Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil
junho de 2019 • ANO LXVII • N o 06
Papa Francisco e o Diálogo inter-religioso O encontro de Francisco com o sultão
SUMÁRIO MENSAGEM DO GOVERNO PROVINCIAL
“Por um engajamento pessoal e fraterno”...................................................................................371 Sobre o Bloqueio de 30% dos recursos das instituições federais de Ensino Superior ......................................................................................373
FORMAÇÃO PERMANENTE
“Papa Francisco e o Diálogo inter-religioso”, artigo de Frei Volney J. Berkenbrock................................................................................................374 Mensagem da Ordem para o Ramadã...........................................................................................378
FORMAÇÃO E ESTUDOS
Ordenação presbiteral e Primeira Missa de Frei Marx Rodrigues..................................381 Jovens de Campo Largo conhecem o carisma franciscano.............................................392 “A educação transforma tudo”.............................................................................................................393
SAV
Assembleia do SAV reúne frades em Rondinha.......................................................................394 As experiências do Ressuscitado em Cocal................................................................................396
FRATERNIDADES
Caminhada Ecológica completa 20 anos pelos caminhos do Imperador...............400 Mais de 400 pessoas prestigiam evento beneficente do Seminário Frei Galvão........................................................................................................................402 Convento da Penha: Dom Geraldo celebra Missa das Mães............................................403 NOSSOS FRADES: Frei Yves, o autor do “Cartoon Franciscano”........................................404
PVF
Uma reflexão sobre o diálogo e a paz no Retiro dos Benfeitores.................................406
EVANGELIZAÇÃO
Semana de língua alemã tem noite solene com os Canarinhos...................................410 Cerimônia marca Investidura do Coral das Meninas dos Canarinhos........................412 Movimento FM em Pato Branco: 37 anos de música e entretenimento..................413 Manhã Franciscana começa a animar os fins de semana pelas ondas do rádio......................................................................................................414 Frei Volney lança “O mundo religioso”............................................................................................414 Angola celebra a Semana de Misericórdia pela Terra...........................................................415 Bom Jesus celebra parceria com Irmãs da Divina Providência em Jaraguá do Sul......................................................................................................................................416 Dia das Mães no Colégio Bom Jesus, gincana solidária e Campanha do agasalho......................................................................................................................417 Diocese de Chapecó celebra 60 anos............................................................................................418 Frente da Comunicação faz terceiro encontro do ano........................................................419
DEFINITÓRIO PROVINCIAL
Notícias da reunião de 9 e 10 de maio..........................................................................................420
CFMB
Frei Joel Postma ganha “Opera Omnia”..........................................................................................428
NOTÍCIAS E INFORMAÇÕES
Novo governo na CNBB...........................................................................................................................429 Doutorado sobre Frei Galvão ganha nota 10 na PUC-SP...................................................430
AGENDA ..................................................................................................................................................432
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mensagem
Por um engajamento pessoal e fraterno grande desafio das empresas e marcas atualmente tem sido despertar o engajamento em seus diferentes públicos. Guardadas as devidas proporções do que diz respeito à linguagem e à rotina do mercado, o tema do engajamento também pode ser provocativo para nossa reflexão enquanto frades menores e evangelizadores. O primeiro exercício seria um olhar para dentro, pessoalmente, e também de nossas Fraternidades. Qual o nível de nosso engajamento em relação aos pilares de
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nossa consagração (vida de oração e devoção, vida fraterna e minoridade, penitência, pobreza e espírito missionário, cuidado com a casa comum, promoção da justiça e da paz...)? Estas indagações, cada um pode fazer a si e, certamente, já estão surgindo dentro de nossas Fraternidades à medida que avançamos no processo de reconstrução de nosso Projeto Fraterno de Vida e Missão. O segundo passo seria o de avaliar a qualidade e a repercussão de nosso testemunho. Até que ponto temos conseguido suscitar o engajamento entre aqueles que fazem parte de nossa convivência nas diversas Frentes de Evangelização em que estamos presentes? Eles têm sentido que, de fato, vale apena apostar a vida no seguimento de Jesus Cristo ao modo de Francisco? Além destas reflexões, também podemos celebrar e agradecer a Deus o espírito de compromisso e engajamento manifesto pela grande maioria de nossos confrades nos primeiros passos deste triênio. Em Rondinha, a reunião dos Animadores do SAV e o encontro do Conselho de Formação se manifestaram como ocasiões importantes de revisão da caminhada e da projeção dos passos futuros. O engajamento de cada confrade como efetivo e verdadeiro animador vocacional tem se revelado cada vez mais fundamental e indispensável. O interesse em oferecer respostas ágeis e consistentes àqueles que nos procuram, a coragem de partilhar o dia a dia dos jovens e a ousadia de lançar um convite pessoal àqueles em quem notamos a semente do chamado de Deus, devem ser ações que fazem parte da nossa vida cotidiana. Certamente, foi por conta de ações desta natureza que nossos irmãos aprovados para a Profissão Solene e Diaconato em nossa última sessão do Definitório se encantaram pela vocação franciscana e decidiram abraçá-la. Depois de longos anos de amadurecimento e cultivo no tempo da formação, decidiram oferecer sua vida integralmente pela causa do Reino. Por estes irmãos, nosso louvor e gratidão a Deus! O Encontro de guardiães e coordenadores, em Agudos, teve presença quase total das Fraternidades. Foi ocasião de encontro e reflexão sobre o tema do diálogo, tendo como referência o encontro entre São Francisco e o Sultão, em Damieta, no Egito, há 800 anos. Em grupos, os participantes puderam ainda refletir sobre a missão do guardião e realizar uma partilha de suas experiências pessoais a partir da temática proposta. Mesmo ao se debruçar sobre temas desafiantes e, de certo modo, pesados – entre eles a questão da prevenção e dos encaminhamentos diante de possíveis casos de abuso sexual de menores -, a assembleia se mostrou
madura e comprometida. O clima que predominou foi o da corresponsabilidade fraterna. O caminho da transparência, da misericórdia e da fraternidade, apesar de desafiante, é aquele capaz de oferecer uma resposta evangélica a este problema que tem machucado o coração de tantas pessoas e ferido de modo grave o coração da Igreja. Também foi marca deste encontro a alegria dos irmãos em se reencontrar. Em relação ao tema do redimensionamento, também temos tido a graça de encontrar o engajamento de confrades compreensivos e dispostos a colaborar nas Fraternidades pelas quais começamos as tratativas de entrega às dioceses. Esta postura demonstra a maturidade de quem se entende a serviço do direcionamento que a Fraternidade Provincial abraçou no último Capítulo. Muitos passos ainda devem ser dados e o mesmo espírito precisa ser mantido durante todo o processo. Deixar presenças não significa derrota ou perda, mas se trata de uma opção necessária para darmos passos em direção a outros desafios e oferecermos respostas concretas aos sinais dos tempos que batem à porta de nossas casas e conventos. Apesar de ser um processo que causa certa dor, pelo elo afetivo que nutrimos em relação às nossas presenças, o sentimento que deve nos acompanhar neste processo é o de gratidão: a Deus, às Igrejas locais, às pessoas que o Senhor colocou em nossos caminhos em cada um destes lugares. Recordamos ainda que temos indicações bem claras do Capítulo diante das quais precisamos dar passos, entre elas: a disposição em assumir os cuidados do Santuário de Santo Antônio Galvão, em Guaratinguetá, e o compromisso de formarmos uma fraternidade no Eremitério, assim como pensarmos em presenças que sejam possibilidades de “casas de oração”, conforme nos pede a Ordem. Na segunda quinzena de maio, o convite é voltarmos os nossos olhos e corações para Angola. É tempo de visita canônica e Capítulo na Fundação Imaculada Mãe de Deus. A participação de todos pela via da oração é fundamental. O senso de unidade provincial nos convida a participarmos ativamente deste momento central na vida de nossa Fundação. Os encaminhamentos para se tornar Custódia dependente e a questão do autossustento serão temas centrais desta assembleia tão aguardada (veja notícias na edição de julho). Convocamos mais uma vez todos os irmãos ao pleno engajamento em nossa vida, abraçando todos os compromissos que decorrem desta escolha fundamental. Que as festas juninas sejam ocasião de celebramos na simplicidade do povo a ação de Deus em nossa vida e em nossa história. Salve Santo Antônio, São João e São Pedro!
Frei César Külkamp
Frei Gustavo Medella
Ministro Provincial
Vigário Provincial
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Sobre o Bloqueio de 30% dos recursos das instituições federais de Ensino Superior
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esde logo após as suas origens, o movimento iniciado por São Francisco de Assis atraiu homens de notável ciência e saber, o que propiciou a presença dos irmãos da Ordem dos Frades Menores no ambiente universitário na qualidade de mestres e professores. Atentos à advertência de São Francisco – de que a ilustração não lhes tornasse soberbos ou lhes fizesse perder o espírito de oração e devoção – os irmãos procuraram manter sua presença neste ambiente de cultivo do conhecimento. Até os dias de hoje os franciscanos continuam a acreditar que o universo da educação e da pesquisa seja plataforma importante para o exercício da Missão Evangelizadora. Diante do exposto, venho, em nome da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil, manifestar grande preocupação no que diz respeito à decisão do Governo Federal de promover o bloqueio de 30% nos recursos das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES). É evidente que esta ação vai colocar em risco o trabalho de excelência que estas instituições realizam nas áreas de Ensino, Pesquisa e Extensão. Certamente, os efeitos da decisão vão recair sobre importantes projetos de serviços às comunidades, especialmente as mais carentes, vão inviabilizar a continuidade de fundamentais
programas de pesquisa, inclusive aqueles que visam à cura de doenças complexas e graves, vão comprometer a qualidade do atendimento nos Hospitais Universitários, além de quase impossibilitar as providências necessárias a garantir a limpeza, a manutenção e a segurança dos campi universitários. Consciente de que a missão evangelizadora, para além dos vínculos institucionais e/ou religiosos, passa pela promoção da vida, da dignidade e do cuidado pelo ser humano, convoco todos os confrades e leigos ligados às nossas Frentes de Evangelização, à Família Franciscana, assim como todas as pessoas de boa vontade, a pacificamente contestar esta postura que, ao contrário de contribuir para a construção de um país melhor, tende a cada vez mais afastar o Brasil do caminho do desenvolvimento e do progresso. Evangelizar é sinônimo de amar. Amar a Pátria é amar aqueles que nela vivem e promover-lhes a qualidade de vida e o cuidado integral. Pátria amada é aquela que sabe amar. São Paulo, 05 de maio de 2019.
FILHO DE FRANCISCO De Francisco, fiel Filho muito amado, Do Evangelho, Arauto pelo mundo afora, Meu Antônio de Lisboa, um consagrado, Ao Senhor e ao Irmão que faminto chora!... Junho, teu mês, nosso Intercessor Global, Dos namorados, mês de muita esperança, Quer pelas cidades, e área rural, A quem é idoso e que ainda é criança. Meu Antônio, também, de Pádua, tão querido, Inda hoje, necessitamos de tua ajuda, Faze, meu Santo, nosso viver florido!... Pois, tu és de Deus, uma Flor esplendorosa, Fruto da Graça do Senhor em sua Igreja, Dos pobres, ricos, Dádiva gloriosa. Frei Walter Hugo de Almeida
Frei César Külkamp, OFM Ministro Provincial
Formação permanente
O encontro de Francisco com o sultão
Papa Francisco e o Diálogo inter-religioso petiu este gesto em 2016, trinta anos após o evento protagonizado por João Paulo II. Mas no que tange ao diálogo inter-religioso, o Papa Francisco elevou a temática a uma importância muito maior que a de um encontro de oração. Esta importância dada por Francisco ao tema está dentro do proposta de seu pontificado.
Igreja em saída
Diálogo inter-religioso como missão da Igreja
A
relação da Igreja Católica com as outras religiões mudou decisivamente com o Concílio Vaticano II. Ali, no documento Nostra Aetate se afirma que a Igreja “exorta por isso seus filhos a que, com prudência e amor, através do diálogo e da colaboração com os seguidores de outras religiões, testemunhando sempre a fé e vida cristãs, reconheçam, mantenham e desenvolvam os bens espirituais e morais, como também os valores sócio-culturais que entre ele se encontram” (NA, 2). Com esta afirmação, o diálogo inter-religioso passou a fazer parte da missão da Igreja Católica e não mais a ser um elemento a ser praticado à margem da Igreja, como algo meio clandestino. Infelizmente, da decisão do Concílio não se seguiu muita prática e para boa parte dos cristãos católicos, o contato de fiéis com membros de outras tradições religiosas ainda é visto com desconfiança. O Papa João Paulo II, numa inspiração sem precedentes no ano de 1986, irá convidar lideranças de diversas religiões para um encontro de oração pela paz em Assis, cidade do santo do diálogo, do irmão universal. Este encontro foi um marco para o catolicismo no que diz respeito ao diálogo inter-religioso. A partir dele foram feitos outros, a cada ano, no mundo inteiro, para ecoar o que se costumou chamar de “espírito de Assis”. O Papa Francisco re-
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Desde sua eleição para a função de bispo de Roma e Sumo Pontífice da Igreja Católica, Francisco tem insistido na expressão “Igreja em saída”. Esta sua proposta tem sido acolhida e entendida de maneiras diferentes dentro do catolicismo: há os que entendem ser um convite à ação missionária, de a Igreja reforçar sua atuação de anúncio, de pregação e propagação da fé. Há os que entendem que o apelo do Papa Francisco por uma “Igreja em saída” deve ser entendido como um convite para a Igreja sair de suas posições fixas, de ser mais maleável, de ser mais compreensiva, de ser menos estrutura e mais vivência, de ser menos direito canônico e mais Evangelho, enfim, de que se trata de um apelo por mudanças na Igreja como estrutura eclesial. Há os que entendem ser a proposta do Papa por uma “Igreja em saída” um pedido para que a Igreja não fique presa ao seu mundo, para que a Igreja vá ao encontro das sociedades, de suas esperanças e problemas, para que a Igreja tenha coragem de agir não somente em âmbito eclesial, mas também no âmbito das questões humanitárias, econômicas, sociais e de diversidade religiosa. Estas interpretações não são necessariamente contraditórias. O que fica claro a todos é a proposta do Papa por mais iniciativa e dinamicidade.
A humanidade como foco
O próprio Papa tem tomado muitas iniciativas que impulsionam as compreensões de “Igreja em saída” tanto na linha de ser uma Igreja mais maleável e compreensiva, como de uma Igreja que vá ao encontro do outro, de sua realidade e seus desafios. E um destes desafios assumidos pelo Papa Francisco tem sido o de colocar a humanidade no foco de suas ações
Formação permanente
e não tanto a Igreja. A ação da Igreja deve ser entendida como uma ação em favor da humanidade, humana e humanizadora. Isto desde pequenos gestos em Roma, como a criação de lavanderias para que os moradores de rua possam lavar suas roupas, como sua intervenção em questões que afetam milhões de pessoas, como as econômicas e a dos refugiados. E nessa busca de colocar a humanidade em foco de sua ação, o Papa Francisco entende que é necessário dialogar com as tradições religiosas. E ele tem tomado a iniciativa de ir ao encontro de fiéis de outras tradições. É impressionante o número de viagens que o Papa Francisco tem feito Papa Francisco com Teodoro II (Tawadros II), Papa de Alexandria, durante visita ao Egito a países onde a maioria da população segue outra tradição que não a cristã. mentos e das preocupações do Papa não tem sido a diferença Assim, desde sua eleição, Francisco já visitou (em 2014) a religiosa, mas a busca do engajamento e ação em conjunto em Turquia (maioria muçulmana), a Albânia (também de maioria prol da humanidade e dos problemas que a assolam. Assim, muçulmana); a Coreia do Sul (maior religião é a budista, com disse o Papa no encontro com os muçulmanos no Egito: ¼ da população); a Jordânia (maioria muçulmana); Israel (de Desde a antiguidade, a cultura surgida nas margens do maioria judaica) e a Palestina (de maioria muçulmana). Nesta Nilo foi sinônimo de civilização: no Egito, levantou-se viagem à Terra Santa, Francisco se encontrou com dois grã-raalta a luz do conhecimento, fazendo germinar um patribinos judaicos e com o grã-mufti muçulmano na esplanada das mônio cultural inestimável, feito de sabedoria e talento, mesquitas em Jerusalém. Em 2015 visitou a Bósnia e Herzegode conquistas matemáticas e astronômicas, de formas admiráveis de arquitetura e arte figurativa. A busca do vina (maior parte muçulmana); o Sri Lanka (de maioria busaber e o valor da instrução foram opções fecundas de dista). No Sri Lanka se encontrou inclusive com representantes desenvolvimento empreendidas pelos antigos habitandas quatro grandes tradições religiosas do país: Budismo, Hinduísmo, Islã e Cristianismo. No ano de 2016, além de ter partes desta terra. E constituem opções necessárias tamticipado do encontro em Assis, na jornada mundial pela paz, bém para o futuro, opções de paz e em prol da paz, poronde se encontrou com representantes de diversos grupos crisque não haverá paz sem uma educação adequada das gerações jovens. Nem haverá uma educação adequada tãos, mas também representantes do Judaísmo, Islã e Tendai, o para os jovens de hoje, se a formação que lhes for dada Papa Francisco foi ao Azerbaijão, de maioria muçulmana, onde não corresponder bem à natureza do homem, ser abermanteve um encontro com estes fiéis na mesquita da capital Baku. No ano de 2017, Francisco foi a Myanmar (maioria buto e relacional. E convidou todos a unir-se pela sabedoria, não para se imdista), Bangladesh (maioria muçulmana) e Egito (também de maioria muçulmana). Nesta viagem ao Egito, o Papa Francisco por, mas para a superação da violência ao se colocar o ser hurealizou um pronunciamento que pode ser considerado o seu mano no centro: programa para o diálogo inter-religioso. E, finalmente, no ano A sabedoria procura o outro, superando a tentação da de 2019, Francisco já viajou aos Emirados Árabes Unidos, de rigidez e fechamento; aberta e em movimento, humilde maioria muçulmana e ao Marrocos, país de quase totalidade e ao mesmo tempo indagadora, sabe valorizar o passamuçulmana. No Marrocos foi emblemática a apresentação mudo e pô-lo em diálogo com o presente, sem renunciar a uma hermenêutica adequada. Esta sabedoria prepara sical feita com a presença do Papa Francisco e representantes um futuro em que se visa fazer prevalecer, não a própria de diversas tradições religiosas, onde foi apresentada uma peça parte, mas o outro como parte integrante de si mesmo; com uma cantora judia, uma cristã e um cantor muçulmano. aquela não se cansa de individuar, no presente, ocasiEsta lista de viagens é apenas uma pequena amostra tanto da centralidade que o tema do diálogo inter-religioso tem em seu ões de encontro e partilha; do passado, aprende que do pontificado, como também a forma como tem feito Francisco: mal brota unicamente mal, e da violência só violência, ir ao encontro, visitar e dialogar no espaço de tradições religionuma espiral que acaba por nos fazer prisioneiros. Esta sabedoria, rejeitando a avidez de prevaricação, coloca sas diversas da sua. Nestes encontros, o foco dos pronunciajunho de 2019 – comunicações
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no centro a dignidade do homem, precioso aos olhos de Deus, e uma ética que seja digna do homem, rejeitando o medo do outro e o temor de conhecer mediante os meios de que o dotou o Criador. Nestes encontros todos, o Papa Francisco demonstrou o que entende por “Igreja em saída”, onde não é ela que está no centro, mas a humanidade e seu bem estar.
