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Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil

Jubileus no Ano da Misericórdia

| NOVEMBRO - 2016 | ANO LXIII • No 11 |


Sumário Xx Mensagem Do Ministro Provincial

“Memória e Celebração”..................................................................................................................................615

Formação Permanente

“Agora e na hora de nossa morte, amém!”......................................................................................618

Formação E Estudos

Conselho de Formação e Estudos se reúne na Sede Provincial......................................620 Rodeio: O último Novinter do ano.........................................................................................................621 Ituporanga: Grêmio Literário tem novos associados...............................................................622 Rondinha: Gingacana Bíblica na Ferraria...........................................................................................623

Sav

Experiência missionária na Bahia.............................................................................................................624 Estágio vocacional em Ituporanga........................................................................................................629

Fraternidades

Penha inaugura Recanto São Francisco.............................................................................................630 Encontro do Regional do Espírito Santo............................................................................................632 Festa do Rosário em Vila Velha...................................................................................................................634 Encontro do Regional São Paulo no Pari...........................................................................................635 Pari: Comunidade celebra Nossa Senhora Aparecida.............................................................636 Formação missionária no Pari....................................................................................................................637 Fraternidade Santo Antônio de Roma acolhe Frei Estêvão................................................638 Especial - Em honra a São Francisco de Assis............................................................................639 Lacerdópolis: Iº Encontro de ex-seminaristas Franciscanos do Sul do país............654 Jubileus no Ano da Misericórdia..............................................................................................................655 Capela do Bingen: beleza, recolhimento, tradição e união................................................658 Missões Franciscanas na Rocinha............................................................................................................660 Pároco da Paróquia da Rocinha toma posse..................................................................................661 Fraternidade de Angelina acolhe encontro do Regional....................................................662 Retiro anual dos frades estudantes de Teologia..........................................................................663 Mostra “Franciscos”, Rostos do Santo de Assis................................................................................663

CFMB

Assembleia ampliada da CFMB em Rondinha..............................................................................664

DEFINITÓRIO PROVINCIAL

Reunião em São Paulo.....................................................................................................................................671

EVANGELIZAÇÃO

Missões Franciscanas da Juventude.....................................................................................................675 Encontro Provincial da Frente das Missões......................................................................................676 Frente de Evangelização da Comunicação se reúne na Usf............................................677

Cffb

Curso de Franciscanismo em Rondinha na 6 edição..............................................................678 Misericórdia é tema no encontro da Cffb-Sp..............................................................................683

Falecimento

Frei John Vaughn..................................................................................................................................................686

Agenda ............................................................................................................................................................688 Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil Rua Borges Lagoa, 1209 - 04038-033 | Caixa Postal 57.073 - 04089-970 | São Paulo - SP www.franciscanos.org.br | ofmimac@franciscanos.org.br


Mensagem

Assembleia ampliada da Conferência dos Frades Menores do Brasil em Rondinha

Memória e celebração Caros confrades e demais irmãos e irmãs, Que o Senhor lhes dê a Paz e todo o Bem! “Os irmãos cuidem que, antes de tudo, devem desejar o Espírito do Senhor e seu santo modo de operar” (Rnb 10,9). Com este pensamento do nosso Pai Seráfico, lhes apresentamos mais um número das Comunicações da nossa Província. Como nas demais edições, também nesta se evidenciam dois olhares, sempre na perspectiva da ação do Espírito do Senhor e seu santo modo de operar na nossa vocação

e missão evangelizadora: um olhar retrospectivo e outro propositivo. 1. Olhar retrospectivo: Foram vários os eventos celebrados na nossa Fraternidade Provincial que merecem uma leitura ou releitura: Em primeiro lugar manifesto minha alegria e satisfação pelo empenho das nossas Fraternidades ao preparar para bem celebrar a festa do nosso Seráfico Pai São Francisco mediante as trezenas, novenas e tríduos, a celebrações do Transitus e, finalmente, o dia da Solenidade. Um pouco do conjun-

to das festividades aqui vem descrito e ilustrado, onde professamos com Tomás de Celano: “São Francisco é um espelho da santidade do Senhor e uma imagem da sua perfeição” (2Cel 26). Em segundo lugar apresentamos uma síntese da Assembleia ampliada da Conferência dos Frades Menores do Brasil (CFMB). A nossa Província, através da Fraternidade Franciscana São Boaventura, de Rondinha, foi a anfitriã da vez. Além dos Ministros e Custódios, reuniram-se os confrades que prestam os diversos Serviços na CFMB: o Serviço da Formação e os Estudos (SERFE) e o Serviço da Evangelização e Missão NOVEMBRO / 2016 [coMUNICAÇÕES]

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Mensagem

(SIFEM). Os detalhes da Assembleia aqui estão relatados, desde o primeiro dia, onde todos se reuniram para uma jornada formativa com o Arcebispo de São Luís do Maranhão, Dom José Belisário da Silva, OFM. A releitura das crônicas desta Assembleia, bem como a leitura da ata sintetizada por Frei Marco Aurélio da Cruz (OFM-GO), são muito convenientes, exatamente para compreender-nos cada vez mais na interprovincialidade, seja em nível de Conferência, como de Ordem, e assim evitarmos o risco da autorreferencialidade.

Deus, como também São Francisco e Santa Clara de Assis, nos interpelam a compreendermos o Deus da Misericórdia à luz da fé e assim, franciscanamente, ‘fazer misericórdia’ nos nossos relacionamentos fraternos. Em quarto lugar, na nossa Frente de Evangelização na Educação, comemoramos duas datas significativas: A Universidade São Francisco (USF) está celebrando o “Ano Franciscano” para comemorar os 40 anos de presença franciscana no Ensino Superior. Hoje

assumimos diante de tantos profissionais e seus familiares, bem como de estudantes (alunos) e familiares. Temor e tremor tem a ver com reverência e responsabilidade. Por outro lado, tudo isso assusta! Mas onde há “amor, não existe lugar para o temor”. 2. Nosso olhar propositivo também está presente nesta edição das Comunicações: A primeira proposição está relacionada à capa e ao convite para a celebra-

120 anos: Jantar no Bom Jesus reúne cerca de 2 mil funcionários

Em terceiro lugar, novamente no Convento São Boaventura, em Rondinha, aconteceu mais uma edição do Curso de Espiritualidade Franciscana, com boa participação de leigos, religiosas e religiosos da Família Franciscana. Neste Ano Santo da Misericórdia, procurando caminhar com a Igreja, o tema do Curso esteve centrado na Misericórdia assim como ela nos é apresentada na Bula Misericordiae Vultus e trabalhada na ótica da Mariologia e da Espiritualidade Franciscana. Mais do que nunca, a Mãe de

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contamos com mais de 11.000 alunos e mais de 1.200 profissionais qualificados. Por outro lado, o Colégio Bom Jesus, com o lema “Tradição feita Futuro”, está comemorando 120 anos de presença franciscana neste universo educacional. Hoje são 34 Unidades presentes nos estados do PR, SC, SP e RS. Conta com mais de 4.300 profissionais e 25 mil alunos, incluindo a FAE. No dia 12 de outubro, diante de 2000 profissionais, afirmei que me colocava diante de Deus com “temor e tremor”, dada a responsabilidade que

ção dos Jubileus da Província no Ano Santo da Misericórdia. Vamos celebrar estes Jubileus nos dias 02 e 03 de dezembro, em Rondinha. Na ocasião estarão reunidos o Definitório Provincial e os Coordenadores dos nossos Regionais. Celebrar os Jubileus é agradecer e reafirmar em nós mesmos a fé professada por Santa Clara de Assis: “Entre tantos benefícios que diariamente recebemos do Pai da Misericórdia está a nossa vocação”. Desde já, bem-vindos, confrades jubilandos!


Mensagem

A terceira proposição provém da partilha das “Notícias do Definitório Provincial” e da Assembleia da CFMB. Existem proposições e planejamentos da nossa agenda provincial para 2017 em nível de Província, CFMB e Ordem. Peço atenção para evitarmos atropelos no agendamento de outras reuniões e comemorações. A quarta proposição está relacio-

nada aos desafios que estão emergindo das assembleias da Formação e das cinco Frentes de Evangelização que foram acontecendo ao longo do segundo semestre. A última foi a Assembleia da Frente das Paróquias e Santuários e Centros de Acolhimento, em Rondinha. Meu imperativo é o do empenho na busca e na concretização das proposições do nosso Plano de Evangelização em cada uma das Frentes, levando em consideração nossos Princípios, os apelos da Realidade, da Igreja e da Ordem e as nossas Prioridades do Sexênio. Convido a cada irmão a ter um coração magnânimo, generoso e fraterno para sermos merecedores da “autoridade que herdamos no povo de Deus com a minoridade, a fraternidade, a brandura, a humildade e a pobreza”, como nos recordava o Papa Francisco. E para concluir, quero prestar minha homenagem ao nosso ex-Ministro Geral, Frei John Vaughn, falecido

TER SAUDADE

A segunda proposição tem relação com o nosso programa para a Formação Permanente, aprovado no último Capítulo Provincial, isto é, de “continuar a oferecer pelas Comunicações mensais da Província artigo de Formação Permanente, abordando temas da atualidade”. Nesse sentido, apresentamos mais uma reflexão que pode orientar-nos e enriquecer-nos espiritualmente, seja na leitura pessoal como nos Capítulos da Fraternidade, acerca da temática que procuramos desenvolver ao longo deste Ano Santo da Misericórdia.

no último dia 10 de outubro. Nesta homenagem recolho apenas uma frase da homilia que ele proferiu por ocasião da inauguração do Eremitério Frei Egídio, no dia 15 de fevereiro de 1991: “A misericórdia do Pai que nos concede a graça de seguirmos o seu Filho pobre e humilde, nos conceda também a graça de testemunhá-lo pobre e humildemente”. Que ele e todos os nossos irmãos falecidos neste ano, Frei Antônio Moser (09/03), Frei Antônio Rosolén (09/04), Frei Antônio Lopes Rodrigues (10/05), Frei Vitalino Turcato (19/05), Frei Benjamim F. Ansolin (18/07), Frei Wilson Steiner (18/08) e Frei Alécio Broering (23/08), e com eles todos os demais confrades, familiares e benfeitores falecidos, pela misericórdia de Deus, descansem em paz! Que o Senhor nos abençoe e nos guarde! Frei Fidêncio Vanboemmel, OFM Ministro Provincial

Hoje, a saudade vive em mim e estou contente, Saudade só se tem de quem viveu o amor; Finados lembra o irmão que amou e está presente, Que não morreu, viveu a fé no Redentor. Pra mim Finados sempre traz muita alegria, Lembrança grata dos que aqui fizeram o bem, É bom lembrar e ter saudade neste dia, Eles, sim, é que intercedem por nós - amém!... A gente tem saudade só de coisas de ouro, Coisas ruins só trazem para nós tristeza, Bendita, então, seja a saudade o meu tesouro! Eis a esperança que em nós vive e é linda flor, E que quem tem fé, vive em Cristo, jamais morre, Isso nos disse Ele, um dia, Nosso Senhor. Frei Walter Hugo de Almeida

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Formação Permanente

“AGORA E NA HORA DE NOSSA MORTE, AMÉM!”

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entre as obras corporais de misericórdia, está o ato de enterrar os mortos, costume milenar que, para alguns estudiosos da sociedade e do comportamento humano, seria um indício do elemento transcendente como marca da identidade humana desde muito cedo. Sinal de respeito, bem-querer, civilidade, empatia e fé. A sociedade que perde a reverência por aqueles que já partiram começa a mostrar seus sinais de decadência.

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Misericórdia é uma opção, uma atitude, uma missão a ser abraçada por aquele que decide seguir Jesus e espelhar-se no Mestre, misericordioso até o fim. Também o cristão é chamado a sê-lo. A certeza da ressurreição e do triunfo da vida em Deus sobre todas as contradições da finitude humana e da morte – contraditória por excelência – reforça o compromisso e o respeito que a pastoral cristã deve testemunhar neste momento

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crucial na vida das famílias e das comunidades. Dado que neste mês celebramos a Festa do Fiéis Defuntos – o Dia de Finados – ofereço, nesta breve e singela reflexão, muito mais prática do que teórica e teológica, algumas pistas pastorais para a lida com as situações de partida, despedida, luto e esperança. São apontamentos de possíveis condutas aconselháveis ao pastor e às pastorais diante do drama da morte.


Formação Permanente 1) Partir do princípio de que, se a pessoa veio pedir a presença da Igreja, é porque há o desejo sincero e a necessidade real de tal presença

Muitos são os que vêm bater às nossas casas, na portaria ou na sacristia, pedindo a presença de um “frei” no funeral de seu familiar ou amigo. Na minha modesta avaliação, a regra nesta hora é procurar atender da melhor maneira possível, não deixando que a pessoa saia de nossa presença sem uma resposta ou um encaminhamento seguro. Não é hora de acionarmos os mecanismos da denominada “alfândega pastoral”, derramando uma série de perguntas sobre a pessoa, numa espécie de interrogatório que pode inclusive deixá-la constrangida (“O falecido frequentava a Igreja? Pagava o dízimo? Pertencia a esta paróquia?, etc.). Nada disso vai fazer tanta diferença quanto à postura de acolhimento e disponibilidade manifestada por nós, este sim um testemunho difícil de ser esquecido por quem o presencia numa hora tão marcante.

2) Exercitar a arte da empatia

Não podemos nos deixar levar pelo cansaço da rotina. O que para nós seria mais uma celebração de exéquias é, para aqueles que lá estão, uma despedida única daquele ou daquela a quem tanto amavam. Este dado é fundamental e importante para que coloquemos o nosso coração em sintonia com a dor daqueles que sofrem.

3) Formar leigos que também possam agir com qualidade e unção nestas ocasiões

Vivemos em contextos pastorais muito diversos, que vão desde as pequeninas cidades onde todos se conhecem às grandes megalópo-

les onde o anonimato se faz regra. Em cada um dos casos existem as especificidades para se conduzir a pastoral da esperança. Quem deve estar presente (o ministro ordenado, o religioso, a equipe de leigos)?, Que tipo de celebração se deve realizar?, É preciso haver uma escala de plantões? e outras são questões que devem ser analisadas caso a caso. O importante é manter a sensibilidade treinada para oferecer em qualquer contexto, a presença de uma Igreja que seja mãe e companheira, portadora de uma mensagem de força e esperança numa ocasião tão especial.

4) Ter especial atenção às celebrações que sucedem o enterro

Merecem um olhar especial as Missas de 7º dia, 1 mês e 1 ano de falecimento. Nós sabemos que Deus, na infinita Misericórdia de seu Coração, acolhe com carinho a oração por todos os seus filhos e filhos que já participam da eternidade, independente se os nomes deles tenham sido ditos ou não na celebração. No entanto, as famílias esperam com muita expectativa que haja sim a menção explícita do nome do falecido nas celebrações de aniversário de morte, especialmente 7º dia, 01 mês e 01 ano. Inclusive convidam amigos e outras pessoas que só frequentam a igreja em dias desta natureza. Se o nome não é dito é como se faltasse algo fundamental. Em algumas de nossas paróquias, percebo o singelo costume de, nas celebrações de 7º dia, convidar um representante da família para receber um abraço do presidente da celebração e um pequeno cartão como lembrança daquele ato de fé e esperança na vida eterna. Creio que este gesto faça um grande bem às famílias que o recebem.

5) Se oportuno e possível, acompanhar a família enlutada

Neste trabalho seria bastante útil a participação de uma equipe de leigos bem preparados e dispostos a prestar este serviço de escuta, acompanhamento e auxílio à família que está em processo de elaboração do luto.

6) Trabalhar a perspectiva franciscana da morte

Nossa espiritualidade tem um modo muito original e positivo de encarar a partida deste mundo. São Francisco, inclusive, diz que a morte a ser temida não é aquela a quem ele denomina de “primeira morte” ou “irmã morte”, a morte corporal, mas a chamada “segunda morte”, aquela que mata no coração do ser humano a certeza de ser um filho amado de Deus, a generosidade do coração, a capacidade de servir, o desprendimento em relação ao dinheiro e aos bens materiais. Já em vida corremos o risco de cair nesta “segunda morte” e, fechados em nosso egoísmo, experimentarmos, no suspiro final, a secura de uma existência vazia e voltada apenas para si. Certamente esta lista pode crescer muito mais. Quem sabe não podemos pensar em alguns encontros ou momentos de formação permanente que nos façam crescer neste aspecto da missão? Fica a provocação, já para o ano que vem. É na soma de experiências e na partilha do conhecimento que vamos nos aprimorando neste exercício pastoral que nos ajuda a nos tornarmos mais humanos, solidários, humildes, perseverantes, cristãos e, consequentemente, franciscanos. Frei Gustavo Medella

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Formação e Estudos

CONSELHO DE FORMAÇÃO E ESTUDOS SE REÚNE NA SEDE PROVINCIAL

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Conselho de Formação e Estudos reuniu-se, no dia 6 de outubro, na Sede Provincial, tendo como objetivo avaliar o itinerário formativo da Província. Integram este Conselho, conforme os Estatutos Peculiares do Secretariado para a Formação e os Estudos: Frei Fidêncio Vanboemmel, Ministro Provincial e Moderador da Formação Permanente; Frei João Francisco da Silva, Secretário para a Formação e os Estudos; Frei Leonardo Aureliano, vice-secretário; Frei Diego Melo, animador do SAV; Frei Rodrigo da Silva Santos, coordenador da Formação Inicial; Frei César Kulkamp, secretário para a Evangelização. Dentre as inúmeras competências do Conselho, destacamos: deliberar sobre assuntos de Formação e Estudos da Província, constituindo-se como órgão de planejamento, acompanhamento e avaliação no que tange à Formação; acompanhar a implantação do Plano de Evangelização nas Etapas Formativas; avaliar e orientar as atividades das etapas formativas e seus segmentos, etc. Por isso, a boa articulação entre os membros deste Conselho favorece a funcionalidade

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e dinamismo, e é facilitadora no atendimento das expectativas e demandas próprias da Formação na Província. A reunião do Conselho de Formação e Estudos é sempre uma oportunidade de partilha das instâncias de animação da Formação Inicial e Continuada da Província, onde se busca valorizar e incentivar o itinerário formativo contemplado no Plano de Evangelização. Cada uma das etapas da Formação apresentou os passos dados a partir das considerações do Plano de Evangelização. A Animação Vocacional falou da preocupação com o baixo número de vocações, sobretudo para o Ensino Médio, ressaltando que esta é uma das prioridades do sexênio. Espera-se motivação e empenho maior dos animadores vocacionais locais. A Formação Inicial apresentou alguns desafios inerentes a esta etapa que foram amadurecidos durante a reflexão. Já a Formação Permanente elencou as inúmeras atividades efetivadas ao longo deste ano, a saber: Retiros Provinciais, Retiro Under Ten, Encontro de Guardiães, Encontro com os Coordenadores Regionais etc. Todas essas atividades, além das respostas aos desa-

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fios permanentes, estão pautadas nas resoluções do Plano de Evangelização, com o objetivo de envidar esforços na animação da vida fraterna, com destaque para o “Projeto Fraterno de Vida e Missão”, que revela nossa identidade nas realidades onde somos presença e testemunho. O Conselho avaliou ainda o andamento das nossas Casas de Formação, uma vez que a partir do Congresso Capitular delineou-se uma nova configuração no quadro de formadores. Neste sentido, ressaltou-se o bom entrosamento entre frades e formandos. Destacou-se ainda a harmonia e o espírito de entreajuda presente no corpo de formadores, que se encontram ao menos duas vezes por ano para reflexões compartilhadas da revisão dos meios pedagógicos com enfoque na Evangelização. Após este tempo de trabalho e convívio, concluímos o encontro todos mais enriquecidos e com o forte desejo de trabalhar em nossa Província, inspirados na simplicidade e humildade de Nosso Seráfico Pai Francisco de Assis. Frei João Francisco da Silva


Formação e Estudos

Rodeio: O ÚLTIMO NOVINTER DO ANO

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e 19 a 23 de setembro, a Fraternidade Franciscana São Francisco de Assis, em Rodeio (SC), teve a graça de acolher o terceiro e o último Novinter deste ano. Estavam presentes os seguintes grupos: Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, com seis noviços; as Irmãs Pequenas Missionárias de Maria Imaculada, com uma noviça; os Irmãos Maristas, com três noviços; as Irmãs da Divina Providência, com quatro noviças e, nós, Ordem dos Frades Menores e anfitriões, com dezessete noviços. Estavam também presentes os formadores (as) de cada Ordem e Congregação; e sem esquecer o assessor do encontro, Pe. Arodo Kohler, vigário da paróquia de São Judas Tadeu, em Jaraguá do Sul. No primeiro dia, às 06h30, o Mestre Frei Samuel de Lima presidiu a Celebração Eucarística e, jubilosamente, desejou boas vindas a todos noviços, exortando-os a uma participação ativa e fraterna, aproveitando bem a oportunidade com que o Senhor nos agraciou. Tendo como tema “o estudo da Bíblia”, Pe. Arodo primeiramente narrou a formação do povo de Israel, que se deu por volta dos anos 1300 a 1200 aC. Antes, a região era chamada de Canaã, porém, com a aglomeração dos povos “nativo, abraâmico, mosaico e sinaítico”, provenientes de lugares diferentes mas de situações bastante semelhantes, deu-se origem a Israel. Nas montanhas faziam reuniões (Assembleia de Siquém), colocavam em comum as diversas experiências de Deus, criavam uma identidade religiosa que os impulsionava a guerrearem e a conquistarem as grandes planícies de Canaã. Portanto, esta região será, a partir de então, a “Terra Prometida”, que mais tarde foi denominada Terra de Israel, que significa “Deus

lutará”. Fizemos também alguns estudos sobre o Pentateuco, a missão dos profetas e, por fim, os Evangelhos do Novo Testamento. Interpretar a Sagrada Escritura sem olhar a realidade da vida é o mesmo que manter o sal fora da comida, a semente fora da terra, a luz debaixo da mesa; é como galho sem tronco, olhos sem cabeça, rio sem leito. Pois ela não é o primeiro livro que Deus escreveu para nós. O primeiro livro é a natureza, criada pela palavra de Deus; são os fatos, os acontecimentos, a história, tudo que existe e acontece na vida do povo; é a realidade que nos envolve. Através dela, Deus nos transmite a Sua mensagem de amor e de justiça. Santo Agostinho afirma que “a Bíblia, o segundo livro de Deus, foi escrito para nos ajudar a decifrar o mundo, para nos devolver o olhar da fé e da contemplação e para transformar toda realidade numa grande revelação divina”. É deste modo que, a partir dos textos bíblicos, fizemos uma análise da realidade atual, averiguando as situações hodiernas dos “povos sem terras” que lutam pelos seus direitos; e ainda algumas injustiças feitas aos deserdados e aos pobres.

Todavia, vários e bons momentos marcaram este último Novinter, tais como: encenações dos textos bíblicos, teatros que nos ajudaram a compreender melhor as temáticas. Tivemos também músicas, animações, sem esquecer o recreio que se realizou na noite da quinta-feira, onde cada grupo apresentou uma coreografia das décadas de 60, 70 e 80. Foi um show! Na sexta-feira fizemos uma pequena caminhada até o horto da Irmã Eva, residência das Irmãs Catequistas Franciscanas. Aproveitando aquele ótimo lugar, tivemos algumas horas de silêncio, de interiorização da palavra. E depois tivemos o almoço e o encerramento. Contudo, três encontros passaram - parece mentira -, mas deixaram belas marcas em nossas vidas. Foram encontros ricos de emoções, permeados de muita alegria, de companheirismo, de amizade, de partilha, de amor fraterno e de rica presença divina. Votos de que Jesus conte conosco em seu projeto de vida e salvação. Agradecemos a Deus por tudo e a toda equipe formadora e assessores. Paz e Bem! Frei Daniel Kahuvi

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Formação e Estudos

ITUPORANGA

GRÊMIO LITERÁRIO TEM NOVOS ASSOCIADOS

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o dia 9 de setembro ocorreu no Salão Nobre do Seminário São Francisco a agremiação de cinco jovens, sendo 4 do primeiro ano e 1 do terceiro ano. Após sete meses de preparação, esses alunos têm a difícil missão de guardar e defender a norma culta da Língua Portuguesa, e é o Grêmio Literário que os ajudara nessa tarefa. Na Sessão ouve a presença do professor de Retórica Frei Marcos Estevam de Melo, dos frades que pertencem à Paróquia Santo Estêvão, de Ituporanga. Frei Marcos fez então suas ponderações sobre a turma : se ela estava apta para exercer tal função. Positivamente deu suas saudações de força e coragem. No rito de agremiação, os futuros agremiados foram interrogados pelo presidente da Academia e, em seguida, prestaram o juramento oficial. Após o juramento, aconteceu o discurso do diretor da Academia, Frei Alberto Eckel Júnior, do paraninfo da turma, Odirlei Luiz, e do neoagremiado Vinicius José. A sessão terminou com apresentações culturais. Equipe de comunicação Fotos: Luiz Henrique Martinelli

Celebração vocacional em Atalanta

Na manhã do segundo domingo do mês de setembro (11/09/16) foi realizada Celebração Vocacional na comunidade São José, no Centro de Atalanta. A Celebração contou com a presença de Frei Robson Scudela e Irmã Bernadete (que são os responsáveis pela Animação Vocacional) e toda a Comunidade.

