Revista SP Notícias No. 07

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SPnotícias ANO 1 l NÚMERO 7

Saúde modelo

Ambulatórios Médicos de Especialidades inovam no atendimento e reforçam o sistema de saúde pública integrada

Operação Verão prepara o litoral para os turistas

Vale do Paraíba vira um polo de alta tecnologia

Município Verde elege as cidades mais ecológicas

Como é o trabalho do Instituto de Criminalística


editorial

Saúde mais ágil e descentralizada Um dos maiores esforços do governo do Estado concentra-se na melhoria do sistema público de saúde. Sem tempo a perder, ele pôs em prática um novo modelo de atendimento integrado ao criar o Ambulatório Médico de Especialidades. Conforme mostra a reportagem de capa desta edição, os AMEs são centros médicos que estão em um patamar intermediário entre as unidades básicas de saúde e os hospitais gerais. Estão aptos a cuidar de situações de média complexidade, que não necessitam da intervenção de hospitais, os quais, diante dessa descentralização, podem se dedicar ainda mais aos casos de urgência e procedimento cirúrgicos. Para se ter idéia da importância dos AMEs para desafogar os hospitais, o Ambulatório de Carapicuíba tem capacidade para fazer por mês 13 mil consultas e 9 mil exames. O primeiro AME foi inaugurado em junho de 2007, no bairro de Itaquera, na zona leste da capital. A partir dali, mais dez unidades começaram a atender pacientes em diversas especialidades, como cardiologia, dermatologia, oftalmologia e ginecologia. A meta do governo é construir, até 2010, outros 29 centros espalhados por todo o Estado. Nesta época de férias de verão, a Secretaria da Saúde também vem se empenhando em oferecer um atendimento adequado nos hospitais das cidades do litoral paulista, cuja população aumenta consideravelmente para aproveitar a estação quente nas praias. Mas o governo do Estado se preocupou também com a infraestrutura em outras áreas, como a segurança e o saneamento, para garantir total tranquilidade e conforto a milhares de turistas que vão à Baixada Santista e litoral norte. Confira todas as ações colocadas em prática na reportagem sobre a Operação Verão. Se o litoral recebeu toda a atenção para a chegada dos visitantes, a região do Vale do Paraíba vem ganhando investimentos para se tornar, cada vez mais, um polo de alta tecnologia, cultura e mão-de-obra qualificada. Acompanhe todas as iniciativas do governo do Estado para transformar São José dos Campos e outras 38 cidades em um dos centros mais estruturados de São Paulo. Na seção Bastidores, SPnotícias acompanhou durante um dia o importante trabalho do Instituto de Criminalística, também conhecido como Polícia Técnica. A reportagem aborda a atuação dos peritos dos vários núcleos do instituto – um dos mais conhecidos é o de Balística –, que ajudam os investigadores na solução de crimes cometidos no Estado. Vale a pena conferir. Boa leitura e até a próxima edição.

A partir desta edição, estamos adotando a nova ortografia comum ao países de língua portuguesa, que entrou em vigor no Brasil em 1º de janeiro. Portanto, não estranhe ao ver, por exemplo, a palavra infraestrutura sem o hífen.

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SPentrevista “O programa Pró-Trator permite que o produtor compre um trator mais moderno a juro zero”

FOTOS: BRUNO MIRANDA

Campo fértil para o agronegócio Setor cresce 18,4% graças ao aumento de produtividade e investimento Enquanto o agronegócio brasileiro teve crescimento abaixo de 10% em 2008, o do Estado de São Paulo chegou a 18,4% em comparação a 2007. Para o secretário da Agricultura e Abastecimento, João de Almeida Sampaio Filho, o número se deve ao forte investimento do governo do Estado na produção e em pesquisas. Mas houve outras conquistas, como o lançamento do Pró-Trator e a aplicação dos recursos no programa Melhor Caminho, como ele conta a seguir.

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SPnotícias: Que balanço o senhor faz das ações da secretaria no decorrer de 2008? João de Almeida Sampaio Filho: O agronegócio paulista cresceu 18,4%. A produção do Estado aumentou e os produtores estão novamente engajados nas questões de política pública. Na parte sanitária, voltamos a ser reconhecidos pela União Europeia e pela Organização Internacional de Saúde Animal como Estado livre da febre aftosa. Estávamos impedidos

de exportar nossa carne desde 2005. O programa Melhor Caminho teve o melhor resultado desde seu lançamento, há 12 anos. E o Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (Feap), nosso braço de financiamento, ampliou as aplicações, criando a possibilidade para lançarmos o Pró-Trator, um programa inédito de compra de trator a juro zero. SP: A que se deve o crescimento de 18,4% no agronegócio paulista? Sampaio: Houve, claro, o fator macroeconômico – o aumento de preços – e o fator produtividade. Vamos dar o exemplo do trigo. São Paulo lançou o Trigo Paulista de Qualidade, programa inédito em que a secretaria, em parceria com alguns moinhos, ofereceu sementes de trigo de qualidade adaptadas ao nosso clima e solo. Os moinhos compraram as sementes, repassaram aos produtores e assumiram o compromisso de comprar deles a produção por um preço melhor que o de mercado. De 2007 para 2008, a produção de trigo cresceu 109% e a área plantada aumentou 70%. A cana teve oferta maior que a demanda e os preços do açúcar e do álcool caíram. Mesmo assim, o Estado ajuda na produção, seja na melhoria do escoamento como no material genético que estamos disponibilizando. São Paulo é o maior produtor brasileiro de borracha, e isso é um trabalho que começou no Instituto Agronômico de Campinas, que forneceu sementes e mudas 20, 30 anos atrás. Tem mais: houve uma receita de 1,4 bilhão de reais com ovos, e o Instituto Agronômico de Campinas lançou uma variedade de arroz para o risoto, lan-

çou o arroz preto e tem trabalhado com frutas sem caroço, café e cana com menos defensivos. Ou seja, a diversificação, a melhoria nos preços internacionais e a produtividade ele­varam a produção paulista em 18,4%, mais que a média nacional, de 8% ou 9%.

O secretário da Agricultura e Abastecimento, João de Almeida Sampaio Filho

SP: Em que consiste o Pró-Trator? Sampaio: Queríamos que o produtor rural tivesse de imediato a ação do governo do Estado em favor da produção. Ao dar a oportunidade para as pessoas adquirirem sem juros um trator novo, mais econômico e que proporciona maior produtividade, fazemos com que o produtor aumente sua renda. Os juros de 6,75% foram absorvidos pelo Estado como demonstração de apoio ao homem do campo. O programa foi lançado em 1° de dezembro e na primeira semana havia 200 pedidos. SP: Existe uma projeção da secretaria sobre adesões ao Pró-Trator? Sampaio: O programa conta com 6 mil tratores para serem adquiridos até 2010. A continuar no ritmo da primeira semana, chegaremos a esse volume bem antes. Em seguida, analisaremos se o Pró-Trator continua ou não. No primeiro momento, ele atende produtores com renda de até 400 mil reais por ano, mas a idéia do governo do Estado é contemplar todos os produtores, seja qual for o valor. É interessante notar que o Feap limitava seus financiamentos para quem tinha renda até 215 mil reais, mas depois estendeu para favorecer a classe média rural e baixou os juros para 3% ao ano nos seus programas tradicionais.

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SPentrevista meio de um convênio com as prefeituras, escolhemos um trecho em cada município para executar o reparo. A estrada pronta permite o acesso às propriedades, diminui o custo de escoamento da safra e barateia o frete. Em 2009, queremos beneficiar de 1,5 mil a 2 mil quilômetros. A verba destinada ao programa era de 10 a 20 milhões de reais por ano. Em 2008, saltou para 110 milhões de reais.

“Em 2008, recuperamos 2 mil quilômetros de estradas no programa Melhor Caminho” SP: Há também envolvimento dos fabricantes de tratores? Sampaio: Chamamos seis fabricantes e fizemos um levantamento de preços. Eles ofereceram um desconto médio de 20%, mas tem trator cotado 23% abaixo do preço de tabela. SP: Qual é o saldo do programa Melhor Caminho? Sampaio: O Melhor Caminho é a perenização das estradas rurais, que completou 11 anos. De 1997 até dezembro de 2006, foram recuperados 5 mil quilômetros. A nossa meta é fazer mais 5 mil até 2010. Ou seja, realizar em quatro anos o que foi feito em dez. Em 2007, recuperamos 700 quilômetros e em 2008 foram 1,3 mil quilômetros. O governo do Estado libera os recursos e nós, por

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SP: Ainda existem muitas estradas que precisam ser recuperadas? Sampaio: Sim. Procuramos fazer um trecho por município, começando pelo Pontal do Paranapanema e depois o Vale do Ribeira. A terceira fase ficou para o sudoeste, e agora estamos nas regiões norte e noroeste do Estado. Em 2009, trabalharemos a parte central e toda a região oeste. Fazemos um trecho de 3 a 7 quilômetros por município para cumprir a meta de atender a todos até 2010. SP: Como é destinado o orçamento da secretaria para tantas ações? Sampaio: Nosso orçamento é de 800 milhões de reais, mas o governo privilegiou linhas de atuação para a agropecuária paulista. A pesquisa e desenvolvimento tiveram recursos que não tinham há 25 anos. Foram feitos investimentos em infra-estrutura dos laboratórios, nas compras de equipamentos e na melhoria salarial dos pesquisadores. A outra linha de atuação é a reabilitação sanitária do Estado e há um aporte de recursos substancial na pesquisa sanitária paulista – animal e vegetal. SP: O que é exatamente a reabilitação animal e vegetal?

