Revista Comunicações Novembro 2018

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Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil

NOVEMBRO de 2018 • ANO LXVI • N o 11

Capítulo Provincial 2018

SÓ GRATIDÃO ENTREVISTA ESPECIAL

FREI FIDÊNCIO VANBOEMMEL


CAPÍTULO provincial 2018

Entrevista com Frei Fidêncio Vanboemmel: “Só gratidão” ............................................... 735 Capítulo Provincial 2018: Até Agudos! ........................................................................................... 742

Formação e estudos

O último Novinter do ano......................................................................................................................... 746 Fundação terá três novos presbíteros.............................................................................................. 747

Fraternidades

PVF: Encontro com Maria e Frei Galvão.......................................................................................... 748 Blumenau: 1º Retiro de Integração da Juventude Franciscana .................................. 749 Balneário Camboriú: Paróquia Santa Inês celebra o Sacramento da Crisma de 175 jovens........................................................................................ 749 Biografia de Frei Márcio Terra chega às mãos do Papa....................................................... 750 Nilópolis: Mensagem de esperança na festa de Nossa Senhora Aparecida...... 751 Encontro do Regional do Vale do Itajaí........................................................................................... 752 Encontro do Regional de Agudos...................................................................................................... 752 Frei Nilo Agostini conclui pós-doutorado com estágio em Paris............................... 753 Vila Velha: Paróquia do Rosário celebra sua Padroeira........................................................ 754 Nova iluminação no Convento da Penha......................................................................................755 Terceiro Encontro do Regional do Vale do Paraíba................................................................ 756 Província celebra seus jubilandos 2018.......................................................................................... 757 Série Nossos Frades: Frei Cássio Vieira de Lima......................................................................... 760 Retiro marcado pela Espiritualidade Franciscana................................................................... 764 Encontro do Regional Baixada e Serra Fluminense.............................................................. 765 Coral das Meninas dos Canarinhos de Petrópolis encanta São Paulo.................... 766

Especial

Festa de São Francisco de Assis............................................................................................................ 768

Evangelização

Encontro do Conselho de Evangelização..................................................................................... 786 Reflexões sobre o momento político do Brasil......................................................................... 787 Folhinha do Sagrado Coração de Jesus: Patrimônio do povo brasileiro.............. 789

Definitório

Reunião realizada em São Paulo nos dias 16 e 17 de outubro.................................... 790

Falecimentos

Frei Antonio Marcos Koneski.................................................................................................................. 796 Homenagem póstuma à professora Giselli Padilha Hümmelgen............................. 797 Frei Josué Celante............................................................................................................................................ 798

Notícias e informações

Carta a uma Igreja doente........................................................................................................................ 800 Lançamento: “O caminho da fé”, de Frei Hipólito Martendal......................................... 802

Agenda ........................................................................................................................................................ 804 Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil Rua Borges Lagoa, 1209 - 04038-033 | São Paulo - SP | www.franciscanos.org.br ofmimac@franciscanos.org.br


Capítulo Provincial ENTREVISTA ESPECIAL

FREI FIDÊNCIO VANBOEMMEL

SÓ GRATIDÃO

N

o final de 2015, perto de completar seis anos de seu serviço como Ministro Provincial, Frei Fidêncio Vanboemmel já se preparava para fazer as malas. Tinha cumprido a missão que seus confrades lhe delegaram no Capítulo Provincial de 2009. Veio, então, o Capítulo atípico no mês de janeiro e, para a surpresa de muitos, Frei Fidêncio foi chamado a novamente ficar mais três anos à frente desta Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil, uma entidade criada há 343 anos, no dia 15 de julho de 1675 pelo Papa Clemente X, e que hoje tem 381 frades. Por força dos Estatutos, neste Capítulo Provincial, Frei Fidêncio Vanboemmel não poderá mais ser reeleito. Foram 9 anos de muito trabalho, de muitas viagens, reuniões e visitas fazendo a animação provincial. Diante do tamanho estrutural e humano da Província, confessa que perdeu muitas noites de sono. “É um desafio conciliar a administração das estruturas necessárias e, por outro lado, ter o cuidado com o humano de cada irmão”, diz Frei Fidêncio. Quando a Província foi criada, tinha apenas 10 conventos e hoje tem 46 Fraternidades. Frei Fidêncio colecionou frustrações, tristezas neste período, mas elas não se sobrepuseram às muitas alegrias. E o maior sentimento com que deixa esta missão se resume numa palavra: Gratidão! Frei Fidêncio não fala sobre o futuro, deixa em aberto seu “destino”, mas como diz Hermann Hesse, um famoso escritor do nosso tempo de juventude: “A cada chamado da vida, o coração deve estar pronto para a despedida e para novo começo”. É com este sentimento também de gratidão que desejamos ao sr., Frei Fidêncio, muitas alegrias, luz, serenidade, leveza, saúde e paz. Parafraseando o nosso amado Papa Francisco: Reze por nós! Moacir Beggo Acompanhe a entrevista! Comunicações Novembro de 2018

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Capítulo Provincial Comunicações - Que avaliação o sr. faz do governo nestes nove anos à frente da Província? Frei Fidêncio Vanboemmel Creio que existem dois pontos de vista para se fazer uma correta avaliação desses nove anos à frente da Província, isto é, do primeiro mandato de seis anos e a reeleição por mais três anos. O primeiro ponto de vista brota da minha visão pessoal, isto é, daquilo que vivenciei e experimentei no exercício do meu serviço de Ministro de uma Fraternidade Provincial com um número significativo de irmãos e um vasto leque de atividades formativas e de evangelização. Pude, nestes nove anos, conhecer todas as nossas realidades, mas ao mesmo tempo sinto-me devedor de um conhecimento mais aprofundado das muitas realidades da Província, daquilo que se passa no coração de cada fraternidade e de cada irmão. Os meus confrades, nestes nove anos, foram muito generosos e deles aprendi a lição do famoso relato do “Espelho da Perfeição” onde se narra como São Francisco descreveu o frade perfeito. Portanto, foram nove anos de amadurecimento e crescimento pessoal, com as surpresas naturais do cotidiano da vida de cada frade, de cada Fraternidade e da Fraternidade Provincial como um todo. O outro ponto de vista é a avaliação que os irmãos da fraternidade e os nossos leigos e leigas fazem daquilo que costumamos chamar de “governo”, ou, franciscanamente falando, do serviço que um Ministro

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Provincial deve prestar. Pela colaboração de todos, aqui expresso o meu muito obrigado! E pelas minhas fragilidades e limitações pessoais, peço misericórdia e perdão! Comunicações - Que avaliação o sr. faz das Frentes de Evangelização e dos Secretariados? Frei Fidêncio - Na Província houve uma compreensão gradual do conceito de Evangelização. O

a Formação, animada pelo Secretariado para a Formação e os Estudos. As Frentes de Evangelização deram maior clareza à nossa missão evangelizadora, sempre feita em fraternidade e a partir da fraternidade, em consonância com as exigências da Ordem dos Frades Menores, da Igreja e as interpelações do mundo atual. Todas as Frentes de Evangelização e Formação se regem por princípios e dimensões transversais comuns, particularmente os núcleos centrais do nosso carisma franciscano: fraternidade, minoridade, oração, pobreza, obediência, justiça e paz, comunhão e diálogo ecumênico e intercultural. Comunicações - Qual o sentimento que define esta partida?

O testemunho evangélico da fraternidade deve acompanhar os irmãos na missão evangelizadora. que hoje denominamos Frentes de Evangelização é resultado de uma caminhada de 21 anos quando, em 1997, elaborou-se o chamado Pré-Plano de Evangelização. Desde então, de Capítulo em Capítulo, a Fraternidade Provincial foi aprimorando e clareando o “Plano de Evangelização”, até chegarmos a definir as cinco Frentes de Evangelização, animadas pelo Secretariado da Evangelização, e integradas com

Frei Fidêncio - O sentimento da gratidão! Gratidão a Deus, a cada confrade e a todos os nossos colaboradores e colaboradoras, leigos e leigas, parceiros na missão evangelizadora. Comunicações - O que faltou fazer no seu governo? Qual a sua maior frustração ou tristeza? Perdeu muitas noites de sono? Frei Fidêncio - Tenho consciência de que fizemos muito nesses nove anos. Da mesma forma, tenho clareza de que outras coisas poderiam ter sido feitas melhor, não por preguiça ou comodidade, mas por conta do acúmulo de serviços e, paralelamente, por alguma fragilidade pessoal no cuidado com a saúde. Acalentei muito o sonho de redimensionar algumas Frentes de Evangelização e fortalecer outras.


Capítulo Provincial Mas, como dizia Frei Estêvão, “temos de ir para a guerra com os soldados que temos”. Frustrações e tristezas também são “ossos do ofício”. É um desafio conciliar a administração das estruturas necessárias e, por outro lado, ter o cuidado com o humano de cada irmão. Assim, por exemplo, de um lado está a frustração da não conclusão da reforma do Convento Santo Antônio do Rio de Janeiro, quando a Fraternidade Provincial foi vítima de outros interesses que emperraram a obra do restauro, e, por outro lado, estão as tristezas vivenciadas pelas diferentes “perdas” de irmãos. Confesso que não foi somente uma noite em que perdi o sono. Não raro acordava no meio da noite, sempre ansioso na busca de encontrar soluções para aliviar as dores deste ou daquele irmão, ou encontrar caminhos para solucionar as provações naturais da nossa vida fraterna, ou ainda, acalmar alguns pesadelos administrativos.

al de cada confrade que procurou viver com alegria e generosidade a sua vocação evangélica em fraternidade e na missão evangelizadora. Alegria pela amplificação dos espaços para oferecer qualidade de vida aos confrades idosos e doentes na fraternidade de Bragança Paulista. Da mesma forma, o cuidado que muitas fraternidades procuram oferecer aos nossos irmãos idosos. Alegria de cada visita à nossa missão em Angola, particularmen-

Alegria de poder contar com tantos leigos e leigas que abraçam o nosso Plano de Evangelização e fazem questão de dizer: “A nossa Província...”. Alegria porque houve um despertar da Fraternidade Provincial para uma evangelização junto aos jovens: paróquias, santuários, colégios, etc. Alegria de ter concluído a primeira etapa da causa de Frei Buno Linden. Comunicações - O seu Governo se deu no auge das tecnologias dos smartphones. Isso ajudou e aproximou os frades ou distanciou?

Frei Fidêncio - Sim, isso é verdade. Quantas novidades tecnológicas surgiram nestes últimos anos! Positivamente falando, conseguimos avançar muito através das novas tecnologias de comunicação. Sei que elas são fundamentais e instrumentos necessários no campo da evangelização, do relacionamento interFrustrações e tristezas também Comunicações - Quais as pessoal, da comunicação são “ossos do ofício”. maiores alegrias neste perápida e eficaz. Negativamente falanríodo à frente do Governo? do, eles também podem Frei Fidêncio - Graças a ser instrumentos “diabóDeus, as alegrias foram muitas! te pelo florescimento das vocações licos”, isto é, dividem e não soEm primeiro lugar destaco o e do trabalho abnegado dos nossos mam, quando destroem em nós serviço de todos os irmãos que, confrades missionários. a capacidade do diálogo fraterno, junto com o “governo”, assumiram Alegria de celebrar as admissões ou quando nos distanciam da proserviços de corresponsabilidade na dos candidatos à vida franciscana, ximidade afetiva dos irmãos daanimação da vida provincial: os de- as profissões e as ordenações dos dos pelo Senhor, ou quando nos finidores, os guardiães e coordena- nossos confrades nas diferentes fra- isolam no individualismo de um dores das fraternidades, a secretaria ternidades formativas e evangeliza- mundo virtual sem alma e sem espírito. E ainda, podem ser risco provincial, os secretários dos secre- doras. Alegria de ter equacionado al- quando roubam de nós a sacralitariados, a equipe administrativa, os coordenadores dos Regionais e, gumas questões administrativas que dade claustral e a privacidade do particularmente, o esforço pesso- pesavam sobre a Província. sentido de “família”. Comunicações Novembro de 2018

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Capítulo Provincial Comunicações - Qual o futuro da Missão de Angola? Frei Fidêncio - Já falei que a Missão de Angola é uma das grandes alegrias, mesmo com todos os desafios próprios de uma missão. Fomos para Angola com a missão de restituir ao Senhor a graça dos 100 anos da restauração da Província da Imaculada Conceição do Brasil. Hoje, 27 anos depois da ida dos primeiros frades a Angola, digo que o futuro da Missão em Angola é promissor. Até agora a missão se constituiu numa Fundação. Certamente o próximo passo será a criação de uma Custódia dependente. Se os confrades no início da missão muito sofreram junto com o povo angolano, sempre sonhando um País melhor, também nos alegramos por tudo o que foi feito ao longo desses 27 anos. Além de rezar pelas vocações, também devemos render graças a Deus porque Ele está enviando vocacionados e, consequentemente, nos oferecendo novos irmãos angolanos. Nesses anos, a Província procurou trabalhar para que a Fundação Imaculada Mãe de Deus de Angola tivesse uma estrutura básica para as etapas formativas, sem nos descuidarmos do campo da evangelização. Por isso, eis o apelo de Jesus: “A messe é grande, mas faltam operários para a messe...”. Coragem, confrades! Comunicações - O sr. deixa o governo num momento de incertezas e desalentos quanto ao futuro do País. Que país espera para o próximo triênio?

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Frei Fidêncio - Sim, na nossa evangelização e em todos os lugares onde pisam os nossos pés, ouvimos o clamor do povo que sonha o sonho do justo que clama por justiça, aspira por seu direito e não deseja ser tratado apenas como pagador de impostos que favorecem uma minoria, espera por uma educação eficaz para todos, reivindica o cuidado efetivo na área da saúde, sonha a felicidade da casa própria e moradia

Espero que nos próximos anos haja menos desconstrução dos valores do nosso Brasil. digna, clama por uma segurança mais eficaz, angustia-se pela incerteza do emprego e dos direitos trabalhistas. Espero que nos próximos anos haja menos desconstrução dos valores do nosso Brasil. Espero uma real valorização dos direitos conquistados pelas classes operárias, agricultores e todos os empobrecidos. Espero menos delapidação do patrimônio público.

Espero uma reforma política que priorize a verdadeira democracia. Espero uma Constituição precisa para evitar glosas e emendas que privilegiam interesses. Espero que os políticos e todas as esferas administrativas não usem a “máquina administrativa” para o enriquecimento ilícito, mas invistam nas reais necessidades básicas do nosso País. Comunicações - Quais os desafios da vida religiosa hoje? E quais os rumos da Ordem dos Frades Menores? O carisma franciscano está forte hoje? Frei Fidêncio - Existe uma farta literatura que aborda essa temática dos desafios da vida religiosa no mundo de hoje. Entre tantos, destaco alguns: a diminuição numérica de vocacionados e vocacionadas, particularmente nos países do hemisfério norte; o novo rosto da vida consagrada que emerge de países do hemisfério sul; a vivência dos conselhos evangélicos (os votos) como sinal profético num mundo vazio de sentido; a dimensão missionária que obriga a vida consagrada a sair das estruturas cômodas; a vivência da fé centrada na pessoa de nosso Senhor Jesus Cristo como combate da paralisia espiritual, etc. Creio que a Ordem dos Frades não está isenta desses desafios. Os últimos Capítulos Gerais, assim como outros documentos da Ordem, destacaram que nós somos “portadores do dom de Evangelho” e que devemos caminhar


Capítulo Provincial “rumo às periferias com a alegria do Evangelho”. O carisma de São Francisco perpassou pela história e continua forte no mundo de hoje. Continua vivo não só para a grande família franciscana, mas também vigoroso no mundo atual. O próprio Papa Francisco, numa mensagem deixada ao quinto festival franciscano de Assis, em 2013, afirmou: “Que toda a Igreja seja franciscana” com “uma adesão sempre maior à espiritualidade do pobrezinho de Assis, ícone de Cristo Senhor”.

questão da vida fraterna. Há anos a Ordem vem falando que a Fraternidade é um aprendizado, um espaço espiritual onde irmãos não se escolhem por afinidades, ofícios ou idades, mas se acolhem na fé para viverem em comunhão a mesma Regra e Forma de Vida concebida por São Francisco como “revelação do Altíssimo”. Comunicações - O sr. concorda que clericalismo e dinheiro são

“poder” e do “ter”, já combatido por São Francisco de Assis, rouba do frade menor o encanto e a beleza do caminhar itinerante e o distancia do reto caminho da Perfeita Alegria. Comunicações - Como o sr. vê o Pontificado do Papa Francisco? Os escândalos de pedofilia do passado e que estão vindo à tona ameaçam seu Pontificado?

Frei Fidêncio - No dia 13 de março de 2013, eu estava em Luanda, na nossa missão em Angola, quando ouvimos o anúnComunicações - O Secretário Geral para a Formacio que o Cardeal Jorge Mário Bergoglio seria o ção e Estudos, Frei Cesare sucessor do Papa Bento Vaiani, disse que “vemos XVI. E a alegria foi ainda muitos frades brilhantes maior quando ele se aprecomo “manager” (administradores) pastorais sentou ao mundo com o mas pouco presentes na nome de Papa Francisco. fraternidade”. Como o sr. Vejo que o Pontificado vê o desafio da vida em do Papa Francisco é para fraternidade? nós, Frades Menores, uma provocação para vivermos Para mim a resposta decisiva Frei Fidêncio - A vida nossa vocação franciscana da Virgem Maria ao Anjo do fraterna é o elemento esna “obediência e reverência Senhor faz parte do meu projeto ao senhor Papa” e em nossa sencial do nosso Carisma. “fé católica”, no espírito da Francisco de Assis acolheu de vida: “Faça-se em mim, autêntica eclesialidade. na fé a fraternidade como segundo a tua palavra”. As Exortações Aposdádiva divina quando afirmou no Testamento: “O tólicas “Alegria do EvanSenhor me deu irmãos”. gelho” e “Alegrai-vos e Por isso o testemunho evangélico as maiores ameaças para Ordem Exultai”, a Carta Encíclica “Laudato da fraternidade deve acompanhar como disse o Definidor Geral Frei Si’”, como outros documentos, hoos irmãos na missão evangelizado- Valmir Ramos? milias e discursos do Papa Franra: “ir dois a dois”, sempre como cisco, trouxeram para dentro da irmãos. Frei Fidêncio - Sim, o clerica- Igreja um novo alento e frescor dos O empenho do governo provin- lismo e o dinheiro são ameaças na ideais sonhados pelo Concílio Vacial ao insistir que cada fraternidade medida em que se perde a essên- ticano II. Creio que nós, filhos de elaborasse o seu “Projeto Fraterno cia do carisma franciscano: viver São Francisco de Assis, mais do que de Vida e Missão” muito ajudou a o Evangelho em Fraternidade e nunca, devemos ser protagonistas combater a tentação de sermos bri- na Minoridade, na gratuidade do dessa Igreja em saída e profética. lhantes como “manager” nos diver- servir e amar, particularmente os Com muita propriedade e linguasos ofícios, mas pouco eficientes na pobres e excluídos. A tentação do gem clara, o Papa fala que a verdaComunicações Novembro de 2018

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Capítulo Provincial O carisma franciscano continua vivo não só para a grande Família Franciscana, mas continua também vigoroso no mundo atual.

deira Igreja de Jesus Cristo é aquela que está atenta ao clamor do povo de Deus e sensível ao grito da nossa Mãe-Terra. Sobre a questão da pedofilia: todos sabem que a pedofilia é uma doença que leva homens e mulheres a buscarem de uma forma doentia sua satisfação sexual. Esta doença está presente em toda sociedade e também dentro da Igreja, infelizmente! Vejo que as orientações e decisões do Papa Francisco foram claras e enérgicas porque não “tapou o sol com a peneira” e muito menos colocou panos quentes para esconder essa chaga (doença) social. Por isso devemos reafirmar que qualquer forma de comportamento sexual com um(a) menor, seja criança ou adolescente, é con-

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siderado abuso sexual e, portanto, um ato criminoso e imoral. E essa pessoa deve pagar pelos seus atos.

A tentação do “poder” e do “ter”, já combatido por São Francisco de Assis, rouba do frade menor o encanto e a beleza do caminhar itinerante e o distancia do reto caminho da Perfeita Alegria.

Comunicações - A partir do dia 21 de novembro, qual vai ser o destino do Frei Fidêncio? Frei Fidêncio - Ainda não sei. Passam muitas fantasias pela cabeça! Pensei em várias possibilidades, inclusive um pequeno período sabático. Também já me perguntaram se o ex -provincial tem direito de escolher um local ou uma fraternidade. Mas confesso que isso não é do meu feitio. Por isso, como sempre preguei na formação, é melhor confiar na sabedoria da santa Obediência. Comunicações - O que diria para o futuro Ministro Provincial? Frei Fidêncio - Teria tantas coisas para dizer, mas resumiria tudo em quatro verbos:


Capítulo Provincial xxx

Creio que nós, filhos de São Francisco de Assis, mais do que nunca, devemos ser protagonistas dessa Igreja em saída e profética. Abraçar com coragem e fé o serviço que a Fraternidade lhe confia. Acreditar que nunca se está sozinho: o Espírito Santo é conselheiro maior que age em comunhão com o corpo dos conselheiros (definidores) eleitos. Confiar em Deus e nunca tomar decisões precipitadas. Mesmo quando se perde um pouco do sono, Deus sempre aponta uma saída. Guardar os segredos necessários, e quando não mais houver espaço no seu coração, depositá-los no coração misericordioso do Senhor. Comunicações - Que mensagem deixa para seus confrades e para as dezenas de milhares de pessoas que estão no território da Província? Frei Fidêncio - Já falei em outras ocasiões que tive

a graça de nascer no dia 25 de março, dia da solenidade da Anunciação do Senhor. Para mim a resposta decisiva da Virgem Maria ao Anjo do

Como sempre preguei na formação, é melhor confiar na sabedoria da santa Obediência.

Senhor faz parte do meu projeto de vida: “Faça-se em mim, segundo a tua palavra”. Sei que nestes nove anos de itinerância, mais do que em outras épocas, foi constante a provocação de deixarme guiar por Deus e por seus mensageiros que foram todas as pessoas com as quais me encontrei e aprendi a conhecer. Também em alguns momentos foi difícil assimilar o “não tenhas medo”, particularmente no confronto com situações limítrofes da vida, ou quando me sentia na obrigação de superar os medos das minhas limitações. Portanto, aos confrades e a todas as pessoas que rezaram e me ajudaram a renovar diariamente o “SIM” de Maria, do fundo do meu coração expresso o meu MUITO OBRIGADO! Comunicações Novembro de 2018

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Capítulo provincial 2018

a caminho de agudos 742

Comunicações Novembro de 2018


Capítulo Provincial

Decreto de Convocação do Capítulo Provincial Ordinário de 2018 São Paulo, 27 de setembro de 2018. A todos os Irmãos Capitulares do Capítulo Provincial de 2018 Caríssimo Irmão,

O Senhor lhe dê a Paz!

Estamos próximos do Capítulo Provincial, um evento importante e carregado de graça para nós, Irmãos Menores, membros desta Província da Imaculada. Conforme nosso seráfico pai São Francisco, “todo ano, cada ministro pode reunir-se com seus irmãos, onde lhes aprouver (...), para tratar das coisas que se referem a Deus” (RnB XVIII). “O Capítulo é uma instituição da maior importância para a direção da vida e da missão dos irmãos na Província”, dizem nossos Estatutos Gerais (art. 165). E as nossas Constituições Gerais completam com mais aspectos: “Compete ao Capítulo Provincial analisar o estado atual da vida e atividade dos irmãos da Província, procurar e propor meios oportunos para seu crescimento e emenda, deliberar e, de comum acordo, tomar decisões sobre novas iniciativas e assuntos de maior importância, bem como realizar eleições.” (CCGG, 215) O Papa Francisco, na sua mensagem aos Irmãos do Capítulo Geral de 2015 enfatizou a importância de darmos espaço ao Espírito Santo, pois Ele é o animador da vida religiosa em nossas relações e nossa missão na Igreja e no mundo. Quando as pessoas consagradas vivem iluminadas e guiadas pelo Espírito, descobrem o segredo da sua fraternidade, a inspiração do seu serviço aos irmãos, a força da sua presença profética na Igreja e no mundo e saberão enfrentar os desafios que estão diante delas. Nesta perspectiva, conforme o artigo 166 dos EEGG e os artigos 53 e 54 dos EEPP da Província da Imaculada Conceição do Brasil,

CONVOCO-O A PARTICIPAR INTEGRALMENTE DO CAPÍTULO PROVINCIAL ORDINÁRIO que se realizará no Convento / Seminário Santo Antônio, em Agudos - SP, de 12 a 21 de novembro de 2018.

