Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil
Cresce ainda mais a devoção ao Servo de Deus
Romaria Frei Bruno
| março - 2016 | ANO LXIII • No 03 |
Sumário Mensagem do Ministro Provincial “Comecemos irmãos...” ................................................................................................................................... 111
Formação permanente
“A misericórdia no Novo Testamento”, de Frei José Clemente Müller ....................... 114
Formação e estudos
Seminário de Ituporanga: duas etapas e 37 jovens................................................................. 117 Frei Fidêncio aos postulantes: “Vinde e vede”!.............................................................................. 118 Entrevista: Frei Jeâ Andrade, o novo mestre do Postulantadoo chega... ............... 122 Entrevista: Frei Jorge assume novo desafio emn Rodeio................................................... 123 Missão de Angola: 11 postulantes admitidos............................................................................... 124 Início das atividades em Rondinha....................................................................................................... 125 Petrópolis: início das aulas no itf........................................................................................................... 126 ITF: Estratégias de ensino e aprendizagem - métodos ativos.......................................... 127 “Três hábitos estranhos na celebração eucarística”, artigo de Frei Alberto Beckhäuser......................................................................................................... 128
Fraternidades
Pró-Vocações e Missões Franciscanas - 30 anos......................................................................... 131 Ano do centenário do ‘Conventinho’................................................................................................... 132 Oração a São José do Patrocínio............................................................................................................. 133 Frei Germano se despede de Gaspar.................................................................................................. 134 Frei Luiz Flávio celebra 25 anos de vida sacerdotal.................................................................. 135 Romaria Frei Bruno: Cresce ainda mais a devoção ao Servo de Deus....................... 136 Agudos: Paróquia São Paulo Apóstolo celebra Cinzas.......................................................... 142 Florianópolis: Reforma do espaço litúrgico e do comunitário........................................ 142 Festa da Penha reflete sobre o tema da Misericórdia............................................................. 143
Evangelização
Experiência missionária na Amazônia................................................................................................ 144 Amazônia: Depoimento de Mário Mannrich................................................................................ 150 Usf concede título de Doctor Honoris Causa ao presidente do stf........................ 156 Província produz material sobre a cf2016..................................................................................... 158
Notícias do Congresso capitular
1ª etapa - São Paulo, 1º a 4 de fevereiro de 2016..................................................................... 159 2ª etapa - São Paulo, 22 a 25 de fevereiro de 2016................................................................. 162
Cffb
Entrevista: Washington Lima dos Santos, novo secretário da Jufra............................. 176 Custódia do Sagrado Coração de Jesus tem novo governo............................................ 178 Frei Beto Breiss é nomeado bispo.......................................................................................................... 179
Agenda ........................................................................................................................................................... 180 Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil Rua Borges Lagoa, 1209 - 04038-033 | Caixa Postal 57.073 - 04089-970 | São Paulo - SP www.franciscanos.org.br | ofmimac@franciscanos.org.br
Mensagem
Comecemos irmãos... Caros confrades, irmãos e irmãs! Que o Senhor lhes dê a paz e todo o bem! Nos dias 18 a 26 de janeiro de 2016, a nossa Fraternidade Provincial reuniu-se no Seminário Santo Antônio de Agudos, SP, onde, com fé e alegria, celebrou o Capítulo Provincial. Com o tema “Evangelizar como Irmãos e Menores” e o lema que nos remeteu à diaconia de Cristo na cena do Lava-Pés, “Dei-vos o exemplo para que façais como vos fiz” (Jo 13,15), e também impulsionados pelo último Capítulo Geral da Ordem que nos interpelou a “Ir rumo às periferias”, para levar a alegria do Evangelho em nosso mundo de hoje, várias questões se fizeram presentes neste Capítulo Provincial, todas movidas pela mesma pergunta que os irmãos se faziam por ocasião dos ‘Capítulos de Pentecostes’, nos primórdios da Ordem: “Discutiam a maneira como pudessem fielmente observar a Regra” (LTC 57). Três verbos nos acompanharam no processo capitular, seja na preparação como na celebração do Capítulo: ver, julgar e agir. Estes verbos de ação estiveram presentes tanto nos relatórios acerca da nossa realidade provincial (humana, espiritual, material), quanto nas proposições trabalhadas pelas bases da Província em vista do projeto do Plano de Evangelização e também nos documentos jurídicos apresentados à Assembleia Capitular. No Capítulo foi eleito um novo Governo Provincial: Ministro, Vigário e Definidores. Frei Nestor Inácio Schwerz, nosso Visitador Geral, ao dar posse à minha reeleição, fez esta advertência: “É outro mandato. É um novo começo. Talvez você mude alguma coisa lá no seu escritório para mostrar que está recomeçando... Não está simplesmente continuando, porque poderia se tornar um peso pensar que serão nove anos de governo a mais. Não. Agora é um novo mandato. E os irmãos que você vai encontrar são outros. Então, é bom ter essa perspectiva, essa visão do março / 2016 [coMUNICAÇÕES]
111
Mensagem
novo. Claro que existe uma continuidade, mas também é um momento novo na Fraternidade Provincial”. Terminado o Capítulo Provincial, o Visitador Geral convidou o novo Definitório a reunir-se em São Paulo nos dias 1º a 04 de fevereiro de 2016 para a primeira etapa do Congresso Capitular, exatamente para este “novo começo”, “novo mandato”, “a perspectiva e a visão do novo”. Um resumo desta primeira etapa do Congresso Capitular foi enviado aos irmãos da nossa Fraternidade Provincial. E junto a este resumo, também enviamos a proposta do ardoroso trabalho na busca da recomposição das nossas fraternidades. Confesso que vivemos momentos ‘tensos’ e muito contamos com a valiosa colaboração do nosso Visitador, Frei Nestor. Essa ‘tensão’ foi consequência da paixão com que o Definitório
112
[coMUNICAÇÕES] março / 2016
abraçou a globalidade da nossa Fraternidade Provincial, nas suas grandezas e limitações e atento aos desafios propostos no Capítulo Provincial. Apesar de tudo, mesmo se não conseguimos satisfazer plenamente tudo e todos, cientes de que o caminho deste ‘momento novo’ será muito exigente, impressionou-nos a generosidade e o espírito de compreensão da quase totalidade dos confrades, a começar pelos irmãos que se disponibilizaram para a missão em Angola: Frei Valdemiro Watschuk, Frei Ângelo José Luiz, Frei Laerte de Farias dos Santos, Frei Roberto Ishara, Frei André Luiz da Rocha Henriques e os três estagiários, Frei Jefferson Max N. Maciel, Frei Jhones Lucas Martins e Frei Junior Mendes. Entre a primeira e a segunda etapa do Congresso Capitular tivemos um tempo de duas semanas. Tempo no qual respiramos
no feriado do Carnaval e tempo favorável que proporcionou aos confrades e aos leigos em todas as nossas frentes de evangelização uma reflexão acerca deste “momento novo” para o qual fomos convocados pelo Capítulo Provincial. Muitos comentários eu poderia tecer sobre as manifestações dos confrades e dos leigos/as. Destaco alguns pontos: Positivamente falando, impressionou-me a compreensão, o carinho e a gratidão do povo para com os frades que amam apaixonadamente a sua vocação e missão; a grandeza dos frades que prepararam o povo para compreender a essência da nossa mística de peregrinos e viandantes; o apoio que os frades receberam no sentido de confiar o ‘novo caminho’ ao Senhor. Por outro lado, em poucos casos, constatei: nem sempre somos compreendidos como fraternidade evangelizadora (isso quando trabalhamos isoladamente); somos vistos apenas como ‘cléri-
Mensagem
gos’ e não como religiosos e, em alguns casos, a preocupação com o ‘poder’ estava acima do servir. Nesta semana, de 22 a 25 de fevereiro de 2016, celebramos a segunda etapa do Congresso Capitular. O boletim deste Congresso já foi encaminhado aos confrades. Novamente o Definitório, com a presença do Frei Nestor, muito trabalhou! Procuramos recompor as fraternidades e fazer as eleições e nomeações para os mais diversos serviços. Esperamos contar com a colaboração de todos! Também creio que todos puderam observar que, no boletim da 2ª etapa do Congresso Capitular, muitas outras questões que dão vida às nossas fraternidades e à nossa missão evangelizadora estiveram presentes, reflexos da releitura que o Definitório fez dos textos e das decisões que emanaram do último Capítulo Geral e Provincial: o Plano de Evangelização, o Projeto Fraterno de
Vida e Missão, os capítulos locais e regionais, a formação permanente, a formação inicial, a animação vocacional, os retiros, a missão em Angola, a formação para os guardiães e coordenadores das fraternidades, a convocação para o primeiro encontro dos conselhos dos Secretariados da Evangelização, Formação e o SAV, agendamento das reuniões do Definitório, etc. Concluo esta mensagem para agradecer: ao Frei Nestor, nosso Visitador, porque ele foi um “homem de valor, um companheiro necessário e amigo fiel” ao longo de todo o processo da preparação, celebração e encaminhamentos finais do Capítulo Provincial; ao novo Definitório que abraçou com muito carinho os sonhos da nossa fraternidade provincial; aos guardiães e coordenadores das fraternidades pelo sim corajoso ao assumir o cuidado do serviço do lava-pés dos irmãos da NOVA fraterni-
dade; a cada irmão que acolheu com generosidade, fé e desprendimento a transferência e os serviços para este “novo começo”, “novo mandato” e a “perspectiva e a visão do novo”. Vamos começar NOVO tudo de novo! São Francisco nos diria: “Meus irmãos, comecemos a servir ao Senhor, porque até agora bem pouco fizemos”. Começar novo na perspectiva da misericórdia e da acolhida, perdoando as ‘diferenças’ passadas para acolher o irmão ‘novo’ dado pelo Senhor. ‘Novo’ na atitude de repassar ao irmão que chega uma casa limpa e transparente. ‘Novo’ no respeito à caminhada do povo de Deus ao qual fomos chamados a servir e a evangelizar como irmãos e menores. Muito obrigado a todos! Que o Senhor nos abençoe e nos guarde no seu amor! Frei Fidêncio Vanboemmel, OFM Ministro Provincial março / 2016 [coMUNICAÇÕES]
113
Formação Permanente
A MISERICÓRDIA NO NT Tema:
Jesus de Nazaré: quem tem a última palavra é a Misericórdia! Introdução
A vida de Jesus de Nazaré transmitida pelos 4 Evangelistas (Mt, Mc, Lc e Jo) é um verdadeiro caleidoscópio de grandeza tão intensa que dificilmente podemos captá-la na sua totalidade. É possível, sim, detectar elementos e segmentos muito profundos, verdadeiros, diferenciados, originais, que ora pendem para o lado humano deste homem Jesus de Nazaré, ora para outro lado da gangorra: a dimensão da divindade do Filho de Deus, o Cristo. Chama a atenção a sua humanidade, sua originalidade, a sua coragem; tudo envolve os grandes temas de sua vida: o amor, o perdão, a mansidão, a humildade, a misericórdia e tantos outros temas e aspectos de sua vida.
ras. Este é o diferencial de Jesus de Nazaré, do Deus feito homem. Ele é bom até no mais íntimo dele mesmo, aquilo que os antigos chamavam de vísceras. Mas Deus não é só bom para quem o ama, mas convive magnanimamente com os ingratos,
1) A misericórdia na compreensão e contexto neotestamentário
A compreensão de misericórdia no NT está enraizada e caminha na esteira do contexto do AT. Em hebraico é muito forte o conceito de misericórdia; vem da palavra– rahamim; significa ter entranhas como uma mãe e possuir seios como uma mulher1. Em outras palavras, é o amor visceral materno de Deus. Amor que só uma mãe sente pelo seu filho. É comoverse diante do mal do outro porque se sente intimamente afetado e por isso tem disposição de ser magnânimo, clemente e benevolente para com este outro. Deus não ama só com o coração, e isso já é extraordinário. Mas espantoso mesmo, chega a ser avassalador, quando dizemos que Deus nos ama até mesmo com suas vísce-
114
[coMUNICAÇÕES] março / 2016
os maus e perversos. Não abandona aquele que lhe virou as costas. Como no-lo recorda o Evangelista Mateus: “Ele ama os ingratos e maus” (cfr. Mt 7,11). Consequentemente, ama o filho pródigo que regressa envergonhado, narrado na parábola de Jesus (Lc 15,11-32). Perdoa-lhe toda uma história de descaso. Mostra-se mise-
ricordioso e magnânimo, preparando-lhe um grande banquete. O único censurado é o filho bom que ficou em casa. Ele era somente bom, não tinha misericórdia em face dos desvios do irmão.2 Observemos que o NT tem uma solene ‘overture’ que é testemunhada pelo Evangelista Lucas, e que vale para toda a vida do Filho de Deus. Essa porta de abertura é protagonizada em dois hinos iniciais: primeiro nos lábios de Maria, quando visita sua prima Isabel: “Grandes coisas fez em mim o Onipotente – cujo nome é Santo- e Sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que o temem” (Lc 1,49-50). Depois na boca de Zacarias, o sumo Sacerdote que, cheio do Espírito Santo, vê o irromper da história da salvação pela misericórdia. Canta um hino, e por duas vezes grita a misericórdia de Deus-Pai: “Assim mostrou misericórdia a nossos pais, recordando sua antiga Aliança” (Lc 1,72); e ainda no versículo 78 canta que o “Sol nascente” trará a misericórdia: “pela bondade misericordiosa do nosso Deus, que sobre nós fará brilhar o Sol nascente”. Tanto um como outro hino estão no contexto das promessas e alianças de Javé Deus, no AT, com o seu povo, e para o futuro uma promessa e perspectiva de nova era, novos tempos. São dois hinos que fazem irromper o NT. Daí que os judeus desenvolveram uma mística imaginando a era messiânica como a era da misericórdia. Em nossa linguagem moderna, diríamos: esperamos uma sociedade, uma família, uma Igreja, um
Formação Permanente
planeta, uma cultura da misericórdia. Uma utopia a ser buscada e um sonho a ser realizado. É a misericordia quem vai ditar uma ética política, uma transparência “nas contas” (na economia), uma sinceridade nas relações e encontros de um com outro, especialmente dentro de uma comunidade. A misericórdia tem a última palavra. Significa que, na sociedade, na Igreja, numa comunidade religiosa, num partido político quem tem a última palavra é a misericórdia. É ela, a misericórdia, quem dita o ser e o agir humano, assim como o é a natureza e o proceder de Deus-Amor. Quando falta
é apenas o programa do Reino de Deus, mas misericórdia é a cara de Deus. É sua identidade e natureza: “Quero misericórdia e não sacrifícios”, grita Deus através do livro do profeta Oseias 6,6 e retomado em Mt 9, 13, onde apresenta a nova ordem no mundo e nos costumes trazida por Jesus de Nazaré: “Os fariseus perguntaram aos discípulos: ‘Por que vosso mestre come junto com cobradores de impostos e pecadores?’ e ele, que os ouvira, respondeu-lhes: “Não são os sadios que têm necessidade de médico mas os doentes. Ide e aprendei o que significam as palavras: ‘quero misericórdia e não sa-
to, porém, afirma-se que a sua misericórdia permanece até a milésima geração”6. A liturgia da Quarta-feira de Cinzas, em verdade, é uma liturgia que fala da penitência, do jejum, oração, esmola, cruz, mas sempre em chave de leitura e interpretação da misericórdia. A primeira leitura da Santa Missa, na liturgia da Palavra, lemos no profeta Joel: “Agora, diz o Senhor, voltai para mim com todo o vosso coração com jejuns, lágrimas e gemidos; rasgai o coração e não as vestes, e voltai para o Senhor, vosso Deus. Ele é benigno e compassivo, paciente e cheio de misericórdia, inclinado a perdoar o castigo”. Quem
essa, falta o perdão; se na vida de alguém ou numa comunidade não há compaixão e perdão como atitude de vida e misericórdia como modo de ser da pessoa, é porque falta a transparência, a carência de amor tomou conta e a desumanização inebriou os convivas. O Evangelho de Lucas é chamado pela tradição da Igreja e pelos exegetas como o Evangelho da Misericórdia3. Todo homem que volta para Deus é, para Jesus, um filho reintegrado no amor de Deus” (Lc 15,22). O tema da Misericórdia é uma das Bem-aventuranças de Mateus: “Bem aventurados os misericordiosos porque alcançarão misericórdia” (Mt 5,7)4. Não
crifícios’. Porque não vim para chamar os justos mas os pecadores”. (Mt 9,11-13). Acenamos, acima, que não separamos o AT do NT em seu conceito de misericórdia. Segundo o livro do Eclo 28,4 uma das faltas dos pecadores é que não têm misericórdia para com os seus semelhantes e por isso não podem esperar perdão da parte de Deus5. “Também os pecadores, sofrendo os castigos da ira de Deus, esperam e imploram misericórdia, em virtude da aliança, de Javé (Ex 34,6; Nm 14,9; Jer 3,12; Sl 25,7.10; 51,3; 78, 38). A primeira reação de Javé ao pecado é a sua ira; fala-se num castigo até a terceira e quarta gerações (Ex 34,6); no mesmo tex-
sabe ele se volta para vós e vos perdoa, e deixa atrás de si a bênção, oblação e libação para o Senhor nosso Deus?”7 No contexto neotestamentário, a misericórdia se realiza efetivamente em Cristo e, mais do que no AT, é exigida misericórdia dos homens entre si, segundo o exemplo divino. O próprio Cristo, Jesus de Nazaré, é o coração onde pulsa a misericórdia, e por isso se tornou o ícone da misericórdia. Entre tantos fatos e palavras da vida do Filho de Deus, na terra, a parábola do Bom Samaritano (Lc 10,25-37) merece uma observação atenta do jeito como Deus entende a misericórdia8. Não podemos deixar de considerar o março / 2016 [coMUNICAÇÕES]
115
Formação Permanente
grande e insuperável comentário de Santo Agostinho ao Evangelho de João quando, meditando o episódio da mulher pecadora (= adúltera) de Jo 8,1-11, no final do relato o grande Doutor da Igreja conclui: “E foram se afastando um após outro, a começar pelos mais velhos, ficando só a pecadora e Jesus, ou seja: a miséria e a misericórdia”.9
2) Misericórdia: o êxtase de Deus-homem.
“Hoje mesmo estarás comigo no paraíso!” (Lc 23,43). Esta voz do Filho de Deus na cruz, no momento mais trágico da existência humana, em sua agonia, prestes a dar o último suspiro é, não só o inusitado de Deus, mas seu êxtase divino que revela e aponta o lado humano de Deus. No ano 2000, o cardeal François Van Thuan, que havia sido prisioneiro em Saigon, sua diocese, nos anos de 1975-1988, 13 anos de cárcere recluso numa penitenciária de máxima segurança, pregou os Exercícios Espirituais ao curiais do Vaticano e ao Papa João Paulo II. Uma das conferências que muito impressionou a todos foi sobre alguns elementos da “contramão” de Jesus10. Chamou a atenção a meditação quando falava do perdão sem limites, comentando o ladrão na cruz que pede: “Jesus, lembra-te de mim quando estiveres no paraíso”(Lc 23,42). Jesus desaponta não só ao ladrão, mas a cada um de nós. Pois, como segue refletindo o Cardeal vietnamita, “se fosse eu, ter-lhe-ia respondido: “Não vou te esquecer, mas os teus crimes devem ser pagos com pelo menos vinte anos de purgatório”, mas Jesus respondelhe: ‘...hoje mesmo estarás comigo no Paraíso!’” (p. 28) Incrível, Jesus esquece todos os pecados daquele homem, e só tem um olhar: o perdão, a misericórdia. Nesta mesma esteira dos evangelhos conhecemos o episódio de Lc 7,36ss da pecadora que invade a casa de um fariseu pois sabia que Jesus se encontrava aí. Cai aos seus pés, por detrás, lava os pés com suas lágrimas, cobre-os de beijos, enxuga-os com seus cabelos e banha-os com
116
[coMUNICAÇÕES] março / 2016
perfume. O Nazareno não pergunta nada a ela sobre o seu passado escandaloso ou não, mas diz simplesmente: “...seus numerosos pecados estão perdoados, porque ela demonstrou muito amor” (Lc 7,48.47). Em síntese: Jesus não só perdoa e perdoa a todos, mas até mesmo esquece que perdoou, e por isso ama sempre. Isto é misericórdia no coração de Deus. E o Deus de Jesus Cristo nos ensina que não basta e não é suficiente sermos bons, importa sim sermos misericordiosos!
3) Deus é ainda maior que tudo isso...
São João, aquele que é tido como o autor das cartas joaninas e do livro do Apocalipse, faz dois balanços sérios em seus escritos: o primeiro balanço diz respeito à Igreja nascente e às comunidades que estão se formando na Ásia Menor: repreende cinco comunidades (= igrejas) e elogia duas delas (Sardes e Filadefia); encontramos esse balanço nos cap. 2 e 3 do livro da Revelação. O segundo é um balanço pessoal, com um grande exame de consciência, no final de sua vida. Encontramos em 1Jo 3,20 a grande esperança de um amor interior: “Se teu coração (= tua consciência) te acusa, lembra que Deus é maior que teu coração”. Aqui praticamente o Discípulo Amado entrega toda a sua vida nos braços do Deus misericordioso, que é um Deus-amor, Deus encarnado, Pai e amigo. E este é maior que tudo. A misericórdia, para João, é o ombro acolhedor de Deus. Esta é, praticamente, a grande síntese da misericórdia de Deus de todo o NT.
Conclusão
Misericórdia é o extraordinário de Deus e seu diferencial; é ela quem melhor faz o discurso da exuberância de Deus. É o rosto e hálito do Deus-Amor. Um discurso que não se limita em palavras, sentenças, mas uma ação e atitude de amor que acontece em nós e em Deus. Se há alguma coisa que o universo conspira e cobra do Criador é a misericórdia. Essa mesma conta será cobrada de nós no
juízo final: Vinde, achegai-vos benditos de meu Pai... ou: Afastai-vos, malditos para o fogo eterno! Quando refletimos sobre a vida cristã ou o carisma franciscano, e neste o segmento da misericórdia, não queremos voltar historicamente ou arqueologicamente aos tempos cronológicos de São Francisco ou de Jesus de Nazaré, para uma repetição de gestos e fatos. Devemos, sim, buscar a leitura da sociedade de hoje, do nosso mundo, no qual estamos imersos e absorvidos, e sermos um sinal e sacramento da misericórdia dentro dessa realidade, e aí, então, encontrarmos e sentirmos a mesma vibração que ele, Francisco e seus primeiros companheiros no séc. XIII, tinham diante desta atitude (= de ser misericordioso) para com todos, como meio de maior intimidade e amor ao Divino Pai Eterno, na Pessoa de Jesus Cristo encarnado, e unidos ao Espírito Santo de Amor. Assim sendo, Misericórdia não é uma palavra de linguística mas um compromisso assumido como cristãos, e mais especificamente como frades franciscanos. E o Ano Santo Extraordinário, Ano da Misericórdia, nos encoraja ao retorno ao Evangelho. Frei José Clemente Müller
Notas 1 Cfr. Dizionario Kittel – AT. 2 Cfr.Boff,L., “Brasa sob cinzas” – Estórias do anticotidiano, Ed. Record, Rio/S.Paulo, 1996,p.50. 3 C fr. Lancellotti, A., e Boccali, G., “O Evangelho Hoje” – Segundo Lucas, Ed.Vozes, Petrópolis, (1979), 4 A Bíblia Vozes traduziu: “Felizes os que se compadecem porque alcançarão misericórdia” . 5 Sobre o conceito e visão bíblica do AT e NT sobre misericórdia, veja em A.Van den Born, Dicionário Enciclopédico da Bíblia, Vozes, Petrópolis/Porto (1971); col.994-995 6 I d. ibid. col.994 7 Jl 2,12-14. 8 Recomendamos aqui o estudo atraente e bem detalhado, atualizado e amplo sobre a Parábola do bom Samaritano em Ratzinger, J., (Papa Bento XV), Jesus de Nazaret, Planeta Ed., S.Paulo, 2007, p.174-179. 9 Cfr. Sant’Agostino, Commento al Vangelo e alla prima Epistola di SAN GIOVANNI. Nuova Biblioteca Agostiniana , Città Nuova Editrice, 1968, Roma. 10 Cfr. Van Thuan, François, “Testemunhas da Esperança”, Cidade Nova, Vargem Grande Paulista (SP), 3ª ed. 2004.
Formação e Estudos
ITUPORANGA: DUAS ETAPAS E 37 JOVENS
N
o dia 4 de fevereiro, o Seminário São Francisco de Assis, em Ituporanga-SC, recebeu seus novos formandos para mais um ano de animação e processo de discernimento de sua vocação à vida religiosa franciscana. Neste ano são 37 formandos provenientes dos cinco estados onde a Província se faz presente. O seminário acolhe duas etapas distintas de formação. Parte do grupo ainda cursa o Ensino Médio em uma das escolas da cidade e tem, além disso, os reforços necessários em casa, bem como a formação humana, cristã e franciscana que lhes ajudarão em seu discernimento vocacional (são 15 nesta etapa). Outra
parte do grupo já concluiu o Ensino Médio, alguns já possuindo Curso Superior, e, tendo sentido o chamado à vida franciscana, vêm ao seminário para sua primeira etapa de formação: o Aspirantado, e, no segundo semestre, irão para as Fraternidades de Acolhimento Vocacional concluir este ano de animação vocacional e conhecimento de nossa forma de vida (são 22 nesta etapa). Os primeiros dias, desde sua chegada, foram marcados pela convivência fraterna, o conhecimento uns dos outros, bem como do regimento e programação da casa. Já puderam conhecer os espaços e zelar por eles, seja no trabalho de cuidado dos jardins e áreas externas
ou na limpeza das diversas áreas. Na missa dominical foram apresentados à comunidade à qual o seminário faz parte, e que sempre é convidada a rezar por sua perseverança, e receberam o Tau franciscano, símbolo desta caminhada que optaram fazer e do compromisso com a mesma. Que este seja um ano de forte experiência vocacional a cada um deles. Que conservem sempre o coração aberto aos apelos do Senhor e descubram em si mesmos a capacidade e força para moldar sua vida à vontade de Deus para cada um deles. Que Deus os abençoe! Frei Rodrigo dos Santos março / 2016 [coMUNICAÇÕES]
117
Formação e Estudos
FREI FIDÊNCIO AOS POSTULANTES:
“ VINDE E VEDE”!