Sampaio: Em outubro de 2005, houve um foco de febre aftosa em Mato Grosso do Sul, Estado que vende carne bovina para São Paulo. Com isso, a União Europeia e outros paí­ ses suspenderam a compra de toda a carne proveniente daquele Estado e, por tabela, de São Paulo. Mesmo que estejamos há 12 anos sem foco da febre, fomos afetados porque somos clientes de Mato Grosso do Sul. De outubro de 2005 a maio de 2008, deixamos de exportar 1 bilhão de dólares para a Europa. A reabilitação aconteceu em maio passado, quando a Organização Internacional de Saúde Animal reconheceu São Paulo como livre de aftosa e, a partir daí, a União Europeia voltou a comprar nossa carne. Isso foi a rea­ bilitação sanitária da carne bovina paulista. Na questão vegetal, temos um trabalho forte na citricultura, que passa por problemas de doenças nas plantações. Este ano, São Paulo contratou 300 agrônomos e veterinários que atuam na defesa sanitária animal e vegetal, a fim de garantir a qualidade do que é produzido. SP: Existe alguma cultura que ainda precisa de mais incentivo? Sampaio: A laranja merece atenção. De cada dez copos de suco consumidos no mundo, fora os Estados Unidos, sete são produzidos no Estado de São Paulo. De 65% a 68% do consumo do suco de laranja mundial é proveniente das exportações brasileiras e, dessas exportações, mais de 90% saem de São Paulo. Temos aqui os maiores fabricantes de suco do mundo, mas o pequeno e médio produtor de laranja está com uma perda de renda. O custo de produção

“Livre da febre aftosa, São Paulo retomou as exportações de carne para a União Europeia” aumentou por causa de uma praga que vem afetando essa cultura, e ela exige imensos investimentos do governo, um desafio para os próximos anos. De toda forma, a área plantada cresceu 4% graças aos grandes produtores que dispõem de recursos para investir em irrigação. SP: Como deverá ser 2009 no setor? Sampaio: Há dificuldades de crédito aos produtores, mas o mundo continuará comendo. Temos condições para produzir com qualidade. O agronegócio pode ser o fator de propulsão para a retomada do crescimento, mas precisaremos de recursos para custeio e manutenção dos nossos programas. Das atividades econômicas, o agronegócio é a que está mais bem preparada. o

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FOTOS: RENATO STOCKLER

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Eficiência saudável Novo modelo de ambulatório médico garante maior integração ao sistema público de saúde e mais agilidade no diagnóstico e atendimento de pacientes

Um sistema público de saúde com aten­ dimento integrado, eficiente e, acima de tudo, ágil. Essa é a proposta do novo mode­ lo de centro médico criado pela Secretaria da Saú­ de do Estado de São Paulo: o Ambulatório Médico de Especialidades (AME), uma unidade de saúde que tratará de casos de média complexidade. Como um novo modelo de ambulatório pode­ rá influenciar a cadeia inteira? Simples: os AMEs garantem acesso da população ao atendimento e diagnóstico especializado no sistema de saúde público. Eles estão situados entre as unidades bá­ sicas de saúde e os hospitais gerais.

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Novo modelo terá especialidades de complexidade média, como oftalmologia

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Agilidade. Oftalmologista examina paciente no AME de Carapicuíba

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Dessa forma, essas unidades atenderão uma parcela da população com casos que não são simples, mas também não têm necessidade de serem encaminha­ dos para os hospitais. “O objetivo dos AMEs é oferecer, ao paciente do SUS, um modelo de atendimento integrado que otimize todo o processo do trata­ mento”, afirma o secretário da Saúde, Luís Roberto Barradas Barata. Para ele, esse modelo de centro médico não exercerá apenas a função de complemento no sistema público de saúde, mas também vai con­tribuir para desafogar os grandes hospitais. “Os hospitais poderão se de­dicar ao atendimento de urgências e emergên­ cias, além da realização de cirurgias”, afirma Barradas. O secretário da Saúde também acre­dita que, a médio prazo, haverá redução de custos hospitalares, uma vez que os AMEs terão papel decisivo para o diagnóstico precoce dos pacien­

tes. “Quanto mais cedo se diagnostica, menos trabalhoso e mais barato tende a ser o tratamento”, diz. Segundo a coordenadora da implan­ tação dos AMEs e assessora técnica do gabinete da Secretaria da Saúde, Apare­ cida Teruko Yamada, os ambulatórios deverão desafogar os hospitais, porque são resolutivos, ou seja, as unidades terão capacidade para realizar consul­ tas, exames, o tratamento do paciente e até mesmo pequenas cirurgias caso haja necessidade. Tudo isso num úni­ co dia e no mesmo lugar. “Atualmente, o paciente circula muito no sistema até chegar a um diagnóstico”, afirma Aparecida. “Com os ambulatórios, ele poderá ir a um só lugar para resolver seus problemas. Encurtaremos o tem­ po necessário para o diagnóstico.” Os ambulatórios estão sendo equi­ pados com o que há de mais moderno em equipamentos hospitalares. Além disso, contarão com médicos espe­

Médico ausculta paciente. Consultas devem ser marcadas com antecedência

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Diagnóstico preciso. AMEs realizarão consultas e exames no mesmo dia

cialistas em diversas áreas da saúde, como cardiologia, pneumologia, endo­ crinologia, reumatologia, fisioterapia, ortopedia e gastroenterologia.

Critérios de implantação Já são 13 AMEs implantados desde ja­ neiro de 2007 (veja quadro). A meta é construir mais 27 até o fim de 2010. Segundo Aparecida Teruko, o princi­ pal critério de escolha dos locais que vão abrigar um AME foi a cobertura de saúde que a região tem. “Escolhemos regiões onde a população tem pouco acesso aos serviços de média complexi­ dade”, afirma. “A maioria dos ambula­ tórios terão abrangência regional”, diz Aparecida. Além disso, para instalar o ambulatório, é preciso que um prédio público esteja disponível, seja ele mu­ nicipal, estadual ou federal. As especialidades médicas de cada unidade também variam de acordo com o lugar. Segundo Barradas, assim

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como o número de consultas e de exa­ mes mensais que vão realizar, a escolha das especialidades é feita em conjun­ to com os municípios de cada região. “Analisamos as demandas locais e os serviços existentes, de forma que es­ ses ambulatórios tenham atendimento com­plementar ao que os hospitais e outras unidades de saúde já oferecem”, explica. Assim, se em determinada ci­ dade houver uma população com mui­ tos idosos, certamente o AME atenderá com cardiologistas e ortopedistas. Somados aos que já estão funcio­ nando, haverá 40 AMEs até o fim desta gestão, quantidade suficiente para co­ brir a demanda, segundo Barradas. O secretário afirma que esse número é o resultado de um estudo realizado pela Secretaria da Saúde sobre a necessida­ de de ampliação dos serviços ambu­ latoriais no Estado. “Concluímos que seriam necessárias 40 unidades funcio­ nando sob um modelo mais resolutivo

Sala de raio X. Ambulatórios são equipados com maquinário moderno

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Tratamentos também serão feitos nos AMEs. Acima, clínica de fisioterapia

do que até então havia na saúde públi­ ca”, revela o secretário. Os investimentos são consideráveis. De acordo com a coordenadora Apare­ cida Teruko, o valor atual para fazer um AME funcionar, considerando a compra de equipamentos, a informati­ zação das instalações e adequação do prédio, gira em torno de 4 milhões de reais, custo que pode variar conforme o modelo a ser implantado. O secretário afirma que o investimento para man­ ter cada ambulatório em atividade ple­ na é de aproximadamente 10 milhões de reais por ano.

Funcionamento Os AMEs são centros médicos onde só serão atendidas pessoas com consulta marcada (portas referenciais). Dessa for­ ma, evita-se a formação de filas, melho­ rando o atendimento na unidade. Todos os ambulatórios funcionarão em parceria com entidades sem fins lu­

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crativos do terceiro setor, ou seja, sob o modelo de organizações sociais de saú­ de implantado em hospitais estaduais desde 1998. Por esse sistema, a secreta­ ria custeia o funcionamento das uni­ dades e deixa o gerenciamento a cargo de um parceiro, por intermédio de um contrato de gestão que estabelece metas de quantidade, qualidade e eficiência. “Trata-se de um modelo testado e apro­ vado pela população paulista, elogiado pelo Banco Mundial e que vem sendo adotado em outros Estados e municí­ pios brasileiros”, diz Barradas. A primeira unidade do novo modelo foi o AME de Itaquera, na capital, em atividade na área do Hospital Santa Marcelina. O centro médico ocupa 2,7 mil metros quadrados de área construí­ da, e a administração é feita pela Con­ gregação das Irmãs Marcelinas. Foram gastos na re-estruturação do prédio 2 milhões de reais, investidos em mobiliário, material de segurança,

AMEs terão todo tipo de especialidades. Na foto, neurologista infantil examina criança