CAPITULARES

1

Adriano Freixo Pinto

6

Alex Sandro Ciarnoscki

2

Alan Leal de Mattos

7

Alexandre Magno Cordeiro da Silva

3

Alberto Eckel Junior

8

Alexandre Rohling

4

Aldeci de Arcízio Miranda

9

Alfredo Epalanga Prego

5

Alessandro Dias do Nascimento

10

Almir Ribeiro Guimarães Comunicações Novembro de 2018

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Capítulo Provincial

11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57

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Anacleto Luiz Gapski André Becker Angelo José Luiz Angelo Vanazzi Antônio Everaldo P. Marinho Antônio Joaquim Pinto Antônio Michels Atílio Dalla Costa Battistuz Augusto Luiz Gabriel Benedito G. Gonçalves Carlos Alberto Branco Araújo Carlos Alberto Guimarães Carlos Ignacia Carlos José Körber Carlos Pierezan Cássio Vieira de Lima César Külkamp Cid Tadeu Passos Cláudio Cesar Broca de Siqueira Clauzemir Makximovitz Daniel Dellandrea Diego Atalino de Melo Diego Martendal Djalmo Fuck Douglas da Silva Douglas Paulo Machado Edvaldo B. Soares Elói Dionísio Piva Ermelindo Francisco Bambi Evandro Balestrin Fábio Cesar Gomes Felipe Gabriel Alves Fernando de Araújo Lima Fidêncio Vanboemmel Florival Mariano de Toledo Francisco Morás Gabriel Dellandrea Gaudêncio Sens Germano Guesser Gilberto G. Garcia Gilberto M. S. Piscitelli Gilson Kammer Gustavo W. Medella Hermenegildo Curbani Hipólito Martendal Hugo Câmara dos Santos Ivo Müller Comunicações Novembro de 2018

58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103 104

James F. Gomes Neto James Luiz Girardi Jeâ Paulo Andrade Jean Carlos Ajluni Oliveira João Fernandes Reinert João Francisco da Silva João Lopes da Silva João Mannes João Pereira da Silva João Pereira Lopes Jorge Luiz Maoski Jorge Paulo Schiavini José Alamiro Andrade Silva José Antônio Cruz Duarte José Antônio dos Santos José Ariovaldo da Silva José Francisco de Cássia dos Santos José Idair Ferreira Augusto José Lino Lückmann José Morais Cambolo José Pereira José Raimundo de Souza Josemberg Cardozo Aranha Laerte de Farias dos Santos Laurindo Lauro da Silva Júnior Leandro Costa Santos Ludovico Garmus Luís Antonio Aliberti Luiz Colossi Marcos Antônio de Andrade Marcos Estevam de Melo Marcos Prado dos Santos Mário José Knapik Mário Luiz Tagliari Mário Sampaio Pelu Marx Rodrigues dos Reis Matheus José Borsoi Miguel da Cruz Miguel Kleinhans Moacir Antônio Longo Nelson José Hillesheim Neuri Francisco Reinisch Neylor José Tonin Nilo Agostini Nilton Decker Olivo Marafon Osvaldo Lino Luiz


Capítulo Provincial 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118 119

Paulijacson Pessoa de Moura Paulo Roberto Pereira Paulo Roberto Santos Santana Pedro da Silva Pinheiro Pedro de Oliveira Rodrigues Raimundo Justiniano de Oliveira Castro René Zarpelon Ricardo Backes Roberto Aparecido Pereira Roberto Carlos Nunes Robson Luiz Scudela Rodrigo da Silva Santos Ronaldo Fiuza Lima Rubens Luiz de Carvalho Salésio Lourenço Hillesheim

120 121 122 123 124 125 126 127 128 129 130 131 132 133

Samuel Ferreira de Lima Sandro Roberto da Costa Sebastião A. Kremer Sérgio Calixto Thiago Alexandre Hayakawa Valdecir Schwambach Valdevino Negherbon Valdir Laurentino Vanderley Grassi Virgílio Pereira de Souza Vitorio Mazzuco Filho Walter de Carvalho Júnior Walter Ferreira Junior Wilson Batista Simão

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES: 1. O dia 12 de novembro é o dia da chegada: até o jantar, às 19h00, todos os Capitulares estejam no local do Capítulo. O encerramento é previsto para o dia 21 de novembro ao meio-dia. 2. Confiando na palavra de Jesus “se pedirdes alguma coisa ao Pai em meu nome, ele vo-lo dará” (Jo 16, 23) e acolhendo o dom precioso do Espírito Santo que “o Pai do céu dará aos que o pedirem” (Lc 11,22), convido a todos os irmãos a rezarem pelo bom êxito do Capítulo. A Comissão Preparatória, com a ajuda de confrades, elaborou algumas fórmulas que já foram enviadas às Fraternidades. 3. O Capítulo se orientará pelo tema “MINORIDADE FRANCISCANA, LUGAR DE ENCONTRO E COMUNHÃO” hoje, e pelo lema “SEJAM CHAMADOS IRMÃOS MENORES”. 4. Se no processo de preparação do Capítulo, surgir a necessidade ou conveniência de convidar mais Irmãos a participar do mesmo ou assumir serviços, o faremos em momento oportuno. 5. Os Irmãos capitulares levem consigo ao Capítulo o hábito franciscano. Se for bom e necessário trazer outras coisas para liturgia ou partilha fraterna com os demais confrades, será ainda comunicado ou ficará por conta da criatividade e generosidade de cada um. Convido todos os Capitulares a assumirem desde já atitudes de irmãos e menores que favoreçam uma participação ativa, fraterna, criativa, dialógica no Capítulo e a todos os frades da Província a cultivarem a comunhão fraterna e espiritual com a Assembleia Capitular. Por intercessão da Virgem Maria Imaculada, do nosso Pai Seráfico São Francisco, de Santa Clara, de Santo Antônio de Santana Galvão, Deus nos conceda a graça de celebrarmos um Capítulo que nos ajude a viver a minoridade e a encontramos nela um lugar de encontro e comunhão. Fraternalmente,

Frei Miguel Kleinhans, OFM Visitador Geral e Presidente do Capítulo Provincial Comunicações Novembro de 2018

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Formação e Estudos

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O ÚLTIMO NOVINTER DO ANO

Noviciado São José acolheu, de 17 a 21 de setembro, o terceiro e último Novinter do ano, exatamente na festa franciscana em que celebramos as Chagas do nosso Seráfico Pai, com os noviços e as duas fraternidades da OFS existentes em Rodeio. Como cada dia é diferente, neste, a diferença foi muito mais acentuada, desde o tema até o final com a Missa de Ação de Graças no Eremitério Beato Frei Egídio, às 14h30. Diferente das edições passadas, por razões de calendário e de discernimento vocacional, pois algumas congregações e alguns irmãos já não puderam se fazer presentes, permanecendo assim os

Capuchinhos, Dehonianos e Franciscanos. Não estiveram presentes as Irmãs Carmelitas e as Catequistas Franciscanas, cuja noviça teve a sua profissão no mês de agosto. Com muita alegria, testemunhamos a sua consagração a Deus. Durante o ano, não só se conseguiu unir diferentes congregações e ordens, mas também noviços de nacionalidades e culturas distintas como: Paraguai, Chile, Argentina, Angola, bem como diferentes estados brasileiros, cada grupo com suas particularidades, mas no final é Jesus Cristo quem nos uniu neste projeto comum, onde conseguimos vivenciar uma verdadeira festa cultural. O tema abordado foi “a Bíblia” e como monitor contamos com a presença do padre Aroldo, que se debruçou sobre diversos pontos conhecidos e alguns desconhecidos por nós. Fez-se um estudo do contexto sócio-político em

que foram escritos os livros do Antigo Testamento e do Novo, a formação do povo de Israel, o monarquismo como a origem das profecias e dos profetas, estudo de certas personalidades femininas do Antigo Testamento e estudo minucioso de alguns textos do evangelho de Lucas, abrangendo capítulos onde aparece a figura da mulher, fazendo um paralelo como era antes e a partir de Cristo. As mulheres não estiveram presente no nosso encontro mas fizeram parte da temática. Paz e bem! Frei Abel Ndala Sahuma Nganji

ITF: ESTUDANTES FALAM DA Realidade pastoral em Nova Iguaçu

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equipe de comunicação do Instituto Teológico Franciscano conversou com os seminaristas de Nova Iguaçu - RJ. Nesta entrevista, eles falam sobre o estudo da Teologia e quais são as atividades pastorais realizadas por eles. Em quantos e de onde vocês são? R: Somos da Diocese de Nova Iguaçu, Baixada Fluminense e estamos nos ITF em 6 seminaristas, sendo três no terceiro ano, um no segundo e dois no primeiro ano de Teologia. Como se sentem no Instituto Teológico Franciscano? R: O Instituto é ambiente muito propício para nosso desenvolvimento acadêmico e, por isso, nos sentimos muito bem Comunicações acolhidos. 746 Novembro de 2018

Falem um pouco como vocês vêem o estudo da Teologia? R: O estudo da Teologia no Instituto é uma referência para todo o país e muito próximo da nossa realidade pastoral. Portanto, estudar aqui no ITF é muito oportuno para nós, que buscamos a vida presbiteral na Igreja particular em Nova Iguaçu. O estudo é encarnado na realidade do povo de Deus, o que nos ajuda em nos-

sas atividades pastorais, mantendo-nos atentos às necessidades da Igreja. Assim nos tornaremos, como diz o Papa Francisco “pastores com cheiro das ovelhas”. Quais atividades pastorais vocês desenvolvem? R: Em nossas paróquias realizamos diversos serviços pastorais, dentre eles o acompanhamento vocacional dos jovens que almejam a vida presbiteral, acompanhamento da catequese diocesana, assessoria no curso de Teologia Pastoral para leigos, que acontece em nosso Seminário diocesano Paulo VI, além de, nas paróquias acompanharmos as numerosas pastorais e movimentos auxiliando os padres e o povo de Deus. Equipe de Comunicação do ITF


Formação e Estudos

Fundação terá três novos presbíteros Nos seus 28 anos de existência, a Fundação Imaculada Mãe de Deus de Angola ordenou dois presbíteros, sendo o último em 2012. Agora, no próximo dia 25 de novembro, no Quimbo São Francisco, três jovens angolanos - Frei Ermelindo Francis-

FREI ERMELINDO FRANCISCO Natural de Camabatela, Província do Kwanza Norte, onde nasceu no dia 1º de março de 1987, Frei Ermelindo é o quarto filho de cinco do casal Madalena e de Francisco Xavier Fortunato. Ingressou no Seminário Franciscano Monte Alverne, em Malange (2008), onde concluiu o Ensino Médio e o Curso de Filosofia. O Postulantado foi feito em Kibala em 2012. No ano seguinte, vestiu o hábito franciscano em Rodeio e iniciou o curso de Teologia em 2014, no ITF. Reside na Fraternidade de Malange.

co Bambi, Frei João Alberto Bunga e Frei João Batista C. Canjenjenga - se juntarão a eles como novos sacerdotes da Missão. Eles serão ordenados presbíteros por Dom Filomeno do Nascimento Vieira Dias, às 9h30.

FREI JOÃO ALBERTO BUNGA

Natural de Luanda, Frei Bunga nasceu no dia 5 de abril de 1988, filho de Alberto Abel e Dª Sofia Bunga. O quinto filho entre 10, dos quais 3 são mulheres e 7 homens. Em 2008, iniciou o aspirantado. Fez os estudos filosóficos no Seminário Maior Arquidiocesano de Malange (2008-2010) e ingressou no Postulantado em Quibala (2011). Vestiu o hábito franciscano em Rodeio (2012) e voltou para Angola, onde fez o Ano Missionário no Seminário Monte Alverne (2013). Depois, retornou para cursar Teologia no ITF (2014-2017) e professou solenemente no dia 24 de setembro de 2017, em Petrópolis. Reside na Fraternidade de Luanda.

FREI JOÃO B. CANJENJENGA

Natural de Huambo, onde nasceu no dia 3 de janeiro de 1986, Frei João Baptista Chilunda Canjenjenga é filho de Ana Maria Chitula e José Pedro Canjenjenga, o penúltimo de treze. Ingressou no Seminário Monte Alverne, em Malange, em 2005, onde também fez o Postulantado em 2008. Vestiu o hábito franciscano em Rodeio no ano seguinte. Cursou Filosofia em Luanda até 2013 e concluiu o curso de Teologia em Petrópolis em 2017. Na Fraternidade da Porciúncula, onde reside atualmente, é ecônomo e ajuda nos trabalhos sociais.

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Fraternidades

PVF: Romaria Franciscana para encontro com Maria e Frei Galvão

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o domingo, 16 de setembro, um grupo de benfeitores do Pró-vocações e Missões Franciscanas participou da tradicional Romaria Franciscana. Nosso ônibus partiu do Largo de São Francisco, às 7h15, após recebermos a bênção de envio de Frei Alvaci Mendes da Luz. Quando estávamos viajando no início do complexo viário Ayrton Senna, o povo já havia degustado o lanche oferecido pelo colaborador Lucas Feitosa, que me acompanhou nesta viagem. Sendo assim, bem alimentados, continuamos nossa viagem rezando três dezenas do Terço, este que foi oferecido na intenção dos benfeitores vivos e falecidos, dos seus familiares, pelos vocacionados à vida franciscana, pelos seminaristas e frades estudantes, pelos missionários franciscanos, pelos confrades enfermos da Província e pelo nosso querido Papa Francisco. Quando chegamos ao Santuário Nacional, encontramos um estacionamento lotado com muitos ônibus e automóveis que traziam devotos àquele lugar sagrado. Caminhamos um bom tanto, rezando e cantando a Nossa Senhora. Próximos da rampa de acesso à Basílica, fizemos nosso momento de oração e, não somente os benfeitores, mais uma multidão que nos

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acompanhava, rezou conosco aos pés da Mãe. Por volta das 11 horas, nos reunimos aos pés da Tribuna Papa João Paulo II e caminhamos em direção ao ônibus. Partimos para Guaratinguetá, onde visitamos a gruta de Nossa Senhora de Lourdes, às margens do Rio Paraíba. Ali rezamos a quinta e última dezena do terço e tivemos oportunidade de beber uma água abençoada e fresca que brotava das pedras aos pés da bela gruta. Os ponteiros do relógio da torre da Igreja marcavam 12h15 quando chamei o povo para nos dirigirmos ao Seminário Frei Galvão. Fomos fraternalmente acolhidos pelo Frei Soneca, que abraçava e cumprimentava cada benfeitor. Depois, Frei Claudino Dalmago, com ajuda dos postulantes, mostrava o caminho para o refeitório. Encontramos um ambiente preparado especialmente para este encontro. Frei Jeâ Paulo de Andrade preparava a mesa com os pratos a serem servidos naquele delicioso almoço. Cantamos juntos e bendizemos a Deus pela vida dos benfeitores,

agradecemos à casa pela acolhida e partilhamos a refeição. Às 14h, Frei João Francisco, guardião da Fraternidade do Seminário Frei Galvão, presidiu a Celebração de ação de graças. Em suas palavras, falou da importância da ajuda dos benfeitores que partilham conosco um pouquinho de sua renda para a manutenção desta e de todas as casas de formação da Província. Ainda disse, fazendo menção à festa das Chagas de São Francisco, que o Seráfico Pai muito tempo antes de vivenciar esta quaresma e receber os estigmas, já tinha impressos no seu coração os estigmas. Depois da Missa, os benfeitores visitaram os espaços da casa, bosques, jardins e a lojinha de lembranças. Perto do final da tarde, fomos convidados para um delicioso cafezinho com bolo de cenoura e chocolate, cuca de banana e biscoitos. Saciados, fizemos nossa foto oficial aos pés da bela estátua de Nossa Senhora de Fátima, que está nos jardins do Seminário. Já era perto das 5 horas quando nos despedimos dos confrades e postulantes para retornarmos à capital paulista. Nosso agradecimento especial a todos os que participaram desta Romaria. Aos confrades que nos receberam em Guaratinguetá/SP. Que Deus vos recompense por tudo o que nos proporcionaram neste dia. Termino citando uma frase de D. Antônia Mendes da Luz, mãe de Frei Alvaci, que participou conosco desta Romaria: “Deus é bom o tempo todo, o tempo todo Deus é bom”. Frei Alexandre Rohling


Fraternidades

BLUMENAU: 1º Retiro de Integração da JUVENTUDE FRANCISCANA

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os dias 4 e 5 de agosto, em Blumenau, aconteceu o primeiro retiro de integração da Juventude Franciscana. Jovens que participam do Santuário Nossa Senhora Aparecida. O encontro teve apoio dos freis, que incentivam e ajudam na formação e coordenação do grupo. Também participaram do retiro, como apoio, muitos pais dos jovens e a comunidade. Cerca de 70 jovens participaram do evento. O sábado, dia 4, foi um dia destinado ao aprofundamento e conhecimento da Espiritualidade Franciscana e da Jufra. Como palestrantes participaram no primeiro momento William Souza Mozerle, da OFS de Joinville e, em seguida, Felipe Viveiros da Rocha, de Florianópolis, que faz parte da coordenação estadual da Jufra. No sábado à noite, o ponto alto foi a celebração Taizé.

Destacamos que os jovens querem que a sua formação seja alicerçada na Espiritualidade Franciscana. Jovens que cada vez mais se identificam com o carisma franciscano, na busca de saber quem foram São Francisco e Santa Clara. O domingo, dia 05, foi um dia marcado por palestras, testemunhos, dinâmicas, que revigoraram os jovens no ideal da alegria franciscana de transformar a vida e renovar o mundo.

O momento mais significativo aconteceu no Santuário, na missa das 19h, celebrada pelo Frei Nelson José Hillesheim. Missa esta que acontece todo primeiro domingo, às 19h, missa da juventude. O destaque da missa foi a participação, a alegria dos jovens, bem como a participação das famílias dos jovens e da comunidade. Grupo de Jovens Franciscanos Filhos de Maria – Blumenau

BALNEÁRIO CAMBORIÚ

Paróquia Santa Inês celebra o Sacramento dA Crisma de 175 jovens

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azer a vontade de Deus: essa foi a motivação principal da celebração da Crisma, no sábado, dia 6, na Igreja Santa Inês. O sacramento invocou, de maneira definitiva, a vinda do Espírito Santo sobre os 175 jovens e adultos da comunidade. Cerca de 1300 fiéis encheram a igreja, que também estava repleta de um sentimento especial: a alegria de ver a confirmação de toda uma comunidade que se renova. Maria Inez Finger, coordenadora da Crisma, explica que para chegarem até o momento do sacramento, os catequizandos passaram por dois anos de preparação na catequese e, depois disso, ainda fizeram a renovação das promessas do Batismo. Boa parte

também participou do retiro “Loucos como Francisco”, organizado pelo grupo de Jovens Franciscanos Paz e Bem. A catequista ainda conta que para ela é muito gratificante ver tantos jovens assumindo seu dever de vida cristã. “Alguns que estão aqui hoje, vieram desde o início com a gente, desde a Eucaristia. E agora vê-los sendo crismados me dá a sensação de dever cumprido. Espero que eles continuem seguindo esse caminho” – completou. Já para Dom Wilson, arcebispo da Arquidiocese de Florianópolis, a Crisma é a certeza de um futuro melhor. “Quando se trata do Espírito Santo, podemos sempre esperar o melhor. Com os dons Deles em seus corações, esses jovens irão

cada vez mais se esforçar para construir um mundo melhor, com famílias e comunidades melhores.” Site da Paróquia Comunicações Novembro de 2018

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Fraternidades

Biografia de Frei Márcio Terra chega às mãos do Papa

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o dia 4 de outubro, a Igreja, juntamente com os franciscanos do mundo inteiro, recordam o mistério de Deus na vida de São Francisco de Assis. Uma festa que envolve tudo e a todos. O desejo sincero do Santo de Assis é vivo e presente. De modo que homens e mulheres de nosso tempo, ao identificarem em Francisco qualidades, virtudes e um caminho para o anúncio do Evangelho de Cristo, não medem esforços para que isso realmente aconteça. Dentre tantas pessoas, destaca-se Frei Márcio de Araújo Terra, falecido no dia 29 de maio de 2017. Em Vila Velha, sua presença foi fecunda e evangelizadora. Alessandra Tomazelli Sartório escreveu um livro para perpetuar essa memória e fazer com que todos conheçam a vida autêntica deste servo de Deus: “Pois desde o primeiro momento que decidi escrever o livro sobre a vida de Frei Márcio, foi uma decisão mística e me veio como uma missão a ser cumprida: registrar a história desse grande frade e amigo para eternizar suas obras e para incentivar a cada um e a nossa Igreja a viverem mais o Evangelho através da prática do bem”. O título da obra é: “Frei Márcio de Araújo Terra: o outro Francisco no meio dos prediletos de Deus”. Alessandra, mulher determinada e criativa, além de escrever esta obra, tinha como meta fazer chegar às mãos do Sumo Pontífice essa obra. “Dentre todos os meus pensamentos, tudo aconteceu da forma como sonhei: escrever, publicar, lançar o livro num belo ato celebrativo, divulgar, doar o dinheiro da venda do livro, levar o li-

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vro ao Santuário de Assis e entregar o livro pessoalmente ao Papa”. Alessandra também deixou o livro na cidade de Assis, a um frade que a recebeu. No Vaticano, Alessandra foi acompanhada por um amigo italiano de Frei Márcio, de nome Gianluca. Este amigo foi quem facilitou o contato direto dela com o Papa Francisco. Assim relatou: “Na quarta feira, Gian-

luca me fez uma surpresa. Concedeume o convite individual, num local mais à frente do Papa. Na segunda fileira, bem perto do Papa e pude dar a ele o livro, beijei a mão do Papa, falei do Frei Márcio e até do Brasil e da política do Brasil. O Papa pediu para rezar por ele. Missão cumprida com mística e sucesso”. E para a surpresa de Alessandra, saiu no Jornal “L’Osservatore Romano” uma matéria que falava sobre o livro. Alessandra segue firme, divulgando a vida deste irmão de Francisco. Um dos seus sonhos é produzir um filme sobre a vida de Frei Márcio. Que Deus inspire mais e mais, homens e mulheres, para que vivam o Evangelho de Cristo, ao modo de São Francisco de Assis. Pascom da Paróquia do Rosário Vila Velha/ ES


Fraternidades

Mensagem de esperança na festa de Nossa Senhora Aparecida

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Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Nilópolis (RJ), celebrou com muita fé e devoção a Festa em honra a sua Padroeira e também Padroeira do Brasil no dia 12 de outubro. As festividades, contudo, começaram com a novena no dia 3 de outubro. As missas foram transmitidas pelas mídias sociais da Paróquia. Na Missa solene do dia, o pároco e guardião Frei Walter Ferreira Junior frisou muito que o povo não deve perder a esperança, mesmo vivendo em tempos de desesperanças. “Jesus, o povo brasileiro está perdendo a esperança. O povo brasileiro está cansado; o povo brasileiro está doente, está desempregado, está passando necessidades. As pessoas estão angustiadas; filas e filas se formam nos hospitais. O povo está perdendo a esperança, Jesus!”, suplicou o frade. Mas o pároco lembrou que, mesmo assim, Maria diz: “Fazei o que Ele pedir!” “Povo de Deus, o vinho não acabou”, disse, lembrando o Evangelho das Bodas de Caná. “Não acabou porque é o Senhor que transforma

a nossa realidade e nos transforma pecadores em santos. Ele nos perdoa, para que cada um de nós, perdoado, possa continuar a sua caminhada, cheio de esperança, porque a Mãe nos guia”, insistiu. Para Frei Walter, basta seguir um conselho da Mãe: “Façam tudo o que Jesus disser, mesmo duvindo, mas façam tudo o que Jesus disser. Não tenham medo. Ele é a nossa razão de existir”, orientou. Segundo o pároco, temos Maria que nos ensina sempre a confiar, a ter esperança. “O Senhor nos ama e jamais vai abandonar o seu povo”, animou. A Festa de Nossa Senhora Aparecida, além da Novena com o tema “Com Jesus e Maria nós restauramos a vida”, teve a procissão pelas ruas de Nilópolis e shows musicais. Pascom da Paróquia Nossa Sra. Aparecida Comunicações Novembro de 2018

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Fraternidades

Regional do Vale do Itajaí

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o dia 10 de setembro, realizou-se o Regional do Vale do Itajaí na Fraternidade São José de Gaspar – SC. Um momento sempre muito esperado no Encontro é o convívio fraterno. A Fraternidade anfitriã preparou um café estilo colonial de acolhida. A presença dos frades das Fraternidades de Rodeio, Blumenau, Balneário Camboriú e Gaspar foi significativa. A presença de Frei Abel, com 97 anos, o mais idoso da cidade de Rodeio, com sua simpatia e alegria, contagiou o Regional. A reflexão teve como texto: “Menores: na teoria e na prática”, subsídio para a preparação ao Capitulo Provincial 2018. A partilha foi enriquecida pela contribuição dos frades apontando os desafios para sermos “Menores” na vocação e na ação, convivência e testemunho. O Regional foi, mais uma vez, um momento significativo e, portanto, referencial do nosso jeito franciscano de ser, conviver, celebrar e testemunhar o Evangelho.