N
a Quarta-feira de Cinzas (10/2), que abre o tempo de conversão e penitência neste ano de 2016, o Seminário Frei Galvão desta Província Franciscana da Imaculada Conceição também abriu as suas portas para doze jovens que, diante do Ministro Provincial, Frei Fidêncio Vanboemmel, pediram para serem admitidos ao Postulantado, este tempo de discernimento e aprendizado antes de ingressar na vida religiosa franciscana. “Tempo de abrir o coração e escutar a Deus. Tempo de firmar a própria escolha e se identificar com o caminho a ser percorrido como um dom dado e partilhado no amor e para o amor”, dizia animador vocacional da Província, Frei Diego Melo, no comentário inicial das Laudes (Oração
118
[coMUNICAÇÕES] março / 2016
da Manhã), que abriu esta etapa da formação na Província. Foi uma celebração simples, onde participaram apenas os frades da Fraternidade local e um grupo de frades da Fraternidade Provincial, mas foi um momento muito simbólico e belo. Especialmente para esses doze jovens: Bruno Gonçalves Cezário, Carlos Henrique Durante da Silva, Diego Martendal, Edinei Sgarbossa, João Manuel Zechinatto, José Victor de Camargo Medeiros, Marcelo Dias Soares, Moisés Rodrigues da Silva, Paulo Ricardo Aparecido dos Santos Silva, Rodrigo José Silva, Ruan Felipe Sguissardi e Tiago da Silva Barboza. Os doze foram chamados e apresentados ao Provincial pelo guardião e Definidor Frei João Francisco da Silva. Interrogados pelo Ministro
Provincial, eles fizeram o pedido para ingressarem neste tempo da formação e ouviram esta resposta: “Com as palavras de Jesus vos recebo, dizendo ‘Vinde e vede’! De bom grado vos acolhemos nesta casa de formação para o tempo do Postulantado. Aqui podereis discernir com clareza a vossa vocação e fazer a experiência
Formação e Estudos
da nossa vida de fraternidade e de minoridade a serviço da Igreja”. Depois, ajoelhados, rezaram a Oração de São Francisco diante do Crucifixo de São Damião e receberam o Tau e a bênção de Frei Fidêncio. A turma-2016, no entanto, terá 13 postulantes, já que Willian Bernardi di Castro continua a formação que iniciou no ano passado
e por isso não participou do rito de admissão. Frei Fidêncio Vanboemmel presidiu a sua primeira celebração depois de ser reeleito Ministro Provincial no recém-encerrado Capítulo Provincial. Muito afetuoso, o Provincial deu boas vindas aos novos postulantes e exortou-os a não desanimarem na primei-
ra dificuldade. “Coragem, não desanimem!”, pediu. Depois disse que três verbos lhe chamaram especialmente a atenção neste pedido dos jovens: pedir, querer e comprometer. “Primeiro, disseram ‘peço para ser admitido como postulante na Ordem dos Frades Menores’. Esse pedido vocês foram aprimorando desde que sentiram o chamado, desde que foram acolhidos em diferentes lugares e depois passaram pela experiência do aspirantado nas fraternidades. Hoje, de coração, pedem para serem admitidos na Ordem dos Frades Menores e dentro desta Província da Imaculada, do nosso jeito, do nosso modo de viver, com os frades que temos, com a rica tradição e com a história bonita que nós temos”, explicou o Ministro. “Depois, vocês falavam duas vezes a palavra “quero”. ‘Quero iniciar meu tempo de Postulantado assumindo a opção do meu batismo. Quero continuar vivendo o Evangelho na disponibilidade, na alegria, no março / 2016 [coMUNICAÇÕES]
119
Formação e Estudos
serviço aos irmãos, como São Francisco de Assis…’. Então, todo o Postulantado nada mais é do que o aprofundamento da vocação cristã, agora já direcionada como uma vivência do Evangelho, na disponibilidade e no jeito franciscano. Então, vamos abrir o coração para esse jeito nosso de se deixar moldar pelo Evangelho segundo o exemplo de São Francisco”, pediu Frei Fidêncio. Por último, o Ministro Provincial chamou a atenção para o verbo comprometer, usado também duas vezes. “Essa palavra vem do latim compromittere – eu me comprometo. Compromittere significa ‘nós nos lançamos juntos diante de’. Portanto, vocês não estão sozinhos. De certa forma, neste ano do Postulantado, vocês terão irmãos que, juntos, vão viver esse querer. Esse querer se transforma aqui, nesta casa do Postulantado, em um compromisso. Eles, os formadores, foram enviados por Deus para testemunharem sua vocação e sua missão evangélica, não só como formadores, mas anunciadores da Palavra de Deus. Então, esse com-
120
[coMUNICAÇÕES] março / 2016
promisso que assumem não é mais uma promessa pessoal, mas se torna algo coletivo. E neste compromisso, vocês prometem complementar a formação humana, cristã e franciscana. Complementar não significa terminar, porque nós, ao longo de nossa vida franciscana, estamos sempre complementando. Nunca estaremos prontos”, disse. Segundo ele, essa formação visa o Noviciado, a etapa que vem à frente, mas pediu para “esquecerem do Noviciado” e se concentrarem com todas as forças neste ano. “O Noviciado depende do Postulantado. Então, vivam com alegria este compromisso, essa formação humana, cristã e franciscana, neste espaço que Deus lhes confiou e com esses irmãos”, exortou. “Temos nossas fragilidades, nossas limitações, nossa pequenez. Mas o que importa é fazer aparecer a vida de Jesus na nossa carne mortal, como diz São Paulo. E foi o que São Francisco fez. Nesse sentido quero dizer a cada um de vocês: coloque o coração, coloque a alma e se lancem com todo capricho para poder fazer bem a cami-
nhada deste ano, exatamente dentro deste pedido que vocês fizeram, desse querer e desse compromisso. Que a luz de Cristo possa brilhar na vida e no coração de vocês!”, desejou. O Ministro Provincial falou que o Postulantado acontecia em meio ao Congresso Capitular e chamou à frente o novo Mestre Frei Jeâ Paulo Andrade, que apresentou aos postulantes. “Nós apostamos neste moço, que já tem uma experiência apostólica, para a formação na Província. Eu sei que o começo assusta, mas ninguém nasceu sabendo e o que importa é que você [Jeâ] veio com muita vontade de acertar. Por outro lado, você não está sozinho, tem um guardião que é um Paizão, o Frei João Francisco da Silva; temos aí nosso sempre mestre Frei Wilson Steiner; o Frei Claudino Dal’Mago, que foi o seu professor e também vai ser o vice-mestre, o Frei Ayrton da R. Oliveira (Frei Soneca) e o Frei Leonir Ansolim, que está chegando”, animou. E dirigindo-se aos postulantes disse: “Portanto, confio vocês ao Mestre e a esta Fraternidade. São eles que vão trabalhar a formação a partir deste momento. Jeâ, muito obrigado e conte sempre conosco!”, completou. Frei Fidêncio também agradeceu muito a Frei Jorge Lázaro de Souza, que deixa a função de Mestre no Postulantado, para assumir a “desafiadora” – como disse o Provincial – função de guardião no Noviciado de Rodeio. “Também agradeço a Frei Marcos Mello pela formação na etapa do Aspirantado e a todas as Fraternidades de Acolhimento, assim como a Frei Diego Atalino de Melo, pela formação e animação vocacional na Província. Não poderia deixar de agradecer a todos os frades que estiveram aqui presente, dando testemunho e acolhendo esses postulantes”, completou.
Formação e Estudos
março / 2016 [coMUNICAÇÕES]
121
Formação e Estudos
Entrevista
FREI JEÂ ANDRADE chega... Natural de Imbuia (SC), onde nasceu no dia 21 de julho de 1986, Frei Jeâ é filho de Amilton e Zelir, e irmão caçula de Jane e Tatiane. “Minha família sempre foi muito religiosa; meus avós foram lideranças na comunidade. Acolhiam os freis que vinham de longe, muitas vezes a cavalo, para celebração da Missa e dos sacramentos. Meus pais também sempre estiveram envolvidos com os trabalhos comunitários. Acho que tudo isso contribuiu para que eu começasse a fazer um discernimento vocacional”, revela o novo Mestre dos Postulantes, que ingressou no Seminário aos 13 anos, em 2000, para fazer a oitava série. “Fui da última turma a concluir o Ensino Fundamental em Ituporanga antes de se tornar Aspirantado. Sempre fui muito decidido a responder positivamente ao chamado de Deus que já sentia desde criança”, observa. Frei Jeâ foi ordenado presbítero no dia 6 de julho de 2013, em Imbuia (SC), por Dom José Balestieri, bispo emérito da Diocese de Rio do Sul. Sua primeira experiência pastoral foi em Concórdia (SC), mas no ano passado foi trabalhar no Santuário da Penha (ES).
Comunicações – Como você recebeu o convite para ser mestre dos postulantes? Frei Jeâ Andrade – Em 2014, a Província pediu que eu fizesse o curso para guardiães e formadores promovido pelo SERFE-CFMB. Eu fiz esse curso em duas etapas em Petrópolis. Vejo esse convite para trabalhar na formação, agora, como uma consequência natural dessa preparação feita anteriormente. Espero não decepcionar. Comunicações – Como você encara essa missão? Frei Jeâ – Encaro como mais um serviço prestado à Igreja e à Província. Talvez mais exigente, mas extremamente necessário. Nos últimos três anos tive a possibilidade de fazer uma intensa experiência
122
[coMUNICAÇÕES] março / 2016
de pastoral paroquial e recentemente uma forte experiência da misericórdia através do atendimento conventual. Mudar de trabalho é bom porque não nos deixa ficar acomodados.
os jovens já chegam com uma experiência profissional e de vida, as diferenças precisam ser acolhidas e integradas na vida fraterna e no processo formativo, não se pode infantilizar a caminhada pessoal.
Comunicações – O que se espera de um postulante? Frei Jeâ – Espera-se empenho para complementar a sua formação humana, que procure compreender o sentido do que realmente significa ser cristão. Que se dedique à vida fraterna e procure se impregnar da espiritualidade e do jeito de ser franciscano. Isso corresponde com a preparação necessária para o Noviciado. O Postulantado é uma etapa de transição da vida secular para a vida religiosa e o postulante precisa fazer essa transição.
Comunicações – O que você aprendeu com seus mestres que vale a pena repetir? Ou não vale? Frei Jeâ - Tive bons formadores durante toda a minha caminhada; tenho muito exemplo bom para seguir. Alguns trabalharam muito a questão da autonomia, a liberdade com responsabilidade. Outros favoreceram o gosto pela vida fraterna; o zelo e o cuidado com povo; o gosto pela vida de oração, a aplicação no trabalho, são todos bons exemplos. O desafio é saber trabalhar em equipe, não centralizar tudo na pessoa do mestre, ou se fechar dentro da própria casa. Fala-se muito hoje da Igreja em saída e isso é uma boa indicação para a formação também.
Comunicações – Como será o mestre Frei Jeâ? Frei Jeâ – Acho que no final do ano vou poder responder essa pergunta com mais segurança. A gente idealiza e imagina como e por onde caminhar, mas na prática do cotidiano a realidade fala alto. Espero ser compreensivo com todos e que os postulantes possam confiar em mim e na equipe formadora. Quero respeitar as características e dons de cada um. Todos
Comunicações – Uma mensagem para quem deseja seguir a vocação franciscana. Frei Jeâ – Todos os frades que abraçaram essa vida e continuam a fazer têm um ideal maior baseado numa experiência de fé. Vale a pena juntar forças pela causa do Reino de Deus segundo São Francisco de Assis.
Formação e Estudos
Entrevista
...FREI JORGE ASSUME NOVO DESAFIO Depois de uma longa experiência missionária no Marrocos, Frei Jorge Lazaro de Souza passou a se dedicar nos últimos anos à formação e estudos. Neste novo triênio tem pela frente um novo desafio: o serviço de guardião. Ele, contudo, encara com naturalidade a função, que já assumiu antes da segunda etapa do Congresso Capitular. Natural de Sebastianópolis (SP), nasceu no dia 11 de abril de 1966 e é 13º filho de 14 irmãos. Frei Jorge vestiu o hábito franciscano no dia 10 de janeiro de 1991 e professou na Ordem no dia 6 de setembro de 1998.
Comunicações - Dos guardiães nomeados, podemos dizer que você é um “noviço”. Como encara este desafio na sua vida religiosa? Frei Jorge Lázaro - Somos eternos noviços ou noviços permanentes. É o que sempre ouvíamos dos nossos frades mais “experimentados na vida”. Noviço é aquele que aprende a estar sempre, e cada vez mais, atento à vontade do Senhor. Aquele que aprende a estar na escuta (ob-audire) da vontade de Deus que é Pai. Portanto, encaro este desafio, não como algo negativo, pesado, terrível, difícil. Aqui, desafio – guardião no Noviciado - não pode ser visto apenas como o cumprimento de uma determinação (“pedido”) que vem de uma instancia ou de um irmão, mas, para mim, como estar nesta disposição de ir ao encontro do outro que está diante de mim, ao meu lado e que me possibilita o sair de mim mesmo. “O seguimento de Cristo ao modo de São Francisco, a que todos somos chamados, exige de cada um de nós uma permanente atitude de escuta e de discernimento da vontade de Deus”. É com este espírito que encaro este novo serviço como guardião no Noviciado.
Comunicações - Chegou a te assustar? Frei Jorge Lázaro - Confesso que no início me assustou. Quando Frei João Francisco, meu ex-guardião e agora Definidor, me perguntou se eu aceitava este serviço, a única coisa que me veio à mente foi obedecer. Faça-se em mim segundo a Vossa vontade! Não os meus interesses mesquinhos (escolher fraternidades, serviços etc.), nem os mais “nobres” (missão ad-gentes). Ademais, não estarei neste serviço sozinho. Comunicações - Como é para você voltar a Rodeio, agora para residir como professo solene? Frei Jorge Lázaro - Há exatamente 25 anos, no dia 10 de janeiro de 1991, eu ingressava no Noviciado em Rodeio. E agora, neste ano, esta casa me acolhe como professo solene, como guardião. Rodeio é, para mim, a Assis brasileira. Foi lá que recebi o hábito franciscano. Que bênção! Emociono-me só de lembrar. Todos nós sabemos que é um ano de provação. Pois bem, quando vinha de férias da missão no Marrocos, gostava de visitar os confrades e a casa do Noviciado. Desembarcava no trevo da cidade e gostava de ir a pé de lá até o convento. Levava nos ombros apenas uma pequena mochila. Era para mim como uma pequena peregrinação para
chegar a um lugar santo. A cada passo dado o coração se enchia de alegria, pois o convento, a minha Assis, ficava mais perto. Então, voltar a Rodeio para residir como professo solene não é nada mais que a concretização de uma vida que desde sempre se colocou na vida religiosa com o desejo de ser sempre solene, mesmo sendo noviço. Porque este deveria ser o espírito de quem busca a vida religiosa desde lá no início como noviço, ser um “professo solene”. Ser professo solene não é um ato jurídico, e sim a confirmação do que se buscou já no início do Amor Primeiro, desse toque pessoal que Deus nos faz quando nos chama a segui-Lo e que vai se amadurecendo na resposta a este Amor. Tudo isto não significa que um noviço já está pronto, formado, assim como eu com 25 anos de vida religiosa não me considero pronto, formado. Porque estamos sempre aprendendo, somos sempre noviços, estamos sempre em formação.
Comunicações - Quem é o guardião e vice-mestre Frei Jorge? Frei Jorge Lázaro - Falar de si mesmo não é fácil e, particularmente, não me sinto bem. Tenho a impressão de que seria como dar muita atenção à minha pessoa. Como que sendo o centro de tudo. E aí me pergunto: por que tenho que dizer ao outro quem sou? Aliás, a quem vai se interessar quem eu sou? (risos). Em todo caso, posso dizer que sou uma pessoa muito agradecida a Deus por tudo o que Ele tem me concedido em todos os meus anos de minha vida. Mesmo nos momentos mais difíceis, pude perceber o quanto Ele me ama e cuida de mim. Moacir Beggo
março / 2016 [coMUNICAÇÕES]
123
Formação e Estudos
MISSÃO DE ANGOLA: 11 POSTULANTES
A
etapa do Postulantado começou no último 5 de fevereiro na Fundação Imaculada Mãe de Deus de Angola. Frei José Antonio dos Santos, presidente da FIMDA, juntamente com o Mestre dos Postulantes, Frei Marco Antônio dos Santos, presidiram a celebração das Vésperas na Fraternidade Porciúncula, em Viana. Após a proclamação do Evangelho, Frei Marco Antônio fez a chamada de cada um dos 11 aspirantes admitidos na Ordem dos Frades Menores: Adão Bento Abel, Alberto Capiñgala Martinho Sambei, Angelino Socópia Sicaleta, António Sacaputo Maimo, Domingos Makuva Paulo, Eduardo José Cavita Camunha, Inoc Joaquim João, João baptista Kuliaquita, João Tchivandja Lino, José Francisco Inito e Silvério Munga Cajonde. Eles foram apresentados ao presidente da FIMDA e delegado oficial do Ministro Provincial Frei Fidêncio Vanboemmel. Terminado o momento da admissão, Frei José Antônio proferiu algumas palavras aos novos irmãos que
124
[coMUNICAÇÕES] março / 2016
estão começando a etapa do Postulantado: “O Postulantado é a fase preparatória para a vida religiosa, não é própriamente a vida religiosa em si, pois não têm ainda votos, mas é o início do cultivo dessa dimensão relogiosa no seu dia a dia. Por isso é necessário que cada um esteja de coração aberto para acolher o diferente, como exorta o Papa Francisco, e prestar atenção aos ensinamentos do mestre”, disse ele, pedindo a eles a graça da perseverança. A celebração contou com a presença amiga das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras e suas aspirantes, além dos confrades Frei João Alberto Bunga e Frei João Baptista C. Canjen-
jenga, estudantes de Teologia em Petrópolis, que se encontravam de férias em Angola, e os confrades pertencentes à Fraternidade São Francisco do Palanca. A celebração foi encerrada com cânticos vibrantes de ação de graças em dialeto kimbundo, uma das línguas locais, e uma confraternização oferecida pela fraternidade local. Rezemos todos pelos nossos postulantes para que o Altíssimo Pai Celestial, por intercessão de São Francisco de Assis e de Nossa Senhora Imaculada Conceição, conceda-lhes a graça da perseverança! Frei Andre dos Santos Mingas
Formação e Estudos
INÍCIO DAS ATIVIDADES EM RONDINHA
N
a manhã do domingo (14/02), durante a Celebração Eucarística, deu-se início oficialmente às atividades do ano formativo e acadêmico na Fraternidade Franciscana São Boaventura, em Campo Largo-PR. A Santa Missa foi presidida por Frei Jean Carlos Ajluni Oliveira. Logo na saudação inicial, Frei Jean disse: “Iniciar este novo ano celebrando juntos, é uma bênção, pois com Cristo comungamos juntos com o povo o nosso projeto de vida”.
Após a saudação inicial, o presidente da celebração convidou os frades do 1º ano, que chegaram para compor a fraternidade, a se aproximarem do altar, para que se apresentassem. São eles: Frei Bruno Araújo dos Santos, Frei Danilo de Oliveira Santos, Frei Felipe Medeiros Carretta, Frei Jean Santos da Silva, Frei Matheus José Borsoi, Frei Natanael José Barbosa, Frei Thiago da Silva Soares, Frei Tiago Gomes Elias e Frei Vitor da Silva Amâncio. Após a apresentação à comunidade local, fo-
ram recebidos por toda a assembleia com uma calorosa salva de palmas, sinal de acolhida e carinho que o povo tem para com os frades desta casa. A liturgia da Palavra do 1º Domingo da Quaresma coloca-nos num processo de conversão e penitência. Frei Jean, em sua homilia, tendo presente o Evangelho da tentação de Jesus no deserto, nos deu pistas: “Como Cristo no deserto tinha a força do Espírito para resistir as tentações, assim também o Espírito nos fortalece para resistirmos às intempéries da vida”. Antes da bênção e envio, Frei Jean desejou a todos um feliz ano e perseverança na caminhada aos frades e à comunidade em geral. Que o Altíssimo e Bom Senhor nos abençoe em mais este ano que se inicia e que, com a força do Espírito Santo, possamos palmilhar mais de perto as pegadas de seu Filho a exemplo de São Francisco e Santa Clara de Assis. Frei Matheus José Borsoi março / 2016 [coMUNICAÇÕES]
125
Formação e Estudos
PETRÓPOLIS: Início das aulas no ITF
N
a manhã do dia 22 de fevereiro teve início o período letivo do Instituto Teológico Franciscano – ITF, em Petrópolis. A Celebração Eucarística, presidida por Frei Antônio Everaldo Palubiack Marinho, foi pontuada por boas-vindas e uma despedida. Frei Fábio Cesar Gomes, saudado como novo professor de Teologia Espiritual, lembrou que a maior alegria de um frade é fazer o que mais agrada a São Francisco de Assis – lecionar a Sagrada Teologia sem esquecer espírito de oração e devoção. A despedida é de Frei Vitório Mazzuco Filho, que segue para Bragança Paulista, por solicitação do Governo Provincial. Após uma pausa para o costumeiro café, os presentes participaram de uma “sessão relativamente solene” porque “relativamente familiar” (nas palavras de Frei Elói Dionísio Piva), que destacou, na ocasião, as boas vindas aos novos estudantes. A aula inaugural deste ano foi ministrada por Frei James Luiz Girardi, que partilhou um pouco de sua dissertação de Mestrado intitulada “Por uma nova consciência eclesial: uma leitura teológico-pastoral à luz da Lumen Gentium”. Frei James possui larga experiência como pároco e seu trabalho teve como objetivo fazer uma leitura da
126
[coMUNICAÇÕES] março / 2016
nova consciência eclesial numa mudança de época na reflexão teológica do Magistério da Igreja, especificamente nos capítulos I e II da Lumen Gentium. Os três capítulos de sua dissertação versam sobre: 1) Os novos cenários para a fé; 2) Concílio Vaticano II: uma mudança Eclesiológica; e 3) A Igreja para os novos tempos. Novas configurações eclesiais. Foram ressaltados alguns pontos importantes como a secularização da sociedade atual; a proposta da Igreja (que deve irradiar a Boa Nova através do serviço); a Igreja hospitaleira e mi-
sericordiosa (vivendo em comunhão na pluralidade e estendendo a misericórdia aos mais excluídos, cultivando, assim, o espírito de solidariedade). O Concílio Vaticano II – maior evento da Igreja Católica no século XX – propiciou uma virada eclesiológica, pois instaurou o diálogo entre a Igreja e a sociedade. Agora cabe ao “sujeito eclesial”, que somos todos nós, batizados, darmos continuidade à missão que nos foi confiada. Na atualidade, as pessoas se desenvolvem em vários campos de atuação, mas, não raro, continuam infantis na fé. Por
Formação e Estudos
isso, faz-se necessário o amadurecimento, para que o cristão não seja um mero receptor da mensagem salvífica. Os cristãos devem, sim, desempenhar um papel ativo, contribuindo para mudar a sociedade, positivamente. Frei Antônio Everaldo – diretor do ITF – agradeceu a presença de todos e a contribuição de Frei James, salientando que “o que dá o tom a uma comunidade são os interesses comuns”. Na sequência todos participaram de um almoço de boas-vindas. Neuci L. Silva
ESTRATÉGIAS DE ENSINO E APRENDIZAGEM - Métodos ativos
D
ando sequência à proposta de desenvolvimento do docente, presente no plano político-pedagógico do Instituto Teológico Franciscano, na tarde do dia 18 deste mês de fevereiro, os professores tiveram um encontro didático-pedagógico com a Profa. e Dra. Mírian Heidemann, especialista em Didática e Coordenadora da Faculdade de Enfermagem das Faculdades Arthur Sá Earp Neto (FASE), sobre o tema: Estratégias de Ensino e Aprendizagem – Métodos ativos, partindo do pressuposto que a Didática apresenta técnicas que viabilizam boa Pedagogia. O professor do século XXI é desafiado a acompanhar as mudanças tecnológicas que atingem as salas de aula e seus estudantes. Na atualidade, o professor deve ocupar-se mais com o aprendizado do que com o ato de dar aula, entendendo-se que o ensino se realiza quando o estudante aprendeu. A mera informação de conteúdos em sala de aula, por melhores que eles sejam, ainda não é aprendizado. No momento, a pedagogia e didática atuais apontam para a chamada metodologia ativa da aprendizagem. Nesta, os papéis tradicionais da sala de aula – professor ensina e aluno apren-
de – são, de certa maneira, invertidos. No Método Ativo de Aprendizagem, o professor estimula o estudante a “aprender a aprender”, produzir saberes e apresentá-los na dinâmica acadêmica. O professor universitário torna-se um agente mediador nesse processo, propondo desafios acadêmicos aos estudantes e ajudando-os a resolvê-los com métodos ativos. Deste modo, o dinamismo da aprendizagem se sobrepõe ao conteúdo do aprendizado, pois promove que o estudante produza conhecimento e o aplique às situações pertinentes, além de favorecer um aprendizado orgânico, em que
ele adquire postura crítica, prática e autônoma no processo do aprendizado. Há vários métodos ativos em didático-pedagogia, dentre eles o aprendizado dinâmico baseado na apresentação de problemas, PBL, na sigla em inglês – Problem Based Learning. Nesta estratégia e em outras, o Professor tem a seu serviço a própria criatividade na aplicação desses métodos ativos e essa ferramenta é indispensável nessa prática didática. Para dinamizar o encontro, a professora Mírian promoveu com os participantes uma experiência desse método inovador, em que os professores presentes analisaram um caso, apresentado numa história de um personagem e apontaram realidades percebidas que levaram à indicação de conceitos contextuados e aplicados. O grupo gostou muito da experiência de aprendizado ativo. Desta maneira, aconteceu mais um encontro de formação didático-pedagógica, oferecido pelo Instituto a seus professores. Que venham outros! São muito benvindos e preciosos!
127Lima
março / 2016 [coMUNICAÇÕES] Frei Fernando de Araújo
Formação e Estudos
TRÊS HÁBITOS ESTRANHOS NA CELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA
E
stamos verificando alguns hábitos ou costumes na Liturgia da Missa que são difíceis de superar; alguns restaram como cacoetes do passado. É difícil tirar cacoetes.
1. O hábito: O primeiro destes costu-
mes (hábitos) é o próprio hábito, aqui no sentido de veste, de costume. Ex-
128
[coMUNICAÇÕES] março / 2016
plico-me. Para entender o que pretendo “expor” sem “impor” é importante adentrar na linguagem simbólica de toda a Liturgia, em que elementos, gestos, espaços, sons (música e canto) como as próprias vestes ajudam a evocar ou fazer memória dos mistérios celebrados. Têm, portanto, caráter sacramental. São ritos simbólicos linguagem dos mistérios celebrados.
Não se trata, pois, de “pode ou não pode”, mas de exercer o que convém, de encontrar o sentido dos símbolos e dos ritos simbólicos, linguagem dos mistérios celebrados. Voltemos ao hábito nas celebrações, sobretudo, da Missa. As vestes litúrgicas hoje em dia são chamadas de vestes sagradas. Assim, elas são chamadas pelo Concílio Vaticano II: “Por isso a Santa Igreja sempre foi amiga das belas-artes. Procurou continuamente o seu nobre ministério e instruiu os artífices, principalmente para que os objetos pertencentes ao culto divino fossem dignos, decentes e belos, sinais e símbolos das coisas do alto” (SC 122b). Dizendo que a Igreja respeita a liberdade artística controlada pela sua finalidade, a Sacrosanctum Concilium afirma: “Cuidem os Ordinários que, promovendo e incentivando a arte verdadeiramente sacra, visem antes a sóbria beleza que a mera suntuosidade. O que se há de entender também das vestes sacras e dos ornamentos” (SC 124a). Depois, temos orientações claras e seguras na Instrução Geral do Missal Romano. Ao tratar dos Requisitos para a Celebração da Missa a Instrução Geral do Missa Romano, Capítulo VI, Parágrafo IV, fala das Vestes Sagradas: “A alva é a veste sagrada comum a todos os ministros ordenados e instituídos de qualquer grau; ela será cingida à cintura pelo cíngulo, a não ser que o seu feitio o dispense. ... A alva não poderá ser substituída pela sobrepeliz, nem sobre a veste talar, quando se deve usar casula ou dalmática, ou quando, de acordo com as normas, se usa apenas a estola sem a casula ou dalmática” (n. 336). Fala, em seguida, da veste do sacerdote celebrante: “A não ser
Formação e Estudos
que se disponha de outro modo, a veste própria do sacerdote celebrante, tanto na Missa como em outras ações sagradas em conexão direta com ela, é a casula ou planeta sobre a alva e a estola” (n. 337). Notemos que a CNBB, na XII Assembleia Geral – 1971, aprovou a substituição do conjunto alva e casula por túnica ampla, de cor neutra, com estola da cor do tempo ou da festa. Esta orientação recebeu a aprovação da Sé Apostólica. Existe, porém, uma recomendação. Que a veste tradicional com alva e casula não sejam abandonada, mas, pelo contrário seja normalmente usada nas Missas da Comunidade nas catedrais e igrejas paroquiais. Como fica na Concelebração? “Os concelebrantes vestem, na secretaria ou noutro lugar adequado, os paramentos que usam normalmente ao celebrarem a Missa. Se houver motivo justo, como, por exemplo, grande número de concelebrantes e escassez de paramentos, podem os concelebrantes, exceto sempre o celebrante principal, dispensar a casula ou planeta, e usar apenas a estola sobre a alva!” (n. 209). O documento da Congregação do Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos Redemptionis Sacramentum sobre alguns aspectos que se devem observar e evitar acerca da Santíssima Eucaristia é bastante incisivo ao tratar das vestes sagradas ou litúrgicas. Recordando o que diz a Instrução Geral do Missa Romano, retoma o que nela se diz: “As diferentes cores das vestes litúrgicas visam manifestar, inclusive externamente, o caráter dos mistérios da fé que são celebrados e também a consciência de uma vida cristã que progride com o desenrolar do ano litúrgico”. Na realidade, a diversidade “das tarefas na celebração da sagrada liturgia se manifesta exteriormente pela diferença das vestes sagradas. Convém que as vestes
sagradas contribuam para a beleza da ação sagrada” (n. 121). No número 126 insiste-se sobre o uso das vestes sagradas: “É reprovável o abuso segundo o qual os ministros sagrados – inclusive quando participa um só ministro – celebram a santa Missa, contrariando as prescrições dos livros litúrgicos, sem as vestes sagradas ou somente com a estola sobre a cogula monástica ou o hábito religioso ou uma roupa comum. Os Ordinários providenciem para que tais abusos sejam corrigidos quanto antes e para que em todas as igrejas e oratórios sob sua jurisdição haja um suficiente número de vestes litúrgicas confeccionadas segundo as normas”. Voltemos ao simbolismo das vestes. Na Bíblia elas invocam e indicam o sagrado. Pensemos nas vestes de Jesus na montanha da transfiguração (cf, Mt 17,2), a exigência das vestes para participar do banquete nupcial messiânico, (cf. Mt 22,11-13), o revestir-se de Cristo segundo São Paulo, onde a veste simboliza o próprio Cristo (Cf. Rm 13,14; Gl 3,27; Cl 3,9-11). Ora, a veste branca é, por excelência, a veste sacerdote. Os mártires alvejaram suas vestes no sangue do Cordeiro (cf. Ap 7,9;7,14;3,5). A veste branca do Batismo, a cor branca da Primeira Comunhão, mesmo o vestido de noiva com a grinalda. Por trás desta linguagem da veste branca está a dignidade sacerdotal do cristão. Nesta linha se prevê que o altar seja revestido ao menos por uma toalha de cor branca. Por quê? Porque o altar é Cristo, Cristo é o sacerdote. O sacerdote celebrante exerce a função de Cristo sacerdote. Daí, sua veste própria é a alva, túnica de cor branca. Quanto à túnica ampla também se prevê que seja de cor neutra, onde o branco domine. O sacerdote celebrante apresenta-se revestido de Cristo. Considero que aquilo que o san-
tuário, a igreja-edifício significa para a assembleia reunida, como que a veste que a envolve, a assembleia envolta em Deus, os paramentos, sobretudo, a alva significam para o sacerdote celebrante. Ele se reveste de Cristo, age “in persona Christi”. De tudo isso decorre que “o hábito não é veste litúrgica”. Ele é “habito”, veste ordinária, é “costume”, veste a ser usada costumeiramente. A mensagem do hábito é diferente da mensagem da alva do sacerdote celebrante. O hábito expressa o carisma, a espiritualidade do Fundador da Ordem ao passo que a alva faz memória do Cristo sacerdote. Colocar uma casula verde, por exemplo, sobre o hábito parece algo um tanto grotesco, para não dizer carnavalesco! As coisas não combinam.
