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Revista de Livros, Livros em Revista
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PUBLICAÇÃO DE INSPIRAÇÃO CRISTÃ | Nº 6
EFEMÉRIDE: BIDDY & OSWALD CHAMBERS
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MARTINHO LUTERO EM PORTUGUÊS
SABEDORIA: MARCO AURÉLIO E ECLESIASTES
A L I B E R DA D E C R I S TÃ
HENRI NOUWEN DEVOCIONAIS TEMPLÁRIOS
500
Anos da Reforma
Alojamento
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Partidas de Lisboa 28 Dez - Lisboa/Funchal - TP9137 - 16h30/18h15 01 Jan - Funchal/Lisboa - TP9002- 20h55/22h35 29 Dez - Lisboa/Funchal - TP9137 - 18h35/20h20 02 Jan - Funchal/Lisboa - TP9002- 20h55/22h35
Partidas do Porto 28 Dez - Porto/Funchal - TP9138 - 22h10/00h05 01 Jan - Funchal/Porto - TP9003- 15h35/17h30 29 Dez - Porto/Funchal - TP9138 - 22h10/00h05 02 Jan - Funchal/Porto - TP9003- 15h35/17h30
O preço inclui: Voo TAP Lisboa ou Porto/Funchal/Lisboa ou Porto; transferes aeroporto/hotel/aeroporto; estadia de 4 noites no hotel seleccionado e regime indicado. Não inclui: Despesas de reserva (30€ por processo); seguro de viagem – opcional - consulte–nos. Suplemento de partida do Porto.
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599€ Desde
Nota: O reveillon no Hotel Santa Cruz Village inclui transporte, após o jantar, de e para o Funchal para assistir ao fogo de artificio.
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NOV-DEZ Halcon Viagens e2017 Turismo – Av. Júlio Dinis, 2 – 3º Esq – 1050 Lisboa – Reg. Cons. Com. Porto nº46485/900420 Capital Social 99.760€ - NIF 502 332 123 | RNAVT 2281
RU BE NM N -I N V IGN H DO EA SD
EDITORIAL Ode à Literatura Cristã! C A PA :
CO N V E N TO D E C R I S TO I M AG E M : BIBLION
Revista de Livros, Livros em Revista
Edição nº 6 - NOVEMBRO-DEZEMBRO 2017 Periodicidade: Bimestral COLABORAM NESTA EDIÇÃO: Daniel Gomes, Susana Pires, Vitor Marini (Ilustrações), Samuel Ascenção (apoio à Produção)
FICHA TÉCNICA
email: mag@biblion.pt web: www.biblion.pt
PROPRIEDADE: Unique Creations, Lda. REDAÇÃO: Tv. Francisco dos Santos, 2-6ºD 2745-271 Queluz REGISTO: Dep. Legal Nº 405423/16 NIPC nº 510951910 ISSN: 2183-7899
EDIÇÃO: BIBLION MEDIA by Unique Creations EDITOR E DIRECTOR: Paulo Sérgio Gomes DESIGN E PROJETO GRÁFICO: UC Design Studio
MISSÃO / PROPÓSITO: Promover e estimular hábitos de leitura de inspiração Cristã, criando condições para todos poderem aceder aos livros. Conheça o que nos move e os nossos valores em www.biblion.pt. CONTEÚDOS: Os conteúdos apresentados representam a opinião dos seus autores. REPRODUÇÃO DE CONTEÚDOS: Tendo como objectivo primordial a divulgação de obras e autores, é permitida a reprodução dos textos, desde que mencionada a fonte, quando não para fins comerciais. PREÇOS E DISPONIBILIDADE: Os valores mencionados incluem IVA. Os produtos apresentados estão sujeitos a disponibilidade de stock aquando da encomenda.
E
à sexta edição, eis que lançamos o nosso primeiro livro. E que livro! Trata-se, nada mais nada menos, que “A Liberdade Cristã”, de Martinho Lutero. Se Martinho Lutero foi uma figura incontornável da Cristandade, se somos o que somos por ele ter despoletado a Reforma Protestante e se isso aconteceu precisamente há 500 anos, temos razões mais do que suficientes para nos juntarmos às celebrações proporcionando aos portugueses uma obra indispensável e na nossa própria língua. Fazêmo-lo imbuídos deste espírito inabalável de que é para isto que a Biblion existe, reafirmando parte do nosso compromisso de contribuir para que todos tenham melhores condições de acesso aos livros. Esta obra foi traduzida pelo nosso Editor-Residente, Daniel Gomes, e confiamos que esta iniciativa será do agrado da nossa crescente comunidade de leitores. Por eles, e apesar dos parcos recursos, todo o labor vale a pena. Boas leituras... em plena liberdade cristã. PAU L O S É R G I O G O M E S
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BEST OF
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COLEÇÃO BIBLION PT
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Revista de|Livros, A CHRISTIAN BOOK MAGAZINE # 5 Livros em Revista
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PUBLICAÇÃO DE INSPIRAÇÃO CRISTÃ | Nº 5
5
APP DA BÍBLIA: ENTREVISTA A BRIAN RUSSELL BIBLE APP’S INTERVIEW: O NOVO MUSEU BRIAN RUSSELL DA BÍBLIA
EUGENE PETERSON: G.K. CHESTERTON PASTOR-POET’S
LAST BOOK EUGENE PETERSON: O ÚLTIMO LIVRO THE NEW MUSEUM DO PASTOR-POETA OF THE BIBLE REFORMA: 500 ANOS G.K. CHESTERTON
Narnia Nárnia
o Mundo de C.S. LEWIS
THE WORLD OF C.S.
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Revista de Livros, Livros em Revista
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PUBLICAÇÃO DE INSPIRAÇÃO CRISTÃ | Nº 6
EFEMÉRIDE: BIDDY & OSWALD CHAMBERS
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B I B L I O N
MARTINHO LUTERO EM PORTUGUÊS
SABEDORIA: MARCO AURÉLIO E ECLESIASTES
A L I B E R DA D E C R I S TÃ
HENRI NOUWEN
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DEVOCIONAIS TEMPLÁRIOS
500
Anos da Reforma
6
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ABERTURA
INDEX
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JESUS
SA B E DO R I A
TEMPLÁRIOS
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SIMPLICIDADE
EFEMÉRIDE
D E VOC I O N A I S
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C H R I S T Y AWA R D S
GENEROSIDADE
VIAGENS
IMAGENS: ARQUIVO BIBLION, SALVO OUTRAS MENÇÕES. A BIBLION AGRADECE IMAGENS E CONTEÚDOS GENTILMENTE CEDIDOS POR EDITORAS E PARCEIROS,
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I N D I S P E N SÁV E L
Martinho Lutero
A
Liberdade Cristã
Q
Daniel Gomes
uinhentos anos após o despoletar da Reforma Protestante, as palavras de Martinho Lutero ecoam na teologia e doutrina de inúmeras denominações. As suas noventa e cinco teses chocaram a Cristandade do seu tempo como ninguém o fizera antes (apesar das tentativas de John Wycliffe e Jan Hus, também elas dignas de admiração); os seus conceitos de sola fide, sola scriptura e sola gratia continuam bem presentes no coração de milhões de Evangélicos espalhados por todo o mundo. De forma a honrar um dos mais influentes teólogos da história do Cristianismo, a Biblion lança a tradução para Português de uma das obras mais influentes de Lutero: A Liberdade Cristã. De Libertate Christiana, ou A Liberdade Cristã (outras versões incluem Da Liberdade de um Cristão, Da Liberdade Cristã ou Tratado sobre a Liberdade Cristã) aparece no final de 1520, um dos anos mais conturbados e prolíficos para Martinho Lutero. Após um debate fervoroso em Leipzig no ano anterior e perante a ameaça papal de excomunhão na forma da bula Exsurge Domini, o monge agostiniano responde de forma ainda mais exacerbada às exigências de Roma, produzindo em apenas meses obras absolutamente fulcrais para a completa separação entre
Lutero e a Igreja Católica. Depois de escrever várias teses que denunciavam as doutrinas e os abusos eclesiásticos do seu tempo, Lutero publica A Liberdade Cristã, uma obra que visa mostrar os verdadeiros fundamentos da religião Cristã na face das leis e doutrinas papais. A obra torna-se no culminar da alienação de Lutero, uma vez que o monge deixa de atacar regras especificas da igreja terrena para afirmar a natureza e postura dignas do Cristão justificado. Aqui ele estabelece um dogma de redenção alicerçado no conceito de sola fide como único veículo suportado pelas
A L I B E R DA D E C R I S TÃ , D E M A R T I N H O L U T E R O , P U B L I C A DO P O R B I B L I O N / U N I Q U E C R E AT I O N S , Q U E L U Z
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NOV-DEZ 2017
www.biblion.pt
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B I B L I O N - R E V I S TA D E L I V R O S , L I V R O S E M R E V I S TA
Escrituras para alcançar a graça de Deus, o que por sua vez desafia o dogma da Igreja de Roma, apoiado fortemente pelos elementos de mérito, de tradição eclesiástica e de autoridade sacerdotal por sucessão apostólica. Lutero começa por declarar a natureza aparentemente paradoxal do Cristão, afirmando que “o Cristão é o mais livre de todos os senhores, e sujeito a nenhum outro; o Cristão é o mais obediente de todos os servos, e sujeito a todos os outros.” Esta natureza está intimamente ligada com a composição do homem como um ser físico e espiritual, com o vínculo entre a alma e a carne. Apesar de serem coisas distintas, a alma e a carne não estão separadas uma da outra, porém trabalham em conjunto para realizar esta resolução paradoxal. Lutero defende que o homem interior (a alma) deve estar convicto de que é apenas um pecador e de que necessita da graça e justiça de Deus para ser salvo, mas que não há nada que o homem exterior (a carne) possa fazer para sua própria justificação. Para o monge, todas as obras são nulas e condenáveis se não forem feitas de livre arbítrio e pela fé intransigente, e mesmo assim, não existe nada inerente às obras que contribua para a justificação e salvação de quem as realiza. Ao longo deste tratado, Lutero enfatiza o papel da fé como o único elo de ligação entre a alma do Cristão e o próprio Cristo. É por esta ligação pela fé, segundo Lutero, que o Cristão é livre da escravidão do pecado. É também por esta ligação pela fé que somos “reis” e “sacerdotes” do foro espiritual, tal como Cristo também o é. No entanto, o corpo tem uma vontade própria, “que ambiciona servir o mundo e buscar a sua própria grati10 NOV-DEZ 2017
ficação”; é aqui que Lutero afirma o uso das obras, não para a justificação da alma, mas com o duplo propósito de disciplinar a carne e de amar o próximo. Do ponto de vista do monge, o ensino das obras como meio para alcançar a salvação é “demoníaco” e “uma noção perversa”, uma vez que as obras são intrinsecamente materiais e não podem afetar de qualquer forma aquilo que é espiritual; porém ele reconhece que elas têm o seu valor para a submissão do corpo à fé e para o proveito do próximo em amor. Lutero conclui com uma advertência aos que, por um lado, recusam-se a aceitar a liberdade Cristã e teimam em executar as obras, leis e cerimónias com o intuito de serem justificados por estas, e aos que por outro lado distorcem o significado desta liberdade e a usam para desprezar completamente as obras e tradições. O monge de Wittenberg traça uma linha entre os que se agarram às leis e às obras por pura teimosia e orgulho, e os que o fazem porque “não são capazes de assimilar essa liberdade da fé, mesmo estando dispostos a fazê-lo”. O Cristão deve desafiar a arrogância dos primeiros com a máxima ousadia, porém deve observar a doutrina com cautela quando na presença dos últimos, para que estes não se ofendam. Esta obra da Biblion e da Unique Creations é a tradução da versão em inglês produzida por Elizabeth T. Knuth e David Widger, atualmente disponível em Gutenberg.org. O leitor pode conseguir o eBook da Biblion no nosso site, www.biblion.pt, e aproveite para subscrever a nossa revista caso ainda não o tenha feito! GOSTOU DO ARTIGO?