Diálogo como caminhar juntos e não como gesto diplomático
Outro elemento importante a se destacar é a compreensão que o Papa Francisco tem de diálogo inter-religioso. Não se trata de fazer encontros de caráter diplomático, onde cada qual saúda respeitosamente a outra parte e a isto nada mais se segue. Francisco entende que o diálogo inter-religioso é um esforço por caminhar juntos, por construir algo juntos. No encontro no Egito, destacou sua compreensão de diálogo inter-religioso: Precisamente no campo do diálogo, sobretudo inter-religioso, sempre somos chamados a caminhar juntos, na convicção de que o futuro de todos depende também do encontro entre as religiões e as culturas. Oferecenos um exemplo concreto e encorajador, neste sentido, o trabalho do Comitê Misto para o Diálogo entre o Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-religioso e o Comitê de Al-Azhar para o Diálogo. Há três diretrizes fundamentais que, se forem bem conjugadas, podem ajudar o diálogo: o dever da identidade, a coragem da alteridade e a sinceridade das intenções. O dever da identidade, porque não se pode construir um verdadeiro diálogo sobre a ambiguidade nem sobre o sacrifício do bem para agradar ao outro; a coragem da alteridade, porque quem é cultural ou religiosamente diferente de mim, não deve ser visto e tratado como um inimigo, mas recebido como um companheiro de viagem, na genuína convicção de que o bem de cada um reside no bem de todos; a sinceridade das intenções, porque o diálogo, enquanto expressão autêntica do humano, não é uma estratégia para se conseguir segundos fins, mas um caminho de verdade, que merece ser pacientemente empreendido para transformar a competição em colaboração. E Francisco apresenta o caminho do diálogo não como uma opção possível, mas como o caminho único para se avançar como civilização humana: Educar para a abertura respeitosa e o diálogo sincero com o outro, reconhecendo os seus direitos e liberdades fundamentais, especialmente a religiosa, constitui o melhor caminho para construir juntos o futuro, para ser construtores de civilização. Porque a única alternativa à
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civilização do encontro é a incivilidade do conflito; não há outra. E, para contrastar verdadeiramente a barbárie de quem sopra sobre o ódio e incita à violência, é preciso acompanhar e fazer amadurecer gerações que, à lógica incendiária do mal, respondam com o crescimento paciente do bem: jovens que, como árvores bem plantadas, estejam enraizadas no terreno da história e, crescendo para o Alto e junto dos outros, transformem dia-a-dia o ar poluído do ódio no oxigênio da fraternidade. Todos são chamados a este caminho. Nele todos são irmãos e irmãs. E, assim recorda o Papa Francisco, este caminho de encontro já foi apontado por outro Francisco, o de Assis, quando foi ao encontro do sultão, justamente no Egito: Para este desafio tão urgente e apaixonante de civilização, somos chamados, cristãos, muçulmanos e todos os crentes, a prestar a nossa contribuição: «Vivemos sob o sol de um único Deus misericordioso. (...) Assim, no verdadeiro sentido, podemos chamar-nos, uns aos outros, irmãos e irmãs (...), dado que, sem Deus, a vida do homem seria semelhante ao firmamento sem o sol». Que se levante o sol duma renovada fraternidade em nome de Deus e surja desta terra, beijada pelo sol, o alvorecer duma civilização da paz e do encontro. Interceda por isto mesmo São Francisco de Assis, que, há oito séculos, veio ao Egito e encontrou o Sultão Malik Al Kamil. Para o Papa Francisco, a responsabilidade do diálogo inter -religioso aponta para uma nova forma de convivência mundial, para o que ele chama de “civilização da paz e do encontro”. Aqui claro que o Papa Francisco não entende o diálogo inter -religioso como um evento, como algo que se pode fazer de vez em quando, para se mostrar alguma civilidade na convivência. Não, o diálogo inter-religioso para o Papa Francisco é um verdadeiro programa, e com a responsabilidade de engendrar outro tipo de civilização. Na sua trajetória pessoal, o diálogo inter-religioso não é algo que surge quando de sua eleição para o papado. Antes de sua eleição, ainda como arcebispo de Buenos Aires, era já muito conhecido seu esforço pelo diálogo, do qual surgiu a obra “Sobre o céu e a terra”, na qual o Cardeal Bergoglio dialoga com o rabino Abraham Skorka.
Buscar aliados para um projeto maior: o bem da humanidade
Francisco, ao ir ao encontro, sobretudo do Islã, tem claro que a construção de um projeto pelo bem da humanidade passa também por um projeto de alianças. O projeto de paz, tão necessário à humanidade em múltiplos aspectos, não é resultado de uma única mão. No Egito, não surgiu apenas o sol da sabedoria; tam-
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bém a luz policromática das religiões iluminou esta terra: aqui, ao longo dos séculos, as diferenças de religião constituíram «uma forma de enriquecimento recíproco ao serviço da única comunidade nacional». Encontraram-se crenças diferentes e misturaram-se várias culturas, sem se confundirem mas reconhecendo a importância de se aliarem para o bem comum. Alianças deste gênero são ainda mais urgentes hoje. Ao falar disto, gostaria de usar como símbolo o «Monte da Aliança» que se ergue nesta terra. Antes de mais nada, o Sinai lembra-nos que uma autêntica aliança sobre a terra não pode prescindir do Céu, que a humanidade não pode pretender encontrar-se em paz excluindo Deus do horizonte, nem pode subir ao monte para se apoderar de Deus (cf. Ex 19, 12). Entre os grandes desafios que as religiões devem se colocar hoje, o Papa Francisco destaca o combate à violência, violência esta feita muitas vezes em nome da religião: Juntos, a partir deste lugar de encontro entre Céu e terra, de alianças entre as nações e entre os crentes, reiteramos um «não» forte e claro a toda a forma de violência, vingança e ódio cometida em nome da religião ou em nome de Deus. Juntos, afirmamos a incompatibilidade entre violência e fé, entre crer e odiar. Juntos, declaramos a sacralidade de cada vida humana contra qualquer forma de violência física, social, educativa ou psicológica. A fé que não nasce dum coração sincero e dum amor autêntico a Deus Misericordioso é uma forma de adesão convencional ou social que não liberta o homem, mas esmaga-o. Digamos juntos: quanto mais se cresce na fé em Deus, tanto mais se cresce no amor do próximo. E aponta claramente que a garantia da paz não irá se dar pelo armamento:
Com efeito, de pouco ou nada serve levantar a voz e correr ao rearmamento para se proteger: hoje há necessidade de construtores de paz, não de armas; hoje há necessidade de construtores de paz, não de provocadores de conflitos; de bombeiros e não de incendiários; de pregadores de reconciliação e não de arautos de destruição. Mas a construção da paz não é algo em si mesmo. Ela só será possível se houver engajamento em outras situações de violência, como a pobreza: Para evitar os conflitos e construir a paz é fundamental trabalhar por remover as situações de pobreza e exploração, onde mais facilmente criam raízes os extremismos, e bloquear os fluxos de dinheiro e de armas para quem fomenta a violência. Indo ainda mais à raiz, é necessário deter a proliferação de armas que, se forem produzidas e comercializadas, mais cedo ou mais tarde acabarão também por ser usadas. Só tornando transparentes as turvas manobras que alimentam o câncer da guerra é que será possível impedir as suas causas reais. A este compromisso urgente e gravoso, estão obrigados os líderes das nações, das instituições e da informação, responsáveis de civilização como nós, convocados por Deus, pela história e pelo futuro a iniciar, cada qual no seu próprio campo, processos de paz, não se esquivando a estabelecer bases sólidas de aliança entre os povos e os Estados. Poder-se-ia continuar citando o projeto de diálogo inter -religioso do Papa Francisco em muitos outros aspetos. Os aqui citados deixam, entretanto, já claro o suficiente o caminho por ele apontado.
Quem não está contra nós...
Não é de se estranhar, pois, que os posicionamentos do Papa Francisco têm encontrado resistências em grupos que apostam no confronto, na violência e no armamento como solução para um mundo mais humano. E não se trata apenas de um posicionamento político. Trata-se especialmente de um projeto econômico que quer impor um modelo civilizatório de dominação. Mesmo dentro do próprio catolicismo há quem não queira assumir o desafio do diálogo para a promoção de uma nova civilização. Papa Francisco chegou a afirmar que “é melhor ser ateu que um católico hipócrita”.
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Mensagem da Ordem para o Ramadã
A Ordem dos Frades Menores, através da Comissão para o diálogo com o Islã, divulgou uma mensagem dirigida aos muçulmanos por ocasião do Ramadã, que neste ano acontece entre 5 de maio e 4 de junho. A nossos irmãos e irmãs muçulmanos em todo o mundo, As-salaamu ‘alaykum! A paz esteja com vocês!
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m nome da Comissão Especial para o Diálogo com o Islã da Ordem dos Frades Menores, uma vez mais, alegra-me muito cumprimentá-los pelo início do Ramadã. Este é
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um tempo sagrado para vocês, que comemoram e celebram a revelação que Deus fez, colocando o Alcorão como caminho para todos os homens (Al-Bácara 2,185). É um tempo de grandes contrastes: o rigoroso jejum do dia e o generoso iftar, refeição noturna, em que os pratos e sobremesas contrastam com a simplicidade da ocasião e a pureza da água com a qual se quebra o jejum diário, quando milhares de devotos se reúnem para orar nas mesquitas, e cada indivíduo reza no silêncio de seu coração. “Ó fiéis, está-vos prescrito o jejum, tal como foi prescrito a vossos antepassados, para que temais a Deus” (Al-Bácara 2, 183). Este é um tempo especial, que é vivido com a família e os amigos, e um tempo que inclusive os desconhecidos são bem-vindos à mesa. É particularmente durante este mês de jejum islâmico que os muçul-
manos dão as boas-vindas a pessoas de todos os credos para compartilhar a refeição ao final do dia. Este ano, nos meses que antecederam o Ramadã, os muçulmanos mostraram uma hospitalidade extraordinária e generosa a Sua Santidade, o Papa Francisco, durante visita aos Emirados Árabes Unidos, no mês de fevereiro, e ao Reino de Marrocos, no mês de março; também em suas visitas anteriores à Terra Santa, Turquia, República Centro-Africana e Egito, entre outros países. Nestas visitas, o Papa Francisco falou insistentemente do seu desejo de seguir o exemplo de São Francisco de Assis, que com uma “mensagem de paz e fraternidade” viajou ao Egito em 1219, onde foi recebido calorosamente pelo sultão Al-Malik Al-Kamil. Assim como aconteceu com São Francisco e o Sultão, estas visitas deram ao Papa e
Formação permanente
aos líderes muçulmanos a oportunidade de demonstrar indistintamente a fraternidade que Deus deseja para os cristãos e muçulmanos como “descendentes do mesmo pai, Abraão” (Audiência Geral, 3 de abril de 2019). De fato, como nos recordou Sua Majestade, Muhammad VI, rei de Marrocos, durante a recente visita do Papa, a fraternidade compartilhada por cristãos e muçulmanos remonta a Era Islâmica. Vários anos antes da Hégira, quando os muçulmanos enfrentavam perseguições na Meca, o Profeta Muhammad (PBUH, A paz esteja com ele) enviou-os a buscar refúgio com Negus, o rei cristão de Abissínia, o qual lhes deu sua proteção. Tragicamente, no mundo de hoje, tanto muçulmanos como cristãos se veem obrigados a fugir de seus lugares devido a perseguições, guerras e injustiças. Inclusive aqueles que saíram dos campos de guerra não estão totalmente seguros, como vimos de maneira dramática nos eventos recentes em Christchurch, na Nova Zelândia e no Sri Lanka. Em sua visita recente aos Emirados Árabes e Marrocos, o Papa Francisco falou em nome dos imigrantes e dos mais vulneráveis do mundo. Em Marrocos, exortou a comunidade cristã a “seguir de perto as crianças e os pobres, os que são excluídos, abandonados e ignorados, os prisioneiros e os migrantes”, citando as obras de caridade como “um caminho de diálogo e cooperação com nossos irmãos e irmãs muçulmanos, e com todos os homens e mulheres de boa vontade” (Rabat, 31 de março de 2019). A preocupação com os pobres, os necessitados e os migrantes é fundamental para o Islã, como se expressa enfaticamente o Alcorão: “A virtude não consiste só em que orientais vossos rostos até ao levante ou ao poente. A verdadeira virtude é a de quem crê em Deus, no Dia
do Juízo Final, nos anjos, no Livro e nos profetas; de quem distribuiu seus bens em caridade por amor a Deus, entre parentes, órfãos, necessitados, viajantes, mendigos e em resgate de cativos” (Al-Bácara 2, 177). São os mesmos valores que os muçulmanos e os cristãos compartilham, assim como suas preocupações comuns, no significativo documento assinado pelo grande imã de Al Azhar, Ahmad al-Tayyeb e o Papa Francisco em Abu Dhabi, no mês de fevereiro. Neste texto histórico, intitulado Documento sobre a “Fraternidade humana pela paz mundial e a convivência comum”, os fiéis, tanto muçulmanos como cristãos, são tratados como “crentes” e são exortados por igual a proteger a criação e apoiar todas as pessoas, especialmente os pobres, indigentes, marginalizados e mais necessitados, incluindo os órfãos, viúvas, refugiados, exilados e vítimas de guerras e torturas, sem distinção. Ainda que reconhecendo os problemas e desafios que enfrentam os muçulmanos e cristãos no mundo, seja na política, economia, tecnologia e meio-ambiente, este documento, resultado da fraternidade muçulmana-cristã, pode ajudar a fazer avançar significativamente o diálogo “entre crentes e não crentes, e entre todas as pessoas de boa vontade”. Uma das imagens mais marcantes que tenho do Ramadã é o iftar, a refeição tão esperada ao final do dia de jejum. Recordo com carinho os convites para o desjejum, não somente de amigos, mas também de desconhecidos, policiais e comerciantes do Cairo. Em todo o mundo, frades, religiosas, religiosos e leigos franciscanos são alimentados generosamente na mesa das mesquitas e lugares muçulmanos. A mesa do iftar converte-se assim num símbolo de reunião dos crentes.
A cidade de Jerusalém também serve como um lugar onde se reúnem os crentes, filhos de Abraão, muçulmanos, cristãos e judeus, cada um com sua devoção e fervor. Com esta finalidade, enquanto estava no Marrocos, o Papa Francisco assinou um pedido a Sua Majestade, Muhammad IV, para proteger e promover a cidade de Jerusalém (al-Quds) como patrimônio comum da humanidade e, sobretudo, para os fiéis das três religiões monoteístas, seja lugar de encontro e símbolo de convivência pacífica, na qual se cultivam o respeito mútuo e o diálogo (Rabat, 30 de março de 2019). Os encontros entre os diferentes representantes das comunidades e os países muçulmanos com o Papa Francisco exemplificam o modelo de fraternidade que muçulmanos e cristãos podem experimentar, apesar das diferenças que nos definiram por muito tempo. Durante este Ramadã, oremos pela segurança das comunidades e para que haja oportunidade de um encontro muito abençoado com Deus (swt) e um encontro pacífico com todos os que puderem se beneficiar de sua fé e fraternidade. Como o santo Alcorão nos recorda: “Cada qual tem um objetivo traçado por Ele. Empenhai-vos na prática das boas ações, porquanto, onde quer que vos acheis, Deus vos fará comparecer, a todos, perante Ele, porque Deus é Onipotente” (Al-Bácara 2, 148). Desejamos um abençoado Ramadã! Ramadan Mubarak! Ramadan Kareem!
Fr. Michael D. Calabria, OFM Assistente Especial da Ordem dos Frades Menores para o diálogo com o Islã
Fr. Manuel Corullón, OFM Fr. Ferdinand Mercado, OFM Fr. Jamil Albert, OFM Membros da Comissão para o diálogo com o Islã
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ORDENAÇÃO PRESBITERAL
A noite de gratidão de Frei Marx
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ob as bênçãos do Bom Pastor, Frei Marx Rodrigues iniciou solenemente o seu ‘pastoreio’ no sábado (11/5), ao ser ordenado presbítero por Dom Luciano Bergamin, CRL, bispo da Diocese de Nova Iguaçu, durante a Celebração Eucarística na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Nilópolis (RJ). A celebração, que teve início às 17 horas e só terminou depois de 3h10, mesclou alegria, fraternidade, a descontração de Dom Luciano, emoção, entrega e fé. Segundo Dom Luciano, Frei Marx foi muito feliz ao escolher a data de sua ordenação no 4º Domingo da Páscoa, chamado “Domingo do Bom Pastor”. A bela igreja de Nossa Senhora Aparecida, de ‘roupa nova’ com a pintura e a reforma do telhado, lotou para vivenciar esse momento histórico. Ao lado do bispo estavam como concelebrantes o confrade de Frei Marx, Dom Evaristo Spengler, bispo da Prelazia de Marajó; o Vigá-
rio Provincial, Frei Gustavo Medella, representando o Ministro Provincial, Frei César Külkamp; o pároco de Nossa Senhora Aparecida, Frei Walter Ferreira Júnior, sacerdotes de toda a Província, da Diocese, além dos
religiosos e religiosas e seminaristas. Além dos familiares e amigos, o povo veio de todas as Paróquias que conheceram o ordenando, inclusive de longas distâncias como os de São Paulo, onde o frade reside atualmente.
Após a proclamação do Evangelho, a convite do diácono Frei Gabriel Vargas, o ordenando se apresentou para o rito de eleição e foi confirmado pelo testemunho do Vigário Provincial, Frei Gustavo Medella, que destacou três características do ordenando: “Frei Marx traz consigo três características muito importantes no presbítero franciscano: disponibilidade, disposição e um amor muito sincero e devotado pelos pobres”, disse o Vigário Provincial, frisando que Frei Marx era digno de abraçar esse ministério. Dom Luciano, perguntou aos pais, aos familiares e ao povo de Deus se estavam de acordo. Ouviu um sonoro “sim” de toda a assembleia. “Com o auxílio de Deus e de Jesus Cristo, nosso Salvador, escolhemos este nosso irmão para a Ordem do Presbiterado”, completou o bispo. Segundo o bispo diocesano, esta imagem de Deus representada por um pastor e o povo de Deus pelas ove-
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lhas perpassa todo o Antigo e o Novo Testamentos. “Jesus, como nós ouvimos, reassume esta imagem, quando diz ‘Eu sou o bom pastor’. E nós, então, somos as ovelhas do Senhor. E o que as ovelhas têm que fazer? Escutar o pastor”, disse. “Nós somos sempre ovelhas, mas ao mesmo tempo podemos assumir a missão de pastores em nossa vida. Vocês, queridos pais, são pastores; as catequistas, os professores são pastores. Nós, também, a exemplo de Cristo, podemos ser bons pastores”, disse, lembrando o Dia Mundial de Oração pelas Vocações. “Nós precisamos muito de padres, precisamos muito de consagrados e consagradas, como precisamos muito de bons pais. Rezemos pelas vocações, de maneira muito especial pelas vocações sacerdotais e pelas vocações consagradas”, pediu. Durante a homilia, Dom Luciano chamou Frei Diego Melo, animador vocacional da Província, para dar um testemunho de como foi a Semana Vocacional em preparação para a ordenação presbiteral de Frei Marx. Segundo Frei Diego, com uma equipe de cerca de 30 missionários e missionárias, dois pontos marcaram essa Missão Vocacional: as visitas às comunidades e famílias durante o dia e o bonito trabalho que existe nas Paróquias Nossa Senhora Aparecida e Santíssima Trindade de ir ao encontro das pessoas em situação de rua. “Não foi só uma ‘quentinha’ que levamos, mas o calor do amor de Deus que levamos e recebemos”, disse. O frade contou que outro momento marcante foi quando uma senhora o chamou e disse que, por circunstâncias da vida, tinha deixado de ser católica. “E aí ela olhou para os lados e disse: ‘Mas eu vou confessar uma coisa, Frei: de Nossa Senhora não me esqueci. Quando meus filhos saem de casa e vão trabalhar, porque todos são evangélicos, eu ligo a TV na Missa da
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TV Aparecida e me consagro a Nossa Senhora todos os dias”, explicou. Dom Evaristo disse que Frei Marx será uma força para a Igreja e para a Província. “O coração dele pertence a Deus e pertence ao povo. Caminhe, Frei Marx, sempre nesse ideal que você vem construindo ao longo da sua vida”. Quando frade, Dom Evaristo viveu muitos anos na Baixada Fluminense e falou com carinho dessa convivência e partilha do povo com os frades. Lembrou que a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) fará uma missão na Prelazia do Marajó e disse que já guardou duas vagas para os frades em formação. “No Marajó tem um rio famoso, o Rio Tajapuru, onde vivem muitas comunidades ribeirinhas pobres. O povo está abandonado na saúde e, às vezes, passa fome. As meninas de 10 e 12 anos vão vender castanhas nas balsas e ali são abusadas sexualmente por 5 ou 10 reais. Nós queremos chegar mais perto dessas comunidades e dizer: ‘Vocês não estão sozinhos. A Igreja está com
vocês. E essa aproximação da Igreja se dará nessa missão’”, adiantou, pedindo as bênçãos de Deus na vida e missão de Frei Marx. Na sequência, no diálogo com D. Luciano, Frei Marx disse sim ao ministério presbiteral, suas funções e seu modo de vida. Então, ele se prostrou ao chão, enquanto a assembleia cantava a Ladainha de Todos os Santos. A parte central do rito veio em seguida com a imposição das mãos de D. Luciano e a Prece de Ordenação, conferindo ao eleito o dom do Espírito Santo para o múnus de presbítero. A assembleia ficou em silêncio enquanto o mesmo gesto foi repetido pelos presbíteros, um a um, para significar a admissão do eleito à Ordem Presbiteral. Acolhido entre os presbíteros, Frei Marx foi revestido com as vestes litúrgicas, trazida pelos pais Heloíza e Marco Aurélio Ribeiro dos Reis. Frei José Francisco dos Santos, guardião da Fraternidade do Pari, onde Frei Marx reside, com Frei Carlos Guimarães, da Fraternidade Nossa Senhora junho de 2019 – comunicações
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Aparecida, ajudaram o neopresbítero a retirar as vestes de diácono e a colocar a estola, sinal de seu serviço, e a casula, a veste própria do pastor. Depois de ungir as mãos com o óleo do Crisma, Dom Luciano as amarrou com uma fita – simbolizando um compromisso assumido perpetuamente – e foi em direção de seus pais, Heloíza e Marco Aurélio, para desatarem a fita e receberem a primeira bênção do neopresbítero. Foi um momento de muita emoção para os familiares de Frei Marx e que naturalmente contagiou a assembleia. Frei Marx foi abraçado, então, pelos familiares, sacerdotes e confrades. Dois jovens da Paróquia Santíssima Trindade carregaram em procissão o cálice e a patena para serem entregues a Frei Marx. Na sequência, teve início a liturgia eucarística, quando Frei Marx se colocou ao lado do bispo no altar. Depois da comunhão, um momento de devoção mariana. Dom Luciano pediu a Frei Marx que se ajoelhasse diante de Nossa Senhora para pedir suas bênçãos. Um grupo de bailarinas fez uma bela coreografia para homenagear a Padroeira do Brasil.
