de si, você nunca será um amante razoável. Em todos os setores, seja o amor-conjugal, o amor-amizade, o amor-serviço. Amor-serviço, então, se você não esquecer de si, ele não existe. Interessante é que quase todo o meu livro foi escrito antes do Pontificado do Papa Francisco. E algumas pessoas encontraram traços e semelhanças com o que o Papa Francisco diz, porque as propostas têm que ser semelhantes. Uma pessoa que quer construir um trabalho a partir da figura fundadora de Jesus Cristo, pra valer, tem que ter semelhanças no discurso.
Comunicações - Qual a contribuição que São Francisco traz aos jovens hoje? Frei Hipólito - Tenho receio que nós, franciscanos, que somos porta-vozes da mensagem de Francisco, tenhamos dificuldade. São Francisco foi terrivelmente difícil. Ele pregou a minoridade, que é você ser pequeno e gostar de ser pequeno. O menor era uma necessidade para ele, porque o de cima não lavava o pé de quem estava abaixo dele. Como ele queria atender toda a gente necessitada, era preciso ser o menor, estar abaixo de todos. É uma das propostas que temos até receio de fazer, porque nos perguntamos até que ponto estamos conseguindo ser menores. Será que não há um pouco de incoerência propor algo que não se está vivendo? Eu digo o seguinte: você não precisa ter todas as virtudes que prega, mas precisa ter as principais e estar tentando, ao menos, esforçando-se, para progredir naquelas que você propõe ao povo.
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FRATERNIDADES
Lançada a Festa da Penha 2019
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jovem está no foco da Festa da Penha 2019, tendo em vista o Sínodo do Jovens, recém-encerrado, e a Jornada Mundial da Juventude, no final de janeiro, no Panamá, e que tem como tema a resposta de Maria ao chamado de Deus: «Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra» (Lc 1, 38). Nessa sintonia, a Festa deste ano terá como tema: “Eis aqui a serva do Senhor” (Lc 1, 38), que é também a primeira das 7 Alegrias de Nossa Senhora. O Convento da Penha, a Arqui-
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diocese de Vitória e a Associação dos Amigos do Convento da Penha lançaram, no dia 27 de novembro, a Festa da Penha 2019. Foram apresentados pelo Convento da Penha, a Arquidiocese de Vitória e a Associação dos Amigos do Convento da Penha, o tema, o lema, a programação e a logomarca oficial. A festa sempre tem início no domingo da Páscoa do Senhor, que, neste ano é dia 21 de abril, e se estenderá até o dia 29 de abril, dia da Padroeira do Espírito Santo. Estão previstas as tradicionais Romarias, Missas, Oitavário, shows e eventos noturnos, além da devoção e amor que os capixabas e fiéis peregrinos já manifestam à Mãe da Penha. No lançamento à imprensa, Frei Pedro de Oliveira acolheu a todos com a oração inicial e falou brevemente sobre a história da Festa da Penha, do Convento e da devoção capixaba. Explicou também o tema extraído do Evangelho de Lucas. “É quando ela recebe o anúncio do anjo dizendo que ela seria a mãe de Jesus e, espontaneamente, diz ‘eis aqui a serva’”, disse o frade, lembrando que os frades cuidam do Santuário há mais de quatro
séculos. “Os franciscanos são os guardiães da Padroeira do Espírito Santo. A nossa grande responsabilidade é cuidar da Padroeira não só de todos os capixabas, mas porque não de todos os brasileiros, por que é uma festa que se espalhou pelo Brasil e pelo mundo”, disse, já que peregrinos de todo o país visitam o Santuário e falam da Festa da Penha do Espírito Santo. Para Frei Pedro, “o grande foco da Festa da Penha 2019 é a juventude e a vocação, sobretudo a vocação do jovem em geral, tanto do lado religioso quanto do lado profissional. “Investir no jovem é fundamental, investir na juventude é investir no futuro do Brasil… Vocação dos jovens, não só para a vida religiosa, mas para o mundo do trabalho. Nós, de fato, acreditamos e esperamos que haja um grande envolvimento da juventude neste evento”, finalizou. Para Padre Renato, a Festa da Penha está relacionada diretamente à festa da luz porque acontece no tempo pascal (oitava da Páscoa). A partir desta “relação iluminadora”, foi possível desenvolver a arte oficial da festa contemplando um dos mais marcantes elementos decorativos que aparecem nas igrejas: os vitrais. Para a subsecretária de Turismo de Vila Velha e campeã mundial de badyboard, Neymara Carvalho, a Festa da Penha é o principal e mais esperado evento do ano, assim como a presença de milhares de turistas. Neymara adiantou que a Prefeitura está trabalhando para que “a festa seja a mais bonita do Brasil”, estruturando com tudo que for preciso e necessário para a realização da “mais expressiva manifestação de fé do Espírito Santo”. Acrescentou: “O Convento, por ser um dos maiores monumentos turísticos do Brasil, após a nova iluminação, deve atrair ainda mais pessoas”.
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Encontro de dois Regionais na Vila Itoupava
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os dias 3 e 4 de dezembro, os Regionais do Vale do Itajaí e do Planaldo Catarinense e Alto Vale do Itajaí estiveram reunidos na casa São José, na Vila Itoupava, em Blumenau. Foi muito bom perceber a expressão dos confrades dos Regionais neste tempo pós-Capítulo, na partilha das angústias, das alegrias e esperanças, do ambiente bem cuidado da casa e do clima favorável em todos os sentidos. O encontro recreativo foi uma excelente oportunidade de convivência fraterna. A piscina e a sauna foram desfrutadas a todo vapor, especialmente pelos noviços, aspirantes e seminaristas do Ensino Médio do seminário de Ituporanga. As cucas alemãs, o almoço e o sorvete caseiro da Vila Itoupava deram um charme especial ao encontro. A Fraternidade de Blumenau acolheu com alegria os dois Regionais e os serviu com generosidade total. Foi uma oportunidade ímpar de celebração das Fraternidades. No dia 3, às 11 horas, foi realizada uma reunião do Regional. Frei Nelson agradeceu a todos pela caminhada feita nestes três anos. Sugeriu o primeiro Regional de 2019 no Noviciado, por ocasião da Festa de São José, dias 18 e 19 de março. Desejou sucesso e bênçãos de Deus aos confrades transferidos. Acolheu de modo especial o novo Definidor, Frei Daniel Dellandrea, que fez uso da palavra animando os confrades aos desafios do novo triênio e, aos transferidos, pediu serenidade e abertura para novos desafios, colocando-se à disposição de todos para o serviço de irmão menor. Paz e Bem!
Frei Nelson José Hillesheim janeiro de 2019 – comunicações
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FRATERNIDADES
Jubileus: retorno ao “primeiro amor”
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ueremos reiniciar nossa consagração e nosso serviço ministerial, fundados no primeiro amor e profundamente reconciliados Naquele que nos chama a segui-Lo”. Foi este convite que o novo Ministro Provincial, Frei César Külkamp, fez aos frades desta Província da Imaculada Conceição que celebraram seus jubileus durante a Celebração Eucarística, no dia 1º de dezembro, no histórico Convento São Francisco, no centro de São Paulo. Este momento de Ação de Graças pelo dom da vocação foi também do jovem Frei Augusto Luiz Gabriel, que renovou os votos como professo temporário. A Missa, que começou às 10h30,
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marcou o encerramento do Encontro que teve início ainda na sexta-feira (30/11). Na acolhida dos frades e dos fiéis, o ex-ministro Provincial, Frei Fidêncio Vanboemmel, citou o nome de todos os jubilandos, destacando os com mais de 70 anos de vida religiosa ou sacerdotal. “É com muita alegria que nós queremos render graças a Deus por esses confrades que doam a
sua vida a serviço do reino na vocação religiosa, em primeiro lugar como frades menores, mas também na sua vocação franciscana no sacerdócio”, disse Frei Fidêncio. Frei César presidiu a Celebração Eucarística, tendo como concelebrantes o Vigário Provincial, Frei Gustavo Medella, e o guardião do Convento São Francisco e Definidor, Frei Mário Tagliari. Na sua homilia, Frei César explicou que jubileu vem da tradição hebraica de realizar uma solenidade pública a cada 50 anos da história e, nesse tempo, as dívidas eram perdoadas, as penas esquecidas e os escravos libertados. “A Igreja manteve esta tradição e também celebra jubileus. E são ocasiões em que o Papa proclama um ano santo, também com indulgência
FRATERNIDADES
plenária e experiência da misericórdia de Deus (remissão, perdão total de pecados e de crimes). E, por extensão, jubileu virou o cinquentenário de um fato marcante (um nascimento, um casamento, uma consagração religiosa e sacerdotal, etc.) – daí, podemos dizer que celebrar jubileus de prata ou de ouro significa fazer esta experiência de reconciliação total da vida; de reconhecimento de que Deus é o dono da nossa vida, da nossa consagração religiosa franciscana e do ministério ordenado”, pontuou o Ministro Provincial. Segundo o presidente da Celebra-
ção, este momento acontece depois do Capítulo provincial, ocasião em que se refletiu sobre a minoridade, não apenas uma característica qualquer, mas aquilo que qualifica a fraternidade. “Somos uma fraternidade de menores, irmãos que não se escolheram, mas receberam-se uns aos outros como dons de Deus, para se ajudarem no seguimento mais perfeito de Jesus Cristo. Aquele que se fez menor no mistério que vamos celebrar daqui a pouco, no seu Natal, no mistério de sua paixão e no mistério eucarístico. Foi nesta contemplação do nosso Sal-
vador que São Francisco percebeu o caminho que queria trilhar. E inaugurou um caminho que nós, hoje, continuamos perseguindo”, destacou. “Esta é a nossa Consagração - nossa Regra nos diz que nossa forma de vida é seguir a Cristo pobre e humilde (Rnb 9,1). Não é qualquer interpretação de Cristo. É o Cristo ‘que por nós se fez pobre neste mundo” (RB 6). É neste Cristo que fundamentamos a nossa vida”, acrescentou. Frei César lembrou que a Conferência de Medellín e o Concílio Vaticano II, expressões da Igreja viva, pediram aos religiosos para retomarem a vida religiosa como uma missão profética. “Para tanto, devem voltar ao seu primeiro amor. Retomar aquilo que nos fez interromper nossas vidas em determinado momento, nos fez sair do seio de nossas famílias e modificar nossos projetos de vida. Este primeiro amor, a nossa vocação, parte daquilo que também inspirou São Francisco a mudar de vida, a se converter: o Evangelho - dispomo-nos a abraçá-lo com toda a nossa vida e todo o nosso querer. ‘É isso que eu quero, é isso que eu procuro, é isso que eu desejo fazer de todo o coração!’, disse São Francisco ao ouvir o Evangelho, no início de sua vida”, observou o frade. janeiro de 2019 – comunicações
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FRATERNIDADES
Segundo o Ministro Provincial, Francisco não estava tão preocupado em ter técnicas e formas de anunciar o Evangelho. “Queria antes que o Evangelho penetrasse todo o seu ser. Somente assim poderia impregnar o mundo ao seu redor. O monge Marcelo Barros chama a isso evangelismo ou evangelicidade - aquilo que se converte de fato em testemunho do Evangelho, em verdadeira esperança para aqueles que já não esperam muita coisa”, explicou. Refletindo sobre a Palavra de Deus, ao se referir à Carta aos Colossenses, São Paulo pede que a Palavra de Cristo, com toda a sua riqueza, habite em nós. “E que tudo o que fizermos, seja feito em nome do Senhor Jesus Cristo. Vivemos tempos de ostentação, até mesmo espiritual, de individualismo - nosso Capítulo falou dos riscos da autorreferencialidade. Nossos projetos de evangelização não podem ser apropriados e nem espelhar simplesmente a nós mesmos. Ficarão vazios. Precisam ser expressão de uma fraternidade a serviço, menor entre os menores, sacramento de unidade e fraternidade com todos os que partilham conosco a missão de Jesus”, insistiu.
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“E é o próprio Cristo que nos dá este mandato na passagem do Evangelho de hoje. Ao se preparar para subir a Jerusalém, onde seria entregue, torturado e sofreria a própria morte, ele convida os seus discípulos - e hoje cada um de nós - a segui-Lo até o fim. E nos dá suas condições: ‘Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e me siga. Quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la; e quem perder sua vida por causa de mim, vai encontrá-la’”, exortou, completando sua homilia: “Caros jubilandos, é isto que nós celebramos hoje! Foi isto que cada um de vocês partilhou, no dia de ontem, de suas experiências vividas nos
mais diferentes lugares, com erros e com acertos, porque somos humanos e estamos a caminho. E é por isso que hoje é dia de jubileu. Queremos pedir o perdão jubilar de todas as nossas dívidas, culpas. Queremos reiniciar nossa consagração e nosso serviço ministerial, fundados no primeiro amor e profundamente reconciliados Naquele que nos chama a segui-Lo. Somente n’Ele, que é amor e misericórdia, poderemos cantar como o salmista: “Minha alma se glorie no Senhor”. Em seguida, em silêncio, diante do Ministro Provincial, cada jubilando recebeu uma vela acesa e fez a renovação dos votos de vida con-
FRATERNIDADES
sagrada franciscana e o compromisso sacerdotal de guiar o povo de Deus. Primeiro, foram chamados para este momento Frei Fabiano Kessin, Frei Arlindo Oliveira Campos, e Frei Mário Stein, celebrando 25anos de vida religiosa; depois Frei José Pereira, Frei Ricardo Backes e Frei Tarcísio Theiss, celebrando 50 anos de vida sacerdotal; e, por último, Frei Athaylton Monteiro Belo e Frei Germano Guesser, celebrando 25 anos de sacerdócio.
RENOVAÇÃO DOS VOTOS
Foi um momento especial também para o jovem Frei Augusto Luiz Gabriel, que está concluindo o Ano Missionário no Setor de Comunicação da Província e renovou os votos de pobreza, obediência e castidade, diante do Ministro Provincial. Agora, ele segue para os estudos de Teologia em Petrópolis. Frei César chamou sua mãe, Elenir Fátima Gabriel, e sua irmã, Tatiana Gabriel Dervanoski, para ficarem ao lado de Frei Augusto. “Foi uma grande e bonita surpresa renovar os votos ao lado dos meus familiares, ali representados pela minha mãe e irmã. Acredito que a presença da família no processo formativo do frade menor franciscano é muito importante e de grande valor! Outrora, foram eles que me incentivaram a dar os primeiros passos na vida de Igreja, e, hoje, puderam acompanhar, bem de perto, mais um importante passo de minha caminhada religiosa franciscana. Meu muito obrigado à Fraternidade Provincial e aos meus familiares”, festejou Frei Augusto. Antes de terminar, Frei Odorico Decker tocou “Ave Maria” com sua gaita e teve, na voz, a companhia de Luiz, parente de Frei Ricardo Backes, vindo da Bélgica.
Moacir Beggo
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FRATERNIDADES
JUBILEUS EM BRAGANÇA PAULISTA
“Renovemos nosso amor e nosso sim!”
A
festa dos Jubileus dos frades da Província da Imaculada Conceição, que começou na Fraternidade São Francisco (SP), no dia 30 de novembro, estendeu-se para a Fraternidade São Francisco de Assis, em Bragança Paulista, no dia 3 de dezembro, onde os frades idosos e enfermos celebraram seus jubileus de vida religiosa e sacerdotal. A Celebração, simples mas repleta de significados, foi realizada fora da capela, em uma sala mais espaçosa para acolher todos os frades, já que este dia marcou o encerramento festivo das atividades do Regional São Paulo. Frei Carlos José Körber, o guardião da Fraternidade, acolheu a todos e falou da alegria de reuni-los na ce-
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lebração e no almoço festivo encerrando as atividades do Regional. O Ministro Provincial recém-eleito, Frei César Külkamp, presidiu sua primeira Missa nesta Casa Acolhedora da Província, tendo como concelebrantes além de Frei Carlos, o coordenador do Regional, Frei Germano Guesser. Entre os presentes, o ex-Ministro Provincial, Frei Fidêncio Vanboemmel, agora moderador da Formação Permanente, o Reitor da Universidade São Francisco (USF), Frei Gilberto Garcia, e colaboradores da Universidade e da Fraternidade. Liturgicamente, os frades tomaram a Missa da Imaculada Conceição de Maria, Padroeira da Província e da Ordem Franciscana, que será celebrada no dia 8. Ao redor dos cele-
brantes estavam os jubilandos: Frei Olavo Seifert, 77 anos de vida religiosa; Frei Ciríaco Tokarski, 74 anos; Frei Anselmo München, 71 anos; Frei Juvenal Sansão, 70 anos; Frei Aloísio B. Hellmann, 60 anos; Frei Francisco Tomazzi, 60 anos; Frei José Lino Zimmermann, 60 anos; e Frei Ernesto Kramer, 60 anos. Frei Olavo também celebrou 72 anos de ministério sacerdotal, assim como Frei Anselmo München, 65 anos; Frei Paulo Back, 50 anos; e Frei Paulo Limper, 50 anos. Além das Fraternidades que compõem o Regional São Paulo (Amparo, Bragança Paulista, Santos, Pari, Largo São Francisco e Vila Clementino), participou deste dia festivo a Fraternidade e Postulantado de Guaratinguetá com os 4 postulantes que ingressa-
FRATERNIDADES
rão no Noviciado no dia 15 de janeiro. Frei Olavo, aos 99 anos, celebrou 77 anos de vida religiosa e 72 anos de vida sacerdotal. Lúcido, seguro, ele fez a leitura do Evangelho de Lucas narrando a anunciação do anjo a Maria. Frei Olavo completará 100 anos no próximo ano, no dia 4 de agosto. Na sua homilia, a exemplo do sábado anterior, Frei César recordou o significado da palavra jubileu. “Mas, aqui em Bragança, estamos celebrando estes jubileus com a grande solenidade da Imaculada Conceição. O Mistério nos diz que Maria é preservada da mancha herdada pelo pecado original, o pecado das origens da própria humanidade e que a Sagrada Escritura relata nesta alegoria do Gênesis: dos nossos primeiros pais, Adão e Eva. É imputada a eles uma tendência natural do ser humano para o mal através do querer igualar-se a Deus. Não sabemos bem se é esta a origem do mal - no orgulho ou na desobediência. Mas, reconhecemos que existe uma tendência originada numa certa ruptura com o criador, o próprio Deus”, explicou Frei César, lembrando que é Deus mesmo quem toma a iniciativa de resgatar o homem dessa condição de pecado para a plena e eterna comunhão com Ele: “Envia-nos seu próprio Filho, como vítima para expiar nossos pecados. E para Ele se encarnar, Deus escolhe uma mulher e a prepara santíssima, adornada com todas as qualidades e belezas do próprio Deus. Assim, estava isenta do pecado de Adão e Eva”. Segundo o celebrante, Maria é apenas uma criatura e não uma deusa. “A Igreja nunca duvidou de sua santidade, de sua vida puríssima, de seu coração inteiramente voltado para Deus, ou seja, de ser uma mulher “cheia de graça” (Lc 1,28). Mas, muitos teólogos duvidavam da sua isenção do pecado original”, observou, citando que entre os teólogos favoráveis estava o franciscano Duns Scotus, que argumentava assim: Deus podia criá-la sem mancha, porque a Deus nada é impossível (Lc 1,37); convinha que Deus a criasse sem mancha, porque ela estava predestinada a ser janeiro de 2019 – comunicações
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FRATERNIDADES
a Mãe do Filho de Deus e, portanto, ter todas as qualidades que não ofuscassem o filho; se Deus podia, se convinha, Deus a criou isenta do pecado original, ou seja, imaculada antes, durante e depois de sua conceição no seio de sua mãe. No dia 8 de dezembro de 1854, o Papa Pio IX declarou verdade de fé a Conceição Imaculada de Maria. O dogma soa assim: “A Bem-aventurada Virgem Maria, no primeiro instante de sua conceição, foi preservada de toda mancha de pecado original, por singular graça e privilégio do Deus Onipotente, em vista dos méritos de Jesus Cristo, Salvador dos homens, e que esta doutrina está contida na Revelação Divina, devendo, portanto, ser crida firme e para sempre por todos os fiéis” (Ineffabilis Dei, 42). “Celebramos 164 anos do dogma. Mas a devoção à lmaculada é muito mais antiga. É conhecida já no século VIII. Desde 1263, a Ordem Franciscana celebrou com muita solenidade a Imaculada Conceição, no dia 8 de dezembro de cada ano e costumava cantar a Missa em sua honra aos sábados”, disse lembrando a oração de São Francisco, “Saudação à Mãe de Deus”, que expressa a mesma verdade, com palavras cheias de ternura: “Salve, ó Senhora santa, Rainha santíssima, Mãe de Deus, ó Maria, que sois virgem feita igreja, eleita pelo santíssimo Pai celestial, que vos consagrou por seu santíssimo e dileto Filho e o Espírito Santo Paráclito! Em vós residiu e reside toda a plenitude da graça e todo o bem!”. Lucas, chamado de Evangelista mariano, procurou contar em palavras humanas o momento sublime da Encarnação de Deus no ventre de Maria. “O dogma da maternidade divina de Maria está estreitamente ligado ao dogma da Encarnação do Filho de Deus. A partir daquele momento, o mistério e a missão de Cris-
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to - Deus-homem e homem-Deus - une-se para sempre ao mistério e à missão de Maria de Nazaré”, ressaltou Frei César . Segundo o Ministro Provincial, estamos diante de vários mistérios que anunciam o mistério da salvação. “Como está acima da inteligência humana, só podemos contemplar a graça e vontade de Deus e, como afirmou o anjo na hora da Anunciação, ‘para Deus, nada é impossível’ (Lc 1,37). O Papa Pio XII, na comemoração dos cem anos do dogma da Imaculada Conceição, lembrou que a maternidade divina de Maria é a mais alta missão, depois da que recebeu o Cristo, na face da terra, e que esta missão exige a graça divina em toda a sua plenitude. Depois de Cristo, a maior e mais excelsa missão na terra; por causa de Cristo, revestida de dignidade infinita”, observou. “Caros jubilandos, é isto que nós celebramos hoje! Este jubileu traz consigo suas experiências vividas nos mais diferentes lugares, com erros e com acertos, porque somos humanos e estamos a caminho. E é por isso que hoje é dia de jubileu. Queremos pedir o perdão jubilar de todas as nossas dívidas, culpas. Queremos reiniciar nossa consagração e nosso serviço ministerial, fundados no sim ousado de Maria, aquela que sempre acreditou, e fez de sua vida um serviço à salvação da humanidade. Convido cada um de vocês a renovarem o seu sim no sim de Maria! No sim revestido de humildade e serviço. Por isso, ela não nos chama para si, mas nos aponta para seu Filho, o nosso primeiro amor, aquele que nos chamou a segui -Lo Unidos a Ele e com a confiança e fidelidade de sua Santíssima Mãe, a Imaculada Conceição, renovemos nosso amor e nosso sim!”, completou o Ministro Provincial.