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JESUS
O IMPACTO IMPREVISÍVEL DE JESUS
I M AG E M : A R Q U I V O
Quem é este Homem? John Ortberg
J
ohn Ortberg tem o condão de fundamentar os seus pensamentos com palavras simples, de esclarecer, não só nas Escrituras mas principalmente exemplificando com pequenas histórias e escritos antigos, expressões e ditados populares, até. Por isso, a leitura de “Quem é este Homem?” se torna tão fascinante que nos leva a querer lê-lo de um fôlego. Do mesmo modo, o autor se notabilizou como uma referência na literatura cristã da atualidade, nomeadamente, com obras como Somos todos (a)normais, Venha andar sobre as águas ou Fé e dúvida.
Ortberg, que é o pastor da Igreja Presbiteriana de Menlo Park, na Califórnia, responde à pergunta que dá nome ao livro apresentando uma perspetiva, não de um pastor ou teólogo, mas sim do ponto e vista dos milhentos personagens que ao longo dos últimos dois mil anos da História foram impactados por essa figura maravilhosa, Jesus.
Q U E M É E S T E H O M E M ? , D E J O H N O R T B E R G . P U B L I C A DO P O R E D I TO R A V I DA , S ÃO PAU L O , B R A S I L
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B I B L I O N - R E V I S TA D E L I V R O S , L I V R O S E M R E V I S TA
I L U S T R AÇ ÃO : V I TO R M A R I N I
De historiadores a iletrados, de sacerdotes a plebeus, anciãos ou crianças, contemporâneos do Mestre ou da Idade Média, míseros pobres ou ricos avarentos, exploradores de escravos ou filantropos, homens ou mulheres – dos mais diversos quadrantes, o autor mostra o quanto Jesus influenciou, e dois milénios depois influencia cada vez mais a nossa sociedade. E tal como o sub-título antecipa, este livro explana o que foi e continua a ser “o impacto imprevísível de Jesus” nas vidas das pessoas, crentes ou não, das nações, nos negócios, na governação. Jesus tinha uma grande empatia com os desprezados, os enfermos, os pobres, escravizados e abusados. Daí a sua importância para a esmagadora maioria da população mundial ao longo dos tempos. Ele “vestiu-se como escravo, trabalhou como escravo, e teve a morte de um escravo, [embora um Rabi, foi] uma personis mediocribus. Como a ex-Secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, escreve no prefácio “nenhum aspeto da nossa existência humana foi o mesmo depois daquele longínquo domingo fatídico”. Nos últimos capítulos, Ortberg expõe os acontecimentos dos derradeiros dias de Jesus, entre a condenação à ressurreição, completando a esta exposição sobre esse mix de humanidade e divindade – Jesus. PA U L O S É R G I O G O M E S
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SABEDORIA
Uma análise do livro de Eclesiastes e das Meditações de Marco Aurélio
A Sabedoria dos Grandes Líderes Quando pensamos em sabedoria, pensamos em pessoas cujas palavras transbordam de conhecimento útil para as nossas vidas. Filósofos, escritores, pastores, gurus – pensamos em pensadores, em pessoas que buscam (e por vezes encontram) entendimento sobre questões que normalmente deixam o ser humano pasmado.
P O R D A N I E L T. G O M E S
14 NOV-DEZ 2017
B I B L I O N - R E V I S TA D E L I V R O S , L I V R O S E M R E V I S TA
Salomão e Eclesiastes A tradição judeo-cristã atribui a autoria
Estas são questões que muitos querem ver respondidas, mas que poucos conseguem responder por eles mesmos; afinal, não seria fantástico se todos soubéssemos qual é o sentido da vida, ou para onde vamos após a morte? (E que, uma vez sabendo, todos pudéssemos estar de acordo?) Acontece que em outros tempos as pessoas olhavam para os seus líderes como fontes de sabedoria. Era uma expectativa do povo que a sua autoridade máxima possuísse discernimento, aquela capacidade de entender objetivamente a realidade em que viviam, e a sabedoria para agir corretamente perante essa realidade. A história reconhece vários líderes como sábios, porém dois se destacam como verdadeiros “reis-filósofos” no seu amor pela sabedoria e na sua habilidade para governar: Salomão, rei de Israel, e Marco Aurélio, imperador romano. Salomão é para muitos o homem mais sábio que alguma vez existiu. Os seus provérbios e cânticos, assim como os relatos do seu reinado nos livros de Reis e Crónicas, atestam à sagacidade, riqueza, influência e poder do sucessor e filho de David. Salomão gozou de um reinado pacífico, durante o qual Israel atingiu o pináculo da sua prosperidade. Ele ergueu o templo que o seu pai David planeara, forjou boas relações com outros líderes do seu tempo através do comércio e da diplomacia (como são exemplos o rei Hirão I de Tiro e a rainha de Sabá) e desfrutou de uma vida
do livro de Eclesiastes a Salomão, autor de Cânticos, da maioria de Provérbios e de outros escritos que não estão incluídos no Antigo Testamento. No entanto, muitos historiadores e teólogos têm vindo a rejeitar essa teoria devido a vários fatores, entre eles o tema do livro e a linguagem usada pelo autor, que colocam a data de Eclesiastes à volta do séc. III a.C. – setecentos anos após o reinado de Salomão. No seu comentário de Eclesiastes, o Dr. Michael V. Fox parte do princípio que o Qohelet, o suposto autor do livro, é na verdade uma personagem fictícia feita à imagem de Salomão, e não o próprio rei, nem nenhuma pessoa ligada diretamente ao rei. Fox reconhece também uma forte influencia de filosofia grega no texto, visto que o Eclesiastes procura saber a verdade através de uma reflexão lógica, e não através de revelação divina ou do estudo das tradições; o crítico chega até a identificar traços de estoicismo no discurso de Eclesiastes, especialmente na forma cíclica como encara o passado, o presente, e o futuro. Dito isto, ainda existem pastores e líderes de igreja que continuam a apoiar a tradição de que o rei Salomão é o Qohelet. Em O Livro Mais Mal-humorado da Bíblia, Ed René Kivitz liga por várias vezes o Eclesiastes a Salomão, embora conceda no principio do livro que não há certezas quanto à identidade do Eclesiastes. www.biblion.pt
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B I B L I O N - R E V I S TA D E L I V R O S , L I V R O S E M R E V I S TA
cheia de prazeres – isto é, ele mais as suas setecentas esposas e trezentas concubinas. Porém um novo lado de Salomão é revelado no que eu considero ser a sua obra-prima, ainda que seja muito provável que ele não tenha sido o seu autor. (Ver abaixo, “Salomão e Eclesiastes”). Salomão, o Qohelet ou Eclesiastes, “aquele que ajunta a assembleia,” confessa a sua angústia sobre o sentido da vida ao perceber que todos os seus grandes feitos e as suas palavras eruditas não terão qualquer significado para ele após a sua morte. O texto relata essa angústia e pesar na primeira pessoa, como se estivéssemos frente-a-frente com um dos maiores reis da Antiguidade, um rei que não aguentava mais
manter os seus pensamentos fechados no seu coração e que decidiu partilhar connosco a forma como ele encarava a vida, a sua brevidade e insignificância. O Eclesiastes (também chamado de “Sábio”, “Mestre” e “Pregador” em diferentes traduções) afirma que as coisas a que o homem dá valor – como os bens materiais, o trabalho, e a própria sabedoria – são efémeras e sem sentido; “tudo é vaidade,” como o autor escreve. Ele reflete também na injustiça sempre presente no mundo, nas bênçãos que Deus dá aos homens sem que eles possam ficar satisfeitos, e na morte que é o fim de todas as coisas e que nos torna todos iguais, ou seja, em pó. Para o Eclesiastes, a vida ter-
TEMOR A DEUS O “temor a Deus” é um
ao modo como um súbdito
Bíblia. “Ao mesmo tempo que
dos conceitos presentes
encara o seu rei: com um res-
o amamos e desejamos, te-
em Eclesiastes mais difíceis
peito e admiração incomuns,
mos medo de ser esmagados
de entender, pois não se
tendo plena consciência de
pela sua grandeza.”