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Formação e Estudos

GINCANA BÍBLICA NA FERRARIA

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Paróquia Bom Jesus da Ferraria foi ‘invadida’ pelos frades da Fraternidade São Boaventura, de Rondinha. Localizada na periferia de Campo largo, anualmente a pastoral da catequese promove a Gincana Bíblica, contando com a participação de todos os catequizandos e catequistas de todas as comunidades da Paróquia. O evento, além de explorar os conhecimentos sobre a Bíblia, teve como objetivo congregar a comunidade distribuída em seis comunidades. Neste ano, o tema da Gincana foi sobre o cuidado para com a Casa Comum, muito bem enfatizado pelo nosso Papa Francisco, e por esta razão todas as dinâmicas giravam em torno do relato do livro do Gênesis acerca da criação do mundo. Os frades estudantes deram sua contribuição na execução da Gincana, coordenando as brincadeiras e convivendo no espírito de alegria e partilha de vida. Ao todo, nove frades estiveram envolvidos, entre eles: David Belineli, Erick de Araújo Lázaro, Felipe Carretta e Natanael José Barbosa, que semanalmente já exercem suas atividades na pastoral da Paróquia. Excepcionalmente, fizeram-se presentes também os frades Augusto Luiz Gabriel, Bruno Araújo, Gabriel Dellandrea, Leandro Ferreira e Vitor Amâncio. Entre as brincadeiras do caça ao tesouro, da separação correta do lixo

reciclável, dos desenhos, das músicas e da famosa ‘torta-na-cara’, o que transpareceu na tarde do sábado (25/09) foi a alegria franciscana, amplamente difundida em cada sorriso e em cada olhar das pequeninas crianças.

No final do evento, o Pároco Marcio Lacoski agradeceu o empenho das catequistas de toda a paróquia. Demonstrou-se muito feliz pela presença de todas as comunidades, e também agradeceu a presença e o carinho dos frades que participaram. Depois, em clima de muito suspense, entregou em mãos um troféu para a equipe vencedora da Gincana Bíblica. Frei Vitor da Silva Amâncio

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EXPERIÊNCIA MISSIONÁRIA NA BAHIA

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om o passar do tempo e com os inúmeros apelos de nossa sociedade consumista e que cria em nós tantas necessidades e exigências, penso que muito facilmente podemos cair no perigo de nos esquecermos ou negligenciarmos valores tão importantes para a nossa espiritualidade franciscana, tais como a simplicidade, a missionariedade, o contato reverente com a natureza, a solidariedade, a partilha, a capacidade de celebrar e alegrar-se com o pouco, a proximidade com o povo etc. Podemos, nas palavras do Papa Francisco, cair no ‘mundanismo espiritual’ e nos afastarmos de nossa própria vocação. Assim, encaro a oportunidade de realizar a experiência missionária na Diocese de Barra como uma forma de retorno ao essencial, uma oportunidade de reencontrar a liberdade evangélica e a pureza da vocação franciscana, valores esses que são trans-

mitidos por aquele povo e por aquela realidade. Esse foi o meu terceiro ano de experiência missionária naquela realidade, onde ficamos de 4 a 15 de setembro. No entanto, dessa vez a alegria foi maior, pois tive a oportunidade de compartilhar com alguns irmãos e irmãs a riqueza e grandiosidade que tal experiência proporciona. Comigo foram também um casal de jovens de Águas Mornas – SC, Marcelo e Simone Weber, que foram enviados em nome da Paróquia de Santo Amaro da Imperatriz; Irmãs Isabel e Roseane, das Franciscanas de Ingolstadt; nosso vocacionado Carlos Oliveira, de Sorocaba – SP; e Irmã Cleusa, das Franciscanas Seráficas, de Pindamonhangaba. Unidos aos missionários leigos da Quase Paróquia de Nossa Senhora da Piedade, em Cocal – Bahia, e coordenados por Frei Moiseis Bezerra de Lima, realizamos visitas às famílias,

celebrações, encontros com jovens, casais e idosos. Mais do que ensinar, pudemos aprender um pouco do modo de vida daquele povo de fé, que mesmo diante das dificuldades enfrentadas diariamente mantem a sua fé firme e inabalável. Assim, mais uma vez agradeço à Província pela oportunidade de vivenciar essa experiência em terras baianas, ao querido confrade Dom Luiz Flavio Cappio, que sempre nos acolhe de uma maneira tão fraterna e cordial, bem como a Frei Moiseis, que nesse ano organizou detalhadamente todos os nossos dias nas comunidades por onde passamos. Um agradecimento especial também a Frei Fidélio, que de uma maneira muito fraterna nos acolheu e guiou pelo santuário de Bom Jesus da Lapa, local de peregrinação e grande devoção de todo o povo baiano. Frei Diego Atalino de Melo

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TESTEMUNHOS DISCERNIMENTO VOCACIONAL

As missões na Bahia foram muito importantes para o meu discernimento vocacional, pois lá eu tive a oportunidade de ver e conviver com outros frades, irmãs e moradores que me mostraram o significado de ser um missionário franciscano. Ser uma pessoa semelhante a São Francisco, ir sempre para os que estão esquecidos, levar a esperança para quem a perdeu, ir em socorro dos enfermos, sem se importar com o chão que iremos andar. Sempre com o coração aberto para a palavra de Deus, que nos

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ensina a construir a nossa vocação tal qual a casa construída sobre a rocha (Mt 7,24-28). Carlos Giovani Oliveira, 20 anos

SONHO MISSIONÁRIO

No dia 04 de setembro embarcamos rumo a um dos acontecimentos mais marcantes de nossas vidas: ser Missionários de Deus no Sertão da Bahia! Deixar de lado todo nosso ego, todo nosso eu, ir de coração aberto sem esperar nada em troca e fazer tudo que Deus nos pede! Re-

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almente, uma experiência linda e maravilhosa. Passamos o período de uma semana vivendo e aprendendo intensamente sobre a realidade de uma comunidade tão simples e, ao mesmo tempo, tão fiel aos ensinamentos cristãos. Realizamos visitas às casas das famílias e víamos a numerosa participação das crianças e jovens nas celebrações de todas as noites, muitos dos quais estão à frente de muitas pastorais e coordenações dentro da comunidade. Um exemplo que nos comoveu muito foi ver um adolescente chamado Pedro, de apenas 11 anos, ser o responsável pelo Terço dos Homens, entoando cânticos e

puxando todas as rezas junto à comunidade. Um povo simples e batalhador que somente nesses últimos anos vem recebendo por meio de poços artesianos um dos bens mais preciosos: a água! Aprendemos demais com tudo que passamos, que vimos e que sentimos! Fomos abençoados em conhecer tantas pessoas queridas, por ter vivido cada um desses dias de missão, por ter vivenciado cada momento com as famílias e, acima de tudo, pela graça infinita de voltarmos renovados e mais felizes! Não há palavras para expressar nossa gratidão a todos que nos

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ajudaram e nos encorajaram a fazer este sonho missionário se tornar uma realidade em nossas vidas... Nosso muito obrigado a todos! Simone Weber e Marcelo Dirksen

VOLTAREMOS!

A experiência vivida no sertão da Bahia foi esplêndida. O período da missão foi “regado” de muito carinho, atenção, alegria e acolhimento. Diariamente realizávamos bênçãos nas casas, preces especiais para os doentes e as celebrações eram intensamente marcadas pela grande participação da comunidade. Além disso, as crianças nos cativaram de maneira especial. Como ‘anjos’ dos missionários, elas não deixaram em nenhum momento sequer de participar com sua alegria e espontaneidade. A paisagem do local é maravilhosa! Existem contrastes propostos pela própria Mãe Natureza: o seco e o verde, a terra e a areia, o calor e o frio. As casas típicas da região, de tijolos construídos pelas próprias pessoas, e outras, é claro, que são construídas com os tijolos feitos em grandes olarias. Existem os “antigos” carros de bois, que são usados pelos agricultores para seus serviços. Outra característica própria da região são as cisternas que garantem a água para o consumo, limpeza e cultivo de pequenas hortas e pomares, de onde se pode saborear deliciosos frutos. Enfim, foram dias de bênçãos e celebrações marcantes. Tudo isso com um tempero todo especial da “culinária” nordestina do Brasil. O que não faltou foi disposição, entusiasmo e desejo de um dia voltarmos. Com tanta atenção recebida e tanto aprendizado, com certeza, voltaremos! Irmã Isabel Simeoni

Franciscana de Ingolstadt

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SAV

ESTÁGIO VOCACIONAL EM ITUPORANGA

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Seminário São Francisco de Assis, em Ituporanga (SC), acolheu no final de semana de 24 a 25 de setembro, o Estágio Vocacional da Província. Como de costume, foram limpos e arrumados os quartos, de modo que os vocacionados e frades da Animação Provincial das Vocações pudessem se sentir bem acolhidos. A cada dia que passava, nossa expectativa aumentava, pois tínhamos ainda em mente o grande número de jovens que fez o encontro vocacional em julho, de modo que acreditávamos que teríamos, novamente, um grande grupo de estagiários. No entanto, o Senhor nos confiou 6 jovens. Embora a espera fosse para receber um grupo maior, não desanimamos nem ficamos frustrados, pois, muito mais do que quantidade, nossa preocupação deve ser com a qualidade daqueles que vêm nos procurar. E assim, desse pequeno grupo, tínhamos 4 provindos de Ituporanga, fruto do trabalho e empenho da Animação Vocacional local, que realizou inúmeras visitas às escolas, grupos de catequese e grupos de jovens; 1 jovem

de Concórdia e 1 jovem de Santo Amaro da Imperatriz, ambos atuantes no grupo de jovens de suas cidades e também participantes ativos das Missões e Caminhadas Franciscanas da Juventude. Nesse final de semana, puderam conviver, conversar, conhecer mais sobre a vida do seminário e sobre a formação na Província, de modo que demonstram um grande encantamento e paixão pelo modo de vida dos frades, seminaristas e aspirantes. Enfim, voltaram bastante animados e

decididos a ingressar no próximo ano. De nossa parte, a missão continua: rezar pelas vocações, visitar as escolas, grupos de catequese, grupos de jovens, acolher bem os vocacionados, realizando bem as nossas atividades pastorais e dando um bom testemunho. Que possamos continuar sendo fiéis no pouco que o Senhor nos deu, pois certamente Ele há de nos confiar mais. Franklin Matheus da Costa Aspirante

20/11 – DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA Quebram-se as algemas dos preconceitos E se unem todos à corrente do amor Quebram-se as algemas das escravidões E se libertam tantas vidas sofridas Quebram-se as algemas das indiferenças E se juntam as consciências de igualdade

Quebram-se as algemas das diferentes raças E dão-se as mãos num grande círculo fraterno Quebram-se as algemas dos mudos silêncios E cantam, unidos, ao som do imponente tambor

Quebram-se as algemas do negro-excluído E todos convivem de forma pacífica

Quebram-se, enfim, todas as cadeias E todos os homens: negros, brancos e outros tantos

Quebram-se as algemas de diversas religiões E todos rezam, unidos numa só irmandade filial

Eis o sonho de Deus – cantando juntos uma canção universal

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Frei Carlos Nunes Corrêa NOVEMBRO / 2016 [coMUNICAÇÕES]


Fraternidades

PENHA INAUGURA RECANTO SÃO FRANCISCO

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Fraternidade do Convento da Penha inaugurou no alto do Morro da Penha, onde está o Campinho, que é o estacionamento antes de chegar à igreja, um jardim chamado Recanto São Francisco. Além desse espaço, o Convento oferece agora aos romeiros e romeiras da Penha um novo mirante. “Por vezes, subimos à montanha para o encontro com Deus com a visão obscurecida. Vemos poucas coisas, além de nossas dores e preocupações. No entanto, quando estamos nesta Penha Sagrada, nossa visão se alarga. Um universo de possibilidades se descortina diante de nós, e então podemos contemplar a força de Deus que nos atrai, nos conforta e nos consola. Se grande é a nossa dor, muito maior é o cuidado que Deus nos dispensa”, diz o guardião Frei Paulo Roberto Pereira, que deu a bênção ao novo espaço às 9h30 do dia de São Francisco, 4 de outubro. Para o guardião, jardim é sinal da

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completude da obra de Deus. “Jardim é lugar ideal das criaturas louvarem o Criador. Jardim é lugar de descanso. Jardim é lugar de encontro da generosidade do Criador e da fragilidade das criaturas. As plantas e flores de diversidade estampada, a harmonia de espécies e de cores nos remete à beleza,

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à grandeza e ao necessário cuidado. Este lugar, a partir de agora chamado Recanto São Francisco, nos recorda o profundo amor do Santo de Assis pelas criaturas todas. Francisco percebia, seja no vermezinho que rasteja sobre a terra, seja na mais brilhante estrela, a prodigalidade de Deus que concede a todo ser criado a possibi-


Fraternidades

lidade de viver e amar, de viver, de amar e, pelo amor atento e cuidadoso, louvá-lo e bendizê-lo”, acrescentou Frei Paulo, agradecendo as doações e contribuições através da Associação dos Amigos do Convento que tornaram possível este espaço. No mesmo dia, um pouco antes na Missa das 8 horas, foi inaugurada a Exposição de Pássaros do Convento.

“Ao propor a elaboração de um guia que contivesse as espécies de pássaros que habitam ou transitam pela mata do Convento, os pesquisadores Juan e Ivone foram surpreendidos pela diversidade de espécies encontradas. Fato notável, sobretudo considerando sua proveniência, afinal são colombianos e a Colômbia é a lugar que acolhe a maior diversidade de pássaros

Celebração no dia da padroeira do brasil

do planeta. O material que hoje nos é apresentado foi colhido no pequeno intervalo de 40 dias e, certamente, é incompleto. Tal incompletude, antes de ser uma dificuldade da análise científica, é um sinal da impressionante diversidade que a mata do Convento abriga. Além das espécies que habitam o morro, outras tantas, de hábitos migratórios, por aqui transitam no seu itinerário reprodutivo. O olhar parcial não diminui, ao contrário, enaltece a grandeza e a beleza da natureza que tem o dom de nos surpreender desde o momento em que nos dispomos a contemplá-la”, explicou Frei Paulo. “Contemplar a grandeza e a bondade de Deus é o que move os romeiros e romeiras da Penha. Assim, esta exposição que inauguramos se configura em possibilidade alargada para o encontro com o Senhor. Tornar nosso olhar mais atento, perceptivo, receptivo, nos tornará pessoas mais gratas, mais cuidadosas. A percepção da diversidade das espécies e das cores, nos fará pessoas aptas a acolher as diferenças. O encontro com a beleza das criaturas,nos levará ao encontro do Criador de todas as coisas”, concluiu o guardião da Penha.

outubro rosa na penha


Fraternidades

Regional do Espírito Santo

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terceiro Capítulo Regional se realizou no Convento da Penha, no dia 26 de setembro, de 8h as 16h35, presentes todos os Frades, menos Frei Djalmo e Frei Nazareno, que estavam em retiro em Agudos. Foram apresentados os dois aspirantes Roberto Rocha da Silva e Gabriel Antônio Barão da Costa, que estagiam desde julho na Fraternidade do Santuário. Logo em seguida, foi recordado como alguns pontos da Ata foram cumpridos. Assim, Frei Florival comentou a Missão dos 291 jovens, mais umas 300 pessoas envolvidas nos diferentes serviços, nos dias 16 a 18 de setembro na Paróquia do Rosário. A Missão foi considerada positiva, beneficiadora, sobretudo, dos próprios jovens no aprendizado da confraternização e da responsabilidade comunitária. Frei Mário acentuou a formação franciscana que receberam. Foram lembrados alguns atropelos, para serem corrigidos no futuro. Frei Mário disse que ainda haverá uma reunião de avaliação com os jovens de Colatina. Frei Gilson elogiou a presença dos vocacionáveis de Colatina e Vila Velha. Frei Florival falou dos custos da Missão, que reco-

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lheu 7.842 reais e consumiu 7.087 reais. Frei Mário agradeceu a ajuda dos Confrades da Penha no financiamento do ônibus. Aproveitou-se o momento para falar da próxima Missão Jovem, em Curitiba, em âmbito provincial, e de como o Regional poderá participar, seja com Frades seja com jovens multiplicadores das coisas do Evangelho. Foi lembrando o Encontro Nacional dos Jovens, promovido pela CFMB, que deverá acontecer na Ponta da Fruta, portanto em nosso Regional, em 2018, quando se esperam em torno de 800 jovens provindos de todos os Estados. Frei Clarêncio propôs que no primeiro encontro do próximo ano o Regional escolha uma Comissão para coordenar em nível local em harmonia com os coordenadores em nível nacional. Frei Mário comunicou que já decidiu participar do encontro de Curitiba. Frei Florival mostrou grande interesse, dependendo de encontrar um substituto no Santuário já que, naquela data Frei Djalmo estará de férias. Comentamos a Caminhada penitencial, celebrativa dos 800 anos do Perdão de Assis, no dia 4 de agosto, com a participação das três Fraternidades e de ao menos três mil paroquia-

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nos, apesar de naquela noite acontecer a abertura das Olimpíadas. Ainda não conseguimos um som a contento de todos. Talvez devamos envolver mais gente na equipe preparatória. Frei Paulo lembrou a necessidade de envolver mais os frequentadores do Convento. E é de opinião que precisamos montar um grupo que nos ajude nas decisões organizativas. Frei Paulo Ferreira conduziu os comentários em torno do Serviço de Animação Vocacional. Frei Florival pede que se forme uma comissão regional para coordenar os trabalhos. Frei Clarêncio disse que a Comissão podia ser composta dos três coordenadores já marcados. Frei Gilson lembrou que devemos dedicar mais tempo aos que nos procuram. Frei Mário lembrou que devemos marcar mais presença em colégios e escolas. Frei Paulo Ferreira pediu mais palestras sobre o carisma franciscano. Frei Paulo Pereira lembrou que evangelização e vocação acontecem ao mesmo tempo, passando pelas mesmas dificuldades. E disse que a mensagem vocacional se deslocou da família para a escola, sobretudo, para o âmbito da Faculdade. Frei Clarêncio pediu mais acento nas


Fraternidades

nossas missões ad extra, quando falamos de vocação franciscana. Passamos então a falar da FAV do Santuário. Lembrou-se que os dois aspirantes têm um programa de estudos e aprendizado. Os dois aspirantes se manifestaram muito positivamente e afirmaram que “se sentem em casa e bem” na Fraternidade do Santuário e que estão aprendendo muito. Frei Gilson pediu aos dois saírem quinze minutos, para que os Frades pudessem fazer uma avaliação deles. Frei Clarêncio expôs a opinião da Fraternidade do Santuário, colhida no último Capítulo local e que será mandada aos responsáveis em relatório escrito por Frei Nazareno. A esta altura a sessão foi suspensa para o almoço. E foi retomada às 14h00, quando Frei Paulo Pereira, na qualidade de definidor, elogiou o esforço das três Fraternidades em elaborar o Projeto de Vida e Missão, ocupando para isso várias sessões de Capítulo em diferentes dias. Cada Fraternidade expôs seu Projeto. De fato, houve grande esforço de todos em torno da elaboração e agora, enviado o Projeto ao Definitório, todos mostraram grande interesse de tê-lo como programa de crescimento pessoal, na Fraternidade e na Comunidade. Cada Fraternidade comentou a situação operosa nesse momento. Colatina continua dando assistência à paróquia da Sagrada Família no Córrego do Ouro, com suas 35 comunidades, momentaneamente sem padre, somando as duas paróquias 58 comunidades a serem pastoreadas. Frei Mário disse que o povo da paróquia assistida está contente com o trabalho dos Frades. Essa assistência deve cessar no início do ano. Frei Gilson lembrou que preparam a Assembleia Paroquial, que deve acontecer em novembro e que no Natal haverá uma exposição de presépios. Comunicou também que a Madre Agnes sepultara

o pai dela fazia quinze dias. E comunicou o acidente ocorrido com Dom Décio. Frei Gilson lembrou que neste ano a festa de Frei Galvão coincide com o Encontro Provincial das Paróquias, Santuários e Centros de Acolhimento, em Rondinha. Propôs, então que celebremos em Colatina São Frei Galvão na quinta-feira, dia 27, às 19h30. E todos anotaram a mudança. Ficou também decidido que celebraremos juntos o Trânsito de São Francisco, no Santuário, às 19h00 do dia 3, seguido de congraçamento interno para os Confrades. Dia 4 de outubro cada Fraternidade celebrará como lhe é possível a festa de São Francisco. O Santuário comunicou que haverá três Missas: às 7h00, ao meio-dia, e a concelebração às 19h00. Durante o dia todo haverá a bênção dos animais, distribuição simbólica de ração, possibilidade de adoção de animais e assistência de médicos veterinários. Na Missa das 19h00 será anunciada a abertura do ano cinquentenário da inauguração do Santuário. Ainda não foi elaborado o programa de celebrações ao longo de 2017. A Fraternidade comentou a troca do modo de fazer as ofertas na Missa: foram postos cofres em todas as colunas. E contou que estão sendo postos vidros esverdeados entre os arcos do corredor superior e também entre as colunas do corredor inferior que olha para o pátio interno da Casa. Comentou-se também a venda dos três carros e a aquisição de dois novos. Falando da Fraternidade do Convento, Frei Pedro de Oliveira explicou o restauro do telhado e dos banheiros públicos, trabalho que deverá durar de dois a três meses. Frei Paulo Pereira lembrou que as obras deverão terminar antes das grandes férias, quando começam as muitas peregrinações. Segundo o guardião da Penha, no ano passado passaram pelo Convento 3.500.000 pessoas. Disse também que

estão trocando todas as placas indicativas. Frei Ari Praxedes lembrou alguns pequenos acréscimos ao Campinho e o projeto de iluminar todo o caminho do portão de entrada ao Campinho, usando o sistema de placas solares como produtoras de energia. Frei Paulo Pereira confirmou a inauguração do Recanto São Francisco, no dia 4 de outubro. E falou da exposição de fotografias, que também será aberta no dia 4 de outubro, de mais de 40 pássaros encontráveis nas matas que cercam o Convento. Lembrou os 80 anos de Frei Pedro Engel e os 60 anos de vida religiosa de Frei Claudius Guski. Frei Pedro de Oliveira ainda expôs a preocupação com os preços no bar-lanchonete, que não podem concorrer com outros similares. E ainda comentou que está em fase de revisão a sociedade mantenedora do bar-lanchonete. Frei Paulo comunicou que estão chegando a um final feliz as tratativas para a irradiação diária da Missa das 15h00 e a transmissão televisiva de uma das missas, com o espaço de dez minutos para noticiário religioso. O preço de ambas as transmissões é bem acessível: 25 mil por mês a televisionada e três mil por mês a irradiada. Frei Clarêncio elogiou a iniciativa do Convento, como uma forma de evangelização. O último ponto do Capítulo foi nosso encontro festivo em dezembro. Depois da manifestação de todos e levantamento de várias possibilidades, ficou decidido que no dia 11 de dezembro, domingo, teremos recreio gordo no Convento, a partir das 20 horas; e no dia 12, segunda-feira, passeio a Guarapari para quem se inscrever previamente. Desse passeio ficaram responsáveis Frei Florival e Frei Gilson. Antes de encerrar, Frei Paulo Pereira voltou a insistir que, no momento, na Província, não falta frade, mas falta frade com vigor. Frei Clarêncio Neotti

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Fraternidades

FESTA DO ROSÁRIO EM VILA VELHA

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Igreja Matriz Nossa Senhora do Rosário da Prainha, em Vila Velha, realizou um Tríduo para a Festa da sua Padroeira nos dias 16, 23 e 30 de setembro. No dia 7 de outubro, a Padroeira foi solenemente homenageada pelos paroquianos em Missa no Santuário do Divino Espírito Santo, presidida

pelo Arcebispo de Vitória, Dom Luiz Mancilha, às 19h30. Neste ano em que se comemora o Jubileu da Misericórdia, o tema escolhido foi: “Fazei tudo o que ele vos disser”. A cada dia uma meditação tocou o coração e a sensibilidade do povo para a prática da misericórdia através do amor, da caridade e do serviço. A Igreja na Prainha foi fundada em 1535. Foi a primeira Igreja construída no Espírito Santo e é a mais antiga do Brasil ainda em pé. O pároco Frei Djalmo Fuck, em nome da Paróquia e da Comunidade Nossa Senhora do Rosário agradeceu a colaboração de todas as pessoas que, com muita alegria e dedicação, ajudaram a realizar o evento, com doações e trabalhos.

Pedido pela Editora Santuário, Frei Clarêncio Neotti escreveu São Benedito: Homem de Deus e do Povo (128 p.). São duas novenas completas, percorrendo as grandes qualidades do santo franciscano. Para cada dia Frei Clarêncio escreveu uma oração, em torno do tema do dia; e sobre as virtudes do santo meditadas em cada dia da novena, montou a ladainha. Frei Clarêncio traduziu a longa Bula de canonização, até hoje não encontrável em Português e selecionou um trecho para cada dia do novenário. Com isso, o leitor tem uma

biografia ‘oficial’ do santo siciliano, tão falsamente floreada pelo folclore e pelo sincretismo. Frei Clarêncio teve o cuidado de explicar as palavras ou os fatos mais difíceis da Bula. Nenhuma editora brasileira, nenhuma Irmandade publicou até hoje uma biografia do santo negro, hoje considerado não apenas o padroeiro dos escravos passados, mas também o santo modelo de integração das raças e culturas. Tanto que a UNESCO criou e mantém em Palermo a Cátedra São Benedito de integração dos povos que migram à procura de dignidade humana.