Moacir Beggo janeiro de 2019 – comunicações
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FRATERNIDADES
No Convento Santo Antônio, a 4ª Exposição Franciscana de Presépios
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om o tema “Se Deus assim nos amou, também nós devemos amar uns aos outros”(1João 4,11), foi aberta no Convento Santo Antônio, do Rio de Janeiro, a 4ª Exposição Franciscana de Presépios. Nela será possível contemplar o mistério da Encarnação de Jesus representado através da arte com diversos materiais e técnicas, presépios oriundos de países como Alemanha, México, Itália, Peru, El salvador, Bolívia, Espanha, entre outros, e de cidades brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, João Pessoa, Teresina, Recife, Belo Horizonte e Vila Velha, em cenários criativos, simples como o nascimento de Jesus e repletos de beleza e ternura. Cada presépio é um convite para o amor. “Se Deus assim nos amou, também nós devemos amar uns aos outros”. A exposição acontece num corredor do claustro do histórico convento e
estão expostos no mobiliário antigo do acervo franciscano. O visitante, além de admirar a arquitetura conventual, poderá aproveitar o tempo do Advento para se preparar para o verdadeiro sentido do Natal: o Nascimento de Jesus. Para isso, o convento, em seu ambiente sagrado, tem missas na igreja e atendimento de confissões diariamente. A curadoria e montagem é do frade museólogo, Frei Róger que, desde 2010, monta exposições de presépios na Província. Entre presépios, Sagrada Família e miniaturas são 35 obras na mostra. Na capela de São Joaquim, de estilo barroco, dois presépios fazem ligação direta com o estilo artístico do ambiente. Um da Alemanha, talhado em madeira com pinturas, douração e detalhes em prata, de estilo barroco; e um outro de Recife, PE, também em madeira recortada e pintada, de estilo artesanal com muito movimento e co-
lorido. As duas obras se complementam pelo estilo próprio de cada uma e dialogam com a belíssima capela barroca. Para Isabela Maria, visitante carioca que estava pela primeira vez no Convento, “a criatividade do frade artista é um dom divino, tem harmonia com os cenários e cada coisa desse lugar tão especial, e em cada detalhe podemos perceber a simplicidade de Deus”. Outra pessoa que ficou encantada foi o pequeno Bruno, que estava acompanhado dos seus pais. Ao ver um desenho infantil representando a cena do nascimento de Jesus, recordou de um trabalho feito na escola sobre o tema no ano passado. O frade responsável ficou admirado com a alegria do menino e o convidou a participar com um presépio de sua autoria no próximo ano. A felicidade da família foi imensa, já que o convite foi uma surpresa. A família costuma ir ao Convento sempre que vão ao centro da cidade.
FRATERNIDADES
C
Exposição de presépios no Convento da Penha
om quatro presépios pequenos e um grande, o Convento da Penha apresentou a Exposição “Presépios do Convento”. A exposição é composta por um presépio grande, com peças e imagens do próprio acervo, além de um belíssimo cenário, montado por voluntários e amigos do Convento. Foram muitos dias de trabalho, doação e montagem para o resultado. Eles também confeccionaram os outros quatro presépios pequenos que contam a história de Frei Pedro Palácios, o franciscano fundador do Convento da Penha. A lembrança dos 460 anos da chegada do frade espanhol, na então Capitania do
Espírito Santo, está ilustrada nos belíssimos presépios. Os quatro presépios que contam a história de Frei Pedro Palácios, estão na ordem cronológica dos países pelos quais ele passou até chegar à Montanha Sagrada. O primeiro presépio, italiano, representa os franciscanos (Frei Pedro era leigo franciscano) e a própria criação do Presépio para simbolizar o nascimento de Jesus. A segunda parada do visitante é no presépio espanhol, país onde nasceu Frei Pedro Palácios por volta de 1500. Depois, ele mudou-se para Portugal e, já como religioso, passou a cuidar de doentes em um hospital de Lisboa. Este é, então, o terceiro
presépio. Por fim, Frei Pedro viajou para o Brasil, fazendo o seu trabalho de evangelização em terras tupiniquins, especificamente na Capitania do Espírito Santo, deixando-nos esse legado: o Convento da Penha. Ao percorrer esta linha do tempo, o visitante poderá conhecer um pouco mais sobre o fundador do Convento por meio dos quadros informativos e, principalmente, dos presépios. A Exposição pode ser visitada diariamente, das 8 às 12 e das 12h30 às 16h30, na Sala de Exposições do Convento (ao lado da Sala dos Milagres). A entrada é gratuita.
Assessoria de Imprensa Convento da Penha
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FRATERNIDADES
O mistério da encarnação retratado no centro de São Paulo
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om o tema “Era esta a luz verdadeira que, vindo ao mundo, ilumina todas as pessoas”, o Convento e Santuário São Francisco, no centro de São Paulo, apresenta a 29ª Exposição Franciscana de Presépios. No total, 29 conjuntos compõem a mostra, que está aberta ao público até o dia 6 de janeiro. Estão expostas peças do Brasil, Chile, Alemanha, Peru, Filipinas, Egito, Itália, entre outros. Entre os nacionais, chama a atenção um conjunto feito em palha, com figuras representando o Rio Grande do Sul, com trajes típicos e o tradicional chimarrão, além de um presépio de Caruaru (PE), em cerâmica. Entre os internacionais, grande destaque para o conjunto do Quênia, que
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ocupa três nichos do Salão São Dâmaso, onde acontece a exposição. Todos os presépios são do acervo da Província Franciscana, exceto o conjunto africano, que pertence a Mário Festa, professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da Universidade de São Paulo (USP). O curador e organizador da mostra, Rafael Herrera, afirma que usa a inspiração para organizar a mostra, que começou a ser preparada em agosto, com a seleção dos presépios. Apenas na montagem foi necessária mais de uma semana para finalizar a exposição. No processo, ele separa os conjuntos, os materiais disponíveis para decoração dos nichos e aos poucos a mostra vai nascendo. “Vou seguindo a intuição.
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Alguns critérios surgem da experiência, como contrastar cores e texturas”, revela. Segundo ele, a grande diferença está no objetivo, que é distinto de uma decoração natalina comercial. “Aqui estamos valorizando o Advento. Toda esta decoração busca direcionar o visitante para aquilo que realmente interessa, que é o nascimento de Jesus”, afirma o artista plástico. Rafael Herrera já pensa em 2019, quando a Exposição Franciscana de Presépios chega ao seu 30º ano. Ele quer fazer uma mostra especial, homenageando as edições anteriores e os artistas, “isso se eu continuar responsável pela montagem”, brinca.
Érika Augusto
FRATERNIDADES
Emoção e fé marcam a Missa em ação de graças pela jovem Maria Amida Kammers
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entenas de devotos provenientes de diversas cidades de Santa Catarina e do Paraná, no dia 24 de novembro, se reuniram na Igreja dedicada a São Bonifácio, em Taquaras, Rancho Queimado -SC, para participar da missa em ação de graças pela vida e testemunho da jovem Maria Amida Kammers. Rezaram também pedindo a abertura do seu processo de beatificação. Ela que é considerada mártir da castidade, pelos devotos. A Celebração Eucarística foi marcada pela emoção e presidida por Frei Paulo Borges, pároco de Angelina-SC, e concelebrada pelo Pe. Valdir Stahelin, Pe. Paulo Sérgio Chaves e o diácono permanente Francisco Assis Schwinden. As Irmãs Franciscanas de São José, residentes em Angelina, também se fizeram presentes assim como o Prefeito Municipal de São Pedro de Alcântara – cidade natal de Maria Amida, Sr. Ernei Stähelin, dentre outras autoridades. A Celebração Eucarística ocorreu um dia antes da data em que se celebra os 57 anos do assassinato bárbaro de Maria Amida, em Santo Amaro da Imperatriz-SC, por defender sua castidade, pureza e honra; tinha 20 anos e dez meses de idade e era filiada à Pia União das Filhas de Maria. Já está agendada pela Paróquia de Angelina a terceira Missa em honra a Maria Amida para o último sábado do mês de novembro de 2019.
Toni Jochem janeiro de 2019 – comunicações
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EVANGELIZAÇÃO
O
Panamá, país da América Central com pouco mais de 4 milhões de habitantes, se prepara para receber a 15ª edição da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que acontece de 22 a 27 de janeiro. O tema escolhido para esta edição é: “Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra (Lc 1, 38)”. A JMJ é um grande evento religioso e cultural, que acontece a cada três anos. É um encontro de jovens de todo o mundo com o Papa, em um ambiente festivo, religioso e cultural, que mostra o dinamismo da Igreja e dá testemunho da atualidade da mensagem de Jesus. “É muito mais do que um acontecimento. É um tempo de profunda renovação espiritual, de cujos frutos se beneficia toda a sociedade” (Bento XVI). Trata-se de um meio extraordinário de evangelização para fortalecer a pastoral juvenil.
Agenda do Papa
O Pontífice chega no dia 23 de janeiro, às 16h30 (horário local), no Aeroporto Internacional de Tocumen. No dia seguinte, o Pontífice encontra-se com o presidente Juan Carlos Varela. Em seguida, tem um encontro com mais de 70 bispos da América Central. Neste mesmo dia, às 17h30, o Papa fará a cerimônia de boas-vindas na Cinta Costera, local dos atos principais da JMJ. No dia 25, às 10h, o Pontífice irá ao Centro de Reabilitação de Menores Las Garzas de Pacora, onde fará uma celebração penitencial com os jovens reclusos. Neste mesmo dia, às 18h, o Papa participará da Via-Sacra na Cinta Costera. No sábado, dia 26, o Papa fará a consagração do altar da Catedral Santa Maria de La Antigua, que passou por um longo processo de restauração para acolher os peregrinos. A Catedral possui mais de 400 anos e tem capacidade para 600 pessoas. Neste mesmo dia, às 18h, o Papa participa da Vigília com os jovens no campo São João Paulo II, no Metropark. No último dia da JMJ, 27, às 7h30, o Papa preside a Eucaristia no Metropark, de onde faz o envio dos jovens peregrinos. Às 10h30, o Papa visitará a Casa Hogar Buen Samaritano, um centro de acolhida para portadores do vírus HIV. Neste local, o Papa Francisco rezará a oração mariana do Angelus e conversará com os acolhidos.
JMJ
EVANGELIZAÇÃO
A primeira da América Central
EVANGELIZAÇÃO
Presidiários constroem confessionários para JMJ
Além da visita do Papa Francisco ao Centro de Reabilitação de Menores Las Garzas de Pacora, os detentos de La Joya e Nueva Joya, Centros de Detenção do Panamá, participarão à sua maneira da JMJ. Trinta e cinco reclusos são os responsáveis pela construção de 250 confessionários que estarão no Parque Omar, que se chamará Parque do Perdão durante os dias do encontro. “Embora nós não possamos estar lá (na JMJ), já sentimos que estamos fazendo algo importante e dou graças a Deus pela oportunidade que nos
1986 - Roma, Itália
Tema: “Estejam sempre preparados para responder a qualquer que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês” (1Pd 3, 15)
1987 - Buenos Aires,
Argentina Tema: “Assim conhecemos o amor que Deus tem por nós e confiamos nesse amor” (1Jo 4, 16)
1989 - Santiago de
Compostela, Espanha Tema: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14,6)
deu, como privados de liberdade, de colaborar com uma missão tão importante como é a JMJ”, explicou Luis Domínguez, que é encarregado por pintar e supervisionar o lixamento dos confessionários, em entrevista ao ACI Digital.
Jovens da Província se preparam para a JMJ
Em todo país, diversos grupos se organizam para participar da JMJ. Junto ao grupo da Arquidiocese de Niterói (RJ), irão duas jovens paroquianas da Paróquia Porciúncula de Santana, Kaury Miranda, de 27 anos e Larissa Rodrigues, de 25 anos. Para
Kaury, a expectativa maior é o encontro com jovens de diversos locais do mundo. “Espero muito sentir a Igreja jovem e viva durante o encontro. Acho que é isso que torna a JMJ tão especial. Ver a juventude de todo mundo junta em oração. Ver diferentes povos e ouvir o Pai-Nosso em todas línguas. Acho que vai ser emocionante”, confessa. Sobre a preparação, Larissa conta que além do lado financeiro, as jovens também se cuidaram do lado espiritual. “Nossa preparação desde o início tem sido de muita oração e buscando as respostas em Deus. Por outro lado, para ajudar financeiramente,
1991 - Częstochowa, Polônia
1997 - Paris, França
1993 - Denver, Estados
2000 - Roma, Itália
Tema: “Vocês receberam o Espírito que os adota como filhos” (Rm 8,15) Unidos Tema: “Eu vim para que tenham vida, e a tenham plenamente” (Jo 10,10)
1995 - Manila, Filipinas
Tema: “Assim como o Pai me enviou, também eu vos envio” (Jo 20,21)
Tema: “Mestre, onde moras? Vinde e vereis” (Jo 1,38-39) Tema: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1,14)
2002 - Toronto, Canadá
Tema: “Vós sois o sal da terra... Vós sois a luz do mundo” (Mt 5,13-14)
JMJ em números
Kaury Miranda
Arthur Vinícius de Faria Ferreira
Larissa Rodrigues
2005 - Colônia, Alemanha Tema: “Viemos adorá-lo” (Mt 2, 2) 2008 - Sydney, Austrália
Tema: “Recebereis a força do Espírito Santo, que virá sobre vós, e sereis minhas testemunhas” (At 1, 8)
2011 - Madri, Espanha
Tema: “Enraizados e edificados n’Ele... firmes na fé” (cf. Cl 2, 7)
estamos vendendo bolos no final das missas e fizemos uma rifa”, afirma. Já em São Paulo, na cidade de Campos do Jordão, o aspirante à vida religiosa franciscana Arthur Vinícius de Faria Ferreira, de 16 anos, se prepara também para sua primeira JMJ. Ele participou das Missões Franciscanas da Juventude, em janeiro de 2018 nas cidades de Agudos e Bauru (SP) e da Caminhada Franciscana da Juventude, em abril de 2018, em sua cidade natal. A partir destes encontros, ele sentiu o desejo de discernir sua vocação junto aos frades. “O que mais me chamou a atenção nos franciscanos foi a fraternidade com que vivem entre si e com o povo. A harmonia com as criaturas de Deus e a felicidade transmitida, não somente por risos e momentos de alegria, mas também no silêncio pacificador, em que se pode sentir grandemente a presença de Deus”, afirma. Sobre o Pontificado do Papa Francisco, Arthur manifesta admiração: “Penso que o Papa Francisco cumpre fielmente com o papel na Igreja. Ele tem sido um bom Pastor e exemplo de como ser um católico verdadeiro. Admiro o nome que escolheu: Francisco, tendo como exemplo o modo com que São Francisco viveu sua fé”, explica.