trata de temor como simples-
que o rei é a autoridade má-
Nos seus provérbios,
mente “medo” ou “terror”. O
xima, capaz de elevar o seu
Salomão fala dos imensos
temor a Deus é uma atitude
súbdito ou de o destruir.
benefícios do temor a Deus,
de profunda reverência e
Também Ed René Kivitz
incluindo a sabedoria. Faz
apreensão em resposta à
associa o temor a Deus à
todo o sentido que o Ecle-
grandiosidade de Deus. No
reverência, à admiração e
siastes, na sua busca pela
seu Journal of Biblical Accura-
ao fascínio: “Deus é grande
sabedoria, também tenha
cy, Anastasios Kioulachoglou
demais,” escreve Kivitz em O
refletido no temor a Deus.
compara o temor a Deus
Livro Mais Mal-humorado da
16 NOV-DEZ 2017
B I B L I O N - R E V I S TA D E L I V R O S , L I V R O S E M R E V I S TA
rena é uma verdadeira aflição, cheia de dor, sofrimento e injustiça, chegando mesmo a constatar que os mais felizes são aqueles que ainda não nasceram e não experimentaram o tédio e a tortura que é a vida. Correr atrás do vento, sofrer na pele as injustiças e os males deste mundo, trabalhar para que outros gozem os frutos do nosso esforço – tudo isto para acabar em pó, sete palmos debaixo da terra, com o nosso nome e os nossos feitos esquecidos no tempo. Tudo é vaidade, é ilusão, é efémero, e desprovido de sentido ou valor; pois a nossa vida é curta, e o nosso fim é inevitável. No meio de toda esta melancolia, o Eclesiastes encontra esperança no temor a Deus, na humildade, e no desfrutar do presente. Ele crê que Deus julgará todos os mortos pelas suas ações em vida e conclui que nos devemos alegrar pelas coisas boas que temos, pois elas são dádivas de Deus e nós não sabemos até quando poderemos usufruir delas. Mil anos depois de Salomão (que supostamente reinou no séc. X a.C.), surge um novo rei-filósofo na forma de Marco Aurélio, o último dos “cinco bons imperadores”, como Maquiavel os apelidou, que governaram o império romano. Contudo, Marco Aurélio distingue-se dos seus antecessores pela sua dedicação à filosofia; a compilação dos seus escritos, ou Meditações, é considerada uma das maiores obras de filosofia greco-romana. Tal louvor não é para menos. As Meditações do imperador romano oferecem uma perspec-
tiva detalhada e singular do estoicismo (escola de filosofia helenística à qual Marco Aurélio pertencia) visto que Marco Aurélio, tal como Salomão, não era apenas um ávido pensador: ele era o líder supremo de Roma, visto como um deus pelo seu povo. No entanto, Marco Aurélio tinha um interesse pouco comum nas tais questões que nos deixam abananados, de tal maneira que mesmo estando em campanha militar ele escrevia sobre a sua perspetiva na vida e no mundo em que vivia. Como seria de esperar, a sabedoria de Marco Aurélio não se enquadra a cem por cento com a do Eclesiastes. Isto acontece sobretudo pela divergência que resulta do monoteísmo judaico com o politeísmo romano e a vertente panteísta do estoicismo. Marco Aurélio acreditava na união de todas as coisas e de todos os seres mortais com o universo; acreditava também no valor da razão e da virtude, essenciais para uma vida em conformidade com o que é natural, em detrimento das emoções e dos prazeres carnais, que os estoicos viam como destrutivos. No entanto, ambos os reis-filósofos concordam que a vida é passageira, um ponto na infinidade do tempo, e que a morte é um fim inescapável, do qual não devemos ter receio se levarmos uma vida da qual não nos arrependemos. Os dois também concordam que a sabedoria é benéfica a todo o homem e que a sua busca é um modo de vida mais do que um simples capricho. Outros pontos de encontro são a exortação que ambos fazem www.biblion.pt
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B I B L I O N - R E V I S TA D E L I V R O S , L I V R O S E M R E V I S TA
MARCO AURÉLIO E OS CRISTÃOS Apesar de Marco Aurélio
“mecenas” da igreja, salien-
cristã em relação a certos
ser considerado um dos im-
tando a forma como ele in-
aspetos. Nas suas Medi-
peradores mais benevolen-
tercedeu em favor dos cris-
tações, o imperador critica
tes anteriores a Constanti-
tãos. Outros testemunhos
a forma fanática como os
no, os cristãos continuaram
igualmente positivos são a
cristãos abraçavam a morte
a ser perseguidos durante o
correspondência do próprio
em defesa da fé, o que ia
seu reinado. Justino Mártir,
Marco Aurélio, onde ele
deliberadamente contra a
por exemplo, foi decapitado
retrata o milagre da Legião
sua filosofia racionalista. A
no co-reinado de Marco Au-
XII Fulminata, e a suposta
sua reflexão constante no
rélio e Lúcio Vero, de acordo
presença de Apolónio o
cumprimento da lei e no
com os textos de Eusébio.
Apologista no senado roma-
valor do bem comum sobre
No entanto, não é claro
no enquanto Marco Aurélio
o individual também podia
até que ponto Marco Aurélio
fora imperador. Apolónio foi
ter em conta a igreja, que
se envolveu pessoalmente
julgado e executado por ser
naquela época era uma
nas perseguições. Sabemos
cristão no reinado de Cómo-
minoria conhecida pela sua
que Marco Aurélio era visto
do, filho de Marco Aurélio,
recusa em prestar tributo
de forma positiva pela igreja
considerado por muitos um
aos deuses romanos e que
nos seus dias: Tertuliano
sucessor incapaz de honrar
dessa forma desafiava a lei
elogia o imperador no seu
o legado do seu pai.
de Roma, e por conseguin-
Apologético, a quem ele
Apesar de tudo, Marco
chama de “protetor” e
Aurélio era contra a postura
para que a vida seja vivida no presente, que experimentemos aquilo que já foi feito pelos nossos antepassados por nós próprios (“nada há de novo debaixo do sol!”), e que obedeçamos à lei, pois ela é aplicada para nosso bem. Creio que não há nada como ler os escritos destes dois líderes para perceber por que é que, milhares de anos após as suas mortes, eles são ainda hoje venerados pela sua sabedoria. Os livros de Eclesiastes e Meditações são 18 NOV-DEZ 2017
te, o poder do imperador.
os pensamentos mais íntimos de dois homens que, apesar dos seus cargos majestosos, mantiveram um julgamento profundo, humilde e realista do mundo e de eles mesmos. Cabe-nos a nós agora seguir nas suas pisadas, buscando sabedoria que ilumina as nossas mentes, limpa os nossos corações, e muda o que nos rodeia através das nossas palavras e ações.
B I B L I O N - R E V I S TA D E L I V R O S , L I V R O S E M R E V I S TA
O LIVRO MAIS MAL-HUMORADO DA BÍBLIA Eclesiastes é um livro conhecido pelo seu tom agridoce e aparentemente desencorajador (“tudo é vaidade!”), mas Ed René Kivitz propõe uma abordagem diferente em O Livro Mais Mal-humorado da Bíblia. Na sua releitura de Eclesiastes, Kivitz realça a forma como o estudo de Eclesiastes proporciona as bases para sabermos lidar com as circunstâncias da vida. Conscientes de que a vida é curta mas de que Deus tem poder sobre todas as coisas, somos estimulados a confiar no plano que ele tem para nós e a viver com gosto. Como escreve Kivitz: “Viva intensamente, com dignidade e confiança em Deus. Faça o melhor que puder, sempre. Entregue-se de peito e coração abertos, crendo que a mão de Deus está sobre todas as coisas e sobre esta vida cheia de desgraças. [...] Viva, porque a gente só vai conseguir vencer a desgraça vivendo, na confiança de que a boa mão de Deus estará sobre nós.”
BIBLIOGRAFIA: https://howtobeastoic.wordpress.com/2015/12/22/meditations-book-xi/ http://www.gutenberg.org/files/732/732-h/732-h.htm#link2HCH0005 https://howtobeastoic.wordpress.com/2017/03/28/marcus-aurelius-and-the-christians/ http://donaldrobertson.name/did-marcus-aurelius-persecute-the-christians/ https://www.amazon.com/gp/product/B00OUY3LMQ?ref_=sr_1_1&qid=1490031249&sr=8-1&keywords=Delphi%20complete%20 Marcus%20Aurelius&pldnSite=1 https://books.google.pt/books?id=TX9DuDb9hgQC&printsec=frontcover&hl=pt-PT&source=gbs_ge_summary_r&cad=0#v=onepage&q&f=false https://www.jba.gr/Articles/nkjv_jbaapr00a.htm http://www.tertullian.org/articles/reeve_apology.htm
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PERSONA
O PROFETA FERIDO
Henri
Nouwen Se as pessoas estão em comunhão com Deus e em comunidade umas com as outras, o ministério será o extravasar natural do seu amor.