Agradecimentos
Frei Gustavo Medella, falando em nome da Província da Imaculada, agradeceu a acolhida do povo e lembrou que 80 famílias se apresentaram rapidamente para acolher todos os leigos e frades que vieram para a ordenação. “Eu fiquei pensando qual é o espírito dessas famílias que se dispuseram a acolher? Eles devem pensar, certamente: eu não sei quem vem, mas quem vem eu acolho porque é meu irmão, minha irmã, em Cristo Jesus. E fica a lição deles para nós termos esse coração generoso para acolher quem quer que seja por causa de Cristo. Muito obrigado, Dom Luciano, pelo modo fraternal e terno
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com que conduziu esta celebração. Muito obrigado a esta Paróquia de fé, Nossa Senhora Aparecida, também à Paróquia Santíssima Trindade, à Fraternidade Franciscana, e todo esse povo que não mediu esforços para tudo fosse bonito, para que sentíssemos acolhidos. Deus lhes pague. Muito, muito obrigado!”, disse, estendendo os agradecimentos à equipe missionária, a Frei Diego, à toda Família Franciscana e carinhosamente à família de Frei Marx. “Obrigado, porque vocês, no berço, conseguiram transmitir valores que deram a Frei Marx maturidade e segurança para abraçar essa vida de entrega e generosidade. Nós, da Província Franciscana da Imaculada Conceição, todos os nossos frades, podemos resumir num só sentimento: gratidão!”, completou Frei Medella. Frei Marx, nos seus agradecimentos, não economizou nas palavras e emoções. “Caro Dom Luciano, meu irmão e pastor, a minha gratidão. Tu que derramaste óleo sobre a minha cabeça e hoje sobre as minhas mãos, também tens dedicado tua vida no pastoreio do povo dessa Diocese onde a minha cidade se encontra. Tu amaste o povo da Baixada Fluminense e teu amor deixou marcas em nossa santa cara de pau e em nossas solas de sapatos gastas. Em cada anúncio, de acalanto e de profetismo, que nessa terra ressoa, há um pouco de tua voz”, disse. “Eu, embora reconheça toda a tua grandeza, te chamarei apenas de meu bispo e buscarei seguir os teus conselhos”, acrescentou. Depois agradeceu a seus confrades e à Província da Imaculada Conceição, família “que me acolheu e me oportunizou tantas alegrias, mas sobretudo me permitiu ter a oportunidade de vivenciar a vida fraterna”. Sua família mereceu carinhosos afagos. “Ser membro dessa família e filho dessa terra é como ser cajunho de 2019 – comunicações
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paz de vislumbrar voos rasantes e transformadores, como de minha mãe reinventando na cozinha, na sala e nossa história a forma de viver”, disse. Agradeceu ainda à Paróquia Nossa Senhora Aparecida, à sua paróquia de origem, a Santíssima Trindade, onde no domingo celebrou a sua Primeira Missa, e todas as paróquias e fraternidades por onde passou. “Por fim, agradeço a Deus pelo seu plano de amor”. “Quando celebramos uma ordenação, o eleito é interrogado sobre sua dignidade para assumir tal ministério. Eu tenho total ciência de que não sou merecedor de tal função, que sou um servo realmente muito inútil, mas também tenho certeza de que é o serviço ao Reino que me faz despertar a cada manhã, é por ele que tenho a alegria de viver e de esquadrinhar os melhores sonhos. Agradeço a Deus e me silencio, para que ressoe a voz de que nos diz: ‘Tu me amas? Então apascenta as minhas ovelhas’”, com-
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pletou Frei Marx, natural de São João de Meriti (RJ), onde nasceu no dia 28 de setembro de 1989. Os pais Heloíza e Marco Aurélio tiveram mais duas filhas: Amanda Rodrigues dos Reis (34 anos) e Yolanda Rodrigues dos Reis (32 anos). Sua formação franciscana teve início quando ingressou no Aspirantado de Ituporanga em 2008 e vestiu o hábito franciscano em 2010 ao ingressar no Noviciado Franciscano da Província da Imaculada Conceição. Cursou Filosofia em Curitiba e Teologia em Petrópolis. Em 2014 e 2015 morou no Convento do Sagrado Coração de Jesus e depois foi transferido para Imbariê – Duque de Caxias, onde morou por dois anos. Em 2018, foi transferido para o Convento São Francisco de Assis (SP) para trabalhar no Serviço de Animação Vocacional da Província e, nesse ano, foi transferido para o Convento Santo Antônio do Pari, onde está a serviço do SEFRAS - Serviço Franciscano de Solidariedade. junho de 2019 – comunicações
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PRIMÍCIAS DE FREI MARX
Frei José a Frei Marx: “Cuide-se, deixe-se cuidar e será capaz de oferecer cuidados”
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“Domingo do Bom Pastor” (12/5) foi o domingo em que Frei Marx Rodrigues iniciou o seu ministério presbiteral depois de ser ordenado sacerdote por Dom Luciano Bergamin, bispo da Diocese de Nova Iguaçu. A Paróquia Santíssima Trindade, no bairro Olinda, em Nilópolis, foi escolhida por Frei Marx para acolher este momento histórico, já que é a sua comunidade de origem e a que o acompanhou desde os primeiros passos na formação cristã. Frei Marx presidiu a Primeira Missa às 8h30, tendo seus confrades
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como concelebrantes, entre eles o Vigário Provincial, Frei Gustavo Medella, e Frei José Raimundo de Souza, que foi o escolhido para ser o pregador. Junto com o grupo do Serviço Franciscano de Solidariedade (Sefras), que veio de São Paulo para a sua ordenação, os fiéis da comunidade local e das comunidades vizinhas, parentes, amigos, religiosos e religiosas, seminaristas, todos fizeram questão de mostrar o quanto queriam fazer parte da felicidade de Frei Marx. No meio de sua festa, também teve espaço para homenagear todas as mães presentes.
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Frei Gabriel Dellandrea fez os comentários da Celebração e lembrou que Frei Marx, a partir deste final de semana, será o pastor de muitas pessoas atendidas pelo Serviço Francis-
cano de Solidariedade, o Sefras, com sede em São Paulo. A preocupação com os mais empobrecidos marcou as Primícias de Frei Marx. Frei José Raimundo, que era cha-
mado de “Pai Zé” por Frei Marx durante os estudos de Filosofia e Teologia, brincou que o apelido não tinha a ver com idade, pois era apenas “uns poucos anos mais velho que ele”. Na sua homilia, destacou alguns elementos que o neopresbítero não poderá deixar de considerar como religioso franciscano e ministro ordenado. Segundo o pregador, o primeiro elemento é ouvir a voz do Pastor e ser um pastor. “Ouvir é adesão e seguimento convicto e confiante do único e verdadeiro Pastor. Permaneça com todos os sentidos atentos ao Senhor e, com confiança, deixe-se guiar por ele. Certamente, haverá momentos em que você não terá clareza suficiente para, tendo chegado numa encruzilhada, escolher o caminho que continua o projeto de Deus. Nesse momento será necessária a confiança da ovelha que se entrega ao pastor que a conduz em segurança para a pastagem ou para o redil. Experimente constantemente o cuidado generoso do verdadeiro Pastor e, a partir dessa experiência, você poderá ser um pasjunho de 2019 – comunicações
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tor conforme Jesus. Assim será capaz de perceber a voz do Senhor que ressoa em toda parte a partir de muitas direções, chegando aos nossos ouvidos pelos que passam fome, pelos que têm sede, pelos despidos, pelos doentes, pelos aprisionados. E lembre-se: o grande Pastor será sempre o Senhor e Mestre”, explicou. O segundo elemento é amar Jesus amando os que a Ele pertencem. “Você fala de amor algumas vezes na entrevista dada às ‘Comunicações’ da Província. Eu diria a você: Permanecer no amor de Jesus é ser o discípulo amado que ama Jesus amando os que a Ele pertencem. Muitos desses serão confiados a você. Um teólogo afirma que a misericórdia é o amor em ação. A solidariedade, o perdão, a acolhida, um abraço, um encontro, tudo isso é obra de misericórdia e é amor operativo”, disse. Já no terceiro elemento, Frei José pede para que esteja sempre em plena comunhão com Deus. “Seja identificação aos que te procurarem em busca de ajuda e consolo e vejam em você o semblante de Cristo. E lembre-se, não serão necessárias obras ou acontecimentos extraordinários para que vejam em você o próprio Cristo. Isso acontecerá no cotidiano, nos gestos mais simples, como a acolhida a alguém, quem sabe, um abraço, a exemplo de Francisco que acolheu, abraçou e beijou o pobre leproso”, ensinou. Por último e quarto elemento, “Sê luz conforme o Senhor te fez”. Segundo o pregador, ser luz é levar a salvação, é libertar os filhos de Deus, devolvendo-lhes a dignidade perdida, muitas vezes não por própria responsabilidade, mas porque lhes tiraram a dignidade, pois, por exemplo, uma coisa é ser pobre, outra é ser vítima de sistemas, esquemas e estruturas que empobrecem. “Ser Luz é levar a salvação até os confins da terra, isto
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é, indistintamente, sem qualquer preferência, acepção, até ao submundo, onde os humanos foram desumanizados”, ressaltou. Para Frei José, a atitude de Frei Marx será a de Jesus e de Francisco, colocando-se ao lado dos sem voz e sem vez, do pobre e do leproso, pois é permanecendo com eles que poderá levantar o caído, curar suas feridas, saciar a fome, transformar o mundo conforme o Reino de Deus. “Cultive a sensibilidade de Jesus e de Francisco de Assis a fim de perceber todos os que, tocando ou puxando a barra do seu hábito, clamarem por ajuda. Você disse em entrevista às ‘Comunicações’ da Província que ser presbítero é ser menor e servo. É desse modo, com essas atitudes, que você desempenhará seu ministério a fim de humanizar os desumanizados. Sua forma de vida religiosa franciscana e, agora, seu ministério presbiteral exigirão de você perseverança e serviço insistente, por vezes, desgastante. O serviço será prestado em favor de pessoas com as quais você já convive no dia a dia do seu trabalho no Sefras, que vivem em situações acidentadas, ora sendo preciso remover o que sobra, ora tendo que preencher vazios”, lembrou. Aconselhando o neopresbítero, o pregador pediu para nunca se afastar daquilo que é próprio dos frades franciscanos: a vida de oração, escuta atenta da Palavra de Deus, humildade, minoridade e vida fraterna. “Obtenha desses fundamentos franciscanos a seiva que nutrirá sua vida religiosa e seu ministério presbiteral. É fortalecido que você poderá dedicar-se vigorosamente ao Povo de Deus. Cuide-se, deixe-se cuidar e será capaz de oferecer cuidados”, indicou. Lembrando São Francisco de Assis – “Devem alegrar-se, quando conviverem entre pessoas insignificantes e desprezadas, entre os po-
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bres, fracos, enfermos, leprosos e os que mendigam pela rua” (RNB 9,2) – Frei José deu uma direção a Frei Marx. “Mantenha sua simpatia acolhedora e continuará, como Jesus, atraindo pessoas e oferecendo a elas conforto, enxugando as lágrimas, e conduzindo-as para as fontes de água viva, perpetuando na história os feitos libertadores e redentores do Cordeiro”, completou.
AGRADECIMENTOS
No final da Celebração Eucarística, as homenagens vieram de todas as Comunidades de Nilópolis e do Sefras. Segundo Rosângela Pezoti, a paquera com o Sefras já vinha acontecendo antes de ser transferido para o Serviço de Solidariedade da Província. “Por isso, foi uma alegria muito grande para nós”, disse Rosângela. “A gente vive tempos muitos difíceis, a população que nós atendemos sofre com muita violência, perseguição e intolerância. Mas nós vivemos também um período de muita esperança e persistência. E para nós, ter mais pessoas que sonham o nosso sonho é muito importante, porque nós trabalhamos e sonhamos com um mundo
mais justo e fraterno. Nós queremos que este mundo se transforme. É para isso que o Sefras existe. E mesmo com muitas dificuldades, você pode ter certeza, Frei Marx, a gente não vai soltar a mão um do outro”, garantiu Rosângela. Frei Marx agradeceu ao Sefras pela homenagem e fez um agradecimento especial ao trabalho da Comunicação da Província. Ele também recebeu uma carinhosa homenagem dos coroinhas da Paróquia Santíssima Trindade, onde atuou como jovem. Frei Vítor Amâncio falou pelo Serviço de Animação Vocacional, responsável por toda a preparação da Semana Missionária na cidade. No final, Frei Marx apresentou os seus confrades Frei Gabriel Dellandrea e Frei Canga Mazoa, que foram aprovados para fazer profissão solene, e Frei José Morais Cambolo, que vai ser ordenado diácono. Não estavam presentes mas também foram citados os frades aprovados para a profissão solene: Frei Hugo Câmara dos Santos, Frei Roger Strapazzon e Frei Santana Sebastião Cafunda.
Moacir Beggo
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Jovens de Campo Largo conhecem o Carisma Franciscano
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a tarde do dia 13/04, na comunidade São Roque, no Bairro Botiatuva, em Campo Largo, cerca de 40 jovens se reuniram para terem o primeiro contato com o carisma franciscano. Auxiliados pelos frades do Convento São Boaventura, pela Fraternidade Dra. Zilda Arns da OFS, pelos paroquianos e pelo pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, os jovens tiveram uma tarde cheia de alegria, descontração, animação, reflexão, meditação e partilha, fazendo a experiência de encontrar um Francisco como eles: “Jovem que sonha, que ama e que vive.” O encontro surgiu de um desejo que o Pe. Agnaldo (pároco) sentiu ao perceber que os jovens não estavam ‘se
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encontrando’ nos outros grupos já existentes. Desse modo, ele pediu aos frades, que já auxiliam nos trabalhos pastorais, para ajudarem a desenvolver um novo modo de ser jovem, tendo como inspiração Francisco. A partir disso nasceu esse encontro, que tem como objetivo auxiliar os jovens a fazerem essa experiência, com um olhar franciscano sobre o mundo. O encontro se encerrou com a Missa do Domingo de Ramos presidida pelo guardião do Convento São Boaventura, Frei José Antônio Duarte, que, em sua homilia, pediu aos jovens que guardassem como um segredo tudo o que eles viveram nesta tarde, que eles não dissessem a ninguém, e se alguém perguntasse que era para fazer, como Jesus ao ser
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questionado pelos discípulos, a resposta seria: “Vinde e Vede”... Após a homilia, os jovens assumiram um compromisso de irradiar o carisma franciscano para o mundo. Esse compromisso foi aceito pelos jovens que, ao se aproximarem do altar, foram abençoados e enviados. Nesse envio, eles fizeram uma troca: tinham recebido um crachá que os identificava e, agora, a identificação é feita pelo Tau, símbolo franciscano, adquirido com a experiência vivida. Agora eles têm a grande missão de irradiar o carisma franciscano no cotidiano de suas vidas.
Frei Franklin Matheus da Costa Fotos: Frei Gabriel Nogueira e Frei Ruan Sguissardi
Formação e Estudos
Frades estudantes de Rondinha no protesto do dia 16 contra a decisão do governo de bloquear recursos para a educação
“A educação transforma tudo”
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m meio a tantos gritos, em meio a uma sociedade que clama e deseja ser ouvida, a nossa posição não poderia ser indiferente a tal apelo. Pautado e alicerçado em uma base que nos mantém como seres que vivem e se unem em prol de um bem maior, mais uma vez estivemos com “os pobres de nosso tempo”, sofrendo suas dores e sendo testemunho com eles em um dia que o nosso país se movimenta e grita por saídas, onde a opressão, a cada dia parece reinar e afoga os apelos de liberdade tão sonhada por nossa nação, que mesmo vivendo em um regime democrático, nunca se sentiu livre. Mesmo assim, nosso pensar nos dava direito de sonhar que éramos livres. Com o anúncio de cortes de
verbas para a Educação, vimos que o nosso maior bem, o nosso livre pensar, a nossa arma contra um governo que quer nos impor um regime de cabresto, onde o pensar torna-se perigoso. A pessoa tornouse algo que deve ser extirpado para que se mantenha o controle e se fixe de vez um novo projeto de ditadura. O nosso maior tesouro causa temor, e como o Magnificat cantado por Maria, faz tremer os poderosos de nosso tempo, que, sem saída, querem nos calar. A educação é nosso maior projeto e nossa maior missão, pois ela nos impulsiona a sermos melhores, a não nos fecharmos em nós mesmos, mas para que sejamos dispensadores da sabedoria e do amor de Deus ao mundo. A educação trans-
forma tudo, pois nos torna capazes de criar bases para a construção de um mundo tão sonhado por todos. Quando nos perdemos em discursos vazios e sem fundamentos, onde o que prevalece é o discurso de ódio e ofensa, em ataque ao livre pensar, matamos a consciência de liberdade de um país que deseja crescer; não se pode gerar crescimento, se o pensar não existe ou é reprimido! O nosso papel, o nosso testemunho como Menores é sempre estar onde clama o povo e onde clama Deus, um Deus-conosco, Pobre como os pobres e que não está acima de tudo, mas encarnado e vivendo as dores do seu povo!
Frei Josielio da Silva Oliveira e Frades Estudantes de Rondinha junho de 2019 – comunicações
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SAV
Assembleia do SAV reúne frades em Rondinha
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ntre os dias 30 de abril e 1º de maio, na Fraternidade Franciscana São Boaventura, ocorreu a Assembleia do SAV (Serviço de Animação Vocacional) com os animadores vocacionais da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil. No primeiro dia, Frei Vitor Amâncio fez a abertura e a oração inicial, esta que memorava os 800 anos do Encontro de São Francisco com o Sultão. Em seguida, no mesmo clima orante, Frei Diego Atalino de Melo apresentou a agenda da Assembleia, dizendo que naquele primeiro dia
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ela teria uma parte mais prática e, no segundo dia, seria de cunho formativo. Logo depois, Frei Diego fez um histórico das atividades do SAV
desde a última Assembleia e apresentou aos frades o Frei Vítor como novo integrante do serviço durante o seu Ano Missionário. Os presentes foram informados a respeito das atividades convencionais do SAV: encontros regionais vocacionais, estágios vocacionais, profissão solene, ordenações sacerdotais, caminhadas e missão da juventude, o encontro formativo conduzido pelo Frei Vitório Mazzuco para a Juventude, chamado Alverne, e o recém-criado Conselho da Juventude. Estas duas últimas iniciativas visam ampliar a presença da Província entre os
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jovens, uma vez que o encontro formativo acontece em nível regional e o Conselho é formado por jovens de toda Província.
O Seminário de Ituporanga e mais novidades
Após a apresentação das atividades, Frei Alison Zanetti, formador do Seminário de Ituporanga, foi convidado para expor aos animadores vocacionais sobre o Aspirantado e o Seminário Menor. O frade falou sobre a realidade da Casa, a sua relação com a Paróquia Santo Estêvão e reforçou a importância das Caminhadas da Juventude, já que alguns formandos do Seminário são frutos delas. Findada a apresentação de Frei Alisson, duas novidades foram apresentadas: O WhatsApp Vocacional, uma resposta à necessidade imediata da juventude, e a secretaria do SAV, com a contratação do jufrista Vinícius Fabreau para atender a tamanha demanda. Um ponto forte da Assembleia foi a partilha de experiências das Fraternidades. Cada frade pode
explicar a sua realidade vocacional. “Percebe-se que temos ao todo mais de 50 vocacionados fazendo acompanhamento na Província e que a cultura vocacional aos poucos vai se estabelecendo”, comentou Frei Diego após a partilha. Ao final deste primeiro dia foi lida a agenda vocacional com as atividades que ocorrerão em todo o território da Província, com destaque à Missão Franciscana da Juventude, que ocorrerá no Rio de Janeiro entre os dias 17 e 21 de julho.
Juventudes: O contexto atual das vocações
No dia seguinte, além dos animadores vocacionais, os frades estudantes da etapa da Filosofia e os integrantes do Conselho de Formação da Província assistiram à palestra “Juventudes: O contexto atual das vocações”, de Carlos Eduardo Cardozo, doutor em Educação pela Unirio. Ele trouxe o panorama da juventude no mundo contemporâneo, sobretudo no Brasil, a partir de quatro aspectos: social, político,
eclesial e juvenil, cada qual com a sua especificidade e complexidade. Após a primeira parte da palestra, foi proposta uma partilha em grupos sobre os desafios apresentados em cada um dos aspectos e os elementos mais desafiadores para a animação vocacional e formação inicial na Província. E, em seguida, o palestrante deixou algumas pistas para a animação vocacional, a Formação Inicial e Permanente e resumiu o encontro com a frase: “Formar é antes de tudo humanizar e formar seres humanos melhores”. Após o agradecimento de Frei Diego ao Dr. Carlos e aos frades, a oração do Pai Nosso encerrou o momento formativo da Assembleia, que teve seu término com um almoço festivo comemorando os últimos aniversariantes. Este encontro, certamente, trará novas perspectivas para a animação vocacional, para a Formação Inicial e Permanente dos frades da Província.