Fraternidades

REGIONAL SÃO PAULO NO PARI

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o dia 26 de setembro foi realizado na Fraternidade Santo Antônio do Pari o encontro do Regional de São Paulo. Frei Germano Guesser, coordenador do Regional, apresentou o texto “Misericórdia como paradigma pastoral”, de Frei João Fernandes Reinert. O momento foi apropriado para refletir sobre a importância de romper com a ideia cronológica de apenas mais um ano instituído pastoralmente. Foi refletido que trata-se de

uma eclesiologia que instaura uma mudança de vida. A misericórdia não pode ser ritualismo, mas um princípio para nortear nossas vidas por meio do Evangelho. Frei César Külkamp foi recebido no Regional, após ter sido eleito vigário provincial e ser transferido para a Fraternidade São Francisco de Assis, da Vila Clementino. O encontro também contou com a participação dos aspirantes acolhidos no Convento São Francisco: Daniel Maciel , Marcelo

Tadeu S. Cardoso e Ramon Voloso da Silva. O definidor do Regional, Frei José Francisco de Cássia dos Santos, enfatizou a importância do Regional como espaço de discussão acerca dos desafios provinciais. Foi citada com louvor a iniciativa de redimensionamento discutida pelo regional de Florianópolis. Os regionais, neste contexto, possuem papel fundamental nas proposições concretas de nossa missão evangelizadora.

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Fraternidades

Pari

COMUNIDADE CELEBRA PADROEIRA

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igrejinha da comunidade localizada na estreita rua Sacramento, no Pari, ficou pequena na última quarta-feira, 12 de outubro, ao acolher os devotos de Nossa Senhora da Conceição Aparecida. A programação especial para a festa iniciou cedo na comunidade. Antes do alvorecer do dia, os voluntários já preparavam o espaço para acolher

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com carinho os devotos. Frei Anacleto Luiz Gapski, vigário paroquial, presidiu a primeira missa do dia em honra à Virgem. Faltou espaço nos corredores. Fato que se repetiu durante as missas seguintes. A festa contou com a colaboração de muitos voluntários, que além de organizarem as celebrações litúrgicas, preparam a festa social. Foram vendi-

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dos durante todo o dia churrasquinho, pastéis, bolos e doces, além de uma deliciosa macarronada. Não por menos, no final do dia quase todas as barracas tinham esgotado suas iguarias. No final do dia, o pároco Frei Germano Guesser celebrou a última missa e conduziu a procissão da padroeira do Brasil pelas ruas da comunidade. O pároco recordou o tamanho da devoção do povo brasileiro, que nesta época, sobretudo, descoloca-se por milhares de quilômetros rumo ao Santuário de Aparecida. Ele enfatizou que essa tradição e carinho pela mãe de Jesus iniciou juntos com os primeiros cristãos. Maria, sempre esteve atenta às necessidades dos primeiros discípulos. Ela, na discrição e no silêncio, acompanhava os passos de Jesus e seus discípulos. Não obstante, Jesus na cruz, apresenta João como filho, e Maria como mãe do apóstolo. Essa relação afetuosa persiste em nosso discipulado – Maria continua a olhar, a cuidar e a interceder por cada um de nós. Ao término da celebração, a vir-


Fraternidades

gem Maria foi coroada pelas crianças que também comemoravam seu dia. Frei Germano, pediu a intercessão da Virgem a cada uma delas. Enfatizou que é notório que as crianças desempenham um papel importante na sociedade como sinal de esperança. Porém, a figura da criança suplica nossa atenção, e pede uma atitude responsável e concreta. Após o término da celebração, a imagem foi levada pelos fiéis em procissão pelas ruas da comunidade. As crianças abriram caminho à procissão, como sinal de um futuro que advém cheio de esperança. Que Maria Aparecida seja presença intercessora por cada um de nós neste trajeto!

FORMAÇÃO MISSIONÁRIA NO PARI

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o mês de outubro, a Igreja dedica uma atenção especial às missões. Motivados pelo apelo do Papa Francisco, que pede um Igreja em saída, a comunidade de Santo Antônio do Pari está se mobilizando para reavivar a Pastoral da Visitação, valorizando o encontro em nossas famílias, hospitais e asilos. Neste último domingo, 9 de outubro, cerca de 25 líderes de diversas pastorais e movimentos da Paróquia estiveram reunidos para uma tarde de formação missionária. Frei Diego Melo, coordenador do Serviço de

Animação Vocacional dos Franciscanos, dinamizou o encontro e falou de suas experiências missionárias. O frade enfatizou a importância da cultura do encontro, que inicia com uma experiência pessoal com Jesus Cristo. Antes de sairmos em missão, precisamos trazer à memória nosso encontro com Jesus Cristo. Uma vez que Deus toca nosso coração, somos impelidos a transmitir essa alegria a outros. Contudo, não podemos deixar que o medo e a insegurança congelem nosso caminhar, criando a falsa ideia de que a estabilidade é a meta do cristão. A Igreja caminha, e caminhar exi-

ge levantar um pé de cada vez. Neste caso, ao dar cada passo, é normal sentir a insegurança e o medo de cair. Recordando a afirmação “a cabeça pensa a partir de onde os pés pisam”, Frei Diego enfatizou a importância de pisarmos em outras realidades. Em uma Paróquia com mais de cem anos, como é a do Pari, é evidente que houve transformações em todos os aspectos sociais e eclesiais. Para tanto, precisamos pisar em “novas realidades”. Para tal, devemos empenharmo-nos em apurar nossa capacidade de escuta. “Precisamos de uma Igreja que tenha capacidade de ouvir o que as pessoas precisam, caso contrário, corremos o risco de oferecer aquilo de que não se precisa”, reforça o frade. Após o encontro, foi celebrada a Missa de envio. Frei Diego abençoou os missionários que receberam um crachá como sinal do envio em nome de toda a Comunidade Paroquial Santo Antônio do Pari. Frei Roger Strapazzon

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Fraternidades

Fraternidade Santo Antônio de Roma acolhe Frei Estêvão

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missa de São Francisco, presidida pelo Frei Francisco, reitor da Basílica Santo Antônio, em Roma, foi um momento de acolhida e de agradecimentos ao novo guardião Frei Estêvão Ottenbreit, por seu sim generoso à Ordem dos Frades Menores, por deixar o Brasil e assumir o desafiador serviço de animar essa Fraternidade com mais de 140 frades, com seus diversos trabalhos. Frei Francisco recordou a importância do trabalho do guardião na fraternidade e afirmou também que, nos tempos em que vivemos, é necessário um “superior” que seja para a fraternidade testemunho e sinal de santidade. No dia 6 de outubro, na Basílica de Santo Antônio, com a presença do Ministro Geral, Frei Michael Perry, de seu secretário pessoal, Frei Reinaldo, do Definidor Geral Frei Ivan Sesar, os frades se encontraram para rezar as vésperas, e, logo após, se dirigiram ao refeitório dos professores para uma confraternização. O Ministro Geral fez um agradecimento especial aos dois antigos guardiães da fraternidade Santo Antônio, onde residem os professores, Frei Nguyên Van Si Ambrogio, e da fraternidade Beato Gabriele M. Alle-

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gra, onde residem os frades estudantes, Frei Eulálio Gomez, que a partir daquele momento assumiam uma nova missão. Frei Michael agradeceu a Frei Estêvão pela disposição e colaboração. Também manifestou a sua alegria em ver os frades mais próximos e empenhados na mesma missão em uma única fraternidade. O clima na fraternidade internacional Santo Antônio é de recomeço, de esperança e de um profundo desejo de caminhar na mesma direção. Que pela intercessão de São Francisco e Santo Antônio possamos viver como irmãos, partilhando a mesma fé. Frei Gilberto da Silva


especial

Em Honra a

são Francisco de Assis Todo ano, as festas e celebrações do Pai Seráfico tomam conta da Província da Imaculada Conceição. Em algumas, São Francisco é o Padroeiro e as homanagens começam mais cedo com o Tríduo. Todas as Paróquias e Fraternidades dedicam um tempo para a bênção dos animais. Neste Especial, alguns exemplos destas festividades.


especial

| São Francisco de Assis | SEDE PROVINCIAL E PARÓQUIA

Frei Fidêncio pede restauração da Igreja de Deus

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Fraternidade da Sede Provincial e a comunidade da Paróquia São Francisco, na Vila Clementino (SP), prestaram a última homenagem ao Padroeiro na Missa solene de encerramento, que foi presidida pelo Ministro Provincial, Frei Fidêncio Vanboemmel, e concelebrada pelo Vigário Provincial, Frei César Külkamp, pelo Pároco, Frei Valdecir Schwambach, pelo Vigário Paroquial, Frei Carlos Nunes Corrêa, e Frei Raimundo Oliveira Castro. Como em todas as missas do dia, a Igreja lotou de fiéis, sendo uma grande maioria acompanhada de seus bichinhos de estimação. Gatos, cachorros, passarinhos, todos participaram da celebração dedicada ao Patrono da Ecologia e dos animais.

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[coMUNICAÇÕES] especial

Em sua homilia, Frei Fidêncio destacou um versículo da Primeira Leitura: “Eis que durante a sua vida restaurou a Casa” (Eclo 50,1), e disse que este pensamento traduzia a vida do santo celebrado neste 4 de outubro, recordando o pedido do Cristo crucificado a Francisco de Assis. “Na busca constante do Evangelho, no aprendizado contínuo que fazia a partir de Nosso Senhor Jesus Cristo, deu a sua contribuição. Restaurou a Igreja de Deus, não apenas a Igreja enquanto organismo institucional, mas restaurou esta igreja que Jesus Cristo sonhou”, afirmou. Frei Fidêncio ressaltou que São Francisco, a partir da sua experiência, restaurou a Igreja de Deus e restaurou também a relação do ser humano com a Criação, recordando a Encíclica Laudato Sí do Papa Francisco sobre

o cuidado com a Casa Comum. “Nós também, como São Francisco, queremos restaurar a Igreja de Deus, mas queremos restaurar também a casa comum de todos nós, de todos os valores da vida, de todos os princípios humanos, princípios cristãos”, pediu o frade. O Ministro destacou duas características importantes da vida de São Francisco, duas virtudes evangélicas: a pobreza e a humildade. “São Francisco restaurou a Igreja através de uma vida simples, fazendo-se, dia após dia, semelhante ao Cristo. Assemelhar não significa apenas imitar os gestos, mas buscar no Evangelho os valores do Reino que nós também devemos viver no nosso tempo, nossa história e no nosso mundo”, afirmou. O frade concluiu sua homilia dizendo que viver estes valores é um grande desafio para os dias atuais, e convidou os presentes a buscarem, com São Francisco de Assis, este espírito de pobreza e humildade. Ao final da celebração, Frei Valdecir, que conduziu sua primeira festa de São Francisco na comunidade, agradeceu toda equipe da paróquia, voluntários e funcionários, que colaboraram para o bom andamento desta festa, e pediu uma salva de palmas, que foi acompanhada com muitos latidos. Frei Fidêncio também parabenizou a comunidade pelo empenho, e agradeceu o traba-


| São Francisco de Assis |

especial

lho do pároco, vigário e de todos os frades que auxiliam na Paróquia. Para o pároco, São Francisco tinha um “amor entranhado” por todas as criaturas. “E tinha um amor entranhado pelos seres humanos. Ele tinha consciência de que é um filho de Deus e, junto com ele, também toda a criação. A terra, a água, o ar, os animais, todos são filhos e filhos de Deus”, explicou. O pároco lembrou que São Francisco nos ensina que devemos amar todas as criaturas, mas também amar os seres humanos. “Assim como a gente gosta dos animaizinhos, somos a convidados a gostar dos seres humanos e fazer o bem a todas as criaturas”, disse. “A sociedade de hoje, e vocês vão concordar comigo, nos ensina a nos defender de outras pessoas. Claro, há tanta insegurança, tanta violência, tanta injustiça, que nós praticamente precisamos construir muros, colocar grades para nos defender. E se não for assim, a gente fica com medo. Mas o sonho de São Francisco é que todos nós pudéssemos viver numa sociedade de paz, de bem. Uma sociedade de fraternidade”, acrescentou.

BÊNCÃO DOS ANIMAIS A manhã chuvosa não afugentou o povo, que procurou os frades para abençoar seus animais e bichos de estimação. Como a mineira Marli Gonçalves, que residi em Santo Amaro e trouxe a “Betsy” e “Lady” para tomar a bênção. “Sou muito devota de São Francisco”, disse, pedindo que os animais sejam mais respeitados. Já Andrea Marson veio do bairro das Perdizes com “July”. “Não perco nenhuma festa de São Francisco. Acho importante criar essa cultura do respeito por toda a criação”. Os cães são maioria na festa, mas gatos, coelhos e pássaros também não ficam para trás. Muitas pessoas trazem fotos de animais e parentes para serem abençoados. A Paróquia distribuiu ração abençoada, em pequenos pacotinhos, para cães, gatos, peixes e pássaros. O povo também pode saborear o Bolo de São Francisco com as medalhinhas abençoadas. Em frente à igreja, uma feirinha de adoção de animais ficou aberta durante todo o dia, com atendimento veterinário grátis. Érika Augusto


especial

| São Francisco de Assis |

CONVENTO SÃO FRANCISCO - SP

O Francisco que chama

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festa em honra a São Francisco de Assis, no tradicional Largo de São Francisco, no centro de São Paulo, começou muito antes do Dia do Padroeiro. Já no dia 24, a Missa Nordestina a São Francisco das Chagas abriu os festejos, que ganhou intensidade a partir do Tríduo, no dia 1º de outubro. Neste dia, a Primeira Ordem - Frades Menores, Frades Menores Capuchinhos, Frades Menores Conventuais e Terceira Ordem Regular - foi a convidada para a Celebração Euca-

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[coMUNICAÇÕES] especial

rística. No segundo dia, o Tríduo reuniu os Carmelitas, Dominicanos e Beneditinos e, no terceiro dia, a Ordem Terceira Secular e a Juventude Franciscana cuidaram da animação litúrgica. Outros momentos muito simbólicos e significativos foram a bênção aos animais do Zoológico de São Paulo, no sábado, dia 1º, e o Trânsito de São Francisco, na véspera do grande dia. Enfim, o Dia de São Francisco. Enquanto os frades abençoavam as pessoas e seus animaizinhos de estimação, dentro da igreja foram celebradas Missas ao longo de todo o dia. A primeira começou

bem cedo, às 7h30, quando ainda caía uma garoa fina na cidade. E, mesmo com o tempo fechado, muitos devotos do Pobrezinho de Assis já lotavam o espaço. O pároco, Frei Alvaci Mendes da Luz, presidiu a missa do meio-dia. Já no início da celebração disse estar muito feliz por ver tanta gente presente para recordar um pouco da vida de São Francisco. Durante a homilia, confessou que tinha preparado um discurso, mas preferiu improvisar. “É sempre muito difícil falar de Francisco, porque ele foi muito simples. E tudo aquilo que


| São Francisco de Assis |

especial

O TRÂNSITO Um dos momentos mais significativos para os franciscanos, mais do que a solenidade de São Francisco, é a noite de sua morte, celebrada com grande entusiasmo em todo o mundo. É tradicional cantar e encenar o “Transitus”, a passagem de São Francisco para junto do Pai. Em São Paulo é costume que os frades, religiosos e religiosas, leigos e amigos, se reúnam para celebrar este momento. Neste ano, o local escolhido foi o Santuário e Convento São Francisco, na região central. Nem a chuva, que caiu torrencialmente desde o final da tarde, espantou os fiéis. Às 18h estavam todos reunidos para o início da celebração. Frei Mario Tagliari, guardião do convento local, deu as boas-vindas. Estavam presentes o ministro provincial, Frei Fidêncio Vanboemmel, o vigário provincial, Frei César Külkamp, os frades da Vila Clementino e do Pari, além dos frades do Convento São Francisco. “Não queremos correr o risco de celebrar o final sem ligá-lo a uma vida toda de busca, de confrontar-se e viver o Cristo, pobre e crucificado”, afirmou Frei Mário no início de sua reflexão. Neste ano, além dos frades, os vocacionados, jovens da Jufra das Chagas e da Paróquia São Francisco, na Vila Clementino, fizeram parte da encenação dos últimos momentos da vida de São Francisco. Na música, ajudaram as irmãs Franciscanas de Ingolstadt, Irmãs Franciscanas da Terceira Ordem Seráfica. Leandro, ex-frade, prontamente aceitou o convite para ajudar na parte dos cantos e chamou outros músicos, vindos da Escola de Música da cidade de São Paulo, do Teatro São Pedro e um de Sorocaba.

é simples nem sempre é fácil de explicar”, brincou. Ao invés de ler o texto que tinha escrito, Frei Alvaci decidiu voltar ao passado e relembrar o momento em que decidiu se tornar um frade franciscano. “Confesso a vocês que sou um completo apaixonado por São Francisco. Ainda criança, com apenas 13 anos de idade, liguei para o seminário, um frei me atendeu e eu lhe disse: ‘quero entrar para o seminário porque quero ser igual a São Francisco’”. Agora, anos mais tarde, Frei Alvaci considera que não sabe se vai conseguir realizar este sonho um dia. “Acredito que não, porque Francisco só tem um, o de Assis”, completou o pároco do Santuário São Francisco, explicando por que o santo é seu maior modelo de vida: “Por trás de Francisco existe uma causa muito mais antiga, a causa de Jesus Cristo. É por ele que nós fazemos tudo e é por ele que estamos aqui hoje. É por ele que somos franciscanos e franciscanas, de hábito ou de coração”, ressaltou. Ainda segundo Frei Alvaci, a forma como São Francisco conseguiu viver o evangelho de Cristo é um modelo para todos, pois indica que é possível buscar a santidade a cada dia e estar mais próximo de Deus. Enfatizou, também, o fato de Francisco ter alcançado

um nível tão alto de santidade que nem precisamos chamá-lo de santo. “Ele se encaixa em qualquer lugar, em qualquer discurso, qualquer religião, qualquer espaço”, pontuou. “Francisco foi simples, o mais simples de todos. E por ter sido simples, se tornou grande. Por ser pequeno, ele está aqui, em nossos corações”, concluiu o pároco.

Dia de muita festa e reflexão

Às 15h foi a vez do Vigário Episcopal da Região Sé e Bispo Auxiliar de São Paulo, Dom Eduardo Vieira dos Santos, celebrar o Pobrezinho de Assis com a comunidade franciscana. Como a igreja ficou cheia o tempo todo, houve ainda uma missa às 16h30, que nem estava prevista na programação inicial, celebrada pelo Frei Diego Melo. Ao todo, foram sete missas, que começaram cedinho, e com a igreja lotada desde o início. Ao longo do dia a chuva deu uma trégua, a temperatura subiu e até o sol participou da festa. À tarde já estava tão quente que muitos carregavam o casaco nos braços. “Pedi para Santa Clara interceder pelo tempo e acho que ela acatou meu pedido”, brincou Frei Alvaci enquanto passeava pelo Largo São Francisco cumprimentando os fiéis. ESPECIAL [coMUNICAÇÕES]

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tríduo de SÃO FRANCISCO 1º Dia: F rades Menores, Frades Menores Capuchinhos, Frades Menores Conventuais e Terceira Ordem Regular 2º Dia: Carmelitas, Dominicanos e Beneditinos 3º Dia: Ordem Terceira Secular e a Juventude Franciscana

“Se a nossa sociedade se organizasse mais em torno da misericórdia, certamente viveríamos num mundo mais pacífico, onde o meio ambiente seria menos agredido.” FREI GUSTAVO MEDELLA NA BÊNÇÃO DO ZOOLÓGICO

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Missa Nordestina abre festejos

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anfona, zabumba, triângulo, voz e violão… Assim foi a Missa Nordestina celebrada no sábado (24): embalada pelo ritmo e pela alegria do povo nordestino! Teve, inclusive, cantadores de repente – arte com origens lá na Paraíba e baseada no improviso poético. Foi neste clima de grande louvor a Deus, e em honra a São Francisco das Chagas, que o Santuário e Convento São Francisco abriu oficialmente os festejos do Padroeiro. Ao longo da missa, muitos fiéis se emocionaram com as encenações que remetiam à saída do nordeste para buscar oportunidades em São Paulo. “Como cantar, meu Deus, em terra estranha, um canto novo pra ti?”, dizia o salmo. Já durante a homilia, o Frei Gustavo Medella agradeceu a presença da comunidade nordestina e fez questão de destacar quatro características desses migrantes que deixaram sua terra natal e vivem hoje nesta grande metrópole. “É um povo de muita fé, com pessoas generosas, valentes e alegres. Pessoas que nos ensinam a partilhar, a suportar as adversidades e

dar a volta por cima. Somos muito gratos a vocês!”, disse. Ele lembrou que a saída em busca de um futuro melhor em uma terra desconhecida é marcada por uma grande parcela de esperança, mas sempre permeada de dor e sofrimento. Comentou, também, da crise migratória que o mundo enfrenta atualmente, com muitas famílias tentando escapar dos conflitos da guerra. “São as lutas e as dores que o nosso povo enfrenta atualmente. Dores que, infelizmente, fazem parte da vida, mas que poderiam

ser evitadas se a humanidade fosse mais generosa, mais amorosa”, refletiu. Como a missa foi em honra a São Francisco das Chagas, Frei Gustavo relacionou as feridas do Pobrezinho de Assis a essas e tantas outras feridas contemporâneas. “As chagas de Francisco nos mostram que o sofrimento faz parte da vida, mas que temos de encará-lo, integrá-lo e lutarmos para que ele diminua. E, se possível, com a graça de Deus, fazer com que todo sofrimento desapareça, principalmente aqueles provocados pela ganância, o egoísmo e a exploração”, ressaltou. Ao final da celebração, a comunidade nordestina que participou da liturgia entrou em procissão pelo corredor central reverenciando Nossa Senhora Mãe do Nordeste, imagem em que Maria é representada como uma mulher nordestina carregando um pote d’água na cabeça e amparando o Menino Jesus, que caminha ao seu lado descalço, mas trazendo pão e água nas mãos, além de muita esperança nos olhos. ESPECIAL [coMUNICAÇÕES]

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rondinha

Juntos com Francisco celebramos o Deus Humilde

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s festividades de São Francisco de Assis foram celebradas com a Conferência da Família Franciscana do Brasil (CFFB) do Regional Curitiba. O primeiro dia do tríduo (01/10) aconteceu na Capela São Francisco de Assis, dos Franciscanos Conventuais – no Campo Comprido, Curitiba - PR; o segundo dia (02/10) foi na Paróquia Nossa Senhora da Luz, dos Franciscanos Capuchinhos – Cidade Industrial, Curitiba - PR; e o último dia (03/10), encerrou o tríduo com a celebração do Trânsito de São Francisco, na Paróquia Bom Jesus dos Perdões, dos Franciscanos

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Menores – no Centro da capital paranaense. E o dia de São Francisco foi celebrado com solenidade e alegria no Convento São Boaventura, em Rondinha, Campo Largo - PR. Ao celebrarmos o Trânsito de São Francisco, muito mais do que recordar os últimos momentos de sua vida, lembramos seu fraterno abraço à Irmã Morte, que conclui a sua singela passagem desta vida para a terra dos vivos. A Paróquia Bom Jesus ficou pequena para tantos religiosos franciscanos e fiéis que se reuniram num único coro para recordar e louvar a vida de seu Pai, santo e inspirador vocacional. A Santa Missa, presidida pelo Pároco, Frei Alexandre Magno,


| São Francisco de Assis | contou com momentos fortes, dentre os quais destacam-se dois: a Encenação da Morte de São Francisco, organizada pelos frades de profissão temporária do Convento São Boaventura, que, na simplicidade franciscana, exprimiram este momento da vida de seu fundador, que fora seu encontro face a face com o Altíssimo; e, por segundo, o canto do Transitus, uma antiga peça em Latim do salmo 141, e de uma antífona franciscana, que retrata a experiência dos últimos minutos de vida de Francisco. Após a missa, alimentados pela Mesa da Palavra e da Eucaristia, a convite do Pároco, os presentes na celebração se dirigiram para o Salão Paroquial, para alimentar-se da mesa da partilha. Juntos confraternizaram e festejaram o Santo da Alegria. No dia 04, os frades do Convento São Boaventura iniciaram logo cedo as festividades de São Francisco de Assis, com a oração solene do Ofício das Laudes. As nove da manhã foi celebrada a Eucaristia, juntamente com os confrades da Fraternidade Bom Jesus da Aldeia, as Irmãs Franciscanas de São José, e os Párocos das Paróquias vizinhas: Senhor Bom Jesus da Ferraria (Pe. Márcio) e Nossa Senhora Aparecida (Pe. Agnaldo) e amigos da fraternidade. Frei Jean, guardião da fraternidade, presidiu a celebração; em suas palavras, destacou: “A vida de São Francisco é um mistério, pois ao mesmo tempo em que parece que já falamos tudo sobre ele, ainda parece que não falamos nada. Podemos fazer um paralelo com as leituras da liturgia de hoje, onde Francisco segura o templo nos ombros, se assemelhando a Cristo nas chagas. Assim, os mistérios de Deus lhe foram revelados, pois ele se fez menor”. Ao término da Missa, os franciscanos

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mais uma vez se reuniram em torno da mesa da partilha e festejaram o Seráfico Irmão e Pai. Frei Matheus José Borsoi

VISITA DOS ALUNOS DO COLÉGIO BOM JESUS ALDEIA NO DIA DE SÃO FRANCISCO Aproximadamente 50 alunos da Rede Educacional Bom Jesus marcaram presença no Convento São Boaventura para um encontro com os freis. A data foi escolhida a dedo, e não poderia ser diferente, já que para estes jovens estudantes estão sendo ministrados encontros semanais de catequese pelos frades estudantes do convento. Foi um rico encontro de partilha de vida e de um maior conhecimento sobre a forma de vida franciscana. Por mais este motivo de bênçãos, louvamos a Deus. Frei Augusto Luiz Gabriel