P O R PA U L O S É R G I O G O M E S
O P R O F E TA F E R I DO , D E M I C H A E L F O R D . P U B L I C A DO P O R PAU L I N A S E D I TO R A , L I S B OA
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O P R O F E TA F E R I DO
A
personalidade de Nouwen, extremamente carente de afetos, sensível e sempre pronto a cuidar das feridas dos outros, através das suas próprias, deu-lhe o epíteto de “curador ferido”.
Um homem, senhor de uma espiritualidade absoluta, para quem a contemplação faz parte integrante de toda a ação diária para Deus, mas também um ser frágil, dependente do amor dos outros. Vivia numa latente fricção interior, desespero atroz porquanto não suportava o alheamento dos amigos, mesmo que sem intenção, exigindo a sua atenção quando por vezes tal era impossível. Na sua última entrevista à jornalista Rebecca Laird, editora de “Sacred Journey”, Nouwen afirmou que “Estou aqui só para dizer
aquilo que sou e para me pôr à disposição dos outros”. Cinco dias antes da sua morte, Nouwen partiu para a Holanda, a fim de se encontrar com um realizador de televisão como quem viajaria para São Petersburgo, cidade onde iria gravar um documentário sobre O Regresso do Filho Pródigo (vidé Biblion nº1). Tal já não viria a acontecer, pois foi acometido de um enfarte após a chegada a Amsterdam. Hospitalizado de imediato, registou uma
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1932 Nasce a 24 de janeiro, em Nijkerk, na Holanda.
1957 Ordenado sacerdote católico, na arquidiocese de Utrecht.
ligeira melhoria, mas passados poucos dias sucumbiria a um segundo ataque. Henri tinha uma apreciação enorme pela arte, sendo um grande admirador de Vincent Van Gogh, chegando a prefaciar uma obra intitulada Van Gogh and God, onde se enaltecia a espiritualidade que brotava das suas aguarelas. Também na sua carreira como professor catedrático, a influencia do famoso pintor foi expressiva tendo geralmente um impacto muito significativo junto da sua audiência estudantil. Os seus livros primam pela incessante busca da intimidade espiritual, pela partilha das suas feridas da vida com a comunidade, pelo amor incondicional e a ajuda ao próximo. Podiam ser encontrados na Casa Branca, na
1976 Instituto Ecuménico de Collegeville (Minnesota)
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1977-1981 Professor de Teologia Pastoral na Faculdade de Teologia de Yale.
1957-1964
1964-1966
Estuda Psicologia na Universidade Católica de Nijmegen.
Participa no programa de Religião e Psiquiatria da Fundação Menninger (EUA).
mão da então Primeira-Dama norte-americana, Hillary Clinton, ou nos escombros de uma casa destruída por bombardeamentos na Bósnia. Exímio comunicador, deixava uma marca indelével em quantos assistiam às suas conferências, mas por outro lado vivia por vezes numa desesperante insatisfação pessoal, pela falta de atenção, de amizade, de intimidade pessoal até, entregando-se à angustiante solidão, qual “palhaço triste”. Quando, aos cinquenta e quatro anos, espantou quem o conhecia ao abandonar a vida académica para pastorear uma pequena comunidade de pessoas com graves deficiências físicas – L’Arche Daybreak, em Toronto, retirando-se para melhor conhecer as suas
1979 Semestre na Abadia de Genesee, em Piffard (NewYork)
1981-1982 Irmão associado à comunidade da Abadia de Genesee. Viagem à Bolívia e ao Peru.
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1968-1970
1970-1971
1971-1977
Instituto Pastoral de Amsterdam e Instituto Teológico Católico de Utrecht.
Estuda Teologia na Universidade de Nijmegen
Professor associado de Teologia Pastoral na Faculdade de Teologia de Yale.
próprias deficiências. Apesar de um colapso emocional, que o levou à terapia, manteve os seus escritos, expondo-se abertamente e deixando clara a sua homossexualidade, que ele próprio só aceitou nos últimos anos de vida, e que não se pode dissociar do que transpunha nas suas obras. Aquando da sua morte, o consenso ecuménico em torno da figura de Henri Nouwen era de tal forma abrangente que, desde monges ortodoxos orientais a protestantes evangélicos, de católicos radicais a judeus laicos, dos mais diversos quadrantes religiosos “o mundo da espiritualidade contemporânea chorou um dos seus expoentes mais influentes e prolíficos”.
1974 Semestre na Abadia de Genesee, em Piffard (NewYork)
ENDOSSO Quando deparei pela primeira vez com a expressão de Nouwen «movimento descendente», fiquei impressionado, parecendo-me profundamente intuitiva e verdadeira. A forma como o autor recorda a mensagem de Jesus opõe-se a quase tudo o que faz parte da vida moderna, mas ignorá-la foi o que deu origem à maioria dos problemas prementes com que hoje no confrontamos: aquecimento global, pobreza e um sentimento profundo de alienação. Talvez não seja demasiado tarde para mudar, e Henri Nouwen indicou-nos o caminho. P H I L I P YA N C E Y (O esvaziamento de Cristo)
1983-1985 Catedrático e Conferencista na Faculdade de Teologia de Harvard.
1985-1986
1986-1996
Estada de nove meses na Arche, em Trosly-Breuil (França).
Pastor da ArcheDaybreak, em Richmond Hill (Ontário, Canadá)
1996 Morre a 21 de Setembro, em Hilversum (Holanda), com sessenta e quatro anos.
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HENRI NOUWEN - EDIÇÕES EM PORTUGUÊS
BIBLIOGRAFIA O Curador Ferido (Doubleday, 1979; Paulinas, 2001) O Regresso do Filho Pródigo (Doubleday, 1992; A.O. 2003) Adam, o amado de Deus (Orbis, 1997; Paulinas, 1998) Transforma o Meu Pranto em Dança (2007, Thomas Nelson Brasil) O esvaziamento de Cristo (Orbis, 2007; Paulinas, 2008) (Análise a “O Regresso do Filho Pródigo” na Biblion nº1)
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Dose-Dupla
NOVA VERSÃO EM LÍNGUA INGLESA para inglês ler!
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HISTÓRIA
A MAIS CONHECIDA DE TODAS AS ORDENS RELIGIOSAS
Os
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Templários Canal de História
U
ma instituição mítica. Um princípio humilde. Um desfecho execrável. Tudo o que há a saber sobre a Ordem do Templo – a misteriosa ordem militar que ainda hoje faz correr rios de tinta – encontra-se nas mais de 300 páginas deste livro produzido pelo Canal de História. Hoje, os Templários são objeto de fascínio para miúdos e graúdos. A riqueza e poder acumulados ao longo de quase dois séculos, combinados com os rumores de ligações ocultas e a súbita extinção da ordem, granjearam-lhes uma reputação semi-lendária ainda muito popular nestes dias. Mas a verdade da Ordem do Templo como ela existiu na Idade Média é bem diferente das teorias
de conspiração que se formaram em seu redor nos últimos dois séculos. Tudo começou a partir de uma necessidade. A Primeira Cruzada resultara na conquista de Jerusalém aos muçulmanos e na criação de estados cristãos pelos cruzados, mas as estradas que davam à Terra Santa continuavam infestadas de salteadores e bandidos que punham em perigo a vida de milhares de
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peregrinos. Em 1120, um grupo de cavaleiros chefiados por Hugues de Payns resolveu combater essa necessidade de uma forma muito singular. Após um tempo de convivência com os monges do Santo Sepulcro de Jerusalém, os cavaleiros fizeram os votos religiosos de obediência, castidade e pobreza em 1120, ao mesmo tempo que se entregavam de corpo e alma à proteção dos peregrinos. Sem o saber, os “Pobres Cavaleiros de Cristo”, como então se denominavam, tinham fundado a primeira e mais famosa ordem militar da história. Após receber o aval e a regra monacal de Bernardo de Claraval, a Ordem dos Templários legitimou-se como um paradigma não só para monges, mas especialmente para cavaleiros. Dotada de um propósito sagrado e de um rigor intransigente, a Ordem cresceu rapidamente como a elite das forças cruzadas no Outremer. Centenas de cavaleiros deixavam tudo o que tinham para ingressarem na Ordem e se tornarem dignos de honra e da salvação eterna. Através da assistência papal e de numerosas doações oriundas de toda a Cristandade, os Templários cresceram para além da Terra Santa. Desempenharam um papel fulcral na Reconquista, visto que essa não poderia ser bem sucedida sem a intervenção da Ordem. De acordo com o historiador Adriano Vasco Rodrigues, “não teríamos a independência de Portugal, nem a extensão territorial portuguesa, se não fosse pela ajuda dos Templários. Portugal não seria Portugal se não tivesse sido por eles.” Ao longo de quase duzentos anos, os Templários representaram o que todos reconheciam naquela altura como verdadeiros soldados de Cristo: homens que se dedicavam por excelência e sem quaisquer reservas a uma guerra que era tão física quanto espiritual. O hábito branco de pureza, a cruz vermelha, e vários outros detalhes fizeram do
“
[…] A Ordem do Templo pretendia ser uma ordem religiosa, mas os seus membros, longe de se afastarem do mundo, empunhariam a espada contra os inimigos da igreja… TEMPLÁRIOS P. 8 4
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“
Pouco depois da criação da Ordem, houve quem visse com desconfiança e reserva os privilégios e as doações que ela ia acumulando. Curiosamente, as primeiras criticas vieram de dentro da Igreja. TEMPLÁRIOS P. 3 0 5
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Templário um ícone excelso que reunia virtudes heroicas com uma causa e fervor religiosos. Tal brio pela defesa dos lugares santos por parte da Ordem foi essencial na manutenção dos estados cristãos no Médio Oriente, o que não durou muito tempo devido aos esforços contínuos dos poderes muçulmanos e à divisão no seio da nobreza cristã. A queda dos territórios cruzados no Outremer e o relaxamento de muitos membros de comendas distantes dos palcos de guerra ditaram o começo do fim inesperado da Ordem. Apesar da sua história como defensores dos frágeis e oprimidos em terras longínquas e perigosas, os Templários foram rapidamente alvo da inveja e ganância de homens muito poderosos do seu tempo; homens que fizeram uso de toda a sua habilidade e influência para acabar com a Ordem de forma brutal e definitiva. Jacques de Molay, o último grão-mestre da Ordem, fora queimado na fogueira em 1314, depois de tantos outros Templários terem recebido o mesmo fim. Embora a Ordem do Templo tivesse acabado em desgraça, a sua memória continuou viva através de reis sensatos que se negaram a castigar os Templários, ou que, como foi o caso de D. Diniz, restituíram a Ordem sob um nome diferente. Tudo isto e muito mais pode ser lido nesta obra detalhada, que conta com a participação de historiadores e especialistas internacionais como Helen Nicholson e Alain Demurger. Trata-se de um livro importantíssimo para melhor entender uma das instituições mais poderosas da era medieval, assim como a forma como ela impactou a Cristandade do seu tempo.