2013 - Rio de Janeiro,
S ão esperados entre 250 mil e 350 mil visitantes no Panamá, entre peregrinos, voluntários, meios de comunicação e bispos de 187 países. São necessários 180 mil locais de acolhida para os peregrinos. Até julho, 34 centros educativos foram aprovados para acolher peregrinos. S ão necessários 1500 restaurantes para alimentação dos peregrinos durante os dias da JMJ. investimento estimado para o O evento é de 54 milhões de dólares, segundo estimativas do Comitê Organizador Local (COL). 1 72 mil peregrinos se inscreveram na primeira fase e 70 mil na segunda fase das inscrições. 62% dos peregrinos são do conti nente americano: a maioria de países como México, Colômbia, Brasil, Argentina e Costa Rica. proximadamente 2 mil voluntários A se inscreveram, dos quais 77% são do continente americano. erca de 30 empresas panamenhas C tornaram-se benfeitoras da JMJ. “Os Dias na Diocese”, a pré-JMJ acontecerá em 8 Dioceses do Panamá e 8 da Costa Rica, incluindo 1 Prelazia, 1 Vicariato e 2 Arquidioceses. 20 mil voluntários residentes no Panamá e 5 mil, provenientes do exterior, serão distribuídos nas 95 tarefas já estabelecidas pelo COL.
Brasil Tema: “Ide e fazei discípulos entre as nações!” (cf. Mt 28,19)
S erão disponibilizados 250 confessionários, divididos nos 5 idiomas oficiais para os jovens.
2016 - Cracóvia, Polônia
Haverá 150 expositores na Feira Vocacional, incluindo Conferências Episcopais, Movimentos de Família, Comunidades Leigas e de Vida Consagrada.
2019 – Cidade do
Serão construídos 6 palcos ao ar livre ao longo de toda a costa, para o Festival da Juventude, que também contará com 2 teatros e salas para conferência.
Tema: “Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia” (Mt 5,7) Panamá, Panamá Tema: “Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1, 38)
Fonte: TNV Notícias
EVANGELIZAÇÃO
Criação de João Paulo II
A JMJ foi instituída em 20 de dezembro de 1985. Durante um encontro por ocasião do Natal, São João Paulo II disse aos cardeais e membros da Cúria Romana que queria que a JMJ acontecesse todos os anos no Domingo de Ramos, como um encontro de dioceses, e também a cada dois ou três anos, como um encontro internacional,
em um lugar estabelecido por ele. A ideia do evento foi concebida com o objetivo de favorecer o encontro pessoal com Cristo, que muda a vida, e promover a paz, a unidade e a fraternidade dos povos e das nações através da juventude como embaixadora; além de desenvolver processos de nova evangelização destinada aos jovens. Além de momentos de oração,
os jovens participam de catequeses, momentos de formação, apresentações musicais, etc. Os momentos mais esperados da JMJ são os encontros com o Papa. Esta será a terceira JMJ do Papa Francisco. Ele esteve no Rio de Janeiro, em 2013; em Cracóvia, em 2016 e confirmou presença no Panamá.
Érika Augusto
Como surgiu a JMJ?
Pe. Eric Jacquinet Segundo a opinião de muitas pessoas, a Jornada Mundial da Juventude foi a invenção mais bonita do Papa São João Paulo II. Mas ele afirmava: “Foram os jovens que inventaram a JMJ”. Vejamos como começou esta bonita aventura. Nos anos 1983-1984, era celebra-
do o Ano Santo da Redenção: 1950 anos da Paixão de Cristo. Entre as diversas atividades, São João Paulo II quis promover um encontro jovem para o Domingo de Ramos. O comitê organizador previa cerca de 60 mil participantes. Foram 250 mil! Em 1985, a ONU proclamou o Ano Internacional da Juventude. O Papa, desejando manifestar a atenção da Igreja pelas novas gerações, convocou novamente os jovens de Roma para celebrar o Domingo de Ramos. Também nesta ocasião a resposta foi positiva: 300 mil jovens se dividiram entre as igrejas da cidade para os diferentes momentos de oração e catequese, reunindose depois na Praça de São Pedro para participar da celebração com o Santo Padre. Depois destes encontros, muitos se perguntavam: “Por que esta resposta generosa? O que buscam os jovens hoje? O que eles querem?”. Mas São João Paulo II já havia intuído: os jovens sentiam o desejo de encontrar-se entre eles, compartilhar sua experiência, escutar uma Palavra de fé, olhar juntos para o futuro, renovar e confirmar seu próprio compromisso. É assim que, no fim de 1985, o Papa anunciou a instituição da Jornada Mundial da Juventude.
Ícones da JMJ
Cruz peregrina
A cruz de madeira, hoje conhecida como “Cruz da Jornada Mundial da Juventude” foi feita em 1983 por ocasião do início do Ano Santo da Redenção (25 de março de 1983 a 22 de abril de 1984). Durante a cele-
bração de abertura do Ano Santo, os jovens entraram com a cruz na Basílica de São Pedro, onde permaneceu durante todo o jubileu. Foi colocada junto ao sepulcro de São Pedro e esteve presente nas celebrações, acompanhando os grupos de peregrinos que visitavam o Vaticano. Entre eles não faltaram os jovens: representantes dos movimentos e comunidades que, juntos, responderam ao convite do Santo Padre. Foram eles quem pediram ao Papa que, depois de finalizadas as celebrações, lhes entregasse a cruz. O Santo Padre atendeu ao pedido e, no Domingo da Ressurreição, entregou aos jovens a Cruz do Jubileu. A cruz já esteve em todos os continentes, inclusive em países em guerra e conflito. Junto a ela, rezou-se no lugar do ataque ao World Trade Center, em Nova Iorque. Ela também passou por Ruanda, que sofria com os efeitos da sangrenta guerra civil. A cruz já visitou a sede da ONU, mas também escolas pequenas, hospitais e prisões.
Nossa Senhora Salus Populi Romani
O ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani é a imagem da Virgem de maior devoção na Itália. O nome “Protetora do povo romano” remonta sua origem aos acontecimentos do final do século VI, quando os habitantes de Roma sofriam por causa de uma peste. Nossa Senhora Salus Populi Romani apareceu na Jornada Mundial da Juventude pela primeira vez no ano 2000, quando a réplica do ícone tinha lugar junto ao altar papal instalado em Tor Vergata. Três anos depois, durante a Jornada Mundial da Juventude celebrada em nível diocesano, o Papa animava os jovens para que se aproximassem mais de Jesus por meio de sua mãe. Em sua homilia da Jornada Mundial da Juventude de 2003, disse: “A Virgem Maria nos é dada para ajudar-nos a entrar em um contato mais sincero e pessoal com Jesus. Com seu exemplo, ela nos ensina a olhar com amor a Ele, que nos amou primeiro”.
Oração
Pai Misericordioso, Tu nos chamas a viver nossa vida como um caminho de salvação. Ajuda-nos a contemplar o passado com gratidão, a assumir o presente com coragem, a construir o futuro com esperança. Senhor Jesus, amigo e irmão, agradeço por teu olhar de amor; faze que escutemos tua voz, que ressoa no coração de cada um com a força e a luz do Espírito Santo. Concede-nos a graça de ser Igreja em saída, anunciando com fé viva e com rosto jovem a alegria do Evangelho, para trabalhar na construção da sociedade mais justa e fraterna que sonhamos. Pedimos-te pelo Papa e pelos bispos; pelos sacerdotes e diáconos; pela vida consagrada e pelos voluntários; pelos jovens, por todos que participarão da próxima Jornada Mundial da Juventude no Panamá e por todos que se preparam para acolhê-los. Santa Maria la Antigua, Padroeira do Panamá, faze que possamos orar e viver com tua mesma generosidade: “Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1,38). Amém.
EVANGELIZAÇÃO
notícias do bom jesus
MEP arrecada mais de R$ 100 mil para o Hospital Pequeno Príncipe Estudantes do 1.º ano do curso de Administração Integral da FAE criam empreendimentos em prol da instituição
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ções sociais são aquelas que se desenvolvem em benefício da comunidade, oportunizando a transformação pessoal dos envolvidos, a melhoria das condições de vida dos destinatários da ação por meio do cultivo do sentimento de solidariedade com os mais pobres, entre outros. O Projeto FAE Social, lançado em junho de 2018, inspira-se no exemplo de São Francisco de
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Assis, que se notabilizou por agir com humanidade para com todos e estender a mão aos que nada tinham. Alinhados aos objetivos do FAE Social, os alunos do curso de Administração Integral da FAE (MEP) conseguiram, neste ano de 2018, superar o recorde de anos anteriores de arrecadação de recursos financeiros para o Hospital Pequeno Príncipe. Mais de 100 mil reais foi a quantia entregue na tarde de 4 de dezembro, por alunos, professores e responsáveis da FAE aos representantes do hospital. Hospital esse que depende de recursos públicos (SUS) e de iniciativas solidárias da comunidade para manter o atendimento
a crianças acometidas por doenças de média e alta complexidade, principalmente nas áreas pediátrica, cirúrgica, neonatal e cardíaca. A parceria, que já dura oito anos, convida os alunos do MEP a planejar e a desenvolver ações sócio-administrativas ao longo do ano letivo no intuito de arrecadar fundos para o maior hospital pediátrico do país. De acordo com o professor orientador Luis André Werneck Fumagalli, “a evolução da disciplina e o engajamento dos alunos foram fundamentais para esse resultado tão positivo. Mesmo com pouco conhecimento, em tentativas com acerto e erro, eles aceitaram o desafio e conseguiram chegar aos resultados”.
EVANGELIZAÇÃO
Quebra de recorde
Imbuídos de ideias que foram de jantar de gala a venda de toalhas personalizadas, os alunos do 1.º ano do MEP da FAE desenvolveram durante todo o semestre, na disciplina de Empreendedorismo Social, projetos que agora vão impactar de forma positiva a vida de milhares de crianças atendidas pela entidade de saúde sem fins lucrativos. Eduardo Breowicz Slonski, integrante da ideia “Compartilhando alegria”, que confeccionou toalhas personalizadas e foi o projeto que
obteve o maior retorno financeiro, acredita que a união do grupo, a força das marcas e o objetivo da disciplina foram os maiores responsáveis pelo resultado. “A disciplina é muito bem pensada. Acho muito legal ter esse tipo de atividade. Meu grupo esteve muito focado na busca das metas traçadas e organizado, mas ter marcas tão fortes como a da FAE e a do Hospital foi um fator muito importante na hora de vender nosso produto. Agradeço às instituições pela oportunidade e pelo aprendizado alcançado”.
O valor arrecadado será destinado a pesquisas e despesas gerais do hospital que em 2019 completa 100 anos e já projeta novos recordes com a parceria, como aponta Rodrigo Lowen, representante do hospital. “Esse trabalho é muito importante para a gente. Essa parceria casa ideias em comum que nós, do Hospital, e a FAE temos: mobilizar pessoas e auxiliá-las em seu desenvolvimento. Temos sempre boas expectativas a cada ano e já projetamos um novo recorde na próxima edição”. Além de sensibilizar a sociedade para o humanismo solidário, ações sociais como essas dos alunos do curso de Administração Integral contribuem para levar a bom termo a própria missão da FAE Centro Universitário: Educar para a promoção de uma sociedade justa, sustentável e feliz.
Pastoral do Bom Jesus promove encontro de catequistas
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o dia 1.º de dezembro de 2018, catequistas de Curitiba e Região Metropolitana reuniram-se na Casa de Retiros Santo André, em Campo Largo, para um dia de reflexão, estudo, partilha e confraternização, coroando com alegria e gratidão a Deus todas as atividades realizadas na catequese ao longo do ano. Esse dia de encontro e formação foi preparado pela Coordenadora da Pastoral, Rita Kleinke, em conjunto com as irmãs da Casa de Retiro e o Frei Mário José Knapik. Na parte da manhã, as Irmãs Maria Cacilda e Elaine conduziram a reflexão ao respeito do tempo do janeiro de 2019 – comunicações
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EVANGELIZAÇÃO
Advento, com ênfase na Encarnação do Filho de Deus. Os catequistas puderam fazer uma experiência de interiorização por meio de momentos formativos da contemplação da Encarnação. Houve momentos de meditação e de silêncio, de maneira que os participantes puderam voltar sua atenção aos sinais desse tempo e, assim como Maria em sua gestação se preparou para a vinda do Senhor, cada um pôde pensar e se comprometer com ações diárias para o Natal do Senhor. Como destacou Irmã Maria Cacilda, “a Encarnação do Verbo
eterno de Deus no seio da Virgem Maria pela ação do Espírito Santo não é um ato pontual; é o início de um processo que se prolonga por toda a vida de Jesus e que só termina com sua morte, quando Jesus entrega sua vida nas mãos do Pai. Contemplar a encarnação é ver a humanidade com os olhos de Deus e responder aos apelos do mundo contemporâneo com ternura e misericórdia”. No período da tarde, a Coordenadora da catequese conduziu um momento de partilha com os catequistas em relação à caminhada da
catequese neste ano: cada catequista pôde partilhar fatos e experiências marcantes de seu trabalho catequético. Em seguida, Frei Mário presidiu a Celebração Eucarística acentuando a missão evangelizadora de cada catequista, fruto do diálogo, da experiência de fé com Deus e da vivência dos valores cristãos. Neste tempo do Advento, em preparação ao Natal, permanecemos vigilantes na fé, na oração e atentos aos “sinais” da vinda do Senhor. Com espírito de gratidão, vivamos com entusiasmo, amor e alegria cada dia de nossa vida.
Trabalho voluntário é atividade para formar alunos Por que atividades solidárias, como as que o Projeto Bom Jesus Social propõe, melhoram a formação de cidadãos?
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um momento em que se fala com frequência sobre ajudar o próximo, estreitar os laços entre escolas e instituições que carecem de trabalho voluntário pode ser uma estratégia de formação de alunos, profissionais e cidadãos melhores, além de despertar interesse da própria família por ações sociais. Seja por meio do contato com idosos, outras crianças carentes ou até mesmo refugiados, participar de ações voluntárias traz efeitos também para a vida adulta. Segundo o professor de Formação Humana do Colégio Bom Jesus, Santareno Augusto Miranda, as crianças hoje estão mais
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abertas a colaborar com os outros e mais sensíveis aos problemas sociais. “As notícias sobre guerra, refugiados, problemas sociais chegam às crianças por diversos meios de comunicação. Isso contribui diretamente na sensibilização das crianças para ajudar e apoiar o próximo”, observa.
Papel da escola
As escolas que desejam formar crianças e jovens com o olhar voltado para as necessidades de sua comunidade precisam criar mecanismos para que eles possam conhecer, identificar essas necessidades e conviver com as diferenças. Para o professor Miranda, a escola pode incentivar esse processo com informações de conscientização sobre os problemas sociais, palestras, visitas a instituições que trabalham com asilos, creches, colégios municipais e estaduais, orfanatos, entre outros. No Colégio Bom Jesus, o projeto
Semeando o Bem, alinhado ao objetivo do Bom Jesus Social de educar para o humanismo solidário, tem promovido palestras para alunos do Ensino Médio sobre como ser voluntário em várias instituições e organizações não-governamentais. Além disso, os alunos ainda visitam creches, asilos e Centros de Educação Infantil de Curitiba (CMEI). Durante os encontros, são desenvolvidas atividades para interação com crianças e idosos. No asilo, por exemplo, os alunos fazem maquiagem nas idosas, jogam cartas, cantam canções, preparam e servem o lanche. No CMEI, fazem brincadeiras de pintura no rosto, desenhos, gincanas e auxiliam servindo o lanche às outras crianças. Também são realizadas visitas aos centros de apoio aos refugiados haitianos e sírios. “Nessas visitas, além de ouvirem sobre a história do país e como a fuga aconteceu, incentivamos os alunos a interagirem
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em conversas. Após a visita, os alunos são desafiados a fazer doação de alguma coisa que perceberam ser uma necessidade dos refugiados”, conta o professor. Outra instituição que o Colégio Bom Jesus tem se disponibilizado a ajudar é o CAIS – Casa de Amparo Irmã Sheila. Quinzenalmente os alunos do Médio da Unidade Divina Providência se deslocam para desenvolver atividades recreativas e reforço escolar.
Integração da família
Muitas famílias têm sido integradas nas atividades voluntárias de seus filhos por meio de iniciativas da escola. Miranda percebe que os pais dos alunos são bem ativos nesse processo, levam e buscam seus filhos ao colégio, compram o que os filhos solicitam para doar às instituições vi-
sitadas. Alguns pais também se tornaram voluntários nas instituições já visitadas pelos alunos. “No asilo, um pai de aluno, ao saber que o local não tinha toalhas e cobertores para todos os idosos, comprou duas toalhas de banho e duas toalhas de rosto para cada um. Outros pais são voluntários como professores de língua portuguesa aos refugiados haitianos e sírios, há os que adotaram famílias de refugiados e os que os empregaram em suas empresas e condomínios”, lembra Miranda.
Retorno na vida adulta
A juventude pode contribuir para um mundo melhor, quando, já criança, recebe o incentivo a não só ouvir, mas ver, participar e conviver com realidades sociais diferentes. As virtudes requerem atitudes e essas podem forjar na criança o
jovem que terá valores humanistas. “Alguns dos ex-alunos Bom Jesus, que se voluntariaram, seguem com essas atividades na FAE e em outras faculdades”, conta o professor. Semeando o Bem não é, nesse sentido, uma iniciativa isolada das ações do Projeto Bom Jesus Social. Segundo Frei Claudino Gilz, tal iniciativa está associada a outras ações socioeducativas desenvolvidas nas Unidades do Grupo Educacional Bom Jesus voltadas à defesa e promoção dos direitos humanos, à conscientização da igualdade étnico -racial, à valorização da diversidade, ao cuidado do meio ambiente e à melhoria das condições de vida da população mais pobre, contribuindo para a minimização das desigualdades e das fraturas sociais.
Juliano Zemuner janeiro de 2019 – comunicações
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a Caminhada
Franciscana da Juventude
Curitibanos espera os jovens
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uando a Caminhada Franciscana da Juventude (CFJ) surgiu, em 2014, talvez ninguém imaginasse que essa iniciativa evangelizadora daria tão certo. De lá para cá, foram realizadas sete edições em três estados da Província: São Paulo, Santa Catarina e Paraná. No total, mais de 2.200 jovens participaram das CFJ. Somente nos dias do evento, foram
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percorridos 255 km. Isso sem contar as idas e vindas para as reuniões de preparação, as caminhadas feitas pelos organizadores para ver a viabilidade do trajeto, a ida e vinda dos participantes para sua cidade local e tantos outros quilômetros percorridos. Desta vez, a serra catarinense acolhe a atividade, que chega à sua 8ª edição. A cidade de Curitibanos, com pouco mais de 122 mil habitantes,
está de braços abertos para receber os mais de 500 participantes, número esperado pela organização da CFJ. Entre os dias 11 e 13 de janeiro, jovens vestidos com os famosos coletes amarelos estarão pelas ruas de Curitibanos, levando muita fé e animação por onde passarem. Neste ano, os 800 anos do encontro de São Francisco com o Sultão será trabalhado durante a atividade.
