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Fraternidade de

Rondinha

ESPECIAL

Estágios Missionários Durante este mês de julho, é costume que os frades de Profissão Temporária façam estágios em diferentes localidades da Província e do Brasil. Nas páginas seguintes, apresentamos um resumo destes estágios feitos pelos frades estudantes da Fraternidade São Boaventura, de Rondinha. Especial [coMUNICAÇÕES] 1


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EXPERIÊNCIA MISSIONÁRIA NA BAHIA Frei Gabriel Dellandrea e Frei Marcos Schwengber fizeram a experiência missionária na Quase-Paróquia de Cocal, em Brotas de Macaúbas (BA) Frei Marcos Schwengber e Frei Gabriel Dellandrea realizaram seu estágio apostólico na região da Diocese de Barra, na Bahia. Entre tantas atividades, participaram das Santas Missões Populares em Buritirama (BA), Santas Missões sobre o Dízimo na Quase-Paróquia Nossa Senhora da Piedade, em Cocal (BA), além de conviver com o confrade Frei Moiséis Beserra Lima, o bispo Dom Luiz Flávio Cappio e demais seminaristas e leigos da Diocese. Frei Gabriel : “Tenho certeza de que depois deste mês aqui na Bahia, uma coisa eu terei que fazer: lavar o cordão do hábito. Devido à poeira e às crianças que faziam dele uma corda para me puxar, ele está quase da cor do hábito. Mas olhando para o símbolo da penitência onde está gravado o compromisso da minha vida, percebi que esta experiência foi sem igual para confirmar em meu coração os votos evangélicos. Não importa que o cordão esteja sujo. Isso vamos limpando. O melhor que isso representa é que ao olhar pra ele, vi o quanto este estágio foi formativo para perceber o quanto a vida religiosa é viva! E tentarei escrever um pouco de como isso aconteceu. Em relação ao voto de castidade eu percebi a liberdade e a fecundidade da vida religiosa. Eu fui a lugares e conheci pessoas graças à oportunidade de ser “solteiro por causa do Reino de Deus” (Mt 19, 12). E procurei fazer isso por merecer, dedicando amor e carinho àqueles que , devido à vida sofrida do sertão, buscavam em minhas palavras um pouco de esperança. Difícil missão, mas experimentei como Deus capacita aqueles que confiam Nele. Em relação ao voto de pobreza, reconheço que ele é fundamental na missão. Cada dia era uma novidade, mas também uma necessidade de desfazer de coisas e assumir a vida do povo baiano. Sair de si mesmo, não somente no discurso, mas na prática. Visitei casas de irmãos e irmãs que me recordaram que aquele voto que fiz estava longe de ser pobre. Conhecer histórias de comunidades pobres, mas ricas na união entre católicos e evangélicos que saíram da mesquinharia de brigar para ver com quem estava a verdade para ajudarem-se. Aliás, o sorriso estampado mesmo com a dureza da vida me fizeram perceber que sou ainda burguês, “reclamando de barriga cheia”. O voto de obediência foi fundamental para concretizar a experiência que se tornou fantástica. Deixei com que Deus fizesse o que quisesse comigo.

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Frei Marcos: “Uma das coisas que mais me marcaram nesta missão foi ver crianças levantando às 5h para rezar o terço e dar um abraço nos missionários (e no freio (eu) - invenção da criançada rs) e depois ir à escola (isso quando não choravam por que queriam ficar com os missionários). Para eles era tudo novo, assim como estava sendo para mim. Às vezes era uma puxando o cordão, outra no colo e outra segurando nem que fosse um dedo, mas queria ficar perto. Não há palavra que descreva tamanha felicidade e gratidão que tive por participar dessas missões.. Quem quer ser missionário, tenha certeza de que a Bahia é uma boa opção. Não tenha medo de vir, pois garanto que à missão não vamos sozinhos, pois ao sermos enviados em missão, “somos apenas instrumentos do Espírito Santo e não agimos por nós mesmos” (assim nos disse Dom Cappio ao nos enviar em missão). Confesso que até eu me surpreendia com algumas coisas que eu falava e fazia. Só podia ser o Espírito Santo! A terra de missão está bem perto de nós. O povo tem Missa uma vez ao ano naquela comunidade e não tem catequese, mas tem sede de Deus e aprende rápido o que é ensinado. Lá não tinha igreja. Celebrávamos em frente de uma casa com um pátio grande. Doeu o coração quando, ao partir, uma senhora me disse assim: “Frei, fica para nos ensinar...” Mas tive que partir...