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capa sinalização, objetos cirúrgicos, desfibri­ lador e ampliação da unidade, e mais de 14 milhões de reais destinados ao custeio. A unidade ganhou salas de curativos, inalação e de pequenos pro­ cedimentos médicos. Outro bom exemplo é o AME de Carapicuíba, inaugurado oficialmen­ te em dezembro, mas que começou a receber o público já em setembro. O ambulatório está localizado em um bairro carente da cidade. É um exem­ plo clássico de que o sistema de portas referenciadas funciona muito bem. A sala de espera foge do estereótipo de hospital público lotado de gente. Todo o complexo foi adaptado para pessoas com deficiência. Até a organi­ zação dos consultórios e das salas de procedimentos é pensada de maneira que facilite a vida dos pacientes. Por exemplo: os consultórios de fisiote­ rapia e ortopedia ficam próximos às salas de gesso e raio X. Dessa forma, o

paciente também não precisará ficar circulando pelo ambulatório. A capacidade do AME de Carapicuí­ ba é de mais de 13 mil consultas por mês, 30 mil exames e 6 mil atendimen­ tos de especialidades como fisiotera­ pia, psicologia e nutrição. A lista de especialidades do lugar é grande. São 23 no total e, entre as prin­ cipais, estão cardiologia, dermatologia, oftalmologia, ginecologia, acupuntura e fisioterapia. Por último, há a escolha do material humano do AME, essencial para um bom atendimento. Segundo o secretá­ rio, esse item é definido pelas entida­ des que gerenciam as unidades. De acordo com a gerente adminis­ trativa da unidade, Flávia Ferreira de Cerqueira, a aceitação dos moradores da cidade tem sido muito positiva. “Es­ tamos realizando uma pesquisa de sa­ tisfação com os pacientes. Até agora, só recebemos elogios”, orgulha-se. o

AMEs em funcionamento AME Início de funcionamento Carapicuíba setembro/08 Américo Brasiliense dezembro/08 Caraguatatuba dezembro/08 DR Geraldo Burroul (remodelagem) janeiro/05* Heliópolis dezembro/08 Interlagos outubro/02* Jardim dos Prados (remodelagem) outubro/02* Maria Zélia março/85* Santa Bárbara d’Oeste dezembro/08 Santa Fé do Sul agosto/08 São José do Rio Preto novembro/08 Votuporanga novembro/07 Zona Leste maio/07

Especialidades 23 4 31 24 4 16 20 24 3 15 20 24 28

* Centros médicos já existentes e transformados em AMEs nesta gestão

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As instalações são organizadas e facilitam a circulação de pacientes idosos

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SPmunicípio verde as 10 diretivas básicas

Fotos: José Jorge

Esgoto tratado

O ranking verde dos municípios

44 cidades são certificadas por cumprir metas ambientais Acima, três compromissos dos municípios: o lixo limpo, a mata ciliar e o esgoto tratado

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O governo do Estado encerrou, em novembro, a primeira fase do Projeto Ambiental Estratégico Município Verde, que certificou 44 cidades que atenderam às dez diretivas ambientais estabelecidas pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente e alcançaram nota acima de 80. O programa foi lançado em julho de 2007, com o objetivo de descentralizar a política ambiental de São Paulo. “A gestão ambiental não podia mais ficar exclusivamente a cargo do governo do Estado. Era preciso envolver os municípios nessa questão”, afirma Ubirajara Guimarães, chefe de gabinete da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e gerente do projeto. A partir do cumprimento das dez diretivas – que levam em conta esgoto tratado, uso de água, habitação sustentável e poluição do ar –, as prefeituras

que aderiram ao programa passaram por treinamento técnico da secretaria. Depois disso, arregaçaram as mangas e trabalharam na elaboração de projetos e soluções em cada área. “Esperávamos a participação voluntária de 200 municípios”, diz Guimarães. “Mas ficamos surpresos, porque 614 assinaram um protocolo de interesses e 332 conseguiram preencher o plano de ação completo.” Cada diretriz cumprida rendia dez pontos à cidade, mas o peso era maior em itens como lixo, esgoto e educação ambiental. Além disso, a proatividade das prefeituras e a apresentação de uma proposta de recuperação da mata ciliar também foram consideradas na pontuação final. Santa Fé do Sul foi a campeã do ranking, com a nota 94,96. O programa continuará em 2009. As cidades que não conseguiram ga-

nhar a certificação continuarão pondo em prática sua política ambiental para tentar ficar em conformidade com as dez diretivas. Já as 44 premiadas terão prioridade na obtenção de recursos do Estado, mas passarão por um acompanhamento permanente do governo. Ou seja, uma cidade que se descuidar de sua política ambiental pode perder o título. Segundo Guimarães, o Município Verde teve o efeito de despertar a consciência ambiental de várias cidades que, no primeiro momento, não se interessaram pelo projeto. Além disso, o programa também mobilizou a sociedade civil. “As organizações não-governamentais, os conselhos municipais do meio ambiente e a população em geral se empenharam de uma maneira impressionante para ajudar suas cidades a cumprir as propostas”, explica o gerente. Algumas empresas instaladas nas cidades certificadas já estão tirando proveito do privilégio de ser Município Verde. Em Barretos, a nona colocada no ranking, um frigorífico que exporta seus produtos pretende estampar nas embalagens um selo alusivo ao programa. o

Santa Fé do Sul Angatuba Gabriel Monteiro Santa Rosa de Viterbo Piraju

Lixo mínimo Eliminar até 2010 os lixões a céu aberto, promovendo a coleta seletiva e a reciclagem do lixo no município.

Mata ciliar Auxiliar o governo na recuperação das matas protetoras dos córregos e das nascentes d’água.

Arborização urbana Aprimorar as áreas verdes municipais, diversificando a utilização das espécies plantadas, a fim de atingir 12 metros quadrados por habitante.

Educação ambiental Implementar um programa de educação ambiental na rede de ensino municipal, promovendo a conscientização da população a respeito dos problemas ecológicos.

Habitação sustentável Definir critérios de sustentabilidade na expedição de alvarás da construção civil, restringindo o uso de madeira da Amazônia e favorecendo tecnologias de economia de água e energia fóssil.

Uso da água Implantar um programa municipal contra o desperdício de água.

Poluição do ar Auxiliar o governo no combate à poluição atmosférica, especialmente no controle da fumaça preta dos ônibus e caminhões a diesel.

Estrutura ambiental

cidades campeãs 1 2 3 4 5

Despoluição dos dejetos em 100% até 2010. Se isso for inviável financeiramente, a cidade deve assumir um compromisso com a Secretaria Estadual do Meio Ambiente, comprometendo-se a realizar o serviço até o final de 2014.

94,96 94,06 92,84 90,64 90,48

Criar um Departamento ou Secretaria Municipal de Meio Ambiente.

Conselho de Meio Ambiente Constituir órgão de participação da sociedade, envolvendo a comunidade local na agenda ambiental.

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Calor em alto-astral

Para garantir conforto aos turistas, o governo do Estado une forças para que as férias sejam pura alegria e diversão no litoral

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SPoperação verão

O verão é a estação mais esperada do ano, e o litoral de São Paulo torna-se o lugar favorito de 6 milhões de turistas que querem curtir ao máximo o calor. Mas, enquanto os veranistas desfrutam das belas praias da Baixada Santista e do litoral norte, o governo do Estado trabalha a todo vapor para oferecer a melhor infraestrutura possível. Somando as populações fixa e flutuante no verão, as cidades litorâneas chegam a abrigar 17 milhões de pessoas. Para garantir a segurança, a Secretaria da Segurança Pública lançou, em dezembro, a Operação Verão, que reforça o policiamento preventivo e ostensivo até o começo de fevereiro. Foram enviados ao litoral 2.243 policiais e um reforço de 190 homens nos fins de semana. Somados ao efetivo fixo das cidades do litoral (6.433 pessoas), são 8,9 mil policiais-militares em operação. O Grupamento Aéreo da Polícia Militar encaminhou também mais três helicópteros para auxiliar no patrulha patrulhamento e operações de resgate, além das duas aeronaves já existentes na região. Tem mais: 162 viaturas de operações especiais e atendimento rotineiro de ocorrências chegam ao litoral para engrossar a frota da Polícia Militar. Na Operação Praia Segura, que faz parte da Operação Verão, o Corpo de Bombeiros contará com 1.642 integrantes para resgate e salvamento e dois barcos para patrulhamento.

conjunta do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Ecovias e Polí Polícia Militar Rodoviária pretende varrer das estradas, até 1º de março, carros e motos em más condições de utilização e com documentação irregular, e motoristas embriagados. O reforço policial foi intensificado em pontos estratégicos das principais rodovias que dão acesso ao litoral nor norte e a Campos do Jordão, como a Índio Tibiriçá (SP-31), Rio-Santos (SP-55), Ayrton Senna/Carvalho Pinto (SP-70), Tamoios (SP-99), Via Anchieta (SP-150) e Imigrantes (SP-160). Para atender o usuário, 30 painéis fixos mostram mensagens variáveis que fornecem aos motoristas informações on-line sobre as condições de tráfego e tempo de viagem na via escolhida. Antes de sair de casa, também é possível acessar os sites ou o serviço 0800 do DER e Ecovias para obter informações. Os serviços de inspeção também serão intensificados, com 69 viaturas e 122 guinchos, além de 43 veículos de apoio, posicionados em locais estratégicos para auxiliar o viajante. Campa-

A recuperação dos calçadões foi uma das obras realizadas na Baixada Santista

Segurança, transporte e saneamento são os principais focos das ações

A Operação Verão também está presente nas estradas que levam às cidades do litoral. A Secretaria dos Transportes preparou um pacote de ações que visa garantir a fluidez do trânsito e a segurança dos motoristas. Uma operação

gIlberto marques

O verão nas estradas

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operação verão cuidAdos nAs rodoviAs

dIvulgação

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recursos foram destinados para melhorar as estradas e para as obras de saneamento básico

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nhas de trânsito com distribuição de materiais educativos ao longo das rodovias ajudarão a garantir a segurança nas estradas. O governo do Estado inaugurou em dezembro duas obras na Baixada Santista: o viaduto sobre a linha férrea no km 262,65 da Rodovia Cônego Domenico Rangoni (SP-055), em Cubatão, e o dispositivo de entroncamento localizado no Parque das Bandeiras, km 285 da Rodovia Padre Manoel da Nóbrega (SP-55), em São Vicente. O investimento de 75,5 milhões de reais, viabilizado pela concessão do Sistema Anchieta/Imigrantes, será capaz de desafogar o tráfego nas viagens litorâneas. Os viadutos eliminarão os atuais cruzamentos no mesmo nível das rodovias, evitando os constantes congestionamentos e acidentes registrados nesses pontos, principalmente nos em época de férias. As obras foram realizadas pela Concessionária Ecovias e geraram 470 empregos diretos.