Frei Marcelo Tadeu e Frei Franklin Matheus
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Experiências do Ressuscitado nas Missões em Cocal
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experiência que vocês trouxeram fez plantar uma semente no meu coração e foi a gota d’água para me certificar de que o vazio existencial em nossos corações tem o exato formato de Deus”. Essas palavras de uma carta anônima surpreenderam a nós, missionários e missionárias, que participamos das Missões de Semana Santa na Paróquia Nossa Senhora da Piedade, em Cocal, no interior da Bahia. Éramos 40 missionários das mais diversas regiões da Província (21) e da Diocese de Barra (19) que, atendendo ao chamado para a missão, fomos enviados às comunidades da Paróquia. Frei Moiséis Bezerra de Lima, confrade de nossa Província a serviço da Diocese, nos recepcionou no sábado que antecedeu ao Domingo de Ramos com um coral de crianças que estavam a postos para acolher-nos. Inúmeros abraços e sorrisos foram distribuídos a cada missionário e missionária que descia da van em direção à Igreja. A alegria daquele povo marcou a nossa chegada, era um sinal de tudo o que estava à nossa espera. A imersão na experiência
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foi completa: nos hospedamos nas casas das famílias, comemos da comida cotidiana da região e alguns de nós até pedimos a bênção aos “pais” que nos adotaram nesses dias.
Povo e comunidade
Entre visita às casas, bênçãos individuais, celebrações, caminhadas penitenciais, visita às escolas, vias-sacras, oração do terço e todas as celebrações do Tríduo Pascal, a
experiência missionária permitiu que, mesmo em meio ao semi-árido nordestino, o nosso coração missionário fosse irrigado por tanta gratidão, alegria, devoção e ternura de um povo que, em sua imensa simplicidade, soube partilhar o que eles possuem de melhor: o amor fraterno e o pão de cada dia. Tamanha integração que encontramos neste povo entre comunidade e natureza que bastava visitar
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uma só casa para saber quais eram os enfermos da comunidade e o quanto as questões ambientais são uma preocupação constante entre eles, pois a dor de um era a de todos, e a subsistência de um era a de todos também. Aprendemos que não são necessárias muitas coisas, mas sim muito cuidado nas relações, muito carinho para com quem nos cerca, muita responsabilidade com a Casa Comum. Isto despertou uma maior consciência sócio-política entre os missionários que, conforme nos testemunha a missionária Aline Vieira, se tornou “impossível não reavaliar pensamentos, não comprar briga por aquele povo sofrido, impossível compactuar com pensamentos políticos que não contemplem os
filhos daquela terra”. De fato, a vida daquele povo adquiriu maior dignidade graças a políticas públicas eficazes de construção de cisternas nas casas, de proteção às áreas de nascentes dos rios, de programas de proteção social como o Bolsa Família. Políticas públicas que foram reivindicadas pela Campanha da Fraternidade deste ano.
A Semana Santa
O Domingo de Ramos foi celebrado na comunidade de Olhos d’Água de Dentro, onde se reuniram mais quatro comunidades da Paróquia (Cocal, Alagados, Mucambo e Lages). A Missa foi presidida por Frei Diego Atalino de Melo, que recordou a importância da Semana Santa e ressaltou a luta da comuni-
dade local. As demais celebrações aconteceram nas comunidades locais e foram preparadas e animadas pelos missionários e missionárias que para lá foram enviados. Na terça-feira, ainda, participamos da Missa dos Santos Óleos na catedral de Barra, presidida pelo bispo Dom Luiz Flávio Cappio. Nela esteve presente o clero diocesano e a comunidade religiosa da Diocese. No dia seguinte, quando partíamos de volta pra Cocal, Dom Luiz ainda nos deu uma bênção especial animando a todos os missionários e agradecendo aos serviços prestados ao povo da região. A celebração do Lava-pés foi outro momento marcante pra nós missionários, pois, ao imitar o gesto de Jesus, realizamos simbolicamen-
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te a razão última de nossa presença naquele lugar: servir e amar a exemplo do Cristo. Outro momento marcante foi a celebração na qual Frei Diego consagrou e inaugurou um sacrário novo na comunidade de Olhos d’Água de Dentro. Finalmente aquele povo terá a presença constante da Eucaristia. Na quarta-feira, foi realizada a procissão do encontro de Nossa Senhora das Dores, acompanhada pelas mulheres, e de Nosso Senhor dos Passos, acompanhado pelos homens. Ali meditamos sobre tantos encontros e desencontros que testemunhamos na vida de tantas pessoas que dali partiram para tentar uma vida melhor em São Paulo. A dor da saudade era expressa nos olhos rasos d’água de quem tinha um parente distante. A Sexta e o Sábado Santo contribuíram para a devoção de tantas comunidades que nunca vivenciaram o Tríduo Pascal em suas capelas. Mais uma vez, a presença dos missionários marcou a vida daquele povo. Eles podiam finalmente fazer, do jeito deles, a celebração da Páscoa. De tal forma que até uma panelinha se tornou um solene turíbolo nas celebrações, e um pilão, o honroso sítio do Círio Pascal.
Sinais de Ressurreição
Poder celebrar com aquele povo a Ressurreição de Jesus nos deu a certeza de que o Reino de Deus se faz presente no meio de nós, que Deus escolheu um povo concreto para defender e que nos é possível encontrá -Lo no meio deles. Vimos vários sinais de ressurreição naquela gente, como
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as nascentes dos rios sendo, aos poucos, recuperadas; professores se capacitando para ajudar aquele povo; um posto de saúde bem equipado em pleno atendimento e profissionais da cidade recebendo formação para atender ali; uma filha da terra se formando jornalista em São
Paulo; o testemunho da missionária Aline Neves, que deixou os seus, em Nilópolis, para abraçar aquele povo; do professor que superou o alcoolismo e voltou a dar aulas. Enfim, vários sinais de que a luz do Ressuscitado arde naquela terra em brasa. Quão grande foi a nossa emoção em ver a fidelidade dos jovens de toda Paróquia que acompanharam os missionários de casa em casa até o fim, estando eles também aos prantos quando nos despedimos da cidade. Não somente eles, mas grande parte das pessoas que estiveram conosco nesses dias. Como é urgente o anúncio profético naquela região. Partimos. Mas é clara uma certeza: ficou lá um pedaço do nosso coração.
Frei Vitor Amâncio
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Caminhada Ecológica completa 20 anos pelos caminhos do Imperador
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Caminhada Ecológica Franciscana, realizada no sábado (04/05), de Petrópolis - Paty dos Alferes (RJ), foi especial e comemorativa. Esta edição marcou o aniversário de 20 anos do evento. Desde o ano 2000, data em que começou, frades, irmãs, jovens e leigos percorrem pela Estrada do Facão, antigo caminho do Imperador, aproximadamente 15 quilômetros. A Caminhada é promovida pela Ordem Franciscana Secular de Paty do Alferes, pela Paróquia do Sagrado Coração de Jesus e pelo Instituto Teológico Franciscano (ITF) de Petrópolis. Os participantes usaram camisetas confeccionadas especialmente para a Caminhada Ecológica. Com suas cores e artes, coloriram o caminho de terra arenosa, cercado por florestas
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nativas, rico em nascentes e animais. Como de costume, já no Rocio, local do início da Caminhada, a oração da manhã preparada pelos frades estudantes e pelas irmãs franciscanas do Amparo, deu sentido e motivação para percorrer o caminho das Reser-
vas Biológicas das Araras e do Tinguá. Pequenas paradas, com reflexões curtas, fizeram parte do percurso. Na primeira pausa do trajeto, a reflexão ficou por conta do pároco Frei Jorge Paulo Schiavini. Com informações da revista do Instituto Histórico de
Fraternidades
Petrópolis, Frei Jorge partiu do contexto histórico da região e destacou que desfrutar da exuberante natureza do Caminho do Imperador é, antes de mais nada, fazer uma viagem tempo. “Tendo como raiz o Caminho Novo de Minas, aberto por Garcia Rodrigues Paes, o Caminho do Imperador servia como uma tosca ligação entre Paty do Alferes e Petrópolis, atravessando a Mata Atlântica e somente podendo ser percorrido a cavalo. No início do século 19 já eram conhecidas várias passagens que ligavam o Córrego Seco a Paty do Alferes, mas é de 1810 o primeiro documento que registra oficialmente o que viria a ser o futuro Caminho do Imperador”, informou o frade lembrando que a Reserva é rica em inúmeras espécies vegetais e animais. Frei Ludovico Garmus, professor do ITF e um amante da causa ecológica, na segunda parada, refletiu sobre o crescente desmatamento e também sobre o Aquecimento Global. “Temos apenas 12 anos para parar com o Aquecimento Global. Depois disso, não existe mais retorno. Está na hora de sairmos da internet, que possui
muita fantasia e perda de tempo, às vezes, e começar a observar a natureza. O Aquecimento Global está aí e o que nós podemos fazer? Estamos já na 20ª Caminhada, mas o que nós mudamos em nossa vida? É preciso começar a olhar ao nosso redor”, ressaltou o frade. Após 7,5 km percorridos – três de subida e 4,5km de descida – os participantes de Petrópolis encontraram com os caminhantes das comunidades de Paty do Alferes. Neste local houve a partilha de um lanche, descanso e a última reflexão do dia. Um grupo de jovens encenou o encontro de São Francisco com o Sultão recordando o episódio com muita maestria. Maria Lucia Jesus Barboza, Franciscana Secular da Fraternidade Nossa Senhora da Imaculada Conceição de Paty dos Alferes, conta que a Ca-
minhada surgiu no ano 2000 em comemoração aos dois mil anos de nascimento de Jesus Cristo e de 500 anos de presença franciscana no Brasil. Desde então, todo primeiro sábado do mês de maio acontece a Caminhada Ecológica Franciscana. “Assim, chegamos a 20 anos de Caminhada com união e partilha, com diversos segmentos sociais e irmãos de outras denominações religiosas participando. Nisto tudo, percebemos cada vez mais que tem sido proveitoso e com excelente adesão do público”, revela. Para ela, a Caminhada revela a maturidade do leigo. Leigos que assumem o compromisso e caminham com respeito à natureza, aos animais, às pessoas que passam por nós. “Isto é louvar a Deus, isto é louvar este belo santuário em meio à natureza”, sublinha. Maria Lucia destacou que a semente da Caminhada Ecológica foi regada, cuidada e que neste ano completa 20 anos. Fazendo um paralelo a isso, cada participante ganhou sementes da árvore Ipê e recebeu o desafio de plantar e cultivar. Recordando o primeiro tema do evento que foi: ‘O cântico das Criaturas pelos caminhos do Imperador’, Maria ressalta que as criaturas continuam até hoje caminhando. “E, vamos renovar sempre este compromisso por mais 20 anos, para que outras gerações possam usufruir da beleza deste lugar”, garantiu. Por fim, com um bolo simbólico, estampado com fotografias de edições anteriores, o grupo que participou desde a 1ª edição da caminhada até a 20ª, cantou os parabéns, encerrando o evento com festa, alegria e esperança.
Frei Augusto Luiz Gabriel junho de 2019 – comunicações
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Mais de 400 pessoas prestigiam evento beneficente do Seminário Frei Galvão
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o primeiro domingo após a Páscoa (29/04), data dedicada à Festa da Divina Misericórdia, mais de 400 pessoas prestigiaram o bingo beneficente em prol do Seminário Franciscano Frei Galvão, em Guaratinguetá (SP). Neste dia dedicado ao anúncio do amor misericordioso de Deus, fez-se presente mais uma vez o espírito solidário no sorriso dos mais de 40 voluntários que estavam acolhendo e servindo com alegria os participantes. Segundo Frei João Francisco, guardião do Seminário, essa ação é importante não apenas para arrecadar recursos para a manutenção desta casa de formação franciscana e de acolhimento aos devotos de Frei Galvão, mas é também um “meio de evangelização e proximidade com a comunidade, além de divulgar as atividades do Seminário”. Nesta edição, foram sorteados 27 prêmios (TV 32’, fogão, tanquinho, bicicleta, forno, micro-ondas etc.), além de inúmeros brindes que o Seminário recebeu de doação. Em um ambiente fraterno, o evento contou ainda com a venda de comes e bebes. Os frades agradeceram a todos que contribuíram direta ou indiretamente com a realização do evento beneficente – desde os amigos que ajudaram com as premiações e com o trabalho voluntário, até as pessoas que compraram seus convites e participaram da construção de mais um capítulo dessa história. Em agosto tem Festa Caipira, mas em outubro tem um novo Bingo novamente.
Nicolas Nathan
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Convento da Penha: Dom Geraldo celebra Missa das Mães
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Santa Missa das 9 horas, do domingo especial do Dia das Mães, foi celebrada no Campinho do Convento, aos pés da Virgem da Penha e presidida pelo Arcebispo Emérito de Mariana, MG, Dom Geraldo Lyrio Rocha. Na Liturgia, a Igreja celebrava também o Dia de Oração pelas Vocações Religiosas e o 4º Domingo da Páscoa. Muitas pessoas estiveram presentes. Escondiam-se do sol forte e do calor excessivo. Muitas mães, atentas ao convite dos freis, subiram ao Convento para rezar e agradecer pelo dom da vida. No início da celebração, Frei Pedro de Oliveira Rodrigues, que também é capixaba, tendo nascido e tendo sido criado em Porto de Santana, Cariacica, acolheu Dom Geraldo. Ele fez questão de recordar que foi o próprio bispo que o ordenou há quase 25 anos, deu
as boas vindas e agradeceu pela presença. O Coral da Paróquia São Pedro da Praia do Suá, Vitória, animou a Missa. Na reflexão, Dom Geraldo Lyrio começou explicando que no 4º Domingo da Páscoa, conhecido como o “Domingo do Bom Pastor”, Jesus se apresenta como o Bom Pastor. “É assim o Bom Pastor, cheio de ternura, cheio de amor, cheio de misericórdia. As minhas ovelhas escutam a minha voz e eu as conheço e elas me seguem. Jesus não é o pastor distante. Os falsos pastores é que são assim. O verdadeiro pastor conhece as próprias ovelhas.
Jesus, o Bom Pastor, conhece a cada um de nós. Ele sabe o nome de cada um de nós, ele dá a vida por cada um de nós. Deu a vida na cruz e dá a vida na Eucaristia, Pão Vivo descido do céu. “Quem come deste pão viverá eternamente”, explicou e ainda questionou: “Minhas ovelhas escutam a minha voz e elas me seguem. Perguntemo-nos, nós estamos escutando de verdade a voz de Jesus?” Dom Geraldo ainda pediu orações por todas as mães, especialmente as mães que sofrem. “Peçamos a Deus pelas mães que sofrem pelos seus filhos, sofrem por causa de maus tratos do próprio marido, pelas discriminações, sofrem, às vezes, por enfermidades, sofrem no corpo e sofrem na alma. Rezemos hoje de um modo especial pelas mães que sofrem.”
Assessoria de Imprensa do Convento junho de 2019 – comunicações
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série Frei Yves da Costa Bernardes Leite
Conheça o autor do “Cartoon Franciscano” Comunicações - O que é o “Carto-
on Franciscano”? Frei Yves - É um lugar de leveza e comunhão. Todo mês teremos um desenho diferente retratando histórias, contos, conceitos, enfim, tudo o que envolve “o mundo” franciscano. Será leve porque envolverá sátiras, “trocadilhos visuais” e paralelos com a cultura pop atual, por exemplo. Será de comunhão pelo fato de que nem todas as ideias para os desenhos vêm de mim. Os irmãos contribuem significativamente, algumas vezes apenas exponho o pensamento deles.
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arioca, Frei Yves da Costa Bernardes Leite, 30 anos, cursa o primeiro ano de Filosofia em Curitiba e estreia nesta edição (última página) a coluna “Cartoon Franciscano”, onde todo mês vai trazer um desenho com abordagens que dizem respeito a situações relacionadas ao comportamento dos frades, sejam eles os primeiros companheiros de São Francisco ou os confrades de Frei Yves na Província. Cartum, diferentemente dos termos charge e caricatura, surgiu nos anos 60 do inglês cartoon – este vindo do italiano cartone, “cartão”, o suporte onde se desenhavam os tais rabiscos. A palavra cartum, quando não é empregada como sinônimo das outras duas, pode querer dizer o mesmo que história em quadrinhos ou também tirinhas, que contam uma história em poucos quadros, geralmente três. Na Província, não podemos esquecer o talentoso Frei Reynaldo Amexeira, criador de Frei Angelino. Agora, conheça um pouco Frei Yves! Por Moacir Beggo
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Comunicações - Como nasceu seu interesse pelo cartoon? Frei Yves - Nasceu com incentivo dos meus pais, que sempre que podiam compravam VHS para eu e minha irmã assistirmos. Por isso, desde pequeno vejo desenhos da Disney, animes (animação japonesa), Pica -Pau, Pernalonga, Hana-Barbera etc. Via tanto desenho que sei até hoje todas as falas de algumas animações. Por conta de ver tanto desenho, queria fazer igual e comecei a tentar copiar. Fazia uma pastinha com tudo que eu desenhava e eu achava que tinha ficado legal. Comunicações - Quem são seus
cartunistas preferidos? Frei Yves - Eu nunca tive um cartunista favorito, nem tenho hoje. Mas em se tratando de Cartoon o que sempre me chamou a atenção,
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na verdade, foi a história que o cartoon conta, seja animado ou não. Até porque não me considero bom e assim posso justificar os erros nos meus traços.
Comunicações - Explique a dife-
rença de charge e cartoon? Frei Yves - Bom, pelo que já li, a charge satiriza uma situação atual com personagens reais, e vemos nos jornais bastante com o cenário político. O cartoon atua em acontecimentos cotidianos, tipo desenhar uma mãe acertando o filho com o chinelo de muito longe, o que era cotidiano para mim e minha irmã (risos).
Comunicações - Como nasce o processo criativo? Em se tratando de temas franciscanos, “I Fioretti” é uma fonte de inspiração? Frei Yves - Nasce da loucura! É necessário ver sempre mais uma possibilidade além daquela que lhe é apresentada, mas não de um jeito metódico. Isso deve ser natural. Por isso digo que é possível aprender a desenhar, a pintar, a esculpir, a escrever, a tocar algum instrumento, a cantar, etc. No entanto, ser um artista não se aprende, nasce com a pessoa. “I Fioretti” é, sim, uma grande fonte de inspiração, principalmente porque reflete a alma “realmente livre” que todo franciscano deve ter. E criar é um ato de liberdade.
Deus me concedeu, há cinco anos, após ter que retirar a veia aorta ascendente devido a um aneurisma e ter que pôr uma prótese.
Comunicações - Antes de ingres-
sar no seminário, que formação escolar você fez? Frei Yves - Eu não cursei em colégio, 1°ano do fundamental (antigo C.A. classe alfabetização). Eu estudei com uma professora amiga da minha mãe, que também era professora. No Ensino Superior, cursei até mais ou
menos o 6° período de comunicação social (publicidade). Nesse tempo, entrei no seminário.
Comunicações - Quando você vê situações políticas engraçadas, não dá uma ‘coceirinha’ na mão? Frei Yves - Não só engraçadas, mas até sérias! Como disse antes, é preciso ver todas as possibilidades. Contudo, na comédia, querendo ou não, alguém sempre pode considerar qualquer coisa uma piada de mau gosto. Mas é a vida!
Comunicações - Fale um pouco de
sua vida e sua vocação. Frei Yves - Meus pais sempre trabalharam muito, o que não garantia dinheiro... Mas, mesmo assim, eles buscavam me dar o melhor que podiam. Não compravam nada para eles, tentavam sempre me incentivar criativamente. E quanto à minha vocação, vejo, dentre outros aspectos, uma resposta, ou uma tentativa de resposta criativa ao dom da vida que junho de 2019 – comunicações
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pvf: retiro dos benfeitores
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Uma reflexão sobre o diálogo e a paz
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ntre os dias 26 e 28 de abril, aconteceu no Seminário Santo Antônio, em Agudos (SP), mais uma edição do Retiro dos Benfeitores Franciscanos. O tema escolhido para este ano foi a comemoração dos 800 anos do encontro de São Francisco com o Sultão Al-Malik Al-Kamil. O belíssimo Seminário Santo Antônio, na cidade de Agudos (SP), acolheu o grupo de 90 participantes, vindos de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Santa Catarina, Paraná, Brasília e Goiânia. Do total, 27 pessoas estavam participando pela primeira vez do encontro. Frei Leandro Costa, da equi-
pe do PVF, ficou responsável pelos momentos de formação. Ele contextualizou o período que o mundo e a Igreja viviam quando aconteceu o encontro de São Francisco com o Sultão Al-Malik Al-Kamil, em Damietta, no Egito. Ele afirmou que após 800 anos deste acontecimento, o fato deve provocar a realização de gestos concretos, em vista do diálogo, respeito, tolerância, paz e fraternidade. O frade salientou que a paz está no DNA do franciscanismo. “A paz foi o caminho, o projeto do santo de Assis”, afirmou. Ele recordou ainda que São Francisco é querido não somente pelos católicos, mas
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por pessoas de outras denominações cristãs, outras religiões e por pessoas sem religião. Este reconhecimento se dá através do esforço do santo de Assis em promover a paz e o diálogo. Nos dias atuais, os franciscanos são convocados a promover a paz, mesmo que o mundo secular busque o fim da violência através do armamento e da opressão. “Promover a paz sem armas, através do diálogo, pode ser sinal de fraqueza para o mundo. A paz se faz através do diálogo, respeito, tolerância. É por meio destas ações que conseguimos a verdadeira paz”, alertou Frei Leandro. O frade afirmou que São Francisco foi ousado porque teve a coragem de pensar diferente da sua época. E que este é também o convite a todos os franciscanos. “É preciso pensar diferente da época que nos domina. Pensar diferente daquilo que vemos na TV; do que compartilhamos nas redes sociais; do discurso de muitas pessoas que querem nos convencer de que não é possível mudar. A missão do profeta é anunciar um tempo novo, é denunciar, ser um estranho, mas convencido da proposta de Cristo,
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que anuncia um tempo novo”, assegurou o pregador.