2. Concelebração: Com a reforma
do rito da Missa após o Concílio Vaticano II já não existe mais a categoria de Missa solene, Missa cantada e Missa rezada. Existe sim uma Missa mais ou menos festiva. E, entre as várias formas de Missa conforme a Instrução Geral do Missal Roma encontra-se a “Missa concelebrada”. A Missa concelebrada exige um espaço adequado para a celebração. Quanto à cadeira da presidência devemos observar um pormenor: A presidência é uma só, mesmo nas Missas concelebradas. Por isso, haverá uma só cadeira da presidência no presbitério. A prática de se colocarem três cadeiras na presidência parece um resquício da Missa solene antiga: o sacerdote celebrante, o diácono e o subdiácono. Não existem mais os assistentes do celebrante principal. Se há assistentes são os diáconos, sobretudo, na celebração presidida pelo bispo. Um ou dois diáconos. Suas cadeiras podem ser colocadas em nível inferior junto à cadeira da presidência. Mas, os sacerdotes ou bispos concelebrantes não são assistentes do presidente março / 2016 [coMUNICAÇÕES]
129
Formação e Estudos
da assembleia. Eles terão cadeiras devidamente colocadas, possivelmente, no presbitério conforme o espaço disponível. Aqueles que concelebram deverão estar revestidos das devidas vestes sagradas. É estranho o costume de se designarem três sacerdotes na presidência, em geral, revestidos de casula, enquanto os demais sacerdotes não se distinguem como celebrantes através das vestes respectivas, do lugar que ocupam e dos gestos e palavras que são convidados a realizarem. Se o único presidente – não existe presidência colegiada – estiver ladeado de diácono, é este quem eleva
apresentação da hóstia e do cálice na hora da Comunhão. Coisa horrorosa! Quebra toda a estética, toda a arte, toda a beleza do rito como também a devoção. Os gestos e os ritos como tais constituem formas de comunicação com Deus, são expressões orantes. Falando do altar, diz a Instrução Geral: Além disso, se disponham de modo discreto os aparelhos que possam ajudar a amplificar a voz do sacerdote” (n. 306). Ainda não se encontraram boas soluções para o uso do microfone, sobretudo, para o sacerdote celebrante.
segurar com uma mão o microfone; isso acontece até na Oração Eucarística, distorcendo os diversos gestos e ações, às palavras da narração da Instituição da Eucaristia ou da Consagração. Estraga tudo! É ruído demais! Destrói-se o clima orante. Na Exortação apostólica pós-sinodal Sacramentum Caritatis o Papa Bento XVI fala da arte da celebração (n. 28), bem como da beleza e Liturgia (n. 35). Importa cultivar a arte de bem celebrar. “A verdadeira beleza é o amor de Deus que nos foi definitivamente revelado no mistério pascal. A beleza da liturgia pertence a esse
o cálice na doxologia final da Oração eucarística. Se não houver diácono, é o próprio celebrante principal que o faz e não algum concelebrante. Deve ficar claro quem realmente está concelebrando. São os que estão devidamente revestidos das vestes sagradas e não simplesmente de hábito ou cogula e estola.
A melhor solução até agora parece ser a do microfone de lapela, melhor, sem fio. Aquele com braço ou pedestal à cadeira do sacerdote presidente parece também boa solução. Assim também o do ambão, para as leituras. Mas o microfone sobre o altar continua o grande desafio. Na Itália, na Alemanha e na Suécia encontrei um microfone chatinho, tipo mouse de computador, que, colocado discretamente sobre o altar, funciona muito bem. Isso sem fio! Por ora, entre nós, parece que devamos lançar mão de um ministério do microfone. Um acólito que segure, oportunamente, o microfone. O que não pode, por constituir ruído demais na autenticidade e beleza do rito, é o próprio celebrante
mistério; é expressão excelsa da glória de Deus e, de certa forma constitui o céu que desce à terra. O memorial do sacrifício redentor traz em si mesmo os traços daquela beleza de Jesus testemunhada por Pedro, Tiago e João, quando o Mestre, a caminho de Jerusalém, quis transfigurar-se diante deles (cf. Mc 9,2). Concluindo, a beleza não é um fator decorativo da ação litúrgica, mas seu elemento constitutivo, enquanto atributo do próprio Deus e da sua revelação. Tudo isso nos há de tornar conscientes da atenção que se deve prestar à ação litúrgica para que brilhe segundo a sua própria natureza” (n. 35).
3. Segurar o microfone: O braço do sacerdote celebrante não é suporte de microfone. Sói acontecer que ele segura o microfone com uma das mãos e eleva a outra em posição de oração presidencial. Pior ainda na apresentação das sagradas espécies na hora da consagração, na doxologia final da Oração Eucarística e na
130
[coMUNICAÇÕES] março / 2016
Frei Alberto Beckhäuser, OFM
Fraternidades
Pró-Vocações e Missões Franciscanas - 30 anos
J
á disse certa vez o poeta espanhol Antônio Machado: “Caminhante, não há caminho, o caminho se faz ao caminhar.” É justamente deste caminhar que gostaríamos de fazer memória ao longo destas linhas, uma forma simples, bem ao modo franciscano, de agradecer uma história construída a muitas mãos, feita por muitos “caminhantes”. Talvez já seja de conhecimento da maioria, mas vale lembrar que o Pro-Vocações nasceu na cidade do Rio de Janeiro, nos idos 1986. Naquele ano, a iniciativa pessoal e o convite de Frei Floriano Surian e de Dona Arieta suscitaram nos leigos do Convento Santo Antônio o desejo de ajudar as vocações franciscanas, de sentir-se padrinhos e madrinhas daqueles que nos seminários faziam sua caminhada vocacional. Logo, a iniciativa ganhou grande adesão e o número de benfeitores aumentou significativamente. Viu-se a necessidade de transferir o projeto para São Paulo, com sede no Convento São Francisco, e assim se fez. Hoje, passados 30 anos, o Pró-Vocações conta com mais de 13.000 benfeitores espalhados em todos os estados do Brasil. São pessoas simples, em sua grande maioria, que se sentem identificadas com o carisma e a espiritualidade franciscana e por isso de algum modo querem ajudar na formação dos futuros frades desta Província. Atualmente, o PVF é responsável por 80% dos custos mensais da formação desde o seminário menor até o curso de Teologia. Vale lembrar que a grande maioria de nossos benfeitores está no território da Província da Imaculada, ou seja, muitos deles são paroquianos, frequentadores de nossos santuários e conventos. De alguma forma, o trabalho exercido pelos frades nestes luga-
res é um testemunho de nossa presença e um incentivo para estas pessoas que nos ajudam. Por isso, cabe aqui nosso agradecimento aos frades que ao longo destes 30 anos tem sido parceiros indispensáveis na divulgação e promoção do Pró-Vocações. Cabe, também, sem sombra de dúvida, agradecer a cada benfeitor que, na oferta generosa de seus dons e suas orações, tem fortalecido este belo e frutuoso trabalho. Nós, equipe PVF, gostaríamos de pedir aos frades que neste ano comemorativo lembrem com carinho de nossos benfeitores e
benfeitoras. Eles fazem conosco parte desta bela história. Enfim, ao longo deste ano realizaremos diversas atividades em nível provincial para marcar esta data. Incentive em sua paróquia, convento ou santuário a participação dos benfeitores, afinal de contas, são eles os grandes homenageados. Que Francisco e Clara continuem guiando nossos passos e nossa vontade por um mundo de Paz e Bem! Equipe Pró-Vocações e Missões Franciscanas
março / 2016 [coMUNICAÇÕES]
131
Fraternidades
ANO DO CENTENÁRIO DO ‘CONVENTINHO’ Lages, SC
D
urante este ano (2016), estaremos em festa pelo centenário do nosso querido “Conventinho”. Ele está sob o patrocínio de São José, razão da grande amizade de Frei Rogério por este “pai nutrício” do Menino Jesus. Frei Rogério Neuhaus recorria a São José quando estava numa grande necessidade, e isto foi historicamente testemunhado pelos seus confrades que viveram com ele. Escreve Frei Pedro Sinzig no seu livro “Frei Rogério Neuhaus”, pg. 132: Frei Rogério em suas “reminiscências” escreve sobre as dificuldades para construir o 1º Colégio de Lages, apelidado de o “colegonte”, o Colégio São José, fundado em 19 de março de 1896, no dia de São José, berço do Colégio Bom Jesus Diocesano. “O que ocasionava grandes dificuldades era a falta de materiais e de operá-
132
[coMUNICAÇÕES] março / 2016
rios habilitados. Só o transporte de cal (vinda da costa, no lombo dos animais de carga em seis dias de viagem, custou 2:000$000). Já há um ano tinham sido encomendadas 100 dúzias de tábuas, mas ainda não aparecera uma única sequer. Tomamos de aluguel, por isso, para um prazo de três anos, uma serraria com o respectivo mato, conseguindo, assim, as madeiras e tábuas necessárias por um preço razoável”. “Para fazer uma ideia, escreve Frei Pedro, das preocupações que o perseguiam e da intervenção do seu banqueiro, S. José, vale apena, ouvir um confrade, Frei Osvaldo Schlenger que, a 24 de março de 1934, dia do enterro de Frei Rogério, com muita emoção me contou o seguinte, que publiquei no “Jornal do Brasil”. “Foi no dia 10 de março de 1898. Eu estava em Lages, no planalto de
Santa Catarina. Frei Rogério, superior da casa, dirigiu-se a nós outros pedindo que rezássemos o mês todo a São José, porque no fim precisava de cinco contos de reis, não tendo nada no caixa. ” (...) e cada frade (Frei Crisóstomo, Frei Bruno, Frei Osvaldo) continuou sua missão, com missas batizados e casamentos no interior lageano até o fim do mês de março. Então, chegando em Lages, de volta ao Convento, cada um deu ao guardião Frei Rogério o que recebera do povo, “com grande cordialidade de sempre”. “Frei Crisóstomo havia encontrado uma carta a São José, escrita por Frei Rogério, colocada atrás do quadro de São José, sobre a cabeceira do leito de Frei Rogério. Dizia assim: “Querido São José. Preciso de cinco contos (5:000$000) até o fim do mês. Arranja-os; eu te prometo ser toda vida teu devoto fiel. Teu Rogério”. “É de admirar que nestes dias chegou carta de Frei Hipólito, da Bahia, mandando dois contos e meio para Frei Rogério e dizendo que não precisava restituir, pois sabia, São José andava no meio”! E Frei Osvaldo puxou a minha carteira, abriu-a e disse: “E aqui estão os restantes dois contos e meio” da missão em São Joaquim. Os frades ficaram calados e impressionados. Um pouco deste espírito de confiança no patrocínio de São José vai aqui para os leitores das “Comunicações” da Província, e uma Oração a São José feita por Frei José Lino Lückmann (página ao lado).
ORAÇÃO A SÃO JOSÉ DO PATROCÍnio São José, patrono da Igreja, vós que inspirastes ao Servo de Deus Frei Rogério tal confiança em vosso poder de intercessor junto a Deus, que merecestes ser escolhido por ele como Padroeiro deste Convento Centenário. Nós, por ocasião deste tempo jubilar, queremos vos agradecer porque nestes cem anos continuastes a interceder junto aos céus por todos os frades que por aqui passaram. Obrigado também, pelo vosso contínuo patrocínio em favor das famílias lageanas, tão necessitadas de vossa intercessão. Nós vos pedimos, São José do Patrocínio, mais uma vez, com a mesma fé e confiança de Frei Rogério e de tantos outros santos e humildes frades, que nesta Casa viveram, que lanceis sobre a nossa Província, sobre o nosso Conventinho, sobre nossa Lages, o vosso sempre pronto Patrocínio. Que nossa vida e missão continuem sendo a de sermos irmãos e irmãs menores. Queremos ser profecia de minoridade e fraternidade no diálogo entre nós e com todas as pessoas, no cuidado da Criação, acolhendo a todos os que nos procuram. Dai-nos forças para que continuemos saindo em direção às periferias sociais e humanas, como presença do Evangelho, levando a todos a mensagem da Paz e do Bem. São José do Patrocínio, pelo nome de Jesus, pela glória de Maria, imploramos que possais defender a nossa causa no céu e na terra, hoje e sempre. Amém. março / 2016 [coMUNICAÇÕES]
133
Fraternidades
FREI GERMANO SE DESPEDE DE GASPAR
N
a quarta-feira (17/2), a Igreja Matriz de São Pedro Apóstolo de Gaspar (SC) lotou mais uma vez para a celebração da Novena Nossa Senhora Desatadora dos Nós. Mas a celebração também ficou marcada pela despedida do pároco Frei Germano Guesser, que depois de 12 anos deixou a Paróquia para assumir um novo desafio: a Igreja Santo Antônio do Pari, em São Paulo. Frei Germano não fez uma despedida oficial, mas se despediu aos poucos do povo gasparense nas celebrações. Depois de fazer este agradecimento na Quarta-feira de Cinzas, no dia 17 ele voltou a emocionar as pessoas: “Procurei, dentro dos meus limites, trabalhar pela fé, anunciando a Palavra de Deus, partilhando os sacramentos, sobretudo o Sacramento da Eucaristia. A fé, esse bem espiritual do povo, foi sempre a minha principal preocupação”, disse, ganhando aplausos dos fiéis. Frei Germano recordou que foi apresentado a esta Paróquia no dia 21 de dezembro de 2003 na missa das 19
134
[coMUNICAÇÕES] março / 2016
horas na Igreja Matriz. “Fui acolhido como muito afeto (e que povo acolhedor é o gasparense!), e posso afirmar que fui uma pessoa feliz nesta caminhada com o povo de Gaspar. Agradeço a Deus por me ter concedido a graça de morar em Gaspar…. Sempre ouvia comentários sobre Gaspar e pensava: ‘Um dia gostaria de morar lá...’”, disse. Neste tempo em Gaspar, Frei Germano foi Vigário Paroquial por seis anos, guardião da Fraternidade por nove anos, pároco por seis anos e Definidor Provincial por três anos. “Mas a principal obra para qual eu me doei foi a construção do Reino de Deus. Claro, essa construção jamais existiria dentro dos meus limites e da minha pequenez, mas foi possível graças à comunhão e participação de todos. Por isso, sou grato a todos”, acrescentou, agradecendo ao povo e voluntários da Paróquia: “Como foi bonito ver o milagre da multiplicação nas Festas de São Pedro Apóstolo e dos Padroeiros das Comunidades. Muitas
pessoas, Pastorais e Movimentos colaboraram de maneira eficiente com meu ministério e outros de maneira silenciosa, mas não menos importante, a todos e todas minha gratidão”. “Cresci muito aqui como cristão, franciscano, padre e ser humano. Peço perdão pelas minhas falhas, pelos meus pecados, principalmente se se magoei alguém devido às minhas limitações humanas… Sempre os terei no meu coração. Levarei daqui grandes lembranças”, completou, citando uma frase de Hermann Hesse (autor de ‘Sidharta’ e ‘O Lobo da Estepe’): “A cada chamado da vida, o coração deve estar pronto para a despedida e para novo começo, com ânimo e sem lamúrias, aberto sempre para novos compromissos. Dentro de cada começar mora um encanto que nos dá forças e nos ajuda a viver”. A imprensa local, especialmente os jornais “Cruzeiro do Vale” e “Jornal Metas”, deu grande destaque à despedida de Frei Germano.
Fraternidades
Frei Luiz Flávio celebra 25 anos de vida sacerdotal
A
tarde do dia 20 de fevereiro foi marcada pela emoção na Igreja do Sagrado Coração de Jesus, em Petrópolis. E não era para menos, afinal comemorou-se o Jubileu de Prata sacerdotal do vigário paroquial Frei Luiz Flávio Adami Loureiro. A celebração foi presidida pelo próprio Frei Luiz e concelebrada pelo pároco Frei Ângelo José Luiz e pelo guardião do Convento da Fraternidade, Frei César Külkamp. Diversos Frades estudantes do tempo da Teologia, que residem em Petrópolis, estiveram presentes no forte momento na vida do religioso, assim como membros da Comunidade da Presidência, onde Frei Luiz celebra aos domingos; integrantes do Grupo de Oração do Sagrado e da Ordem
Franciscana Secular, onde o sacerdote auxilia nos trabalhos pastorais; familiares do Espírito Santo, terra natal do jubilar; e paroquianos de Nilópolis, onde o Frade trabalhou anteriormente. Após o Rito da Comunhão, representantes dos diversos Movimentos e Pastorais em que o sacerdote atua, bem como das comunidades em que ele trabalha e já trabalhou, entraram com cartazes contendo frases que retratam bem a presença de Frei Luiz junto ao povo de Deus. Em seis anos de missão na Cidade de Petrópolis, Frei Luiz Flávio segue colecionando amizades e agradecimento dos fiéis, principalmente pelas várias visitas que realiza nas casas de enfermos que constantemente solicitam sua presença, inclusive para a
bênção de residências. Enfim, Frei Luiz Flávio caminha exalando o jeito alegre e disponível de ser frade franciscano, facilmente percebido na recepção realizada no salão do antigo Colégio dos Canarinhos, ao lado da Igreja do Sagrado, após a Santa Missa de Ação de Graças. Entre uma foto e outra, e ao som de boa música sob o comando de Frei Cristiano Maciel e da equipe de Liturgia dos sábados, Frei Luiz recebia presentes e saboreava os deliciosos salgados, cachorro quente, bolo e refrigerante servidos aos convidados. Frei Luiz Flávio Adami Loureiro é natural de Colatina, Espírito Santo, e ordenou-se Sacerdote em 02 de fevereiro de 1991, também em terras capixabas. março / 2016 [coMUNICAÇÕES]
135
Fraternidades
Romaria Frei Bruno
Cresce ainda mais a devoção ao Servo de Deus
136
[coMUNICAÇÕES] março / 2016
Fraternidades
À
medida em que o processo pela causa de beatificação de Frei Bruno avança, mais expectativa e esperança tomam conta dos fiéis devotos do Servo de Deus. Isso pôde ser visto mais uma vez na Romaria Penitencial Frei Bruno que, na sua 26ª edição e três anos depois de iniciado o processo, levou para as ruas de Joaçaba, no Oeste Catarinense, uma multidão calculada pela Polícia Militar em cerca de 60 mil pessoas. Essa demonstração de fé foi dada no domingo, 21 de fevereiro, debaixo de um sol forte de verão. A já tradicional caminhada teve início com as sinos da Catedral Santa Terezinha anunciando, às 8 horas, que os romeiros de várias cidades catarinenses da região e de outros estados
poderiam começar o percurso de cerca de 4 quilômetros. Um pouco antes, por causa do percurso maior, os romeiros de Luzerna iniciaram outra caminhada até o Cemitério Frei Edgar. Entre tantas caravanas de cidades que Frei Bruno viveu, como Xaxim, Rodeio e São José, destaque para um grupo de noviços de Rodeio, que veio participar deste momento de fé. Segundo o Mestre Frei Samuel Ferreira de Lima, esse testemunho de Frei Bruno que toca a multidão, é importante para a formação religiosa dos noviços. Além de frades da Província e sacerdotes da Diocese de Joaçaba, esta foi a primeira Romaria do novo pároco da Catedral, Pe. Pedro Angelo Manchini, que depois de trabalhar
desde o ano passado na organização da Romaria, não sabia o que veria pela frente. No final, entre aliviado e surpreso, Pe. Pedro estava encantado com essa demonstração de fé do povo. Ao longo do trajeto, muitas manifestações de fé traduzidas em cartazes, faixas e fotos. Alguns devotos escolhem fazer o percurso de pés descalços. Às 10 horas, o povo chegava ao Cemitério Frei Edgar, onde teve início a Celebração Eucarística, presidida pelo bispo diocesano Dom Mário Marquez, com a presença dos vice-postuladores, Frei Estêvão Ottenbreit e Frei Alex Ciarnoscki.
O EXEMPLO DE FREI BRUNO
Dom Mario, em sua homilia, lembrou que vivemos um momento
março / 2016 [coMUNICAÇÕES]
137
Fraternidades
especial na Igreja com o Ano Santo da Misericórdia, a Campanha da Fraternidade e o Tempo da Quaresma. Referindo-se ao Evangelho da Transfiguração deste domingo, disse que “transfiguramos o humano que há em nós e revelamos a nossa parcela de identidade com aquele que nos criou à sua imagem e semelhança. A Quaresma, esse tempo especial, de caminhada de fé, de esperança, de conversão e de santidade é também a caminhada de Frei Bruno, é a caminhada de cada cristão, de cada ser humano em sua trajetória neste mundo”, disse. Segundo D. Mário, Frei Bruno deixou sua terra, a Alemanha, para ser missionário no Brasil há 122 anos. “Sua passagem deixou marcas de santidade pelo seu amor e carinho para com todas as pessoas que encontrara, lançando por onde passava sementes de fé, de esperança e gestos de caridade e misericórdia. Esse é o Frei Bruno do qual nós veneramos aqui nesta Romaria e
138
[coMUNICAÇÕES] março / 2016
da qual nós desejamos logo mais a sua beatificação e quem sabe, mais à frente, como deseja no nosso coração, a sua futura canonização para que seja universalmente conhecido como já é conhecido aqui na nossa região”, pediu. Dom Mário referiu-se a Frei Bruno como o frade misericordioso que viveu nesta região. “Foi um homem de Deus exercendo o seu ministério nas obras da misericórdia, consolando pessoas, visitando os doentes, instruindo e orientando pessoas em suas diversas situações. Foi um homem próximo de Deus e próximo dos irmãos”, frisou. A Campanha da Fraternidade, que neste ano tem como tema “Casa comum, nossa responsabilidade”, está em sintonia com o Servo de
Fraternidades
Deus Frei Bruno. “Como franciscano, Frei Bruno andou por estes vales e planícies e soube também se relacionar fraternalmente com a criação, respeitando, cultivando e cuidando da casa comum, que é este nosso planeta”, disse. “É nossa responsabilidade também zelar pela ecologia ambiental e pela ecologia humana como nos indica o Papa Francisco na sua encíclica Laudato Sí”, convocou o bispo franciscano. Para D. Mário, foi bonito ver o povo de Deus caminhando e rezando. “São gestos bonitos de demonstração de fé no Servo de Deus. Aprendamos com nosso irmão Frei Bruno as lições de simplicidade que ele nos deixou, as lições de como se doar pelos irmãos, de como ouvir, acolher, abençoar e rezar. Que
ele interceda por nós junto a Deus”, completou D. Mário.
O PROCESSO
A fala de Frei Estêvão no final da celebração foi um dos momentos mais esperados pelos romeiros. Como vice-postulador da causa de Frei Bruno, Frei Estêvão, contudo, não trouxe as notícias que o povo esperava ouvir, mas Frei Estêvão encorajou o povo a continuar na sua firme devoção pedindo a Deus um milagre de Frei Bruno, exigência indispensável no encaminhamento do processo. Segundo Frei Estêvão, duas comissões nomeadas pelo bispo diocesano trabalham no processo: uma para recolher os depoimentos das pessoas que conviveram ou ouviram falar de Frei Bruno. “Esta comissão está numa fase boa e temos esperança de concluir os trabalhos na segunda metade deste ano. Simultaneamente, uma comissão histórica recolheu os dados da vida e da ação de Frei Brumarço / 2016 [coMUNICAÇÕES]
139
Fraternidades
no e que culminou na publicação da biografia que Frei Clarêncio Neotti escreveu e que recomendo a todos que ainda não a adquiriu. É a melhor maneira de conhecer a vida e a ação evangelizadora de Frei Bruno”, explicou o frade franciscano. Frei Estêvão, contudo, foi muito claro e transparente com os romeiros. “Como sabemos, além dos depoimentos e dados históricos, precisamos de um milagre. Talvez seja a parte mais difícil mas não é impossível quando, creio, que quarenta ou sessenta mil pessoas se colocam a caminho para implorar a Deus. É o que devemos fazer agora: implorar, rezar a Deus para que ele nos dê um sinal comprovando a santidade do Frei Bruno. Então, acredito que o compromisso é de todos nós. Devemos rezar, rezar muito, pedindo a Deus a beatificação de Frei Bruno”, exortou.
DEVOÇÃO
Há cinco anos, Maria Helena Rodrigues (foto abaixo) faz o percurso entre a Catedral Santa Terezinha e o Cemitério Municipal de pés descalços. Durante a caminhada e a celebração, a joaçabense de 59 anos não
140
[coMUNICAÇÕES] março / 2016
se descuidou da imagem de Frei Bruno e do Terço. Sua devoção é uma forma de agradecimento ao Servo de Deus pela cura dos ataques epiléticos que sofria. “Sou eternamente grata por ele ter restituído a minha saúde e me proteger na vida, já que sou uma pessoa sozinha. Se tenho algum problema, fecho os olhos e peço com fé para que ele me ajude. Sempre sou atendida”, garante Dona Maria. A veneração ao Servo de Deus Frei Bruno é muito forte também em Xaxim. Nesta cidade, o frade franciscano viveu dez intensos anos, desde a sua chegada no dia 21 de agosto de 1945 até a sua partida, no dia 7 de setembro de 1955, para Luzerna e, depois, para a última morada em Joaçaba. Em Xaxim, o Servo de Deus é muito querido pelos que o conheceram em vida e as novas gerações o conhecem pela grande homenagem que se tornou a Festa em sua memória, a maior da Paróquia São Luiz Gonzaga, e que foi realizada no dia 28 de fevereiro. Uma dessas testemunhas ocular da vida do franciscano em Xaxim é Olma Maraschin Barella (foto ao lado), que reside no Bairro Primavera. “Tive o privilégio de conhecer e conviver com Frei Bruno dos 5 aos 11 anos idade quando ele se hospedava na casa de meus pais, em Lajeado Grande. Ao chegar, dizia: ‘Cara mama, mi son qua’. Com 14 anos, fui estudar no Colégio São José de Herval d’Oeste, cidade vizinha de Joaçaba, onde já morava Frei Bruno. Nesse período, tive o privilégio de participar de algumas missas, confissões e pregações com Frei Bruno. Num desses momentos, ele perguntou de onde éramos. Quando falei que era de Xaxim, ele levantou a mão e sorrindo pareceu-me que abençoava nossa cidade por inteiro”, recorda Olma.