ENCONTRO do REGIONAL DE AGUDOS nO SEMINÁRIO SANTO ANTÔNIO

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ealizou-se nos dias 17 a 18 de setembro o segundo encontro do Regional de Agudos no seminário Franciscano Santo Antônio. Logo após a oração, foi apresentado o texto para a reflexão, a saber: “O capítulo - Evento de comunhão”. Foi dito: “O que caracteriza a vida religiosa não é radicalidade, mas a profecia. O religioso deve despertar o mundo a partir da lógica do Evangelho para celebrar a vida”. Relatou-se que uma das maneiras de se criar comunhão é alimentar a capacidade de sonho para fazer do Capítulo um lugar de vida fraterna, como Irmãos Menores. O Capítulo tem por finalidade despertar em cada frade atitudes que criam comunhão para melhor viver e testemunhar a mística franciscana. Elogiável tem

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sido a nova modalidade do Encontro Regional. Houve o relato das Fraternidades e maior tempo para a convivência fraterna. O encontro foi encerrado às 11 horas com uma

oração. Logo após um delicioso almoço foi servido e os frades retornam às suas Fraternidades. Frei José Martins Coelho


Fraternidades

Frei Nilo Agostini conclui pós-doutorado com estágio na Escola de Altos Estudos de Paris

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o mês de setembro de 2018, Frei Nilo, professor pesquisador do Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Educação da USF, concluiu o seu pós-doutorado, cumprindo todas as exigências acadêmicas requeridas. Iniciou o seu pós-doc em agosto de 2017 junto ao Departamento de Educação da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), sob a supervisão do Prof. Dr. Luiz Roberto Gomes. Segundo o plano de atividades, aprovado pela UFSCar, as pesquisas de Frei Nilo incluíram um estágio junto à Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais de Paris (EHSS), o que efetivamente se realizou de fevereiro a junho deste ano, sob a supervisão do Prof. Dr. Michael Löwy. O tema desenvolvido neste pósdoutorado buscou traçar as convergências e transversalidades da obra de Walter Benjamin e de Paulo Freire no contexto da Teoria Crítica da Sociedade. O texto produzido será oportunamente publicado em forma de livro, como contribuição a ser ofertada à comunidade, fruto de acurada pesquisa. A conclusão das exigências acadêmicas deste pós-doutorado aconteceu no dia 14 de setembro, quando Frei Nilo apresentou os resultados de sua pesquisa num Seminário oferecido na UFSCar, cuja exposição foi igualmente apresentada, no dia seguinte (15/09), na USF, a convite do Grupo de Pesquisa TCTCLAE (Teoria Crítica e Teorias Críticas Latino-Americanas e Educação). A convite da comissão organizadora, parte dessa pesquisa de pósdoutorado foi igualmente apresentada no XI Congresso Internacional de Teoria Crítica, realizado na UNESP de Araraquara SP, de 1º a 5 de outubro de 2018. Na ocasião, Frei Nilo compôs

a mesa, com o tema “Teoria Crítica e Educação: a questão da autonomia na idade Mídia”, ao lado do Prof. Dr. Andreas Gruschka (Prof. Titular aposentado da Univ. Frankfurt). Além das aulas ministradas na graduação e na pós-graduação, Frei Nilo desenvolve ampla atividade

de pesquisa na USF, através de dois projetos de pesquisa e participação em vários grupos de pesquisa. Mantém ativos os seguintes projetos de pesquisa: 1. A arte de educar na obra de Paulo Freire e o emergir do sujeito ético como tarefa fundamental da educação; 2. Educação, Religiões e Teologia Comparada, num contexto de mudança de época. Participa igualmente nos seguintes grupos de pesquisa: 1. Educação e Ética: aproximações, convergências, transversalidades (como líder); 2. TCTCLAE - Teoria Crítica e Teorias Críticas Latino-Americanas e Educação (como vice-líder); 3. Educação e Teorias Críticas Latino -Americanas (como co-líder); Teoria Crítica e Educação da UFSCar (como pesquisador).

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Fraternidades

vila velha

Paróquia do Rosário celebra sua Padroeira

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este dia festivo em que homenageamos Nossa Senhora do Rosário, 7 de outubro, refletimos sobre o “Sim” de Maria que entregou sua vida para que se realizasse o projeto de Deus. Com o acolhimento às dez comunidades que compõem a Paróquia, teve início a santa Missa, presidida por nosso arcebispo Dom Luiz Mancilha Vilela, que agradeceu aos freis franciscanos pelo belo trabalho e por tanto bem que a Família Franciscana tem realizado em nosso Estado e pelo povo católico. Lembrou, ainda, que a partir da nossa Paróquia, surgiram várias outras paróquias. Isso significa um trabalho que gerou vida nova entre as comunidades. Na homilia, Dom Luiz chamou a atenção para um cenário muito especial: “Diante da igreja mais antiga do Espírito Santo, nos deparamos com um quadro muito importante que é uma Paróquia sobre a bênção da mãe de Deus. Bênção da mãe de Deus em que a piedade popular expressa louvores e agradecimentos através de um gesto tão simples e tão importante: a oração do Terço. O terço é um instrumento de santificação de todo aquele

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que crê. Com Maria, nossa mãe, vamos restaurando a nossa vida e a vida da nossa família. A família brasileira católica cresceu muito em volta da oração do terço. Esse era o costume das famílias antigas. A oração do terço, essa oração da piedade popular, nos leva a atitudes profundamente marianas e atitudes de silêncio. E no silêncio há a abertura à ação do Espírito Santo. O Espírito Santo é que fez com que viesse até nós a palavra redentora de Nosso Senhor Jesus Cristo, no seio de Maria, mãe da nova humanidade. Maria é mãe da vida nova. Ela é mãe Daquele que veio trazer vida e vida em abundância. Nossa Senhora é mestra da fé, que nos ensina a crer e a abrir o coração para Deus em nossa vida. Maria é modelo daquela que sabe fazer silêncio no coração, que tem o coração para Deus. Ela nos ensinou a dizer ‘faça-se em mim, segundo a vossa palavra’. Ela nos ensinou a sermos obedientes aos desígnios do Senhor.” Dom Luiz reforçou que a oração em família traz vida de união, amizade, paz e harmonia. Ele pediu para que possamos olhar para nossas famílias, para que sejamos famílias de fé, esperança e caridade. E ainda que nunca desanimemos diante das dificuldades que a vida nos

apresenta. Assim como Jesus não desanimou diante da cruz e venceu a morte. Ao final da Missa, foi feita uma homenagem à Nossa Senhora, com mulheres de várias gerações retratando a devoção e o amor a Nossa Senhora de geração em geração. Pascom do Santuário Divino Espírito Santo


Fraternidades

NOVA ILUMINAÇÃO NO CONVENTO DA PENHA

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oi inaugurada no dia 27 de setembro a nova iluminação do Convento da Penha, proporcionando ao monumento histórico, turístico e religioso mais importante do Espírito Santo, beleza, sustentabilidade, segurança e economia energética. Além da iluminação do Santuário, toda em LED, a estrada principal de acesso ao Campinho também recebeu mais de 100 pontos da nova iluminação. A cerimônia de inauguração foi realizada no Parque da Prainha, aos pés do Convento, com presença do Governador Paulo Hartung, do Prefeito de Vila Velha, Max Filho, de representantes da Câmara de Vila Velha, da presidente do Instituto Modus Vivendi, Erika Varejão, da superintendente do IPHAN no Espírito Santo, Elisa Taveira, da subsecretária de turismo de Vila Velha, Neymara Carvalho e demais autoridades. Representando o Convento, o guardião Frei Paulo Roberto Pereira, Frei Pedro de Oliveira e Frei Pedro Engel. O evento contou com a participação da Banda do 38º Batalhão de Infantaria do Exército. Após a execução dos três hinos Nacional, do Espírito Santo e de Vila Velha -, teve início a cerimônia. Em seguida, foi autorizada pelo prefeito o acendimento da nova iluminação. O investimento total foi de R$ 2,4 milhões, feito por meio de recursos da Prefeitura de Vila Velha, conforme Ordem de Serviço assinada em 15 de março deste ano. Foram instalados mais de 100 novos pontos de luz em todo o Convento, desde a

subida até o Santuário. A nova iluminação de LED valoriza ainda mais cada detalhe do Convento, que é um dos mais importantes do Brasil. A obra é um marco para a história do Santuário, que teve sua construção iniciada na segunda metade do século XVI (1558) e é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) desde 1943. A cidade de Vila Velha entra na rota das cidades com potencial para receber o título de “Cidade Luz” com a inauguração da nova iluminação. A tecnologia utilizada é LED, sigla do termo inglês Light Emitting Diode, que, em português, significa “Diodo Emissor de Luz”. A nova iluminação favorecerá a visitação noturna ao Convento, sobretudo aos eventos que acontecem durante o ano, como a Festa da Penha, Missas e eventos. Além da nova iluminação, o Campinho passa a contar com um sistema de Wi-Fi gratuito. O Prefeito de Vila Velha afirmou que todos os custos da energia externa do Convento, a partir de agora, serão pagos integralmente pela Prefeitura. Ele destacou que o consumo será menor porque os equipamentos instalados são de última geração, com tecnologia internacional. Por fim, destacou a alegria de inaugurar um projeto tão importante para todo o Espírito Santo. De acordo com Frei Paulo, a nova iluminação do Convento proporciona um presente para todos os capixabas, já que também de longe, a Casa da Mãe da

Penha poderá ser vista com destaque e riqueza de detalhes, o que possibilita que mais pessoas possam visitar o Santuário, incluindo nos horários em que a iluminação ainda estará ligada. Durante a semana, o portão abre às 05h15, e, aos domingos ,às 04h15, ou seja, os romeiros, devotos, turistas, poderão subir com mais segurança e iluminação. Frei Paulo afirmou ainda que há projeto de extensão no horário de funcionamento durante o verão, já que Vila Velha recebe milhões de turistas. Frei Paulo disse ainda que através da convergência de forças municipais, estaduais e dos próprios voluntários, o Convento poderá realizar mais eventos noturnos. O Governador Paulo Hartung assinou a Lei de reconhecimento público que torna a Associação dos Amigos do Convento da Penha como uma instituição de importância e utilidade pública para o Estado do Espírito Santo. Em seguida, ele e o Prefeito Max Filho descerraram a placa da nova iluminação. A solenidade foi encerrada com um show da Banda do Exército. Assessoria de Comunicação do Convento da Penha Comunicações Novembro de 2018

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Fraternidades

Terceiro Encontro do Regional do Vale do Paraíba

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o dia 26 de setembro, em Guaratinguetá, os trabalhos indicados em pauta foram conduzidos pelo coordenador do Regional, Frei João Pereira da Silva. Dentre os muitos itens da reunião, alguns ganharam mais destaque. Do tema de estudo e reflexão “Novas Formas de vida e missão na Ordem dos Frades Menores”, do subsídio “Ite, nuntiate”, ressaltaram-se valores característicos da vida franciscana a serem retomados, tais como: a escuta da Palavra; a volta às origens; o estilo de vida simples e sóbrio; a partilha de vida com os pobres; a harmonia e o equilíbrio na convivência fraterna, apesar dos “muitos rostos” de culturas, mentalidades e modos pessoais de agir; a passagem do “santuário-templo” para o “santuário-periferia”, além de tantos outros. Voltou ao Regional a questão

“Santuário Frei Galvão”, em Guaratinguetá: uma proposta em diálogo entre o Arcebispo de Aparecida e a Província da Imaculada, que prevê a possibilidade de os frades atuarem junto ao Santuário. Reuniram-se, em Aparecida, com Dom Orlando Brandes para tratar desse assunto, o Visitador Geral Frei Miguel A. Kleinhans e Frei João Francisco da Silva, Definidor. O resultado dessa reunião, e apresentado no Regional, por Frei João Francisco, consta no Relatório do Visitador, para apreciação do Capítulo Provincial, em novembro. Alvissareira notícia: O Regional acolhe, com gratidão, Frei Leonardo Pinto dos Santos, como novo membro da Fraternidade São José, no Seminário Frei Galvão. Da sua permanência no Sudão do Sul, Frei Leonardo destacou a importância do testemunho de minoridade, naquela realidade, em

meio a um povo simples, pobre, de uma refeição por dia, em escassez de água, rico, porém, na fé. Frei Leonardo sugere: “Bom seria se mais frades fizessem estágio, lá”. Os frades de São Sebastião, Fraternidade Nossa Senhora do Amparo, empenhados na evangelização, através dos trabalhos paroquiais, estão envolvidos nos preparativos para Festa de ação de graças pelos 360 anos da fundação do Convento e os 350 da inauguração. A Preparação religiosa vai desenvolver principalmente temática franciscana. Romeiros em Guaratinguetá: são acolhidos diariamente e sempre em número crescente: são devotos de Frei Galvão, recebem as pílulas devocionais. Muitos deles se tornam benfeitores do Postulantado Frei Galvão. Frei Claudino Dalmago

Os frades de São Sebastião ( Fraternidade Nossa Senhora do Amparo), empenhados na evangelização, através dos trabalhos paroquiais, estão envolvidos nos preparativos para Festa de ação de graças pelos 360 anos da fundação do Convento e os 350 da inauguração.

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Fraternidades

JUBILandos

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Fraternidade do Convento São Francisco, em São Paulo, receberá nos dias 30 de novembro e 1º de dezembro os frades que celebram seus jubileus neste ano. Neste ano, 30 frades celebram ação de graças pelos 25, 50, 60, 65 e 70, 71, 72 73, 74, 76, 77 anos de Vida Religiosa ou Sacerdotal. Segundo o Ministro Provincial Frei Fidêncio Vanboemmel, celebrar o jubileu é retomar toda a caminhada vocacional para atualizá-la no presente, em forma de ação de graças. Enfim, no dia do Jubileu, o irmão também renova o compromisso assumido há 25, 50, 60, 65 e 70 anos, declarando o segredo mais profundo que o animou, tanto na vida religiosa como na vida sacerdotal: ‘Senhor, a minha vida está nas tuas mãos’”, explica Frei Fidêncio, manifestando aos confrades jubilandos, “a nossa gratidão e estima, e que o Senhor os abençoe!” Para o Ministro, na celebração dos jubileus, agradecemos o dom da vocação de cada um desses nossos irmãos. “Em primeiro lugar, sublinhamos a vocação à vida religiosa franciscana. ‘O Senhor me concedeu’ viver esta forma e Regra de vida, nos ensina São Francisco de Assis! E nesta mesma lógica, o Seráfico Pai ainda nos ensina que o irmão é uma dádiva divina dada à fraternidade: ‘O Senhor me deu irmãos!’ Em segundo lugar, evidenciamos a vocação presbiteral dos confrades que celebram seu jubileu sacerdotal. Louvamos e agradecemos a Deus pela vida sacerdotal desses irmãos porque o Senhor ‘os honrou acima de todos, por causa desse mistério’, nos exorta São Francisco”, continua o Ministro Provincial. “Para cada jubilando em particular, a celebração jubilar é uma ocasião singular que possibilita ao confrade fazer a releitura da sua vocação de frade menor ou a sua vocação de sacerdote do Altíssimo. Por que releitura? A releitura implica numa parada. Parada para rever, discernir e retomar o ‘ponto de partida’ da sua consagração a Deus na vida religiosa ou sacerdotal”, completa o Ministro.

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Fraternidades

OS CONFRADES E SEUS JUBILEUS 77 ANOS DE VIDA RELIGIOSA FREI OLAVO SEIFERT

É natural de Curitiba, PR. Nasceu no dia 4 de agosto de 1919 e ingressou na Ordem dos Frades Menores no dia 21 de dezembro de 1940. Fez a profissão solene no dia 22 de dezembro de 1944 e foi ordenado sacerdote no dia 3 de dezembro de 1946.

76 ANOS DE VIDA RELIGIOSA FREI CÁSSIO VIEIRA DE LIMA

É natural de São João da Boa Vista, SP. Nasceu no dia 22 de agosto de 1921 e ingressou na Ordem dos Frades Menores no dia 20 de dezembro de 1941. Fez a profissão solene no dia 21 de dezembro de 1945 e foi ordenado sacerdote no dia 16 de julho de 1949.

FREI NESTOR KUHN

É natural de Peritiba, SC. Nasceu no dia 25 de outubro de 1921 e ingressou na Ordem dos Frades Menores no dia 20 de dezembro de 1941. Fez a profissão solene no dia 21 de junho de 1946 e foi ordenado sacerdote no dia 26 de julho de 1948.

71 ANOS DE VIDA RELIGIOSA Frei Abel Schneider

É natural de Selbach, RS. Nasceu no dia 19 de julho de 1921 e ingressou na Ordem dos Frades Menores no dia 14 de dezembro de 1946. Fez a profissão solene no dia 18 de dezembro de 1950 e foi ordenado sacerdote no dia 01 de julho de 1954.

Frei Anselmo Júlio München É natural de Feliz, RS. Nasceu no dia 01 de junho de 1924 e ingressou na Ordem dos Frades Menores no dia 14 de dezembro de 1946. Fez a profissão solene no dia 18 de dezembro de 1950 e foi ordenado sacerdote no dia 01 de julho de 1953.

Frei Ernesto Kramer

Natural de Duisburg, na Alemanha, onde nasceu no dia 5 de julho de 1931. Chegou ao Brasil em 25 de janeiro de 1957 e vestiu o hábito franciscano em 19 de dezembro de 1957. Fez a profissão solene no dia 2 de fevereiro de 1962 e foi ordenado presbítero no dia 14 de dezembro de 1963.

Frei Francisco Tomazi

Natural de Criciúma, em Santa Catarina, onde nasceu em 30 de novembro de 1936, Frei Francisco vestiu o hábito franciscano em Rodeio no dia 11 de fevereiro de 1957. Fez a profissão solene na Ordem dos Frades Menores no dia 7 de maio de 1965.

Frei Ervino Girardi

É natural de Santa Maria (Ben. Novo), SC. Nasceu no dia 09 de abril de 1925 e ingressou na Ordem dos Frades Menores no dia 14 de dezembro de 1946. Fez a profissão solene no dia 18 de dezembro de 1950 e foi ordenado sacerdote no dia 01 de julho de 1953.

70 ANOS DE VIDA RELIGIOSA

Frei Gentil Avelino Titton

Natural de Lageado, no Rio Grande do Sul, onde nasceu no dia 11 de setembro de 1936, Frei Gentil vestiu o hábito franciscano no dia 19 de dezembro de 1957. Fez a profissão solene no dia 2 de fevereiro de 1962 e foi ordenado presbítero no dia 14 de dezembro de 1963.

Frei Juvenal Sansão

74 ANOS DE VIDA RELIGIOSA FREI CIRÍACO TOKARSKI

É natural de Contenda, PR. Nasceu no dia 28 de julho de 1922 e ingressou na Ordem dos Frades Menores no dia 20 de dezembro de 1943. Fez a profissão solene no dia 21 de dezembro de 1947 e foi ordenado sacerdote no dia 26 de julho de 1951.

FREI POLICARPO BERRI

É natural de Rodeio, SC. Nasceu no dia 13 de julho de 1924 e ingressou na Ordem dos Frades Menores no dia 20 de dezembro de 1943. Fez a profissão solene no dia 21 de dezembro de 1947 e foi ordenado sacerdote no dia 25 de julho de 1950.

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Comunicações Novembro de 2018

Natural da cidade de Gaspar, em Santa Catarina, onde nasceu no dia 8 de maio de 1927. Vestibu o hábito franciscano no dia 19 de dezembro de 1947 e professou solenemente na Ordem dos Frades Menores no dia 20 de dezembro de 1951. Foi ordenado presbítero no dia 1º de julho de 1954.

Frei José Lino Zimmermann Natural de Palhoça, em Santa Catarina, onde nasceu no dia 22 de agosto de 1940, Frei José vestiu o hábito franciscano em Rodeio no dia 11 de fevereiro de 1957. Fez a profissão solene na Ordem dos Frades Menores no dia 7 de maio de 1965.

60 ANOS DE VIDA RELIGIOSA Frei Aloísio Bernardo Hellmann

Natural de Nova Trento, em Santa Catarina, onde nasceu no dia 7 de dezembro de 1938, Frei Aloísio vestiu o hábito franciscano em Rodeio no dia 11 de fevereiro de 1957. Fez a profissão solene na Ordem dos Frades Menores em 7 de maio de 1965

Frei Pascoal Fusinato

Natural de José Boiteux, em Santa Catarina, onde nasceu no dia 8 de junho de 1938, Frei Pascoal vestiu o hábito franciscano no dia 19 de dezembro de 1957. Fez a profissão solene no dia 2 de fevereiro de 1962 e foi ordenado presbítero no dia 4 de julho de 1964.


Fraternidades

25 ANOS DE VIDA RELIGIOSA Frei Arlindo Oliveira Campos

Natural de São Pedro do Ivaí, no Paraná, onde nasceu no dia 9 de julho de 1959, Frei Arlindo vestiu o hábito franciscano em Rodeio no dia 10 de janeiro de 1992. Professou solenemente na Ordem dos Frades Menores no dia 3 de maio de 1998.

Frei Fabiano Kessin

Natural de Canoinhas, em Santa Catarina, onde nasceu no dia 21 de setembro de 1959, vestiu o hábito franciscano no dia 10 de janeiro de 1992. Professou solenemente na Ordem dos Frades Menores no dia 1º de maio de 1999 e foi ordenado presbítero no dia 16 de agosto de 2003.

Frei Mário Stein

Natural de Porto União, em Santa Catarina, onde nasceu no dia 19 de outubro de 1966, vestiu o hábito franciscano no dia 10 de janeiro de 1992. Professou solenemente na Ordem dos Frades Menores no dia 2 de agosto de 1999 e foi ordenado presbítero no dia 25 de março de 2000.

72 ANOS DE sacerdócio FREI OLAVO SEIFERT

É natural de Curitiba, PR. Nasceu no dia 4 de agosto de 1919 e ingressou na Ordem dos Frades Menores no dia 21 de dezembro de 1940. Fez a profissão solene no dia 22 de dezembro de 1944 e foi ordenado sacerdote no dia 3 de dezembro de 1946.

65 ANOS DE sacerdócio Frei Anselmo Júlio München É natural de Feliz, RS. Nasceu no dia 01 de junho de 1924 e ingressou na Ordem dos Frades Menores no dia 14 de dezembro de 1946. Fez a profissão solene no dia 18 de dezembro de 1950 e foi ordenado sacerdote no dia 01 de julho de 1953.

Frei Ervino Girardi

É natural de Santa Maria (Ben. Novo), SC. Nasceu no dia 09 de abril de 1925 e ingressou na Ordem dos Frades Menores no dia 14 de dezembro de 1946. Fez a profissão solene no dia 18 de dezembro de 1950 e foi ordenado sacerdote no dia 01 de julho de 1953.

50 ANOS DE sacerdócio

Frei Ricardo Backes

Natural de Lommersweiler, na Bélgica, onde nasceu em 28 de julho de 1940, chegou ao Brasil no dia 31 de janeiro de 1962. Vestiu o hábito franciscano no dia 19 de dezembro de 1962. Fez a profissão solene no dia 15 de dezembro de 1967 e foi ordenado presbítero no dia 14 de dezembro de 1968.

Frei Tarcísio Geraldo Theiss

Natural de Gaspar, em Santa Catarina, onde nasceu no dia 1º de abril de 1942, vestiu o hábito franciscano no dia 19 de dezembro de 1962. Fez a profissão solene no dia 15 de dezembro de 1967 e foi ordenado presbítero no dia 15 de dezembro de 1968.

25 ANOS DE sacerdócio

Frei José Pereira

Frei Athaylton Jorge Monteiro Belo

Natural de Indaial, em Santa Catarina, onde nasceu no dia 30 de abril de 1942, vestiu o hábito franciscano no dia 19 de dezembro de 1962. Fez a profissão solene na Ordem dos Frades Menores no dia 15 de dezembro de 1967 e foi ordenado presbítero no dia 22 de dezembro de 1968.

Natural do Rio de Janeiro, no Rio de Janeiro, onde nasceu no dia 14 de julho de 1959, vestiu o hábito franciscano no dia 10 de janeiro de 1968. Fez a profissão solene no dia 17 de setembro de 1992 e foi ordenado presbítero no dia 18 de dezembro de 1993.

Frei Paulo Back

Frei Benedito Geraldo G. Gonçalves

Natural de Forquilhinha, em Santa Catarina, onde nasceu no dia 23 de junho de 1943, vestiu o hábito franciscano no dia 19 de dezembro de 1961. Fez a profissão solene no dia 1º de agosto de 1966 e foi ordenado presbítero no dia 6 de julho de 1968.

Natural de São José do Alegre, em Minas Gerais, onde nasceu no dia 15 de novembro de 1964, vestiu o hábito franciscano no dia 10 de janeiro de 1986. Fez a profissão solene no dia 17 de setembro de 1991 e foi ordenado presbítero no dia 11 de dezembro de 1993.

70 ANOS DE sacerdócio Frei Paulo Limper FREI NESTOR KUHN

É natural de Peritiba, SC. Nasceu no dia 25 de outubro de 1921 e ingressou na Ordem dos Frades Menores no dia 20 de dezembro de 1941. Fez a profissão solene no dia 21 de junho de 1946 e foi ordenado sacerdote no dia 26 de julho de 1948.

Natural de Altenhunden, na Alemanha, onde nasceu no dia 8 de julho de 1941, vestiu o hábito franciscano em 28 de abril de 1963. Fez a profissão solene no dia 2 de agosto de 1967 e foi ordenado presbítero no dia 14 de dezembro de 1968.

Frei Germano Guesser

Natural de Antonio Carlos, em Santa Catarina, onde nasceu no dia 17 de maio de 1966, vestiu o hábito franciscano no dia 18 de janeiro de 1985. Fez a profissão solene no dia 2 de agosto de 1990 e foi ordenado presbítero no dia 6 de fevereiro de 1993.