Água para todos A Sabesp e a Secretaria de Saneamento e Energia lançaram, em dezembro, o Projeto Verão, pacote de obras que vai melhorar o abastecimento de água no litoral paulista. No decorrer de 2008, o governo investiu mais de 21 milhões de reais em obras nos litorais sul (15,1 milhões de reais) e norte (6,2 milhões de reais). As ações da Sabesp estão concentradas nas regiões que apresentaram problemas pontuais de abastecimento. No litoral sul, a obra mais importante foi a construção de dois reservatórios no Guarujá, com investimento de 13 milhões de reais, permitindo a ampliação da capacidade de 16 para 25 milhões de litros de água, número 43% superior a 2007. Esses reservatórios permitirão o abastecimento de cerca de 1 milhão de pessoas, o que corresponde a quatro vezes a população fixa do município. Na Praia Grande, melhorias, que custaram 1,5 milhão de reais, possi-

bilitaram o aumento da capacidade de abastecimento da cidade de 800 mil para 1,3 milhão de pessoas, ou seja, um incremento de 61,5% no for fornecimento. Essas melhorias também permitirão, em caso de necessidade, o aumento da oferta de água para Itanhaém, Mongaguá e Peruíbe.

Litoral norte Para minimizar os problemas de São Sebastião, a Sabesp ampliou o sistema de abastecimento, proporcionando o aumento de fornecimento de 1,8 milhão de litros/hora para 2,4 milhões de litros/ hora – 32,5% a mais que no verão passado. Nas quatro cidades do litoral norte foram investidos 6,2 milhões de reais em obras pontuais – captação, tratamento e distribuição de água –, que possibilitaram o aumento de 13% na capacidade de abastecimento. O fornecimento passou de 117,4 milhões de litro/dia para 125 milhões de litros/dia. Com as melhorias, é possível atender 800 mil pessoas por dia. Neste verão, a Sabesp trabalha com a hipótese de uma demanda sem precedentes. Em média, o consumo diário de uma pessoa é de 150 litros/dia. Nesse período, essa média costuma subir no lito-

operação cavalo de Aço A fiscalização dos veículos contará com vários bloqueios ao longo das rodovias de maior volume de tráfego e abordará também as motos, que têm contribuído para o aumento das estatísticas de acidentes. Quem não estiver com a documentação e manutenção em dia terá a moto retida e ainda pagará multa de acordo com a infração cometida.

circulação nas estradas Os veículos em más condições são os grandes causadores de engarrafamentos, tanto nas cidades como nas estradas. Por esse motivo, uma das novidades da Operação Verão é a fiscalização intensa e a retirada de carros irregulares. Nesta temporada, eles serão deslocados para quatro novos pátios de recolhimento de veículos, situados nas seguintes cidades: São Bernardo do Campo, na SP-160, com acesso pelo km 28; São José dos Campos, com acesso pelo km 153 da BR-116; Taubaté, com acesso pelo km 107 da BR-116; e em Bertioga, com acesso pelo km 233 da SP- 55.

Alcoolemia Será intensificada a fiscalização por policiais rodoviários, que farão teste de bafômetro nos principais trechos de rodovias para prevenir acidentes provocados por motoristas embriagados, sujeitos às infrações legais, como a apreensão da habilitação, proibição de dirigir por um ano e aplicação de multa de 955 reais.

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operação verão SANEAMENTO NO LITORAL

saneamento no litoral g

Bertioga

Mongaguá

População beneficiada: 6 mil habitantes Situação atual: 38% da população atendida por sistema de esgotos sanitários Obras previstas: 54 km de redes coletoras, coletores-tronco e emissários; 4,6 mil ligações domicilia­ res e a construção de 6 Estações Elevatórias ­de Esgoto (EEE) e 1 Estação de Tratamento (ETE) Investimento: R$ 47 milhões

População beneficiada: 21 mil habitantes Situação atual: 22% da população atendida por sistema de esgotos sanitários Obras previstas: 213 km de redes coletoras, coletores-tronco e emissários; 23,6 mil ligações domiciliares e a construção de 26 Estações Elevatórias de Esgoto (EEE) e Estação de Tratamento (ETE) Investimento: R$ 129 milhões

Cubatão

Guarujá População beneficiada: 51 mil habitantes Situação atual: 72% da população atendida por sistema de esgotos sanitários Obras previstas: 77 km de redes coletoras, coletores-tronco e emissários; 8,58 mil ligações domiciliares e a construção de 8 Estações Elevatórias de Esgoto (EEE) e 1 Estação de Tratamento (ETE) Investimento: R$ 97 milhões

Itanhaém População beneficiada: 9 mil habitantes Situação atual: 10% da população atendida por sistema de esgotos sanitários Obras previstas: 303 km de redes coletoras, coletores-tronco e emissários; 23,9 mil ligações domiciliares e a construção de 21 Estações Elevatórias de Esgoto (EEE) e 1 Estação de Tratamento (ETE) Investimento: R$ 158 milhões

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Gilberto marques

Peruíbe Folha press

População beneficiada: 22 mil habitantes Situação atual: 41% da população atendida por sistema de esgotos sanitários Obras previstas: 44 km de redes coletoras, coletores-tronco e emissários; 3,68 mil ligações domiciliares e a construção de 5 Estações Elevató­­ rias de Esgoto (EEE) e 1 Estação de Tratamen­to (ETE) Investimento: R$ 53 milhões

Praias fiscalizadas: segurança aos banhistas

O reforço policial também está sendo intensificado

ral por conta do uso excessivo de água. Por isso, além dos investimentos em infraestrutura, a empresa realizará uma campanha de uso consciente da água que vai até o fim do verão.

mento de Esgoto Porto Novo, em Caraguatatuba, na qual foram investidos 21 milhões de reais. Também fez parte do pacote o início das obras do Emissário Submarino de Ilhabela, um conjunto de sete estações elevatórias, uma estação de pré-condicionamento, 2.865 metros de linhas de recalque, 190 metros de emissário terrestre e um emissário submarino de 800 metros. Nesse complexo serão investidos 12,5 milhões de reais, beneficiando diretamente 24 mil habitantes.

Onda limpa À parte a chegada do verão, a Baixada Santista recebe investimento acima de 1 bilhão de reais em obras de saneamento. Até 2011, cerca de 3 milhões de pessoas serão beneficiadas com o Programa Onda Limpa, que prevê elevar para 100% o tratamento de esgoto e elevar os índices de coleta de esgoto da região metropolitana de 53% para 95%. O Onda Limpa chega também para levar desenvolvimento, saúde, negócios, turismo e mais qualidade de vida a uma das mais belas e importantes regiões do Estado, o litoral norte. Lançado em setembro passado, o programa tem como objetivo elevar os índices de coleta e tratamento dos esgotos na região dos atuais 30% para 85%, beneficiando mais de 500 mil pessoas dos municípios de Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião e Ubatuba. Para isso, serão destinados recursos de 240 milhões de reais. A marca do lançamento do programa foi a inauguração da Estação de Trata-

Reforço nos hospitais A Secretaria de Estado da Saúde reforçará o atendimento médico nas principais cidades do litoral paulista durante as férias, enviando 2,2 milhões de reais a 16 municípios. Das cidades beneficiadas, oito estão na Baixada Santista, três na região de Registro e cinco no litoral norte. Serão liberados 1,4 milhão de reais para a Baixada Santista e 530 mil reais ao litoral norte. “Os municípios precisam se preparar para oferecer atendimento médico adequado, e esse auxílio é fundamental para o litoral do Estado, que recebe visitantes do país inteiro no verão”, afirma o secretário de Estado da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata. o

População beneficiada: 14 mil habitantes Situação atual: 24% da população atendida por sistema de esgotos sanitários Obras previstas: 298 km de redes coletoras, coletores-tronco e emissários; 27,53 mil ligações domiciliares e a construção de 18 Estações Elevatórias de Esgoto (EEE) e 2 Estações de Tratamento (ETE) Investimento: R$ 208 milhões

Praia Grande População beneficiada: 223 mil habitantes Situação atual: 54% da população atendida por sistema de esgotos sanitários Obras previstas: 186 km de redes coletoras, coletores-tronco e emissários; 28,56 mil ligações domiciliares e a construção de 14 Estações Elevatórias de Esgoto (EEE), 1 Estação de Pré-Condicionamento de Esgoto (EPC) com vazão de 1,4 m³/s e 1 Emissário Submarino de 4 km com 1.000 mm de diâmetro Investimento: R$ 184 milhões

