Com jul2017

Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil

ESPECIAL

Expressão de amor

| julho - 2017 | ANO LXIV • No 7 |

xxx Sumário

Mensagem do ministro provincial

“Reanimar o vigor evangélico”....................................................................................................................................... 403

“Ecologia e minorismo”, artigo de Frei Luiz Iakovacz.................................................................................... 405 Artigo: “Gastronomia para saciar o futuro”, de Érica Araium................................................................... 406

FORMAÇÃO PERMANENTe FORMAÇÃO E ESTUDOS

Seminário de Ituporanga acolhe 400 jovens crismandos....................................................................... 410 Noviços visitam o Seminário de Ituporanga...................................................................................................... 411 Notícias do Curso de Filosofia........................................................................................................................................ 412 FAE comemora 60 anos com Missa de Ação de Graças........................................................................... 413 “Psicologia e Espiritualidade - a depressão como tarefa psíquica e espiritual”, de Frei Jairo Ferrandin........................................................................................................................... 414 Mais um Sábado Franciscano no ITF........................................................................................................................ 417 ITF: Noite cultural aborda o diálogo islâmico-cristão................................................................................... 418 Master: Por uma evangelização humanizada.................................................................................................... 419 Master: interpelações e perspectivas....................................................................................................................... 420

Franciscanos com os pés no chão............................................................................................................................. 421 Encontro Vocacional de Ituporanga reúne 20 jovens................................................................................. 422 Petrópolis acolhe 10 jovens no Encontro Vocacional................................................................................. 423 SAV realiza Semana Vocacional em Concórdia................................................................................................. 424 Início do tempo da FAV na Província........................................................................................................................ 425

SAV

ESPECIAL

A festa para Santo Antônio na Província................................................................................................................ 426

FRATERNIDADES

Frades da Vila celebram 1ª Eucaristia do Consa............................................................................................... 449 Corpus Christi em Xaxim e Bauru............................................................................................................................... 450 São João de Meriti: Festa do Padroeiro celebra 370 anos da Igreja.................................................. 451 Paróquia Santo Amaro realiza 163ª Festa do Divino Espírito Santo.................................................. 452 Encontro do Regional de Curitiba.............................................................................................................................. 454 Momento formativo na Sede Provincial................................................................................................................ 454 Regional Serra/Baixada faz 2º Encontro................................................................................................................. 455 Prefeito de Agudos decreta feriado municipal no dia de São Paulo Apóstolo....................... 456 Paróquias de Agudos se unem para celebrar Corpus Christi................................................................ 456 Frei José Lino e Frei Francisco: cidadãos agudenses.................................................................................... 457 Frei Lauro restaura órgão de quase 100 anos com a participação de alunos da UFPR.............................................................................................................................. 458 Encontro de Benfeitores em Angelina.................................................................................................................... 461

EVANGELIZAÇÃO

Notícias do Sefras..................................................................................................................................................................... 464 Síntese do Encontro dos Frades da Frente de Evangelização da Comunicação.................................462

DEFINITÓRIO PROVINCIAL

Notícias da reunião do Definitório Provincial em São Paulo, de 20 a 22 de junho........................................................................................................................... 465

OFM

Capítulo “Generalíssimo”: O Caminho da Reconciliação........................................................................... 470 Terra Santa celebra 800 anos da presença franciscana.............................................................................. 471

Falecimento

Frei Márcio de Araújo Terra............................................................................................................................................... 472 Restos mortais de Frei Claudinei são sepultados no Jazigo de Guaratinguetá.....................................474 Acusado de matar Frei Moser foi executado em “tribunal do tráfico”............................................. 474 Falece a mãe de Dom Severino Clasen.................................................................................................................. 474

Agenda ................................................................................................................................................................................ 476 Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil Rua Borges Lagoa, 1209 - 04038-033 | São Paulo - SP | www.franciscanos.org.br ofmimac@franciscanos.org.br

Mensagem

REANIMAR O VIGOR EVANGÉLICO Caríssimos irmãos, Que o Senhor vos dê a paz e todo o bem!

screvo esta mensagem no final do primeiro semestre e início da segunda metade de 2017.

Em meio a tantas atividades, o Livro do Eclesiastes nos alerta para a fruição da vida como um dom de Deus e, ao mesmo tempo, nos aponta os contratempos imprevistos. “Tudo o que fazes, faze-o em teu pleno vigor,

mos e rezamos. No ritmo desenfreado das agendas cheias, e em tudo o que realizamos no nosso “pleno vigor” (v.10), para tudo “há o concurso do tempo e do ocaso”. E nos perguntamos: Na grandeza do nosso pleno vigor existencial, o que plantamos ou edificamos no “concurso do tempo”?

O que temos a apresentar ao Senhor da vida no dia “do ocaso”?

Creio que São Francisco de Assis captou isso perfeitamente. Para ele, o tempo sempre foi uma graça concedi-

vida, isto é, o projeto evangélico que a Deus prometemos observar e que se consolida nessas três pilastras: 1ª) O acolhimento da dádiva da vocação e dos desafios da vida fraterna; 2ª) O reaquecer com ânimo a forma de vida mediante o cultivo do espírito da oração e devoção; 3ª) O encantamento diário pela missão evangelizadora, no espírito da minoridade.

No último dia 21 de junho celebramos mais um encontro dos Coordenadores dos Regionais e Definitó-

porque não há atividade nem plano nem ciência nem sabedoria na mansão dos mortos, para onde vais. Outra coisa observei debaixo do sol: a corrida não resulta da agilidade, nem da valentia a batalha, nem da sabedoria o ganha-pão, nem da habilidade a riqueza, nem do saber a estima, porque para tudo há o concurso do tempo e do ocaso” (cf. Ecl 9,10-11).

Pois bem, a sensação que se tem no final deste primeiro semestre é exatamente a do sábio da Sagrada Escritura. Bem ou mal, corremos, trabalhamos, lutamos, estudamos, convive-

da por Deus. Uma graça que não podia ser procrastinada, mas conjugada no tempo presente com o empenho de todo o coração. Por isso convidou sua fraternidade a se empenhar de todo o coração no concurso do tempo, mesmo quando experimentou os limites do vigor: “Vamos começar a servir a Deus, meus irmãos, porque até agora fizemos pouco ou nada” (1Cel 103).

Começar de novo depois de meio caminho andado (meio do ano!) é uma proposição positiva que nos motiva a abraçar no “concurso do tempo” aquilo que está na essência da nossa

rio. Alegramo-nos com as conquistas e os esforços dos irmãos que, seja em nível pessoal ou fraterno, são audaciosos em “recomeçar a servir a Deus” em “pleno vigor” existencial, não importa a idade. Lembro-me dos confrades idosos de Bragança Paulista, do Frei Nestor em Angelina, do Frei Cássio em Curitiba, do Frei Ervino em Lages, do Frei Alcides em Coronel Freitas, e de tantos irmãos idosos que ousam recomeçar e servir a Deus sempre de novo. Da mesma forma, alegramo-nos pelos irmãos que estão em terras de missão (Angola, Su-

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Mensagem

dão do Sul, Amazônia, Terra Santa e Marrocos), todos no “pleno vigor” servindo o Senhor no concurso do tempo e na gratuidade do “tempo da graça”. Alegramo-nos no Senhor com a cordialidade de todos os irmãos que juntos abraçam nosso Plano de Evangelização e nele buscam sua santificação no serviço pobre e gratuito como irmãos e menores. Nos alegramos com todos os irmãos que, de forma ousada e com “pleno vigor”, cuidam da sua permanente formação a fim de não desfocar seu coração naquele que é essencial, a melhor parte, do nosso ser-frade-menor.

Mas na mesma reunião também constatamos que a ausência do “pleno vigor” e o medo de “recomeçar a servir a Deus” têm gerado em nós e entre nós preocupações. Se “a corrida não resulta da agilidade, nem da valentia a batalha, nem da sabedoria o ganha-pão, nem da habilidade a riqueza, nem do saber a estima”, então, o que eu faço para despertar para a fruição da vida como um dom de Deus e reanimar em mim o vigor evangélico no “concurso do tempo” que Deus

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me deu? É doloroso constatar que irmãos nossos, em “pleno vigor” da vida, pouco vibram com grandeza da messe do Senhor e vivem acovardados num consciente anonimato dos valores da vida religiosa franciscana.

Ou seja, não se projetam no projeto fraterno da missão delineada no Plano de Evangelização.

Culpa da Instituição? Culpa da fraternidade? Culpa do Definitório (Conselho)? Culpa da Igreja? Culpa da Ordem? Mas há horas em que essas instituições são ‘úteis’, principalmente quando asseguram a vida ‘cômoda’ que em outro lugar certamente não teriam. Então, se tenho roupa lavada, cama para dormir, comida na mesa, salário garantido, INSS e plano de saúde assegurados (tudo pago e garantido pela Instituição), por que me escondo no meu pleno vigor no concurso do tempo, me cansando em pouco ou nada fazer? Rezo pouco, evangelizo sem ânimo, evito a convivência fraterna, não celebro os capítulos (locais e regionais), vivo alheio a tudo e professo a verdade de um mundo virtual inexistente e convivo

muito pouco com os meus irmãos.

Talvez aqui chegamos ao âmago da questão crucial que é a qualidade e a transparência do meu testemunho de Frade Menor! Por isso, o recomeçar a servir ao Senhor em tudo aquilo que a Ele prometemos é a permanente provocação do nosso Seráfico Pai São Francisco.

Oxalá que no “concurso do tempo e do ocaso”, a nossa corrida vencida, a batalha ganha, o ganha-pão existencial, a estima recebida, o fruto da sabedoria, tudo seja resultado do “pleno vigor” com que nos colocamos na escalada existencial da nossa vida e missão. Para o início deste segundo semestre, São Francisco de Assis nos convoca a darmos um passo novo como cavaleiros audaciosos, homens fortes que depõem a canga da vontade própria a fim de servir a Igreja e os irmãos como homens pobres, libertos, pacíficos, humildes e vigorosos.

Que o Senhor nos abençoe e nos guarde no seu amor!

Frei Fidêncio Vanboemmel, OFM Ministro Provincial

Formação Permanente

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Ecologia e Minorismo

á antes da Encíclica Laudato Sí ser publicada pelo Papa Francisco em 24 de maio de 2015, os dois últimos Capítulos Gerais da OFM (2009 e 2015) enfatizaram a real necessidade de se estabelecerem “relações fraternas concretas no cuidado da criação”.

O de 2015 deliberou dois mandatos: “Que o Definitório Geral publique um subsídio com sólida base bíblica, eclesial, franciscana e científica, e dê orientações para que as entidades possam responder aos desafios ecológicos de hoje”. O outro: “Cada Entidade [...] prepare um programa para que o Cuidado com a Criação faça parte do nosso estilo de vida e da atividade pastoral e social” (Decisões Capitulares, 10-11).

Em julho/2016, o Definitório Geral publicou o subsídio “O Grito da Terra e o Grito dos Pobres”, enviou-o a todas as Províncias, juntamente, com o apelo para que, nos Capítulos Locais e/ou Regionais, cada fraternidade determine ações concretas a serem assumidas.

As Comunicações de abril e maio mostram que os Regionais estão estudando o subsídio e pretendem continuar a reflexão, não só pela importância do próprio tema, mas também porque isso ajuda a avaliar nosso estilo de vida.

A revista Vida Franciscana de dezembro/2016 traz, na íntegra, o texto prefaciado pelo Ministro Geral Frei Michael Perry.

O subsídio “O Grito da Terra e o Grito dos Pobres” tem consciência de que a preservação do Meio Ambiente é complexa e que a maior responsabilidade cabe à ciência e às políticas governamentais. Infelizmente, ambas são reféns do capitalismo.

Mesmo assim, afirma que não podemos nos eximir, pois “se olharmos ao nosso redor, temos que reconhecer que existe uma deterioração da nossa casa comum.

Após a fundamentação bíblica, eclesial, franciscana e científica – como pede o Capítulo Geral – o subsídio, através de perguntas, orienta a práxis do nosso dia a dia, na fraternidade.

Sobre a água, por exemplo, nos fala do desperdício, das instalações mal feitas, da hora de regar a horta/jardim e similares.

Da energia, mostra a importância do ligar e desligar a luz, do uso de eletrodomésticos e aparelhos de baixo consumo, de utilizar melhor a luz natural e similares. Sobre o lixo e resíduos, questiona o uso do descartável, plásticos, da reciclagem e similares. Ao falar do papel, pede moderação no seu consumo e impressão, e de otimizá-lo melhor (frente/verso), etc; isto porque a “planta que o produz cresce rápido, com o perigo da desertificação e de alterações ecológicas”. No transporte, cita os gases efeito-estufa e a poluição que provoca doenças respiratórias; há necessidade de rever o uso dos carros, utilizando mais os transportes públicos, bicicletas e o próprio andar a pé. Da alimentação, o subsídio alerta sobre o desperdício, o

excesso de carnes/gorduras/doces e sugere o consumo de alimentos naturais (VF, p. 49-54).

Tudo isso parece não coadunar com um documento oficial, dirigido a pessoas de curso superior. O subsídio, porém, tem sua razão de ser porque o objetivo não é relatar o óbvio, mas “discutir, nas fraternidades, sobre o estilo de vida em relação ao meio ambiente. Em geral, pensamos que todos os apelos são em relação ao mundo exterior; porém, o primeiro apelo é para nós mesmos e a própria fraternidade” (VF, p. 46).

O Papa Francisco chama isso de ‘espiritualidade ecológica’ e nos “convida a reconhecer que devemos ser menores e sujeitos a todos, incluindo, a criação” (LS 118).

Para mim, pessoalmente, a natureza sempre me fascina. Nela, Francisco de Assis encontrou um lugar ideal para refletir e viver “um novo estilo de vida”. Ele a amava por ser obra de Deus e não por motivos interesseiros, isto é, cuidava dela, caso contrário, nós seríamos os primeiros prejudicados.

Os três pastorinhos de Fátima – Lúcia, Jacinta e Francisco – estão intimamente ligados à natureza, especialmente o pequeno Francisco que gostava de estar sozinho, no silêncio da mata. Recordo-me da minha infância e dos trabalhos na roça onde, seguidamente, via-me surpreendido por uma bonança inexplicável no contato com a natureza. Foi ali que nasceu minha vocação religiosa. Ela veio não por convite de frades, das orações de minha mãe ou de um desejo pessoal. Nasceu espontaneamente, sem me dar conta e, com apenas 11 anos, entrei no Seminário e nunca pensei em desistir. E se persisto nessa caminhada, é pela a graça de Deus e, não tanto, por méritos próprios. Em louvor de Cristo, amém!

Frei Luiz Iakovacz Julho / 2017 [Comunicações]

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Formação Permanente

Gastronomia para saciar o futuro

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Érica Araium

esde a década de 1970, com a urgência do desenvolvimento em face à óbvia finitude dos recursos naturais, fala-se em sustentabilidade. Em torno da mesa, muitas vezes, enquanto se espera pela porção aquecida, em micro-ondas, de um processado industrializado qualquer; ou pelo cozimento lento, à perfeição dos fornos mais modernos, de um assado feito à moda da família a ser servido com boa seleção de verdes, quiçá montes de PANC (Plantas Alimentícias Não Convencionais) e frescos da estação.

O termo, contudo, desgastou-se já e tanto quanto os “primos” gourmet, bistrô, top e artesanal... E desde a década de 1994, quando o britânico John Elkington cunhou-a (nascia o conceito Triple Bottom Line) pensando no equilíbrio de três pilares: ambiental, econômico e social. A sustentabilidade de fato mora nos 10%, o resto é esforço de marketing. À mesa, não raro, cozinhei-

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ros e comensais contemporâneos se esquecem do óbvio: consumir é esgotar.

Devorar o mundo de forma leviana ou sã é definir a paisagem que as próximas gerações verão adiante. Que responsabilidade há nas mãos em frente às gôndolas online e off-line do mundo contemporâneo...

A passos largos, entre bites e bytes, ruma-se à quinta revolução industrial, à era da interação entre humanos e humanoides. Vive-se em era de Big Data e sob a contingência de machine learning – os computadores aprendem sobre os comportamentos dos indivíduos e remodelam necessidades sem que esses se deem conta, ingênuos. No meio agrícola, povoado de monoculturas transgênicas, alguém se esquece de que a tecnologia das ceifadeiras permite a colheita exata da variedade que seja? O que se comerá, talvez, seja, em breve, uma amálgama de referências midiáticas compartilhadas na velocidade de terabytes via Internet das Coisas (do inglês IoT, Internet of Things). E aí mora o perigo do que se compartilha

no jantar – do pão às notícias efêmeras e as efemérides de ontem.

Se, em 2011, eram 7 os bilhões de pessoas na Terra, vislumbra-se uma Índia mais populosa que a China antes de 2020 e uma Nigéria adiante dos Estados Unidos, e como o terceiro maior país do mundo, menos de 30 anos. Essas projeções, da Organização das Nações Unidas (ONU - Revisão da Projeção Mundial 2015), indicam, ainda, um “logo ali” ultra povoado por 11 bilhões de pessoas em 2100. Serão muitas as bocas, pois é. E, proporcionalmente, outros bilhões de Homo sapiens (em 2015, era uma em cada 7 pessoas no mundo, segundo a ONU) tão ou mais famintos que Riobaldo em um Grande Sertão (sem) Veredas.

O que muda as circunstâncias do comer para que as paisagens do futuro não sejam desérticas como as do cenário apocalíptico de longas-metragens distópicos como Mad Max? Simples.

Cozinhar precisa ser um ato consciente. Da manutenção e preparo das sementes/ fecundações ao cultivo e

Formação Permanente seleção de matérias-primas que se tornarão ingredientes na panela; à finalização de pratos na esquina da boqueta.

Afinal, ao menos em tese, é possível fazer mais e melhor com o intelecto mais desenvolvido graças ao domínio do fogo (aqui vale citar o antropólogo de Harvard Richard Wrangham, cuja epifania resultou no livro Sustentabilidade - Canibais Com Garfo e Faca, de 1999. Pegando Fogo - Por Que Cozinhar Nos Tornou Humanos, de 2010, do mesmo autor e igualmente revolucionário).

Lá pela beirada da borda de 1989, o jornalista italiano Carlos Petrini levantou uma bandeira pacifista e fincou-a num território chamado mundo: idealizou o movimento Slow Food. Pela ótica do sujeito (idealista na medida dos novos tempos), e que serviu à criação de lentes corretivas à miopia do século 21, e inspirou extensões do movimento que pulularam mundo afora desde lá, com outros nomes – o alimento precisa ser bom, limpo e justo.

Ou saboroso e natural, rico em memórias afetivas e sabores, respeitoso à biodiversidade e às pessoas que compõem a cadeia produtiva. Nela, sabidamente, coexistem cozinheiro e produtor que, para sobreviverem, carecem do suporte inquestionável de um terceiro personagem – e cujo papel é o de protagonista – o consumidor/comensal (gourmand ou gourmet, cliente, escolha o termo).

Antes de ordenar a degustação do que quer que seja, há que se pensar acerca da origem, caminho e fim dos alimentos. Onde cada insumo foi produzido? Por quais mãos e em quais condições trabalhistas e biológico-científicas? Qual o tamanho da pegada ecológica que determinado insumo deixará como rastro na natureza? O avião ou o navio que transportaram a carga de granos duros italianos (aqueles disponíveis na rede de supermercados daquela rede favorita) limaram,

pelo caminho, quantos arrecifes, aves e pescados? O cacau varreu a dignidade de quantas vidas a fim de se recuperar do déficit da vassoura de bruxa e outras doenças nas bordas de Ilhéus, na Bahia; e na África? Quem decretou que orégano, cenoura e tomates redondos devem estar na base da alimentação ocidental a despeito da beldroega e poejo, do mangarito e mandioca, do maxixe e do figo-da-índia? Por que há que se manter, hoje, um Banco Mundial das Sementes do Ártico e contar-se com uma lista chamada de Arca do Gosto (Slow Food) que cresce a cada dia quando se inclui, nela, uma nova leva de espécies ameaçadas de extinção? Por que há quem defenda o bacalhau e o salmão no prato do brasileiro ao invés de exaltar os pescados disponíveis em suas épocas, fresquinhos, numa costa de mais de 7 mil quilômetros de extensão e banhada pelo Atlântico? Por que 30% do que é comestí-

vel vai parar no lixo – antes durante e depois de cada refeição? O jornalista Michael Pollan, tanto em Chef’s Table (Netflix) quanto em “Cozinhar, Uma História Natural de Transformação), faz boa parte de perguntas como essas ao investigar o comer contemporâneo.

E o que dizer quando os Estados Unidos da América, por decisão oficial de seu representante máximo, resolvem abdicar, em meados de 2017, do que foi acordado, em 2015, por 195 países signatários dispostos a agir para diminuir o aquecimento global? Donald Trump não está só, infelizmente, na leva dos consumidores inconscientes que visam o desenvolvimento insustentável...

Ora, alguém duvida, ainda, de que a indústria alimentícia só tende a ter problemas, futuramente, se se mantiver atuando tal e qual faz desde a segunda guerra mundial? Há exceções, não duvide. Contudo, em linhas geJulho / 2017 [Comunicações]

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Formação Permanente rais, a maioria prospera, e a despeito do altíssimo teor da assertividade que demonstram seus relatórios de sustentabilidade, graças à lógica “mete o garfo” - da saúde financeira acima de tudo: monoculturas-transgênicos-alta tecnologia-alta produtividade-processos produtivos em larga escala-pasteurização do sabor-desperdício. É claro que produzir-se sem preocupação com o legado que se deixará às próximas gerações não é bom negócio.

Isso sem se falar no duvidoso legado da geração Fast Food – vale lembrar que, em 2017, Fome de Poder (The Founder) chegou às telonas sem tanto estardalhaço mainstream embora o tema abordado pelo roteiro seja – a jornada dos fundadores do McDonald’s, rede mundial capaz de “alimentar” 68 milhões de pessoas, diariamente, em 118 países em alguma de suas mais de 40 mil unidades e sistema take away – super “cool” desde sempre e apontado como tendência ao mundo pós-moderno.

O Brasil que, em junho de 2017, segundo o IBGE, já contava com 207,6 milhões de habitantes, numerava, já em 2015, um rebanho bovino da ordem de 215,2 milhões de cabeças, boa parte delas dedicada à exportação a

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mais de 150 países. A incongruência numérica é tanta – haver mais bois que pessoas sob o mesmo “teto de vidro” – que não haveria de se estranhar uma operação como a Carne Fraca, deflagrada pela Polícia Federal em março de 2017 e que, em meados de junho do mesmo ano, fez com que a União Europeia disparasse novo alarme das restrições às importações da matéria-prima caso o mercado brasileiro não se adequasse às boas condições de higiene e produção exigidas pelos membros. Não, o hambúrguer não é todo o problema, exatamente. Contudo, um mundo que come mal e não pondera, como se deveria, sobre o mal que se fará, a longo prazo, justamente, às novas gerações.

Felizmente, há contingente preparado para um futuro mais promissor.

Esses entendem o que significa pelejar pelo comer compartilhado, no sentido do dividir de responsabilidades e sapiência. Sabem contar histórias empratadas com esmero por meio de criações inspiradas e vivências palmilhadas mundo afora. Não se restringem às fronteiras, ao contrário do que ocorria no início da restauração, ainda no século 18, a colheradas de bouillons restaurants. Ativam sinapses alheias ao

toque de share nas redes sociais. Abrem suas fronteiras, em tempo real, diante de milhões de espectadores, ao ativar as câmeras de seus smarthphones para mostrar recém-descobertas. Há um punhado de novos gastrônomos pensando em sustentabilidade a cada dia.

Vale observar o que andam aprontando, em território brasileiro, por exemplo, cozinheiros como Ivan Ralston (do Tuju, de São Paulo, capital do Estado), Rafael Costa e Silva (do Lasai, no Rio de Janeiro, capital do Estado), Mara Salles (do paulistano Tordesilhas, onipresente), Manoella Buffara (do Restaurante Manu, de Curitiba, Paraná), Eudes Assis (do Taioba, de São Sebastião), Jefferson e Janaína Rueda (de A Casa do Porco e do Bar da Dona Onça, de São Paulo, capital daquele Estado), Thiago Castanho (do Remanso do Bosque e Remanso do Peixe, de Belém, do Pará), Helena Rizzo (do Mani, paulistano), Felipe Shaedler (do Bazeiro, de Manaus, na Amazônia) e outros tantos. Alex Atala (do D.O.M., do Dalva e Dito e do recém-inaugurado, espécie de embaixador da cozinha brasileira, pelo óbvio, carece ser citado sempre, pela relevância dos serviços prestados à gastronomia contemporânea brasileira. Defende, em entrevista à

Formação Permanente revista VIP Junho/2017) que “a relação do homem com o alimento precisa ser revista”. E à FAO, da ONU, em maio do mesmo ano: - “Precisamos promover uma campanha de conscientização para que todos voltem a se reconectar com os alimentos”. Bingo.

Cozinheiros assim sabem que “a gastronomia nos conduz a um saber interdisciplinar e complexo. Interessar-se por tudo aquilo que é relativo ao homem enquanto ser que se nutre exige conhecimentos nos domínios da antropologia, da sociologia, da econo-

Ao mesmo tempo, o consumidor que se entende parte da cadeia produtiva cumpre papel assemelhado. O boca-a-boca se avoluma na medida dos acertos: servir o que há de local e fresco, respeitar-se os ritmos das estações, ainda que cada vez menos marcadas pelo vigor das mudanças climáticas.

Respeitar-se todos os atores da cadeira produtiva como quem entende a alimentação como um gesto familiar de zelo pela perpetuação da vida e pela manutenção da diversidade.

Quando mapeadas as tendências

mos e a revigorar as certezas. A cada garfada, um religar ao comer ancestral e à revolucionária ordem natural das coisas. Assim, ela pede: para sustentar o corpo e a alma, é preciso lembrar de Lavoisier, de Newton e de Arquimedes. Do princípio da conservação de massas, das reações às ações, do empuxo. Da relatividade de Einsten e da evolução de Darwin. Da precisão de Platão ao ponderar sobre os jogos de sombra com os quais insistimos, muitas vezes, em fitar, inertes. Da tecnologia que conecta multidões e que

mia, a química, a agricultura, a ecologia, a medicina, os saberes tradicionais e as tecnologias modernas. Tal corpus científico amplia enormemente o papel reservado aos gastrônomos. Ao mesmo tempo, aumenta o círculo de pessoas que deveriam estudá-lo para melhor governar, melhor confrontar os problemas atuais ou, ainda mais simplesmente, melhor compreender nosso mundo. Como defende Wendell Berry, o poeta-camponês do Kentucky, comer é um ato agrícola”. O trecho remete a artigo de Petrini. Publicado em 2010, no portal do Slow Food Brasil, nunca soou tão vivo e eloquente quanto hoje.