Ela se emociona ao falar da graça alcançada pela intercessão de Frei Bruno. “Faz 5 anos que eu estava com problemas que comprometeram a minha coluna e o médico disse que ficaria em cadeira de rodas. Procurei outros 3 médicos e o diagnóstico foi sempre igual: mesmo com cirurgia, eu ficaria em cadeira de rodas. Voltei para casa e rezei a Deus pedindo a intercessão de Frei Bruno. Fiz a cirurgia e durante todo o procedimento guardei comigo a oração pela beatificação de Frei Bruno. A cirurgia transcorreu sem deixar sequelas. O médico, então, me perguntou se eu acreditava em milagres. Respondi que sim. O médico me respondeu: ‘Aconteceu um milagre!’”, revela Olma, que nunca esquece da confissão que teve com Frei Bruno na véspera de sua morte. Para ela, suas virtudes ficaram para sempre na memória do povo. O seu despojamento e força de vontade, aos 70 anos, impressionava o povo. Ele chegava a percorrer 8, 10 e até 12 quilômetros, visitando as capelas e o povo desta região. Moacir Beggo
Fraternidades
Imagens da Romaria
A Romaria sai da Catedral e termina no Cemitério Frei Edgar. Ali, uma parte da multidão vai diretamente para o túmulo de Frei Bruno, outra parte nem chega a entrar no cemitério e acompanha a celebração do lado de fora pelos alto-falantes. Muitos se limitam a fazer a caminhada e a grande maioria se acomoda por entre os túmulos e árvores para participar da Santa Missa.
março / 2016 [coMUNICAÇÕES]
141
Fraternidades Agudos
Paróquia São Paulo Apóstolo celebra Cinzas Na quarta-feira (10), a Paróquia São Paulo Apóstolo de Agudos realizou a tradicional Missa de Quarta-feira de Cinzas. A celebração, presidida pelo pároco Frei Ademir Sanquetti, contou com a participação de mais de 800 fiéis. A Quarta-feira de Cinzas marca o início da Quaresma, que são os 40 dias que antecedem a Páscoa. É um período de mudança e reflexão. “Nós devemos rezar de verdade e não por obrigações. É preciso jejuar para a comunidade, fazendo o bem”, disse Frei Ademir ao pedir para que os paroquianos pratiquem ações de solidariedade durante a Quaresma. Na ocasião, a Paróquia também lançou a Campanha da Fraternidade 2016 que, tem como tema: “Casa Comum, nossa responsabilidade” e o lema “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca” (Am 5,24). O momento contou com a apresentação da equipe de casais que trabalhará
diretamente com a temática na Paróquia. A CF deste ano é ecumênica, ou seja, trabalhará em unidade com todas as Igrejas que integram o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs no Brasil (Conic). Seu principal objetivo é chamar a atenção para a questão do saneamento básico no Brasil e sua importância para garantir desenvolvimento, saúde integral e qualidade de vida para todos.
FLORIANÓPOLIS
Reforma do espaço litúrgico e do comunitário Quem passou pela Paróquia Santo Antônio neste tempo de férias (janeiro e fevereiro), com certeza, não deixou de perceber a grande movimentação com a reforma do espaço litúrgico e do comunitário. Eles só puderam ser realizados devido ao apoio e às generosas contribuições de tantos fiéis, paroquianos e devotos de Santo Antônio. Foram muitas campanhas, almoços, rifas, eventos durante a Trezena, pastéis e outras iniciativas. O pároco Frei Vanderley Grassi e a fraternidade agradecem a todos os que contribuíram com seu trabalho, doações ou com sua participação nos eventos. Estas mesmas reformas são frutos gratificantes do esforço e do empenho de cada um. No 27 de fevereiro, na Missa das 19h30, foi realizada a solene inauguração do novo presbitério, com bênção do novo altar, assim como do ostensório e do sacrário, igualmente novos.
142
[coMUNICAÇÕES] março / 2016
Fraternidades
Festa da Penha reflete sobre o tema da Misericórdia Na primeira oitava da Páscoa, o estado do Espírito Santo celebra a sua Padroeira Nossa Senhora da Penha. Neste ano, a terceira maior festa mariana nacional tem início no domingo de Páscoa, 27 de março, e termina solenemente no dia 4 de abril em Vila Velha (ES). Serão nove dias dedicados à devoção mariana, sendo que os três últimos serão os mais intensos com as grandes romarias - a Romaria dos Homens e a das Mulheres - e a Missa de encerramento. Durante esse período festivo, um público de mais de 1 milhão e duzentas mil pessoas participa das celebrações ou visita o Convento da Penha para fazer as suas orações. A festa da Penha é fruto de uma semente lançada por Frei Pedro Palácios em 1558, quando chegou ao Brasil com os colonizadores portugueses e desembarcou nas terras capixabas. O frade espanhol trouxe na sua bagagem um painel de Nossa Senhora das 7 Alegrias, que foi colocado numa gruta e deu origem à devoção franciscana que vem até hoje. Ao longo do tempo, essa devoção cresceu e foi construído o Santuário para a Mãe de Deus no ponto mais alto do penhasco. Desde então, romeiros visitam o Convento durante todo o ano.
Confira toda a programação: Tema:
MARIA, MÃE E PORTA DA MISERICÓRDIA
27/03 – DOMINGO DE PÁSCOA – RESSURREIÇÃO DO SENHOR Missas na Capela: 5h, 7h, 9h e 11h 14h30: Abertura do Oitavário e Missa no Campinho (Estacionamento) do Convento Romaria: Cavaleiros – 8h30 saindo de Cobilândia – Vila Velha Obs: Missa coordenada pela Área de Vila Velha (Neste dia, não há atendimento de confissões). 28/03 – SEGUNDA-FEIRA Missas na Capela: 6h, 7h, 8h e 9h30 14h30: Oitavário e Missa no Campinho do Convento Obs: Missa coordenada pela Área Serrana Confissões: 8h às 11h e 14h às 16h00. 29/03 – TERÇA-FEIRA Missas na Capela: 6h, 7h, 8h e 9h30 14h30: Oitavário e Missa no Campinho Obs: Missa coordenada pela Área Cariacica/ Viana Confissões: 8h às 11h e 14h às 16h00. 30/03 – QUARTA-FEIRA Missas na Capela: 6h, 7h, 8h e 9h30 14h30: Oitavário e Missa no Campinho Obs: Missa coordenada pela Área Benevente Confissões: 8h às 11h e 14h às 16h00.
31/03 – QUINTA-FEIRA Missas na Capela: 6h, 7h, 8h e 9h30 14h30: Oitavário e Missa no Campinho Obs: Missa coordenada pela Área Serra Confissões: 8h às 11h e 14h às 16h00. 01/04 – SEXTA-FEIRA Missas na Capela: 6h, 7h, 8h e 9h30 (Missa dos advogados) 14h30: Oitavário e Missa no Campinho Romaria: Militares – saindo 14h da Prainha Obs: Missa coordenada pela Área Vitória Confissões: 8h às 11h e 14h às 16h00. 02/04 – SÁBADO Missas na Capela: 6h, 7h30 e 11 horas 8h00: Campinho – Missa da Diocese de São Mateus (Romaria saindo 7h do Portão do Convento) 9h00: Prainha – Missa das pessoas com deficiência (Romaria saindo 8h da Praça Dq. de Caxias) 14h30: Oitavário e Missa no Campinho Obs: Celebra nesta tarde a Diocese de Cachoeiro de Itapemirim (Romaria saindo 14h do Portão do Convento) 23h30: Prainha – Missa de encerramento da Romaria dos Homens (Romaria saindo às 19h da Catedral) Confissões: 8h às 11h e 14h às 16h00.
03/04- DOMINGO Missas na Capela: 5h, 07h, 11h e 14h 9h00: Campinho – Missa da Diocese de Colatina (Romaria saindo 8h do Portão do Convento) 15h30: Prainha – Oitavário 16h00: Prainha – Missa de encerramento da Romaria das Mulheres (Saindo às 14h30 do Santuário) Procissão: Marítima – saindo 9h da Ilha das Caieiras Romaria: Motociclistas – saindo 10h – Praça Costa Pereira Obs. Confissões: 8h às 11h e 14h às 16h00. Show na Prainha 04/04 – SEGUNDA-FEIRA – DIA DA PADROEIRA Missas na Capela: 0h (meia-noite), 2h, 6h, 9h e 12h 7h00: Campinho – Missa da CRB e Seminário Nossa Senhora da Penha Romaria: Ciclistas – saindo 8h30 de Cobilândia 9h: Bandas de Congo homenageiam a Padroeira no Campinho e recebem a bênção 10h00: Campinho – Missa das Pastorais 16h00: Prainha – Missa de encerramento da Festa de Nossa Senhora da Penha Shows na Prainha após a Missa Obs: Confissões: 8h às 11h Show de encerramento após a missa: Pe. Juarez de Castro
Evangelização
Experiência Missionária
P
rovenientes da Argentina, Brasil, Paraguai, México, Portugal e Peru, de 4 a 28 de janeiro de 2016, 25 missionários e missionárias participaram de uma experiência missionária na Amazônia. A missão foi realizada em Caballococha, uma cidade de 22 mil habitantes situada às margens de um lago marginal do baixo Amazonas peruano, região de fronteira com Colômbia e Brasil. Entre os missionários estavam frades, religiosas, leigos e leigas, um grupo muito diverso, não apenas pela procedência e pelo estado de vida, mas também pela idade, costumes, cultura,
144
[coMUNICAÇÕES] março / 2016
formação e trabalho profissional, bem como na caminhada de fé. Esta é 4ª experiência missionária promovida pelo Projeto Amazônia da Ordem dos Frades Menores. O primeiro objetivo desta missão foi oferecer a possibilidade de uma experiência missionária na Amazônia, principalmente para quem não vive e/ou não conhece a Amazônia. É a possibilidade de um discernimento missionário para quem está no seu tempo de formação inicial e de estudos, e para quem pensa em ser missionário para além das suas fronteiras (geográficas, culturais, econômicas, sociais).
Não deixa de ser também a possibilidade de conhecer outras realidades existenciais e de fé, e de criar vínculos e laços de comunhão, de solidariedade e de afetividade. É a possibilidade de conhecer a Amazônia, para amar e cuidar dela. Outro objetivo é de fortalecer o trabalho missionário e pastoral que já se faz em uma realidade, com suas limitações, dificuldades e necessidades bem concretas: anunciar o Reino de Deus, levar esperança, animar a vida cristã e comunitária, despertar novas lideranças. A programação foi simples, a mesma de outras experiências: a) um
Evangelização
tempo de preparação, com estudo, convivência e oração; b) uma semana de missão urbana; c) uma semana de missão nos casarios ribeirinhos; d) um tempo de partilha e avaliação final. A missão propriamente dita foi de duas semanas, de 10 a 24 de janeiro, sendo uma urbana, de 10 a 17 de janeiro (domingo a domingo), e uma semana ribeirinha, de 17 a 23 de janeiro (domingo a sábado), e a celebração de encerramento no domingo, 24 de janeiro. A programação foi pensada dessa maneira para todos os missioneiros terem a oportunidade de fazer as duas experiências, uma urbana e
outra ribeirinha, que são realidades diferentes. E também pela necessidade pastoral da paróquia, de formar Comunidades Eclesiais de Base nos bairros, bem como de animar a vida cristã nos casarios ribeirinhos. Quando falamos de realidade urbana, estamos falando da amazônica, e não de um centro metropolitano. Com 22 mil habitantes Caballococha é o maior centro populacional do Vicariato de São José do Amazonas, que tem uns 150 mil quilômetros quadrados (uma vez e meia o Estado de Santa Catarina, ou o tamanho do Ceará), uma área extensa que faz fronteira com Equador, Colômbia e Brasil, sem uma rodovia sequer, com mais de 3.000 km de rio e uns 600 “pueblos” (vilas ou casarios). As rodovias da Amazônia são os rios. Os missionários foram divididos em grupos ou fraternidades de 3 em 3, para fazer um trabalho comunitário, mas também para fazer uma experiência de vida fraterna, lembrando que o carisma franciscano é evangelizar em fraternidade. As fraternidades foram bem plurais, internacionais, interculturais e mistas (frades e leigos, homens e mulheres – exatamente uma em cada fraternidade). Uma riqueza de experiência para convivência, oração, serviços, trabalho missionário e para se apoiarem mutuamente nas necessidades, dificuldades, medos e inseguranças. Foram formadas oito fraternidades, correspondendo ao número de missionários. Na primeira semana, cada fraternidade ficou responsável por um bairro, incluído o centro. Alguns bairros ficaram sem receber missionários, mas o trabalho foi organizado conforme o número de missionários. Os missionários visitaram famílias, fizeram encontros de estudo da Bíblia e catequese, encontros com crianças (que são muitas em todos os lugares), celebrações da Palavra, celebrações eucarísticas (onde havia um sacerdote e condições
de celebrar, porque na maioria dos lugares faz anos que não há missa) e celebrações de batismo (onde já estava programado). Os encontros e celebrações foram em escolas, quadras de esporte, casas de família, ou mesmo na rua. É visível a ausência dos jovens, pois quando terminam o Ensino Médio, com poucas exceções, vão para cidade (Iquitos ou Lima), para continuar os estudos e procurar trabalho. Aproveitando a visita às famílias também fizeram uma pesquisa, com um questionário, para diagnóstico da realidade social, econômica, religiosa, problemas e necessidades do bairro, bem como para identificar líderes. Alguns também tiveram a oportunidade de fazer programas de rádio. No sábado à tarde foram realizados três encontros paroquiais: crianças, jovens e adultos. Todos aconteceram no mesmo horário, animados pelos missionários conforme a preferência e o carisma de cada um. O encerramento da semana urbana foi com uma celebração dominical em cada bairro. Esta programação seguiu uma metodologia e uma estratégia. Primeiro a catequese, entendida como formação de discípulos, depois a celebração; e, de propor ou incentivar a realização de celebrações dominicais nos bairros, e mais do que isso, formar comunidades eclesiais nos bairros. É claro que isso não acontece por decisão dos missionários, nem por decreto, é fruto de uma caminhada, exige formação e acompanhamento dentro do ritmo amazônico. Os missionários vieram para dar essa força. A programação temática dos estudos bíblicos e catequéticos foi pensada nesta perspectiva. Mas mais importante do que os temas é a participação das pessoas, é a experiência de encontros de irmãos, de reunir-se com os vizinhos, de ler e partilhar a Bíblia comunitariamente e fortalecer a fé. Essa foi uma das riquezas desta semana. março / 2016 [coMUNICAÇÕES]
145
Evangelização
No domingo, dia 17, pela manhã, enquanto cada um celebrava nos seus bairros, começaram a chegar os animadores dos casarios, com seus botes, para buscar os missionários e levá-los às suas comunidades ribeirinhas. Alguns vieram em comitiva, para recepcionar e acompanhar os missionários. Onde ainda não há um animador cristão (ministro da comunidade), vieram as autoridades locais (cada casario tem sempre duas autoridades, um agente municipal, que é o vínculo com a prefeitura, e um tenente governador, que é a ligação com o governo regional; são eleitos pela comunidade e nomeados pela respectiva autoridade). Participaram do almoço com os missionários e depois foram conduzindo os missionários para a nova etapa da missão. As fraternidades missionárias foram as mesmas da primeira semana. Cada uma visitou três casarios, ficando dois dias em cada um: de domingo a terça-feira no primeiro, de terça a quinta no segundo e de quinta-feira a sábado no terceiro. A primeira comunidade veio apanhar os missionários em Caballococha, e depois cada uma os levou para a Comunidade seguinte. A última os trouxe de volta a Caballococha. O combinado foi também que cada comunidade deveria “convidar” os missionários para a comida. Os missionários não levaram comida. A maioria ficou hospedada em escolas, que estão livres pela época das férias, e também porque têm melhores estruturas, com banheiro, e algumas recolhem água de chuva. Em outros lugares, os animadores hospedaram em suas casas. Com a experiência da primeira semana, cada fraternidade se programou em acordo com os animadores. Todos fizeram visitas às famílias e a maioria realizou três encontros: um de apresentação e programação, outro de estudo bíblico catequético, e uma celebração.
Impressões pessoais:
Algumas coisas me surpreenderam, outras me marcaram fortemente. 3 A capacidade dos missionários de se acomodarem à realidade e a cada situação, muitas vezes desconfortáveis. Eu estava preocupado com as condições precárias e sem conforto de hospedagem e com o impacto que poderia provocar no ânimo dos missionários. As casas são de adobe, já centenárias e condenadas à demolição. Elas “têm passado, mas já não têm futuro”, sintetizou um. Por melhor que quiséssemos oferecer, é o que a paróquia tem para oferecer. Nem a casa, nem a cama, nem o calor, nem os mosquitos, nada disso diminuiu o entusiasmo, a alegria, nem o espírito comunitário. 3 Respeito diante da realidade. Para a grande maioria dos missionários, a Amazônia é novidade, é diferente, é exótica. É sempre grande a tentação da arrogância de ser dono da verdade, de criticar, de condenar, julgar tudo a partir da nossa cosmovisão e dos nossos referenciais e nos considerarmos melhores, mais desenvolvidos. Não percebi nada disso, pelo contrário, foi impressionante a atitude de respeito, de sacralidade e de reverência. Até mesmo na hora de avaliar, de fazer críticas, de dar sugestões, principalmente no que se refere à Igreja, a atitude foi sempre de simpatia, de serviço, de colaboração. 3 Para ter essa atitude, a motivação é fundamental. Com que motivação vieram os missionários? Eis algumas das motivações: conhecer a Amazônia; tocar a grandiosidade da Amazônia; sair e descobrir em outros lugares a presença de Deus; partilhar o tempo com outras culturas; fazer a experiência de viver com, de olhar além, ser presença e não querer converter ninguém; ter encontro com Cristo a partir de outra realida-
Evangelização
de; encontrar irmãos. Essas atitudes são fundamentais para permitir a ação do Espírito Santo. Não senti nos missionários “espírito de turista”, nem de aventura, ninguém veio para passear, ou simplesmente para conhecer, mas para fazer missão, dispostos a encarnar-se na realidade local, vivenciar uma experiência séria e em profundidade. 3 Não sou de me emocionar facilmente, mas dois momentos em particular me emocionaram muito. O primeiro foi o encontro de adultos, com o objetivo de fazer um encontro paroquial das pessoas que participaram dos estudos bíblicos ao longo da semana, e com elas refletir sobre o encontro com Jesus e o discipulado. Foi emocionante ver a presença de pessoas que não têm o hábito de participar, dos bairros mais periféricos e pobres, e não só isso, pessoas que nem sequer têm Bíblia, partilhando a Palavra de Deus, e falando em público. O outro momento foi depois do encerramento, na avaliação e partilha entre os missionários. Em grupos, os missionários avaliaram o trabalho mas também partilharam as suas experiências. Eu circulei pelos grupos para sentir o conjunto. Ouvi testemunhos impressionantes, que
não apareceram no plenário nem nos relatórios, que me emocionaram muito (nesse momento eu não estava com o caderno para anotar), e que mostram a intensidade e o espírito com que os missionários viveram a missão. 3 Tenho a impressão de que recuperamos alguns anos de ausência da Igreja. Para entender isto, é preciso fazer um resgate da história. Caballococha teve a presença de um missionário canadense, Pe. Real, que esteve durante 38 anos na paróquia, até sua morte em 2003. Depois dele, a presença de padres foi de maneira temporária. O que ficou mais tempo ficou um ano e meio, alguns ficaram poucos meses. A maior parte do tempo ficou sem padre, recebendo visitas de padres ocasionalmente para celebrar sacramentos. Quem garantiu a “presença” da Igreja nesses anos todos foram as Irmãs Franciscanas de Jesus Crucificado, que dentro de suas limitações, fizeram o possível, atenderam o centro, e criaram centros de catequese nos bairros. Nós – dois frades - chegamos em junho de 2015, tempo ainda insuficiente para conhecer a realidade e ganhar a confiança. Ainda não conseguimos chegar a todas as comunidades. Al-
guns nos veem como “prestaditos” (emprestados). Algumas comunidades ficaram anos sem receber visita de um missionário. Nos lugares onde os “animadores” perseveram, conseguiram manter fiel a comunidade católica. Em outros lugares, o pessoal migrou para igrejas evangélicas, para ao menos ter a oportunidade de ouvir a Palavra de Deus. Estamos tentando resgatar antigos animadores e descobrir novos. Em uma semana, oito bairros viveram uma experiência intensiva de proximidade com a Igreja. E na semana seguinte foram visitadas 24 comunidades ribeirinhas, com a presença de três missionários durante dois dias em cada uma. Os missionários nos deixaram uma lista com 25 nomes, homens e mulheres, alguns são casais, de possíveis animadores, dos casarios e dos bairros. Sem contar que muitos se animaram a reconstruir, ou a construir a sua capela. Uma grande bênção. Um pentecostes! 3 O espírito de partilha da paróquia. Um projeto missionário como esses tem o seu custo. Cada missionário assumiu sua própria viagem. Nós (Projeto Amazônia) assumimos as viagens e transporte local (as passagens de barco e a gasolina para os março / 2016 [coMUNICAÇÕES]
147
Evangelização
deslocamentos em bote), e solicitamos da paróquia, além da hospedagem, a alimentação para os missionários. Foi uma multiplicação dos pães. Alguém doou todo o arroz, uma padaria todo o pão, outros uma cesta básica e ofertas diversas em víveres ou em espécie chegavam a cada dia. Alguns ofereceram uma refeição, uma comida típica e vieram preparar. O que faltou foi completado pelas ofertas da coleta dominical. Não faltou a contribuição dos próprios missionários: uma vez os mexicanos fizeram uma comida típica mexicana, outra vez os argentinos, e os brasileiros também se animaram. Uma missionária testemunhou: “Vivi a multiplicação dos pães a cada dia, a irmã estava preocupada e as coisas chegavam”. A confiança na providência e a partilha fazem parte do Evangelho. 3 A fidelidade e confiança dos animadores. Muitas comunidades perseveram pela dedicação e fidelidade dos animadores, mesmo com pouco apoio, e apenas dois encontros de formação por ano. As missões nos casarios foram organizadas e programadas com eles, e onde não há animadores, com as autoridades locais. O combinado, como já disse, foi que eles iriam transportar os missionários com seus botes e motores, para todos os lugares, e iriam oferecer a comida. Nós entramos com o combustível. Isso pode ser normal
148
[coMUNICAÇÕES] março / 2016
em outros lugares, mas aqui nesta região da Amazônia não. O conceito que se tem é que os missionários têm tudo, têm comida, têm dinheiro, constroem igrejas e não precisam de nada. Estamos tentando mostrar que já foi assim, mas hoje não é mais. Os católicos mesmos é que devem colaborar e manter a sua comunidade. Nesse sentido, Caballococha já tem uma caminhada porque em 2010, em uma tempestade, o vento arrancou o telhado, e depois a chuva acabou com o que restou (as paredes eram de adobe e foram se derretendo). As missões foram uma prova de fogo e funcionou, tanto o transporte como a alimentação. Obrigado aos missionários por terem se submetido a isso. É preciso confiar, porque o Espírito Santo não deixa desprovida a sua Igreja!
As boas notícias continuam
3 Não podemos deixar de partilhar: no mesmo dia que viajaram os missionários, chegou a primeira parte do material para a construção de uma casa nova para as irmãs. Alguns missionários, que viajaram um dia depois, ainda ajudaram a descarregar. Poderia ter chegado alguns dias antes, mas a casa estava ocupada, e não teria onde guardar. A decisão de construir primeiro a casa das “hermanas”, depois a dos “hermanos”, foi tomada na visita pastoral do bispo. Para uma já há grande parte dos re-
cursos, para a outra ainda tem que esperar e procurar aliados e apoiadores. A notícia de que o Conselho Econômico tinha aprovado o início da construção, mesmo sem ter todo o orçamento necessário, chegou com os missionários. 3 Por que não visitaram nosso “pueblo”? Quando se descarregava o material, um missionário me falou: “Estão te procurando, é algo que você vai gostar!”. Eram as autoridades de um casario. Apresentaram-se e foram explicando o motivo da visita: “Soubemos que na semana passada uns missionários estiveram visitando as comunidades, estiveram bem perto, nas duas comunidades vizinhas, pra cima (rio acima) e pra baixo (rio abaixo), ficamos esperando e não nos visitaram. Por que não visitaram nosso ‘pueblo’”? Agradeci a visita, tive que explicar e desculpar-me. Esta comunidade não estava na minha lista, estamos conhecendo a paróquia e ainda não temos uma relação total das Comunidades, nem dos animadores. Além disso, tínhamos tomado a decisão para evitar situações constrangedoras de não enviar missionário a nenhum lugar onde ainda não estivemos e não conhecemos. A tarefa de abrir caminhos é nossa, e não dos que vêm de fora para colaborar. Essa não seria uma situação constrangedora, teria sido uma alegria: “Temos animador, nos reunimos aos domingos, e queremos construir uma capela. Queremos fazer
Evangelização
isso antes de terminar nosso mandato”, completaram. De fato foi uma alegria! Cobranças assim podem vir outras. Na rua também já fui cobrado, como quando alguém me abordou, dizendo: “Você prometeu nos visitar e ainda não foi, estamos esperando”. A Igreja continua viva, a messe é grande e os trabalhadores são poucos.