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NOVOS HORIZONTES EM CHOPINZINHO Frei David Belinelli e Frei Hugo Câmara dos Santos fizeram estágio na Fraternidade São Francisco de Assis, em Chopinzinho (PR). Entre tantos desafios, destacam os frades que este tempo de missão lhes propõe diversas oportunidades de evangelização. Abaixo, eles fazem um relato desta experiência: “O estágio em Chopinzinho e seus muitos desafios promoveram em nós um crescimento vocacional e principalmente humano. Nos programas de Rádio, celebrações da Palavra, visitas às escolas e, na graça do Ano da Misericórdia, visita aos doentes, defrontamo-nos com diversas oportunidades de evangelização. Na nossa chegada, dia 27 de junho, sentimos a acolhida da Fraternidade São Francisco de Assis e do povo de muita fé desta cidade. Mas também vimos suas necessidades e desafios, como o quão importante é acompanhar e auxiliar as inúmeras comunidades da paróquia. Muitas são as frentes de evangelização numa paróquia da dimensão de Chopinzinho, mas podemos conhecer algumas. A visita aos doentes, neste Ano da Misericórdia, nos convida, como consagrados a Deus, a levarmos o amor de Cristo, sua misericórdia, sua esperança e sua compaixão para com os irmãos enfermos e necessitados. Nas visitas aos colégios, vimos o quanto é gratificante e valoroso este contato com as crianças e jovens de diversas idades, que não escondiam a sua curiosidade em relação ao nosso modo de viver. Nesse contato, podemos transmitir uma mensagem de paz, esperança, coragem e perseverança, tendo sempre os valores evangélicos como base. Celebrando a Palavra com o povo, testemunhamos o empenho da comunidade em vivenciar sua fé. Nos programas de Rádio, uma experiência comunicacional, uma ferramenta de evangelização e hoje uma das frentes evangelizadoras da Província. Os desafios de comunicar ao povo algo atraente e ao mesmo tempo edificante nos questionaram. Este pouco de tempo que passamos em Chopinzinho serviu para alargar os nossos horizontes no compromisso que temos na nossa vida religiosa franciscana”. AGOSTO / 2016 [coMUNICAÇÕES]

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ITUPORANGA FRANCISCANA Frei Erick de Araújo Lázaro e Frei Matheus José Borsoi fizeram estágio na Paróquia Santo Estêvão e no Seminário São Francisco de Assis: “Ituporanga é uma cidade localizada no alto vale em Santa Catarina. O nome na língua indígena significa Salto Grande, e faz referência a uma cascata do Rio Itajaí localizada no município. A base econômica da região é a agricultura. Com uma produção anual de 90 mil toneladas, Ituporanga é conhecida como a capital da cebola. Além da vocação agrícola, e da tranquilidade, Ituporanga se destaca pelos frades franciscanos que estão na Paróquia Santo Estêvão e no Seminário São Francisco de Assis. Junto a essas duas fraternidades, vivenciamos e sentimos o carisma franciscano. Chegamos aqui no dia 24 de junho. Muito bem acolhidos e animados pelas atividades, participamos da reinauguração da gruta de Nossa Senhora de Lourdes, local de paz e tranquilidade, onde o “silêncio da criação escuta a voz de seu Criador”. Esta gruta fica na parte central da cidade e foi doação de uma família para os frades. Foi inaugurada no dia 8 de dezembro de 1948 por Frei Arthur. Devido ao tempo, o local se deteriorou e necessitava de algumas novas adaptações. O governo municipal assumiu o projeto de reforma, juntamente com o apoio de alguns colaboradores da cidade. A reinauguração da gruta aconteceu no dia 1º de julho, contando com várias autoridades políticas, o povo de Deus e nós, freis franciscanos. Frei Evandro Balestrin, pároco, enfatizou que na subida pelas vias sacras até o local onde se encontra a imagem de Nossa Senhora, podemos perceber as belezas do Criador! Outro momento muito forte para nosso estágio foi o encontro vocacional da região Sul, que ocorreu no Seminário com a presença de 25 jovens provindo de vários locais de Santa Catarina. Juntamente com Frei Edvaldo, refletimos com eles o chamado de Deus, e o dom da vocação. Eles puderam participar e conhecer um pouco da vida dos seminaristas e aspirantes. Em outras atividades pastorais, visitamos hospitais e as comunidades com os frades da Fraternidade”.