Ora, o papel do novo gastrônomo é o de consumidor consciente e educador do gosto. De influenciador, de formador de opinião. Jamais o de um vazio pop star egocêntrico em busca de estrelas Michelin ou de reconhecimento local pela expoência de seus menus.

até 2020 - vide relatórios da Global Food Forums, National Restaurant Association e Brasil Food Trends 2020, por exemplo – vê-se que o consumidor consciente clama por alimentos sem adição de conservantes e aditivos Clean Label), porque quer saber o que come; por insumos sazonais e produtos ofertados por tempo limitado, feitos para o mindset “gotta get it now” - senso de exclusividade na oportunidade; novos cortes de carne (já se compreendeu que um boi não servirá apenas ao mignon); pelos grãos ancestrais ou supergrãos reintroduzidos; pelas variedades locais e sazonais, pelos menus mais democráticos e frescos. Pelo desenvolvimento sustentável de fato. Pela revolução das fronteiras alimentares.

O novo consumidor depreende que, em torno da mesa, cessam-se as guerras tantas. Que os diálogos, comestíveis, servem a amainar os âni-

ata a singularidade de indivíduos ao mistério acortinado em bytes. Do que é empírico e científico. Do inexplicável e santificado.

O futuro não é só o invólucro de hipóteses tangíveis. Sustentar amanhãs, tampouco, semear o que se vê da superfície. É preciso despir-se de certezas para mergulhar em respostas que aplaquem, também, a fome de conteúdo.

A informação alimenta. E se presta a enternecer os sentidos. Compartilhar ações sustentáveis é preciso. Praticá-las, imperativo. Espalhe-as. Érica Araium, 38 anos, é jornalista

com especializações em Gestão da Comunicação com o Mercado, Gestão de Marketing, Jornalismo Literário, entre outras. É palestrante e docente do curso de Tecnologia em Gastronomia da Universidade São Francisco (USF) e idealizadora do projeto Diálogos Comestíveis (www.dialogoscomestiveis.com.br).

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Formação e Estudos

Seminário de Ituporanga acolhe 400 jovens crismandos

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Fraternidade de Acolhimento Vocacional do Seminário São Francisco abriu as portas, nos dias 20 e 27 de maio, para o encontro que reuniu cerca de 400 jovens crismandos da Paróquia Santo Estêvão, mas a organização esteve a cargo, além da Fraternidade do Seminário, do SAV paroquial, das Irmãs Franciscanas de São José e dos catequistas.

Os trabalhos de preparação foram intensos e gratificantes e marcaram os últimos três meses dos aspirantes, seminaristas, frades, catequistas e casais vocacionais que buscaram, mediante partilhas de opiniões e propostas, organizar o encontro e levá-lo ao bom termo que chegou.

O objetivo foi proporcionar aos crismandos da Paróquia um momen-

to para conhecerem as dependências do Seminário e terem maior contato com os seminaristas, aspirantes, lideranças da Paróquia, marcando este tempo antes da crisma como possibilidade de firmarem laços e não tornar a Crisma um sacramento de despedida. Além disso, foi tempo propício para a animação vocacional dos jovens desta Paróquia.

No final de semana do dia 20/5, foram acolhidos os jovens (mais de 150) dos setores de Atalanta, Petrolândia e Chapadão do Lageado. No final de semana do dia 27 de maio, foi a vez dos jovens (mais de 210) do setor Ituporanga. Foram dois finais de semana marcados pela alegria, pelo espírito desbravador desta idade. Foi vida intensa!

Na dinâmica do encontro, cada

setor apresentou uma parábola bíblica. Conforme as catequistas, a riqueza das apresentações foi vista no dia do encontro, mas os frutos de amizade e compreensão foram colhidos já durante os ensaios.

O encontro foi marcado também por momentos de lazer, com a possibilidade de os crismandos participarem de gincanas e esportes.

Tomou também grande destaque no encontro a apresentação do carisma franciscano. Destacou-se o modo franciscano de estar com os jovens, de realizar a missão nesta realidade de Ituporanga, de poder, a exemplo de Francisco, encontrar-se com o Mistério que envolve a vida de cada um.

Para tanto, os Aspirantes e Seminaristas organizaram uma apresentação teatral. Conforme destacaram diversos participantes, a vida de Francisco continua atual... é uma forma provocante de vida... traz uma resposta ao jovem de hoje.

Assim, diante desta provocação que Francisco continua fazendo, também foi apresentado a eles o convite de participarem dos encontros vocacionais.

Equipe de comunicação do Seminário

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Formação e Estudos

NOVIÇOS VISITAM O SEMINÁRIO DE ITUPORANGA

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ais uma vez estiveram reunidas as fraternidades do Noviciado São José, do Seminário Menor e Aspirantado São Francisco de Assis e da Paróquia de Santo Estêvão, em Ituporanga, para juntas celebrarem a alegria da vida fraterna.

Chegando a meados da tarde de sexta-feira, dois de junho, nós, noviços, logo fomos tratando de andar por todos os espaços da casa a fim de relembrar as experiências vividas na primeira casa de formação pela qual passamos e também apresentá-la aos irmãos de Angola.

Ao cair da tarde houve um momento de oração em ação de graças pelo período de convivência que iniciara e, logo após, dirigimo-nos ao ginásio do seminário para nos confraternizarmos.

Com Frei Evandro Balestrin no comando da churrasqueira, carne é o que não faltou durante a noite, que contou ainda com diversas apresentações musicais, com destaque ao envolvente ritmo do kuduro, numa apresentação de dança de dois dos confrades angolanos. Um tradicional jogo do bingo encerrou a noite.

A manhã do sábado, dia três, principiou com a celebração da Eucaristia em memória dos mártires São Carlos Lwanga e companheiros.

Em seguida, após o café, ocorreu o clássico jogo de futebol entre os noviços e os seminaristas e aspirantes.

Apesar de estarmos promovendo fraterno encontro entre as fraternidades, o time dos noviços não aliviou para o time da casa, e goleou o time do seminário num histórico placar de 9 a 0. Mesmo com o reforço dos frades da paróquia Santo Estêvão, o guardião Frei Alberto Eckel Junior, questionado sobre o desempenho de

seu time afirmou: “Havia uma barreira angolana no meio de campo que era impenetrável!”

O encontro teve seu fim no almoço. Frei Samuel Ferreira de Lima, em nome do Noviciado, agradeceu a calorosa acolhida neste breve período em que lá estivemos. Depois, a foto oficial, e as despedidas, não só dos noviços, que regressavam a Rodeio, como também de alguns dos aspiran-

tes que partiriam para as Fraternidades de Acolhimento Vocacional.

Entre encontros e reencontros, mais uma vez agradecem às Fraternidades de Ituporanga que acolheram-nos neste maravilhoso fim de semana. Esperamos revê-los em breve, uma vez mais!

Texto: Frei Bruno Cezário Fotos: Frei Willian Bernardi Julho / 2017 [Comunicações]

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Formação e Estudos notícias da filosofia

Pensamento Budista e o Ser Humano Atual

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o último dia 16 de maio, os alunos do curso de Filosofia foram convidados a assistir à palestra “Pensamento Budista e o Ser Humano Atual”.

Ministrada por Bernadete Brandão, coordenadora do Centro de Estudos Budistas Bodisatva de Curitiba (CEBB), o evento proporcionou aos estudantes compreender os caminhos da meditação de forma prática. Na oportunidade, foram realizados exercícios, indicações de espaços e formas de praticar o Budismo.

Segundo o coordenador do curso de Filosofia da FAE, Frei Jairo Ferrandin, a atividade buscou demonstrar novas posturas e práticas do Budismo aos acadêmicos, que podem ser apro-

veitadas em diversas situações.

“Por meio do Budismo, é possível cultivar diferentes aspectos em todas as situações da vida. A prática da me-

dicação budista não é uma simples atividade, mas um estado de espírito que se alcança e que pode ser vivido onde quer que estejamos”, diz.

Mês da solidariedade

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nspirados pela mensagem de Páscoa, que evoca a humildade e o servir ao próximo, a comunidade acadêmica da FAE Centro Universitário aceitou o convite das equipes do curso de Administração e da Pastoral Universitária para participar de ações sociais e de eventos que valorizaram a espiritualidade durante o mês de abril.

Apadrinhamento de Páscoa

A Associação Passos da Criança e a Casa de Apoio Mãe Solidária foram beneficiadas por uma ação que arrecadou 115 ovos de Páscoa, resultado do apadrinhamento feito por professores, alunos e funcionários da FAE. Os ovos foram entregues às instituições no dia 12 de abril.

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Diálogo em Construção

No dia 24 de abril, foi realizado o primeiro evento do projeto Diálogo em Construção, uma parceria entre o curso de Administração e a Pastoral Universitária da FAE. Trata-se de um ciclo de palestras que tem como objetivo trazer especialistas que abordem temas relacionados aos valores franciscanos, espiritualidade e o diálogo entre ciência e fé.

A primeira palestra, “Espiritualidade nas organizações”, foi ministrada pelo coordenador do curso de Filo-

sofia da FAE, Frei Jairo Ferrandin. O palestrante ressaltou que a espiritualidade não está ligada estritamente às religiões, mas é algo interior, um processo de autoconhecimento e (re)conexão consigo. “É uma forma de lidar com as mais diversas situações do contexto em que vivemos, utilizando-se de valores que emergem dessa autorreflexão, o que pode trazer benefícios às organizações onde trabalhamos”, disse Frei Jairo.

Algumas dicas apontadas pelo religioso para praticar a espiritualidade são: trabalhar e servir; capacidade de ouvir; capacidade de discernimento; saber cuidar e o desenvolvimento pessoal. “Muitas vezes, essa conexão ‘consigo’ é evitada, pois é difícil enxergar e enfrentar alguns de nossos próprios assuntos”, destacou Frei Jairo.

Formação e Estudos

FAE comemora 60 anos com missa de ação de graças

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ompletar seis décadas de atuação ininterrupta no ensino superior é motivo de comemoração e, antes de tudo, de gratidão. Esse foi o sentimento compartilhado por dezenas de funcionários, professores e alunos na missa de ação de graças dos 60 anos da FAE Centro Universitário. O evento ocorreu na última segunda-feira, dia 29 de maio, na Capela São Francisco de Assis, que está localizada no térreo do prédio da FAE Business School, em Curitiba (PR).

De acordo com o celebrante da missa, o presidente do Grupo Educacional Bom Jesus, Frei João Mannes, há três palavras que norteiam as comemorações dos 60 anos da FAE: “a primeira delas é a gratidão, traduzida pelo reconhecimento às pessoas, homens e mulheres, que deram início à construção da história FAE; a segunda é a alegria, o sentimento de satisfação e de felicidade que os benefícios de uma formação humana e de qualidade trazem para a sociedade; a terceira é a esperança, que está diretamente ligada à nossa fé e à nossa responsabilidade individual de contribuir para que a trajetória da Instituição continue sendo bem-sucedida”.

A missa foi animada pelos frades do Convento São Boaventura com cânticos religiosos e teve muitos momentos de emoção. Para a responsável pela Pastoral Universitária da FAE, Rita de Cássia Marques Kleinke, “recordar um pouco da história da Instituição e reconhecer o nosso trabalho como uma missão evangelizadora realmente desperta os sentimentos de gratidão, de alegria e de esperança”.

Com a bênção da Igreja

A comunidade acadêmica da FAE teve mais um motivo para celebrar. No início da missa, foi anunciada a autorização do Arcebispo de Curitiba, Dom José Antônio Peruzzo, para a conservação do Santíssimo Sacramento na Capela São Francisco de Assis. A novidade foi revelada pelo vice-presidente do Grupo Educacional Bom Jesus, Frei Mário José Knapik, que, após a leitura da carta da Arquidiocese de Curitiba, ministrou a sagração do altar, dos objetos litúrgicos e do sacrário, que conservará permanentemente o Santíssimo.

Espaço de Paz e Bem

A Capela São Francisco de Assis é um local de oração e de reflexão destinado à comunidade acadêmica e aos visitantes do prédio da FAE Business School – Avenida Visconde de Guarapuava, 3263 – Centro.

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Formação e Estudos

a depressão como tarefa psíquica e espiritual

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depressão se torna cada vez mais frequente em todas as esferas da sociedade atual. É difícil estabelecer com precisão os motivos que a transformaram no “mal do século”. Calcula-se que até 20% das pessoas passem por depressão ao longo de suas vidas. Ela representa a segunda maior causa de afastamento do trabalho e das atividades cotidianas. É difícil precisar a razão pela qual a depressão se tornou tão frequente em nossos dias. O que se conhece é que deprimir-se é uma forma de reação ao modo de conduzir a própria vida, sustentada pela ilusão de controle, de liberdade desenfreada, do empoderamento e da vontade própria. É um

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meio de relutar contra o movimento maníaco do consumo, dos excessos das atividades práticas, da conectividade contínua, do elevado nível de exigência performática nos diversos âmbitos da existência cotidiana. Esse quadro é intensificado pela compreensão comum de que “o sofrimento não é mais permitido onde se busca apaixonadamente o êxito e o sucesso” (NUBER, 2006, p. 14). É como se a tristeza não compusesse nossa vida e nos encontrássemos isentos de fraquezas e contradições.

Apesar do aumento contínuo das doenças depressivas, ainda é difícil tratar abertamente o assunto. É preferível conversarmos sobre doenças físicas a discorrermos sobre estados

depressivos que nos afligem. A dificuldade de aproximação ao tema ainda persiste nos diversos ambientes, inclusive no religioso. Todavia, o impacto que a depressão promove na vida atual exige uma abordagem, no sentido de compreender mais adequadamente o processo em que estamos envolvidos.

De modo geral, a depressão é descrita como “reação natural relativa às experiências emocionais dolorosas, envolvendo perdas, luto e solidão, com implicações físicas e psíquicas” (SAMUELS, 2002, p. 24). As suas características principais compreendem a alteração no humor, a depreciação e reprovação de si mesmo, culpabilização, menosprezo e autocomisera-

Formação e Estudos ção. A pessoa tem desejos regressivos como a fuga e a negação. As alterações emocionais promovem irritação profunda, geralmente a perda do sono e o impulso sexual. Nessas condições, a realização das atividades diárias e a capacidade decisória ficam comprometidas. Tem a elevação do grau de ansiedade e, em situações extremas, o suicídio.

De acordo com Hollis (2001) três tipos de depressão podem ser identificadas: endógena, reativa e intrapsíquica. A depressão endógena é derivada de uma base presumivelmente biológica, transmitida geneticamente e, de modo geral, pode ser encontrada em outros membros da linhagem familiar. Nesse caso, existe intensa autocensura e a pessoa conduz suas tarefas vitais com uma carga desproporcional considerando anormal o esforço dispendido para esse fim.

A depressão reativa ocorre diante de situações de perdas, frustrações ou desapontamentos. Normalmente está relacionada com experiências de fracasso relacional, pessoais, afetivo ou material, com os quais o indivíduo está envolvido. A depressão reativa promove retração da energia vital. Nesse caso, a condição patológica somente se instala se ocorrerem perturbações no funcionamento e na rotina de vida ou se o impacto da perda impuser condição debilitante da experiência, prolongando-se além de um período razoável.

Essa distinção precisa ser cuidadosamente considerada. Seria um equívoco conceber causas físicas ou emocionais, uma vez que a depressão envolve sempre as dimensões fisiológicas e emotivas do indivíduo.

Tende-se hoje a falar em depressão leve, moderada ou forte. A terapêutica também se modificou. Não se opõem medicamentos (psiquiatria), a psicoterapia (psicologia), mas se propõem um trabalho integrado.

O terceiro tipo de depressão proposta por Hollis é a intrapsíquica. A psicologia profunda tende a considerá-la de forma bastante específica com relação às demais, a começar pelo significado do termo. Depressão quer dizer, literalmente, “pressionar para baixo” no sentido de redirecionar a energia e a intencionalidade do ego e da consciência para a interioridade.

Trata-se de modelo de depressão que nos acompanha constantemente e, embora não diagnosticada, compromete a qualidade de vida e suscita a sensação de não estarmos à altura das exigências cotidianas.

No que concerne especificamente à depressão intrapsíquica, é bastante natural que se desencadeie em momentos decisivos da vida, sobretudo naqueles que envolvem transição e expansão psíquica e existencial. Ela pode ocorrer de tempos em tempos e ser acompanhada com consideráveis flutuações de humor. É o que acontece durante o processo da metanoia, conhecido igualmente como crise da meia idade. Trata-se de uma fase da vida adulta que “preconiza experiências de mudanças significativas e profundas no alinhamento de vida, em termos psicológicos, religiosos e existenciais” (STEIN, 2007, p. 14).

A vivência da crise desencadeada geralmente pelo processo depressivo constitui-se na necessidade inerente à dinâmica do Self psíquico que convoca o indivíduo à consideração sobre sua realidade interior. Em outros termos, a metanoia convida ao retorno à realidade desconhecida de cada pessoa. Nesse retorno, inúmeros elementos precisam ser reavaliados: história de vida, influência dos modelos comportamentais e emocionais das figuras paternas, traumas e feridas emocionais e as questões de ordem afetivas; sobrevêm questionamentos sobre a realização profissional, os relacionamentos vividos, as escolhas

realizadas, os posicionamentos, além do contato com novas possibilidades.

Enfim, emerge a necessidade de debruçar-se sobre a vida vivida e, igualmente, sobre aquela não vivida.

A experiência da metanoia é processo psíquico igualmente descrito no âmbito experiência religiosa. Para o místico Johannes Tauler, os verdadeiros frutos da experiência religiosa são colhidos após a crise da meia idade.

Ele afirma que o contato direto e imediato com o sagrado é condicionado pelo encontro com o fundo de si mesmo: “Trata-se do que é mais íntimo do homem, o fundo onde se encontram recolhidas todas as suas forças, no qual o homem inteiro está disposto e onde Deus habita” (TAULER, sermão 19).

Conforme os mestres do espírito, na primeira metade da vida, o homem busca progressos espirituais pelo cumprimento das obrigações religiosas. Suas ações se pautam sobre os próprios esforços. Os resultados obtidos são positivos, no sentido de fornecerem orientação segura no mundo. Todavia, o irromper do movimento da metanoia promove incertezas, angústias e provações religiosas. O que até então foi praticado, os exercícios espirituais, ofício divino, devoções, obras externas, se tornam vazios. Não é raro as pessoas se sentiram exauridas e insatisfeitas com tudo e com todos. O que era realidade com encanto e devotamento pode se tornar um peso insuportável, repulsivo e sem agrado.

A metanoia, em geral, tende a promover a colisão necessária e inevitável entre o estado de vida atual da pessoa em todos os seus aspectos com os conteúdos e as questões inconscientes que permanecem reprimidos e se encontram fora do nível conhecido da personalidade. O processo é desencadeado pelo Self. No âmbito religioso, a colisão ocorre entre o modelo exJulho / 2017 [Comunicações]

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Formação e Estudos terno de religiosidade internalizado e cumprido pela pessoa e a convocação interna do self religioso. Conforme Tauler, a crise do homem religioso é provocada e conduzida pelo próprio Deus com o intuito de demovê-lo de suas representações e fixações religiosas como condição para experimentar “o divino nele mesmo” (Deus escondido) e não a partir dos constructos humanos.

Nessas situações, os elementos desconhecidos do histórico pessoal emergem no cotidiano de forma desadequada e disfuncional. Eles mobilizam intensa quantidade emocional que promove sofrimentos físicos e psíquicos. O sofrimento psíquico constitui a neurose, que significa o conflito entre a esfera consciente e elementos inconscientes que são excluídos da vida psíquica. Inventada pelo médico escocês Cullen, no final do século 18, a palavra neurose sugere “perturbação ou colapso nervoso” (HOLLIS, 2013). No entanto, o fenômeno vivido tem pouca relação com a condição neurológica. Em termos psicodinâmicos, a neurose se refere à “experiência intrapsíquica de cisão, de embate entre as forças de expansão e desenvolvimento e o processo regressivo de vida”, entre o que somos e o que fomos destinados a ser.

A depressão neurótica ou intrapsíquica é decorrente do movimento da regressão da energia psíquica a serviço do desenvolvimento do eu, similarmente à regressão noturna promovida pelo sono que restaura a homeostase psicossomática. É imprescindível retornar aos aspectos vitais reprimidos, negligenciados de nós mesmos para o esforço de trazê-los à superfície e reintegrá-los, conscientemente, à vida.

O reconhecimento dos conteúdos reprimidos ocorre pela análise e compreensão dos sintomas, das fantasias e, sobretudo, dos sonhos. A grosso

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modo, a depressão neurótica revela o que está equivocado em cada pessoa.

A dor e os sofrimentos psíquicos e corporais são indicações de que algo vital ainda está ausente e aguarda a convocação para retornar à vida (HOLLIS, p.

99). Na medida em que o trabalho com o material inconsciente é realizado, a depressão tende a diminuir.

Nesse sentido, o adoecer depressivo enquanto movimento psicodinâmico indica o distanciamento entre o senso de vida egoica vigente e atual e o self teleológico, isto é, aquilo que a pessoa designava a ser, de forma mais plena. A depressão é ocasião do embate psíquico entre o desejo e a possibilidade de ser si mesmo e os elementos regressivos da força vital. Em nível religioso, o conflito entre sua condição espiritual atual e seu self religioso mais profundo.

A experiência intrapsíquica da depressão, devidamente conduzida, favorece o contato com o desígnio mais íntimo de cada pessoa. Ela favorece o promissor encontro com o si mesmo mais profundo. O contato consigo mesmo é permeado pela tensão entre o desejo e o dever. A pessoa realiza o movimento na direção do desígnio pessoal, seus anseios particulares, seus desejos e necessidades específicos e, ao mesmo tempo, se sente dominada pelo sentimento de culpa e pela sensação de ser infiel ao projeto externo de vida anteriormente assumido.

Se o indivíduo ficar retido em aspectos do desenvolvimento psíquico emocional, sua energia de vida permanece represada. A energia presa em aspectos repressivos deixa de fluir para a realização de outras atividades. Todavia, se a pessoa decide por tornar-se o que é, se aceitando como realmente é, desenvolve empatia com suas próprias questões internas. Tende a enfrentar seus medos, ou seja, aquilo que ela mais deseja, como possibilidade de remover os empecilhos

de seu crescimento psíquico e espiritual. Do contrário, se permanecer inconsciente dessa tarefa se manterá envolta no sofrimento que fere a si e aos que se encontram ao seu redor.

A decisão pelo enfrentamento do processo é acompanhada pela angústia. A culpa é a defesa contra a angústia da escolha e a presunção de onipotência, ou seja, de não sentir a necessidade de realizar a tarefa do desenvolvimento. Enquanto a depressão nos reporta para a situação de negligência do Self, a ansiedade nos indica a direção para avançar na tarefa de crescimento humano. A ansiedade gera desenvolvimento. A depressão derrota e estagna a vida.

Nesse sentido, a depressão como condição da sociedade atual traz um desafio considerável. De um lado precisa ser tratada como processo de adoecimento decorrente das condições da vida contemporânea; e de outro, como tarefa psíquico-espiritual. Nesse caso, faz-se necessário a ampliação da compreensão de todo o processo. Além da disposição de acolher a condição depressiva, as pessoas e as instituições precisam considerar o movimento de fundo que envolve esse processo de adoecer. Devem tratar a depressão igualmente a partir do seu significado, da funcionalidade e finalidade que ocupa em nossas vidas, como parte do movimento de crescimento psicológico e espiritual.

Frei Jairo Ferrandin

REFERÊNCIAS

GRÜN, A. 40 anni: etá di crisi o tempo di grazia? Padova: Edizione Messaggero, 1996.

O tratamento espiritual da depressão. Petrópolis: Vozes, 2009.

HOLLIS, J. A passagem do meio. Da miséria ao significado da meia-idade. São Paulo; Paulus, 1995.

NUBER, U. Depression: Die verkannte Krankheit. Munchen, 2006 STEIN, M. No meio da vida. Uma perspectiva junguiana. São Paulo: Paulus, 2007.

Formação e Estudos

MAIS UM Sábado FranciscanO NO ITF

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o dia 20 de maio ocorreu mais um Sábado Franciscano que teve como objetivo proporcionar um dia de estudo, reflexão e partilha sobre temas da espiritualidade a partir das Fontes Franciscanas e Clarianas. O assessor do encontro, Frei Fábio Gomes, iniciou fazendo a memória do primeiro encontro realizado no mês passado que abordou o perfil humano de Francisco e Clara e a construção da imagem de Cristo em seu encontro com o Evangelho.

A partir do encontro com o Evangelho, Frei Fábio traçou um percurso do processo vocacional de Francisco ressaltando que o Evangelho foi lido em uma Igreja concreta e sobre o qual ele recorre a um sacerdote para fazer a sua devida intepretação. É nesse momento que Francisco tem uma espécie de insight: “É isto que eu quero, é

isto que eu procuro, é isto que eu desejo fazer do íntimo do coração” (1Cel 8,22).

Alguns autores sinalizam que esse contato de Francisco poderia ter ocorrido na Igreja de Santa Maria dos Anjos ou em outra igreja, mas o que importa de fato é o contexto em que esse encontro ocorre. Para ele, a Igreja se constitui ao mesmo tempo no templo feito de pedra e seus sacerdotes assim como a Igreja de pedras vivas formada por todo o povo de Deus. A ela, a Igreja, Francisco devota grande sinal de obediência e assim pede aos seus confrades que o façam.