Equipe apresenta os números do PVF
Durante o retiro, os colaboradores do PVF apresentaram um panorama dos benfeitores cadastrados. Atualmente, o PVF conta com aproximadamente de 13.500 benfeitores. Porém, deste número, apenas 8.930 são benfeitores ativos, que contribuem regularmente. Outros 4.558 são os chamados benfeitores inativos, que por alguma divergência no cadastro, como a falta do número de CPF ou mudança de endereço, deixaram de contribuir. O Estado com maior número de benfeitores é São Paulo, com 2.458 pessoas, seguido do Rio de Janeiro, com 2.080 e Santa Catarina, com 1.804.
“Alimentem o espírito da paz no mundo”, pede Frei Alvaci
A Missa de encerramento foi presidida pelo coordenador do PVF, Frei Alvaci Mendes da Luz, e concelebrada por Frei Leandro Costa. Em sua homilia, Frei Alvaci exortou os presentes a serem sinais
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do Cristo Ressuscitado no mundo. “Após a morte e ressurreição de Jesus, os discípulos fizeram a mesma coisa que Cristo fez”, ressaltou. O frade destacou que os seguidores de Cristo, conforme é relatado nos Evangelhos e nos Atos dos Apóstolos, não eram pessoas perfeitas. “Tomé, o Dídimo, é gêmeo de nossa humanidade, nós somos parecidos com Tomé”, acrescentou Frei Alvaci. Para o frade, a coragem dos dis-
cípulos – de anunciar a paz do Ressuscitado – é a mesma coragem que fez com que São Francisco fosse ao encontro do Sultão. “Quem acredita no Ressuscitado precisa fazer o que ele fez, senão o Reino de Deus não vai acontecer. Nós vemos, escutamos a Palavra, participamos da Eucaristia, mas não vamos aos Atos dos Apóstolos”, concluiu.
Expressar a paz através da arte
Além dos momentos de forma-
ção, os participantes tiveram momentos de convivência, orações comunitárias, contato com a natureza e com a arte. No final da tarde de sábado, os benfeitores foram convidados a rezar através das artes plásticas. Frei Pedro Pinheiro conduziu a dinâmica. Com tinta guache e pequenas telas, os benfeitores foram chamados a traduzir em arte seu desejo de paz.
Érika Augusto
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Semana de Língua Alemã tem noite solene com os Canarinhos
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tradicional Missa das 18 horas da sexta-feira (12/04), na Paróquia do Sagrado Coração de Jesus em Petrópolis (RJ), foi bilíngue: em alemão e português. Há mais de 100 anos uma celebração assim não acontecia no município. Isso porque a Cidade Imperial, colonizada por imigrantes alemães, acolhe pela 1ª vez a Semana da Língua Alemã. O evento era gratuito e aconteceu, simultaneamente, em todo o país até o dia 14/04. Além disso, logo após a celebração, o Coral dos Canarinhos de Petrópolis abrilhantaram a noite com um Concerto todo em língua alemã. A missa foi presidida por Frei Volney Berkenbrock, doutor pela Rheinische Friedrich-Wilhelm Universität, de Bonn, Alemanha. O pároco, Frei Jorge Paulo Schiavini, e o reitor do Instituto Teológico Franciscano, Frei Ivo Müller, concelebraram a Santa Missa, que contou ainda com a presença do Pastor da Igreja Lutera-
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na de Petrópolis, Elton Pothin, e sua comunidade. Frades, turistas e a comunidade local também prestigiaram o evento. Na homilia, proferida primeiramente em alemão e depois em português, o pastor Elton refletiu sobre o Evangelho de João (10, 31-42), afirmando que Jesus começou a ser perseguido a partir do momento em que se declarou Filho de Deus. Segundo ele, as pessoas que querem apedrejar Jesus são justamente aquelas que não acreditam que Ele é o Filho Unigênito
do Pai e Salvador. E continuou sua reflexão afirmando que não eram apenas os judeus que não acreditavam em Jesus. “No Brasil, 10% das pessoas são ateus, no estado do Rio de Janeiro, 20%”, observou ele, apresentando outros dados em nível mundial. “Nós podemos fazer muito pouco pela situação europeia em relação ao cristianismo. Porém, podemos olhar para nós mesmos e nos perguntar: Acreditamos em Jesus como Filho de Deus e Salvador? Ou isto é apenas um costume que tenho na minha vida por ter nascido numa família cristã? Ou sou daquele tipo de pessoa que recolho pedras para atirar em Jesus?”, questionou o pastor. “Que nós possamos permanecer firmes na fé por toda a nossa vida, e não como aqueles Judeus que queriam matar a Jesus”, concluiu. Nos agradecimentos, Marcos Carneiro, um dos responsáveis pela realização da Semana de Língua Alemã na
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cidade, agradeceu à comunidade do Sagrado que aceitou o desafio de celebrar a missa em Alemão. Agradeceu também a todos os presentes e convidou para o Concerto Barroco-Alemão daquele sábado, às 19 horas, na Igreja Luterana. Partilhou também as dificuldades e a falta de apoio financeiro. “Faltou dinheiro, faltou apoio, faltou tudo, mas não faltou fé”, disse ele, emocionado, afirmando que o evento está sendo um grande sucesso em toda a cidade. “Comprometemo-nos a realizar novamente esta linda semana da Língua Alemã na cidade”, concluiu.
CANARINHOS APRESENTAM REPERTÓRIO EM LÍNGUA ALEMÃ
Logo após a Missa, o Coral dos Canarinhos de Petrópolis, sob regência do maestro Marco Aurélio Lischt, que já haviam encantado e animado a Celebração Eucarística com a Missa em Dó, de Baldassare Gallupi, apresentaram ao público um repertório todo em língua alemã. Segundo o maestro, é uma honra participar de um evento que reforça as tradições e as origens da cidade. “Ao mesmo tempo, esta apresentação está compondo a temporada de concertos preparados pelo Instituto
dos Meninos Cantores para o primeiro semestre, que será encerrado com o Concerto Espiritual em honra a Maria, no próximo dia 25 de maio”, adiantou Marco Aurélio. No repertório, composições de autores alemães, como “Also hat Gott die Welt geliebt”, de Schütz; “Ein feste Burg ist unser Gott”, de Luther/ Arr: Bach; “Richte mich Gott”, de Mendelssohn; “Geistliches Lied”, de Brahms; “Abendlied”, de Rheinberger; “Die Ehre Gottes aus der Natur”, de Beethoven; “Guten Abend, gut Nacht”, de Brahms; “Der Jäger längs dem Weiher ging”, e arranjos de Ralf Schmid, encantaram o público que novamente lotou a Igreja. A Semana da Língua Alemã aconteceu até o dia 14 de abril, com ativi-
dades também no Palácio de Cristal e na Igreja Luterana. O objetivo dos organizadores é oferecer ao público a oportunidade de conhecer a beleza e a diversidade do idioma alemão e despertar o interesse dos brasileiros.
MAIS DE 130 ANOS DE HISTÓRIA EM PETRÓPOLIS
Frei Augusto Koenig, falecido em 6/7/2010, dizia no ano de 1989, que a igreja do Sagrado Coração de Jesus tinha sua origem intimamente ligada à própria história da cidade de Petrópolis, quando em 1837 aqui chegaram os primeiros imigrantes alemães, seguidos depois por outras levas de colonos a partir de 1845. “Estavam lançados os fundamentos da nossa cidade e o Major Koeler, oficial alemão a serviço do Governo Imperial desde 1833, nomeado Diretor da nascente colônia, iniciou a construção do Palácio Imperial, em torno do qual se agrupavam as construções coloniais; Petrópolis era então chamada Fazenda do Córrego Seco, propriedade da família imperial. Até 1846, a Colônia era dependente de São José do Rio Preto no atendimento religioso”.
Frei Augusto Luiz Gabriel junho de 2019 – comunicações
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Cerimônia marca Investidura do Coral das Meninas dos Canarinhos de Petrópolis
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ma manhã ensolarada e de muita emoção marcou a entrada de nove novas cantoras no Coral das Meninas dos Canarinhos de Petrópolis. A cerimônia, que acontece há 31 anos, é um momento muito especial para as meninas que durante um ano participam do Curso de Aprendizes até estarem prontas para ingressar no coro principal. Pela primeira vez, a investidura foi feita também em libras para que fosse acompanhada por integrantes da Pastoral do Surdo, da
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Paróquia de Niterói. Acompanhadas por seus padrinhos e madrinhas, elas foram recebidas pelos fiéis que lotaram a Igreja do Sagrado Coração de Jesus. “Essas meninas estão atendendo a um chamado de Deus. Elas possuem a missão de dirigir a Deus nossos pedidos através de suas vozes e, da mesma forma, levar o Evangelho aos fiéis por meio do canto”, disse Frei Marcos Andrade, abençoando as meninas. Para o regente do Coral das Meninas dos Canarinhos de Petrópolis, o maestro Marcelo Vizani, a cerimônia de investidura é um momento de colher os frutos plantados durante um ano de trabalho: “Agradecemos aos pais porque estão dando os seus maiores bens aos Canarinhos”, declarou Vizani, convidando as novas cantoras a receberem as pastas com as músicas que as acompanharão durante toda a trajetória dentro do coro. “Esta pasta marcou a vida de muitos homens e mulheres que por esta instituição passaram”, disse, emocionado.
O diretor artístico do Instituto dos Meninos Cantores de Petrópolis, o maestro Marco Aurélio Lischt, lembrou a importância do trabalho realizado pelas coralistas: “É um serviço árduo que requer sacrifícios. Espero que tenham muitas alegrias e que levem mensagens de paz através da música”. O Coral das Meninas dos Canarinhos passa a contar com Ana Beatriz Karl de Menezes, Beatriz Medeiros Soares, Clara Zancanelli Mendes, Gabriela de Freitas Lima Gastaldelo, Isadora Machado França, Maiara Elena Petres Voerkel, Rayssa Lima Pereira, Sophia Kappaun Carneiro Henaut, Sophia Schwartz dos Santos Lage da Silva. Mais informações sobre as atividades do Instituto dos Meninos Cantores de Petrópolis podem ser consultadas pelo telefone (24) 21044141, pelo Facebook http://fb.com/ canarinhosdepetropolis ou pelo site www.canarinhos.com.br.
Daniela Moreira e Frei Augusto Luiz Gabriel (fotos)
Evangelização
Movimento FM em Pato Branco: 37 anos de música e entretenimento
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m 1982, nascia a Celinauta FM, um sonho franciscano de evangelizar através das ondas do rádio em frequência modulada, tendência que crescia em todo o Brasil. A Frequência Modulada surgiu nos Estados Unidos em 1933, e chegou ao Brasil em 1955, com a “Rádio Imprensa”. Mas foi uma experiência modesta, utilizando a Frequência Modulada apenas para fazer a ligação entre o estúdio e o transmissor de rádio. Foi justamente na década de 1980 que as emissoras “FM” começaram a dominar os “ares” do Brasil. A qualidade superior do “som” transmitido pelas emissoras em frequência modulada “encantavam” os ouvintes em todas as faixas etárias. Foi neste cenário de expansão da nova modalidade de rádio que a Fundação Cultural Celinauta, sempre à frente de seu tempo, conseguiu a autorização para sua emissora em FM. “Celinauta FM”, migrando para “Stúdio Três FM”, e então “Movimento FM. “Assim como as tecnologias evoluíram, a emissora também seguiu os ares da modernidade, repaginando sua marca no ar”, afirmou o diretor presidente da Fundação Cultural Celinauta, Frei Neuri Reinsch. A história do rádio no Brasil é marcada por vários momentos de mudanças e de adaptações. Segundo Frei Neuri, tivemos tempos em que se imaginava que o rádio deixaria de existir, e, pelo contrário, ele se fortaleceu. “Novamente nos adaptamos ao mundo moderno. Entramos na era digital, e o rádio segue cada vez mais presente na vida das pessoas”. Hoje, em países como os Estados Unidos, 95% da população ouve rádio todos os dias, e no Brasil o índice chega a
92%. Não há dúvidas de que o rádio está consolidado como meio de comunicação, frisou. “A Movimento FM se modernizou, acompanhou as mudanças, e com sua jovem equipe de comunicadores é líder de audiência em sua área de ação, mas não vamos parar por aí. Em breve, nossos ouvintes terão agradáveis surpresas”, anunciou Frei Neuri. “Quem está de parabéns é a comunidade, que conta com os serviços de informação e entretenimento de uma emissora comprometida com o slogan Francisco, ‘Paz & Bem’”, finalizou. Comemoração dos 37 anos Neste mês de abril, entre as ações de comemoração do aniversário com os ouvintes da emissora, foi realizado um coquetel com alguns que foram sorteados durante a programação diária, para representar a legião de ouvintes da Movimento FM. O happy hour aconteceu no Studio 3, novo ambiente de confraternização anexo aos estúdios da Rede Celinauta de Comunicação. “Studio 3” foi o segundo nome da Rádio antes de passar a se chamar Movimento FM. A noite começou com o comunicador da emissora Baldoíno Reck, comandando um rápido protocolo, falando sobre os aspectos históricos da emissora. Na sequência, aconteceram as apresentações indivi-
duais de cada comunicador. Primeiro Amaury Debona, depois Branco, na sequência a locutora Lisa. As apresentações continuaram com Stan, Estar Sandri, e Edson Honaiser. Amauri, o locutor mais antigo da emissora falou em nome dos colegas e aprovou o momento de proximidade com alguns dos milhares de ouvintes diários da Movimento. Os ouvintes sorteados receberam brindes e testemunharam o carinho da emissora com sua legião de fãs.
Roberto Rossatti Jornalista da Rede Celinauta
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Evangelização
Manhã Franciscana começa a animar os fins de semana pelas ondas do rádio Estreou no sábado, dia 27 de abril, às 10h, o Programa Manhã Franciscana. Semanalmente e com uma hora de duração, a atração vai ao ar pelas Rádios Sintonia do Vale, de Barra do Piraí, RJ (aos sábados, das 10h às 11h), Celinauta, de Pato Branco, PR, e Coroado, de Curitibanos, SC, nestas duas aos domingos, das 7h às 8h. O programa é uma iniciativa da Frente de Evangelização da Comunicação da Província e tem apresentação de Frei Gustavo Medella. Conta ainda com a participação de diversos outros frades e também de profissionais das emissoras que compõem a Frente
(Celinauta, Coroado e Movimento). Com orações, músicas, entrevistas e quadros variados que vão da forma-
ção e da devoção ao humor, a iniciativa deseja oferecer ao ouvinte um espaço radiofônico de encontro, oração e descontração. Além de poder acompanhar o programa ao vivo pelo rádio ou pela internet, o ouvinte também poderá ter acesso ao conteúdo para ouvir ou baixar a qualquer hora pelo Soundcloud no site franciscanos.org.br. Uma novidade que chega com o Programa Manhã Franciscana é o Francisapp, o WhatssApp Franciscano, pelo qual os ouvintes poderão enviar perguntas, sugestões, pedidos de música, mensagens de texto e de voz etc.
Frei Volney lança “O mundo religioso”
Na noite de 08 de maio, quem foi ao Instituto Teológico Franciscano esperando uma palestra nos “moldes convencionais” se surpreendeu. Após a acolhida por parte de Frei Ivo Müller, diretor do ITF, dois amigos de
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longa-data, Frei Volney Berkenbrock e o psicólogo Sandro Rodrigues, iniciaram um bate-papo que se estendeu ao público presente. Nesse clima agradável de proximidade e conversa, característico de quem sabe dialogar com diversas tra-
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dições religiosas, Volney J. Berkenbrock lançou seu livro O mundo religioso, publicado pela Editora Vozes. O evento foi uma boa ocasião para tirar dúvidas, matar a curiosidade e aprender um pouco sobre a imensa riqueza das muitas Tradições que compõem o vasto mundo religioso. A obra oferece um amplo conhecimento sobre várias religiões. A abordagem do tema é “sem preconceitos, sem a pretensão de defender esta ou aquela tradição, sem qualquer pretensão de destacar alguma religião em detrimento da outra, com a consciência de que nenhum tema será tratado exaustivamente”.
Evangelização
Angola celebra a Semana de Misericórdia pela Terra
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Fundação Imaculada Mãe de Deus de Angola (FIMDA), em parceria com a Comissão Episcopal de Justiça, Paz e Migrações da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST), promoveu, entre os dias 22 e 27 de abril, a jornada do cuidado com o meio ambiente, com o lema: “Todos unidos pela nossa Casa Comum”, em comemoração ao Dia da Terra, celebrado em 22 de abril. Os frades se uniram a várias organizações para promover ações que mobilizem as pessoas a terem gestos concretos de cuidado com o Planeta Terra e a proteção das espécies ameaçadas no terreno angolano. A Jornada aconteceu em parceria com a Rádio Ecclesia, a Rádio Maria Angola, a TV Zimbo, as escolas católicas e os escoteiros. A cerimônia de encerramento aconteceu no dia 27 de abril, na Universidade Católica de Angola, com o lançamento da estufa e da horta e com a plantação de árvores, como forma de mobilizar a sociedade a se comprometer com a criação. Por fim, realizou-se também uma mesa redonda, que contou com a ambientalista Dra. Eufrazina Paiva, deputada e jurista; de Pe. Celestino Epalanga, jesuíta e Secretário Nacional da Justiça, Paz e Migrações da CEAST; do representante do Ministério do Ambiente, Dr. Nascimento; e do Frei André Gurzynski, responsável da Comissão de Justiça, Paz e Integridade da Criação da Fundação Imaculada Mãe de Deus de Angola. Em sua intervenção, Frei André afirmou ser necessária uma ecologia
integral, conforme pede a Encíclica Laudato Si’. Para Frei André, “há quem cuida bem das plantas e dos animais, e esquece-se das pessoas. E há quem é humanista, trata bem das pessoas, mas maltrata as plantas e os animais”. Segundo o frade,
para os franciscanos o “Cântico do Irmão Sol” testemunha um olhar contemplativo das criaturas do céu e da terra. E ressaltou que a natureza precisa da nossa atenção.
Frei Crisóstomo Pinto Ñgala junho de 2019 – comunicações
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Evangelização
Bom Jesus celebra parceria com Irmãs da Divina Providência em Jaraguá do Sul
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o dia 30 de abril, foram comemorados os cem anos da chegada das Irmãs da Divina Providência em Jaraguá do Sul (SC) e o início dos seus trabalhos na educação básica com um colégio católico. Esse projeto cresceu e, há doze anos, teve início a parceria entre a Sociedade Divina Providência e o Grupo Educacional Bom Jesus, que passou a fazer a gestão pedagógica e administrativa da instituição de ensino com o novo nome Colégio Bom Jesus Divina Providência. Para celebrar essa data importante, foram realizadas solenidades e homenagens que marcaram o centenário da Unidade Divina Providência. Frei João Mannes, presidente do Grupo Educacional Bom Jesus, celebrou a missa em homenagem às irmãs. Naquele momento, estavam presentes a Irmã Sandra, que “agradeceu imensamente a parceria com o Grupo”, a Provincial da Congregação,
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Irmã Rosiléa, Irmã Irene, Irmã Enedir e Irmã Elza, representando todas as religiosas que já fizeram parte da história da Divina Providência, em Jaraguá do Sul. “Olhando para o passado dessa escola, emergem sentimentos de gratidão. Reconhecemos que temos muito a agradecer, primeiramente a Deus, por todos os benefícios que nos concedeu ao longo desses cem anos de história. Temos muito a agradecer às Irmãs dessa congregação, aos professores, aos funcionários, aos familiares e aos amigos, que com muito trabalho, esforço e confiança na Providência Divina construíram essa bela história de amor à educação”, disse Frei João Mannes. Estavam presentes também o diretor-geral do Grupo Educacional Bom Jesus, Jorge Apóstolos Siarcos, os gestores administrativos e pedagógicos da Rede, os funcionários, os alunos e os ex-alunos do Colégio, bem como membros da comunidade.