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EXPERIÊNCIA NA “CAPITAL DO TRABALHO” Frei Angelo Baratella e Frei Danilo Santos Oliveira relatam como foi a experiência na Fraternidade e Paróquia Nossa Senhora do Rosário, em Concórdia (SC): “Concórdia é uma cidade localizada no Oeste catarinense. No centro da cidade está a Matriz Nossa Senhora do Rosário: nesta comunidade de fé os frades formam a fraternidade local que tem a missão de atender o povo concordiense. São várias pastorais e muitas comunidades atendidas pelos frades, semelhante ao número de contas do rosário de Nossa Senhora - padroeira local. Concórdia é conhecida como a capital do trabalho. Aos desavisados, o Oeste catarinense pode passar como cidade interiorana, porém seu dia a dia revela uma cidade grande. Entre as serras e curvas, encontram-se muitas edificações. O povo, em sua maioria, é descendente de italianos, que trabalha muito e cultiva a fé. É também terra natal de muitos confrades, e frequentemente conhecemos famílias de frades ou mesmo de candidatos que estudaram no seminário. A fraternidade local se assemelha a uma grande família. São sete frades, cada qual com seu jeito de somar na fraternidade. Frei José Idair exerce a função de guardião e pároco, auxiliado pelos confrades Frei Douglas Paulo, Frei Délcio Lorenzetti, Frei Josué Celante, Frei Luiz Toigo e Frei René Zarpelon, que contribuem nas diversas necessidades da Casa e da Paróquia. Frei Henrique Ireno Dell Olivo esteve hospitalizado e atualmente está em casa sob os cuidados compartilhados dos confrades. Nós, frades estudantes, encontramos um ambiente de acolhimento. E logo assumimos trabalhos pastorais na catequese, bênçãos nas casas e encomendações de falecidos, além de participar das celebrações em comunidades, onde tivemos a oportunidade de levar uma mensagem vocacional. Enfim, parece difícil descrever e apresentar em poucas palavras um estágio pastoral em Concórdia-SC. Em poucos dias, tivemos a oportunidade de conhecer um pouco do Regional do Contestado, um momento de convívio e descontração. Percebemos também que por aqui muito se trabalha, porém o esforço é recompensado na confiança em Deus! Nossa Senhora do Rosário, rogai por nós!” AGOSTO / 2016 [coMUNICAÇÕES]

