Revista Comunicações Julho de 2018

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Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil

JUlHO de 2018 • ANO LXVI • N o 07


Mensagem do ministro provincial

“Capítulo Provincial à vista”...................................................................................................................... 427

FORMAÇÃO PERMANENTE

“Vocação eclesial e procedimento magistral”, de Andrea Grillo................................. 430

FORMAÇÃO E ESTUDOS

Noviciado: Primeira Experiência de Eremitério........................................................................ 435 Convento Santo Antônio volta a ser casa de formação com FAV.............................. 436 Grupo de Ecotelogia se reúne no ITF............................................................................................... 438

SAV

Vila Velha recebe o Encontro Nacional Franciscano de Juventudes....................... 439

FRATERNIDADES

ESPECIAL “SANTO ANTÔNIO DA PROVÍNCIA”............................................................................ 442 Fiéis celebram Corpus Christi em Balneário Camboriú .................................................... 465 Frei Márcio Terra ganha biografia........................................................................................................ 466 Confraternização reúne Pastorais na Vila Clementino........................................................ 468 Encontro do Regional de Pato Branco............................................................................................ 469 Encontro do Regional de Curitiba...................................................................................................... 470 Encontro do Regional Baixada e Serra Fluminense............................................................. 471 Alunos da USF arrecadam roupas para a Campanha do Agasalho......................... 471 Regional de São Paulo se reúne no Largo São Francisco................................................. 472 2º Encontro do Regional do Vale do Paraíba.............................................................................. 472 Frei Neylor celebra 80 anos...................................................................................................................... 473

EVANGELIZAÇÃO

Mudança de mantenedora do ITF..................................................................................................... 474 Colégio Bom Jesus: Papa responde carta dos alunos......................................................... 475 Encontro dos Frades da Frente da Comunicação.................................................................. 476 Frente da Comunicação faz 4º Encontro de Formação..................................................... 478 Frente das Paróquias se reúne em Rondinha............................................................................ 480 São Paulo: ação emergencial do Sefras no inverno.............................................................. 483

NOTÍCIAS E INFORMAÇÕES

WebTV Franciscanos entre os finalistas do Prêmio CNBB................................................ 484 Encontro dos Irmãos Leigos em setembro................................................................................. 485 Notícias de Malange...................................................................................................................................... 485

DEFINITÓRIO PROVINCIAL

Encontro realizado em São Paulo de 19 a 20 de junho..................................................... 486

CAPÍTULO PROVINCIAL

Autor explica a logomarca do Capítulo.......................................................................................... 491 Comissão Preparatória se reúne pela terceira vez.................................................................. 492 Ata da Apuração das indicações ao ofício de Ministro Provincial.............................. 493

Agenda ....................................................................................................................................................... 496

Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil Rua Borges Lagoa, 1209 - 04038-033 | São Paulo - SP | www.franciscanos.org.br ofmimac@franciscanos.org.br


Mensagem

Capítulo Provincial à vista!

Caríssimos irmãos e irmãs, que o Senhor vos dê a Paz e todo o Bem!

A

penas cinco meses nos separam da celebração do nosso Capítulo Provincial. Nós sabemos, pelas Fontes Franciscanas, particularmente através da Legenda

dos Três Companheiros e Anônimo Perusino, que o bem-aventurado Francisco, além de determinar Santa Maria da Porciúncula como local para a realização do Capítulo, também desejou que o Capítulo fosse o lugar da reunião de todos os irmãos a fim de “tratar da maneira como melhor pudessem observar a Regra”, bem como a distribuição e o envio dos irmãos

para que “pregassem ao povo pelas diversas províncias” (cf. LTC 57 e AP 37). Iluminados pelo discurso do Papa Francisco, pronunciado no dia 23 de novembro de 2017 aos membros da Família Franciscana da Primeira Ordem e da Terceira Ordem Regular, os Coordenadores dos Regionais e a Comissão PreComunicações Julho de 2018

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Mensagem

GIOTTO -Aparição de Francisco no Capítulo de Arlés (LM 4,10) Quando Antônio - que agora é também preclaro confessor de Cristo - pregava aos irmãos no Capítulo de Arlés sobre o título da cruz, “Jesus Nazareno Rei dos Judeus (Jo 19,19), um dos irmãos de comprovada virtude, de

paratória, em sintonia com o Definitório Provincial, escolheram o tema, “MINORIDADE FRANCISCANA, LUGAR DE ENCONTRO E COMUNHÃO” e o lema, “Sejam chamados Irmãos Menores” (RnB 6,3), como fio condutor dos preparativos e da celebração do próximo Capitulo Provincial, de 12 a 21 de novembro de 2018, no Seminário Santo Antônio de Agudos, SP.

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nome Monaldo, olhando por divina admoestação para a porta da sala capitular, viu com os olhos corporais o bem-aventurado Francisco elevado no ar, com as mãos estendidas como em cruz a abençoar os irmãos”.

Frei Miguel Kleinhans, nosso Visitador Geral, depois do susto inicial, continua firme e forte na sua missão de visitador dos confrades e das fraternidades. Neste momento, ele está visitando as quatro fraternidades que ficaram para trás, por conta do seu período de convalescência. Agora, depois de exames médicos e um período de descanso, Frei Miguel retomará

a visita às Fraternidades do Estado de São Paulo. Também em Angola, na Fundação Imaculada Mãe de Deus (FIMDA), Frei Victor Luís Quematcha, Custódio da Custódia da Guiné Bissau, cumpriu sua missão de visitador auxiliar e deverá apresentar o relatório da visitação ao nosso Visitador Geral. A eles somos muito gratos!


Mensagem Enquanto isso, todos os frades da Província, de diferentes modos, estão empenhados nos preparativos do Capítulo Provincial. Por se tratar de um Capítulo eletivo, já está em andamento o processo das indicações de nomes para os ofícios de Ministro Provincial, Vigário e Definidores, cujas eleições ocorrem durante o Capítulo.

nossas Frentes de Evangelização, para que eles também nos avaliem na nossa Minoridade Franciscana em vista da missão evangelizadora. Eles, certamente, nos ajudarão a sermos mais realistas e críticos em relação à nossa vocação franciscana, especialmente ao chamado à Minoridade na missão evangelizadora.

A Comissão Preparatória também está ativa. No último dia 18 de junho, houve a terceira reunião. Agradeço o empenho das Fraternidades e dos Regionais que responderam ao “Instrumento de consulta” enviado ao Secretário da Comissão Preparatória, Frei Rodrigo da Silva Santos. Este rico material será sintetizado e transformado em texto único, seguindo o método Ver, Julgar e Agir. As respostas enviadas apresentam um olhar positivo e crítico sobre nós mesmos, em nível pessoal, fraterno e apostólico-evangelizador. Contudo, a Comissão Preparatória chegou à conclusão de que devemos dar oportunidade aos leigos e leigas, parceiros e parceiras nas

Por graça e coincidência, neste ano, o Dia Mundial dos Pobres será lembrado durante a celebração do Capítulo Provincial. Sem dúvida, será um momento de graça se nós, em sintonia com o Papa Francisco, nos deixarmos interpelar pelo clamor dos últimos. Mais do que serem convidados a se sentarem apenas por um dia às nossas mesas, os pobres devem nos provocar a responder à prioridade de sermos uma “Província em saída”, com um olhar devotado às periferias existenciais, conforme nos indica o Plano de Evangelização. LEMBRETE IMPORTANTE: além dos frades participantes do Capítulo por dever de ofício, todos os demais confrades professos so-

lenes se esforcem ao máximo para fazerem sua inscrição, conforme a cédula enviada a cada irmão. Ainda há tempo hábil para bem planejar nossas ausências das atividades apostólicas naqueles dias em que estaremos reunidos em Capítulo. E, para concluir, vale este lembrete do Papa Francisco no seu discurso aos Frades: “O ‘Senhor Papa’, como lhe chamava Francisco, recebe-vos com alegria e em vós acolhe os irmãos franciscanos que vivem e trabalham no mundo inteiro. Obrigado por aquilo que sois e por quanto fazeis, especialmente a favor dos mais pobres e desfavorecidos. ‘Todos sejam designados indistintamente como frades menores’, lê-se na Regra não Bulada. Com esta expressão, São Francisco não fala de algo facultativo para os seus irmãos, mas manifesta um elemento constitutivo da vossa vida e missão”. Que o Senhor nos abençoe e nos guarde em seu amor! Frei Fidêncio Vanboemmel, OFM Ministro Provincial

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Formação Permanente

Vocação eclesial e procedimento magisterial (*) Andrea Grillo

Iniciar, participar, servir: para iniciar processos dinâmicos e compartilhados. Vocação eclesial e procedimento magisterial.

“Aquilo que não morre e aquilo que pode morrer...”

O

(Dante Alighieri)

discípulo cristão, se tiver a coragem de lançar a si mesmo na “sociedade aberta”, deve fazer as contas abertamente com aquilo que está vivo e com aquilo que morreu da própria tradição. O lançamento de “processos dinâmicos e compartilhados” – no contexto de uma sociedade de alta diferenciação – requer um profundo repensamento de algumas “categorias-chave” com as quais mediamos o conteúdo de fé. Poderíamos dizer que, nessa passagem fundamental, está em jogo uma relação muito delicada, mas muito preciosa e incontornável, entre “forma” e “conteúdo”. Como disse o Papa João XXIII, no Gaudet mater Ecclesia, na abertura do Concílio Vaticano II, o coração do estilo “pastoral” é a relação não imediata entre “substância da antiga doutrina” e “formulação do seu revestimento”. Nesse processo, gostaria de evidenciar o

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Formação Permanente papel de ligação, precioso justamente na sua necessidade e na sua insuficiência, que o magistério eclesial exerce nisso. No entanto, faço como premissa uma série de observações, quase apenas lexicais, a propósito dos termos que intitulam a minha intervenção e que surgem, como é evidente, da concepção original que o magistério tem sobre si mesmo no Pontificado de Francisco, em evidente e quase escandalosa continuidade com a coragem conciliar de recuperação de uma relação frutuosa entre Igreja e mundo. A estrutura do meu discurso, portanto, terá o seguinte andamento: apresentarei algumas questões preliminares em torno das palavras-chave desta reflexão (§ 1), para depois enfocar o “procedimento magisterial” como serviço e como condição da vocação cristã (§ 2), para ilustrar, enfim, mediante alguns exemplos finais, as oportunidades e os limites da fase pós-conciliar, marcada, não marginalmente, por evidentes sintomas de “imunização da tradição” (§ 3).

1. Um novo léxico para um novo cânone

Cada uma das três palavras que foram postas como título desta minha intervenção merecem uma atenção preliminar, quase um esclarecimento terminológico. É claro que elas derivam, não às escondidas, do léxico que a Evangelii gaudium introduziu no discurso eclesial há mais de quatro anos: elas retomam o imaginário conciliar e o conjugam duas gerações depois.

Vejamo-las uma a uma:

i niciar, ao mesmo tempo, deve ser compreendido no ativo e no passivo. Trata-se de “tomar a iniciativa” – algo urgente e premente –, mas também de percorrer os caminhos da iniciação. A coragem de “iniciar” significa, naturalmente, não jogar apenas na defensiva, não confiar simplesmente no passado, mas ter motivos para tomar uma iniciativa, que considere os limites do

status quo extra e intraeclesial. Sair do estereótipo “educativo”, como se a Igreja tivesse apenas que educar e não se deixar educar, como se o mundo fosse o lugar do esquecimento da formação, e a Igreja tivesse permanecido como a única “agência educativa”; como se, na relação com o mundo, a Igreja também não tivesse sempre que “se deixar iniciar” e “começar algo ex-novo”. Iniciar significa que, também em teologia, “licet quiddam cognoscere novi”! participar é o sinal tangível não tanto de uma “lógica democrática” que, finalmente, entrou também na Igreja, mas sim a lógica intrínseca do próprio mistério cristão. O fato de ter descoberto que é o próprio mistério de Deus uno e trino que exige, na raiz, que não haja apenas “diferença” entre Senhor e Igreja, mas também comunhão e participação torna-se o próprio motivo de uma identificação provocativa: no fundo da “participatio”, há a consciência de que a assembleia celebrante faz e deve fazer parte do mistério celebrado. Fazer parte do mistério, não tê-lo simplesmente na frente, como um “público”, mas estar dentro dele, como uma “comunhão”, como uma “dívida recíproca”: eis o ponto nodal de uma leitura que rompe, um após o outro, todos os pontos de resistência daquela “estrutura hierárquica” que não é – como deve ser – serviço à comunhão da assembleia, mas sequestro e privilégio dignos não de uma Igreja, mas de uma casta ou de uma seita. servir, enfim, não é apenas “imitação de Cristo”, mas também princípio de comunhão eclesial. O estilo do serviço não é apenas dotado de ótimas funções burocráticas, de diplomacias navegadas, de equilibrismos sociais e políticos, de oportunismos táticos ou estratégicos; o estilo do serviço ressoa como Palavra e como sacramento, aprende a arte do desinteresse, da clarividência, da abertura de crédito invencível da vigilância evangélica: sabe que deve

esperar pelo bem que vem como um ladrão. E, para vigiar realmente, experimenta não “fechaduras” nem fechamentos, mas “aberturas” e “esperas”. É verdade: a ideologia do serviço pode se tornar perigosamente “autorreferencial”. Mas, nesse caso, é evidente que ela só serve a si mesma e, em última análise, confunde o servir com o ser servido. À luz das três palavras, assim como as delineamos brevemente, emerge uma questão sobre a qual quero me deter agora: que papel desempenha o “procedimento magisterial” a fim de renovar decisivamente essa vocação cristã ao iniciar, ao participar e ao servir? Em outras palavras, que contribuição essencial dá uma função do magistério que se sintoniza com o “tomar a iniciativa”, em vez de “desconfiar de cada iniciativa”? Que encoraja as “competências diferenciadas”, em vez de advogar para si toda competência? Que pensa grandemente o “serviço”, sem deduzi-lo servil e autoritariamente apenas do passado? Eis, então, que o olhar se dirige ao segundo ponto do meu raciocínio, sobre o papel do procedimento magisterial nessa retomada da resposta eclesial à própria vocação.

2. O procedimento magisterial como chave do processo eclesial

Se um processo eclesial deve ser assumido e promovido, é preciso elaborar novos procedimentos de magistério, central e periférico, que saiam dos estilos fechados e estilizados da temporada recente. Veremos, mais adiante, o coração desse “estilo aparentemente renunciatário”, que, na realidade, garantia apenas a conservação obtusa do “status quo”. Aparentemente renunciava-se, para não renunciar substancialmente a nada. Mas, mais importante é encontrar, no estilo do magistério da Evangelii gaudium, da Laudato si’ e da Amoris laetitia, uma nova reaquisição importante: ou seja, a consciência de ter que superar as leituras redutivas do real, a projeção das Comunicações Julho de 2018

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Formação Permanente próprias fantasias sobre as existências, a ideologia antimodernista e regressiva, nostálgica e carrancuda sobre os mundos da vida e da esperança. Com efeito, no debate eclesial decorrente das palavras proféticas do Papa Francisco sobre a “Igreja em saída” e sobre a “superação da autorreferencialidade”, talvez ainda não se compreendeu claramente como essa prioridade, que o papa enunciou, justamente, desde os primeiros dias do seu ministério – e que já estava claramente presente no seu texto apresentado à Congregação dos Cardeais no conclave – requer uma profunda revisão do estilo com o qual a Igreja pensa e age em relação ao tema do “poder” e da “autoridade”. Poderíamos dizer assim: para poder “sair da autorreferencialidade” e tornarse verdadeiramente “heterorreferencial” – ou seja, para não colocar a si mesma no centro, mas o Outro e o outro – a Igreja deve, acima de tudo, reconhecer que está investida de uma autoridade real e eficaz. Em outras palavras, ela deve poder confiar na possibilidade de intervir com autoridade sobre a própria doutrina e disciplina – sobre aquilo que pensa de si mesma e sobre o que faz de si mesma, para usar a bela expressão do Papa Paulo VI na abertura da Segunda Sessão do Concílio, em setembro de 1963 – sem ceder à tentação de “se impedir um repensamento”, talvez em nome da fidelidade à tradição. Essa via, que muitas vezes é uma escapatória, de fato, continua sendo, também hoje, muito praticada e muito sedutora. Parece uma virtude quase heroica, mas muitas vezes se transforma apenas em uma forma de retórica e em um álibi. Se a Igreja pensa que o único modo de ser fiel ao Evangelho é continuar em tudo e para tudo como antes – seja doutrinal, seja disciplinarmente – ela logo se convencerá de que deve permanecer absolutamente imóvel para ser plenamente a si mesma. Ela fará do imobilismo – às vezes reduzida apenas à conservação dos bens imóveis – a sua obsessão.

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A essa tentação, Francisco quis responder com quatro anos de uma palavra profética, que, acima de tudo, quer persuadir a Igreja e o mundo de duas coisas: que a fidelidade é mediada pelo movimento, a conversão, pelo sair pelas ruas, não pela estase, pelo medo e pelo fecharse entre os muros; que, para se mover, é preciso reconhecer a autoridade de estar na história da Igreja e da salvação de modo partícipe e ativo, não como espectadores mudos e passivos, ou como simples “notários”. A autoridade necessária para sair da autorreferencialidade parece ser um conceito controverso, não apenas por ser objetivamente hostilizado, mas também por não estar subjetivamente esclarecido. Mas, justamente, essa consideração encontra mais do que uma resistência não só na inevitável inércia do modelo a ser superado, mas também em alguns “lugares-comuns”, dos quais eu gostaria de levar em consideração aquilo que eu poderia expressar como a redução da autoridade à “renúncia à autoridade”. Trata-se de um lugar-comum muito fascinante, que às vezes assume uma notável relevância na experiência eclesial, e que o magistério pode e deve utilizar em passagens complexas. Ele se traduz, formalmente, em uma declaração de “non possumus”. Esse é um dos pontos-chave do “magistério negativo” que a tradição antiga, medieval e moderna cultivou com atenção e cuidado. Trata-se, em última instância, de uma preciosa “autolimitação do magistério”. Mas tal autolimitação, que por si só é a garantia de “outro” e que, portanto, deveria conter e obstaculizar as formas da autorreferencialidade eclesial, entrou com grande força na experiência eclesial das últimas décadas, especialmente a partir dos anos 1990. Uma série de documentos, que vão de 1994 a 2007, marcam uma espécie de “baixo contínuo”, no qual, mediante essa autolimitação da autoridade eclesial, deixou-se em vigor a compreensão e a prá-

tica precedente como “única autoridade possível”. De fato, esse é o limite desse “lugarcomum” do exercício do Magistério. O Magistério, em todos os casos que agora examinaremos brevemente, ao afirmar “não ter a autoridade”, não se despoja da autoridade, mas confirma a autoridade na sua formulação anterior e clássica. E é precisamente aqui que a “autolimitação” – até mesmo contra as intenções – corre o risco de ter como resultado a “autorreferencialidade”, e que a “resistência” autorreferencial do poder eclesiástico assume a forma cativante de uma paralisia estrutural, apresentada como renúncia ao poder.

3. A resistência da “imunização da tradição” (também chamada de autorreferencialidade)

São diversas as formas da “imunização da proximidade”. A mais usada e abusada nas últimas décadas é uma estratégia que obtém, simbolicamente, o máximo de vantagens com o mínimo de esforço: é suficiente afirmar que “a Igreja não tem a autoridade” para conservar toda a autoridade! Os processos dinâmicos são impossíveis se a Igreja não tem nenhum poder sobre o ministério, nenhum poder sobre a liturgia, nenhum poder sobre a migração... O estereótipo da “renúncia à autoridade” permite à Igreja uma boa via de fuga: ela parece humilde e desinteressada, enquanto mantém intactas as competências e os poderes. Os exemplos que eu gostaria de dar são evidentes, quase descarados. Pensei em lhes dar títulos de efeito, de modo a considerar totalmente os riscos que se correm ao não conter essa lógica imunizante: a tradução impraticável, a liturgia mumificada, a mulher des-ordenada, o niilismo canônico. Uma breve reflexão dedicada a cada uma dessas graves formas de imunização dos processos dinâmicos de discernimento da tradição deveria nos fazer


Formação Permanente

Nas últimas décadas, como vimos, depois da grande temporada de renovação conciliar, a tentação de retornar à fácil identificação da tradição com o passado voltou a insidiar os “processos dinâmicos” introduzidos pelo Concílio. refletir sobre a urgência de ativar, em cada um desses pontos, uma aceleração dinâmica, como, de fato, está acontecendo, não sem resistências, nos últimos cinco anos:

- A tradução impraticável

Escutamos, há 20 anos, palavras irresponsáveis, mesquinhas, infundadas, sobre o sentido do traduzir e sobre a sua prática. Reivindicou-se até que as línguas modernas, as línguas vernáculas e faladas, para serem dignas da liturgia “romana”, imitassem até as figuras retóricas do latim! Isso, perdoem-me, não é um raciocínio de filologia. Este é um delírio de nostalgia. Que se tornara, até anteontem, palavra oficial, trunfo de uma autoridade reduzida ao autoritarismo que pretende, em vão, a imposição do absurdo. Tal distorção, diante da realidade complexa das línguas, pode causar danos durante alguns anos, como ocorreu, com efeito. Por um lado, havia quem tentasse traduzir “de acordo com a razão”, mas via as traduções serem pontualmente rejeitadas em Roma. Havia quem, por sua vez, traduzisse “de acordo com as novas regras”, produzindo textos que eram, sim, fiéis a Roma, mas não à língua dos povos aos quais eram destinados.

Hoje, nesse plano, não sem resistência nos mais altos níveis, temos novamente a possibilidade de reabrir “processos dinâmicos”, de restituir a palavra aos sujeitos falantes, de confiar em um simples fato: o latim, mesmo com toda a sua justa experiência eclesial de 17 séculos, é uma língua de Babel, como todas as outras. Na Itália, faz 700 anos que Dante sentenciou: a expressão poética não passa mais por aí. Por outro lado, as línguas faladas não só perdem algo daquilo que o latim pode dizer, mas também sabem dizer coisas que o latim não sabe expressar. Devemos nos resignar à liberdade com que o Espírito pode dar o melhor de si não só aos nossos avós, mas também aos nossos bisnetos, nas línguas que, então, eles poderão e saberão falar.

- A liturgia mumificada

Com uma medida-surpresa, tirada da cartola de 10 anos atrás, foi-nos dito que aquela forma ritual que a Reforma Litúrgica conciliar tinha declarado oficialmente como limitada e necessitada de revisão, e que, portanto, havia superado, emendado e mudado, permanecia intocada, intocável e inoxidável, como antes e mais do que antes, ao lado da nova forma ritual.

Mumificar o Vetus Ordo e fazê-lo renascer, de repente, ao lado do seu filho, para assegurar um eterno paternalismo ao extremo sobre o Novus Ordo, de fato, não é um gesto de estilo “tipicamente católico”, mas sim uma grave forma de humilhação para a tradição católica verdadeira, aquela que não tem medo da história, dos processos irreversíveis e que sabe reconhecer o novo e o inesperado. Fazer a reforma e, ao mesmo tempo, fazer como se nada tivesse acontecido não é católico, mas mesquinho. E, assim como é mesquinho pretender julgar um sujeito apenas com base na lei objetiva, assim também é dizer que se defende a Reforma Litúrgica com uma mão e liberalizar com a outra, simultaneamente, aquele rito que havia sido objeto de reforma. Basta dizer que se inaugura um “sistema litúrgico” em que, contemporaneamente, estão vigentes dois calendários litúrgicos contraditórios entre si. E vá você entender se Cristo Rei se celebra no fim de outubro ou no fim de novembro!