Francisco não era uma pessoa ingênua, ele percebia as fragilidades da Igreja em seu tempo, mas por uma atitude de fé, conseguia perceber a sua essência para além das práticas errôneas cometidas por seus sacer-

dotes. Gestos de sua obediência são demonstrados pelo seu tratamento ao Papa ao qual chamava de “Senhor Papa” e de seu pedido de um Cardeal que pudesse orientar e corrigir a Ordem. Essa atitude de profunda reverência que considerava a Igreja em sua essência também estava muito presente em Clara de Assis. Ela considerava a Ordem de São Damião como fruto gerado no útero da Mãe Igreja, essa era uma das imagens da Igreja que Clara havia construído.

Toda essa reverência emanava do encontro com a pessoa de Jesus Cristo no Evangelho, esse era o ponto central. Desse encontro se desdobram três aspectos que se tornarão fundantes do franciscanismo: a penitência, a fraternidade e minoridade, que não se constituem em conceitos, mas em vida para a Ordem.

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Formação e Estudos ITF

Noite cultural aborda diálogo islâmico-cristão

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Instituto Teológico Franciscano realizou, no dia 07 de junho, uma Noite Cultural sobre a possibilidade de diálogo entre cristãos e muçulmanos.

A palestrante, Prof. Maria Suzana Figueiredo Assis Macedo, discorreu sobre a hospitalidade e o diálogo inter-religioso, apresentando o percurso realizado por Charles de Foucauld, Louis Massignon, Christian de Chergé, Georges Chehata Anawati e o franciscano Jean-Mohammed Ben Abd-El-Jalil.

Em tempos de Estado Islâmico e intolerância religiosa, o evento trouxe novas luzes sobre o tema. Os participantes tiveram a oportunidade de conhecer um pouco da vida de cristãos que tiveram ânimo para transpor barreiras visando ao estabelecimento do diálogo inter-religioso com fiéis muçulmanos.

“Neste mundo globalizado, provavelmente, não há escolha senão dialogar; e a tarefa possível a todos é a de encontrar e apontar caminhos que facilitem a conversação e tornem o mundo mais fraterno e pacífico. Diante da dinamicidade da vida não se pode chegar a conclusões absolutas e definitivas sobre o diálogo inter-religioso, mas, apresentar as perspectivas e os resultados provenientes desse êxodo em direção ao outro, proposto pelo modo de vida de Foucauld, Massignon, Abd-El-Jalil, Anawati e De Chergé.”

A professora Suzana Macedo graduou-se em Teologia pelo Instituto Teológico Franciscano de Petrópolis e prosseguiu, com mestrado e doutorado em Ciência da Religião, na Universidade Federal de Juiz de Fora, centrando-se em: Tradições Religiosas e Perspectivas de Diálogo. A palestra conferida baseou-se em sua tese de doutorado e os presentes puderam fazer perguntas e esclarecer dúvidas, ao término da apresentação.

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Celebração Ecumênica O Instituto Teológico Franciscano, na manhã do dia 02 de junho, participou da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos (SOUC), promovendo uma celebração ecumênica, na Capela São Francisco de Assis. Representantes de diferentes confissões cristãs estiveram presentes, além de alunos, professores e funcionários do ITF. Durante a cerimônia foi construído um muro simbólico. Cada “pedra” do muro representou um dos muitos motivos de separação entre os cristãos. O orgulho, a discriminação, o ódio, a perseguição são alguns dos pecados que levam os cristãos ao afastamento. O pastor luterano Elton Pothin lembrou que, nos primeiros séculos da Reforma, seria quase impossível imaginar que um dia, católicos e luteranos, por exemplo, pudessem reunir-se e celebrar juntos.

Ao final do evento, cada participante acendeu uma vela, simbolizando a luz de Cristo, a ser enviada ao mundo, como sinal de reconciliação.

A Semana de Oração começou no domingo (28/05), Solenidade da Ascensão do Senhor, e prosseguirá até o domingo, Solenidade de Pentecostes (04/06). Neste ano, o tema da SOUC se inspira numa passagem da Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios (2Cor 5,14-20): “Reconciliação: é o amor de Cristo que nos move – Celebração do 500° Aniversário da Reforma”.

A participação na SOUC demonstra o comprometimento das pessoas em prol do diálogo ecumênico. É uma forma concreta de mostrar que se acredita na unidade dos cristãos. Nesta Semana, não apenas católicos e luteranos estão engajados, mas também batistas, metodistas, anglicanos, presbiterianos, ortodoxos, entre outros.

Formação e Estudos ITF

MASTER: Por uma evangelização humanizada

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o mês de junho, o Master em Evangelização recebeu Frei Michael Patrick Moore Ennis, OFM, para lecionar a disciplina “Pressupostos Cristológicos da Evangelização”. Frei Michael é irmão da Província argentina São Francisco Solano, desde 1986. Atualmente reside em Salta, cidade localizada ao norte da Argentina, a 1.466,4 Km da capital Buenos Aires. Frei Michael passou a maior parte de sua vida religiosa entre a província de Buenos Aires e Roma. Nesta última realizou seu doutorado.

Após cursar e exercer alguns anos a carreira em Direito, já como frade, estudou Filosofia e Teologia na Universidad del Salvador, na Área São Miguel, na província de Buenos Aires, obtendo sua Licenciatura em Filosofia (1992) e seu Bacharelado em Teologia (1995). Continuando seus estudos na Pontifícia Universidade Gregoriana (Roma), obteve a Licenciatura (2001) e posteriormente, Doutorado em Teologia (2010), especializando-se em Teologia fundamental.

Entre os anos de 1997-2007 foi Secretário Acadêmico, Vice-Reitor e Reitor do Instituto Teológico Franciscano (ITF) “Fr. Luis Bolaños” (filiado à Pontifícia Universidade Antonianum), e como professor lecionou no ITF (San Antonio de Padua), no Instituto Superior de Estudios Teologicos de Buenos Aires (ISET-BsAs), pertencente aos Salesianos, e no Colegio Maximo de San José, pertencente aos Jesuítas em São Miguel. É professor convidado na Universidad Centroamericana José Simeón Cañas, em El Salvador e no ITF de Petrópolis. Suas áreas específicas de ensino e pesquisa são

Teologia Fundamental, Cristologia e o Pensamento Franciscano.

Em nível institucional, na Ordem dos Frades Menores, tem ajudado como Definidor Provincial durante três anos e em nível pastoral tem desenvolvido seu trabalho, basicamente, no âmbito acadêmico por meio do ensino de teologia a leigos através da realização de cursos e com o trabalho na pastoral juvenil.

Para Frei Michael, pensar a importância da evangelização hoje requer repensar seu conteúdo, destinatário e meios para se realizar uma nova evangelização “jesuânica”: Cristologia, Eclesiologia e Pastoral estão em jogo. Esse assunto é abordado em seu artigo “Franciscanismo, cultura posmoderna y nueva evangelización: perspectivas teológicas”, publicado na revista Antonianum 4 (2013) p. 625-642.

“Na perspectiva que acabo de

assinalar, a importância do Master em Evangelização é notória, na medida em que professores e alunos nos animemos a repensar seriamente o que está em jogo: nada mais e nada menos que nossa identidade e missão como pessoas que creem. E que nos animemos a dar alguns passos concretos – ainda que pequenos – em nossas práticas pastorais”, ressaltou.

“Citando dois grandes autores que sintetizam muito bem o que tenho tentado compartilhar neste Master: uma evangelização humanizada. Nossa vocação de evangelizadores se deve ocupar e preocupar em “humanizar a humanidade praticando a proximidade” (P. Casaldáliga), recordando sempre que “não se pediu ao cristianismo ter fé em Jesus como Deus, mas sim acreditar na boa notícia e a boa notícia era a vinda do Reino de Deus” (J. L. Segundo), concluiu.

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Formação e Estudos Master em Evangelização

Interpelações e perspectivas

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uando ouvimos falar em Master, em nossas casas, ficamos pensativos e imaginando do que se trata. Surgem indagações, nem sempre muito bem esclarecidas a respeito, baseadas, muitas vezes, no achismo.

A terminologia Master tem sua origem nas artes, especialmente no campo da música. A ideia primeira era que os alunos tivessem oportunidade de ter aula com músicos renomados.

E, quando foi inventado? Na música, é originário do século XIX. Em aulas de graduação, existe há pouco mais de uma década.

Pois bem, hoje, o Master é um termo técnico, para indicar aulas ministradas por doutores e mestres em conhecimento. Situa-se como um degrau anterior ao mestrado. Em nosso caso específico, o Master está situado na área da teologia, em todas as suas ramificações. Constitui-se em aulas proativas, baseadas em projetos concebidos pelos alunos, para que dominem e construam conhecimentos aprofundados e fundamentais na área. Em nosso caso, a área específica está voltada para a escuta de interpelação e a construção de perspectivas evangelizadoras.

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[Comunicações] Julho / 2017

É uma proposta apoiada pela Ordem dos Frades Menores e assumida pelos Provinciais e Custódios da América Latina e do Caribe. Sua implementação prática está confiada à Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil, através do renomado ITF (Instituto Teológico Franciscano) de Petrópolis – RJ. A este Instituto cabe elaborar e repassar aos demais confrades, a outros religiosos e a quem se interessar, particularmente da Família Franciscana, a articulação das interpelações e das perspectivas de evangelização, hoje, auxiliando-se das ciências bíblica, teológica, eclesial, sociológica e pastoral.

A duração do Master em Evangelização pode variar de acordo com a instituição. Para nós, de comum acordo entre os Provinciais e Custódios, o período ficou determinado em oito meses.

Nesse curto espaço de tempo (de meados de março para cá), tivemos oportunidade de construir uma metodologia ou uma ferramenta de trabalho, com consciência crítica, diretamente com grandes nomes de referência nacional e internacional, reinterpretando paradigmas teológicos, bíblicos, pastorais, eclesiais e antropológicos. Trata-se, sobretudo, de quebrar alguns paradigmas nem sempre condizentes, que foram sendo construídos ao longo da caminhada evangelizadora da Igreja, nesses últimos tempos de sua história, mas também de reafirmar a alguns e reedificar outros.

E, com base no contexto histórico em que nos encontramos, e a partir de novas luzes de conhecimento bem fundamentadas, busca-se construir novas perspectivas. Por exemplo, em antropologia franciscana, vemos que Francisco de Assis, em sua época,

destacou-se como um homem bem à frente de seu tempo; ele, em sintonia com a Igreja e tendo ouvido de Cristo, na cruz de São Damião, “Francisco, vai e reconstroi a minha casa, que, como vês, está em ruínas”, toma esse chamado ao pé da letra e, desde então, põe mãos à obra. Mas, percebendo que Deus esperava muito mais da parte dele, parte em missão, e vai ter com o Sultão, chefe político do Islã. Quando a Igreja, através das Cruzadas, procurava combater o Islamismo, Francisco vai ter com o Sultão, que o recebe e que teria marcado de forma muito profunda e determinante a vida e a espiritualidade de Francisco de Assis.

Enfim, outros paradigmas são avaliados, alguns, relacionados à Conjuntura Eclesial, hoje, com acento na ótica latino-americano. Podemos lançar um olhar para a caminhada histórica da Igreja, perpassando os Concílios e as Conferências que foram levando luzes nas diversas etapas da história evangelizadora da Igreja, no seguimento de Jesus Cristo, e reforçando sua opção preferencial pelos pobres, como missionária, mãe e mestra. Nos dias atuais, com nosso pastor Papa Francisco, que convoca a Igreja a ser menos dualista, para ser uma Igreja em saída, e que também procura lançar um olhar misericordioso para a família e a adotar atitudes de consciência ecológica de preservação e cuidado com a criação em todos os aspectos.

Estamos apenas há três meses de caminhada de estudo e aprofundamento. Ainda temos muito que beber nessa fonte. A caminhada vai se fazendo a cada dia, com novas interpelações e perspectivas que vão sendo construídas e lapidadas, nessa estrada.

Frei Francisco do Carmo

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FRANCISCANOS PÉS NO CHÃO “Lá vai São Francisco pelo caminho, de pés descalços, tão pobrezinho”.

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arrada pela poesia e sensibilidade de Vinícius de Moraes, a atitude de despojamento e simplicidade do Santo de Assis é a prova de que sua pobreza nos deixou um verdadeiro exemplo a ser seguido. Seu gesto não foi somente exterior, pois sua conversão significou assumir uma nova postura, um novo modo de viver e relacionar-se com tudo e com todos, fazendo dos últimos, marginalizados e excluídos os seus verdadeiros irmãos. Para ele, os frades deveriam alegrar-se quando estivessem entre pessoas vis e desprezadas, entre pobres, fracos, enfermos, leprosos e os que mendigam pelo caminho, e que se fosse necessário deveriam pedir esmolas.

Foi essa motivação que levou a equipe de preparação das Missões

Franciscanas da Juventude, reunida na noite fria do dia 20, na Paróquia Santo Antônio, em Bauru (SP), a vivenciar um pouco da experiência de Francisco de colocar-se no lugar do outro.

Sensibilizados pelo trabalho realizado pelo Sefras (Serviço Franciscano de Solidariedade) de acolhida aos moradores em situação de rua da cidade de São Paulo, os jovens e todos os membros da Comissão Central finalizaram a reunião doando os seus próprios calçados. No entanto, esse gesto de partilha foi complementado pela experiência de também sentirem na pele, ainda que por um breve tempo, o drama daqueles que todos os dias sentem nos seus pés a dureza da realidade de rua, pois todos voltaram para seus lares literalmente de pés no chão.

Para Frei Diego Atalino de Melo e Frei Gabriel Dellandrea, do Serviço de Animação Vocacional, a adesão imediata e espontânea dos jovens para fazerem parte da campanha “Francis-

canos pés no chão”, demonstrou que as reuniões de preparação da Missão Franciscana da Juventude já estão sendo uma verdadeira experiência evangélica, fazendo desses encontros não só um momento de discussão, organização e planejamento, mas principalmente de aprofundamento do carisma e espiritualidade franciscanas.

Acreditamos que estamos vivenciando e aprendendo que não basta apenas olharmos para o céu, se não tivermos os nossos pés bem plantados no chão da realidade onde estamos inseridos. Certamente experiências e atitudes como essa nos farão cada vez mais sensíveis às necessidades dos irmãos e irmãs, principalmente daqueles que mais precisam.

A 5ª edição da Missão Franciscana da Juventude acontecerá de 17 a 21 de janeiro de 2018, nas cidades de Agudos e Bauru e contará com a participação de jovens de toda a Província.

Frei Diego Atalino de Melo Julho / 2017 [Comunicações]

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SAV Ituporanga

ENCONTRO REÚNE 21 JOVENS

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oda caminhada vocacional de um jovem começa com os primeiros passos. Estes podem ser firmes, destemidos e previamente já pensados. Ou talvez, há quem esteja mais tímido, pensativo e inseguro. Apesar disso, o início é etapa forte e precisa se bem vivida, pois será carimbado na história daquele que se abre para compreender mais o chamado de Deus. Neste contexto, no último final de semana (9-11/6), 21 jovens do estado de Santa Catarina tiveram lugar marcado para concretizar essa largada no seu itinerário de discernimento vocacional: o Seminário São Francisco de Assis, em Ituporanga/SC. Durante o encontro, os jovens puderam esclarecer bem a questão vocacional na Bíblia: o chamado de homens e mulheres que se entregaram por in-

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teiro à voz de Deus, e que sentiram aquilo que o profeta Jeremias experimentou: “Tu me seduziste, Senhor, e eu me deixei seduzir” (Jr 20, 7). Além disso, por meio de um filme, os irmãos que estavam no encontro conheceram um pouco mais sobre a vida de São Francisco de Assis, sua conversão e sua missão evangelizadora.

Outro aspecto muito enfatizado diretamente aos jovens que fazem o ensino fundamental é a questão de como o chamado de Deus é trabalhado dentro da rotina do seminário.

Os cinco pilares da vida desta casa de formação – oração, estudo, vida fraterna, trabalho e lazer – foram muito bem abordados e explanados. E como é de costume, também foram propiciadas muitas ocasiões favoráveis de experiência prática, juntamente com os seminaristas e aspirantes, de como

essas marcas fortes do dia a dia desta fraternidade acontecem.

Por isso, os vocacionados viveram profundos momentos de encontro com Deus, formação, atividades esportivas e de convivência e também de ajuda na limpeza de espaços comuns.

E para aprimorar ainda mais este início de caminhada, a convivência com os frades, aspirantes e seminaristas fez do encontro um momento concreto de conhecimento de como se dá a vida franciscana.

As perguntas de corredor, os momentos para rezar juntos, jogar bola, entre outros, além de ser uma demonstração de como são as atividades do seminário, são, antes de tudo, uma animação vocacional.

Os irmãos mais experientes na caminhada vão ajudando os que estão iniciando, e assim se dá a concretização do discernimento do chamado de Deus.

Tudo isso é para demonstrar que o início de um processo de acompanhamento vocacional precisa estar afinado com as bases daquilo que servirá de sustento para uma vocação acertada. Viver um pouco o dia a dia do seminário já deixou nos jovens participantes o desejo de querer caminhar mais, de conhecer mais sobre São Francisco e viver os valores de uma caminhada evangélica ao modo de ser de um frade menor. O Serviço de Animação Vocacional agradece à Fraternidade do Seminário, aos seminaristas e aspirantes pelo apoio e sempre boa acolhida. Rezemos pelos nossos jovens vocacionados!

Frei Gabriel Dellandrea

SAV Petrópolis

“SAGRADO” ACOLHE 10 JOVENS

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ntre os dias 16 e 18 de junho, dez jovens dos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo participaram do Encontro Vocacional Regional na Fraternidade Franciscana do Sagrado Coração de Jesus em Petrópolis (RJ). Nesta ocasião, os jovens vivenciaram um pouco do dia a dia da casa de formação do tempo da Teologia. Além disso, aprofundaram temas para bem viver o período de discernimento sobre a vida franciscana.

Um momento forte deste final de semana foi a oração da noite na sexta-feira, em que foi preparada uma decoração do ambiente com a colaboração de todos. Nessa dinâmica, numa apresentação muito simples e sincera, cada jovem pôde partilhar

de sua vida e se deixar conhecer pelos demais. Nesta primeira oração já se desenhou uma característica que foi muito bem vivida por este grupo: a fraternidade.

Na parte da manhã do sábado (17), os jovens foram inseridos mais diretamente na discussão sobre a temática vocacional na Bíblia.

No período da tarde, acompanhados pelos frades, puderam conhecer e se envolver com os sorrisos e a espontaneidade das crianças atendidas pelo projeto Sefras Criança na Associação de Moradores da Vila São José, área da periferia da cidade imperial. A caminhada pelas redondezas das comunidades próximas ao Convento do Sagrado continuou até o Trono de Fátima, local de devoção mariana, onde a

tarde foi finalizada com a oração do terço vocacional. As atividades do dia foram encerradas com um filme e uma oração.

No domingo (18), os vocacionados participaram e se apresentaram na missa das 10h com a participação do Coral das Meninas Cantoras de Petrópolis. Além disso, a manhã também foi intensa de reflexões e perguntas sobre a questão vocacional. O encontro teve seu término com o almoço. O Serviço de Animação Vocacional agradece aos confrades do Regional pelo acompanhamento dos jovens e também à Fraternidade do Sagrado pela acolhida e intensa participação e interação com os vocacionados.

Frei Gabriel Dellandrea Julho / 2017 [Comunicações]

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SAV

Semana Vocacional em Concórdia

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Serviço de Animação Vocacional esteve presente na Paróquia Nossa Senhora do Rosário, em Concórdia/ SC, nos dias 23 a 28 de maio para uma atividade missionária de divulgação do carisma franciscano. Uma das atividades desenvolvidas foi a de visita às escolas, conversando sobre valores e virtudes, enfatizando a importância de cada jovem pensar no seu próprio futuro, desenvolvendo um projeto de vida. Neste sentido, aproveitou-se também para a apresentação da proposta da vida consagrada. Para isto, os alunos puderam fazer perguntas sobre este tema e alguns deixaram seu contato para um discernimento vocacional.

Além disso, houve a participação em um encontro com os casais vocacionais da Paróquia, a fim de conhecer e motivar o serviço, que já é uma pastoral bem organizada. Outra atividade desenvolvida foi um encontro com os coroinhas, com dinâmicas, gincana e momento para perguntas e respostas acerca do tema da vocação e da vida franciscana.

Por fim, a última atividade desenvolvida foi um encontro denominado Kerigma, na comunidade Vista Alegre, com o Setor Juventude, que envolve todos os grupos de jovens da paróquia. O tema conversado foi Maria, Mãe de Deus. Buscou-se apresentar a devoção a Nossa Senhora a partir da perspectiva de que ela assumiu com coragem a missão de ser mãe, cultivando também a dimensão de ser a protetora de Jesus e também depois de toda a humanidade. Durante o encontro, um momento de bate papo sobre a temática vocacional foi dinamizado para provocar os participantes so-

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bre a vocação à vida consagrada. No final da tarde, para encerrar o encontro, foi realizada uma Celebração Eucarística com a comunidade local.

O Serviço de Animação Vocacional agradece à Fraternidade de

Concórdia pela pronta acolhida e pela iniciativa na realização destes e outros momentos de encontro com jovens e adolescentes para o despertar à vocação franciscana. Que a messe seja recompensada com santas vocações!

SAV

Agudos

TEMPO DE FAVs NA PROVÍNCIA

Felipe Zaros Granusso

Irven dos Santos

Concórdia

Caio dos Santos Silva

Gabriel Ferreira Salinas

Forquilhinha

Davi Gabriel Lutzke

Rodolpho Andreazza Marinho

Largo São Francisco

Carlos Castro Ramos

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epois de um tempo de convivência, integração e formação no Seminário São Francisco de Assis, em Ituporanga - SC, nossos 10 aspirantes foram divididos em duplas para continuarem a sua formação nas Fraternidades de Acolhimento Vocacional (FAV).

Todos chegaram no dia 12 de junho e permanecerão até o dia 2 de outubro nas FAVs, de modo que ao longo desses quase 4 meses eles serão acompanhados por um formador local e por toda a fraternidade.

Além de momentos de estudo e formação, eles terão a oportunidade de conviver, trabalhar, rezar e evangelizar com os nossos frades, conhecendo, assim, mais de perto o quotidiano de nossas fraternidades e paróquias. Trata-se, portanto, de uma experiência cujo objetivo é oferecer a esses jovens, que já concluíram o seu Ensino Médio, um tempo de discernimento vocacional a partir da modalidade evangélica do “Vinde e Vede” de Jesus.

Aguarde edição históriCa Edição a históric

João Batista Colombi Jr.

Vila Velha/Santuário

Santu ário do Divin o Espír ito Santo Júlio Comin de Melo

Willian Barbosa

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Especial

A devoção a Santo Antônio e a devoção à Mãe de Deus, duas das maiores expressões de piedade no mundo, estiveram juntas durante treze dias neste Ano Mariano. Neste Especial das festividades de Santo Antônio, a maioria das Trezenas e Festas na Província escolheram celebrar Antônio e Maria.

Moacir Beggo e Érika Augusto

SÃO PAULO

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dia de Santo Antônio no Brasil é sempre um dia de muitas comemorações. Nas cidades onde o santo é patrono é feriado. Nas paróquias dedicadas a ele, o movimento é intenso. Há distribuição do pão, do bolo, do lírio, muitas celebrações, bênçãos e gestos de devoção.

Nas 3 paróquias da Província Franciscana da Imaculada Conceição em São Paulo não foi diferente. Na Paróquia Santo Antônio do Pari, na região central, acontece a maior comemoração dedicada ao santo na capital paulista. A festa, que está em sua 103ª edição, contou com grande presença de público, apesar da chuva que insistiu em cair durante toda a terça-feira.

Na Paróquia São Francisco de Assis, na Vila Clementino, o movimento foi intenso desde o fim de semana, quando começou a ser vendido o bolo. A missa de conclusão deste dia aconteceu às 19h e foi presidida pelo Ministro Provincial, Frei Fidêncio Vanboemmel e concelebrada pelo pároco, Frei Valdecir Schwambach.

No ano em que o Convento São Francisco, no Largo São Francisco, comemora 370 anos de fundação, a Festa de Santo Antônio começou cedo com a pregação da Trezena por Frei Gustavo Medella. No dia 13, o Santo Paduano ‘ofusca’ o Padroeiro com tanta devoção dedicada a ele. Confira as três festas em São Paulo.

Especial

SEDE PROVINCIAL

“A ANTÔNIO FOI DADA A GRAÇA DE DEUS”

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em a chuva, quase incessante, que caiu em São Paulo no dia 13, foi capaz de afastar as centenas de fiéis devotos de Santo Antônio que passaram pela igreja São Francisco de Assis, da Vila Clementino, no dia dedicado a este santo tão querido e popular.

As comemorações na Paróquia tiveram início no dia 10 de junho, com o tríduo litúrgico em preparação à Festa de Santo Antônio. Os voluntários, desde cedo, já preparavam os bolos e montavam os pastéis no salão paroquial e os funcionários organizavam a montagem das barracas em frente à igreja.

Na manhã do dia 11 de junho, um belo domin-

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Especial

go ensolarado, com muita alegria teve início a quermesse, com barracas com o bolo de Santo Antônio, pães de mel recheados, pastéis e artigos religiosos. Ao final de todas as missas era realizado momento devocional em honra a Santo Antônio.

Na terça-feira, 13 de junho, dia de Santo Antônio, apesar do frio e chuva, os devotos fielmente participaram de uma das seis missas celebradas neste dia, fizeram sua oração e receberam a bênção dada pelos freis que se revezaram para permanecerem durante todo o dia em frente à igreja. Além da distribuição dos pães de Santo Antônio, os devotos e paroquianos puderam levar o bolo com as medalhinhas abençoadas. Também foi marcante a presença dos jovens e dos catequizandos na barraca do pão de mel e na venda de artigos religiosos. A missa de 15h foi celebrada pelo pároco, Frei Valdecir Schwambach, que, em sua homilia, recordou brevemente a história de Antônio, nascido Fernando, que optou ser religioso Agostiniano, mas, ao saber que freis franciscanos haviam sido martirizados no Marrocos, decidiu que queria vestir

o hábito franciscano. Recordou a popularidade da devoção, a ligação de Santo Antônio com as famílias, com as coisas do dia a dia, o pão, a fartura, mas não só com o material, também com o espiritual: o dom do entendimento, da comunhão, a fé, a paz, a unidade, a sabedoria.