Santos/São Vicente População beneficiada: 51 mil habitantes Situação atual: 87% da população atendida por sistema de esgotos sanitários Obras previstas: 1 Interceptor (Rebouças) com 2,3 km de extensão e 1,6 mil mm: 1 Emissário Terrestre com 400 metros de extensão e 1.000 mm de diâmetro; ampliação da Estação de Pré-Condicionamento (EPC) de 3,5 m³/s para 5,3 m³/s; 3 Estações Elevatórias de Esgoto (EEE) Investimento: R$ 133 milhões

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SPunidade móvel

DIVULGAÇÃO

Hospital móvel

Unidade Lucy Montoro atende pessoas com deficiência no interior

A Unidade Móvel de Reabilitação Lucy Montoro: atendimento de deficientes no interior do Estado

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Um mapa sobre os deficientes do Estado de São Paulo. Esse é um dos objetivos da Unidade Móvel de Reabilitação Rede Lucy Montoro, criada pelo governo do Estado. Lançada no final de 2008 pela Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência, a unidade percorrerá principalmente os municípios que não contam com acessibilidade para pessoas com deficiência em postos de saúde e hospitais. A intenção é agilizar o atendimento e fazer uma radiografia do tipo de deficiência dos paulistas. “Conhecendo essas pessoas, poderemos traçar estratégias para inseri-las na sociedade”, afirma a secretária Linamara Rizzo

Battistella. O cadeirante Wilson Gomes Rocha Filho concorda. “A iniciativa é importante para os deficientes, porque muitos têm problemas com acessibilidade e acabam excluídos”, comenta. A Unidade Móvel funciona em uma carreta de 15 x 2,70 metros e pesa 20 toneladas. O investimento para transformar o veículo em um hospital sobre rodas chegou a 1,2 milhão de reais, e dez profissionais levaram três meses para montá-lo e adaptá-lo. A carreta tem sete ambientes planejados para um atendimento completo. Eles estão divididos em consultório médico, sala de espera, banheiro adaptado e uma oficina ortopédica com

salas de provas, de máquinas e de gesso. Tudo foi concebido para oferecer conforto e eficiência ao paciente. Se ele é cadeirante ou se estiver em uma maca, entrará no ambiente utilizando um elevador hidráulico especialmente projetado para essas situações. No consultório, o paciente é recebido por uma equipe composta por dois médicos fisiatras, um fisioterapeuta, um terapeuta ocupacional e um enfermeiro. Ali, passa por avaliações médicas para saber quais são suas necessidades. Também fazem parte do grupo dois técnicos de órtese e prótese. Caso o paciente precise de uma prótese, ela é confeccionada na hora na sala de máquinas. Depois, a pessoa segue para a sala de provas, onde faz o teste sob a orientação dos profissionais. Além da Unidade Móvel de Reabilitação, a Rede Lucy Montoro, que leva o nome da ex-primeira-dama do Estado, ganhará mais seis unidades fixas para

Um dos consultórios da unidade: tudo foi planejado para atender o paciente com eficiência

atender à demanda de órteses e próteses no Estado, cuja construção custará 52 milhões de reais. Campinas, São Paulo e Marília já lançaram as pedras fundamentais das obras. Santos será o próximo município, e os outros dois ainda serão definidos. A intenção do governo é proporcionar condições para os deficientes físicos desenvolverem suas habilidades e seu potencial. Assim, as unidades contarão com uma equipe de profissionais de várias áreas, como fisiatras, psicólogos, assistentes sociais, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, enfermeiros e nutricionistas especializados em reabilitação. o

RAIO X 1,2 milhão de reais investidos 100 pessoas atendidas por mês 2 dias em cada cidade 7 profissionais

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SPvale do paraíba

Região de ponta Polo de alta tecnologia, o Vale do Paraíba recebe investimentos em infraestrutura viária, modernização tecnológica e formação de mão-de-obra qualificada

São José dos Campos

Estado

(%) 6,0

Municípios

39

645

População

2,222 milhões

40,634 milhões

5,5

PIB (2006)

R$ 41,8 bilhões

R$ 802 bilhões

5,3

R$ 18.609,91

R$ 19.547,86

_

0,819

0,814

_

PIB per capita (2006)

ilUSTrAÇÃO: Eli SUmiDA

IDH 2000

FONTE: FUNDAÇÃO SEADE

CaraCtEríStiCaS da rEgiãO

Situada no extremo leste do Estado e formada por 39 municí municípios, a Região Administrativa de São José dos Campos, também conhecida como Vale do Paraíba, destaca-se como uma das áreas mais ativas do Estado. Por ser produtora de alta tecnologia, os investimentos do governo estadual concentram-se na melhoria da infraestrutura viária, modernização tecnológica e formação de mão-deobra qualificada. Em infraestrutura, um dos maiores investimentos na região é a elaboração de estudos para o novo traçado da Rodovia dos Tamoios, a SP-99. Nesse sentido, o governo intensifica esforços para a execução das obras estruturais da primeira fase. Já providenciou a entrega do Relatório Ambiental Preliminar (RAP) à Secretaria do Meio Ambiente e aguarda autorização ambiental para

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vale do paraíba modernizaçÃO TECNOLóGICA A criação de parques tecnológicos em todo o Estado é prioridade para o governo de São Paulo. Afinal, eles são importantes para promover a pesqui­ sa e inovação tecnológica, estimular a cooperação e a aproximação entre instituições de pesquisa, universidades e empresas e dar suporte ao desenvol­ vimento de atividades empresariais. Ao unir esses setores no mesmo lugar, os parques transformam conhecimento em riqueza, contribuindo para o desenvolvi­ mento econômico do Estado e do país. Atualmente, o governo busca reunir apoio do setor privado para a implan­ tação de 15 parques tecnológicos no Estado. Os de Campinas, São José dos Campos, São Carlos, Grande São Paulo, Ribeirão Preto, Piracicaba e Sorocaba estão em fase avançada de concepção. Nos próximos meses, a Secretaria de Desenvolvimento está negociando re­ cursos com as prefeituras e principais empreendedores para a concretização dos parques. No Vale A região de São José dos Campos é o principal polo aeronáutico do mundo localizado fora da Europa e América do Norte, graças à Embraer e aos institu­ tos de pesquisas instalados na cidade. Por esse motivo, o Parque Tecnológico de São José dos Campos está voltado à área aeroespacial e aeronáutica. Há também forte presença de indústrias petroquímicas, do setor automobilístico, de defesa e farmacêutico. O parque já conta com um prédio onde funciona o núcleo administrativo. No plano urbanístico da região do parque está planejada a integração de uma área de cerca de 3,6 mil metros quadrados.

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Nas rodovias que levam ao Vale do Paraíba, o governo vem aplicando recursos para dar mais segurança aos motoristas

que seja lançada a licitação das obras. Enquanto espera a abertura do processo licitatório para o início da duplicação, o governo continua agindo: obras de melhoria estão prontas para serem licitadas, com um investimento de 185 milhões de reais.

Mão na massa Na Rodovia dos Tamoios, o governo do Estado prevê o recapeamento de 52,9 quilômetros e a construção de duas novas pontes no km 18 (Rio Capivari) e km 28 (Rio Paraíba do Sul). Haverá tam-

bém, nessa extensão, faixas adicionais de tráfego, com largura de 3,5 metros. Para facilitar a travessia de pedestres, duas passarelas, nos km 12 e 42, serão construídas. Ainda na Tamoios, o governo destinou recursos para melhorar a fluidez e a segurança dos usuários que seguem para o litoral norte. A sinalização horizontal, do km 11,5 (no entroncamento com a Rodovia Carvalho Pinto) até o km 83,5 (nas proximidades de Caraguatatuba), será recuperada e a sinalização vertical reforçada. Até o km 64,5,

serão feitos reparos e conservação de rotina nos pontos mais danificados do pavimento. O governo ainda destinará recursos para a ampliação de oito pontes, quatro viadutos e para a recuperação de 20 estruturas (acessos, trevos, passagens) ao longo da rodovia. Para coibir o tráfego crescente de veículos de carga acima do peso permitido e evitar danos à pista e diminuição de sua vida útil, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) mantém na Tamoios duas balanças, nos km 23 e 63. Em novembro do ano

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vale do paraíba

CULTURA no inverno

As Fatecs do Vale do Paraíba oferecem cursos nas áreas de indústria, logística e aeronáutica

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passado, dos 11,5 mil veículos pesados que passaram pelas balanças, 310 foram autuados.

Ayrton Senna Em outubro, foram licitados cinco lotes da segunda etapa do Programa de Concessões Rodoviárias do Estado de São Paulo. O critério de julgamento da licitação foi o da menor tarifa de pedágio, e o maior deságio aconteceu no lote do Corredor Ayrton Senna/Carvalho Pinto: 60% em relação à atual tarifa quilométrica das rodovias e 54,9% se comparado ao valor máximo do edital. Com isso, a viagem de ida e volta na rodovia ficou 52% mais barata, passando de 27 para 13 reais. Com 140 quilômetros de extensão, o Corredor Ayrton Senna/Carvalho Pinto compreende as regiões do Vale

do Paraíba e Alto Tietê e a área leste da região metropolitana da capital. No total, receberá 903 milhões de reais em investimentos, que incluem prolongamentos da Carvalho Pinto até Taubaté, no entroncamento com a SP-125, totalizando 6,8 quilômetros; construção da terceira faixa na Rodovia Carvalho Pinto, do km 45 ao 56; e a implantação de faixa adicional na Rodovia Hélio Smidt, SP-019, que leva até o Aeroporto Internacional de Guarulhos. Na região, há ainda outros investimentos importantes na Rodovia Oswaldo Cruz, a SP-125, que liga os municípios de Taubaté a Ubatuba. Atualmente, 17 quilômetros da estrada estão passando por obras de recuperação de pavimento, reforço estrutural e também de drenagem, totalizando 32 milhões de reais. A previsão é que

as obras estejam completamente concluídas até abril de 2009.

