VIDA FRANCISCANA
Reunião Geral de 21 de Junho de 2015
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MAIS UMA VEZ A REGRA Caros irmãos, Paz e Bem! Sendo que nos comprometemos a meditar e refletir ao longo do ano a nossa Regra, vou procurar dar também uma pequena contribuição. Vou apenas olhar para a primeira página da Regra – o prólogo. Este nos questiona quanto à nossa vida cristã e quanto ao nosso “sim” dado a Deus e ao próximo seguindo os passos de São Francisco. Já a primeira palavra “Em nome do Senhor” nos convida para fazer uma revisão de vida. Será que agimos em nome do Senhor, ou quantas vezes nós nos absolutisamos querendo ser iguais ao Senhor e agir apenas em nosso próprio nome, dominar, subjugar, escravizar, explorar o próximo. Agir em nome do Senhor exige humildade, pobreza, pequenez e interesse pelo bem estar do outro. “Em nome do Senhor” convida para uma verdadeira conversão, e o prólogo nos guia nesta nossa intenção de mudar de vida. A primeira parte do prólogo nos fala dos que fazem penitência: Quantas vezes temos um conceito negativo de penitência. Compreendemos penitência como sofrimento, peso, obrigação e não como possibilidade de crescer e de viver o Evangelho. Penitência é o nosso esforço constante para assumir a nossa situação verdadeira que Deus nos confiou desde a criação do mundo. Em relação a Deus somos criatura; feitos a imagem e semelhança de Deus. Em relação aos homens somos iguais, irmãos de todos e, perante a natureza, senhores do universo em dependência de Deus. Francisco compreendeu esta sua posição e na Regra nos deixou as orientações para viver esta realidade.
Frei Carlos José Körber, OFM Assistente Espiritual da OFS
Penitência é um sinal de amor que buscamos viver de todo o coração, alma, mente, forças e amar o próximo como a nós mesmos. Exige o nosso engajamento total! Vejamos: ▪ Coração: sede do amor, da doação, da misericórdia, da generosidade. E quantas vezes matamos a voz do nosso coração? ▪ Mente: a inteligência é dom de Deus. Será que sempre a usamos adequadamente para encontrar soluções para minimizar o sofrimento, a desigualdade, a exploração do próximo? ▪ Alma: É o centro da nossa vida. Questiona as nossas atitudes e modos de viver para conosco mesmos. Será que somos cientes que a nossa vida é dom de Deus e nós somos administradores desta preciosidade? ▪ Forças: Nada cai do céu. Para ter êxito precisamos da nossa contribuição, do nosso engajamento, do nosso “sim” às situações mais diversas. É contra o comodismo que muitas vezes nos acompanha e não traz a felicidade. ▪ Amar o próximo como a si mesmo: Exige autenticidade e honestidade. Quantas vezes queremos que o próximo nos trate com todo o respeito, atenção, disponibilidade e nós, ao contrário, desprezamos o outro e não valorizamos a sua vida. E para vencer Deus nos presenteou com seu Filho que vem ao nosso encontro na Eucaristia. Transforma a nossa vida para ser instrumento de Deus. Além disso, abre o nosso coração para os mistérios da vida através da leitura da Bíblia. Ela nos mostra que somos esposos, irmãos e mães de Jesus Cristo. De novo termos tão ricos que nos questionam quanto à nossa caminhada e abrem as portas para uma penitência verdadeira e para um convívio harmoniosos com o próximo.