VIDA FRANCISCANA
Reunião Geral de 19 de Julho de 2015
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NOSSA REGRA
Frei Carlos José Körber, OFM Assistente Espiritual da OFS
Uma vez que no último encontro meditamos sobre a primeira parte do Prólogo da Regra, pensando sobre aqueles que fazem penitência, vamos hoje olhar para a segunda parte com o título: Dos que não fazem penitência. Quantas vezes pensamos que este segundo trecho do Prólogo não nos atinge porque, membros da OFS, e tendo Francisco como ideal da nossa vida cristã, praticamos a penitência e por isso não precisamos destas linhas. Mas completamente o contrário é a verdade: “Dos que não fazem penitência” questiona seriamente a nossa vida franciscana. Será que nós mesmos tomamos a sério a nossa profissão e a vivência da penitência? Como podemos julgar e afirmar: este faz penitência e aquele não? Quantas vezes olhamos mais para a vida do outro, e nos esquecemos de olhar para a nossa própria? Quantas vezes exigimos do outro que faça penitência e pensamos que nós somos perfeitos na nossa vivência da penitência porque estudamos a Regra, participamos dos encontros mensais, conhecemos os CCGG, professamos na OFS e com isso somos salvos? Hipócrita, tire primeiramente a trave do seu olho para depois tirar o cisco no olho do próximo (Mt 7,5). Mais: este trecho nos questiona seriamente! Apesar de todos os nossos esforços podemos crescer ainda mais. E as atitudes negativas descritas nos querem ajudar para descobrir o que é positivo. É um caminho árduo e difícil que só conseguimos trilhar com o apoio da nossa fraternidade. Eis aqui a grande sabedoria de Francisco: ele nos dá a nossa fraternidade como segurança para seguir o Cristo e viver o Evangelho dentro da Igreja. Quantas vezes não nos esforçamos para viver o Espírito de penitência? Quantas vezes nós nos acomodamos de uma maneira tal que não valorizamos a possibilidade de nos encontrar com Cristo na Eucaristia e no sacramento da Confissão? Quantas vezes não cumprimos o que assumimos e prometemos de viver o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo seguindo o exemplo de São Francisco? Quantas vezes não assumimos o nosso batismo seguindo a Cristo, a verdadeira luz do mundo e preferimos ficar nas trevas? Vivência da Regra: Eis o nosso ideal. Não desanimemos se ainda não chegamos à plenitude. Esforcemo-nos cada dia para sermos fiéis e autênticos com aquilo que nos guia para a felicidade. Se cairmos, tenhamos a coragem de levantar e recomeçar. Observemos o bom conselho que Francisco nos diz no fim da vida: Vamos começar; pois até agora pouco ou nada fizemos.