- A mulher des-ordenada

Em terceiro lugar, a exclusão da mulher de todos os graus do ministério ordenado parece uma verdadeira joia da imunização, talvez uma das suas obras Comunicações Julho de 2018

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Formação Permanente -primas. Ao repetir os argumentos que provêm da sociedade fechada, somos todos campeões. Ganhamos o campeonato dos lugares-comuns, mas parece que silenciamos todas as objeções? A teologia, se quiser ser séria e não se reduzir a um verniz ideológico para cobrir velhos preconceitos sexistas, deve, se for capaz, não se refugiar no passado, mas propor argumentos para hoje. Dizer que no passado a mulher nunca foi ordenada – o que, aliás, não é verdade – não responde à pergunta que hoje nasce da Igreja e do mundo, da teologia e da cultura. O ponto doloroso dessa demanda de “processualidade” está em aceitar a inversão do ônus da prova. Não é quem propõe a ordenação no feminino, pelo menos no nível do diaconato, que deve oferecer motivações dignas. Essa demanda já está fora do tempo e inverte as coisas. É quem nega essa possibilidade que deve fornecer argumentos com um mínimo de plausibilidade. E não argumentos fingidos, tirados dos armários medievais, cheios de teias de aranha e de mofo! Ou das prateleiras antimodernistas, sempre prontas para dar razões para ficar parados no passado. Porque, se alguém argumenta hoje com base na “incapacidade de exercer o poder por parte da mulher”, não faz um serviço à Igreja, mas prova que está defasado em relação ao mundo-ambiente em pelo menos 200 anos. E há teólogos que continuam credenciando essas palavras como “argumentos”, desqualificando a razão teológica e a dignidade do seu saber.

- O niilismo canônico

Um último aspecto que merece ser ilustrado, como lugar de um necessário desenvolvimento processual, é a “fragilidade matrimonial”: aqui me parece que se deve afirmar que os “processos dinâmicos eclesiais” de recuperação da “realidade conjugal” só podem ocorrer através de um redimensionamento drástico e decidido do papel do “processo judicial”. Os canonistas não devem só dar

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uma razão, mas permanecem em grande parte inadimplentes ao não projetar um sistema novo. Se o vínculo conjugal continua sendo pensado mediante categorias “que não conhecem a história”, toda possibilidade de recuperar a comunhão eclesial só poderá ser garantida pela clássica lógica dos “impedimentos”, que se transformou em “capítulos de nulidade” e que elabora exclusivamente um “remédio retrotópico”. Se o vínculo pode ser apenas duas coisas – desde a origem existente ou não existente – isso nega ao vínculo toda experiência, todo desenvolvimento, toda história. Essa forma mentis – exceto os poucos casos de efetiva “invalidez original” – deverá ser radicalmente superada. Ela não corresponde mais nem à experiência dos cônjuges – supondo-se que estejamos dispostos a reconhecê-la como relevante –, nem às exigências eclesiais – que não são mais as da luta do século XIX contra o Estado liberal usurpador –, nem à compreensão cultural e social – que não é apenas abismo modernista de egoísmo. Continua sendo verdade aquilo que P. Sequeri afirmou durante o Sínodo: “Nunca é como se nada tivesse acontecido”. Esse continua sendo, pelo menos para grande parte dos canonistas, o impensado. A Amoris laetitia é aqui apenas “início de um início”. Bendito, necessário, mas insuficiente. O resto é confiado à capacidade processual do magistério eclesial e canônico por vir.

Conclusões

Para honrar o real, com um gesto de fidelidade à tradição que nunca se torne autorreferencial, é preciso discernir cuidadosamente entre “aquilo que não morre e aquilo que pode morrer”: se não se opera com força e com coragem esse ato de distinção e de discernimento, corre-se o risco de comprometer “aquilo que não morre”, confundindo-o e misturando-o com “aquilo que pode morrer”. A tarefa do magistério, hoje como sempre, parece estar investida de uma

tarefa de discernimento decisivo para não confundir a “vocação eclesial” com a “manutenção do status quo”. Nas últimas décadas, como vimos, depois da grande temporada de renovação conciliar, a tentação de retornar à fácil identificação da tradição com o passado voltou a insidiar os “processos dinâmicos” introduzidos pelo Concílio. Há cerca de cinco anos, o magistério eclesial, graças à salutar “sacudida” introduzida pelo pontificado de Francisco, retomou a fecunda relação entre “procedimento magisterial” e “vocação eclesial”: um magistério que abre novos espaços para a vocação eclesial, escapa à tentação de uma autoridade que bloqueia a liberdade, mas introduz a “misericórdia” como critério da autoridade e, portanto, também como sentido último da liberdade. Um magistério que, com honestidade e equilíbrio, saiba indicar, finalmente, também “aquilo que pode morrer” nos estilos sacramentais e nas formas retóricas, na pastoral familiar e nas estruturas de Cúria, nas formas celebrativas e nas autoridades caritativas identifica muito facilmente aquilo que se tornou obstáculo e lastro, e deve ser deixado morrer, sem nenhuma obstinação terapêutica. Enquanto não soubermos fazer morrer aquilo que de caduco acompanha a pastoral, não saberemos fazer brilhar, com toda a força e a eficácia necessária, aquilo que não morre e não deve morrer. Nesse equilibrado sistema de resistência e rendição, abre espaço, eficazmente, a recepção do Concílio Vaticano II e o espaço para uma resposta nova e, por isso, fiel à vocação cristã. Só assim a fidelidade não será apenas em relação ao passado, mas também em relação ao futuro. (*) Grillo é professor do Pontifício Ateneu Sant’Anselmo, em Roma, do Instituto Teológico Marchigiano, em Ancona, e do Instituto de Liturgia Pastoral da Abadia de Santa Giustina, em Pádua. O artigo foi publicado por Come Se Non, 20-11-2017. A tradução é de Moisés Sbardelotto, do IHU Unisinos.


Formação e Estudos noviciado

primeira Experiência de Eremitério

E

m duas etapas, de 13 a 19 de maio, e de 20 a 26 de maio, os noviços fizeram sua primeira experiência eremítica no Eremitério Beato Frei Egídio, em Rodeio. Por ser grande, a turma foi divida em dois grupos, que subiram, caminhando, a “montanha sagrada”: um grupo fez sua peregrinação no período da noite, saindo do Noviciado por volta das 20 horas do dia 13 (Dia das Mães); outro grupo peregrinou na tarde gelada e com muita ventania do dia 20 (domingo de Pentecostes), saindo às 14h30. Este é um momento em que os noviços desfrutam e fazem o contato mais direto, prático e intenso da vida eremítica, seguindo a Regra que o Seráfico Pai Francisco deixou para

os irmãos que assim sentirem mais fortemente o chamado à solidão e à intimidade com Deus. Durante esses seis dias, às 7 horas, participávamos da Eucaristia, rezávamos as Laudes, tomávamos café e seguíamos “mata a dentro” para vivermos o mistério que Deus nos tinha preparado. Por volta das 15h30, os sinos tocavam avisando-nos que era hora de voltarmos para as dependências do Eremitério. Era o momento de trabalharmos, jantarmos e partilharmos nossas leituras dos Ditos de Frei Egídio, da Palavra de Deus e de outras experiências vividas. No livro de mensagens de retirantes e visitantes, o confrade Frei Gabriel Nogueira Alves escreveu: “Pudemos, nesses dias, fazer a experiência de solidão como forma de nos colo-

carmos na escuta da vontade de Deus. Ele falou a cada um de nós através de nossas experiências. O Senhor nos chamou para sermos Frades Menores e, nessa busca pessoal de cada um, Ele constrói conosco nossa história. Foi bonito poder, nesses dias, irmos ao seu encontro. Agradecemos a Deus por esta montanha. Que Ele nos dê forças no dia a dia, pois agora vamos descer e voltar à nossa rotina”. “O que fica de tudo isso em nós é o ‘adentrar na experiência de Francisco de Assis’, meditando o texto do Beato Egídio. Isso também nos levou a uma renovação de nosso ‘sim’ a Deus na vida franciscana! Que o bom Senhor nos inspire sempre e cada vez mais”, disse Frei Josiélio da Silva Oliveira. Frei Franklin Matheus

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Formação e Estudos

CONVENTO SANTO ANTÔNIO VOLTA A SER CASA DE FORMAÇÃO COM FAV

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o completar 410 anos, o Convento Santo Antônio é também, neste início de junho, uma Fraternidade de Acolhimento Vocacional (FAV). Até o final de setembro, os jovens aspirantes à vida religiosa franciscana, Gilberto Silveira da Costa Júnior, de Agudos (SP); Gustavo Henrique da Silva Toratti, de Guapiaçu (SP); e Bruno Almeida de Mello, de Curitibanos (SC), poderão fazer melhor o seu discernimento vocacional, conhecendo e convivendo com os frades em uma fraternidade franciscana. Neste período, Frei Róger Brunorio será o responsável no acompanhamento. No passado, o Convento Santo Antônio foi “um ateneu célebre de estudo e dele se irradiava a ação franciscana sobre todas as partes do Sul”, explica o historiador Frei Basílio Röwer. Foi casa de estudos filosóficos, teológicos e do noviciado. Tanto que o primeiro jovem “carioca” que tomou o hábito franciscano no Convento de Santo Antônio foi Frei Sebastião dos Mártires, provavelmente no ano de 1638. Atualmente, na Província da Imaculada, os aspirantes passam por duas fases antes do Postulantado. Ficam os três primeiros meses no Seminário São Francisco de Assis, em Ituporanga (SC), e depois fazem uma experiência de quatro meses em uma das Fraternidades de Acolhimento Vocacional (FAV), um tempo de discernimento vocacional a partir da modalidade evangélica do “Vinde e Vede”. No final do ano, no início de outubro, retor-

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nam ao Seminário para concluir esta fase antes do Postulantado. A ideia do Convento de se tornar uma FAV partiu de Frei Róger, que obteve apoio da Fraternidade. “Temos um Convento muito grande, uma Fraternidade grande e uma realidade muito diversa. Acho que é uma contribuição que podemos dar à Província trazendo para cá esses jovens para que eles possam sentir como é a vida em fraternidade”, explicou o frade, que também é animador do grupo de jovens vocacionados, hoje com cinco candidatos. Frei Róger, contudo, terá o apoio dos frades na formação em áreas como liturgia, espiritualidade, bíblia, história franciscana e história da Província. “É uma riqueza muito grande você ter um aspirante fazendo uma experiência aqui, onde há um idoso que precisa de cuidados, outro que é mais jovem, um frade que é confessor, outro pregador, outro escritor. É uma casa que está no centro urbano de umas das principais capitais do país. Ao mesmo tempo que está num

espaço urbano, que reúne o antigo e o moderno, o convento de 410 anos fica num morro com um espaço de verde. Isso ajuda muito. É uma cidade turística e o nosso público é muito devoto de Santo Antônio. Ou seja, é um desafio para se viver uma vida mais conventual ou uma vida mais pastoral. São muitas as possibilidades”, acredita Frei Róger. “A presença deles é uma presença jovial, já que temos uma Fraternidade mais idosa. Não só os fiéis ganham mas a Fraternidade também ganha com eles”, acrescenta o frade. Frei Róger, em contrapartida, não acredita que uma casa antiga e uma grande fraternidade poderiam sufocar esse discernimento. “Os vocacionados estão vindo por causa do seguimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, do modo de São Francisco. Então, esse ponto de partida não pode ser perdido. Se a gente olhar para nós mesmos, vamos ver que somos limitados. Temos vícios e virtudes. O mais importante é ver as virtudes e trabalhar os vícios”,


Formação e Estudos ensina o frade, citando São Francisco: “Ai daquele frade que escandaliza os outros, mas é pior aquele que fica escandalizado com o vício do outro”. Para ele, temos que procurar ver “em toda Fraternidade as coisas boas”. Frei Róger recordou que, quando era vocacionado, trabalhou como sacristão numa experiência semelhante no Convento da Penha. “Tinha convivência em tempo integral com a Fraternidade. Fiz uma experiência riquíssima. Foi aí que conheci o Frei Daniel Kromer, que está enterrado aqui no Convento. Morreu em 2000. Ele dizia: ‘Olhe os problemas que você vê de uma fraternidade, isso vai te dar forças’. Foi um tempo de experiência muito bom e enriquecedor. Então, eu vivi uma FAV”, garante Frei Róger. Outro aspecto muito positivo para

da Fluminense e Petrópolis”, acrescenta o animador vocacional. Ter uma FAV no Convento Santo Antônio é uma forma de a Província, através do Pró-Vocações, retribuir aos benfeitores, que aqui no Rio são muitos. “É uma forma de prestar contas aos benfeitores que não só ajudam materialmente mas que rezam pelas vocações”, observou. Os três jovens, contudo, que iniciam esta experiência foram unânimes em dizer que o impulso para a tomada de decisão veio do testemunho dos frades. Neste período, três pilares sustentarão a sua formação: Experiência da vida e missão da Fraternidade; participação ativa na vida da Igreja local; e leitura, estudo e reflexão.

a FAV do Convento Santo Antônio é a proximidades das casas do Regional. “Os aspirantes aqui também vão ter oportunidade de estar nas outras fraternidades do Regional, principalmente nos finais de semana, quando a atividade conventual é pequena aqui. Eles tomarão contato com fraternidades e realidades contrastantes, por exemplo, Niterói e a Rocinha, a Baixa-

Gustavo Henrique Toratti

Bruno Almeida de Mello

Gilberto Silveira Júnior

Tem 24 anos. É natural de Guapiaçu, Noroeste Paulista. Cursou até o segundo ano de Filosofia na Diocese de São José Rio Preto quando decidiu conhecer melhor a vida franciscana. “Estava bem no seminário da Diocese. Sentia segurança por estar perto da família. Mas na Paróquia da Diocese, onde atuava, conheci um frade capuchinho que veio do Nordeste e seu modo de evangelizar me chamou a atenção. O jeito de estar com o povo era diferente. Aquilo me questionou mas não tinha coragem de abrir mão do que vivia, até que tudo mudou quando passei a fazer parte da Pastoral do Povo de Rua. Me desliguei da Diocese durante um ano e procurei os franciscanos”, contou.

Tem 19 anos. É natural de Curitibanos (SC). Por incentivo do avô, ingressou na Universidade Federal de Santa Catarina para fazer Agronomia. Já estava no segundo ano quando começou a frequentar a Paróquia Nossa Senhora da Conceição e ter contato com os frades desta Província. “O Frei Roberto Carlos me chamou para participar do grupo de jovens e depois ajudei no Apostolado da Oração. Eu não tinha coragem de dizer que queria ir para o Seminário, até que um senhor, o Germano, me animou. E assim comecei a ter orientação com Frei Roberto”, recordou. Filho único, a decisão foi bem recebida pela família da mãe, mas a família do pai, a mais católica, não aceitou até agora.

Tem 18 anos. É natural de Agudos (SP). Já havia concluído um semestre da Faculdade de Sistemas de Informação na Unesp, quando resolveu deixar tudo para seguir São Francisco. “Quando falei para minha mãe que iria para o Seminário, ela ficou branca e em choque”, recordou. Mas hoje, segundo ele, a família aceita bem sua escolha e apoia. Em agudos, existem três presenças franciscanas dos frades da Imaculada – um seminário e duas paróquias – e esse contato com os frades foi mudando a vida de Gilberto. “Até que na Caminhada Franciscana de 2016, vi um grupo grande de frades. Aquele (monte) de frades reunido, fraternos e alegres, mexeu comigo”, revelou o jovem, surpreso com a grandiosidade Comunicações Julho de 2018 do Convento Santo Antônio. 437

Moacir Beggo


Formação e Estudos

GRUPO DE Ecoteologia se reúne no ITF das Criaturas), é um grande exemplo e em sua esteira, segue o Papa Francisco com a sua encíclica Laudato Si’. O nosso grupo faz reflexões baseadas em textos de diversos autores (teólogos e cientistas) como: Jürgen Moltmann, São Boaventura, Leonardo Boff, RaimonPanikkar, Teilhard de Chardin, Fritjof Capra, Eugene Odume Joan Martinez Alier.

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a quinta-feira, dia 14 de junho, o Grupo de Ecoteologia esteve reunido no Instituto Teológico Franciscano. A Equipe de Comunicação do ITF aproveitou a oportunidade para conversar com seus integrantes e saber um pouco mais a respeito do trabalho desenvolvido pelo grupo. Quando começou o grupo de pesquisa em Ecoteologia? Antes da realização da Semana Teológico-Pastoral de 2015, cujo tema era Ecoteologia, alguns membros já refletiam na formação de seminários em Ecoteologia. No segundo semestre de 2016, foi instaurado o grupo de pesquisa em Ecoteologia, com reuniões de estudo das encíclicas papais, de textos teológicos católicos e protestantes. Em 2017, já com o apoio da Missionszentrale der Franziskaner (MZF), iniciamos um mapeamento da produção disponível sobre Ecoteologia, bem como de centros de pesquisas, participação e formação de fóruns e seminários.

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Qual a relação entre Teologia e Ecologia? A Ecologia representa um anseio da comunidade científica da Igreja e das pessoas em geral que estão despertando para a importância do cuidado do planeta Terra.Por sua vez, a contribuição da Teologia é uma resposta inevitável diante da emergência em que nos encontramos hoje. A Teologia, através de uma revisão da Teologia da Criação, colabora com a questão ecológica. São Francisco, irmão dos pobres e irmão da Terra (irmão

O grupo é aberto a qualquer pessoa interessada ou é preciso uma formação acadêmica específica? Uma formação acadêmica específicanão é necessariamente um pré-requisito. Nosso grupo iniciou com os estudantes do ITF. E continuará sempre aberto a quem deseja conhecer melhor o tema e contribuir para a reflexão. Quais frutos que foram colhidos desses encontros? Apresentação em seminários e congressos, por exemplo, no Seminário Latino-Americano de Áreas Protegidas e Inclusão Social, realizado em 2017, na Universidade Federal Fluminense (UFF); assessorias às dioceses e várias outras iniciativas além da publicação de artigos em revistas, no site e no informativo do Instituto Teológico Franciscano.

RETIRO FRANCISCANO DE PENTECOSTES No dia 19 de maio, aconteceu, no ITF, o Retiro Franciscano de Pentecostes. Vivenciamos um belo dia de oração e reflexões inspirados na experiência de São Francisco de Assis e nas palavras da Exortação do Papa Francisco sobre a santidade no mundo de hoje. Aconteceu uma rica partilha de impressões e de experiências entre os participantes, leigos e religiosas, todos empenhados com muita seriedade na vida cristã e desejosos de, como o

Francisco de Assis e o de Roma, deixarem-se conduzir sempre mais pelo vento forte e a brisa suave do Espírito Santo. O dia culminou com a celebração da Missa da Vigília de Pentecostes, na qual, especialmente depois da comunhão, num grande silêncio, sentimo-nos todos um só corpo e um só espírito. Obrigado a todos que participaram. Frei Fábio Cesar Gomes


SAV

VILA VELHA RECEBE O ENCONTRO NACIONAL FRANCISCANO DE JUVENTUDES

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romovido pela Conferência dos Frades Menores do Brasil, o Encontro Nacional Franciscano de Juventudes (ENFJ) reúne jovens de todo o país para uma experiência de convivência fraterna, oração, vivência da espiritualidade e dos valores franciscanos. É, antes de tudo, um momento especial para fortalecimento dos laços e de renovação do ideal que nos une e motiva. É uma oportunidade de partilha daquilo que o Senhor tem feito e realizado por meio dos/das jovens de todo o Brasil, bem como dos desafios que enfrentam em suas realidades muitas vezes tão similares e, ao mesmo tempo, tão distintas. Esse evento surgiu da necessidade de se ter uma aproximação maior entre os frades e os jovens. Em 2008, em Córdoba, na Argentina, realizouse o Congresso Missionário, onde foi debatida a importância da presença franciscana entre os jovens e as atuais dificuldades na evangelização. Desse modo, decidiu-se realizar um grande encontro nacional voltado para os jovens representantes das paróquias e fraternidades franciscanas, como uma primeira tentativa de ouvi-los, entendê-los e aproximar-se deles. O ENFJ é, então, um encontro entre jovens, frades, religiosas, leigos e leigas que se sentem unidos pela espiritualidade franciscana, para que, reunidos como família para estreitar os laços e percorrerem juntos os caminhos da evangelização, possam debater e aprofundar os temas e as dificuldades atuais do mundo juvenil.

1º ENFJ

Esse primeiro encontro aconteceu em Canindé - CE, no ano de 2011, e

reuniu aproximadamente 540 jovens no Santuário de São Francisco das Chagas. Foram realizadas oficinas, partilhas, momentos de profunda espiritualidade e reflexão acerca do tema “Juventude, tua vida é missão”. A Missa de encerramento foi presidida pelo então Ministro Geral da Ordem dos Frades Menores, Frei José Rodríguez Carballo, que também esteve durante todo o encontro ouvindo e partilhando sobre a caminhada dos jovens. Neste encontro, os jovens discutiram sobre vários temas, a saber: ecologia, evangelização a partir da arte.

2º ENFJ

Entre os dias 9 e 12 de julho de 2015, na cidade de Anápolis - GO, realizou-se o II ENFJ, com o tema “Jovens com Francisco seguindo Jesus Cristo” e o lema “Vai e reconstrói a minha Igreja”. Neste encontro, os 450 participantes provenientes de todas as regiões do país fizeram a experiência de fortalecer a fé, conhecer o novo, aprofundar a espiritualidade franciscana e encontrar luzes para a sua caminhada. Durante o encontro as juventudes refletiram que “a juventude comprometida com Cristo deve ter coragem Comunicações Julho de 2018

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para abraçar propostas positivas perante os grandes desafios da atualidade, tais como: o atual modelo econômico que gera exclusão, o extermínio de jovens, a cultura do descartável, a destruição da natureza e as injustiças sociais.” (Carta aberta do II ENJF). Além disso, concluiu-se que toda essa mudança esperada somente é possível mediante um engajamento político na busca da transformação da sociedade. Por fim, os jovens reafirmaram o seu desejo de apresentar a esse mundo a pessoa do Cristo da Esperança colocando-se ao lado dos crucificados de nosso tempo. O 3° ENFJ será de 19 a 22 de julho de 2018, na cidade de Vila Velha - ES. O tema será “E o desânimo se converteu em ardor: permanece conosco, Senhor.” (Lc 24,29). Tendo em vista que estamos vivendo o ano do Sínodo da Juventude, proposto pelo Papa Francisco, esse encontro será de extrema importância para repensarmos a nossa caminhada de juventudes.

COMO SERÁ?

Nessa 3ª edição, o Encontro Na-

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cional terá um diferencial que certamente irá marcar a vida de todos os jovens. Assim, seguindo a metodologia de Emaús e atendendo ao pedido do Papa Francisco de que sejamos uma Igreja em saída, nosso encontro, além de momentos de formação, mística, partilha e reflexão, também proporcionará uma atividade concreta aos participantes. Teremos um momento para visitar as famílias das comunidades da Paróquia Nossa Senhora do Rosário, sede do Encontro, conhecendo, assim, um pouco da realidade social e eclesial de Vila Velha. Além disso, o objetivo é fazer desse encontro uma oportunidade de missão concreta, de modo que anunciemos a Boa Nova de Jesus para outras pessoas, tal qual os discípulos de Emaús que, depois de terem reconhecido Jesus ao partir o pão, voltaram para a Galileia como verdadeiras testemunhas do Ressuscitado.