BÊNÇÃOS DOS ANIMAIS NO COLÉGIO BOM JESUS DE ARAUCÁRIA A Fraternidade Franciscana São Boaventura de Campo Largo-PR marcou presença no colégio Bom Jesus de Araucária para abençoar os “animaizinhos” de estimação dos alunos desta unidade de ensino. Num espírito de muita alegria e oração, pais, alunos e professores, junto dos frades franciscanos, agradeceram a Deus por todas as maravilhas operadas em favor dos familiares e amigos, e sobretudo aos companheiros de estimação, criaturas amadas da parte de Deus e confiadas aos homens para auxiliá-los em suas necessidades e também alegrá-los na “caminhada” da vida. Frei Thiago Soares ESPECIAL [coMUNICAÇÕES]

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ITUPORANGA

A Beleza de uma festa franciscana

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o outono de Assis, as árvores entregam à terra suas folhas, e Francisco, o seu corpo. Aqui, a primavera do hemisfério Sul nos conduz a celebrar com toda a criação a vida nova das flores: a ressurreição de nosso Irmão Menor Francisco. E foi neste espírito, unida à Criação já cantada pelo Pai Francisco, que a Família Franciscana de Ituporanga (OFS, Irmãs Franciscanas de São José, Frades, Seminaristas, Aspirantes e toda a comunidade) celebrou o Trânsito e a Solenidade de São Francisco de Assis. Na segunda feira, 03 de outubro, ocorreu a celebração do Trânsito, encenado pelos seminaristas e cantado pelo Coral Santo Estêvão e pelos frades, na capela do Seminário. Frei Evandro presidiu a celebração e resgatou em sua partilha os valores franciscanos presentes nesta terra. Com seu modo frater-

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| São Francisco de Assis | Francisco Fraterno É filho de planos Sob um Deus paterno Crê em cosmos sem danos. E com Paz e Bem Alcança o Fratello Do Pai na Unidade De criação, um elo A irmã cotovia Canta ao Poverello A ecologia É o seu anelo Francisco viveu Do Evangelho o essencial, Ainda não nasceu Um outro igual Francisco chorava Nas ruas e praças E, ao Crucificado Leva todas as raças.

no, dedicou especial atenção aos valores de cada um dos membros da Fraternidade, enfatizando que é através desses valores que o mundo redescobre hoje Francisco de Assis como modelo de seguimento de Jesus Cristo e encontro com toda a humanidade, que muitas e muitas vezes sofre. Em seguida, a Família Franciscana dirigiu-se ao refeitório do Seminário para uma confraternização. Os frades do seminário acolheram a todos dizendo, em poucas palavras, o quanto era importante este momento, salientando que nosso carisma redescobriu a importância de sentar-se à mesa como lugar de encontro com a Fraternidade e com o Senhor, e acrescentaram: “Sirvam-se do que temos... é mais de vocês do que nosso!” Na terça feira, a Fraternidade, a Paróquia e o Seminário, reuniram-

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-se para celebrar a Festa. Depois do almoço festivo e de uma tarde de confraternização no Seminário, os frades dirigiram-se à Igreja Matriz de Ituporanga para celebrar com toda a comunidade. Inúmeros ex-seminaristas estiveram presentes na celebração. Isso nos recordou a grande missão que o seminário tem: formar jovens franciscanos para o mundo e para a Igreja. É bom ver o quanto a semente do nosso carisma dá seus frutos naqueles que se aproximam de nós. Por fim, Frei Waldemar presenteou esta celebração tão franciscana com uma de suas poesias, conduzindo-nos à beleza, beleza esta que, conforme já afirmado, salvará o mundo. Equipe de comunicação Fotos: Luiz Henrique Martinelli

NITERÓI

Tríduo e Festa

Francisco e Clara Em nosso coração, Nos abrem caminhos A uma doação Francisco de Assis, Trovador sem - par Invoca os irmãos O Amor a amar A dor e o Amor Revestem Francisco, Assim o pobrezinho Se torna outro Cristo “ Frei Waldemar Schweitzer

A Paróquia Porciúncula de Santana, em Niterói, celebrou São Francisco com o Tríduo e festa no dia 4, uma terça-feira, onde a devoção a Santo Antônio é muito forte. Mas os fiéis

prestaram homenagem e devoção aos dois santos franciscanos. As bênçãos foram dadas na entrada da igreja, fora dos horários das missas.

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VALONGO

A festa dos animais

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ogo cedo, no dia do Santo de Assis, a porta do Santuário do Valongo, em Santos, dava mostras de que os devotos do franciscano não têm predileção por espécies. Apesar do grande número de cães, havia gatos, papagaios, peixes e até uma mistura inusitada de pato com ganso. E muita gente estava lá por alguma graça alcançada. É o caso da técnica em edificações Denise Santiago, que trouxe Doce, o híbrido de pato com ganso. “Tenho cinco deles em casa e todos foram envenenados. Mas sobreviveram graças à intervenção do santo. Hoje estou aqui para agradecer”. Perto do meio-dia, Frei Hipólito Martendal fez uma breve oração, falando da importância das espécies no equilíbrio da Terra e benzeu os

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bichos e os donos que estavam presentes. “São Francisco foi um exemplo único. Tinha grande afeição pelos animais e foi o primeiro a fazer um presépio utilizando animais de verdade”. A Festa de São Francisco começou com uma novena de 25 a 3 na TV Santa Cecília e o Tríduo no Santuário. Também o Santuário apresentou uma variada e rica exposição de imagens de São Francisco.


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xaxim

Festa e encontrão de lideranças

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Paróquia de São Luís Gonzaga, de Xaxim (SC), celebrou São Francisco de Assis durante todo o dia com a bênção dos animais e com Missa Solene, às 19 horas, presidida pelo pároco Frei Alex Sandro Ciarnoscki e concelebrada pelos frades da Fraternidade. A igreja lotou para a celebração que também marcou o Encontrão das Lideranças das Comunidades da Paróquia. Depois da Missa, o povo pôde participar de uma confraternização no Salão Paroquial. Valnei Brunetto

FLORIANÓPOLIS

Festa e Exposição

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o dia 04 de outubro, os frades e o povo da paróquia Santo Antônio se reuniram para celebrar a festa de São Francisco de Assis. As festividades tiveram início com o Tríduo no dia primeiro (sábado), na missa das 19 horas.

Ao cair da tarde, do dia primeiro, o pároco Frei Vanderley Grassi apresentou a primeira exposição de imagens de São Francisco para a comunidade que se encontrava reunida no salão paroquial para o delicioso café colonial. Participaram muitos devotos de toda a Florianópolis. Na exposição era possível apreciar mais de 50 imagens e alguns objetos antigos que pertencem ao convento dos frades. Face ao interesse e curiosidade das pessoas, o pároco pretende repetir a exposição nos próximos anos. Pretende dar oportunidade não somente para os paroquianos e devotos, mas para um público maior que admira a figura de Francisco de Assis. Por isso, a ideia é expor no próximo ano um número maior de imagens e objetos franciscanos. No terceiro e último dia do Tríduo celebramos o Trânsito de São Francisco. Além da participação da juventu-

de que encenou o Trânsito, também tivemos a presença do Coral da Agronômica que ajudou a solenizar a celebração da Páscoa do nosso Pai Seráfico. Com a alvorada do dia 4 os frades começaram o dia, na rua, abençoando animais, o que repetiram, até o final da tarde. Pela manhã e tarde, os frades também estiveram em alguns colégios e no jardim da igreja abençoando os animais. Ainda celebraram três missas na paróquia. O ponto alto, porém, foi a celebração da Eucaristia ao anoitecer. Ao redor do altar estávamos reunidos celebrando a solenidade do nosso querido São Francisco de Assis. A celebração presidida pelo pároco Frei Vanderley foi concelebrada pelos frades Gentil e Eliseu, fazendo com que a igreja ficasse lotada de devotos e simpatizantes do Santo de Assis. ESPECIAL [coMUNICAÇÕES]

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GUARATINGUETÁ

A solenidade no Postulantado

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ncerrando as festividades de São Francisco de Assis, o Seminário Franciscano Frei Galvão celebrou no dia 4/10 uma Missa solene. Nela, recordamos o modelo de vida e santidade do “Pobre de Assis”. Perene exemplo que atravessa séculos suscitando vocações de homens e mulheres, os quais, trilhando seu caminho, buscam de modo mais perfeito o seguimento de Cristo pobre, humilde e crucificado. Outro grande momento foi no dia 3 de Outubro, com o Transitus de São Francisco, sua comovente passagem da efêmera existência terrena para a eternidade celestial. A encenação realizada

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pelos postulantes, recordou os últimos momentos de nosso Pai Seráfico, que viveu seu mais gritante paradoxo: aquele que can-

tou no mundo a beleza irradiante de todas as criaturas, agora delas se despede retornando ao Criador. Por ocasião da Festa de São Francisco de Assis, recebemos visita das nossas queridas Irmãs Clarissas. Entre momentos de oração e descontração, pudemos estreitar os laços que há séculos unem ambas as ordens no mesmo ideal franciscano partilhado pelos nossos fundadores.


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CONVENTINHO

Mês intenso em Lages

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mês de outubro comemoramos com muita alegria, pois o dedicamos ao nosso Pai seráfico São Francisco. E nesse ano a festa no Convento Patrocínio de São José de Lages, SC, o Conventinho, foi bem festiva e alegre. A presença de nossos aspirantes, Francisco, Roberto e Davi, foi muito valiosa, pois juntamente com os jovens da Matriz e da Comunidade Santo Antônio, celebraram o Transitus de São Francisco. Também com a colaboração do casal Elisa e Luís Kreischer, os jovens prepararam uma linda encenação, que levou a assembleia às lágrimas, tomada pela emoção das cenas bem intensas. Foram momentos em que pudemos partilhar da Perfeita Alegria junto de nossa comunidade

e do brilho e alegria que os jovens nos proporcionam. A encenação também foi apresentada em nossa Matriz, que se preparava para festejar sua Padroeira Nossa Senhora Aparecida. Também no dia 4 de outubro seguiram as comemorações. Foram feitas bênçãos dos animais pela manhã e à tarde. Tivemos um momento de comemoração com toda Famíla Franciscana local. Acreditamos que no período em que nossos Aspirantes permaneceram em nossa Fraternidade, puderam vivenciar diversas experiências pastorais, também com visitas no hospital, sobretudo no setor psiquiátrico. Reafirmam que Cristo está

junto dos que sofrem. A exemplo de Francisco, devemos estender nossa misericórdia àqueles que são mais marginalizados e excluídos. Para fechar a permanência, estiveram num encontro com a Juventude e ali falaram de suas vocações, e semearam a paz e o bem. Elisa lima

ITF e Sagrado: celebração e Trânsito

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fraternidade Franciscana São Francisco e boa parte da comunidade acadêmica do Instituto Teológico se reuniram para celebrar o Irmão de Assis. Na verdade, a celebração começou bem antes, dia 03, com o Trânsito de São Francisco, belamente can-

tado pelos Canarinhos, na Igreja do Sagrado. Pela manhã do dia 04, foi a vez do ITF receber todos os confrades do Sagrado para cantar as laudes em nossa capela. O ponto alto, porém, foi a celebração da Eucaristia ao cair da tarde. Com o pão e o vinho consagrados, elevamos a Deus

nosso desejo de imitar, ao menos um pouco, os exemplos de Francisco. Frei Fábio César Gomes presidiu a celebração que contou com a presença de cerca de 100 pessoas, dentre as quais os concelebrantes: Frei Ludovico Garmus e Frei Elói Dionísio Piva. Na homilia, Frei Fábio atualizou de forma brilhante o Mistério Pascal vivido na experiência de fé do Poverello. Na Paróquia do Sagrado, missas, bênçãos dos animais, bênção do Bolo de São Francisco e muitos doces e salgados na barraca. ESPECIAL [coMUNICAÇÕES]

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Fraternidades

LACERDÓPOLIS/SC SEDIA Iº ENCONTRO DE EX-SEMINARISTAS FRANCISCANOS DO SUL DO PAÍS

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cidade de Lacerdópolis-SC foi palco de um momento único e mais do que especial, no sábado, dia 08 de outubro, ao acolher o 1º Encontro de Ex-Seminaristas Franciscanos de várias cidades de Santa Catarina e Sudoeste do Paraná. Pouco a pouco, os participantes foram chegando e se reencontrando junto à Igreja Matriz de Lacerdópolis. A cada carro que estacionava no pátio da igreja era grande a expectativa pra saber quem poderia ser. E não era só

isso! Havia um clima de ansiedade para identificar, ou seja, reconhecer cada novo participante que ali chegava. Às 10h30, uma Missa em honra a São Francisco de Assis foi celebrada em ação de graças pela vida e pelo dom do reencontro. Alguns não se encontravam há 20 anos. O presidente da celebração foi o pároco de Xaxim – Frei Alex Sandro Ciarnoski e concelebrada pelo pároco de Ituporanga – Frei Evandro Balestrin. Após a celebração, todos os presen-

tes se dirigiram para uma sede campestre, onde foi servido um suculento churrasco, com bebidas e acompanhado de boas conversas, risadas e um clima profundamente fraterno e familiar. Afinal, cada um pôde levar o que tem de melhor e mais precioso – esposa e filhos. Teve ainda jogo de truco e um clássico futebol para reviver os belos e saudosos tempos de Seminário. A próxima edição do encontro ficou agendada para outubro de 2017, na cidade de Xaxim – SC. Outros seminaristas também estão convidados a se juntarem ao grupo, em outubro de 2017, em Xaxim. Assim como o Cristo imprimiu em Francisco as suas marcas – Francisco de Assis deixou cicatrizes gravadas na vida de cada um de nós, ex-seminaristas franciscanos. Marcas estas que fazem de nós profundos admiradores, entusiastas e eternos apaixonados pelo pobrezinho de Assis. Valnei Brunetto

Juventude Franciscana se reúne em Bebedouro A Juventude Franciscana (Jufra) do Estado de São Paulo se reuniu nos dias 14, 15 e 16 de outubro no Educandário Santo Antônio, na cidade de Bebedouro, para realização do Congresso Ordinário Avaliativo 2016. Com o tema: “A minha Juventude é Franciscana” e o lema: “Ide sem medo, para servir!”, cerca de 90 Jufristas do Estado, representantes da Ordem Franciscana Secular e membros do Secretariado Nacional da Jufra do Brasil fizeram a maravilhosa experiência de fraternidade conosco e participaram de momentos importantes para a caminhada da Jufra de São Paulo. Nesses dias refletiu-se sobre o tema, apresentaram-seosrelatóriosepartilhas. FreiEdvaldoSoares,assistente espiritual da Jufra das Chagas, participou do evento.

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[coMUNICAÇÕES] NOVEMBRO / 2016


Fraternidades

JUBILEUS NO ANO DA MISERICÓRDIA E fiz misericórdia com eles (Test. 1-2)

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Fraternidade São Boaventura, de Rondinha, receberá nos dias 1º e 2 de dezembro os frades que celebram seus jubileus neste ano. Neste Ano da Misericórdia, 30 frades celebram ação de graças pelos 25, 50, 60, 65 e 70, 71, 72, 74, 75 e 76 anos de Vida Religiosa ou Sacerdotal. Segundo o Ministro Provincial Frei Fidêncio Vanboemmel, celebrar o jubileu é retomar toda a caminhada vocacional para atualizá-la no presente, em forma de ação de graças. Enfim, no dia do Jubileu, o irmão também renova o compromisso assumido há 25, 50, 60, 65 e 70 anos, declarando o segredo mais profundo que o animou, tanto na vida religiosa como na vida sacerdotal: ‘Senhor, a minha vida está nas tuas mãos’”, explica Frei Fidêncio, manifestando aos confrades jubilandos, “a nossa gratidão e estima, e que o Senhor os abençoe!” Para o Ministro, na celebração dos jubileus agradecemos o dom da vocação de cada um desses nossos irmãos. “Em primeiro lugar, sublinhamos a vocação à vida religiosa franciscana. ‘O Senhor me concedeu’ viver esta forma e Regra de vida, nos ensina São Francisco de Assis! E nesta mesma lógica, o Seráfico Pai ainda nos ensina que o irmão é uma dádiva divina dada à fraternidade: ‘O Senhor me deu irmãos!’ Em segundo lugar, evidenciamos a

vocação presbiteral dos confrades que celebram seu jubileu sacerdotal. Louvamos e agradecemos a Deus pela vida sacerdotal desses irmãos porque o Senhor ‘os honrou acima de todos, por causa desse mistério’, nos exorta São Francisco”, continua o Ministro Provincial. “Para cada jubilando em particular, a celebração jubilar é uma ocasião singular que possibilita ao

confrade fazer a releitura da sua vocação de frade menor ou a sua vocação de sacerdote do Altíssimo. Por que releitura? A releitura implica numa parada. Parada para rever, discernir e retomar o ‘ponto de partida’ da sua consagração a Deus na vida religiosa ou sacerdotal”, completou o Ministro. Conheça os jubilandos de nossa Província:

NOVEMBRO / 2016 [coMUNICAÇÕES]

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Fraternidades

OS CONFRADES E SEUS JUBILEUS 76 ANOS DE VIDA RELIGIOSA

72 ANOS DE VIDA RELIGIOSA FREI CIRÍACO TOKARSKI

DOM PAULO EVARISTO ARNS

É natural de Contenda, Paraná. Nasceu no dia 28 de julho de 1922 e ingressou na Ordem dos Frades Menores no dia 20 de dezembro de 1943. Fez a profissão solene no dia 21 de dezembro de 1947 e foi ordenado sacerdote no dia 26 de julho de 1951.

Arcebispo Emérito de São Paulo, é natural de Forquilhinha, SC. Nasceu no dia 14 de setembro de 1921 e ingressou na Ordem dos Frades Menores no dia 9 de dezembro de 1939. Fez a profissão solene no dia 10 de dezembro de 1943 e foi ordenado bispo no dia 3 de julho de 1966. Tornou-se Cardeal em 5 de março de 1973.

É natural de Rodeio, Santa Catarina. Nasceu no dia 13 de julho de 1924 e ingressou na Ordem dos Frades Menores no dia 20 de dezembro de 1943. Fez a profissão solene no dia 21 de dezembro de 1947 e foi ordenado sacerdote no dia 25 de julho de 1950.

75 ANOS DE VIDA RELIGIOSA FREI JOÃO BATISTA A. CAMPOS

65 ANOS DE VIDA RELIGIOSA

FREI OLAVO SEIFERT

É natural de Curitiba, Paraná. Nasceu no dia 4 de agosto de 1919 e ingressou na Ordem dos Frades Menores no dia 21 de dezembro de 1940. Fez a profissão solene no dia 22 de dezembro de 1944 e foi ordenado sacerdote no dia 3 de dezembro de 1946.

Frei Odorico Decker

É natural de Biguaçu, em Santa Catarina. Nasceu no dia 27 de abril de 1929 e ingressou na Ordem dos Frades Menores no dia 17 de maio de 1950. Fez a profissão solene no dia 13 de junho de 1958.

60 ANOS DE VIDA RELIGIOSA

74 ANOS DE VIDA RELIGIOSA FREI CÁSSIO VIEIRA DE LIMA

É natural de São João da Boa Vista (SP). Nasceu no dia 22 de agosto de 1921 e ingressou na Ordem dos Frades Menores no dia 20 de dezembro de 1941. Fez a profissão solene no dia 21 de dezembro de 1945 e foi ordenado sacerdote no dia 16 de julho de 1949.

Frei ClÁudio Guski

É natural de Allenstein, Alemanha. Nasceu no dia 10 de novembro de 1933 e ingressou na Ordem no dia 21 de dezembro de 1955. Fez a profissão solene no dia 22 de dezembro de 1959 e foi ordenado sacerdote no dia 15 de dezembro de 1961.

Frei Aristides Luiz Pasquali FREI NESTOR KUHN

É natural de Peritiba, Santa Catarina. Nasceu no dia 25 de outubro de 1921 e ingressou na Ordem dos Frades Menores no dia 20 de dezembro de 1941. Fez a profissão solene no dia 21 de junho de 1946 e foi ordenado sacerdote no dia 26 de julho de 1948.

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É natural de Lageado, Rio Grande do Sul. Nasceu no dia 23 de março de 1939 e ingressou na Ordem dos Frades Menores no dia 17 de maio de 1955. Fez a profissão solene no dia 4 de maio de 1963.

FREI JOSÉ ZANCHET FREI POLICARPO BERRI

É natural de Bragança Paulista, São Paulo. Nasceu no dia 2 de setembro de 1922 e ingressou na Ordem dos Frades Menores no dia 26 de novembro de 1940. Fez a profissão solene no dia 8 de maio de 1949.

FREI HENRIQUE IRENO DELL’OLIVO

[coMUNICAÇÕES] NOVEMBRO / 2016

É natural de Rodeio, Santa Catarina. Nasceu no dia 20 de agosto de 1937 e ingressou na Ordem dos Frades Menores no dia 11 de de fevereiro de 1955. Fez a profissão solene no dia 4 de maio de 1963.

É natural de Três Arroios, Rio Grande do Sul. Vestiu o hábito franciscano no dia 21 de dezembro de 1955 e fez a profissão solene no dia 22 de dezembro de 1959. Foi ordenado presbítero no dia 15 de dezembro de 1961.

FREI LÉO SEVERINO SCHMIDT É natural de Porto União, em Santa Catarina. Nasceu no dia 31 de maio de 1934 e ingressou na Ordem no dia 21 de dezembro de 1955. Fez a profissão solene no dia 22 de dezembro de 1959 e foi ordenado sacerdote no dia 15 de dezembro de 1961.

50 ANOS DE VIDA RELIGIOSA FREI FIDÉLIO GONÇALVES FERREIRA

É natural de Itaiúba, Bahia. Nasceu no dia 23 de março de 1941 e ingressou na Ordem dos Frades Menores no dia 18 de dezembro de 1966. Fez a profissão solene no dia 13 de dezembro de 1970.

DOM LUIZ FLAVIO CAPPIO

É natural de Guaratinguetá, São Paulo. Nasceu no dia 4 de outubro de 1946 e ingressou na Ordem dos Frades Menores no dia 19 de dezembro de 1965. Fez a profissão solene no dia 5 de outubro de 1970 e foi ordenado sacerdote em 19 de dezembro de 1971 e bispo da Barra no dia 6 de julho de 1997.


Fraternidades FREI VICENTE BOHNE

É natural de Schwerin, Alemanha. Chegou ao Brasil em 15 de maio de 1965 e vestiu o hábito franciscano em 19 de dezembro de 1965. Fez a profissão solene no dia 5 de outubro de 1970 e foi ordenado presbítero no dia 16 de abril de 1972.

Frei Walter Hugo de Almeida

É natural de Diamantina, Minas Gerais. Nasceu no dia 14 de junho de 1936 e ingressou na Ordem dos Frades Menores no dia 19 de dezembro de 1965. Fez a profissão solene no dia 5 de outubro de 1970 e foi ordenado sacerdote no dia 12 de dezembro de 1971.

25 ANOS DE VIDA RELIGIOSA FREI CLAUDINO GILZ

É natural de Ituporanga, Santa Catarina. Nasceu no dia 6 de maio de 1970 e ingressou na Ordem dos Frades Menores no dia 10 de janeiro de 1990. Fez a profissão solene no dia 9 de setembro de 1995 e foi ordenado presbítero no dia 14 de fevereiro de 1998.

FREI LUÍS ALIBERTI

É natural de Piracicaba, São Paulo. Nasceu no dia 21 de novembro de 1966 e ingressou na Ordem dos Frades Menores no dia 10 de janeiro de 1991. Fez a profissão solene no dia 2 de agosto de 1996 e foi ordenado sacerdote no dia 22 de julho de 2000.

Frei Raimundo J. de Oliveira Castro

É natural de Batatais, São Paulo. Nasceu no dia 22 de janeiro de 1954 e ingressou na Ordem dos Frades Menores no dia 10 de janeiro de 1990. Fez a profissão solene no dia 9 de setembro de 1995 e foi ordenado sacerdote no dia 18 de julho de 1998.

71 ANOS DE sacerdócio DOM PAULO EVARISTO ARNS

Arcebispo Emérito de São Paulo, é natural de Forquilhinha, SC. Nasceu no dia 14 de setembro de 1921 e ingressou na Ordem dos Frades Menores no dia 9 de dezembro de 1939. Fez a profissão solene no dia 10 de dezembro de 1943 e foi ordenado bispo no dia 3 de julho de 1966. Tornou-se Cardeal em 5 de março de 1973.

70 ANOS DE sacerdócio

É natural de Três Pontas, Minas Gerais. Vestiu o hábito franciscano no dia 19 de dezembro de 1960 e fez a profissão solene no dia 2 de fevereiro de 1965. Foi ordenado presbítero no dia 21 de dezembro de 1966.

25 ANOS DE sacerdócio FREI ANTÔNIO EVERALDO P. MARINHO

FREI OLAVO SEIFERT

É natural de Curitiba, Paraná. Nasceu no dia 4 de agosto de 1919 e ingressou na Ordem dos Frades Menores no dia 21 de dezembro de 1940. Fez a profissão solene no dia 22 de dezembro de 1944 e foi ordenado sacerdote no dia 3 de dezembro de 1946.