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Durante as homenagens, foi destacada a importância do trabalho desenvolvido pelas Irmãs da Divina Providência que, segundo Jorge Siarcos, “sempre teve como diferencial a base firme dos valores cristãos, que seguem até hoje juntamente com uma educação de qualidade, sendo a característica do Bom Jesus Divina Providência”. Também foram proferidas mensagens feitas pelos professores em homenagem ao colégio. Para a gestora da Unidade, Elizabeth Almeida, é importante reconhecer o esforço, a força de vontade, o pioneirismo e o sucesso das pessoas que batalharam pela educação nesse município desde 1919. “Parabenizamos as Irmãs da Divina Providência, que formaram gerações de jaraguaenses com afinco e qualidade de ensino, dentro dos princípios cristãos. A Associação Franciscana de Ensino Senhor Bom Jesus, compartilhando da mesma missão de educar e formar cidadãos, desde 2007 dá continuidade ao trabalho iniciado pelas Irmãs, há 100 anos.” Já para a assessora pedagógica do colégio, Simone Kronbauer Muller, a palavra que a define é gratidão. Gratidão em fazer parte da história junto com a convivência das Irmãs que passaram pela Unidade. “Sinto-me muito honrada por poder fazer parte dessa história tão bonita. Nosso reconhecimento e carinho especial a todas as Irmãs da Congregação da Divina Providência por terem iniciado com coragem e bravura essa escola. Parabéns Colégio Bom Jesus Divina Providência por esses cem anos semeando o saber e compartilhando valores como união, perseverança e fé.” O Grupo Educacional Bom Jesus parabeniza o belo trabalho iniciado pelas Irmãs e reforça a continuidade desse trabalho, desde 2007, como parceiros na missão de educar, sob a inspiração de São Francisco de Assis.
Evangelização
Dia das Mães no Colégio Bom Jesus
No mês de maio, o Colégio Bom Jesus acolheu as famílias dos alunos em suas 36 unidades para celebrar o Dia das Mães. Com uma mensagem franciscana inspirada no tema “No coração da mãe habita o amor”, elaborada pelo presidente do Grupo Educacional Bom Jesus,
Frei João Mannes, a Instituição organizou missas, homenagens às mamães e atividades de interação para fortalecer o relacionamento entre a família e a escola. No Bom Jesus Internacional Aldeia, em Campo Largo (PR), uma celebração em ação de graças foi ministrada pelo
coordenador do projeto Bom Jesus Social, Frei Claudino Gilz. Esse momento de fraternidade, replicado em muitas outras unidades do Bom Jesus, foi marcado por orações, cantos e encenações religiosas e culturais, promovendo a evangelização a toda a comunidade escolar.
Gincana solidária de Páscoa Os calouros do curso de Pedagogia da FAE Centro Universitário realizaram mais uma vez a gincana solidária de Páscoa, elaborada a partir da disciplina de Planejamento e Organização de Eventos Escolares e não Escolares, sob a coordenação da professora Giullia Rinaldi. O objetivo da atividade foi o de promover um evento solidário que envolvesse a comunidade acadêmica e a Pastoral Universitária, por meio da arrecadação de chocolates para instituições parceiras. A segunda edição do evento reuniu, aproximadamente, 105 estudantes e funcionários. A gincana ocorreu neste mês de abril e foi comandada pelos estudantes de Pedagogia. Divididos em cinco equipes multidisciplinares, os alunos participaram de atividades inspiradas em brincadeiras criativas, desenvolvimento de trabalho em grupo e cooperação. O objetivo da atividade também está alinhado às diretrizes do projeto Bom Jesus Social, que fomenta ações dessa natureza no ambiente acadêmico.
Campanha do Agasalho 2019 Com a proximidade do inverno, as baixas temperaturas ameaçam a integridade física das pessoas carentes de recursos, principalmente em Curitiba e região metropolitana, onde o frio costuma ser rigoroso. Para ajudar quem mais precisa, a Pastoral Universitária da FAE Centro Universitária está organizando a tradicional Campanha do Agasalho. Neste ano, o tema é “Doar também é um gesto de amor”. Nesta ação, a FAE está envolvendo frades, alunos, professores, funcionários e qualquer pessoa da comunidade em geral interessada em fazer o bem para quem mais precisa. Estão sendo arrecadadas roupas e outras peças de vestuário adequadas para proteger do frio. As doações serão destinadas a crianças e adultos atendidos por instituições de assistência social parceiras da FAE. junho de 2019 – comunicações
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Evangelização
Diocese de Chapecó celebra 60 anos
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o dia 25 de abril, na Catedral Santo Antônio, foi celebrada a Missa em Ação de Graças pelos 60 anos de instalação da Diocese de Chapecó. Pelo mesmo evento, está sendo programada uma Assembleia Diocesana, conduzindo as lideranças a uma revisão pastoral. Vamos trazer alguns dados referentes à instalação da Diocese de Chapecó. Basear-nos-emos em dados deixados pelo padre Romualdo, falecido recentemente, dia 20 de fevereiro/19; ele que esteve presente na instalação da Diocese em 1969. O “Jornal Diocesano” trouxe esse assunto - na edição 189 de abril 2019 -, segundo o qual: “Em 1950, com a queima criminosa da Igreja Matriz de Chapecó, a Província Franciscana envia Frei João Vianey Erdrich, como novo vigário (pároco), com a incumbência de acalmar os ânimos exaltados do povo e iniciar a construção de uma nova igreja. Frei João vai a Palmas aconselhar-se e pedir orientação a Dom Carlos Sabóia Bandeira de Mello a respeito da planta e da nova matriz. Este lhe impôs o arquiteto Benedito Calixto Neto, conhecido seu de São Paulo, contratado pela Arquidiocese para fazer o projeto do
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novo Santuário Nacional de Aparecida. Meses depois, quando veio o projeto da nova matriz, houve admiração e até espanto por indicar um empreendimento de tal magnitude para uma pequena cidade como era Chapecó. Ouvia-se a exclamação de muitos: Mas, isto não é uma matriz, é uma catedral! Será que o Bispo já pensa numa futura diocese?...
Os passos oficiais para a criação da Diocese
Em 1953, a Nunciatura Apostólica iniciou as investigações para transformar a Prelazia (de Palmas- PR), em Diocese. Nesta época, a estrutura de nossa Igreja do Oeste Catarinense pertencia a Palmas. Em carta circular de 09 de agosto de 1955, Dom Carlos comunica oficialmente que a Prelazia de Palmas seria elevada a Diocese. No decorrer
da Campanha, cria-se um mal-estar e resistência para colaboração! Do lado catarinense, reivindica-se também uma diocese, com sede em Chapecó. Após vários trâmites e os 25 anos da Prelazia, foi criada a Diocese de Palmas e de Chapecó, em 14 de janeiro de 1958, pelo Papa Pio XII, através da Bula “Quoniam Venerabilis Frater”. Não muito depois, veio a confirmação de Dom Carlos como bispo de Palmas. E o primeiro bispo de Chapecó, Dom José Thurler, eleito em 12 de fevereiro de 1959, recebeu a ordenação episcopal no dia 5 de abril de 1959, das mãos de Dom Armando Lombardi, na Catedral de São Paulo. Frei João Vianey Erdrich representou a nova Diocese de Chapecó na ordenação episcopal do seu novo bispo. “A instalação da nova Diocese de Chapecó com posse do novo bispo foi no mês de abril, dia 25, também com a presença do Núncio Apostólico, Dom Armando Lombardi, do Arcebispo Coadjutor de Florianópolis, bispos do Estado, mais Dom Carlos de Palmas, Dom Cláudio Kolling, de Passo Fundo, padres, religiosos/as, autoridades e grande participação popular”.
Frei Alcides Cella
Evangelização
É preciso transformar as redes em verdadeiras comunidades
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3º Encontro de Formação Permanente da Frente de Evangelização da Comunicação deste ano aconteceu na quarta-feira, 15 de maio, em São Paulo. O tema escolhido para o mês foi a mensagem do Papa Francisco para o 53º Dia Mundial das Comunicações Sociais e contou com a assessoria da jornalista e doutora em Ciências da Comunicação, Irmã Joana Puntel, da Congregação das Irmãs Paulinas. A reunião foi realizada por videoconferência e reuniu os colaboradores da Rede Celinauta, de Pato Branco (PR); Fundação Frei Rogério, de Curitibanos (SC); Grupo Educacional Bom Jesus, de Curitiba (PR); Serviço Franciscano de Solidariedade (Sefras), de São Paulo (SP); Seminário Frei Galvão, de Guaratinguetá (SP); Editora Vozes, de Petrópolis (RJ); Convento da Penha, de Vila Velha (ES). Da Sede Provincial, em São Paulo, participaram também os comunicadores ligados ao Serviço de Animação Vocacional (SAV), dos Frades Menores Capuchinhos e Frades Menores Conventuais. “Somos membros uns dos outros: das comunidades de redes sociais à comunidade humana” é o tema da mensagem deste ano. Nela, o Papa Francisco insiste que é necessário não reduzir a comunicação ao aprendizado e domínio dos dispositivos tecnológicos, mas usar a comunicação para aprimorar a relação humana, aproximando as pessoas e formando verdadeiras comunidades. A assessora afirmou que estar na rede hoje é fundamental, mas que é preciso ter consciência de como queremos estar e qual mensagem queremos transmitir. Para a especialista, um dos aspectos que deve ser considerado é o de que a internet mudou o paradigma da relação. Ao mesmo tempo em que a rede conecta várias pessoas, ela isola e aumenta o
sentimento de solidão. Além disso, ao mesmo tempo em que existe a facilidade de conexão, há também a facilidade de desconexão, fato que fragiliza as relações. “Numa rede social não há conexão plena, relação completa, comunhão entre as pessoas”, afirmou Ir. Joana, acentuando que estas características não devem desanimar aquele que comunica. Na mensagem, o Papa afirma que no cenário atual é perceptível que a comunidade de redes sociais não é sinônimo de comunidade, mas que existe potencial para vir a ser. “Naturalmente, não basta multiplicar as conexões para ver crescer a compreensão recíproca”, aponta o Pontífice, que questiona como reencontrar a verdadeira identidade através da responsabilidade nas relações – pessoais e virtuais. Para a assessora, não há outro caminho a percorrer que não seja o anúncio do Evangelho. “É preciso seguir o projeto de Jesus, que está no Evangelho, senão traímos não só as instituições, mas nós mesmos. Somos chamados a ‘cristianizar’ as redes”, aconselhou. Em seguida, os participantes parti-
lharam suas experiências. O jornalista Ari Ignácio de Lima, coordenador de Jornalismo da TV Sudoeste, apontou que uma das grandes preocupações na atualidade são as fake news, as notícias falsas que se propagam na internet e nas redes sociais. Em Curitiba (PR), o jornalista Juliano Zemuner exemplificou como o Grupo Educacional Bom Jesus busca conscientizar os alunos para as questões relacionadas ao cyberbullying e a resolução de conflitos – não somente na internet, mas nas relações sociais.
Lançamento do livro “Os Papas da Comunicação”
A assessora do encontro, Ir. Joana Puntel, aproveitou a ocasião para divulgar o livro “Os Papas da Comunicação: estudo sobre as mensagens do Dia Mundial das Comunicações”, lançado neste mês pela Editora Paulinas e pelo Serviço à Pastoral da Comunicação (Sepac). A obra, escrita pela assessora e por Irmã Helena Corazza, tem como base todas as mensagens lançadas desde 1967 – do Papa Paulo VI ao Papa Francisco – e suas abordagens, acompanhando as mudanças significativas no campo da comunicação.
Érika Augusto junho de 2019 – comunicações
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Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil NOTÍCIAS DA REUNIÃO DO DEFINITÓRIO PROVINCIAL Agudos, 09 e 10 de maio de 2019
1) Reunião dos guardiães e coordenadores das Fraternidades
Já antes das sessões do Definitório propriamente, os Definidores se reuniram com os guardiães e coordenadores das Fraternidades nos dias 07 e 08 de maio, em Agudos, como acontece a cada ano, acolhidos muito bem, como sempre, pela fraternidade local. Na Celebração Eucarística de abertura, na manhã do dia 07, Frei César, Ministro Provincial, com base nas leituras, convocou os guardiães a fazerem tudo o que lhes cabe fazer, na lógica da fé e da doação, do serviço e do amor, deixando de lado pretensões de reconhecimento ou qualquer tipo de recompensa. Pediu também que os dois dias de reunião fossem de renovação e abertura para o diálogo que os ajudasse a se comprometerem mais uma vez com a missão fraterna de animação das fraternidades, sem medo e com a alegria do dom e da entrega.
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A fraternidade e o diálogo
Às 9h00, na sala São Francisco, na 1ª ala, Frei Fidêncio, moderador da Formação Permanente, abordou com os presentes o tema proposto pela Ordem para nortear as reflexões deste ano de 2019: o diálogo, comemorando os 800 anos do encontro de São Francisco com o sultão al-Malil al-Kamil, em Damietta, no Egito. Frei Fidêncio fez um resgate histórico do contexto em que o encontro se deu, e revisitou textos de nossas Fontes que o narram com nuances diversas. Mostrou também que dialogar foi uma ação constante de Jesus, e que, hoje, como Franciscanos, somos impulsionados a sair ao encontro dos irmãos e irmãs a fim de construir o diálogo, num mundo de indiferenças e/ou radicalismos. Francisco e seus companheiros, logo nos inícios, procuraram o diálogo com o Senhor, em primeiro lugar (“Vamos pedir conselho ao Senhor”) e o fizeram através do discernimento na oração, na escuta da Palavra, no diálogo com a Igreja (o sacerdote) e no acolhimento da fala e apelo do Evangelho (o próprio Jesus). Seguem os diálogos com a fraternidade (como iriam viver: a organização) e o diálogo com o mundo (a pregação, a evangelização a todos e a toda a criação). Verbos importantes, portanto: escutar, organizar, evangelizar. Frei Fidêncio lembrou que durante a 5ª Cruzada (12181221), Francisco chega a Damietta, partindo de Ancona, passan-
Definitório Provincial do por Acre. Vendo os saques e a imoralidade praticada pelos cruzados, ele experimenta mais uma vez que a guerra não é justa e nem agrada a Deus. Atravessa a linha de batalha e acaba sendo recebido com benevolência pelo sultão, que Francisco não converteu, mas com o qual foi capaz de dialogar. Francisco alegra-se com a hospitalidade do líder e reflete sobre a própria missão dos frades menores. A RnB, cap. XVI, o expressa bem ao tratar dos dois modos de ir entre os sarracenos: 1. abstendo-se de rixas e disputas, submetendo-se a todos por causa do Senhor; 2. anunciando a Palavra de Deus quando fosse do agrado do Senhor. Frei Fidêncio também abordou os vários enfoques de diálogo em vista da paz que os líderes das religiões desenvolveram nos encontros ocorridos em Assis, por convite dos últimos papas, o primeiro deles em 1986. Não faltaram apelos ao perdão, ao acolhimento em vista do diálogo, afugentando o fechamento (ponte sobre o vazio), a colaboração e a educação para uma cultura do encontro. Interessante que com o Papa Francisco, recentemente, ele é que tem sido convidado por líderes, sobretudo muçulmanos, para refletir e promover o diálogo e a busca da paz, e a superação das intolerâncias. Na última parte de sua fala, Frei Fidêncio aplicou a questão do diálogo à nossa vida fraterna e à missão dos guardiães e coordenadores. Estes são ministros da escuta e do acolhimento do irmão no seu modo de ser “diferente”. O amor fraterno é a ponte do diálogo; o escutar é o ponto de partida. Ressaltou a importância do Capítulo Local como lugar privilegiado do diálogo e de elaboração do Projeto Fraterno de Vida e Missão. Por fim, os guardiães comentaram como vem acontecendo o diálogo nas fraternidades e como estas dialogam com as realidades nas quais estão inseridas. Disseram que: 1. Não é fácil promover o diálogo quando não há interesse da outra parte em dialogar; 2. O desafio maior coloca-se em primeiro lugar entre nós. O encontro de Francisco e do sultão foi possível porque também este estava de alguma maneira aberto à cultura ocidental, e os dois se identificaram na dimensão de uma “mística” do encontro desarmado em todos os sentidos; 3. Citou-se também o mistério que habita o interior mais profundo de cada irmão. 4. Falou-se que importa resgatar o senso de humanidade entre nós (vivermos humanamente qualificados); 5. O diálogo, no nosso caso, tem que partir da fé. Onde há fé, há encontro; 6. O cultivo da amizade é uma ajuda inquestionável; 7. É importante não pré-julgar, mas tentar colocar-se no lugar do outro. Não atropelar. Despojar-se da autoridade.
Desafios a partir do Capítulo Provincial
No encontro da tarde do dia 7, antes e depois de os guardiães lerem em grupo e discutirem o texto “A missão fraterna do guardião”, Frei César fez menção a alguns desafios que nos vêm do Capítulo Provincial celebrado em novembro passado. Mostrou também como o Definitório e outras instâncias pro-
vinciais têm agido para responder às demandas e quais encaminhamentos vêm sendo dados. Assuntos abordados: 1. O redimensionamento, em vista de priorizar nossa missão e de qualificar nosso modo de viver, com “entregas” mais propositivas, evitando o “estrangulamento” de pessoas e funções. Conversas com vários bispos já aconteceram, mas o processo é sempre “doloroso”; 2. Atenção ao senso de pertença à Fraternidade Provincial, e, por extensão, à Ordem e à Igreja, superando autorreferencialidades; uma consciência maior de Província, e cuidado para não ser alheio às suas iniciativas e programação; 3. Necessidade de maior mobilidade, itinerância quanto às transferências e funções. Transitar mais pelas Frentes, pelas presenças. Ter clareza de que é na Província que vamos ficar até o fim, não em determinada casa ou lugar, ou exercendo determinado serviço; 4. É necessário que haja a marca decisiva do nosso carisma em nossas presenças e trabalhos. Há frades que se sentem “funcionários franciscanos”; 5. Cuidado para que a animação vocacional seja feita a partir de nossa identidade. Há um grande e belo trabalho sendo feito com as juventudes, mas as fraternidades locais ainda precisam se comprometer mais com a promoção e a busca de vocações. Diminui muito aceleradamente o número de formandos em nossas casas de Formação. Isso compromete a vida da Província; 6. Priorizar a Formação Permanente ainda é um desafio; 7. Necessidade de maior transparência e honestidade no uso dos recursos que são (ou deveriam ser) comuns; de se evitar autonomias em detrimento do carisma; de não promover a administração das casas e dos serviços na lógica empresarial; 8. Superação do clericalismo que ofusca e desvigora a encarnação do carisma; 9. Crescimento na escuta aos confrades: partilha das expectativas, sonhos, dificuldades e desilusões; 10. Visitas mais informais às fraternidades estão sendo feitas pelo Ministro, Vigário e Definidores; 11. Procura-se dar passos em vista da possibilidade de trabalho no Santuário Frei Galvão, em Guaratinguetá, e de haver uma pequena fraternidade no Eremitério Beato Egídio, para experiência mais intensa de vida de oração e silêncio, e também para acolher outros confrades. Seria importante que frades interessados em compor a fraternidade (dois ou três) se apresentassem; 12. Foram citados acompanhamentos de casos especiais de frades enfermos e fragilizados. Para acompanhamento de casos muito delicados, há uma comissão interdisciplinar; 13. Realização do Capítulo da FIMDA de 27 a 31 deste JUNHO de 2019 – comunicações
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Definitório Provincial mês, com visita canônica de 17 a 26. Ainda faltam missionários. Cresce bem na Missão o número de candidatos e de formandos. Serão dados passos para a constituição de Custódia dependente. Buscam-se meios de autossustentabilidade para a Fundação.
A missão fraterna do guardião
Após a leitura em grupos do texto “A missão fraterna do guardião”, houve partilha na sala de reunião. Comentou-se que: 1. É importante haver uma busca fraterna comum, mesmo considerando a individualidade de cada confrade, que não deve levar à independência ; 2. A dificuldade maior não é administrativa, mas de mediação das relações interpessoais, de superação de preconceitos, rotulações; 3. O trabalho do guardião é muitas vezes marcado pela resiliência e pela misericórdia; 4. A oração comum e o cultivo do bom humor ajudam a “arejar” a vida fraterna; 5. A independência financeira está na raiz de muita autonomia em relação à fraternidade; 6. É importante o fundamento sólido do carisma e a busca do ideal comum, tendo um norte; 7. É muito preocupante quando se perde na vida pessoal o referencial da fé. Ao cair da tarde, neste mês mariano, os guardiães elevaram suas preces a Deus por intercessão de Maria, rainha da Ordem dos Menores, padroeira da Província. Também a história de Maria teve início com um grande diálogo, que envolveu acolhimento, silêncio e comprometimento. Foi belo e intenso o canto dos confrades: “Mãe de Deus, clamamos a vós”.