MOMENTO SOBRE MISSÃO

Dentro da programação, foi pensado para o dia 20 um momento que ajude nossos/as jovens a refletir o sen-

tido da Missão, a partir do que o próprio tema deste Encontro nos sugere que assumamos. Tendo presente um dos objetivos principais deste Encontro, o momento de Roda Viva (mesa-redonda), para o qual queremos contar com sua ajuda, visa despertar na juventude presente o desejo de sair em missão, através da reflexão e das provocações sua e dos demais envolvidos na construção dessa ‘vivência’, como também através do testemunho missionário de outros/as irmãos convidados. A Roda Viva foi pensada pela Comissão Central do Encontro para ser assim constituída: cada participante terá 25 minutos para expor seu ‘eixo’ de reflexão, que será conduzido a partir da metodologia VER – ILUMINAR – AGIR. Logo após a explanação feita por todos, teremos um trabalho em plenária, onde abriremos para a participação ativa e direta dos nossos jovens: ecos da mesa redonda, ressonâncias, inquietações, dúvidas, perguntas, interação, concluindo com a complementação e provocações finais por parte dos assessores.


SAV Composição da Roda Viva: três pessoas; 25 minutos cada

VER: Hildete Emanuele (PJ – Salvador/BA): – Os rostos e realidades juvenis ILUMINAR: Frei Pedro Junior, OFM (PFSAB – Campina Grande/ PB): – A Iluminação Bíblica AGIR: Carlos Neto (Bauru/SP): – Testemunho com os traços de Francisco INTERMEDIAR: Frei Toni Michels, OFM (PFICB – Baixada/Rio de Janeiro)

Momento #pazebem:

Após os trabalhos em grupos (missão e por entidade) teremos esse momento de interatividade com os jovens envolvendo brincadeiras, dinâmicas, tarefas-relâmpago, encenações, etc. Trata-se de uma forma descontraída (no estilo Altas Horas) de

os jovens questionarem e interagirem com os 3 assessores convidados (Hildete, Frei Pedro Júnior e Carlos Neto). Moderador: Frei Zeca, TOR (SP) Como experiência ímpar a ser proporcionada, é importante destacar que nossos jovens vivenciarão uma experiência concreta de missão, que será realizada no dia seguinte (sábado). Dentro do que foi pensado para a programação, teremos partilha de algumas experiências que testemunham diversos ‘rostos da missão’. Esse momento deverá motivar e encorajar os nossos jovens a irem em missão, nas diversas realidades que eles irão visitar, no período da tarde daquele mesmo dia. Para este momento, que acontecerá no dia 21 de julho, das 10h às 11h, estão sendo convidados os seguintes irmãos, que terão 20 minutos, cada um deles para dar um breve teste-

munho missionário a partir da sua própria realidade: Frei João Messias, OFM (Missão Munduruku - PA); Mariana Rogosky (Curitiba - PR); e Washington Lima, Jufra (Secretário Nacional da JUFRA - SE). Enquanto Comissão Central deste Encontro, que tem como objetivo garantir a harmonia e fluência do III ENFJ, a fim de converter em ardor e testemunho as diversas experiências juvenis no âmbito da CFMB, estamos certos de que sua participação e colaboração serão de fundamental importância para nos ajudar a construir mais esse momento de graça que o Cristo Ressuscitado nos convida a viver! Frei Diego Atalino, OFM Frei Wellington Buarque, OFM Juliana Caroline Rafael Corrêa Comissão Nacional - 3º ENFJ

explicação da logomarca – Autor Frei Leandro costa Três corações - Há três corações nessa representação. O primeiro, que se encontra na parte superior, é o coração de Jesus. Os dois, que se encontram abaixo, fazem alusão aos corações dos dois discípulos de Emaús: “Não ardia o nosso coração quando Ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?” (Lc 24,32)

Terceiro Encontro Nacional Franciscano de Juventudes Céu - O azul do céu, representado nesse desenho, quer fazer referência à bandeira do ES e ao manto de Nossa Senhora da Penha.

Jesus e os discípulos de Emaús - Ao mesmo tempo que faz alusão a Jesus e aos discípulos de Emaús, refere-se aos jovens que se encontrarão em Vila Velha.

Convento da Penha - O Convento da Penha, fundado em 1568, é a referência religiosa no Estado.

Céu rosa - A cor rosa também faz alusão à Bandeira do Estado. O Rosa está ligado ao belo entardecer da região e ao manto da Padroeira do Estado, Nossa Senhora da Penha. Entardecer - O céu na cidade de Vila Velha ganha um entardecer singular, numa mistura de rosa e dourados.

Tau - O desenho está todo ele limitado pelo Tau, o símbolo inconfundível do carisma franciscano. Litoral capixaba - Vila Velha é cercada por um imenso litoral. Igreja do Rosário - Uma construção do ano de 1551, hoje é a Igreja Matriz da Paróquia Nossa Senhora do Rosário, que sediará o evento.

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ESPECIAL

SANTO ANTÔNIO DA PROVÍNCIA

Acompanhe neste Especial as festividades nas Paróquias e Conventos da Província.

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Especial

Convento Santo Antônio

FREI FIDÊNCIO NO RIO:

“MEU POVO É AFRONTADO”

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Moacir Beggo

Festa de Santo Antônio, no 13 de junho de 2018, atingiu o ponto alto durante a Celebração Eucarística das 15 horas, quando os fiéis devotos do Padroeiro lotaram a igreja do Convento Santo Antônio, no Largo da Carioca, para celebrar com o Ministro Provincial, Frei Fidêncio Vanboemmel, este momento de Ação de Graças. Em tom de oração, dirigindo-se à imagem centenária de Santo Antônio,

o Ministro Provincial pediu pelo povo brasileiro: “Meu povo é afrontado com tantos escândalos, onde criaturas humanas desavergonhadas e corruptas fazem graça da desgraça de seu povo”, subiu o tom o celebrante. O morro de Santo Antônio parecia um “formigueiro” na “quarta-feira santa”. Milhares de pessoas subiam por uma escadaria e milhares desciam por outra, além do elevador que atendia pessoas mais idosas e com dificuldades de locomoção. O dia quente impulsionou os devotos, que não se importa-

vam com o “banho” de água benta que recebiam dos frades nos corredores do claustro do Convento. Para que os fiéis pudessem transitar sem grandes problemas na igreja durante as celebrações, o Convento abriu uma saída lateral passando pelo claustro. Frei Fidêncio, depois de celebrar às 9h30 na Paróquia Porciúncula de Sant’Ana, presidiu a Celebração Eucarística no Convento, confessando sua alegria por este momento, ao mesmo tempo em que agradeceu carinhosamente o convite do guardião Frei José Comunicações Julho de 2018

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Especial

Pereira. Frei Fidêncio fez a sua súplica ao Santo Padroeiro deste Convento, que celebrou 410 anos no último dia 4 de junho, partindo de seis invocações da Ladainha de Santo Antônio: “Doutor da verdade, Batalhador contra a Falsidade, Estirpador dos crimes, Restaurador da paz, Reformador dos costumes e Restituidor das coisas perdidas”.

INVOCAÇÕES

Segundo o Ministro Provincial, entre todas as invocações, essas são as que mostram exatamente a eloquência profética de Santo Antônio, que também viveu num período da história, inserido numa realidade social da época, carente de verdade, de ética, de justiça, de paz e de bons costumes. “Como no tempo de Santo Antônio, também nos nossos dias contemplamos uma realidade social que causa medo, incerteza e desconforto, principalmente quando olhamos o nosso Brasil mergulhado numa vergonhosa crise institucional em todos os níveis. E a gente se volta para Santo Antônio, e pergunta: Meu querido Santo Antônio, é possível oferecer uma resposta de esperança ao clamor do povo pobre que mais sofre as consequências desse desastre político-econômico, protegido por falácias e conveniências jurídicas?”, perguntou. “Santo Antônio, nós sabemos o quanto é amado por esse povo querido, o quanto és amado por nós, brasileiros. Cada fiel carrega no seu coração agradecimentos, que apesar dos desafios, quer louvar, quer bendizer, quer dizer o muito obrigado por todas as graças alcançadas. Mas também, Santo Antônio, aqui reunido, cada fiel vem com o coração ferido, vem com o coração machucado, mas vem aqui com confiança porque sabe, Antônio, que tu és ‘amigo do Menino Deus’. Por isso, nós confiamos em ti, Santo Antônio. Hoje, Santo Antônio, o clamor e o grito dos pobres e de todos aqueles e aquelas que sofrem chegam mais forte aos céus, porque nós sabemos que tu és um forte intercessor. A tua intercessão é poderosa porque és ‘fidelíssimo filho de São Francisco’”, continuou o Ministro Provincial.

FREI FIDÊNCIO SUPLICA MAIS FORTE:

“Santo Antônio, meu povo é afrontado com tantos escândalos, onde criaturas humanas desavergonhadas e corruptas fazem graça da desgraça de seu povo. Santo Antônio, este teu povo pobre necessita de pão, de moradia, de amor, de respeito, de justiça, de direitos, de educação. Necessita, sobretudo, de saúde e saúde de qualidade. “Santo Antônio, nós pedimos, ajuda-os a recuperar as coisas perdidas. E ‘coisas perdidas’, no meu entender, não se referem exclusivamente a objetos pessoais, como

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Especial

um anel, um brinco, um documento, uma carteira. Existem coisas muitas maiores que nós estamos perdendo. “Santo Antônio, as perdas que seu povo está sofrendo hoje são exatamente as mais belas conquistas sociais. Perdas de valores que geram desigualdades, geram injustiças. Perdas que são as retiradas de direitos, principalmente dessa contrarreforma que espolia os pobres, os trabalhadores, aqueles que precisam pegar o trem, o metrô, o ônibus, lotados todos os dias. Em meio a tudo isso, nós vivemos um estado onde nós experimentamos a dor da violência”.

FREI FIDÊNCO PEDE ÉTICA E JUSTIÇA DOS GOVERNANTES

“Santo Antônio, nós te invocamos como reformador dos costumes, cria, por favor, no coração do teu povo brasileiro, particularmente naqueles que governam, a verdadeira ética, a verdadeira justiça. E os bons costumes que brotam do Evangelho. “Santo Antônio, doutor da verdade, abre o nosso coração para tomarmos consciência da coragem que necessitamos ter para construir um mundo melhor, onde a justiça e solidariedade caminhem de braços dados. “Santo Antônio, ‘restaurador da paz’ e ‘extirpador de crimes’, com a tua coragem, com o teu exemplo de fé, com o teu profetismo, vem em socorro do teu povo, que grita pela paz, que clama pela não violência. Vem em socorro de teu povo, que em meio de tanta falácia e demagogia, sonha com a verdade que nos torna livres. “Santo Antônio, aqui no coração do Rio de Janeiro, a partir deste centro orante, nós queremos hoje, sobretudo, pedir a paz, e tudo aquilo que envolve a paz”. “Que nós possamos, assim, rezar e suplicar a Santo Antônio: Dai-nos a coragem profética para sermos uma Igreja em saída. Dai-nos a ousadia de traduzirmos, como Santo Antônio mesmo nos ensina sempre mais, as nossas palavras em obras. ‘Calem-se as palavras, falem as obras’, nos diz o santo. Por isso, Santo Antônio, roga por nós!”, concluiu Frei Fidêncio, recebendo uma sonora e demorada salva de palmas.

OS ‘ANTÔNIOS’ DO CONVENTO

Durante o dia, o povo procurava sempre a proximidade de uma imagem para fazer as suas preces. Espalhadas pelo interior e na parte exterior do Convento, havia cinco imagens do Santo. Elas podiam ser encontradas ao lado do velário; no centro do pátio em frente do Convento, e que no final do dia nem mais parecia uma imagem tamanha a quantidade de fitinhas amarradas nela; uma imagem no nicho da parede na entrada da igreja; a imagem principal no altar-mor, que tem 1,66 de altura é datada do século XVII, Comunicações Julho de 2018

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Especial

sendo muito procurada e venerada; e a imagem do andor que acompanhou toda a Trezena e ficou exposta no corredor do claustro, onde um frade aspergia a água benta. Esta Imagem foi rifada no final da festa. Também, mais à distância, está a imagem do frontispício da igreja. Essa imagem é a que garantiu a expulsão dos franceses no memorável dia 19 de setembro de 1710 e é conhecida como “Santo Antônio do Relento”. Ela é iluminada toda noite.

D. ORANI CELEBRA NO QUINTO DIA

A terça-feira dedicada à devoção a Santo Antônio, no 5º dia da Trezena e no Dia Mundial do Meio Ambiente, terminou com uma Missa Solene de Ação de Graças presidida pelo Arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Dom

Orani João Tempesta, às 18 horas. Segundo o Cardeal, Santo Antônio foi um homem coerente com o que pregava. “Alguém que falava mas também tinha atitudes muito concretas em relação à própria vida cristã e em relação a amar o próximo. São Francisco tam-

bém e São Bonifácio, que celebramos neste dia. Nossa vida não pode ser uma coisa teórica, mas somos chamados a viver com atos concretos”, disse. Para ele, São Francisco é um santo que revoluciona por corresponder cada vez mais sua vida com o Evangelho.

LEIGOS NAS PREGAÇÕES DA TREZENA

Cesar Augusto Kuzma

Patrícia de Moraes

Moema Miranda

No Ano do Laicato, os leigos foram o destaque da Trezena de Santo Antônio no Convento do Largo da Carioca. O mestre e doutor em Teologia Cesar Augusto Kuzma (*), representante dos leigos na Comissão do Laicato da CNBB e convidado pelo presidente da Celebração Eucarística, Frei Neylor Tonin, falou no dia 3 sobre a missão dos leigos na Igreja. “Não estamos buscando mérito mas estamos buscando servir, não estamos buscando apenas um reconhecimento mas um espaço para poder atuar, um espaço para poder falar, onde possamos ser sal e possamos ser luz, assim como foi Jesus, que também era leigo, assim como foi Maria, que também era leiga, assim como Francisco de Assis, que também foi leigo”, disse. Segundo Kuzma, a natureza da Igreja é uma natureza laical porque somos todos povo de Deus. “Se no Evangelho Jesus pergunta e questiona aquilo que é apenas oferecido ao sacerdote no aspecto institucional da religião, para nós, enquanto cristãos, nada é exclusivo aos sacerdotes, porque o que nos vale, o que nos garante, é que nós somos uma Igreja que é povo de Deus. E a mesma vocação a que nós somos chamados como leigos, aqueles que são chamados ao sacerdócio também têm a

mesma dignidade e repartimos todos o mesmo Pão e nos fortalecemos todos numa mesma comunidade”, enfatizou. No décimo dia, Frei José Pereira convidou a Ministra da Fraternidade Convento Santo Antônio da Ordem Franciscana Secular, Moema Miranda, e a vice-Ministra, Patrícia de Moraes, para falarem sobre o tema dos leigos na Igreja. Segundo Patrícia, que é mestra em Teologia Bíblica, os leigos são cristãos que vivem essa comunhão e têm uma missão especial na Igreja e na sociedade. Pelo múnus do batismo, receberam essa vocação de viver intensamente a serviço do Reino de Deus. Moema, que também é do grupo Ecoteologia do ITF, lembrou: “Nós, leigos e leigas, somos alimentados pela comunidade dos irmãos, alimentados pela sabedoria dos freis, dos padres, bispos e hoje pela sabedoria do Papa Francisco, que nos pede para que sejamos ‘uma Igreja em saída’. É melhor que estejamos sujos e cansados do caminho feito levando essa mensagem, do que estejamos num lugar de segurança que hoje não existe mais”. A Trezena teve cada dia um pregador diferente nos horários do meio-dia e 18 horas.


Especial

ANIVERSÁRIO DE 410 ANOS

Na segunda-feira (4 de junho), chuvosa e fria, o tradicional Convento Santo Antônio do Largo da Carioca celebrou 410 anos. O lançamento da pedra fundamental do Convento Santo Antônio realizou-se com grande festa no dia 4 de junho de 1608, véspera de Corpus Christi. Depois de sete anos de trabalhos, a comunidade pôde entrar na parte do Convento acabada no dia 7 de fevereiro de 1615. Mas a construção de todo o Convento com a igreja somente ficou pronta em 1632. “O Morro Santo Antônio ia até onde está hoje a Catedral, o BNDEs, a Rua Evaristo da Veiga e a Rua do Lavradio. Em 1955, para tornar realidade o aterro do Flamengo, foi usada a terra proveniente do desmonte e demolição parcial do morro de Santo Antônio. Então, a gente perdeu um pouco essa noção do espaço, mas o morro está aqui. Um pedaço dele ficou aqui. Graças a Deus temos esta

casa, este Convento, para oferecermos nossos louvores e agradecimentos a Deus sob a intercessão de Santo Antônio”, lembrou Frei Róger Brunorio. Frei Jerônimo de São Braz se tornou o primeiro guardião do Convento Santo Antônio, depois de constitu-

ída a Província autônoma, a Custódia da Imaculada Conceição. O primeiro Provincial, nomeado pela Santa Sé na criação da Província e empossado no dia 24 de dezembro de 1677, era, como já foi noticiado, o carioca Frei Eusébio da Expectação.

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Especial

SÃO PAULO – PARI

O Santo de nossas vidas

Frei Augusto Luiz Gabriel

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104ª festa de Santo Antônio do Pari começou cedo na Paróquia do Pari em São Paulo (SP). Às 6 horas da manhã as portas da Igreja foram abertas para acolher os primeiros devotos que vinham de longe e de perto para homenagear o Padroeiro. Ao todo, dez Celebrações Eucarísticas foram realizadas, além de bênçãos dos freis durante todo o dia, distribuição dos pães e o famoso bolo de Santo Antônio. Dia cheio,

que culminou com uma linda procissão nas ruas do bairro do Pari. E, para fechar com chave de ouro, fogos de artifício iluminaram a noite e revigoraram ainda mais a fé e a devoção ao santo. O tema da Trezena deste ano foi:

“Santo Antônio: exemplo de vida e santidade”. A Trezena e o dia 13 de junho são os melhores momentos para prestar homenagem a Santo Antônio, este santo tão querido do povo brasileiro, e a forma correta de venerá-lo será a imitação de sua vida: pregar a fé, realizá-la através de atos em benefício do próximo, isentos de crendice, e sem o objetivo do lucro material. A figura de Santo Antônio deverá ser um apelo a um trabalho melhor, a um comportamento mais humano e meO Pregador Frei Clauzemir Comunicações Julho de 2018

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Especial

nos egoísta. Esse é o culto que deve ser dedicado ao Santo, esse foi seu modo de viver. A solene Celebração Eucarística das 19h30 foi presidida pelo pároco Frei Germano Guesser, e concelebrada por Frei José Francisco de Cássia dos Santos, Frei Jêa Paulo Andrade e pelo pregador da Trezena deste ano, Frei Clauzemir Makximovitz, a quem coube a reflexão também deste dia e durante toda a Trezena. A Igreja, assim como em todas as outras missas do dia, esteve cheia e o movimento foi intenso o tempo todo. Em suas reflexões Frei Clauzemir destacou que, neste dia 13 de junho, não se celebra apenas a fé de cristãos e católicos, nem muito menos um mera devoção a um san-

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to português de nascença mas que morreu na Itália há quase 800 anos. Mas sim, celebra-se a vida. Segundo ele, a devoção a Santo Antônio não só fez e faz parte de nossa vida, como também colaborou para sermos quem nós somos hoje. “Primeiro que não comemoramos um Santo estranho, desconhecido, alguém cuja vida se esconde entre o mistério e o respeitoso temor. Comemoramos alguém que desde sempre está presente em nossas vidas. Alguém a quem recorremos! Alguém, não uma coisa! E como Santo Antônio está presente em nossas vidas!”, destacou o jovem frade que atualmente reside em Lages (SC). Para ele, celebrar Santo Antônio do Pari, é celebrar um santo que

marcou e marca a vida de muitas pessoas. “É aqui que ele continua significando tanto a cada um de nós. Quantos aqui lembram o tempo em que esse bairro não era quase que exclusivamente comercial, mas era lar de tantas e tantas famílias que fundaram essa igreja aqui no Pari! Lembram o tempo em que o Colégio Santo Antônio era extensão dessa Igreja, e dessa comunidade! Uma grande família que procurava caminhar unida, aqui neste chão, sob as bênçãos de Antônio, de Santo Antônio do Pari”, mencionou o frade. Frei Clauzemir mencionou que, atualmente, a missão do bairro do Pari pode até ter mudado, porém Antônio continua mais vivo do que nunca, intercedendo e velando, acolhendo, amparando e socorrendo


Especial

os mais necessitados. O frade continuou sua reflexão dizendo que a forma como se mantém a devoção diz muito de quem se é de verdade. “A forma como nos relacionamos com Deus, de um modo ou de outro, contribui para definir quem somos”, frisou. “Que cada vez mais possamos encontrar forças nesse Deus sempre presente para transformarmos o mundo num lugar melhor! Que Santo Antônio, de Pádua, de Lisboa, do Pari e do mundo todo, nos ensine a vivermos para Deus! Amém!”, finalizou.

AGRADECIMENTOS

Frei Germano agradeceu à equipe de liturgia e também ao sr. Nilton, que deu vida novamente ao órgão que fica no coro, e há algum tempo estava parado. Agradeceu imensamente à comissão da festa e todas as pessoas que assumiram diversas frentes de trabalho. “Muitos agora estão cansados, mas tenho certeza que foi um dia abençoado por Deus”, destacou o pároco. Agradeceu também ao Frei Clauzemir, pregador da Trezena, e ao Frei Jêa que veio de Guaratinguetá com os futuros frades, hoje postulantes, e que ajudaram na realização da festa. “Muito e muito obrigado”, disse Frei Germano.

PROCISSÃO

Após a bênção final, grande parte dos participantes da Missa seguiu em procissão por algumas ruas e arredores da Paróquia do Pari. Cantando e rezando, os frades e devotos deixaram ecos de Santo Antônio e do carisma franciscano, marcados na cidade. A imagem de Santo Antônio foi à frente levada em um carro. A grande festa terminou com a tradicional queima de fogos. Comunicações Julho de 2018

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Especial

santos

A devoção no Valongo

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Érika Augusto

oi debaixo de muita chuva que os devotos de Santo Antônio do Santuário do Valongo, em Santos, celebraram o Padroeiro na última Missa e durante a procissão. De guardachuva em mãos ou se escondendo debaixo das barracas e dos toldos do comércio, os devotos prestaram sua última homenagem do dia a Santo Antônio na Missa, celebrada no palco em frente ao Convento. Em sua homilia, Frei João Pereira Lopes recordou o tema da festa deste ano – “Santo Antônio e os cristãos leigos e leigas, sujeitos na ‘Igreja em saída, a serviço do Reino’” – e afirmou que um leigo missionário preci-

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sa de duas características, conforme a primeira leitura, extraída do Livro da Sabedoria: “Orei, e foi-me dada a prudência; supliquei, e veio a mim o espírito da sabedoria”(Sb 7, 7). “A prudência é uma virtude

que nos dá a capacidade de fazer a escolha certa e encontrar os meios adequados para realizá-la”, explicou. E completou: “A sabedoria é a capacidade de saborear tudo aquilo que Deus criou para nós, sabendo fazer a escolha certa, aquela que agrada o Senhor Nosso Deus”. Ao longo de todo o dia foram celebradas 8 missas. Ao meio-dia, Dom Tarcísio Scaramussa, bispo da Diocese de Santos, presidiu a Celebração Eucarística. Em sua homilia, o bispo citou um pensamento de Santo Antônio: “A palavra se torna concreta, viva, quando se transforma em prática, em obras”, recordou. Dom Tarcísio falou sobre o Ano do Laicato, comemorado na Igreja do Brasil neste ano e tema da festa


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e de toda a Trezena no Valongo. “O que nós, comunidade católica, falamos com a nossa vida, com o nosso jeito de ser? Em todo lugar, na família, no trabalho. Elas falam da Palavra de Deus? São palavras transformadas em obras? Nossa sociedade é mais justa com a nossa prática? Nossa sociedade é mais honesta com a nossa prática?”, questionou. Ele encerrou sua homilia citando um trecho da Exortação Apostólica “Gaudete et exsultate”, sobre a chamada à santidade no mundo atual. Para o dia, as voluntárias que trabalham na confecção do bolo de Santo Antônio prepararam cerca de 250 formas de pão de ló que são recheados, confeitados, abençoados e vendidos aos devotos. Distribuídas dentro dos bolos, estão uma centena de medalhas. Entre os confeitos, destacam-se as cores da bandeira do Brasil, por causa da Copa do Mundo. A voluntária Clarice Abreu dos Santos é a responsável pelo bolo de Santo Antônio e afirma que há 28 anos ajuda na festa do Valongo.