Qualificação profissional Como todas as regiões do Estado de São Paulo, o Vale do Paraíba faz parte do plano de expansão do Centro Paula Souza. Atualmente, a região conta com oito Escolas Técnicas Estaduais (Etecs), nas cidades de Caçapava, Cachoeira Paulista, Cruzeiro, Guaratinguetá, Jacareí, Pindamonhangaba, São José dos Campos e Taubaté. São ainda quatro Faculdades de Tecnologia (Fatecs): Cruzeiro, Guaratinguetá, Pindamonhangaba e São José dos Campos. “No Vale do Paraíba, temos cursos nas áreas de indústria, aeronáutica e logística, entre outras. Isso garante não apenas mão-de-obra específica para empregadores, como altos índices de

Auditório Cláudio Santoro, em Campos do Jordão: concertos ao ar livre no Festival de Inverno

O Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão é considerado o maior evento de música clássica do país. Além de oferecer uma intensa progra­ mação cultural com convidados que se apresentam em diferentes lugares da ci­ dade, o festival é responsável por levar à cidade alunos bolsistas que passam um mês estudando com importantes nomes da música nacional e internacional. Em 2008, com um público de apro­ ximadamente 80 mil espectadores dire­ tos, que lotaram a cidade atraídos por diversos eventos simultâneos, o festival teve como tema Música e Literatura, com obras musicais inspiradas em peças literárias. Atualmente, o festival promove cer­ ca de 50 apresentações de importantes orquestras, grupos de câmara e recitais nos principais teatros e espaços da cida­ de. Entre eles, o Auditório Cláudio San­ toro, Palácio Boa Vista, Igreja de Santa Terezinha, Igreja São Benedito e a Praça Capivari, onde são realizados concertos ao ar livre para milhares de pessoas.

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vale do paraíba empregabilidade”, explica Laura Laganá, superintendente do Centro Paula Souza. “Até um ano após a formatura, 77% dos alunos das Etecs e 93% nas Fatecs estão empregados”, completa. O plano de expansão da instituição prevê a implantação de uma Fatec em Taubaté, que oferecerá cursos de mecatrônica e eletrônica. Em cada unidade o governo investe cerca de 500 mil reais em mobiliário e equipamentos.

Novos cursos

POUPATEMPO Poupatempo São José dos Campos Endereço: Avenida São João, 2.200, no Shopping Colinas Inauguração: 15/9/1998 Capacidade: o posto de São José dos Campos tem capaci­ dade para fazer, diariamente, 6,2 mil atendimentos Órgãos presentes: Acessa São Paulo (acesso gratuito à internet), Banco Nossa Caixa, Companhia de Desenvolvimen­ to Ha­­bi­tacional e Urbano (CDHU), Detran, e-poupatem­ po (ser­vi­­­ços públicos eletrôni­ cos), Ins­tituto de Identifica­ ção, Secretaria do Emprego e

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Relações do Trabalho (Sert), Divisão de Investigações sobre Furtos e Roubos de Veículos e Cargas (Divecar), Correios e Sabesp

Poupatempo Taubaté Endereço: Av. Bandeirantes, 808, Jardim Maria Augusta, no complexo comercial Shibata Inauguração: prevista para o 1º semestre de 2009 Capacidade: 2,7 mil atendimen­ tos por dia e 59 mil/mês Órgãos presentes: Acessa São Paulo, Banco Nossa Caixa, CDHU, Detran, e-poupatempo, Instituto de Identificação e Sert

Acompanhando as potencialidades de cada cidade e as exigências do mercado de trabalho, o Centro Paula Souza investe na oferta de novos cursos. A Etec de Cachoeira Paulista agora oferece o curso de contabilidade e administração. A de Caçapava inaugurou o curso de logística; Guaratinguetá, o de turismo receptivo; e Pindamonhangaba, de mecânica. A Etec de Taubaté ganhou o curso de contabilidade e mais uma turma de administração. Há novidades também na Fatec de Cruzeiro, que passou a oferecer o curso de gestão empresarial, com ênfase em sistemas de informação. A Faculdade de Tecnologia de Pindamonhangaba ganhou mais uma turma do curso de metalurgia. Na Faculdade de Tecnologia de São José dos Campos, foram implantados dois cursos inéditos: sistemas aeronáuticos – manufatura e sistemas aeronáuticos – mecânica e manutenção.

Saúde no Vale

atenção especial. O AME de Caraguatatuba entrou em funcionamento no começo de dezembro e é administrado pela Associação Bandeirantes. Já a unidade de São José dos Campos, que será gerenciada pela Unifesp, deverá iniciar suas atividades em abril de 2009. “Também as cidades de Lorena e Taubaté provavelmente ganharão AMEs. Os projetos de implantação das unidades já estão em estudo”, afirma a assessora técnica do gabinete da Secretaria da Saúde, Aparecida Teruko.

Assim como investe em mão-de-obra qualificada, o governo do Estado não mede esforços para incrementar a rede de Saúde do Vale do Paraíba. Nesse cenário, os Ambulatórios Médicos Especializados (AMEs) recebem

Desde o começo de 2008, a gestão da Santa Casa de São José dos Campos é feita pelo governo do Estado. A iniciativa facilitou o acesso de pacientes

Acesso à Santa Casa

a atendimentos de média complexidade, pois, antes da estadualização, o hospital mantinha convênio com a secretaria apenas para as áreas de diálise, atendimento de queimados e patologia clínica. Com o convênio ampliado, a Santa Casa passou a oferecer à população internações hospitalares de urgência/emergência, leitos de UTI neonatal e adulto, exames complementares de média e alta complexidade ambulatorial. Já o Hospital Regional do Vale do Paraíba recebeu investimentos de 9 milhões de reais para melhorias nas áreas de pediatria, diálise e informática. Além disso, outros 48 milhões de reais foram injetados na unidade para custeio dos serviços. o

Hospital Regional do Vale do Paraíba: investimentos de R$ 9 milhões

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fotos: renato stockler

SPbastidores

Quebra-cabeça criminal Tecnologia do Instituto de Criminalística de São Paulo ajuda a solucionar crimes em todo o Estado

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Donos de bares próximos à cena do crime, senhoras idosas que passam o dia na janela, vendedores de cachorro-quente. Engana-se quem ainda pensa que essas testemunhas são as principais aliadas dos investigadores da polícia. No Estado de São Paulo, os detetives contam com um auxílio de peso para chegar à solução de um crime. Trata-se do Instituto de Criminalística. Também conhecido como Polícia Técnica, o instituto foi criado em 1924 com o objetivo de usar a ciência como um apoio no combate aos criminosos. Basicamente, a missão dos peritos criminais do instituto é encontrar e identificar qualquer tipo de rastro deixado pelos criminosos, fornecendo provas técnicas e categóricas sobre o que aconteceu no local do crime.

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bastidores Núcleo de Balística O instituto é estruturado por núcleos de perícia na Grande São Paulo e no in­terior do Estado. São diversos departamentos, cada um cuidando de um assunto es­pecífico. São eles: Balística, Análise Ins­­trumental, Biologia e Bioquímica Forense, Documentoscospia, Física, Química e de Exames em Entorpecentes. Todos funcionam de maneira independente, com seus próprios peritos, mas também podem agir em conjunto, fornecendo mais de uma prova sobre um determinado caso, como se fosse um quebra-cabeça criminal. Um dos núcleos do instituto mais conhecidos da sociedade é o de Balística. Segundo sua diretora, Sonia Maria Bocanino, dentro do núcleo são realizadas análises de armas e munições que foram encontradas em locais de crime. Diversas conclusões podem ser tiradas por meio desses exames. É possível, por exemplo, determinar se uma arma foi ou não usada recentemente, ou até mesmo se diferentes vítimas foram assassinadas pelo mesmo criminoso. Para examinar cada amostra é necessária uma preparação bastante cautelosa. São raros os casos em que as evidências chegam em boas condições ao laboratório, dificultando ainda mais o trabalho do departamento. As armas e munições sofrem as mais variadas alterações, propositais ou não. Sonia diz que o trabalho é artesanal. “Quando pegamos uma arma oxidada, por exemplo, precisamos recuperar suas características originais antes de examiná-la”, explica. “Com as munições acontece o mesmo. Não há regra para a deformação dos projéteis, porque varia de acordo com a superfície de impacto.” O grande trunfo do Núcleo de Balística é o comparador balístico, um mi-

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Ao lado, o Núcleo de Análise Instrumental, que verifica se os remédios são falsos. Abaixo, o Núcleo de Balística e exame de DNA

O Núcleo de Balística analisa as armas e as munições encontradas no local dos crimes croscópio em que é realizado o exame de confronto. Funciona da seguinte maneira: quando a polícia tem o suspeito de um crime, sua arma é encaminhada para o núcleo juntamente com o projétil encontrado no local do acontecimento. De posse dessas duas amostras, é possível compará-las e concluir, categoricamente, se o tiro saiu de determinada arma ou não.