Comissão para assuntos graves
A manhã do dia 8 foi coordenada por Frei César, Frei Fidêncio e a Dra. Luana Giosa, da comissão interdisciplinar para assuntos graves, cuja função não é apenas tratar de questões judiciais, mas ser espaço de ajuda, de escuta e de prevenção. Nos casos de abusos, não cabem mais discursos escusatórios, baseados na postura de soberba e de autossuficiência. Frei César lembrou que a Igreja e a sociedade como um todo pedem posição mais clara sobre tal assunto. Apresentou uma resenha de duas cartas do Papa Francisco: ao povo de Deus (20/08/2018) e aos sacerdotes e religiosos do Chile e do Peru (16/01/2018), ressaltando a necessidade de total transparência nos processos, e mostrando que além dos abusos sexuais, há outros contra os quais é preciso se proteger: o do dinheiro e do poder, por exemplo. Frei César também entregou aos guardiães o recém-publicado documento da CNBB “O cuidado pastoral das vítimas de abuso sexual”, onde se reafirma a adesão incondicional à postura de tolerância zero em relação aos casos de abuso sexual contra menores. O texto traz orientações jurídicas (canônicas e civis), orientações sobre aspectos de comunicação e sobre aspectos pastorais em relação ao acusado, à vítima e seus familiares, à diocese e à comunidade. A Dra. Luana, por sua vez, apresentou a proposta de “Diretrizes da comissão interdisciplinar de assuntos graves” da Provín-
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cia. Tal comissão constitui-se como órgão de assessoria do Ministro Provincial e seu Defi-nitório e, por sua delegação, efetua o acompanhamento de frades da Província em situações delicadas e graves, que envolvem processos criminais, civis e canônicos, possibilitando e facilitando uma postura gerencial transparente e corresponsável, buscando a parceria e a partilha entre frades, vítimas e familiares. Frei César alertou ainda para o cuidado no uso da internet e das redes sociais, e para que sejam evitadas manifestações de ostentação e de exposições pessoais totalmente desnecessárias. Tais redes, para muitos consagrados, tornaram-se um vício.
Mês missionário extraordinário
No final da manhã, Frei Robson L. Scudela, coordenador da Frente das Missões, apresentou aos presentes a proposta do Papa Francisco para o “Mês Missionário Extraordinário”, em outubro deste ano. Na Igreja do Brasil outubro já é tido como mês missionário. Há indicações de atividades e celebrações para toda a Igreja. Tema: “Batizados e enviados: a Igreja de Cristo em missão no mundo”. O objetivo é reavivar a consciência batismal do Povo de Deus em relação à missão da Igreja, lembrando que a ação missionária é o paradigma de toda obra da Igreja (cf. Evangelii Gaudium, n. 15). Busca-se superar a tentação frequente que se esconde por detrás de cada introversão eclesial, de todo o fechamento autorreferencial nas próprias fronteiras seguras, de qualquer forma de pessimismo pastoral, de toda a estéril nostalgia do passado. Nesse processo, há dimensões que são essenciais: o encontro pessoal com Jesus Cristo vivo na sua Igreja, o testemunho, a formação e a caridade missionária. Frei Robson também indicou site para download de conteúdos (www.pom.org.br), fez referência a subsídio lançado pela Congregação para a Evangelização dos Povos e Obras Missionárias Pontifícias, apresentou propostas de celebração do Mês Missionário nos vários âmbitos eclesiais.
Balanço contábil e financeiro da Província
Na parte da tarde do dia 8, os guardiães e coordenadores se reuniram também como assembleia civil da Província para a
Definitório Provincial aprovação do balanço contábil e financeiro do exercício de 2018. A sessão foi conduzida pela equipe econômica da Sede Provincial: Frei Mário, Frei Raimundo, Frei Robson, Dra. Luana e a contadora Cristiane França. O balanço foi aprovado depois de detalhada apresentação de Frei Raimundo, assessorado pelos demais. Antes da aprovação, porém, Frei Carlos Körber havia lido, em nome do Conselho Fiscal, o parecer favorável. Frei César pediu maior atenção quanto aos gastos, pois o montante financeiro da Sede Provincial vem caindo nos últimos anos, o que já causa preocupação. Num segundo momento, foram recordadas tarefas administrativas dos guardiães, presentes na Ratio Oeconomica da Província: uso sistemático do E-social, recibos de pagamento de autônomos, prebenda pastoral, extratos bancários, documentação hábil referente a despesas, testamento dos confrades, plano de saúde, aposentadoria.
Agradecimentos finais e bênção
Frei César, às 17h00, agradeceu o trabalho competente e fiel da equipe econômica do Provincialado, e também a Frei Fidêncio, que ajudou a preparar e moderar a reunião dos dois dias. Agradeceu pelo serviço dos guardiães, e pediu que transmitissem aos demais confrades, nas respectivas fraternidades, o que haviam refletido e ponderado no encontro. Frei César lembrou que a Província não é um ente abstrato, mas cada um de nós. E todos são necessários. Se um membro não está bem, todo o corpo sofre. Por fim, confiou os confrades à Imaculada Conceição, protetora da Província e da Ordem, e, após a oração da Ave -Maria, abençoou a todos.
2) Reunião do Definitório Provincial
Na manhã do dia 9, na mesma Fraternidade do Seminário Santo Antônio, de Agudos, Frei César abriu a reunião do Definitório Provincial, acolhendo os Definidores. Pediu a Frei Daniel que fosse o moderador das sessões. Grande parte dos assuntos nelas tratados segue abaixo.
3) Regionais - serviços
Os Definidores tomaram conhecimento de como foram as votações para os serviços nos Regionais. E, a partir das indicações, nomearam para cada um deles o animador JPIC. 1. Contestado Coordenador: Frei Moacir Longo Vice-coordenador: Frei José Idair F. Augusto Secretário: Frei Evaldo Ludwig
Vice-secretário: Frei Vanderlei da Silva Neves Animador JPIC: 2. Leste Catarinense Coordenador: Frei Germano Guesser Vice-coordenador: Frei Paulo Cesar M. Borges Secretário: Frei Nilton Decker Vice-secretário: Frei Angelo José Luiz Animador JPIC: Frei Paulo Cesar M. Borges 3. Rio de Janeiro e Baixada Fluminense Coordenador: Frei Adriano Freixo Pinto Vice-coordenador: Frei Salésio L. Hillesheim Secretário: Frei Róger Brunorio Vice-secretário: Frei Neylor J. Tonin Animador JPIC: Frei José Luiz Alves 4. Agudos Coordenador: Frei Florival Mariano de Toledo Vice-coordenador: Frei Gilberto M. S. Piscitelli Secretário: Frei James Ferreira Gomes Neto Vice-secretário: Frei Rozântimo A. Costa Animador JPIC: Frei Gilberto M. S. Piscitelli 5. Vale do Paraíba Coordenador: Frei José Raimundo de Souza Vice-coordenador: Frei João Pereira da Silva Secretário: Frei Walter Hugo de Almeida Vice-secretário: Frei Edvaldo Batista Soares Animador JPIC: Frei Virgílio Pereira de Souza 6. Espírito Santo Coordenador: Frei Djalmo Fuck Vice-coordenador: Frei Adriano Dias do Nascimento Secretário: Frei Alessandro Dias do Nascimento Vice-secretário: Frei Paulo Cesar Ferreira da Silva Animador JPIC: Frei Jeferson Palandi Broca 7. São Paulo Coordenador: Frei Gilberto G. Garcia Vice-coordenador: Frei Diego Atalino de Melo Secretário: Frei Robson L. Scudela Vice-secretário: Frei Leandro Costa Santos Animador JPIC: Frei Marx Rodrigues dos Reis 8. Curitiba Coordenador: Frei Ladí Antoniazzi Vice-coordenador: Frei Antônio Joaquim Pinto Secretário: Frei Vagner Sassi Vice-secretário: Frei José Henrique Rosa Animador JPIC: Frei Samuel Ferreira de Lima 9. Planalto Catarinense e Alto Vale do Itajaí Coordenador: Frei Rafael Spricigo Vice-coordenador: Frei Miguel da Cruz Secretário: Frei Marcos Prado dos Santos Vice-secretário: Frei Camilo Martins Animador JPIC: Frei Marcelo Romani JUNHO de 2019 – comunicações
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Definitório Provincial 10. Vale do Itajaí Coordenador: Frei Paulijacson de Moura Vice-coordenador: Frei Rodrigo da Silva Santos Secretário: Frei Clauzemir Makximovitz Vice-secretário: Frei Marcos Vinícius Brugger Animador JPIC: Frei Aldolino Bankhardt 11. Baixada e Serra Fluminense Coordenador: Frei Ivo Muller Vice-coordenador: Frei Jorge Maoski Secretário: Frei Fábio Cesar Gomes Vice-secretário: Frei Canga Manuel Mazoa Animador JPIC: Frei Roger Strapazzon 12. P ato Branco Coordenador: Frei Alex Sandro Ciarnoscki Vice-coordenador: Frei Gabriel Vargas Dias Alves Secretário: Frei Angelo Vanazzi Vice-secretário: Frei Olivo Marafon Animador JPIC: Frei Diomedes Basi
4) Regionais – próximo encontro
1. Frei Fidêncio e Frei Alvaci M. da Luz prepararam texto sobre o Conselho Plenário da Ordem para ser abordado no próximo encontro dos Regionais. Além do texto, uma carta está sendo enviada aos coordenadores. 2. Os Definidores pedem que se continue com a partilha sobre como as fraternidades estão compondo o seu Projeto Fraterno de Vida e Missão. O trabalho em torno do PFVM é sempre uma oportunidade de caracterizar o novo que cada triênio deveria conferir à vida das fraternidades. O prazo para término é o final de agosto. 3. Comentou-se a necessidade de se viabilizar o Projeto Pessoal também. 4. É importante que os confrades continuem contribuindo com indicações e sugestões sobre o redimensionamento dos Regionais e mesmo das presenças e fraternidades. 5. É também importante que cada frade dê prioridade, na sua agenda, para as datas dos Regionais, capítulos locais e outras programações da Província. 6. No segundo semestre, acontecerão os retiros por Regionais. Pede-se que sejam combinadas as datas, locais, e que se abra a possibilidade de participação de confrades de outros Regionais. Proximamente, a Formação Permanente ofertará duas possibilidades de retiro em nível provincial. 7. Para o próximo Encontro Regional, os Definidores pedem que os guardiães e coordenadores façam um repasse aos demais confrades do que se tratou na reunião ocorrida nos dias 7 e 8 deste mês, em Agudos.
5) Profissão solene e diaconato - aprovações
Após analisarem vários pareceres e votos, os Defini-
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dores aprovaram que façam a profissão solene na Ordem: 1. Frei Gabriel Dellandrea – 2º ano de Teologia, residente na Fraternidade do Sagrado Coração de Jesus, de Petrópolis; 2. Frei Hugo Câmara dos Santos - 2º ano de Teologia, residente na Fraternidade do Sagrado Coração de Jesus, de Petrópolis; 3. Frei Roger Strapazzon - 2º ano de Teologia, residente na Fraternidade do Sagrado Coração de Jesus, de Petrópolis; 4. Frei Canga Manuel Mazoa – da FIMDA, 3º ano de Teologia, residente na Fraternidade do Sagrado Coração de Jesus, de Petrópolis; 5. Frei Santana Sebastião Cafunda – da FIMDA, 3º ano de Teologia, residente na Fraternidade São Francisco, de Campos Elíseos, Duque de Caxias; Aprovaram também que seja ordenado diácono: Frei José Morais Cambolo, confrade da FIMDA, que reside atualmente na Fraternidade do Sagrado Coração de Jesus, de Petrópolis, e termina alguns cursos de Teologia neste primeiro semestre.
6) Transferências
1. Frei Ari do Amaral Praxedes – da Fraternidade Nossa Senhora da Penha, de Vila Velha, para a Fraternidade Santo Antônio, no Rio de Janeiro, como atendente conventual; 2. Frei Alberto Eckel Junior – da Fraternidade do Sagrado Coração de Jesus, de Petrópolis, para a Fraternidade São Benedito, de Amparo, como vigário paroquial;
7) Redimensionamento – encaminhamentos iniciados
1. Com ao menos oito bispos já houve conversa em vista da “entrega” de paróquias. As reações variaram bastante. Os Definidores voltarão a fazer contato para apresentar prazos mais concretos. No caso de algumas paróquias com grande extensão territorial e/ou número alto de comunidades – muitas vezes distantes –, a conversa com os bispos será no sentido também de algum tipo de redimensionamento. 2. Quanto ao Santuário Frei Galvão, de Guaratinguetá, continuam as tratativas iniciais com a arquidiocese de Aparecida. Já em relação ao reavivamento do Eremitério e às casas de oração, questão também tratada no Capítulo Provincial, foi composta uma comissão em vista de ajudar na reflexão, motivação e busca de encaminhamentos: Frei Fábio Cesar Gomes, Frei Valdir Laurentino e Frei Walter de Carvalho Júnior. 3. Permanece o apelo para que confrades se disponham a ajudar na missão em Angola, que cresce numericamente com as vocações locais, e tem desafios quanto à falta de pessoal tanto no campo da formação como no da evangelização e dos serviços sociais.
Definitório Provincial 8) Ano Missionário – ida para a FIMDA e acompanhamento do Secretário
Frei Thiago da Silva Soares, Frei Jonas Ribeiro da Silva e Frei Vítor Vinícios (professo temporário da Província Santa Cruz), que até recentemente aguardavam o visto de permanência em Angola, já se encontram na Missão e fazem o Ano Missionário lá desde 24 de março, como fora noticiado nas Comunicações de abril. Frei João Francisco, secretário para a Formação e os Estudos, visitará ainda neste semestre os confrades em Ano Missionário, e acompanhará mais de perto a feitura dos relatórios para aprovação de renovação dos votos e relatórios sobre a experiência do Ano propriamente.
9) FAVs – fraternidades e formadores
O Definitório aprovou a proposta a respeito das fraternidades que acolherão aspirantes no segundo semestre deste ano, e os respectivos formadores: 1. Amparo - 2 aspirantes Formador: Frei Vanilton Aparecido Leme 2. Concórdia - 2 aspirantes Formador: Frei Douglas Paulo Machado 3. Convento São Francisco – Largo S. Francisco - 2 aspirantes Formador: Frei Leandro da Costa Santos 4. Florianópolis - 2 aspirantes Formador: Frei José Lino Lükmann 5. Lages - 2 aspirantes Formador: Frei Tarcísio Theiss 6. Santo Amaro da Imperatriz - 2 aspirantes Formador: Frei Nilton Decker 7. Xaxim - 2 aspirantes Formador: Frei Vanderlei da Silva Neves
10) Conselho da Formação Inicial e da Formação e Estudos - notícias
Frei João Francisco apresentou aos Definidores como ocorreram a reunião do Conselho da Formação Inicial e a do Conselho da Formação e Estudos da Província, recentemente. Ressaltou o comprometimento dos formadores, mostrou um panorama numérico da Formação Inicial, e pontuou dificuldades a serem superadas em algumas fraternidades. Lembrou que o Conselho da Formação e Estudos tomou em consideração a decisão do Definitório Provincial do ano passado, segundo a qual todos os frades estudantes do 4º ano de Teologia, que desejam ser presbíteros, sejam avaliados, ao final do ano, em vista de ordenação diaconal, que deverá ocorrer, antes da transferência, cumpridas as exigências acadêmicas. Quanto à Formação Inicial, os números mostram quão necessário se torna um urgente trabalho vocacional por parte de cada fraternidade, somado ao do SAV Provincial:
Ensino Médio 16 Aspirantado 15 Postulantado 11 Noviciado 05 Filosofia 19 Ano Missionário 06 Teologia 17 Total 89 Frei César comentou que o Conselho de Formação reunir-se-á mais vezes. O longo período entre uma reunião e outra faz “esfriar” certas discussões e encaminhamentos. O Conselho deve se ocupar com Formação Permanente e o SAV, prioridades dadas pelo Capítulo Provincial.
11) Conselho de Evangelização
Frei Gustavo fez um apanhado sobre a reunião do Conselho de Evangelização, que aconteceu na Sede Provincial no dia 4 de abril. Há matéria sobre o assunto nas Comunicações de maio, pág. 350 a 353. Relatou também as reuniões das Frentes de Evangelização que ocorreram (a das Paróquias e Santuários será nos dias 22 e 23 deste mês, e da Comunicação, no dia 24). Ressaltou a importância da participação dos leigos(as) na evangelização. Inclusive, no caso da Educação, haverá uma comissão de leigos indicados por cada entidade da área, para, juntamente com Frei Claudino Gilz e o próprio Frei Gustavo, ajudar a pensar o segundo encontro do ano. Cresce a integração e a colaboração entre as Frentes, em vários níveis, como na produção de conteúdos, etc. Já na área da Comunicação, há investimento na formação dos colaboradores: 7 leigos(as) estão fazendo o curso de Introdução à Espiritualidade Franciscana, a distância, oferecido pela ESTEF, de Porto Alegre.
12) 800 anos do encontro de Francisco e o Sultão – encontro inter-religioso
Atendendo ao pedido da CFFB e da CFMB, quanto a haver algum ato ou celebração em vista dos 800 anos do encontro de São Francisco com o sultão, em Damietta, no Egito, Frei Diego Melo e Frei José Francisco foram ao encontro do xeique da Mesquita da Misericórdia, de Santo Amaro, São Paulo. Bem acolhidos, combinaram com o xeique a realização de uma noite cultural, com peça de teatro, cujos atores serão jovens da comunidade de lá e jovens das nossas comunidades de São Paulo. Frei Leandro Costa Santos ficou encarregado de articular a noite cultural. O local do evento será junto à mesquita.
13) Frei Marcos Prado dos Santos – pós em Espiritualidade Franciscana
Frei Marcos Prado dos Santos fará pós-graduação lato sensu em Espiritualidade Franciscana, em período de férias (2 julhos JUNHO de 2019 – comunicações
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Definitório Provincial e 2 janeiros), na Escola Superior de Teologia e Espiritualidade Franciscana (ESTEF), dos Capuchinhos, em Porto Alegre.
14) Frei Roberto Rocha da Silva – programa de Filosofia
Frei Roberto, do 1º ano de Filosofia em Rondinha, não fará a graduação em Filosofia. Porém, cursará algumas matérias. Haverá um currículo alternativo com atividades e que garanta a formação franciscana prevista para o período de pós-noviciado, a cargo do mestre da etapa e do diretor do curso de Filosofia.
15) Jorfran – adiamento
Frei Gustavo informou que foi adiado o I Jorfran (Encontro Nacional de Jovens Religiosos e Religiosas Franciscanos), que aconteceria de 20 a 23 de junho deste ano, em Aparecida, SP, para o qual o Definitório havia convidado alguns confrades.
16) Curso de Inglês – agradecimento de Frei Alisson
Frei Alisson L. Zanetti escreveu ao Definitório expressando sua gratidão pela oportunidade de permanecer por dois meses no Zimbábue, país do continente africano, para o estudo da língua inglesa, na sua volta da missão em Angola. “Foi um tempo profícuo não somente pelo curso, mas pela preciosa convivência fraterna com confrades de outros países da África, tendo em vista que havia estudantes de Madagascar, Togo, Moçambique e Quênia, que estudam Teologia naquela Custódia do Bom Pastor. Fiquei hospedado na sede custodial em Harare, na capital, onde residem o custódio e mais dois frades estudantes do terceiro ano de Teologia. O trabalho pastoral foi outro aspecto que merece destaque”.
17) Capítulo da FIMDA - preparação
Frei César comentou com os Definidores alguns encaminhamentos que foram feitos em vista do Capítulo da FIMDA, que acontecerá de 27 a 31 de maio. Antes, porém ele fará a Visita Canônica aos confrades. Frei Robson Scudela, coordenador da Frente das Missões, acompanhá-lo-á. No processo de prévias para a eleição do presidente da Fundação, seguindo os Estatutos, o Definitório homologou três nomes de confrades que poderão ser votados pelos professos solenes presentes em Angola, durante o Capítulo: Frei André Luiz da Rocha Henriques, Frei Antônio Boaventura Zovo Baza e Frei Marco Antônio dos Santos.
18) Bom Jesus – campanha para a missão de Angola
O Definitório sinalizou positivamente para que se efetue a alienação do imóvel da Vila Itoupava, em Blumenau, por transação financeira com a Associação Franciscana de Ensino Senhor Bom Jesus. O recurso auferido será destinado a viabilizar meios que ajudem a promover a autossustentabilidade da FIMDA, pos-
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-sivelmente a construção de uma escola. Prevê-se inclusive a ida a Angola de Jorge Siarcos e equipe da Associação para estudo in loco. Além disso, a Associação promoverá uma campanha na rede de ensino, por ocasião do Natal, com sacola reutilizável, também para angariar fundos para a Missão. Tal campanha po-derá ser estendida a outras instituições, paróquias e santuários.