SIMPLICIDADE
TRADUZIDO E ANOTADO POR THOMAS MERTON
O
Espírito de
Simplicidade Jean-Baptiste Chautard
n
este livro curto, claro e conciso, Jean-Baptiste Chautard e Thomas Merton falam da importância de possuirmos um carácter simples e humilde e de como esse é um principio fundamental para a Ordem Cisterciense de Estrita Observância. “Porquê ler um livro de monges?”, o leitor poderá estar a pensar. A pergunta parece fazer sentido se o leitor não está de forma nenhuma ligado à vida de monge, ou à Igreja Católica sequer. Porém é preciso ter em conta que o monge, embora vivendo numa realidade incomum para a maior parte dos crentes – ainda para mais quando o monge é um trapista, como Chautard e Merton – vive uma vida de completa abnegação de
vontade própria em prol de um bem maior: Deus. É quase natural que um monge dedicado a buscar o Pai em todo o seu tempo eventualmente tenha algo a dizer sobre este tema. Chautard não é exceção. Ao abade de SeptFons, monge da O. C. E. O. e autor de L’Âme de Tout Apostolat (“A Alma de Todo Apostolado”), foi-lhe pedido que escrevesse um texto de encorajamento a freiras que tinham ingressado recentemente na rigorosíssima Ordem. www.biblion.pt
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Chautard respondeu-lhes com a obra que precisavam: “O Espírito de Simplicidade”. Em poucas páginas, Chautard explica a relevância do rigor e da humildade característicos dos Trapistas (outro nome para os monges da O. C. E. O., proveniente da Abadia de La Trappe) na caminhada com Deus e na identidade da própria ordem monástica. Ele refere muitas vezes a Cîteaux, berço da Ordem Cisterciense, na sua exortação a uma vida de simplicidade: “O espírito de Cîteaux é um espírito de simplicidade: isto é, um espírito de sinceridade, de verdade.” Chautard reflete também nos exemplos de Bernardo de Claraval e Bento de Núrsia, modelos de uma vida humilde e devota à vontade de Deus; também menciona constantemente documentos essenciais para a formação e manutenção de uma vida monástica em torno do conceito de simplicidade, como o Exordium Parvum, que ele parece atribuir a Stephen Harding, também ele um monge Cisterciense. Para Chautard, simplicidade é a chave para uma vida em conformidade com o querer de Deus. Ao abordar os costumes da Regra de Cister original, Chautard realça a forma como a humildade e a frugalidade são necessárias para melhor percebermos a nossa condição perante Deus. O monge defende que a sim-
plicidade tem que vir de dentro dos nossos corações antes que produza efeito no nosso exterior: “O amor é o poder que concretiza a união. Produz primeiramente uma união na nossa alma, e em seguida torna a nossa alma num mesmo espírito com o Senhor.” Thomas Merton complementa o texto de Chautard com a sua análise, providenciando numerosos excertos de Bernardo de Claraval para melhor entendermos o pensamento do Abade de Sept-Fons. A partir dos escritos de S. Bernardo, Merton afirma que a simplicidade é uma característica fundamental do crente e que resulta da sobreposição da vontade de Deus no nosso querer. O objetivo de uma vida humilde e abstémica é a união com Deus, algo que está dependente da graça do Senhor, mas para a qual somos preparados quando o espírito de simplicidade habita em nós. Neste mundo cada vez mais focado no consumismo e nos interesses pessoais, O Espírito de Simplicidade mantém-se atual mesmo depois de quase noventa anos desde que foi escrito por Chautard. A obra é uma lufada de ar fresco nos desafia a redirecionarmos os nossos objetivos e a adotarmos um estilo de vida que nos aproxima mais e mais da natureza de Deus.
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30 NOV-DEZ 2017
B I B L I O N - R E V I S TA D E L I V R O S , L I V R O S E M R E V I S TA
O DOUTOR MELÍFLUO Através dos livros Templários e O Espírito de Simplicidade ficamos a conhecer melhor uma das figuras incontornáveis da Igreja na Idade Média: Bernardo de Claraval. O “Doutor Melífluo” – assim chamado pelo papa Pio XII pelos seus dotes soberbos como um orador e escritor persuasivo – foi um dos clérigos mais influentes
I M AG E M : AV E M A R I A P R E S S
do séc. XII, cujas obras e reformas foram determinantes para a Igreja. Bernardo começou a sua vida eclesiástica como monge da então recente Ordem de Cister, mas a sua visão e espírito inabaláveis levaram-no a desempenhar um papel fulcral na reforma da ordem. Cedo ganhou a confiança de líderes eclesiásticos e laicos como um mediador sábio e um homem de fé, sendo convocado por papas e altos membros da nobreza ao longo da sua vida e com o intuito de encerrar disputas tanto do foro espiritual como político. Uma das vozes mais respeitadas do seu tempo, Bernardo de Claraval manteve o fervor religioso da época bem aceso, exortando os cristãos a defenderem a Terra Santa através das Cruzadas e dando o seu apoio à fundação de uma ordem militar religiosa, a dos Templários. Mesmo após a sua morte em 1174, a sua influência perdurou por muitos séculos, sendo ainda uma referência para cristãos nos dias de hoje.
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BEST OF
MENÇÕES HONROSAS
SELEÇÃO
DOS
EDITORES
C. S. LEWIS
O LEÃO, A FEITICEIRA E O GUARDA-ROUPA ERIC METAXAS
TIMOTHY SMITH
THE CHAMBERLAIN KEY
Everything You Always Wanted to Know About God [But Were Afraid To Ask] – The Jesus Edition NICK VUJICIC
IMPARÁVEL NICK VUJICIC
ME DÁ UM ABRAÇO SAM STORMS
TOUGH TOPICS GREG BOYD & PAUL EDDY
MAURÍCIO ZÁGARI
O ENIGMA DA BÍBLIA DE GUTENBERG
ACROSS THE SPECTRUM GARY CHAPMAN
AS 5 LINGUAGENS DO AMOR GREG KOUKL
THE STORY OF REALITY RICHARD FOSTER
CELEBRAÇÃO DA DISCIPLINA PAOLO SQUIZZATO
AMY & CRAIG GROESCHEL
ATÉ QUE A MORTE NOS SEPARE
ELOGIO DA IMPERFEIÇÃO TIMOTHY KELLER
ORAÇÃO
WAYNE GRUDEM
A POBREZA DAS NAÇÕES HENRI NOUWEN
O REGRESSO DO FILHO PRÓDIGO DIETRICH BONHOEFFER ED RENÉ KIVITZ
O LIVRO MAIS MALHUMORADO DA BÍBLIA 32 NOV-DEZ 2017
DISCIPULADO EUGENE PETERSON
A LINGUAGEM DE DEUS
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C. S. LEWIS
O LEÃO, A FEITICEIRA E O GUARDA-ROUPA EDITORIAL PRESENÇA
Edição nº 5 SET/OUT 2017
O segundo volume das Crónicas de Nárnia (o primeiro por data de publicação) é um marco da genialidade de C. S. Lewis, que habilmente transformou a crucificação e ressurreição de Cristo num conto aliciante. O Leão, a Feiticeira e o Guarda-roupa relata as peripécias de Peter, Susan, Edmund e Lucy Pevensie, quatro irmãos que
chegam ao mundo mágico de Nárnia e são encarregados de libertarem os seus habitantes da malvada Feiticeira Branca. Uma história repleta de drama, bravura e redenção, O Leão, a Feiticeira e o Guarda-roupa é para muitos uma das melhores obras de literatura infantil de sempre, claramente merecedor de um lugar no nosso Top 15.