É natural de Palmas, Paraná. Nasceu no dia 29 de maio de 1959 e ingressou na Ordem dos Frades Menores no dia 20 de janeiro de 1983. Fez a profissão solene no dia 2 de agosto de 1988 e foi ordenado sacerdote no dia 26 de janeiro de 1991.

FREI LUIZ FLÁVIO ADAMI LOUREIRO

65 ANOS DE sacerdócio FREI CIRÍACO TOKARSKI

É natural de Contenda, Paraná. Nasceu no dia 28 de julho de 1922 e ingressou na Ordem dos Frades Menores no dia 20 de dezembro de 1943. Fez a profissão solene no dia 21 de dezembro de 1947 e foi ordenado sacerdote no dia 26 de julho de 1951.

É natural de Vitória, Espírito Santo. Nasceu no dia 17 de janeiro de 1949 e ingressou na Ordem dos Frades Menores no dia 20 de janeiro de 1983. Fez a profissão solene no dia 2 de agosto de 1988 e foi ordenado sacerdote no dia 2 de fevereiro de 1991.

FREI NÉLSON JOSÉ HILLESHEIM

60 ANOS DE sacerdócio Frei Celso Francisco de Faria É natural de Florianópolis, Santa Catarina. Nasceu no dia 21 de fevereiro de 1928 e ingressou na Ordem no dia 19 de dezembro de 1949. Fez a profissão solene no dia 20 de dezembro de 1953 e foi ordenado sacerdote no dia 2 de julho de 1956.

50 ANOS DE sacerdócio Frei Guido Scottini

FREI JOSÉ ALAMIRO ANDRADE SILVA

É natural de Ituporanga, Santa Catarina. Nasceu no dia 8 de novembro de 1956 e ingressou na Ordem dos Frades Menores no dia 20 de janeiro de 1983. Fez a profissão solene no dia 2 de agosto de 1989 e foi ordenado sacerdote no dia 5 de janeiro de 1991.

FREI VALDIR NUNES RIBEIRO

É natural de Adamantina, São Paulo. Nasceu no dia 24 de agosto de 1960 e ingressou na Ordem dos Frades Menores no dia 20 de janeiro de 1984. Fez a profissão solene no dia 2 de agosto de 1989 e foi ordenado sacerdote no dia 14 de dezembro de 1991.

Atendente do convento É natural do Rodeio, Santa Catarina. Nasceu no dia 29 de setembro de 1935 e ingressou na Ordem dos Frades Menores no dia 19 de dezembro de 1960. Fez a profissão solene no dia 02 de fevereiro de 1965 e foi ordenado sacerdote no dia 21 de dezembro de 1966.

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Fraternidades

Capela do Bingen: beleza, recolhimento, tradição e união

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o domingo, 28 de agosto, o jovem sacerdote Frei Leonardo Aureliano Santos repetiu um ritual que os frades franciscanos já fazem há 115 anos em Petrópolis: a celebração da Santa Missa na bela Capela de Nossa Senhora Auxiliadora, no bairro do Bingen. O domingo, de sol e céu azul cor de anil, e um clima com a cara da primavera, tornou mais belo ainda o santuário no alto do Morro São Francisco, onde os fiéis que têm fôlego e nenhum problema cardíaco podem acompanhar as 14 estações da Via Sacra. Bastam 20 minutos para chegar ao ponto mais alto e apreciar melhor a região montanhosa da região. Devido à celebração da Profissão Solene na Igreja do

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Sagrado, neste domingo às 10 horas, não deu para fazer essa experiência e a subida foi feita de carro. O Bingen é um bairro onde predomina a cultura alemã e está localizado na entrada da cidade, a 10 quilômetros do centro. Atualmente, compõe com outros pontos da cidade o pólo de compras e da moda. A história deste pequeno e

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belo santuário coincide com a presença franciscana missionária dos frades alemães que vieram para restaurar a Província da Imaculada Conceição. O primeiro grupo de franciscanos a


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se instalar em Petrópolis tinha três frades: Frei Ciríaco Hielscher, Frei Zeno Wallbröhl e Frei Mariano (irmão leigo). A comunidade franciscana do Sagrado foi fundada no dia 16 de janeiro de 1896. No ano de 1899, a família Meyer havia construído no morro uma pequena capela. João Gustavo Statzner, casado com uma das filhos do casal Meyer, e avô de Frei Camilo da Silva, era um fiel frequentador da Igreja do Sagrado Coração de Jesus, fazendo parte do coro de cantores formado por operários. A seu convite, esse coro de cantores um dia foi convidado para conhecer esta pequena capela. O grupo, acompanhado por Frei Estanislau, mal coube dentro da pequena construção. Mas a pequena ermida cativou os visitantes, que imediatamente se juntaram para evitar um processo de corrosão em estado avançado. Desde logo, os cantores ofereceram alguns milhares de tijolos, atendendo ao apelo de André Deister, a quem coube a ideia de reconstruir esse espaço sagrado. Foi nessa época que o Convento do Sagrado adquiriu o morro, pagando por ele a importância de um conto de réis, e dando-lhe a denominação de São Francisco. O mestre de obras, Jorge Justen, comandou a construção, tendo apoio de famílias como os Winter, Troyack, Justen Vogel e outras. No ano seguinte, a capelinha estava reconstruída e na segunda visita dos cantores, surgiu a iniciativa de fazer um templo maior ainda. Os frades do Sagrado concordaram e, com o apoio das famílias, Frei Jacob Hoefer

chefiou a empreitada. Frei Estanislau traçou as plantas e a obra se tornou uma realidade. Frei Jacob também cuidou de construir a Igreja viva do Bingen, ao fundar a Liga de Nossa Senhora Auxiliadora. Em 4 de agosto de

1901, às 15 horas, Frei Ciríaco benzeu o lindo estandarte da Liga de N. S. Auxiliadora. O novo templo foi inaugurado e abençoado no dia 8 de outubro de 1901, pelo bispo diocesano Dom Francisco do Rêgo Maia. A Missa precisou ser campal para acolher a multidão que veio conhecer a nova capela. Frei Humberto Zeller, um dos primeiros capelães, teve o cuidado de construir uma estrada para que a subida fosse mais confortável de carro, principalmente para pessoas idosas. Em 1919, a igreja do Sagrado Coração de Jesus passou por uma reforma e um dos altares laterais em estilo gótico foi doado para a capela no morro do Bingen, a fim de substituir o primeiro que apresentava as linhas do estilo colonial. Dois vitrais belíssimos também acompanharam essa doação e as simples estações da Via Sacra na ladeira da colina se tornaram sólidas capelinhas. No ano de 1946, a Capela foi completamente reformada e aumentada - ficou em pé somente a torre da construção anterior - e pôde celebrar solenemente, em 1951, o seu cinquentenário. Lugar silencioso, próprio para o recolhimento, é também uma comunidade acolhedora como se pôde ver na Celebração Eucarística deste domingo. A tradição comunitária continua como antigamente, e os fiéis agora se unem vendendo pastéis e salgados depois da Missa para angariar fundos visando a nova reforma no entorno da igreja. Moacir Beggo [coMUNICAÇÕES]

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Fraternidades

MISSÕES FRANCISCANAS NA ROCINHA

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om Francisco, por uma Igreja em saída”. Este foi o lema das Missões Franciscanas que, entre os dias 14 e 16 de outubro de 2016, animou mais de 70 franciscanos e franciscanas do Regional Rio de Janeiro – Espírito Santo a superarem os medos e subirem o morro da Rocinha. Religiosos e religiosas de várias denominações franciscanas, leigos e leigas da Ordem Franciscana Secular, jovens da Jufra (Juventude Franciscana), jovens religiosos e religiosas em formação, juntamente com os leigos e leigas da Paróquia Nossa Senhora da Boa Viagem, tiveram a oportunidade de colocar em prática, ao menos por alguns dias, este mandato do papa Francisco de “ser Igreja em saída”. A realização destas missões foi a forma como o Regional encontrou para celebrar seu Capítulo das Esteiras, evento que se realiza a cada três anos, celebrando o primeiro encontro de São Francisco de Assis com todos os seus frades. Como não tinham onde dormir, dormiam em esteiras. Na Rocinha, graças à generosidade dos paroquianos, os missionários foram muito bem aco-

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modados no Hotel Boa Viagem, ao lado da paróquia. Uma apresentação sobre a história da comunidade e da paróquia da Rocinha ajudou a situar os que estavam chegando. Alguns momentos de mística permitiram um aprofundamento sobre o modo franciscano de evangelizar. Uma apresentação sobre a conjuntura política atual fez os missionários se questionarem sobre a importância da relação entre franciscanismo, fé e política. Foram dias de profunda convivência franciscana, experiência missionária e evangelizadora. Os missionários franciscanos, unidos aos missionários da paróquia, percorreram as ruas, vielas, becos e morros da Rocinha, visitando as famílias, levando uma palavra de conforto, de esperança, e anunciando a Boa Nova de Jesus. Alguns momentos celebrativos fortes marcaram a missão, como a celebração do envio, a procissão e entronização da imagem de São Francisco das Chagas na Capela de Nossa Senhora Aparecida, no Largo do Boiadeiro. Lá o Reitor do Santuário de São Francisco das Chagas do Canindé mandou uma bênção especial para a comunidade da Ro-

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Fraternidades

cinha, que foi transmitida durante a celebração. A imensa maioria de habitantes da Rocinha é de nordestinos ou descendentes, e destes, a maioria é de cearenses, muito devotos de São Francisco das Chagas. A missa de encerramento na praia de São Conrado, domingo à tarde, também foi um momento intenso de devoção e fé. Duas irmãs clarissas do Mosteiro de Nossa Senhora dos Anjos, da Gávea, fizeram-se presentes, completando assim o carisma franciscano. Os missionários encontraram-se com as crianças da catequese da matriz e das capelas, com os jovens do catecumenato, com os casais, além de animarem as várias missas do domingo na matriz e nas capelas. As experiências da missão foram partilhadas na tarde de domingo, antes da missa de encerramento. Os relatos dos missionários, alguns deles muito emocionantes, deixaram transparecer a urgência de sermos, de fato, uma Igreja em saída. Vários missionários acentuaram a sede que o povo tem de externar seus sentimentos, a necessidade de serem ouvidos, mas sublinharam também a alegria e esperança da maioria daqueles que, mesmo vivendo em condições subhumanas não deixam de acreditar na vida. Merece um destaque particular o empenho e dedicação dos membros da paróquia envolvidos com a missão. A calorosa acolhida, o cuidado e dedicação nos diversos serviços, a disponibilidade no acompanhamento dos missionários nas visitas às famílias, o carinho no preparo do ambiente, na alimentação, nas celebrações, são a prova de que a Paróquia da Rocinha abraçou a missão de coração. Na avaliação final os missionários destacaram também a mudança da imagem que tinham da Rocinha. Perceberam que os problemas existem sim, e puderam se deparar concretamente com eles nos becos e vielas da comunidade. Mas perceberam que é um lugar onde também é possível ser feliz, onde é possível viver e celebrar a própria fé, onde, como em todos os lugares do mundo, a vida viceja e brota cheia de vigor, de talento e de criatividade, mesmo em meio aos imensos desafios e obstáculos a ela impostos. Para a paróquia da Rocinha este fim de semana de missão foi apenas o início de um trabalho que deve estender-se por todos os dias do ano, aproveitando o entusiasmo e vigor despertados por este bonito movimento. Em todos ficou impressa a certeza de o vigor que brota do carisma de Francisco e Clara continua contagiando homens e mulheres no anúncio do Evangelho. Frei Sandro Roberto da Costa

Frei sandro TOMA POSSE na PARÓQUIA DA ROCINHA

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o dia 24 de setembro de 2016, a Comunidade da Paróquia Nossa Senhora da Boa Viagem, na Rocinha, reuniu-se para a celebração de posse de seu novo pároco, Frei Sandro Roberto da Costa. A celebração foi presidida pelo Rev.mo. Sr. Cônego Robert Jósef Chrzaszcz, Vigário Episcopal do Vicariato Jacarepaguá, e concelebrada pelos Freis José Francisco de Cássia dos Santos, Definidor da Província, e Frei Germano Guesser, coordenador provincial da Frente de Evangelização das Paróquias, Santuários e Centros de Acolhimento. Além de grande participação do povo, estavam presentes também Frei Plínio Gande da Silva, da Fraternidade Nossa Senhora Aparecida, de Nilópolis, que já morou na Rocinha, e Frei Marcos Koneski, da Fraternidade de São João de Meriti. Alguns momentos simbólicos, que fazem parte do rito de posse, marcaram a celebração, como a leitura da provisão do novo pároco e a renovação das promessas sacerdotais. O pároco também renovou a sua profissão de fé, e recebeu das mãos do Vigário Episcopal os símbolos que fazem parte de seu pastoreio à frente da comunidade: a estola, as chaves da igreja e do sacrário, sinal da centralidade da Eucaristia na vida da comunidade. Frei Germano Guesser proferiu a homilia, destacando as responsabilidades que fazem parte do ofício assumido pelo novo pároco. Padre Robert também conclamou os fiéis a apoiarem o novo pároco. O juramento de fidelidade foi feito no encerramento da celebração. Após a fala de vários membros da Paróquia, o novo pároco agradeceu a todos pelo carinho e presença. Após a celebração todos foram convidados a participar de uma animada noite de pizza, promovida pela pastoral do dízimo da paróquia. NOVEMBRO / 2016 [coMUNICAÇÕES]

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Fraternidades

Fraternidade de Angelina acolhe o encontro do Regional

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Regional do Leste Catarinense esteve reunido nos dias 26 e 27 de setembro na Fraternidade Nossa Senhora da Conceição, em Angelina-SC. A fraternidade local acolheu a todos os confrades na alegria e na simplicidade da cortesia franciscana. Participaram conosco deste encontro os jovens aspirantes que realizam a experiência das FAVs em duas de nossas fraternidades: Em Forquilhinha, os aspirantes Samuel Schneider Pimentel e Sérgio Hide Honna, e em Santo Amaro da Imperatriz, os aspirantes Gabriel Nogueira Alves e Yves da Costa Bernardes Leite. A pauta de nossa reunião continha os seguintes assuntos: leitura e reflexão

do texto do Ministro Provincial por ocasião da Solenidade de São Francisco; a experiência dos aspirantes neste tempo formativo em nossas fraternidades; apresentação do Projeto de Vida e Missão da Fraternidade de Angelina e a partilha da convivência e da missão de nossas fraternidades. Outros assuntos também somaram a nossa pauta. Foi discutida a dificuldade de utilização do Plano de Saúde Caixa Seguradora na região de Florianópolis e de Criciúma. Nenhuma das fraternidades conseguiu utilizar este serviço. Foi então apresentada outra proposta de Plano de Saúde com um melhor atendimento nessas duas regiões. O tema redimensionamento

novamente ganhou espaço em nossa reunião. Buscam-se diálogos com os Bispos Diocesanos para encontrarmos alguma proposta nesta questão. Também algumas notícias do Definitório foram compartilhadas pelo Definidor Frei João Mannes que, com tranquilidade e transparência, foi respondendo às dúvidas e questionamentos dos irmãos. Aproveitamos a oportunidade de estarmos no Santuário de Angelina para juntos rezarmos e fazermos nossa devoção a Nossa Senhora. Os aspirantes prepararam este momento devocional, tendo início na Igreja Matriz, seguido da peregrinação até a gruta. Diante da imagem de Nossa Senhora rezamos pelas nossas fraternidades e por toda nossa Província. Nosso próximo encontro do Regional acontecerá nos dias 12 e 13 de dezembro. A Fraternidade de Florianópolis organizará este Regional que será também recreativo. Se houver sol, tudo indica que teremos praia... Paz e bem a todos! Frei Daniel Dellandrea

sorocaba: TORNEIO BÍBLICO NA PARÓQUIA SANTO ANTÔNIO

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o dia 16 de outubro, organizado pelo grupo Geração Força Jovem, foi realizado o 5º Torneio Bíblico da Paróquia Santo Antônio de Sorocaba (SP), no Centro de Pastoral, envolvendo cerca de 60 jovens crismandos. Por meio de brincadeiras e dinâmicas, também foram arrecadados produtos de limpeza e de higiene para ajudar as comunidades necessitadas. O Torneio Bíblico tem como objetivo instruir os jovens para a Crisma de uma forma contagiante e jovial, promovendo o evangelho de Lucas e divulgando o Ano da Misericórdia através de recreações e muita música (participação da banda Moriá). A Paróquia Santo Antônio conta com o projeto CANÁ, a última etapa para o sacramento da

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Crisma. Há cinco anos, o Grupo Geração vem promovendo retiros e torneios, conquistando cada vez mais jovens a confirmar o amor de Cristo.


Fraternidades

RETIRO ANUAL DOS FRADES ESTUDANTES DE TEOLOGIA

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e 23 a 25 de setembro os frades estudantes de Teologia, em Petrópolis, realizaram o seu retiro anual no convento Sagrado Coração de Jesus. Frei Walter Hugo de Almeida foi o pregador para o tema proposto: “O sentido da vocação”. No primeiro dia, refletiu-se sobre o valor e a unicidade da vida: a relação consigo mesmo. A vocação primeira do ser humano é a vida. Cada ser humano foi criado único, porém cada um na sua individualidade é imagem e semelhança de Deus, razão pela qual todos, “santos e pecadores” são convidados a colaborar na obra da criação. No segundo dia, o sentido da vocação batismal: relação com o outro. Pelo batismo todos se tornam filhos do mesmo Pai. Sendo assim, o outro, mesmo que diferente, tem a sua importância na vida de cada um. Aliás, os melhores grupos são aqueles compostos por pessoas diferentes. O frade menor precisa das simpatias e das antipatias. Para poder amar é preciso aprender a viver nas diferenças, concluiu Frei Walter. No terceiro dia, a reflexão ficou em torno da vocação franciscana: relação com Deus através dos irmãos. Ser franciscano - disse Frei Walter é abraçar a todos e a tudo incondicionalmente. Ninguém gosta de ser abraçado pela metade. Esse abraço incondicional passa pela vivência dos conselhos evangélicos que estão intimamente ligados entre si. Na Missa do encerramento foi feito um momento penitencial, onde Frei Walter deu a absolvição comunitária. Através das suas falas poéticas e rimadas, linguagem bem articulada, gargalhadas e empolgações, Frei Walter manifestava, na simplicidade, a alegria de ser franciscano. Sua presença em nosso meio foi muito significativa. Foram dias de intensas reflexões e celebrações. Por isso aqui fica o agradecimento de todos os frades estudantes ! Frei Ermelindo Francisco Bambi

“Franciscos”, rostos do Santo de Assis

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tradicional Convento São Francisco, no Centro de São Paulo, que guarda tesouros da arte religiosa barroca, abriu as portas para uma nova exposição de arte. Desta vez, é o ator e artista plástico Thiago Mendonça que apresenta o seu projeto artístico em “Franciscos”. O ator, que ficou conhecido com o dramático personagem na novela “Em Família”, retrata São Francisco e seus seguidores com uma técnica bem curiosa. As telas, que mais se parecem com mosaicos, são produzidas em papelão, material que seria descartável, mas que nas mãos do artista se transforma em arte. Montada no interior do claustro do Convento, a mostra faz 12 representações de vários franciscanos e franciscanas que marcaram a vida da Igreja e leva o visitante a uma reflexão sobre a proposta franciscana de fé e ação. No mesmo local onde tantas pessoas são ajudadas com as ações sociais promovidas pelos franciscanos, e de alguma forma têm suas vidas transformadas, a exposição traça um paralelo entre o que viveu São Francisco, em sua prática de simplicidade, de ser menor e valorizar aqueles que são excluídos, e a própria concepção da obra. “Vejo as pessoas observarem os quadros e, quando elas descobrem que é papelão, não acreditam. Isso é lindo! A fé faz isso também, ela transforma”, sintetiza o autor. São Francisco, Santa Clara, Frei Damião e até o Papa Francisco são retratados, de uma forma colorida, e próxima do cotidiano brasileiro. Em uma das telas, São Francisco aparece com um cocar de índios, ressaltando

os primeiros povos de nossas terras e nossa brasilidade. Para Thiago, essa inculturação causa no visitante uma proximidade com as figuras retratadas. “Eu estou no Brasil, então fiquei pensando como seria se Francisco tivesse passado por aqui, como seria sua atuação”, diz. A exposição busca levar a mensagem franciscana de tolerância, de paz e bem e a do próprio Francisco de ser um santo sem restrições, que conquista a todos sem julgamentos e que está de braços abertos. “Aqui frequentam e transitam tantas pessoas por esse Convento, e isso é tão lindo, tão legal, pois você vê que é um lugar aberto, de todos”, finaliza o artista plástico. Convento São Francisco Largo São Francisco, 133 Tel: (11) 2391-2400 Texto: Everton Calício Foto: Ana Lucia Armigliato

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CFMB

Assembleia Ampliada da CFMB A Assembleia dos Ministros e Serviços da Conferência dos Frades Menores do Brasil aconteceu em Rondinha, de 19 a 23 de setembro. A Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil sediou este encontro, que reuniu aproximadamente 70 frades. Além da Província, estiveram presentes as instituições: Província Franciscana de Santo Antônio do Brasil, de Recife (PE); Província Franciscana da Santa Cruz, de Belo Horizonte (MG); Província Franciscana de São Francisco de Assis, de Porto Alegre (RS); Custódia Franciscana das Sete Alegrias de Nossa Senhora, de Campo Grande (MS); Província do Santíssimo Nome de Jesus, de Anápolis (GO); Custódia São Benedito da Amazônia, de Santarém (PA); Província Franciscana Nossa Senhora da Assunção, de Bacabal (MA); e Custódia Franciscana do Sagrado Coração de Jesus, de São José do Rio Preto (SP).

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1º dia

Assembleia Ampliada da CFMB (Conferência dos Frades Menores do Brasil), agendada para os dias 20 a 23 de setembro, aconteceu, desta vez, na Fraternidade São Boaventura, em Campo Largo (PR). Ela acontece a cada três anos, como parte de uma caminhada em comunhão das diversas entidades da Ordem dos Frades Menores, pensando direcionamentos comuns e atividades que promovam a entreajuda e partilha de

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experiências. Neste ano, participaram da assembleia, cerca de 70 frades. O primeiro dia da assembleia (20/09) iniciou-se com a Celebração Eucarística presidida por Frei Fidêncio Vanboemmel, ministro provincial da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil. Ele acolheu a todos os frades, como ministro da província anfitriã do encontro, e, em sua homilia, explicou a todos o profundo significado na arte da capela

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daquela fraternidade. Sobre como o artista imprimiu a dimensão do Cântico do Irmão Sol, a beleza da criação; a caminhada de seguimento de Jesus Cristo que implica na cruz; e a forma de fazê-lo, seja pela intercessão de Maria e a Eucaristia. Uma vez celebrado o sacramento, todos se voltariam para a saída, onde passariam por Santa Clara e o ostensório, indicando que o sacramento celebrado nos acompanhará, e São Francisco e o leproso, lembrando


CFMB

que o sacramento implica no testemunho e vivência concreta daquilo em que se acredita. Frei Fidêncio, partindo do evangelho proclamado no dia (Lc 8,1921), lembrou que para pertencer à família de Deus é necessário ouvir e colocar em prática aquilo que ele anunciou, assim como o fez Maria, com o seu “Faça-se em mim segundo a tua palavra”, permitindo que sua vida fosse transformada pela vontade de Deus. Esta é a vocação do frade menor, chamado a confiar sua vida a Deus e permitir-se ser instrumento de transformação segundo o projeto de Deus. Como de costume, o primeiro dia foi dedicado ao estudo em conjunto. O palestrante convidado foi Dom Belisário da Silva, Arcebispo da Arquidiocese de São Luís do Maranhão, também franciscano da Província da Santa Cruz. O tema abordado por ele foi “Uma Igreja em saída: como formar para a missão”. Dom Belisário apoiou-se no documento “A Alegria do Evangelho” e em uma reflexão do Papa Francisco dirigida às Conferências Episcopais da América Latina (CELAM) sobre as tentações ao apelo da missionariedade, para apresentar elementos do que se espera dos frades nesta nova etapa da evangelização da Igreja. Após o estudo promovido por Dom Belisário, os frades do Secre-

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s participantes iniciaram o dia com a Celebração Eucarística, que foi presidida por Frei Marco Aurélio da Cruz, Ministro Provincial da Província do Santíssimo Nome de Jesus do Brasil. Os frades que trabalham diretamente com o trabalho do Secretariado Interprovincial Franciscano de Evangelização e Missão (SIFEM) foram os concelebrantes.

tariado Interprovincial Franciscano de Evangelização e Missão (SIFEM) apresentaram um vídeo que resumiu as atividades promovidas pelo JPIC no triênio. E, logo em seguida, Frei Pedro apresentou aos confrades o Projeto Amazônia, uma iniciativa abraçada pela CFMB que inclui ações tanto em terras nacionais quanto em outros países que fazem parte da Amazônia Legal. A ideia era que os frades pudessem conhecer o projeto, as atividades lá desempenhadas, os desafios enfrentados e, assim, se lembrassem de que esta é

uma região que grita pela presença da Ordem e que sempre novos missionários são muito bem vindos e necessários. Encerrado este tempo de reunião, os frades se reuniram para a oração da tarde e seguiram para o jantar recreio, momento de confraternização, de conhecer-se melhor e descansar para o próximo dia de atividades. Frei Rodrigo da Silva Santos (texto) Frei Augusto Luiz Gabriel (fotos e entrevistas)

2º dia Celebrando a festa de São Mateus, apóstolo e evangelista, Frei Marco Aurélio enfatizou, em sua homilia, que “A ação de Jesus vai ao encontro daqueles que não encontram uma esperança firme de fé. Falando da ação evangelizadora de nossas entidades, sentido pelo qual a Conferência se reúne periodicamente, frisou: “Se a nossa ação evangelizadora perde a sua força é porque ela

vai perdendo justamente esta unidade evangélica que São Francisco resgatou... Em nossa fraternidade evangelizadora, nossa ação, nosso trabalho e nossa vida sejam voltados para onde se encontram os pobres, que são justamente os destinatários de Deus”. Este segundo dia foi voltado para o estudo e a rica partilha feita nos grupos e secretariados.