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JUNTOS AOS ROMEIROS DE FREI GALVÃO Frei Natanael José Barbosa e Frei Vitor Amâncio fizeram sua experiência no Seminário Frei Galvão, em Guaratinguetá (SP), Postulantado e Centro de Acolhimento de Romeiros: “No Seminário Frei Galvão fomos muito bem acolhidos e sentimos uma forte emoção ao retornarmos a esta casa, agora como frades. Muito animadora foi a convivência com os postulantes, que mesmo em poucos momentos nos despertaram ainda mais o vigor com o qual começamos nossa formação. Vivenciamos pequenas experiências com grandes valores para nossa formação. Nossa maior atenção se encontrava no acolhimento aos romeiros que diariamente buscam o Seminário. Provenientes de diversos lugares do país, os devotos de Frei Galvão chegam com suas histórias de vida, trazendo seus agradecimentos pelas graças recebidas e também fazem seus pedidos ao santo. Assim, nos possibilitam conhecer, nos seus testemunhos de fé, diferentes realidades e situações que desafiam nossa vida e missão evangelizadora. Acolher quem vem até nós, mais do que um gesto cristão e franciscano, é fazer a experiência do bom samaritano, que acolhe e cuida daqueles que estão feridos, seja na família, nos relacionamentos, ou na vida daqueles que perderam o sentido de viver. Por isso, acolhemos a todos aqueles que chegam e trazem uma motivação para o nosso trabalho e vocação. Pelas palavras, pelo abraço, externam o quanto vale a pena e é gratificante deixarmos tudo para servir em nossos irmãos e irmãs Aquele que primeiro nos amou e nos chamou para sermos seus discípulos. Também colaboramos nos serviços fraternos da casa com nossos confrades que aqui residem. Estes que nos proporcionam uma convivência fraterna que anima e fortalece a comunhão de espírito

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de nossa consagração de sermos frades e menores em nosso tempo. Uma experiência marcante do nosso estágio foi a atenção e o cuidado para com a fraternidade local, especialmente pelo nosso confrade enfermo Frei Wilson Steiner. Zelamos por aquele que outrora nos ensinava a dar os primeiros passos no aprofundamento da espiritualidade franciscana. A atenção, o carinho, o cuidado, a

cortesia, o cavalheirismo, a doação... Estas palavras eram constantes no vocabulário das aulas de Frei Wilson no nosso período de postulantado e se fizeram realidade. Mais que um estágio, esta experiência nos colocou como seguidores do pobrezinho de Assis que se fez servo de todas as criaturas, imitadores daquele Francisco que nada reteve para si e assim tudo recebeu Daquele que totalmente se dá.


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O PRIVILÉGIO DE ESTAR NO NOVICIADO DE RODEIO

Frei Bruno Araújo e Frei Leandro Ferreira Silva voltaram ao berço da Província, o Noviciado de Rodeio: Foi com grande alegria que fomos recebidos nas terras rodeenses; o ar e as montanhas já anunciavam como seria nossa estadia junto aos confrades e noviços. Com um clima agradá-

vel, fomos entrando no ritmo da casa. Somente a memória pode nos fazer voltar à nossa experiência primeira de noviciado! Aqui, o espírito de oração e devoção que brota é tão forte e tão presente cada ano, que voltar ao noviciado é poder mergulhar nesta experiência mais uma vez. Contudo nossa missão vai além de ser presença junto aos noviços...

Dentre tantas atividades exercidas pelos frades, algumas nos permitem estar mais próximos do povo. Estamos, sobretudo, ajudando nos serviços da casa e da paróquia: como o processo de restauro de imagens sacras para mistificar ainda mais o claustro do nosso convento. De modo igual, nossa participação na secretaria paroquial, sendo apoio para nossa secretária Leilane. É certamente graça poder estar novamente neste convento. Ele antes de tudo está nos proporcionando momentos de crescimento humano e espiritual. Humano porque nas celebrações vivemos com o povo, sofremos com o povo, sobretudo nas celebrações das exéquias... Porém, os trabalhos não param; nossa contribuição também contempla os jovens e as crianças, com uma pequena formação aos coroinhas nas capelas próximas da matriz. Na catequese, juntamente com Frei Rafael Spricigo, podemos trabalhar temas atuais, especialmente com os jovens da Crisma. Estamos sendo também presença nos colégios, tendo a oportunidade de falar do carisma franciscano que perpassa esta cidade já há muito tempo! O noviciado vem, com sua presença centenária e histórica, educando e formando seus religiosos para estarem nas mais diversas frentes de evangelização de nossa Província. Não podemos esquecer de que as visitas aos enfermos enriquece nossa experiência pastoral junto ao povo, pois são eles nossas mais incessantes preces. Agradecemos a Deus todo-bondade que nos inspira e nos motiva a caminhar com este povo; percebemos que nossas fragilidades se encontram justamente nesta humanidade, precisada e sedenta de Seu amor. Contamos desde já com a oração de todos! Paz e Bem! AGOSTO / 2016 [coMUNICAÇÕES]