ERIC METAXAS
Everything You Always Wanted TO
Know About God (But Were Afraid to Ask) – The Jesus Edition BAKER BOOKS
Edição nº 4 JUL/AGO 2017
De uma forma bastante original e educativa, Eric Metaxas convida o leitor a descobrir quem Jesus realmente é no seu livro Everything You Always Wanted to Know About God (But Were Afraid to Ask) – The Jesus Edition. Destinado a uma audiência que não está familiarizada com Cristo, o livro
descreve Jesus em grande detalhe, no estilo de uma série de perguntas e respostas que tornam a mensagem mais informal e apelativa ao público. Esta obra de Metaxas garante assim um lugar no Top 15, provando que o ensino bíblico pode e deve ser uma experiência divertida e cativante.
NICK VUJICIC
IMPARÁVEL WATERBROOK press
Edição nº 4 JUL/AGO 2017
Imparável conta-nos alguns dos momentos mais marcantes da vida de Nick Vujicic, o famoso autor e evangelista australiano que nasceu com tetra-amelia (isto é, sem braços e sem pernas). Nesta obra motivadora Nick explica como foi capaz de ultrapassar
a sua condição através da sua fé em Cristo e como nós podemos superar os nossos obstáculos. O nosso Top distingue esta obra revitalizadora pela sua mensagem de fé e esperança para todos os que estão a passar por momentos difíceis nas suas vidas.
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BEST OF
NICK VUJICIC
Me Dá Um Abraço MUNDO CRISTÃO
Edição nº 1 VERÃO 2016
O evangelista australiano Nick Vujicic destaca-se dos demais autores presentes neste Top 15 ao ter não uma, mas duas obras suas na lista. O seu livro infantil Me Dá Um Abraço fala-nos da história de Nick, desde o seu nascimento aos dias de hoje. Nick realça a sua luta com tetra-amelia e as
dificuldades que esta síndrome rara levantaram no seu dia-a-dia, assim como o papel da fé em superar a sua condição e em “abraçar” as suas qualidades e oportunidades. Este é um livro para crianças com uma mensagem forte e madura, digno de estar presente no Top 15.
SAM STORMS
Tough Topics CROSSWAY
Edição nº 4 JUL/AGO 2017
O livro temerário de Sam Storms faz parte do nosso Top 15, destacando-se pelo seu conceito e rigor bíblicos. A premissa do pastor norte-americano é simples: analisar 25 dos temas mais espinhosos da teologia e espiritualidade Cristãs de acordo com o que as Escrituras dizem. Desde os dons
de espírito aos dízimos, Sam Storms examina cada tópico com um detalhe absoluto, recorrendo a inúmeras passagens bíblicas para descomplicar estes temas ao leitor. Com um conteúdo abrangente e vital para o mundo Cristão, Tough Topics é certamente um dos Top 15 das últimas seis edições.
GREG BOYD & PAUL EDDY
Across the Spectrum BAKER ACADEMIC
Edição nº 3 INVERNO 2016
34 NOV-DEZ 2017
Gregory A. Boyd e Paul R. Eddy marcam presença no nosso Top com o livro Across The Spectrum, uma obra de teologia evangélica louvada pelo seu rigor e transparência. O livro contende a panóplia de posições que dividem os Cristãos em vários temas como a Criação, o livre-arbítrio, e o batismo. Esta
é sem dúvida uma obra que edifica e preserva o espírito Cristão, em que Boyd e Eddy demonstram respeito absoluto pela variedade de opiniões e amor pela verdade como poucos autores deste meio literário o fazem.
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GARY CHAPMAN
AS 5 LINGUAGENS DO AMOR nexo editorial
Edição nº 3 INVERNO 2016
As 5 Linguagens do Amor, de Gary Chapman tornou-se um bestseller mundial, pois a sua abordagem simples e alicerçada em casos comuns, conclui que existem apenas cinco tipos de linguagem comunicacional a serem identificadas por forma a criar um relacionamento saudável e
duradouro entre os casais. O segredo reside em descobrir a linguagem do amor da cara-metade, e isso irá ajudar a relacionar-se com o parceiro e ajudará a compreender os desafios próprios da vida a dois. Um livro indispensável quando o Amor é...
GREG KOUKL
THE STORY OF REALITY ZONDERVAN
Edição nº 3 INVERNO 2016
Trata-se de um livro de inestimável saber apologético que, como refere Tom Challies, o autor/reviewer que graciosamente nos permitiu a sua tradução, The Story of Reality (A História da Realidade), de Greg Koukl, conta a história do mundo através duma lente panorâmica com cinco partes. O subtítulo assenta na perfeição: “Como começou o Mundo, Como
Acabará, e Tudo o que de Importante Entretanto Acontece”. E acrescenta, “Koukl estrutura a sua apresentação da história da realidade em torno de cinco temas: Deus, Homem, Jesus, Cruz e Ressurreição”, demonstrando “que a Bíblia faz sentido ao mundo inteiro, que forma a base duma cosmovisão satisfeita, coesa e coerente”.
RICHARD FOSTER
CELEBRAÇÃO DA DISCIPLINA EDITORA VIDA
Edição nº 2 OUTONO 2016
Estamos perante um dos livros que deveria fazer parte da estante de qualquer pessoa, não necessariamente cristã. Celebração da Disciplina é um dos livros mais influentes da literatura moderna. Foster profusamente insiste ao longo do livro, que a vida merece ser disfrutada com tranquilidade, de forma simples. O tempo tem o seu próprio ritmo, e deve ser lento, silencioso.
Também a sua leitura requer calma, estudo, meditação. Cada disciplina versada aqui é uma ferramenta valiosa para a progressão numa longa caminhada de crescimento espiritual e de um relacionamento único com Deus. A solo, ou inserido num estudo em grupo, trata-se de uma obra fundamental, de leitura obrigatória para todos. www.biblion.pt
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PAOLO SQUIZZATO
ELOGIO DA IMPERFEIÇÃO PAULINAS EDITORA
Edição nº 2 OUTONO 2016
Elogio da Imperfeição é um livrinho de leitura fácil e inspiradora. Aqui o autor expõe as nossas fraquezas naturais - a nossa imperfeição, não deixando de nos levar a refletir sobre nos reconciliarmos com Deus e o mundo que nos rodeia. Guiando-nos pela leitura harmoniosa e perdoadora das nossas fragilidades urge-nos
a assumirmos quem somos e como somos, imperfeitos e pecadores. Squizzato acompanha-nos na caminhada da reconciliação, através do amor, do perdão e da misericórdia, primeiro connosco próprios, sem justificações estéreis, mostrando-nos que existe uma saída, confiando em Deus.
TIMOTHY KELLER
ORAÇÃO EDITORA VIDA NOVA
Edição nº 2 OUTONO 2016
Tim Keller leva-nos a entender os pilares básicos de uma vida centrada na comunhão com Deus, através da oração. Repleto de anotações, o que confere ao livro uma riquíssima maisvalia, Keller leva-nos a questionar a forma, e os hábitos, como nos dirigimos a Deus, o momento apropriado, o ambiente adequando, a espera
por resposta. Trata-se de um manual extremamente útil e prático, conduzindo o leitor a uma descoberta do deleite que constitui essa comunhão intima com Deus, constantemente alicerçada em fundamentos bíblicos, e sugestões práticas para atingir a plenitude dessa entrega incondicional.
WAYNE GRUDEM & BARRY ASMUS
A POBREZA DAS NAÇÕES EDITORA VIDA NOVA
Edição nº 4 JUL/AGO 2017
36 NOV-DEZ 2017
Tal como Rick Warren, pastor da Saddleback Church, menciona na apresentação, “já faz algum tempo que espero por um livro como este”. Não que outros bons livros não abordem este tema, alguns até serviram de estudo aos autores, mas este precisava mesmo de ser escrito. Grudem e Asmus abrem o livro dando conta do seu objetivo com esta obra: propor uma solução sustentável para a po-
breza nas nações pobres do mundo, baseando tanto na sua história económica como nos fundamentos bíblicos. A solução proposta pelos dois catedráticos não tornará todos os países pobres em ricos, mas pretende elevar o nível de vida de todas as pessoas, criando oportunidades para que os mais desfavorecidos também vejam a prosperidade chegar a eles.
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HENRI NOUWEN
O REGRESSO DO FILHO PRÓDIGO EDITORA A.O.
Edição nº 1 VERÃO 2016
O Regresso do Filho Pródigo, editado em português pela Editora A.O., é um poderoso hino à humilde cura através do perdão, da reconciliação, da incondicional permissão para nos recolhermos nos braços do Deus omnipotente. Ao lermos o livro, somos literalmente transportados para o contexto da parábola do filho pródigo, mas confrontando-nos com os nossos comportamentos face a atitudes como
o ressentimento, a insubordinação, ou o orgulho. Sendo uma obra que conta a experiência espiritual de Nouwen, com a qual o leitor provavelmente se identificará, podendo encontrar respostas a dilemas pessoais, como uma terapia afetiva ou de relacionamentos, não deixa de ser uma oportunidade para apreciar a arte e o talento de Rembrandt.