Dona Rute a “Rutinha”

Por volta do meio-dia, a fila para comprar o bolo era grande. Muitas pessoas que trabalham na região aproveitaram o horário de almoço para vir ao Santuário, que neste ano contou com uma praça de alimentação no lado externo. A barraca que distribui o pão bento também foi muito procurada pelos fiéis. Dona Cícera veio de São Vicente, acompanhada de sua família. Há 15 anos ela fez uma promessa ao santo para superar problemas financeiros e foi atendida. Desde então, ela oferta os pães no Santuário do Valongo, como forma de agradecimento. Outra devota que está sempre no Santuário é Dona Rute, ou Rutinha, como é conhecida. Aos 88 anos, ela se define como “misseira”, pois afirma que sempre que passa por uma igreja onde vai começar a missa, ela participa. Mas a sua grande devoção mesmo é Santo Antônio. Ela vem ao Valongo toda terça-feira, dia tradicionalmente dedicado ao santo e, emocionada, testemunha seu carinho ao santo lisboeta. “Já recebi muitas graças dele, então não posso deixar de vir. Eu tenho que agradecer sempre”, afirmou.

Grupo Ação do Coração

Dona Cícera

Durante todo o dia, o grupo Ação do Coração esteve presente na festa do Valongo. A iniciativa surgiu a partir da morte do jovem ator Eduardo Furkini, da cidade de Santos, vítima de um infarto fulminante. A partir da confecção de corações de tecido, os voluntários querem despertar a consciência para o cuidado com a saúde, sobretudo as doenças cardíacas. No dia 2 de agosto haverá uma caminhada e culto ecumênico, cujo encerramento será no Santuário do Valongo. A data já consta no calendário oficial da cidade desde 2012. Comunicações Julho de 2018

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Especial

Florianópolis

A “Porciúncula” de Santo Antônio

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Alliny Burich

Festa de Santo Antônio em Florianópolis ficou marcada neste ano pela inauguração da Capela Antônio, no início da Trezena, no dia 31 de maio, pelo Ministro Provincial Frei Fidêncio Vanboemmel. Durante a inauguração e bênção da capela, Frei Fidêncio comparou o espaço devocional “a uma pequena porção de Assis no coração de Florianópolis”. O espaço aos devotos, mas especialmente um lugar de oração, silêncio e contemplação era um sonho que o pároco Frei Vanderley Grassi vinha alimentando desde quando assumiu o pastoreio da comunidade de fé, em setembro de 2013. Este espaço é fruto de uma obra coletiva, mas idealizada e organizada pelo pároco. Faz parte de um conjunto de ações e obras realizadas nos últimos anos na comunidade: telhado da igreja (2015), presbitério, banheiros da sacristia e salão paroquial (2016), reforma interna da igreja, restauração da via sacra, escadaria, calçadas, segunda parte do salão paroquial (2017), reforma externa da igreja, revita-

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lização do jardim, rampa de acesso, banheiros com acesso inclusivo, padaria e a capela de Santo Antônio (2018). As obras foram realizadas por meio de captação de recursos na própria comunidade de fé. No momento da bênção da capela, Frei Fidêncio fez um agradecimento a todos os benfeitores, aos frades e a todas as pessoas que trabalharam para que esta capela pudesse ser construída e agradeceu pelo convite e acolhida que recebeu. Frei Vanderley, em nome dos frades, agradeceu a presença fraterna de Frei Fidêncio e a todos os benfeitores da nova capela, envolvidos nas campanhas e nos trabalhos e aos que voluntariamente dedicaram-se em prol desta obra: “Antônio nos ensina que a busca dos altos ideais é cheia de percalços e dificuldades, mas, quando a intenção é reta e iluminada pela Palavra de Deus, Ele mesmo toma a direção e nos guia pelas mãos”, disse o pároco. No dia 13 de junho foi realizada a grande festa de Santo Antônio, com missa solene às 19 horas em frente à igreja e procissão luminosa pelas ruas de Florianópolis, evento que mobiliza a cada ano mais devotos.


Especial

nilópolis – COMUNIDADE SANTO ANTÔNIO

Fé e Devoção a Santo Antônio

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o 13 de junho de 2018, a Comunidade Santo Antônio da Paróquia Nossa Senhora Aparecida em Nilópolis/ RJ, comemorou a festa dedicada ao seu padroeiro Santo Antônio. Teve como ponto alto uma bela Missa seguida de procissão pelas ruas próximas à comunidade. Frei Cid Tadeu presidiu a Celebração Eucarística e, em sua homilia, citou passagens da vida e dedicação de Santo Antônio, e nas orações pediu-se que essa mesma dedicação de Santo Antônio servisse de exemplo para os nossos governantes. A fé e devoção dos fiéis a Santo Antônio também foram marcantes em toda a procissão. Moradores sairam de suas casas para verem a passagem da procissão e o andor de Santo Antônio. Viam-se em seus olhares a emoção e admiração de tamanha fé. Ao longo do caminho, Frei Walter abençoava os moradores e os comerciantes vizinhos da comunidade. A Comunidade de Santo Antônio agradece aos paroquianos de todas as comunidades que ajudaram nas festividades, agradece ao poder público do município pela ajuda no controle do trânsito e da segurança em todos os dias das festividades, agradece a presença do Prefeito e das lideranças políticas do município.

sorocaba

PELA SUPERAÇÃO DA VIOLÊNCIA

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Paróquia Santo Antônio celebrou seu Padroeiro, em Sorocaba, com a Trezena e uma grande festa no dia 13. Este ano, o tema da Trezena foi “Santo Antônio, na vivência do amor a superação da violência”, tendo como pano de fundo a Campanha da Fraternidade. Durante os dias da Trezena, funcionou uma míni quermesse no salão da Secretaria. No dia 12 de junho, o Padroeiro foi homenageado com uma procissão às 19 horas. Comunicações Julho de 2018

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Especial

Bauru

FESTA NA 78ª EDIÇÃO

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Paróquia Santo Antônio de Bauru homenageou o seu Padroeiro com a 78ª edição da Festa. E sempre com uma grande festança. Foi a 78ª edição da festa com a Quermesse e seu tradicional bolo. Além de mil imagens e cinco medalhas de ouro do religioso, bem como um par de alianças, o bolo teve, ainda, uma viagem para o Blue Tree Park, em Lins. De acordo com o pároco da Santo Antônio, em Bauru, Frei Ademir Sanquetti, o bolo teve 120 metros e 5 toneladas. As missas ocorreram durante quase todo o dia, às 7h, 9h, 12h, 15h, 17h e 19h30.

Concórdia

Grandiosa festa no dia 10 de junho

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o domingo, dia 10 de junho, aconteceu a grandiosa festa em honra a Santo Antônio, padroeiro do município de Concórdia - SC. A Santa Missa, presidida por Frei Luiz Toigo, contou com a presença de inúmeras representações das muitas comunidades da Paróquia Nossa Senhora do Rosário, que trouxeram as imagens dos seus santos padroeiros. Concelebraram a Sagrada Liturgia, além dos frades franciscanos que atuam na paróquia, os padres camilianos, que residem em Concórdia e trabalham na administração do Hospital São Francisco. Também estiveram presentes na celebração o Prefeito Municipal e a Primeira-Dama, Sr. Rogério e Sra. Jucela Pacheco. O casal entrou na Igreja Matriz portando a bandeira da cidade, ao som da Valsa Concórdia, uma espécie de hino da Capital do Trabalho. Nossos agradecimentos a todos os envolvidos direta ou indiretamente nesta grande festa. Que Santo Antônio interceda por todos nós!


Especial

são Paulo – vila clementino

“Com Santo Antônio ser sal da terra e luz do mundo”

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m inesperado e bonito dia de sol marcou os festejos do querido e popular Santo Antônio, na quarta-feira, 13 de junho, na Paróquia São Francisco de Assis, da Vila Clementino. No tríduo preparatório para o dia do santo, as Celebrações Eucarísticas tiveram como tema “Com Santo Antônio ser sal da terra e luz do mundo” e, do lado de fora da igreja, já havia o tradicional bolo de Santo Antônio, com as medalhinhas abençoadas. No

dia 13 de junho, centenas de devotos passaram pela festa e puderam participar de uma das sete missas celebradas ao longo do dia, conhecer a tenda com artigos religiosos e lembranças, provar pães de mel recheados, o bolo de Santo Antônio e pastéis, feitos com cuidado e carinho pelos voluntários. Os frades se revezaram durante todo o dia em frente à igreja para dar a bênção a todos que quisessem e abençoar os pãezinhos, que eram distribuídos aos devotos e paroquianos.

O pároco, Frei Valdecir Schwambach, presidiu a Celebração Eucarística ao meio-dia e, em sua homilia, ressaltou, na história da vida de Santo Antônio, que ele queria ser mártir, porém foi levado por outros caminhos e, assim, foi descoberto seu dom e vocação como pregador. Ainda apontou que, da mesma forma, também nós devemos buscar reconhecer e seguir os propósitos de Deus para a nossa vida. Pascom da Vila

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Especial

SÃO PAULO – convento SÃO FRANCISCO

A procissão de Santo Antônio foi realizada no dia 10 de junho, da Praça do Patriarca até o Santuário São Francisco.

Santo Antônio do Largo São Francisco

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Frei Augusto Luiz Gabriel

uem vive nas proximidades do Convento e Santuário São Francisco já sabe que, em determinadas horas do dia, o sino da Igreja, histórica e centenária, anuncia o início das missas. E, durante a Trezena e Festa de Santo Antônio, que começou no dia 1º de junho, não foi diferente. Ao som de suas badaladas, tiveram início os 13 dias de oração e reflexão em torno do tema geral da Trezena: “Santo Antônio e o Pão dos Pobres”. Dia após dia, os devotos foram fiéis na participação das Celebrações Eucarísticas garantindo a Igreja sempre viva e lotada. Quatro pregadores fo-

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ram responsáveis pelas reflexões e ensinamentos da Trezena: o Pároco Frei Alvaci Mendes da Luz, o Guardião Frei Mário Tagliari, o Definidor Provincial Frei Gustavo Medella, e o Animador Vocacional Provincial Frei Diego Melo. No dia 13 de junho, dia de Santo Antônio de Pádua, de Lisboa e do mundo inteiro, muitas Igrejas estiveram em festa, celebrando o Santo mais popular do mundo. Missas, fogueiras, bênçãos, mastros, quadrilhas, comidas típicas, tudo foi motivo para festejar o santo que ocupa um lugar mais que especial na fé do povo de Deus. No Convento e Santuário São Francisco, no centro de São Paulo (SP), não foi diferente. Ainda não era

dia e devotos e fiéis do santo franciscano já batiam à porta da Igreja, que é histórica e centenária. As missas começaram bem cedo, às 6h30 e foram até às 18 horas, contabilizando nove missas no total. Embalados pela conhecida e tradicional ladainha de Santo Antônio, nos arredores do Convento e Santuário, uma só voz ressoou: “Santo Antônio, rogai por nós, intercedei a Deus por nós”. Frei Gustavo Medella, Definidor Provincial, presidiu a Celebração Eucarística das 9 horas, do dia 13, marcando também o 13º dia e o encerramento da Trezena, contando com uma Igreja cheia. No ato penitencial, o frade recorreu ao Deus da vida e da misericór-


Especial

dia, rogando que abra o coração das pessoas e que estejam sempre disponíveis a crescer nas virtudes tão admiráveis de Santo Antônio. Frei Gustavo iniciou sua homilia fazendo uma recordação da vida de Santo Antônio. Segundo Frei Medella, como um bom franciscano, Antônio aprendeu desde cedo a seguir Jesus Cristo ao modo de Francisco e abraçou a virtude da humildade (humildade vem de húmus, e quer dizer terra fértil, onde o fruto tem chance de nascer). “Humildade tem aquele que não perde as suas raízes e não esquece suas origens e sabe que pela graça de Deus é cheio de virtudes, as quais precisam sempre ser confrontadas com os vícios e as insuficiências que todos nós trazemos dentro do coração”, frisou. Que pena que os homens públicos não se dão conta desta verdade, e com muita frequência se entregam à tentação da avareza. “Mas não olhemos apenas para eles, olhemos também para nós, que na simplicidade do dia a dia podemos sucumbir à avareza. Também na Igreja cada cargo e ministério deve ser um serviço. Graças a Deus, aquele que ocupa o cargo máximo da Igreja nos mostra isso com muita clareza. Quanto mais subiu, mais se colocou a serviço, como servo e discípulo de Jesus. Esse é o nosso Papa Francisco. O maior privilégio que um cristão pode ter é o de se colocar a serviço. Isso é o que Antônio, Francisco e Jesus nos ensina”, finalizou. Mônica Dutra Milani é devota de Santo Antônio a longa data e partilhou seu testemunho: “Eu estava rezando a Trezena e pedindo discernimento da minha vocação, isso em 2006. Fui a uma capela de Santo Antônio, no dia 13 de junho, para falar sobre a vida dele. Falei que ele era pregador, ajudava os pobres e que a fama de casamenteiro havia surgido por causa do milagre do dote para uma devota. Na saída, um rapaz se apresentou e me parabenizou por ser uma jovem católica praticante, falando na Igreja. Pouco tempo depois, começamos a namorar. Somos casados há 10 anos e temos 3 filhos. Todos somos devotos de Santo Antônio. Paz e Bem”, disse ela. As atividades do dia 13 contaram com bênçãos dos freis durante todo o dia, comidas típicas, bolo e pão de Santo Antônio, stand vocacional, artesanatos. Comunicações Julho de 2018

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Especial

Curitiba Foto: Ivonaldo Alexandre/Arquivo/Gazeta do Povo

Paróquia do bom jesus faz A maior festa do Paraná Aléxia Saraiva

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A Gazeta do Povo

Praça Rui Barbosa há anos mantém uma tradição no dia 13 de junho. As filas que saem da Paróquia Bom Jesus dos Perdões e dobram a quadra durante todo o Dia de Santo Antônio não deixam dúvida de que, ali, a festa é grande — na realidade, a maior do Paraná. Todos os anos, são milhares de pessoas que visitam a igreja para comprar o tradicional bolo de Santo Antônio, seja por devoção, seja pela lenda de que casa logo quem acha o santinho escondido na fatia. Nesse ano, 16 toneladas de bolo e 20 mil santinhos farão a comemoração

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que acontece entre os dias 11 e 13. Mas, além de cruzar com a história de pessoas que devem ao santo bênçãos e milagres, a Paróquia da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil tem sua própria história costurada à de Curitiba. Suas origens remetem à chegada dos franciscanos na cidade no fim do século 19, documentadas pelos próprios freis. Em um século, a igreja passou de uma capela de 108m² para um dos prédios de estilo neogótico mais significativos da capital.

Largo da Misericórdia

O local que hoje abriga a igreja era, em 1901, apenas uma capela e um pequeno convento, habitado pelos frades que ali chegaram dois anos

antes. A atual igreja, de capacidade para 450 pessoas e com uma torre de 42 metros de altura, foi erguida entre maio e setembro de 1908 e inaugurada em julho do ano seguinte. Quem assinou o projeto foi o Frei Feliciano Schlag, arquiteto responsável pela construção de diversas igrejas da Província no início do século 20. Quem explica a teoria corrente do porquê do nome Bom Jesus dos Perdões é o pároco, Frei Alexandre Magno Cordeiro da Silva. “O nome antigo da Praça Rui Barbosa é Largo da Misericórdia. Por isso, a nossa tese é de que a igreja construída é Bom Jesus dos Perdões: misericórdia, perdão. Bom Jesus tem vários, mas dos Perdões não é tão fácil achar”, brinca.


Especial

Identidade curitibana

— todos elementos clássicos da arqui- Bom Jesus só tinha uma horta, uma Novos elementos foram sendo in- tetura neogótica. Completa a riqueza estrebaria e três fileiras de ciprestes”, corporados à arquitetura da Paróquia o órgão Speith de 93 anos, um dos lembra. com o passar do tempo, sendo alguns últimos da marca em funcionamento De lá pra cá, o espaço dedicado deles icônicos da própria história de no Brasil. à igreja ganhou salão paroquial, auCuritiba: os três sinos, dedicados a mentou o convento, restaurou a paróSenhor Bom Jesus, São Francisco e Do potreiro à grande festa quia e, recentemente, construiu uma Santo Antônio, foram fabricados na Com 97 anos, Frei Cássio Viei- cozinha anexa para a produção moFundição Irmãos Müeller; a pintu- ra de Lima é um dos freis que mora numental do bolo de Santo Antônio. ra original, de 1917, teve parceria de no convento anexo à igreja. Essa é a E, por mais que a igreja seja associada Paulo Hauer, da família que ajudou a terceira vez que mora ali. A primeira à grande festa, é por ser franciscana colonizar a capital; a via sacra em re- foi em 1935, quando ainda era estu- que acontece a devoção ao santo calevo de gesso veio da antiga fábrica de dante de filosofia. Na época, conta, o samenteiro. Gerd Claassen e Kaminski, responsá- local tinha o apelido de “potreiro dos Conta a história que Antônio criou vel por imagens em igrejas de toda a padres”. “A gente só andava a cavalo, o chamado pão dos pobres, tradição de e no terreno onde hoje fica o Colégio doar pão a quem precisa e que aprocidade. Internamente, xima as pessoas do a sensação é a de santo. “Essa é uma adentrar a um quadevoção franciscana. Se você vai a Wadro. Pinturas originais vão do chão shington, Roma ou ao teto e retratam São Paulo, onde tem momentos da vida franciscanos, tem pão dos santos padroeidos pobres”, destaca o pároco. Seja pelo ros. Vitrais coloridos pão, bolo, bênção ou adornam as janelas, casamento, fato é que, assim como as divernessa semana, é imsas esculturas que se espalham pela nave, possível passar descapela-mor, capelas percebido por essa Em 2018, festa de Santo Antônio teve 16 toneladas de bolo e 20 mil santinhos laterais baixas e coros devoção. Comunicações Julho de 2018

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Especial

VILA VELHA – CONVENTO DA PENHA

Na casa da Mãe com Santo Antônio

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dia 13 de junho foi marcado de expressões de devoção, carinho e homenagens a Santo Antônio no Convento da Penha, em Vila Velha (ES). Em todas as celebrações, os devotos participaram de momentos especiais em honra ao “santo casamenteiro”. Os cantos litúrgicos, as orações, a ladainha, a bênção e distribuição dos “pães de Santo Antônio”, propiciaram muita emoção e ao mesmo tempo felicidade a todos. Frei Pedro Oliveira presidiu a Celebração Eucarística das 9h30 com um bom número de pessoas presentes. Ele destacou a importância da intercessão do santo franciscano que é muito popular no Brasil e no mundo. Ao falar um pouco da história de Santo Antônio, Frei Pedro trouxe a reflexão dos valores herdados pela sociedade em geral. Já às 15h, no Campinho do Convento, o Frei Paulo Roberto Pereira presidiu a Santa Missa Solene de Santo Antônio. Frei Edvaldo Batista concelebrou a Eucaristia e conduziu a bênção dos pães e oração devocional e Frei Pedro Engel fez a proclamação do evangelho. Os fiéis compareceram em grande número, enchendo de carinho e de amor o Santuário da Penha. Na homilia, Frei Paulo Roberto falou da importância da intimidade da intercessão de Santo Antônio. “Santo Antônio é o santo do mundo inteiro e para nós brasileiros, nós o temos como alguém de casa. Tanto é que chegamos pra ele e falamos com muita liberdade dos nossos problemas mais íntimos.” O Guardião ainda brincou: “Oh Santo Antoninho, pelo amor de Deus, ajuda eu achar um bom marido, até isso as mulheres

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pedem. É muita intimidade, é muita intimidade, com nenhum outro santo a gente tem isso”, brincou. “Cultivar a intimidade com o Senhor, a exemplo de Santo Antônio. Íntimo, amigo do Menino Deus. A intimidade fecunda com o Senhor. Rezar, encontrar o caminho da oração…”, afirmou o frade. Frei Paulo ainda falou sobre a situação política e social, relacionando a intercessão de Santo Antônio para resolução das decisões que retiram os direitos do trabalhador e dos pobres.


Especial

BALNEÁRIO CAMBORIÚ

Igreja lotada no dia do Santo franciscano

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Frei Ladí Antoniazzi

festa de Santo Antônio foi um momento muito especial para a comunidade paroquial Santa Inês. Além da boa participação, tivemos, pela primeira vez a Missa ao meio-dia, com grande número de fiéis. Também cabe salientar a participação da Pia União de Santo Antônio, que mais uma vez demonstrou seu carinho pela comunidade na preparação dos pãezinhos e na distribuição aos devotos. Que não se perca nunca o ardor e alegria de ser cristão.

blumenau

VILA VELHA – SANTUÁRIO

Trezena e devoção

Partilha e bênçãos

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o Santuário Nossa Senhora Aparecida, de 1º a 13 de junho, foi celebrada a Trezena de Santo Antônio. Todas as noites, nas Missas às 19 horas, houve a entrada da relíquia do Santo, bênção dos pães, bênção de Santo Antônio e bênção final com a relíquia. Em cada celebração, houve pregação com um tema especial. dia 12, Dia dos Namorados, houve uma bênção especial aos namorados, casais, famílias e alianças. O bolo de Santo Antônio não faltou após a Missa, de 9 a 13 de junho.

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o dia 13 de junho, o Santuário do Divino Espírito Santo celebrou Santo Antônio, homem da partilha e da solidariedade, o santo casamenteiro e protetor das famílias, com missas votivas no Santuário às 6h30 e 19

horas. E também às 9h, 12h, 15h e 17h os freis deram bênção de Santo Antônio na igreja. Os fiéis devotos foram convidados a trazer pães para serem abençoados e partilhados. Às 19 horas, o bolo foi abençoado e partilhado depois da Missa. Comunicações Julho de 2018

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Especial

PETRÓPOLIS

Dia de Santo Antônio: Uma quarta-feira com “cara” de terça Frei Gabriel Dellandrea

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os conventos e paróquias franciscanas há uma movimentação toda particular às terças-feiras. O motivo é a devoção popular a Santo Antônio de Pádua. Sempre há uma missa, uma bênção especial pedindo a intercessão do santo e a distribuição do famoso pão. Essa recordação toda é para fazer memória daquele que abraçou tão fortemente o seguimento de Jesus, que ficou conhecido por grandes e belos feitos, chegando a ter o processo de canonização mais rápido da história. Na Paróquia do Sagrado Coração

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de Jesus em Petrópolis (RJ) não é diferente. Semanalmente há essa devoção popular assídua e muito piedosa. Porém quarta-feira (13/06), dia de Santo Antônio, a movimentação foi intensa, ficando com cara de terça. Houve missas, bênçãos, distribuição do pão e também o famoso bolo com as imagens do santo. Durante o dia inteiro, com a ajuda de Santa Clara que deixou o clima agradável, devotos do santo casamenteiro foram aos seus pés com súplicas e agradecimentos, preces e louvores, reanimando assim em seus corações, a fé. No final do dia, a fraternidade rezou com o povo a Liturgia das Horas. Em seguida, Frei James Luiz Girardi

presidiu a última Celebração Eucarística do dia desta festa tão importante para todos os franciscanos. Em sua homilia, o celebrante lembrou a história da vida do santo, seu desejo de oferecer a vida pela missão e sua simplicidade: sendo um homem que possuía grandes conhecimentos era humilde em seu modo de viver. Sabe-se que Santo Antônio deixou um grande legado nos estudos, na espiritualidade e na pregação. Entretanto esses feitos são completados com a fé do povo que até hoje, mesmo 800 anos depois, no dia 13 de junho, ainda deseja muito ir às igrejas e rezar para aquele que em sua imagem carrega o menino Deus.