Uma Igreja frágil, mas viva
Em muitas ocasiões tive a sensação de estar em uma Igreja em ruínas, a mesma experiência de São Francisco de Assis: onde tinha animador, já não há; onde havia catequistas, já não há; onde havia igreja (capela), já não há, ou porque apodreceu, ou porque o rio levou; onde havia celebração dominical, já não há; onde havia missionários que visitavam, davam formação e animavam as comunidades, já não há. Falo isso não só da paróquia, pelos motivos que já expliquei, mas também de outros lugares da Amazônia que já visitei. Para ter uma ideia, as paróquias vizinhas, as duas descendo o rio, e as duas subindo, estão sem padre. Isso por vários motivos, um deles é a diminuição de missionários, pelo me-
nos o modelo de missionários que se conheceu no passado. E outro motivo é a pouca confiança na gente do lugar, seja como padres ou como leigos. O Vicariato mesmo, com mais de 60 anos de presença missionária, só tem dois padres naturais da Amazônia. Alguma coisa está mudando, porque tem nove candidatos ao sacerdócio (seminaristas). Mas é sobre isso que quero refletir, porque as percepções são diferentes. Nesse contexto é animador a análise e testemunho de um missionário (um frei): “Senti-me missionando numa Igreja viva, frágil, mas viva, uma Igreja que está a caminho”. E continuou: “Há uma sintonia entre os freis e as irmãs”. E acrescentou: “O que fizemos vai ficar como ajuda”. “Espero que não se apague a chama nesta cidade”, concluiu. Outro frei confirmou: “Esse tipo de Igreja me encanta, frágil, mas viva”. Mesmo entre ruínas, por entre as cinzas, as brasas continuam vivas. A sensação geral que tive nessa missão foi de pequenez, a mesma que senti no dia da ordenação. As circunstâncias da vida e a providên-
cia divina nos colocaram nesse lugar, um rincão da Amazônia, fronteira de três países, com uma presença tricentenária de missionários e da Igreja, mas uma história de muita dor e muito sofrimento, principalmente das populações nativas, de muita morte e destruição, fruto da exploração e da injustiça, experiência de uma Igreja em ruínas para ser reconstruída. Uma tarefa muito grande, que é impossível realizar sozinho, mesmo em fraternidade. Só mesmo com muita confiança, solidariedade e a graça de Deus. Quero terminar com as palavras da Irmã Martha: “Este projeto é obra de Deus, e se é obra de Deus vai em frente. Deus está presente, a comida não acabou. Estou muito agradecida, Caballococha e a paróquia foram muito abençoadas por vocês, a missão transforma, e os que estão procurando a sua vocação, não demorem muito”. Um abraço a cada missionário e a cada missionária. ¡Gracias, gracias, gracias! Frei Atílio Battistuz
Evangelização
DEPOIMENTO DE MáRIO MANNRICH
3 Conforme havia adiantado, prometi fazer um relatório mais detalhado - ainda que incompleto e subjetivo - de minha experiência missionária (parte do Projeto Amazônia OFM), realizada na Amazônia Peruana, entre os dias 4 a 26 de janeiro, com a finalidade de fazer conhecer um pouco da Amazônia (de sua beleza e desafios) e, quem sabe, despertar no coração de algum amigo ou amiga o desejo de, no futuro, participar desta experiência e, asseguro de antemão, fascinante e enriquecedora! 3 Antecipadamente, peço vênia por alguma incorreção ou por dados não condizentes com a realidade. O que lhes conto é uma experiência pessoal, subjetiva e, como tal, carregada de impressões pessoais e, talvez, de
150
[coMUNICAÇÕES] março / 2016
algum exagero provocado pelo entusiasmo. 3 A experiência foi um sucesso e vivemos intensa fraternidade e atividade missionária entre os mais pobres dos pobres e entre as populações de nativos descendentes de indígenas de diversas etnias e mestiços abandonados quase por completo pelas autoridades do Peru e por anos de ausência quase total de missionários. Gente boa. Alma aberta. Quase silenciosa. Falam pouco (diz-se que o homem amazônico é contemplativo). Muitos e, até em frequentes casos, não sabem mais fazer o Sinal da Cruz ou rezar o Pai Nosso ou a Ave Maria. Pobres (vivendo à beira da miséria, que é sempre pecado). Falta na maioria das comunidades ribeirinhas
água potável, luz elétrica, assistência à saúde e saneamento básico. Vivem esquecidos pela autoridade do País. A emoção pessoal, talvez a mais tocante que senti nesta missão, foi, quando na visita ao caserio Aldeia, ensinei ao líder da comunidade a rezar o rosário. E, depois, junto aos 3 missionários, ele e a filhinha pequena de 10 anos, rezavam o terço à beira do Rio Amazonas, ao cair da tarde. 3 Alimentação básica: peixe, yuca (mandioca) e plátano (uma qualidade de banana). Por vezes, arroz e carne de galinha ou de algum animal da floresta. Carne de gado: muito raramente. Não podem ter grande criação de aves domésticas ou de gado devido à cheia do rio Amazonas e outros rios que durante 4 meses por ano inundam
Evangelização
parte da casa e terrenos adjacentes tendo que se transferir para o que chamam de monte ou chácara (uma pequena propriedade rural dada pelo Governo para o cultivo agrícola e onde possuem uma pequena palhoça (ranchinho simples de madeira, geralmente de chão batido e coberto de folha de palmeira e que serve de moradia temporária na época das cheias). Bebida: até água do próprio rio, não potável, e sucos naturais de frutas e cocos da floresta. O assim chamado massato, feito de yuca ou mandioca fermentada, serve de suco e também bebida alcoólica, após uma fermentação mais prolongada. Realizam duas refeições ao dia: o desayuno, pelas 7 da manhã, logo depois que os homens foram verificar nas redes que armaram no rio na tardinha do dia anterior os peixes pescados, e o almoço, lá pelas 4 da tarde, depois que os homens regressaram do trabalho nas assim chamadas chácaras (terrenos agrícolas doados pelo governo do Peru a estas populações, com mais ou menos 300 metros de frente e 800 metros de fundo). Do que avança em sua produção de peixe, yuca, milho e plátano é vendido, uma vez por semana, em Caballococha, ou em Tabatinga (Brasil) ou ainda em Leticia (Colômbia). Produtos transportados pelos assim chamados pec-pecs (pequenos barcos a motor) com viagem até de 12 horas pelos rios... 3 Vivem em cabanas simples, casas de madeiras, cobertas de palha ou calamita (chapa de zinco), de 2 andares (uma parte ao nível do chão e outra, sobre estacas para não ser
destruídas pela cheia). Descansam nas redes e dormem no chão. Famílias numerosas (de 3 a 8 e até mais filhos), vivendo até 3 famílias em uma mesma casinha simples (choupana). A natureza e a imensidão dos rios e da floresta o fazem ser contemplativo. Quando o mistério é grande demais o ser humano se cala... Importante: o nativo tira da floresta e da mãe terra somente o necessário para o sustento de cada dia e um pouco para a venda de subsistência. O homem nativo da Amazônia não tem a característica de guardar, de economizar ou de explorar para o enriquecimento. 3 Os 26 missionáros, na primeira semana de missão, de 6 a 12 de janeiro, e isto na sede da paróquia de Caballococha, tiveram uma espécie de curso de formação, com uma série de informações e comunicados a respeito da realidade da Amazônia nos seus aspectos, com ênfase na realidade eclesial, fazendo intensa experiência de comunhão fraterna com uma hora de reflexão e celebração da Palavra de Deus às 7 da manhã e às 19 horas, reza do santo Rosário, seguida de santa Missa. 3 Na segunda semana (de 12 a 17 de janeiro), divididos em grupos de 3 missionários cada grupo, visitamos os bairros da paróquia (8 ao todo). Em cada um destes bairros, Frei Atílio, após um tempo de conscientização, catequese e formação de lideranças leigas, pretende construir uma pequena capela. A participação do povo, principalmente das crianças, foi muito positiva e até surpreendente. O trabalho missionário consistiu na visita a todas as famílias dos bairros e a uma catequese e celebração da Palavra (em hora combinada) e catequese e atividade com as crianças que sempre compareciam numerosas e festivas. O tema da catequese foi o Anúncio do Reino de Deus (núcleo da mensagem de Jesus de Nazaré, na linha da Teolo-
gia da Libertação de Leonardo Boff). 3 O que se verificou nos bairros:urgente necessidade de um trabalho de evangelização e de catequese, com ênfase na formação de lideranças leigas. Do ponto de visita humano e social: em alguns bairros, falta de água potável, de assistência médica e de saneamento básico. Violência familiar. Alcoolismo. População: - composta de descendentes diretos de indígenas das etnias ticunas e yaguas e mestiços. A meu grupo foi designado o bairro mais pobre de Caballococha, chamado Santa Rita del Caño (antes, Santa Rita del Gallinaceo, pela presença vistosa de urubus...) Aí não somente existe pobreza mas também miséria. A participação dos adultos e das crianças nas celebrações e na catequese de toda a semana foi animadora. Desejo da população: água potável e uma capela (não dispõe de 4 soles (mais ou menos 6 reais) para uma ida e volta à igreja matriz da cidade para participarem da santa Missa dominical. No dia 24, Frei Atílio celebrou numa pequena praça de esporte 26 batizados (ou mais!). Detalhe: preocupação maior do povo é batizar os filhos! Ter a tal de Certidão de Batismo. Vivemos e tocamos com as mãos a pobreza mais absoluta e até a miséria, o que é um grito quase revoltante diante da riqueza da Amazônia... E nós, os missionários, vivemos pobres com os pobres, desfrutando, talvez pela primeira vez na nossa vida, a pobreza franciscana mais radical, desprovidos de qualquer conforto num calor úmido terrível. Mas fomos felizes e muito felizes. 3 Semana de missão nos caserios (comunidades ribeirinhas), de 19 a 24 de janeiro. Sempre divididos em grupo de 3 missionários, foram visitados 28 comunidades. Aí, certamente, os missionários viveram a mais radical e emocionante experiência de missão. Entre os pobres, os mais pobres. Vivendo de forma simples e pobre. Do março / 2016 [coMUNICAÇÕES]
151
Evangelização
modo de ser indígena e mestiço. Sem luxo. Com pouco. Com falta até mesmo do necessário e indispensável, por vezes, tais como: água potável, luz elétrica, assistência médica e saneamento básico. Mas... felizes. Vivendo em harmonia perfeita com a natureza e com os rios que os conduzem para todos
152
[coMUNICAÇÕES] março / 2016
os lugares, distantes e próximos, em suas canoas ou pec-pecs (barco com motor). Sem mencionar os peixes que os rios oferecem com abundância e variedades inimagináveis! Tirando da terra somente o necessário para o sustento diário e para a venda das pequenas sobras. Na maioria das comu-
nidades não existe capelas católicas mas, em sua maioria quase absoluta, uma ou até duas igrejas evangélicas. Participação, na maioria dos casos, muito boa, tanto de adultos quanto de crianças. Visita a todas as famílias. Catequese diária (anúncio do Reino de Deus) e celebração da Palavra de Deus em horário combinado e atividades com as crianças. 3 Todos os bairros visitados, em quase a totalidade, pedem a construção de pequena capela e visita mais frequente do padre e das irmãs. Objetivo de Frei Atílio: formação de lideranças católicas nas comunidades e construção de pequenas capelas. O encerramento da missão se realizou no domingo, dia 25 de janeiro, na igreja matriz de Caballococha, com missa concelebrada pelos padres missionários, participação dos missionários e bom número de fiéis da comunidade paroquial. 3 Detalhe: Meu grupo visitou, na semana missionária, passando dois dias em cada posto de missão, as comunidades de Cahuibe, San José de Yanayacu e Aldeia. Por uma semana, não tomei banho e tive que fazer as necessidades atrás de bananeiras ou em casinhas (privadas) absolutamente precárias. Dormi em rede. Calor infernal. Suor. Mosquitos (e mosquitos transmissores da malária). Estávamos precavidos com sprays. Comida, como a dos que nos hospedavam: yuca, plátano e peixe e, também, uma ou outra vez, arroz com carne de frango e, uma vez, carne de capivara. Fui feliz, como talvez nunca na vida, chegando a derramar lágrimas de alegria, daquela alegria perfeita ou perfecta laetitia, na expressão franciscana. E mais, voltando a Caballococha, na mais pobre casa de moradia dos dois frades onde nos hospedamos por duas semanas, cheguei a tomar 6 banhos ao dia (em chuveiro paupérrimo e com água fria). Dormitório: para a grande
Evangelização
maioria dos missionários em salão comunitário, em camas das mais simples que você pode imaginar. Cada qual lavando suas roupas no tanque. E quem diz que viver como os pobres vivem faz alguém se sentir infeliz?! Apêndice: - O rio Amazonas - a sua bacia é composta por mais de mil rios - é o chuveiro do povo ribeirinho... Aí tomam banho e lavam suas roupas. O Rio, por vezes, sujo ou contaminado nas margens, é sua referência para a vida... Sem falar que dele tiram um dos alimentos básicos: o peixe que os rios da Bacia Amazônica oferecem em quantidade e espécies únicas. É também o caminho que leva as pessoas para lugares próximos ou distantes. Com ele se tem familiaridade desde a mais tenra idade. Mas é respeitado, porque tem sempre seus mistérios e oculta perigos. Vi crianci-
nhas de 3, 4 aninhos tomando banho no rio... talvez ele não andaria de carro nas nossas rodovias de 2 a 8 pistas com os carros circulando em grande velocidade... No rio, sim, porque é como a continuação do seio materno em que se sente seguro... 3 Foi maravilhoso. Muitas vezes não segurei as lágrimas. Vibrei sempre nas catequeses e me deixei abismar no modo como vivem em suas casinhas (malocas) simples. Fiquei impressionado com o entusiasmo dos missionários jovens (12, mais os 3 postulantes peruanos para a vida franciscana do Peru). 3 Momento turístico: - Na volta da missão, passei um dia em Manaus, realizando um inesquecível passeio pelo Rio Amazonas (Rio Negro e Solimões), organizado por uma agência de viagens (um dia inteiro, em barco
voador, com direito a experiências fascinantes: Encontro das águas Rio Negro com o Rio Solimões. Pesca do pirarucu. Visita a uma reserva animal quando tive a oportunidade e a coragem de segurar nos braços uma jiboia e também um pequeno jacaré. Visita a um igarapé, onde floresce a vitória régia. Nadar com botos numa reserva aquífera do Rio Negro. Almoço em restaurante flutuante e visita a uma tribo de índios às margens do Rio Negro, distante hora e meia de Manaus, por barco rápido... sem falar do passeio em si de barco voando sobre as águas do Rio Negro (que a uma certa altura chega a ter 20 km de largura). Valeu. Para quem nunca visitou a Amazônia não é possível ter a mínima ideia do que ela seja de fato... seus rios, suas florestas, sua gente, sua vida, seu clima, sua fauna e flora, sua biodivermarço / 2016 [coMUNICAÇÕES]
153
Evangelização
sidade,... 2.500 mil espécies de peixe, 324 espécies de mamíferos, cobras - jiboias, sucuris e suas parentas, gigantes mordorrentas de até 13 metros e mais de 200 quilos.... Sem falar na beleza da cidade de Manaus (seu teatro e mercado de peixes), sua gastronomia, o colorido do seu artesanato e das vestimentas dos grupos folclóricos. 3 Visita aos 3 Países e, num mesmo dia, como na volta, quando passei por Tabatinga (Brasil), Letícia (Colômbia), com a fronteira separando as duas cidades e, Brasil e Colômbia, fronteiras sinalizadas por um posto policial indicando que se deixa a Colômbia e se entra no Brasil e, atravessando o Rio Solimões, de barco, se está no lugarejo Santa Rosa, no Peru. Distância: - Para se fazer uma ideia. De Curitiba, por avião, foram 6 horas de viagem até Tabatinga e, em seguida, mais 6 horas de barco convencional pelo Rio Solimões, até chegar a Caballococha, no Peru. Ex-
154
[coMUNICAÇÕES] março / 2016
tensão: 3.400 km de norte a sul e 7.500 km de leste a oeste (salvo erro de geografia de minha parte). Já pensou no número de países que formam a Bacia Amazônica e os Estados que se localizam na Amazônia brasileira?! 3 Saúde. Apesar dos meus já 72 anos vividos, senti-me bem. Emagreci sim. Aprendi a beber água (coisa que faço pouco)... Um pequeno senão. Sofro de hiperplasia prostática benigna, e em Caballococha, aconteceu que, por ferimento causado pelos solavancos dos tais tuc-tucs (triciclos), os quais circulam adoidados pelas ruas passando por quebra molas e buracos sem alguma atenção para com o passageiro, minha próstata andou em pânico... sangramento, descontrole ao urinar com consequências que você bem pode imaginar... dores. Repouso de um dia e meio. Telefonei ao meu médico urologista, em Blumenau, que me receitou antibiótico. Já havia adiantado, com imensa tristeza, ao Frei Atílio que provavelmente não po-
deria participar da semana de missão nas comunidades e que, a continuar nesta situação, adiantaria minha volta ao Brasil. Confesso que chorei. Aí pedi com insistência ao venerável Frei Bruno (em processo de beatificação) que me concedesse a graça de melhorar daquele problema... Pedi também a bênção a um frade missionário argentino, membro do grupo da experiência missionária e que sempre havia demonstrado grande carinho por minha pessoa chamando-me afetuosamente de caro viejito. Final da história: no dia antes da partida para a semana de missão nos pueblos ribeirinhos, melhorei completamente de tudo. Nada mais senti. Desapareceu o sangramento. A dor. Controle perfeito ao urinar... e, até hoje, é assim. Milagre?! Não. Seria exagero. Graça alcançada e acertada cura passada por meu médico de Blumenau, isso sim. E, fruto da bênção dada pelo bom Frei Beppo (assim é conhecido)! Como repetia sempre um frade goiano, mem-
Evangelização
bro da missão, e velho conhecido meu de Agudos, do ano 1972: BASTA TER FE! 3 Realização de um sonho. - Com esta experiência missionária na Amazônia peruana realizei um sonho que manifestei ao então Ministro Geral da Ordem Franciscana, Frei Costantino Koser, em 1976, quando ainda frade e sacerdote, servia a Ordem Franciscana na Cúria Geral OFM, em Roma, revelando a ele o desejo de ser missionário... A vida tomou outros rumos... mas o sonho ficou... o cultivei... foram 40 anos de espera... e finalmente tornou-se realidade de 4 a 27 de janeiro do ano da Graça de 2016. Nunca sacrifique seus sonhos, posso garantir que é uma boa dica! Se existe felicidade, diríamos assim, quase completa nesta terra, experimentei-a nestas 3 semanas missionárias. Fui feliz como um pássaro que voa livre. Amei a Deus como nunca. Senti Seu amor como poucas vezes. Experimentei a fraternidade entre irmãos missionários como poucas vezes me foi concedido saborear. Anunciei o Evangelho do Reino de Deus aos pobres com ar-
dor de um jovem missionário. O que mais posso pedir ao Senhor? Render graças... sempre e sempre. Aprendi a conhecer a Amazônia (um pouco, bem verdade) e amá-la. A Amazônia precisa ser mais conhecida e amada. Ela é o pulmão do mundo. Encerra riquezas inimagináveis e os ávidos de lucros fáceis estão com os olhos voltados para ela, para explorá-la e despi-la de suas florestas tirando também do seu solo os minérios preciosos (95% por cento de todos os tipos de minérios que existem no mundo se encontram na Amazônia - ouvi dizer, mas não sei se é bem isso!). Se o homem não deixar de explorar selvagemente a Amazônia, como vem acontecendo, em 50 anos, toda a riqueza do ecossistema vai desaparecer e a humanidade toda sofrerá as consequências. 3 Palavra final. Amigo. Amiga. Desculpas por me prolongar. Vênia pelas incorreções e, talvez, exageros. Um convite. Pense na possibilidade de, em futuro próximo, também você se inscrever para uma destas experiências missionárias na Amazônia. Pelo que estou informado, em
julho, haverá mais outra deste tipo, e desta vez, na Amazônia brasileira. Frei Atílio, em tempo oportuno, enviará convite. Vale a pena. A Igreja da Amazônia está em ruínas. Ajude a reconstruí-la. Abrace o convite do Papa Francisco que nos chama para uma Igreja que vai para as periferias geográficas e existenciais. E se ainda não estiver convencido, vai aqui uma informação e um dado. Em julho, o Papa Francisco nomeou bispo para a Prelazia do Xingu, na Amazônia, um frade brasileiro. Nada de mais, mas anote o detalhe. O território desta Prelazia é maior que o território de toda a Itália, contando apenas, se não me falha a memória do que li, com 20 padres, sendo a metade já com mais de 70 anos de idade. Curitiba, 9 de fevereiro de 2016. Mário Mannrich
Rezemos para que o Senhor mande operários para a Sua messe... muitos missionários... Sejamos discípulos e missionários!
março / 2016 [coMUNICAÇÕES]
155
Evangelização
USF CONCEDE TÍTULO DE DOCTOR HONORIS CAUSA AO PRESIDENTE DO STF
A
Universidade São Francisco (USF) recebeu na sexta-feira, dia 19 de fevereiro, o Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), o Ministro Ricardo Lewandowski, no Salão Nobre do Campus Bragança para entrega do título de Doctor Honoris Causa, por toda uma vida devotada ao ensino e à pratica do Direito, à consolidação da Justiça e do Estado democrático; atuando para que o Poder Judiciário contribua para a construção de uma sociedade mais livre, justa e solidária. O evento contou com a presença do reitor da USF, professor Joel Alves de Sousa Júnior, o Ministro Provincial da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil e Chanceler da USF, Frei Fidêncio Vanboemmel, OFM, Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, Dr. Miguel Ângelo Brandi Júnior, Prefeito Municipal de Bragança Paulista, Dr. Fernão Dias da Silva Leme, Diretor da Casa de Nossa Senhora da Paz –
156
[coMUNICAÇÕES] março / 2016
Ação Social Franciscana, mantenedora da Universidade São Francisco, Frei Mário Tagliari, Pró-Reitora de Ensino, Pesquisa e Extensão, Profa. Dra. Iara Andrea Álvares Fernandes, Coordenador da Pastoral Universitária e do Núcleo de Extensão Universitária (NEXT), Frei Thiago Alexandre Hayakawa, OFM, o Coordenador do Curso de Direito de Bragança Paulista, Prof. Dr. Volney Zammenhof de Oliveira Silva, além da presença do professor Paulo Moacir Godoy Pozzebon, que participou do evento como mestre de cerimônia. O evento também contou com a participação de autoridades públicas municipais, estaduais e federais. Acompanharam o evento via transmissão simultânea professores e alunos dos campi Campinas, São Paulo e Itatiba. A abertura da cerimônia de atribuição do título contou com a participação do Frei Fidêncio Vanboemmel, OFM, que ressaltou a missão da Uni-
versidade que está alinhada com questões ligadas à justiça e aos direitos humanos. “A Universidade São Francisco busca no pobre de Assis, o homem do segundo milênio, a inspiração para sua missão que é produzir e difundir o conhecimento, libertar o ser humano pelo diálogo da ciência, da fé, promover a fraternidade, a solidariedade, mediante a prática do bem e consequentemente construção da paz. Desejamos através da educação e formação profissional conduzir o ser humano a ser ético pelos outros e com tudo que o cerca. Construir uma história fundamentada das práticas e nos valores que acreditamos, valores éticos, humanos e culturais, na ótica da grandiosa sutileza e sabedoria de São Francisco de Assis. Nesta construção e prática de valores, é importante para nós a questão da justiça e direitos humanos, que apresenta-se para nós como fundamental”, explicou Frei Fidêncio. Para o reitor da USF, professor Joel Alves de Sousa Júnior, a solenidade
Evangelização
foi um momento de homenagear o ministro do Supremo Tribunal Federal e também de comemoração dos 40 anos de presença e atuação dos franciscanos na Universidade. “Este momento em que a Universidade atribui o seu maior título honorífico, uma convergência de valores e missão dessa universidade, com os valores e princípios demostrados por vossa excelência. Como integrante da mais alta corte de justiça do país, temos a convicção que a vossa excelência continuará atuando para a consolidação da justiça e do estado democrático. A USF comunga com esses propósitos atuando para que seus alunos e todas as pessoas influenciadas pelas ações universitárias possam se apropriar de uma cidadania plena, pois só assim alcançaremos uma sociedade livre, justa e solidaria”, destacou o reitor. O título de Doctor Honoris Causa
é a distinção máxima concedida pela USF, sendo atribuída a personalidades que tenham se destacado em favor do saber ou da prática social, cultural, científica e religiosa. A pessoa homenageada não precisa, necessariamente, ser portadora de curso universitário e, ao receber o título, terá o mesmo tratamento e direitos que aqueles que obtiveram um doutorado acadêmico de forma convencional. Em seu discurso de recebimento do título de Doctor Honoris Causa, o presidente do STF, agradeceu o título por ser um reconhecimento de toda uma vida dedicada a universidade e a justiça. “O título que agora recebo não depende de iniciativa, depende do reconhecimento dos meus pares da comunidade acadêmica e reflete o esforço de uma vida dedicada não apenas à causa acadêmica, mas também à justiça. Esse esforço não se faz
sozinho. É um título cobiçado e deve ser valorizado por aqueles que o recebem”, afirmou Lewandowski. Após o recebimento do título, o ministro também ministrou a Aula Magna do Curso de Direito com o tema “Direitos Humanos de Hoje e de Sempre”, que apresentou um panorama histórico da evolução dos direitos humanos na civilização ocidental. O ministro afirmou que a garantia desses direitos, sobretudo os chamados de terceira e quarta gerações, dependem da participação de toda a sociedade. “Alguns direitos podem ser protegidos pela via judicial, sobretudo os de primeira geração, como o direito à vida, à liberdade, à propriedade. Mas os direitos positivos, que dependem da ação do estado, nem sempre podem ser obtidos pela via judicial. O direito à educação ou à saúde, por exemplo, implicam políticas públicas, que têm de ser asseguradas por outros meios, pela mobilização social, partidos políticos, ONGs.É preciso atenção, vigilância e participação. Os direitos humanos não são um dado, são um construído, e temos todos de nos empenhar nessa luta para avançarmos na construção desse patrimônio que nos foi legado pelos nossos antecessores”, explicou. março / 2016 [coMUNICAÇÕES]
157
Evangelização
PROVÍNCIA PRODUZ MATERIAL SOBRE A CF 2016
D
las emissoras, tanto individualmente quanto em bloco de duas ou mais.
JOSÉ
JOSÉ
esde 2013, a Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil, através da Frente de Evangelização da Comunicação, mais uma vez oferece uma série especial de conteúdos para rádio sobre a Campanha da Fraternidade. São mais de 20 matérias e entrevistas relativas o à CF 2016, que neste ano é ecumênica e traz para o debate a questão do saneamento básico, com o tema: “Casa comum, nossa responsabilidade”, e o lema “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca” (Am 5,24). Neste ano, o material será produzido pelas equipes das Rádios Celinauta, AM, de Pato Branco, PR e Coroado,AM, de Curitibanos, SC. As entrevistas e matérias têm duração média de cinco minutos e podem ser veiculadas em qualquer horário pe-
Humilde e Justo, Homem do Hilêncio, José, Guarda Hrecioso de Jesus, Salvador; Nada falou nos Evangelhos, mas, com fé, Acompanhou, deu rumo o Divo Plano – Amor. Embora, sob sombras, passou, fez história, Guardou o Filho e Mãe também; Homem de Luz, Sua missão cumpriu, rumou então pra Glória, E hoje, no mundo, guarda a Igreja de Jesus. Quantos Josés existem hoje pelo mundo, Marias colocaram José em seus nomes; É o Santo mais venerado, é um amor profundo!... Desde que História registrou a Redenção, Homens, mulheres trazem José em seus nomes, E aí pro mundo, também instituição... Frei Walter Hugo de Almeida
Todo o material será disponibilizado pelo site da Rede Católica de Rádio (http://rcr.org.br/podcasts). De acordo com o Coordenador da Frente de Evangelização da Comunicação, Frei Gustavo Medella, a intenção é promover o debate e a reflexão em torno da temática abraçada pela Campanha da Fraternidade, oferecendo aos ouvintes elementos para refletirem o tema do cuidado com o meio ambiente e também se engajarem em ações práticas. “A Campanha da Fraternidade Ecumênica deste ano está em profunda sintonia com os apelos do Papa Francisco em relação ao cuidado com nossa Casa Comum, o Planeta Terra. É muito importante que coloquemos à disposição desta iniciativa todos os meios que temos à disposição. Trata-se de um serviço à Igreja e à sociedade”, explicou Frei Gustavo.
Congresso Capitular
NOTÍCIAS DO CONGRESSO CAPITULAR
F
1ª etapa -
São Paulo, 1º a 4 de fevereiro de 2016
rei Nestor Schwerz, Visitador Geral, foi o presidente da Celebração Eucarística de abertura do Congresso Capitular, no dia 1º de fevereiro, às 8h00, na capela da Fraternidade Imaculada Conceição, da Sede Provincial, em São Paulo. Ele, tomando a missa votiva do Espírito Santo, disse ter a convicção de que o Espírito é que concede os dons necessários para o ministério que os Definidores vão desempenhar. É ele que há de iluminar os discernimentos conjuntos. Lembrou também o verso do salmista: “Se o Senhor não construir a casa, em vão trabalham seus construtores”. Motivando o novo Definitório, afirmou que, em síntese, tudo é dom de Deus: os irmãos, a vocação, a missão, as conquistas, a força e coragem para enfrentar as dificuldades e contratempos. Ressaltou a importância, portanto, de iniciarem o serviço ao redor do altar da Palavra e do Corpo do Senhor, para serem nutridos por ele. Na homilia, Frei Nestor, referindo-se ao “hino ao amor” (1Cor 13,1-13), lembrou que o principal serviço do go-
verno provincial é o da caridade. Em tudo que propõe, decide, tudo deve ser feito com o espírito de caridade. Frisou a importância de os Definidores formarem uma fraternidade, sempre promovendo momentos de oração para ouvir a Palavra, momentos de convivência para conhecerem-se melhor, para sempre chegarem ao consenso, sabendo falar, posicionar-se, mas também ouvindo e respeitando o outro. Depois de motivar à discrição, Frei Nestor, por fim, convidou o novo corpo de Definidores à animação e administração da Fraternidade Provincial, colocando sempre em primeiro lugar a pessoa do frade, procurando ajudá-lo a sair mais de si mesmo, e ser mais aberto à vida e missão da fraternidade, e procurando perscrutar por onde o Espírito está conduzindo a Vida Religiosa neste tempo de mudanças em que vivemos. Já na sala do Definitório, Frei Nestor passou a presidência das sessões a Frei Fidêncio, e os principais assuntos tratados são os que seguem abaixo.
março / 2016 [coMUNICAÇÕES]
159
Congresso Capitular
1) Novos Definidores – “sentimentos”
Os novos Definidores foram convidados a expor como acolheram a eleição para o serviço. Praticamente todos citaram a surpresa como uma das primeiras reações, e isso não somente por parte dos “marinheiros de primeira viagem”, mas também pelos que continuam compondo o governo provincial ou a ele retornam depois de alguns anos. Unânimes, porém, foram todos em manifestar a disposição ao serviço, para o bem dos confrades e da Província, o quanto lhes for possível.
2) Novo Definitório – linhas de ação
1)
2)
3)
4)
5)
6)
160
Embora sem concluir o assunto nesta primeira etapa do Congresso Capitular, os Definidores se dedicaram a “levantar” algumas linhas de ação (“políticas”), tomando em consideração a realidade atual da Província: esperanças, preocupações, propostas. Apoio efetivo aos que têm serviço de animação na Fraternidade Provincial: guardiães, coordenadores das fraternidades, coordenadores dos Regionais, animadores das Frentes de Evangelização, para que estes possam se sentir amparados e autorizados, como presença concreta de animação e governo. Atenção ao contato e comunicação pessoais, em vista de uma maior proximidade entre os irmãos. Neste sentido, a revalorização da celebração dos aniversários, a visita aos doentes, etc. Apesar de difícil, a busca pela solução de problemas sem recorrer primeiramente à transferência. Ou seja, não dar soluções “jurídicas” para questões fraternas, humanas. Seria importante seguir o caminho das instâncias de animação da Província. Maior presença do Definitório Provincial nas fraternidades: mais colegiada, não apenas para dirimir possíveis conflitos, mas simplesmente para conviver e celebrar juntos a alegria de nossa vida, vocação e missão. No caminho do Papa Francisco, o interesse pela “Igreja em saída”, pela Província em saída, pela fraternidade em saída. E, nesse sentido, a responsabilidade pessoal naquilo que ninguém pode fazer pelo outro. Nem as normas. A parcela pessoal é muito decisiva. Requer-se um querer pessoal, um colocarse no processo de permanente conversão, não para satisfazer demandas externas, mas para a própria realização do frade como pessoa humana, capaz de abrir-se e sair das cercanias de si mesmo. Busca de caminho para a superação da autorreferencialidade. Há sempre a tentação de se olhar mais para os próprios interesses. Assim, tudo pode ser muito autocentrado. Daí a importância de se dar um passo
[coMUNICAÇÕES] março / 2016
além: pensar mais a fraternidade, mais o todo, a Província, a Ordem, a Igreja. 7) Acento nos conceitos que nos são comuns, nossas ideias-força. Necessidade de repactuação em torno da pobreza, da transparência, da obediência, da graça. Entre nós, esses valores essenciais do carisma facilmente se diluem. É preciso falar a mesma “língua”. Os combinados valem para todos. Senão caímos nas desigualdades e privilégios que nos afastam uns dos outros, enquanto irmãos, e daqueles a quem nos propomos servir. Nosso “porto seguro” é o espírito do Senhor e seu santo modo de operar. 8) Necessidade de conhecimento maior e atenção à Ratio Econômica da Província, de modo a superar, entre outras coisas, as administrações pessoais e as autonomias financeiras. 9) Insistência nas fraternidades evangelizadoras: frades compondo uma única fraternidade, assumindo juntos missões diferenciadas, em locais distintos. 10) Atenção particular às 5 Frentes de Evangelização, como promovedoras de renovação, além do Secretariado da Formação (permanente e inicial). Há considerável número de frades com dificuldades pessoais. 11) Preocupação com os frades desencantados, “parados no tempo”, com dificuldade de se integrar, de “somar” mais na fraternidade. 12) Consciência de que a Província fez a opção pelas 5 frentes. Elas não se restringem a grupos de frades. Não são estanques, mas é a Província que está em todas elas, e os frades nelas envolvidos o fazem em nome da Fraternidade Provincial. 13) Preocupação em como ajudar a Fraternidade Provincial (o Definitório incluído) a nutrir os valores em que acreditamos: vida fraterna, casa comum, fomentando nos irmãos a consciência crítica diante das “imposições dos valores questionáveis” cultivados pelo nosso tempo. 14) Necessidade de superação dos medos, que nos levam aos apegos. O espírito livre é muito melhor para cada um de nós mesmos e para todos. 15) Possibilidade de realização de algumas reuniões do Definitório Provincial junto aos Regionais. 16) Necessidade de abordagem da questão da saúde pessoal. Há considerável número de frades doentes. Salta aos olhos, por um lado, o descuido, e, por outro lado, a dependência de remédios.