A missa de conclusão deste dia aconteceu às 19h e foi presidida pelo Ministro Provincial, Frei Fidêncio Vanboemmel e concelebrada pelo

pároco, Frei Valdecir Schwambach.

Em sua homilia, Frei Fidêncio fez um breve histórico da vida de Santo Antônio, como o encontro do então agostiniano com os frades missionários, que foram martirizados no Marrocos, fato que fez com que o santo se juntasse aos seguidores de Francisco de Assis, e o Capítulo das Esteiras, onde Francisco de Assis e Antônio de Pádua se encontraram.

“A cada um de nós é dada a graça.

A Antônio foi dada a graça de Deus.

E ele, de sua forma, correspondeu a essa graça divina”, afirmou. Frei Fidêncio destacou o embate do santo contra as heresias e corrupções em seu tempo e sua opção por aqueles que mais necessitavam.

Ao final da missa, na bênção dos pães e do lírio, o frade comentou a mensagem do Papa Francisco divulgada naquele dia, onde ele instituiu o Dia Mundial dos Pobres, a ser celebrado no dia 19 de novembro, neste ano (XXXII do Tempo Comum).

Para Frei Fidêncio, a divulgação da mensagem no dia de Santo Antônio é uma bonita lembrança do santo que esteve e continua ao lado dos mais necessitados.

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Especial PARI

A ESPERANÇA QUE BROTA DAS ÁGUAS

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chuva não arredou pé da capital paulista na terça-feira, 13 de junho, Dia de Santo Antônio. Mas ela não impediu que os fiéis devotos lotassem todas as dez Missas que foram celebradas na Igreja do Pari.

A Missa solene começou às 19h30, e foi presidida por Frei Gustavo Medella, Definidor e coordenador da Frente da Comunicação da Província da Imaculada Conceição, e concelebrada pelo Vigário Provincial, Frei César Külkamp, pelo pároco Frei Germano Guesser, pelo Defini-

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dor e coordenador da Frente de Solidariedade, Frei José Francisco dos Santos, e Frei Jeâ Andrade, mestre no Postulantado de Guaratinguetá, que chegou com um grupo de postulantes no último domingo para ajudar na festa.

Frei Gustavo partiu do Sermão aos Peixes, feito por Santo Antônio na cidade de Rímini, em 1223, para fazer a sua reflexão. Os hereges desta cidade não quiseram ouvir o frade e ele foi pregar para os peixes nas praias do Mar Adriático. Clamou que o ouvissem e celebrassem

com louvores ao seu supremo Criador, já que os homens ingratos não queriam fazê-lo. Diante daquela voz imperiosa, apareceram logo os incontáveis habitantes das águas, e se distribuíram ordenadamente, cada qual com os de sua espécie e tamanho. Os peixes ergueram suas cabeças da água e ficaram longo tempo imóveis, a ouvi-lo. Diz a legenda, que o povo ficou tão assustado com aquilo, que uma grande multidão se reuniu para ouvir Santo Antônio.

Se nós tivermos persistência, como teve Santo Antônio, Deus criará no-

Especial vos recursos para que o povo acolha a Palavra de Deus anunciada por nós.

“Meus irmãos e minhas irmãs, eu conto esta história neste dia de Santo Antônio para dizer que estes peixes podemos ser todos nós.

Quando no vaivém da vida, das dores, das lutas, compromissos, as contas que chegam para pagar, nos desafios, de repente nós deixamos de contemplar o horizonte da esperança e nos tornamos pessoas tristes, cheias de queixas, amarguradas, desiludidas, e aí precisamos de alguém como Santo Antônio para, mais uma vez, vir em nosso encontro e dizer: ‘Deus é bom, a vida vale a pena, ainda há esperança, Deus está contigo’. E hoje, neste 13 de junho, nós todos aqui viemos para ouvir de Santo Antônio aquilo que sabemos que é verdade, mas no decorrer da vida esquece-

mos que Deus nos ama, que quer nos ver unidos, que o mundo está aí para ser transformado pela força do Evangelho”, animou o frade.

Para ele, quando nós ouvimos estas verdades, a fé nos dá força para irmos em frente, para fazermos a diferença, para transformarmos o mundo para melhor. “E aí, até diante das situações que nos entristecem, não devemos perder o ânimo nem cultivar o desejo de vingança”, insistiu, contando que nesta semana,

na igreja franciscana de Rodeio, algumas pessoas entraram e quebraram as imagens de Nossa Senhora. “Diante dessa intolerância que nós temos visto, infelizmente com tanta frequência, em vez de cultivarmos o desânimo, em vez de querermos vingança, ou desejarmos mal a esta pessoa, vamos mudar o nosso propósito e amarmos ainda mais, servir ainda mais e dar mais testemunho de que vale a pena ser filho amado de Deus e contar com a intercessão da mãezinha amada do céu”, enfatizou.

“Diante dessa lama de corrupção que parece quase nos afogar, diante da qual parece que não vemos saída, diante de tanta desonestidade, o Evangelho nos convoca, aí sim, a ser honestos até o último centavo, a trabalharmos com toda a correção. Quando nós vemos esse

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Especial

surto de egoísmo, cada um querendo só para si, aí sim, devemos partilhar, colocar o que temos à disposição. Tudo isso Santo Antônio nos anima”, ensinou.

Frei Gustavo concluiu sua reflexão dizendo. “Em 1223, ao chamar os peixes para a superfície, Santo Antônio tira das águas a esperança, a força. Uma nova possibilidade, em 1717, aqui em São Paulo, ali no Vale do Paraíba, um grupo de pescadores joga as redes e traz das águas daquele rio a Mãe de Deus, Nossa Senhora Aparecida. E mais uma vez, a Mãe diz: “Eu caminho com vocês!”, “eu quero bem a vocês”, “eu sou Aquela que intercede pelo povo brasileiro”.

Temos Antônio, temos Maria, temos uns aos outros, e por isso não devemos ficar tristes ou abatidos, mas com a esperança renovada de que vale a pena seguir Jesus Cristo e de que vale a pena seguir em frente!”, finalizou, pedindo um forte “Viva Santo Antônio!”. E Frei Medella foi aplaudido longamente!

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AGRADECIMENTOS

Frei Germano agradeceu exaustivamente as pessoas que ajudaram na realização da festa. “Meu muitíssimo obrigado a todas as pessoas que nos ajudaram, a Comissão da Festa, as pastorais, os movimentos, as equipes de liturgia, os voluntários, os colaboradores, os doadores, os meios de comunicação que divulgaram esta festa, os confrades que nos ajudaram na Trezena, Frei César Külkamp, Frei Gustavo Medella, do Conselho Provincial, e especialmente Frei Jêa,

que veio de Guaratinguetá com os postulantes para nos ajudar. Quero agradecer a todos, a todos mesmo!

Por último, quero agradecer ao povo fiel devoto de Santo Antônio, que veio mesmo num dia de chuva”, enfatizou.

Após a Missa, a chuva deu uma trégua e os devotos seguiram em procissão pelas ruas do bairro, acompanhados dos frades, seguindo a imagem de Santo Antônio que foi levada num carro. Ao longo do trajeto, os frades rezaram pelas famílias que residem no bairro e pelo comércio

Especial

que sustenta muitas famílias. Neste ano, a chuva evitou que a festa terminasse com a queima de fogos.

SEMPRE DEVOTOS

Como acontece todo ano, a Paróquia de Santo Antônio do Pari recebe os fiéis devotos na primeira Missa às 6 horas. O dia mal havia nascido e a chuva ainda não tinha chegado quando os voluntários arrumavam suas barracas para receber os milhares de fiéis que passaram pela Praça Padre Bento, no bairro do Pari, para agradecer, pedir, lou-

var e render graças a Santo Antônio.

Dentro desta igreja centenária, com suas imponentes torres e colunas de mármore, as celebrações se tornam majestosas. No lado direito, a bela imagem de Santo Antônio era a mais procurada pelos fiéis, para oração e para selfies.

O Vigário Provincial, Frei César, celebrou às 16h30 e Frei José Francisco voltou a celebrar às 18 horas. Frei César falou da importância do Evangelho na vida de Santo Antônio. “Ele foi, de verdade, um grande pregador da Palavra de Deus e a sua preocupa-

ção constante não foi apenas o anúncio da Palavra, mas particularmente a aplicação da Palavra à vida concreta das pessoas”, disse, lembrando que ele desprezou as glórias deste mundo, como o poder e o ter. Santo Antônio vem dizer-nos que é preciso voltar ao Evangelho; é preciso escutar e acolher melhor a Palavra de Deus, diz o frade.

Participou da celebração com Frei César o diácono Fabiano Felício, da Igreja Maronita de rito oriental. Ele reside na Catedral Nossa Senhora do Líbano, na rua Tamandaré, na Liberdade.

O PEQUENO ANTÔNIO

No corredor lateral da igreja, um fradinho vestido de Santo Antônio chamou a atenção. Era o pequeno Enzo, de 5 anos. Ele veio junto com sua mãe Lilian Rodriguez para cumprir uma promessa.

“Desde os quatro meses de idade, quando chegava o inverno, ele ficava internado devido às crises de asma. Por um conselho de minha mãe, fiz uma promessa a Santo Antônio e desde o ano passado ele não precisou ser mais internado”, contou Lilian, que veio da cidade de Paulínia, próxima de Campinas, para pagar a promessa na Igreja do Pari.

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Especial LARGO SÃO FRANCISCO

DOM EDUARDO PEDE POSTURA COERENTE DOS CRISTÃOS NA SOCIEDADE

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festa no Convento e Santuário São Francisco, no centro de São Paulo, começou bem cedo. Às 7h já havia missa, bênção, distribuição do pão, venda do bolo e do lírio, além de barracas com comidas típicas e itens religiosos. A Ordem Franciscana Secular também fez sua comemoração, com diversos itens na parte externa da Igreja das Chagas. As duas barracas mais procuradas, do pão e do bolo, tinham filas enormes.

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Especial

No lado de dentro da igreja, as missas tiveram grande participação. A celebração das 15h contou com a presença de Dom Eduardo Vieira dos Santos, bispo auxiliar da Arquidiocese de São Paulo. Frei Mário Tagliari, Guardião da Fraternidade e Frei Alvaci Mendes da Luz, Reitor e Pároco do Santuário, concelebraram. Sorridente, como de costume, Dom Eduardo exaltou as características de Santo Antônio e seu testemunho. Em sua homilia, ele recordou o salmo responsorial, que pede “confie em Deus e pratique o bem”. “Este é o desafio de cada dia e da vida toda”, afirmou, pedindo insistência ao realizar as boas obras, não desistindo diante da fal-

ta de resultado aparente.

“O mundo está cheio de cristãos católicos que não dão bom testemunho da sua fé”, acrescentou Dom Eduardo, dizendo que muitas vezes estas pessoas servem como referência para outras pessoas, que acabam se afastando da Igreja ao ver os maus exemplos. A identidade do cristão é ser luz.

Dom Eduardo falou sobre o evangelho do dia, extraído de Mt 5, 13-20.

Ele afirmou que a luz dos cristãos pode ser apagada diante das dificuldades e provações, mas é fortalecida através do seguimento a Jesus Cristo. “Se o cristão não segue Jesus Cristo, se não caminha na luz de Jesus Cristo, não tem como iluminar.

Nós somos reflexo dele, é Cristo que nos ilumina, como iluminou Santo Antônio, São Francisco, tantos homens e mulheres no mundo e continuam a nos iluminar. Santo Antônio continua a iluminar a nossa vida, os nossos pensamentos, escolhas, opções.

Nós, como filhos de Deus, somos livres para escolher. E Deus respeita as nossas escolhas, mas não deixa de nos iluminar. A vida do cristão não pode ficar sem identidade, e a identidade do cristão é fazer o bem”, acrescentou.

O bispo auxiliar da Região Sé falou também sobre a paz e sobre a postura dos cristãos diante do próximo. “Nós somos promotores da paz, e a promoção da paz se dá de muitas maneiras. Uma delas é não falar mal. Trabalhar pela paz é trabalhar pelo diálogo, união, encontro

e bem estar das pessoas”, afirmou, criticando a fofoca dentro da Igreja, a divisão e a acepção de pessoas.

“Nós somos sinal de vida ou sinal de morte? Somos luz que ilumina ou somos treva? Somos sal que dá sabor ou somos insípidos, tanto faz como tanto fez?”, questionou.

No momento de ação de gra-

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Especial ças, Frei Mario Tagliari, Guardião da Fraternidade, recordou o bilhete onde São Francisco chama Santo Antônio de meu bispo e brincou, chamando Dom Eduardo de meu bispo. Ele agradeceu pela presença e pediu: “Que Deus te dê sempre a força e o espírito da santa oração e da santa devoção e que te conceda saúde e paz”. Dom Eduardo foi presenteado com uma bonita imagem de Santo Antônio. Ele disse que ainda não tinha nenhuma imagem em sua casa e agradeceu pelo presente.

Ao final da celebração, Dom Eduardo concedeu a bênção com a

relíquia de Santo Antônio e aspergiu o povo com água benta. Às 16h30, Frei Mario Tagliari presidiu a penúltima missa do dia no Santuário São Francisco. Em sua homilia, o guardião fez um breve histórico da vida de Santo Antônio, apresentando os fatos mais importantes do santo.

Sobre o evangelho do dia, o frade afirmou que ser sal da terra e luz do mundo se dá na vida concreta, sobretudo no relacionamento com as pessoas. “Jesus me convida a dar sabor, sentido à nossa vida e à vida dos que convivem conosco. E

muitas vezes somos pimenta ardida demais para os outros, não é verdade?”, questionou.

“Concretamente precisamos nos perguntar: damos sabor mesmo?

Vivo com alegria ou vivo reclamando dos outros, xingando? Santo Antônio nos convida nesta tarde a ouvirmos este evangelho. A gente não acende uma lâmpada, uma vela, pra colocar debaixo da cama, mas sim no alto, para que ela dissipe as trevas. Trevas do erro, do egoísmo, da maldade, da maledicência, da prepotência, tudo aquilo que nos deixa na penumbra”, concluiu.

FREI gustavo MEDELLA PREGA A TREZENA

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ntre os dias 31 de maio e 12 de junho, aconteceu a Trezena em honra a Santo Antônio no Santuário São Francisco, em São Paulo. O tema escolhido foi “Santo Antônio e Santa Maria”, em sintonia com o Ano Mariano celebrado na Igreja do Brasil.

Frei Gustavo Medella foi o pregador convidado para conduzir os treze dias de reflexão. A cada dia, um tema era trabalhado, quase sempre uma petição a Santo Antônio e Nossa Senhora. A trezena deste ano englobou duas grandes festas litúrgicas: Pentecostes e Santíssima Trindade.

Um bom número de participantes esteve presente em todos os dias, com destaque especial para Dona Esmeralda, que completa 101 anos em agosto. Sempre acompanhada de sua filha, a devota participou fielmente, não comparecendo apenas no último dia, mas justificou sua ausência aos demais.

Ao final da Trezena, Frei Gustavo agradeceu a presença de todos e manifestou sua alegria em pregar durante estes dias. “É como dois amigos distantes que se reencontram”, disse. E, emocionado, declarou que celebrar estes dias o reaproximou de Santo Antônio, “um confrade, um amigo querido”, afirmou.

Especial SANTOS

TREZENA TRADICIONAL NO VALONGO

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om 377 anos de tradição, o Santuário Santo Antônio do Valongo realizou a tradicional Trezena de Santo Antônio de 31 de maio a 12 de junho e terminou solenemente no dia 13 de junho, dia do Santo Padroeiro.

Com o tema “Santo Antônio, devoto de Maria” e o lema “Humildade superou todas as virtudes de Maria”, a festa contou com a participação de milhares de pessoas, com missas diárias a partir das 6 horas, seguidas pela quermesse com barracas de comidas e bebidas típicas. No dia 12 de junho, foi realizado o “Jantar dos Enamorados” com show musical. A música ao vivo abrilhantou a festa sempre de quinta a domingo.

As celebrações foram presididas por Frei João Pereira Lopes, o guardião, e Frei Hipólito Martendal, além de sacerdotes convidados de outras paróquias que trouxeram suas comunidades para ce-

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lebrar no Valongo durante a Trezena.

Para Frei João, a festa ajuda na manutenção nem sempre fácil de um convento histórico e no trabalho de evangelização.

DIA DO PORTUGAL

Este ano, a oitava edição da maior festa da comunidade portuguesa na

região ocorreu no Largo Marquês de Monte Alegre, em frente ao Santuário Santo Antônio do Valongo, no dia 11 de junho.

Um dia repleto de sons, cheiros, cores e tradições. O evento já se consolidou como a maior festa da comunidade portuguesa na região, atraindo milhares de pessoas todos os anos.

os 377 anos dO BARROCO CONVENTO

pedra fundamental do santuário foi assentada em julho de 1640. Em estilo barroco, tem fachada com um dos mais expressivos trabalhos do século XVIII e importantes obras de arte. O terreno para a construção da igreja foi doado aos franciscanos por quatro proprietários de terras da Vila de Santos. Quarenta e nove anos depois, os franciscanos construíram a Capela da Venerável Ordem Terceira de São Francisco, anexa à igreja. Nessa capela está a imagem de São Francisco, em estilo barroco e tamanho real, orando diante de um Cristo místico alado. Seu altar-mor apresenta um dos únicos tronos rotativos do país - de

um lado está uma raríssima representação da Santíssima Trindade e, do outro, um ostentório para Adoração Perpétua.

No pátio encontram-se as imagens de Nossa Senhora da Conceição, de 1698,

e da Padroeira dos Enforcados, onde os escravos condenados à morte costumavam rezar. O Sino dos Enforcados foi arrancado pelo povo quando da promulgação da Lei Áurea e está guardado na sacristia, junto com a imagem de Nossa Senhora da Conceição, do século XVII. Em 1859, Irineu Evangelista de Souza, barão de Mauá, comprou parte do imóvel para a construção da estrada de ferro Santos-Jundiaí. O convento foi demolido, mas não houve força capaz de retirar a imagem de Santo Antônio do altar. O fato, considerado milagre, impediu o desaparecimento da igreja, elevada a santuário em 1987.

Especial ANGOLA

Seminário Monte Alverne celebra Santo Antônio

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s Fraternidade Monte Alverne e São Damião, de Malange, reuniram-se no dia 13 de junho para celebrarem com solenidade a Festa de Santo Antônio. Esse carinho especial ao Santo deve-se sobretudo ao fato de a escola, anexo ao Seminário, homenagear o santo no seu nome.

A Escola Santo Antônio acolhe 62 jovens que cursam o II Ciclo (Ensino Médio), dentre os quais, 60 são seminaristas.

Após a realização de um tríduo onde procuramos conhecer mais a vida e as facetas do Santo, na manhã do dia 13, celebramos a Missa Solene ao ar livre no seminário. Grande Santo Franciscano que nos inspira a viver o Evangelho ao modo de São Francisco. Santo Antônio é um grande exemplo de amor a Jesus e à Sagrada Escritura. Pautou sua vida no Evangelho de Jesus que o fez encontrar, ver o Cristo nos pobres e excluídos do seu tempo.

Encerramos as festividades de Santo Antônio com apresentações culturais, e uma tradicional Festa Junina, que contou com a presença de diversos religiosos e religiosas da Katepa, Cangandala, Quizanga, Lombe e dos Padres do Seminário Diocesano. Santo Antônio, rogai por nós…

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Especial NOSSA PRESENÇA EM MALANGE

Em Malange, a presença dos frades se localiza no bairro chamado Katepa, onde estão duas fraternidades: São Damião e Seminário Monte Alverne. Sob os cuidados da Fraternidade São Damião, estão a Paróquia dos Santos Mártires de Uganda, a Missão em Kangandala e a assistência às Irmãs Clarissas.

A Paróquia dos Santos Mártires tem sua sede junto à residência dos frades e a igreja funciona em um antigo cinema. O pároco é Frei Afonso Katchekele Quessongo, primeiro frade angolano professo solene da Fundação. Além do trabalho na Paróquia, Frei Afonso também é professor no Seminário Monte Alverne e leciona ainda em algumas escolas da região. Na condução da paróquia, ele conta com a assistência direta de Frei Luiz Iakovacz e Frei André Gurzynski.

O outro integrante da Fraternidade São Damião é Frei Laerte de Faria dos Santos, responsável pela coordenação dos frades.

Atualmente com um grupo de 62 seminaristas, divididos nas três classes que equivalem ao Ensino Médio no Brasil, o Seminário Monte Alverne iniciou suas atividades em 2005, num terreno adquirido pela Província praticamente ao lado da Missão em Malange. Ali, os jovens candidatos à vida religiosa recebem, além da formação escolar convencional, a formação própria para a vida religiosa franciscana e têm uma rotina de oração, estudo, trabalho (horta, plantação de mandioca, limpeza da casa etc.), atividades pastorais e esportes. Na condução dos trabalhos desta fraternidade estão Frei Jeferson Palandi Broca, guardião; Frei Laurindo Lauro da Silva Junior, reitor do Seminário; e Frei Roberto Ishara, responsável pela orientação dos seminaristas.

Em Malange, as duas fraternidades trabalham em profunda sintonia, num espírito de entreajuda e proximidade.

Frei Jeferson Broca Julho / 2017 [Comunicações]

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Especial CONVENTO SANTO ANTÔNIO - RJ

MULTIDÕES NO DIA DO PADROEIRO

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lenda Rocha, de 29 anos, está à procura do verdadeiro amor. Bianca Sciammarelli, de 27, está de casamento marcado para setembro. As jovens foram juntas ao Convento de Santo Antônio, no Largo da Carioca, na tarde da terça-feira, 13. A primeira, para pedir uma forcinha ao santo casamenteiro. A segunda, para agradecer.

No dia do Padroeiro, a igreja atraiu uma multidão de fiéis. Desde o início da manhã até o fim da tarde foram celebradas seis missas e distribuídos cer-

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ca de 50 mil pãezinhos.

A organização da festa estima 80 mil pessoas.

A missa de meio-dia, celebrada por Frei Neylor J. Tonin, foi um dos momentos de maior movimento. Enquanto centenas de fiéis se acotovelavam no interior do convento, outros se arrumavam como podiam do lado de fora.

Uns sentavam-se nos degraus. Outros se esgueiravam por um corredor lateral, onde havia frades abençoando fiéis, que tentavam se aproximar do altar.

No meio da multidão, destacava-se um grupo de sete mulheres. Há quatro anos, o hepteto é presença certa na festa de Santo Antônio. A ideia partiu de Vanessa Tracerra, de 29 anos. Devota do santo, ela convidou colegas de trabalho para conhecerem o convento no dia 13 de junho de 2013. Desde então, virou tradição.

— Quando viemos pela primeira vez, eu estava solteira. Vanessa me deu Foto: Agência O Globo

Glenda (de vestido listrado) está solteira, e Bianca (de vestido florido) vai casar

ORIGENS DA DEVOÇÃO

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m conversa com o Jornal do Brasil, Frei José falou sobre a data, a história da devoção e deu mais detalhes sobre a origem das comemorações.

“A fama de Santo Antônio começou na Itália, na cidade de Bologna, quando uma senhora que necessitava de uma bênção especial orou durante nove terças-feiras consecutivas para a imagem do Santo que ficava exposta na Igreja de São Francisco. Após tanto fervor, a bênção foi alcançada, e a notícia do milagre se espalhou de maneira rápida. Muitas pessoas resolveram seguir o exemplo daquela senhora, em busca da realização de suas graças e bênçãos”, explicou o Frei.

“Como o número de graças e bênçãos alcançadas não parava de aumentar, a prática se divulgou de maneira rápida. Com o tempo, o número de visitas durante as terças-feiras aumentou de nove para 13, uma vez que Santo Antônio passou para a eternidade no dia 13 de junho de 1231”, disse.

Ao ser questionado sobre os motivos que levam Santo Antônio a ser considerado um santo casamenteiro, Frei José explicou que o santo ajudava mulheres com menor poder aquisitivo a conseguirem um dote e um enxoval para a realização dos casamentos, apesar de não possuir sermões ou textos específicos sobre o matrimônio.

“Existe uma lenda que, certa vez, na cidade de Nápoles, havia uma mulher pobre cuja família não possuía condições de pagar o dote. Tomada pelo desespero, a jovem se ajoelhou aos pés da ima-

Especial gem do santo, entregou um bilhete e pediu para que determinado comerciante fosse procurado. No bilhete estava escrito que o comerciante deveria dar à moça moedas de prata cujo peso fosse equivalente ao do papel. O homem, levando em conta o peso insignificante do papel, não se importou, mas para espanto geral, foram precisos 400 escudos de prata para que a balança se equilibrasse. O motivo tinha sido uma promessa feita por esse comerciante de que daria 400 escudos de prata ao santo. Porém, a promessa nunca havia sido cumprida. Com o valor dos escudos, a moça conseguiu o valor para o dote e se casou”, comentou.

Outra história que liga o santo à fama de casamenteiro conta sobre um encontro de corações ocasionado de maneira curiosa, e a forma com que Santo Antônio entra na história a deixa ainda mais divertida.

“Uma moça muito bonita havia perdido as esperanças de conseguir um casamento, e no momento de desespero se apegou a Santo Antônio. Todos os dias, a jovem ia até a imagem e oferecia uma rosa ao santo, sempre pedindo por um marido. Com o passar do tempo e sem conseguir encontrar alguém, a jovem perdeu a calma e atirou a imagem de Santo Antônio pela janela. A imagem atingiu um rapaz que passava pela rua no momento, e ele foi devolvê-la à jovem. Nesse encontro os dois se apaixonam e essa mulher atribui a chegada do amor ao santo”, contou Frei José.

Fonte: Jornal do Brasil

uma pequena imagem de Santo Antônio. No ano seguinte, conheci meu noivo no Tinder (aplicativo de celular) e, em 2015, fiquei noiva. Todas as outras amigas que ganharam a imagem de Santo Antônio estão namorando — diz Bianca.

Nessa esperança se apoia Glenda, que foi escolhida esse ano para levar a imagem do santo casamenteiro para casa.

— Tem que dar certo. Já está na hora, minha mãe não aguenta mais — diverte-se a jovem.