DIETRICH BONHOEFFER
DISCIPULADO MUNDO CRISTÃO
Edição nº 1 VERÃO 2016
Bonhoeffer alerta-nos para o facilitismo e um certo “embaratecimento” dos crentes ao corresponder à mensagem Cristã, apelidando mesmo de “graça barata”, desafiando-nos a questionar a forma leviana como nos submetemos a Cristo. Tomando o Sermão do Monte como esteio do seu discurso, ilustra-nos a comunhão do discipulado, ao ponto de demonstrar
que “o mérito da justiça do discípulo consiste em que, entre ele e a lei, está aquele que cumpriu a lei inteiramente, aquele com quem o discípulo está em completa comunhão”. É um trabalho provocativo, instando a que atuemos, saiamos do nosso conforto. É um livro denso, exigente, mas fundamental a todo aquele que deseja realmente ser um verdadeiro… discípulo de Cristo!
EUGENE PETERSON
A LINGUAGEM DE DEUS MUNDO CRISTÃO
Edição nº 5 SET/OUT 2017
Grande mestre no estudo da Palavra de Deus, autor de A Mensagem, Eugene Peterson sonda a profunda sabedoria subjacente aos variados aspetos da linguagem usada por Jesus, descrevendo os diferentes tipos de comunicação utilizada por Deus para o nosso entendimento. O autor expõe a oração de Jesus na Cruz, as
suas últimas sete “palavras da cruz”. Sete orações e uma só frase. Nenhum dos Evangelhos as relata todas. Peterson optou por apresentá-las numa sequência harmoniosa, com uma coerência interior. As sete orações são metáforas, reais, que somos convidados a usar nas nossas orações quotidianas. Indispensável! www.biblion.pt
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EFEMÉRIDE
CENTENÁRIO DA MORTE DE OSWALD CHAMBERS
Biddy
A Senhora Chambers Michelle Ule
Esta mulher chama-se Gertrude Annie Hobbs, “Biddy” como afetuosamente era tratada, e incondicionalmente aceitou o desafio que lhe foi apresentado por Oswald Chambers em plena Catedral de São Paulo, em Londres. Uma proposta algo surpreendente, pois Chambers era um virtuoso pregador itinerante, que vivia para proclamar o Evangelho, e sem intenções de formar família. Sem salário nem habitação permanente, e por conseguinte sem condições para sustentar uma mulher, muito menos uma casa. De uma família da vitoriana classe média, e perante o falecimento prematuro do pai, Biddy cedo teve de procurar recursos para apoiar a mãe, aplicando o excelente conhecimento gramatical, e a sua destreza ao piano para se especializar em dactilografia, competência muito valorizada entre as mulheres,
atendendo ao desenvolvimento industrial e empresarial da época. Com a irmã mais velha, trabalhavam em Londres, e juntamente com a mãe, serviam ativamente na Igreja Baptista de Eltham Park, liderada pelo Reverendo Arthur C. Chambers, irmão de Oswald. Embora reservada na sua vida espiritual, aproveitava os sermões para praticar estenografia, o que a ajudava a assimilar melhor o que ouvia. Essa qualidade viria a ser fulcral para que milhões viessem a conhecer os escritos e sermões do futuro marido. No centenário do súbito falecimento de um dos maiores vultos da propagação do evangelismo, em plena I Guerra Mundial, uma boa sugestão para conhecê-lo através do testemunho da mulher que prosseguiu a sua missão por meio dos livros e devocionais.
M R S . O S WA L D C H A M B E R S , D E M I C H E L L E U L E . P U B L I C A DO P O R B A K E R B OO K S , U S A
38 NOV-DEZ 2017
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O
que pode uma mulher esperar de um casamento com um homem totalmente comprometido com Deus? Alguém que diz “não ter mais nada a oferecer-lhe que o seu amor e um serviço permanente a Ele”?
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Devoc 40 NOV-DEZ 2017
I M AG E M : w e s t mi n s t e r j o h n k n o x p r e s s
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cionais DIA-A-DIA, O ANO INTEIRO
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Devoc BV BOOKS
O DESAFIO DE AMAR STEPHEN E ALEX KENDRICK
Do filme Prova de Fogo, um êxito da cinematografia cristã com um significativo impacto a nível global, surgiu a série de livros devocionais O Desafio de Amar, especialmente dedicados, tal como o filme, a casais enfrentando crises no casamento. Trata-se de um os melhores instrumentos para restauração de relacionamentos, de confiança e união entre marido e mulher. Não se trata de mudar o parceiro para que seja o que desejamos, mas sim aprender a amar verdadeiramente. Mais do que
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sentimento, amar é também uma decisão. Estruturado para ser seguido em conjunto pelo casal, ao longo de 40 dias, com três elementos diários. Em cada dia propõe-se uma sã discussão sobre uma faceta do amor, um desafio para o casal se entregar dedicadamente, terminando com um espaço para anotar o que estão a aprender do estudo, como estão reagindo aos desafios, como cada um evolui no programa. Ouse amar, incondicionalmente!
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cionais WJK PRESS
ADVENT FOR EVERYONE N. T. WRIGHT
Uma Viagem com os Apóstolos, é este o subtítulo dado por N. T. Wright a um devocional especificamente direcionado para a época do Advento, quatro semanas de leitura diária seguindo a própria reflexão do autor, ajudando o leitor a entender a preparação para o nascimento de Jesus. O Advento, de “vinda”, refere-se à chegada de Jesus, e os cristãos vivem na esperança da segunda vinda de Cristo. O autor, qual mestre, que é, do ensino teológico escreveu este breve devocional com o objetivo de instruir os seguidores de Cristo, a personificarem, como ele apelida, a comunidade do Advento (não confundir com “adventista”). Wright elaborou esta obra no propósito de que os crentes sejam “luz num mundo de trevas, gente de esperança em
tempos e locais de desespero.” Advent for Everyone (O Advento para Todos) não é uma devocional comum, de leitura breve, com oração. A sua estrutura requer a dedicação de um tempo diário suficiente para o estudo da transposição que o próprio N. T. Wright faz do excerto bíblico selecionado, bem mais do que um breve versículo. Como é seu timbre, a escrita de Wright é sempre rica em simplificar a prosa, facilitando o seu entendimento. Semanalmente, é dada atenção a um dos temas da época: ação de graças, paciência, humildade e alegria. Cada segmento diário termina desafios ao leitor para introspeção reflectiva, ou para discussão em grupos de estudo bíblico. Muito recomendável para “pessoas que seguem Jesus.”.
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Devoc PAULINAS EDITORA
O SOPRO DA VIDA INTERIOR JOAN CHITTISTER
A premiada autora Joan Chittister, freira beneditina norte-americana, é hoje um dos nomes mais procurados, tanto seja pelos seus livros, marcados pela ênfase na oração, como pelo seu ministério como oradora de reputação mundial. Realmente O Sopro da Vida Interior, publicado em Portugal pela Paulinas Editora, inclui dois livros: O Sopro da Alma e A terna misericórdia de Deus. Enquanto o primeiro é composto de quarenta e duas reflexões sobre o tempo passado com Deus, ajudandonos a adquirir as corretas “atitudes que nos preparam para a oração”, o segundo Em O Sopro da Alma, a autora baseia cada texto numa frase de antigos mentores espirituais, de Juliana de Norwich a Francisco de Assis, conferindo-lhe depois o seu cunho pessoal, complementando com uma
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menemónica diária, para ser inculcada mentalmente, terminando com uma porção das Escrituras. Sugere a autora que seja lido de forma aliatória, segundo o interesse que tiver sobre cada tema. Na segunda parte, mais pequena, reflete-se sobre o perdão, onde se abordam ainda temas como a culpa e a cura. Justifica-se, segundo o editor, este “dois em um”, possibilitando “um olhar mais amplo à obra global da autora, e que convida a um caminho espiritual maturado.” O Padre Tolentino Mendonça destaca Chittister como sendo um escritora relevante para quantos buscam inspiração e espiritualidade, “como no seu tempo foi Thomas Merton [ndr: ler o artigo na pág. 29] ou, mais recentemente, Henri Nouwen [ndr: ler o artigo na pág. 20].