3) Algumas eleições 1) Secretário Provincial: Frei Walter de Carvalho Júnior; 2) Ecônomo Provincial: Frei Mário Luiz Tagliari;
Congresso Capitular
3) Vice-ecônomo Provincial: Frei Raimundo J. de Oliveira Castro; 4) Devido a questões jurídicas, foram eleitas já nesta 1ª etapa do Congresso Capitular as seguintes diretorias: Associação Franciscana de Ensino Senhor Bom Jesus Presidente: Frei João Mannes Vice-presidente: Frei Mário José Knapik Secretário: Frei Claudino Gilz Tesoureiro: Frei Jairo Ferrandin Instituto dos Meninos Cantores de Petrópolis Diretor Administrativo: Frei César Külkamp Vice-diretor administrativo: Frei João Mannes Tesoureiro: Frei Jairo Ferrandin Obra Pia da Terra Santa Presidente: Frei Ivo Müller Vice-presidente e tesoureiro: Frei Germano Guesser Secretário: Frei Alex Ferreira da Silva
4) Recomposição das Fraternidades
Como era de se esperar, grande parte da 1ª etapa do Congresso Capitular foi dedicada à recomposição das Fraternidades. Não sem dificuldades, como se previa, embora grande parte dos irmãos se mostre disponível e animada. São sempre muitas “variantes” a serem consideradas: a pessoa de cada confrade (histórico, potencialidades e limites, disposição e “entraves”), as necessidades da Província, a formação, as frentes de evangelização, a urgência de redimensionamento, etc. Infelizmente, devido à diminuição no número de confrades sem o correspondente equilíbrio no número de fraternidades, num primeiro momento não se conseguiu ainda investir na renovação e qualificação de irmãos para algumas áreas, sobretudo para a Formação e Estudos e para as próprias frentes de Evangelização. Isso será, sem dúvida, preocupação e alvo de interesse por parte do Definitório no decorrer do triênio.
César Külkamp 3) Rio de Janeiro e Baixada Fluminense: Frei César Külkamp 4) Vale do Paraíba: Frei João Francisco da Silva 5) São Paulo: Frei José Francisco de Cássia dos Santos 6) Agudos: Frei Paulo Roberto Pereira 7) Curitiba: Frei João Mannes 8) Pato Branco: Frei Gustavo W. Medella 9) Contestado: Frei Gustavo W. Medella 10) Planalto Catarinense e Alto Vale do Itajaí: Frei João Mannes 11) Leste Catarinense: Frei José Francisco de Cássia dos Santos 12) Vale do Itajaí: Frei João Francisco da Silva
6) Nomeações – Frei Estêvão e Frei César 1) O Definitório Geral, em 27 de janeiro de 2016, no-
meou a Frei Estêvão Visitador Geral da Fraternidade do Colégio Internacional Santo Antônio, em Roma, casa dependente do Ministro Geral. 2) Na mesma data, o Definitório Geral nomeou a Frei César Külkamp Visitador Geral da Custódia de São Benedito da Amazônia. Encerramento Às 16h20 do dia 4 de fevereiro, após considerações de Frei Nestor, que elogiou o trabalho do Definitório e a disponibilidade dos frades em geral, Frei Fidêncio agradeceu a atenção, seriedade, paciência e delicadeza com que os Definidores trataram as questões referentes à recomposição das Fraternidades da Província. Após invocar a intercessão de Maria, abençoou a todos, e, lembrando a segunda fase do Congresso, desejou-lhes bom retorno às fraternidades. Frei Walter de Carvalho Júnior – secretário
5) Definidores – acompanhamento aos
Regionais Devido às contingências, não foi possível transferir ao menos um Definidor para cada Estado em que a Província se faz presente. Há, contudo, disposição e interesse no acompanhamento mais próximo: 1) Espírito Santo: Frei Paulo Roberto Pereira 2) Baixada e Serra Fluminense: Frei março / 2016 [coMUNICAÇÕES]
161
NOTÍCIAS DO CONGRESSO CAPITULAR
F
2ª etapa -
São Paulo, 22 a 25 de fevereiro de 2016
rei Fidêncio, Ministro Provincial, foi o presidente da Celebração Eucarística de abertura da 2ª etapa do Congresso Capitular, no dia 22 de fevereiro, às 8h00, na capela da Fraternidade Imaculada Conceição, da Sede Provincial, em São Paulo. Deu as boas-vindas aos Definidores, e, especialmente, ao Visitador Geral Frei Nestor, que estava ultimando seu serviço aos confrades da Província da Imaculada, neste tempo do Capítulo e Congresso Capitulares. Era a festa da Cátedra de São Pedro, e foi ressaltado que o poder e autoridade, por ela simbolizados, remetem ao serviço e ao cuidado, a exemplo do Cristo, que se fez servo e não senhor. Na partilha, foi lembrado que Pedro não se tornou “pedra” por méritos pessoais, mas porque abriu-se à revelação do Pai, que o ajudou a reconhecer a Jesus como sendo o Filho de Deus. Aplicando, pode-se dizer que há o lado teológico do trabalho do Definitório, pois, afinal, tudo é obra de Deus. Para a grande responsabilidade dos Definidores não hão de faltar as graças, os dons, as luzes do Espírito no exercício deste ministério provincial. Já na sala do Definitório, às 9 horas, Frei Nestor, presidente do Congresso Capitular, convidou os confrades a invocarem a assistência do Espírito Santo, passando, em seguida, a presidência das sessões a Frei Fidêncio, e os principais assuntos nelas tratados são os que seguem abaixo. 1)
2)
162
2. 3. 4. 5. 6. 7. 8.
9. 10. 11. 12.
Recomposição das Fraternidades Grande parte dos confrades acolheu bem as transferências e serviços que lhe foram propostos. Porém, devido a questões pontuais, os Definidores reviram algumas transferências anunciadas na 1ª fase do Congresso Capitular. Conversaram com vários confrades e recompuseram, então, o quadro das fraternidades da Província. O fato é que a “equação”: (número de fraternidades x tipos de trabalho x número de frades x frades dispostos x frades idosos e enfermos), mostrase no limite. É urgente o fechamento de algumas casas e a readequação de algumas frentes de evangelização, não somente em vista de “sobrevivência das presenças” mas, sobretudo, de projeção para o futuro. Eleições diversas Foram eleitos para: 1. Secretário do Secretariado para a Formação e os Estudos: Frei João Francisco da Silva; [coMUNICAÇÕES] março / 2016
13. 14. 15. 16.
17.
18.
3)
Vice-secretário do Secretariado para a Formação e os Estudos: Frei Fábio Cesar Gomes; Moderador para a Formação Permanente: Frei Fidêncio Vanboemmel; Coordenador da Formação Inicial: Frei Rodrigo da Silva Santos; Animador do SAV Provincial: Frei Diego Atalino de Melo; Secretário do Secretariado para a Evangelização: Frei Evaristo P. Spengler; Vice-secretário do Secretariado para a Evangelização: Frei Daniel Dellandrea; Coordenador da Frente das Paróquias, Santuários e Centros de Acolhimento: Frei Germano Guesser; Coordenador da Frente de Comunicação: Frei Gustavo W. Medella; Coordenador da Frente de Educação: Frei João Mannes; Coordenador da Frente das Missões: Frei Alexandre Magno Cordeiro da Silva; Coordenador da Frente da Solidariedade para com os Empobrecidos: Frei José Francisco de Cássia dos Santos; Animador do Serviço JPIC Provincial: Frei James Luiz Girardi; Comissário da Terra Santa: Frei Ivo Müller; Postulantado: Frei Jeâ Paulo Andrade (mestre); Frei Claudino Dalmago (vice-mestre); Noviciado: Frei Samuel Ferreira de Lima (mestre); Frei Jorge Lazaro de Souza e Frei Pedro da Silva (vice-mestres); Tempo da Filosofia: Frei Rodrigo da Silva Santos (mestre); Frei Valdir Laurentino e Frei Jean Ajluni Oliveira (vice-mestres); Tempo da Teologia: Frei Marcos Antônio de Andrade (mestre); Frei Jorge L. Maoski, Frei Antônio Michels e Frei Fábio Cesar Gomes (vice-mestres);
Nomeações diversas 1. Ituporanga (seminário, aspirantado e FAVs): Frei Alberto Eckel, Frei Robson L. Scudela e Frei Marcos Prado dos Santos (orientadores);
Congresso Capitular
Coetus das casas de formação: Rodeio: Frei Samuel Ferreira de Lima, Frei Jorge Lazaro de Souza e Frei Pedro da Silva; Rondinha: Frei Rodrigo da Silva Santos, Frei Jean Ajluni Oliveira e Frei Valdir Laurentino; Tempo da Teologia: Frei Marcos Antônio de Andrade, Frei Fábio Cesar Gomes, Frei César Külkamp, Frei Jorge L. Maoski, Frei Antônio Michels e Frei Antônio Everaldo P. Marinho; 3. Instituto Filosófico São Boaventura: Frei Jairo Ferrandin (diretor); 4. Instituto Teológico Franciscano: Frei Antônio Everaldo P. Marinho (diretor); Frei Elói D. Piva (vice-diretor); 5. Reitor interino da FAE: Jorge A. Siarcos; 6. Coordenador do Departamento de Patrimônio da Província: Frei Volney J. Berkenbrock; 7. Redator da Revista SEDOC: Frei Volney J. Berkenbrock; 8. Redatores da Revista Grande Sinal: Frei Fábio Cesar Gomes e Frei Almir Ribeiro Guimarães; 9. Redator da Revista REB: Frei Elói D. Piva; 10. Redator da Revista Vida Franciscana: Frei Clarêncio Neotti;
Guaratinguetá: Frei Jeâ Paulo Andrade Ituporanga – paróquia: Frei Marcos Prado dos Santos Ituporanga - seminário: Frei Robson Luiz Scudela Lages: Frei José Lino Lückmann Luzerna: Frei Nolvi Dalla Costa Mangueirinha: Frei Arlindo Oliveira Campos Nilópolis: Frei Angelo Cardoso da Silva Niterói: Frei Luiz Henrique Ferreira Aquino Pato Branco: Frei Nelson Rabelo Paty do Alferes: Frei Gilmar José da Silva Petrópolis – Guadalupe: Frei Evaldo Ludwig Petrópolis – S. Francisco: Frei Fábio Cesar Gomes Petrópolis – Sagrado: Frei Leandro Costa Santos Rio de Janeiro - Rocinha: Frei Clauzemir Makximovitz Rio de Janeiro – S. Antônio: Frei Estêvão Ottenbreit Rodeio: Frei Pedro da Silva Rondinha – Aldeia: Frei Mário J. Knapik Rondinha – S. Boaventura: Frei Jean Carlos Ajluni Oliveira Santo Amaro da Imperatriz: Frei Daniel Dellandrea São João do Meriti: Frei Paulo Roberto Santos Santana São Paulo – Pari: Frei Alex Ferreira da Silva São Paulo – São Francisco: Frei Alvaci Mendes da Luz São Paulo – Vila Clementino: Frei Carlos Lúcio Nunes Corrêa Santos: Frei João Pereira Lopes São Sebastião: Frei Virgílio Pereira de Souza Sorocaba: Frei Vanilton Aparecido Leme Vila Velha – Penha: Frei Paulo Cesar Ferreira da Silva Vila Velha – Santuário: Frei Nazareno José Lüdtke Xaxim: Frei Antonio Mazzucco
2.
4)
SAV local – animadores Agudos: Frei Sílvio T. Werlingue Amparo: Frei Adriano Dias do Nascimento Angelina: Frei Gentil de Lima Branco Balneário Camboriú: Frei Sebastião Kremer Bauru: Frei Alessandro Dias do Nascimento Blumenau: Frei Pascoal Fusinato Bragança Paulista: Frei Vitorio Mazzuco Filho Chopinzinho: Frei Angelo Vanazzi Colatina: Frei Gilson Kammer Concórdia: Frei Douglas Paulo Machado Coronel Freitas: Frei Genildo Provin Curitiba: Frei Vagner Sassi Curitibanos: Frei Miguel da Cruz D. Caxias - Campos Elíseos: Frei Vanderlei da Silva Neves D. Caxias - Imbariê: Frei Marx Rodrigues dos Reis Florianópolis: Frei Vanderley Grassi Forquilhinha: Frei João Lopes da Silva Gaspar: Frei Paulijacson Pessoa de Moura
5)
SAV Regional - animadores 1. Agudos: 2. Baixada e Serra Fluminense: 3. Contestado: 4. Curitiba:
Frei Vanilton Aparecido Leme Frei Marx Rodrigues dos Reis Frei Douglas Paulo Machado Frei Jean Carlos Ajluni Oliveira
março / 2016 [coMUNICAÇÕES]
163
Congresso Capitular
5.
Espírito Santo: Frei Paulo Cesar Ferreira da Silva 6. Leste Catarinense: Frei Daniel Dellandrea 7. Pato Branco: Frei Angelo Vanazzi 8. Planalto Catarinense e Alto Vale do Itajaí: Frei Robson Luiz Scudela 9. Rio de Janeiro e Baixada Flum.: Frei Clauzemir Makximovitz 10. São Paulo: Frei Alvaci Mendes da Luz 11. Vale do Itajaí: Frei Pedro da Silva 12. Vale do Paraíba: Frei Jeâ Paulo Andrade 6)
164
Nomeações – assistentes diversos 1. OFS - assistentes SC: Frei Nelson J. Hillesheim PR: Frei Jean Carlos Ajluni Oliveira SP: Frei Vitorio Mazzuco Filho RJ e ES: Frei Almir Ribeiro Guimarães 2. CFFB – representantes do Ministro Provincial SC: Frei Rafael Spricigo PR: Frei Rodrigo da Silva Santos SP: Frei Alexandre Rohling RJ: Frei Fernando de Araújo Lima ES: Frei Florival Mariano de Toledo 3. CRB – representantes do Ministro Provincial SC: Frei Vanderley Grassi PR: Frei Boaventura da Silva SP: Frei Wilson Batista Simão RJ: Frei Sandro Roberto da Costa ES: Frei Clarêncio Neotti 4. Irmãs Clarissas – assistentes Federação: Frei Raimundo J. de Oliveira Castro Lages: Frei José Lino Lückmann Guaratinguetá: Frei João Francisco da Silva Rio de Janeiro: Frei José Pereira Araruama: Frei Sérgio Pagan Colatina: Frei Gilson Kammer Nova Iguaçu: Frei Angelo Cardoso da Silva Luanda: Frei André Luiz da Rocha Henriques Malange: Frei Roberto Ishara 5. Irmãs Concepcionistas – assistentes Federação: Frei Estêvão Ottenbreit Piratininga: Frei Silvio T. Werlingue [coMUNICAÇÕES] março / 2016
7)
1º Encontro Regional - orientação, data e pauta 1. Os Definidores refletiram sobre o 1º encontro dos Regionais a ser convocado. Leram os artigos 82 a 84 dos Estatutos da Província recentemente aprovados no Capítulo Provincial referentes aos Regionais e aos coordenadores. Discutiram sobre a importância do coordenador na animação da vida fraterna e evangelizadora dos confrades das várias regiões da Província e de sua estreita relação com os guardiães e com o Definidor. Embora não tenham, primeiramente, função de governo, os Regionais são instância fundamental de animação dos irmãos, o que, enfim, é o mais importante. Neste sentido, o trabalho do Coordenador Regional é intimamente ligado à moderação da Formação Permanente. 2. No primeiro encontro (as datas seguem abaixo), os confrades deverão eleger o coordenador e o vice-coordenador e o secretário e o vice-secretário. A votação deverá ser secreta, até se chegar à maioria absoluta. No último escrutínio para coordenador, o segundo mais votado fica sendo o vice-coordenador. O mesmo vale para o secretário e vice. 3. Um dos assuntos que farão parte da pauta do 1º Encontro será a composição/revisão do Projeto Fraterno de Vida e Missão das Fraternidades. 4. Os Definidores proporão, no 1º encontro, leitura e reflexão de texto que recolhe os desafios apontados e refletidos durante o Capítulo Provincial. 5. Data do 1º encontro de cada Regional: • Agudos: 18 de abril (Seminário) • Planalto Catarinense e Alto Vale do Itajaí: 25 e 26 de abril (Ituporanga - seminário) • Baixada e Serra Fluminense: 29 e 30 de abril (Sagrado - Petrópolis) • Contestado: 11 e 12 de abril (Piratuba) • Curitiba: 18 de abril (Curitiba) • Espírito Santo: 25 de abril (Vila Velha - Santuário) • Leste Catarinense: 25 e 26 de abril (Forquilhinha) • Pato Branco: 18 de abril (Pato Branco) • Rio de Janeiro e Baixada Fluminense: 25 de abril (Rio – S. Antônio) • São Paulo: 18 de abril (S. Paulo – S. Francisco) • Vale do Itajaí: 18 de abril (Rodeio) • Vale do Paraíba: 25 de abril (Guaratinguetá - Postulantado)
Congresso Capitular
8)
1º Capítulo Local - orientações A Formação Permanente enviará proximamente orientações para a realização dos Capítulos Locais. É bom lembrar que vários subsídios foram confeccionados pela Ordem e pela Província com a temática do Capítulo Local. Os recém-aprovados Estatutos da Província, nos artigos 78 e 79, tratam do Capítulo Local e suas atribuições. É importante marcar logo as datas para os Capítulos do ano todo. Um grande empenho por parte das Fraternidades neste ano, e que envolve o Capítulo Local, é o Projeto Fraterno de Vida e Missão. Confira abaixo.
9)
Projeto Fraterno de Vida e Missão - composição O Capítulo Provincial de 2016 em vários momentos reafirmou a importância do Projeto Fraterno não apenas para a organização da vida das Fraternidades, mas para a própria renovação e revigoramento dos confrades, em termos de vocação e de missão. Por isso, será fundamental a recomposição do Projeto logo no início do triênio. Serão preparados pela Formação Permanente roteiro e metodologia que levem em conta as questões mais recorrentes nos textos abordados no Capítulo e nas reflexões por eles suscitadas: relatórios, carta do Ministro Geral, etc. Ou seja, a proposta é que na recomposição do Projeto Fraterno, com suas dimensões fundamentais (espírito de oração e devoção; vida fraterna; pobreza e minoridade; missão evangelizadora; cuidado da “casa comum”), ressoem, concretamente, modos de “enfrentar” os desafios levantados e discutidos no Capítulo Provincial, e, sobretudo, as prioridades aprovadas para o triênio. A recomposição do Projeto Fraterno deverá ser feita até 31 de agosto deste ano.
10)
Ecônomos das fraternidades – indicação de nomes Seguindo o que reza o art. 79 dos Estatutos da Província, no primeiro Capítulo Local, as Fraternidades deverão indicar nomes para a função de ecônomo local, para nomeação por parte do Definitório.
11)
Prioridades do sexênio - abordagem Os Definidores refletiram sobre as três prioridades do sexênio, presentes no Plano de Evangelização, aprovado no Capítulo Provincial recentemente: a) aprimorar o cultivo da qualidade de vida pessoal e fraterna; b) reforçar ações em direção a uma Província “em saída” e articulada em suas cinco Frentes de Evangelização; c) revigorar a animação vocacional.
12)
Formação Permanente – programa e reunião dos guardiães Os Definidores se detiveram em analisar o programa de Formação Permanente, que foi aprovado no Capítulo Provincial, pensando em encaminhamentos que precisam ser providenciados, inclusive em vista da reunião dos guardiães e coordenadores que acontecerá nos dias 04 e 05 de maio próximo. A assessoria do primeiro dia se voltará para o tema do cuidado com a saúde física e psíquica, com esclarecimentos que ajudem a fugir de dois perigos: o descuido de si mesmo, e, por outro lado, o cuidado doentio e excessivo para consigo, que leva, em vários casos, à perigosa automedicação e/ou à dependência dos remédios e médicos. Neste sentido, importa ressaltar a frugalidade, o equilíbrio e a sobriedade no modo de tratar-se e compreender-se. O assessor do segundo dia tratará do cuidado nas relações interpessoais, na linha de como lidar com as diferenças, administrar conflitos, animar grupos; coordenar, analisar, planejar, executar e avaliar em conjunto, entre outras coisas. Tudo em vista da qualificação da nossa vida fraterna.
13)
Data-limite para as transferências Devido a questões ligadas ao período da Quaresma, Semana Santa e Páscoa, a data limite para se efetuarem as transferências todas será 31 de março.
14)
Decisões do Capítulo Geral 2015 – abordagem O Definitório se ocupou das propostas e decisões do Capítulo Geral 2015, publicadas junto ao documento final “Rumo às periferias com a alegria do Evangelho”, enviado há poucos dias aos confrades. O modo de aplicação das decisões do Capítulo Geral na vida da Província será pensada pelo Secretariado da Evangelização e pela Formação Permanente. Elas giram em torno: da identidade dos irmãos leigos; das linhas orientativas sobre a casa de eremitério e casa de oração; do cuidado da Criação; das novas formas de fraternidade e presença; do programa ecológico da fraternidade local.
15)
Retiros Provinciais 2016 Os retiros provinciais também foram objeto de reflexão no Congresso Capitular. Os relatórios do Capítulo apontaram para o problema dos frades que se inscrevem e acabam não tomando parte nos retiros. Foram marcados os seguintes: 1. Atendendo a orientação da Ordem, retiro para os frades de 1 a 10 anos de transferência, após março / 2016 [coMUNICAÇÕES]
165
Congresso Capitular
2. 3. 4.
5.
os períodos em casas de formação: de 15 a 19 de agosto, em Vila Velha (Casa de encontro S. Clara); Em Rondinha, de 18 a 22 de julho; Em Agudos, de 26 a 30 de setembro; Incentivam-se as iniciativas para retiros, em pequenos grupos, no eremitério de Rodeio, em acordo com o moderador da Formação Permanente e o guardião local. Frei João Mannes dispõe-se a orientar um grupo de 19 a 22 de setembro; Incentivam-se as iniciativas de retiros a serem feitos em alguns Regionais, em acordo com o moderador da Formação Permanente e o Definidor.
16)
Capítulo Provincial 2016 – desafios apontados Os Definidores dedicaram tempo à leitura e reflexão a partir de uma resenha feita sobre os desafios apontados no Capítulo Provincial: na fala do Pe. França Miranda, no relatório do Visitador Geral, no relatório do Ministro Provincial e na carta do Ministro Geral.
17)
Master em Evangelização - cancelamento Foi cancelado o curso Master em Evangelização neste ano de 2016, que seria oferecido pelo ITF. Não se conseguiu reunir um número razoável de participantes. Segundo Frei Elói Piva, prevê-se que até o final de setembro deste ano seja composto o novo grupo para 2017.
18)
19)
166
Curso JPIC – Frei James Girardi Frei James tomará parte no curso para animadores JPIC, promovido pelo escritório da Cúria Geral em colaboração como Antonianum e em sintonia com o espírito do último Capítulo Geral (maio 2015), e com as exigências da nossa história e necessidade de oferecer formação permanente a todos os irmãos. O curso acontecerá de 4 a 15 de abril de 2016. O eixo transversal do curso será o documento Laudato Si’, do Papa Francisco. A primeira parte será mais sistemática, tratando das ferramentas necessárias para se construir uma visão que ajude nas mudanças urgentes do mundo atual. A segunda será especificamente dirigida aos animadores JPIC da Ordem. O curso é aberto também aos leigos(as). Estudos - encaminhamentos É tarefa e interesse do Definitório Provincial in[coMUNICAÇÕES] março / 2016
centivar e promover que os frades qualifiquem-se o quanto possível seja em termos de espiritualidade seja em termos de profissionalização para o trabalho e evangelização. Porém, é preciso ter presente que iniciativas pessoais de estudo devem transitar pelas instâncias (secretariados e Definitório) que aprovam e acompanham todo o processo. 20)
Discretórios - indicações Fraternidades que deverão indicar membros para composição do discretório: 1. Petrópolis-Sagrado, 2. Rio de Janeiro – S. Antônio, 3. São Paulo – S. Francisco e 4. Curitiba. Art. 81 dos Estatutos da Província: “Nas fraternidades com mais de 9 irmãos solenemente professos, além do Capítulo Local, poderá constituir-se, por proposta do Capítulo Local, um discretório com, no mínimo 3 irmãos professos solenes, a critério do Definitório Provincial. Parágrafo único. Os discretos, eleitos por um triênio, têm as seguintes atribuições: 1. Substituir o Vigário da Casa em sua ausência, pela ordem de profissão solene; 2. Tomar decisões em questões urgentes de que dependa o bom funcionamento da Fraternidade, as quais, não obstante, deverão ser apresentadas ao Capítulo Local seguinte; 3. Zelar pela execução das resoluções do Capítulo Local.
21)
OFS e Jufra - nomeações 1. Frei Carlos Ignacia - assistente espiritual da Fraternidade OFS Santo Antônio de Pádua, de Gaspar, SC; 2. Frei Edvaldo Batista Soares – assistente espiritual da Fraternidade Jufra das Chagas do Seráfico Pai São Francisco, de São Paulo, SP;
22)
FIMDA - assembleia Os Definidores sugerem que a Assembleia da FIMDA se realize na segunda quinzena de maio. Participarão: Frei Fidêncio (ministro e mod. Formação Permanente), Frei Evaristo (vigário e secr. Evangelização), Frei João Francisco (definidor e secr. Formação e Estudos) e Frei Alexandre Magno (coordenador da Frente das Missões).
