Revista Mayara

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História Hi A padronização da forma visual através de informações simples, concretas e racionais, eliminando qualquer tipo de interferência visual, com o objetivo de ser compreendida universalmente, eram as características do movimento artístico modernista denominado Estilo Internacional. Surgido na Suíça, teve sua maior produção entre 1950 e 1970, foi uma vertente do Funcionalismo que, por sua vez, propunha como forma de expressão o princípio de que “a forma segue a função” e que qualquer ornamento era, portanto, considerado inútil. Em 1950, influenciados pelos princípios funcionalistas da Bauhaus e pela nova tipografia de Jan Tschichold (um dos primeiros designers a abolir a serifa dos tipos), os estudantes das escolas suíças da Basiléia e Zurique, sob a orientação dos diretores Armin Hofmann, Emil Ruder (Basiléia) e Joseph Muller-Brockmann (Zurique), fizeram experimentos que resultaram em algumas famílias tipográficas, e que são frequentemente utilizadas até os dias de hoje. As características desse movimento incluíram uma mudança na arquitetura, que começou a +projetar edifícios visando a funcionalidade e eliminando toda a ornamentação característica das antigas construções, e tendo como principal nome o arquiteto de origem suíça Le Corbusier. No design aplicou-se a máxima clareza, layouts estruturados, nitidez, minimalismo, fotografias objetivas, funcionalidade, levando-se em consideração as necessidades do homem e a compreensão da mensagem. Grandes corporações adotaram o novo design funcional em seus produtos e na identidade visual de suas empresas. Tudo o que fosse desnecessário ao funcionamento do produto era eliminado. Linhas simples, durabilidade, equilíbrio e unificação eram as exigências fundamentais. Os produtos da Braun, por exemplo,eram semelhantes, em geral com acabamento em branco ou preto lustroso, com o logotipo da companhia bem visível. Em plena era industrial a racionalidade e funcionalidade desses produtos propagou o design do Estilo Internacional mundialmente.


Josef Muller-Brokmann

Armin Hofmann

Emil ruder


A R

G O

P I T

A I F

A abordagem do design praticado na Bauhaus gerou possibilidades tipográficas que mudaram a história das fontes e consagrou o estilo que conhecemos como tipografia moderna. Jan Tschichold foi um dos primeiros designers a incorporar à tipografia o conceito funcionalista de legibilidade praticado na escola alemã. Em 1918, Ernst Keller, da Zurich School of Arts and Crafts, criou um modelo que se tornaria o centro dos experimentos da escola, chamado grid system. Esse sistema consistia no uso de uma grade matemática assimétrica para determinar um completo ordenamento e estrutura integrada na produção de tipos. Os pioneiros deste movimento acreditavam que a tipografia sem serifa expressava o espírito da era do progresso e que a grade matemática era o mais legível e harmonioso meio de estruturar informações A legibilidade proporcionada por essa nova tipografia, estimulou a concepção de uma identidade visual (que tinham como principal característica seus logotipos enfatizados) para grandes empresas que buscavam através da proposta do estilo se consolidarem como empresas funcionais, racionais e adaptadas à era moderna de industralização..


Ca ra cte rís ti cas

Baseados nos princípios da Bauhaus, e nos experimentos tipográficos de Jan Tschichold e Ernst Keller, as escolas suíças Basel School of Design e Zurich School of Design desenvolveram uma tipografia universalmente neutra, compreensível e funcional. Era criado assim o Estilo Internacional Tipográfico. As fontes sem serifas visualmente simples e harmoniosas como a Helvetica criada por Max Miedinger e a Univers, de Adrian Frutiger, eram as mais famosas e são usadas até hoje. Outra característica era o alinhamento dos blocos de texto à esquerda e não mais justificado como pregava a Bauhaus.







Adrian Frutgier Adrian Frutiger nasceu em 24 de Março de 1928, na Suíça, estudou na Zurich School of Arts and Crafts. Lá, produziu um trabalho acadêmico sobre a história da tipologia ocidental e foi premiado pelo ministro do interior. Em 1952, foi convidado por Charles Peignot para trabalhar na Debern & Peignot, onde permaneceu por 9 anos. Por volta de 1955, supervisionou a adaptação das famílias tipográficas da Debern & Peignot para o sistema de fotocomposição Lumitype e criou a família Merídien que se tornaria a primeira do sistema. Em 1957, apresentou ao público sua criação mais conhecida, a família Univers. A Univers é uma das grandes realizações tipográficas da segunda metade do século XX. A fonte tem uma variedade de pesos que transmitem estabilidade e homogeneidade. As formas claras e objetivas da Univers fazem desta uma fonte legível e adequada para quase toda necessidade tipográfica. A Univers foi criada na mesma época da Helvetica (1957). Enquanto a Helvetica, por exemplo, tem uma clareza geral, jovial, um efeito neutro sem nenhum evidente atributo (proporcionando a ela um grande sucesso), a Univers expressa uma elegância fatual e calma, uma competência racional. Em 1997, a Univers foi redesenhada em um projeto conjunto entre Adrian Frutiger e a Linotype. O resultado: Linotype Univers com 59 pesos diferentes.



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