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A DIMENSÃO DE SERMOS PRESENÇA Frei Jean Santos e Frei Thiago Soares relatam a experiência missionária no extremo Sul da Província: a Paróquia e Fraternidade Sagrado Coração de Jesus, em Forquilhinha (SC): “Mais do que um relato preciso das atividades que temos desenvolvido em Forquilhinha (SC), faremos aqui uma narrativa das impressões que esta gratificante experiência tem deixado em nós. O estágio pastoral é um tempo forte para um aprofundamento da vocação. Tempo hábil para a descoberta e desenvolvimento das aptidões que trazemos em nós. Nesta perspectiva, abre-se um horizonte infinito de oportunidades para que isto se realize. Uma destas oportunidades acontece nas visitas aos lares, que o povo de Forquilhinha nos convidou a fazer. As famílias que visitamos nos acolheram com imensa generosidade e alegria. Nos reunimos para a leitura da Palavra de Deus e partilha, orações e bênçãos nas casas. Rezamos com os idosos, doentes e ouvimos seus depoimentos de fé. Uma fé que persevera e supera todas as dificuldades. Nessas missões, nós, frades estudantes, saímos de cada lar visitado sentindo na pele o que as palavras do Papa Francisco “Igreja em saída” querem dizer. O povo de Deus é um povo carente de atenção e recebe a nossa presença como quem recebe um parente de quem sentia saudades. Isso ficou claro quando uma senhora, que ao nos receber em sua casa com um grande sorriso, olhou-nos fixamente e nos disse alegremente: “Há quanto tempo eu não via esses cordõezinhos com os nós e esta roupa marrom”. Reações como estas nos dão a dimensão do valor de sermos, simplesmente, presença franciscana. Não poderíamos falar do nosso estágio sem destacarmos também a imensa generosidade com que nos acolheram os nossos confrades da fraternidade permanente de Forquilhinha: Frei Ivo Müller, Frei João Lopes da Silva, Frei Ricardo Backes, Frei Osvaldo Lino Luiz e Frei Paulo Back. Nos sentimos realmente integrados na missão de sermos irmãos. Gratos pela experiência em Forquilhinha, pedimos a Deus que abençoe a todos que conosco têm construído esta rica história. Paz e Bem!”

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Comunicar e Conviver: Eis a missão Frei Augusto Luiz Gabriel e Frei Raoni Freitas fizeram o estágio missionário na Paróquia e Fraternidade São Pedro Apóstolo, onde os frades trabalham na Rede Celinauta: “Na fronteira com a Argentina e na divisa de Santa Catarina se encontra Pato Branco. A cidade do Oeste Paranaense ficou famosa depois que uma personagem do humorístico “Toma lá, dá cá” fazia constantes referências à cidade. A origem do nome tem a ver com o abatimento, na região de fazendas, de um pato de plumagem branca, em um dos braços do Rio Chopin. É nesta cidade de 78 anos que está a Paróquia de São Pedro Apóstolo, com uma história que se confunde com a do município. Em 1930, a primeira Igreja de Pato Branco foi construída. E em 1960, no mesmo lugar, foi edificada a Igreja que até hoje se encontra na Praça Getúlio Vargas, conhecida como a praça da Matriz. Chegamos em plenos festejos do Padroeiro e pudemos degustar alguns dos 40 mil pastéis que foram preparados pela comunidade. A solene Missa da festa foi marcada pela comemoração dos 60 anos da presença de Frei Policarpo Berri nesta cidade. Não faltaram homenagens ao frade de 92 anos, que foi escolhido para abençoar a Tocha Olímpica Rio2016. Nas atividades, ajudamos nas celebrações da Palavra nas capelas, levamos a bênção às famílias, visitamos os idosos e enfermos durante missão na capela São Luís Gonzaga, em um dos bairros. Da mesma forma, realizamos visitas a alguns dos mais de 1000 catequizandos da Matriz, participamos de reuniões pastorais, e tivemos a grata satisfação de conhecer o SOS Vida e Missão Vida Nova, trabalho social de recuperação dos dependentes químicos. Na Rede Celinauta tivemos a oportunidade de conhecer e nos aprofundar no mundo da comunicação. São inúmeras câmeras, botões, programas, “segredos”, gravadores, colaboradores, microfones e cabos, que juntos formam a “TV da nossa casa” a rede que “comunica a Paz e o Bem”. Na Rádio Celinauta-AM, participamos da produção de entrevistas, quadros e reflexões bíblicas que vão ao ar diariamente. Também contribuímos com a edição dos programas e presenciamos, por fim, uma cobertura jornalística, acompanhando cinegrafistas e repórteres na captação de imagens e produção de matérias para os jornais televisivos”. AGOSTO / 2016 [coMUNICAÇÕES]