Há diversas versões sobre o motivo pelo qual Santo Antônio é considerado o santo casamenteiro. A mais difundida conta que certa vez, em Nápoles, uma moça apaixonada estava desesperada porque sua família não tinha dinheiro para pagar o dote. Por intercessão do santo, ela conseguiu a quantia necessária. Frei Neylor J. Tonin contemporiza: — Ele é casamenteiro porque é o santo das coisas perdidas, e não há nada de mais perdido do que o coração humano. A gente pede, então, que Santo Antônio nos mostre um coração que vai nos amar por toda a vida, num casamento que seja abençado por Deus.

Não foram só os apaixonados que recorreram à ajuda do santo. De acordo com frades que acompanharam as celebrações, choveram pedidos por emprego, estabilidade e pela quitação de dívidas. A maior quantidade de pedidos e agradecimentos foi relacionada à saúde.

— Há 30 anos tive um câncer no seio. Fizemos uma trezena a Santo Antônio pedindo e fiquei curada. Desde então, venho agradecer todo ano. Esse ano, o agradecimento é duplo. Minha filha teve um câncer no intestino e está curada há um ano — conta a aposentada Orchideia Rodrigues Machado, de 79 anos, moradora de Bonsucesso.

Fonte: “Jornal Extra” Julho / 2017 [Comunicações]

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Especial NITERÓI

A MAIOR FESTA DA PARÓQUIA

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om o tema geral “Santo Antônio, leva-nos a Maria, de Aparecida e de Fátima”, foi realizada a grande festa em honra a Santo Antônio na Paróquia Porciúncula de Sant’Ana, em Niterói (RJ). Segundo o pároco Frei Salésio Hillesheim, é a festa de Santo Antônio mais tradicional da cidade. “A igreja fica quase lotada durante as celebrações da Trezena, mas durante as sete Missas do Dia de Santo Antônio fica ‘saindo gente pelas paredes’, como disse o bispo daqui”, contou Frei Salésio, lembrando que ela também é grande externamente. “Esses festejos externos tiveram início no dia 10, nos espaços próprios da Porciúncula e da Rua Miguel Couto”, contou o pároco, que, com raras exceções, não teve barracas terceirizadas. “O objetivo da festa é de confraternização e de encontro da Comunidade que, na comunhão e na alegria, quer celebrar um de seus santos mais queridos e sustentar sua vocação solidária”, enfatizou Frei Salésio. As Missas foram celebradas às 6h30, 8h, 9h30, 11h, 15h, 17h e 19h.

Durante todo o dia, os frades se revezaram na Bênção de Santo Antônio.

Após a Missa das 19 horas, no dia de Santo Antônio, foi realizada procissão pelas ruas do Bairro.

Em cada dia da Trezena, a comunidade marcou presença também com um gesto concreto, doando durante as Missas um quilo de alimento não perecível, como: arroz, fubá, açúcar, feijão, macarrão, farinha de mesa, óleo de soja. Também foi feita uma campanha para doações de fraldas geriátricas para serem distribuídas para idosos assistidos pela Paróquia.

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Especial SÃO JOÃO DO MERITI

MÊS INTENSO COM SANTO ANTÔNIO E SÃO JOÃO BATISTA

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Paróquia de São João do Meriti viveu um mês intenso de celebrações: começou com a Trezena de Santo Antônio que teve como tema “Bendito seja o nosso Deus que nos deu Jesus e sua Mãe por nossa Mãe”. E, na sequência, de 15 a 25 de junho, festejou o Padroeiro da cidade, no ano em que celebra 370 anos da fundação da primeira igreja e 70 anos de emancipação do município da Baixada Fluminense (veja mais na página 451).

Chopinzinho - pr

Agudos - sp

A confecção dos bolos feita na Paróquia São Francisco de Assis de Chopinzinho (PR) por mãos devotas.

A Festa do Padroeiro da Paróquia de Agudos teve como tema “Santo Antônio, alegreve evangelizador da vida em Deus”.

Dom Caetano Ferrari participou das celebrações.

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Especial CURITIBA

A DEVOÇÃO NO CENTRO DA CAPITAL

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odo ano, na Paróquia Bom Jesus dos Perdões, acontece a tradicional festa de Santo Antônio. Uma devoção muito forte no mundo inteiro, e também muito presente na piedade popular do povo de Curitiba.

Na capital paranaense, a maior festa em honra a Santo Antônio é na Paróquia Bom Jesus dos Perdões, localizada bem no centro da cidade. Nesta grande festa, é costume a venda do bolo de Santo Antônio. Muitas pessoas compram esse bolo, tanto para ajudar os frades como também na esperança de encontrar um santinho, e, com ajuda do Santo, encontrar a pessoa amada.

No dia 13 de junho, os frades do Convento São Boaventura foram somar forças com os frades do Convento Bom Jesus dos Perdões para a realização das bênçãos individuais. Uma multidão muito grande de fiéis passou pela festa neste dia. As pessoas foram para agradecer, pedir e rezar a Deus pela intercessão de Santo Antônio, para ficarem livres dos perigos da alma e do corpo. E também quem é solteiro aproveitou para pedir uma ajudinha ao Santo para encontrar a pessoa de sua vida.

Frei Matheus José Borsoi

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Especial BAURU

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UM SANTO PARA FESTEJAR

bispo da Diocese de Bauru, o franciscano Dom Caetano Ferrari, explica que a popularidade de Santo Antônio na zona rural influenciou a devoção pelo santo católico nas cidades do interior. “Sendo o primeiro santo das festas populares, é o santo do qual o povo gosta. Então, para a paróquia é um dia muito especial. É [um dia] para festejar, fazer a quermesse e a fogueira”.

E festa não falta na Paróquia Santo Antônio de Bauru. Neste ano, a festa teve uma novidade: um pão de mel de quatro quilos e 40 centímetros de altura, em formato de Santo Antônio, que foi sorteado entre os frequentadores da igreja.

Benedito Ribeiro levou o santo para casa no sorteio que foi realizado na Missa das 19h30. Confeccionado com mais de dez camadas de pão de mel e recheio de doce de leite, com cobertura de chocolate e esculpido com pasta americana, o doce de Santo Antônio foi bastante disputado. A produção é da confeiteira e artista Márcia Prudenciato. “Estou desempregada e não sou dizimista, mas queria ajudar a igreja de alguma forma. Há dez anos, faço bolos verticais, mas nunca fiz um de Santo Antônio”. A imagem de pão de mel de Santo Antônio, no entanto, não leva brindes, como o bolo tradicional da festa.

Até aliança

Nesta edição, o tradicional bolo gigante (baunilha recheado com creme francês de doce de leite, ameixa e chantily) teve 5 vales-surpresa embrulhados em meio aos pedaços: cinco medalhinhas de ouro e um vale de um par de alianças, além de outras

Márcia Prudenciato

Benedito Ribeiro, o vencedor

Valdemar Belório

mil medalhinhas comuns do santo casamenteiro. Os pedaços foram vendidos de R$ 6,00 a R$ 25,00. E os mini-bolos a R$ 60,00. “Enquanto houver bolo, as vendas continuam”, destacou Luzia Pini.

De acordo com os organizadores, o bolo conta com 140 metros de comprimento e pesa cinco toneladas.

Formado por 900 placas de pão de ló, o bolo é recheado com doce de leite e ameixa.

Desde o começo da manhã teve fila de pessoas para comprar o bolo.

A aposentada Noemi Muniz foi uma das pessoas que madrugaram na paróquia. “Vale a pena ficar no frio, na primeira hora, para não perder o bolo que é tradicional na minha casa”. E há quem garanta a fama do bolo do santo, como o aposentado Valdemar Belório. “Depois que eu passei pela igreja, eu arrumei uma namorada muito boa, casei e estou com ela há 50 anos.”

Os organizadores da festa acreditam que 20 mil pessoas participaram das missas, quermesse e da venda do bolo de Santo Antônio.

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Especial AMPARO

TREZENA E SHOWS ATÉ O DIA 17 A programação religiosa da Festa de Santo Antônio, em Amparo (SP), começou no dia 1º com a Trezena e prosseguiu todos os dias até dia 13, dia do santo franciscano.

Já a programação festiva teve início no sábado (3), com muitas atrações. O evento da Paróquia de São Benedito, no Centro, prosseguiu até o dia 17, com quermesse e shows, sempre após as missas das 19 horas.

No sábado, dia 3, quem animou a festa foi o Clube de Som. Já no domingo (4) foi a vez do Musical Tape entrar em ação. A Festa de Santo Antônio teve ainda Juca e Elias (dia 10); Grupo Aquarela (11); Beth e Gustavo (12); Homens de Preto (13), Dia do Santo, e Cooperativa do Reggae, fechando a programação no dia 17 de junho.

A quermesse é uma atração à parte. Ofereceu ao público as tradicionais barracas de bolos e leitoas e muita comida típica, com doces, salgados, crepe, cachorro-quente,

quentão, churrasquinho, pizza, bebidas, além de artigos religiosos. Para a criançada, a opção foi a barraca da pescaria, com muitos brindes.

concórdia

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GRANDIOSA FESTA EM CONCÓRDIA

o dia 11 de junho de 2017, aconteceu a tradicional festa de Santo Antônio, com expressiva participação da comunidade de Concórdia e região. O domingo ensolarado colaborou com o bom êxito da festa. A Paróquia agradece a todo o conselho e voluntários, bem como à comunidade em geral pela realização de uma festa tão grandiosa e exitosa.

O prefeito municipal de Concórdia Sr. Rogério Pacheco e sua esposa entraram na Igreja Matriz carregando a bandeira do município, ao canto da tradicional Valsa Concórdia.

As imagens dos padroeiros das comunidades da Paróquia foram trazidas para a Missa da Festa de Santo Antônio. Demonstram a unidade de toda a Paróquia Nossa Senhora do Rosário, tendo ao centro o santo padroeiro do município de Concórdia.

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Especial

Frei Clarêncio lança novo livro e fala do fascínio por Santo Antônio “

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anto Antônio, filho apaixonado de Maria, servo da imaculada, teólogo da Santíssima Trindade, obra da Santíssima Trindade, homem santo, missionário, apóstolo do Reino de Deus, pregador, doutor, sal da terra, mestre da oração”.

Esses são alguns dos temas que Frei Clarêncio Neotti desenvolve no seu mais novo livro sobre o querido santo franciscano, intitulado “Santo Antônio: simpatia de Deus e do povo”, uma publicação da Editora Santuário (Aparecida) com 198 páginas. Este lançamento oferece, a uma semana da festa de Santo Antônio, os sermões feitos por ocasião de Trezenas e festas de Santo Antônio. E ninguém melhor do que Frei Clarêncio para falar de Antônio. Ele é também autor de “Santo Antônio, Mestre da Vida”, “Orar 15 dias com Santo Antônio”, “Santo Antônio: simpatia de Deus e simpatia dos homens”, “Santo Antônio, Luz do Mundo” (os 9 sermões do Padre Vieira sobre Santo Antônio, comentados) e também participou da reedição do livro de Frei Basílio Röwer sobre “O Convento Santo Antônio do Rio de Janeiro”.

Nesta entrevista, Frei Clarêncio fala sobre o fascínio que este santo exerce na piedade popular e conta que sua vocação religiosa franciscana teve a inspiração do santo. “E foi com ele que, ao longo da vida, aprendi a unidade alegre e harmoniosa das duas vocações: a conJulho / 2017 [Comunicações]

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Especial sagrada e a sacerdotal, e aprendi que as duas se necessitam como o parafuso e a porca”, revelou o frade, que reside, desde 2012, em Vila Velha (ES), onde é Vigário Paroquial no Santuário do Divino Espírito Santo.

Frei Clarêncio, que ingressou na Ordem Franciscana em 23 de dezembro de 1954, é também autor dos livros “Ministério da Palavra” (3 volumes), “Orar 15 dias com Frei Galvão”, “Comunicação e Igreja no Brasil”, “Imaculada Conceição de Maria”, “Frei Aurélio Stulzer, Pai, Irmão, Amigo”, “Animais no altar - um estudo de Iconografia e Simbologia”, “Frei Bruno Linden, tudo para todos” (biografia) e “São Benedito, homem de Deus e do povo”.

Mas no campo da Comunicação Católica, Frei Clarêncio é um dos pioneiros. Foi professor de Comunicação e Teologia Pastoral em Petrópolis (1970-1986), um dos fundadores da União Cristã Brasileira de Comunicação Social, foi presidente por três períodos consecutivos da União Católica Latino-americana de Imprensa e vice-presidente da União Católica Internacional de Imprensa, da qual hoje é membro de honra. Foi também fundador da União dos Editores Franciscanos e fundou junto à Cúria Geral, em Roma, o Departamento de Comunicação e Informação da Ordem.

Por que esse fascínio que exerce Santo Antônio no povo?

Frei Clarêncio - Esta pergunta me fiz muitas vezes. Porque, de fato, Santo Antônio é um fenômeno. E fenômeno é muito complicado para se explicar. Fenômeno para os intelectuais, a ponto de estar à raiz de toda a Escolástica e hoje ser um dos doutores da Igreja. Fenômeno para o povo semianalfabeto, a ponto de ser em vários países o santo mais popular,

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ganhando, como é o caso do Brasil, da própria Mãe de Deus. Fenômeno de vida religiosa, a ponto de, embebido de espiritualidade agostiniana (de longe Santo Agostinho é o autor mais citado por ele), viver a pobreza e a simplicidade franciscana, sem nunca citar São Francisco. Fenômeno entre estudantes de teologia, sendo deles o padroeiro oficial, mas amadíssimo pelas moças que nada querem saber de teorias teológicas, mas andam à procura de um homem em carne e osso. O fenômeno não se explica. O fenômeno é. É o caso de Santo Antônio.

É visível a sua admiração por Santo Antônio em seus livros. Como se deu esse “enamoramento”?

Frei Clarêncio - Sei exatamente quando começou. Conto isso nas minhas memórias, cujo primeiro volume deve sair ainda este ano.

Foi no dia de minha Primeira Comunhão, domingo de Cristo Rei, naquele tempo o domingo depois da festa de Todos os Santos. Faltavam ainda quase dois meses para eu completar quatro anos. A Irmã Maria Giosoli, que nos prepararava, nos disse que, recebida a Santa Comunhão, fechássemos os olhos e prestássemos atenção ao que Jesus nos ia dizer. Eu estava muito curioso para ouvir a voz de Jesus. Fechei rápido meus olhos. E escutei a voz que mandava abrir. E ao abrir vi na minha frente, no altar lateral a imagem de Santo Antônio, vestido de marrom. Eu nunca tinha visto um franciscano vivo. Meu pároco era diocesano e sempre vestia batina preta. Eu também não sabia nem imaginava o que fosse vocação pra isso ou pra aquilo. Naquele momento nasceu clara para mim a vocação franciscana e meu apego carinhoso a Santo Antônio. E foi com ele que,

ao longo da vida, aprendi a unidade alegre e harmoniosa das duas vocações: a consagrada e a sacerdotal, e aprendi que as duas se necessitam como o parafuso e a porca.

Todos os títulos cabem bem a Santo Antônio. Como explicar essa abrangência de sua espiritualidade e vida evangélica?

Frei Clarêncio - A meu ver, o título que melhor lhe cabe é o de ‘evangélico’. Da vivência sincera dos valores evangélicos, lhe nascem todos os outros possíveis títulos. Mas se você puser sobre a mesa todos os títulos que ele tem, verá que todos nascem do preceito maior: da caridade gratuita pregada por Jesus na Última Ceia, tendo como modelo seguro o próprio Jesus. O que é ‘evangélico’ não tem limites. Francisco foi claro na norma: “A Regra e a Vida do Frade menor é esta: viver o Santo Evangelho”. Para quem vive o Evangelho, tudo é sagrado, tudo é manto do Senhor, tudo é escada para Deus.

São Francisco ou Santo Antônio?

Frei Clarêncio - Que Santo Antônio viveu o Evangelho, se alimentou do Evangelho, se santificou através do Evangelho, não há dúvida.

Mas isso não significa que ele repetiu Francisco. Os dois tiveram Cristo como Caminho. Mas o caminho dos dois é bastante diferente. Antônio não é Francisco. Antônio é franciscano. Nem eu sou Francisco nem sou Antônio. Mas ao longo do meu caminho franciscano me encontro com Francisco, com Antônio, com Bruno, com os duzentos Confrades de minha Província, de quem escrevi o necrológio, e conversamos, na expressão de Frei Constantino, “da coisa com Deus”.

Fraternidades

FREIS DA VILA CELEBRAM 1ª EUCARISTIA DO CONSA

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s catequizandos do Colégio Franciscano Nossa Senhora Aparecida - Consa, após um ano e meio de catequese, celebraram a Primeira Eucaristia na Paróquia São Francisco, da Vila Clementino: 80 crianças distribuídas em dois grupos: 27 de maio e 03 de junho.

Os Freis: Valdecir Schwambach, Raimundo Justiniano e Carlos Nunes Corrêa conduziram a Celebração Penitencial para os pais das crianças, administraram o Sacramento da Penitência aos catequizandos e presidiram as Celebrações de Primeira Eucaristia.

As crianças e suas famílias participa-

ram, com muita fé e devoção, desses momentos de graça e bênção, vivenciando alegria e gratidão pelo amor misericordioso de Deus que nos concede seu perdão e nos alimenta para que possamos prosseguir nosso caminho com Jesus, vivo e presente em nossos corações.

O Colégio Franciscano Nossa Senhora Aparecida teve sua origem em 1937, a partir da iniciativa dos moradores do bairro de Moema e da Paróquia Nossa Senhora Aparecida.

As Irmãs Franciscanas de Ingolstadt,

que seguem a inspiração de São Francisco de Assis, vindas da Alemanha, assumiram essa Instituição, em 1947, com a missão de educar a infância e a juventude, construindo um estreito vínculo com os moradores de Moema e bairros vizinhos. Assim nasceu o Consa - apelido carinhoso pelo qual o Colégio é conhecido. Ao longo dos seus 80 anos, o Consa cresceu junto com Moema e bairros vizinhos, ampliando sua infraestrutura e consolidando-se como um marco na paisagem paulistana.

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Fraternidades

CORPUS CHRISTI EM XAXIM

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ilhares de fiéis católicos participaram da celebração de Corpus Christi, na tarde da quinta-feira,15 de junho, na Paróquia São Luiz Gonzaga, de Xaxim. A Celebração teve início as 15 horas na Matriz, seguida da procissão dos fiéis pelas ruas centrais da cidade. Conforme manda a tradição, foram confeccionados por integrantes da comunidade católica os tapetes de rua por onde o celebrante, Frei Alex Sandro Ciarnoski juntamente com os sacerdotes concelebrantes, conduziram o Santíssimo.

Como é feito todo ano, a Comunidade começa cedo a confecção dos “tapetes de Corpus Christi” no entorno da Praça. Nesse tempo juntos, os fiéis partilham comida e bebida.

D. CAETANO PRESIDE CELEBRAÇÃO EM BAURU

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Missa e procissão de Corpus Christi realizadas na quinta-feira (15) à tarde, no Centro de Bauru, foram acompanhadas por centenas de pessoas. Fiéis que participavam da cerimônia, celebrada pelo bispo Dom Caetano Ferrari, atribuíram à data religiosa graças e milagres alcançados que, consequentemente, reforçam a fé.

“Desde a minha adolescência, não falto à cerimônia. Um familiar meu era alcoólatra e conseguiu parar após as orações”, conta a aposentada Joana Vieira da Silva, 78 anos. “Cada ano que participo da missa e procissão de Cor- pecial”, acrescenta Amabili Silvestrino pus Christi, a minha fé aumenta. Parece de Almeida, 73 anos, amiga de Joana.

Católicos passaram por ruas decoaté que a cerimônia tem uma força 450 [Comunicações] Julho /es2017

radas com alimentos, tecidos, flores e imagens religiosas, preparadas desde a manhã desta quinta.

Fraternidades SÃO JOÃO DE MERITI

FESTA DO PADROEIRO CELEBRA 370 ANOS De fundação dA 1ª IGREJA

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processo de colonização das terras que formam o território de Meriti teve início em 1567 com a Sesmaria dada a Brás Cubas. Durante os séculos XVII e XVIII foram fundadas muitas fazendas que cultivaram, além da cana, produtos de subsistência. A primeira igreja data de 1647, nas margens do rio Meriti. Em 1833, com a criação da Vila de Iguassu, Meriti transformou-se em Freguesia e depois Distrito. Em 1886 suas terras são cortadas pela Estrada de Ferro Rio D’ouro. O rio Meriti deixa de ser navegável e o povoamento segue o roteiro da linha férrea. No século XX, com o crescimento da Cidade do Rio de Janeiro, São João de Meriti sofre com o “inchaço” populacional e, em 21 de agosto de 1947, é emancipada do município de Duque de Caxias, do qual era o seu 2º Distrito.

Localizada na Praça Getúlio Vargas, no Centro, a Igreja Matriz de São João Batista que conhecemos atualmente nada tem a ver com a sua construção original. Devido às obras de ampliação, nas décadas de 50 e 60, perderam-se todas as linhas arquitetônicas coloniais, mantendo-se, no entanto, o ponto de fé e de orgulho de sua comunidade.

Sua construção começou por volta de 1875 com a doação de 30 contos de réis e mais a pia batismal feita pela Princesa Isabel, além da ajuda de famílias tradicionais da cidade, como os Tavares Guerra, Telles de Menezes, Alves Carneiro, entre outras.

No local foi erguida uma capela e a Igreja começou a ganhar os contornos de uma Matriz com a chegada dos franciscanos à região, em 1932.

A sua inauguração deu-se no dia 24 de junho de 1938 com a presença do então interventor no Estado do Rio de Janeiro, o sr. Amaral Peixoto.

Aos fundos, ficava o Cemitério da Irmandade Sagrado Coração, onde hoje funciona o Colégio Fluminense. A área da praça ia desde o cemitério até a av. Dr. Arruda Negreiros.

A Igreja de São João Batista de Meriti é constituída de uma grande nave central com capela-mor e coro.

Quadros da Vida de Cristo compõem os vitrais. Detalhes em alto-relevo nas paredes representam a via-crucis. Teto e pilastras decorados. Destaca-se ainda a construção da Torre do relógio nas décadas de 1950/1960. Possui teatro, salões de festa e prédio de residência paroquial. Como estilo de arquitetura, apresenta-se uma profusão de traços que nos lembram o gótico nos arcos frontais do interior e exterior, prevalecendo o estilo maneirista.

A atual fraternidade é composta por Frei Luiz Colossi, guardião e pároco; Paulo Roberto Santana, vigário da casa, vigário paroquial; Antônio Marcos Koneski, vigário paroquial; Frei Gaudêncio Sens, atendente conventual e Frei Hermenegildo Curbani, vigário paroquial.

A FESTA

A festa em honra ao Padroeiro nestes 370 anos da fundação da primeira igreja, começou no dia 15 de junho, logo após a Trezena de Santo Antônio.

Foram 11 dias de programação festiva e missas. As solenidades também vão marcar os 70 anos de emancipação do município.

“A igreja passou por muitas trans-

formações ao longo dos anos. O fato é que São João cresceu ao redor dela”, destacou o pároco Frei Luiz Colossi, de 61 anos.

Este ano, a programação se estendeu até o dia 25 e contou também com apresentações de bandas e diversas quadrilhas. Entre as atrações musicais, nomes de sucesso como os grupos Swing & Simpatia, Disfarce e Gustavo Lins. Todos os shows ocorreram após as missas, a partir das 20h, em um palco montado no pátio da paróquia.

O evento contou com o apoio da Prefeitura de São João de Meriti e da rádio local, Alternativa FM. Julho / 2017 [Comunicações]

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Fraternidades

PARÓQUIA SANTO AMARO REALIZA 163ª FESTA DO DIVINO ESPÍRITO SANTO

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ntre os dias 02 e 05 de julho, as cidades de Santo Amaro da Imperatriz e Águas Mornas (SC) se uniram para render louvores ao Divino Espírito Santo, nas dependências da Igreja Matriz Santo Amaro.

Mantendo a tradição instituída pela Rainha Santa Isabel de Portugal, a Família Imperial Abreu Derner, representada na pessoa da Sra. Terezinha Abreu Derner, apresentou sua Corte, coroou um Imperador, e ofereceu o Cetro e a Coroa ao Espírito Santo, pedindo incessantemente pela paz no mundo.

No dia 02, sexta-feira, tiveram início as solenidades com a entrega da chave da cidade à Família Imperial, das mãos do prefeito municipal de Santo Amaro da Imperatriz, Edésio Justen. Da prefeitura todos seguiram em caminhada, com as bandeiras do Divino, que retornavam à Igreja, após 50 dias de caminhada e oração entre famílias, comércios e indústrias da região. Com a santa

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Missa abrilhantada pelo Coral Acordes do Divino, encerramos a novena de Pentecostes, e iniciamos os festejos.

No sábado, 03 de junho, o clima por toda a cidade era de muita alegria.

Todos se entusiasmam para viver esses dias de fé e tradição. Eram 18h15 quando as filhas de Dona Terezinha, cheias de emoção, saíram da Igreja em direção à prefeitura levando as bandeiras ao encontro da Corte e da Família Imperial. Pontualmente às 18h30 seguiu o Cortejo para Igreja Matriz, onde às 19h, coroando o Imperador, celebramos a Eucaristia.

Assim seguiram-se as comemorações com completo serviço de bar e cozinha, com uma turma de voluntários muito especiais e animados.

Na presença do Vigário Provincial, Frei César Kulkamp, toda a comunidade sentiu-se ainda mais abraçada pela presença franciscana, que está à frente da evangelização na região desde 1891.

O sacerdote destacou que “essa tradição da Festa de Pentecostes nos recorda o belo exemplo da Rainha Santa Isabel que soube, desde cedo, que quem merece toda glória e honra é o Divino. Quem o conhece verdadeiramente busca, por sua inspiração, também a bondade e a paz”.

Nem a chuva atrapalhou, no domingo (04/06) pela manhã, o Cortejo de sair às ruas, expondo a beleza de seus trajes imperiais, para celebrar às 10h a Solenidade de Pentecostes.

Na missa das 19h de domingo, toda a comunidade paroquial, tocada por forte emoção, acolheu o casal festeiro para 2018, com surpresa por serem de Águas Mornas.

Na segunda-feira, 05, feriado municipal, a nova Família Imperial do Sr. Afonso e Aléria Vieira, assumiram as insígnias, e coroaram o novo Imperador, renovando novamente o compromisso e oferecendo Cetro e Coroa ao Espírito Santo.