23)
Comunicações da Província – textos de Formação Permanente Neste ano de 2016, o tema da seção da Formação Permanente das Comunicações será a misericórdia, em sintonia com o Ano Santo proclamado pelo
Congresso Capitular
Papa Francisco. Em janeiro, Frei Estêvão fez uma introdução geral; em fevereiro, Frei Ludovico escreveu sobre a misericórdia no Antigo Testamento; em março, Frei José Clemente Müller escreverá sobre a misericórdia no Novo Testamento. Outros confrades e convidados contribuirão com reflexões no decorrer do ano: em abril, “A misericórdia nos Santos Padres” (Frei Ronaldo Fiuza Lima); em maio, “Maria, mãe da misericórdia”; em junho, “A misericórdia nos sermões de Santo Antônio”; em julho, “A misericórdia no sacramento da Reconciliação; em agosto, “A misericórdia em Santa Clara”; em setembro, “As mulheres e a misericórdia na Bíblia”; em outubro, “A misericórdia em São Francisco”; em novembro, “A misericórdia e o cuidado da Casa Comum”; em dezembro, “A misericórdia no mistério da Encarnação”. 24)
25)
O Definitório e o Congresso Capitular nos Documentos Os Definidores tomaram conhecimento dos artigos das Constituições Gerais, dos Estatutos Gerais e dos Estatutos da Província, estes recentemente aprovados, que dizem respeito às atribuições e ao modo de proceder dos Definidores no exercício da função, também no Congresso Capitular. Eleição das Diretorias das Entidades 1. Associação Franciscana de Solidariedade – Sefras Presidente: Frei José Francisco de Cássia dos Santos Vice-presidente: Frei Mário Luiz Tagliari Secretário: Frei Wilson Batista Simão Conselheiros: Frei Germano Guesser, Frei Alex Ferreira da Silva e Frei James Luiz Girardi 2. Casa Nossa Senhora da Paz Presidente: Frei Thiago A. Hayakawa Vice-presidente: Frei Vitorio Mazzuco Filho Secretário: Frei Nilo Agostini Diretor-administrativo: Frei Mário Luiz Tagliari 3. Ação Social Franciscana de Pato Branco Presidente: Frei Policarpo Berri Secretário: Frei Nelson Rabelo Tesoureiro: Frei Neuri F. Reinisch 4. Fundação Frei Rogério Presidente: Frei Neuri Francisco Reinisch Vice-presidente: Frei Roberto Carlos Nunes Diretor Assistente: Frei Mário J. Knapik Diretor Assistente: Frei Gustavo W. Medella
5. Fundação Celinauta Presidente: Frei Neuri F. Reinisch Vice-presidente: Frei Nelson Rabelo Diretor Assistente: Feri Gustavo W. Medella Diretor Assistente: Frei Roberto Carlos Nunes 26)
Conselho do Economato - nomeação 1. Frei Mário L. Tagliari – ecônomo da Província 2. Frei Raimundo J. de Oliveira Castro – vice-ecônomo da Província 3. Frei Estêvão Ottenbreit – do conselho fiscal 4. Frei Mário J. Knapik – do conselho fiscal 5. Frei Valdecir Schwambach 6. Frei Volney J. Berkenbrock – coordenador do Departamento Patrimonial 7. Adriel Moura – coordenador do Departamento Administrativo 8. Luana Giosa – coordenadora do Departamento Jurídico
27)
Conselho de Administração da Província (não mais Conselho Gestor) 1. Frei Mário L. Tagliari – ecônomo da Província 2. Frei Raimundo J. de Oliveira Castro – vice-ecônomo da Província 3. Frei Estêvão Ottenbreit – do conselho fiscal 4. Frei José Francisco de Cássia dos Santos – pelo Sefras 5. Frei Thiago A. Hayakawa – pela Casa N. Sra. da Paz 6. Frei Vitorio Mazzuco Filho – pela Casa N. Sra. da Paz 7. Frei João Mannes – pela Associação de Ensino Senhor Bom Jesus 8. Frei Mário J. Knapik – pela Associação de Ensino Senhor Bom Jesus 9. Frei Ivo Müller – pela Obra Pia da Terra Santa 10. Frei César Külkamp – pela Instituição dos Meninos Cantores de Petrópolis 11. Frei Policarpo Berri – pela Ação Social Franciscana de Pato Branco 12. Frei Roberto Carlos Nunes – pela Fundação Frei Rogério 13. Frei Neuri F. Reinisch – pela Fundação Celinauta 14. Frei Antônio Moser – pela Editora Vozes 15. Frei Volney J. Berkenbrock – pela Editora Vozes 16. Frei Paulo Roberto Pereira – pelo Convento da Penha 17. Frei Valdecir Schwambach março / 2016 [coMUNICAÇÕES]
167
Congresso Capitular
28)
Licença, laicização e secularização 1. Frei Joarez Foresti pediu e recebeu licença para morar fora da Fraternidade Provincial por um ano. 2. Em carta de 19 de fevereiro de 2016, Frei Priamo Etzi, secretário da Procuradoria Geral da Ordem, envia o rescrito de dispensa das obrigações do presbiterato e do celibato em favor de Clésio Tadeu Wiggers. 3. Por decreto de 4 de novembro de 2015, de Dom Rafael Biernaski, bispo de Blumenau, Pe. Jairson foi incardinado, ipso facto, à referida diocese.
29)
Agenda 2016 Confira a agenda atualizada da Província na última página destas Comunicações.
30)
Autorizações de viagem Por motivos diversos, receberam autorização para viajar ao Exterior: Frei Antônio Moser, Frei José Francisco de Cássia dos Santos e Frei Neuri F. Reinisch.
31)
Agradecimento a Frei Nestor – lembrança Antes de os confrades sentarem-se à mesa para o almoço, no dia 24 de fevereiro, Frei Fidêncio dirigiu-se a Frei Nestor com palavras de agradecimento pelo trabalho primoroso que desenvolveu como Visitador Geral da Província da Imaculada, dedicando-se integramente e de coração. Agradeceu pelas correções oportunas e pelo apoio aos projetos e iniciativas antes, durante e após o Capítulo Provincial. Citou texto de 1Cel que
168
[coMUNICAÇÕES] março / 2016
lembra “o companheiro necessário e o amigo fiel”. Ofereceu a Frei Nestor uma bela imagem da Imaculada Conceição, como recordação e desejo de que ele conserve na lembrança e na prece os frades da Província à qual dedicou tempo, empenho e afeto. Frei Nestor, por sua vez, pediu aos Definidores que abençoassem a imagem, o que foi feito ao cântico de “Imaculada, Maria de Deus, coração pobre acolhendo Jesus...”. Encerramento Às 12h00 do dia 25 de fevereiro, Frei Fidêncio, concluindo o Congresso Capitular, confessou e desabafou: “Trabalhamos!...”. Disse que agradecia de coração todo o empenho feito pelos Definidores nessa primeira empreitada do triênio. Pediu que eles se mantivessem cordiais, serenos, pacientes, respeitosos e também justos. Incentivou a comunicação constante dos Definidores através do mailing. Reconheceu mais uma vez que na Província “a corda está muito esticada”, que há condições frágeis, que busca-se a força nas fragilidades, e que será preciso retomar com urgência o processo de redimensionamento, partindo para ações concretas, procurando não apenas fechar casas mas também abrir novas frentes e presenças que condigam com nossas escolhas e prioridades maiores, a partir de nosso carisma. Convidou os Definidores a rezarem uma Ave-Maria, invocando a presença sempre terna da Imaculada. E, por fim, invocou a bênção de Deus sobre todos. Frei Walter de Carvalho Júnior – secretário
Congresso Capitular
Recomposição das Fraternidades – Congresso Capitular 2016 – 2ª etapa Nome De Para 1 James Ferreira Gomes Neto Vila Velha – santuário Agudos 2 José Martins Coelho Agudos Agudos 3 Aristides Luiz Pasquali Agudos Agudos 4 Francisco Tomazi Agudos Agudos 5 João Antunes Filho Agudos Agudos 6 José Lino Zimmermann Curitiba Agudos 7 Osmar Dalazen Agudos Agudos 8 Pedro da Silva Pinheiro Agudos Agudos 9 Sílvio Trindade Werlingue Sorocaba Agudos 10 Carlos Pierezan Bragança Paulista Agudos 11 Cláudio César B. de Siqueira Paty do Alferes Amparo 12 Adriano Dias do Nascimento Amparo Amparo 13 Celso Francisco de Faria Amparo Amparo 14 Perceval Canuto Carvalho Amparo Amparo 15 Nestor Kuhn Angelina Angelina 16 Luís Antonio Aliberti Angelina Angelina 17 Gentil de Lima Branco Angelina Angelina 18 Paulo Cesar M. Borges Agudos Angelina 19 João Maria dos Santos Angelina vig. par. e reitor 20 Ladí Antoniazzi Balneário Camboriú Balneário Camboriú 21 Conrado Lindmeier Balneário Camboriú Balneário Camboriú 22 Sebastião A. Kremer Luanda Balneário Camboriú 23 Alessandro D. Nascimento Bauru Bauru 24 Ademir Sanquetti Agudos Bauru 25 Alex César Rodrigues Nilópolis – Aparecida Bauru 26 Carlos Alberto Guimarães Bauru Bauru 27 Nelson José Hillesheim Rondinha – Aldeia Blumenau 28 José Bertoldi Gaspar Blumenau 29 Pascoal Fusinato Blumenau Blumenau 30 Nilo Agostini Bragança Paulista Bragança Paulista 31 Vitorio Mazzuco Filho Petrópolis – S. Francisco Bragança Paulista 32 Carlos José Körber Niterói Bragança Paulista 33 Celso Chiarelli Bragança Paulista Bragança Paulista 34 Regis G. Ribeiro Daher Bragança Paulista Bragança Paulista 35 Anselmo Julio München Bragança Paulista Bragança Paulista 36 Antonio Fernandes Rosolem Bragança Paulista Bragança Paulista 37 Ascânio Sant’Anna Bragança Paulista Bragança Paulista 38 Ciríaco Tokarski Bragança Paulista Bragança Paulista 39 Ernesto Kramer Bragança Paulista Bragança Paulista 40 Floriano Surian Bragança Paulista Bragança Paulista 41 João Alves Filho Bragança Paulista Bragança Paulista 42 João Batista de A. Campos Bragança Paulista Bragança Paulista 43 Juvenal Sansão Bragança Paulista Bragança Paulista 44 Mário Brunetta Bragança Paulista Bragança Paulista 45 Olavo Seifert Rio de Janeiro – S. Antônio Bragança Paulista 46 Raul Budal da Silva Bragança Paulista Bragança Paulista 47 Thiago Alexandre Hayakawa Bragança Paulista Bragança Paulista 48 Jacir Antonio Zolet Forquilhinha Chopinzinho 49 Angelo Vanazzi Curitiba Chopinzinho 50 Diomedes Basi Coronel Freitas Chopinzinho 51 João Gualberto Spohn Chopinzinho Chopinzinho 52 Gilson Kammer Colatina Colatina 53 Mário Stein Colatina Colatina 54 Pedro do Nascimento Viana Colatina Colatina 55 Henrique Ireno Dell Olivo Concórdia Concórdia 56 José Idair Ferreira Augusto Chopinzinho Concórdia 57 Douglas Paulo Machado Concórdia Concórdia
Serviço
guardião pároco S. Antônio serv. frat. serv. frat. serv. frat. serv. frat. serv. frat. serv. frat. vig. casa, pároco S. Paulo e anim. SAV local vig. par. guardião e vig. par. vig. casa, pároco e anim. SAV local vig. par. vig. par. atend. conv. guardião e vig. par. vig. casa, pároco e anim. SAV local vig. par. coord. frat. e pároco vig. par. vig. par. e anim. SAV local guardião, pároco S. Clara e anim. SAV local vig. casa e pároco S. Antônio vig. par. vig. par. coord. frat., pároco e reitor vig. par. vig. par. e anim. SAV local a serv. Educação a serv. Educação e anim. SAV local guardião serv. frat. serv. frat. tratamento tratamento tratamento tratamento tratamento tratamento tratamento tratamento tratamento tratamento tratamento tratamento vig. casa e a serv. Educação guardião e pároco vig. casa, vig. par. e anim. SAV local e regional vig. par. vig. par. coord. frat., pároco e anim. SAV local vig. par. vig. par. a serv. evang. guardião e pároco vig. casa, vig. par. e anim. SAV local e regional
março / 2016 [coMUNICAÇÕES]
169
Congresso Capitular 58 Délcio Francisco Lorenzetti Concórdia Concórdia 59 Josué Celante Concórdia Concórdia 60 Luiz Toigo Concórdia Concórdia 61 René Zarpelon Curitibanos Concórdia 62 Moacir Antonio Longo Rodeio Coronel Freitas 63 Genildo Provin Xaxim Coronel Freitas 64 Alcides Cella Coronel Freitas Coronel Freitas 65 Dionísio Ricieri Morás Curitiba Coronel Freitas 66 Rui Guido Depiné Piraquara – PR Curitiba 67 Dalvino Munaretto Curitiba Curitiba 68 Alexandre Magno C. da Silva Curitiba Curitiba 69 Lauro Both Rondinha – S. Boaventura Curitiba 70 Cássio Vieira de Lima Curitiba Curitiba 71 Antonio Joaquim Pinto Curitiba Curitiba 72 Vagner Sassi Curitiba Curitiba 73 Adriano Freixo Pinto S. Paulo – Pari Curitiba 74 Benjamim Berticelli Petrópolis – Sagrado Curitiba 75 Boaventura da Silva Curitiba Curitiba 76 Heitor Cela Curitiba Curitiba 77 Roberto Carlos Nunes Balneário Camboriú Curitibanos 78 Miguel da Cruz S. Paulo – S. Francisco Curitibanos 79 Pedro Caron Concórdia Curitibanos 80 Domingos Boing Hellmann S. Paulo – S. Francisco Curitibanos 81 João B. Chilunda Canjenjen-ga Petrópolis – Sagrado D. Caxias – C. Elíseos 82 Vanderlei da Silva Neves Petrópolis – Sagrado D. Caxias – C. Elíseos 83 Antônio Michels D. Caxias – C. Elíseos D. Caxias – C. Elíseos 84 Jorge Paulo Schiavini D. Caxias – C. Elíseos D. Caxias – C. Elíseos 85 Carlos A. Branco Araujo D. Caxias – C. Elíseos D. Caxias – C. Elíseos 86 Marx Rodrigues dos Reis Petrópolis – Sagrado D. Caxias - Imbariê 87 José Raimundo de Souza D. Caxias – Imbariê D. Caxias - Imbariê 88 Jorge Luiz Maoski Bauru D. Caxias – Imbariê 89 João Fernandes Reinert D. Caxias – Imbariê D. Caxias – Imbariê 90 Eliseu Tambosi Florianópolis Florianópolis 91 Vanderley Grassi Florianópolis Florianópolis 92 Aladim Uber Florianópolis Florianópolis 93 Paulo Back Forquilhinha Forquilhinha 94 Ivo Müller Rio de Janeiro – S. Antônio Forquilhinha 95 João Lopes da Silva Coronel Freitas Forquilhinha 96 Osvaldo Lino Luiz Forquilhinha Forquilhinha 97 Benjamim F. Ansolin Forquilhinha Forquilhinha 98 Ricardo Backes Quibala Forquilhinha 99 Carlos Ignacia Gaspar Gaspar 100 Paulijacson P. de Moura Gaspar Gaspar 101 Lindolfo Jasper Chopinzinho Gaspar 102 Airton da Rosa Oliveira Guaratinguetá – Postul. Guaratinguetá – Postul. 103 Wilson Steiner Guaratinguetá – Postul. Guaratinguetá – Postul. 104 Claudino Dal’Mago Guaratinguetá – Postul. Guaratinguetá – Postul. 105 João Francisco da Silva Guaratinguetá – Postul. Guaratinguetá – Postul. 106 Jeâ Paulo Andrade Vila Velha – Penha Guaratinguetá – Postul. 107 Reinaldo Meneses da Silva Rio de Janeiro – S. Antônio Guaratinguetá – Postul. 108 Leonir Ansolin Agudos Guaratinguetá – Postul. 109 Evandro Balestrin Concórdia Ituporanga - paróquia 110 Fabiano Kessin Forquilhinha Ituporanga - paróquia 111 Bertolino Tholl Ituporanga – paróquia Ituporanga - paróquia 112 Valdemar Matias Schweitzer Ituporanga – paróquia Ituporanga - paróquia 113 Marcos Prado dos Santos S. Amaro Imperatriz Ituporanga - paróquia 114 Marcos Estevam de Melo Ituporanga – seminário Ituporanga – seminário 115 Alberto Eckel Junior Ituporanga – seminário Ituporanga – seminário 116 Robson Luiz Scudela D. Caxias – C. Elíseos Ituporanga – seminário
170
[coMUNICAÇÕES] março / 2016
vig. par. vig. par. vig. par. vig. par. guardião e pároco vig. casa, vig. par. e anim. SAV local vig. par. vig. par. a serv. sanatório atend. conv. guardião, pároco e coord. Frente Missões organeiro pároco S. Madalena Sofia prof. e vig. par. vig. casa, prof., a serv. Educação, anim. SAV local e a serv. do Sefras vig. par. vig. par. vig. par. vig. par. guardião, pároco e a serv. Comunicação vig. casa, vig. par. e anim. SAV local vig. par. vig. par. est. Teologia – 3º ano est. Teologia – 4º ano e anim. SAV local guardião, vice-mestre e vig. par. vig. casa e pároco vig. par. est. Teologia – 3º ano e anim. SAV local e regional est. Teologia – 4º ano coord. frat., vice-mestre e vig. par. pároco atend. conv. coord. frat., pároco, a serv. Educação e anim. SAV local vig. par. guardião, pároco e comiss. T. Santa vig. casa, a serv. evang. e anim. SAV local vig. par. vig. par. vig. par. guardião e vig. par. pároco e anim. SAV local vig. casa e vig. par. a serv. evang. atend. conv. atend. conv. e vice-mestre def., guardião e secr. Formação e Estudos mestre e anim. SAV local e regional serv. frat. vig. casa e a serv. evang. coord. frat. e pároco vig. par. vig. par. vig. par. vig. par., orientador e anim. SAV local guardião orientador e prof. orientador, professor e anim. SAV local e regional
Congresso Capitular 117 Elias Dalla Rosa Ituporanga – Seminário Ituporanga – seminário 118 José Lino Lückmann Lages Lages 119 Vilmar Alves da Silva Lages Lages 120 Tarcísio Geraldo Theiss Lages Lages 121 Ervino Girardi Lages Lages 122 Nolvi Dalla Costa Luzerna Luzerna 123 Léo Severino Schmidt Luzerna Luzerna 124 Arlindo Oliveira Campos Chopinzinho Mangueirinha 125 Rubens Luiz de Carvalho Mangueirinha Mangueirinha 126 Luiz Carlos Peloso Mangueirinha Mangueirinha 127 Plínio Gande da Silva Nilópolis – Aparecida Nilópolis 128 Walter Ferreira Junior Nilópolis – Aparecida Nilópolis 129 Ângelo Cardoso da Silva S. João de Meriti Nilópolis 130 Athaylton Jorge M. Belo S. João de Meriti Nilópolis 131 Cid Tadeu Passos Angelina Nilópolis 132 Tadeu Luiz Fernandes Nilópolis – Aparecida Nilópolis 133 Salésio Lourenço Hillesheim Niterói Niterói 134 Sérgio Sebastião Pagan Niterói Niterói 135 Luiz Henrique F. Aquino S. Paulo – S. Francisco Niterói 136 Policarpo Berri Pato Branco Pato Branco 137 Neuri Francisco Reinisch Pato Branco Pato Branco 138 Olivo Marafon Pato Branco Pato Branco 139 Nelson Rabelo Pato Branco Pato Branco 140 Aldolino Bankhardt Niterói Pato Branco 141 Vitalino Turcato Pato Branco Pato Branco 142 Felipe Gabriel Alves Pato Branco Pato Branco 143 Leonardo Pinto dos Santos Agudos Paty do Alferes 144 Gilmar José da Silva Rio de Janeiro – S. Antônio Paty do Alferes 145 Valdir Nunes Ribeiro Curitibanos Paty do Alferes 146 Marcos Vinícius Motta Brugger Petrópolis – Guadalupe Petrópolis - Guadalupe 147 Gabriel Vargas Dias Alves Petrópolis – Sagrado Petrópolis - Guadalupe 148 Alan Maia de França Victor Petrópolis – Guadalupe Petrópolis - Guadalupe 149 Evaldo Ludwig Petrópolis – Sagrado Petrópolis - Guadalupe 150 Antônio Moser Petrópolis – S. Francisco Petrópolis – S. Francisco 151 Elói Dionísio Piva Petrópolis – S. Francisco Petrópolis – S. Francisco 152 Alberto Beckhäuser Petrópolis – S. Francisco Petrópolis – S. Francisco 153 Fernando de Araújo Lima Petrópolis – S. Francisco Petrópolis – S. Francisco 154 Ludovico Garmus Petrópolis – S. Francisco Petrópolis – S. Francisco 155 Ronaldo Fiuza Lima Petrópolis – S. Francisco Petrópolis – S. Francisco 156 Antonio Everaldo P. Marinho Petrópolis – S. Francisco Petrópolis – S. Francisco 157 Fábio Cesar Gomes Rondinha – S. Boaventura Petrópolis – S. Francisco 158 Cristiano Aparecido Maciel Malange – M. Alverne Petrópolis - Sagrado 159 Gaudêncio C. Choputo Numa Petrópolis – Sagrado Petrópolis - Sagrado 160 José Morais Cambolo Petrópolis – Sagrado Petrópolis - Sagrado 161 Ermelindo Francisco Bambi Petrópolis – Sagrado Petrópolis - Sagrado 162 João Alberto Bunga Petrópolis – Sagrado Petrópolis - Sagrado 163 Roberto Aparecido Pereira Petrópolis – Sagrado Petrópolis - Sagrado 164 Camilo Donizeti Evaristo Martins D. Caxias – Imbariê Petrópolis - Sagrado 165 Fabio José Gomes Petrópolis – Sagrado Petrópolis - Sagrado 166 Rafael Teixeira do Nascimento Petrópolis – Guadalupe Petrópolis - Sagrado 167 Leandro Costa Santos D. Caxias – C. Elíseos Petrópolis - Sagrado 168 Edrian Josué Pasini Petrópolis – Sagrado Petrópolis – Sagrado 169 Gentil Avelino Titton Petrópolis – Sagrado Petrópolis – Sagrado 170 Francisco Morás Petrópolis – Sagrado Petrópolis – Sagrado 171 César Külkamp Petrópolis – Sagrado Petrópolis – Sagrado 172 Marcos Antonio de Andrade Petrópolis – Sagrado Petrópolis – Sagrado 173 Valdeci Bento de Moura Petrópolis – Sagrado Petrópolis – Sagrado
vig. casa, orientador e prof. guardião, vig. par., a serv. Educação e anim. SAV local pároco vig. casa e vig. par. vig. par. coord. frat., pároco e anim. SAV local vig. par. a serv. evang. e anim. SAV local coord. frat. e vig. par. pároco a serv. evang. guardião e pároco Aparecida vig. casa, pároco Conceição e anim. SAV local vig. par. vig. par. vig. par. guardião e pároco vig. casa e vig. par. vig. par. e anim. SAV local atend. conv. guardião, a serv. Comunicação e vig. par. pároco vig. casa, vig. par., a serv. Comunicação e anim. SAV local vig. par. vig. par. vig. par. e a serv. Comunicação a serv. evang. coord. frat., pároco e anim. SAV local vig. par. coord. frat., est. Teologia – 4º ano est. Teologia – 3º ano est. Teologia – 4º ano est. Teologia – 4º ano e anim. SAV local a serv. Comunicação – Vozes, pároco S. Clara e prof. guardião, prof. e vig. par. prof. e vig. par. prof. e vig. par. prof. e vig. par. prof. e vig. par. prof., vig. par. e diretor ITF vig. casa, prof., vig. par.Sagrado, vice-mestre, vice-secr. Formação e Estudos e anim. SAV local est. Teologia – 1º ano est. Teologia – 2º ano est. Teologia – 2º ano est. Teologia – 3º ano est. Teologia – 3º ano est. Teologia – 3º ano est. Teologia – 4º ano est. Teologia – 4º ano est. Teologia – 4º ano est. Teologia – 4º ano e anim. SAV local a serv. Comunicação – Vozes a serv. Comunicação – Vozes a serv. Comunicação – Vozes e vig. par. def., guardião e pároco mestre e prof. porteiro e a serv. evang. março / 2016 [coMUNICAÇÕES]
171
Congresso Capitular 174 José Ariovaldo da Silva Petrópolis – Sagrado Petrópolis – Sagrado 175 Volney José Berkenbrock Petrópolis – Sagrado Petrópolis – Sagrado 176 Luiz Flavio Adami Loureiro Petrópolis – Sagrado Petrópolis – Sagrado 177 Abílio Amaral Antunes Petrópolis – Sagrado Petrópolis – Sagrado 178 José Clemente Schafaschek Guaratinguetá – Postul. Petrópolis – Sagrado 179 Almir Ribeiro Guimarães Petrópolis – Sagrado Petrópolis – Sagrado 180 Sandro Roberto da Costa Petrópolis – Guadalupe Rio de Janeiro - Rocinha 181 Clauzemir Makximovitz Rio de Janeiro – Rocinha Rio de Janeiro – Rocinha 182 James Luiz Girardi Rio de Janeiro – Rocinha Rio de Janeiro – Rocinha 183 Arcângelo Raimundo Buzzi Nova Iguaçu - RJ Rio de Janeiro – S. Antônio 184 Anselmo Fracasso Rio de Janeiro – S. Antônio Rio de Janeiro – S. Antônio 185 Antônio Alexandre Nader Rio de Janeiro – S. Antônio Rio de Janeiro – S. Antônio 186 Geraldo Hagedorn Rio de Janeiro – S. Antônio Rio de Janeiro – S. Antônio 187 Guido Scottini Rio de Janeiro – S. Antônio Rio de Janeiro – S. Antônio 188 José Alamiro Andrade Silva Rio de Janeiro – S. Antônio Rio de Janeiro – S. Antônio 189 Robson de Castro Guimarães Rio de Janeiro – S. Antônio Rio de Janeiro – S. Antônio 190 Sérgio de Souza Rio de Janeiro – S. Antônio Rio de Janeiro – S. Antônio 191 Neylor José Tonin Nilópolis – Conceição Rio de Janeiro – S. Antônio 192 Estêvão Ottenbreit S. Paulo – V. Clementino Rio de Janeiro – S. Antônio 193 Antonio Otavio Ferreira Rio de Janeiro – S. Antônio Rio de Janeiro – S. Antônio 194 José Luiz Alves Vila Velha – santuário Rio de Janeiro – S. Antônio 195 José Ulisses de Moraes S. Paulo – S. Francisco Rio de Janeiro – S. Antônio 196 Róger Brunorio Rio de Janeiro – S. Antônio Rio de Janeiro – S. Antônio 197 José Pereira Nilópolis – Conceição Rio de Janeiro – S. Antônio 198 Jorge Lazaro de Souza Guaratinguetá – Postul. Rodeio 199 Samuel Ferreira de Lima Rodeio Rodeio 200 António da Silva Manuel Rodeio Rodeio 201 Bernardo João Cassinda Rodeio Rodeio 202 Bernardo José Cayoya Kandan-gongo Rodeio Rodeio 203 Daniel Kahuvi Tchitumba Tchikeva Rodeio Rodeio 204 Domingos Cacanda Soma Rodeio Rodeio 205 Elias Hebo Luís Rodeio Rodeio 206 Evaristo Seque Joaquim Rodeio Rodeio 207 Feliciano Afonso Manuel Rodeio Rodeio 208 Francisco Dalilson Pereira Cabral Rodeio Rodeio 209 Helder Josué Mateus Domingos Rodeio Rodeio 210 Jonas Ribeiro da Silva Rodeio Rodeio 211 Leandro Menezes Fernandes Rodeio Rodeio 212 Lucas de Moura Justino Souza Rodeio Rodeio 213 Marlon Taxa Pereira Reis da Silva Rodeio Rodeio 214 Odilon Voss Rodeio Rodeio 215 Pedro Domingos Caiungue Mugiba Rodeio Rodeio 216 Pedro Isaías Luisa Vitangui Rodeio Rodeio 217 Simão Cassua Horácio Rodeio Rodeio 218 Wagner da Silva Neves Rodeio Rodeio 219 Pedro da Silva Coronel Freitas Rodeio 220 Abel Schneider Rodeio Rodeio 221 Rafael Spricigo Rodeio Rodeio 222 José Henrique Rosa Rondinha – Aldeia Rondinha – Aldeia 223 João Mannes Rondinha – S. Boaventura Rondinha – Aldeia 224 Claudino Gilz Rondinha – Aldeia Rondinha – Aldeia 225 Jairo Ferrandin Rondinha – Aldeia Rondinha – Aldeia 226 Mário José Knapik Rondinha – Aldeia Rondinha – Aldeia 227 Gamaliel Devigili Rondinha – S. Boaventura Rondinha – S. Boaventura 228 Bruno Araújo dos Santos Rondinha – S. Boaventura Rondinha – S. Boaventura 229 Danilo Santos Oliveira Rondinha – S. Boaventura Rondinha – S. Boaventura 230 Felipe Medeiros Carretta Rondinha – S. Boaventura Rondinha – S. Boaventura
172
[coMUNICAÇÕES] março / 2016
prof. e vig. par. prof., a serv. Comunicação – Vozes, vig. par., e coord. depto. patrimônio vig. casa e vig. par. vig. par. vig. par. vig. par. e assist. OFS vig. par. e prof. coord. frat., vig. par. e anim. SAV local e regional pároco e anim. JPIC provincial a serv. Clarissas atend. conv. atend. conv. atend. conv. atend. conv. atend. conv. atend. conv. atend. conv. atend. conv. guardião, anim. SAV local e assist. Fed. Concepcionistas serv. frat. serv. frat. serv. frat. serv. frat. e a serv. depto. bens culturais vig. casa e reitor sant. guardião e vice-mestre mestre noviço noviço noviço noviço noviço noviço noviço noviço noviço noviço noviço noviço noviço noviço noviço noviço noviço noviço noviço pároco, vice-mestre e anim. SAV local e regional tratamento vig. casa e vig. par. a serv.Educação def., guardião, prof. e coord. Frente Educação prof. e a serv. Educação prof. e a serv. Educação vig. casa, a serv. Educação e anim. SAV local atend. conv. est. Filosofia – 1º ano est. Filosofia – 1º ano est. Filosofia – 1º ano