Fraternidades BALNEÁRIO CAMBORIÚ

FIÉIS CELEBRAM CORPUS CHRISTI

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quinta-feira, 31 de maio, foi marcada por uma antiga festa da Igreja Católica: a Solenidade de Corpus Christi. Cerca de 4.000 fiéis participaram das missas solenes realizadas na Igreja Matriz Santa Inês. A liturgia do dia abordou o verdadeiro pão vivo, que é o próprio Jesus Eucarístico. Durante a homilia da Missa das 17 horas, a mais solene, Frei Ladí Antoniazzi ressaltou a humildade presente na Eucaristia e a importância de colocar em prática os ensinamentos que são ouvidos durante as missas. O celebrante usou ainda a frase de São Francisco de Assis para incentivar os fiéis a valorizarem a Eu-

caristia: “Trema quando a hóstia estiver em suas mãos! Trema de alegria, de satisfação, de contentamento, pois é o próprio Cristo que vem até você.” Foi realizada a procissão pelas ruas ao redor da igreja. Neste ano, os tapetes foram substituídos por altares

feitos pelas pastorais. Durante o percurso foram feitas sete paradas, uma em cada altar. A cada parada era dada uma bênção em especial, pedindo pela cidade, pela nação e pelos fiéis em geral. O momento foi encerrado com a bênção solene, concedida no altar central. A festa de Corpus Christi nasceu no século XIII e lembra a instituição da Eucaristia, feita por Jesus durante a última ceia. Apesar do mesmo fato ser celebrado durante a Semana Santa, a festa é transferida sempre para a quinta-feira depois da Santíssima Trindade, devido à sua solenidade. Pascom Balneário Camboriú

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Fraternidades vila velha

Frei Márcio Terra ganha biografia “O outro Francisco no meio dos Prediletos de Deus” é o título do livro de Alexsandra Sartório

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m ano depois do seu falecimento, Frei Márcio de Araújo Terra ganhou na noite do dia 29 de maio o seu livro biográfico, escrito por Alexsandra Sartório. Além de paroquianos, amigos, estiveram presente jovens resgatados no Projeto Nosso Guri (Pastoral do Menor), onde trabalharam Frei Márcio e a autora. A Província da Imaculada, juntamente com os familiares e amigos, fizeram memória de um ano

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de falecimento de Frei Márcio. Em 2016, aos 67 anos, depois de retornar da Missão de Angola, onde foi missionário por 15 anos, o frade foi transferido para a comunidade da Rocinha (RJ) como vigário paro-

quial. Ali sofreu uma queda e veio a falecer no dia 29 de maio do ano passado. “Frei Márcio de Araújo Terra, o outro Francisco no meio dos prediletos de Deus” é o título dado pela


Fraternidades

autora para esta biografia, testemunha da autêntica e profética vida do frade. O lançamento foi na área externa do Santuário do Divino Espírito Santo, em Vila Velha (ES), onde foram expostas cartas, escritos, livros e objetos pessoais do frade. Todos os objetos expressavam, de algum maneira, a trajetória do religioso, sua busca, sua preferência e missão. O que mais chamou a atenção das pessoas, dentro de um pacote transparente, foi uma velha e simples bolsa, ainda suja, usada por Frei Márcio no Projeto Nosso Guri. Frei Clarêncio Neotti, vigário paroquial e incansável escritor, deu sua colaboração no projeto editorial de Alexsandra, revisando, corrigindo e dando o seu parecer sobre a obra. “Frei Márcio foi um homem coerente e sincero. Podemos até discordar das muitas atividades audaciosas dele. Mas uma coisa temos que declarar: Frei Márcio era coerente e sincero no pensar, no falar

e no fazer”, disse Frei Clarêncio, agradecendo pela vida do confrade e a autora pela rapidez e zelo na elaboração do livro. “Um livro que nasceu com rapidez, mas foi ‘encharcado’ de respeito”, acrescentou. Frei Clarêncio ainda agradeceu a mãe de Frei Márcio e as irmãs “por nos terem entregue tão grande homem e nos possibilitar tamanho convívio”. Dentre tantos jovens que foram acolhidos e restaurados em sua dignidade, no ano de 1990, pelas mãos e ministério de Frei Márcio, fez-se presente Emerson Pereira dos Santos, hoje com 34 anos. Casado, deu seu testemunho sobre o frade: “Frei Márcio, com o seu olhar humano e com jeito brincalhão, foi um verdadeiro pai, educando-me para a vida. Frei Márcio é a ‘melhor coisa’ que me aconteceu na vida”, disse Emerson, falando também em nome de seu irmão, outro resgatado. Tomando a palavra, e muito emocionada, Alexsandra disse que “uma noite é pouco para dizer do mestre e pai”. “Frei Márcio é a concretude do pedido de Cristo aos seus para que cuidassem e acolhessem os que sofrem injustiças e marginalização. Frei Márcio amava os prediletos de Cristo... Frei Márcio salvou vidas por onde passou”, disse Alexsandra.

Alexsandra revelou também o sonho que tinha, assim como Frei Márcio, de escrever sobre a realidade das crianças no Brasil. Mas este sonho permaneceu no coração de ambos. Alexsandra chamou todas as crianças e disse: “Esse era o grande amor de Frei Márcio”, disse. Na Missão em Angola, vendo o drama das crianças órfãs de guerra, Frei Márcio criou o Projeto Nossos Miúdos”, em atividade até hoje. A noite terminou com autógrafos e fotos.

Sobre a autora

Alexsandra Tomazelli Sartório nasceu em 31/10/1974, em Vila Velha. Participou do Projeto Nosso Guri da Pastoral do Menor da Arquidiocese de Vitória, na década de 1990, e atuou em atividades políticas em defesa dos direitos das crianças e adolescentes. Formada em Serviço Social na UFES, Alexsandra também fez pós-graduação em Família e mestrado em Política Social. Como assistente social, já foi concursada do Poder Judiciário do Estado, trabalhou nove anos no Tribunal de Justiça e, desde 2010, atua como assistente social na 1ª Vara da Infância e Juventude de Cariacica. Pascom do Santuário Comunicações Julho de 2018

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Fraternidades PARÓQUIA SÃO FRANCISCO DE ASSIS - VILA CLEMENTINO

Confraternização reúne pastorais

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inguém sozinho é melhor que todos nós juntos”. Foi com essa motivação que as diversas pastorais que compõem a Paróquia São Francisco de Assis, na Vila Clementino, reuniram-se no último dia 20/05 em um almoço de confraternização. O pároco, Frei Valdecir Schwambach, ressaltou a importância do trabalho em conjunto. Mais do que trabalhar juntos, é fundamental trabalharmos unidos, colocarmos em comum as nossas vidas: todas as con-

quistas, vitórias, angústias, dores, sonhos e esperanças. Além de dinâmicas e uma comida deliciosa com gosto de carinho, Frei Carlos brindou a todos com muita música e animação (e revelou talentos!). Todos ficaram com gosto de “quero mais”. Não houve quem não quisesse que a festa se repetisse no segundo semestre! Parabéns à equipe organizadora! Parabéns à comunidade de São Francisco! Pascom da Vila

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FALECE O PAI DE FREI VALDECIR

No dia 1º de junho faleceu o sr. Ervino Schwambach, pai de Frei Valdecir. Tinha 76 anos, deixou 4 filhos e 5 netos. Além de Frei Valdecir, uma filha é religiosa da Congregação das Irmãs Franciscanas de São José. Ervino morava em Petrolândia, SC, e era casado há cinquenta e um anos com D. Nadir Medeiros. Nos últimos anos, sua saúde se apresentou cada vez mais frágil, apresentando sinais de Alzheimer e depressão. Nos últimos meses, acabou ficando acamado e com dificuldades motoras precisando ser ajudado para tudo. Uma forte pneumonia e consequente dificuldades respiratórias, o levaram a óbito. A família agradece imensamente o apoio dado pelos frades de Ituporanga, que estiveram muito próximos nesse momento de entrega. Descanse em paz!


Fraternidades

ENCONTRO REGIONAL DE PATO BRANCO

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a manhã do dia 4 de junho, de mãos geladas e corações aquecidos, a Fraternidade Franciscana São Pedro Apóstolo de Pato Branco recebeu os confrades de Chopinzinho e Mangueirinha nas dependências da Matriz Paroquial. Contando com a participação do confrade Frei Gustavo Medella, o Regional de Pato Branco iniciou os trabalhos do dia com a dezena do Terço pelas vocações, como proposto pela Ação Evangelizadora “Cada Comunidade uma nova Vocação”. Neste segundo encontro do ano, Frei Rubens Luiz de Carvalho propôs aos frades que refletissem sobre os pilares da vida consagrada descritos pelo Papa Francisco no Congresso Internacional, promovido pela Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, no dia 04 de maio deste ano. Na ocasião, o Papa optou por priorizar na vida consagrada a oração, a pobreza e a pa-

ciência. Entendo que a oração é voltar ao primeiro chamado e àquele que nos chamou, que a pobreza é mãe e muro de contenção que nos defende do espírito da mundanidade, e a paciência é a capacidade de sofrer, de carregar sobre os ombros, de suportar uns aos outros. Francisco nos convoca a uma vida religiosa fecunda. Em seguida, as fraternidades partilharam sua vida e missão, seus projetos e realizações. Foi dado destaque às indicações para comissão preparatória do Capítulo, encaminhadas a Frei Ro-

drigo da Silva Santos, e também a entreajuda das fraternidades do Regional para com a Fraternidade Nossa Senhora da Conceição, de Mangueirinha. Frei Gustavo, ainda, exortou os frades a serem luz do mundo e sal da terra nesses tempos de obscuridade e incertezas políticas, sociais e econômicas. E assim, com a bênção de Deus e a partilha do pão, ou melhor, do churrasco, encerrou-se o segundo encontro regional do ano. Frei Marcos Brugger

PREFIRO ESTRELAS Eu preferi sempre por meus caminhos, Ir contramão de muitos, nesse espaço, Despetalar as rosas, não espinhos Espalhar pelo chão por onde passo. Não quis profeta ser de noites más, Prefiro estrelas, céu enluarado, Pois assim Deus em minha vida traz A paz sagrada, meu porvir sonhado. Por que plantar as dores pela estrada, Se nós podemos raiar madrugada De flores lindas pra esse mundo santo? Eu aprendi que vale mais a flor, Do que a tragédia de espalhar a dor, Por isso eu sou feliz em minha vida.

Frei Walter Hugo de Almeida

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ENCONTRO DO REGIONAL DE CURITIBA

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Regional de Curitiba realizou o segundo encontro do ano no dia 21/05, na Fraternidade Bom Jesus da Aldeia, em Rondinha. Numa manhã com 3 graus de temperatura, num inverno antecipado, céu azul e sol brilhante, fomos acolhidos calorosamente pelos irmãos de cada fraternidade.

Ocasião sempre de caloroso convívio, o encontro teve como ponto forte a partilha das propostas das fraternidades que serão encaminhadas à comissão preparatória do Capítulo Provincial, a partir do material de trabalho encaminhado às fraternidades. Dentre as propostas, entusiasmado debate acerca da recorrente questão do redimen-

sionamento nos diversos níveis, a ser bem dialogada no próximo Capítulo Provincial. Almoço bem servido, partilhado e degustado não poderia faltar! Fraternidade anfitriã sempre solícita e primorosa. Na parte da tarde, partilhamos nossa vida e missão. Paz e Bem! Frei Adriano Freixo Pinto

Meu Amigo Marques de Melo

Morreu no dia 20 de junho à tarde o Prof. José Marques de Melo, aos 75 anos, depois de suportar por mais de dez anos o Mal de Parkinson. Conheci Marques de Melo em 1966, quando recebi do Ministro Provincial a incumbência de reformar a filosofia de Revista de Cultura Vozes, adaptá-la às ideias do Concílio, e ajudar a Frei Ludovico Gomes de Castro a alinhar a Editora Vozes entre as produtoras de livros universitários. Comunicações Julho de 470Marques de2018 Melo chegara do Nor-

deste e conseguira lecionar na USP. Mais tarde criou e foi diretor da Escola de Comunicação da USP e fundou a mesma cadeira na Metodista de Santo André. Juntos montamos os títulos de uma série de livros de Comunicação com um propósito claro. Queríamos livros cheios de respeito para com o receptor, livros de visão humanista e, se possível, de autores brasileiros. Juntos fundamos a União Cristã Brasileira de Comunicação Social. Dela ele foi o segundo presidente e eu o terceiro. Como UCBC enfrentamos o controle estúpido da Ditadura. Juntos organizamos congressos regionais e nacionais. Marques me deu o maior apoio na reestruturação da União Católica Latino-Americana de Imprensa (UCLAP). Viajamos juntos por vários países da América Latina. Juntos organizamos cursos nas ainda poucas Faculdades de Comunicação, ele como conferencista muito ouvido e aplaudido e eu

à cata de um novo público para a Vozes. Quando a Editora fez 70 anos, organizamos lançamentos nas grandes cidades. Marques estava sempre entre os autores ou entre os conferencistas. Devo a Marques de Melo boa parte da minha segurança na condução da Revista Vozes. A revista foi supressa em 2004 pelo diretor da Editora, menos de três anos antes de ela alcançar cem anos de circulação. Senti muito este gesto prepotente. Marques de Melo me consolou, preparando em São Paulo uma sessão solene em julho de 2007, para celebrar o centenário da revista, ainda que ela já não existisse mais. Foi boa ocasião de reencontrar muitos autores e comunicadores. Nossa sessão solene repercutiu em todo os jornais. Foi nesse dia que Marques me disse que começaria tratamento do Parkinson. Esteja na paz de nosso Senhor! Frei Clarêncio Neotti


Fraternidades

Encontro do Regional Baixada e Serra Fluminense

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ara fomentar a alegria da partilha de vida das nossas Fraternidades do Regional Baixada e Serra Fluminense, nós nos reunimos no sábado (02/06) para o segundo encontro do ano. Os confrades que residem em Campos Elíseos fizeram a acolhida deste momento fraterno, oferecendo um café da manhã. Em seguida, na capela dedicada a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, salmos e cânticos foram entoados dando graças ao Criador pelo dom de mais um dia. A partilha das fraternidades deu a tônica do encontro: os confrades puderam compartilhar as alegrias e também os desafios. Alguns relataram um pouco sobre o impacto da greve dos caminhoneiros na região. Também foi assunto o drama da violência, iluminado com a presença de confrades que procuram fazer trabalho de paz, principalmente no diálogo ecumênico. Novidades no âmbito da formação musical e litúrgica do Instituto Teoló-

gico Franciscano foram anunciadas, bem como também as reformas da fachada e do órgão de tubos do Convento do Sagrado. Além disso, foram esclarecidas outras temáticas, como a passagem do Centro Educacional Terra Santa para a Diocese de Petrópolis. Isso tudo sem esquecer da partilha do cotidiano, de mencionar um pouco sobre a saúde de nossos con-

frades mais vividos, das atividades paroquiais e também a alegria e a expectativa dos encaminhamentos para a profissão solene. Esses e outros assuntos fazem parte da dinâmica do nosso Regional, que no seu segundo encontro do ano, teve sua finalização com o almoço oferecido pela fraternidade anfitriã. Frei Gabriel Dellandrea

Alunos da USF arrecadam roupas para a Campanha do Agasalho

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o dia 14 de junho, o Campus Bragança Pualista da Universidade São Francisco (USF) recebeu a visita da Administração Municipal para receber cerca de 745 peças, entre roupas, cobertores e afins, para fortalecer a Campanha do Agasalho 2018, realizada pela Prefeitura da Estância de Bragança Paulista, por meio do Fundo Social de Solidariedade. Como parte dos trabalhos realizados pela Atlética, do Curso de Ciências Contábeis, os alunos Karoline Vieira Gomes, Patrícia Franco (3º semestre) e Emerson Gomes (5º semestre), juntamente com a coor-

denadora do curso e dos Núcleos de Empregabilidade e de Apoio Fiscal e Contábil, Aparecida Elisabete Pontes, idealizaram a arrecadação com os demais estudantes da Universidade. A Campanha da USF será realizada até o dia 1º de setembro e todas as peças serão doadas ao Fundo Social de Solidariedade de Bragança Paulista. Na ocasião, os presentes falaram sobre a importância de despertar a solidariedade nos alunos, através de doações aos que necessitam, principalmente no inverno. Também parabenizaram os organizadores pela iniciativa, cuidado e zelo com as peças.

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Fraternidades

Regional de São Paulo se reúne no Largo São Francisco

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m meio às festividades e celebrações da Trezena de Santo Antônio, reuniram-se no dia 4 de junho, no Convento São Francisco, os frades do Regional de São Paulo (SP), que pertencem às Fraternidades de Amparo, Bragança Paulista, Vila Clementino, Pari e Largo São Francisco, a anfitriã do encontro. Os freis foram acolhidos, num clima alegre e fraternal, pelo coordenador do Regional, Frei Germano Guesser. Após a oração inicial, Frei Hipólito Martendal fez a leitura da ata da reunião anterior e, em se-

guida, procedeu-se à partilha das Fraternidades e dos serviços atendidos pelos frades. Tendo em vista que este ano a Província se prepara para o Capítulo Provincial - “Minoridade Franciscana – Lugar de Encontro e Comunhão” é o tema e “Sejam chamados irmãos menores” (RnB 6,63) é o lema -, a exemplo do primeiro encontro, este também se voltou para os trabalhos do Capítulo Provincial. Antes, no primeiro encontro, foi feita a apresentação da proposta de estudo e trabalho. Já neste foi apresentado o resultado da síntese pro-

veniente das reflexões e discussões a partir do Capítulo Local de cada Fraternidade. Esta síntese foi enviada à Comissão Preparatória do Capítulo. Também foram apresentadas as modalidades e locais do retiro anual deste ano. O Definitório Provincial orienta que, por Regionais, sejam organizados outros retiros. No caso de retiros por Regionais, é importante que sejam divulgadas as datas a todos os frades da Província, pois há os que, sendo de uma região, optam por fazer o retiro em outros Regionais. Depois dos avisos, comunicados e da foto oficial do evento, um saboroso almoço festivo foi servido a todos, oferecido pela fraternidade local. Frei Augusto Luiz Gabriel

2º ENCONTRO REGIONAL DO VALE DO PARAÍBA

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rincipal objetivo do Encontro: estudar os textos “Mensagem do Papa Francisco aos Frades Franciscanos” e “Ite, nuntiate ... Diretrizes sobre as novas formas de vida e missão na Ordem dos Frades Menores”, a pedido da Comissão Preparatória em vista do Capítulo Provincial. “Minoridade” e “Fraternidade” são os grandes temas inspiradores desse estudo e avaliação. Dentre os muitos itens, resultantes desse estudo avaliativo, o Regional, realizado no dia 21 de maio, em Guaratinguetá, destacou: os três Projetos de Vida Fraterna são distintos, mas não se separam; a “Minoridade” gira

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em torno dos quatro pontos essenciais: Encarnação, Paixão, Eucaristia, Serviço; o estilo de vida do frade se reflete também na vida do povo; em exame de consciência, pode-se levantar a pergunta se todos somos “Província” e “Sefras”; importante conhecer a opinião do povo, de como ele vê o frade enquanto menor na prática da “Minoridade” e “Fraternidade”, em meio às múltiplas atividades diárias; certas estruturas gigantescas e desgastantes colocam em risco a qualidade de vida do frade menor. E, para possível melhora da qualidade de vida fraterna, aventaram-se algumas sugestões, entre outras: necessário se

faz “redimensionar”, em primeiro lugar, a própria vida, começando de dentro, na vivência do “projeto pessoal”, que certamente vai repercutir nos “Projetos” Regional e Provincial; não ter receio de fechar, não ter receio de abrir novos trabalhos quando se trata de preservar a presença e testemunho do frade menor dentro de novas realidades; dar continuidade aos retiros da Província, por Regionais; redimensionar os Regionais, pois, quando eles foram criados, o contexto histórico da Província e o numero de frades eram outros. Frei Claudino Dal’Mago


Fraternidades

Frei Neylor celebra 80 anos

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urante a Trezena de Santo Antônio, Frei Neylor Tonin celebrou seu natalício: 80 anos. Os concelebrantes do dia não pouparam elogios ao aniversariante, como o Pe. Medoro de Oliveira Souza Neto, pároco da Paróquia São José Operário de Três Rios (RJ), lembrando a ajuda que Frei Neylor deu ao conseguir instrumentos musicais para um projeto social que depois se tornou uma escola com o nome de Frei Neylor. “Em sete meses, com os violões que vieram daqui, nós conseguimos pacificar um bairro que era o mais violento da cidade. A nossa UPP é a Escolinha de Música Frei Neylor em Três Rios. Estou aqui para louvar e bendizer a Deus pelo dom da sua vida, que trouxe mais vida à nossa comunidade. Fez nossa comunidade ser mais irmã e mais fraterna. Seja muito feliz e tenha essa

longevidade lúcida e saudável, que tanto nos edifica”, desejou. Já Frei Walter Ferreira Júnior, pároco de Nossa Senhora Aparecida (Nilópolis, RJ), lembrou que foi discípulo de Frei Neylor há 24 anos em Petrópolis. “Deu aula para nós de espiritualidade e retórica. A vida de Frei Neylor sempre foi uma busca de espiritualidade, vocês sabem disso. E ele fala dessa espiritualidade que vem de dentro. Do jeito que Deus deu o dom para ele. E isso ele consegue transmitir para nós”, elogiou. O guardião Frei José Pereira lembrou um trecho do livro Eclesiastes 3: ‘Para tudo há uma ocasião, e um tempo para cada propósito debaixo do céu: tempo de nascer e tempo de morrer’.. E tempo de agradecer. Frei Neylor foi ordenado no dia 15 de dezembro de 1964. Daqui a pouco, ele vai fazer 54 anos de presbítero. Isso me lembra que é necessário a gente dizer sempre obrigado, porque Deus nos deu a vida. E essa vida ele não a guardou para si mas a comunicou com alegria, doação, com espírito de serviço. Parabéns, Frei Neylor, em nome da Fraternidade”, completou. Frei Neylor J. Tonin nasceu em Luzerna, SC. Mestre e doutor em Espiritualidade, bacharel em Psicologia, estudou também Jornalismo e Sociologia. É professor e conferencista, presidiu a CRB-RJ de 1980 a 1986, foi redator da revista “Grande

Sinal” por 17 anos e editor da Editora Vozes por 8 anos, além de colaborar em outras editoras, atuar como conselheiro espiritual de casais, terapeuta, escritor e manter um programa de rádio diário no Rio de Janeiro. Fundou e mantém um curso de Teologia e Espiritualidade, hoje com 100 participantes. Durante a trezena, colocou à venda os livros: “Convite à Oração” (com CD na voz do autor); “De coração aberto” (psicologia e espiritualidade); “A vida é um luxo” (O grande luxo é viver); “Vida, mais vida” (Psicologia e espiritualidade); “Domingo é dia de festa” (Bíblia e espiritualidade); e “Mestres da espiritualidade”. Quem comprava um livro, ganhava um pedaço de bolo. O frade garante que até o final do ano terá um livro novo para comemorar os 80 anos de vida: “Os jardins continuam florindo”. Moacir Beggo