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O tema escolhido foi São Francisco e o Sultão: rompendo fronteiras no diálogo pela paz, e o lema: “Todos saberão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros.” (Jo 13, 35). Durante os momentos de mística, este capítulo da vida de São Francisco será recordado e atualizado para a realidade atual. Frei Diego Atalino de Melo, coordenador do Serviço de Animação Vocacional (SAV), destaca que esta edição atende um pedido dos jovens e das famílias acolhedoras. A CFJ acontecerá em 3 dias, e não 2, como acontecia. Segundo ele, a motivação nasce do desejo de que os jovens tenham mais contato com os anfitriões e a realidade local. “A estadia nas famílias é um momento forte e oportuno de evangelização, troca de conhecimentos, cultura, partilha de vida. Viver a cultura do encontro, como pede o Papa Francisco”, afirma o frade. Para esta edição, além do aumento no número de dias, outra novidade
é a inscrição, que foi feita totalmente online, através de uma plataforma digital. Frei Diego destaca que além da facilidade no recebimento dos dados do inscrito, a mudança ajudou também os participantes, por dar a opção de pagamento com boleto ou parcelamento com cartão de crédito. Além da inscrição, os jovens se organizam nas comunidades para custear outros gastos, como a viagem, que muitas vezes tem um custo alto. Além disso, o frade destaca outro aspecto desta 8ª edição: “Nesta Caminhada, seremos acolhidos em grande parte por comunidades rurais. Os jovens terão contato com a realidade de quem vive e trabalha no campo, se alimenta daquilo que produz”, celebra Frei Diego. O jovem Vinícius Ortiz, de 20 anos, que está na equipe de Comunicação da CFJ, afirma que mais de 80 pessoas estão na organização da CFJ, que será sediada na Paróquia Imaculada Conceição, em Curitibanos. “Em
maio formamos um grupo inicial para discutir os primeiros detalhes em relação ao trajeto, apoiadores, divulgação, etc. A preparação está a todo vapor! Já realizamos a separação dos setores, conversamos com as comunidades e divulgamos a caminhada, principalmente para os jovens da cidade. A região de Curitibanos tem uma cultura agropecuária muito forte, fato que colaborou para a escolha do trajeto. Estamos em cerca de 80 pessoas ligadas à organização, envolvendo a juventude, coordenadores de pastorais, líderes das comunidades, além dos frades e das religiosas”, afirma. Para ele, que já participou de duas edições da CFJ, receber a atividade em sua cidade será um momento de emoção e testemunho. “A caminhada nos proporciona vários momentos maravilhosos em que Cristo e São Francisco de Assis se fazem presentes, mesmo quando nem percebemos. Ver vários jovens saindo de suas cidades (algumas muito longe) para cami-
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nhar três dias chega a ser loucura, mas uma loucura boa, pois sabemos que dentro de cada coração existe um sentimento de alegria, amor e esperança. São esses pequenos detalhes que me mostram que este é o caminho certo a se seguir”, assegura Vinícius. Para Frei Diego Melo, este tipo de contato direto com a juventude tem trazido muitos frutos para a Província. “No Capítulo Provincial as atividades do SAV foram avaliadas positivamente. Cada vez mais vamos consolidando um trabalho de evangelização da juventude, criando vínculos de amizade e reforçando a divulgação do nosso carisma. A cada ano que passa, vocações são despertadas e/ou confirmadas através destes eventos”, salienta.
Presença franciscana com mais de 120 anos
No dia 20 de junho de 1894, Frei Herculano Limpinsel foi nomeado vigário de Curitibanos. Até então, os franciscanos marcavam presença na serra catarinense na cidade de Lages. Em 2 de outubro de 1891, falece o Pe.
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Antônio Luiz Esteves de Carvalho, pertencente ao bispado do Rio de Janeiro e há 38 anos trabalhando em Lages. Em virtude disso, o bispo do Rio de Janeiro confia a paróquia aos cuidados dos franciscanos. Somente em 15 de fevereiro de 1896, Dom José de Camargo Barros, bispo de Curitiba, dava a provisão de vigário de Curitibanos a Frei Herculano. Frei Rogério Neuhaus (+ 1934) e Frei Redento Kullmann (+ 1957) assumiram, neste mesmo ano, as funções de vigário e coadjuntor das paróquias de Curitibanos e Campos Novos. No dia 27 de junho de 1899, Frei Herculano requereu da Prefeitura e recebeu um terreno ao lado da matriz para a construção de uma casa paroquial. A construção teve início imediatamente. No dia 24 de julho de 1900, chega a Curitibanos o novo vigário residente, Frei Osvaldo Schlenger que, não encontrando pronta a casa paroquial, hospedou-se provisoriamente na casa de dona Cândida Hoefling. Como, naquele 24 de julho, se celebrava a festa do grande missionário franciscano
São Francisco Solano (1549-1610), a residência em construção foi batizada de Casa São Francisco Solano, nome que a Casa Paroquial conserva até hoje. Além da Paróquia, os frades também marcam presença importante no campo da Comunicação, através das Rádios Coroado e Movimento, pertencentes à Fundação Frei Rogério.
Números da CFJ
1 ª edição: Guaratinguetá (SP), 60 km, 36 participantes. 2ª edição: Guaratinguetá/ Fazenda da Esperança (SP), 29 km, 120 participantes. 3ª edição: Angelina (SC), 22 km, 180 participantes. 4ª edição: Curitiba (PR), 20 km, 300 participantes. 5ª edição: Bauru/ Agudos (SP), 50 km, 270 participantes. 6ª edição: Rodeio (SC), 36 km, 550 participantes. 7ª edição: Campos do Jordão (SP), 38 km, 800 participantes.
Érika Augusto
Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil NOTÍCIAS DO CONGRESSO CAPITULAR 1ª etapa - São Paulo, 26 a 29 de novembro de 2018 com suas potencialidades, expectativas e também limites e fragilidades. Frei Miguel recordou a necessidade do redimensionamento devido ao “cobertor curto” para levar adiante todas as atuais presenças e frentes evangelizadoras da Província. E ponderou que medidas terapêuticas serão necessárias para os irmãos que se encontram no limite de condições psicológicas e fraternas.
1) Como se sentem os Definidores e impressões sobre o Capítulo
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rei Miguel Kleinhans presidiu a Eucaristia na manhã do dia 26 de novembro, na capela interna da Fraternidade Imaculada Conceição, na Vila Clementino, em São Paulo, com a presença de todos os Definidores e de Frei Fidêncio. Fez-se memória de São Leonardo de Porto Maurício, franciscano falecido em 1751, de quem Frei Miguel ressaltou o zelo pelas “missões” populares e a propagação da devoção da Via-Sacra. O tema da minoridade voltou a ser abordado, seja pela citação da Legenda Perusina n.94, trazida pelo Visitador, seja pelo evangelho do dia, da viúva pobrezinha – menor - que, no templo, ofertou “tudo o que restava para o seu sustento”, diferentemente de ricos que depunham no cofre ofertas sem entrega e oblação. Já na sala do Definitório, às 9h40, Frei Miguel, abrindo a primeira sessão, lembrou que, de certo modo, o Congresso Capitular dá continuidade ao processo do Capítulo Provincial, com a efetivação das orientações encaminhadas em vista da evangelização e a aplicação das decisões capitulares na vida concreta dos irmãos,
Para favorecer a integração e a confiança mútua entre os Definidores, Frei César convidou-os a partilharem seus “sentimentos” em relação à Província e ao serviço que estavam assumindo, e quais impressões tiveram do Capítulo Provincial. Alguns Definidores que já vinham prestando esse serviço à Fraternidade Provincial imaginavam que um ciclo havia se fechado com a realização do Capítulo e que novas possibilidades de trabalhos se lhes abririam. Mas disseram também que reassumem a tarefa de governo com disposição e amor à Província, procurando dar um novo sentido a isso. No quadro atual, apenas Frei Daniel Dellandrea nunca havia feito parte do Definitório. Alguns ressaltaram que não se sentem sozinhos, que contam com a ajuda recíproca e a confiança entre os irmãos, e que se colocam nas mãos de Deus, contando com sua graça, e que isso tudo é o suporte substancial para o exercício da função de definidor. Foi lembrada a fala do Papa Francisco, segundo a qual as pessoas são mais importantes que as estruturas. E que isso é norteador para os Definidores, no relacionamento entre eles próprios e no trato com os outros confrades. Quanto ao Capítulo, foi constatado que houve um despertar da consciência dos confrades para a realidade que se vive hoje na Província. E que há sinais de esperança, de busca de Comunicações Janeiro de 2019
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Congresso Capitular um novo eixo condutor, e, nesse sentido, a assessoria de Frei Vanildo Zugno teria sido muito oportuna e provocadora. O clima vivenciado foi bastante fraterno, de diálogo aberto e livre, com respeito às diferenças. Não houve grandes polarizações. Talvez tenha faltado coragem para decisões mais ousadas no campo do agir. Houve boa sintonia entre o tema, o retiro inicial e o próprio andamento do Capítulo. Seria importante que o clima do Capítulo – de cada um fazer sua parte com empenho, com paixão, com vibração, sintonizado com nossos valores essenciais –, se estendesse e repercutisse durante o triênio. Foi lembrado que devemos enfrentar um contexto sócio-político difícil no Brasil nos próximos tempos. Por fim, os Definidores externaram mais uma vez gratidão e reconhecimento pelo serviço realizado por Frei Fidêncio à Província durante 9 anos.
2) Linhas de ação do novo governo
Os Definidores reservaram algum tempo para alinhavar “políticas” ou guias de ação a nortearem seu trabalho. Seguem algumas: 1. Maior presença e visitas mais frequentes às fraternidades, não apenas as estabelecidas pelas normas, mas mesmo informalmente. 2. Discrição no modo de tratar e encaminhar assuntos mais delicados, evitando desrespeito no próprio Definitório e fora dele. 3. Conscientização ampla em vista da superação de autorreferencialidades e de um alargamento da visão em relação à realidade da Província como um todo. 4. Itinerância no sentido de se evitar que confrades estejam sempre nos mesmos lugares e/ou exercendo as mesmas funções. Em princípio, nove anos seriam um período limite para presenças, cargos de animação e de administração. Por um lado, o confrade pode ter uma identificação por um determinado tipo de trabalho, mas, por outro lado, é preciso cultivar o espírito de abertura para com o novo e o diferente. 5. Ajuda a confrades – às vezes jovens -, que não lidam bem com contrariedades, com renúncias, e facilmente abandonam sua consagração. 6. Animação da “memória” do que assumimos como frades, daquilo a que nos comprometemos. Só o Capítulo não consegue reativar e manter essa “memória” do que nos é essencial. Não dá pra viver “de três em três anos”. É preciso haver um trabalho constante de volta “ao primeiro amor”. E, nesse sentido, uma redecisão permanente pela nossa consagração, um “sim” continuado, ressignificado, reassumido. 7. Ênfase no Projeto Fraterno de Vida e Missão da fraternidade, sinalizando para a necessidade do Projeto Pessoal, integrado ao Fraterno.
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3) Indicações do Capítulo Provincial e atribuições dos Definidores
Antes de se dedicarem ao difícil trabalho da recomposição das Fraternidades, os Definidores repassaram as indicações provindas da assembleia capitular referentes às Frentes de Evangelização, à animação vocacional, à formação permanente e inicial e à economia e administração. Reviram também as propostas para a Formação Permanente e para os redimensionamentos. Várias indicações já estão contempladas no Plano de Evangelização, mas, de qualquer modo, servem como alerta e como pauta a ser acentuada. Entre os comentários, ficou claro que grande parte das dissenções nas fraternidades nasce do modo como fazemos uso do dinheiro, ou de como o administramos. Há desigualdades entre nós. Daí a importância de se retomar e assumir a Ratio Oeconomica da Província. Por sua vez, a animação vocacional apareceu como a prioridade mais enfatizada no Capítulo. Os Definidores também leram e comentaram os artigos das Constituições Gerais, dos Estatutos Gerais e dos Estatutos da Província referentes ao próprio Definitório e ao Congresso Capitular, e aos guardianatos e casas filiais.
4) Eleições e nomeações diversas
Na 1ª etapa do Congresso Capitular, os Definidores elegeram e nomearam confrades para os ofícios abaixo. 1. Secretário Provincial: Frei Walter de Carvalho Júnior foi eleito secretário para mais um ano. No final de 2019 receberá transferência. No decorrer do ano, ajudará na transição para o novo secretário. 2. Vice-secretário Provincial: Frei Jeâ Paulo Andrade; 3. Ecônomo Provincial: Frei Mário Luiz Tagliari; 4. Secretário para a Formação e os Estudos: Frei João Francisco da Silva; 5. Coordenador da Formação Inicial: Frei Rodrigo da Silva Santos; 6. Secretário para a Evangelização: Frei Gustavo W. Medella; 7. Moderador da Formação Permanente: Frei Fidêncio Vanboemmel. 8. Animador do Serviço JPIC: Frei Diego Atalino de Melo; 9. Animador do SAV provincial: Frei Diego Atalino de Melo; 10. Comissário da Terra Santa: Frei Ivo Müller; vice-comissário: Frei Jean Carlos Ajluni; 11. Mestre dos Postulantes: Frei Jeâ Paulo Andrade; vice-mestres: Frei José Raimundo de Souza e Frei João Francisco da Silva e Frei Claudino Dalmago; 12. Mestre dos Noviços: Frei Rodrigo da Silva Santos; vice-mestres: Frei Pedro da Silva, Frei Mário Stein e Frei Marcos Vinicius Motta Brugger; 13. Mestre do Tempo da Filosofia: Frei Samuel Ferreira de
Congresso Capitular Lima; vice-mestres: Frei Luís Antonio Aliberti e Frei José Antônio Cruz Duarte; 14. Mestre do Tempo da Teologia: Frei Marcos Antônio de Andrade; vice-mestres: Frei Jorge Paulo Schiavini, Frei Jorge L. Maoski e Frei Cláudio Broca de Siqueira; 15. Orientadores do Aspirantado e Ensino Médio: Frei Alisson Luís Zanetti, Frei Valdir Laurentino e Frei Marcos Prado dos Santos; 16. Diretor do Instituto de Filosofia São Boaventura: Frei Antônio Joaquim Pinto; 17. Diretor do Instituto Teológico Franciscano: Frei Ivo Müller;
5) Renovação dos votos – confrades da FIMDA
Atendendo à indicação do coetus de Luanda, o Definitório aprovou que renovassem os votos na Ordem os confrades que estão em Angola: 1. Frei Alberto C. Martinho Sambei 2. Frei André dos Santos Sungo Mingas 3. Frei António da Silva Manuel 4. Frei António Sacaputo Maimo 5. Frei Bernardo João Cassinda 6. Frei Bernardo J. C. Kandangongo 7. Frei Crisóstomo Pinto Ñgala 8. Frei Daniel K. T. Tchikeva 9. Frei Domingos Cacanda Soma 10. Frei Domingos Macuva Paulo 11. Frei Eduardo J. Cavita Camunha 12. Frei Elias Hebo Luís 13. Frei Evaristo Seque Joaquim 14. Frei Feliciano Afonso Manuel 15. Frei Hélder J. Mateus Domingos 16. Frei Honorato Salvador Gaspar Gabriel 17. Frei Inoc Joaquim João 18. Frei João Baptista Culiaquita 19. Frei José João Ganga 20. Frei Miguel T. T. Filipe 21. Frei Pedro Domingos Caiungue Mugiba 22. Frei Pedro Isaías Luísa Vitangui 23. Frei Silvério Munga Cajonde 24. Frei Simão Cassua Horácio 25. Frei Samuel Santos Soares 26. Frei Heberti Senra Inácio 27. Frei David Belineli
6) Primeira Profissão – noviços aprovados
Os Definidores aprovaram que façam a Primeira Profissão no dia 10 de janeiro, em Rodeio, os noviços: 1. Frei Abel Ndala Sahuma Nganji (FIMDA) 2. Frei Clementino Samuel Miguel (FIMDA) 3. Frei David Vicente da Conceição Gaeita (FIMDA)
4. Frei Luís António Gungo (FIMDA) 5. Frei Valódia João Manuel Baptista Manuel (FIMDA) 6. Frei Daniel Maciel 7. Frei Éverton Junior Goschel Broilo 8. Frei Francisco Teixeira Junior 9. Frei Franklin Matheus da Costa 10. Frei Gabriel Nogueira Alves 11. Frei Guilherme Plotegher Neto 12. Frei Josielio da Silva Oliveira 13. Frei Lucas Moreira Almeida 14. Frei Marcelo Tadeu da Silva Cardoso 15. Frei Roberto Rocha da Silva 16. Frei Sérgio Hide Honna 17. Frei Thierry Melo de Paula 18. Frei Yves da Costa Bernardes Leite
7) Noviços 2019 – aprovados para admissão
Os Definidores aprovaram que sejam admitidos ao Noviciado em Rodeio e em Quibala, os postulantes: Em Rodeio 1. Davi Gabriel Lutzke 2. Gabriel Ferreira Salinas 3. Irven Gabriel de Jesus dos Santos 4. Rodolpho Andreazza Marinho Obs.: Flávio Malta de Souza, monge beneditino em processo de passagem para a Ordem dos Frades Menores, que em 2018 fez parte da Fraternidade de Santo Amaro, fará a experiência do noviciado em 2019. Em Quibala 1. Adriano Fernando Sumbelelo 2. Daniel Carlos Teresa 3. Fernando José Dange 4. Francisco Luís Lupasso 5. Herculano José Nuñgulo 6. Ilário Kapingala 7. Inácio Felipe Puto 8. Jerónimo Cheia Mário 9. João Pedro Pessoa Lima 10. Venâncio Canombelo Candundo
8) Postulantes 2019 – aprovados para admissão
Os Definidores aprovaram que sejam admitidos ao Postulantado em Guaratinguetá e em Viana: Em Guaratinguetá 1. Bruno Almeida de Mello 2. Bruno Dias de Deus 3. Fábio Charleaux Luzia dos Santos 4. Felipe Antonio Nascimento da Silva 5. Fernando Gois da Costa 6. Gabriel Paz de Oliveira Silva 7. Gilberto Silveira da Costa Junior Comunicações Janeiro de 2019
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Congresso Capitular 8. Gustavo Henrique da Silva Toratti 9. Matheus Hoffmann de Oliveira 10. Paulo André de Moura Filho 11. Paulo Vitor da Silva 12. Vinicius de Oliveira Betim 13. Vinícius José Aparecido Lopes Silva 14. Vinicius Ramon Fank Brand Em Viana 1. Abel Ernesto Nené 2. Alberto Joaquim Manuel Gamba 3. Bartolomeu Kapena Moisés 4. Borracha Raimundo Eduardo 5. Denilson Gaieta Morais 6. Dionísio Kapitango Uyombo Muhele 7. Escovalo Gabriel Domingos 8. Fernando Camaxilo Victor 9. Francisco Pedro Kapapelo Chitacumula 10. Gualter Filipe João Pascoal 11. Ilário Kaleka Gonçalves Barros 12. Januário Mendonça Barreto de Carvalho 13. João Garcia Isaac Lucoqui 14. José Kapundi 15. José Mahola Muhona 16. Luís José Fernandes 17. Manuel Coloi Armando Camongua 18. Manuel Katchingangu Singue 19. Mário Catimba Dumba Baptista 20. Paulino Salamba Candando 21. Paulo Camuanguina Alexandre 22. Paulo Kapindali 23. Paulo Ngungo Ngumbe Gabriel 24. Raul Dumbo Bondua Muquinjina 25. Silva Kawia Ngueve Tchimo 26. Simão Albino Katenha Kakinta 27. Simeão Capingala Jamba 28. Tomás Gaspar Joaquim 29. Vicente Chocolate Barros
9) Estudos de especialização – frades aprovados
Foram aprovados para estudos superiores na área de Liturgia e de Teologia Bíblica, respectivamente, Frei Alberto Eckel Junior e Frei Jean Carlos Ajluni Oliveira. Frei Jean estudará no Instituto Bíblico de Jerusalém. Quanto a Frei Alberto, ainda será decidido onde estudará.