19) Ecônomos das fraternidades - nomeação
Seguindo as indicações que vieram das Fraternidades, os Definidores nomearam para o serviço de ecônomo local (alguns ecônomos foram nomeados na reunião anterior do Definitório): 1. Agudos: Frei James Ferreira Gomes Neto; 2. Amparo: Frei Vanilton Aparecido Leme 3. Angelina: Frei Paulo Cesar M. Borges 4. Bauru: Frei Ademir Sanquetti 5. Blumenau: Frei Nelson José Hillesheim 6. D. Caxias – C. Elíseos: Frei Cláudio César B. de Siqueira 7. Rio de Janeiro – Largo: Frei José Pereira 8. Colatina: Frei Jeferson Palandi Broca 9. Concórdia: Frei Délcio F. Lorenzetti 10. Coronel Freitas: Frei Moacir Antônio Longo 11. Curitiba: Frei Vagner Sassi 12. Curitibanos: Frei Roberto Carlos Nunes 13. Gaspar: Frei Carlos Ignacia 14. Ituporanga – seminário: Frei Valdir Laurentino 15. Ituporanga – paróquia: Frei Rafael Spricigo 16. Lages: Frei Miguel da Cruz 17. Luzerna: Frei Nolvi Dalla Costa 18. Nilópolis: Frei Walter Ferreira Júnior 19. Niterói: Frei Salésio L. Hillesheim 20. Pato Branco: Frei Alex Sandro Ciarnoscki 21. Rodeio: Frei Marcos Vinícius Motta Brugger 22. Santo Amaro: Frei Nilton Decker 23. São João Meriti: Frei Vanderley Grassi 24. São Paulo – Largo: Frei Luiz Donizete Ribeiro 25. São Paulo – Pari: Frei Marx Rodrigues dos Reis 26. Sorocaba: Frei Gilberto M. S. Piscitelli 27. Vila Velha – santuário: Frei Djalmo Fuck 28. Vila Velha – Penha: Frei Pedro de Oliveira Rodrigues
20) Discretórios - aprovação
O Definitório aprovou a composição do Discretório nas seguintes Fraternidades: 1. Fraternidade São Francisco, do Largo São Francisco, em São Paulo: Frei Mário L. Tagliari, Frei Alvaci Mendes da Luz, Frei Alexandre Rohling, Frei Fidêncio Vanboemmel, Frei Marcos Estevam de Melo e Frei Luiz Donizete Ribeiro. 2. Fraternidade Santo Antônio, do Largo da Carioca, no Rio: Frei José Pereira, Frei Adriano Freixo Pinto, Frei Le-
Definitório Provincial onardo Pinto dos Santos, Frei José Ulisses de Moraes e Frei Carlos A. Branco Araújo. 3. Fraternidade do Sagrado Coração de Jesus, de Petrópolis: Frei Jorge Paulo Schiavini, Frei Marcos Andrade, Frei Edrian J. Pasini e Frei Alan Leal de Mattos.
21) Administração franciscana da economia - seminário
Os ecônomos da CFMB estão promovendo do II SAFE (Seminário de Administração Franciscana da Economia) que acontecerá de 12 a 15 de agosto de 2019, no Convento São Francisco, em São Paulo. Temas que serão abordados: análise de conjuntura, compliance e governança, políticas públicas e espiritualidade franciscana na gestão dos bens. Presenças já confirmadas: Frei César, Frei Gustavo, Frei Alexandre Magno, Frei João Francisco, Frei João Mannes, Frei José Francisco, Frei Mário Tagliari, Frei Robson Scudela e Frei Raimundo Castro. O Definitório indica que participem também: Frei Alisson Zanetti, Frei Marcos Andrade, Frei Jorge Schiavini, Frei Neuri Reinisch, além de colaboradores das entidades da Província. Estes e outros interessados deverão inscrever-se pelo site: http://doity.com.br/ii-safe ou pelo fone (67) 99871-0062.
22) Fundação Celinauta – diretoria eleita
Presidente: Frei Neuri F. Reinisch Vice-presidente: Frei Alex Sandro Ciarnoscki Diretor assistente: Frei Roberto Carlos Nunes Diretor assistente: Frei Gabriel Vargas Dias Alves Obs.: Frei Neuri também foi eleito presidente da Ação Social Franciscana, de Pato Branco, que até o momento tinha como presidente o Frei Policarpo Berri.
23) INSS dos frades estudantes – pagamento e controle pela Sede
A contribuição do INSS dos frades estudantes, que até o momento era feita pelas próprias casas de formação, passará a ser paga e acompanhada pelo departamento pessoal da Sede Provincial. Parte do orçamento das casas para esse fim poderá ser descontado já na Sede. Frei Robson Scudela fará contato com as casas para viabilizar a mudança.
24) Convênios com as dioceses - tratativas
Frei César relatou que nas suas várias visitas às paróquias, o tema da contribuição à Província e às dioceses tem aparecido. Frei Robson Scudela fará um levantamento dos convênios com as dioceses já feitos e cuidará das tratativas para os próximos necessários.
25) Ratificações do Definitório Geral
Em decreto de 12 de março, o Definitório Geral aprovou as
atas das eleições do Ministro Provincial, do Vigário Provincial e dos seis Definidores Provinciais. Em decreto do mesmo dia, aprovou as atas das eleições dos guardiães, vigários das casas e dos irmãos para os ofícios provinciais, feitas durante o Congresso Capitular. Ainda no dia 12 de março, o Definitório Geral declarou suprimida a Casa Religiosa do Sagrado Coração de Jesus, de Forquilhinha.
26) Egressos
1. Matheus Hoffmann de Oliveira, postulante, de Palhoça, no dia 23 de fevereiro; 2. Paulo André, postulante, do Rio de Janeiro, no dia 03 de março; 3. Paulo Vitor da Silva, postulante, de Ituporanga, no dia 25 de março; 4. Erick de Araújo Lazaro, frade estudante do 1º ano de Teologia, Petrópolis;
27) OFS e Pequena Família Franciscana – nomeação de assistentes
1. São João de Meriti: Frei Vanderley Grassi; 2. Sorocaba – Bom Jesus dos Aflitos: Frei Florival Mariano de Toledo; 3. Petrópolis – N. Sra. dos Anjos : Frei Ademir Peixer; 4. Pequena Família Franciscana – São Paulo: Frei Luiz Flávio Adami Loureiro;
28) Agenda 2019 – acréscimos e alterações Confira na última página destas Comunicações.
29) Autorizações de viagem
Por motivos diversos, receberam autorização para viajar ao Exterior: Frei Mário Luiz Tagliari, Frei Marcos Hollmann, Frei Claudino Gilz, Frei Sérgio S. Pagan, Frei Alvaci Mendes da Luz, Frei Mário J. Knapik e Frei Aldeci de Arcízio Miranda.
Encerramento
Às 15h30, do dia 10, Frei César agradeceu aos Definidores pelos momentos de partilha, no trato de questões de natureza às vezes bem diferente, e disse que sempre conta com a ajuda do Definitório para pensar, planejar e resolver as coisas juntos. Como havia feito aos guardiães e coordenadores, pediu dos Definidores orações pelo Capítulo da FIMDA, neste momento importante de tomada de rumos. Agradeceu, ainda, o empenho de todos, em cada lugar, e pediu que permanecessem unidos nas tarefas e na responsabilidade de animação das instâncias da vida provincial. Convidou-os, por fim, à oração do Pai-Nosso.
Frei Walter de Carvalho Júnior secretário
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cfmb
Frei Joel Postma ganha “Opera Omnia”
N
ão se pode falar da produção musical litúrgica do Brasil sem incluir o nome de Frei Joel Postuma no hall de várias personalidades importantes que estão nessa plêiade de compositores, as quais, com competência, qualidade e ousadia, souberam captar a essência daquilo que a Sacrosanctum Concilium, no seu Capítulo VI, sobretudo no número 121, recomendou ao tratar da missão dos compositores. A afirmação é de Frei Hilton Farias de Souza, o Ministro Provincial da Província Franciscana Santa Cruz (MG), na apresentação do box contendo 18 volumes com a obra deste musicista franciscano. “São vários anos dedicados a compor, com uma sensibilidade muito grande para produzir música litúrgica de qualidade. Há um consenso entre os grandes nomes da música litúrgica: o importantíssimo casamento entre uma boa letra e uma boa música”, acrescenta Frei Hilton. O holandês Frei Joel, quando chegou ao Brasil, procurou, desde cedo, colocar ao alcance do povo de Deus a possibilidade de cantar na língua vernácula. Isso se deu gravando os salmos e cânticos, compostos pelo padre jesuíta Joseph Gelineau, traduzidos e metrificados para o português por iniciativa do cônego Amaro Cavalcanti de Albuquerque. Frei Joel também foi assessor da música litúrgica do Brasil, desempenhando esse serviço para a Igreja do Brasil de 1984 a 1997. Nesse período, Frei Joel trabalhou em vários projetos como o dos quatros hinários. O projeto foi uma empreitada difícil e desafiadora, composta por uma comissão de músicos de várias partes do Brasil, onde o escopo era reunir um amplo repertório de música litúrgica que contemplasse, na medida do
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possível, os diversos ritmos musicais das várias regiões do Brasil, tendo como parâmetro principalmente a letra das músicas nos aspectos poético e bíblico. Segundo o Ministro Provincial, uma das fontes importantes mencionadas na biografia de Frei Joel e utilizadas nas suas composições é o chamado “tons modais”, amplamente utilizado na tradição do canto gregoriano. Ao fazermos esta publicação, registrando, assim, para a posteridade, uma parte significativa da Obra de Frei Joel Postma, queremos elevar ao “Altíssimo, Onipotente e Bom Senhor” o nosso grande Te Deum, pelos longos anos passados aos pés da Serra
da Mantiqueira. Ali, ele se preocupou em formar gerações de frades no espírito da música litúrgica e contribuiu para criar na nossa Província Santa Cruz, principalmente nas casas de formação, um legado musical consolidado”, completou Frei Hilton. Aos 90 anos, Frei Joel continua em pleno vigor e compondo. Na dedicatória de sua obra à Província da Imaculada, disse: A Província Franciscana Santa Cruz oferece estas minhas “opera omnia” aos irmãos da Província de São Paulo, que é a feliz herdeira de Frei Pedro Sinzig, admirável músico pré-conciliar no Brasil”. A Opera Omnia musical é composta por 15 volumes (1.016 páginas):
1º Volume: Frei Joel Postma: Composições e Arranjos (80p) 2º Volume: Cantata “O peregrino de Assis” (155p) 3º Volume: Cantata “Francisco, jogral de Deus” (65p) 4º Volume: Opereta “Legenda de Santa Clara” (166p) 5º Volume: Cantata “Os louvores do Irmão Franciscano” (117p) 6º Volume: Missa “João XXIII” (18p) 7º Volume: Missa em honra de São Francisco (54p) 8º Volume: Missa do Matrimônio (56p) 9º Volume: Missa do Coração de Jesus (32p) 10º Volume: Missa da Ressureição (Exéquias) (29p) 11º Volume: Missa da Páscoa (Ressurreição do Senhor) (29p) 12º Volume: Cantos Quaresmais (74p) 13º Volume: Cantos para a Semana Santa (99p) 14º Volume: Missa de Pentecostes I (53p) comunicações – junho de 201915º Volume: Missa de Pentecostes II (45p).
notícias e informações
A
Novo governo na cnbb
nova presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) foi empossada na manhã do dia 10 de maio, durante a cerimônia de encerramento da 57ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, realizada em Aparecida desde o dia 1º de maio. O até então presidente da entidade, o arcebispo de Brasília, cardeal Sergio da Rocha, no início da celebração fez uma extensa lista de agradecimentos a todos que colaboraram com o trabalho da presidência que se despede. Ele pediu orações pela CNBB neste novo quadriênio. “Se há uma certeza, é a de que somente podemos servir com a graça de Deus”, disse. Ao novo presidente eleito, o arcebispo de Belo Horizonte (MG), Dom Walmor Oliveira de Azevedo, ele desejou que possa cumprir sua missão promovendo sempre mais a comunhão entre o episcopado brasileiro, entre a Igreja do Brasil e com o Santo Padre. Na Cerimônia de Encerramento, o núncio apostólico no Brasil, Dom Giovanni D’aniello, leu a correspondência enviada pelo Papa Francisco em resposta à carta que os bispos do Brasil enviaram a ele durante o evento. Na correspondência, o Papa, agradecendo a manifestação de comunhão da conferência brasileira, fez votos de que os compromissos assumidos durante a assembleia ajudem os bispos a ser mais fiéis à sua missão evangelizadora. Simbolicamente, o cardeal Sergio da Rocha entregou ao novo presidente eleito, Dom Walmor, o texto das Novas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora 2019-2023, aprovado na 57ª Assembleia Geral, e trocaram de lugar na mesa. Dom Walmor sentou-se na cadeira onde estava sentado o presidente, assumindo o cargo. O arcebispo primaz do Brasil, Dom
Murilo Krieger, até então vice-presidente da CNBB, entregou a nova Bíblia com tradução oficial da CNBB ao vice-presidente eleito, o arcebispo de Porto Alegre (RS), Dom Jaime Spengler. E o até então secretário-geral, bispo auxiliar de Brasília (DF), Dom Leonardo Steiner, entregou ao novo secretário-geral, o bispo-auxiliar do Rio de Janeiro (RJ), Dom Joel Portela o Diretório de Liturgia da Igreja no Brasil. Em seu primeiro discurso como empossado, no mesmo dia em que comemorava 21 anos de sua ordenação episcopal, Dom Walmor Oliveira saudou a Dom Giovanni D’Aniello, assumindo o compromisso de buscar a comunhão com o Santo Padre e de ser uma Igreja em saída, missionária e hospitaleira. O novo presidente da CNBB disse que não há nada melhor a oferecer à sociedade que o Evangelho de Jesus. Ele saudou e agradeceu à presidência
que fez a transmissão do cargo, aos bispos, a quem enalteceu a riqueza do exercício da fraternidade nos dias da assembleia. Ele falou da beleza da vida de cada Igreja particular e das experiências dos bispos do Brasil. Segundo ele, a nova presidência assume consciente das dificuldades imensas e das complexidades quase indescritíveis mas com a certeza de que é o Evangelho que ajuda a não só dar novas respostas para dentro da Igreja mas também à sociedade. “Assumimos o compromisso de ser uma presença solidária. O que de fato vale é a fé desdobrada em amor”, disse. Para no novo presidente, o coração da CNBB não é a sede em Brasília, mas a colegialidade efetiva entre seu episcopado. “O nosso plano mais importante é sermos discípulos de Cristo. Nosso programa é nos tornar discípulos e fazer discípulos o tempo todo, aprendendo no diálogo. Só faz discípulo quem também é discípulo”, disse. Dom Walmor ressaltou que todo o trabalho a ser feito, nas diversas frentes, tenha como fonte Jesus Cristo que é, segundo ele, o fundamento da colegialidade na Igreja no Brasil. junho de 2019 – comunicações
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notícias e informações
Doutorado sobre Frei Galvão ganha nota 10 na PUC-SP
O
aluno de Ciência da Religião, Leandro Faria de Souza, da Pontifícia Católica de São Paulo, garantiu nota 10 na tese de doutorado “A construção processual da santidade: abordagem e interpretação da causa de Antônio Galvão de França”. No resumo deste trabalho, o autor lembra que gradativamente a representação do conceito de santidade se modificou ao longo dos séculos, ganhando elementos políticos elaborados pela Igreja como forma de controle e aprofundamento das relações institucionais com cada localidade. “Nesse sentido, o processo de canonização de Antônio Galvão de França representa importante marco para a introdução do Brasil no cenário católico universal. Portanto, o objetivo principal deste trabalho é analisar o ato de beatificação e de canonização do primeiro santo brasileiro como um processo histórico e, através dele, identificar, por meio de suas virtudes heroicas descritas no documento (processo de canonização), uma nova abordagem possível para esta documentação e, ao mesmo tempo, demonstrar a ocorrência de um processo de constru-
ção simbólica da memória de santidade”. Parte de sua pesquisa, Leandro desenvolveu no Arquivo da Província, citando a arquivista Elisabete Barbeiro, “pelo auxílio e compreensão na exploração das fontes históricas, fundamentais para esta tese”. Segundo Leandro, a escolha da tese teve como fundamento a manutenção da linha de pesquisa desenvolvida durante a
sua trajetória acadêmica, concentrada na historicização das devoções populares e seu impacto no desenvolvimento institucional da Igreja Católica Apostólica Romana. Um segundo fator, que favoreceu a seleção do tema, é a baixa produção intelectual voltada para essa devoção no âmbito universitário, colocando-a como importante elemento de discussão para as ciências humanas.
Festa da Penha
2019
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comunicações – junho de 2019
Edição extra Aguarde
SÓ RISADAS
CULTURA CAPIXABA
Frei Danilo e Frei Felipe “caíram” no congo.
I MARX CONVIDADA DE FRE três horas A gatinha não arredou pé em de ordenação.
O PALESTINO
! E NÃO É DE ITU dioca de Frei A plantação de man .. Tatá pode ir para o Guiness.
Frei Ivo na Caminhada Ecológica Paty-Petrópol is.
Dom Luciano fez todo mundo rir na ordenação de Frei Marx. Chamou ele de ovelhinha, mas passou a mão na cabeça e disse que era uma “ovelhinha sem pelo”.
ELLA! pesada” e brincou PRO MED SOBROU am vo de “ovelha sta Gu i Fre ou hos. D. Luciano ch ndo dar 33 pulin diu para todo mu com ele quando pe
FRATRumGRAM é um neologismo que nasce da palavra Frades mais a rede social Instagram. A ideia é publicar fotos curiosas, informais e descontraídas dos frades e das Fraternidades! Se você fez uma foto legal, envie-nos para o email: comunicacao@franciscanos.org.br!
Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil (*) As alterações e acréscimos estão destacados
JUnHO 01 03 e 04 14 a 16 17 17 17 20 a 23 21 a 23 26 e 27 28 a 30
Encontro do Regional da Baixada e Serra Fluminense (Campos Elíseos) Encontro do Regional do Planalto Catarinense e Alto Vale do Itajaí (Curitibanos) Encontro Vocacional Regional (Guaratinguetá/SP) Encontro do Regional São Paulo (Pari) Encontro do Regional do Espírito Santo Encontro do Regional do Vale do Itajaí (Balneário Camboriú) Retiro Sefras 2019 (Tanguá - RJ) Encontro Vocacional Regional (Petrópolis/RJ) Conselho para a Formação e os Estudos (Sede Provincial) Encontro Vocacional Regional (Ituporanga/SC)
JULHO 02 a 04 03 04 a 06 08 a 12 10 a 14 17 a 21 22 a 26 22 a 26
Reunião do Definitório Provincial Encontro com os coordenadores dos Regionais (Largo S. Francisco) Fórum Franciscano para o Sínodo PanAmericano (CFFB) (Manaus) Assembleias da CFMB (Daltro Filho, RS) XXV Assembleia Geral Eletiva CRB (Brasília) Missões Franciscanas da Juventude (Rio de Janeiro) XVI Assembleia do Sefras (Tanguá - RJ) Retiro dos Formadores (Eremitério)
agosto 16 a 18 20 e 21 22 a 25 26 26 e 27 30 e 31
Alverne - Encontro de Formação para Jovens (Lages/SC) Reunião do Conselho de Evangelização (Sede Provincial) XVIII Assembleia Geral Ordinária da CFFB (Brasília) Encontro do Regional do Rio de Janeiro e Baixada Fluminense Encontro do Regional do Planalto Catarinense e Alto Vale do Itajaí (Lages) Encontro do Regional da Baixada e Serra Fluminense (Petrópolis - ITF)
08 09 a 12
Profissão Solene (Petrópolis) Reunião do Definitório Provincial (Petrópolis) 16 Encontro do Regional de Curitiba (S. Boaventura) 16 Encontro do Regional do Espírito Santo 16 Encontro do Regional do Vale do Itajaí (Gaspar) 16 Encontro do Regional do Vale do Paraíba (Fazenda da Esperança) 23 a 26 Encontro dos Frades Under Ten – Província (local a ser definido) 30 Encontro do Regional São Paulo (Amparo) 30 e 01 Encontro do Regional do Contestado (Piratuba)
OutuBRO 07 e 08 18 a 20 31 a 03
NOVEMBRO 15 15 a 17 25 25 26 a 28
Encontro do Regional da Baixada e Serra Fluminense (Taquara) Alverne - Encontro de Formação para Jovens (Vila Velha/ES) Encontro do Regional do Espírito Santo Encontro do Regional do Rio de Janeiro e Baixada Fluminense Reunião do Definitório Provincial
DEZEMBRO 02 02 02 e 03 02 e 03 09
SETEMBRO
09 e 10
05 a 08
09 e 10
Encontro Nacional dos Irmãos Leigos (OFM, OFMCap, OFMConv e TOR) (Lagoa Seca, PB)
Encontro do Regional do Leste Catarinense (Angelina) Estágio Vocacional - Ensino Médio (Ituporanga/SC) Estágio Vocacional - Ensino Médio e Aspirantado (Guaratinguetá/SP)
Encontro do Regional de Curitiba (Caiobá) Encontro do Regional do Vale do Itajaí (Blumenau) Encontro do Regional do Vale do Paraíba (São Sebastião) Encontro recreativo do Regional do Contestado Encontro do Regional São Paulo (Bragança Paulista) Encontro do Regional do Leste Catarinense – recreativo Encontro do Regional do Planalto Catarinense e Alto Vale do Itajaí (Blumenau)