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cionais ZONDERVAN
DAILY POWER CRAIG GROESCHEL
Para começar bem o dia, combatendo a letargia matinal, nada melhor do que uma leitura bem disposta e estimulante. Melhor ainda quando o autor coloca uma ênfase especial na motivação para encarar a jornada. Craig Groeschel já nos habituou às suas dinâmicas inovadoras, e desta vez surpreende por fazê-lo também através de um formato que desconhecíamos nele – o devocional. Apesar de a leitura matinal aconselhar ao recato, à meditação tranquila, com Daily Power isso é possível enquanto lemos o versículo bíblico com que se inicia este tempo com Deus. Passando ao texto diário de Groeschel, a “potência” dos seus argumentos, das suas palavras de encorajamento, de nos retirar
das profundezas do desalento para nos elevar ao topo do fortalecimento humano, torna esta prática diária num “ginásio espiritual”. Vemos que se trata de um projeto devocional bem estruturado, com mensagens apropriadas ao dia, o que nem sempre acontece com outros projetos que incluem mensagens aleatórias sem correspondência à ocasião (ex: Dia de Ano Novo, Natal, Ação de Graças). E para acabar a sessão, com um “push” extra, o Power Lift (trad: Incremento de Energia), Craig coloca o leitor a falar “olhos-nosolhos” com Deus, potenciando a nossa atitude com a confiança e dependência em Cristo necessárias para todo o dia. www.biblion.pt
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I L U S T R AÇ ÃO : V I TO R M A R I N I
I M AG E M : W E B S I T E M U N DOC R I S TAO. CO M . B R
Devocionais ED. MUNDO CRISTÃO
SOBRE VIVER
UM PROVÉRBIO PARA CADA DIA DO ANO ED RENÉ KIVITZ
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46 NOV-DEZ 2017
Os tempos modernos e pós-modernos parecem ter oferecido a busca da felicidade pessoal e particular, em termos de máximo prazer e satisfação de desejos, e mínimo sofrimento, como o mais elevado propósito da existência humana. Não duvido que passaremos para a história como a geração mais fútil e vazia da saga humana. Acreditamos na supremacia da razão, na potência da ciência e da tecnologia, na racionalidade das ideologias políticas e na utopia do Estado promotor da justiça e da equidade. Mas no anoitecer, caímos nas mãos do obscurantismo dos fundamentalismos religiosos, nas ridículas pseudo verdades da
auto-ajuda, e construímos uma sociedade mercado onde tudo se compra e vende, inclusive almas e vidas humanas. A tradição espiritual judaico cristã oferece um suplemento de alma para o mundo. Aponta um caminho de sentido no chão da vida: a sublimidade da convivência familiar, a singeleza da amizade, a dignidade do trabalho, a prática da justiça e da generosidade, a celebração da existência, mesmo com todas as suas contradições e paradoxos, como dádiva de Deus. Ed René Kivitz F O N T E : M U N DOC R I S TAO. CO M . B R
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C H R I S T Y AWA R D S
LIVRO NOMEADO PARA OS PRÉMIOS LITERÁRIOS 2017
MIRIAM
MESU ANDREWS
autora de
THE PHARAOH’S DAUGTHER
48 NOV-DEZ 2017
B I B L I O N - R E V I S TA D E L I V R O S , L I V R O S E M R E V I S TA
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m mais um exclusivo, a Biblion oferece aos seus leitores um dos livros nomeados para a presente edição dos “Óscares” da literatura cristã norte-americana – os Christy Awards. Miriam, de Mesu Andrews, está selecionado entre os três finalistas na categoria “Historical”. Mesu Andrews tem-se especializado, através das suas novelas da série “Tesouros do Nilo”, em dar vida a personagens bíblicas femininas, como aconteceu com os anteriores sucessos literários Love Amid the Ashes e The Pharaoh’s Daugther (A Filha do Faraó). Sendo uma estudiosa das Escrituras, Andrews dá-nos a conhecer nesta ficção histórica várias figuras da Bíblia que pensávamos... conhecer. O rigor das descrições, o envolvimento dos personagens, a profundidade do
enredo, transpor ta-nos para a época do Êxodo, em que no Egito se viviam eventos penosos para o povo de Israel. Embora o seu nome seja pouco mencionado na Bíblia, Miriam tem um papel fundamental na fuga dos Israelitas, perseguidos pelo exército do Faraó. A irmã de Moisés, uma profetisa que cuidava dos escravos às mãos dos egípcios, foi afligida por inúmeras maleitas, acabando por morrer já no final dos 40 anos de travessia errante. PA U L O S É R G I O G O M E S
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GENEROSIDADE
GIVING IT ALL AWAY... AND GETTING IT ALL BACK AGAIN
O Modo de I M AG E M : Z O N D E R VA N . CO M
Viver
Generosamente David Green com Bill High
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que poderá, o 234º multimilionário mais rico do mundo, com uma fortuna avaliada em mais de seis mil milhões de dólares, ensinar-nos sobre como viver generosamente? Talvez um artigo de 2012 da revista americana Forbes ajude a entender quando começa por referir que “David Green insiste que Deus é o verdadeiro dono” da sua empresa, a Hobby Lobby.
Green conduz a sua vida segundo os preceitos bíblicos, aplicando-os na sua vida empresarial, e é essa experiência de quase 50 anos que desejou partilhar neste livro com um extenso título - “Giving it all away... and getting it all back again” (trad. “Dando tudo... e recebendo tudo de volta”), tal como a catadupa de exemplos aqui expressos. Do arranque
com um empréstimo de seiscentos dólares, na cozinha, com os filhos a produzir pequenas molduras, por sete cêntimos a peça, à aplicação da sua “parceria” com Deus na condução das suas decisões do dia-a-dia, fazendo de cada situação uma oportunidade para dar, disfrutando da riqueza de receber de volta.
G I V I N G I T A L L AWAY . . . A N D G E T T I N G I T A L L B AC K AG A I N , D E DAV I D G R E E N . P U B L I C A DO P O R Z O N D E R VA N , G R A N D R A P I D S , M I - E UA
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para propagar a Palavra de Deus a todas as pessoas. Nesse espírito, nasceram vários empreendimentos cujo legado familiar, se bem que pouco expressivo, tem uma envergadura singular, como o suporte cooperativo Every Tribe Every Nation, que visa acelerar e coordenar as diferentes traduções da Bíblia, implementando um sistema padronizado de desenvolvimento de conteúdos digitais, assente numa credível biblioteca bíblica digital. A App da Bíblia, da YouVersion (ndr: apresentada na edição anterior da Biblion), beneficia grandemente deste conjunto de iniciativas agregando o maior repositório digital de versões e traduções da Bíblia, incluindo o português.
IMAGEM: MUSEUM OF THE BIBLE
Mas não só relata os desafios com a gestão diária dos negócios, mas também da sua intervenção social, como o célebre caso Burwell vs. Hobby Lobby que chegou ao Supremo Tribunal americano, quando o governo federal ordenou que as empresas fornecessem medicamentos contracetivos às funcionárias, o que contrariava as convicções religiosas da família Green. A multa diária superior a um milhão de dólares não os intimidou, a perda do processo significaria o fim da empresa e o desemprego de 32 mil pessoas, e avançaram para uma batalha judicial que no fim, em 2014, acabou dando razão a Green, excetuando-a de cumprir a determinação governativa. O livro reflete um conjunto de lições que David aprendeu, o legado tangível, mas sobre-maneira o intangível, que a vida lhe permitiu beneficiar, não pela busca de riqueza material, mas de graça divina. Filho de um pastor, David cedo absorveu o caráter generoso personificado na vida de seus pais, pois apesar de os recursos financeiros serem escassos tinham sempre algo para partilhar. Ao longo da sua extensa vida empresarial e filantrópica, e embora continue liderando o império de artigos decorativos, tem-se envolvido em projetos de significativo impacto na sociedade. David Green apela «ao sentido de urgência no que respeita às prioridades de Deus sobre os recursos que nos foram dados». A família Green não só tem assegurado uma legado financeiro sustentável, como segue as diretrizes bíblicas para abençoar outros, contribuindo
O M U S E U DA B Í B L I A , E M WA S H I N G TO N , DC
Outro grandioso compromisso que os Green têm desenvolvido prende-se com o inovador Museu da Bíblia (ndr: também apresentado na última edição), com abertura ao público em Novembro, composto pelo maior acervo de Bíblias do mundo, com o objetivo de contar a narrativa, a história e o impacto da Bíblia.
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VB IA ÍB GLEI N AS
THE WILDER TRAIL
Viajando pelo Mundo de Laura Ingalls AUTORA DA SÉRIE “A CASA DA PRADARIA”
Q
com imagens, mapas, desenhos. Chega mesmo a dedicar um breve capítulo sobre como criar um jardim replicado dos vários que Laura descreveu nos seus escritos, tenha o leitor um pequeno canteiro na marquise ou uma fazenda com vários hectares A segunda parte da obra é dedicada à sugestão de uma visita guiada pelas regiões que fizeram parte dos noventa anos de vida de Laura, que ela visitava regularmente com o marido, Almanzo, com propostas de atrações “verdes” apropriadas para quem partilha do estilo de vida “tin can tourist” (turista em lata), ou seja, os entusiastas de percorrer longas viagens de carro. Um itinerário preparado para para adeptos da vida ao ar livre que ela tanto apreciava, os campos, flores e plantas, as suas casas e quintas. Recomenda-se ao turista que retire o devido tempo para se aventurar na natureza, observando não só a flora local, como animais, pássaros, a paisagem. McDowell tem em conta o significado de cada destino na vida de Laura Ingalls, para oferecer alternativas para maravilhosos passeios através do Wilder Trail – o trilho que Laura nos deixou em legado através da sua obra literária. PA U L O S É R G I O G O M E S
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52 SET-OUT 2017
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F OTO S N E S TA S PÁG INA S :
Comemorando o 150º aniversário do nascimento de Laura Ingalls Wilder, a filha do meio do casal Ingalls, Marta McDowell, que leciona paisagismo histórico e horticultura no New York Botanical Garden, efetuou uma exaustiva pesquisa entre materiais da época e atuais, documentos e anotações originais, fotografias e ilustrações, elaborando numa única obra o trilho percorrido pelos Ingalls e o património arbóreo desenvolvido em cada local. Percorrendo vários estados americanos, a partir dos bosques do Wisconsin, passando pelo norte do estado de Nova Iorque, os territórios Índios do Kansas, os riachos de Iowa e Minnesota, as pradarias do Dakota do Sul, até às Grandes Planícies e à cordilheira das Ozarks, no Missouri. Trata-se de uma verdadeira peregrinação pelos locais-santuário da autora de Little House in the Prairie (A Casa na Pradaria). Ao longo do livro, a autora, especialista em jardinagem, descreve exaustivamente cada etapa da vida de Laura, tanto na infância como se vê na série televisiva como já na vida adulta, sempre com o tema da cultura agrícola, da botânica e do trabalho rural em fundo, profusamente ilustrado
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uem não se recorda da série A Casa na Pradaria, que contava a história de uma família de colonos que, em pleno séc. XVIII, percorria os novos territórios do Midwest Americano em busca de sustento e prosperidade? Na verdade, a dureza da época era tal que a aventura se cingia a uma permanente luta pela sobrevivência.
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