10) Frades do Ano Missionário – espera em Guaratinguetá
Enquanto aguardam o visto de entrada e permanência em Angola, os confrades que farão o Ano Missionário na FIMDA permanecerão na Fraternidade São José, Postulantado Frei Galvão, em Guaratinguetá, ajudando no SAV. São
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eles: Frei Jonas Ribeiro da Silva e Frei Thiago da Silva Soares. Também farão o Ano Missionário Frei Danilo Santos Oliveira (em Colatina, tendo como mestre Frei Jeferson Palandi Broca), Frei Felipe Medeiros Carretta (na Rocinha, tendo como mestre Frei Roberto Ishara), Frei Matheus José Borsoi (em Vila Velha – santuário, tendo como mestre Frei Djalmo Fuck) e Frei Vitor da Silva Amâncio (no Pari, tendo como mestre Frei Diego Atalino de Melo.
11) FIMDA – ereção da casa de noviciado e transferências
Em decreto do dia 10 de novembro de 2018, o Ministro Geral Frei Michael A. Perry erigiu como casa de Noviciado da Fundação Imaculada Mãe de Deus de Angola a Fraternidade Santo Antônio, de Quibala.
12) Encaminhamentos relacionados aos Redimensionamentos
Não foi possível neste Congresso Capitular dar passos concretos referentes a alguns redimensionamentos indicados pelo Capítulo Provincial. A composição de fraternidade no Eremitério Frei Egídio, por exemplo, só poderá ser efetivada mediante revisão mais ampla de nossas presenças, que deverá acontecer no decorrer do triênio.
13) CERNEF – revigoramento em Agudos
Os Definidores apreciaram o folder do CERNEF (Centro de Renovação da Espiritualidade Franciscana), com anúncio de tempo forte de encontro com Deus, consigo mesmo e com a Criação, através da formação franciscana e do convívio fraterno, em Agudos, de 2 a 30 de março de 2019.
14) Sefras – eleição da diretoria
Para a diretoria do Sefras (Associação Franciscana de Solidariedade), foram eleitos: Presidente: Frei José Francisco de Cássia dos Santos Vice-presidente: Frei Diego Atalino de Melo Secretário: Frei Clauzemir Makximovitz Conselheiros: Frei Robson Luiz Scudela, Frei Wilson Batista Simão e Frei Mário Luiz Tagliari
Encerramento
Às 16h15 do dia 29, Frei Miguel Kleinhans, presidente do Congresso Capitular, agradeceu aos Definidores pelo bom serviço prestado aos confrades, com paciência, atenção, cuidado e eficiência, compondo o quadro das transferências póscapitulares. E ao Senhor pediu a bênção sobre a Fraternidade Provincial.
Frei Walter de Carvalho Júnior secretário
Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil NOTÍCIAS DO CONGRESSO CAPITULAR 2ª etapa - São Paulo, 10 a 12 de dezembro de 2018
À
s 9h00 da manhã de 10 de dezembro, na capela interna da Fraternidade Imaculada Conceição, da Vila Clementino, em São Paulo, Frei Fidêncio, ex-Ministro Provincial, foi quem presidiu a Eucaristia, com a presença de todos os Definidores, abrindo assim a 2ª etapa do Congresso Capitular. Frei Fidêncio, inspirado pela 1ª leitura, do livro do profeta Isaías, insistiu que o tempo do Advento e o próprio trabalho do Definitório são um caminho. E caminho tem a ver com possibilidades, com perspectivas que transformem o que é deserto, árido, coxo, marcado pela cegueira, em aberturas de luz, de vida, de ânimo, de liberdade e de libertação. Foi lembrado inclusive o Dia Internacional dos Direitos Humanos que atualmente, nas discussões políticas no Brasil, são negligenciados até mesmo por grupos de cristãos. Às 9h45, na sala do Definitório, na Sede Provincial, Frei César acolheu a todos e convidou para a leitura da ata da 1ª fase de
Congresso e para a abordagem da pauta para a 2ª etapa, cujos assuntos, na sua maioria, seguem noticiados abaixo.
1) Impressões da 1ª etapa do Congresso e indicações
De modo geral, os Definidores perceberam que os confrades ficaram agradecidos e confiantes pelo trabalho desempenhado na 1ª fase do Congresso Capitular. Houve um clima de contentamento e tranquilidade. Muito positivo. Os Definidores estavam cientes de que transferir não é mudar “peças”, mas lidar, com respeito, com pessoas e suas esperanças, necessidades e fragilidades. Ressaltou-se que o novo triênio é novo para todos os confrades: tanto para os que recebem transferência como para os que permanecem nas mesmas fraternidades. Quem permanece não ganha beneplácito e quem parte, punição. Há sempre o perigo, por parte dos que não foram transComunicações Janeiro de 2019
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Congresso Capitular feridos, de apropriar-se de “esquemas”, horários, espaços, “grupos”, direitos adquiridos, não se dispondo a recomeçar com os que chegam, numa atitude livre e acolhedora. Nesse sentido, será imprescindível a atenção especial ao também novo (e a ser recomposto) Projeto Fraterno de Vida e Missão.
2) 1º Encontro Regional - orientações
1. Os Definidores refletiram sobre o 1º encontro dos Regionais a ser convocado. Leram os artigos 83 a 85 dos Estatutos da Província referentes aos Regionais e aos coordenadores. Discutiram sobre a importância do coordenador na animação da vida fraterna e evangelizadora dos confrades das várias regiões da Província e de sua estreita relação com os guardiães e com o Definidor. Embora não tenham, primeiramente, função de governo, os Regionais são instância fundamental de animação dos irmãos, o que, enfim, é o mais importante. Neste sentido, o trabalho do Coordenador Regional é intimamente ligado à moderação da Formação Permanente. 2. No primeiro encontro (as datas seguem abaixo), os confrades deverão eleger o coordenador e o vice-coordenador, o secretário e o vice-secretário. A votação deverá ser secreta, até se chegar à maioria absoluta. No último escrutínio para coordenador, o segundo mais votado fica sendo o vice-coordenador. O mesmo vale para o secretário e vice. 3. Um dos assuntos que farão parte da pauta do 1º Encontro será a composição/revisão do Projeto Fraterno de Vida e Missão das Fraternidades, e também o Projeto Pessoal, sintonizado com o Fraterno. 4. Frei César e Frei Fidêncio escreverão carta para o 1º encontro, com orientações e uma retomada das questões principais do Capítulo Provincial. 5. Data do 1º encontro de cada Regional: • Agudos: 18 e 19 de março (Seminário) • Planalto Catarinense e Alto Vale do Itajaí: 11 e 12 de março (Ituporanga - seminário) • Baixada e Serra Fluminense: 8 e 9 de março (Sagrado Petrópolis) • Contestado: 11 e 12 de março (Piratuba) • Curitiba: 18 de março (Aldeia) • Espírito Santo: 11 de março (Vila Velha - Santuário) • Leste Catarinense: 11 de março (S. Amaro) • Pato Branco: 13 e 14 de março (Pato Branco) • Rio de Janeiro e Baixada Fluminense: 18 de março (Largo da Carioca) • São Paulo: 11 de março (Largo São Francisco) • Vale do Itajaí: 19 de março (Rodeio) • Vale do Paraíba: 11 de março (Postulantado)
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3) 1º Capítulo Local - orientações
A Formação Permanente enviará proximamente orientações para a realização dos Capítulos Locais. É bom lembrar que vários subsídios foram confeccionados pela Ordem e pela Província com a temática do Capítulo Local. Os Estatutos da Província, nos artigos 79 e 80, tratam do Capítulo Local e suas atribuições. É importante marcar logo as datas dos Capítulos para o ano todo. Um grande empenho por parte das Fraternidades no primeiro semestre do triênio, e que envolve o Capítulo Local, é o Projeto Fraterno de Vida e Missão, a ser recomposto a partir de subsídio que será preparado pela Formação Permanente. Os Definidores pedem que até o final de fevereiro se realize o primeiro Capítulo Local.
4) Formação Permanente - encaminhamentos
1. Os Definidores retomaram o que foi sugerido no Capítulo Provincial para a Formação Permanente. Entre as questões revistas: o encontro Via Pulchritudinis; a equipe interdisciplinar para acompanhamento de confrades em situações mais delicadas; confrades e assessores para ajudar na programação e efetivação da Formação Permanente (entre eles: Frei Valdir Laurentino, Frei José Idair, Frei Fábio Cesar Gomes, Frei Walter de Carvalho Júnior); estudo sobre razões que levam confrades a deixar a Ordem; a abordagem do documento do último CPO da Ordem; retomada da Ratio Oeconomica; insistência para que todos os confrades componham o seu testamento. 2. Foi pensada a organização de encontro/retiro para os ecônomos locais (segundo semestre), encontros under ten (confira notícia abaixo), reunião dos guardiães e coordenadores, retiro para os Formadores, retiro para o Definitório, retiros no Eremitério e retiros por Regionais (além de retiros para maior número de confrades, em casas com possibilidade para isso);
5) Definidores e Regionais – acompanhamento
Os Definidores acompanharão os Regionais da Província, segundo a distribuição abaixo: 1. Espírito Santo: Frei Paulo Roberto Pereira 2. Baixada e Serra Fluminense: Frei João Francisco da Silva 3. Rio de Janeiro e Baixada Fluminense: Frei Paulo Roberto Pereira 4. Vale do Paraíba: Frei João Francisco da Silva 5. São Paulo: Frei Mário Luiz Tagliari 6. Agudos: Frei Mário Luiz Tagliari 7. Curitiba: Frei João Mannes 8. Pato Branco: Frei Alexandre Magno Cordeiro da Silva 9. Contestado: Frei Alexandre Magno Cordeiro da Silva 10. Planalto Catarinense e Alto Vale do Itajaí: Frei Daniel Dellandrea
Congresso Capitular 11. Leste Catarinense: Frei João Mannes 12.. Vale do Itajaí: Frei Daniel Dellandrea
6) Eleições e nomeações diversas
Foram eleitos/nomeados para: 1. Vice-secretário para a Formação e os Estudos: Frei Jeâ Paulo Andrade; 2. Vice-secretário para a Evangelização: Frei Valdecir Schwambach; 3. Coordenador da Frente das Paróquias, Santuários e Centros de Acolhimento: Frei Antônio Michels; 4. Coordenador da Frente da Comunicação: Frei Neuri F. Reinisch; 5. Coordenador da Frente da Educação: Frei Claudino Gilz; 6. Coordenador da Frente das Missões (moderador para a Evangelização Missionária): Frei Robson Luiz Scudela; 7. Coordenador da Frente da Solidariedade para com os Empobrecidos: Frei Diego Atalino de Melo; 8. Vice-ecônomos da Província: Frei Robson Luiz Scudela e Frei Raimundo J. de Oliveira Castro; 9. Coordenador do Departamento do Patrimônio: Frei Mário Luiz Tagliari; 10. Frei Diego Atalino de Melo: mestre de Frei Vitor da Silva Amâncio, que fará o Ano Missionário na Fraternidade do Pari; 11. Frei Claudino Dalmago: vice-mestre dos Postulantes; 12. Frei Marx Rodrigues dos Reis: secretário da Associação Franciscana de Solidariedade (Sefras); 13. Frei Rodrigo da Silva Santos: assistente espiritual da Fraternidade OFS Santa Isabel da Hungria, de Rodeio 50.
7) Coetus formatorum - nomeação
1. Em Guaratinguetá – Postulantado: Frei Jêa Paulo Andrade, Frei João Francisco da Silva, Frei Claudino Dalmago e Frei José Raimundo de Souza; 2. Em Rodeio – Noviciado: Frei Rodrigo da Silva Santos, Frei Mário Stein, Frei Pedro da Silva e Frei Marcos Vinícius Motta Brugger; 3. Em Rondinha – Filosofia: Frei Samuel Ferreira de Lima, Frei José Antônio Cruz Duarte, Frei Antônio Joaquim Pinto, Frei Luís Antonio Aliberti; 4. No tempo da Teologia: Frei Marcos Antonio de Andrade, Frei Jorge P. Schiavini, Frei Jorge L. Maoski, Frei Cláudio C. Broca de Siqueira e Frei Ivo Müller;
8) SAV local - animadores Agudos: Amparo: Angelina: Balneário Camboriú:
Frei Sílvio T. Werlingue Frei Alan Maia de França Victor Frei Osvaldo Lino Luiz Frei Daniel Dellandrea
Bauru: Blumenau: Bragança Paulista: Chopinzinho: Colatina: Concórdia: Coronel Freitas: Curitiba: Curitibanos: D. Caxias - Campos Elíseos: D. Caxias - Imbariê: Florianópolis: Gaspar: Guaratinguetá: Ituporanga – paróquia: Ituporanga - seminário: Lages: Luzerna: Mangueirinha: Nilópolis: Niterói: Pato Branco: Petrópolis – S. Francisco: Petrópolis – Sagrado: Rio de Janeiro - Rocinha: Rio de Janeiro – S. Antônio: Rodeio: Rondinha – Aldeia: Rondinha – S. Boaventura: Santo Amaro da Imperatriz: São João do Meriti: São Paulo – Pari: São Paulo – São Francisco: São Paulo – Vila Clementino: Santos: São Sebastião: Sorocaba: Vila Velha – Penha: Vila Velha – Santuário: Xaxim:
Frei Ricardo Backes Frei Nelson J. Hillesheim Frei Vitorio Mazzuco Filho Frei Angelo Vanazzi Frei João Lopes da Silva Frei Douglas Paulo Machado Frei Genildo Provin Frei Ladí Antoniazzi Frei Marcelo Paulo Romani Frei Jhones Lucas Martins Frei Jefferson Max Nunes Maciel Frei José Lino Lückmann Frei Paulijacson Pessoa de Moura Frei Jeâ Paulo Andrade Frei Rafael Spricigo Frei Alisson Luís Zanetti Frei Miguel da Cruz Frei Luiz Toigo Frei Antônio Michels Frei Carlos Alberto Guimarães Frei Sérgio S. Pagan Frei Gabriel Vargas Dias Alves Frei Fábio Cesar Gomes Frei Gabriel Dellandrea Frei Felipe Medeiros Carretta Frei Róger Brunorio Frei Pedro da Silva Frei Mário J. Knapik Frei Samuel Ferreira de Lima Frei Gentil de Lima Branco Frei Airton da Rosa Oliveira Frei Wilson Batista Simão Frei Leandro Costa Santos Frei Carlos Lúcio Nunes Corrêa Frei Valdevino Negherbon Frei Virgílio Pereira de Souza Frei Florival Mariano de Toledo Frei Paulo Cesar Ferreira da Silva Frei Nazareno José Lüdtke Frei Vanderlei da Silva Neves
9) Assistentes diversos - nomeação
OFS – assistentes regionais Santa Catarina: Frei Elias Dalla Rosa Paraná: Frei José Antônio Cruz Duarte São Paulo: Frei Anacleto Luiz Gapski Rio de Janeiro e Espírito Santo: Frei Almir Ribeiro Guimarães CFFB – representantes do Ministro Provincial Santa Catarina: Frei Germano Guesser Paraná: Frei Samuel Ferreira de Lima Comunicações Janeiro de 2019
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Congresso Capitular São Paulo: Frei Carlos Lúcio Nunes Corrêa Rio de Janeiro: Frei Adriano Freixo Pinto Espírito Santo: Frei Pedro de Oliveira Rodrigues CRB – representantes do Ministro Provincial Santa Catarina: Frei Douglas Paulo Machado Paraná: Frei Boaventura da Silva São Paulo: Frei Marcos Estevam de Melo Rio de Janeiro: Frei Leonardo Pinto dos Santos Espírito Santo: Frei Alessandro Dias do Nascimento Irmãs Clarissas – assistentes Federação: Frei Raimundo Justiniano de Oliveira Castro Lages: Frei Miguel da Cruz Guaratinguetá: Frei João Francisco da Silva Rio de Janeiro: Frei Almir Ribeiro Guimarães Araruama: Frei Almir Ribeiro Guimarães Colatina: Frei Roberto Aparecido Pereira Nova Iguaçu: Frei Arcângelo R. Buzzi Luanda: Frei João Baptista C. Canjenjenga Malange: Frei André Luiz da Rocha Henriques Irmãs Concepcionistas – assistentes Federação: Frei Estêvão Ottenbreit
10) Ecônomos das Fraternidades – indicação de nomes Seguindo o que reza o art. 80 dos Estatutos da Província, no primeiro Capítulo Local, as Fraternidades deverão indicar nomes para a função de ecônomo local, para nomeação por parte do Definitório.