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Fraternidades

série Entrevista: Frei Cássio Vieira de Lima

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ESPERO PASSAR DOS 100!

rei Cássio Vieira de Lima nasceu em 22 de agosto de 1921, em Japurá, estado de São Paulo. Proveniente de uma família simples e muito pobre é o mais velho de cinco irmãos. Seu pai se chamava Olímpio de Paula Vieira e sua mãe, Rita de Paula Vieira, que faleceu quando tinha apenas 9 anos. Ingressou na Ordem dos Frades Menores no dia 20 de dezembro de 1941. Fez a profissão solene no dia 21 de dezembro de 1945 e foi ordenado sacerdote no dia 16 de julho de 1949. Atualmente reside na Fraternidade Bom Jesus dos Perdões de Curitiba (PR) e é atendente conventual. Frei Cássio conta que desde cedo quis ser padre. Para ele, a melhor escolha que alguém pode fazer na vida é ser franciscano.

Comunicações – Como se deu seu discernimento vocacional? Frei Cássio – Quando tinha mais ou menos sete anos, lembro-me que minha mãe me dizia: “Gostaria que você fosse padre!”. Ela sempre me falava

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Também sempre gostou de estudar. Aprendeu onze línguas estrangeiras e, segundo ele, se passa um dia em que não pode estudar, sente que falta algo: “É como se eu não tivesse almoçado”. Durante os trabalhos diários, leva livros em alemão para o confessionário e lê enquanto não aparecem fiéis para se confessar. Para ele, ser franciscano é um grau de santidade e uma espécie de garantia para conquistar a vida eterna. E sobre o segredo para a longevidade, afirma com convicção: “Fui vivendo, vivendo e, quando percebi, estava com 90 anos. Agora cheguei aos 97 e espero passar dos 100!” Acompanhe a entrevista!

sobre a Igreja e religião. Na nossa cidadezinha não havia padre e sequer uma única missa. Lembro-me de que, numa ocasião, especialmente quando fui crismado, apareceu alguém que não sabia se era bispo ou padre, e celebrou minha

crisma... Essa ideia da minha mãe entrou na minha cabeça, e ficou. Mas não tinha noção do que era ser padre religioso ou diocesano. Mais tarde, minha mãe veio a falecer (3 de abril de 1930) e, em 1935, entrei no seminário. Comecei, então, a


Fraternidades entender a diferença de padre secular e religioso. Foi um franciscano que apareceu na minha paróquia e me ‘conquistou’. Nesse dia, estava acompanhado com a minha avó, uma senhora muito católica e dedicada, que falou com ele. Era o Ministro Provincial daquele tempo. Então, fui para Rio Negro (PR) e comecei a minha vida de seminarista. Comunicações – O que influenciou na sua decisão? Frei Cássio – Como já disse, a grande incentivadora foi minha mãe. Tudo o que ela dizia era sagrado. Nos momentos de orações e do terço, comecei a entender um pouco a religião, Deus... Mas era um entendimento muito pequenino. O que eu queria mesmo, talvez, fosse primeiramente satisfazer a vontade da minha mãe. Mais tarde é que fui entender que ela tinha o desejo mais sagrado para minha vida, e deu certo! Comunicações – E por que escolheu ser religioso franciscano? Frei Cássio – Eu não escolhi, os outros escolheram por mim. Essa minha avó, com quem eu convivia, era muito religiosa. Nós rezávamos o terço todas as noites em casa. Ela me mandava, sozinho, para a Igreja rezar. Eu não sabia admirar isso naquele tempo, e nem explicar, mas de alguma forma já estava embevecido pela capacidade da vida religiosa que ela tinha. Ela queria que eu fosse padre, indiferentemente se fosse religioso ou secular. Comunicações – Qual a fórmula para ser um bom frade menor? Frei Cássio – Olha, antes de mais nada, existia uma convicção: eu queria ser padre porque isso era o melhor que podia acontecer. E depois que estava no seminário há alguns anos, e vendo ali o exemplo dos padres, do que eles diziam e viviam, isso me deixava completamente entusiasmado. Outra coisa é que sempre gostei muito de estudar. Fiz cinco ou seis

cursos universitários, e não me arrependo. Se pudesse iria estudar mais alguns. Até comecei outros cursos, como por exemplo, de Direito, mas não consegui concluir por conta dos trabalhos de que a Província me incumbiu. Então, aprendi o que é ser franciscano vendo os padres franciscanos do Seminário de Rio Negro. Naturalmente, depois os padres franciscanos do noviciado de Curitiba e da Teologia. Em Petrópolis, tive grandes decepções, por conta de um padre que me tratou muito mal. Infelizmente é uma lembrança profunda e negativa que não é possível esquecer. Mas, acabamos superando. O que eu vi, especialmente nos primeiros anos do Seminário de Rio Negro, como o esforço dos frades, a seriedade deles e a capacidade que eles tinham de colocar dentro de nós a vontade de ser bom, de ser padre/frade, de ser amigo de Deus, influenciou toda a minha vida. Comunicações – Quantas línguas o sr. fala? Frei Cássio – Além das línguas como o latim, grego, francês e português, que estudei em Rio Negro, também aprendi mais alguns idiomas por minha conta. Especialmente quando tive que ser diretor do ginásio em Curitiba, São José dos Pinhais e em Clevelândia. Quando deixo de estudar por um dia, sinto que falta algo dentro de mim. É como se eu não tivesse almoçado. Gosto e acredito que todo padre deveria estudar, claro que em graus diferentes, mas o estudo faz parte da nossa vocação. Nele aprendemos a raciocinar, e quem não raciocina não está fazendo a vontade de Deus. Se Ele deu raciocínio para nós, e note que deu somente para nós, pois árvores e animais não pensam. Eles não têm cérebro. O meu tem funcionado muito bem, com a graça de Deus. Estudei 11 línguas. Conhecer uma língua estrangeira ajuda a desenvolver muito o raciocínio. Não é só aprender vocabulário, é satisfazer a

Deus cumprindo essa inclinação que ele nos deu! Comunicações – Qual o segredo para a longevidade? Frei Cássio – Não sei se existe segredo. Acredito que deveria existir antes prudência. Por exemplo, não sei comer rapidamente. É um problema meu aqui na Paróquia Bom Jesus dos Perdões. Não consigo almoçar em menos de 45 minutos. Acredito que devemos saber escolher os alimentos naturais, e comer de tudo. Procuro fazer 4 ou 5 refeições por dia. Nunca pensei em comer bem para viver bastante. Nunca pensei nisso. Eu também não pensava que iria ficar tão velho. No meu tempo, os padres morriam mais cedo. Eu via isso e também achava que aconteceria assim comigo. Mas Deus fez o caminho de outro jeito comigo. Fui vivendo, vivendo e, quando percebi, estava com 90 anos. Agora, com 97, espero passar dos 100! Comunicações – O que o sr. faria de novo e o que não faria? Frei Cássio – Bom, acredito que algumas designações minhas como padre não foram acertadas. O Provincial não acertou, mas ele não tem culpa. Ele não é Deus para saber de tudo. Penso que o melhor tempo de padre que tive é o que estou vivendo agora. Fiquei 30 anos como pároco na Paróquia Santa Madalena Sofia de Curitiba (PR), e ali tive bastante sorte e bastante ajuda de Deus, podendo realizar muita coisa, de forma que consegui converter bastante gente e criar muitas amizades. Construí uma Igreja grande e bonita, num lugar muito pobre, com a ajuda de pessoas de outros lugares onde eu já havia trabalhado antigamente. Infelizmente, o atual bispo se tornou meu inimigo sem eu saber o porquê, pois da forma como ele me tocou de lá, de forma repentina, não foi bom. Mas assim é a vida. Continuo trabalhando e ajudando nas missas e confissões paroquiais. Comunicações Novembro de 2018

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Fraternidades Comunicações – Falando sobre a Igreja Santa Madalena Sofia, como foi esse trabalho? Teve alguma experiência marcante? Frei Cássio – A igreja que existia lá na época estava em péssimas condições e precisava ser construída uma nova. Então, disse ao povo: ‘Nós não podemos continuar com essa igreja aqui, feia e abandonada. De repente, este teto pode até cair em cima de vocês na hora da missa. Vamos fazer aqui uma nova igreja para durar muitos anos, assim como Deus merece’. Alguns criaram resistências alegando que os fiéis eram muito pobres. Outros padres já haviam tentado, mas não tinha dado certo. Sei que de tanto insistir, depois de umas quatro ou cinco reuniões, eles acabaram concordando. E começamos. Fomos falar com o bispo e ele concordou. Porém, depois, quando apresentamos o projeto da Igreja, ele pôs a mão na cabeça e pediu para que fizéssemos um projeto menor. Então, disse: ‘Senhor bispo, eu não gosto de fazer coisas pequenas, sempre fiz coisas grandes como a igreja merece’. Eu vou tentar e fazer o possível para conseguir ajuda para construir. E o bispo enfaticamente disse: ‘Frei, o senhor vai levar 50 anos para fazer essa igreja, mas se quer tentar pode começar. Depois não diga que eu não avisei’. E o bispo citou o exemplo de outra igreja que na época estava em construção fazia 49 anos. E prometi a ele que em 10 anos entregaria a Igreja pronta para comunidade e o bispo, batendo na mesa, disse que duvidava, mas pelo menos me deu aval. Começamos com toda a força a construção, e terminamos a Igreja em 7 anos. Quando fui novamente até o bispo convidá-lo para a inauguração, ele brincou comigo perguntando se ela estava totalmente pronta. E ele foi até lá ver e compareceu para a inauguração da Igreja. Fizemos o que pudemos. Houve gente que ajudou muito. Um homem, por exemplo, em um almoço oferecido na casa de um deputado, nos doou

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Comunicações Novembro de 2018

cinco mil sacos de cimento. Algumas coisas realmente foram quase que miraculosas. Teve outro senhor que doou cinco caminhões de areia que deu para a construção da igreja toda. E assim íamos construindo. Muita gente ajudou! Outro exemplo é de um senhor que tinha uma floresta enorme e nos doou a madeira de todos os 120 bancos existentes na Igreja. E assim as coisas aconteceram, deixando o bispo entusiasmado e admirado. Deus quis que a Igreja saísse e assim aconteceu. Posso afirmar que nestes 30 anos que fiquei por lá tive muita sorte e por isso agradeço muito a Deus. Comunicações – O que o sr. diria para um jovem que quer entrar na Ordem hoje? Frei Cássio – A Ordem Franciscana no mundo é a melhor coisa que Deus mandou aqui para terra. Todos aqueles que aceitam o franciscanismo estão aceitando uma coisa boa e santa. A melhor escolha que alguém pode fazer na vida é ser franciscano, tanto os homens que se tornam irmãos leigos e padres, como as mulheres que se tornam freiras, especialmente as Clarissas. Ser franciscano é um grande grau de santidade e uma espécie de garantia para conquistar a vida eterna. Comunicações – Como deve ser a vida de oração de um frade? Frei Cássio – Olha, devemos rezar nem de menos e nem de mais. Precisamos rezar sem dúvida. Todas as pessoas precisam rezar. Como religiosos precisamos rezar por nós mesmos, pelos outros confrades, por toda a humanidade, e assim agradamos a Deus. Lembrar sempre que rezar é conversar com Deus. Existe coisa mais santa, nobre e elevada do que conversar com Deus? A oração devia ser muito mais espalhada, devia ser uma forma de convicção. Não precisa ser a oração do livro, de dois, três ou quatro metros de comprimento, pode ser a ora-

çãozinha de um centímetro mesmo, desde que a gente se concentre só em Deus. Quem não reza, diz o antigo provérbio, não se salva. Quem reza pode se tornar santo. Todos sem exceção, cada um do seu jeito e no seu grau tem que rezar. Acho que a coisa mais séria de nossa vida, muito mais do que comer é rezar, pois comer não leva a gente pro céu, e rezar leva! Comunicações – São Francisco tem lugar no mundo de hoje? Frei Cássio – Olha, penso que é aquele que tem mais lugar do que todos os outros. Mesmo que as outras congregações tenham lá as suas convicções, a minha é está: São Francisco foi realmente o maior santo que o mundo produziu e a gente precisa dele. Comunicações – Como o sr. vê a Ordem dos Frades Menores hoje? Frei Cássio – Olha, essa pergunta é um pouco difícil. Então, eu não tenho tido tempo para me aprofundar, mas eu penso que a Ordem de São Francisco não vai acabar, a não ser com o fim do mundo. É um ideal tão grande, profundo e necessário que vai durar para sempre. Comunicações – O que o sr. acha do Papa Francisco? Frei Cássio – Deus mandou alguém muito especial para uma época especial. É verdade que eu não conheço tudo o que ele diz, escreve e faz, não é possível porque a gente tem obrigações que ocupam nosso tempo, mas acredito que foi uma bênção de Deus para a Igreja. E a gente agradece a Deus por isso! Comunicações – Quantos papas o sr. conheceu na sua vida? Do qual o sr. gostou mais? Frei Cássio – Olha, sempre li tudo o que encontrei sobre os papas. Especialmente quando estudava história da Igreja. Tivemos três anos de estudos e conhecemos muitos e muitos papas, mas não


Fraternidades sei dizer mais quantos é que são. O Papa atual é que mais gostei e gosto. Comunicações – O que achou do Concílio Vaticano II? Frei Cássio – Simplesmente aceitei as mudanças que a Igreja pediu. Não tive problemas com isso. Muitas coisas precisavam mudar mesmo. Foi uma coisa muito boa. Comunicações – O sr. já foi prefeito de Planalto nos anos 70. Como se deu este processo? Frei Cássio – Sim, fui pra lá em 1976 e fiquei até em 1981. Olha, era o tempo do Governo Militar, e esse governo tinha estabelecido que todos os municípios do Brasil, com limites com outro país, deveriam ser governados por prefeitos nomeados, ou seja, escolhidos a dedo. Eram 92 municípios nesta situação. Começava lá no Amazonas e ia até o Rio Grande do Sul. Então, não sei como foi o princípio, mas acredito que alguém indicou que eu poderia ir pra lá e citou o fato de eu ser professor do Colégio Militar de Curitiba, onde lecionei por 19 anos. Então, por ser professor neste colégio, era conhecido por alguns militares. O Governador mandou fazer um relatório sobre mim, porque os militares escolhiam, mas a nomeação era feita sempre pelo Governador em exercício. Quando me fizeram o anúncio, levei um susto e disse: “Eu não posso, sou padre”. Perguntaram, então, quem deveria resolver isso na minha Província. Expliquei que era o Ministro Provincial, Frei Antônio Nader. E, de antemão, já disse que ele não iria autorizar. Porém, não sei os pormenores das tratativas desta história com o Ministro. Fiquei sabendo pelo Governador, logo depois, que seria o novo prefeito de Planalto. Ainda desconfiado liguei para

o Provincial e perguntei se de fato não haveria nenhum problema em aceitar e ele me disse: “Estou sabendo e concordo que você seja o novo prefeito. A sua escolha é uma coisa muito boa”. E sabe mais o que ele me disse no telefonema: “A Província agradece muita esta escolha do Frei Cássio, porque nunca nestes 500 anos de Brasil o Governo reconheceu o trabalho dos franciscanos aqui. Os franciscanos foram os primeiros padres e nós agradecemos o reconhecimento”.

teiras, deram até a ordem de comunicar imediatamente o Exército caso desconfiasse de algo. E uma vez aconteceu que da noite para o dia apareceram algumas máquinas na divisa do município e eu logo e avisei a eles. Os militares averiguaram e constataram que, no limite do município, a Argentina iria fundar uma empresa e que estava tudo certo. Fiquei por cinco anos como Prefeito e se não renunciasse teria ficado lá até o fim do Governo Militar.

Ser franciscano é um grande grau de santidade e uma espécie de garantia para conquistar a vida eterna

Comunicações – Como o sr. acha que o mundo está hoje? O sr. acompanha a situação político-econômica do Brasil? Frei Cássio – Vejo, leio e escuto que a situação está muito ruim. São muitos pobres e ricos, muitas são as injustiças. Deus não pode querer uma coisa desta que está acontecendo hoje. Muita injustiça, exploração e roubalheira. Isso não pode continuar assim. Acredito que é necessário uma igualdade maior entre pobres e ricos, entre governantes e governados. Aqui no Brasil isso é consequência de um grupinho que fica com tudo enquanto um grupão fica quase sem nada, morrendo de fome, e isso é em grande quantidade.

Eu fiquei espantado. Foram 5 anos de mandato. Comunicações – Por que aceitou um cargo nomeado pela Ditadura Militar? Isso não vai contra os princípios da Igreja e da Ordem? Frei Cássio – Sim, também estranhei. Por isso disse ao Governador que meu superior não concordaria. Mas, fui pra lá e fiz o melhor que pude. Posso dizer que o trabalho deu certo. O Exército Brasileiro estava interessado nas fron-

Comunicações – Para terminar, deixe uma mensagem. Frei Cássio – Desejo que as vocações franciscanas aumentem visivelmente, pois nós não damos conta do atendimento. As exigências de hoje são maiores, por isso precisamos de mais clero. Espero que Deus tenha pena do Brasil e que o número de padres aumente tanto em quantidade como em qualidade. Também peço que o Capítulo Provincial seja proveitoso e que o novo Provincial seja bem escolhido. Frei Augusto Luiz Gabriel Comunicações Novembro de 2018

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Fraternidades

Retiro marcado pela espiritualidade franciscana

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ntre os dias 11 a 14 de outubro, o Convento São Boaventura, em Rondinha (Campo Largo, PR), sediou um retiro totalmente voltado à Espiritualidade Franciscana. O evento reuniu religiosos e religiosas, membros da OFS, Jufra, vocacionados, além de leigos e leigas, que puderam conhecer mais de perto o carisma. Neste espírito, todos os presentes experimentaram um modo muito peculiar de se chegar a Deus: olhando a história pessoal com carinho e gratidão, à luz da experiência espiritual de São Francisco de Assis. Intercalando orações, cantos, mantras, partilhas e caminhadas em meio à natureza, cada qual foi convidado a refletir a respeito de sua vida, seus sonhos, medos, sua visão de mundo, seu modo de compreender e relacionar-se com o próximo, com as criaturas e com o Criador. Por meio de experiências de deserto, de meditação, contemplação individual e co-

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Comunicações Novembro de 2018

munitária, objetivou-se uma maior intimidade com Deus em Jesus Cristo, tendo como suporte trechos das Sagradas Escrituras e dos Escritos Franciscanos. Ao todo, seis ricos momentos de espiritualidade deram a tônica das reflexões, abordando respectivamente: O encontro de Deus através da Pala-

vra, a presença de Cristo em minha história pessoal (acerca do diálogo com o Crucifixo de São Damião), a encarnação do Deus humilde, o Crucificado e a redenção humana, o louvor da Criação e o mistério da Minoridade. Os participantes também tiveram a oportunidade de, juntamente com os frades, rezar as horas canônicas das Laudes, Vésperas e Completas, orações que fazem parte do cotidiano da vida religiosa e consagrada. Além disso, neste final de semana, católicos do Brasil inteiro celebraram a mãe de Deus, homenageada com o título de Nossa Senhora Aparecida. Neste contexto, as orações também transpareceram a profunda veneração de São Francisco à Virgem Maria. Esta, traduzida em devoções propriamente franciscanas como a Coroa, o canto do Tota Pulchra (latim) e as antífonas Marianas. No Ofício da Paixão de São Francisco e na Via Sacra franciscana, dor, sofrimento, humilhação, morte e ressurreição são contemplados. Na angústia, na agonia de Jesus no madeiro, de Francisco nu em terra fria, cada um pôde olhar para suas feridas, sofrimentos, fraquezas e limitações, sendo convidado a, passo a passo, morrer para o pecado e em Cristo, brilhar como luz na escuridão, ressuscitando para uma vida nova. O encerramento do retiro ocorreu no domingo (14), iniciando com a tradicional Santa Missa dominical com a comunidade e concluindo com a bênção do Santíssimo, neles também contemplando a piedade eucarística de São Francisco. Frei Rodrigo José Silva


Fraternidades

Encontro do Regional Baixada e serra Fluminense

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os dias 28 e 29 de setembro, o Regional Serra/ Baixada Fluminense reuniu-se na Fraternidade São Francisco de Assis, anexa do Instituto Teológico Franciscano. Na sexta feira (28/09), os confrades foram recebidos no ITF à tarde para iniciar o encontro. Os confrades da Fraternidade prepararam uma bela oração inicial, seguida da partilha das fraternidades. Foram levantados os grandes acontecimentos de cada realidade e também o cuidado para com os confrades que mais necessitam de atenção pelo fato de alguma enfermidade. Também foram relatadas as atividades formativas e apostólicas que compõem as várias realidades do Regional. Para finalizar o dia, a Fraternidade propiciou aos confrades um recreio fraterno. No sábado (29/09), o encontro regional começou com uma oração inicial. Em seguida, o coordenador do Regional, Frei Fernando Araújo, organizou uma dinâmica entre

os confrades: divisão em grupos por faixa etária e o levantamento de reflexões e temas que surgiram entre os participantes, sem um texto base. O resultado, partilhado pelos confrades que secretariaram os grupos, trouxe ideias e reflexões sobre vários temas já discutidos pela Província, a fim de preparar cada vez melhor os frades para a ocasião do Capítulo Provincial. Frei João Francisco da Silva, Defini-

dor responsável por acompanhar este regional, trouxe também algumas informações sobre o andamento do Capítulo e a situação de alguns confrades enfermos. Trouxe à tona, inclusive, a reflexão sobre a animação vocacional, entre outras informações, avisos e encaminhamentos. O encontro chegou ao fim com o convívio e almoço. Frei Gabriel Dellandrea

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Fraternidades

Coral das Meninas dos Canarinhos encanta São Paulo

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ão poderia ser diferente. Quem conhece o trabalho do Instituto dos Canarinhos de Petrópolis sabe que as apresentações dos Corais masculino e feminino não têm similar no Brasil e muito raramente no exterior. Por isso, a apresentação na Igreja São Francisco de Assis, na Vila Clementino, encantou os paulistanos na segunda-feira, 8 de outubro, às 20 horas. Esta foi a segunda apresentação do Coral das Meninas dos Canarinhos de Petrópolis no início da turnê em São Paulo. Às 14 horas, o coral se apresentou no projeto conhecido como “Chá do Padre”, do Serviço Franciscano de Solidariedade (Sefras) e que atende a população em situação de rua. Essas duas apresentações fizeram parte das festividades pelos 30 anos de fundação do Coral. Frei Valdecir Schwambach, páro-

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co da Paróquia São Francisco de Assis, na Vila Clementino, deu as boas vindas a todos. “É uma noite de alegria, júbilo e contentamento para a nossa Paróquia”, disse. E realmente foi uma apresentação emocionante. Dirigidas pelo maestro Marcelo Vizani, as Meninas começaram conquistando o público logo de cara: “Romaria”, de Renato Teixeira. Na se-

quência, “Passarim”, de Tom Jobim; “Sapato Velho”, de Cláudio Nucci e Paulinho Tapajós; “Les Avions”, de C. Barratier; “Con te partirò”, de Lucio Quarantatolo/Francesco Sartori; e “Sambalêle”, do folclore brasileiro. Veio, então, o repertório sacro com “Laudate Dominum”, de Mozart; “Ave Maria”, de Deborah Lutz; “Memorare”, de Henrique Oswald; “Pie Jesu”, de Andrew Lloyd Weber; encerrando com “Laudate Pueri Domino”, de Felix Mendelssohn. O público foi à loucura com a apresentação e ganhou bis com “Aquarela do Brasil”, de Ari Barroso, para encerrar em grande estilo a noite. O Ministro Provincial, Frei Fidêncio Vanboemmel, não escondeu sua alegria. “Eu vou repetir aquela velha frase: a música é a linguagem universal da humanidade. Creio que as Meninas dos Canarinhos de Petrópolis conseguiram traduzir isso cantando


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em latim, em francês, em português, cantando músicas polifônicas, cantando e encantando ao mesmo tempo. Foi uma apresentação com uma qualidade musical excelente, afinação perfeita, solistas ótimas. Conseguiram dialogar com toda essa plateia que esteve aqui na igreja. Elas também, através de suas vozes, são proclamadoras da grandeza de Deus, que dialoga com a humanidade através da música”, elogiou Frei Fidêncio. O Vigário Provincial Frei César Külkamp é também diretor do Instituto Meninos Cantores de Petrópolis. Segundo ele, o coral faz parte de uma instituição que já tem 76 anos de evangelização pela música. “Além disso, esse Instituto tem uma Escola de Música como parte do trabalho de educação e do trabalho social da nossa Província Franciscana da Imaculada Conceição, que existe para evangelizar, encarnar os valores do próprio Evangelho e, ao mesmo tempo, proclamá-los ao mundo de hoje”, disse, explicando com detalhes as Frentes de Evangelização da Província. Segundo Frei César, o Instituto

acolhe crianças das instituições educacionais da Província e, pelo menos uma metade dessas crianças vêm de outras instituições ou instituições públicas. “Por isso é um trabalho educacional e também social pela música. Pela presença dos educadores, pela presença dos frades, pela espiritualidade franciscana, essas crianças se preparam para louvar a Deus através da música de qualidade”, explicou, lembrando que os Corais se revezam aos domingos nas celebrações da Igreja do Sagrado de Petrópolis. Para comemorar os 30 anos do Coral das Meninas, o Instituto pro-

gramou uma turnê que passou pelas cidades de Bragança Paulista, Campinas e terminou em Curitiba no dia 14. A viagem contou com a presença de 38 cantoras e no dia 12, a data do aniversário do coral, participou de uma Missa especial em Curitiba, presidida por Frei Marcos Antônio Andrade. No dia 9 de outubro, às 19h30, o Coral se apresentou na Catedral Nossa Senhora da Conceição de Bragança Paulista e, no dia 10 de outubro, no Anfiteatro da Universidade São Francisco (USF) na Unidade Swift, às 19h30. Fundado em 1988 por Frei José Luiz Prim, o Coral das Meninas dos Canarinhos coleciona apresentações memoráveis e participações em grandes projetos, incluindo turnês pelo Brasil e em Portugal. Durante as quase três décadas de existência, apenas três maestros estiveram à frente do coral: a professora Silvia Muniz, o maestro Gilberto Bittencourt e, desde 1998, o maestro Marcelo Vizani. Frei Augusto Luiz Gabriel e Moacir Beggo Comunicações Novembro de 2018