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CFMB

MINISTROS E CUSTÓDIOS Os Ministros das 6 Províncias e os Custódios das 3 Custódias da Conferência da CFMB, após leitura da ata da última assembleia, ocorrida em Porto Alegre, debruçaram-se sobre várias questões. Em primeiro lugar, aproveitando a presença de Frei Francisco Carvalho Neto, ecônomo da CFMB, foi feita a prestação de contas das atividades mantidas pela CFMB, especialmente a Missão em Roraima, a contribuição à Missão Franciscana da Ordem no Peru, os resultados da coleta para as missões da Amazônia e as demais despesas com viagens e manutenção dos diversos serviços interprovinciais mantidos pela CFMB. Em segundo lugar, debruçaram-se sobre várias questões que constavam na pauta, entre as quais destacamos: a) A participação dos Serviços da Evangelização na Educação no SIFEM, o que já vem ocorrendo; b) Comunicação e interprovincialidade (unir forças para sermos mais eficientes na evangelização através dos meios de comunicação); c) Encaminhamentos de frades e leigos para o Curso Master em Evangelização - 2017; d) Possibilidade de uma reunião interprovincial entre os Secretários das Entidades para troca de experiências e mútua ajuda fraterna; e) Preocupações e questionamentos acerca da possibilidade de eventualmente o Congresso Continental para a Formação e os Estudos da Ordem acontecer ou em São Paulo ou no Rio de Janeiro em 2017; f) A manutenção da Missão Franciscana em Roraima, bem como a leitura da carta do Ministro Geral que solicita frades missionários para diferentes frentes missionárias da Ordem em diferentes partes do mundo; g) Mi-

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nistros de referência para os diversos Serviços: Frei Hilton, da Província Santa Cruz, para o Serviço interprovincial para a Formação e os Estudos (SERFE) e Frei Flaerdi, da Custódia do Sagrado Coração de Jesus, para o Serviço da Missão e Evangelização (SIFEM) da CFMB.

Também foi lido Decreto da Ordem pelo qual o Definitório Geral aprovou o Estatuto Peculiar da Conferência dos Frades Menores do Brasil, após revisão e adequação aos Documentos da Ordem. Frei Fidêncio Vanboemmel

SIFEM No Secretariado Interprovincial Franciscano de Missão e Evangelização (SIFEM), cada membro pôde apresentar brevemente a caminhada das entidades no tocante à evangelização. Destaque-se o Encontro Nacional de Jovens em 2015, que em muitos lugares fez surgir fraternidade de JUFRA e outros grupos de jovens. Num segundo momento, o grupo se subdividiu, a saber: os secretários de evangelização e missão, os membros da JPIC e os da

Pastoral Educativa, cujos objetivos eram traçar metas para o triênio e indicar nomes para compôr a próxima equipe executiva do SIFEM. Foram eleitos: Frei César Külkamp, Frei Luis Alberto Mendez e Frei Gilmar Nascimento da Silva. No próximo ano, será indicado um frade da Pastoral Educativa. Por fim, pensou-se nas atividades do SIFEM para o próximo triênio. Frei Oton Júnior


SERFE

Evangelização

O Serviço para Formação e Estudos (SERFE), em seu primeiro dia de assembleia, iniciou o dia com apresentação do relatório das atividades desenvolvidas no triênio 2013-2016, que constam de: reunião do Conselho de Articulação e Dinamização da Conferência, Experiência Under Ten, para frades de até 10 anos de profissão solene (2014), Curso para Formadores, Guardiães e Animadores Vocacionais (2015), e por último, a Experiência Reviver o Dom

da Vocação (2016). Depois o ecônomo da executiva fez a prestação de contas das receitas e despesas do secretariado. A parte da manhã encerrou-se com a leitura e as alterações dos Estatutos do SERFE para conhecimento dos participantes. Na parte da tarde, foram encaminhadas as prévias para eleição da nova executiva, onde vários nomes foram indicados. Depois, os grupos se dividiram por serviços: moderadores, formadores, animadores vocacionais e

secretários com a tarefa de apresentarem propostas de trabalho para o novo triênio. No período da noite, prosseguiu-se com o processo eletivo da nova Executiva, onde foram eleitos: Frei Sergio Moura (Província Santo Antônio), Frei Leonardo Aureliano e Frei Diego Melo (Província Imaculada Conceição do Brasil). Já o delegado da Conferência ficou para ser eleito no dia seguinte. Frei Gilberto Magno da Cruz

3º dia

E

mbora o terceiro dia (22/09) da Assembleia da Conferência dos Frades Menores do Brasil (CFMB) coincidisse com o início da primavera, o clima paranaense ainda insistia em demonstrar que o inverno não queria dar espaço para a estação das flores. Assim, mesmo com o frio e a garoa, os frades iniciaram as suas atividades alimentando-se da Palavra e da Eucaristia, verdadeiro sentido da ação evangelizadora de todo frade menor. Presidida por Frei Hilton Farias de Souza, Ministro Provincial da Pro-

víncia de Santa Cruz, a Eucaristia foi celebrada na intenção das vocações religiosas, pedindo não só pelos que se preparam para ingressar em nossa forma de vida, mas também pela perseverança dos que já abraçaram a vida franciscana. Frei Gilberto Magno da Cruz, em sua homilia, ressaltou a importância de não se perder o verdadeiro encanto, de estar voltando-se sempre para o primeiro amor, razão de ser de nossa vocação. Além disso, ressaltou que o Papa Francisco tem nos inspirado para não perdermos aquilo que nos

é próprio, lembrando que a nossa sobrevivência depende da nossa capacidade de sairmos de nossos comodismos e irmos em direção às periferias. Após a celebração, os frades que pertencem ao SERFE (Serviço para a Formação e Estudos) reuniram-se para a última eleição que ainda restava, escolhendo a Frei Vicente Paulo, da Província de Santa Cruz, como o novo delegado do SERFE. Frei Vicente, que nesse último triênio já tinha sido membro da comissão executiva, agora continua sua atividade representando os Secretários de

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CFMB

Formação e Estudos de toda a CFMB. Em seguida, como é um costume já consolidado que a entidade anfitriã do encontro apresente a sua caminhada formativa, Frei João Francisco da Silva, Secretário para a Formação e Estudos da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil, partilhou detalhadamente como se dá o processo formativo na instituição. Após a sua fala, houve momento oportuno para perguntas, questionamentos e esclarecimentos, tendo em vista que um dos aspectos dessa Assembleia é exatamente a partilha entre as entidades. Por fim, encerrando a manhã e com a nova comissão executiva do SERFE completamente composta, houve uma primeira reunião para agendamento dos próximos encontros e dos próximos passos a serem dados. O período da tarde ficou reservado para a realização de um passeio fraterno, visitando os pontos turísticos de Curitiba. E ainda nesse clima, à noite realizou-se um recreio festivo! Frei Diego Atalino Melo

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C

Encerramento

om preces de gratidão pelo bom êxito da Assembleia Ampliada da Conferência dos Frades Menores do Brasil (CFMB) e agraciados com o dom da vida e vocação, os frades reuniram-se na capela da Fraternidade Franciscana São Boaventura logo pela manhã, para iniciar o último dia de trabalhos com a celebração da Santa Missa. O presidente da celebração foi Frei Inácio Delazari, ministro provincial da Província Franciscana São Francisco de Assis, de Porto Alegre (RS), tendo como concelebrantes Frei César Külkamp, vigário provincial da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil e Frei Vicente Paulo, da Província de Santa Cruz, o novo delegado do SERFE (Serviço para a Formação e Estudos). Em sua homilia, Frei Inácio destacou: “Nos reunimos aqui como irmãos e menores do Brasil em nosso tempo. Nós fizemos a experiência de cumprir juntos uma caminhada que nos identifica como frades menores. Viemos dos mais diversos lugares, das mais diversas atividades, e Deus nos

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capacitou para trabalharmos e caminharmos juntos, refletindo a partir do mesmo enfoque e vivermos o Evangelho a partir do mesmo espírito de São Francisco e isso, meus confrades, é uma coisa muito bonita”, afirmou. No final da missa, o celebrante agradeceu com muito carinho à Província da Imaculada pela calorosa acolhida. Após a celebração, os frades reuniram-se para a realização de uma avaliação em seus respectivos grupos. Em seguida, estando a assembleia toda reunida, Frei Inácio, representando os provinciais e custódios, expôs ao grupo uma rica agenda de atividades apresentando as propostas aprovadas e ousadas para o próximo triênio 2016-2019. Finalizando a assembleia, Frei Inácio leu uma carta do Ministro Geral da Ordem dos Frades Menores, Frei Michael Perry, para as Províncias e Custódias das nove entidades da CFMB. Em seguida, convidou a todos para a oração final e bênção de envio. Frei Augusto Luiz Gabriel


CFMB

ENCAMINHAMENTOS 1. Encontro dos Ecônomos. Aprovado o encontro dos ecônomos/2017 para 22 a 25 de agosto, em Caldas Novas-GO. 2. Seminário com os Ecônomos das Entidades. Foi aprovado um Seminário para os Ecônomos de todas as Entidades para o ano de 2018. Deverá ser preparado pelos ecônomos no encontro de 2017. 3. Regimento Econômico para a CFMB. Foi proposto que Frei Francisco Carvalho elabore uma proposta de Regimento Econômico para a CFMB. 4. Congresso Continental para Formação e Estudos. Será de 3 a 10 de setembro de 2017, em São Paulo com previsão de 60 a 70 pessoas da América Latina, sem os Estados Unidos e Canadá. Por Província deverão participar o Secretário de Formação, o Moderador da Formação Permanente e o Animador Vocacional. Das Custódias, 2 frades encarregados pela Formação

5. Participação do serviço da Educação no SIFEM. A CFMB aprovou que a Pastoral Educativa faça parte do SIFEM. Deverão elaborar o Regimento Interno para ser aprovado pela CFMB, eleger um membro para compor a Executiva do SIFEM e iniciar o seu trabalho de forma articulada como organismo da CFMB. 6. Estatutos da CFMB. O Definitório Geral aprovou o Estatuto Peculiar que foi revisado. Com esta aprovação, o Presidente da CFMB, Frei Inácio promulgou os novos Estatutos Peculiares. 7. Arquivo da CFMB. A Cúria da Província da Imaculada guardará o arquivo da CFMB. 8. Projeto de articulação e comunicação em nível de CFMB. Foi aprovado o Projeto de Frei Gustavo Medela, Frei Marcos Carvalho e Frei Malone Rodrigues, de um encontro ampliado de frades, referên-

cia para Comunicação, para pensar em possíveis propostas conjuntas. Acontecerá no primeiro semestre de 2017, com data e local a serem definidos. 9. Pedido do Ministro Geral para missionários. O Ministro Geral enviou pedido de missionários para as frentes missionárias da Ordem, mas a CFMB já tem 27 frades em missões, por isso não poderá atender ao pedido do Ministro. 10. Encontro de Secretários Provinciais da CFMB. Foi aprovado um encontro em nível de CFMB para os Secretários provinciais, tratando dos procedimentos, prontuários provinciais e junto à Cúria Geral. Deverá acontecer em Divinópolis, e ser articulado pelo Frei Saulo, da Província Santa Cruz, e Frei Walter, da Província da Imaculada, com a data sendo comunicada posteriormente. 11. Ministro referencial para o SI-

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CFMB FEM. Frei Flaerdi foi nomeado para este serviço. 12. Atividades do SERFE para o triênio: A) CAD: 01 a 05 de maio/2017. Tema: Interprovincialidade. Local: Campo Grande-MS. B) Under Ten Ano: 2017. Local: Amazônia. Data: época das cheias. C) Curso de Formadores - Local: Petrópolis. Data: março e julho de 2018. D) Assembleia do SERFE. Tema: A ser definido pela executiva em diálogo com os Provinciais. Data: Julho/2019. Local: Rio Grande do Sul. E) Reavivar o Dom da Vocação. Data: Maio/2019. A Executiva, em diálogo com os Ministros, avalie e proponha uma equipe para assessorar e acompanhar a experiência. F) Estatuto do SERFE. Foi aprovada a alteração que determina: em caso de um dos membros da Executiva deixar a mesma, a CFMB indique o seu substituto. Esta proposta foi aprovada para esta assembleia, até que seja feita uma revisão no Estatuto Peculiar do SERFE. 13. Atividades do SIFEM para o triênio: 2017: • Encontro de reitores de santuários e párocos – Belo Horizonte de 06 a 10 de março de 2017 e continuar mais um ou dois dias para a especificidade franciscana. • Encontro Nacional de Comunicadores franciscanos • Encontro com frades da Pastoral Educativa (1º Semestre) • Encontro ampliado da Pastoral Educativa (2º Semestre), com leigos. • Congresso do Serviço JPIC das três américas – Anápolis-GO 2018: • III Encontro Nacional da Juventude – Vila Velha-ES (Santuário do Divi-

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no Espírito Santo) • Congresso de Evangelização e Missão para a América Latina e Caribe – Colômbia • 25 anos da missão franciscana em Boa Vista-RR – Celebração e missão comemorativas • II Congresso Nacional de Educadores Franciscanos – Anápolis-GO Todos os anos: • 01/09 – Incentivar o dia de oração pelo cuidado da criação • 27/10 – Incentivar celebrações e preparar subsídio para o Espírito de Assis • Em torno de 05/09 – motivar a coleta da Amazônia Em parceria com o SERFE: • Integrar a preparação da experiência de missa com os frades under ten Tarefas a serem continuadas: • Os estudos de Fé e Política • Os estudos do documento Laudato Sí Indicações ousadas: •C ada entidade brasileira envie um frade para a missão em Boa Vista •E m vez de abrir novas frentes missionárias, fortalecer, com o envio de frades, as missões Mundurucu e Tyrió. Próximos encontros do SIFEM: 2016: 15 e 16/11 - Planejamento da Executiva - Fraternidade S. Francisco – Vila Clementino-SP 2017: Custódia das Sete Alegrias de Nossa Senhora (Se não puder, na Província São Francisco) 2018: Em Boa Vista-RR – Junto com a celebração e missão comemorativas 2019: Com a Assembleia da CFMB, em Porto Alegre 14. Executiva do SERFE: Secretário de Formação e Estudos (Delegado): Frei Vicente Paula – Província Santa Cruz

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Moderador da Formação Permanente: Frei Sérgio Moura – Província Santo Antônio Formador: Frei Leonardo Aureliano – Província da Imaculada Conceição Serviço de Animação Vocacional: Frei Diego Atalino de Melo – Província Imaculada Conceição SIFEM: Frei César Külkamp – Província Imaculada Conceição 15. Executiva do SIFEM: Secretário para Evangelização e Missão (Delegado): Frei César Külkamp – Província Imaculada Moderador ou Secretário das Missões: Frei Gilmar Nascimento da Silva – Província S. Antônio Coordenador do SJPIC: Frei Luís Alberto Mendez – Província São Francisco Pastoral Educativa: A Pastoral Educativa não indicou ninguém, mas o fará no próximo encontro. 16. AGENDA 2017: Março: 27 a 31 – Assembleia da CFMB em Recife/Ipojuca-PE Maio: 01 a 05 – Reunião do CAD em Campo Grande-MS Agosto: 22 a 25 – Encontro de Ecônomos da CFMB em Caldas Novas-GO Setembro: 01 – Dia Mundial de Oração pelo cuidado da criação 01 a 09 – Encontro Continental JPIC em Anápolis-GO 02 e 03 - Coleta Anual pela Evangelização na Amazônia 03 a 10 – Encontro Continental de Formação e Estudos em São Paulo 04 – Dia da Amazônia 18 a 22 – Assembleia da CFMB em São Luiz-MA Novembro: 15 e 16 – Reunião de Planejamento da Executiva do SIFEM em São Paulo (Vila Clementino)


NOTÍCIAS DO DEFINITÓRIO PROVINCIAL São Paulo, 20 a 22 de outubro de 2016 Na especial festa de São Lucas, escriba da mansidão e da misericórdia de Deus, e evangelista dos pobres, os Definidores iniciaram o primeiro dia de reunião com as Laudes, às 7h30, na igreja paroquial da Vila Clementino, junto à Sede Provincial, em São Paulo. Já na sala do Definitório, às 9h00, Frei Fidêncio abriu a reunião ordinária, dando as boas-vindas a todos. Frei César não se fez presente, devido ao capítulo da Custódia São Benedito da Amazônia, da qual foi visitador geral. O moderador das sessões do Definitório foi Frei João Mannes, e grande parte dos assuntos nelas tratados segue abaixo.

1) Comunicações da Província 2017 – texto de formação permanente Os Definidores ponderaram sobre a temática geral para os textos da sessão de formação permanente das Comunicações de 2017. E decidiram seguir as indicações presentes nas Linhas do Definitório Geral para a animação do ano de 2017: Frades e Menores rumo à justiça, à paz e à integridade da Criação. Assim, atenção especial será dada a dois importantes apelos: um da Igreja, com a Encíclica Laudato Si’, do Papa Francisco, e outro da Família Franciscana, com a celebração do ano centenário da bula Ite vos, de Leão X (1517), também chamada de bulla unionis. O Definitório espera contar com a ajuda de alguns confrades e também das próprias Frentes de Evangelização na confecção dos textos. Frei James Girardi, animador provincial do serviço JPIC, poderá es-

crever o artigo de abertura do ano. Frei Sandro poderá colaborar com uma apresentação à bula Ite vos. Depois, revezando-se, espera-se que as Frentes possam abordar o assunto JPIC a partir do campo que lhes é próprio. Frei Fidêncio e Frei Gustavo verão juntos como viabilizar isso tão logo seja possível. É interessante notar que a temática da Ordem para o ano que vem “se casa” com a Campanha da Fraternidade 2017, cujo tema será: “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida”, e o lema, “Cultivar e guardar a Criação”. Nos meses de maio e outubro, os textos poderão contemplar o Ano Mariano no Brasil. NOVEMBRO / 2016 [coMUNICAÇÕES]

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Definitório Provincial

2) Projeto Fraterno de Vida e Missão - apreciação 29 fraternidades enviaram à Secretaria Provincial seu Projeto Fraterno. 15 ainda não o fizeram. Numa primeira abordagem e apreciação, os Definidores mostraram-se contentes com o itinerário de discernimento e comprometimento levado a cabo pela grande maioria das fraternidades que já concluíram a confecção o Projeto. Houve, porém, exceções, o que causa preocupação, pois o Projeto retrata, em grande parte, o “rosto e as mãos” que a fraternidade pretende ter no triênio, levando em conta a qualificação de vida desejada. Dispondo-se para a ajuda fraterna, caso seja necessário, os Definidores pedem que as Fraternidades terminem o Projeto até o final de novembro.

3) Avaliação ao término dos estudos em Petrópolis Seguindo o parecer do Conselho de Formação, o Definitório aprova a orientação de que todos os confrades estudantes de Petrópolis, ao partirem para a 1ª transferência pós-estudos, recebam, por parte do coetus de formação, uma avaliação, para referência, tenham estes opção laical ou clerical, sejam estes encaminhados para estágios ou para outras experiências de vida fraterna e de missão.

4) Regimento do Seminário São Francisco - aprovação O Regimento do Seminário de Ituporanga foi atualizado, levando em conta a nova dinâmica da casa que recebe tanto os seminaristas que cursam o 9 º ano do Ensino Fundamental, os do Ensino Médio e aqueles que fazem o Aspirantado. Depois de apreciado pelo Conselho de Formação, os Definidores reunidos aprovaram o Regimento, com a indicação de pequenos ajustes nos artigos 6 e 42.

5) Petrópolis – Guadalupe – “fechamento” da fraternidade Após discutir o parecer do coetus e o dos frades estudantes, e por diversos motivos, entre eles a diminuição significativa no número de frades estudantes e a falta de professo solene para compor a fraternidade local, o Definitório aprovou que no ano que vem se desconstitua a Fraternidade Nossa Senhora de Guadalupe, no Bairro Osvaldo Cruz, em Petrópolis. Além do Sagrado, continuam, assim, como casas de formação, a Fraternidade de Campos Elíseos e a de Imbariê.

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1º encontro do Regional Baixada e Serra Fluminense 2017 – discussão ampliada [coMUNICAÇÕES] NOVEMBRO / 2016

O Definitório pede que se inclua na pauta da 1ª reunião do ano do Regional Baixada e Serra, a questão do redimensionamento da presença e missão dos frades em Petrópolis, nas várias áreas de trabalho e ação. Os Definidores – ao menos parte deles – se juntarão aos confrades do Regional para repensarem e proporem caminhos de reconfiguração da vida fraterna e da evangelização por eles desenvolvida: formação, paróquias, instituto, editora, ação social, etc.

7) Estudos de especialização – indicação de nomes Tendo em conta a premente necessidade de preparar formadores e professores, os Definidores apreciaram a indicação feita pelo Conselho de Formação de nomes de confrades para estudos de pós-graduação. O fato é que há consenso sobre a urgência de se encaminharem frades para estudos de especialização, porém o maior obstáculo está na falta de outros que assumam as funções hoje desempenhadas por alguns dos indicados. Encaminhamentos, no entanto, serão feitos necessariamente.

8) Ano Missionário - locais A anterior reunião do Definitório havia aprovado os candidatos ao Ano Missionário, após o término do curso de Filosofia, em Rondinha. Nesta reunião, foram definidos os lugares: 1) Frei Gabriel Dellandrea – Fraternidade São Francisco, no Largo São Francisco, em São Paulo, a serviço do SAV provincial (seu mestre: Frei Diego Atalino de Melo); 2) Frei Hugo Câmara dos Santos – missão em Angola (seu mestre: Frei Marco Antônio dos Santos); 3) Frei Marcos Schwengber – Fraternidade de Santo Amaro da Imperatriz (seu mestre: Frei Nilton Decker);

9) Frei Roger Strapazzon – continuação do Ano Missionário Frei Roger, que em 2016, juntamente com Frei Josemberg Aranha, assumiu o Ano Missionário junto à Fraternidade Santo Antônio do Pari, em São Paulo, escreveu carta ao Definitório, relatando, primeiramente, parte da forte experiência que teve no trabalho do Sefras, em especial junto ao povo em situação de rua, ajudando no acolhimento nas noites dos últimos meses. “Recordo com facilidade as primeiras noites, onde o medo e ansiedade misturavam-se. Era fato que um mundo novo estava se abrindo para minha


Definitório Provincial

experiência vocacional. Parece que as palavras de Cristo: “Venha e veja” eram agora mais pessoais. E foram! A vivência cada vez mais frequente com estes nossos irmãos foi desmistificando um mundo dentro da minha cabeça. Muitas ideias e conceitos tive que deixar no lado de fora do salão São Francisco. Cada vez que entrava naquela “casa” de tantos irmãos, sabia que precisava deixar a realidade se mostrar como ela era. Afinal, era Cristo que tinha feito aquele convite. Ele queria mostrar um mundo novo para mim. Cristo estava ali, para minha surpresa, não apenas sendo acolhido e cuidado: Ele estava, na verdade, me acolhendo”. Na carta Frei Roger também pediu para dar continuidade ao Ano Missionário em 2017, dispondo-se à missão de Angola. E recebeu aprovação. Seu mestre será Frei Marco Antônio dos Santos.

10) Encontro com os coordenadores dos Regionais preparação No dia 30 de novembro, em meio à última reunião do Definitório Provincial no ano, haverá o encontro com os coordenadores dos Regionais da Província. Os Definidores, por isso, se detiveram em levantar pontos para a pauta daquela reunião, que será oportunamente explicitada aos participantes na carta convocatória.

