Reunião Geral de 20 de Dezembro de 2015 Fraternidade Franciscana Secular da Imaculada Conceição da Bem-Aventurada Virgem Maria - OFS E-mail: porciuncula.ofs@gmail.com | Endereço: Av. Roberto Silveira nº 265, Icaraí. Niterói – RJ | CEP: 24230-151 Fraternidade Porciúncula da Juventude Franciscana do Brasil E-Mail: jufraporciuncula@yahoo.com.br
NO SILÊNCIO DEUS SE REVELA Frei Carlos José Körber, OFM Assistente Espiritual da OFS Mais uma vez estamos celebrando o Advento preparando-nos para a “festa das festas” como nos diz Francisco, para o Natal. Preparemo-nos para a celebração do nascimento do menino Deus pondo em prática o que o retiro anual deste ano nos ensinou: o silêncio. O silêncio, nos abre as portas para o encontro com Deus. Se olharmos para a Bíblia, encontramos o exemplo no profeta Elias. Ele encontra o Deus não nas tempestades, no barulho, mas no silêncio, na brisa do vento. Maria cultivava o silêncio e, meditando a palavra de Deus, recebeu a boa nova de se tornar mãe do Senhor. São João Batista, o precursor do Salvador, não ficou no barulho e nas agitações das grandes cidades; mas procurava o lugar deserto para seu encontro com Deus. O próprio Cristo nos orienta para viver o silêncio. Quanta vezes se retira para estar a sós com seu Pai na sua oração e meditação? Também São Francisco foi um amigo do silêncio. Não sei quantas vezes procurava lugares desertos para se encontrar com Deus? Ou a orientação da nossa Regra: Lemos no § 4: Os franciscanos seculares se empenhem, sobretudo, na leitura assídua do Evangelho, passando do Evangelho à vida e da vida ao Evangelho. Será que isso não é por excelência um exercício do silêncio? Ou no § 9: A virgem Maia, humilde serva do Senhor, disponível à sua palavra e a todos os seus apelos, foi cercada por Francisco de indizível amor. Que os franciscanos seculares testemunhem a ela seu ardente amor pela prática de uma oração confiante e consciente. E nós como franciscanos? Como nos sentimos limitados nas nossas ações e “escravos” do barulho do mundo atual e não conseguimos observar o silêncio? Quantas vezes a agitação e a impaciência do dia a dia tomam conta da nossa vida e nos sentimos incapazes de nos distanciar? E quantas vezes não sabemos acolher o silêncio? E isso vale também para a nossa preparação para o Natal. Só conseguimos, no silêncio, acolher o mistério da encarnação. Quantas vezes se limitam as nossas preparações para o Natal nas coisas externas como: mesa farta, presentes em grande número, enfeites diferentes e nos esquecemos do essencial: o nascimento do menino Jesus? Tenhamos a coragem de encontrar de novo o caminho para o presépio guardando o silêncio como coisa fundamental para o nosso “sim” a Deus, imitando Maria. Ou imitando São José, assumir com humildade o menino Jesus. Ou como São Francisco: Ele preparou o presépio em Greccio para celebrar a bondade e o amor de Deus para conosco que se concretiza no menino Jesus. Façamos de novo da festa do Natal uma expressão da nossa fé e não apenas um evento do comércio. Assim desejo a todos vocês, meus irmãos em Francisco, um feliz natal e um ano novo cheio de paz e realização.