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Festa de São Francisco de Assis São Paulo São Paulo é a única cidade no território da Província que tem duas casas em honra a São Francisco de Assis: o histórico Convento no Largo São Francisco e a Paróquia na Vila Clementino, que também é a sede provincial. No Convento São Francisco, as festividades ao Padroeiro começaram com a Missa Nordestina no dia 23 de setembro. Na Vila Clementino, as festividades começaram com o Tríduo em honra do Padroeiro. Nas fotos, a Procissão no dia 30/9 no percurso do Mosteiro São Bento até o Convento São Francisco. Comunicações Novembro de 2018

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Festa de São Francisco de Assis

vila clementino

Frei Fidêncio: “Precisamos de relações fraternas”

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festa litúrgica de São Francisco de Assis terminou com a última Celebração Eucarística, às 19h30, na Paróquia São Francisco de Assis, na Vila Clementino, onde também está a Sede Provincial dos Frades Menores da Imaculada Conceição. A bela igreja lotou mais uma vez para a última homenagem ao Padroeiro e santo protetor dos animais. O Ministro Provincial, Frei Fidêncio Vanboemmel, presidiu a Celebração, tendo como concelebrantes o pároco Frei Valdecir Schwambach e Frei Raimundo de Oliveira Castro. Desde as 7 horas, quando começou a primeira Missa, os frades se reve-

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zaram nas celebrações e nas bênçãos às pessoas e aos animais. Frei Fidêncio fez a sua homilia partindo do Evangelho, proclamado pelo pároco Frei Valdecir, segundo São Mateus, quando ele apresenta uma singela oração de Nosso Senhor Jesus Cristo, que num determinado momento se volta para Deus Pai e

reza: ‘Eu te louvo, Pai, porque escondeste essas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste aos pequeninos’ (Mt 11,25-30). “Aos pequenos, aos simples, pessoas capazes de acolher o mistério do reino de Deus, Jesus anuncia a boa nova. Às pessoas humildes e simples, Jesus reconhece que elas foram acolhedoras do mistério de Deus. Isso já começou na noite do Natal, na noite da encarnação do Senhor, quando lá os pobres pastores acolhem o pobre Menino de Belém deitado numa manjedoura. E é justamente ali que os anjos de Deus cantam. E mais uma vez, Jesus louva o Pai exatamente porque essas


pessoas, sim, são capazes de acolher as coisas do reino do Deus. Sim, aos simples e aos humildes Deus revela o coração amoroso de Deus Pai. Aquele que Jesus diz que é o Senhor do Céu e da Terra”, explicou o Ministro Provincial. Francisco se despoja totalmente para se colocar nessa postura humilde, simples, para acolher o mistério do reino de Deus. E nesse sentido, São Francisco de Assis vai dizer uma fala muito simples: “Que a minha vida daqui para frente vai ser essa: viver simplesmente o evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo”, contou o frade. “Ele vai consultar sempre o Evangelho porque, à medida que foi se confrontando com a Palavra de Deus, foi acolhendo ‘essas coisas’ do Reino de Deus. Francisco passou a ter outra relação com a vida e com a existência. Se ele estava muito centrado em si mesmo, a partir desta conversão interior, ele passa acolher o irmão, a irmã como dom de Deus”, ressaltou o Ministro Provincial. “E mais do que isso, Francisco, a partir desse encontro com o Senhor, passa a se relacionar de uma forma fraterna com toda a criação, até com os pequenos animais, como o simples vermezinho na estrada, como o lobo de Gúbio”, lembrou. “Que São Francisco nos ajude a viver também as virtudes da simplicidade, da humildade, para criarmos relações mais fraternas, tão importantes nesse momento histórico que estamos vivenciando nesse país. Precisamos de relações fraternas. Menos ódio, menos separações! Que São Francisco abençoe a todos nós, abençoe nossos bichinhos de estimação, abençoe o nosso coração, abençoe a nossa família, abençoe a nossa comunidade paroquial”. Frei Valdecir fez os agradecimentos finais e não se cansou de citar os voluntários, as equipes, os benfeitores e doadores. Agradeceu de forma especial também aos fiéis paroquianos Comunicações Novembro de 2018

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Festa de São Francisco de Assis e aos que vieram de outras regiões da capital para homenagear o Santo de Assis e protetor dos animais.

FESTA DOS ANIMAIS

O dia de São Francisco de Assis, em São Paulo, começou nublado, até com uma garoa fina em alguns pontos da capital. Mas o “irmão Sol” não abandonou o seu maior poeta e, antes do meio-dia, apareceu para homenageá-lo. Pelo menos na Vila Clementino, o Padroeiro da Paróquia São Francisco de Assis teve um dia festivo à sua altura. As Missas começaram às 7 horas. Do lado externo da Matriz, fiéis e admiradores do Santo de Assis começaram a chegar com seus animais para a bênção. Não demorou muito para se formarem filas. Assim foi até à tarde. O pároco Frei Valdecir Schwambach presidiu a Celebração Eucarística do meio-dia com a igreja lotada. Entre os fiéis estavam os representantes das entidades de pessoas com deficiência visual, Lothar Bazanella, relações públicas da ONG Cadevi (Centro de Apoio ao Deficiente Visual); Marcelo Panico, da Fundação Dorina Nowil; e Marlene Lidinar Gianoto, da Pastoral das Pessoas com Deficiências, que vieram reforçar o lançamento da Campanha “Cãozinho Educado” nesta região, onde circulam mais dois mil deficientes visuais somente da Fundação Dorina. E foi nesse clima de respeito e cuidado pela criação que Frei Valdecir fez a sua homilia recordando o tema da festa deste ano: “Em Cristo nós somos todos irmãos”. Segundo o pároco, o ser humano não vive sozinho. “A nossa vida só é completa quando nós não estamos sozinhos, quando ela é como um mosaico composto por outras pessoas, sejam elas familiares, amigas, amigos, sejam elas essa extensão da criação de Deus aqui representada pelo cachorrinho, pelo papagaio, pelo gatinho. Enfim, todos eles criados pela bondade de Deus”, disse. Comunicações

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“CÃOZINHO EDUCADO” Marcelo Panico tem as melhores perspectivas possíveis sobre a campanha. “Mas ela precisa ser valorizada constantemente porque, infelizmente, algumas pessoas que têm pets não recolhem as fezes de seus animais. Isso não é uma atitude cidadã, principalmente para as pessoas que não enxergam, não sabem identificar o que está no chão e passam situações desagradáveis por conta da irresponsabilidade dos donos dos cães. Pedimos para que esta campanha seja sempre reiterada, divulgada, para que as pessoas que gostam dos animais também façam a sua parte cidadã”, destacou Marcelo, explicando que a Fundação Dorina Nowill para Cegos é uma organização sem fins lucrativos e de caráter filantrópico. Localizada na Rua Doutor Diogo de Faria, 558, na Vila Clementino, a entidade está completando 72 anos de fundação. Frei Valdecir agradeceu a presença de todos na Celebração, falou da importância da campanha e desejou bons resultados.


Largo São Francisco

Uma Festa de 371 anos

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esde as primeiras horas da manhã, o movimento era intenso no Largo São Francisco, região central de São Paulo. Como lembrou o reitor e pároco, Frei Alvaci Mendes da Luz, esta foi a primeira igreja na cidade dedicada ao santo, há 371 anos. Com missas a cada hora e meia, os devotos lotaram a igreja em todas as celebrações, muitos acompanhados de seus animais, fotos ou objetos de devoção. Às 15h, a celebração foi presidida por Dom Eduardo Vieira dos Santos, bispo auxiliar da Região Sé. Em sua homilia, afirmou que Francisco viveu e pregou a paz. Uma paz que não é apenas a ausência de conflitos, mas a paz de Jesus. “A paz de Deus enche o nosso interior, porque quando o nosso interior está vazio de Deus, começamos a colocar coisas de fora: riqueza, prazer, poder, dinheiro. Mas

quando estamos em paz com Deus, como fez São Francisco e outros santos e santas de Deus, Ele nos basta”, assegurou.

ABRIR ESPAÇOS PARA DEUS

“O Evangelho é revelação para quem abre espaço para Deus em sua

Francisco: pioneiro no diálogo inter-religioso A passagem do encontro de Francisco com o Sultão, que em 2019 completa 800 anos, não é esquecida pelos seguidores do Santo de Assis. Eleni de Oyá, sacerdotisa do culto afro-brasileiro e devota de São Francisco, encontra a mesma porta aberta para o diálogo em São Paulo.

Ela afirma que no Convento São Francisco ela encontra, além da acolhida, pessoas de outras religiões que sentem-se bem em estar lá. Além de frequentar a paróquia, ela ajuda o Serviço Franciscano de Solidariedade (Sefras), através do Chá do padre. Ela, que é cabeleireira, ajuda no corte de cabelo dos moradores em situação de rua. Sobre Francisco de Assis e o candomblé, ela afirma que um ponto em comum é o amor à natureza. “O candomblé é a religião da natureza. Os orixás são a força da natureza, que está presente também em nós. A árvore não é só árvore, a água não é só água. Francisco de Assis é o santo que dizia que nós somos irmãos de toda Criação. Isso me aproxima muito de Francisco de Assis. Já naquela época, ele foi um homem muito a frente de seu tempo”, afirmou.

vida. Quando nos fechamos no egoísmo, em nossa própria vontade, em nosso orgulho, em nossa mania de querer saber tudo, de passar por cima dos outros, não há lugar para Deus, para o amor. Quando nos fazemos pequenos, irmão e irmã um do outro, aí há espaço para o amor. E se há amor, há Deus no coração”, foi a afirmação de Frei Mário Tagliari, guardião do Convento São Francisco, durante a missa das 18h, que encerrou as festividades.

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Festa de São Francisco de Assis

TRÂNSITO DE SÃO FRANCISCO

O lobo de Gúbio dos nossos dias

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a noite que antecede o dia de São Francisco, as igrejas franciscanas celebram o Trânsito do santo. Os frades, religiosos, religiosas e paroquianos se reuniram no dia 3, às 18 horas, no Convento e Santuário São Francisco, no centro da capital paulista, para reviver o momento da morte do Santo de Assis. É uma tradição franciscana celebrar com alegria e devoção os últimos momentos da vida de São Francisco. A morte, que tornou-se irmã, não assusta mais. Ao contrário, é motivo de festejo, pois nela cumpriu-se a missão terrena. A homilia do dia ficou sob a responsabilidade de Frei Diego Melo, coordenador do SAV. A leitura proposta foi a história do lobo de Gúbio, segundo os Fioretti. Certa vez, um lobo atormentava a cidade de Gú-

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bio, na Itália. E São Francisco foi intermediar o conflito gerado entre os moradores da cidade e a criatura. Os moradores, assustados, queriam ver o fim do animal. Mas, com a ajuda de Francisco, foi feito um acordo entre os aldeões e o lobo. Eles alimentariam o lobo e ele não iria mais causar mal à cidade. Em sua homilia, o frade fez uma atualização da história, comparando aos dias atuais, “uma metáfora do verdadeiro caminho da paz e da reconciliação humana”, explicou Frei Diego. “Embora Francisco não justifique ou encoberte as maldades e as violências cometidas pelo lobo, ele não cede à tentação dos julgamentos e conclusões rápidas e superficiais, tão comuns em nossos tempos de condenações e linchamentos virtuais”, acrescentou. No conflito, Francisco percebe que o lobo agia daquela maneira por

necessidade e que a aldeia tinha responsabilidade na situação, por interferir no habitat do animal. “Sem se preocupar com aqueles que iriam dizer que ele estava defendendo um lobo ‘bandido’ e que a única solução era a sua morte ou extinção, afinal, há quem diga que bandido bom é bandido morto, Francisco se aproxima daquele lobo, descobre a causa do problema, realiza um encontro entre ambas as partes e conclui um pacto de paz, que incluía o compromisso da aldeia em garantir comida para aquele animal e a certeza de que o lobo passaria a agir sem maldade e agressividade”, contextualizou Frei Diego. Após a homilia, alguns jovens fizeram a encenação do momento do Trânsito de São Francisco. Trajados com hábito, eles trouxeram o corpo quase inerte do santo até o centro do presbitério. Um coral de vozes masculinas, composto por frades, ex-frades e leigos entoou o “Transitus”, uma antiga peça em latim do Salmo 141. Ao final da celebração, o guardião do Convento, Frei Mário Tagliari, fez os agradecimentos e explicou que este momento, de memória da morte de São Francisco, é para ser celebrado com alegria e júbilo. Neste clima, os presentes foram convidados para uma pequena recepção no refeitório do Convento.


Zoológico

Frades fazem apelo pela paz

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odos os anos, aproximando-se da festa de São Francisco de Assis, os frades franciscanos e a comunidade paroquial do Convento, Paróquia e Santuário São Francisco marcam presença no Zoológico de São Paulo para um momento de oração. E, neste ano, não foi diferente! Motivados pelo tema “Francisco e a Paz que buscamos”, no dia 2, os freis lançaram um apelo pela construção da paz. De frente à imagem de São Francisco de Assis, presente no local desde 1975, oferta da Província Franciscana da Imaculada Conceição ao Zoológico, por ocasião do tricentenário da instituição, Freis Alvaci Mendes da Luz e Alexandre Rohling (Xandão) conduziram as orações e reflexões. Quem passava pelo local parava e prestigiava este momento, de modo que não precisou de muito tempo para aglomerar um grande número de pessoas. Na reflexão, Frei Alexandre destacou que São Francisco de Assis é um

homem que encanta e perpassa todas as religiões. “Seu ideal de vida atrai seguidores, admiradores e simpatizantes. É o homem da paz”, frisou. Segundo Frei Alvaci, realizar esse momento de oração no Zoológico é graça de Deus. “Rezamos aqui em um espaço de trabalho de muitos, mas também de cuidado, seja da criação como também da própria vida”, revelou. Para a colaboradora Fátima, que desde o 1º ano é uma grande incentivadora deste momento, trabalhar no

local é uma bênção e um desafio. “É difícil, porque sempre queremos fazer mais, e a gente faz até aonde pode. É uma bênção receber os freis aqui todos os anos. Essa parceria de todo esse tempo nos dá um fôlego para continuarmos nossa missão. Toda a nossa equipe agradece a presença de todos vocês aqui”, enfatizou. E, por fim, os frades deram a bênção de São Francisco aos colaboradores e presentes, e depois aos animais do Zoológico.

Obediências franciscanas celebram São Francisco Na segunda-feira, 1º/10, o presbitério do Santuário e Convento São Francisco, em São Paulo, ficou pequeno para receber o grupo que conduziu o 7º dia da novena em honra ao Padroeiro. Além do hábito marrom, que os frequentadores já estão acostumados, frades com hábito preto, cinza e outro marrom com um capuz diferente estavam no local. Eram os Frades Menores (OFM), os Frades Menores Conventuais (OFMConv), Frades Menores Capuchinhos (OFMCap), as obediências da Primeira Ordem Franciscana, e a Terceira Ordem Regular (TOR). A celebração já é tradicional no programa da novena

da igreja franciscana mais antiga da capital paulista, conforme lembrou Frei Alvaci Mendes da Luz, atual pároco e reitor do Santuário. A Missa, que aconteceu ao meio dia, foi presidida por Frei Carlos Silva, Ministro Provincial da Província da Imaculada Conceição dos Capuchinhos e concelebrada por Frei Fidêncio Vanboemmel, Ministro Provincial desta Província da Imaculada dos Frades Menores; Frei Maurício Santana Abreu, da Terceira Ordem Regular e por frades de

diversas fraternidades de São Paulo. A animação litúrgica ficou sob a responsabilidade dos FradesComunicações Menores 775 Novembro de 2018 Conventuais.


Festa de São Francisco de Assis

PROCISSÃO EM HONRA AO PADROEIRO

Beneditinos se juntam aos franciscanos para celebrar São Francisco de Assis

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oi em Assis, há 800 anos, que o jovem Francisco se aproximou dos Monges Beneditinos e ganhou deles a igrejinha da Porciúncula, que depois se tornou o berço da Ordem Franciscana. No domingo (30/9), sexto dia da Novena a São Francisco, Beneditinos e Franciscanos celebraram esta amizade no centro de São Paulo. Pela segunda vez, a imagem do Padroeiro do Santuário e Convento São Francisco foi trazida em procissão do Mosteiro até o Convento, onde às 10h30 teve início a Celebração Eucarística, presidida por Dom Mathias Tolentino Braga, abade do Mosteiro São Bento.

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Celebrar São Francisco, segundo Dom Mathias, é uma festa que não diz respeito somente às comunidades franciscanas, mas à toda a Igreja. “São Francisco, com seu amor à pobreza, não só olha para o outro como o pobre que necessita de nossa ajuda.

Como ensina a bem-aventurança de Jesus, cada um de nós deve se reconhecer pobre, necessitado do amor do outro. E assim, na sua pobreza, São Francisco enriquece toda a Igreja com os dons que Deus lhe dá”, explicou o abade. Pelo segundo ano, a procissão uniu o Mosteiro São Bento ao Convento São Francisco no percurso da Rua São Bento. Com cantos e orações, Frei Gustavo Medella animou todo percurso, fazendo sempre uma parada nas esquinas para uma reflexão mais profunda. À frente do andor do Padroeiro, os coroinhas e as crianças da catequese, vestidas como “Francisquinhos” e “Clarinhas”. Chegando no Largo São Francisco, na última parada, Frei Medella pediu a inspiração de São Francisco de Assis para criar no Brasil uma cultura de paz. Ele lembrou a morte brutal do desempregado Fernando Celestino de Jesus, de 29 anos, na madrugada da sexta-feira (29/9), quando foi espancado até a morte.A agressão aconteceu em frente à Faculdade de Direito da USP. No momento, ocorria uma festa universitária organizada pelas atléticas XI de Agosto, da Faculdade de Direito, e Visconde de Cairu, da FEA (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade). Em memória de Celestino e em protesto por todas as mortes violentas no país, Frei Medella pediu um minuto de silêncio e oração. Esse gesto ele fez deitado no chão. Foi um momento intenso e que chegou a emocionar as pessoas.


Missa Nordestina:

Lições do baião de dois

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aro leitor, antes de mais nada, você não está numa página de arte culinária. Essas lições falam de simplicidade, comunhão e generosidade e foram passadas, em forma de catequese, por Frei Gustavo Medella na Missa Nordestina, celebrada pela quinta vez consecutiva no Convento e Santuário São Francisco, no Largo São Francisco, no centro de São Paulo. Os fiéis nordestinos, em sua grande maioria, vieram celebrar este momento e recordar uma devoção muito forte no Nordeste: São Francisco das Chagas. A equipe litúrgica do Santuário, sob a coordenação do reitor Frei Alvaci Mendes da Luz, preparou uma bela Celebração Eucarística com a ajuda da Pastoral do Migrante de São Paulo. O estandarte reproduzindo São Francisco das Chagas do Santuário de Canindé, no Ceará, abriu a procissão de entrada ao meio-dia do sábado, 22 de setembro, ao som de cantos e ritmos nordestinos. Entre os frades presentes, o Vigário Provincial, Frei César Külkamp, representando os frades da Província, e o guardião do Convento São Francisco, Frei Mário Tagliari. A Festa das Chagas de São Francisco é celebrada pela Família Franciscana no dia 17 de setembro. Em Canindé, ela dá início aos festejos de São Francisco. Na capital paulista, esta Missa abriu os festejos em honra do Padroeiro do Convento e Santuário. Falando do Nordeste, o frade usou um prato popular na região para marcar a sua mensagem: o baião de dois. Primeiro chamou as pessoas para falarem como se faz o prato preferido especialmente pelos cearenses. A origem do termo ganhou popularidade com a música “Baião de Dois”, parceria do compositor cearense Humberto Teixeira

com o “Rei do Baião”, o pernambucano Luís Gonzaga, na metade do século XX. Diante da explicação do cearense Souza, que deu a a receita do baião de dois, Frei Medella refletiu. “Vocês viram que não tem segredo: um pouco de arroz, um pouco de feijão verde, um pedaço de carne seca, pedaço de queijo coalho e coentro. O que o baião de dois nos ensina?”, perguntou o frade. Primeiro, disse Frei Gustavo, ele ensina a simplicidade. “É o prato que o pobre pode fazer. Arroz, feijão verde, um pedacinho de carne seca e queijo coalho. Hoje a carne seca está um pouco cara, mas se procurar acha mais em conta. Todos ingredientes simples, acessíveis e de fácil preparo”, explicou. A segunda lição é a comunhão. “Nenhum ingrediente quer ser mais do que o outro no baião de dois. Nenhum quer ser um prato especial, do tipo ‘arroz à moda cearense’, mas apenas baião de dois. Cada um dá a sua contribuição dentro da comunhão para formar o prato gostoso, com arroz, feijão, carne seca e queijo. O Souza acrescentou o creme de leite e você pode experimentar fazendo em casa…”, brincou o frade. “Mas essa é a comunhão: os ingredientes se unem. E nós também precisamos da simplicidade. Acolher o diferente, saber que o outro vem transformar para a receita ficar melhor, ficar completa. É muito triste quando vemos no nosso Brasil discursos desrespeitando os quem vêm de fora, imigrantes, migrantes. Ou

como dizem, gente que vem de outros lugares ‘para tirar o nosso lugar, tirar o nosso emprego’. São olhados com desprezo. Nós somos chamados à comunhão na simplicidade”, frisou Frei Medella. A última lição, acrescentou o frade, é a generosidade. “Geralmente, a panela é grande. Quem faz a comida, já conta com aqueles que chegam de surpresa. Então, todo mundo pode ir à panela e se servir um bom prato de baião de dois, conversando, aproximando os laços, criando pontes, criando comunhão. Essas são as três lições do baião de dois, sabendo que o amor deixa marcas, sabendo que o amor nos ajuda dar sentido à vida e sabendo que com o amor, na simplicidade, na comunhão, na generosidade, nós temos tudo para sermos felizes. Os ingredientes estão aí. Só falta colocarmos a mão na massa e fazermos um baião de dois gostoso, partilhado na alegria e na gratidão”, completou. Cobertura em São Paulo: Frei Augusto Luiz Gabriel, Érika Augusto e Moacir Beggo Comunicações Novembro de 2018

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Festa de São Francisco de Assis

Bauru

O pároco Frei Alexandre Nascimento presidiu a Missa do dia de São Francisco, às 20 horas, na Paróquia Santa Clara.

CHOPINZINHO No Dia de São Francisco, a frente da Igreja Matriz ficou cheia de cachorros, gatos, aves etc... Todos dividiram o espaço de forma harmoniosa para receberem a “bênção dos animais”. A cerimônia tradicional dos franciscanos é um dos pontos principais da festivi-

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dade do Padroeiro. Vários devotos levaram seus animais domésticos para agradecer e pedir proteção. Às 19 horas, Frei Angelo Vanazzi presidiu a Missa solene com tema “São Francisco: Testemunho de paz e Misericórdia”.


xaxim

Francisco: migrante de Assis e do mundo

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utubro é o mês no qual se recorda, festeja e celebra o santo de Assis e do mundo, São Francisco de

Assis. Homem da Idade Média, Francisco encontrou no Evangelho uma fonte permanente e inesgotável de inspiração, diálogo e opção radical de vida. Com tal intensidade e autenticidade o fez que, enamorado pelo Cristo da Cruz, tornou-se ele próprio outro Cristo, a iluminar a existência de homens e mulheres que, excluídos do convívio social, eram relegados à miséria e à marginalização nas periferias urbanas, como seres descartáveis. De origem nobre, Francisco se tornou ainda mais radiante, quando optou por fazer da sua vida, uma existência em saída, indo ao encontro daqueles e daquelas que viviam fora dos muros, por serem desprezíveis e repugnantes aos olhos opulentos da sociedade. Protegido pelos muros que o acercava, Francisco intuiu a necessidade de “emigrar de si”; despojar-se de suas vestes; abrir mão dos laços familiares; desfazer-se dos preconceitos; superar barreiras e estereótipos culturais, para estar com o outro, humanamente o mesmo. Em tempos de disputas territoriais e religiosas, Francisco se fez um IMIGRANTE, no ardente desejo de estar em solo estrangeiro, para encontrar-se com o culturalmente diferente de si. Ao vivenciar a condição imigratória, Francisco promoveu uma nova e inaudita relação de proximidade, respeito e diálogo, reconhecendo no outro um ser igualmente portador de direitos, valores e princípios étnicos, culturais, políticos e religiosos. Se para o homem medieval o local era o espaço da estabilidade, Francis-

co escolheu ser MIGRANTE, estabelecendo uma nova prática e modo de vida, confiando totalmente na providência amorosa do Criador, que cuida zelosamente para que nada falte a cada uma das suas criaturas (Mt 6,26ss). Sendo um homem feito Evangelho, optou por uma vida de MOBILIDADE, para em tudo se assemelhar ao Cristo pobre, humilde e obediente,

que nada reteve para reclinar a própria cabeça (Mt 8,20; Lc 9,58). Quase 800 anos após a sua morte, o brilho do seu testemunho continua vigoroso e radiante. Afinal, Francisco se fez pobre por amor ao Cristo pobre; se fez humilde, para servir aos mais chagados e marginalizados da sociedade; tornou-se MIGRANTE para profetizar ao mundo que, para além dos muros e das fronteiras físicas e humanas afixadas, há campos para o cultivo da solidariedade e o florescimento de relações mais humanas e fraternas. Esse foi Francisco: um homem que não se aprisionou às coisas deste mundo, para mais digna e fielmente ser um instrumento propagador da Boa Nova do Evangelho a todas as criaturas. E ao fazê-lo, Francisco se tornou o MIGRANTE que irradiou luz e esperança para Assis e para o mundo. Valnei Brunetto Comunicações Novembro de 2018

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Festa de São Francisco de Assis

forquilhinha Os paroquianos e fiéis devotos de São Francisco, em Forquilhinha, homenagearam o Santo de Assis com uma linda celebração aos pés da estátua do Santo no Parque São Francisco de Assis, em Forquilhinha.