11) Frente das Missões - conselho A Frente das Missões se reuniu no dia 11 de outubro, em Curitiba, para o primeiro encontro provincial deste ano, cuja notícia constará nestas Comunicações. A tônica foi o resgate do espírito missionário na Província. A partir das indicações do Plano de Evangelização, os participantes procuraram elaborar um plano de ação, que ainda está sendo apreciado pelos Definidores, talvez, em vista de alguns acertos. Na pauta constou ainda a questão dos voluntários, a necessidade da inserção cultural, a continuidade da itinerância da exposição de fotos sobre a FIMDA pelas casas da Província, o apoio aos frades em missão ad gentes, e a elaboração de um subsídio sobre as missões, entre outros. O Definitório aprovou os frades indicados para comporem um conselho da Frente das Missões. Trata-se de equipe de animação missionária, formada por um representante de cada Regional: 1) Espírito Santo - Frei Mário Stein; 2) Serra e Baixada Fluminense - Frei João Canjenjenga; 3) Rio de Janeiro e Baixada Fluminense - Frei Plínio Gande;

4) Vale do Paraíba - Frei Jeâ Paulo; 5) São Paulo - Frei Alex Ferreira da Silva, Frei Alvaci Mendes (Pró-Vocações) e César Külkamp (Secretário da Evangelização); 6) Agudos - Frei Vanilton Leme; 7) Curitiba - Frei Jean Ajluni; 8) Pato Branco - Frei Angelo Vanazzi; 9) Contestado - Frei Antônio Mazzucco; 10) Planalto Catarinense e Alto Vale do Itajaí - Frei Robson Scudela; 11) Leste Catarinense - Frei Ivo Müller (Terra Santa); 12) Vale do Itajaí - Frei Jorge Lázaro;

12) Frente da Comunicação – Convento da Penha Frei Gustavo comunicou que a Fraternidade do Convento da Penha, em Vila Velha, abraçou alguns projetos ousados em termos de Comunicação, com iniciativas envolvendo rádio, TV e também estratégias em torno da divulgação e apresentação da Festa da Penha. O Santuário apresenta grande potencial e apelo junto ao povo. As iniciativas têm tudo para alcançar êxito. A transmissão da missa dominical das 9h00 pela TVE-Espírito Santo teve início do dia 9 de outubro. As duas edições que foram ao ar tiveram excelente repercussão. Também há a transmissão ao vivo pelo Facebook. A preocupação maior no momento é conseguir patrocinadores para estas iniciativas, especialmente a transmissão televisiva da missa. O espaço é cedido gratuitamente pela TVE. Mas há o custo da produtora que faz o serviço de captação e transmissão das imagens. Como TV pública, a TVE não pode exibir anúncios publicitários, mas permite o apoio cultural de parceiros que ajudem a financiar a iniciativa. Nestes dias, Frei Gustavo e Frei Paulo Pereira estão em tratativas com algumas empresas, em vista de parceria.

13) Experiência missionária na Amazônia - convite Em carta de 10 de outubro, publicada nestas Comunicações, Frei Atílio convida para mais uma experiência missionária na Amazônia, mais especificamente em Caballo Cocha, no Peru, de 9 de janeiro a 3 de fevereiro de 2017. Frei Atílio lembra que por quatro anos seguidos, no mês de janeiro, vem se realizando essa experiência missionária em diferentes lugares da Amazônia Peruana. O convite se estende aos irmãos da Ordem em suas diversas entidades da América Latina, às religiosas, leigos e leigas. Alguns frades da Província já participaram e fazem avaliação muito positiva. A carta de Frei Atílio traz motivações, objeNOVEMBRO / 2016 [coMUNICAÇÕES]

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Definitório Provincial

tivos, datas a considerar e orientações práticas. A data limite para inscrições é 8 de dezembro. As vagas são 25. Interessados podem entrar em contato com Frei Walter, secretário.

14) Transferências 1) Frei Leonardo Pinto dos Santos – da Fraternidade Nossa Senhora da Conceição, de Paty do Alferes, para a Fraternidade Santo Antônio, no Largo da Carioca, no Rio de Janeiro, para serviços fraternos; 2) Frei Plínio Gande da Silva – da Fraternidade Nossa Senhora Aparecida, de Nilópolis, para a Fraternidade Santo Antônio – Antonianum -, de Roma, Itália, para trabalhar na cafeteria. A pedido do Ministro Geral; 3) Frei André Gurzysnski – da Fraternidade da Porciúncula, de Viana, para a Fraternidade São Damião, de Malange, Angola, a serviço da evangelização; 15) Nomeações 1) Frei Miguel da Cruz – vice-coordenador do Regional do Planalto Catarinense e do Alto Vale do Itajaí; 2) Frei Ricardo Backes – assistente espiritual da Fraternidade OFS São Francisco de Assis, de Tubarão, SC; 3) Frei José Alamiro Andrade Silva – assistente espiritual da Fraternidade OFS Santo Antônio, do Largo da Carioca, do Rio de Janeiro; 16) Frei Neuri F. Reinisch – curso em radiodifusão Com parecer positivo da Frente de Comunicação e do Definitório Provincial, Frei Neuri F. Reinisch está fazendo, em Pato Branco, curso em gestão de Radiodifusão, na UNINTER, em Pato Branco, com duração de 9 meses.

17) Pari – Sefras – comissão O Definitório aprovou que a sede administrativa do Sefras se transfira do Pari para patrimônio (casa-sobrado) da Província, na Bela Vista, que até há pouco estava alugado para a Cáritas/São Paulo. A transferência aprovada motivou reflexão sobre perspectivas futuras para a presença e missão da Fraternidade do Pari. Levando em conta sobretudo a gritante mudança socioeconômica no bairro, que se transformou quase totalmente em área de comércio popular, e o consequente esvaziamento da comunidade eclesial, o Definitório constituiu uma

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comissão para estudar a questão global do Pari, sob os aspectos fraternos, pastorais e econômicos. Ou seja, deverão ser considerados: a missão da fraternidade, o patrimônio, o contexto sociocultural e eclesial. Prevendo a parceria com a fraternidade local, a comissão ficou assim constituída: Frei Germano Guesser (coordenador), Frei César Külkamp, Frei Volney Berkenbrock, Frei Mário Tagliari e Frei José Francisco de Cássia dos Santos. Na primeira reunião do Definitório do ano que vem, em fevereiro, os Definidores esperam contar com os resultados do estudo, que serão levados para posterior discussão também na reunião anual dos guardiães e coordenadores, em abril. Ainda no que se refere ao Sefras, Frei José Francisco apresentou aos Definidores o plano de ação da entidade para o sexênio 2016-2021, explicitando o processo de construção.

18) Estatutos da Província – promulgação e publicação Após apreciar as propostas de pequenos acertos aos Estatutos da Província, feitos a partir de indicações do Definitório Geral, que os havia aprovado em 13 de julho de 2016, os Definidores os promulgaram e determinaram a sua imediata publicação.

19) Demonstrações financeiras - análise Os Definidores analisaram as demonstrações financeiras da Província, apresentadas pelo Economato: aplicação financeira das contas centralizadas, fluxo de caixa da Sede Provincial, aplicação financeira nas Fraternidades, saldos bancários.

20) Assembleia da CFMB – encaminhamentos Frei Fidêncio apresentou aos Definidores os encaminhamentos a serem feitos a partir da Assembleia da CFMB, que aconteceu em Rondinha, de 19 a 23 de setembro deste ano. Nestas Comunicações consta notícia sobre o evento, com as iniciativas e atividades previstas, além de uma agenda.

21) Frei Jean Santos da Silva – mudança de entidade Frei Jean, professo temporário do 1º ano de Rondinha, manifestou o interesse de mudar de entidade OFM, e fazer parte da Província Santo Antônio, com sede em Recife, PE. Frei Jean nasceu no Nordeste e tem lá a sua família. O coetus de Rondinha já enviou parecer ao Ministro Provincial da referida Província, Frei João Amílton dos Santos.


Definitório Provincial

22) Pe. José Carlos da Silva – incardinação Em decreto de 1º de agosto de 2016, Dom Raymundo Damasceno Assis, arcebispo de Aparecida, incardina o Pe. José Carlos da Silva naquela arquidiocese, após uma série de considerandos.

23) Marcos Rubens Ferreira - indulto Em carta de 5 de outubro de 2016, a Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, concedeu a Marcos Rubens Ferreira o indulto para deixar a Ordem, com a dispensa dos votos e das demais obrigações derivadas da profissão religiosa.

24) Egressos 1) O noviço Frei Wagner da Silva Neves deixou o Noviciado no dia 14 de setembro; 2) Frei Raoni Freitas da Silva, professo temporário do 2º ano de Filosofia, deixou a Ordem no

dia 9 de setembro; 3) Frei Siro Armando José Luamba, professo temporário, estudante de Filosofia, de Luanda, FIMDA; 4) Frei Gabriel Sapalo Chico, professo temporário, estudante de Filosofia, de Luanda, FIMDA;

25) Agenda 2017 (Veja na última página a nova atualização)

Encerramento Ao final da sessão da manhã do dia 20, às 10h30, encerrando a reunião do Definitório Provincial, Frei Fidêncio agradeceu aos Definidores o trabalho desenvolvido com atenção e cuidado fraternos, e convidou-os à oração da Ave-Maria, pedindo à Mãe a intercessão e proteção para a Fraternidade Provincial. Frei Walter de Carvalho Júnior – secretário

Missões Franciscanas da Juventude Caros confrades, Paz e Bem!

E

stamos nos aproximando das Missões Franciscanas da Juventude, de 19 a 22 de janeiro de 2017, em Curitiba – PR. Já na sua IV edição, tal evento tem se revelado um momento forte de divulgação do carisma franciscano, promoção vocacional e também como forma de proporcionar uma experiência missionária para os jovens de nossas paróquias. Assim, para que isso aconteça, mais uma vez contamos com o empenho e apoio dos frades na divulgação e viabilização da participação de nossos jovens.

Data:

19 de janeiro: chegada até às 9h no Convento São Boaventura, em Rondinha, Campo Largo – PR. 22 de janeiro: encerramento às 14h, na Paróquia Bom Jesus, em Curitiba – PR.

Público-alvo:

Para jovens de até 30 anos. Menores de 16 de-

verão apresentar autorização dos pais. R$ 40,00 por pessoa, com direito a alimentação, hospedagem e camiseta. A conta para depósito desse valor será informada no momento da inscrição.

todas as demais informações sobre as Missões. No mais, desde já agradecemos a todos os frades por continuarem apostando afetiva e efetivamente nesse trabalho com a juventude de nossa Província.

Inscrições:

Fraternalmente,

Contribuição:

Somente de 1º a 20 de novembro, através do link https://goo.gl/iMVxRZ Após a inscrição, os jovens poderão baixar um aplicativo onde constará

Frei Diego Atalino de Melo Frei Edvaldo Batista Soares Serviço de Animação Vocacional

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Evangelização

FRENTE DAS MISSÕES

ENCONTRO PROVINCIAL PEDE RESGATE DO ESPÍRITO MISSIONÁRIO

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Frente de Evangelização das Missões se reuniu no dia 30 de setembro em Curitiba para o primeiro encontro provincial deste ano. Depois da oração, Frei Alexandre Magno Cordeiro da Silva apresentou os nomes dos confrades que foram convidados para compor a equipe dos animadores desta frente na Província. Também explicou o critério que foi usado para convidar os frades, como o de chamar aqueles que já realizaram um trabalho na missão tanto ad gentes como ad intra, e também de convidar aqueles que fazem parte de outras frentes de evangelização, formando com isso um elo de unidade e corresponsabilidade na execução dos objetivos e prioridades das Frentes de Evangelização para o sexênio, visto que a missão faz parte da vocação do frade menor. Também se levou em conta o critério de contar com um frade de cada Regional para buscar reforçar ainda mais nossos obje-

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tivos: animar e fomentar o espírito missionário de todos os irmãos da Fraternidade Provincial, nos lugares onde vivem e nas atividades apostólicas que executam; acompanhar e sustentar os projetos missionários mantidos pela Província e participar de projetos missionários da Ordem. Desta forma, participaram deste encontro: Frei César Külkamp, Vigário Provincial; Frei Alexandre Magno, coordenador da Frente das Missões; Frei Jean Ajluni Oliveira, Frei Jorge Lázaro de Souza; Frei Jeâ Paulo Andrade, Frei João Batista Canjenjenga; Frei Robson Scudela e Frei Hugo Câmara dos Santos. Depois de uma leitura acurada do texto da Frente das Missões do Plano de Evangelização da Província, que narra a sua história missionária (antiga e restaurada), surgiram algumas reflexões. Do Plano de Evangelização se refletiu também sobre o ponto “por que queremos estar na Frente das Missões” e, desta reunião

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saíram as ações que serão encaminhadas e avaliadas pelo Definitório Provincial. Este encontro pediu que se continue a Mostra Fotográfica dos 25 anos da Missão de Angola pelas fraternidades da Província. Frei Alexandre Magno ficou responsável por receber e encaminhar os frades que estão fazendo missão ad gentes, assim como a fraternidade Bom Jesus dos Perdões, onde Frei Alexandre é guardião e pároco, foi escolhida para hospedar os frades, tanto os que vêm quanto os que partem em missão. Também se formou uma equipe de apoio aos frades em missão ad gentes, composta por: Frei César Külkamp (Secretário da Evangelização e Vigário Provincial), Frei Alexandre Magno (coordenador da Frente das Missões), Frei Alex Ferreira da Silva (Sefras), Sandy Mendonça (advogada da Província), e Adávio Afonso Ribeiro (a serviço da Província). No final, os participantes definiram que as reuniões desta Frente serão semestrais a partir de 2017.

CASA DE PIRATUBA A casa de Piratuba (regional Vale do Contestado) estará à disposição, com exclusividade para os frades da Província, no período de 26 de dezembro de 2016 a 10 de janeiro de 2017. Agendar na Fraternidade de Concórdia. Grato! Frei José Idair F. Augusto


Evangelização

Frente da Comunicação se reúne na USF

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Frente de Evangelização da Comunicação se reuniu na quinta-feira, 29 de setembro, no campus de Bragança Paulista da Universidade São Francisco (USF), que está em festa pelos 40 anos de fundação. Os participantes deste encontro regional, que reúne os diferentes serviços desta Província Franciscana da Imaculada Conceição, puderam conhecer as reformas no prédio da Universidade e atividades que estão sendo realizadas para marcar esta data. O coordenador da Frente de Evangelização, Frei Gustavo Medella, e todos os participantes dos serviços como o Pró-Vocações, Associação Bom Jesus (Curitiba), Serviço Franciscano de Solidariedade (Sefras), Sala Franciscana, Sede Provincial e USF foram acolhidos pelo reitor Joel Alves de Sousa Júnior, que falou deste momento festivo da USF, da importância da comunicação hoje e desse “compartilhamento” de informações que a Frente promove. O encontro foi realizado em uma das recém-inauguradas salas Web de Aprendizagem. Antes da partilha dos trabalhos, Frei Gustavo propôs a reflexão de uma entrevista do filósofo colombiano Luis Ignacio Sierra Gutiérrez, publicada pelo Instituto Humanitas Unisinos, sobre a confluência entre o Evangelho e a comunicação. “As pessoas podem ficar fascinadas pelas tecnologias em si mesmas, e não aproveitar a riqueza que elas proporcionam para aprofundar e enriquecer a questão dos vínculos e relações interpessoais ou interculturais que podem vir de uma tecnologia eletrônica”, alerta o doutor em Ciências da Comunicação pela Unisinos e mestre

em Comunicação Social pela Universidade Católica de Louvain la Neuve, na Bélgica. Segundo o filósofo, estamos atravessando um período da história da humanidade no qual a midiatização tem preponderância. “Temos a possibilidade de formar uma sociedade quase que hipnotizada pela tecnologia, que faz uso dela somente pela novidade”, diz, lembrando que a questão da moda e do status também aparece muito nessas circunstâncias. “Há, po-

pelas mídias sociais e o conhecimento para lidar com a rapidez desses meios. Segundo o diretor presidente da CNSP-ASF, Frei Thiago Alexandre Hayakawa, é fazendo bom uso das novas ferramentas de comunicação que nasceu o Festival Cultura da Paz, uma atividade que faz parte das festividades dos 40 anos. “Trata-se de uma proposta que rompe com o modelo de sala de aula, propiciando uma gama diversificada de atividades. Tudo acontece no hall de entrada do prédio central, onde

rém, as pessoas que querem fazer mais reflexão crítica do processo tecnológico da midiatização. Assim, penso que estamos ainda aprendendo muito sobre o que está havendo”, avalia o mestre em Comunicação. Frei Medella lembrou que o Papa Francisco pede com insistência para se criar em ambientes de encontro. “Como podemos ser promotores dessa boa comunicação?”, perguntou. Segundo o frade, um dos conceitos de evangelizar é provocar e despertar o que o outro tem de melhor. Segundo a coordenadora de Comunicação e Marketing do Bom Jesus, Marília Rogacheski, falta um amadurecimento na sociedade para acolher essa grande gama de informações produzida

a programação é aberta para alunos e professores. Este espaço serviu de atrativo para a cultura do encontro”, explicou Frei Thiago, acrescentando que se trata de uma proposta a ser criada em outros campi por alunos e professores. “Ela não vem de cima”, adianta. Em termos estruturais, o prédio central está em obras. No mês de agosto, foram inaugurados o Salão Nobre Frei Agostinho Salvador Piccolo (in memoriam), o Anfiteatro Frei Fábio Panini (in memoriam), além das duas Sala Web de Aprendizagem. Outra grande obra é o Centro Tecnológico (CT), com área de 1500 m², para oferecer aos estudantes atividades práticas durante toda a graduação. No total serão sete laboratórios.

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CFFB

CURSO DE FRANCISCANISMO

O ROSTO DA MISERICÓRDIA EM SÃO FRANCISCO E SANTA CLARA DE ASSIS

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tradicional Curso de Franciscanismo, oferecido pela Fraternidade Franciscana São Boaventura, de Campo Largo (PR), acolheu cerca de 100 participantes nesta 6ª edição. Ainda na segunda-feira (09/10) dirigiram-se para o Convento irmãos e irmãs de vários lugares, várias congregações e estilos de vida diferentes, mas tocados por aquele espírito que vem de Assis. A abertura oficial do Curso de Franciscanismo

se deu na noite do mesmo dia, onde o coordenador Frei João Mannes deu as boas vindas e apresentou um pouco a casa, a fraternidade e a programação do encontro. Já na terça feira (11/10), o encontro teve início com a Celebração Eucarística, presidida por Frei Genildo Provin, da Fraternidade Franciscana São José do Patrocínio, de Coronel Freitas (SC).

1º Dia JESUS CRISTO: O ROSTO DA MISERICÓRDIA DO PAI

Frei João Mannes abriu as palestras tendo como foco o tema: “Jesus Cristo: o rosto da misericórdia do Pai”. Para tanto, tomou a Bula do Papa Francisco, Misericordiae Vultus, ao expor os motivos da proclamação do Ano Jubilar da Misericórdia. Destacou que, com esse Jubileu Extraordinário, pretende-se colocar em evidên-

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cia a natureza de Deus que é amor, misericórdia, compaixão e bondade. Segundo o frade, o Ano da Misericórdia é para sentirmos intensamente em nós a alegria de termos sido reencontrados por Jesus, que veio, como Bom Pastor, à nossa procura. Enfim, o Ano da Misericórdia é para nos sentirmos tocados e transformados pela misericórdia do Senhor e para nos tornarmos sinais e instrumentos da miseri-

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córdia do Pai. Frei João também trouxe aos participantes uma explicação a partir da raiz latina da palavra misericórdia, e concluiu que se pode entender literalmente misericórdia como a ação de ir, de coração aberto e compadecido, ao encontro das pessoas em situação de sofrimento corporal e/ou espiritual; sentir no coração aquilo que a outra pessoa sente; acolher no coração (es-


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paço interior) a vida do outro. Não é possível falar de misericórdia sem falar de compaixão, porque é a capacidade efetiva de entrar na pele de quem sofre, portanto, sofrer com ele (compaixão) e que mobiliza as energias todas para a ação de atenção e de socorro. O palestrante abordou o lema do Ano jubilar: “Misericordiosos como o Pai” e ressaltou que “Deus não rejeita a justiça, mas a engloba e a supera em um evento superior em que se experimenta o amor, que está na base de uma verdadeira justiça” (MV, n. 21). Por fim, Frei João esclareceu que a missão da Igreja, contemplando o Rosto misericordioso de Jesus Cristo, é ser missionária da misericórdia. É determinante para a Igreja e para a

credibilidade do seu anúncio que viva e testemunhe, ela mesma, a misericórdia. A primeira verdade da Igreja é o amor de Cristo. Por isso, onde a Igreja estiver presente, aí deve ser evidente a misericórdia do Pai (cf. MV n 11). Além disso, Frei João destacou que nos tornamos misericordiosos contemplando o rosto amoroso e misericordioso de Jesus Cristo, isto é, centrando nossa existência em Jesus, que viveu totalmente descentrado de si. E terminou a sua explanação com a frase: “O nosso rosto é a primeira notícia que o outro tem de nós mesmos”.

MARIA, ÍCONE DA ESPIRITUALIDADE

Na parte da tarde, a professora Andreia Cristina Serrato, Doutora

em Teologia e professora na PUC-PR, tratou do tema: “Maria, ícone da espiritualidade, práxis de misericórdia”. Discorrendo sobre a pessoa de Maria, fez referência ao Papa Francisco, com a seguinte frase: “Se quiser saber quem é, pergunte aos teólogos: se você quiser saber como amá-la, é necessário perguntar ao povo”. Frase que dispensa comentários! Segundo a palestrante, Maria nos convida a viver a Misericórdia. E ainda mais. “A presença silenciosa e mobilizadora de Maria nos impulsiona para uma presença inspiradora que nos faz sair de nós mesmos para entrarmos em sintonia com a realidade e suas carências. Maria é o caminho e a ponte que nos levam a nos sensibilizarmos com as feridas da humanidade, apontadas por seu Filho. Tal atitude misericordiosa nos mobiliza a sair de nosso meio e buscar um horizonte mais amplo: deixar-nos afetar pelo que está marginalizado e que sofre, acolher em nossa vida histórias, pessoas que estão na ‘periferia’ da sociedade. Maria embarcou na história da humanidade para transformá-la para sempre, gestando em seu seio o amor. Assim, apresenta, representa, significa e encarna a mãe da misericórdia trazendo em seu bojo tantos outros rostos e histórias que se identificam com

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a mãe do sim, da coragem, do silêncio que perseverou junto com seu Filho. Ela própria não desejou que sua figura constituísse o centro da Igreja, nem exerceu algum tipo de magistério que tirasse a centralidade de Jesus. Ela foi o grão de trigo que morre, mas que depois de morto produz fruto”, destacou! Finalizou sua participação no Curso de Franciscanismo dizendo que somos criados para amar, nada nos é pedido; a consequência dessa criação é amar. Maria entendeu muito bem isso, e quando nós entendemos isso, o serviço se torna amor, doação e entrega.

2º DIA “O LEPROSO FOI A ‘PORTA SANTA’ DE FRANCISCO”

O segundo dia do Curso iniciou-se com os louvores festivos à Nossa Senhora Aparecida, durante a Celebração da Eucaristia, presidida pelo Ministro Provincial Frei Fidêncio Vanboemmel. Na homilia, Frei Fidêncio falou sobre a Antífona à Virgem Maria, de São Francisco de Assis, destacando que Maria é a “filha e serva do Altíssimo, Mãe do Santíssimo Senhor Jesus Cristo, esposa do Espírito Santo”. Já no salão São Boaventura, Frei Fidêncio abordou o tema reservado para este dia (12/10): “A Misericórdia em São Francisco de Assis”. De início narrou, de modo livre, o testemunho de Bartolomeu de Pisa, que relata como Francisco de Assis, após uma visão mística de Jesus e sua Santíssima Mãe, foi pedir ao Papa e alcançou dele a Indulgência Plenária, destacando e comentando três momentos: “Santíssimo Pai, mesmo que eu seja um mísero pecador, te peço, que, a todos quantos arrependidos e confessados, virão a visitar esta igre-

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ja, lhes conceda amplo e generoso perdão, com uma completa remissão de todas as culpas”. “Pai santo, não peço por anos, mas por almas”. “Irmãos meus, quero mandar-vos todos ao paraíso!” Após contato com esse testemunho e explanações, falou que “a Misericórdia foi um tema que muito

preocupou a São Francisco. Talvez seja um dos temas centrais para a vivência da fraternidade. Pois, olhando seus Escritos, a palavra misericórdia e similares aparecem quase 50 vezes”. E, para constatar, apresentou alguns trechos dos Escritos nos quais aparecem a expressão misericórdia, chamando a atenção, principalmente, para a Carta a um Ministro. À guisa de compreensão, nesta Carta, Fran-


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cisco escreve já muito desgostoso com os problemas da vida fraterna e que por isso quer viver num eremitério, que mais importante que viver num eremitério é viver em fraternidade, usando de misericórdia. “Esta carta é a carta magna da misericórdia para Francisco”, disse. Partindo do lema do Ano Santo da Misericórdia: “Misericordiosos como o Pai (Lc 6, 36), o frade destacou que a misericórdia para Francisco é atributo de Deus. Primeiro Francisco pensa no Deus misericordioso e lhe faz atribuições: “Tu és o Santo, Tu és o Forte...” (Louvores ao Deus Altíssimo). Uma atitude necessária em nossas re-

lações fraternas e interpessoais: Sem o exercício da misericórdia no dia a dia da vida fraterna, a vida se torna rígida, pesada e amarga. Um modo cortês com a criação: Aqui vemos a importância de Francisco diante da misericórdia. Ele convida tudo a louvar a misericórdia do Senhor. Lançando mão do Testamento de São Francisco e das expressões “o Senhor concedeu a mim...” e “eu fiz misericórdia com eles”, Frei Fidêncio disse que “o leproso foi a ‘porta santa’ de Francisco”, ressaltando que a porta deve ser entrada para uma vida nova, transformada. “O passar por esta por-

ta fez com que Francisco se transformasse por inteiro. Isso delineou toda a sua vida em fraternidade, na Igreja...”. Disse que ao passar por esta porta (leproso), Francisco saiu consciente, agora tinha um compromisso: as obras de misericórdia. Por isso, enfatizou: “As obras de misericórdia nos obrigam a viver num espírito de pobreza, nos livrando da autorreferencialidade... As obras de misericórdia, em nossas fraternidades, não podem ser ações facultativas”! E, aludindo ao tema da misericórdia como virtude, convidou: “Precisamos recuperar o profetismo da misericórdia e do discernimento”!