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Evangelização

MUDANÇA DE MANTENEDORA DO ITF

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a manhã de 11 de junho de 2018, as tratativas para a mudança de mantenedora do ITF (da “Província” para a “Casa Nossa Senhora da Paz”) receberam um novo impulso. Reuniram-se, na sede do ITF, os seguintes representantes do Comitê de Transição da Mantenedora: Frei César Külkamp, representante da Província, presidente do Comitê e da reunião; Frei Thiago Hayakawa, presidente da CNSDP; Hugo Musetti, Procurador Institucional da USF; Rodrigo de Paiva, Administrador dos Campi da USF; Frei Antônio Everaldo Palubiack Marinho, diretor do ITF; Frei Ronaldo Fiuza Lima, Secretário do ITF (Frei Gilberto Gonçalves Garcia, membro do Comitê, não pode estar presente). Participaram ainda na qualidade de convidados: Frei Elói Dionísio Piva e Frei Ludovico Gar-

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mus, membros do Conselho Diretor do ITF, e Frei Ademir José Peixer, há pouco chegado de Roma. O objetivo do Encontro foi o de pontuar conteúdo e cronologia para a mudança de mantença. A pauta foi aberta com a apresentação do Relatório da visita à sede do ITF realizada por Rodrigo de Paiva e Hugo Musetti, no dia 06.04.2018. Do Relatório, destacaram-se algumas questões pontuais acerca: a) da infraestrutura (biblioteca, salas de aula, aparelhagem etc.); b) da documentação e da respectiva burocracia (professores, estudantes, funcionários); c) das atividades de Secretaria (registros acadêmicos); d) da documentação pedagógica e da atual situação jurídico-didática do ITF. Coincidindo os acertos para a mudança de mantenedora com a apresentação do pedido de recredenciamento do ITF junto ao MEC, cujo prazo termina no final do mês de ju-

lho, firmou-se o seguinte compromisso: A USF oferecerá assistência técnica ao ITF, para que este apresente o recredenciamento, aprimorando sua adequação às exigências do MEC (relatórios, questionários, documentos diversos). Em função desse acerto, equipes específicas da USF, de acordo com o assunto, virão ao ITF ou estarão à disposição via on-line. Concluído este bloco de tarefas, outros pormenores poderão ser agendados pelo Comitê, de modo que até meados de setembro, ainda na gestão do atual Governo Provincial, o assunto “mudança de mantenedora do ITF” esteja maduro para uma decisão final por parte da Província e da Casa Nossa Senhora da Paz. Frei Antônio Everaldo P. Marinho, Frei Eloi Dionísio Piva e Frei Ronaldo Fiúza


Evangelização COLÉGIO BOM JESUS

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Papa Francisco responde à carta dos alunos

m tempos de redes sociais e comunicação instantânea a distância, o uso de cartas físicas é praticamente desconsiderado pela atual geração. Porém, foi por meio desse instrumento tradicional e quase esquecido que alunos do Colégio Bom Jesus, no Rio de Janeiro, conseguiram se comunicar com o Papa Francisco, no Vaticano. Tudo começou com uma proposta pedagógica da Instituição. A ideia era trabalhar o livro “Querido Papa Francisco” (Edições Loyola) com alunos do Ensino Fundamental durante as aulas de Ensino Religioso, em todas as Unidades de ensino do Bom Jesus. A obra reúne respostas do pontífice a perguntas de crianças de diferentes partes do mundo sobre temas variados. “A atividade consistia em ler o livro com a família e também na escola, com colegas e professores”, explica o coordenador de Ensino Religioso do Colégio Bom Jesus, Mário Renato Longen. Após a leitura, os estudantes eram instigados a refletir sobre as respostas relacionadas a temas como morte, conflito familiar e existência de Deus.

Alunos com propósito

A atividade pedagógica foi tão bem aceita pelos estudantes, que três turmas do 5.º ao 6.º ano do Ensino Fundamental surpreenderam a professora de Ensino Religioso da Unidade Bom Jesus São José (Petrópolis/ RJ), Christiani Regina Machado Dias Bailume. O grupo de alunos insistiu no envio de uma carta endereçada ao Papa para agradecer e comentar o conteúdo do livro. “Nossos alunos

adoraram a maneira como o Papa respondeu a perguntas sobre temas complexos para eles, como a morte, por exemplo. A didática do Papa e a linguagem acessível conquistaram a todos e, como gratidão, eles decidiram escrever uma carta ao autor do livro”, conta a professora Christiani. Com a produção da carta coletiva concluída, os alunos passaram ao principal desafio: como fazer o texto chegar

siedade dos alunos na espera por uma resposta. Embora a professora Christiani tenha trabalhado a expectativa com os estudantes, nada era certo. Foi então que, pouco antes do final do ano letivo, a surpresa: chegava à Unidade um envelope com o brasão oficial do Vaticano e, dentro dele, o precioso conteúdo. Um dos trechos da carta que mais chamou a atenção dos alunos foi: “O sucessor do Após-

ao Papa. Providencialmente, a professora Christiani lembrou que havia recebido, há alguns anos, uma correspondência do Vaticano em resposta a um pedido de participação em evento das famílias com o Papa. “O envelope está muito bem guardado em casa e, graças a ele, conseguimos recuperar o endereço do destinatário”, explica.

tolo Pedro os exorta a nunca se esquecerem que Jesus também os ama, conhece o nome e os desejos de cada um de seus familiares e amigos e conta com sua ajuda para ter ainda mais amigos no Brasil”. “Pode parecer um pequeno gesto, mas para os nossos alunos teve um significado muito grande, ressaltando a importância da fraternidade e da empatia, valores humanos que precisamos cultivar todos os dias”, conclui Christiani.

Resposta muito aguardada

O envio da carta, em meados de outubro de 2017, só fez crescer a an-

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Evangelização

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ENCONTRO DOS FRADES DA FRENTE DA COMUNICAÇÃO

o dia 9 de maio foi realizado o Encontro dos Frades da Frente da Comunicação, na Sede Provincial, em São Paulo, com a participação de Frei César Külkamp (Vigário Provincial e Secretário da Evangelização), Frei Gustavo Wayand Medella (coordenador da Frente de Comunicação), Frei Neuri Francisco Reinisch (Fundação Cultural Celinauta – FCC, Pato Branco), Frei Roberto Carlos Nunes (Fundação Frei Rogério – FFR, Curitibanos), Frei Volney Berkenbrock (Editora Vozes, Petrópolis), Frei Mário José Knapik (FFR), Frei Edrian Josué Pasini (Editora Vozes), Frei Marcos Vinicius Motta Brugger (FCC). Também participaram

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o Ministro Provincial Frei Fidêncio Vanboemmel e Frei Augusto Luiz Gabriel (em Ano Missionário na Frente da Comunicação). A partir da reflexão dos números 166 a 177 da Exortação Apostólica Gaudete et Exsultate do Papa Francisco, o grupo apontou algumas provocações, a partir do texto: • Adotar uma postura profética frente ao atual comodismo e indiferença aos dramas da sociedade; • Saber escutar a realidade, com espírito simples e humilde, reconhecendo a necessidade de mudanças e adaptações; • Desenvolver um trabalho equilibrado entre o imobilismo e o

“vanguardismo” da mudança; • Discernir os múltiplos fluxos de informação e desinformação, diferenciando o que é vinho novo da novidade enganadora; • Ser ponto de referência e discernimento nos meios de comunicação frente as Fake News e os Tribunais da Virtualidade. Houve ainda a apresentação do panorama geral das entidades, a saber:

Fundação Cultural Celinauta (Rádio e TV):

• A perda de Frei Nelson Rabelo foi muito sentida e sua falta


Evangelização bastante notada nos trabalhos e desafios da Fundação; • Continua o processo de investimento na digitalização da TV Sudoeste e na migração da Rádio Celinauta de AM para FM, o que depende ainda de ajustes técnicos para adequação das faixas; • A possibilidade de flexibilização do horário da Voz do Brasil, agora sendo retransmitida pelas rádios de Pato Branco às 21h, possibilitou uma nova grade de programação com boas perspectivas comerciais; • A possibilidade de Pato Branco se tornar uma “cabeça de Rede”, uma sede administrativa e de produção para todas as rádios que comporiam a rede franciscana, barateando os custos e criando uma linguagem em comum; • Possibilidade de parceria com a Rádio da Província Franciscana de Anápolis, para a retransmissão, ao vivo, do programa Vigília Franciscana, das 00h até 03h.

Fundação Frei Rogério

• A boa receptividade da migração da Rádio Coroado para FM em Curitibanos e região; • A mudança do quadro de colaboradores da Fundação; • A flexibilização da Voz Brasil, com as mesmas prerrogativas das Rádios de Pato Branco; • Aumento de potência da Rádio Movimento de Curitibanos.

Editora Vozes

• Houve uma melhora do faturamento numa perspectiva quadrimestral, pós o pico da crise, que também pode ser vista na estabilização do caixa depois de muitas adequações e medidas tomadas; • Ligado ao aspecto financeiro, a

maior parcela do REFIS (Programa de Recuperação Fiscal) está programada para terminar em novembro de 2018, ajudando a melhorar ainda mais as contas; • A crise gerada pela migração do CTPs (livros científicos, técnicos e profissionais) para as grandes plataformas digitais, fez com que a Vozes reposicionasse o varejo e o atacado. Enquanto o primeiro estará ligado ao mercado católico de livros, artigos e serviços, o atacado se volta para fluxo de dados digitais capaz de prever conteúdos de interesse do público; • Existe uma preocupação pela inadimplência dos grandes grupos, que vêm sofrendo com a estratégia agressiva de venda da Amazon para entrar no mercado brasileiro; • Alguns dos projetos que merecem destaque: os livros do filósofo coreano Byung-Chul Han, o projeto “O Divino em nós” em parceria com Boff e Grün, o projeto “Livrar-se de Deus” em parceria com Hálik e Grün, o livro “A humanidade de Jesus” de José Maria Castilho e outros; • Houve uma restruturação da diretoria após o falecimento de Frei Antônio Moser e a redistribuição das cotas. • Dentro do planejamento estratégico de 2018-2022 da Editora Vozes, a Folhinha do Sagrado Coração de Jesus ganhou destaque especial por completar 80 anos de existência.

Interação e articulação da Comunicação com as outras Frentes de Evangelização

• A formação mensal por vídeo conferência, e consultoria de professores de várias entida-

des, em substituição ao modelo antigo, presencial; • A Sala Franciscana como a manifestação da interação entre as várias expressões da comunicação; • Os trabalhos de comunicação da Sede, como, outro exemplo, de convergência de forças seja na revista, cadernos especiais, sites, notas etc.; • Outros trabalhos de articulação e interação são as produções especiais como Campanha da Fraternidade, Ano do Laicato, a WebTV e o ano missionário em parceria com a Formação, que conta com atual presença fraterna e solícita de Frei Augusto Gabriel. • Formação: elaboração de planos de estágios mensais para os formandos de Filosofia e Teologia, assim como formação para os frades permanentes para atuarem nessas frentes que contam com poucos frades como: a comunicação, educação e solidariedade; • SAV: a animação vocacional deve se fazer presente em todas Frentes e fraternidades, e ainda mais na comunicação, com bons meios de difusão do carisma franciscano; • CFMB: uma vez que a diminuição do número dos frades, o redimensionamento e os lugares de presença são temas que perpassam toda a conferência, também seria importante pensar numa integração entre as províncias e custódias também no âmbito da comunicação, como a parceria com a Rádio da Província de Anápolis. O próximo encontro provincial da Frente da Comunicação será em Rondinha, com o tema “Laicato e Comunicação”, nos dias 9 e 10 de outubro. Comunicações Julho de 2018

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Evangelização

FRENTE DA COMUNICAÇÃO FAZ 4º ENCONTRO DE FORMAÇÃO

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a quarta-feira, 6 de junho, a Frente da Comunicação realizou o 4º encontro do Programa de Formação Permanente. O tema escolhido para este mês foi: “Projeto Virtudes – da Educação à Comunicação”. Frei Claudino Gilz, coordenador dos programas FAE Social e Bom Jesus Social, conduziu a reflexão, que aconteceu através de videoconferência e reuniu frades e colaboradores do Colégio Bom Jesus e FAE, de Curitiba (PR); Fundação Frei Rogério, de Curitibanos (SC); TV Sudoeste, de Pato Branco (PR); Universidade São Francisco, de Bragança Paulista (SP) e da Sede Provincial (SP). O Projeto Virtudes nasceu em 2002, com o nome “Valores humanos”, uma proposta a ser vivenciada

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pelos alunos por 3 dias e, como afirmou o idealizador, Frei Claudino, ganhou uma proporção maior que o esperado. Ele contou que o jornal Gazeta do Povo fez uma matéria que teve grande repercussão e o que era uma “brincadeira transformou-se em algo sério”, afirmou o frade. Naquela época, o projeto foi estendido para todo o ano letivo e hoje é um dos grandes diferenciais do Grupo Bom Jesus. São Francisco de Assis foi o modelo e inspiração para a criação deste projeto. Frei Claudino destacou que as virtudes são um estilo de vida, onde a pessoa que se propõe a assumir esta postura deve reafirmá-las diariamente. “Francisco se pautou muito no bom uso da sua liberdade humana em prol do cultivo da virtude. Isso para

ele era altamente decisivo, era chance de correspondência ao chamado divino”, disse. O frade ressaltou que não é fácil viver as virtudes, mas que é possível assumi-las. “Virtude não é uma coisa tranquila, não é coisa só de santinhos. Virtude pressupõe empenho, recomeço, luta, vontade de se superar, às vezes até embate interior, você mesmo se cobrando. É nestas pequenas coisas que percebemos que o caminho para uma vida virtuosa exige muito da gente”, ponderou. Frei Claudino afirmou que o discernimento era um dos segredos da vida humana e religiosa de São Francisco de Assis. “Francisco se perguntava todos os dias se aquilo que ele estava buscando fazia sentido para ele, se aquilo estava em sintonia com o plano divino, se ele estava dando o melhor dele naquele caminho. Na comunicação, eu vejo que é um aspecto que não podemos perder de vista. O que falamos diz muito de quem nós somos. A sua palavra, a sonoridade da sua palavra, fala muito de quem você é. Se atrás de um microfone, de uma câmera, existe um ser humano no qual o cultivo das virtudes está acontecendo, isso vai aparecer na voz, na palavra, na mensagem. É um ser humano que está sempre deixando transparecer o melhor de si”, acrescentou.

Minoridade, fraternidade e paz

Dentre todas as virtudes trabalhadas, o assessor elegeu três para abordar na videoconferência: minoridade, fraternidade e paz. Frei Claudino exemplificou a minoridade com o gesto do lava-pés na vida de Jesus (cf Mt 20, 28) e de São


Evangelização

Francisco de Assis (cf Ad 4, 1-4). O frade recordou sua infância, onde o banho era apenas aos sábados e no rio. E que não era anormal que as crianças lavassem os pés umas das outras, e também do próprio pai. “Aquilo era feito com tanta naturalidade, com tanta bondade, que não era humilhação. O pai tinha feito outras coisas pra gente, então lavar o pé dele era uma forma de agradecimento”, relembrou. “Entre nós, no trabalho em equipe, quando temos esta dimensão, nenhum trabalho nos humilha, pelo contrário, nos dá oportunidade de demonstrar uma grandeza que a gente não vai mostrar pelo discurso, pelo paletó, mas sim porque você se abriu, se colocou à disposição do outro”, exemplificou.

“É a virtude que faz uma equipe ser boa”

Segundo Frei Claudino, é a virtude que faz uma boa equipe, com desejo de estar e trabalhar junto. “É a virtude que nos faz pensar junto, inovar, enfrentar os desafios e dificuldades. O que falamos vai ter esta intensidade, esta sonoridade, tanto nas palavras como nos gestos”, acrescentou. Em seguida, o frade partilhou com os participantes sobre o início do Projeto Virtudes e como ele foi rece-

bido com certa resistência por alguns profissionais, que consideravam que as virtudes não estavam ligadas às disciplinas dadas aos alunos, como Matemática, Biologia, etc; mas apenas ao Ensino Religioso. Esta resistência foi superada e hoje todos os colégios que compõem a Rede Bom Jesus trabalham as virtudes com seus alunos. Como explicou Juliano Zemuner, da equipe de comunicação do Bom Jesus, esta é uma iniciativa que não fica apenas na sala de aula, mas envolve os familiares, funcionários, colegas e uma rede de pessoas que convivem com aqueles que assumem as virtudes como estilo de vida.

Humildade: grande virtude a ser trabalhada na Comunicação

O jornalista Ari Ignácio de Lima, coordenador de jornalismo da Tv Sudoeste, destacou que a humildade é uma virtude muito importante a ser trabalhada entre os comunicadores. “A partir do microfone ou mesmo da sua função, corre-se o risco de perder o contato com a realidade e se achar acima das outras pessoas”, alertou. “É preciso muitas vezes perguntar para sua fonte aquilo que parece óbvio, para não cometer erros”, acrescentou. Betto Rossati, jornalista da TV Sudoeste, falou sobre a “glamourização”

da profissão. “O profissional da comunicação pode eventualmente desligarse das fontes e da essência da comunicação, principalmente na televisão, que, por trabalhar com a imagem, mexe muito com as vaidades humanas”, apontou. Betto disse ainda que o jornalista deve cada vez mais resgatar o dever maior da profissão, que é levar a informação ao público sem nenhuma distorção ou manipulação. O diretor de programação da TV Sudoeste, Frei Neuri Reinisch, afirmou que a virtude é algo que vem de dentro e que cria hábito naquele que se propõe a vivê-la. “A vida virtuosa não é feita de coisas extraordinárias, é feita de pequenas coisas”, afirmou. Em seguida, os participantes partilharam suas impressões a respeito do tema e do trabalho em cada local. O assessor encerrou o encontro afirmando que as virtudes são um diferencial: “Se nos nossos trabalhos, seja no rádio, na TV, nas escolas, tivermos as virtudes presentes, as pessoas vão nos procurar, elas vão nos preferir. Isso é ser franciscano”, finalizou. O próximo encontro formativo da Frente acontece no dia 7 de julho, com o tema “Em busca de pautas criativas e transformadoras”. Érika Augusto Comunicações Julho de 2018

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Evangelização

FRADES DA FRENTE DAS PARÓQUIAS SE REÚNEM EM RONDINHA

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s frades que atuam na maior Frente de Evangelização da Província da Imaculada Conceição, a das Paróquias, Santuários e Centros de Acolhimento, reuniram-se na Fraternidade São Boaventura, em Rondinha (PR), no começo da tarde de quarta-feira (23/5) até quinta (24/5), para uma partilha dos trabalhos neste início de ano. Motivados por Frei Germano Guesser, animador desta Frente de Evangelização, e por Frei César Külkamp, secretário de Evangelização e Vigário Provincial, a troca de experiências teve como objetivos as prioridades assumidas no triênio, além dos critérios de uma Igreja em saída, a participação ativa dos leigos em nossos trabalhos e o testemunho franciscano. Um número expressivo de 38 frades participou deste encontro. A partilha foi bastante rica. Muitas

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são as iniciativas a partir dos lugares de nossas presenças em resposta às indagações do nosso tempo, com carinho e acolhida à diversidade cada vez maior do povo de Deus. Como Igreja e enquanto franciscanos, esteve também presente a preocupação em procurar resposta à formação de consciência atual, por vezes míope e até com toques de fundamentalismo, veiculada pelas mídias e pelos meios de comunicação de massa. As realidades em saída se mostraram bem concretas, com ações visando acolher e ajudar os menos favorecidos, com enfoque especial aos trabalhos de acolhida de várias minorias, entre elas moradores de rua e imigrantes – cada vez mais uma realidade, mesmo nas cidades pequenas. De um modo geral, nessas atividades, tornamo-nos referência da Igreja dos pobres. Nossos trabalhos têm bastante enfoque no acolhimento e na escuta. O tra-

balho com as juventudes é sempre uma preocupação. Nesse campo enfrentamos desafios, mas os avanços são sinais concretos de esperança. Há uma clareza de que é necessário criar consciência entre os leigos para que eles assumam um papel de liderança, principalmente nas paróquias, onde os Conselhos e Assembleias devem ser valorizados como autoridade colegiada. Além disso, foram partilhados também vários desafios enfrentados de caráter prático, administrativo e organizacional. Ao final, foram discutidos os pontos mais comuns de nossas presenças, especialmente a acolhida, também nos sacramentos, de forma misericordiosa, que tem sido nosso diferencial na missão evangelizadora. Ressaltaram-se algumas iniciativas e preocupações, como as atividades com as juventudes, a possibilidade de se terem leigos liberados para o serviço pastoral, o mês missionário


Evangelização nas paróquias, a importância de se trabalhar com um fundo comum entre as comunidades, o catecumenato como modelo de formação para os sacramentos da iniciação cristã, etc., e a possibilidade de se dedicar um espaço, mesmo nas “Comunicações” da Província, para essa troca de experiências e de ideias de atividades. Num segundo momento, continuando numa metodologia “Ver-Julgar-Agir” para o encontro, seguiu-se a leitura de alguns pontos extraídos da Exortação Apostólica Evangelii Gaudium do Papa Francisco. A reflexão reconheceu as provocações bem diretas do texto à nossa caminhada e ao nosso modo de proceder. Lembrou-se que o Papa, no documento completo, apresenta, após cada análise crítica, um parágrafo mais propositivo, com ações concretas a partir do Evangelho. Causa admiração também a linguagem clara e direta que Francisco usa num documento oficial, que nos toca de forma direta. Por vezes, a preocupação com exigências legalistas de pastoral não atinge as realidades mais empobrecidas. “Quem pode participar de onze ou doze encontros de formação de noivos se eles têm que trabalhar?”. Lembrou-se que, muitas vezes, nos voltamos a uma elite preconceituosa, que vê no discurso pelos pobres uma ameaça. Falar de pobre hoje é ser tachado de comunista! Até o Papa é acusado de comunismo! E os pobres são o nosso maior patrimônio. O desafio nosso é, enquanto frades, superar as burocracias e tudo aquilo que cria barreiras ao invés de agregar. Ao mesmo tempo em que as exigências pastorais e canônicas continuam as

mesmas, somos chamados ao discernimento do que o Senhor verdadeiramente nos pede. Frei César fez um repasse do encontro do “Conselho Internacional de Missões e Evangelização” da Ordem, do qual ele participou como delegado de evangelização pela Conferência Brasileira. Foi uma grande troca de experiências, segundo Frei César, pois as realidades bem diversas da Terra Santa, no tocante à acolhida e mesmo nos esforços de comunicação, têm muito a iluminar nossas realidades e caminhada local. Nesse Conselho ocorreu ainda uma reflexão central

sobre a identidade original da Ordem Franciscana e sua mística laical diante do processo histórico de clericalização dos religiosos, como ocorreu, mais tarde, na tarefa missionária de implantação da Igreja em campos onde ela não chegava. Esse apelo da Igreja e vários outros fatores (Concílio de Trento e a Contra-Reforma, Concílio Vaticano I e a importância dada ao sacerdócio ministerial, etc.), colaboraram para a clericalização também da nossa Ordem. E, contra isso, desde o Concílio Vaticano II, há um apelo pelo retorno à origem de nosso carisma. Além disso, a Igreja, na voz profética do Papa Francisco, pede a superação do “comportamento cleri-

cal”, tanto por parte do clero em geral como até dos leigos. Como rever nossa postura nessas realidades sem necessariamente abrir mão das atividades que temos, pois a paróquia não é uma estrutura caduca em si. Tratase de fazer do nosso lugar uma nova forma de vida e evangelização. São Francisco não assumiu um trabalho ou uma ação específica, mas sim uma forma de vida. Tal forma funda-se na integração entre contemplação e ação. Daí, um modo próprio de evangelizar é o testemunho e a vocação do franciscano. Devemos apresentar nossos valores, entre eles a Fraternidade, como uma proposta para o nosso tempo, em reação ao individualismo, personalismo e a uma possível “clericalização até de nossa vida”. Foram abordados temas neste Conselho de diversas atividades e possibilidades de ação, que foram partilhadas e postas à reflexão, sempre a partir da preocupação em retomar nosso modo próprio de ser franciscano. O terceiro momento dedicou um tempo para a reelaboração do Plano de Ação da Frente das Paróquias, Santuários e Centros de Acolhimento, que se constitui a partir de cinco pontos ou objetivos: 1) Garantir que a Evangelização nesta Frente expresse a eclesialidade (comunhão com a Igreja) e o carisma franciscano; Um pedido, já presente em nosso Plano de Evangelização, é o de valorizar, na posse canônica das paróquias, a fraternidade toda, não apenas o pároco, mas todos os frades e também os leigos enquanto lideranças que assumem a paróquia juntos. Comunicações Julho de 2018

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Evangelização Estar em comunhão com a Igreja universal e local e, ao mesmo tempo, valorizar o nosso próprio, como celebrações franciscanas, Fraternidades com frades leigos, formandos e idosos. Na opção da “Igreja em saída” e com nossa itinerância e missionariedade, estarmos desapegados dos lugares em que estamos. Conversar com os bispos sobre nossa forma de vida e de missão e estabelecer “convênios” com as Dioceses para garantir este próprio e também nos aspectos de patrimônio e economia.