Centenas de pessoas vieram de suas comunidades para celebrar em comunhão com a Paróquia Sagrado Coração de Jesus. O guardião e pároco, Frei Ivo Müller, presidiu a celebração.

gaspar

Jovens da paróquia encenam Trânsito de São Francisco A Paróquia São Pedro Apóstolo de Gaspar (SC) celebrou São Francisco de Assis no dia 3 de outubro, durante a Missa às

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19h30, quando os jovens também encenaram a morte do Santo de Assis. O pároco Frei Paulijacsson Moura presidiu a Celebração Eucarística.


RONDINHA

Festividades de São Francisco de Assis “Louvado sejas, ó meu Senhor, por nossa irmã a Morte corporal, à qual nenhum homem vivente pode escapar. Ai daqueles que morrem em pecado mortal! Bem-aventurados aqueles que cumpriram a tua santíssima vontade, porque a segunda morte não lhes fará mal.” (Espelho de Perfeição: 123) No dia 3 de outubro, quarta-feira, os estudantes da Filosofia participaram da Celebração e Trânsito de São Francisco de Assis, ocorrida na Paróquia de Bom Jesus dos Perdões em Curitiba (PR). A comunidade reuniu membros da Conferência da Família

Franciscana do Brasil, Regional do Paraná (CFFB-PR) e a comunidade

local. Após a Missa, todos foram recebidos no salão da Fraternidade local para uma confraternização. E para celebrar o dia de nosso Pai Francisco em Rondinha, às 9 horas foi celebrada Santa Missa. Em seguida, todos participaram da confraternização, em um convívio festivo, seguido do almoço que contou com uma grata presença de famílias residentes em Curitiba, bem como vocacionados de nossa região. Frei Rodrigo J. Silva

LAGES

Bênção dos animais no Conventinho

V

ários fiéis levaram animais de estimação para receber a bênção no Convento Franciscano em Lages, no dia 4 de outubro. Após a missa celebrada pelo Dom Guilherme Antônio Werlang, as pessoas com seus cachorrinhos e pássaros ocuparam o espaço em frente ao Convento para a bênção especial ao animais. Ainda no início das comemorações, os integrantes da Juventude Franciscana garantiram um dos momentos mais emocionantes da Festa

de São Francisco de Assis, ao encenarem a morte deste santo na noite do dia 3 de outubro. A liturgia da Palavra foi substituída pela encenação do Trânsito de São Francisco, ou seja, a passagem para a nova vida. “Essa encenação retrata os últimos momentos do homem que fundou a maior ordem religiosa do mundo e que, por consequência de

sua trajetória, também dá o nome ao atual Papa” explicou um dos integrantes do grupo de jovens. Comunicações Novembro de 2018

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Festa de São Francisco de Assis

RIO DE JANEIRO

Celebrando outubro nos becos da Rocinha

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ndar pelos becos e vielas da Rocinha é sempre uma aventura. Pode-se encontrar de tudo. Apesar da pobreza e da miséria, que se agravam a cada dia, há sobretudo muita vida e alegria, com crianças brincando e correndo em meio aos obstáculos, montes de areia, tijolos e entulhos, ao lado de muito lixo e esgoto a céu aberto, principalmente nos cantões onde a pobreza brada aos céus, como na Macega e na Roupa Suja. Cães e gatos são parte do cenário, convivendo numa franciscana harmonia. Fazendo um cálculo grosseiro, deve haver uns dois ou três cães e gatos por habitante na comunidade. Isso não significa que não haja ratos, que são muitos, gordos e ferozes. Moradores passam apressados, indo ou vindo do trabalho, da escola, do médico, subindo as longas escadarias com sacolas de compras, com crianças no colo. Carregadores de materiais de construção, entulho ou mercadorias em geral, passam ar-

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fando de cansaço. Deve ser o ganha pão mais árduo que existe no mundo. Quando chove, andar pelos becos e vielas se transforma numa verdadeira aventura. Uma noite dessas, eu e Frei Elias, indo a uma celebração, fomos surpreendidos por uma chuva torrencial num dos becos da comunidade. Nessas horas é fácil entender por que as pessoas, quando ameaça uma chuva não vêm à missa, às reuniões, à catequese. Em poucos minutos formamse verdadeiras corredeiras, levando todo tipo de sujeira, caco de vidro, lixo, plástico e o risco de se machucar ou contrair uma doença é muito grande. Em tempo seco, há também as surpresas malcheirosas que insistem em colar-se aos sapatos e sandálias. Nas vielas encontramos toda espécie de comércio, até o trivial comércio montado nas bancas oferecendo “produtos” denunciados pelo

odor característico, que deixam com vertigens os menos acostumados. Ao lado destas barracas, sempre consta uma tabela de preços, escrita à mão, seguida geralmente de uma passagem dos salmos, do tipo: “Mil cairão à minha direita...”, ou “O Senhor é meu pastor...”, ou “O Senhor é minha fortaleza e salvação, de quem terei medo?...”. A fé caminha de mãos dadas com o medo da morte que espreita na primeira esquina. Por onde quer que se desvie o olhar, encontram-se milhares de buracos de bala, lembrança eloquente de que se está numa área conflagrada. O maior temor de todos é encontrar, sem nenhum sobreaviso, um grupo de policiais. É certeza de confronto e risco de vida. Entre essas travessas e becos, a Paróquia da Rocinha tem oito capelas. A Capela de São Francisco de Assis fica na Rua Dois. Desde setembro do ano passado, quando estourou a guerra entre as facções rivais no morro, foi um dos lugares que mais sofreu. Muitas pessoas abandonaram suas casas, lideranças da comunidade mudaramse para outros bairros, o comércio fechou as portas. Cenas terríveis, protagonizadas pelas partes em guerra, compartilhadas morbidamente pelos


meios sociais, mostraram ao mundo a desumanidade e o horror a que chega o ser humano, quando se deixa levar pelos instintos mais primitivos. Ano passado foi inviável realizar a festa de São Francisco na Capela. Este ano, embora a situação não fosse a ideal, com a tensão pairando sempre no ar, as coisas estavam mais calmas. A festa começou com um tríduo realizado na Matriz, com uma encenação a cada dia preparada pelos jovens, enfocando alguns momentos marcantes da vida do Santo de Assis. No dia 3 foi encenado o Trânsito de São Francisco. No dia 4 houve a bênção dos animais, e à noite, saímos todos em procissão, em direção à capela na Rua Dois. A caminhada foi marcada por um fato, trivial em outras realidades, mas que, para nós, revestiu-se de um sentimento de catarse: pudemos parar num dos locais mais perigosos do trajeto, e ali, fiéis, moradores e pessoas envolvidas no comércio ilegal, cantamos juntos a Oração de São Francisco. Uma pequena multidão lotou a Capela. A Celebração Eucarística marcou também a “inauguração” do telhado novo do local. Desde que começaram os confrontos, há mais de um ano, não foi possível fazer nenhuma reforma ou qualquer intervenção nas capelas. Seja pela dificuldade de encontrar pedreiros, dificuldade na entrega de materiais, etc. Agora, com um pouco mais de paz, retomamos algumas obras que precisam ser feitas. Após a celebração, foi partilhado um lanche, com bolos, refrigerantes e salgados trazidos por todos. A abertura da “Ex-

posição Franciscana”, preparada pelos frades, com mais de 50 imagens de São Francisco, no salão da Paróquia, marcou o encerramento dos festejos. Até meados do mês de outubro, já haviam passado pela exposição mais de 350 pessoas. Outro momento marcante na vida da paroquial foi a celebração de Nossa Senhora Aparecida. Uma das capelas mais antigas da Paróquia é dedicada

à Padroeira do Brasil. Está localizada no Largo do Boiadeiro, onde havia um curral de bois, da antiga fazendo Quebra Cangalha, que deu origem à Rocinha. Hoje é local de um comércio muito vivo e caótico, que vende de tudo o que se possa imaginar. Ano passado também não foi possível realizar a procissão, por causa da situação de extrema violência. Este ano, na preparação da Festa foi realizada uma novena e, no dia 12, saímos em procissão às 18 horas, em direção à Capela. Fazer uma procis-

são com cerca de 500 pessoas, descendo pela Estrada da Gávea, com uma imagem em cima de um caminhão de som, é uma verdadeira aventura. O trânsito segue, alheio ao movimento religioso, com centenas de motos, vans, ônibus, e os carros comuns que seguem seu trajeto. Uma corda é usada para manter os fiéis de um dos lados da rua. Mas nem sempre se consegue manter a ordem, pois há carros estacionados, as calçadas são estreitas, alguns motoristas se estressam, etc. Em alguns momentos a procissão toma conta de toda a Estrada da Gávea. Mesmo assim, conseguimos realizar também essa procissão. No palco montado em frente à Capela foi celebrada a Missa, diante de uma verdadeira multidão. Depois, houve a festa externa, com as barraquinhas tradicionais. Apesar da insegurança que ainda reina, há um bom espírito da parte dos fiéis e lideranças da Paróquia e das capelas, e isso faz com que consigamos realizar as atividades na medida do possível. Frei Sandro Roberto da Costa

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Festa de São Francisco de Assis

SEFRAS

Dia de São Francisco com os trabalhadores

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omo de costume, todos os anos o Sefras reúne os seus trabalhadores para celebrar São Francisco de Assis. Neste ano, foram realizadas duas festas em comemoração à data: uma com os serviços do Rio de Janeiro (Tanguá, Petrópolis e Duque de Caxias) e outra com os serviços de São Paulo. As festividades ocorreram, respectivamente, nos dias 28 de setembro e 06 de outubro, onde cada uma reuniu as equipes em clima de muita união e confraternização. Para dar início às festividades, foi realizada uma mística que tratou o tema anual do Sefras sobre a Não-Violência. Durante o momento celebrativo, os trabalhadores refletiram sobre diversos aspectos e nuances da violência que estão pre-

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sentes, desde as macro estruturas, as chamadas violências estruturais, até as violências cotidianas e pessoais. Foram apresentados três cenários de violência: a ambiental, a contra as pessoas LGBTQI+ e contra imigrantes. Também se refletiu sobre a importância de restaurar a esperança, a fraternidade e a resistência contra todas as formas de violência. O momento foi marcado por uma construção coletiva de bandeiras de paz que mudaram os cenários de violência e morte retratados no começo do momento celebrativo. Durante sua fala, o diretor presidente do Sefras, Frei José Francisco de Cássia dos Santos, destacou a importância de celebrar esse encontro com os trabalhadores em comemoração ao Dia de São Francisco de

Assis. “Queremos fazer desta festa um espaço de cultivo da fraternidade. Este é um momento de celebrar esse encontro fraterno inspirado no jeito de ser, ver e viver São Francisco. A missão da instituição só tem sentido e só se realiza à medida que cada um de vocês realizam esse trabalho com amor e dedicação. Muitas coisas que a gente vive e vivencia e que nós transformamos e gastamos a nossa vida em favor de outras vidas, são experiências ricas e que muitas vezes nós somos incapazes de expressar em palavras. Toda essa rede de trabalhadores somam conosco, assim como Francisco, um mundo que quer ser melhor e mais fraterno”. Comunicação do Sefras


FRANCISCO Francisco fraterno É filho de planos, Sob um Deus paterno, Crê em cosmos sem danos. E com Paz e Bem Alcança o Fratello, Do Pai, na unidade De criação, um elo. A irmã cotovia Canta ao Poverello A ecologia É o seu anelo Francisco viveu Do Evangelho o essencial. Ainda não nasceu Um outro igual

Francisco chorava Nas ruas e praças E ao Crucificado Leva todas as raças. Francisco e Clara, Em nosso coração, Nos abrem caminhos A uma doação. Francisco de Assis, Trovador sem par, Invoca os irmãos Ao Amor amar. A dor e o amor Revestem Francisco, Assim o pobrezinho Se torna outro Cristo. 04 de outubro de 2018 Frei Valdemar Schweitzer

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Evangelização

ENCONTRO DO CONSELHO DE EVANGELIZAÇÃO

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Conselho de Evangelização da Província realizou o seu segundo encontro neste ano de 2018, no dia 24 de setembro, na Sede Provincial. Estiveram presentes: Frei César Külkamp, Frei Daniel Dellandrea, Frei Germano Guesser, Frei João Mannes, Frei Gustavo Medella, Frei Wilson Batista Simão, Frei Alexandre Magno da Silva, Frei João Francisco da Silva e o Visitador Geral Frei Miguel Kleinhans.

Reflexão proposta de preparação para o III Congresso Franciscano Missionário para a América Latina e o Caribe – Guatemala, 21 a 27-10-2018:

Foi lido o Documento Preparatório ao III Congresso Missionário Franciscano, que traz um resumo das contribuições dos Congressos anteriores (Córdoba, 2008 e Canindé, 2013) e indicações do próximo. - Córdoba, com a temática “Carisma e missão: urgência e audácia” e celebrando a graça das origens, quis possibilitar uma revisão e revitalização de nossa tarefa evangelizadora no mundo atual. Porque “nosso

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claustro é o mundo” e somos “frades do povo”, o lugar teológico da nossa missão se encontra entre as pessoas. “Por isso, sentimo-nos impelidos pelo Evangelho e desafiados pelos novos contextos a revisar nossas presenças e nos colocarmos em atitude de escuta e conversão, como também na busca de novas formas de evangelização, mais itinerantes e compartilhadas com os leigos e leigas.” - Canindé, em continuidade a Córdoba e com o tema “Novos franciscanos para a nova evangelização”, olhou mais para o nosso continente. Reconheceu a profunda crise social, eclesial e religiosa desta mudança de época que “nos convida a um novo estilo de vida, a uma nova religiosidade, onde o frescor do carisma franciscano tem muito a dizer, se soubermos ressituá-lo na renovada sensibilidade pós-moderna. Pede de nós mais testemunho que palavras, sermos homens de Deus, com fé profunda e robusta, cultivada na proximidade com Deus e os irmãos, um espírito missionário que leve às periferias sociais e existenciais, e a viver a fraternidade em todas as instâncias de nossa vida e missão.” - Este III Congresso, consideran-

do os anteriores, quer uma reflexão que nos permita ressituar nossa identidade e missão a partir de três sinais dos tempos que sugerem os novos cenários e desafios do contexto latino -americano e caribenho: “o cuidado da criação, a mobilidade humana e a cultura da paz”. São indicações para enfrentar a realidade de um neoliberalismo sem piedade, com uma visão socioeconômica que se alimenta dos recursos naturais e da vida dos mais pobres, de uma globalização com o fluxo livre do dinheiro, mas que levanta muros para os migrantes e exclui de seus interesses os mais vulneráveis, de um império de violência e ódio que ameaça todas as dimensões da nossa vida e da prática da justiça. A Província será representada por Frei Alexandre Magno da Silva, Frei Atílio Batistuz, Frei César Külkamp, Frei Gustavo W. Medella, Frei José Francisco de Cássia Santos, Frei Vitório Mazzuco Filho e a leiga Rosângela, do SEFRAS. - O Conselho convida toda a Província, especialmente nossas cinco Frentes de Evangelização e nossas Etapas Formativas, a viverem com intensidade este Congresso e que suas contri-


Evangelização buições orientem nossa caminhada de vida e de missão.

Partilha dos encontros ampliados das Frentes:

Cada Frente realizou no segundo semestre seu encontro ampliado com a participação dos leigos(as) e colaboradores. Com a partilha e a contribuição deles foram aparecendo referenciais comuns de nossa Evangelização que se identificam em todas as Frentes: a abertura dos frades ao protagonismo dos leigos na missão e seu entusiasmo crescente pelo carisma franciscano, além da reflexão e condução dos trabalhos na perspectiva da “Igreja em saída”.

Redimensionamento e encaminhamentos para o Capítulo Provincial:

Apoiado no Subsídio do Definitório Geral Redimensionamento e Reestruturação (2011), o Conselho procurou encontrar um caminho mais propositivo para o redimensionamento, tendo presentes as nossas fragilidades e necessidades de qualificação fraterna. Os resultados foram encaminhados para a Comissão Preparatória. (Confira Comunicações do Definitório).

Secretaria para a Formação e os Estudos:

Frei João Francisco reforçou o pedido aos Coordenadores das Frentes de ajudarem a propor estágios de férias para os frades estudantes, para que cada um tenha a oportunidade de fazer sua experiência em todas as Frentes.

Atividades da CFMB – SIFEM:

O Conselho pôde apreciar um relato do III Encontro Nacional Franciscano da Juventude, em Vila Velha, ES, de 19 a 22 de julho de 2018, e do II Congresso Nacional de Educadores Franciscanos, em Anápolis, de 27 a 29 de agosto de 2018. Foram lugares de presença, de contribuição e de aprendizado para a nossa Província em seus campos de missão e para uma visão mais ampliada de nossos horizontes evangelizadores. Mais detalhes estão presentes nas Comunicações do Definitório, pgs. 789-790.

Carta publicada por ocasião das eleições 2018:

O Conselho tomou a inciativa de escrever e publicar no site da Província uma nota a respeito das Eleições, manifestando sua preocupação com o momento político atual. Verifique abaixo!

Revisão da caminhada no triênio:

Os conselheiros constataram que houve uma boa articulação dos trabalhos, o que favoreceu o desenvolvimento de cada uma das Frentes. Os encontros aconteceram, foram produtivos e com participação crescente de frades e leigos. Os regimentos e planos operacionais facilitaram o caminho como Frentes de Evangelização, o qual ainda vai sendo desbravado. O Conselho foi um espaço rico para partilha e integração das Frentes e fez crescer o espírito de rede na Evangelização. Como desafios, precisamos chegar a frades e presenças que ainda não participam, ser menos autorreferenciais em nossa ação e ter mais consciência eclesial, de vida religiosa e de Província. O serviço de JPIC deve ser fortalecido e deve ajudar a garantir o carisma franciscano em nossas atividades. Por fim, Frei César agradeceu pela presença constante de cada membro do Conselho e pelo empenho em cada Frente de Evangelização, neste serviço generoso à Província e ao povo querido de Deus. Frei Daniel Dellandrea

Eleições

Reflexões sobre o momento político do Brasil

N

ós, frades franciscanos que compõem o Conselho de Evangelização da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil, da Ordem dos Frades Menores, reunidos em São Paulo neste dia 24 de setembro, atentos ao compromisso irrenunciável que assumimos com o Evangelho por força de profissão, julgamo-nos no dever de nos pronunciar acerca do momento crucial que estamos vivendo enquanto nação.

Causa-nos imensa preocupação o modo pelo qual opções centrais de nossa democracia e dos direitos conquistados pelo povo a partir de muita luta e organização têm sido colocados em cheque por uma postura aventureira e irresponsável que se vale de feridas há muito plantadas no coração dos brasileiros por aqueles que desejam semear o medo, o ódio, as rixas e incompreensões a fim de manter intactos seus interesses egoístas e excludentes.

Sendo assim, manifestamos com total clareza e abertura ao diálogo alguns pontos que nos parecem de fundamental importância como critérios para escolha dos candidatos a ocupar os cargos que devem (ou deveriam) ser exercidos em favor da totalidade.

1) Combate à violência

Inicialmente, deixamos claro que, para além de um combate à violência, precisamos investir com seriedade Comunicações Novembro de 2018

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Evangelização na promoção de uma Cultura de Paz. Todo discurso que prega o aumento do poderio bélico e policial, a facilitação do acesso às armas e a adoção da vingança em lugar da justiça é ilusório e enganador. Acreditamos que toda ação criminosa deva ser respondida com o mecanismo da lei. Por outro lado, também sabemos que os crimes de maior potencial ofensivo (desvios milionários de verbas públicas, lavagem de dinheiro, enriquecimento ilícito, gerenciamento do tráfico de armas e drogas) não se

uma caminhada de amadurecimento do país e têm o objetivo de garantir aos trabalhadores uma proteção mínima diante das inseguranças de um mercado instável que se rege pelo lucro. Reconhecemos a necessidade de que os negócios sejam viáveis para os empregadores, mas acreditamos que existam outros meios, pautados na solidariedade e na partilha, para garantir o futuro dos empreendimentos sem que necessariamente se coloque o ônus

margem da pobreza. Promover a autonomia e garantir a defesa da vida em todas as suas etapas e circunstâncias é tarefa irrenunciável dos governantes eleitos pelo povo.

realizam nas periferias e favelas, mas em locais de luxo, ostentação e riqueza, geralmente protegidos por forte aparato de segurança. Armar a população ou investir em forças policiais repressivas só aumentará os já alarmantes números da mortalidade de pobres nos lugares abandonados pelo poder público. Positivamente, acreditamos na força de uma educação de qualidade, na promoção das pessoas através da cultura, do esporte, da ciência, na possibilidade de acesso ao trabalho, no acesso à habitação, saúde e saneamento básico, na parceria entre instituições do Estado (inclusive a polícia) e as comunidades como meios eficazes de promoção da paz e prevenção da violência.

sobre a parte mais fraca da relação, no caso, o trabalhador.

apenas do ponto de vista de alguns, mas num trabalho conjunto onde todos, dialogando e cedendo no que for necessário, empenhem-se para a verdadeira construção do bem comum. Esperamos que, no exercício democrático do voto, o povo brasileiro tenha consciência para buscar aqueles que de fato estão comprometidos com um projeto inclusivo e realmente transformador para nosso país. Que o empenho seja, de fato, na direção de garantir a todos justo e real acesso aos três direitos básicos apontados pelo Papa Francisco: teto, trabalho e terra. Fraternalmente,

2) Trabalho e emprego

As leis trabalhistas são fruto de

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3) Superação da corrupção

Acreditamos num trabalho sério, isento e coletivo para vencermos este mal enraizado em nossa sociedade. É preciso haver investimento em mecanismos que garantam a isenção dos processos especialmente diante da força corruptora do poder econômico.

4) Atenção aos que vivem em vulnerabilidade

O dever do Estado também é priorizar o atendimento àqueles que vivem em situações de vulnerabilidade, como povos indígenas, quilombolas, populações ribeirinhas, crianças e idosos abandonados, pessoas com deficiência, imigrantes e todos os que vivem à

5) Promoção do diálogo e da participação popular

Quanto maior a participação de diferentes setores da sociedade, maior a possibilidade de construirmos um país mais justo e solidário. A esperança de um futuro melhor não deve se pautar

Frades do Conselho de Evangelização da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil


Evangelização

FOLHINHA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS: PATRIMÔNIO DO POVO BRASILEIRO

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o dia 27 de setembro de 2018, na sede da Editora Vozes, os funcionários se reuniram para comemorar com o editor de Produtos Sazonais, Frei Edrian Pasini, os 80 anos de uma das mais antigas publicações do país, a Folhinha do Sagrado Coração de Jesus. Fizeram-se presentes os diretores Frei Gilberto Garcia e Frei Volney Berkenbrock e também frades do Convento do Sagrado Coração de Jesus, membros da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil. Frei Edrian fez uma breve expo-

sição, resgatando a história da Folhinha, que em 2019 marca a octagésima edição, desde as etapas da redação até a produção industrial, entremeando comoventes depoimentos de leitores. Pontuou que, hoje, a Folhinha do Sagrado é um patrimônio não apenas da Vozes, mas dos seus leitores. Na ocasião, os funcionários da Pavema, setor responsável pela impressão da Folhinha, foram homenageados por sua dedicação na montagem do calendário que está presente há dezenas de anos nos lares de todo o Brasil. Diante de um painel com as 80

imagens do Sagrado Coração de Jesus, Frei Gilberto analisou a memória visual das estampas que sinaliza cada momento em que foram feitas, enquanto Frei Volney apontou que o processo de confecção da Folhinha passa praticamente por todos os setores da Editora, tendo o nome ligado à Igreja e ao convento dos Frades Franciscanos em Petrópolis. A festa se estendeu com o corte do bolo comemorativo e, ao final, cada funcionário foi presenteado com exemplares da Folhinha e um livreto contando a sua história.