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bastidores

Outra Outra tarefa tarefa do do instituto instituto ÊÊ fazer fazer anålise anålise de de documentos documentos suspeitos suspeitos de de falsificação falsificação POR DENTRO DO INSTITUTO 6,8 milhþes de reais investidos em 2008 1.085 peritos criminais 27 núcleos do IC no Estado (16 na capital e Grande São Paulo e 11 no interior) 53 Equipes do IC no Estado (13 na capital e Grande São Paulo e 40 no interior) 552 mil casos atendidos pelo IC entre janeiro e novembro de 2008

Tecnologia Tecnologiade deponta ponta

Impressão Distribuição

SPnotĂ­cias

PreMedia & PrePress

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Serviços Editoriais

R. Dr Rubens Meirelles, 71 - Barra Funda - S�o Paulo - SP - Fone: 3871 7300 - www.voxeditora.com.br

Que a medicina forense avançou mui2VF B NFEJDJOB GPSFOTF BWBOmPV NVJ to UP nos OPT Ăşltimos |MUJNPT anos, BOPT ninguĂŠm OJOHVnN discuEJTDV te. Mas existe um tipo de padrĂŁo que UF .BT FYJTUF VN UJQP EF QBESkP RVF revolucionou SFWPMVDJPOPV aB arte BSUF de EF investigar JOWFTUJHBS eF solucionar TPMVDJPOBS crimes: DSJNFT oP exame FYBNF de EF DNA. %/" O0 MBCPSBUwSJP EF %/" EP *$ QFSUFODF laboratĂłrio de DNA do IC pertence ao BP NĂşcleo /|DMFP de EF Biologia #JPMPHJB eF BioquĂ­mica #JPRVrNJDB Forense e conta com um sequenciador 'PSFOTF F DPOUB DPN VN TFRVFODJBEPS modelo ABI 3130. NPEFMP "#* De acordo com sua diretora, Heloi%F BDPSEP DPN TVB EJSFUPSB )FMPJ sa TB Bittencourt, #JUUFODPVSU esse FTTF nĂşcleo O|DMFP sĂł Tw entra FOUSB em ação quando existe um confronto FN BmkP RVBOEP FYJTUF VN DPOGSPOUP aB ser TFS feito. GFJUP “Cabelo, ²$BCFMP sangue, TBOHVF osso PTTP etc. FUD Qualquer 2VBMRVFS material NBUFSJBM humano IVNBOP pode QPEF ser TFS utilizado para a comparaçãoâ€?, afirma. VUJMJ[BEP QBSB B DPNQBSBmkPÂł BžSNB O0 GVODJPOBNFOUP n CFN QBSFDJEP DPN funcionamento ĂŠ bem parecido com oP EB #BMrTUJDB 4kP DPNQBSBEPT PT WFT da BalĂ­stica. SĂŁo comparados os vestĂ­gios UrHJPT encontrados FODPOUSBEPT no OP local MPDBM do EP crime DSJNF com outros colhidos do suspeito para DPN PVUSPT DPMIJEPT EP TVTQFJUP QBSB se chegar a uma conclusĂŁo. TF DIFHBS B VNB DPODMVTkP Para 1BSB trabalhar USBCBMIBS no OP laboratĂłrio MBCPSBUwSJP de EF DNA, %/" ĂŠn necessĂĄria OFDFTTgSJB especialização FTQFDJBMJ[BmkP em FN biologia molecular e bioquĂ­mica, alĂŠm CJPMPHJB NPMFDVMBS F CJPRVrNJDB BMnN de EF sangue-frio TBOHVF GSJP para QBSB nĂŁo OkP se TF envolver FOWPMWFS com os casos, pois a maioria das proDPN PT DBTPT QPJT B NBJPSJB EBT QSP vas que chega ao laboratĂłrio ĂŠ relacioWBT RVF DIFHB BP MBCPSBUwSJP n SFMBDJP nada a crimes sexuais. OBEB B DSJNFT TFYVBJT Outro aparelho importante do ins­ 0VUSP BQBSFMIP JNQPSUBOUF EP JOT tituto ĂŠ o cromatĂłgrafo lĂ­quido de al­tUaB UJUVUP n P DSPNBUwHSBGP MrRVJEP EF BM eficiĂŞncia acoplado a um espectĂ´metro FžDJpODJB BDPQMBEP B VN FTQFDUyNFUSP de massa. Parece coisa de outro munEF NBTTB 1BSFDF DPJTB EF PVUSP NVO do, mas nĂŁo ĂŠ. Trata-se de um moderno EP NBT OkP n 5SBUB TF EF VN NPEFSOP aparelho que equipa o NĂşcleo de AnĂĄBQBSFMIP RVF FRVJQB P /|DMFP EF "Og lise MJTF Instrumental. *OTUSVNFOUBM Sua 4VB função GVOmkP ĂŠn proQSP cessar DFTTBS amostras BNPTUSBT lĂ­quidas, MrRVJEBT separando TFQBSBOEP seus componentes. Com ele ĂŠ possĂ­vel, TFVT DPNQPOFOUFT $PN FMF n QPTTrWFM

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Perito verifica se medicamento contÊm as substâncias indicadas pelo fabricante ou se foi adulterado

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Sinais da solidariedade Desde 2002, funcionária do Poupatempo de Santo Amaro se dedica ao atendimento de deficientes auditivos

Julia Moraes

SPpersonagem do mês

Todos as semanas, aproximadamente 20 deficientes auditivos recorrem aos serviços do posto de atendimento do Poupatempo de Santo Amaro. A maior parte já sabe que, chegando lá, não enfrentará dificuldades para se comunicar, porque será atendida pela funcionária Andréa Cristina Gregorin, de 34 anos. Andréa fez parte da primeira turma capacitada pelo programa do Poupatempo para atender deficientes auditivos, em 2002. Depois de passar pelos dois módulos do curso, ela se engajou tanto no papel de agente multiplicador que virou a responsável pelo aprendizado da linguagem brasileira de sinais, conhecida como Libras, para funcionários de outras unidades do Poupatempo. Andréa continuou se aprimorando em Libras na universidade, onde se for formou em gestão de recursos humanos. Fez um curso de extensão com seis deficientes auditivos e ampliou seus conhecimentos no assunto. “Aprendi até mesmo gírias, que outros treinamentos não ensinam”, afirma. No Poupatempo de Santo Amaro, Andréa e mais duas pessoas dominam a linguagem dos sinais. Elas atendem em média cinco deficientes auditivos por dia, que, na maioria das vezes, vão em busca do passe livre, documento que permite aos surdos viajar gratuitamente em ônibus interestaduais. Em 2009, muitos colegas de Andréa também terão condições de se comunicar em Libras. Dos 800 funcionários do posto, 200 já se inscreveram para o curso de capacitação comandado por ela. Ao fim das 30 horas de curso, ela pretende recrutar duas pessoas, entre as que tiverem melhor desempenho no treinamento, para atuar como agentes multiplicadores.

Nos cursos, Andréa usa métodos próprios, como letras de música, mímicas e cruzadinhas Para preparar tanta gente, ela desenvolveu métodos próprios, usando letras de música, palavras cruzadas, mímica de nomes de filmes e muita expressão corporal. “No começo, os alunos sentem muitas dores nas mãos de tanto praticar os sinais. Depois todos se acostumam”, revela Andréa. No seu dia-a-dia, ela já se deparou com situações complicadas. “Certa vez, um homem, sua mulher e o filho de 9 anos foram ao Poupatempo, mas somente o menino conhecia Libras. Eu me comunicava com ele, que repassava as informações”, lembra. “Os pais jamais aprenderam Libras onde moravam, no interior, e acabaram desenvolvendo sinais próprios para se comunicar.” A convivência de Andréa com os surdos não se limita ao horário de trabalho. É comum ela flagrar algum deficiente auditivo precisando de ajuda na cidade. “Numa ocasião, percebi um jovem perdido na Estação Sé do Metrô. Ele queria chegar à Rua 25 de Março, mas ninguém conseguia orientá-lo”, relembra. “Foi gratificante ajudá-lo”. Se Andréa é responsável pelo treinamento dos colegas do Poupatempo, em sua família também há uma seguidora: a filha Giovanna, de 5 anos. “Ela sabe fazer o próprio nome e, em uma festa da escola, apresentou a música ‘Marcas do que se Foi’ em Libras”, afirma, or orgulhosa por ter uma agente multiplicadora-mirim dentro de casa. o

Andréa Gregorin ensaia o coral dos funcionários do Poupatempo em Libras

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SPo estado em números Centro Paula Souza

Acessa SP

Escolas Técnicas (Etecs) Ensino técnico

Faculdades de Tecnologia (Fatecs)

Ensino médio

41.192 41.192 41.192 33.987 33.987 33.987 29.037 29.037 29.037 25.561 25.561 25.561

Ensino superior tecnológico

Número de unidades 47 47 47 47 47 47

Mais de

29 29 29 26 26 26

computadores espalhados pelo Estado

7.715 7.715 7.155 7.1557.715 7.155 4.170 4.170 3.940 3.9404.170 3.940

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postos em 381 municípios Vagas Vagas Vagas Vagas para o 2º em 2007 para o 2º para o 1º semestre semestre semestre de 2006 de 2008 de 2009