11) Fraternidades formadoras do Tempo da Teologia - composição
Fraternidade S. Francisco - Campos Elíseos Frei Jhones Lucas Martins Frei Santana Sebastião Cafunda (FIMDA) Fraternidade Nossa Senhora Mãe Terra - Imbariê Frei Alfredo Epalanga Prego (FIMDA) Frei Jefferson Max Nunes Maciel Fraternidade do Sagrado Coração de Jesus Frei Alan Leal de Mattos Frei André Luiz do Nascimento de Souza (7 Alegrias de N. Senhora) Frei Augusto Luiz Gabriel Frei Canga Manuel Mazoa (FIMDA) Frei David Belineli Frei Douglas da Silva Frei Erick de Araújo Lázaro Frei Gabriel Dellandrea Frei Heberti Senra Inácio Frei Hugo Câmara dos Santos Frei Jefferson Danilo Santos Ferreira (7 alegrias de N. Senhora)
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Frei Jorge Henrique Lisot Camargo (7 Alegrias de N. Senhora) Frei José Morais Cambolo (FIMDA) Frei Josemberg Cardozo Aranha Frei Junior Mendes Frei Leandro Ferreira Silva Frei Marcos Schwengber Frei Mário Sampaio Pelu (FIMDA) Frei Pedro Renato Pereira da Silva (7 Alegrias de N. Senhora) Frei Raoul Bentes (S. Benedito da Amazônia) Frei Roger Strapazzon Frei Samuel Santos Soares Frei Tiago Gomes Elias Frades estudantes de Teologia 1º Ano de Teologia Frei Augusto Luiz Gabriel Frei David Belineli Frei Douglas da Silva Frei Erick de Araújo Lázaro Frei Heberti Senra Inácio Frei Leandro Ferreira Silva Frei Samuel Santos Soares Frei Tiago Gomes Elias 2º Ano de Teologia Frei Gabriel Dellandrea Frei Hugo Câmara dos Santos Frei Marcos Schwengber Frei Roger Strapazzon Frei Jefferson Danilo Santos Ferreira (7 alegrias de N. Senhora) Frei Jorge Henrique Lisot Camargo (7 Alegrias de N. Senhora) Frei Pedro Renato Pereira da Silva (7 Alegrias de N. Senhora) 3º Ano de Teologia Frei Alan Leal de Mattos Frei Alfredo Epalanga Prego (FIMDA) Frei André Luiz do Nascimento de Souza (7 Alegrias de N. Senhora) Frei Canga Manuel Mazoa (FIMDA) Frei Jefferson Max Nunes Maciel Frei Jhones Lucas Martins Frei Josemberg Cardozo Aranha Frei Junior Mendes Frei Mário Sampaio Pelu (FIMDA) Frei Raoul Antônio Azevedo Bentes (S. Benedito da Amazônia) Frei Santana Sebastião Cafunda (FIMDA) 4º Ano de Teologia Frei José Morais Cambolo (FIMDA)
Congresso Capitular 12) Noviço – prolongamento do tempo de Noviciado
O Definitório acolheu o pedido de Frei Éverton Junior Goschel Broilo para prolongar seu tempo de Noviciado em vista de uma decisão mais madura para a Primeira Profissão.
13) 5 º Capítulo das Esteiras Under Ten da Ordem – pré e pós Under Ten na Província
O 5º Capítulo das Esteiras Under Ten acontecerá em Taizé, na França, de 7 a 14 de julho de 2019. Os delegados pela Província serão: Frei Rodrigo da Silva Santos, Frei Alisson Luís Zanetti e Frei Douglas Paulo Machado (substituindo a Frei Gustavo W. Medella). Além dos frades delegados, o Ministro deseja envolver todos os frades under ten da Ordem neste tempo de graça; o trabalho capitular se articulará em três momentos: pré-capítulo, capítulo, pós-capítulo, estruturados segundo o modelo: ver, julgar, agir. Pré-capítulo Na Província, o evento pré-capitular para todos os frades under ten (cerca de 50): Data: 25 de março (meio-dia) e 26 de março (meio-dia) Local: Convento São Francisco, São Paulo Objetivo: VER os sinais de diálogo na própria vida, no contexto social e na entidade. Capítulo Os delegados participarão do Capítulo em Taizé (7 a 14 de julho de 2019) e serão ajudados a colher os critérios para julgar a realidade do diálogo, aprofundando os fundamentos de uma reflexão cristã e franciscana. Além disso, terão tempo reservado para compartilhar o que foi vivido nas suas respectivas Entidades. Pós-Capítulo Na Província, o evento pós-capitular acontecerá: Data: 23 a 26 de setembro (local a ser definido). No pós-capítulo os delegados capitulares serão convidados a partilhar as experiências vividas em Taizé, mas, sobretudo, todos os frades under ten completarão o último passo da reflexão no qual deverão ser feitas escolhas concretas para “atualizar” o evento celebrado (agir).
14) Comunicações da Província – textos de Formação Permanente
Em 2019, o tema da seção da Formação Permanente das Comunicações será o diálogo, em sintonia com a proposta da Ordem para o próximo ano: “Frades Menores rumo ao diálogo” – Francisco vai ao Sultão, em Damieta (800 anos). O tema também norteará as outras iniciativas da Formação e Evangelização. Frei Gustavo Medella preparou um roteiro de artigos a serem escritos e pedirá a ajuda de alguns confrades para isso. Alguns temas propostos: contexto histórico do encontro entre Francisco e o Sultão; diálogo: elemento fundante
da Espiritualidade Franciscana; as portas de diálogo abertas pelo Papa Francisco; projeto pessoal e projeto fraterno – diálogo urgente e necessário; a disposição psicológica para o diálogo; o exercício da liderança pelo diálogo; entre outros.
15) Discretórios – indicações
Para a reunião do Definitório de fevereiro próximo, algumas Fraternidades poderão indicar membros para composição do discretório: 1. Petrópolis-Sagrado, 2. Rio de Janeiro – S. Antônio, 3. São Paulo – S. Francisco e 4. Curitiba. Art. 82 dos Estatutos da Província: “Nas fraternidades com mais de 9 irmãos solenemente professos, além do Capítulo Local, poderá constituir-se, por proposta do Capítulo Local, um discretório com, no mínimo 3 irmãos professos solenes, a critério do Definitório Provincial. Parágrafo único. Os discretos, eleitos por um triênio, têm as seguintes atribuições: 1. Substituir o Vigário da Casa em sua ausência, pela ordem de profissão solene; 2. Tomar decisões em questões urgentes de que dependa o bom funcionamento da Fraternidade, as quais, não obstante, deverão ser apresentadas ao Capítulo Local seguinte; 3. Zelar pela execução das resoluções do Capítulo Local.
16) Comissariado da Terra Santa - sede
Diferentemente do que havia sido anunciado na 1ª etapa do Congresso, a sede do Comissariado da Terra Santa será junto ao ITF, em Petrópolis.
17) Curso JPIC - Roma
Haverá curso de JPIC, em Roma, no Antonianum, de 18 a 27 de fevereiro de 2019, com o tema: O cuidado do meio ambiente no diálogo ecumênico e inter-religioso. Frei Diego Atalino de Melo tomará parte.
18) JORFRAN – encontro nacional de jovens Religiosos e Religiosas franciscanos
De 20 a 23 de junho de 2019, em Aparecida, SP, acontecerá o 1º Encontro Nacional de Jovens Religiosas e Religiosos Franciscanos, para junioristas e professos/as solenes com até 10 anos de votos perpétuos, com o intuito de ser espaço de aprofundamento da identidade franciscana, partilha de experiências e iniciativas missionárias comuns. A programação detalhada será elaborada por uma equipe de assessores e assessoras da CFFB, e pelos jovens Religiosos e Religiosas, e será divulgada nas mídias sociais. A inscrição deve ser feita até 30 de abril, pelo e-mail inscricao@cffb.org.br. O Definitório indicará alguns confrades jovens para a participação no Encontro.
19) CESEEP – curso de verão
O Centro Ecumênico de Serviços à Evangelização e Comunicações Janeiro de 2019
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Congresso Capitular Educação Popular (CESEEP) oferece de 6 a 13 de janeiro de 2019, no Tuca, PUC, em São Paulo, o curso de verão com o tema: “Por uma cidade acolhedora. Somos todos migrantes”. Dez jovens lideranças de diferentes paróquias do Rio de Janeiro tomarão parte no curso, como formação e preparação para as Missões da Juventude que acontecerão no próximo ano naquele estado.
20) Espiritualidade Franciscana – pós-graduação lato sensu
A Escola Superior de Teologia e Espiritualidade Franciscana (ESTEF), dos Capuchinhos de Porto Alegre, oferece mais um curso de especialização – pós-graduação lato sensu, em Espiritualidade Franciscana. Modalidade: encontros presenciais intensivos: I Etapa: 22-27/07/2019; II Etapa: 06-25/01/2020; III Etapa: 2025/07/2020; IV Etapa: 04-23/01/2021. Aulas: 2ª a 6ª das 08h-12h; e das 14h-18h. Sábados: 08h-12h. Currículo: Igreja e sociedade na Europa dos séc XII e XIII; História do Movimento Franciscano; Fontes biográficas e episódicas de São Francisco; Escritos de São Francisco; Escritos e Fontes Clarianas; Espiritualidade franciscana e Liturgia; Filosofia Franciscana; Missão Franciscana; Seminário: História do Franciscanismo na AL e no Brasil; Teologia Franciscana; Metodologia de Pesquisa e Produção Científica; Trabalho de Conclusão de Curso. Confira o folder completo nestas Comunicações.
21) Conselho do Economato – nomeação 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8.
Frei Mário Luiz Tagliari Frei Robson Luiz Scudela Frei Raimundo Justiniano de Oliveira Castro Frei Jorge Paulo Schiavini Frei Mário J. Knapik Bruno Fini Luana Giosa Cristiane França
22) Conselho de Administração da Província nomeação 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11.
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Frei Mário Luiz Tagliari Frei Robson Luiz Scudela Frei Raimundo J. de Oliveira Castro Frei João Mannes Frei Mário J. Knapik Frei Thiago A. Hayakawa Frei Gilberto G. Garcia Frei Volney J. Berkenbrock Frei Edrian J. Pasini Frei Neuri Francisco Reinisch Frei Roberto Carlos Nunes
Comunicações Janeiro de 2019
12. Frei Marcos Antonio de Andrade 13. Frei Ivo Müller
23) Diretoria de entidades - eleição
1. Associação Franciscana de Ensino Senhor Bom Jesus Presidente: Frei João Mannes Vice-presidente: Frei Mário J. Knapik Secretário: Frei Claudino Gilz Tesoureiro: Frei Antônio Joaquim Pinto Conselho Fiscal: Frei Carlos J. Körber e Frei Jorge Paulo Schiavini; suplentes: Frei Gilberto G. Garcia e Frei Alex Sandro Ciarnoscki. Jorge Apóstolo Siarcos foi reconfirmado diretor do Grupo Educacional Bom Jesus e reitor da FAE. 2. Fundação Frei Rogério Presidente: Frei Roberto Carlos Nunes Vice-presidente: Frei Mário J. Knapik Diretor Assistente: Frei Alex Sandro Ciarnoscki Diretor Assistente: Frei Neuri Francisco Reinisch Conselho Fiscal: Frei Carlos J. Körber e Frei Jorge Paulo Schiavini; suplentes: Frei Gilberto G. Garcia e Frei Alex Sandro Ciarnoscki. Conselho Curador: Frei César Külkamp, Frei Gustavo W. Medella, Frei João Francisco da Silva, Frei Paulo Roberto Pereira, Frei João Mannes e Frei Mário L. Tagliari. Suplentes: Frei Daniel Dellandrea, Frei Walter de Carvalho Júnior e Frei Alexandre Magno Cordeiro da Silva. 3. Fundação Celinauta Presidente: Frei Neuri F. Reinisch Vice-presidente: Frei Roberto Carlos Nunes Diretor Assistente: Frei Mário J. Knapik Diretor Assistente: Frei Alex Sandro Ciarnoscki 4. Obra Pia da Terra Santa Presidente: Frei Ivo Müller Vice-presidente: Frei Jorge Paulo Schiavini Secretário: Frei Edrian J. Pasini 5. Instituto dos Meninos Cantores de Petrópolis Diretor Administrativo: Frei Marcos Antonio de Andrade Vice-diretor administrativo: Frei João Mannes Secretário: Frei Claudino Gilz Tesoureiro: Frei Mário J. Knapik Conselho Fiscal: Frei Carlos J. Körber e Frei Jorge Paulo Schiavini; suplentes: Frei Gilberto G. Garcia e Frei Alex Sandro Ciarnoscki.
24) Egressos
1. Silvano Kessongo Pinto Leitura – noviço; 2. Lucas Eduardo Maurício – noviço angolano; 3. Bruno de Araújo Santos – 3º ano de Filosofia – Rondinha; 4. Natanael José Barbosa – 3º ano de Filosofia – Rondinha; 5. Rodrigo José Silva – 1º ano de Filosofia – Rondinha;
Congresso Capitular 25) Data-limite para as transferências e procedimentos a serem observados
Os Definidores pedem que se efetivem as transferências após o Natal até o dia 31 de janeiro. Que haja combinação entre os confrades que chegam e os que partem de determinada casa. Lembram o que a Ratio Oeconomica prescreve: “Todos os guardiães são obrigados a apresentar ao Capítulo Local e ao novo guardião o inventário dos móveis da Casas, extrato das contas bancárias, bem como o balancete das receitas e despesas, que devem ser assinados pelo Capítulo Local ou pelo Discretório e uma cópia do mesmo deve ser enviada ao Ecônomo Provincial (EEGG, artigo 255 §1º e EEPP, artigo 80). Será importante, inclusive, que cheguem à Sede Provincial, antes das transferências efetuadas, todos os documentos contábeis referentes a 2018. Nesse sentido, há ainda pendências a serem resolvidas.
26) Agenda 2018 e 2019 – acréscimos e alterações Veja na última página.
27) Autorizações de viagem
Por motivos diversos, receberam autorização para viajar ao Exterior: Frei Gilberto da Silva, Frei Neuri Francisco Reinisch e Frei João Mannes.
28) Recomposição das fraternidades e perspectivas
Os confrades acolheram bem as transferências e serviços que lhes foram propostos. Porém, devido a questões pontuais, os Definidores revisaram algumas transferências anunciadas na 1ª fase do Congresso Capitular. Conversaram com vários confrades e recompuseram, então, o quadro das fra-
ternidades da Província. Confira tabela à frente. O Definitório de fevereiro de 2019 será dedicado mais a planejamentos, prospectivas e delineamentos de ações futuras, inclusive em vista do redimensionamento, que continua sendo um grande desafio.
Encerramento
Às 10h00 do dia 12, Frei Miguel Kleinhans, presidente do Congresso Capitular, afirmou ter chegado ao fim uma grande “maratona”. Agradeceu pela paciência e atenção dos Definidores no trato com os confrades, durante o Congresso, em vista da recomposição das Fraternidades. Em nome do Ministro Geral, agradeceu mais uma vez pelo trabalho. Pediu a luz de Deus e muita inspiração para o novo triênio. Por fim, agradeceu pelo acolhimento a ele dispensado na Província durante este ano. Disse ter-lhe sido um ano de graça, de formação permanente. Afirmou levar consigo muitas boas lembranças deste período. Já Frei César, por sua vez, mais uma vez, como fizera ao final do Capítulo Provincial em Agudos, agradeceu a Frei Miguel pelo seu irrestrito e generoso empenho durante o ano todo, dedicando-se integralmente à Província. Em homenagem a Frei Fidêncio, que se despede dos trabalhos junto ao Governo, foi introduzida, na sala do Definitório, sua pintura a óleo na galeria dos Ministros Provinciais após a restauração da Província. Após a oração da Ave-Maria, o Visitador Geral, encerrando seu serviço, invocou as bênçãos de Deus sobre os Definidores.