Testemunho de Frei César Külkamp Pentecostes para os cristãos recorda a manifestação do Espírito Santo, a força que levou os apóstolos a saírem do esconderijo e do medo e a proclamarem a Palavra diante dos povos.

O Espírito irrompe numa diversidade de dons que constroem a unidade. A fé em Jesus Cristo faz nascer uma nova linguagem que todos compreendem: a linguagem do amor.

Neste ano de 2017, tive o privilégio de conhecer e tomar parte na “Festa do Divino Espírito Santo”, da Paróquia de Santo Amaro, com sede no município Santo Amaro da Imperatriz. E já é a 163ª edição desta festa.

Além de todo o acento de uma celebração de Pentecostes, em Santo Amaro descobri a beleza de uma tradição portuguesa, celebrada também em diversas cidades do litoral catarinense: o cortejo da família imperial, que mantém viva a memória da Rainha Santa Isabel de Portugal. A memória desta santa franciscana, nascida em Aragão, em 1271, e enviada aos 11 anos de idade para ser a esposa de Dom Dinis I, Rei de Portugal, é vivida para mostrar o luxo de uma corte real que, na pessoa da Rainha Santa Isabel, não esteve em primeiro lugar.

Seguindo o exemplo de sua tia-avó, Santa Isabel da Hungria, outra franciscana de quem recebe o nome, ela se apega às forças divinas e à devoção a Maria Santíssima para ser presença de Deus e de Seu amor para o povo, com quem gostava de estar, mas especialmente junto aos pobres e doentes. Portava a coroa e o cetro real nas obrigações de sua condição de rainha, mas abandonava todo o requinte das pompas reais para tratar as feridas dos leprosos mais repugnantes. Além de suas virtudes heroicas, a Rainha Santa Isabel ganha destaque por ser promotora da paz em diferentes situações e lugares. O mais notável foi no campo de batalha entre seu marido e seu filho na disputa pela coroa portuguesa. Seu testemunho de bondade move o coração ambicioso de seu filho e o endurecido de Dom Dinis.

Assim, ainda hoje, na Festa do Divino, de Santo Amaro, uma família é escolhida e assume, em nome de todos, a atribuição de “família imperial” e, vestindo os trajes suntuosos, traz uma coroa e um cetro e os deposita diante do altar. Essa tradição nos recorda o belo exemplo da Rainha Santa Isabel que soube, desde cedo, que quem merece toda glória e honra é o Divino!

Quem o conhece verdadeiramente busca, por sua inspiração, também a bondade e a paz. O Dom do Espírito se fez presente e vivo em Santa Isabel que, assim como os apóstolos em Pentecostes, não teve medo diante de um doente sofredor e nem mesmo no meio de um campo de guerra. Com ousadia para uma mulher de seu tempo, gritou a linguagem da unidade: o amor!

Tudo isso é vivido com intensidade desde as novenas pelas famílias e comunidades da paróquia, meses antes, com entrega das bandeiras do Divino, até as diversas celebrações eucarísticas da Festa do Divino, nos cortejos imperiais, no acompanhamento da banda sinfônica, na liturgia bem preparada e, por fim, na festa popular com música, comidas típicas, multidões de toda a região e muita animação!

Obrigado, Paróquia de Santo Amaro, pelo testemunho de fé, de cultivo de boas tradições, festa e de alegria! 453 Julho / 2017de[Comunicações]

Fraternidades

ENCONTRO DO REGIONAL DE CURITIBA

O

frades do Regional Curitiba realizaram no dia 05 de junho seu segundo encontro do ano, na fraternidade Bom Jesus da Aldeia, em Rondinha. Com a presen-

ça de praticamente todos os frades do Regional, o encontro teve como tema principal a questão ecológica, a partir do documento da Ordem “O Grito da Terra e o Grito dos Pobres - Um

subsídio da Ordem para o cuidado da Criação”. Este documento já tinha sido estudado no primeiro encontro do regional deste ano e será retomado ainda no próximo encontro, em setembro. Cada fraternidade irá também refletir sobre as possíveis ações concretas e apresentará tais propostas neste próximo regional de setembro.

Ocasião sempre boa para o encontro fraterno, pudemos também partilhar a vida e a missão de cada fraternidade, cujos trabalhos atingem paróquia, casa de formação e colégio. Lembramos que o Regional Curitiba realizará o retiro anual nos dias 02, 03 e 04 de novembro, na fraternidade São Boaventura, em Rondinha, com temática ligada às Fontes Franciscanas. Sinta-se convidado a participar conosco!

Frei Adriano Freixo Pinto secretário

Momento formativo na Sede Provincial

N

o dia 26 de maio, os colaboradores da Sede Provincial da Província Franciscana da Imaculada Conceição tiveram um momento formativo com o Ministro Provincial Frei Fidêncio Vanboemmel. Participaram deste encontro 24 colaboradores,

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o secretário Frei Walter de Carvalho Júnior e o vice-ecônomo Frei Raimundo Justiniano de Oliveira Castro.

Tomando como base o Plano de Evangelização da Província, para o sexênio até 2021, Frei Fidêncio explicou que os leigos participam desta missão evangelizadora da Província, como seu “braço direito”. “Muitas vezes são os braços, as pernas e o coração dos frades”, disse. Segundo o Ministro, esta comunhão está clara nas dimensões transversais: “Assumir o serviço evangelizador de forma partilhada com os leigos e leigas, numa

Igreja toda ela portadora do dom do Evangelho”.

Para esta reflexão, Frei Fidêncio também trouxe o texto da “Da verdadeira Alegria e da Perfeita Alegria”, versão de “I Fioretti”. Para os colaboradores, o Ministro Provincial explicou que a verdadeira alegria não está no poder da sabedoria, no poder eclesiástico, no poder político e civil, no poder de curar e operar milagres e muito menos de se vangloriar dos êxitos na missão. “Mas onde está a verdadeira e perfeita alegria?”, perguntou. “Nós também passamos por essas situações extremas, por tribulações. Isso acontece no dia a dia, mas se tivermos paciência, e enfrentarmos a vida com serenidade, saberemos como direcionar nossa missão”, ensinou.

Fraternidades

REGIONAL BAIXADA/SERRA FAZ 2º ENCONTRO

N

o dia 16 de junho último, realizou-se a segunda reunião do Regional Baixada/Serra na comunidade Santa Bárbara, da Paróquia Santa Clara, em Imbariê, no município de Duque de Caxias. O encontro foi marcado por muita animação e sentimento de fraternidade.

Neste dia foi feito o estudo do III Capítulo do texto “Grito da Terra e Grito dos Pobres”, subsídio da Ordem para a formação dos frades.

Um belo momento também foi a partilha das fraternidades sobre os

acontecimentos ocorridos desde o último Regional. Percebemos que muitas foram as atividades e que é sempre bom podermos partilhar as alegrias e as esperanças do nosso ser franciscano no mundo de hoje.

Contamos com a ilustre presença dos animadores vocacionais Frei Diego Melo e Frei Gabriel Dellandrea, que contribuíram com nosso encontro nos apresentando alguns dados vocacionais da Província nos últimos 30 anos e alertando-nos para a necessidade de que todos sejam animado-

res vocacionais nos seus mais diversos trabalhos.

Frei João Francisco, Definidor responsável pelo Regional, se fez presente e nos atualizou sobre a situação da Província, informando-nos sobre diversos assuntos pertinentes à caminhada da Fraternidade Provincial.

Terminamos nosso encontro com um delicioso churrasco preparado pelos frades da Fraternidade Mãe Terra.

Frei Wagner José da Rosa

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Fraternidades

Prefeito de Agudos decreta Feriado Municipal no dia de São Paulo

O

prefeito de Agudos, Altair Francisco Silva, decretou Feriado Municipal o dia de São Paulo Apóstolo, padroeiro da Paróquia e do Município. Na cidade a data sempre foi comemorada no dia 25 de janeiro, festa da conversão de São Paulo, porém, apenas em âmbito paroquial. A partir do

próximo ano, em decorrência desta promulgação, as festividades do padroeiro terão também alcance civil.

Os católicos (que não são maioria na cidade) acolheram com alegria e euforia a notícia publicada recentemente pelos meios de comunicação. A iniciativa partiu da vereadora Maria Antonia da Silva (Tata)

eleita nas eleições de 2016. Católica praticante ela nos procurou e pediu que enviássemos um texto à Câmara Municipal explanando um pouco da história da Paróquia São Paulo Apóstolo e sua contribuição na história do povo agudense. E assim o fizemos. Elaboramos um texto breve (abaixo) que foi entregue à vereadora e anexado ao projeto por ela encabeçado.

Contudo, achamos improvável que a proposta fosse aprovada, uma vez que o prefeito, vice, e grande parte dos vereadores são evangélicos. No entanto, para nossa surpresa e alegria o projeto foi aprovado por unanimidade. Uma vez aprovado pelos vereadores, o senhor prefeito sancionou como feriado municipal o dia 25 de janeiro, festa da Conversão de São Paulo Apóstolo, sob a Lei número 5.048 de 11 de maio de 2017.

Que o reconhecimento, por parte do poder público, da importância da religiosidade na história do município de Agudos nos motive, católicos e evangélicos, a caminharmos sempre juntos, unidos no caminho do diálogo e da comunhão. São Paulo Apóstolo, rogai por nós!

Frei Sílvio T. Werlingue

Sob a proteção do Apóstolo Paulo A história do município de Agudos está entrelaçada com a Igreja Católica desde a época de sua fundação. Como é do conhecimento dos agudenses, a freguesia de São Paulo dos Agudos surgiu nas terras doadas por Faustino Ribeiro (33 hectares e 88 acres) ao padroeiro São Paulo Apóstolo, conforme pode ser lido no ofício datado de 21 de maio de 1898, quando o próprio doador formalizou o pedido a criação da Paróquia.

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Sabe-se que nessa ocasião (depois do ano de 1862), já havia sido construída uma primeira capela consagrada ao Apóstolo Paulo, onde hoje se situa o coreto na “Praça da Matriz”. Presume-se que a capela tenha sido consagrada num dia 25 de janeiro (Festa da Conversão de São Paulo). Naquela época, era costume inaugurar um templo no dia da Festa do Padroeiro.

Não há dúvidas de que a data de 25

de janeiro (Festa da Conversão de São Paulo) está radicada umbilicalmente no processo histórico da cidade de Agudos. Por isso, não pode ser preterida. Faz-se necessário um resgate da história da cidade e do povo agudense que, já nas suas raízes, se demonstrava profundamente religioso. Este dia deve ser lembrado e celebrado solenemente, cada ano, como memorial da história e da religiosidade do povo agudense.

Fraternidades PARÓQUIAS DE AGUDOS SE UNEM PARA CELEBRAR CORPUS CHRISTI

A

s Paróquias São Paulo Apóstolo e Santo Antônio, de Agudos, celebraram no dia 15 de junho a solenidade de Corpus Christi. A Missa foi presidida pelo pároco Frei Sílvio Trindade Werlingue, da São Paulo Apóstolo, e concelebrada por Frei Carlos Pierezan, vigário, e Frei José Martins Coelho, pároco da Santo Antônio. Presente também o diácono Marcos Alberto Arantes.

A celebração começou em frente à Paróquia São Paulo Apóstolo, reunindo milhares de fiéis, que puderam caminhar junto a Jesus Eucarístico pelas ruas de Agudos.

Durante a sua homilia, Frei Carlos comentou sobre a Eucaristia como alimento para a fé. “Nós temos duas mesas: uma é a do pão que compramos na padaria e serve para o nosso sustento. A outra é Jesus, o pão que mata a fome de vida, de amor e solidariedade”, disse.

Pierezan continuou dizendo que é preciso que a Eucaristia esteja pre-

sente em todos os lugares, por meio das atitudes humanas no cotidiano, ou seja, pelo exemplo de vida que cada um pode passar ao próximo.

“Jesus precisa sair do sacrário e ir até o povo. Nós precisamos levar Jesus, pois Ele é o nosso maior tesouro. Ele quer ver as famílias, que estar em praça pública”.

Na Missa, durante o ofertório, foram levados até o altar, como gesto simbólico, as fraldas geriátricas e os li-

tros de leite arrecadados para pessoas que passam por necessidades.

Ao final da celebração e antes de sair em procissão, Frei Silvio motivou os presentes para fazerem uma oração pela paz no Brasil e no mundo. O pedido foi para que todos sejam misericordiosos no momento difícil pelo qual o país está passando.

PasCom da Paróquia São Paulo Apóstolo

FREI JOSÉ LINO E FREI FRANCISCO: CIDADÃOS AGUDENSES Em Sessão do dia 16 de maio de 2017, por proposição do Presidente da Câmara Municipal de Agudos, Vereador Pau-

lo Vinícius Wolber, foi concedido o título de Cidadão Agudense aos Freis José Lino Zimmermann e Frei Francisco Tomazi, em reconhecimento da relevância dos serviços prestado por anos no Seminário Santo Antônio de Agudos.

Esta honraria será entregue em Sessão Solene a ser agendada e convocada pelo Presidente da Câmara Municipal de Agudos.

Frei Chico e Frei José Lino não estão mais em Agudos, mas em Bragança Paulista. Esse título, sem dúvida, é mais que merecido pelos muitos anos

em que se dedicaram aos serviços no Seminário e Fazenda de Agudos. Parabéns aos dois!

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Fraternidades

Frei Lauro restaura órgão de quase 100 anos com a participação de alunos da UFPR

E

studantes do curso de Tecnologia em Luteria da Universidade Federal do Paraná estão participando do processo de restauro de uma preciosidade musical guardada na igreja Bom Jesus dos Perdões, localizada na Praça Rui Barbosa,

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em Curitiba. É um órgão de tubos que foi montado no início da década de 20 pela firma alemã Laukhuff e hoje ocupa o centro do balcão principal. O restauro está a cargo do Frei Lauro Both, organeiro formado na Escola Oscar Walcker Schule, e Ludwigsburg, Ale-

manha, que concilia o trabalho na igreja com as atividades de professor convidado do curso da UFPR – uma oportunidade aproveitada pela universidade para passar aos alunos a vasta experiência de Both neste tipo de instrumento.

O órgão de tubos em que o frei trabalha traz o nome do seu construtor, Johannes Speith, que em 1926 veio ao Brasil especialmente para acompanhar o final da montagem deste e de outros instrumentos vendidos para o País. Além dos reparos e da afinação, o processo de restauro devolverá as características originais do instrumento, que foram modificadas devido a reparos e adaptações feitas nos seus 93 anos de história.

O professor reveza suas atividades entre as aulas que acontecem no Setor de Educação Profissional e Tecnológica da UFPR (SEPT) e o trabalho na Igreja Bom Jesus dos Perdões. Both

Fraternidades

explica que já foram concluídos o restauro do fole, a lustração com a remoção das várias camadas de verniz que escondiam a ação do cupim, a instalação do novo motor, também importado da Laukhuff, nova pintura das flautas construídas em zinco. Aplicação de cupinicida em todas as madeiras.

Também está em andamento a entonação para a afinação geral.

Até o final do processo serão reinstalados os canos originais de chumbo que levam o ar das válvulas até as flautas do instrumento, que são os conjuntos de tubos que produzem o som por meio da liberação do ar comprimido. O instrumento possui desde tubos de alguns centímetros até o maior de seis metros. Cada conjunto produz um certo timbre e são de madeira e metal.

Também a bomba manual que alimentava o fole originalmente será recuperada. O fole é uma grande bolsa de ar com pesos que mantém a pressão constante. Ao acionar a tecla, uma válvula conectada às flautas libera a passagem do ar para produzir o som.

Atualmente o teclado funciona com

comandos elétricos, substituídos na década de 90 durante a última manutenção do aparelho, mas o instrumento voltará a ter seus sistemas mecânicos.

Segundo Both, “o órgão chegou a Curitiba em maio de 1924, montado pelos freis Tito e Inocêncio, sob a orientação de Carl Essenfelder, filho do Florian Essenfelder, e inaugurado aos 13 de junho de 1924, com Missa Solene do Bispo Diocesano Dom João Francisco Braga”, tendo sido terminada a montagem em 1926 pelo próprio construtor do órgão, Johannes Speith, que passou um tempo no Brasil, para a montagem de outros instrumentos, inclusive o da Igreja Santo Estanislau, em Curitiba.

O organeiro explica que após a Segunda Guerra Mundial os órgãos voltaram a ser construídos com comandos mecânicos, substituindo os sistemas elétricos e pneumáticos.

O motivo é buscar a sonoridade original do instrumento, que é prejudicada pela abertura imediata no caso de sistemas elétricos.

Both conta que na década de 1980 o órgão foi “barroquizado”, seguindo a tendência de reproduzir a sonoridade de aparelhos construídos antes do século XIX. Alguns conjuntos

de flautas do órgão foram cortados na altura do tom, característica dos instrumentos barrocos. A flauta original, romântica, era mais comprida mantendo uma maior reverberação, enquanto no tom havia apenas uma abertura, chamada de janela. Essas flautas agora serão substituídas para que o instrumento retorne às suas características originais.

Aprendizado

Os estudantes têm participado do processo, que serve como um laboratório para as aulas. Amilly Bárbara é um exemplo. Ela é especializada em lustração de madeira e foi responsável por renovar a parte externa do instrumento.

O frei mostra o manual de organaria que tem como referência, escrito por um monge beneditino no ano de 1777, mas afirma que nem todo conhecimento necessário está nos livros e que é a experiência na

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Fraternidades so é composto por duas fases, cada semestre inicia com um período intensivo de seis semanas de aulas, onde se aprende a parte técnica e teórica sobre o instrumento, em seguida os estudantes passam a atuar como aprendizes na firma de construção e manutenção de órgãos. Em 1992 o religioso, que também é físico, recebeu oficialmente o título de organeiro após concluir seus estudos.

Sonoridade

construção, manutenção e reparo que, ao longo dos anos, forma o organeiro. Ao final do curso, cada estudante produzirá um Portativo, que é o menor tipo de órgão existente, e pode ser carregado pelo músico. O instrumento possui todas as partes constitutivas dos órgãos maiores e é operado manualmente pelo músico ao tocar.

Formação

A história de Both como organeiro começa em 1987. Ele explica que não era um instrumentista de nível avançado mas que, ao órgão, acompanhava canções em celebrações religiosas. Algumas vezes surgiam problemas com o instrumento e não era fácil achar alguém que pudesse fazer o conserto. Então sugeriu ao seu superior que o mandasse para a Alemanha, onde estão localizadas as principais firmas de construção e restauração destes objetos.

A ideia de uma estadia de um

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ano se transformou em três anos e meio entre estudo na escola em Ludwigsburg e aprendizado na firma Gebrüder Stockmann Orgelbau, na cidade de Werl, que durante a sua passagem completaria 100 anos.

O frei figura na foto comemorativa junto aos trabalhadores e outros aprendizes.

O professor explica que o cur-

Convidado por Both, o professor aposentado da UFPR, Ricardo Herrmann, mostra a robustez do instrumento, em uma rápida apresentação de um trecho de uma composição de Johann Sebastian Bach para nossa reportagem e para os fiéis presentes na igreja. Herrmann é filho do organista Rodrigo Herrmann, que foi mestre-capela na Catedral de Curitiba, com quem iniciou o aprendizado do instrumento.

No dia 10 de junho ocorreu o primeiro concerto após o restauro feito por Both, ocasião em que o órgão foi reinaugurado.

Por Rodrigo Choinski Fotos: Samira Neves, site da UFPR

Fraternidades

pvf

ENCONTRO DOS BENFEITORES EM ANGELINA

A

manhã do domingo, 21 de maio, era fria e de garoa fina na cidade de Angelina, em Santa Catarina. Mas nada disso espantou os benfeitores do Pró-Vocações e Missões Franciscanas de diversas cidades catarinenses a participar da manhã de Espiritualidade Franciscana. O calor humano dos benfeitores e a acolhida alegre e contagiante de Frei Alexandre Rohling (Frei Xandão) fez com que todos se sentissem confortáveis no encontro. Este momento de espiritualidade franciscana aconteceu aos pés da montanha que abriga a gruta de Nossa Senhora de Lourdes, em meio à natureza repleta de verde, cachoeiras e pássaros. Frei Xandão conduziu a manhã de reflexão falando sobre o amor, sentimento que deve conduzir os passos de todos os seres humanos, especialmente aqueles que se propõem a seguir a São Francisco de Assis. Ele também recordou outra característica de São Francisco, a alegria, através da meditação da

passagem da Perfeita Alegria, em que o santo de Assis afirma que, mesmo em um dia frio e cansativo de trabalho e missões, se o guardião do convento não permitir a entrada dos frades em sua casa, ainda assim é preciso manter a alegria e o amor.

O encontro seguiu com a missa na Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição, a matriz de Angelina, onde Frei Xandão agradeceu a todos os benfeitores e recordou que os frades sempre rezam por todos eles diariamente e, em especial, todo dia 4 de cada mês.

Frei Xandão também apresentou trechos marcantes da história de vida de São Francisco e meditou com os benfeitores sobre modelos de vida que merecem ser revisados, diminuindo o consumismo desenfreado e se preocupando com questões ambientais, como a redução do uso de automóveis nas cidades e o menor consumo de água e energia. Como gesto concreto ao final do encontro, foi plantado na floresta,

aos pés da gruta de Nossa Senhora de Lourdes, um ipê amarelo, para que todos os benfeitores – e também os moradores de Angelina – se recordem por muitos anos deste encontro na cidade.

“Gostei muito das falas de Frei Xandão, especialmente da história de vida de São Francisco de Assis. Participei do encontro com minha mãe, Tereza Lopes Coelho, e do que mais gostamos foi a árvore plantada em nome dos benfeitores. Como somos de Angelina, nos comprometemos a sempre olhar e cuidar do ipê plantado ao fim do encontro”, disse Sueli Coelho.

Para Lizete Contin, “sempre é uma alegria este encontro, pois se fortalecem os laços de amizade, bem como a fé e a espiritualidade, que nos movem a continuar na caminhada franciscana. Saímos renovados e com muita alegria e esperança para espalhar a todos a Paz e o Bem!” Leonardo Contin da Costa Julho / 2017 [Comunicações]

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Evangelização

breve partilha do ENCONTRO DOS FRADES DA FRENTE DE EVANGELIZAÇÃO DA COMUNICAÇÃO

P

artilha da missão, avaliação da caminhada, planejamento de ações comuns e encontro fraterno. Estes elementos deram a tônica do Encontro dos frades que compõem a Frente de Evangelização da Comunicação, realizado nas instalações da Fundação Cultural Celinauta, em Pato Branco, PR, nos dias 25 e 26 de maio deste ano. Estiveram presentes Frei César Külkamp (Vigário Provincial e Secretário para a Evangelização), Frei Gustavo Medella (Coordenador da Frente da Comunicação),

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Frei Edrian Pasini e Frei Gilberto Garcia (Editora Vozes), Frei Neuri Francisco Reinisch e Frei Marcos Vinícius Motta Brugger (Fundação Celinauta), Frei Roberto Carlos Nunes (Fundação Frei Rogério). Participaram também em alguns momentos Frei Mário Luiz Tagliari (Ecônomo Provincial) e Frei Camilo Donizete Evaristo Martins, de Curitibanos.

Mensagem do Papa Francisco no momento formativo

Na parte formativa do Encontro,

os participantes leram e comentaram a Mensagem do Papa Francisco para o 51º Dia Mundial das Comunicações Sociais de 2017, que teve como título “Comunicar esperança e confiança no nosso tempo”. No texto, escreve o Papa: “A todos quero exortar a uma comunicação construtiva, que, rejeitando os preconceitos contra o outro, promova uma cultura do encontro por meio da qual se possa aprender a olhar, com convicta confiança, a realidade”. A partir da mensagem, algumas reflexões nasceram no grupo, entre elas: para avançarmos na busca de um estilo comunicador aberto e criativo é preciso se calcar em valores éticos; em nossos empreendimentos e atividades, precisamos ter bem clara nossa missão evangelizadora.

Caminhada do Secretariado para a Evangelização

Frei César conduziu a reflexão, ressaltando aspectos como a necessidade de se trabalhar em rede, criação de espaço de partilha das Frentes; a necessidade de qualificação e aprimoramento dos frades para os vários trabalhos; espírito de partilha e colegialidade; a importância da presença

Evangelização da fraternidade nos núcleos decisórios (administrativos, editoriais, pedagógicos, pastorais) de nossas presenças, tendo o desafio de se evitar a concentração de trabalhos em apenas um frade, a urgência do redimensionamento diante das fragilidades que enfrentamos.

Estudo para possível aquisição de emissora de rádio

Em sintonia com a proposta do Plano de Evangelização, de buscarmos uma “expansão planejada, racional e com finalidade de tornar o nosso serviço evangelizador mais abrangente e com maior potencial de transformação”, está em fase de estudo e discernimento a possibilidade de aquisição de uma emissora de rádio FM e comercial em Indaial, SC. Os estudos realizados até o momento, em torno da viabilidade e da sustentabilidade econômica foram apresentados por um assessor técnico da área de gestão. O grupo se mostrou favorável à iniciativa. Os seguintes passos a serem dados são: encaminhamento da questão para o Conselho de Administração, juntamente com o plano de negócios para obtenção de recursos, para o Conselho de Evangelização.

Nossas instituições

Também fez parte do encontro um momento de partilha da caminhada das instituições:

Editora Vozes

Frei Gilberto Garcia delineou a situação administrativa e de caixa da

Editora. Por conta da crise econômica do país foi criado um conselho de gestão de crise, tendo em vista também o planejamento estratégico já em curso.

A partir dos estudos deste conselho, houve uma série de medidas para contenção de gastos e otimização da aplicação dos recursos, como a readequação da rede de distribuição e também das lojas próprias da editora. Em relação aos frades que fazem parte da equipe da editora, adotou-se a rotina de uma reunião periódica para partilha de decisões e também a elaboração de propostas comuns para gestão da editora.

Fundação Frei Rogério

Frei Roberto Carlos apresentou as novidades em relação à Fundação Frei Rogério, de Curitibanos, SC, da qual fazem parte as Rádios Coroado e Movimento, sendo que esta primeira está em processo de migração, passando da faixa 1140 KHz, AM, para 106,1, FM (A solenidade da migração ocorreu no dia 04 de junho). Dentre as vantagens da migração estão a melhoria da qualidade do som e a possibilidade de a programação da rádio chegar mais longe a partir de uma política de aumento de potência. Aproveitando a ocasião, foi realizado estudo para reposicionamento de marca, incluindo pesquisa de opinião. De acordo com as pesquisas realizadas, a emissora goza de grande credibilidade entre o público da região.