Congresso Capitular 231 Jean Santos da Silva Rondinha – S. Boaventura Rondinha – S. Boaventura 232 Matheus José Borsoi Rondinha – S. Boaventura Rondinha – S. Boaventura 233 Natanael José Barbosa Rondinha – S. Boaventura Rondinha – S. Boaventura 234 Thiago da Silva Soares Rondinha – S. Boaventura Rondinha – S. Boaventura 235 Tiago Gomes Elias Rondinha – S. Boaventura Rondinha – S. Boaventura 236 Vitor da Silva Amâncio Rondinha – S. Boaventura Rondinha – S. Boaventura 237 Angelo Fernandes Baratella Rondinha – S. Boaventura Rondinha – S. Boaventura 238 Augusto Luiz Gabriel Rondinha – S. Boaventura Rondinha – S. Boaventura 239 David Belineli Rondinha – S. Boaventura Rondinha – S. Boaventura 240 Douglas da Silva Rondinha – S. Boaventura Rondinha – S. Boaventura 241 Erick de Araújo Lazaro Rondinha – S. Boaventura Rondinha – S. Boaventura 242 Heberti Senra Inácio Rondinha – S. Boaventura Rondinha – S. Boaventura 243 Leandro Ferreira Silva Rondinha – S. Boaventura Rondinha – S. Boaventura 244 Raoni Freitas da Silva Rondinha – S. Boaventura Rondinha – S. Boaventura 245 Samuel Santos Soares Rondinha – S. Boaventura Rondinha – S. Boaventura 246 Gabriel Dellandrea Rondinha – S. Boaventura Rondinha – S. Boaventura 247 Hugo Câmara dos Santos Rondinha – S. Boaventura Rondinha – S. Boaventura 248 Marcos Schwengber Rondinha – S. Boaventura Rondinha – S. Boaventura 249 Zilmar Augusto Moreira de Oliveira Rondinha – S. Boaventura Rondinha – S. Boaventura 250 Jean Carlos Ajluni Oliveira Rondinha – S. Boaventura Rondinha – S. Boaventura 251 Gregório Martins Rondinha – S. Boaventura Rondinha – S. Boaventura 252 Rodrigo da Silva Santos Ituporanga – Seminário Rondinha – S. Boaventura 253 Aldeci de Arcízio Miranda Rondinha – S. Boaventura Rondinha – S. Boaventura 254 Estevam Gomes Pereira Rondinha – S. Boaventura Rondinha – S. Boaventura 255 Valdir Laurentino Rodeio Rondinha – S. Boaventura 256 Nilton Decker S. Amaro Imperatriz S. Amaro Imperatriz 257 Daniel Dellandrea S. Amaro Imperatriz S. Amaro Imperatriz 258 Faustino Tomelin S. Amaro Imperatriz S. Amaro Imperatriz 259 José Boeing Lages S. Amaro Imperatriz 260 Gaudêncio Sens S. João de Meriti S. João de Meriti 261 Luiz Colossi S. João de Meriti S. João de Meriti 262 Paulo Roberto S. Santana São Sebastião S. João de Meriti 263 Hermenegildo Curbani Nilópolis – Conceição S. João de Meriti 264 Antonio Marcos Koneski S. João de Meriti vig. par. 265 Josemberg Cardozo Aranha Rondinha – S. Boaventura S. Paulo - Pari 266 Roger Strapazzon Rondinha – S. Boaventura S. Paulo - Pari 267 Reinaldo Parisi Neves Neto S. Paulo – Pari S. Paulo – Pari 268 José Franc. De C. Santos S. Paulo – Pari S. Paulo – Pari 269 Alex Ferreira da Silva S. Paulo – Pari S. Paulo – Pari 270 Germano Guesser Gaspar S. Paulo – Pari 271 Wilson Batista Simão S. Paulo – Pari S. Paulo – Pari 272 Anacleto Luiz Gapski S. Paulo – Pari S. Paulo – Pari 273 David Raimundo Santos S. Paulo – S. Francisco S. Paulo – S. Francisco 274 Alexandre Rohling S. Paulo – S. Francisco S. Paulo – S. Francisco 275 Edvaldo Batista Soares Petrópolis – Sagrado S. Paulo – S. Francisco 276 Diego Atalino de Melo S. Paulo – S. Francisco S. Paulo – S. Francisco 277 Alécio Antonio Broering S. Paulo – S. Francisco S. Paulo – S. Francisco 278 Marcos Hollmann S. Paulo – S. Francisco S. Paulo – S. Francisco 279 Gustavo Wayand Medella S. Paulo – S. Francisco S. Paulo – S. Francisco 280 Mário Luiz Tagliari S. Paulo – V. Clementino S. Paulo – S. Francisco 281 Alvaci Mendes da Luz S. Paulo – S. Francisco S. Paulo – S. Francisco 282 Albino Francisco Gabriel S. Paulo – S. Francisco S. Paulo – S. Francisco 283 Lauro Formigoni Rodeio S. Paulo – S. Francisco 284 Odorico Decker S. Paulo – S. Francisco S. Paulo – S. Francisco 285 Sérgio Calixto S. Paulo – S. Francisco S. Paulo – S. Francisco
est. Filosofia – 1º ano est. Filosofia – 1º ano est. Filosofia – 1º ano est. Filosofia – 1º ano est. Filosofia – 1º ano est. Filosofia – 1º ano est. Filosofia – 2º ano est. Filosofia – 2º ano est. Filosofia – 2º ano est. Filosofia – 2º ano est. Filosofia – 2º ano est. Filosofia – 2º ano est. Filosofia – 2º ano est. Filosofia – 2º ano est. Filosofia – 2º ano est. Filosofia – 3º ano est. Filosofia – 3º ano est. Filosofia – 3º ano est. Filosofia – 3º ano guardião, vice-mestre e anim. SAV local e regional jardineiro e serv. frat. mestre e coord. Formação Inicial serv. frat. serv. frat. vig. casa e vice-mestre guardião e vig. par. vig. casa, pároco, vice-secr. Evangelização e anim. SAV local e regional vig. par. vig. par. atend. conv. guardião e pároco vig. casa, vig. par. e anim. SAV local vig. par. estágio missionário estágio missionário a serv. Sefras def. e coord. Frente Solidariedade para com os Empobrecidos est., a serv. Sefras e anim. SAV local guardião, pároco e coord. Frente Paróquias, Santuários e Centros de Acolhimento vig. casa e a serv. Sefras vig. par. a serv. Educafro a serv. Pró-Vocações e da Comunicação a serviço do SAV provincial, Pró-Vocações e a serv. evang. anim. SAV provincial atend. conv. atend. conv. def. e coord. Frente Comunicação guardião e ecôn. provin. pároco, reitor, coord. Pró-Vocações, a serv. Comunicação e anim. SAV local e regional serv. frat. serv. frat. serv. frat. serv. frat. março / 2016 [coMUNICAÇÕES]
173
Congresso Capitular 286 José Zanchet S. Paulo – S. Francisco S. Paulo – S. Francisco 287 Luiz Donizete Ribeiro S. Paulo – S. Francisco S. Paulo – S. Francisco 288 Guido Moacir Scheidt Bragança Paulista S. Paulo – S. Francisco 289 Walter de Carvalho Júnior S. Paulo – V. Clementino S. Paulo – V. Clementino 290 Fidêncio Vanboemmel S. Paulo – V. Clementino S. Paulo – V. Clementino 291 Raimundo J. de O. Castro S. Paulo – V. Clementino S. Paulo – V. Clementino 292 Valdecir Schwambach Vila Velha – Penha S. Paulo – V. Clementino 293 Euclydes F. Pezzamiglio S. Paulo – V. Clementino S. Paulo – V. Clementino 294 Carlos Lúcio Nunes Corrêa S. Paulo – Pari S. Paulo – V. Clementino 295 Evaristo Pascoal Spengler D. Caxias – Imbariê S. Paulo – V. Clementino 296 Valdevino Negherbon Mangueirinha Santos 297 João Pereira Lopes Ituporanga – paróquia Santos 298 Hipólito Martendal Santos Santos 299 Rozântimo Antunes Costa Santos Santos 300 Virgílio Pereira de Souza S. Paulo – S. Francisco São Sebastião 301 João Pereira da Silva Amparo São Sebastião 302 Marcelo Paulo Romani São Sebastião São Sebastião 303 Gilberto Marcos S. Piscitelli Sorocaba Sorocaba 304 Benedito G. G. Gonçalves Rio de Janeiro – Rocinha Sorocaba 305 Vanilton Aparecido Leme Sorocaba Sorocaba 306 André Becker Santos Sorocaba 307 Antonio Lopes Rodrigues Sorocaba Sorocaba 308 Alan Leal de Mattos Rondinha – S. Boaventura Vila Velha - Penha 309 Ari do Amaral Praxedes Vila Velha – Penha Vila Velha – Penha 310 Cláudio Guski Vila Velha – Penha Vila Velha – Penha 311 Pedro de Oliveira Rodrigues Paty do Alferes Vila Velha – Penha 312 Paulo Roberto Pereira Vila Velha – santuário Vila Velha – Penha 313 Pedro Engel Vila Velha – Penha Vila Velha – Penha 314 Paulo Cesar F. da Silva Vila Velha – Penha Vila Velha – Penha 315 Nazareno José Lüdtke Rio de Janeiro – S. Antônio Vila Velha – santuário 316 Vunibaldo Vogel Vila Velha – santuário Vila Velha – santuário 317 Djalmo Fuck S. Paulo – V. Clementino Vila Velha – santuário 318 Clarêncio Neotti Vila Velha – santuário Vila Velha – santuário 319 Florival Mariano de Toledo Vila Velha – santuário Vila Velha – santuário 320 Afonso Vicente Vogel Xaxim Xaxim 321 Alex Sandro Ciarnoscki Xaxim Xaxim 322 Antonio Mazzucco Xaxim Xaxim 323 Vitalino Piaia Xaxim Xaxim
Fundação Imaculada Mãe de Deus de Angola – FIMDA
324 Alberto André António Viana Luanda 325 Alberto Victorino Luanda Luanda 326 Ananias Pegado Muondo Cauanda Luanda Luanda 327 André dos Santos Sungo Mingas Luanda Luanda 328 Canga Manuel Mazoa Luanda Luanda 329 Crisóstomo Pinto Ngala Viana Luanda 330 Gabriel Sapalo Chico Viana Luanda 331 Honorato Salvador Gaspar Gabriel Viana Luanda 332 João Candongo Muhala Luanda Luanda 333 José João Ganga Luanda Luanda 334 Mário Sampaio Pelu Luanda Luanda 335 Mateus Molosande Ukwahamba Luanda Luanda 336 Miguel Tchiteculo Tchindjombo Filipe Luanda Luanda 337 Paulino Kamussamba Sopindi Viana Luanda 338 Siro Armando José Luamba Luanda Luanda 339 José Antonio dos Santos Luanda Luanda 340 Aloísio P. Agost. dos Santos Luanda Luanda 341 Angelo José Luiz Petrópolis – Sagrado Luanda
174
[coMUNICAÇÕES] março / 2016
tratamento vig. casa e serv. frat. vig. par. guardião e secretário provincial ministro provincial e moder. Formação Permanente vice-ecôn. provin. e assist. Fed. Clarissas vig. casa e pároco vig. par. vig. par. e anim. SAV local vigário provincial e secr. Evangelização a serv. evang. coord. frat., pároco, reitor sant. e anim. SAV local vig. par. vig. par. a serv. evang. e anim. SAV local guardião e pároco vig. casa e vig. par. guardião e pároco S. Antônio pároco Bom Jesus vig. casa, vig. par. e anim. SAV local e regional vig. par. vig. par. estágio missionário atend. conv. atend. conv. atend. conv. def., guardião e reitor sant. serv. frat. vig. casa, atend. conv. e anim. SAV local e regional a serv. evang. e anim. SAV local atend. conv. guardião e pároco vig. casa e vig. par. vig. par. atend. conv. guardião e pároco vig. casa, vig. par. e anim. SAV local vig. par. est. est. est. est. est. est. est. est. est. est. est. est. est. est. est. presidente FIMDA, guardião, ecôn. e mestre procur. FIMDA,vice-mestre e assist. OFS vig. casa e pároco
Congresso Capitular 342 André Luiz da R. Henriques Florianópolis Luanda 343 Márcio de Araújo Terra Luanda Luanda 344 Alfredo Epalanga Prego Viana Malange – M. Alverne 345 Jefferson Max Nunes Maciel Rondinha – S. Boaventura Malange – M. Alverne 346 Jeferson Palandi Broca Malange – M. Alverne Malange – M. Alverne 347 Roberto Ishara S. Paulo – V. Clementino Malange – M. Alverne 348 Laurindo Lauro da S. Júnior Luanda Malange – M. Alverne 349 Junior Mendes Rondinha – S. Boaventura Malange - Missão 350 Luiz Iakovacz Malange – Missão Malange - Missão 351 Laerte de Farias dos Santos S. João de Meriti Malange – Missão 352 Afonso Katchekele Quessongo Malange - Missão Malange – Missão 353 Jhones Lucas Martins Rondinha – S. Boaventura Quibala 354 Santana Sebastião Cafunda Viana Quibala 355 Alisson Luís Zanetti Malange - Missão Quibala 356 Ivair Bueno de Carvalho Viana Quibala 357 Marco Antonio dos Santos Quibala Quibala 358 António Boaventura Zovo Baza Viana Viana 359 André Gurzynski Quibala Viana 360 Valdemiro Wastchuk Curitibanos Viana 361 Antenor Camilo Militão Malange – M. Alverne Viana
Roma 362 363 364 365
Ademir José Peixer Leonardo A. R. T. Santos Gilberto da Silva José Antônio Cruz Duarte
Outros serviços 366 367 368 369 370 371 372 373 374 375 376 377 378 379 380 381
Fidelio Gonçalves Ferreira Gilberto Gonçalves Garcia Ary Estevão Pintarelli Vicente Bohne Moiséis Beserra de Lima Atamil Vicente de Campos Günther Max Walzer Paulo Limper Aloísio Bernardo Hellmann Hans Heinrich Stapel Walter Hugo de Almeida Álido Rosá José Lorenz Führ Atilio Dalla Costa Battistuz Harley Luis Siqueira Jorge José Clemente Müller
Roma - Antoniano Roma - Antoniano Roma - Antoniano Roma – Cúria Geral
Roma - Antoniano Roma - Antoniano Roma - Antoniano Roma – Cúria Geral
est. est. est. assistente geral OFS e Jufra
Barra - BA Brasília Brasília - DF Brasília - DF Brotas de Macaúbas – BA Dourados - MS Florianópolis Geisenheim - Alemanha Guaratinguetá - SP Guaratinguetá - SP Guaratinguetá - SP Iguatemi – MS Missão Tiriyó Requena/Peru - Amazônia São Paulo – S. Amaro Terra Santa – Monte Tabor
Barra - BA Brasília Brasília - DF Brasília - DF Brotas de Macaúbas – BA Dourados - MS
a serv. Diocese conselheiro CNE/MEC a serv. Nunciatura a serviço em Brasília a serv. Diocese a serv. Custódia 7 Alegrias N. Sra.
Geisenheim - Alemanha Guaratinguetá - SP Guaratinguetá - SP Guaratinguetá - SP Iguatemi – MS Missão Tiriyó Requena/Peru - Amazônia São Paulo – S. Amaro Terra Santa – Monte Tabor
a serv. Diocese a serv. F. Esperança a serv. F. Esperança período sabático F. Esperança a serv. indígenas a serv. índios Tiriyós missionário a serviço Diocese a serviço da Custódia da Terra Santa
S. Paulo – S. Amaro
a serv. Diocese
Hóspede 382
Xavier Fornasiero
Bispos 383 384 385 386 387 388 389 390 391 392
vig. par., assist e capelão Clarissas, atend. Kimbo vig. par., proj. Nossos Miúdos estágio missionário estágio missionário guardião, ecôn., orient. e prof. orientador, prof., assist. e capelão Clarissas vig. casa, reitor, orient. e prof. estágio missionário vig. par. e assist. OFS coord. frat., ecôn., resp. quase-paróquia S. Teresinha e missão aldeias pároco Santos Mártires e prof. estágio missionário estágio missionário guardião e ecôn. vice-mestre e resp. obra vig. casa, mestre postulantes e mestre estagiários guardião e pároco proj. sociais vig. casa, vig. par e ecôn. vig. par., assist. OFS e Jufras
Luiz Flavio Cappio Caetano Ferrari Leonardo Ulrich Steiner Severino Clasen Diamantino P. de Carvalho Bernardo Johannes Bahlmann João Bosco B. de Sousa Jaime Spengler Fernando A. Figueiredo Paulo Evaristo Arns
Barra - BA Bauru - SP Brasília - DF Caçador - SC Campanha - MG Óbidos - PA Osasco - SP Porto Alegre - RS Santo Amaro - SP Taboão da Serra - SP
secretário CNBB
março / 2016 [coMUNICAÇÕES]
175
CFFB
Entrevista
Washington Lima dos Santos
Um jovem na luta pelo Velho Chico e pela Jufra “Trago dentro de mim uma experiência profunda de encontro com a pessoa de Cristo, compreendida e assumida à luz do carisma franciscano”. É com esse testemunho que o alagoano Washington Lima dos Santos assume o Secretariado Nacional da Juventude Franciscana. Recém-eleito no XVI Congresso Ordinário e Celebrativo pelos 45 anos da Jufra no Brasil, Washington fala nesta entrevista um pouco de sua vida e de como estará à frente da animação da Juventude Franciscana no próximo triênio. Para este jovem alagoano, por mais que incomode “o rosto chagado de tantos jovens nas periferias do mundo”, é possível sonhar com um “amanhã mais florido e alegre”. É com essa disposição que o novo Secretário Fraterno Nacional encara a premente luta pelo Velho Chico e pela Juventude Franciscana. Acompanhe a entrevista!
Comunicações – Como você conheceu a Jufra? O que te levou até ela? Washington Lima dos Santos - Alguns sinais do carisma franciscano estão presentes em minha vida desde meu nascimento. Minha Mãe, Sandra Maria, sempre me trouxe à mente a figura de Santo Antônio, seja durante as procissões da comunidade, na imagem pendurada na parede do meu quarto, seja com seu desejo de me ter batizado com o nome de Antônio ou com as histórias que conta sobre a hora do meu nascimento. A Juventude Franciscana me apareceu em 2007, pouco depois do encontro celebrativo pelos 30 anos da Jufra de Penedo. Cidade do interior de
Alagoas, margeada pelo sofrido e “transplantado” Opará-Velho Chico- Rio São Francisco, Penedo é o pedaço de terra-“porciúncula” que me gerou.
Comunicações – Como é sua vida? O que faz? Estuda? Sua família? Washington - Minha vida é servir. De fato, não consigo mais estar neste mundo com outra perspectiva. Faço parte de um seio familiar constituído por meus pais, Carlito e Sandra, e mais três queridas irmãs: Leilane, Elaine e Emylly. Exerço meu trabalho pastoral enquanto jovem franciscano, servindo à Juventude Franciscana, pela qual descobri um espaço de luta popular a favor do Rio São Francisco. Curso Engenharia Química pela Universidade Federal de Alagoas, com trabalhos direcionados ao tratamento de efluentes industriais. Comunicações – Como você recebeu a eleição para Secretário Fraterno Nacional? Washington - Após alguns meses de reflexão e oração, pequenos momentos de descontrole e tensão, recebi a eleição com considerável tranquilidade. Estive envolvido com o Secretariado Nacional no último triênio e tinha consciência das alegrias e dificuldades em servir a Jufra do Brasil. O último Secretariado deixava a Jufra com um trabalho muito bonito e me sentia responsável por dar continuidade a ele. Definitivamente, servir a Deus e aos irmãos deve ser sempre encarado como algo contínuo, verdadeiro e gratuito. Comunicações – Te assusta assumir este serviço? Washington - Não, pelo contrário, ale-
CFFB gra-me muito. Tenho disposição e convicção que Deus me conduz.
Comunicações – Que desafios você vê pela frente neste triênio? Washington - No sentido pessoal, conciliar as atividades pela Jufra e o término da faculdade neste ano de 2016 será um grande desafio. Acredito que o Secretariado Nacional terá dois movimentos importantes neste triênio: acompanhamento e expansão. Acompanhar o processo formativo e consciente que se desenvolve na Jufra, especialmente no que envolve a equipe de formação, e a expansão dos regionais que se encontram em processo de reestruturação. Comunicações – Como foi Congresso, que metas e ações foram definidas? Washington - Foram dias de profunda convivência fraterna e celebração pelos 45 anos de caminhada da Juventude Franciscana do Brasil. Entre tantas alegrias, pudemos conhecer muitos irmãos e irmãs da Jufra e da OFS
de Campo Grande, bem como encantar-se com a natureza e maravilhas daquele espaço. Com a apresentação dos regionais, pudemos ver o rosto colorido e alegre da nossa juventude espalhada por todo Brasil. No que tange às competências do Congresso, repasso na íntegra as resoluções a serem assumidas: Reformulação do livro da FBJ; realização de um encontro nacional para o serviço de IMMF; reformulação das diretrizes de formação da IMMF; que os Regionais tenham um prazo de 1 ano e meio para o repasse das novas diretrizes de formação, das escolas de formação e Seminário Nacional de AE e DHJUPIC; criação de uma Comissão em preparação aos 50 anos da JUFRA do Brasil.
Comunicações – Como você acha que pode conquistar o jovem para fazer parte da Jufra? Washington - Trago dentro de mim uma experiência profunda de encontro com a pessoa de Cristo, compreendida e assumida à luz do carisma fran-
ciscano. Posso dizer que isso é o que tenho para oferecer a todos os jovens que encontrar no caminho. Para quem busca a Deus com o coração sincero, a Jufra se revela uma bela opção.
Comunicações – Como você vê o jovem hoje? Quais suas angústias, esperanças etc. Washington - As juventudes de hoje sofrem e se alegram com as dores e alegrias do mundo de hoje. Poderíamos elencar muitas alegrias alcançadas por nossas juventudes nestes últimos tempos, sem deixar de revelar, por mais que incomode, o rosto chagado de tantos jovens nas periferias do mundo e de suas existências. Assim como acontece com a semente, quando bem cuidada, os jovens também conservam as cores e frutos do amanhã. Temos potencialmente a esperança, logo, não somos apenas o hoje, mas um possível amanhã mais florido e alegre. Moacir Beggo
Jufra tem novo Secretariado Fraterno Nacional A Juventude Franciscana do Brasil, reunida na cidade de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, de 5 a 9 de fevereiro, elegeu o novo Secretariado Fraterno Nacional durante o seu XVI Congresso Ordinário e Celebrativo pelos 45 anos de missão no Brasil. Na ocasião foi celebrado os 45 anos da Jufra com uma linda Celebração Eucarística e a inauguração de uma placa comemorativa na Igreja de São Francisco. O novo Secretariado Fraterno Nacional vai conduzir os trabalhos da juventude franciscana nos próximos três anos. À frente dessa caminhada estará o jovem Washington Lima, da cidade de Penedo-Alagoas, eleito Secretário Fraterno Nacional. Junto com ele foi escolhida a equipe que formará o Secretariado Fraterno Nacional:
Washington Lima (Penedo/AL) - Secretário Fraterno Nacional; Adrielly Alves (Santarém/PA) - Secretária para Área Norte; Jéssica Lima (Teresina/PI) - Secretária para Área Nordeste A; Douglas Cordeiro (Bom Conselho/PE) - Secretário para Área Nordeste B;
Márcio Bernardo (Nilópolis/RJ) - Secretário para Área Sudeste; Maricélia Ribeiro (Campo Grande/MS) - Secretária para Área Centro-Oeste; Bruno Oliveira (Curitiba/PR) - Secretário para Área Sul; Juliana Caroline (Triunfo/PE) - Secretária Nacional de Formação.
CFFB
Custódia do Sagrado Coração de Jesus tem novo governo
N
o auditório da Casa Dom Luís, em Brodowski (SP), o Ministro Custodial Frei Flaerdi Silvestre Valvasori, dava boas vindas no dia 25 de janeiro último aos capitulares do Capítulo Custodial, que se estendeu até o dia 30 de janeiro. Entre os presentes, Frei Edilson Rocha, visitador e presidente do Capítulo Custodial, como também ao Frei Emanuelle Bochichio, Ministro Provincial da Província de Salermo-Itália. Este foi o primeiro Capítulo realizado depois da integração da Custódia Franciscana do Sagrado Coração de Jesus, com sede em São José do Rio Preto, com a Fundação Franciscana Nossa Senhor de Fátima, com sede em Uberlândia. Este novo tempo na Custódia terá como Custódio Frei Flaerdi
178
[coMUNICAÇÕES] março / 2016
Silvestre Valvassori, que foi reeleito para mais um triênio, desta vez tendo a companhia do Vigário Custodial, Frei Ezimar Alves Pereira, e dos
conselheiros: Frei Bruno Alexandre Scapolan, Frei Gilmar Vasques Carrera, Frei José Luiz da Costa e Frei Mauro Luiz de Oliveira.
CFFB
FREI BETO É NOMEADO BISPO
F
rei Carlos Alberto Breis Pereira (Frei Beto), OFM, Ministro Provincial da Província Franciscana de Santo Antônio do Brasil, foi eleito Bispo pela Santa Sé e nomeado como Coadjutor da Diocese de Juazeiro, na Bahia. A notícia foi anunciada nesta quarta-feira, 17 de fevereiro, e publicada no Jornal L’Osservatore Romano.
Dom Carlos Alberto Breis Pereira, OFM, nasceu em 16 de setembro de 1965 em São Francisco do Sul, Diocese de Joinville (SC). Ingressou na Província Franciscana da Imaculada Conceição e fez o noviciado. Depois, transferiu-se para a Província de Santo Antônio do Brasil, no Nordeste. Emitiu a profissão solene como Frade Menor em 10 de janeiro de 1987 e foi ordenado sacerdote em 20 de agosto de 1994. Estudou Filosofia no Instituto de Teologia do Recife – ITER (19881989) e Teologia no Instituto Franciscano de Teologia de Olinda – IFTO (1990-1993). Licenciou-se em Teologia Espiritual na Pontifícia Univer-
sidade Antonianum de Roma (20052007). No âmbito da sua Ordem desempenhou os cargos de pároco em várias paróquias; foi mestre dos professos temporários; secretário provincial da formação e estudos; guardião e definidor provincial; vigário provincial; moderador da formação permanente; coordenador do serviço de formação da Conferência OFM no Brasil. Exercia o serviço de Ministro Provincial da Provincia de “Santo Antônio”, com sede em Recife. O anúncio da eleição foi feito na quarta-feira, 17 de fevereiro, por D. Fernando Saburido, arcebispo de Olinda e Recife, em companhia de Dom Genilval Saraiva, Bispo Emérito de Palmares-PE. Em visita logo pela manhã, a Fraternidade do Convento de Santo Antônio do Recife, onde vive Frei Beto, comunicaram a mensagem recebida da Santa Sé e presentearam o novo eleito com uma cruz peitoral e um solidéu. março / 2016 [coMUNICAÇÕES]
179
Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil (*) As alterações e acréscimos estão destacados
Abril 04 a 08 11 e 12 12 e 14
18 25
25 e 26 25 a 29 29 e 30
Setembro Reunião da CFMB (Porto Alegre) Encontro do Regional do Contestado Reunião do Conselho do Secretariado da Evangelização, do Conselho do Secretariado da Formação e do Conselho do SAV Provincial (Rondinha) Encontros Regionais: Agudos, Curitiba, Pato Branco, São Paulo, Vale do Itajaí Encontros Regionais: Espírito Santo, Vale do Paraíba, e Rio de Janeiro e Baixada Fluminense Encontros Regionais: Planalto Catarinense e Alto Vale do Itajaí e Leste Catarinense Reunião da UCLAF (Santa Cruz, Bolívia) Encontro do Regional da Baixada e Serra Fluminense
Maio 03 a 06 04 e 05
Reunião do Definitório Provincial (Agudos) Reunião dos guardiães e coordenadores das Fraternidades (Agudos) 17 a 29 Encontro dos presidentes das Conferências da Ordem (Roma)
Junho 28 a 30
Reunião do Definitório Provincial (com os Coordenadores Regionais no dia 29) (São Paulo – S. Francisco)
Julho 18 a 22
Retiro Provincial (Rondinha)
Agosto 02 Jubileu dos 800 anos do Perdão de Assis 15 a 19 Retiro Provincial para frades de 1 a 10 anos
22 a 25 22 a 26 31
de transferência, após os períodos em casas de formação (Vila Velha) Reunião do Definitório Provincial Encontro dos Ecônomos da CFMB (Porto Alegre) Prazo para entrega do Projeto Fraterno de Vida e Missão das Fraternidades
01 04 09 a 11 19 a 22 19 a 24 26 a 30
Dia mundial de oração pelo Cuidado da Criação Dia da Coleta da Amazônia Encontro dos Irmãos Leigos da Província Retiro no Eremitério de Rodeio Assembleia ampliada da CFMB (Rondinha) Retiro Provincial (Agudos)
Outubro 10 a 14 18 a 20
Curso de Franciscanismo (Rondinha) Reunião do Definitório Provincial
Novembro 29 a 01
Reunião do Definitório Provincial