4) Garantir que a Evangelização nesta Frente se constitua em rede; Partilhar materiais e subsídios já produzidos pelas fraternidades. Comunicar pelos meios que temos - site, mídias sociais - os eventos e atividades que desenvolvemos. Criar algo como uma ‘intranet’ para partilha de materiais próprios dos frades (não acessível ao público em geral), para conteúdos mais voltados aos nossos assuntos de discussão também. Valorizar os Regionais como espaço de mútua ajuda e troca de experiências.

2) Garantir que a Evangelização nesta Frente seja expressão da comunhão fraterna; Valorizar o Projeto Fraterno a fim de contemplar a missão evangelizadora de toda a Fraternidade. Estender esse nível de comunhão aos leigos, à OFS e Jufra em especial. A missão evangelizadora é um “envio” de toda a Fraternidade no apostolado paroquial ou de santuário. Que este espaço não se torne palco de projetos particulares e personalistas, mas do projeto comum da fraternidade.

5) Garantir que esta Frente avalie e redimensione suas presenças em vista de qualificá-las (onde fortalecer nossa presença?); Possibilitar uma equipe itinerante a serviço das Dioceses para prestar serviços por um tempo determinado e não ficarmos fixados numa paróquia determinada. Na dimensão da acolhida, qualificar frades e colaboradores em geral. Levar a cabo as entregas já discutidas e encaminhadas, mesmo que haja resistências. Todos os lugares são bons, mas não temos condições de cuidar de todos os lugares.

3) Garantir que a Evangelização nesta Frente promova o protagonismo dos leigos (evangelização compartilhada); Os encontros que temos com os leigos devem ser valorizados como espaço privilegiado de formação pastoral e sobre a nossa forma de vida e seus valores, a estarem presentes também nos meios e modalidades evangelizadoras. Assumir a colaboração dos leigos em seu protagonismo para, entre outras questões, garantir a continuidade dos projetos pastorais e da caminhada de Igreja naquela presença. Para tanto, novamente, investir na formação deles e nossa.

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Comunicações Julho de 2018

Na parte final, o encontro fez indicações para a Comissão Preparatória do Capítulo, especialmente sobre o redimensionamento. Um enfoque foi quanto à nossa postura pessoal de frades: muitas vezes, os projetos pessoais ofuscam a missão da fraternidade. Isso deve ser enfrentado. O Regional do Vale do Paraíba propôs que a Província assuma o santuário de Frei Galvão, em Guaratinguetá, hoje aos cuidados da Arquidiocese de Aparecida. Foi feito um resumo histórico da situação e um relatório maior será enviado para cada frade desta Frente, a fim de se encaminhar a discussão para o Capítulo

Provincial. Ao mesmo tempo em que temos dificuldades quanto ao número de frades, este apelo, por se tratar de um santo franciscano e de nossa Província, e por estar num centro de peregrinação, etc., deve ser considerado. Outro ponto de discussão foi o da Animação Vocacional, uma de nossas prioridades e, portanto, a ser mais contemplada na ação desta Frente. Esta prioridade pode contribuir em grande parte para um colorido mais franciscano em nossa evangelização nas paróquias e santuários. Não se trata apenas de um proselitismo vocacional, mas não podemos nos furtar a convidar os jovens para assumirem nossa forma de vida. Este convite, hoje, deve ser mais personalizado. Passamos por um momento de grande diminuição no número de nossos formandos e se constata, ainda, que nossos candidatos não provêm dos lugares onde estamos presentes. Quanto à assembleia da Frente, ampliada com a presença dos leigos, decidiu-se realizá-la em dois centros: em Rondinha e São Paulo (São Francisco), acontecendo na mesma data, 27 e 28 de agosto, com início ao meio-dia do dia 27 até o fim da tarde de 28. O estudo proposto foi o do Documento da Ordem “Chamados a Evangelizar nas Paróquias”. Frei Alex Ciarnoscki e Frei José Idair Ferreira, em Rondinha; e Frei Antônio Michels e Frei João Reinert, em São Paulo, serão os animadores deste estudo. Ao final, fez-se uma avaliação que elogiou a metodologia deste encontro, o espaço para as partilhas dos lugares, a positividade dos relatos, com experiências significativas, a acolhida fraterna dos confrades de Rondinha e a busca sincera e empenhada por responder cada vez mais de acordo com a vocação franciscana em nossa missão evangelizadora. Frei Clauzemir Makximovitz


Evangelização SÃO PAULO

AÇÃO EMERGENCIAL DO SEFRAS NO INVERNO

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serviço emergencial de abrigo à população em situação de rua durante o inverno já está funcionado no Serviço Franciscano de Solidariedade (Sefras). O espaço, que funciona no Convento São Francisco (Rua Riachuelo, 268), no centro de São Paulo, é o mesmo onde durante o dia os frades atendem a população em situação de rua através do serviço Pop Rua, conhecido como “Chá do Padre”, onde além do acolhimento são oferecidos 300 almoços e 450 lanches à tarde. À noite, a partir das 19 horas, o local abriga dezenas de pessoas para pernoite. “A população em situação de rua é a que mais sofre com a chegada do inverno”, explica Frei José Francisco de Cássia dos Santos. “O Sefras, anualmente, pelo menos nos últimos três anos, tem realizado esse acolhimento por conta do inverno e das baixas temperaturas. Não se trata de um projeto fixo, mas sim, de uma ação emergencial”, explica. Segundo o frade, o Sefras se mobilizou para contratar três novos educadores sociais e mais três auxiliares de serviços gerais. “Além disso, foi realizada uma ‘força-tarefa’ com diversos trabalhadores da instituição para que o acolhimento seja feito da melhor forma possível num espaço com acesso a banho, alimentação e cama individual para o pernoite”, informou. Cada morador em situação de rua recebe um kit com materiais de higiene pessoal e toalha, toma banho, ganha roupa limpa, janta e recebe uma cama com cobertor. O espaço tem capacidade para acolher 100 pessoas por noite.

POPULAÇÃO DE RUA EM SÃO PAULO

Para o frade, a real situação da população de rua na cidade de São Paulo é uma realidade preocupante que deve “nos levar a agir de forma imediata no

atendimento a estas pessoas e de suas demandas e, também, ações de médio e longo prazos na articulação e na luta por políticas que garantam a vida das pessoas que estão em situação de rua”. A capital paulista tem 15.905 pessoas vivendo em situação de rua, segundo o último censo realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) em 2015. São pessoas com diversas limitações e fragilidades que vão desde violências sofridas pelo Estado até quebra de vínculos comunitários e familiares. “É uma população que sofre diversas violações de direitos e talvez a maior delas é o direito à cidade e o direito à vida”, explica o frade. Frei José diz que a questão de vagas em locais de acolhimento para pessoas em situação de rua na cidade de São Paulo é sempre algo muito controverso. “É preciso perguntar sobre a qualidade do acolhimento feito. É preciso questionar por que muitas pessoas em situação de rua não querem ir para estes locais”, indicou o frade. Segundo o frade, as pessoas em situação de rua têm diversas questões que precisam ser consideradas, para somar a totalização destas vagas: pessoas com seus pertences e carrocinhas, pessoas

com seus animais de estimação, a questão de álcool e drogas, a questão das pessoas transexuais e transgêneros, enfim, “diversas variáveis que impactam sobre esta questão de quantidade e acesso das pessoas aos centros de acolhida”. A Prefeitura de São Paulo informa que, durante a estação mais fria do ano, a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) intensifica o trabalho na rede de abordagem e atendimento à população em situação de rua, por meio da Operação Baixas Temperaturas. Quando os termômetros atingem 13ºC ou menos, os agentes oferecem encaminhamento e acolhimento de pessoas em situação de risco para locais protegidos do frio. “Durante esse período, as vagas nos Centros de Acolhida são ampliadas de acordo com a demanda. O encaminhamento pode ser feito por meio dos Centros POP, Núcleos ou pelo número 156. Os Centros de Acolhida que funcionam por 16 horas funcionarão excepcionalmente das 16h às 9h, todos os dias da semana. Além disso, cerca de 400 profissionais são mobilizados exclusivamente para o trabalho de abordagem nas ruas”, informa o site da Prefeitura. Comunicações Julho de 2018

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Notícias e Informações

PRÊMIO CNBB: VOTE NA PROVÍNCIA!

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WebTv Franciscanos é uma das três finalistas para o prêmio Dom Luciano Mendes de Almeida, na categoria Iniciativas em redes sociais. A WebTV Franciscanos, iniciativa criada dentro do Pró-Vocações e Missões Franciscanas em 2010, é uma das três finalistas da edição 2018 dos Prêmios de Comunicação da CNBB. Dom Darci José Nicioli, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação, responsável pela gestão do projeto “Prêmios de Comunicação CNBB”, autorizou a divulgação na quarta-feira, 13 de junho, dos trabalhos finalistas do “Margarida de Prata” (Cinema), “Microfone de Prata” (Rádio), “Dom Hélder Câmara” (Imprensa), “Clara de Assis” (TV) e “Dom Luciano Mendes de Almeida” (Internet). A WebTv Franciscanos é uma das três finalistas no prêmio Dom Luciano Mendes de Almeida, na categoria Iniciativas em redes sociais. Também foi selecionado o programa Agito Cultural, da TVWeb Redentor, da Arquidiocese do Rio de Janeiro e o canal do YouTube do Pe. Reginaldo Manzotti. Para chegar aos 3 finalistas em

Para votar, baixe o aplicativo “Qr Code”, posicione a câmera do smarthphone neste código para fazer a leitura

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Comunicações Julho de 2018

cada categoria, os projetos inscritos passaram por uma avaliação de especialistas na área da Comunicação. Agora, os bispos escolhem os ganhadores de todas as categorias. O resultado será divulgado no dia 20 de julho, nos estúdios da TV Aparecida, durante o 6º Encontro Nacional da Pascom. O canal do YouTube da WebTV Franciscanos existe há 8 anos e passou por várias fases. Atualmente, ele é o canal oficial da Província Franciscana da Imaculada Conceição. Os programas fixos exibidos são: Palavra da Hora, de segunda a sexta, sempre com um tema da atualidade; Hora de parar e pensar, toda terça-feira, com uma reflexão sobre temas diversos; Caminhos do Evangelho, uma reflexão semanal sobre a liturgia dominical; além dos vídeos dos eventos do Serviço de Animação Vocacional, como as

Missões e Caminhadas. Há também a Mensagem da Província, com uma palavra do Ministro Provincial, Frei Fidêncio Vanboemmel, nas solenidades franciscanas. Recentemente foi ao ar o “Curiosidades sobre Santo Antônio”, uma série com orações e fatos da vida de Santo Antônio. Vários destes programas também são exibidos na TV Sudoeste, em Pato Branco. A WebTV Franciscanos é uma iniciativa da Frente da Comunicação e conta com o apoio da TV Sudoeste e da Universidade São Francisco (USF). O canal possui quase 5500 inscritos e conta com um acervo de 1672 vídeos. Em 2014, o programa Sala Franciscana conquistou o Microfone de Prata na mesma premiação da CNBB, na categoria programa de rádio religioso. Érika Augusto


Notícias e Informações

Caros irmãos, Paz e Bem! Conforme já anunciado nas notícias do Definitório Provincial de fevereiro, realizaremos neste ano o Encontro dos Irmãos Leigos da Província. Em consonância com o Capítulo Provincial foi escolhido como tema a “Minoridade franciscana: sinal de comunhão”. O encontro será realizado em Rondinha e terá como assessor Frei Éderson Queiroz, OFMCap, presidente da Conferên-

cia da Família Franciscana do Brasil. Contamos com sua presença neste encontro de partilha, formação e confraternização. Agendem-se: Data: 7 a 9 de setembro de 2018 (chegada 06/09 para janta e término em 09/09 com o almoço, às 12h); Local: Fraternidade Franciscana São Boaventura, Rondinha, Campo Largo – PR A inscrição deve ser realizada através do e-mail do Frei Róger Brunorio (frroger@franciscanos.org.br). Para cobrir as despesas de hospedagem e

alimentação será cobrada uma taxa de R$ 255,00. Qualquer dúvida, entre em contato com os responsáveis pela preparação do Encontro: Frei Róger Brunorio (frroger@franciscanos.org.br), Frei Roger Strapazzon (strapazzon@gmail.com) e Frei Thiago da Silva Soares (thiagodass@gmail.com). Contentes com sua participação, aguardamos sua inscrição. Um abraço fraterno, Comissão Organizadora

Notícias de MalanGe - Angola

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de blocos. Acrescentou-lhe, ainda, uma pequena sala de atendimento psicológico, conforme é recomendado pela Secretaria Nacional de Educação. A inauguração aconteceu no dia 25 de maio e a satisfação era geral. As despesas foram custeadas pela entidade espanhola “Mãos Unidas”. A futura matriz Santa Teresinha do Menino Jesus, em Cangandala, há um bom tempo, está sendo construída pela Administração Provincial (poder público). Seu tamanho é de 50 por 15 metros, incluindo salas de secretaria e atendimento. Faz dois anos que está parada, com as paredes erguidas. A empresa contratada não quer concluir a obra e rompeu o contrato. Frei Laerte e Frei André, junto com o povo, assumiram o compromisso de levá-la adiante. Em breve será feita a cobertura e o reboco, custeados por uma

os meses de abril a setembro, a Paróquia da Katepa realiza formação bíblica nos quatro setores e nos dois bairros. Os encontros acontecem todos os sábados, à tarde. Os temas abordados são: breve introdução à Bíblia e, com ela em mãos, explanam-se os temas da idolatria, da observância do sábado/domingo e do batismo de crianças. São questões com que os católicos sempre se defrontam em relação aos outros credos religiosos. A frequência poderia ser melhor, mas um bom fermento, mesmo sendo pouco, é suficiente para levedar a massa (cf. Lc 13,20-21). A direção da Escola São Francisco, orientada pelas das Irmãs Franciscanas Missionárias de Maria (FMM), substituiu quatro salas de adobe por outras quatro

NOVO TELEFONE

entidade europeia. Outra entidade está assumindo a compra das portas e janelas. Jesus tinha o costume de participar, semanalmente, da sinagoga (Lc 4,14) e das festas anuais no Templo de Jerusalém (Lc 2,41). Frei Luiz Iakovacz

DA SECRETARIA PROVINCIAl

Dom Frei Diamantino comunica o novo telefone: (35) 3265-4103.

ERRATA

A frase correta destacada na entrevista de Frei Almir Guima-

rães é: “O verdadeiro franciscano é aquele que torna o amargo em Comunicações Julho de 2018 485 doçura”.


Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil NOTÍCIAS DA REUNIÃO DO DEFINITÓRIO PROVINCIAL São Paulo, 19 e 20 de junho de 2018

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eunidos às 9h00 do dia 19 de junho, na Sede Provincial, em São Paulo, os Definidores deram início à sua antepenúltima reunião do triênio. Frei Fidêncio os acolheu e convidou para a invocação ao Espírito Santo em vista do bom êxito dos trabalhos. E pediu a Frei João Francisco que fosse o moderador das sessões. Grande parte dos assuntos nelas tratados segue abaixo.

1) Capítulo Provincial – 3ª reunião da comissão preparatória - notícias

Frei Gustavo, presidente da comissão preparatória do Capítulo Provincial 2018, relatou como havia sido

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Comunicações Julho de 2018

a reunião do dia 18, também na Sede Provincial. Nestas Comunicações há notícia da reunião, elaborada por Frei Rodrigo da Silva Santos, secretário da comissão. Frei Gustavo lembrou que os dois primeiros dias do Capítulo contarão com a assessoria de Frei Vanildo Zugno, capuchinho do Rio Grande do Sul. Os outros Definidores que também participaram da reunião avaliaram que o trabalho feito pelas fraternidades e Regionais, em vista do Instrumento de Trabalho, foi bastante positivo. Ressaltaram a necessidade de haver um projeto pessoal de vida evangélica para que o Projeto Fraterno de Vida e Missão da fraternidade possa, de fato, acontecer. Além disso, requer-se um olhar “para


Definitório Provincial além”, que contemple a minoridade não somente entre os confrades, mas também em relação aos outros, à sociedade. Quanto ao redimensionamento, a realidade ainda precisa nos provocar mais. Ainda quanto ao Instrumento de Trabalho, diversos fóruns da Província pediram que seja mais reduzido e que se dê maior atenção às questões de nossa vida fraterna e da missão. Por isso, é importante que cada confrade se organize, se inscreva e participe do Capítulo Provincial.

5) Frei José Raimundo de Souza – ordenação presbiteral

Após avaliar o parecer da fraternidade local e o parecer de membros da Paróquia Santa Clara, de Colatina, o Definitório aprovou que Frei José Raimundo seja ordenado presbítero.

6) Retiros Anuais - possibilidades

O Definitório apreciou as indicações para o Ano Missionário dos frades que concluem a formação em Rondinha em 2018. Algumas decisões serão tomadas no Congresso Capitular. Porém, Frei Jonas Ribeiro da Silva e Frei Thiago da Silva Soares, devido aos trâmites necessários para obtenção de visto, já foram aprovados para fazer o seu Ano Missionário na FIMDA.

Como já fora noticiado, há várias possibilidades de retiro neste ano. Para todas ainda é possível inscreverse: 1. Rondinha: 9 a 13 de julho; 2. Retiro dos Formadores: 17 a 20 de julho, no Eremitério; 3. Retiro itinerante para Religiosos(as) - Aparecida – SAV: 29 de agosto a 04 de setembro; 4. Retiro do Regional São Paulo, 17 a 20 de setembro (aberto a outros confrades) (Convento São Francisco);

3) Profissão solene - aprovados

7) Transferências

2) Ano missionário 2019 – frades indicados para a FIMDA

Concluem a Formação Inicial na Ordem, e foram aprovados pelo Definitório para fazer a Profissão Solene em 15 de setembro próximo (ouvido o coetus e pareceres dos confrades), em Petrópolis: 1. Frei Alan Leal de Mattos 2. Frei Alfredo Epalanga Prego (FIMDA) 3. Frei Jefferson Max Nunes Maciel 4. Frei Jhones Lucas Martins 5. Frei Josemberg Cardozo Aranha 6. Frei Junior Mendes 7. Frei Mário Sampaio Pelu (FIMDA)

4) Experiência “Reviver o dom da vocação” participantes

Entre maio e junho do ano que vem, acontecerá a Experiência “Reviver o dom da vocação”, oferecida pela CFMB, nos Lugares Franciscanos, na Itália, e na Terra Santa. Pela Província, participarão: 1. Frei Arlindo Oliveira Campos (de Mangueirinha); 2. Frei Carlos Alberto Branco Araujo (de Campos Elíseos); 3. Frei Claudino Gilz (de Rondinha); 4. Frei Fabiano Kessin (de Ituporanga - Paróquia); 5. Frei Mário Stein (de Ituporanga – Seminário); 6. Frei Pedro do Nascimento Viana (de Colatina); 7. Frei Raimundo Justiniano de Oliveira Castro (de São Paulo); 8. Frei Walter Ferreira Júnior (de Nilópolis);

1. F rei José Lorenz Führ. Concluída sua presença e missão entre os índios Tiryós, na Amazônia, foi transferido para a Fraternidade São Benedito, de Amparo, como vigário paroquial. No dia 20 de junho, ele viajou para Alemanha, para férias junto aos familiares e tratamento de saúde. 2. F rei Mário Stein. Devido ao tratamento de saúde de Frei Alberto Eckel Junior, Frei Mário que já presta uma ajuda em Ituporanga, foi transferido da Fraternidade São José, Postulantado Frei Galvão, para a Fraternidade São Francisco de Assis – Seminário, como orientador.

8) OFS – Largo da Carioca – nomeação de assistente

Frei Erick de Araújo Lazaro foi nomeado assistente espiritual da Fraternidade OFS Santo Antônio, do Largo da Carioca, no Rio de Janeiro.

9) ITF – acordo entre a Província e a Casa N. Sra. da Paz

Na continuidade do que já vinha sendo tratado, no dia 29 de maio foi assinado um acordo em vista da transferência de mantença do Instituto Teológico Franciscano da Província para a Casa N. Sra. da Paz, mantenedora da USF, assinado por Frei Fidêncio e Frei Thiago A. Hayakawa. Há necessidade de execução de trabalhos para o atendimento à legislação educacional e para o cumprimento de prazos legais para a aprovaComunicações Julho de 2018

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Definitório Provincial ção junto ao MEC e demais órgãos pertinentes. Assim, foi constituído um comitê para condução dos trabalhos durante a fase da transferência de mantença, que se pretende concluída até outubro deste ano: Frei César (coordenador), Frei Thiago A. Hayakawa, Frei Gilberto G. Garcia, Frei Antônio Everaldo, Frei Mário Tagliari, Frei Ronaldo F. Lima, Hugo Musetti e Rodrigo Ribeiro de Paiva (ambos da USF). Estes últimos visitaram recentemente o ITF e apresentaram um relatório técnico-institucional no dia 6 de abril, já apreciado pelo Definitório.

10) Frei Gilberto da Silva – tese doutoral e curso

Frei Gilberto informou recentemente que seu projeto de tese doutoral foi aprovado no Antonianum. O tema versa sobre Frei Constantino Koser. Como necessita ter conhecimento de outra língua para o doutorado, Frei Gilberto estudará Francês, em Paris, de 28 de junho a 28 de agosto.

11) Frei João Mannes – programa de liderança integral

Em vista de seu próprio trabalho junto à Associação Franciscana de Ensino Senhor Bom Jesus, Frei João recebeu do Definitório autorização para participar do programa (curso) de Liderança Integral (ILP), de julho deste ano a maio do próximo, na FAE Centro Universitário, em Curitiba.

12) Frei Nilo Agostini – pós-doutorado conferência

Iniciado em agosto de 2017, na Universidade Federal de São Carlos SP (UFSCar), com estágio junto ao Centro de Estudos de Ciências Sociais do Religioso (Césor) da Escola de Altos Estudos em Ciências Socais (EHESS) de Paris, de fevereiro a junho de 2018, o pósdoutorado de Frei Nilo em Educação está chegando ao final. Os supervisores das atividades de pesquisa (UFSCar e EHESS) e letivas (pois também lecionou no segundo semestre de 2017 na UFSCar), já manifestaram sua aprovação e contentamento pelo bom desenvolvimento das atividades. Frei Nilo retornará ao Brasil no dia 30 de junho. Ele recebeu autorização do Definitório para viajar a Sarajevo, na Bósnia, para participar da Conferência Internacional de Ética Católica da Igreja, nos dias 26 a 29 de julho próximo, e também para viajar a Bogotá, na Colômbia, para o III Congresso Latino-americano pela Paz (onde proferirá conferência), junto à Universidade

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Comunicações Julho de 2018

Católica da Colômbia, e para o V Congresso Internacional de Direitos Humanos e Direito Internacional Humanitário.