Fundação Cultural Celinauta

Frei Neuri partilhou primeira-

mente a situação de saúde de Frei Nelson Rabelo, que desde o ano passado encontra-se acamado e em tratamento. Frei Nelson sempre realizou excelente trabalho na Fundação, de maneira especial na produção de conteúdo e na definição da linha editorial das Rádios Celinauta e Movimento e da TV Sudoeste. Apresentou as adequações necessárias diante do cenário de crise. No que diz respeito aos investimentos, comunicou sobre a nova torre que está sendo implantada no terreno da Fundação, além de outras ações.

Encontro Provincial da Frente da Comunicação

Previsto para ocorrer nos dias 24 a 25 de outubro de 2017, em Rondinha, PR. O tema abordará a “Evangelização da juventude com atenção às novas tendências digitais e convergência de mídias”, tendo como possível assessor o jornalista e pesquisador Moisés Sbardelotto, que é mestre e doutor em Ciência da Comunicação (a confirmar).

Redimensionamento

Diante desta urgência, a questão é “Como adequar os trabalhos que temos com o número de frades que somos?” Neste aspecto, devem-se criar formas alternativas de presença e gestão, a fim de que o trabalho não dependa unicamente dos frades. A colegialidade com os colaboradores deve ser uma prática presente.

Esta é uma breve partilha dos principais assuntos e encaminhamentos tratados no Encontro dos Frades da Frente de Evangelização da Comunicação. Houve também oportunidade para visita e conhecimento dos estúdios e instalações das rádios e da TV. Nosso agradecimento à Fraternidade de Pato Branco e à Fundação Celinauta pela generosa e fraterna acolhida.

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Evangelização NOTÍCIAS DO SEFRAS

VIOLÊNCIA CONTRA A PESSOA IDOSA

MAGISTRADOS E SERVIDORES FAZEM DOAÇÃO

O Sefras realizou no dia 26 de maio “capacitação sobre a violência contra a pessoa idosa”, tendo a assessoria da assistente social e presidente do Observatório da Longevidade Humana e do Envelhecimento (OLHE), Marília Viana Berzins. “Nossa proposta é discutir os diversos tipos de violência contra a pessoa idosa: física, psicológica, medicamentosa e financeira, que é uma das mais comuns, como também a diferença entre abandono e negligência”, destaca.

Movidos por um gesto de solidariedade, a equipe do Fórum das Execuções Fiscais Federais em São Paulo, se mobilizou em uma campanha conjunta para arrecadar comida, cobertores e agasalhos. Os itens foram doados ao Sefras por magistrados e servidores do fórum em uma ação solidária promovida por iniciativa do juiz federal Paulo Alberto Sarno, que contou também com o apoio da coordenadoria local.

ALUNOS CONHECEM O SEFRAS RECICLAGEM

“CHÁ DO PADRE” NO SERVIÇO EMERGENCIAL

Os alunos da escola Lumiar fizeram uma visita ao Sefras Reciclagem para conhecerem mais sobre como funciona o serviço e o processo de triagem dos materiais. O passeio faz parte de um projeto que as crianças do Ensino Fundamental 1 estão desenvolvendo, chamado “Refúgios Urbanos”, e que estuda a realidade dos catadores de recicláveis. Segundo o tutor da escola Lumiar, Caio Martinez de Almeida, o principal objetivo do projeto é estimular uma visão de empatia e solidariedade nas crianças e, ao mesmo tempo, desconstruir preconceitos.

O Sefras Pop Rua São Paulo abriga em caráter emergencial para que a população em situação de rua que procura proteger-se do frio. Localizado no Largo São Francisco, o salão, que acolhe durante o dia o Chá do Padre, passou a abrigar dezenas de pessoas para pernoite. Elas chegam por volta das 19 horas e recebem um kit com materiais de higiene pessoal e toalha, tomam banho, ganham roupa limpa, jantam e recebem uma cama com cobertor. O espaço tem capacidade para acolher 100 pessoas por noite.

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NOTÍCIAS DA REUNIÃO DO DEFINITÓRIO PROVINCIAL

São Paulo, 20 a 22 de junho de 2017

À

s 9h00 da manhã do dia 20 de junho, na Sede Provincial, em São Paulo, Frei Fidêncio acolheu os Definidores para mais uma reunião ordinária, que contaria no dia 21 com o encontro com os Coordenadores Regionais. Frei Fidêncio convidou os presentes à invocação ao Espírito Santo e leu o evangelho do dia, segundo Mateus (5,43-48): “Sede perfeitos como vosso Pai celeste é perfeito”. Frei César foi o moderador das sessões do Definitório, e grande parte dos assuntos nelas tratados segue abaixo.

1) Reunião com os Coordenadores Regionais – 21.06 Os Definidores encontraram-se com os Coordenadores Regionais durante todo o dia 21 de junho. Fizeram-se presentes Frei Salésio H., Frei Nélson H., Frei Rubens Carvalho, Frei Gilson Kammer, Frei Ivo Müller, Frei Germano G., Frei Gilberto Piscitelli, Frei Valdir Laurentino, Frei Miguel da Cruz e Frei Fernando Araújo. Faltaram os coordenadores do Vale do Paraíba e do Contestado.

Carta do Papa para o 1º Dia Mundial dos Pobres – leitura e reflexão Após dar as boas-vindas e convidar os participantes à invocação ao Espírito Santo, Frei Fidêncio propôs a leitura e reflexão da carta, através da qual, o Papa Francisco instituiu o Dia Mundial dos Pobres (XXXIII Domingo do Tempo Comum – neste ano, o dia 19 de novembro), e que tem por título: “Não amemos com palavras, mas com obras”. É interessante que o Papa a publique no dia de Santo Antônio, e nela cite duas vezes São Francisco. Primeiramente o vê como exemplo de alguém que não se contentou em abraçar e dar esmola aos leprosos, mas que decidiu estar junto a eles, num encontro identificado pelo próprio Francisco como a guinada para sua conversão. Depois, o Papa o vê como testemunha da pobreza genuína: “Por ter os olhos fixos em Cristo, Francisco soube reconhecê-Lo e servi-Lo nos pobres”. O Papa também afirma: “Não pensemos nos pobres apenas como destinatários duma boa obra de voluntariado, que se pratica uma vez por semana, ou, menos ainda, de gestos improvisados de boa vontade para pôr a consciência em paz. Estas experiências, embora válidas e úteis a fim de sensibilizar para as necessidades de tantos irmãos e para as injustiças que frequentemente são a sua causa, deveriam abrir a um verdadeiro encontro com os pobres e dar lugar a uma partilha que se torne estilo de vida. (...) Portanto, somos chamados a estender a mão aos pobres, a encontrá-los, fixá-los nos olhos, abraçá-los, para lhes fazer sentir o calor do amor que rompe o círculo da solidão. A sua mão estendida para nós é também um convite a sairmos das nossas certezas e comodidades e a reconhecermos o valor que a pobreza encerra em si mesma. (...) Com a sua confiança e a disponibilidade para aceitar ajuda, mostram-nos, de forma sóbria e muitas vezes Julho / 2017 [Comunicações]

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Definitório Provincial feliz, como é decisivo vivermos do essencial e abandonarmo-nos à providência do Pai”.

Alguns comentários: 1. O Papa nos compromete, de algum modo, enquanto franciscanos, a promovermos e dinamizarmos o Dia dos Pobres por ele instituído.

2. Nesse dia, valem as ações chamadas assistenciais mas não se pode parar nisso. O dia deve nos despertar para um comprometimento maior que envolve também o nosso próprio estilo de vida.

3. É interessante relacionar a carta do Papa com parte da 2º prioridade para o sexênio, presente em nosso Plano de Evangelização: “Identificar lugares de fratura social, dando-lhes prioridade na ação evangelizadora, atentos às periferias geográficas e existenciais; viver mais sobriamente para investir o superávit no social, partilhando a vida com os mais pobres, em espírito de acolhida e misericórdia”.

4. Pobreza é a atitude do coração que nos leva a um fascínio pela sobriedade, pelo simples.

5. Em nossa atual sociedade, muitas vezes a pobreza é identificada como delinquência e violência, num espírito de medo e desconfiança. Essa visão não deve nos inibir na busca pela pobreza verdadeira, evangélica.

6. A pobreza a ser vencida, a que desumaniza, é decorrente da falta da pobreza essencial, inerente à vocação cristã.

7. Há um comprometimento que nos toca: ajudar os nossos interlocutores, na evangelização, a superar qualquer visão preconceituosa em relação aos pobres.

8. A carta poderia nos impulsionar à articulação junto aos poderes públicos das cidades, na busca por políticas públicas direcionadas às pessoas em situação de vulnerabilidade social.

9. Constata-se que na organização provincial fica cada vez mais difícil compor as fraternidades que se encontram nos lugares pobres. Isso vai na contramão de nossa vocação.

Partilha sobre os Regionais Os Definidores deram um panorama de como caminham os Regionais, suas potencialidades, seus desafios e preocupações. Constata-se que: 1. Há muitos confrades que são exemplo de vida entregue à fraternidade e à evangelização; 2. Há fragilidades em fraternidades de vários Regionais: bom número de confrades idosos (alguns ainda trabalhando muito), bom número de confrades adoecidos (do corpo ou psiquicamente). Alguns mostram-se desencantados, em crise vocacional ou de fé. Alguns não se deixam ajudar. Outros não são capazes de reconhecer a própria situação de fragilidade.

3. Há fraternidades de determinados Regionais que têm características parecidas, como é o caso daquelas, por exemplo, constituídas em ambientes mais rurais, de in-

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terior. Há outros Regionais cujas fraternidades portam estilos de vida bastante diversificados.

Acontece com certa frequência entreajuda entre fraternidades de um mesmo Regional.

Estando mais próximos dos frades, nas bases, os Coordenadores precisam de fato ajudar o Definitório a animar a vida fraterna, a articular projetos, a dirimir conflitos, a promover diálogo e entendimento.

Vários Regionais têm no seu intento aumentar o tempo de encontro para, no mínimo, um dia todo. Em alguns encontros regionais os confrades pernoitam e têm mais tempo para convivência fraterna e para a reflexão.

Há Regionais que mantêm o costume de celebrar os aniversários reunindo confrades de várias fraternidades.

Outras questões abordadas 1. Retiro anual. Frei Fidêncio expôs aos presentes as várias datas e locais de retiro que, neste ano, acontecerão, em sua grande maioria, nos Regionais (Confira notícia abaixo). Proximamente Frei Fidêncio escreverá carta com esclarecimentos e algumas indicações, mas também incentivando a criatividade por parte dos Regionais na preparação e organização dos retiros.

2. Frentes de Evangelização. Foi exposto, em linhas gerais, como andam as 5 Frentes de Evangelização da Província: como procuram se organizar, com que se ocupam em termos de reflexão, quais desafios enfrentam. Todas se dedicam a compor o seu regimento e a sistematizar suas ações a partir do Plano de Evangelização. A Frente da Comunicação, por exemplo, procura conjugar o trabalho com nossos veículos e mídias com uma articulação mais ampla. Chama para os encontros pessoas envolvidas com a Comunicação em outras Frentes. A Frente da Solidariedade, por sua vez, promoverá no dia 25 de julho, em Agudos, um seminário sobre solidariedade na conjuntura de mundo que estamos vivendo hoje, e também de Igreja. E com a pergunta: Qual a contribuição dos frades que poderia oferecer uma resposta positiva à nossa sociedade?

Para o seminário serão convidados confrades, leigos das paróquias e movimentos.

3. Temática para a animação da vida provincial. Frei Fidêncio pediu aos Coordenadores sugestão de tema que pudesse perpassar a animação da vida provincial como um todo, no ano que vem. Foi lembrado o tema da Campanha da Fraternidade 2018: Fraternidade e a superação da violência; e também o sínodo da Juventude, promovido pelo Papa Francisco, com o tema: “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional; faltou-se também em conjunturas do tempo atual e cosmovisão franciscana.

4. Irmãos no eremitério de Rodeio. Refletiu-se sobre a possibilidade e importância de haver dois ou três irmãos que desejem viver no eremitério de Rodeio compondo fraternidade mais dedicada à oração e contemplação,

Definitório Provincial mas também acolhedora de confrades que busquem tempos de retiro e/ou eremitério, ou que precisem refazer-se, de algum modo: espiritualmente, humanamente... Também leigos(as) poderiam ter oportunidade de aprofundar-se nessa dimensão fundamental da experiência cristã, que é a vida interior e de oração. Atendendo à decisão 7 do Capítulo Geral de 2015, o Definitório Geral publicou recentemente o subsídio “Escutai e vivereis”, encorajando cada Entidade, ao menos cada Conferência, através de indicação de vias concretas, a constituir fraternidade de eremitério ou casa de oração.

“Aos frades seja permitido dedicar tempo e formação para um estilo de oração franciscana, que possa ser útil também para outras Fraternidades”.

Ao final do encontro, Frei Fidêncio mostrou-se agradecido aos Coordenadores pelo deslocamento e disposição em ajudar, e, antes da oração final, lembrou a data do próximo encontro dos Coordenadores com os Definidores: 29 de novembro.

2) Retiros 2017 – por Regionais Os retiros neste ano serão praticamente todos por Regionais. Os confrades pertencentes a Regionais que não realizarão seu próprio retiro, poderão fazê-lo junto a confrades de outros Regionais. Basta entrar em contato com o Coordenador Regional respectivo. A temática geral proposta é: “O espírito de oração e devoção”: cultivo da mística, da espiritualidade. Frei Fidêncio escreverá carta com esclarecimentos.

Agendados: 1. Dos Formadores: 11 a 13 de julho (Rodeio – eremitério); 2. Regional do Planalto Catarinense e Alto Vale do Itajaí: 24 a 27 de julho (eremitério); 3. Do Definitório: 14 a 18 de agosto (Guaratinguetá); 4. Regional do Rio de Janeiro e Baixada Fluminense: 30 de agosto a 1º de setembro (Conv. S. Antônio – Rio de Janeiro); 5. Regional da Baixada e Serra Fluminense: 06 a 08 de setembro (Sagrado – Petrópolis); 6. Regional do Vale do Itajaí: 16 e 17 de outubro (Vila Itoupava); 7. Regional do Contestado e Regional de Pato Branco: 16 a 19 de outubro (Curitibanos); 8. Regional do Leste Catarinense: 16 a 19 de outubro (Angelina); 9. Regional de Curitiba: 2 a 4 de novembro (Rondinha) aberto a confrades de outros Regionais.

10. Regionais do Estado de São Paulo: 6 a 9 de novembro (Agudos);

3) Profissão solene - aprovados Depois de ler e analisar diversos relatórios e pareceres, os Definidores aprovaram que façam a Profissão Solene na

Ordem os confrades: Frei Ermelindo Francisco Bambi e Frei João Alberto Bunga (ambos cursando o 4º ano de Teologia em Petrópolis, e ambos pertencentes à FIMDA);

4) Ordenações - aprovados Depois de ler alguns pareceres, inclusive de pessoas da comunidade eclesial, foram aprovados para a: 1) Ordenação diaconal: Frei Marcos Vinícius Motta Brugger; 2) Ordenação presbiteral: Frei Alan Maia de França Victor e Frei Vanderlei da Silva Neves; 5) JPIC – curso realizado em Roma - pedidos Em carta de 8 de junho, Frei Jaime Campos e Frei Rufino Lim, do escritório JPIC da Cúria Geral, citam a presença de Frei James Girardi no Curso Internacional de JPIC, realizado recentemente junto ao Antonianum. Pedem: 1. Apoio ao trabalho JPIC; 2. Colaboração na preparação de um plano provincial JPIC para a Província, levando em conta as decisões 11 e 19 do Capítulo Geral de 2015; 3. Busca de modalidade através da qual o moderador provincial possa partilhar a sua experiência com os outros frades da Província.

6) Frente da Comunicação – relato do encontro e indicações Frei Gustavo apresentou aos Definidores o relato do Encontro da Frente de Comunicação, realizado nas instalações da Fundação Cultural Celinauta, em Pato Branco, PR, nos dias 25 e 26 de maio deste ano. (veja mais informações na pág. 462) 7) Frente das Paróquias, Santuários e Centros de Acolhimento – relato e preocupações Do relato de Frei César: No regimento de cada Frente, é prevista uma reunião no primeiro semestre com os frades que atuam num respectivo campo, e, no segundo semestre, outra, contando também com a presença dos leigos que compartilham conosco a missão em favor do povo de Deus.

A Frente das Paróquias, por contar com um grande número de frades e também devido às distâncias, teve sua reunião dividida para acontecer nas regiões mais ao Norte, nos dias 16 e 17 de maio, na Fraternidade Sagrado Coração de Jesus, em Petrópolis, e nas regiões mais ao Sul, nos dias 23 e 24 do mesmo mês, na Fraternidade São Boaventura, em Rondinha.

O objetivo das duas reuniões: • busca de afinação destas presenças com o que é próprio de uma fraternidade franciscana e seu carisma; • partilha de realidades; • encaminhamento de questões para o Conselho de Evangelização e para o Definitório.

Os dois encontros estudaram o documento OFM: “Enviados a Evangelizar em fraternidade e minoridade na Paróquia” (2009), ainda não contemplado pela Frente. O texto foi considerado importante para Julho / 2017 [Comunicações]

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Definitório Provincial um trabalho tanto nas fraternidades a serviço desta Frente como para os leigos que atuam conosco. Pois descreve a realidade da paróquia, como foi constituída e como se encontra diante do complexo contexto social, cultural e eclesial, indicando algumas opções para a sua renovação. Sintetiza as indicações da legislação da Ordem referente à Paróquia e, à luz das Fontes Franciscanas e dos documentos da Igreja e da Ordem, apresenta alguns pontos de reflexão para integrar e harmonizar o serviço paroquial com a nossa vida franciscana. Toma em consideração cinco dimensões que se complementam entre si: a escuta e o testemunho da palavra (martyria), a celebração (liturgia), a comunhão (koinonia), o serviço (diaconia) e o impulso missionário (missio).

Nos dois lugares se reafirmou que “a fraternidade constitui o elemento básico do nosso carisma”. “Este é o nosso modo de ser e de estar na Igreja e no mundo”. O testemunho de vida em fraternidade é nossa primeira pregação. E assim o deve ser também na pastoral paroquial, pois somos “uma fraternidade que se nutre da mesma mesa da Palavra [...] e que tem sua razão de ser na difusão dessa Palavra”. E é a minoridade que vai “descrever a maneira de ser de uma Fraternidade franciscana na paróquia. Ela deve brilhar no modo de ser e de viver dos frades, através de uma vida pobre, levada na humildade, caracterizada pela confiança em Deus, capaz de partilha e de solidariedade para com os mais pobres e sofredores, pondo-se alegremente a serviço de todos e tendo diante dos olhos, como modelo, o ícone do lava-pés”. “Hoje a Ordem se percebe como uma Fraternidade-contemplativa-em-missão: uma Fraternidade que, enquanto permanece com Deus, continua a ser Fraternidade de menores comprometida em levar a Boa Nova ao mundo inteiro; uma Fraternidade que se põe a caminho...”.

O documento alerta para os riscos de se contentar com a “conservação do existente, de permanecer fechados nas sacristias e nos conventos, reduzindo a pastoral à celebração dos sacramentos”, de se fechar na burocratização e no funcionalismo de estruturas, de “enfatizar a dimensão clerical do carisma franciscano”, entre outros. Para enfrentar tais desvios, a Fraternidade a serviço de uma paróquia ou de um santuário deverá recuperar com coragem “as dimensões típicas de nossa espiritualidade”, deverá “oferecer calorosa acolhida, também a quem está além dos nossos horizontes” e deverá “mudar de estilo de vida para uma sobriedade mais evangélica”.

A partilha de realidades foi realizada, tendo presentes as indicações do Plano de Evangelização da Província, particularmente o de se trabalhar como fraternidade com um Projeto Fraterno de Vida e Missão, sem focar somente no pároco ou no reitor, de primar pela colegialidade, mediante assembleias, conselhos e planejamento

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participativo e de valorizar o protagonismo dos leigos.

Apareceram alguns desafios para esta presença fraterna e na condição de menores na paróquia: Pode-se destacar, além dos novos conservadorismos e clericalismos de uma vida cristã a partir dos movimentos e de sua influência pela mídia, a transformação social nos contextos rurais e urbanos; Não é possível, em todos os lugares, propor a formação de lideranças como também do povo em geral; Na realidade Norte, houve menos interesse na presença de leigos no encontro do segundo semestre; Quanto ao redimensionamento, houve poucas indicações da base e espera-se que o trabalho seja conduzido pelo Definitório.

No processo de elaboração de um plano pastoral que contemple o plano diocesano e o plano provincial, algumas paróquias enfrentam as questões acima indicadas.

Propostas: • Criação de equipes com peritos que ajudem a estruturar uma paróquia franciscana com os elementos destacados no Plano de Evangelização; poderia ser no estilo das missões populares, envolvendo leigos para se chegar a um trabalho como rede de paróquias franciscanas; • A partir de orientações da Província, rever os convênios com as respectivas dioceses de modo a garantir o específico de nossa evangelização, a animação vocacional e a forma própria de contribuição; • Necessidade de real prioridade à Pastoral Vocacional; • Como tarefa, para quem ainda não o fez, ficou o estudo do Plano de Evangelização com as lideranças de cada paróquia e santuário.

A Equipe de Animação da Frente elaborou um esboço de Regimento e um Plano Operacional a partir do encontro com os leigos no segundo semestre do ano passado. O Plano Operacional carece ainda de um aprofundamento, em coerência com as prioridades do Plano de Evangelização, para que chegue a ações mais concretas.

Avaliação: • Foi lamentável a ausência de várias paróquias e santuários, principalmente na reunião do Norte da Província (Colatina, Convento da Penha, São João de Meriti, Nilópolis-Conceição, Imbariê, Amparo, São Sebastião e as seis paróquias do Regional de Agudos); do Sul faltaram Rodeio, Chopinzinho e Curitibanos.

• Ainda não se conseguiu atingir os vigários paroquiais; • Várias realidades penam com situações pessoais de frades, o que dificulta o trabalho em fraternidade; • Em muitas paróquias se evidencia o trabalho centralizado no pároco, a redução do trabalho ao aspecto administrativo-financeiro, a dispensa dos leigos, o distanciamento da vida provincial, o isolamento de confrades, etc.

Definitório Provincial 8) Transferências 1. Frei Valdeci Bento de Moura - da Fraternidade do Sagrado Coração de Jesus, de Petrópolis, para a Fraternidade Santo Antônio, do Rio de Janeiro, para serviços fraternos; 2. Frei Rozântimo Antunes Costa – da Fraternidade Santo Antônio do Valongo, em Santos, para a Fraternidade São Francisco, de Rodeio. Ele acompanhará as atividades ordinárias e a vida de oração da Fraternidade Local.

9) OFS – Santos - Frei João Pereira Lopes Atendendo ao pedido da ministra local, o Definitório nomeou o Frei João assistente espiritual da Fraternidade OFS São Francisco da Penitência, de Santos.

10) Frei Diego Melo – retiro com jovens nos Lugares Franciscanos – missão under ten 1) Nos últimos anos, o Serviço de Animação Vocacional tem desenvolvido seu trabalho através de uma maior proximidade com a juventude, de modo que as Missões e Caminhadas Franciscanas da Juventude têm sido um reflexo disso. Lideranças jovens identificadas com o carisma franciscano têm surgido. Com elas Frei Diego já realizou três retiros. Trata-se de iniciativa dos jovens, voltada para os jovens e organizada por eles mesmos.

Assim surgiu também a ideia da realização de uma peregrinação-retiro nos Lugares Franciscanos, na Itália, com os jovens que procuram se aprofundar na espiritualidade franciscana. O projeto é previsto para maio de 2018, de 14 a 28. Serão 14 dias de peregrinação-retiro em Pádua, Assis, Monte Alverne, Gubbio, Espoleto, Greccio, Perugia e Roma.

2) Frei Diego é o coordenador da experiência missionária under ten da CFMB que, neste ano, acontecerá na Missão Cururu, na Custódia de São Benedito da Amazônia, de 12 a 26 de setembro. Frei Jeâ Paulo Andrade, mestre dos Postulantes, tomará parte. Os Definidores convidarão e motivarão outros confrades under ten a participar.

11) Frei Claudinei Cananéa Bustamante - translado A pedido da família e com o aval do Definitório Provincial, os restos mortais de Frei Claudinei Cananéa Bustamante, frade estudante de Rondinha, falecido em Caiobá, no dia 2 de dezembro de 2013, e sepultado em Paraty, RJ, foi transladado para o mausoléu da Fraternidade São José, Postulantado Frei Galvão, de Guaratinguetá.

12) Frei Renato A. Pezenti - desligamento Após o período de licença para morar fora da Fraternidade Provincial, Frei Renato, em 14 de abril de 2017, escreve: 1) Ao Papa Francisco, pedindo a dispensa do celibato sacerdotal e das obrigações que resultam desta condição e do exercício das Ordens Sacras;

2) Ao Ministro Geral, pedindo para deixar a Ordem e para ser isento das obrigações provindas dos votos religiosos.

3) Ao Frei Fidêncio, ministro provincial, pedindo seu desligamento da Ordem dos Frades Menores, bem como a dispensa dos votos.

13) Frei Leonardo Aurelino dos R. T. Santos – licença para morar fora da Fraternidade Frei Leonardo pediu e recebeu do Definitório Provincial licença para morar fora da Fraternidade Provincial por um ano.

14) Paróquia de Forquilhinha – “entrega” Em carta de 17 de abril, Dom Jacinto Inacio Flach, bispo de Criciúma, SC, considerando o pedido feito anteriormente pelo Governo Provincial, afirma que a Diocese assumirá a administração da Paróquia do Sagrado Coração de Jesus, de Forquilhinha, a partir de janeiro de 2019.

15) Redimensionamento - indicações Com o aval do Regional do Rio de Janeiro e da Baixada Fluminense, e também da Fraternidade Local, será encaminhada ao Conselho de Evangelização, para estudo, a indicação de que a administração da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, de Nilópolis, seja entregue à Diocese de Nova Iguaçu.