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BELEZA E TRADIÇÃO EM SANTO AMARO Frei Douglas da Silva e Frei Heberti Senra Inácio fizeram a experiência missionária na Paróquia e Fraternidade de Santo Amaro, em Santo Amaro da Imperatriz (SC): “A cidade de Santo Amaro da Imperatriz, localizada a 29 km da cidade de Florianópolis, está marcada pelos seus 170 anos de história e 58 anos de emancipação política. Também é conhecida por suas águas termominerais, que atraiu até mesmo a família imperial brasileira, em outubro de 1845, principalmente a Imperatriz Teresa Cristina, pois as águas termais eram tidas como medicinais. O primeiro nome da localidade foi Arrail do Cubatão e, após a conclusão da nova igreja a população e o clero, mudaram para Santo Amaro. Com a visita da Família Real e o carinho da Imperatriz pela cidade, houve um plebiscito em 1948, e houve a junção de nomes: Santo Amaro e Da Imperatriz, que permanece até hoje e orgulha seus moradores. Chegamos no mês em que a cidade comemora o seu 58º aniversário de emancipação. Por isso, o município está em uma grande festa, com fogos e apresentações culturais marcando esta data. Fomos bem acolhidos pela Fraternidade de Santo Amaro, composta pelo Frei Daniel Dellandrea, Frei Nilton Decker, Frei Faustino Tomelin e Frei José Boeing. Com um grande trabalho pastoral, os frades buscam atender as 22 comunidades da Paróquia. Estas comunidades estão localizadas em verdadeiros “santuários” naturais, como por exemplo, a comunidade da Vargem do Braço, situada no coração da Serra do Tabuleiro. Outro lugar com uma vista privilegiada é o Morro Queimado, que se encontra a uma altura de 600m, muito escolhido pessoas que preferem esportes mais radicais. Nosso trabalho é essencialmente visitar algumas comunidades, as famílias, abençoando as casas, reunindo as lideranças e as crianças da catequese. Foi um belo momento de convivência e oração com as famílias e com a fraternidade, no qual nos sentimos revigorados vocacionalmente em nossa caminhada franciscana”.