13) Evangelização OFM e CFMB - relatos

1. Conselho Internacional para as Missões e a Evangelização – CIME Frei César participou, de 22 de abril a 1o de maio, em Jerusalém, deste Conselho Geral OFM, como delegado para a Evangelização da Conferência dos Frades Menores do Brasil (CFMB). Destacou ao Definitório a assessoria de Frei Estêvão Ottenbreit, falando sobre a identidade original da Ordem e sua mística laical diante do processo histórico de clericalização de seus religiosos. Somos provocados, desde o Vaticano II, ao retorno às nossas origens. Hoje, é o Papa Francisco que pede a superação do “comportamento clerical” em toda a Igreja, tanto por parte do clero como dos leigos. Isso é importante para um trabalho de revisão de nossas posturas e na busca de fazer de nossa vocação franciscana um modo próprio de evangelizar. Esta reflexão é muito oportuna na preparação de nosso Capítulo Provincial. Mais detalhes do Conselho estão na matéria publicada nestas Comunicações.

2. Encontro anual do SIFEM (Secretaria Interfranciscana de Evangelização e Missão) Frei César fez relato sobre o Encontro anual do SIFEM que aconteceu, desta vez, na Fraternidade do Convento São Francisco, em Salvador, de 14 a 17 de maio. De nossa Província participaram Frei César Külkamp, Frei Alexandre Magno e Frei James Girardi. O tema do encontro foi “o protagonismo dos leigos na Evangelização Franciscana” e o assessor foi Dom Beto Breis, OFM, bispo de Juazeiro, na Bahia. Segundo Frei César, ele buscou, no movimento franciscano das origens, um projeto evangélico iniciado por leigos, os irmãos da primeira comunidade. Numa época bastante hierarquizada, a Ordem Franciscana nasce sem distinções de clérigos e leigos. Hoje, a Ordem faz também um grande esforço pela purificação de sua identidade leiga. E, quanto aos cristãos leigos(as) e seu lugar na evangelização da Igreja, este foi o tema do Congresso Missionário Franciscano de Córdoba (2008) e ganhou destaque no Capítulo Geral de 2009 ao cunhar as expressões “Evangelização Compartilhada” e “Protagonismo dos leigos” (Por-


Definitório Provincial tadores do Dom do Evangelho, 25-26). Para este ano de 2018, a Igreja do Brasil lançou o Ano do Laicato. Novamente, o assessor nos convidou a beber do franciscanismo das origens e de sua mística laical. Diferente da lógica dos que queriam viver “fora do mundo”, o franciscanismo promoveu uma síntese entre uma vida cristã cada vez mais inserida entre as pessoas e o desejo de se viver plenamente a fé cristã. Matéria mais ampla está nas Comunicações de junho.

14) Encontro da Frente das Paróquias, Santuários e Centros de Acolhimento relato

Frei César apresentou também relato sobre o encontro desta Frente, acontecido em Rondinha, nos dias 23 e 24 de maio. Destacou que o encontro seguiu a metodologia ver-julgar-agir, deixando ao ver a partilha das realidades locais, tendo como pano de fundo as prioridades do Plano de Evangelização; o julgar se baseou em alguns pontos extraídos da Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, e no repasse da temática do Conselho Internacional para as Missões e a Evangelização; o agir ocupou-se com a reelaboração do Plano de Ação da Frente, que se constitui a partir de 5 objetivos: é preciso garantir que a Evangelização: 1. expresse a eclesialidade (comunhão com a Igreja) e o carisma franciscano; 2. seja expressão da comunhão fraterna; 3. promova o protagonismo dos leigos(as) (evangelização compartilhada); 4. constitua-se em rede; 5. avalie e redimensione suas presenças em vista de qualificá-las (onde fortalecer nossa presença?). Frei César disse ainda que a avaliação final elogiou a metodologia do encontro, o espaço dado para as partilhas, a positividade dos relatos, com experiências significativas, e a acolhida fraterna dos confrades de Rondinha. Nestas Comunicações há matéria mais completa sobre o Encontro.

15) Encontro da Frente da Comunicação - relato

Frei Gustavo fez aos Definidores um relato sobre o Encontro da Frente de Comunicação, ocorrido na Sede Provincial, em São Paulo, no dia 9 de maio. Apresentou um panorama geral das entidades: Fundação Celinauta, Fundação Frei Rogério, Editora Vozes. Ressaltou a interação e articulação da Comunicação com outras Frentes de Evangelização, citando os Especiais como a Campanha da Fraternidade, Ano do Laicato, a WebTV, entre outros. Nestas Comunicações há matéria mais ampla sobre o Encontro.

16) ITF - Vozes – revistas publicadas

Frei Antônio Everaldo e Frei Elói Piva, citando o advento da era digital, da comunicação virtual, online, da comunicação em rede, etc, informam que os redatores das revistas publicadas pelo ITF, reunidos no final de novembro, projetaram a redução de 4 para 3 números anuais da revista REB. Quanto ao Grande Sinal e aos Estudos Bíblicos, estes continuam, por ora, como estão. Já a edição da revista SEDOC (Serviço de Documentação) será encerrada. O Definitório deu aval para os encaminhamentos.

17) Empreendimento comercial – Pari aprovação

Às 9h30 do dia 20 de junho, Jorge Siarcos fez-se presente na reunião do Definitório para tratar de negociação da Associação Franciscana Senhor Bom Jesus com a BBM Porto Brás em vista de locação de terreno junto ao Convento do Pari, de posse da Associação, para empreendimento comercial. Após algumas análises, o Definitório aprovou que se prossigam as negociações.

18) FIMDA - notícias

1. Livraria Franciscana: A antiga lojinha de venda de objetos devocionais, livros, etc., foi oficializada perante os órgãos de governo, passando a se chamar “Livraria Franciscana”, que agora poderá funcionar e tornar-se meio para ajudar na sustentabilidade econômica da Fundação. 2. Projetos Sociais: Foi acertado que todos os projetos sociais (Projeto Nossos Miúdos, Escola de Pastelaria, Projeto INZO de Inserção Digital e Projeto Bola da Paz), para um melhor funcionamento, passarão a estar ligados a um mesmo centro, a exemplo do que já acontece com outras congregações em Angola. Criou-se, assim, o Centro Franciscano de Solidariedade, que está sendo regularizado junto aos órgãos governamentais. Não se trata de uma nova estrutura, mas sim de reestruturação de todas as obras sob um mesmo estatuto jurídico, ao invés de se criar um estatuto para cada projeto. Isso facilitará a administração. 3. Renovação dos veículos da Fundação: Foi constatado que a maioria das fraternidades tem veículos muito antigos. Isso gera instabilidade orçamentária pois os gastos são cada vez mais altos com a manutenção. Por isso, tais veículos serão vendidos e serão enviados projetos junto a Comunicações Julho de 2018

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Definitório Provincial organismos como a MIVA para ajudar na compra de veículos novos. 4. Documentação e legalização dos Terrenos: Vários terrenos da Fundação têm sua documentação precária. Será iniciado o processo para a regularização da documentação deles o mais rápido possível. Para evitar perdas, os originais dos documentos serão guardados na sede da Fundação e cópias autenticadas permanecerão nas fraternidades. 5. Reunião do Conselho de Formação: O Conselho de Formação se reuniu em Malange. Foram apresentados os relatórios a respeito da situação atual de cada uma das etapas de formação. Foi de consenso geral que precisamos, cada vez mais, trabalhar em unidade e de forma articulada. Atualmente, o Seminário de Malange conta com 48 seminaristas: 8 deles cursam a 10ª classe; 23, a 11ª classe, e 17, a 12ª classe. Há 31 aspirantes. Cresceu consideravelmente o número de formandos que entram com o ensino médio concluído. O Postulantado conta com 10 postulantes. São 25 frades a cursar Filosofia neste ano em Luanda. 6. Secretariado de Evangelização: Foi convocada para o dia 21 de agosto a primeira reunião do Secretariado de Evangelização. Busca-se uma maior coesão nos trabalhos ligados a este Secretariado. 7. Autossustento – Escolas: Conforme o que já se pensa há muito tempo, foi aprovado pelo Capítulo e abordou-se novamente na Visita Canônica, será preciso dar continuidade à construção da Escola do Seminário e fazer orçamentos para a construção da Escola de Viana. O trabalho nas escolas é subsidiado pelo Governo e se torna fonte de renda para Fundação. 8. Pedido de Estudo: Em carta enviada ao Conselho, Frei Alisson Zanetti, pede para estudar a língua inglesa no Zimbábue, durante os meses de dezembro de 2018 a fevereiro de 2019. A partir do parecer do Conselho, o Definitório aprovou o estudo. 9. Antecipação das férias de Frei Fábio José Gomes: Por questões de saúde, as férias de Frei Fábio, que seriam em outubro, foram antecipadas para o início de julho próximo. 10. L egalização civil: Finalizou-se o processo que já se arrastava por muitos anos em vista da legalização jurídica da Fundação junto aos ór-

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Comunicações Julho de 2018

gãos do Governo. A falta de legalização levava a vários problemas, entre eles a dificuldade de abertura de contas bancárias oficiais da Fundação (estas eram feitas em nome de pessoa física). Com essa legalização, como norma do Ministério das Finanças, todas as faturas (recibos) deverão ser conservadas na sede da Fundação, com cópias nas respectivas fraternidades. Com isso também o NIF da Fundação passará a ter derivações para cada uma das fraternidades e/ ou organismos, a partir de um mesmo número.

19) Frei Bertolino Tholl - indulto

No dia 30 de abril, Frei Bertolino recebeu da Santa Sé indulto de exclaustração em vista de possível incardinação na Diocese de Rio do Sul, SC.

20) Egressos

1. José Victor de Camargo Medeiros, que iniciaria o 1º ano de Filosofia em Rondinha; 2. Marcelo Dias Soares, 1º ano de profissão temporária em Rondinha, no dia 15 de junho; 3. Felipe Zaros, postulante, no dia 8 de junho; 4. Adriano de Souza, aspirante, no dia 12 de junho;

21) Agenda 2018 – acréscimos e alterações

Confira na última página destas Comunicações.

22) Autorizações de viagem

Por motivos diversos, receberam autorização para viajar ao Exterior: Frei Antônio Everaldo Palubiack Marinho, Frei Salésio L. Hillesheim, Frei Sérgio S. Pagan, Frei Marcos Hollmann, Frei Nilo Agostini, Frei Vitorio Mazzuco Filho, Frei Valdecir Schwambach e Frei Alisson Luís Zanetti.

Encerramento

Às 17h30 do dia 20, Frei Fidêncio, ao agradecer o trabalho de todos os Definidores, lembrou que vivemos o tempo de encaminhamentos a promover a dinâmica do Capítulo Provincial, de novembro próximo, junto com os Regionais, de modo especial. Desejou que todos se disponham a envolver-se afetiva e espiritualmente no Capítulo que tem como objetivo principal reanimar e dar novo impulso à nossa vocação e missão. Agradecendo a intercessão materna de Maria, convidou os Definidores à oração “Ave Maria”. Frei Walter de Carvalho Júnior secretário


Capítulo Provincial

A LOGOMARCA DO CAPÍTULO 2018

A

logomarca foi criada pelo Frei Rodrigo José Silva, frade estudante no tempo de Filosofia. Frei Rodrigo José Silva é natural de Campo Largo (PR), onde nasceu no dia 2 de abril de 1983. Vestiu o hábito franciscano em Rodeio no dia 6 de fevereiro de 2017 e professou temporariamente na Ordem no dia 8 de janeiro de 2018. Mora na Fraternidade São Boaventura, em Rondinha. A explicação do artista para a arte contempla o tema e lema do Capítulo Provincial: “Minoridade Franciscana: lugar de encontro e comunhão” e “Sejam chamados irmãos menores” (RnB 6,3). Na palavra “minoridade”, que é a dimensão que qualifica nossa vocação fraterna e o modo de nos relacionarmos com Deus e os irmãos, ocorre o encontro com Deus (em Jesus, a figura central cuja cabeça forma o “O” de minoridade) que inspira os dois frades na dimensão da diaconia e do serviço ao menino de boné. Este, por sua vez, representa a todos os homens e mulheres de nosso tempo, os que necessitam de nossa atenção e cuidado, os que habitam as periferias existenciais, os excluídos e marginalizados. Além da relação da minoridade com o serviço, estabelece-se a relação do encontro com a Criação e a evocação do cuidado com sua integridade através do broto de planta que nasce da letra “D”, da palavra “minoridade”. Quanto às cores escolhidas, que alternam do verde ao roxo, elas fazem referência aos tempos litúrgicos e às etapas da maturação da uva, que, ao alcançar o ápice de sua vida, está pronta para tornar-se o vinho que alegra o coração do homem e foi escolhido por Cristo para ser sacramento de

Seu próprio sangue. Esta relação é importante em nossa espiritualidade franciscana, que compreende o mistério da Encarnação do Filho, como mistério de sua minoridade, assim como o mistério eucarístico também o é. Deus, tão humilde, se rebaixa para aparecer a nós na modesta aparência do pão. Assim, além do exemplo do Lava Pés, já lembrado, que demarca um modo de relação com os irmãos, o Sacramento Eucarístico é o sacramento que nos permite, cada vez mais, aprofundarmos nossa identidade de menores através da oração e ação de graças a Deus. Comunicações Julho de 2018

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Capítulo Provincial

COMISSÃO SE REÚNE PELA TERCEIRA VEZ

N

o dia 18 de junho, a Comissão Preparatória se reuniu pela terceira vez, na Sede Provincial, para prosseguir com os encaminhamentos para a celebração do Capítulo Provincial, que ocorrerá entre os dias 12 a 21 de novembro, em Agudos. Este Capítulo está sendo pensado como um momento forte para a discussão dos confrades capitulares sobre questões de nossa vida cotidiana e de organização de nossas estruturas e presenças em vista do processo de Redimensionamento que já tem sido refletido e vivido nos últimos anos pela nossa Província. Isso será possível porque neste Capítulo não será necessário tempo dedicado ao estudo e aprovação de Estatutos Particulares e de um novo Plano de Evangelização. Entre os assuntos tratados na reu-

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Comunicações Julho de 2018

nião, tivemos a leitura e estudo de todo o material enviado pelos Regionais que nasceu das provocações do Instrumento de Consulta entregue às Fraternidades Locais. Este material, agora, será reestruturado de modo que possa se tornar o Instrumento de Trabalho do Capítulo. Os membros da Comissão ficaram animados com este retorno dos Regionais e foi possível delinear anseios e alegrias percebidos pelos confrades nos últimos anos em relação ao nosso modo de viver e apontamentos para as direções que a Província, como um todo, pode tomar. Ainda ocorrerá, nas reuniões das Frentes de Evangelização e a juventude, uma conversa sobre como eles enxergam nossa vida e atuação evangelizadora e sobre como se sentem incluídos naquilo que fazemos e somos. Além disso, também serão recolhidas

as contribuições dos frades estudantes e demais formandos para que se somem à elaboração do Instrumento de Trabalho. Além deste assunto que tomou grande parte da reunião, ainda foram traçadas as linhas gerais de um cronograma para o Capítulo e, foi incluída a possibilidade de que os frades capitulares celebrem, com uma programação prática, o Dia dos Pobres, que acontecerá no dia 18/11. As cédulas de indicações de confrades para os ofícios de Ministro Provincial, Vigário Provincial e Definidores já foram enviadas às Fraternidades, bem como a Ficha de Inscrição para a participação no Capítulo Provincial. Todos têm como prazo final de retorno ao Visitador Geral o dia 31 de julho. Frei Rodrigo da Silva Santos


Capítulo Provincial

ATA DA APURAÇÃO DAS INDICAÇÕES AO OFÍCIO DE MINISTRO PROVINCIAL Às 9h00 do dia 7 de junho de 2018, na Sede Provincial, em São Paulo, SP, sob a presidência do Visitador Geral e Presidente do Capítulo Provincial Frei Miguel Kleinhans, reuniram-se os escrutinadores por ele nomeados, a saber: Frei Carlos Lúcio Nunes Corrêa, Frei Raimundo Justiniano de Oliveira Castro e Frei Walter de Carvalho Júnior, para procederem à apuração das indicações ao ofício de Ministro Provincial, segundo o que reza o artigo 59, §1º dos Estatutos Particulares da Província. Para o ofício de Ministro Provincial, apuradas as 223 cédulas que retornaram ao Presidente do Capítulo Provincial, constatou-se o seguinte resultado (em número de indicações): Frei César Külkamp 141 Frei Paulo Roberto Pereira 45 Frei Gustavo W. Medella 37 Frei Guido Moacir Scheidt 27 Frei João Francisco da Silva 27 Frei João Mannes 23 Frei Mário Luiz Tagliari 17 Frei Estêvão Ottenbreit 10 Frei Alexandre Magno C. da Silva 08 Frei Salésio Lourenço Hillesheim 06 São Paulo, 7 de junho de 2018.

Recebeu 6 indicações: Frei Vitorio Mazzuco Filho; receberam 5 indicações: Frei José Antônio Cruz Duarte, Frei Ivo Müller e Frei Paulo Roberto Santos Santana; receberam 4 indicações: Frei Samuel Ferreira de Lima, Frei Nelson José Hillesheim, Frei Luiz Colossi, Frei Valdecir Schwambach e Frei Volney José Berkenbrock; receberam 3 indicações: Frei Olivo Marafon, Frei Jorge Paulo Schiavini, Frei José Pereira, Frei José Idair Ferreira Augusto, Frei Raimundo Justiniano de Oliveira Castro e Frei Valdir Laurentino; receberam 2 indicações: Frei Angelo José Luiz, Frei Sebastião Agostinho Kremer, Frei Germano Guesser, Frei Thiago Alexandre Hayakawa, Frei Daniel Dellandrea, Frei Evandro Balestrin, Frei Ladí Antoniazzi, Frei Antônio Michels e Frei Marcos Antonio de Andrade; receberam 1 indicação: Frei Alvaci Mendes da Luz, Frei Carlos José Körber, Frei Marcos Estevam de Melo, Frei Clauzemir Makximovitz, Frei José Lino Lückmann, Frei Heitor Cela, Frei Benjamim Berticelli, Frei Fábio Cesar Gomes, Frei Sérgio Sebastião Pagan, Frei João Pereira da Silva, Frei Rodrigo da Silva Santos, Frei Mário Stein, Frei Diego Atalino de Melo, Frei Gilberto Marcos S. Piscitelli, Frei Fernando de Araújo Lima, Frei Alex Sandro Ciarnoscki e Frei Roberto Ishara.



FINAL DE FESTA rgida,

Depois de tanta água benta aspe l... o descanso merecido de Frei Raou

OFM NEW FASHION na Trezena de Santos.

a Frei Valdevino lançou mod

PRONTOS PRA “GUERRA”!

No Rio, o povo não quer economia de água benta. Alguns “tomam banho” quando se aproximam dos frades.

... NA BRONCA ? im m a pr to Só um vo

BEM! TÁ TUDO to para o frio...

Frei Guido pron

HOMEM MIDIÁTICO

Mais famoso que os são-paulinos!

EM ÊXTASE

LOJINHA DO FREI DIEGO Alguém quer comprar camisetas?

Frei Thierry, na experiência do Eremitério, viu alguma coisa... Mas foi só um acidente!

TUDO EM 13 DIAS

Pregador, animador, sacristão, comentarista, celebrante, cantor, coroinha, assistente, confrade...Esse é Frei Erick!

FRATRumGRAM é um neologismo que nasce da palavra Frades mais a rede social Instagram. A ideia é publicar fotos curiosas, informais e descontraídas dos frades e das Fraternidades! Se você fez uma foto legal, envie-nos para o email: comunicacao@franciscanos.org.br!


Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil (*) As alterações e acréscimos estão destacados

JULHO

15 e 16

02 e 03

16 a 18

02 a 13 9 a 13 17 a 20 19 a 22 31 a 02

Encontro do Regional do Leste Catarinense (Santo Amaro da Imperatriz); II etapa do curso para formadores, animadores do SAV e guardiães pela CFMB (Petrópolis); Retiro anual (Rondinha); Retiro dos Formadores (Eremitério); Encontro Nacional da Juventude (Vila Velha ES); Assembleia do Sefras (Tanguá - RJ);

AGOSTO 01 a 05 13 13 14 a 16 21 e 22 27 a 30 28 e 29 29 a 04

Assembleia dos Frades Estudantes; Encontro do Regional do Rio de Janeiro e Baixada Fluminense (Rocinha); Reunião da Comissão Preparatória do Capítulo 2018; Reunião do Definitório Provincial (São Paulo); Encontro ampliado da Frente da Educação (Curitiba); II Congresso de Educadores Franciscanos (Anápolis, GO); Reunião da Frente das Paróquias, Santuários e Centros de Acolhimento, com leigos(as); Retiro itinerante para religiosos(as) - SAV (Aparecida-SP)

SETEMBRO 03 03 e 04 06 07 a 10 10 10 11 15 17 17 e 18 17 e 18 17 a 20 24 24 a 28 25

Encontro do Regional de São Paulo (Amparo); Encontro do Regional do Leste Catarinense (Florianópolis); Reunião do Conselho de Formação e Estudos (Guaratinguetá); Encontro dos Irmãos leigos da Província (Rondinha); Encontro do Regional do Vale do Itajaí (Gaspar); Encontro Regional de Pato Branco (Mangueirinha); Frente das Missões (frades e leigos) (São Paulo - Sede); Profissão Solene (Petrópolis); Encontro do Regional de Curitiba (Bom Jesus); Terceiro Regional do Planalto Catarinense e Alto Vale do Itajaí (Lages); Encontro Regional do Contestado (Piratuba); Retiro do Regional S. Paulo (aberto a outros confrades) (Convento São Francisco); Encontro do Regional do Vale do Paraíba (local a definir); Assembleia da CFMB (Santarém); Conselho de Evangelização (São Paulo Sede);

OUTUBRO 03 a 28 09 e 10

Sínodo 2018 - Os jovens, a fé e o discernimento vocacional Encontro Provincial da Frente da Comunicação (Rondinha);

22 a 27 26 a 28 28 a 02

Reunião da Comissão Preparatória do Capítulo 2018; Reunião do Definitório Provincial (São Paulo); III Congresso Franciscano para a AL (Guatemala); Estágio Vocacional (Ituporanga); Reunião da UCLAF;

novembro 01 a 04 12 a 21 26 30 e 01

Estágio Vocacional (Guaratinguetá); Capítulo Provincial; Encontro do Regional do Vale do Paraíba (São Sebastião); Celebração dos Jubileus;

DEZEMBRO 03 03 03 03 03 e 04 03 e 04 17 e 18

Encontro do Regional de São Paulo (Bragança Paulista); Encontro do Regional do Rio de Janeiro e Baixada Fluminense – recreativo (Niterói); Encontro do Regional de Curitiba (Caiobá); Encontro do Regional do Vale do Itajaí (Blumenau); Encontro Regional de Pato Branco e Contestado (local a definir); Encontro recreativo do Regional Alto Vale do Itajaí e Planalto Catarinense (Vila Itoupava); Encontro do Regional do Leste Catarinense e, no dia 17, celebração de entrega da Paróquia à Diocese (Forquilhinha)

2019 jANEIRO 11 a 13

Caminhada Franciscana da Juventude (Curitibanos).


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