16) Questões patrimoniais Os Definidores se reuniram com Frei Mário Tagliari e com o funcionário Bruno Fini, às 16h00 do dia 20, para tratar de possibilidades de negociação e de empreendimentos que envolvem patrimônios de Blumenau: imóvel da Rua 7 de Setembro, Parque São Francisco, e terreno no Bairro Fidélis.

17) Agenda 2017 – acréscimos e alterações Confira na última página destas Comunicações.

18) Autorizações de viagem Por motivos diversos, receberam autorização para viajar ao Exterior: Frei Djalmo Fuck, Frei Nazareno J. Lüdtke, Frei Alexandre Rohling, Frei Genildo Provin, Frei Luiz Henrique Ferreira de Aquino, Frei Virgílio Pereira de Souza e Frei Alvaci Mendes da Luz. Encerramento Às 12h00 do dia 22 de junho, Frei Fidêncio, encerrando a reunião do Definitório Provincial, agradecido, lembrou aos Definidores que em agosto haverá, em Guaratinguetá, o retiro dos Definidores e também a próxima reunião ordinária.

Frei Walter de Carvalho Júnior secretário

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OFM Capítulo “Generalíssimo”

O caminho da reconciliação

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Bula do Papa Leão X “Ite vos“, de 29 de maio de 1517, deveria ter recomposto as diferenças já visíveis entre os Frades Menores sobre como viver verdadeiramente o carisma do Fundador. Em vez disso, ele decretou a divisão em dois ramos (Frades Menores da Regular Observância e Irmãos Menores Conventuais) aos que, uma década mais tarde, acrescentou um terceiro ramo, Frades Menores Capuchinhos.

Desde então, cada um dos três ramos masculinos levou em frente a sua própria tradição, cada vez mais reforçando a diferença com os outros irmãos, manifestando em alguns momentos mútuo apoio e colaboração, mas também, às vezes, chegando a algum tipo de choque.

Nos últimos anos, os filhos de Francisco de Assis, especialmente aqueles da terra umbra – onde nasceu o carisma e região para a qual dirigem o olhar todos os irmãos da Ordem – começaram, com o apoio caloroso de seus respectivos Ministros Gerais, um caminho de reconciliação para um

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testemunho de comunhão cada vez mais evidente, pelo menos igual ao que foi a separação de cinco séculos atrás. Nesta jornada de quatro anos, que já viu os Ministros Gerais concederem um perdão recíproco na Porciúncula em 11 de julho de 2016, uma data significativa para este processo, chegou-se este ano à celebração de um Capítulo, chamado por isso “Generalíssimo”, a partir desta outra data significativa de 29 de maio.

No oásis de São Francisco, em Foligno, uma representação de irmãos da única Família Franciscana, expressão da presença das Ordens masculinas na Úmbria, reuniu-se durante quatro dias, juntamente com os Ministros Gerais. Concluído na manhã de 2 de junho, em Assis, o encontro foi uma forma de “restituir”: aos irmãos, para fazê-los participantes do que se viveu (aos capitulares se juntou uma representação de outros conventos), e ao Senhor, com louvor e ação de graças pelo trabalho que está realizando.

O primeiro desses momentos ocorreu na Sala de Imprensa do Sa-

cro Convento e começou com três testemunhos. O primeiro a falar foi Frei Mauro Botti, OFM, que definiu como “belo o caminho empreendido de recíproca escuta, que já levou a uma reconciliação celebrada diante do Senhor”. Frei Iván Scicluna, OFMCap, viu como uma obra do Espírito Santo, concluindo pela urgência de compartilhar com a sua própria fraternidade de Spello a beleza desta experiência, convidando todos a fazer o mesmo para desencadear uma boa, positiva e frutífera “reação em cadeia”. Igualmente Frei Danilo Marinelli, OFMConv, expressou muita gratidão pelos momentos vividos juntos, tão ricos em graças que é difícil de sintetizar e cujos frutos certamente serão vistos mais à frente. Após estas três intervenções preciosas, Frei Marcello Fadda, TOR, propôs um breve resumo de tudo que resultou desses quatro dias do Capítulo. Frei Marcello enumerou algumas das muitas propostas específicas surgidas, e que buscam expressar com fatos a possibilidade de um caminhar juntos, e

OFM cuja viabilidade será verificada agora.

Frei Mauro Jöhri, OFMCap, em nome dos demais Ministros Gerais, ausentes por outros compromissos, garantiu aprovação – manifestada pela presença em todos os momentos na sede capitular – e o interesse de todos em prol desta inciativa nascida na Úmbria, terra para a qual se voltam todas as Ordens Franciscanas.

Os Ministros Gerais já têm um modo de se encontrar e trabalhar juntos e o Papa Francisco, durante sua primeira visita a Assis, os exortava para isso. Pessoalmente acolheu com entusiasmo o convite, apresentado por Dom Darío e o jornalista Angeli, para redescobrir e cuidar do nosso carisma, como uma exigência que o mundo faz aos Franciscanos, “nestes dias em que colocaram os alicerces – acrescentou – mas agora é preciso construir usando o “cimento” da oração e da vida espiritual”. Ele também desejou a realização de uma das ideias surgidas durante o Capítulo: um “pensatório franciscano” que faça conhecer e valorizar a história francisca-

na, e, através dela, promova a estima e o respeito das pessoas, aquelas da própria Ordem ou das outras. Frei Mauro concluiu sua intervenção aprovando a intenção de se dirigir ao Papa com o maior número de frades no próximo 29 de novembro de 2017 para receber dele a bênção e uma palavra sobre este caminho empreendido juntos.

Um primeiro assentimento, verbal, já o deu o Papa aos quatro Ministros Gerais durante um encontro privado,

mas agora será necessário especificar data e modalidade.

Na esplêndida Basílica Menor, os frades celebraram a Eucaristia presidida por S. E. Mons. José Rodríguez Carballo, OFM, Secretário da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica, que começou sua fala expressando a “grande alegria de se encontrar com a amadíssima Família Franciscana”.

TERRA SANTA CELEBRA 800 ANOS

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s 800 anos da presença franciscana na Terra Santa (1217 – 2017) serão celebrados com diversas iniciativas, sendo o ápice das celebrações no mês de outubro.

O logotipo das comemorações traz o célebre ícone de São Francisco chegando de barco em Acre (norte de Israel), a Cruz da Custódia e o número “800” em destaque. Também foram criados banners alusivos em diversas línguas que enfatizam a importância da recorrência. Segundo explicou o Frei Narcyz Klimas, arquivista da Custódia e Presidente do Comitê organizativo, eles serão enviados “a todos os Comissariados da Terra Santa e a todos os Conventos no Líbano, Síria,

Jordânia, Egito, Rodes, Chipre, Washington, Itália e Espanha”.

Celebrações em outubro

O mês de outubro terá três dias especiais dedicados a conferências e concertos. No dia 16, uma conferência na parte da manhã será dedicada às organizações e instituições que apoiam as múltiplas atividades da Custódia. Na parte da tarde, o Ministro Geral da Ordem, Frei Michael Perry, abrirá as celebrações do aniversário.

Já no dia 17, o Cardeal Leonardo Sandri presidirá a Santa Missa, seguida por uma conferência no Salão da Imaculada sobre o tema “O papel dos franciscanos na Terra Santa”.

Seguirão outras conferências, entre as quais, uma dedicada à chegada dos primeiros frades em Acre, uma sobre “Acre Cruzada” e outra sobre vestígios franciscanos encontrados no primeiro convento no Monte Sião.

No terceiro dia – quarta-feira 18 de outubro – o tema do encontro será o significado dos afrescos na Basílica Superior de São Francisco de Assis, seguido por um breve pronunciamento sobre os primeiros Conventos Franciscanos no Oriente Médio.

Falecimento

Frei Márcio de Araújo Terra 09.02.1949

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O FRADE MENOR

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os 68 anos, faleceu no dia 29/05, às 5 horas, Frei Márcio de Araújo Terra (46 de vida religiosa franciscana, sendo 15 na missão de Angola). Frei Márcio estava internado no Rio de Janeiro desde o dia 20 de março, quando sofreu uma queda na laje da casa da Fraternidade da Rocinha. Com hemorragia cerebral, passou por cirurgia, mas sua recuperação alternou altos e baixos.

No boletim do dia 6 de maio, quando Frei Sandro informava que, “nas últimas semanas, numa alternância de períodos de esperança, otimismo e preocupação, a situação de saúde de Frei Márcio foi aos poucos se deteriorando. Uma infecção era debelada, mas logo outra aparecia, e persistia. Uma cirurgia para desobstruir o intestino agravou mais o quadro. O pouco de interação que

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[Comunicações] Julho / 2017

havia, aos poucos foi desaparecendo. O quadro passou de grave para muito grave. Houve a necessidade de hemodiálise, e a infecção avançava para uma septicemia”. Vários de seus familiares, inclusive sua mãe, dona Procopinha, de 89 anos, estiveram na Rocinha, acompanhando de perto o desenrolar da situação. A comunidade paroquial acompanhava e rezava com muita fé.

Seu corpo foi velado na Paróquia Nossa Senhora da Boa Viagem, na Rocinha, onde, às 19h30, Dom Orani Tempesta, Arcebispo da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, presidiu Missa. O velório se estendeu até às 8 horas de amanhã (30/5), quando foi celebrada a Missa de Exéquias. Em seguida, seu corpo foi transladado para o Convento Santo Antônio, no Largo da Carioca, onde foi sepultado.

Quando ainda era seminarista, iniciando sua caminhada, Frei Márcio foi muito claro ao dizer que o impulso para a sua decisão “era o testemunho do Cristo, que se fez o menor de todos, levando a Boa Nova da libertação”. Para ele, o desejo de estar a serviço do Reino de Deus na construção de uma sociedade mais justa e fraterna era o alimento de sua espiritualidade e a identificação com a causa dos explorados movia a sua via consagrada.

Foi com esse desejo, que sempre alimentou, que Frei Márcio ingressou no Seminário de Guaratinguetá para vocações adultas. “Desde criança mantinha o desejo de ser religioso.

Um padre me prometeu que assim que eu terminasse o grupo escular (ensino fundamental), poderia ir para o Seminário. Ele nunca mais voltou e foi no final da minha adolescência que o desejo voltou mais forte e eu pude ingressar no Seminário”, contou o mineiro de Alterosa, que se autodefinia como introvertido e calmo.

Ele era o terceiro dos sete filhos (um irmão e seis irmãs) do casal Juarez e Procópia. Frei Márcio nasceu em Alterosa (MG), no dia 9 de fevereiro de 1949 e foi ordenado sacerdote no dia 18 de dezembro de 1976.

Para ele, a vida religiosa franciscana é vigorosa quando se funda na pobreza evangélica. Seu trabalho preferido era junto às Comunidades Eclesiais de Base (CEB), onde acreditava que uma ação verdadeiramente coletiva, acima de quaisquer interesses individuais e moldada pelos mais nobres sentimentos de humanidade, solidariedade, compaixão e amor ao próximo poderia mudar o mundo.

Nos quinze anos que passou na Missão Franciscana de Angola, Frei

Falecimento

Dados Pessoais: ascimento: 09.02.1949 – Alterosa N (MG) 20.01.1971 – Admissão ao Noviciado 20.01.1972 – Professa temporariamente na Ordem dos Frades Menores 04.10.1975 – Professa solenemente na Ordem dos Frades Menores 18.12.1976 – Ordenação presbiteral

Atividades evangelizadoras 9.12.1977 – Vigário paroquial em 0 Vila Velha – Paróquia 06.02.1982 – Coordenador da fraternidade e vigário paroquial em Vila Velha, na paróquia do Rosário (ES) 15.12.1982 – Vigário paroquial em Cabo Frio (RJ) 18.01.1989 – Vigário paroquial em Ipanema (RJ) 18.01.1992 – Vigário paroquial em Vila Velha (RJ) 10.12.1998 – A serviço da Fundação Mãe de Deus de Angola 15.03.1999 – Viagem para a Missão de Angola 22.01.2000 – Funda o Projeto Nossos Miúdos em Angola 30.04.2000 – 1º pároco da Paróquia de São Lucas de Angola 22.11.2000 – Vigário Paroquial da Paróquia São Lucas, em Luanda, Angola 12.09.2001 – Eleito conselheiro da Fundação Imaculada Mãe de Deus de Angola 20.12.2006 – Reeleito conselheiro da Fundação Imaculada Mãe de Deus 15.03.2008 – Vigário da Fraternidade S. Francisco de Assis, em Palanka, Angola 01.12.2016 – Vigário Paroquial na Rocinha, no Rio de Janeiro (RJ

Márcio fundou o Projeto Nossos Miúdos, que acolhe meninos de rua na capital, Luanda, sendo a maioria vítimas da guerra de mais de 30 anos que destruiu o país. Para este franciscano, que ingressou na Ordem dos Frades Menores no dia 20 de janeiro de 1971, a sua experiência missionária foi muito marcante porque conheceu o país angolano destruído, no final da guerra, e participou de sua reconstrução.

Dizia que o grande desafio em

Angola não foi a guerra, mas reconstruir o “homem angolano depois da guerra”. Essa, para ele, é a grande missão hoje da Fundação Imaculada Mãe de Deus e da Igreja local. “O governo constrói estradas, hospitais, escolas e nós construimos o homem. E é a tarefa mais difícil. Reconstruir ponte, com diamantes e petróleo angolanos, não é tão difícil assim, mas reconstruir a alma do ser humano, dilacerada durante 35 anos – contando a guerra civil e a guerra pós-independência -, é muito desafiador. Um jovem de 35 anos, que tem toda a sua força de trabalho, nasceu na guerra, cresceu e foi educado nela. Ele praticamente só conhece a linguagem da violência.

Falar de fraternidade, solidariedade soa estranho para ele. Pode até ser que bata no coração dele: ‘É isso que eu quero, mas não foi isso que vivi ou experimentei durante toda a minha vida’! A religião tem um papel muito importante neste momento”, dizia em entrevista ao retornar ao Brasil nas férias de 2009.

DEPOIMENTOS

O pároco e vigário da Fraternidade São Francisco de Luanda, Frei Angelo José Luiz, está em férias no Brasil e deu o seguinte depoimento sobre Frei Márcio: “Tive oportunidade de conviver com Frei Márcio em Luanda, no bairro de Palanka, onde está o Projeto Nossos Miúdos, e onde ele residiu desde o início da sua missão. Assim, ele se radicou na Paróquia São Lucas, como pároco durante um tempo e, aos poucos, identificando-se com um projeto voltado para crianças abandonadas no pós-guerra. Com sua caminhonete, ele percorria as ruas levando comida e roupas. Aos poucos, ele foi vendo a necessidade de ter um espaço para atender essas crianças. Assim nasceu o Projeto Nossos Miúdos ao qual hoje nós, os frades, estamos dan-

do continuidade. Esse projeto tem uma padaria, que mantém esse serviço, e uma creche que foi inaugurada antes de ele retornar ao Brasil no final do ano passado.

Ele sempre foi um frade bastante dedicado no trabalho, na evangelização, na convivência com os leigos e os frades. Ele também sempre foi muito participativo, buscando sempre estar presente, embora até morando e dormindo fora da fraternidade. Mas não deixava de participar da comunidade dos frades.

Aos poucos, ele também se identificou muito com o Projeto Missionário do Kimbo São Francisco, um santuário que acolhe milhares de fiéis semanalmente. Desde o início, quando a Fundação assumiu este trabalho, ele esteve à frente da animação, da programação e das celebrações do Kimbo. Hoje, as pessoas são muito gratas a ele.

Outro trabalho com o qual ele se identificou muito foi com o programa ‘Gotas de Luz’ na Rádio Eclessia, emissora da Conferência dos Bispos de Angola. Duas vezes por semana, durante uma hora, ele interagia muito com os ouvintes. O bispo Dom Zeferino o chamava de a “Voz de Ouro”.

Devemos muito ao Frei Márcio pelo seu trabalho missionário, pelo seu esforço, pela sua dedicação, pela sua presença, pelo seu espírito crítico com relação a todo o nosso trabalho de evangelização – ele sempre teve uma visão muito crítica -, mas construtivo. Ele colaborou bastante com a Missão”, completou Frei Angelo, que retornou no dia 31 de maio a Luanda.

Para o frade angolano Frei Crisóstomo Pinto Ñgala, Frei Márcio deixa saudades. “Foi grande companheiro. Homem desapegado, homem de Deus. Mais um Santo intercessor dos miúdos abandonados”, disse.

R.I.P. Julho / 2017 [Comunicações]

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Felecimentos RESTOS MORTAIS DE FREI CLAUDINEI SÃO SEPULTADOS NO JAZIGO DOS FRADES DE GUARATINGUETÁ Frei Claudinei Cananéia Bustamante faleceu tragicamente no dia 2 de dezembro de 2013, quando se afogou no mar da praia de Caiobá, durante o passeio dos frades estudantes do tempo de Filosofia da Fraternidade de Rondinha.

Ele foi sepultado em sua terra natal, Paraty-RJ, mas no último dia 20 de junho, os seus restos mortais foram transladados para o Seminário Frei Galvão, em Guaratinguetá, onde foram sepultados no Jazigo dos Frades. Este momento foi feito durante o Ofício das Laudes pelos Fiéis Defuntos, na presença de sua mãe, dos frades da Fraternidade de Guará e dos postulantes.

FALECIMENTO

+ Joana Petry Clasen Faleceu no dia 9 de junho último Dona Joana Petry Clasen, mãe de nosso confrade Dom Severino Clasen – bispo de Caçador.

Seu velório foi realizado na comunidade Santa Isabel, em Indaiá, Petrolândia, onde foi o sepultamento no dia seguinte, às 15 horas.

Aos 87 anos, Joana Petry deixa sete filhos de sua união com Ereneu Clasen. Deles, quatro são casados e três são religiosos, entre eles Dom Severino e religiosas da Congregação das Franciscanas de São José.

Que a Palavra do Senhor nos console a todos e nos dê a esperança anunciada por Jesus Cristo: “Ele (Jesus) transformará os nossos corpos humilhados, tornando-os semelhantes ao seu corpo glorioso” (Fl 3,21).

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[Comunicações] Julho / 2017

Acusado de matar Frei Moser foi executado em ‘tribunal do tráfico’

A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) concluiu que o mandante do assalto que terminou com a morte do Frei Antônio Moser, de 75 anos — assassinado em março de 2016 na Rodovia Washington Luís, altura de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense —, foi executado num “tribunal do tráfico”. De acordo com a investigação, o assalto foi ordenado por Marcelo Francisco da Silva, um traficante da favela Vai Quem Quer, vizinha ao local do crime.

Três dias após o latrocínio, Marcelo foi executado dentro da comunidade a mando do chefe do tráfico do local, por conta das operações policiais que passaram a acontecer na região devido à repercussão da morte do frei. Segundo o delegado André Barbosa, responsável pelas investigações, o rastreamento da moto usada pelos criminosos que tentaram assaltar o frade franciscano foi fundamental para determinar a autoria do crime: “Descobrimos que a moto era do Marcelo e foi emprestada para os dois comparsas. Após chegarmos ao nome do Marcelo, conseguimos avançar nas investigações e, a partir de depoimentos de pessoas ligadas a ele, chegamos a um dos executores — afirmou o delegado”. A moto usada no crime foi encontrada num lago dentro da favela Vai Quem Quer.

Leonardo da Silva Madaleno, outro integrante do tráfico, foi identificado como o responsável por guiar a moto. Atualmente, ele está foragido. O atirador, cujo apelido é ML, ainda não foi identificado. O assassinato de Marcelo também foi esclarecido pela especializada. De acordo com o inquérito, Carlos Braz Vitor da Silva, vulgo Fiote, chefe do tráfico da Vai Quem Quer, foi o mandante do crime. Incomodado com a presença da polícia na favela, Fiote ordenou que Giliarde Sobescijanski Martins, o Teleco, e Gláucio Leno de Souza Gomes, o Kamura, cometessem o crime. Fiote está preso. Os executores encontram-se foragidos.

Rafael Soares, Jornal Extra

A FRENTE DA SOLIDARIEDADE para com os empobrecidos Apresenta:

Seminário: Realidade Social e Evangelização – desafios e esperanças

AGUDOS,

24 (chegada) e 25 de julho de 2017

Objetivo:

Refletir sobre os aspectos políticos, econômicos e eclesiais da conjuntura atual e os desafios e esperanças da ação evangelizadora a partir da cosmovisão franciscana.

Temas: Aspectos políticos e econômicos da conjuntura; Violência estrutural e seus rebatimentos no cotidiano; O posicionamento da Igreja frente a esta conjuntura; A cosmovisão franciscana e os desafios e esperanças da ação evengelizadora.

Participantes: São convidados todos os frades e leigos envolvidos nas questões sociais nas diversas Frentes de Evangelização e outros interessados pelo assunto.

Vagas limitadas.somente Inscrições o dia1515de dejulho julho.

Inscrições atéaté o dia Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil

Sefras: (11) 3291-4433 brayan.filipe@sefras.org.br

Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil (*) As alterações e acréscimos estão destacados

julho

OUTUBRO

03 04 a 05

09 a 13 16 e 17 16 a 19

10 11 a 13 24 a 27 25 25 a 27

Encontro do Regional São Paulo (Vila Clementino) Reunião do Conselho do Secretariado de Evangelização (Vila Clementino) Encontro do Regional do Vale do Itajaí (Balneário Camboriú); Retiro dos Formadores no Eremitério (Rodeio); Retiro do Regional do Planalto Catarinense e Alto Vale do Itajaí (Eremitério – Rodeio); Encontro da Frente da Solidariedade para com os Empobrecidos (Agudos); Assembleia do Sefras (Agudos);

AGOSTO 03 a 06 14 a 18 22 a 25 25 e 26 28 28 e 29 29 a 01

Capítulo das Esteiras da CFFB: por ocasião dos 800 anos do Perdão de Assis, 50 anos da Criação da Conferência da Família Franciscana do Brasil – CFFB; Retiro e reunião do Definitório Provincial (Guaratinguetá); CFMB: encontro de ecônomos (Caldas Novas – GO); Encontro do Regional Baixada e Serra Fluminense (ITF); Encontro do Regional do Rio de Janeiro e Baixada Fluminense (Rocinha); Encontro do Regional do Planalto Catarinense e Alto Vale do Itajaí (Lages); Retiro do Regional do Rio de Janeiro e Baixada Fluminense (S. Antônio – Rio de Janeiro);

SETEMBRO 01 01 a 09 02 e 03 03 a 10 04 04 04 e 05 06 a 08 07 a 10 10 a 12 11 a 13 18 18 18 18 e 19 18 a 22 21 22 23 24 25 25 26 e 27 30

Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação; Encontro Continental JPIC (Anápolis); Coleta anual pela evangelização na Amazônia; Congresso Continental para a Formação e os Estudos (São Paulo); Dia da Amazônia; Encontro do Regional de Pato Branco; Encontro Regional do Leste Catarinense (Florianópolis); Retiro do Regional da Baixada e Serra Fluminense (Sagrado - Petrópolis); Encontro Interobediencial do Irmãos Leigos Franciscanos (Vila Velha); Encontro Regional do Contestado; Reunião da Frente das Paróquias, Santuários e Centros de Acolhimento (Agudos); Encontro do Regional de Curitiba (S. Boaventura); Encontro do Regional do Vale do Paraíba (Guará Fazenda); Encontro do Regional do Espírito Santo (Convento da Penha); Encontro do Regional do Contestado; CFMB: assembleia (São Luís – MA); Reunião dos Formadores (Petrópolis); Conselho da Formação Inicial (Petrópolis); Conselho da Formação (Petrópolis); Profissão Solene (Petrópolis); Encontro do Regional do Vale do Itajaí (Gaspar); Encontro do Regional São Paulo (Largo São Francisco) Assembleia da Frente da Educação (Bragança Paulista); Ordenação Presbiteral de Frei Alan Maia de França Victor (Bangu – Rio de Janeiro);

16 a 19 16 a 19 17 a 19 20 a 22 23 e 24 24 e 25 24 a 26

Curso de Franciscanismo (Rondinha); Retiro do Regional do Vale do Itajaí (Vila Itoupava); Retiro do Regional do Leste Catarinense (Angelina); Retiro dos Regionais do Contestado e de Pato Branco (Curitibanos); Encontro Regional do Leste Catarinense (Retiro Anual, Angelina); Reunião do Definitório Provincial (São Paulo); Estágio Vocacional (Ituporanga) Encontro do Regional do Leste Catarinense (Florianópolis); Encontro Provincial da Frente de Comunicação; Semana Teológica (Petrópolis);

NOVEMBRO 02 a 04 02 a 05 06 a 09 13 15 20 20 28 a 30 21 e 22 29

Retiro do Regional de Curitiba (Rondinha); Estágio Vocacional (Guaratinguetá) Retiro dos Regionais do Estado de São Paulo (Agudos); Encontro do Regional do Rio de Janeiro e Baixada Fluminense (Niterói); Encontro do Regional Baixada e Serra Fluminense – recreativo; Encontro do Regional do Vale do Itajaí - recreativo (Vila Itoupava); Encontro do Regional do Vale do Paraíba recreativo (São Sebastião); Reunião do Definitório Provincial; Reunião do Conselho do Secretariado de Evangelização (Vila Clementino) Reunião do Definitório com os coordenadores dos Regionais;

DEZEMBRO 01 e 02 02 a 04 04 04 e 05 04 e 05 13 18 e 19

Celebração dos Jubileus; Encontro do Regional de Curitiba-Recreativo (Caiobá); Encontro do Regional São Paulo (Bragança Paulista) Encontro do Regional de Pato Branco; Encontro do Regional do Planalto Catarinense e Alto Vale do Itajaí – recreativo; Encontro do Regional de Curitiba - recreativo (Caiobá); Encontro Regional do Leste Catarinense recreativo,(Santo Amaro da Imperatriz).

2018 Janeiro

08 15 17 a 21

Profissão dos noviços; Vestição dos noviços; Missões Franciscanas da Juventude (Agudos e Bauru - SP)

JULHO 19 a 22

Encontro Nacional da Juventude (Vila Velha - ES)

novembro 12 a 21

Capítulo Provincial