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Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil NOTÍCIAS DA REUNIÃO DO DEFINITÓRIO PROVINCIAL São Paulo, 16 e 17 de outubro de 2018

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eunidos às 9h00 do dia 16 de outubro, na Sede Provincial, em São Paulo, os Definidores deram início à sua última reunião do triênio. Frei Fidêncio acolheu a todos, inclusive o Visitador Geral presente, e convi-dou-os a rezarem a primeira oração pelo Capítulo Provincial, composta por Frei Alberto Eckel, uma paráfrase da Oração pela Paz. Frei João Francisco, por motivo de convalescença pós-cirúrgica, não se fez pre-sente. Dessa vez, Frei César foi o moderador das sessões do Definitório. Grande parte dos assuntos nelas tratados segue abaixo.

1) Capítulo Provincial – Comissão Preparatória - encaminhamentos

Frei Gustavo, coordenador da comissão preparatória do Capítulo Provincial 2018, relatou como havia sido a reunião do dia 15, também na Sede Provincial. E apresentou questões que deveriam ser apreciadas e aprovadas pelo Definitório. Entre elas: 1. Com uma carta explicativa, o Instrumento de Trabalho e o Regimento do Capítulo serão enviados, por e-mail, aos capitulares nos próximos dias; 2. O cronograma-horário dos dias de Capítulo e a metodologia de estudos e discussões já estão estabelecidos; 3. Foram nomeados relatores para algumas emendas a serem discutidas no Capítulo: a) Fraternidade do Eremitério Frei Egídio: Frei Samuel Ferreira de Lima; b) Santuário Frei Galvão, em Guaratinguetá: Frei João Francisco da Silva e Frei César Külkamp; c) Redimensionamento “entrega” de fraternidades: Frei César Külkamp, Frei Fidêncio Vanboemmel, Frei Germano Guesser e Frei Miguel Kleinhans; 4. Equipes de Trabalho do Capítulo Provincial: a) Coordenadores e secretários dos Grupos: (1) Frei Carlos Ignacia e Frei Adriano Freixo Pinto; (2) Frei Douglas Paulo Machado e Frei Djalmo Fuck; (3) Frei Neuri Francisco Reinisch e Frei Mario José Knapik; (4) Frei Alexandre Magno Cordeiro da Silva e Frei Angelo José

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Luiz; (5) Frei Jorge Paulo Schiavini e Frei Atílio Dalla Costa Battistuz; (6) Frei Gilson Kammer e Frei Valdecir Schwambach; (7) Frei Alex Sandro Ciarnoscki e Frei Ermelindo Francisco Bambi; (8) Frei Laerte de Farias dos Santos e Frei Nelson José Hillesheim; (9) Frei Antônio Michels e Frei Jeâ Paulo Andrade; (10) Frei Vanderley Grassi e Frei Antônio Joaquim Pinto; b) Comissão de Liturgia: Frei Marcos Antônio Andrade, Frei Alberto Eckel Junior, Frei Alan Leal de Mattos e Frei José Ariovaldo da Silva; c) Secretário e sub-secretários: Frei Sandro Roberto da Costa (secretário), Frei Robson Luiz Scudela e Frei Rodrigo da Silva Santos (sub-secretários); d) Comissão de revisão dos documentos aprovados no Capítulo: Frei César Külkamp, Frei Walter de Carvalho Júnior e Frei Gustavo Wayand Medella; e) Equipe de Comunicação: Moacir Beggo, Frei Augusto Luiz Gabriel, Frei Clauzemir Makximovitz e Frei Roger Strapazzon f) Mural do Capítulo: Frei Vitorio Mazzuco Filho (coordenador), Frei Leandro Costa dos Santos, Frei James Luiz Girardi, Frei Laurindo Lauro da Silva Junior; g) Esportes: Frei Evandro Balestrin, Frei René Zarpelon e Frei Neuri Francisco Reinisch; h) Recepção e Hospedagem: Postulantes; 5. Definidor que integrará a Comissão Central do Capítulo: Frei Paulo Roberto Pereira; 6. Comissão para compor proposta de Formação Permanente para o triênio (a partir das reflexões e proposições do Capítulo): Frei Fábio Cesar Gomes, Frei Valdir Laurentino, Frei João Fernandes Reinert, Frei José Idair Ferreira Augusto;

2) Ordenação presbiteral – aprovações

O Definitório aprovou que sejam ordenados presbíteros os confrades: 1. Frei Ermelindo Francisco Bambi (FIMDA) 2. Frei João Alberto Bunga (FIMDA)


Definitório Provincial 3. Frei João Baptista Chilunda Canjenjenga (FIMDA) 4. Frei Leandro Costa Santos 5. Frei Marx Rodrigues dos Reis 6. Frei Roberto Aparecido Pereira Segundo as orientações do Definitório, os ordenandos, em acordo com Frei Diego Melo, do SAV, darão os devidos encaminhamentos, tendo em mente a agenda provincial.

3) Renovação dos votos – aprovações

Os Definidores aprovaram que renovem os votos na Ordem: Confrades de Rondinha: 1. Frei Bruno Gonçalves Cezário (1ª renovação) 2. Frei Diego Martendal (1ª renovação) 3. Frei João Manoel Zechinatto (1ª renovação) 4. Frei Rodrigo José Silva (1ª renovação) 5. Frei Ruan Felipe Sguissardi (1ª renovação) 6. Frei Francisco Dalilson Pereira Cabral (2ª renovação) 7. Frei Jonas Ribeiro da Silva (2ª renovação) 8. Frei Lucas de Moura Justino Souza (2ª renovação) 9. Frei Odilon Voss (2ª renovação) 10. Frei Danilo Santos Oliveira (3ª renovação) 11. Frei Felipe Medeiros Carretta (3ª renovação) 12. Frei Matheus José Borsoi (3ª renovação) 13. Frei Thiago da Silva Soares (3ª renovação) 14. Frei Vitor da Silva Amâncio (3ª renovação) 15. Frei Leandro Ferreira Silva (4ª renovação) Frei Bruno Araújo dos Santos e Frei Natanael José Barbosa não renovarão os votos. Confrades do tempo da Teologia: 1. Frei Canga Manuel Mazoa (FIMDA) 2. Frei Gabriel Dellandrea 3. Frei Hugo Câmara dos Santos 4. Frei Marcos Schwengber 5. Frei Roger Strapazzon 6. Frei Santana Sebastião Cafunda (FIMDA) Confrades do Ano Missionário: 1. Frei Augusto Luiz Gabriel 2. Frei Douglas da Silva 3. Frei Erick de Araújo Lazaro 4. Frei Tiago Gomes Elias Frei Heberti Senra Inácio, Frei David Belineli e Frei Samuel Santos Soares (que fazem o Ano Missionário em Angola) e os confrades professos temporários da FIMDA terão seus pedidos de renovação de votos apreciados durante a 1ª etapa do Congresso Capitular.

4) Nomeação – Frei Sandro

Frei Sandro Roberto da Costa foi nomeado mestre de Frei Douglas da Silva e de Frei Tiago Gomes Elias, confrades

professos temporários que fazem o Ano Missionário na Rocinha, no Rio de Janeiro.

5) Ano Missionário 2019 – encaminhamentos

Conforme já fora noticiado, Frei Jonas Ribeiro da Silva e Frei Thiago da Silva Soares, que concluem os estudos em Rondinha, farão seu Ano Missionário na FIMDA. Os Definidores apreciaram, dessa vez, as indicações relativas ao Ano Missionário dos demais confrades concluintes de Rondinha: Frei Danilo Santos Olivei-ra, Frei Felipe Medeiros Carretta, Frei Matheus José Borsoi e Frei Vitor da Silva Amâncio. Porém, devido às amplas mudanças em ano de Capítulo, eles receberão sua transferência no Congresso Capitular, juntamente com os outros confrades. Frei Leandro Ferreira Silva seguirá para Petrópolis, para o estudo da Teologia.

6) Encontro ampliado das Frentes de Evangelização - partilha

Relato de Frei César: As Frentes de Evangelização realizaram neste segundo semestre seus encontros ampliados com a participação dos leigos(as) e colaboradores da Evangelização. Uma das atividades desses encontros era responder a questões elaboradas pela comissão preparatória do Capítulo Provincial. Com a partilha e a contribuição dos leigos, foram aparecendo referenciais comuns de nossa Evangelização que se identificam em todas as Frentes, como: a abertura dos frades ao protagonismo dos leigos na missão; reflexão e condução dos trabalhos na perspectiva da “Igreja em saída” e o entusiasmo dos leigos pelo carisma franciscano. 1. F rente da Solidariedade – Esta Frente não realizou um encontro ampliado. Houve uma assembleia do Sefras nos dias 31 de julho a 03 de agosto, em Tanguá-RJ. Aí os leigos puderam apresentar suas contribuições referentes ao trabalho de solidariedade. Como esta é uma dimensão transversal, optou-se por preparar um material que pudesse ser apresentado como contribuição para uma melhor conscientização do Serviço de Solidariedade nos encontros das Frentes da Educação e das Paróquias, Santuários e Centros de Acolhimento. 2. F rente das Paróquias, Santuários e Centros de Acolhimento – O encontro aconteceu em dois lugares, na mesma data, nos dias 28 e 29 de agosto. Em São Paulo, o encontro aconteceu na Fraternidade do Convento São Francisco e foi conduzido pelo secretário para a Evangelização, Frei César Külkamp, e assessorado por Frei João Reinert. O outro foi realizado na Fraternidade São Boaventura, em Rondinha, sendo conduzido por Frei Germano Guesser e assessorado pelos frades Frei Alex Comunicações Novembro de 2018

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Definitório Provincial Sandro Ciarnoscki e Frei José Idair Ferreira Augusto. Destaque para a boa e crescente participação dos leigos e frades, com mais de 110 participantes nos dois encontros, o que vai dando corpo à Frente. Os leigos fizeram boas contribuições apresentando aspectos comuns, como: a conscientização e valorização dos leigos, a continuidade dos trabalhos da Frente e o desejo dos leigos de conhecer mais sobre o carisma franciscano. Apresentaram inclusive a proposta de alguns leigos fazerem parte de uma equipe de coordenação da Frente, com o objetivo de ajudar a preparar os encontros e também de dinamizar as ações em comum nas paróquias. 3. Frente das Missões – Frei Alexandre Magno também apresentou a compreensão da dimensão transversal das Missões. Ele teve a oportunidade de participar e falar nos encontros da Frente da Educação e da Frente das Paróquias, Santuários e Centros de Acolhimento. Foram confeccionados banners e um vídeo para circularem em nossas paróquias, santuários, colégios, universidades e serviços. Segundo Frei Alexandre, os leigos ficaram encantados com a missão dos frades e percebem que podem auxiliar mais. 4. Frente da Educação – O encontro ampliado foi em Curitiba, no prédio da pós-graduação da FAE, nos dias 21 e 22 de agosto. Fez-se um estudo, com assessoria do jornalista Moisés Sbardelotto, com a temática “A Educação em tempos de midiatização e o compromisso social”. Houve espaço para cada instituição apresentar iniciativas sociais e de evangelização. Frei César e Frei Alexandre Magno falaram do trabalho social e da Missão como elementos transversais e essenciais de todo trabalho de evangelização franciscana. Os presentes demonstraram grande interesse em conhecer, participar ativamente e contribuir para a missão da Província em Angola. E isto envolvendo as comunidades educativas, principalmente os educandos. Os colaboradores responderam às questões da Comissão Preparatória do Capítulo. Numa revisão de caminhada como Frente, sentiu-se que houve crescimento na cultura institucional franciscana, tanto de Ordem como de Província. Contribuíram para isto o Estudo do Plano de Evangelização e do Documento da Ordem Ide e Ensinai, as palestras e encontros de formação franciscana aos colaboradores, a valorização da pastoral universitária (extensão comunitária) do trabalho social também no Ensino Superior, a formação catequética e, agora, a divulgação do trabalho missionário da Província. A sugestão é de que, em cada instituição, este trabalho seja continuado e que, enquanto Frente, possamos contar mais com a participação dos leigos, também nas modalidades de encontros.

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5. Frente da Comunicação – Frei Gustavo Medella disse que a Frente reúne-se com certa frequência usando os recursos de videoconferência. Cada vez, escolhe-se um assessor para temáticas de formação dos nossos agentes. A avaliação da Frente foi encaminhada para a Comissão Preparatória. Não foi possível, neste ano, realizar um encontro ampliado e presencial da Frente devido à intensidade de trabalhos nas emissoras de rádio e televisão no período eleitoral. Dois encontros formativos (setembro e outubro) procuraram compensar esta lacuna.

7) Redimensionamento – encaminhamentos para o Capítulo Provincial

Relato de Frei César: Depois do estudo do subsídio do Definitório Geral intitulado Redimensionamento e Reestruturação (2011), o Conselho procurou encontrar um caminho mais propositivo para o redimensionamento, tendo presentes as nossas fragilidades e as nossas necessidades de qualificação fraterna. Os resultados foram encaminhados para a Comissão Preparatória. Redimensionamento individual: alguns frades geram dificuldades nas fraternidades e presenças evangelizadoras. É difícil lidar com situações pessoais que não mais integram o projeto de vida pessoal ao projeto de vida e missão da fraternidade. É preciso compaixão e, ao mesmo tempo, pulso firme. Como integrá-los novamente? Abertura de novas frentes de evangelização: a) Santuário Frei Galvão: O Visitador Frei Miguel Kleinhans apresentou ao Conselho a proposta do Arcebispo de Aparecida Dom Orlando Brandes de oferecer aos cuidados dos Frades Menores o Santuário Diocesano de Frei Galvão, em Guaratinguetá-SP. O Conselho avaliou como positiva esta nova atividade junto à Frente das Paróquias, Santuários e Centros de Acolhimento, considerando ser um local de acolhida de romeiros de vários Estados do Brasil, um potencial favorável para a evangelização e divulgação do carisma franciscano e a possibilidade de despertar novas vocações. Contudo, o Conselho também considerou que ao assumir esta nova atividade, teremos que ter a coragem de entregar outras localidades, formar uma boa fraternidade e capacitar os frades para um trabalho pastoral de qualidade e, no âmbito jurídico, será preciso que se faça um bom contrato entre a Província e a Arquidiocese. b) Eremitério Beato Frei Egídio: Frei Miguel comentou que vários frades demonstraram interesse em residir no Eremitério. Com as considerações feitas no item anterior, o Conselho foi favorável à Fraternidade do Eremitério, onde os frades e os leigos possam se dedicar mais intensamente à vida de oração e devoção.


Definitório Provincial 8) CERNEF – revigoramento em Agudos

Os Definidores apreciaram o folder do CERNEF (Centro de Renovação da Espiritualidade Franciscana), com anúncio de tempo forte de encontro com Deus, consigo mesmo e com a Criação, através da formação franciscana e do convívio fraterno, em Agudos, de 2 a 30 de março de 2019. Os confrades interessados poderão obter mais informações através do Boletim Online nos próximos dias.

9) FIMDA - notícias

Frei José Antônio e Frei Marco Antônio enviaram aos Definidores algumas informações sobre a Fundação, sobretudo referentes às boas perspectivas quanto ao número de candidatos e formandos para o próximo ano. São 31 aspirantes ao Postulantado (17 no ensino médio, em Malange, e 14 no pós-ensino médio, em Viana). Readequações de estruturas e de formadores serão necessárias. Frei José também comentou sobre a dificuldade no processo de obtenção de passaporte e de visto para os postulantes virem para o noviciado em Rodeio em 2019.

10) Frei René Zarpelon – estudo de Psicologia

O Definitório aprovou que Frei René curse Psicologia. Porém, tal aprovação não deverá impedir que o futuro governo provincial lhe apresente outro projeto de presença e de trabalho que julgar oportuno ou necessário.

11) Flávio Malta de Souza - noviciado

O monge beneditino Flávio Souza, em experiência na Província em vista de mudança de Ordem, escreveu ao Definitório agradecendo pela oportunidade que teve neste ano de fazer parte da Fraternidade de Santo Amaro da Imperatriz, e de realizar junto à paróquia atividades evangelizadoras. Prosseguindo em seu tempo de discernimento, pediu e recebeu autorização do Definitório para fazer a experiência do Noviciado no ano próximo, de modo a ter um contato mais intenso, próximo e básico com a espiritualidade e o carisma franciscanos.

12) ITF – mudança de mantença – encontro com Frei Gilberto e Frei Thiago

Às 10h15 da manhã do dia 17, Frei Gilberto Garcia e Frei Thiago Hayakawa se fizeram presentes na reunião do Definitório para expor os passos dados desde junho até agora em vista da mudança de mantença do ITF, da Província para a Casa Nossa Senhora da Paz. Abordaram como se deu a colaboração técnica para garantir o recredenciamento do Instituto junto ao MEC. Trataram da automação dos processos acadêmicos; das atividades, estrutura e investimento em TI; do uso de ferramentas como o Google for

Education; dos arranjos institucionais em torno das revistas (REB, Estudos Bíblicos) que passam para a plataforma virtual, com possibilidade de acesso online; da reformulação do site do Instituto; da estimativa de custos com a incorporação do ITF pela CNSP. Por fim, foi assinada a ata com o decreto de transferência de mantença. Considerou-se o acordo como um “salto” que deverá servir como semente de uma visão mais conjunta da gestão e da perspectiva evangelizadora das instituições educacionais da Província.

13) III Encontro Nacional da Juventude – prestação de contas

Foi feita ao Definitório uma prestação de contas referente ao III Encontro Nacional da Juventude, realizado em Vila Velha, de 19 a 22 de julho deste ano. Constatou-se que, com o esforço de muita gente, foi possível atender às demandas do Encontro, que encerrou-se sem nenhuma pendência financeira ou necessidade de rateio de despesas entre as entidades da CFMB. O IV Encontro Nacional da Juventude está previsto para 2021, em Santarém, PA.

14) II Congresso Nacional de Educadores Franciscanos – notícias

Relato de Frei César sobre o Congresso, ocorrido em Anápolis, GO, de 27 a 29 de agosto deste ano: Frei Valmir Ramos, Definidor Geral, fez a palestra de abertura: “A Educação Franciscana em prol do Humanismo Solidário”, apresentando o atual cenário social em que grandes mudanças são necessárias perante as crises sociais que oprimem a humanidade. A Educação Franciscana não pode distanciar-se dos princípios evangélicos e das orientações da Igreja e precisa levar em conta a vida concreta dos estudantes e de suas famílias com tudo que os atinge hoje. É fundamental cultivar as virtudes e os valores humanos, construindo um mundo de paz e igualdade. O verdadeiro humanismo defende a dignidade e a igualdade de direitos, valoriza a diversidade e, a partir daí, entra a solidariedade que deve ser praticada em ações concretas: acolher e não julgar ou condenar. A educação franciscana precisa ir além e fazer a diferença. É necessário pensar nos mais pobres e ter a coragem de abraçar a promoção humana como forma solidária de cumprir a sua missão. Os participantes destacaram elementos que devem estar presentes em nossa missão educativa: • Os desafios das instituições franciscanas em relação à mercantilização da Educação; • O posicionamento político das instituições franciscanas; • O papel efetivo dos religiosos(as) dentro e fora dos limites das escolas; Comunicações Novembro de 2018

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Definitório Provincial • O papel das instituições franciscanas em momentos de crise e a representatividade das escolas do passado em relação aos dias de hoje; • Documentos que regem os fundamentos da Educação Franciscana. No segundo dia, houve a palestra do psicólogo e doutor em Educação Artur Vandré Pitanga, com o tema: “Educação Franciscana e Cultura Inter-religiosa”. Ele introduziu uma reflexão a partir do questionamento: o que é ser franciscano? O desafio dos educadores franciscanos é fazer com que os jovens gostem de estar no ambiente de aprendizagem e que sejam capazes de enxergar e repensar as estruturas da sociedade, denunciando as injustiças sociais. No último dia do Congresso, Frei César Külkamp falou acerca da espiritualidade e da missão franciscana em seu todo, no âmbito das atividades da CFMB. A partir da Evangelii Gaudium, que nos afirma que evangelizar significa tornar o Reino de Deus presente no mundo, Frei César provocou os presentes a se sentirem parte da ação evangelizadora franciscana, que busca ir ao encontro do próximo nas periferias existenciais e da sociedade; apresentou as indicações da Ordem para a Evangelização nestes dois anos (2018 e 2019), com a temática do diálogo: missão é diálogo; e apresentou as ações realizadas pelos frades na evangelização, em diferentes campos, em todo o Brasil. A última palestra foi ministrada por Dom Severino Clasen, OFM, com o tema: “Ano do Laicato e Educação Franciscana”. A Igreja quer que as pessoas sejam protagonistas, sujeitos eclesiais. Como nós na educação incentivamos os leigos a serem franciscanos? Nossa grande responsabilidade franciscana, como educadores, deve ser de propiciar uma educação humanista ao invés de uma educação mercantilista. Qual legado os franciscanos devem assumir para que os valores não sejam transitórios? São Francisco e Santa Clara são modelos de vida a serem seguidos em vista de um mundo mais fraterno, solidário e justo.

15) III Congresso Franciscano Missionário da América Latina e do Caribe

Na continuidade dos Congressos de Córdoba (2008) e Canindé (2013), desta vez quem acolherá o Congresso Franciscano Missionário da AL e do Caribe é a Conferência de Santa Maria de Guadalupe (México e América Central), na Cidade da Guatemala, de 21 a 27 de outubro deste ano. O objetivo geral: “Fortalecer nossa vida de Irmãos e Menores na tarefa evangelizadora para responder, com alegria e profetismo, aos novos cenários e grandes desafios da América Latina e Caribe: cuidado da Criação, mobilidade humana e cultura de paz”.

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Comunicações Novembro de 2018

A nossa Província far-se-á representar pelos confrades: Frei Alexandre Magno da Silva, Frei Atílio Batistuz, Frei César Külkamp, Frei Gustavo Medella, Frei José Francisco de Cássia Santos, Frei Vitorio Mazzuco Filho e a leiga Rosângela, do Sefras.

16) Confrades enfermos – preces

Os Definidores tomaram ciência do estado dos confrades enfermos - Frei Cláudio Guski, Frei Leonir Ansolin e Frei João Francisco da Silva -, e pedem que ao Senhor pela sua saúde, em nossas preces pessoais e comunitárias.

17) Processos canônicos

1. Renato Adriano Pezenti recebeu do Papa Francisco, em 11 de setembro deste ano, a dispensa do celibato e de todas as outras obrigações vinculadas à ordenação presbiteral. 2. Frei Joarez Foresti recebeu do Vigário Geral Frei Julio César Bunader, em 3 de setembro deste ano, o indulto de exclaustração pelo período de três anos.

18) Agenda 2018 – acréscimos e alterações

Confira na última página destas Comunicações.

19) Autorizações de viagem

Por motivos diversos, receberam autorização para viajar ao Exterior: Frei Genildo Provin e Frei Vagner Sassi.

Encerramento

Às 11h45 do dia 17, Frei Fidêncio primeiramente lembrou que a Comissão Preparatória do Capítulo e os próprios relatórios pontuam certos aspectos preocupantes aos quais é preciso estarmos atentos. Agradeceu depois pela participação dedicada de todos os Definidores no trabalho de governo nesse triênio. Reconheceu a importante contribuição do Visitador Frei Miguel à Província neste último ano. Afirmou que, no triênio, foi possível caminhar, administrar a vida provincial, apesar das fragilidades pessoais e institucionais. Fez referência aos desafios de cada Frente de Evangelização. Lembrou que o trabalho no Definitório fornece uma visão muito gratificante das coisas bonitas da Província, mas, por outro lado, traz também uma visão do “onde dói”, do lugar onde “o calo aperta”. Elogiou a comunicação frequente entre os Definidores, o respeito e a ética destes na abordagem de questões delicadas, com discrição e sigilo. Elevou, por fim, um agradecimento a Deus pelo que foi possível realizar pelo bem da Província. E concluiu convidando a todos à oração “Ave Maria”. Frei Walter de Carvalho Júnior – secretário


VIII Caminhada Franciscana da Juventude Curitibanos – SC, 11 e 13 de janeiro de 2019 Tema: São Francisco e o Sultão: rompendo fronteiras no diálogo pela paz. Lema: “Todos saberão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros.”