Frei Walter de Carvalho Júnior secretário
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Congresso Capitular Recomposição das Fraternidades – Congresso Capitular 2018 Nome De
Para
1 Carlos Pierezan Agudos Agudos 2 James Ferreira Gomes Neto Agudos Agudos 3 João Antunes Filho Agudos Agudos 4 Lauro Formigoni S. Paulo – S. Francisco Agudos 5 Osmar Dalazen Agudos Agudos 6 Pedro da Silva Pinheiro Agudos Agudos 7 Pedro do Nascimento Viana Colatina Agudos 8 Sílvio Trindade Werlingue Agudos Agudos 9 Alan Maia de França Victor Rio de Janeiro – S. Antônio Amparo 10 José Lorenz Führ Amparo Amparo 11 Vanilton Aparecido Leme S. Paulo – S. Francisco Amparo 12 João Maria dos Santos Angelina Angelina 13 Nestor Kuhn Angelina Angelina 14 Osvaldo Lino Luiz Forquilhinha Angelina 15 Paulo Cesar M. Borges Angelina Angelina 16 Clauzemir Makximovitz Lages Balneário Camboriú 17 Conrado Lindmeier Balneário Camboriú Balneário Camboriú 18 Daniel Dellandrea S. Amaro Imperatriz Balneário Camboriú 19 Lindolfo Jasper Gaspar Balneário Camboriú 20 Ademir Sanquetti Bauru Bauru 21 André Becker Sorocaba Bauru 22 Ricardo Backes Forquilhinha Bauru 23 José Bertoldi Blumenau Blumenau 24 Nelson José Hillesheim Blumenau Blumenau 25 Pascoal Fusinato Blumenau Blumenau 26 Rozântimo Antunes Costa Blumenau Blumenau 27 Aladim Uber Bragança Paulista Bragança Paulista 28 Aldeci de Arcízio Miranda Rondinha – S. Boaventura Bragança Paulista 29 Aloísio Bernardo Hellmann Bragança Paulista Bragança Paulista 30 Anselmo Julio München Bragança Paulista Bragança Paulista 31 Aristides Luiz Pasquali Bragança Paulista Bragança Paulista 32 Carlos José Körber Bragança Paulista Bragança Paulista 33 Celso Chiarelli Bragança Paulista Bragança Paulista 34 Ciríaco Tokarski Bragança Paulista Bragança Paulista 35 Ernesto Kramer Bragança Paulista Bragança Paulista 36 Floriano Surian Bragança Paulista Bragança Paulista 37 Francisco Tomazi Bragança Paulista Bragança Paulista 38 Gilberto Gonçalves Garcia Bragança Paulista Bragança Paulista 39 Henrique Ireno Dell Olivo Concórdia Bragança Paulista 40 João Alves Filho Bragança Paulista Bragança Paulista 41 José Lino Zimmermann Bragança Paulista Bragança Paulista 42 Juvenal Sansão Bragança Paulista Bragança Paulista 43 Nilo Agostini Bragança Paulista Bragança Paulista 44 Olavo Seifert Bragança Paulista Bragança Paulista 45 Paulo Back Bragança Paulista Bragança Paulista 46 Paulo Limper Bragança Paulista Bragança Paulista 47 Raul Budal da Silva Bragança Paulista Bragança Paulista 48 Regis G. Ribeiro Daher Bragança Paulista Bragança Paulista 49 Rui Guido Depiné Curitiba Bragança Paulista 50 Thiago Alexandre Hayakawa Bragança Paulista Bragança Paulista 51 Vitorio Mazzuco Filho Bragança Paulista Bragança Paulista 52 Angelo Vanazzi Chopinzinho Chopinzinho 53 Diomedes Basi Chopinzinho Chopinzinho 54 João Gualberto Spohn Chopinzinho Chopinzinho 55 Olivo Marafon Pato Branco Chopinzinho 56 Danilo Santos Oliveira Rondinha – S. Boaventura Colatina 57 Jeferson Palandi Broca Malange – M. Alverne Colatina 58 João Lopes da Silva Forquilhinha Colatina 59 Roberto Aparecido Pereira Ituporanga - paróquia Colatina 60 Délcio Francisco Lorenzetti Concórdia Concórdia 61 Douglas Paulo Machado Concórdia Concórdia 62 José Idair Ferreira Augusto Concórdia Concórdia 63 Luiz Iakovacz Malange - Missão Concórdia 64 René Zarpelon Concórdia Concórdia 65 Alcides Cella Coronel Freitas Coronel Freitas 66 Genildo Provin Coronel Freitas Coronel Freitas
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Comunicações Janeiro de 2019
Serviço
vig. par. guardião serv. frat. vig. casa e serv. frat. serv. frat. serv. frat. e a serv. artes vig. par. pároco S. Paulo e S. Antônio e anim. SAV local vig. casa, vig. par. e anim. SAV local vig. par. guardião e pároco vig. casa e vig. par. atend. conv. vig. par. e anim. SAV local guardião e pároco vig. par. vig. par. def., guardião, pároco e anim. SAV local vig. casa e vig. par. guardião e pároco S. Antônio e S. Clara vig. casa e vig. par. vig. par. e anim. SAV local vig. par. guardião, pároco e anim. SAV local vig. casa e vig. par. vig. par. tratamento serv. frat. tratamento tratamento tratamento guardião serv. frat. tratamento tratamento tratamento tratamento a serv. Educação e Comunicação tratamento tratamento tratamento tratamento a serv. Educação tratamento tratamento tratamento tratamento serv. frat. tratamento vig. casa e a serv. Educação a serv. Educação e anim. SAV local vig. casa, vig. par. e anim. SAV local vig. par. tratamento guardião e pároco Ano Missionário guardião e vig. par. a serv. evang. e anim. SAV local vig. casa e adm. paroquial vig. par. vig. casa, vig. par. e anim. SAV local guardião e pároco vig. par. vig. par. vig. par. vig. casa, vig. par. e anim. SAV local
Congresso Capitular 67 Moacir Antonio Longo Coronel Freitas Coronel Freitas 68 Alexandre Magno C. da Silva Curitiba Curitiba 69 Benjamim Berticelli Curitiba Curitiba 70 Boaventura da Silva Curitiba Curitiba 71 Cássio Vieira de Lima Curitiba Curitiba 72 Dalvino Munaretto Curitiba Curitiba 73 Heitor Cela Curitiba Curitiba 74 José Monteiro Carneiro Licença Curitiba 75 Ladí Antoniazzi Balneário Camboriú Curitiba 76 Vagner Sassi Curitiba Curitiba 77 Camilo D. Evaristo Martins Curitibanos Curitibanos 78 Marcelo Paulo Romani São Sebastião Curitibanos 79 Pedro Caron Curitibanos Curitibanos 80 Roberto Carlos Nunes Curitibanos Curitibanos 81 Cláudio César B. de Siqueira Amparo D. Caxias – C. Elíseos 82 James Luiz Girardi Petrópolis – Sagrado D. Caxias – C. Elíseos 83 Jhones Lucas Martins D. Caxias – C. Elíseos D. Caxias – C. Elíseos 84 Paulo Roberto S. Santana S. João de Meriti D. Caxias – C. Elíseos 85 Santana Sebastião Cafunda D. Caxias – C. Elíseos D. Caxias – C. Elíseos 86 Jorge Luiz Maoski D. Caxias – Imbariê D. Caxias - Imbariê 87 Alfredo Epalanga Prego Petrópolis – Sagrado D. Caxias – Imbariê 88 Jefferson Max Nunes Maciel D. Caxias - Imbariê D. Caxias – Imbariê 89 João Fernandes Reinert D. Caxias – Imbariê D. Caxias – Imbariê 90 Eliseu Tambosi Florianópolis Florianópolis 91 Germano Guesser S. Paulo – Pari Florianópolis 92 José Lino Lückmann Lages Florianópolis 93 Reinaldo Parisi Neves Neto S. Paulo – Pari Florianópolis 94 Aldolino Bankhardt Pato Branco Gaspar 95 Carlos Ignacia Gaspar Gaspar 96 Paulijacson P. de Moura Gaspar Gaspar 97 Jeâ Paulo Andrade Guaratinguetá – Postul. Guaratinguetá - Postul. 98 Claudino Dal’Mago Guaratinguetá – Postul. Guaratinguetá – Postul. 99 Edvaldo Batista Soares Colatina Guaratinguetá – Postul. 100 João Francisco da Silva Guaratinguetá – Postul. Guaratinguetá – Postul. 101 José Raimundo de Souza Colatina Guaratinguetá – Postul. 102 Leonir Ansolin Guaratinguetá – Postul. Guaratinguetá – Postul. 103 Walter Hugo de Almeida Guaratinguetá – Postul. Guaratinguetá – Postul. 104 Evandro Balestrin Ituporanga – paróquia Ituporanga - paróquia 105 Fabiano Kessin Ituporanga – paróquia Ituporanga - paróquia 106 Valdemar Matias Schweitzer Ituporanga – paróquia Ituporanga - paróquia 107 Marcos Prado dos Santos Ituporanga – paróquia Ituporanga – paróquia 108 Rafael Spricigo Rodeio Ituporanga – paróquia 109 Domingos Boing Hellmann Mangueirinha Ituporanga - seminário 110 José Boeing S. Amaro Imperatriz Ituporanga - seminário 111 Alisson Luís Zanetti Quibala Ituporanga – seminário 112 Valdir Laurentino Rondinha – S. Boaventura Ituporanga – seminário 113 Dionísio Ricieri Morás Coronel Freitas Lages 114 Ervino Girardi Lages Lages 115 Miguel da Cruz Curitibanos Lages 116 Tarcísio Geraldo Theiss Lages Lages 117 Vilmar Alves da Silva Lages Lages 118 Abel Ndala Sahuma Nganji Rodeio Luanda 119 Alberto Capingala M. Sambei Luanda Luanda 120 Alberto Victorino Luanda Luanda 121 André dos Santos Sungo Mingas Luanda Luanda 122 António Boaventura Zovo Baza Luanda Luanda 123 António da Silva Manuel Luanda Luanda 124 António Sacaputo Maimo Luanda Luanda 125 Bernardo João Cassinda Luanda Luanda 126 Bernardo José Cayoya Kandangongo Luanda Luanda 127 Clementino Samuel Miguel Rodeio Luanda 128 Crisóstomo Pinto Ngala Luanda Luanda 129 Daniel K. Tchitumba Tchikeva Luanda Luanda 130 David Vicente da Conceição Gaeita Rodeio Luanda 131 Domingos Cacanda Soma Luanda Luanda 132 Domingos Macuva Paulo Rodeio Luanda 133 Eduardo José Cavita Camunha Luanda Luanda 134 Elias Hebo Luís Luanda Luanda
guardião e pároco def., guardião e pároco vig. par. vig. par. atend. conv. atend. conv. vig. par. tratamento vig. casa, vig. par. e anim. SAV local prof. e a serv. Educação a serv. evang. vig. casa, vig. par. e anim. SAV local vig. par. guardião, pároco e a serv. Comunicação guardião, vice-mestre e vig. par. vig. par. e prof. est. Teologia – 3º ano e anim. SAV local vig. casa e pároco est. Teologia – 3º ano guardião, vice-mestre e vig. par. est. Teologia – 3º ano est. Teologia – 3º ano e anim. SAV local vig. casa, pároco e prof. tratamento coord. frat. e pároco vig. par. e anim. SAV local serv. frat. vig. par. guardião e vig. par. vig. casa, pároco e anim. SAV local mestre, vice-secr. provincial, vice-secr. Formação e Estudos e anim. SAV local atend. conv. e vice-mestre atend. conv. def., guardião, secr. Formação e Estudos e vice-mestre vig. casa, vice-mestre e atend. conv. serv. frat. atend. conv. guardião e pároco vig. par. vig. par. vig. par. e orientador vig. casa, vig. par. e anim. SAV local atend. conv. atend. conv. e prof. guardião, orientador e anim. SAV local vig. casa e orientador vig. par. vig. par. guardião, pároco e anim. SAV local vig. casa e atend. conv. vig. par. est. Filosofia – 1º ano est. Filosofia est. Filosofia est. Filosofia vig. casa, pároco e vice-mestre est. Filosofia est. Filosofia est. Filosofia est. Filosofia est. Filosofia – 1º ano est. Filosofia est. Filosofia est. Filosofia – 1º ano est. Filosofia est. Filosofia – 1º ano est. Filosofia est. Filosofia Comunicações Janeiro de 2019
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Congresso Capitular 135 Evaristo Seque Joaquim Luanda Luanda 136 Feliciano Afonso Manuel Luanda Luanda 137 Helder J. Mateus Domingos Luanda Luanda 138 Honorato Salvador Gaspar Gabriel Luanda Luanda 139 Inoc Joaquim João Luanda Luanda 140 João Baptista C. Canjenjenga Viana Luanda 141 João Baptista Culiaquita Luanda Luanda 142 Jonas Ribeiro da Silva Rondinha – S. Boaventura Luanda 143 José Antonio dos Santos Luanda Luanda 144 José João Ganga Luanda Luanda 145 Luís António Gungo Rodeio Luanda 146 Miguel Tchiteculo Tchindjombo Filipe Luanda Luanda 147 Paulino Kamussamba Sopindi Luanda Luanda 148 Pedro D. Caiungue Mugiba Luanda Luanda 149 Pedro Isaías Luisa Vitangui Luanda Luanda 150 Silverio Munga Cajonde Luanda Luanda 151 Simão Cassua Horácio Luanda Luanda 152 Valódia João Manuel B. Domingos Rodeio Luanda 153 Léo Severino Schmidt Luzerna Luzerna 154 Luiz Toigo Concórdia Luzerna 155 Nolvi Dalla Costa Luzerna Luzerna 156 André Gurzynski Malange - Missão Malange - Missão 157 Afonso Katchekele Quissongo Malange – Missão Malange – Missão 158 Laerte de Farias dos Santos Malange – Missão Malange – Missão 159 André Luiz da R. Henriques Luanda Malange - Seminário 160 Ermelindo Francisco Bambi Malange – M. Alverne Malange - Seminário 161 Thiago da Silva Soares Rondinha – S. Boaventura Malange - Seminário 162 Antônio Michels D. Caxias – C. Elíseos Mangueirinha 163 Arlindo Oliveira Campos Mangueirinha Mangueirinha 164 Rubens Luiz de Carvalho Mangueirinha Mangueirinha 165 Athaylton Jorge M. Belo Nilópolis Nilópolis 166 Carlos Alberto Guimarães Bauru Nilópolis 167 Walter Ferreira Junior Nilópolis Nilópolis 168 Luiz Henrique F. Aquino Niterói Niterói 169 Salésio Lourenço Hillesheim Niterói Niterói 170 Sérgio Sebastião Pagan Niterói Niterói 171 Luiz Colossi S. João de Meriti Niterói 172 Alex Sandro Ciarnoscki Xaxim Pato Branco 173 Antonio Mazzucco Xaxim Pato Branco 174 Felipe Gabriel Alves Pato Branco Pato Branco 175 Gabriel Vargas Dias Alves Rondinha - Aldeia Pato Branco 176 Neuri Francisco Reinisch Pato Branco Pato Branco 177 Policarpo Berri Pato Branco Pato Branco 178 Ademir José Peixer Petrópolis – S. Francisco Petrópolis – S. Francisco 179 Antonio Everaldo P. Marinho Petrópolis – S. Francisco Petrópolis – S. Francisco 180 Elói Dionísio Piva Petrópolis – S. Francisco Petrópolis – S. Francisco 181 Fábio Cesar Gomes Petrópolis – S. Francisco Petrópolis – S. Francisco 182 Ludovico Garmus Petrópolis – S. Francisco Petrópolis – S. Francisco 183 Ronaldo Fiuza Lima Petrópolis – S. Francisco Petrópolis – S. Francisco 184 Sandro Roberto da Costa Rio de Janeiro – Rocinha Petrópolis – S. Francisco 185 Abílio Amaral Antunes Petrópolis – Sagrado Petrópolis - Sagrado 186 Alan Leal de Mattos Petrópolis – Sagrado Petrópolis - Sagrado 187 Alberto Eckel Junior Ituporanga – seminário Petrópolis - Sagrado 188 Almir Ribeiro Guimarães Petrópolis – Sagrado Petrópolis - Sagrado 189 Augusto Luiz Gabriel S. Paulo – S. Francisco Petrópolis - Sagrado 190 Canga Manuel Mazoa Petrópolis - Sagrado Petrópolis - Sagrado 191 David Belineli Quibala Petrópolis - Sagrado 192 Douglas da Silva Rio de Janeiro - Rocinha Petrópolis - Sagrado 193 Edrian Josué Pasini Petrópolis – Sagrado Petrópolis - Sagrado 194 Erick de Araújo Lazaro Rio de Janeiro – S. Antônio Petrópolis - Sagrado 195 Fernando de Araújo Lima Petrópolis – S. Francisco Petrópolis - Sagrado 196 Francisco Morás Petrópolis – Sagrado Petrópolis - Sagrado 197 Gabriel Dellandrea Petrópolis - Sagrado Petrópolis - Sagrado 198 Gentil Avelino Titton Petrópolis – Sagrado Petrópolis - Sagrado
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Comunicações Janeiro de 2019
est. Filosofia est. Filosofia est. Filosofia est. Filosofia est. Filosofia vig. par., projetos sociais, assist. Kimbo S. Francisco, assist. I. Clarissas, assist. OFS est. Filosofia ano missionário guardião, mestre e vig. par. est. Filosofia est. Filosofia – 1º ano est. Filosofia est. Filosofia est. Filosofia est. Filosofia est. Filosofia est. Filosofia est. Filosofia – 1º ano vig. par. coord. frat., pároco e anim. SAV local vig. par. guardião vig. casa, paróco e prof. pároco Cangandala e assist. OFS guardião, orient., assist. I. Clarissas e vig. par. vig. casa, reitor seminário, orient., prom. vocacional e vig. par. ano missionário pároco, coord. Frente Paróquias, Santuários e Centros Acolhimento e anim. SAV local vig. casa e a serv. evang. guardião e vig. par. vig. par. vig. casa, vig. par. e anim. SAV local guardião e pároco vig. par. guardião e pároco vig. par. e anim. SAV local vig. casa e vig. par. pároco vig. casa e vig. par. vig. par e a serv. Comunicação a serv. evang. e anim. SAV local guardião, vig. par. e coord. Frente Comunicação atend. conv. prof. e a serv. evang. prof. e vig. par. pároco e prof. guardião, prof., vig. par. e anim. SAV local prof. e vig. par. prof. e vig. par. vig. casa, prof. e vig. par. atend. conv. est. Teologia – 3º ano estudos vig. par. est. Teologia – 1º ano est. Teologia – 3º ano est. Teologia – 1º ano est. Teologia – 1º ano vig. casa e a serv. Comunicação - Vozes est. Teologia – 1º ano prof. e vig. par. a serv. Comunicação – Vozes e vig. par. e prof. est. Teologia – 2º ano e anim. SAV local a serv. Comunicação - Vozes