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AÇÃO E CONTEMPLAÇÃO NO SÃO FRANCISCO Frei Felipe Carretta e Frei Tiago Gomes Elias fizeram a experiência missionária no mês de julho no tradicional Convento São Francisco, no Centro de São Paulo: O convento franciscano situado no centro da capital de São Paulo passa por grandes transformações, são muitas obras, reformas e pinturas. Também a ebulição do trabalho do Sefras junto à população de rua move toda a Paróquia e o Santuário São Francisco de Assis neste necessário auxílio ao irmão que sofre. Neste mês de julho, o Santuário foi contemplado com a participação das Irmãs Missionárias da Caridade que, juntamente com o Santuário, inauguraram uma exposição sobre a vida e obra de Madre Teresa de Calcutá, com fotografias e suas reflexões. Um evento singular. Madre Teresa não atraía somente o público católico, mas toda uma gama de pessoas oriundas dos mais diversos credos e etnias! Também nosso trabalho não se restringiu apenas à exposição, mas ao que é de costume na vida paroquial: acolitar, cantar nas missas, acolhida aos fiéis etc. Nossa experiência também passa pela vivência quotidiana no chá do padre, assim como auxiliando os irmãos que passam a noite nas dependências do convento devido ao inverno rigoroso deste ano. Aprender com o pobre, com o desvalido tem sido nosso tesouro que já marcou nossas almas. Virtudes nunca lidas em livros ou ditas por palavras, estamos vivenciando aqui com os que pelo mundo são considerados indigentes. Pessoas nobres e tão abertas, levam seu dia a dia com simplicidade e admiram-se com o novo. Fazem-nos repensar na vida e em nossa vocação primeira, o amor ao próximo e o cuidado para com a Criação. Seguramente poderíamos contar muito mais nestas linhas, porém inspirados por Madre Teresa queremos dizer que a vida do cristão é ação e contemplação. Desde já fica nosso eterno agradecimento à Fraternidade do Largo São Francisco por serem receptivos e abertos a todos aqueles que aqui chegam, pois como disse Jesus no Evangelho de Mateus (25, 35): “Eu tive fome, e me destes de comer, tive sede, e me destes de beber; fui estrangeiro, e vós me acolhestes”. AGOSTO / 2016 [coMUNICAÇÕES]

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FONTE DA VOCAÇÃO FRANCISCANA Frei Zilmar Augusto e Frei Samuel Santos Soares fizeram estágio missionário na Paróquia Bom Jesus dos Perdões de Sorocaba (SP): Em clima de festa, a Fraternidade Bom Jesus dos Aflitos recebeu Frei Zilmar e Frei Samuel para realizar seu estágio pastoral. A Paróquia composta pelas comunidades Santa Cruz e Nossa Senhora do Perpétuo Socorro celebra seus 90 anos. Para Frei Zilmar, vivenciar esse período na Fraternidade Bom Jesus dos Aflitos, conhecer os diversos movimentos e pastorais da Paróquia e de suas comunidades, é uma ótima experiência. E afirma: “Sem dúvida, a alegria das atividades missionárias nos traz um dinamismo, nos faz ir ao encontro das pessoas e desperta também nas lideranças um novo ardor. Por estarmos vivendo, como Paróquia, um período jubilar, aqui, somos chamados de “freis missionários”. Isso reforça a fonte de nossa vocação franciscana: somos missionários. Com isso, estou concluindo que ser missionário é ser presença. Mas, não uma presença tímida, calada. E sim uma presença que é capaz de acrescentar e animar os que estão à sua volta. É isso que estou tentando fazer: ser presença evangelizadora junto aos movimentos, pastorais e às famílias de nossa Paróquia Bom Jesus dos Aflitos. Rezo a Deus que dessas missões, já iniciadas, possamos colher bons frutos para nossa vida de comunidade”. A oportunidade de realizar o estágio na paróquia Bom Jesus dos Aflitos, sobretudo as visitas missionárias, é gratificante, pois anunciar o Cristo Misericordioso é um desafio que proporciona um caminho de leveza e comprometimento com a causa do reino de Deus, relata Frei Samuel. E comenta: “Pensei por alguns momentos que o desejo de estar entre esse povo fosse uma vontade de rever pessoas que fizeram parte da minha caminhada vocacional, agora tenho não só o desejo, mas a certeza que é de comungar da espiritualidade que pulsa na veia de cada um desta comunidade. Sinto-me feliz por participar dessa história e sou grato ao Frei Benedito Gonçalves, aos demais confrades e a todos os paroquianos”. Bruna Oliver Especial para as Comunicações

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