(Jo 13, 35)

INFORMAÇÕES GERAIS

Objetivos: a partir da espiritualidade franciscana, proporcionar momentos de encontro com Deus, com os irmãos, com a natureza, consigo mesmo e com os próprios limites, além do incentivo a uma vida mais saudável por meio da prática do exercício físico. Trata-se, portanto, de um caminho interior e exterior que nos leva a descobrir a importância do cultivo da própria espiritualidade. Quem pode ir? Juventude em geral. Para menores de 16 anos, somente mediante autorização dos pais e com um acompanhante maior de idade. Inscrição: A partir dessa Caminhada teremos uma nova forma de inscrição e pagamento. Através do link: https://lets.li/8CFJCuritibanosSC, vocês poderão escolher a forma de pagamento (Cartão de Crédito, Cartão de Débito ou Boleto Bancário com o vencimento em dois dias). A taxa de inscrição será no valor de R$ 45,00, com direito a alimentação, hospedagem e camiseta. O prazo para inscrição é de 5 de novembro e 8 de dezembro de 2018. Obs.: Não será mais necessário enviar o comprovante de depósito pelo WhatsApp. No entanto, caso o boleto não seja pago até o vencimento (2 dias após a emissão), sua inscrição será cancelada automaticamente e você terá que realizá-la novamente para garantir sua participação. Quando? Chegada entre 6h e 8h da manhã do dia 11 de janeiro e conclusão às 14h do dia 13 de janeiro de 2019. Onde? Início: Monumento da Paz, Rodovia SC 451, Frei Rogério – SC. https://goo.gl/maps/GTLsLuG7Gco Conclusão: Igreja Matriz Imaculada Conceição, Praça da República, 40, Centro, Curitibanos – SC. https://goo.gl/maps/4L8gz38m2jp

Cronograma:

Sexta-feira – 11 de janeiro – 15 km Até às 8h – Chegada, acolhida e credenciamento no Monumento da Paz, em Frei Rogério SC, cidade que abriga uma das maiores colônias japonesas do Sul do país. Tendo a forma de Tsuru (pássaro comum no Japão) e com um sino do templo Daionji, doado em 1998 pela Província de Nagasaki, o Monumento da Paz foi construído por imigrantes sobreviventes das bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki, e todos os anos, nos dias 6 e 9 de agosto, datas das explosões atômicas, seu sino é tocado em memória das vítimas. Nesse local seremos acolhidos pela comunidade japonesa. 19h – Encaminhamento para as famílias - não precisa levar saco de dormir. Sábado – 12 de janeiro – 24 km 6h – Início da Caminhada, passando pela cachoeira São Francisco. Após o almoço, conhecimento e interação com a realidade rural e mística. 19h30 – Encerramento do dia com o encaminhamento para as famílias. Domingo – 13 de Janeiro – 22 km 3h – Início da Caminhada 6h30 – Celebração da Missa 13h – Almoço de Encerramento Maiores informações, sav@franciscanos.org.br Pela equipe de organização, Frei Diego Atalino de Melo Frei Marx Rodrigues dos Reis


Falecimento

Frei Antonio Marcos Koneski 23.03.1937

N

o dia 3 de outubro, celebramos o trânsito de São Francisco desta vida para a eternidade. Na noite de 4 de outubro, Frei Antonio Marcos Koneski foi chamado por Deus para fazer sua passagem para a vida em plenitude. Há seis meses, Frei Marcos estava na nossa fraternidade cuidando da sua saúde. Constatou-se ao longo dos tratamentos que sofria de um aneurisma abdominal. Solicitou-se a intervenção cirúrgica que foi realizada, então, na segunda-feira, dia 02. Após a cirurgia, foi para a UTI para a recuperação. No dia 3, à tarde, fui visitá-lo na hora da visita e ele estava-se quei-

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Comunicações Novembro de 2018

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xando de muitas dores. Dei umas palavras de ânimo e voltei para casa. À noite, na hora da visita, fui de novo ao hospital e o médico me disse que, durante à tarde, Frei Marcos havia tido uma parada cardíaca. Entubaram-no e o sedaram. Dei a bênção a ele e voltei para casa. Pelas 4 horas, recebi telefonema de Abimael comunicando a morte de Frei Marcos. A missa de Exéquias de Frei Antonio Marcos foi celebrada às 18h00 do dia 4, na Fraternidade de Bragança Paulista. Em seguida o corpo foi transladado para Florianópolis, onde foi sepultado. Lembremo-nos de Frei Marcos nas nossas orações. Frei Carlos José Körber

O frade menor

Frei Antônio Marcos é o sexto filho de nove (5 irmãos e 3 irmãs) do casal Constâncio Koneski, imigrante polonês, e Maria Mello Gonçalves, imigrante portuguesa. Em Joaçaba, até se aposentar, seu pai trabalhou no comércio de calçados. “A religiosidade polonesa foi marcante na vida da família que se reunia diariamente para rezar à noite”, contava Frei Antônio. Foi no contato com os frades

e, principalmente, com o bispo franciscano Dom Daniel Hostim que viu despertar sua vocação. “Além do testemunho e convivência com os frades, o Concílio Vaticano II, diante da grande abertura da Igreja, me influenciou muito”, confessou na sua ficha autobiográfica. Frei Antônio se autodefinia como um “homem trabalhador, honesto diante dos compromissos assumidos, sempre pronto para servir”, embora reconhecia que tinha dificuldade em deixar-se ajudar pelos outros. “Tinha um amor próprio exagerado que trabalhei na vida religiosa e sempre mais busquei me aproximar do ideal de vida evangélica pregado por Cristo e vivido por São Francisco de Assis”. Para Frei Antônio, o Senhor o escolheu e o chamou, mas o “sim consciente, livre e responsável” foi dado por ele. “Que eu seja digno da honra com que Deus me cobriu”, dizia como norma de vida. Segundo ele, fé e esperança sempre impulsionaram sua vida religiosa e a ação apostólica franciscana sempre foi uma consequência da Vida Religiosa franciscana. “Quanto maior for a fidelidade ao ideal de São Francisco, que foi chamado a reconstruir a Igreja de Cristo a partir dos conselhos evangélicos, tanto maior será o testemunho e a ação apostólica franciscana”, dizia, frisando: “A vida religiosa franciscana deve ser a base de toda a ação pastoral na Igreja”. Lembremo-nos de Frei Antônio Marcos, nosso confrade, em nossas preces para que o Senhor o acolha na alegria dos santos. R.I.P.


Falecimento

Dados pessoais, formação e atividades ascimento: 23.03.1937 (81 anos N de idade); Natural de Joaçaba, SC; Vestição: 20.01.1971 – Rodeio; rimeira Profissão: 20.01.1972 (46 P anos de Vida Franciscana); Profissão Solene: 04.10.1975; rdenação Presbiteral: 12.12.1976 O (41 anos de Sacerdócio); 972 – 1977 – Petrópolis – estudos 1 de Filosofia e Teologia; 9.12.1977 – Campos do Jordão – 0 vigário paroquial; 6.12.1978 – Joaçaba – vigário 0 paroquial; 5.12.1979 – Piraí do Sul – vigário 0 da casa e vigário paroquial; 4.12.1982 – Rio de Janeiro 1 – Convento Santo Antônio – capelão do Abrigo Cristo Redentor; 5.08.1990 – Campo Grande – a 0 serviço da Custódia das 7 Alegrias de N. Senhora; 8.09.1990 – Londrinha – guardião 2 e pároco; 8.01.1992 – Florianópolis – 1 guardião e pároco; 0.12.1998 – Curitiba – vigário 1 paroquial da Paróquia Bom Jesus; 3.09.1999 – Israel – a serviço da 2 Custódia da Terra Santa – Jubileu do Ano Santo (retornou ao Brasil no dia 16.08.2003); 7.08.2003 – São Paulo – São 2 Francisco – atendente conventual; 0.06.2004 – São José – Colônia 1 Santana – capelão do curato; 7.02.2005 – Forquilhinha – 1 vigário paroquial; 4.08.2005 – Rio de Janeiro 0 – Santo Antônio – atendente conventual; 7.12.2009 – Angelina – vigário 1 paroquial; 2.09.2010 – Florianópolis – 0 vigário paroquial; 6.10.2011 – Licença para morar 1 fora da Fraternidade Provincial por um ano; 5.02.2016 – São João de Meriti – 2 vigário paroquial;

grupo educacional bom jesus

Homenagem póstuma à professora Giselli Padilha Hümmelgen

Q

uem não se lembra com muito carinho de uma professora preferida, inesquecível? Se a escola imita a vida, nós, funcionários, professores, alunos e ex-alunos do Grupo Educacional Bom Jesus podemos afirmar que, neste 19 de setembro, sentimos muita saudade daquela que foi a nossa professora referência, Giselli Padilha Hümmelgen (15/04/1970 – 19/09/2018). Com uma linda história de mais de 24 anos de dedicação ao Grupo Educacional Bom Jesus, Giselli deu seus primeiros passos em sala de aula, ensinando os segredos e o valor da sua amada e respeitada Língua Portuguesa, até chegar à gerência pedagógica das mais de trinta Unidades do Colégio Bom Jesus. Uma líder nata, respeitada e admirada pelos seus pares, mas que fazia questão de ser chamada de professora. Sim, Giselli não encarava a docência apenas como uma profissão, mas quase como um “sacerdócio”, uma missão de vida. O zelo de Giselli pela educação era facilmente observado, seja em uma reunião de trabalho, seja em uma conversa mais descontraída nos corredores da Instituição. O empenho em busca da excelência pedagógica não era restrita aos trâmites e encaminhamentos educacionais, mas tinha foco principal nas pessoas. Para Giselli, esse olhar humano era essencial, como ela definiu em uma das últimas entrevistas concedidas para os ca-

nais de comunicação institucional do Grupo: “Sozinhos não produzimos nada e uma equipe motivada não tem limites para fazer um trabalho formativo e social de excelente qualidade. Está aí o segredo do Bom Jesus: ‘juntos somos mais fortes’”. Uma história inspiradora de uma mulher admirável. Ao final de sua jornada, a nossa querida professora Giselli ainda nos ensina uma das lições mais bonitas e que ficará para sempre em nossas memórias: é pelo exemplo que se ensina, é ensinando que se aprende a viver. Esta é uma homenagem de toda a família do Grupo Educacional Bom Jesus. Aos familiares, amigos e todos a quem Giselli cativou nesses anos de vida, desejamos o consolo divino. R.I.P. Juliano Zemuner Comunicações Novembro de 2018

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Falecimento

Frei Josué Celante 07.02.1936

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osso confrade Frei Josué Celante faleceu na madrugada do dia 11 de outubro, às 04h30, no Hospital de Concórdia. Ele havia sido internado no dia 10, com infecção urinária. As 21h30, teve uma crise respiratória que levou os médicos a interná-lo a UTI. A causa mortis atestada são várias: infecção urinária, pneumonia e insuficiência respiratória aguda. A missa de Exéquias de Frei Josué foi celebrada às 17h00 na igreja matriz de Concórdia. Ele foi sepultado no mausoléu dos frades no Cemitério Municipal.

O frade menor

Filho de José e Tecla, descendentes de italianos que imigraram para o Brasil a partir de 1880, Frei José é o

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Comunicações Novembro de 2018

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sétimo de 10 irmãos (cinco homens e cinco mulheres) de uma família muito religiosa. Segundo contava, em sua casa rezava-se de manhã e à noite o terço diariamente. No pequeno refeitório da residência, além da cruz, na parede havia uma foto de dois tios que se tornaram Irmãos Lassalistas. “Também tive muitos primos que ingressaram no seminário, alguns se tornaram religiosos e religiosas. Mas quem me ajudou diretamente neste discernimento foi a professora e catequista Maria Pozzobom, na cidade de Herval D’Oeste, para onde mudamos depois de Guaporé (RS), onde nasci. Outra pessoa que me ajudou muito foi Frei Orestes Pikmeier, que era muito amigo da minha família”, recordava, lembrando que a família frequentava a Capela São Pedro da Comunidade, em Serra Alta, onde era coroinha.

Em 1948, ingressou no Seminário Franciscano de Luzerna. “Minhas irmãs dizem que quando criança era muito brincalhão. Cantava, rezava e aprontava... exibindo-me e divertindo a moçada. Acho que fiquei mais introvertido depois no seminário, mas sempre gostei de esportes e passatempos agradáveis”, descrevia-se Frei Josué. Durante a formação no Seminário gostava de ler a vida dos santos, “as pessoas mais importantes para a humanidade”. Gostava também dos filósofos e durante o curso de Filosofia ganhou o apelido de “Raimundo Lulo”, um dos mais importantes filósofos e teólogos da Idade Média. “A Teologia não chegou a me empolgar. Muito teórica e sem vida. Faltava Deus”, confessava. Para ele, o voto de obediência não era problema: “Topei qualquer ‘parada’. Não fugi daquilo que achei que deveria enfrentar. Mesmo quando tive de começar do ‘abcd’ como professor indicado para o seminário. Procurava fazer com que o aluno explicitasse na aula o que aprendeu e estudou para que eu pudesse aprofundar o estudo”. Não escondia que a vida fraterna tinha suas dificuldades: “Tinha dificuldade em entender a lei e a justa liberdade de filhos de Deus. Não sou muito a favor de rigorismos. Bastam as cruzes e as alegrias de cada dia”, dizia. Segundo ele, há uma grande distância entre a vida franciscana primitiva e a que se vive hoje. “Onde estaria o justo equilíbrio?”, perguntava. Como vigário e pároco, gostava de administrar as Paróquias e era muito empreendedor. “Não era por prazer, mas como forma de me engajar e participar em tudo da cons-


Dados pessoais, formação e atividades

Falecimento

ascimento: 07.02.1936 (82 anos N de idade); Natural de Joaçaba, SC; Vestição: 22.12.1956 – Rodeio; rimeira Profissão: 23.12.1957 P (60 anos de Vida Franciscana); Profissão Solene: 23.12.1960; rdenação Presbiteral: O 15.12.1962 (56 anos de Sacerdócio); 958 - 1959 – Curitiba – Estudos 1 de Filosofia; 960 - 1963 – Petrópolis – 1 Estudos de Teologia; 964 – Rio de Janeiro – Santo 1 Antônio – Ano Pastoral; 5.01.1965 – Rio Negro – 1 Seminário – professor; 7.12.1966 – Luzerna – Seminário 1 – professor, vigário do convento; 6.12.1971 – Porto União – 0 vigário paroquial; 7.01.1974 – Ituporanga – 2 guardião e pároco; 5.12.1979 – Lages – vigário 0 da casa e vigário paroquial da Paróquia N. Sra. Aparecida; 1.01.1986 – Pato Branco 2 – pároco, vigário da casa e ecônomo; 8.01.1989 – Concórdia – 1 guardião e pároco; 0.01.1995 – Guaratinguetá – 1 Graças – vigário da casa; 7.02.1998 – Ituporanga – vigário 2 paroquial; 1.07.2008 – Concórdia – vigário 3 paroquial e ecônomo;

trução da comunidade viva”, dizia. Numa frase, Frei Josué se resume: “Procuro fazer o bem e respeitar os outros. Paz e bem sempre, mesmo quando há sofrimento”. Às vésperas da Solenidade da Mãe Aparecida, recomendemos a ela nosso confrade, pedindo que interceda por ele junto ao Filho amado, a quem Frei Josué procurou servir nos anos em que esteve entre nós. R.I.P. Comunicações Novembro de 2018

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Notícias e Informações Artigo

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Carta a uma Igreja doente

ma das verdades apregoadas e vivenciadas pela Igreja Católica é a de ser “santa e pecadora”. O apóstolo Pedro já dizia: “Vigiai porque o vosso adversário, o demônio, ruge como um leão, buscando a quem devorar” (1 Pd 5,8). Assim como ontem, a Igreja continua pecando. Um dos pecados é o abuso sexual a menores, praticado por clérigos e muitas vezes acobertado pelas autoridades eclesiásticas. Todos sabem que este mal está presente em quase todos os países, mas o relatório publicado em 14 de agosto de 2018, pela Suprema Corte da Pensilvânia (USA) causou forte impacto no mundo todo, inclusive no Vaticano. Segundo as leis norte-americanas “os crimes que merecem serem processados, devem ter uma autorização do Grande Júri”. O “Grande Júri é uma espécie de câmara, composta por cidadãos que deliberam, em segredo, se as provas apresentadas pelos Procuradores do Estado são consistentes e suficientes para a abertura de um processo. Não determina se a pessoa é culpada ou não, apenas apresenta evidências para começar um processo”. No caso da Pensilvânia, a investigação durou 18 meses, nas seis das oito Dioceses. O relatório contêm 1.400 páginas que detectam abusos sexuais desde 1947, isto é, nos últimos setenta anos. O Procurador Geral do Estado, Josh Shapiro, fez esta declaração: “Nós analisamos e revisamos cerca de 500.000 páginas de documentos internos das Dioceses que continham alegações críveis contra 300 padres predadores. Foram detectadas mais de mil vítimas, menores de idade, com o acobertamento sistemático por

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Notícias e Informações parte de altos servidores da Igreja na Pensilvânia e no Vaticano. Vários administradores diocesanos, incluindo Bispos, dissuadiam as vítimas a de denunciarem à polícia”. O Vaticano sabia dos fatos desde 1963, chamando de “criminosos os padres abusadores da Pensilvânia” e os interpela a “assumirem as responsabilidades”. O Papa Francisco complementa: “Não agimos em tempo. Abandonamos os pequenos”. Seis dias após esta publicação, em 20 de agosto, o Papa enviou uma “Carta ao Povo de Deus”. Falou das feridas e apontou remédios. Começou com uma frase do apóstolo Paulo: “Um membro do corpo sofre?! Todos os outros membros sofrem com ele” (1Cor 12,26). Qual é a doença?! A Carta diz claramente: “... abusos sexuais cometidos por um notável número de clérigos e pessoas consagradas. Um crime que gera profundas feridas de dor e impotência, em primeiro lugar, nas vítimas, mas também em suas famílias e na comunidade, tanto entre os crentes como não-crentes”. É um câncer que ultrapassa o foro interno da Igreja e atinge a comunidade como um todo. Diz a Carta que a “dor das vítimas clama aos céus” e que “não é suficiente pedir perdão e reparar o dano causado”, pois são “atrocidades cometidas por pessoas consagradas”. Estes textos dão a impressão de que o Papa esteja intuindo algo que ultrapassa o reconhecimento do pecado, o pedido de perdão e a reparação do dano causado. Não basta a “tolerância zero aos que praticam tais abusos e aos que os acobertam”. Não basta suspendê-los “a divinis”. Não basta reconhecer que há “um esforço em diferentes partes do mundo”

para eliminar este câncer. Não basta a convocação de todos os presidentes das Conferências Episcopais para um encontro nos dias 21 a 24 de fevereiro de 2019 “para pôr fim ao escândalo e tomar medidas que permitam erradicar esses abusos”. Para onde o Papa estará acenando?! Por várias vezes, é citada a palavra “vergonha” e, uma vez, a “graça da vergonha”. “Reconhecer e condenar, com dor e vergonha, as atrocidades cometidas”. “Sentimos vergonha quando percebemos que o nosso estilo de vida contradisse e contradiz

O clericalismo, favorecido tanto pelos próprios sacerdotes como pelos leigos, gera uma ruptura no corpo eclesial que beneficia e ajuda a perpetuar muitos dos males que denunciamos hoje. Dizer não ao abuso, é dizer energicamente não a qualquer forma de clericalismo.

aquilo que proclamamos com a boca”. “Somos pecadores que imploram o perdão e a graça da vergonha”. O apóstolo Pedro foi um apaixonado pelo Mestre Jesus e confessava, abertamente, que jamais o negaria e que, até, daria sua vida por Ele (Mt 26,31-35). Porém, O negou por três vezes, mas “chorou, amargamente” (Mt 26,69-75). Depois, tornou-se um “pastor das ovelhas” (Jo 21,15 -19), grande missionário (At 10,1 – 12,19) e, segundo a tradição católica, pediu que o crucificassem de cabeça para

baixo “porque não sou digno de morrer como o Mestre, a quem eu traí”. A pecadora pública que, com suas lágrimas, lavou os pés de Jesus e os enxugou com os próprios cabelos, foi perdoada dos seus muitos pecados porque muito amou (Lc 7,36-50). É possível que esses dois exemplos bíblicos nos mostrem o que seja a “graça da vergonha”: é um arrependimento feito de lágrimas e que leva o penitente a uma real e sincera conversão, pois “errare humanum est, perseverare autem diabolum”. Outro elemento a que a Carta acena é a eclesialidade como um todo. Compara a Igreja com o corpo humano e seus membros. Se um adoece, todos os demais se ressentem. Por isso, pede o envolvimento de todos os leigos para erradicar tais abusos. Como?! Numa ocasião, um pai trouxe a Jesus seu filho possesso. Os apóstolos não conseguiram expulsar o demônio, enquanto Jesus o restituiu, totalmente curado. Em casa, perguntaram o “porquê” de eles não terem êxito, como o tiveram em tantas outras ocasiões. Jesus respondeu-lhes que “esse tipo de demônio” se expulsa com jejum e oração (Mc 9,14-29). Este é o apelo que o Papa faz aos leigos: rezem e jejuem comigo e com todo o clero! É uma eclesialidade que abrange todos os membros do corpo, pois “a dimensão penitencial do jejum e da oração ajudar-nos-á a nos colocar diante do Senhor e dos nossos irmãos feridos, como pecadores que imploram perdão e a graça da vergonha e da conversão”. Esse é o caminho e quem nele “perseverar até o fim, será salvo” (Mt 24,13). Frei Luiz Iakovacz Comunicações Novembro de 2018

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Notícias e Informações

O CAMINHO DA FÉ

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m curso ministrado por Frei Hipólito Martendal, quando residia na Fraternidade do Santo Antônio do Pari, em São Paulo, para o vivência do Ano Mundial da Fé, tendo em vista os 50 anos do início do Concílio Vaticano II, deu origem ao livro “O Caminho da Fé - Roteiro de estudo e reflexão”, que acaba de ser lançado pela Editora Vozes. “Para garantir continuidade num assunto tão vasto, que levaria certamente mais de dois anos, tendo em vista que os encontros seriam semanais, comprometi-me a escrever cada aula a ser dada. Chegamos ao número de setenta. As referências ao curso eram sempre ‘Escola da Fé’”, explica Frei Hipólito, falando sobre o título do curso.

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Segundo o autor, as aulas tiveram que ser reescritas com linguagem própria para um livro de espiritualidade. “Mas, para ser fiel ao conteúdo já escrito e em consideração aos alunos, resolvi reescrever tudo, mudando só o estritamente necessário, com alguns acréscimos”, observa o autor. “Uma das minhas preocupações era mostrar o quanto é bela e quanta vitalidade e atualidade encontram-se no tesouro da doutrina cristã católica. Ao mesmo tempo queria evitar uma forma de expressar muito ‘eclesiologês’ tão própria para definições doutrinárias, por um modo de expressar mais próximo da língua de nossa gente, sem em nada trair o conteúdo e sua beleza. Uma contemplação estética de Deus no seu ser e agir pode nos colocar entre os bem-aventurados”, explica Frei Hipólito, revelando que o contato longo e repetido por seis anos com os variados conteúdos desta obra o fizeram muito bem, principalmente na evangelização, espiritualidade e conversão. “Espero que a leitora e o leitor tenham um proveito ainda maior”, deseja. Frei Vitorio, na apresentação do livro, diz que “muitas religiões falam da iniciação, o cristianismo católico apresenta os sacramentos da iniciação; porém muitos entendem e praticam como um preparo para o dia do Batismo, Primeira Eucaristia e Crisma, e depois que passar o dia? Esta obra, ‘O Caminho da Fé - Roteiro de estudo e reflexão’, é uma pedagogia iniciática completa; pois em cada página nos mostra o conhecimento e a prática da fé como uma tarefa para toda a vida. A iniciação é essencial para tornar-se plenamente humano a partir da inspiração cristã e buscar a força espiritual no decorrer do dia a dia”, confirma Frei Vitorio. “O Caminho da Fé quer mostrar que os conteúdos cristãos de nossa vida nos levam a ser um fenômeno humano espiritual. Não é suficiente estar dentro de uma estrutura de religião, é preciso converter-se para algo maior do que eu mesmo. Por isso esta obra acorda este desejo mais íntimo, que é o desejo de Vida Eterna. É acordar o santo que está dentro de si, é dizer todos os dias: eu quero colocar dentro da minha vontade a vontade do Senhor”, observa Frei Vitório. Este livro pode ser adquirido na Editora Vozes; preço R$ 69,00, 472 páginas.


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PRONTO PARA O MASTER CHEF Frei Vanilton domina um

fogão como ninguém!

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OS BOLOSnh&a’ BdeOFrLei Sandro

ci O ‘bolo da Ro essandro uru’ de Frei Al O ‘bolo de Ba

SOU GATO PRETO!

Frei Marx convence Nem água benta de felino...

SOBROU PRA MIM!!!

Frei Albino: quantos pães vou ter que fazer nesta festa?

FRATRumGRAM é um neologismo que nasce da palavra Frades mais a rede social Instagram. A ideia é publicar fotos curiosas, informais e descontraídas dos frades e das Fraternidades! Se você fez uma foto legal, envie-nos para o email: comunicacao@franciscanos.org.br!


Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil (*) As alterações e acréscimos estão destacados

novembro 01 a 04 12 a 21 25

26 30 e 01

Estágio Vocacional (Guaratinguetá); Capítulo Provincial (Agudos); Ordenação Presbiteral de Frei Ermelindo Francisco Bambi, Frei João Alberto Bunga e Frei João Batista C. Canjenjenga (Luanda); Encontro do Regional do Vale do Paraíba (São Sebastião); Celebração dos Jubileus (São Francisco – São Paulo);

DEZEMBRO 01 03 03 03 03 03 e 04

Encontro do Regional Baixada e Serra Fluminense (local a ser definido); Encontro do Regional de São Paulo (Bragança Paulista); Encontro do Regional do Rio de Janeiro e Baixada Fluminense – recreativo (Niterói); Encontro do Regional de Curitiba (Caiobá); Encontro do Regional do Vale do Itajaí (Blumenau); Encontro Regional de Pato Branco e Contestado (local a definir);

03 e 04 06 08 17 e 18

Encontro recreativo do Regional Alto Vale do Itajaí e Planalto Catarinense (Vila Itoupava); Renovação do votos dos confrades do tempo da Teologia (Sagrado); Renovação dos votos dos confrades de Rondinha; Encontro do Regional do Leste Catarinense e, no dia 17, celebração de entrega da Paróquia à Diocese (Forquilhinha)

2019 jANEIRO 10 11 a 13 20

Profissão dos noviços; Caminhada Franciscana da Juventude (Curitibanos). Admissão dos noviços;

JULHO 17 a 21

Missões Franciscanas da Juventude (Rio de Janeiro)


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