Vagas Vagas Vagas Vagas em 2006 em 2007 em 2008 para o 1º semestre de 2009

Poupatempo

Estradas Rurais

2.002 km

Atendimentos entre janeiro e dezembro 27.854.360

Vagas Vagas Vagas Vagas para o 2º para o 1º para o 2º para o 1º semestre semestre semestre semestre de 2006 de 2007 de 2008 de 2009

28.085.688

26.559

2007

Novas unidades da CDHU desde jan/2007

2008

Lei seca

estabelecimentos de cupons registrados

Beneficiados em set/08

7.717.097

pessoa jurídicas + pessoa físicas 2006 621.682

2007 671.386

181.812.687

225.468.354

Internações

542.083.014

é o valor total distribuído entre out/07 e set/08

Educação Escolas

Obras novas Reforma de escolas

Valor investido (R$) Novas salas de aula Valor investido (R$)

desde 2007 58 87,41 milhões 578 452,747 milhões

*Em reformas, incluem-se reformas em geral, de pequeno porte, pintura, ampliação, adequação e substituição

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2009

419.661

Hospitais Estaduais

Atendimentos laboratoriais

2008

2,45 bilhões

Habitação

2006

2007

Nota fiscal Paulista

recuperados pelo “Melhor Caminho” desde jan/2007

25.899.763

2006

1

bafômetro para cada

100

km de rodovia

79

bafômetros para a Polícia Rodoviária

51

bafômetros para a Polícia Militar Queda de

55%

nos atendimentos nos hospitais da capital

Novos bafômetros para 2008

41 estão em funcionamento 64

Projeto Tietê 1ª Fase (1992 a 1998) Investimento de US$ 1,1 bilhão

Metas: n Aumento da coleta de esgoto na região metropolitana de São Paulo de 70% para 80% n Aumento do tratamento de esgoto na região metropolitana de São Paulo de 24% para 62% Obras ETE São Miguel n ETE ABC n ETE Parque Novo Mundo n 1,5 quilômetro de redes coletoras n 315 quilômetros de coletores-tronco n 37 quilômetros de interceptores n 250 mil ligações domiciliares n

2ª fase (2002 a 2008) – em andamento

Investimento de US$ 400 milhões

298 102

Metas: n Aumento da coleta de esgoto na região metropoli-

para a capital

pessoas convocadas desde janeiro de 2007

A meta é atingir até 2010

(US$ 200 milhões financiados pelo BID e US$ 200 milhões com recursos da Sabesp)

para o interior

110.688

desde 2007

3.978

16.603 16.603 16.603 13.288 13.288 13.288 7.961 7.961 7.859 7.8597.961 7.859

27novas unidades

1,5 milhão

de usuários cadastrados

Frente de trabalho

Fundação casa

tana de São Paulo de 80% para 84% n Aumento do tratamento de esgoto na região metropolitana de São Paulo de 62% para 70% Obras 36 quilômetros de interceptores n 110 quilômetros de coletores-tronco n 1,2 mil quilômetros de redes coletoras n 290 mil ligações domiciliares de esgotos n

3ª fase (2009 a 2015) Investimento de US$ 800 milhões

Metas: n Aumento da coleta de esgoto na região metropolitana de São Paulo de 84% para 88% n Aumento do tratamento de esgoto na região metropolitana de São Paulo de 70% para 80% Obras Construção de novas ETEs (Francisco Morato, Franco da Rocha e Caieiras)

n

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SPagenda O que foi notícia

Nota fiscal A Secretaria da Fazenda já realizou dois sorteios do programa Nota Fiscal Paulista. No primeiro, mais de 520 mil pessoas se inscreveram. Cada 100 reais acumulados em compras com CPF registrado no sistema dá direito a um bilhete eletrônico para concorrer. Realizado em dezembro, o primeiro sorteio premiou o primeiro colocado com 200 mil reais, o segundo com 120 mil e o terceiro com 80 mil. Os próximos sorteios serão mensais. Estão programadas premiações extras para os Dias das Mães, dos Namorados, dos Pais e das Crianças. Respectivamente, cada ganhador receberá 50 mil, 30 mil e 20 mil reais.

Provável Trajeto da Linha 6-Laranja

METRÔ O Plano de Expansão do Transporte Metropolitano está a todo vapor. O governo do Estado anunciou três grandes novidades sobre o assunto em dezembro. Primeiro, o mês foi marcado pela chegada do “megatatuzão” à Estação República. A máquina está abrindo o túnel da Linha 4-Amarela, que ligará a Vila Sônia à Luz. Até agora, já foram escavados 5,8 quilômetros de túneis. O total é de 7,4 quilômetros. Essa distância está prevista para ser completada em meados do ano que vem. A nova linha deve atender cerca de 970 mil pessoas por dia. Também foi dado o pontapé inicial no projeto da futura Linha 6–Laranja. Inicialmente prevista para ligar a Freguesia do Ó à Estação São Joaquim (Linha 1-Azul), a via teve seu trajeto estendido até os bair-

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ros de Vila Nova Cachoeirinha e Brasilândia, na zona norte da capital. O projeto da linha deverá custar 80 milhões de reais. As obras devem ser iniciadas nesta gestão. A linha terá, no total, 18,4 quilômetros e 17 estações. A demanda prevista é de 600 mil passageiros por dia. Por último, foi apresentado o primeiro dos 47 trens adquiridos por meio do Plano de Expansão do Transporte Metropolitano. Composto de seis carros, o novo trem possui capacidade para 2 mil passageiros e vai circular na Linha 2–Verde. O veículo é totalmente adaptado para pessoas com deficiência e equipado com ar-condicionado, portas mais largas, câmeras de segurança e melhorias que reduzem o nível de ruído dentro da cabine.

Vila Nova Cachoeirinha

Brasilândia

Freguesia do Ó

Água Branca

São Joaquim Higienópolis

Jornada de Matemática O saldo da 2ª Jornada de Matemática foi mais do que positivo. O campeonato estudantil ocorreu em todo o Estado e avaliou a aptidão na área em alunos da 4ª série do ensino fundamental. Foram cerca de 200 mil inscritos vindos de 1,4 mil escolas participantes. A equipe vencedora foi Os Verdes, da Escola Estadual Itiro Muto, no bairro Parque das Nações, zona sul da capital. A final foi realizada no Teatro Franco Zampari, também na capital. Cada um dos cinco integrantes da equipe vencedora ganhou um laptop, enquanto todos os 30 finalistas (inclusive os primeiros colocados) receberam uma biblioteca de livros e jogos educativos, um baú para guardar os livros e um kit de pintura com cavalete. A escola da equipe vencedora ganhou uma mesa oficial de pingue-pongue, uma mesa de aero-hóquei e um DVDokê. Prêmio São Paulo O Museu da Língua Portuguesa foi palco da primeira edição do Prêmio São Paulo de Literatura. Promovido pela Secretaria da Cultura, o evento garantiu prêmios de 200 mil reais aos vencedores, consagrando-se como a maior premiação literária do Brasil. Desse montante, 90 mil reais são oriundos de arrecadações da Secretaria da Cultura. Vencedores: Melhor livro do ano: O Filho Eterno (Editora Record), de Cristóvão Tezza Melhor livro de autor estreante: A Chave da Casa (Editora Record), de Tatiana Salem Levy

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SPagenda O que foi notícia

TRATOR PAULISTA

tecnologia

A Secretaria da Agricultura e Abastecimento lançou o Pró-Trator. O programa de financiamento, em parceria com a Nossa Caixa, oferecerá 6 mil tratores a produtores rurais. Os veículos de potência entre 50 e 120 cavalos são destinados aos produtores que obtêm no mínimo 80% da renda bruta anual com a atividade agropecuária, limitada a 400 mil reais por ano. O prazo para pagamento é de até cinco anos, dependendo da atividade agrícola e do projeto técnico.

Uma escola estadual vai participar pelo segundo ano consecutivo de um concurso que elege os melhores projetos em robótica do mundo. É a Waldemar Salgado, em Santa Branca, no Vale do Paraíba. Ela foi escolhida na etapa brasileira da First Robotics Competition. A final será em maio, quando 20 estudantes irão a Dallas, nos Estados Unidos, disputar com alunos do Canadá, Estados Unidos, Israel, Índia, Coreia e, os favoritos, da China.

TERAPIA AVANÇADA

Ajuda para quem precisa. Em dezembro passado, o governo de São Paulo se empenhou em ajudar os afetados pelas enchentes no Estado de Santa Catarina. Entre as doações estavam mais de 26 mil litros de água, 26 mil peças de vestuário, 500 cobertores, 3 mil quilos de alimentos e 3 mil produtos de higiene pessoal como xampu, sabonete, creme dental, escova de dentes, pente, fralda, cotonete, algodão e absorvente. Tudo isso sem contar os esforços da Sabesp, que enviou cerca de 48 mil litros de água.

Marília é a primeira cidade a receber um acelerador linear em um hospital público. O equipamento integra a nova área de Quimioterapia e Radioterapia do Hospital das Clínicas do município. Será usado nos procedimentos de radioterapia de pacientes com câncer tratados pelo Sistema Único de Saúde na região. Ao todo, o governo investiu 3 milhões de reais na compra dos equipamentos da área. Com o acelerador, será possível garantir aos pacientes uma menor exposição à radiação.

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Solidariedade


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