Congresso Capitular 199 Heberti Senra Inácio Malange – M. Alverne Petrópolis - Sagrado 200 Hugo Câmara dos Santos Petrópolis - Sagrado Petrópolis - Sagrado 201 Ivo Müller Forquilhinha Petrópolis - Sagrado 202 Jorge Paulo Schiavini Petrópolis – Sagrado Petrópolis - Sagrado 203 José Ariovaldo da Silva Petrópolis – Sagrado Petrópolis - Sagrado 204 José Clemente Schafaschek Petrópolis – Sagrado Petrópolis - Sagrado 205 José Morais Cambolo D. Caxias – Imbariê Petrópolis - Sagrado 206 Josemberg Cardozo Aranha Petrópolis - Sagrado Petrópolis - Sagrado 207 Junior Mendes Petrópolis - Sagrado Petrópolis - Sagrado 208 Lauro Both Petrópolis - Sagrado Petrópolis - Sagrado 209 Leandro Ferreira Silva Rondinha – S. Boaventura Petrópolis - Sagrado 210 Marcos Antonio de Andrade Petrópolis – Sagrado Petrópolis - Sagrado 211 Marcos Schwengber Petrópolis - Sagrado Petrópolis - Sagrado 212 Mário Sampaio Pelu Petrópolis - Sagrado Petrópolis - Sagrado 213 Roger Strapazzon Petrópolis - Sagrado Petrópolis - Sagrado 214 Samuel Santos Soares Viana Petrópolis - Sagrado 215 Tiago Gomes Elias Rio de Janeiro - Rocinha Petrópolis - Sagrado 216 Volney José Berkenbrock Petrópolis – Sagrado Petrópolis - Sagrado 217 Jean Carlos Ajluni Oliveira Rondinha – S. Boaventura Petrópolis – Sagrado 218 Adriano Fernando Sumbelelo Quibala 219 Daniel Carlos Teresa Quibala 220 Fabio José Gomes Luanda Quibala 221 Fernando José Dange Quibala 222 Francisco Luís Lupasso Quibala 223 Herculano José Nuñgulo Quibala 224 Ilário Kapingala Quibala 225 Inácio Felipe Puto Quibala 226 Ivair Bueno de Carvalho Quibala Quibala 227 Jerónimo Cheia Mário Quibala 228 João Pedro Pessoa Lima Quibala 229 Marco Antonio dos Santos Quibala Quibala 230 Venâncio Canombelo Candundo Quibala 231 Roberto Ishara Malange – M. Alverne Rio de Janeiro - Rocinha 232 Sebastião A. Kremer Balneário Camboriú Rio de Janeiro - Rocinha 233 Felipe Medeiros Carretta Rondinha – S. Boaventura Rio de Janeiro – Rocinha 234 Adriano Freixo Pinto Curitiba Rio de Janeiro – S. Antônio 235 Anselmo Fracasso Rio de Janeiro – S. Antônio Rio de Janeiro – S. Antônio 236 Antonio Otavio Ferreira Rio de Janeiro – S. Antônio Rio de Janeiro – S. Antônio 237 Carlos A. Branco Araujo D. Caxias – C. Elíseos Rio de Janeiro – S. Antônio 238 Geraldo Hagedorn Rio de Janeiro – S. Antônio Rio de Janeiro – S. Antônio 239 Guido Scottini Rio de Janeiro – S. Antônio Rio de Janeiro – S. Antônio 240 José Luiz Alves Rio de Janeiro – S. Antônio Rio de Janeiro – S. Antônio 241 José Pereira Rio de Janeiro – S. Antônio Rio de Janeiro – S. Antônio 242 José Ulisses de Moraes Rio de Janeiro – S. Antônio Rio de Janeiro – S. Antônio 243 Leonardo Pinto dos Santos Guaratinguetá – Postul. Rio de Janeiro – S. Antônio 244 Neylor José Tonin Rio de Janeiro – S. Antônio Rio de Janeiro – S. Antônio 245 Robson de Castro Guimarães Rio de Janeiro – S. Antônio Rio de Janeiro – S. Antônio 246 Róger Brunorio Rio de Janeiro – S. Antônio Rio de Janeiro – S. Antônio 247 Sérgio de Souza Rio de Janeiro – S. Antônio Rio de Janeiro – S. Antônio 248 Abel Schneider Rodeio Rodeio 249 Davi Gabriel Lutzke Rodeio 250 Elias Dalla Rosa Ituporanga – seminário Rodeio 251 Éverton Junior Goschel Broilo Rodeio Rodeio 252 Flávio Malta de Souza S. Amaro Imperatriz Rodeio 253 Gabriel Ferreira Salinas Rodeio 254 Irven Gabriel de Jesus dos Santos Rodeio 255 Marcos V. Motta Brugger Pato Branco Rodeio 256 Mário Stein Ituporanga - seminário Rodeio 257 Pedro da Silva Rodeio Rodeio 258 Rodolpho Andreazza Marinho Rodeio 259 Rodrigo da Silva Santos Rondinha – S. Boaventura Rodeio 260 Estêvão Ottenbreit Roma - Antoniano Roma - Antoniano 261 Gilberto da Silva Roma - Antoniano Roma - Antoniano 262 Plínio Gande da Silva Roma - Antoniano Roma - Antoniano 263 Antonio Joaquim Pinto Curitiba Rondinha - Aldeia 264 Claudino Gilz Rondinha – Aldeia Rondinha - Aldeia
est. Teologia – 1º ano est. Teologia – 2º ano prof., vig. par., diretor ITF e comissário T. Santa guardião, pároco e vice-mestre prof. e vig. par. vig. par. est. Teologia – 4º ano est. Teologia – 3º ano est. Teologia – 3º ano organeiro est. Teologia – 1º ano mestre e prof. est. Teologia – 2º ano est. Teologia – 3º ano est. Teologia – 2º ano est. Teologia – 1º ano est. Teologia – 1º ano prof., a serv. Comunicação – Vozes e vig. par. estudos e vice-comiss. T. Santa noviço noviço serv. frat. noviço noviço noviço noviço noviço guardião e vice-mestre noviço noviço vig. casa e mestre noviço coord. frat. e pároco vig. par. Ano Missionário e anim. SAV local vig. casa, atend. conv. e vig. par S. João Meriti atend. conv. serv. frat. atend. conv. e vig. par. Rocinha atend. conv. atend. conv. serv. frat. guardião e reitor sant. serv. frat. serv. frat. atend. conv. atend. conv. serv. frat., a serv. depto. bens culturais e anim. SAV local atend. conv. tratamento noviço serv. frat. noviço formação franciscana noviço noviço vig. casa, vig. par. e vice-mestre guardião, vig. par. e vice-mestre pároco, vice-mestre e anim. SAV local noviço mestre e coord. Formação Inicial guardião e assist. Concepcionistas do Brasil est. cafeteria prof., a serv. Educação e diretor Inst. S. Boaventura guardião e coord. Frente Educação Comunicações Janeiro de 2019
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Congresso Capitular 265 João Mannes Rondinha – Aldeia Rondinha - Aldeia 266 José Henrique Rosa Rondinha – Aldeia Rondinha - Aldeia 267 Mário José Knapik Rondinha – Aldeia Rondinha - Aldeia 268 Ary Estevão Pintarelli Rondinha – S. Boaventura Rondinha – S. Boaventura 269 Bruno Gonçalves Cezário Rondinha – S. Boaventura Rondinha – S. Boaventura 270 Daniel Maciel Rodeio Rondinha – S. Boaventura 271 Diego Martendal Rondinha – S. Boaventura Rondinha – S. Boaventura 272 Estevam Gomes Pereira Rondinha – S. Boaventura Rondinha – S. Boaventura 273 Francisco D. Pereira Cabral Rondinha – S. Boaventura Rondinha – S. Boaventura 274 Francisco Teixeira Junior Rodeio Rondinha – S. Boaventura 275 Franklin Matheus da Costa Rodeio Rondinha – S. Boaventura 276 Gabriel Nogueira Alves Rodeio Rondinha – S. Boaventura 277 Gamaliel Devigili Rondinha – S. Boaventura Rondinha – S. Boaventura 278 Gregório Martins Rondinha – S. Boaventura Rondinha – S. Boaventura 279 Guilherme Plotegher Neto Rodeio Rondinha – S. Boaventura 280 Hermenegildo Curbani S. João de Meriti Rondinha – S. Boaventura 281 João Manoel Zechinatto Rondinha – S. Boaventura Rondinha – S. Boaventura 282 José Antônio Cruz Duarte Rodeio Rondinha – S. Boaventura 283 Josielio da Silva Oliveira Rodeio Rondinha – S. Boaventura 284 Lucas de Moura Justino Souza Rondinha – S. Boaventura Rondinha – S. Boaventura 285 Lucas Moreira Almeida Rodeio Rondinha – S. Boaventura 286 Luís Antonio Aliberti Angelina Rondinha – S. Boaventura 287 Luiz Carlos Peloso Rondinha – S. Boaventura Rondinha – S. Boaventura 288 Marcelo Tadeu da Silva Cardoso Rodeio Rondinha – S. Boaventura 289 Odilon Voss Rondinha – S. Boaventura Rondinha – S. Boaventura 290 Roberto Rocha da Silva Rodeio Rondinha – S. Boaventura 291 Ruan Felipe Sguissardi Rondinha – S. Boaventura Rondinha – S. Boaventura 292 Samuel Ferreira de Lima Rodeio Rondinha – S. Boaventura 293 Sérgio Hide Honna Rodeio Rondinha – S. Boaventura 294 Thierry Melo de Paula Rodeio Rondinha – S. Boaventura 295 Yves da Costa Bernardes Leite Rodeio Rondinha – S. Boaventura 296 Angelo José Luiz D. Caxias – C. Elíseos S. Amaro da Imperatriz 297 Gentil de Lima Branco Florianópolis S. Amaro da Imperatriz 298 Nilton Decker S. Amaro Imperatriz S. Amaro da Imperatriz 299 Hipólito Martendal Santos Santos 300 João Pereira Lopes Santos Santos 301 Valdevino Negherbon Santos Santos 302 Airton da Rosa Oliveira Guaratinguetá – Postul. São João de Meriti 303 Cid Tadeu Passos Nilópolis São João de Meriti 304 Gaudêncio Sens S. João de Meriti São João de Meriti 305 Vanderley Grassi Florianópolis São João de Meriti 306 Anacleto Luiz Gapski S. Paulo – Pari São Paulo - Pari 307 Diego Atalino de Melo S. Paulo – S. Francisco São Paulo - Pari 308 José Alamiro Andrade Silva S. Paulo – V. Clementino São Paulo - Pari 309 José Franc. de C. Santos S. Paulo – Pari São Paulo - Pari 310 Marx Rodrigues dos Reis S. Paulo – S. Francisco São Paulo - Pari 311 Vitor da Silva Amâncio Rondinha – S. Boaventura São Paulo - Pari 312 Wilson Batista Simão S. Paulo – Pari São Paulo - Pari 313 Aloísio P. Agost. dos Santos Luanda São Paulo - Pari 314 Albino Francisco Gabriel S. Paulo – S. Francisco São Paulo – São Francisco 315 Alexandre Rohling S. Paulo – S. Francisco São Paulo – São Francisco 316 Alvaci Mendes da Luz S. Paulo – S. Francisco São Paulo – São Francisco 317 David Raimundo Santos S. Paulo – S. Francisco São Paulo – São Francisco 318 Fidêncio Vanboemmel S. Paulo – V. Clementino São Paulo – São Francisco 319 Guido Moacir Scheidt S. Paulo – S. Francisco São Paulo – São Francisco 320 Leandro Costa Santos Vila Velha - santuário São Paulo – São Francisco 321 Luiz Donizete Ribeiro S. Paulo – S. Francisco São Paulo – São Francisco 322 Luiz Flavio Adami Loureiro Petrópolis – Sagrado São Paulo – São Francisco 323 Marcos Estevam de Melo S. Paulo – S. Francisco São Paulo – São Francisco 324 Marcos Hollmann S. Paulo – S. Francisco São Paulo – São Francisco 325 Mário Luiz Tagliari S. Paulo – S. Francisco São Paulo – São Francisco 326 Odorico Decker S. Paulo – S. Francisco São Paulo – São Francisco 327 Sérgio Calixto S. Paulo – S. Francisco São Paulo – São Francisco 328 Valdeci Bento de Moura Rio de Janeiro – S. Antônio São Paulo – São Francisco
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Comunicações Janeiro de 2019
def., prof. e a serv. Educação a serv. Educação vig. casa, a serv. Educação e anim. SAV local atend. conv. est. Filosofia – 2º ano est. Filosofia – 1º ano est. Filosofia – 2º ano tratamento est. Filosofia – 3º ano est. Filosofia – 1º ano est. Filosofia – 1º ano est. Filosofia – 1º ano atend. conv. jardineiro e serv. frat. est. Filosofia – 1º ano tratamento est. Filosofia – 2º ano guardião e vice-mestre est. Filosofia – 1º ano est. Filosofia – 3º ano est. Filosofia – 1º ano vig. casa, atend. conv. e vice-mestre serv. frat. est. Filosofia – 1º ano est. Filosofia – 3º ano est. Filosofia – 1º ano est. Filosofia – 2º ano mestre e anim. SAV local est. Filosofia – 1º ano est. Filosofia – 1º ano est. Filosofia – 1º ano pároco vig. casa, vig. par. e anim. SAV local guardião e vig. par. vig. par. coord. frat., pároco e reitor sant. a serv. evang. e anim. SAV local a serv. evang. e anim. SAV local vig. casa e vig. par. atend. conv. guardião e pároco vig. par. anim. SAV provincial, anim. JPIC e coord. Frente Solidariedade para com os Empobrecidos a serv. Sefras guardião, a serv. Sefras e vig. par. vig. casa, vig par. e a serv. Sefras Ano Missionário - SAV pároco, a serv. Sefras e anim. SAV local a serv. Sefras serv. frat. a serv. evang., a serv. Pró-Vocações e da Comunicação vig. casa, pároco, reitor sant. e a serv. Pró-Vocações a serv. Educafro moderador Formação Permanente e atend. conv. período sabático vig. par., a serv. Pró-Vocações e anim. SAV local serv. frat. vig. par. a serv. Sefras e serv. frat. atend. conv. def., guardião e ecôn. provincial serv. frat. serv. frat. serv. frat.
Congresso Capitular 329 Carlos Lúcio Nunes Corrêa S. Paulo – V. Clementino São Paulo – V. Clementino 330 César Külkamp S. Paulo – V. Clementino São Paulo – V. Clementino 331 Euclydes F. Pezzamiglio S. Paulo – V. Clementino São Paulo – V. Clementino 332 Gustavo Wayand Medella S. Paulo – S. Francisco São Paulo – V. Clementino 333 Raimundo J. de O. Castro S. Paulo – V. Clementino São Paulo – V. Clementino 334 Robson Luiz Scudela Ituporanga – seminário São Paulo – V. Clementino 335 Valdecir Schwambach S. Paulo – V. Clementino São Paulo – V. Clementino 336 Walter de Carvalho Júnior S. Paulo – V. Clementino São Paulo – V. Clementino 337 João Pereira da Silva São Sebastião São Sebastião 338 José Martins Coelho Agudos São Sebastião 339 Virgílio Pereira de Souza São Sebastião São Sebastião 340 Benedito G. G. Gonçalves Sorocaba Sorocaba 341 Florival Mariano de Toledo Vila Velha – santuário Sorocaba 342 Gilberto Marcos S. Piscitelli Sorocaba Sorocaba 343 João Alberto Bunga Luanda Viana 344 Laurindo Lauro da S. Júnior Viana Viana 345 Valdemiro Wastchuk Viana Viana 346 Alessandro D. Nascimento Bauru Vila Velha - Penha 347 Ari do Amaral Praxedes Vila Velha – Penha Vila Velha - Penha 348 Paulo Cesar F. da Silva Vila Velha – Penha Vila Velha - Penha 349 Paulo Roberto Pereira Vila Velha – Penha Vila Velha - Penha 350 Pedro de Oliveira Rodrigues Vila Velha – Penha Vila Velha - Penha 351 Pedro Engel Vila Velha – Penha Vila Velha - Penha 352 Adriano Dias do Nascimento Amparo Vila Velha - Santuário 353 Clarêncio Neotti Vila Velha – santuário Vila Velha - Santuário 354 Cláudio Guski Vila Velha – Penha Vila Velha - Santuário 355 Djalmo Fuck Vila Velha – santuário Vila Velha - Santuário 356 Matheus José Borsoi Rondinha – S. Boaventura Vila Velha - Santuário 357 Nazareno José Lüdtke Vila Velha – santuário Vila Velha - Santuário 358 Evaldo Ludwig Lages Xaxim 359 Gilson Kammer Colatina Xaxim 360 Jacir Antonio Zolet Chopinzinho Xaxim 361 Vanderlei da Silva Neves Xaxim Xaxim
Outros serviços
362 Fidelio Gonçalves Ferreira Ir Barra - BA 363 Álido Rosá S Iguatemi – MS 364 Atamil Vicente de Campos S Cuiabá - MT 365 Atilio Dalla Costa Battistuz S Prelazia do Marajó - PA 366 Hans Heinrich Stapel S Guaratinguetá - SP 367 Harley Luis Siqueira Jorge S São Paulo – S. Amaro 368 José Clemente Müller S Terra Santa – Ain Karen 369 Moiséis Beserra de Lima S Diocese de Barra – BA 370 Vicente Bohne S Brasília - DF 371 Valdir Nunes Ribeiro S Terra Santa 372 Jorge Lazaro de Souza Ir Marrocos 373 Günther Max Walzer S Florianópolis 374 Arcângelo Raimundo Buzzi S Nova Iguaçu
Bispos
375 376 377 378 379 380 381 382 383 384
Bernardo Johannes Bahlmann Caetano Ferrari Diamantino P. de Carvalho Fernando A. Figueiredo Jaime Spengler João Bosco B. de Sousa Leonardo Ulrich Steiner Luiz Flavio Cappio Severino Clasen Evaristo Pascoal Spengler
Hóspede
385 Xavier Fornasiero
bispo bispo bispo bispo arcebispo bispo bispo bispo bispo bispo
Óbidos - PA Bauru - SP Três Pontas - MG Santo Amaro - SP Porto Alegre - RS Osasco - SP Brasília - DF Barra - BA Caçador - SC Soure - PA
S
S. Paulo – S. Amaro
vig. par. e anim. SAV local ministro provincial vig. par. vigário provincial e secretário Evangelização guardião, vice-ecôn. provincial e assist. Fed. Clarissas vice-ecôn. provincial, vig. par. e coord. Frente Missões vig. casa, pároco e vice-secr. Evangelização secretário provincial guardião e pároco vig. casa e vig. par. a serv. evang. e anim. SAV local pároco Bom Jesus vig. casa, vig. par. e anim. SAV local guardião e pároco S. Antônio orient. aspirantes FAV, projetos sociais, assist. OFS, prom. vocacional e vig. par. guardião, mestre postul. e vig. par. vig. casa e pároco atend. conv. atend. conv. vig. casa, atend. conv. e anim. SAV local def., guardião e reitor sant. atend. conv. serv. frat. vig. casa e vig. par. vig. par. atend. conv. guardião e pároco Ano Missionário a serv. evang. e anim. SAV local a serv. evang. vig. casa e pároco vig. par. guardião, vig. par. e anim. SAV local a serv. Diocese a serv. indígenas a serv. Custódia 7 Alegrias N. Sra. missionário a serv. F. Esperança a serviço Diocese a serviço da Custódia da T. Santa a serv. Diocese a serviço em Brasília a serviço da Custódia da T. Santa vice-mestre a serviço da missão a serviço Diocese a serviço Irmãs
Comunicações Janeiro de 2019
77
Ecos do Capítulo... Tensão capitular
O espião... Consultando as bases
Estilo!
“Panói” é assim...
Passa a bola, Frei!
Irmão Maior e Irmão Menor
Preparado nas escadarias da Penha!
Frente da Comunicação. É isso que quero!
Eu estava assim...
FELICIDADE DE UNS... Elias, Elias, vamos para a Casa-Mãe!
O MELHOR ATLETA DO CAPÍTULO
Frei Hermenegildo Curbani nota 10!
Na piscina: Decifra-me!!!
Sou contra... “Fominhas da bola” do Capítulo
Da Secretaria para a TV
TRE vai emprestar urna eletrônica!
Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil (*) As alterações e acréscimos estão destacados
JANEIRO
ABRIL
10 11 a 13
04
20 30
Profissão dos Noviços (Rodeio) Caminhada Franciscana da Juventude (Curitibanos) Admissão dos Noviços (Rodeio) Admissão dos Postulantes (Guaratinguetá)
FEVEREIRO 09 19 a 21
Ordenação Presbiteral Frei Leandro Costa (São Paulo) Reunião do Definitório Provincial (São Paulo)
MARÇO 08 e 09 11 11 11 11 11 e 12 11 e 12 13 e 14 17 18 18 e 19 18 19 25 e 26 30
Encontro do Regional Baixada e Serra Fluminense (Sagrado) Encontro do Regional de São Paulo (Largo S. Francisco) Encontro do Regional do Leste Catarinense (S. Amaro) Encontro do Regional do Vale do Paraíba (Postulantado) Encontro do Regional do Espírito Santo (Vila Velha – Santuário) Encontro do Regional do Planalto Catarinense e Alto Vale do Itajaí (Ituporanga-paróquia) Encontro do Regional do Contestado (Piratuba) Encontro do Regional de Pato Branco (Pato Branco) Romaria Penitencial Frei Bruno (Joaçaba) Encontro do Regional de Curitiba (Aldeia) Encontro do Regional de Agudos (Agudos) Encontro do Regional do Rio de Janeiro e Baixada (Largo da Carioca) Encontro do Regional do Vale do Itajaí (Rodeio) Encontro dos Frades Under Ten – Província (Largo São Francisco) Ordenação presbiteral de Frei Roberto Aparecido Pereira (Lençóis Paulista)
21 a 29 29 30
Reunião do Conselho de Evangelização (Sede Provincial) Festa da Penha (Vila Velha) Reunião dos Formadores Formação para os Formadores e Animadores Vocacionais
MAIO 01
Conselho da Formação Inicial e reunião dos Animadores Vocacionais 02 Reunião do Conselho de Formação e Estudos 07 e 08 Reunião dos Guardiães e Coordenadores (Agudos) 09 e 10 Reunião do Definitório Provincial (Agudos) 11 Ordenação presbiteral de Frei Marx Rodrigues dos Reis (Nilópolis) 13 a 25 Visita Canônica à FIMDA (Angola) 20 Encontro do Regional de Curitiba (Curitiba) 27 a 31 Assembleia da FIMDA
JULHO 02 a 04 03 17 a 21 22 a 26
Reunião do Definitório Provincial Encontro com os coordenadores dos Regionais (Largo S. Francisco) Missões Franciscanas da Juventude (Rio de Janeiro) Retiro dos Formadores (Eremitério)
SETEMBRO 09 a 12
Reunião do Definitório Provincial (Petrópolis) 16 Encontro do Regional de Curitiba (S. Boaventura) 23 a 26 Encontro dos Frades Under Ten – Província (local a ser definido)
NOVEMBRO 26 a 28
Reunião do Definitório Provincial
DEZEMBRO 02
Encontro do Regional de Curitiba (Caiobá)