3º DIA O 3º dia de reflexões (13/10) começou com a celebração da Santa Missa, presidida por Frei Luis Felipe Carneiro Marques, frade conventual. Na homilia, o Frei destacou a importância da dimensão que identifica o amor de Deus Pai para com a realidade criada, sobretudo o gênero humano, e advertiu para a postura conservadora adotada pelo farisaísmo, posicionamento este que não concretiza a vivência do amor doação pregado pelo Cristo e que afasta das boas obras do Reino aqueles que manifestam o desejo honesto de percorrer a estrada apontada pelo Senhor Jesus. Frei Fábio Cesar Gomes, professor do ITF de Petrópolis (RJ), apresentou diferentes aspectos que figuram o amor do Pai Celestial a partir da experiência de Santa Clara acerca da misericórdia divina. A manifestação deste “Ato Divino” para com a “pobrezinha de Assis”, revela a proximidade do Sumo Bem para com a criatura humana, isto é, a condescendência d´Aquele que por amor plasmou céus e terra, concomitantemente, expressa o divino auxílio derramado em profusão sobre aqueles que mais sofrem.

Nesse sentido, a manifestação da graça divina responde senão à misericórdia do Senhor, socorro e fortaleza que fora sustento à “fiel seguidora de Francisco”, principalmente nos prolongados momentos de enfermidade, que consumiram 24 anos de sua existência. Com esta particular graça, a bem-aventurada Clara de Assis fora

nutrida pelo amor doação que procede do Pai das consolações, e nesta via, não só crescia na experiência do gesto divino, mas também o manifestava aos pobres do seu tempo. Logo, o coração direcionado aos mais necessitados identificava a grande caridade de Deus operada em seu favor. Segundo o frade, a percepção do

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“Pai das misericórdias” como aquele que ampara a criatura em suas necessidades, movia o coração da Bem-aventurada às situações limites da condição humana, de forma que, sob o olhar amoroso do Autor e dispensador de todo o bem, nutria as suas irmãs com o dom recebido, através dos serviços fraternos e da doação total do próprio ser, caminho este que figura a perfeita conformação à vida do Amado – o Cristo Jesus. Consciente dos favores que recebera do Altíssimo, Santa Clara comunica a bondade de Deus a partir da experiência que fez da misericórdia divina. Deste ponto abordado, a forma de vida assumida por ela e suas irmãs procura adentrar na dinâmica do modo de ser da doação do Pai, isto é, ser misericordioso como o Sumo Bem é misericordioso. No seu Testamento, Clara registra toda a sua gratidão pelo benefício da vocação, que responde ao gesto amoroso de Deus Pai em seu favor. Logo, conforme exposto por Frei Fábio, a Santa de Assis considera o dom da vocação como sendo a expressão máxima da gratuidade do próprio Deus, reconhecendo em tamanha dádiva, a santa operação do Senhor. Portanto, em Santa Clara, a temática da misericórdia compreende a bondade de Deus derramada em favor dos homens. Segundo a experiência registrada em legenda que narra alguns aspectos da sua vida, o Altíssimo é descrito como o Pai que se comove pela miséria dos seus filhos, é aquele que vem em socorro da fraqueza humana. Entretanto, no caminho assumido pela bem-aventurada de Assis, a misericórdia divina fora também assumida como forma de vida e resposta à gratuidade do Sumo Bem, gesto que também traduziu a vontade do Filho e que congregou outras mulheres no santo serviço.

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ENCERRAMENTO Alegria, partilha, gratidão e despedidas marcaram o último dia (14/10) do Curso de Franciscanismo, na Fraternidade Franciscana São Boaventura, em Rondinha (PR). Assim como nos dias anteriores, as atividades se iniciaram com a celebração da Santa Missa. O presidente da celebração foi Frei Genildo Provin, da Fraternidade Franciscana São José do Patrocínio, de Coronel Freitas (SC). Em sua homilia, frisou que nos últimos dias refletiu-se sobre a misericórdia, “e eu acho que hoje é momento em que devemos olhar para o mundo em que vivemos e percebermos o quanto está necessitando de misericórdia.” E acrescentou: “Após esse tempo de formações e reflexões, acredito que nós temos muita bagagem para oferecer aos outros”. No Salão São Boaventura, Frei João Mannes propôs um momento de partilha entre os participantes. Para a Irmã Eliane Souza Amaral, “as temáticas trabalhadas são pulsantes e bem acertadas, tocaram as nossas realidades. Vejo que primeiro se faz necessário vivermos a misericórdia para que automaticamente consigamos ser misericórdia. Sou muito grata por esta oportunidade” destacou. Irmã Carmen Pauletto afirmou

que foi muito positivo o encontro em nível de convivência e de experiência fraterna, mas mais ainda quando afirmou que o viver a misericórdia “é um caminho pessoal de cada um de nós, pois à medida em que vamos experimentando a misericórdia, também seremos misericórdia”, sublinhou. Frei Fidêncio Vanboemmel, citando a Carta Encíclica do Papa Francisco, Laudato Sí, salientou “que a humanidade precisa despertar para uma nova obra de misericórdia, e a nova obra de misericórdia é exatamente o cuidado da Casa Comum. E eu acho que isso é muito forte, por isso o Papa usa a expressão: ‘Conversão Ecológica’, pois nós precisamos, de certa forma, mudar de rumo e direção. Nesse documento existem muitos elementos, e nós, a partir de nossa espiritualidade franciscana, devemos nos perguntar: Como nos relacionamos com tudo o que nos cerca?”, indagou Frei Fidêncio. Frei João agradeceu a presença de todos e encerrou o Curso de Franciscanismo. Paz e Bem e até o próximo! Equipe: Frei Augusto Luiz Gabriel, Frei Zilmar A.M. de Oliveira, Frei Thiago da Silva Soares.


CFFB

Misericórdia é tema no Encontro da CFFB-SP

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dia frio na capital paulista, que mais parecia continuação do inverno do que a estação primaveril, não desanimou a Família Franciscana do Regional de São Paulo, que se encontrou pela 35ª vez no ginásio de esportes do Colégio Franciscano Pio XII, no Morumbi, para celebrar o carisma franciscano. Cerca de 500 franciscanos e franciscanas das três Ordens , de várias Congregações, masculinas e femininas, da Jufra, dos simpatizantes do ideal de São Francisco e Santa Clara, se emocionaram e refletiram sobre a Misericórdia durante todo o domingo, 25 de dezembro. Desta vez, sob o tema da misericórdia deste Ano Jubilar, o Provincial Frei Carlos Silva, da Província da

Imaculada Conceição dos Frades Menores Capuchinhos, iniciou a reflexão durante a Celebração Eucarística que abriu o evento. Na procissão de entrada, as fraternidades presentes trouxeram colchas de retalhos de um metro quadrado mostrando nelas as obras de misericórdia que estão presentes no dia a dia. Frei Carlos ressaltou a alegria de reunir a Família Franciscana. “Entre nós, só falta a Segunda Ordem. Queremos trazer presente as nossas Irmãs Clarissas com a nossa oração. Então, onde elas estão por esse Estado de São Paulo, nós queremos entrar em comunhão com elas neste dia”, pediu o celebrante e palestrante do dia. Frei Carlos também agradeceu às Irmãs de São Francisco da Providên-

cia de Deus pela acolhida no Colégio e à nova equipe do Regional da CFFB-SP, coordenada por Frei José Orlando Longarez, OFMCap, e Irmã Ivoni Lourdes Fritzen, IFCR. Na homilia, que Frei Carlos dividiu com os concelebrantes, tratou-se do Evangelho (o rico e o pobre Lázaro), que reforçou o tema do encontro. Segundo o Provincial dos Capuchinhos, observadores chamam a atenção de que está crescendo em nossa sociedade, em nosso mundo, a apatia, ou falta de sensibilidade diante do sofrimento alheio. “Cada vez mais somos indiferentes, insensíveis. Tem alguém morrendo do nosso lado, passando à nossa frente, e vivemos um momento de insensibilidade. Nós evitamos, de mil maneiras, o contato

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direto com aquele que sofre. Pouco a pouco nos tornamos cada vez mais incapazes de perceber a aflição daqueles que sofrem. A presença da criança pedindo esmola ou de um morador de rua em nosso caminho, nos incomoda. O encontro com um doente terminal nos perturba. Não sabemos o que fazer, muitas vezes nem o que dizer. Só no centro de São Paulo são 18 mil moradores de rua. Nos sentimos incapazes, muitas vezes. Então é melhor voltar o quanto antes para nossas ocupações, para não nos afetarmos com essa situação”, lamentou Frei Carlos. Frei José Orlando confessou que estava emocionado ainda com o menino norte-americano que enviou uma carta para o presidente Barack Obama pedindo para buscar o garotinho sírio que foi salvo da guerra e estava naquela ambulância, todo sujo de terra, com sangue escorrendo no seu rosto. Ele disse: ‘Você poderia buscá-lo e trazê-lo para a nossa casa... estaremos esperando por vocês com bandeiras, flores e balões. Daremos ao menino uma família e ele será nosso irmão’. É tão forte isso neste tempo de insensibilidade com o sofrimento, que nenhum de nós pensa em escrever para o Obama, para o Governador, para o Provincial, para a Madre Superiora, para trazer alguém para perto do coração da gente. É assim que a gente aprende a ser misericordioso. Ficar perto dá para resolver. Não dá para fazer milagre, mas o milagre da ternura fraterna, o milagre da presença franciscana dá para fazer”, disse, lembrando que Teresa de Calcutá, a santa, a Irmã Dulce e

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tantas outras pessoas nos ensinaram a amar, a sermos presentes e sermos misericordiosos. Para Frei Mário Tagliari, guardião do Convento São Francisco, foi determinante para São Francisco o encontro com o leproso. “De tal forma determinante que ele coloca isso no seu Testamento. ‘Como eu estava em pecado, era difícil ir até eles. Mas o Senhor mesmo me reconduziu e fez misericórdia para com eles’. Eu li nesses dias alguém dizendo assim: ‘Quando a doença do outro, de tantas formas, se apresenta para nós e não nos comove, não muda nossa atitude, quem está doente não é ele, o doente, mas somos nós’. O Papa Francisco chama a atenção para o maior pecado do nosso tempo: a globalização da indiferença”, disse Frei Mário. Frei José Hugo, OFMConv, disse que este Evangelho do rico e do pobre Lázaro é “quase que uma provocação” para nós neste dia, pelo simples fato de sermos franciscanos e franciscanas. “Nós sabemos que Francisco se encantou por uma senhora, por uma dama, que ele a chamava de Dama Pobreza. É deste carisma que emanam a

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fraternidade, a minoridade, o serviço. E sinto, particularmente, que toda vez que estamos distante desse carisma, Deus nos provoca, Deus nos cutuca. Ilustro com uma breve história: Eu moro em Santo André, no ABC Paulista. Ao lado da nossa casa existe uma praça que, infelizmente, está bastante degradada e, ali, mora um senhor chamado Dorival. O Frei Arnaldo e o Frei Tiago estão aqui comigo e sabem muito bem dessa história. Na noite do último Natal, no dia 24 de dezembro, ele tocou a nossa campainha. Nós tínhamos saído da Missa de Natal na igreja e estávamos preparando a Ceia dos Frades. Vendo-o pelo monitor, disse na minha correria: ‘Dorival, espere um pouquinho que a gente já vai levar um lanche para você’. Toda vez que ele toca a nossa campainha é porque está precisando de algo. E ele me disse: ‘Frei, não precisa trazer nada. Venha aqui um pouquinho’. Disse: ‘Tá bom’. Nem imaginei o que ele queria. Abri a porta e ele trazia nas mãos uma sacola enorme, com frango, lasanha, maionese, e outras coisas que ele ganhou e disse: ‘Frei, é muito para mim. Leva para você e para os seus confra-


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des”. A minha noite de Natal aconteceu ali. Nunca tinha visto algo desse tipo. É muito fácil nós, que temos recursos, e até bens em quantidade grande, tentarmos partilhar. Mas quando vemos que essa partilha vem de onde menos se espera, de onde menos se têm condições, aí a gente se espanta. Por isso, eu acredito que o nosso carisma não está morto. Como o Papa Francisco falou no Ano da Vida Consagrada, nós precisamos olhar com esperança o futuro, não apenas colher os louros do passado. Que nosso Encontro seja mais uma provocação para redescobrirmos e vivermos com fidelidade e alegria o nosso carisma”, contou o frade conventual. Irmã Ivoni, IFCR, e Sônia Correia, OFS, também foram convidadas para o altar. Irmã Ivoni lembrou que hoje é também o dia da Bíblia. “A Palavra de Deus vem, fecunda, e ela não volta sem produzir frutos. Viver o carisma franciscano significa para nós viver a Palavra, a Palavra feita Carne”, assinalou. Sônia deu um belo testemunho neste Ano da Misericórdia ao falar sobre o lema do encontro “E fiz misericórdia com eles”. Há quase 20 anos, quando ela e seu marido resolveram adotar um menino soropositivo de 4 anos e surdo, foram chamados de “loucos”. Hoje, com 23 anos, João Vítor tem sua carga viral indetectá-

vel, cresceu no meio da Fraternidade Franciscana e tem a sua namorada. “Faço este depoimento para mostrar que a misericórdia de Deus foi muito maior do que tudo e que o amor permanece entre a gente. Quero agradecer a Deus por nos ter dado esse amor. Mesmo ele sendo surdo, ele participa de todos os eventos franciscanos. Só tenho a agradecer a Deus misericordioso. Que Deus continue nos dando forças para ajudar aqueles que necessitam do nosso amor”, revelou.

“Ninguém nasce pronto. É preciso dar o primeiro passo em direção da misericórdia”. FREI CARLOS

O Provincial dos Frades Menores Capuchinhos, Frei Carlos, falou sobre o Perdão de Assis no contexto do Ano Jubilar e lembrou o documento dos Ministros Gerais para este evento no começo de agosto. Frei Carlos partiu de Assis, onde está a fonte de todo o carisma franciscano, para chegar ao novo tempo que o Francisco de Roma nos propõe. Citando Frei Vitório Mazzuco, lembrou que a Porciúncula é um lugar fontal para os franciscanos e franciscanas. “Se Assis é a ‘capital do espírito’, a Porciúncula é o lugar necessário a toda humana criatura do nosso tempo”, disse, lembrando que em Assis

emana o único fascínio: o retorno ao Evangelho. Em Assis está a Porciúncula, o berço da fraternidade. “Ali os acontecimentos são vivos e presentes. Ali viveu Francisco, Clara, ali morreu Francisco. Ali nasceu a Ordem, ali foi feito o primeiro Capítulo das Esteiras. É ou não é um lugar fontal?”, perguntou, dando uma pausa para exibir um vídeo que fala do novo Francisco, sob o título: “Para uma sociedade nova”. No final, Frei Carlos disse que não adianta passar pelas Portas Santas e não ter uma atitude de conversão. “A minha vida tem que ser um sinal concreto de que Deus está perto de nós. Pequeno gesto de amor, de ternura, de cuidado, que levam a crer que o Senhor está perto de nós. Só assim se abre a porta da Misericórdia”, lembrou. Antes de terminar, Frei Carlos ainda mostrou um vídeo da DreamWorks, o “Primeiro Voo”, que encantou e emocionou os participantes. “Ninguém nasce pronto. É preciso dar o primeiro passo em direção da misericórdia. Dê o primeiro voo. A caridade tem que ser feita. Francisco diz: ‘E fiz misericórdia entre eles’.”, completou. Após a reflexão, houve um momento de partilha e convívio. O Encontro também teve apresentações culturais e a nova coordenação regional foi apresentada aos participantes, assim como as metas do triênio. Em seguida, os participantes se dividiram em grupos para estudar o tema. O Encontro terminou com uma procissão no pátio do Colégio Franciscano Pio XII. Texto: Moacir Beggo Fotos: Paulo Henrique (Província dos Capuchinhos de São Paulo)

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Falecimento

FREI JOHN VAUGHN 03.06.1928

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os 88 anos, faleceu no dia 10 de outubro, o ex-Ministro Geral, o norte-americano Frei John Vaughn, que foi o 116° Ministro Geral da Ordem dos Frades Menores e esteve neste serviço na Cúria Geral, em Roma, de 1979 até 1991. Depois desse período, regressou à sua Província na Califórnia, onde foi o responsável pela Formação de muitos frades como mestre de noviços da Província de Santa Bárbara. Nos últimos anos, já com a saúde bastante debilitada (principalmente depois do derrame sofrido em 1998 em San Miguel), ainda continuou sendo inspiração e um confessor para muitos frades e pessoas. Aos 88 anos (nasceu em 1928), Frei John faleceu em Santa Bárbara, Califórnia, na manhã do dia 10 de outubro.

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O Ministro Provincial da Imaculada Conceição, Frei Fidêncio Vanboemmel, lembrou que Frei John visitou esta Província em duas ocasiões. “Recordo-me muito bem da última visita em fevereiro de 1991. Na ocasião, reuniu-se com formandos e formadores na nossa casa do Noviciado. E, no dia 15 de fevereiro, junto com Frei John, éramos mais de 140 frades subindo a montanha do Ipiranga, em Rodeio (SC), para a bênção de inauguração do nosso Eremitério Frei Egídio. Frei John muito se empenhou pela atualização das Constituições Gerais da nossa Ordem, elevou sua voz no clamor missionário em favor da África e, ao abençoar o nosso eremitério, evidenciou a importância da dimensão contemplativa na nossa vida franciscana”, disse o Provincial, recordando

[coMUNICAÇÕES] NOVEMBRO / 2016

três indicações de Frei John por ocasião da inauguração do Eremitério Frei Egídio: a) Este eremitério é ponto de chegada para o encontro com o Cristo pobre, humilde e crucificado; mas é também ponto de partida para a missão; b) Eremitério é lugar e tempo para uma busca intensificada para aprender a seguir Jesus e aprender a anunciar o Evangelho; c) Eremitério é repetir a experiência do deserto de Jesus Cristo, onde através da oração e do jejum, se é purificado de toda a tentação para poder ouvir com nitidez a voz do Pai.

“VERDADEIRO IRMÃO”

Frei Estêvão Ottenbreit, que hoje é o guardião da Fraternidade de Santo Antônio, de Roma, foi o Ministro Provincial da Imaculada Conceição que


Falecimento

teve oportunidade de cosus. Da mesma forma, se nos esforçarmos em rezar nhecer Frei John, nos seus ao Senhor com um coração mandatos de 1985 a 1994. puro, a nossa oração tem “Tive o privilégio de que ter uma ressonância receber e acompanhar o em nossas vidas: temos que Frei John Vaughn por diser cumpridores da palavra versas vezes. Sua eleição e não apenas ouvintes nem para Ministro Geral coinrepetidores”. cidiu com a formulação E, neste discurso, disse das ‘primeiras prioridades’ aos Capitulares que gosque a Ordem se propôs: Contemplação, Formação taria de partilhar algumas e Missão. Estes temas foesperanças depois do Capíram aprofundados quando tulo Geral: nos visitou”, recorda Frei 1ª - Espero que continueEstêvão. mos a escutar os nossos Segundo o frade, o exconfrades mais novos; isto não quer dizer que -Ministro Geral era uma sempre concordemos pessoa até um pouco tícom eles; mas eles têm mida, mas mostrava-se direito à orientação fracomo verdadeiro irmão que sabe escutar e resterna, à correção e ao encorajamento. E sejapeitar. “Creio que a ele devemos a insistência na mos pacientes com eles, dimensão contemplativa como eles são conosco. de nossa vida e no envio 2ª - Espero que continuemissionário (cf. “A Áfrimos a escutar a voz dos pobres, a quem o Seca nos chama”)”, conta o guardião da Fraternidade Frei John caminha com Frei Eric Pilarcik, então secretário para a nhor revelou o segredo Causa de Frei Junípero, na Missão Santa Bárbara. de Roma, que, como Mido seu amor. 3ª - Espero que trabalhenistro Provincial da Imaculada, não poupou esforços para ver vincial e, em 1976, Provincial da Promos muito intimamente com os a Missão de Angola se tornar uma re- víncia Franciscana de Santa Bárbara, irmãos e irmãs da OFS; eles prealidade, mesmo em meio às enormes na Califórnia. cisam de nós, e nós deles. Frei John sucedeu ao brasileiro 4ª - Espero que procuremos continudificuldades, especialmente no período da guerra. “A sua carta ‘A África Frei Constantino Koser, desta Proamente ser convertidos pela panos chama’ é a carta magna da nossa víncia da Imaculada Conceição. No lavra viva de Deus. Só podemos presença em Angola”, explica o frade. encerramento do Capítulo que o ser pregadores da penitência, da Segundo Frei Estêvão, numa das elegeu, Frei John disse em discurso: metanoia, se nós mesmos a prativisitas à Província da Imaculada, lan- “Dirigir-nos aos verdadeiros problecarmos. çou, numa celebração inesquecível, a mas do mundo e possuir o Espírito do 5ª - Espero que continuemos sendo homens de esperança, otimispedra fundamental do nosso Eremité- Senhor são duas coisas que para nós rio Beato Frei Egídio, em Rodeio (SC). devem ser uma só. Como Frades Metas, seguros da vitória de Cristo, Frei John nasceu aos 3 de junho nores não podemos correr o risco de cheios de alegria e da liberdade de 1928, em Santa Ana, na Califórnia, fazer uma sem a outra, se procuramos franciscanas, que provêm da poe ingressou no Noviciado aos 11 de ser os mensageiros da paz de Cristo breza e humildade. julho de 1948. Professou solenemen- no mundo, temos que fazê-lo como Que sua humilde e nobre alma te aos 12 de julho de 1952; ordenou- Frades Menores, em pobreza, pelo descanse em paz! -se sacerdote aos 17 de dezembro de caminho real da Cruz, com a nossa 1955. Em 1973 foi eleito Vigário Pro- confiança unicamente no Senhor JeMoacir Beggo NOVEMBRO / 2016 [coMUNICAÇÕES]

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Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil (*) As alterações e acréscimos estão destacados

29 a 01 30

Novembro 03 a 04 07 07 a 18 08 08 e 09 12 a 15 15 a 18 19 21 28 28

Retiro para os frades do Ano Missionário (Guaratinguetá) Encontro do Regional do Vale do Itajaí - recreativo (Vila Itoupava) Tempo Forte do Definitório Geral Conselho do Secretariado da Evangelização (Vila Clementino) Reunião do Conselho do Secratariado da Evangelização (Vila Clementino) Estágio Vocacional (Guaratinguetá) Retiro no Eremitério – Frades de Ituporanga Encontro do Regional Baixada e Serra Fluminense – recreativo (Paty do Alferes) Encontro do Regional do Vale do Paraíba (São Sebastião) Encontro do Regional do Rio de Janeiro e Baixada Fluminense Encontro do Regional de Agudos – recreativo

Reunião do Definitório Provincial (Rondinha) Reunião dos Coordenadores dos Regionais com o Definitório (Rondinha)

DEZembro 01 e 02 05 05 05 06 12 12 e 13 12 e 13 12 e 13 12 a 16

Jubileus dos confrades (Rondinha) Encontro do Regional de Pato Branco (Pato Branco) Encontro do Regional de Curitiba-recreativo (Caiobá) Encontro do Regional de São Paulo (Bragança) Renovação do votos (Petrópolis) Encontro do Regional do Espírito Santo – recreativo Encontro do Regional do Leste Catarinense (Florianópolis) Encontro do Regional do Planalto Catarinense e Alto Vale do Itajaí - recreativo Encontro do Regional do Contestado (Piratuba) Tempo Forte do Definitório Geral

2017 janeiro

AGOSTO

05 14 19 a 22

03 a 06

Primeira Profissão dos Noviços Vestição dos Noviços Missão Franciscana da Juventude (Curitiba)

FEVEREIRO 01 - 14 a 16

Admissão ao Postulantado; Reunião do Definitório Provincial (São Paulo);

14 a 18 22 a 25

Capítulo das Esteiras da CFFB: por ocasião dos 800 anos do Perdão de Assis, 50 anos da Criação da Conferência da Família Franciscana do Brasil – CFFB; Retiro e reunião do Definitório Provincial; CFMB: encontro de ecônomos (Caldas Novas – GO);

Março

SETEMBRO

06

01 01 a 09 02 e 03 03 a 10

06 a 10 - 13 13 e 14 27 27 a 31

Encontro do Regional do Espírito Santo (V. Velha – Santuário) SIFEM: Encontro de párocos e reitores de santuários e centros de acolhimento (Belo Horizonte); Encontro do Regional do Vale do Paraíba (Guaratinguetá – Seminário) Encontro do Regional do Leste Catarinense Encontro do Regional de Agudos (Agudos) CFMB: Assembleia (Recife/Ipojuca);

ABRIL 25 e 26 27 e 28

Reunião dos guardiães e coordenadores das Fraternidades; Reunião do Definitório Provincial;

MAIO 01 a 05 03

04 - 18 a 22

OUTUBRO 09 a 13 17 a 19

Curso de Franciscanismo (Rondinha); Reunião do Definitório Provincial;

NOVEMBRO 15 e 16 -

Reunião do CAD (Campo Grande); Último dia para a Inscrição no Capítulo das Esteiras da CFFB;

Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação; Encontro Continental JPIC (Anápolis); Coleta anual pela evangelização na Amazônia; Congresso Continental para a Formação e os Estudos (São Paulo); Dia da Amazônia; CFMB: assembleia (São Luís – MA);

28 a 30 01 e 02

SIFEM: reunião de planejamento da Executiva (São Paulo – V. Clementino); Reunião do Definitório Provincial; Celebração dos Jubileus;

JUNHO

JULHO 2018

20 a 22

12 a 15

Reunião do Definitório Provincial (São Paulo);

Encontro Nacional de Juventude (Vila Velha).


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