Construtivismo Russo O Construtivismo Russo foi um movimento estético-político iniciado na Rússia a partir de 1919, como parte do contexto dos movimentos de vanguarda no país, de forte influência na arquitetura e na arte ocidental. Ele negava uma “arte pura” e procurava abolir a ideia de que a arte é um elemento especial da criação humana,
separada do mundo cotidiano. A arte, inspirada pelas novas conquistas do novo Estado Operário, deveria se inspirar nas novas perspectivas abertas pela máquina e pela industrialização servindo a objetivos sociais e a construção de um mundo socialista. O termo arte construtivista foi introduzida pela primeira vez por Malevich para descrever o trabalho de Rodchenko em 1917
Caracterizou-se, de forma bastante genérica, pela utilização constante de elementos geométricos, cores primárias, fotomontagem e a tipografia sem serifa. O Construtivismo teve influência profunda na arte moderna e no design moderno e está inserido no contexto das vanguardas estéticas europeias do início do Século XX. (São considerados manifestações influenciadas pelo Construtivismo o De Stijl, a Bauhaus, o Suprematismo, assim como grande parte da vanguarda russa).
Os construtivistas eram a favor das formas geométricas, simples, básicas, e do emprego racional do material a fim de encontrar soluções para problemas de comunicação. Combinava palavras e imagens numa experiência simultânea, composição que estava destinada a influenciar o futuro da comunicação de idéias.
Queriam acabar com a divisão da arte e trabalho, portanto o uso de fotografia como produção mecânica de imagens fazia parte de sua ideologia. Deve-se, assim, ao Construtivismo a utilização de técnicas como a fotomontagem, os fotogramas, a superposição, a justaposição, colagem e uso da tipografia livre nas artes aplicadas.
Provavelmente, a maior contribuição para o design gráfico do século XX foi a vanguarda russa. Porém, o grande paradoxo é que, ao mesmo tempo em que na Rússia os “artistas gráficos” buscavam uma linguagem estética que servia de forma eficaz a um público com pouca instrução ou das massas operárias e camponesas, na Europa esses mesmos trabalhos eram cultuados nos mais importantes meios intelectuais do design, como a própria Bauhaus. O fato é que eles, descompromissadamente, desenvolveram algo próprio que influenciou não apenas uma época, mas todas as gerações que vieram nas décadas seguintes.
Aleksandr Rodchenko Foi um artista plástico, escultor, fotógrafo e designer gráfico russo, um dos fundadores do construtivismo russo e design moderno russo. Rodchenko era casado com a artista Varvara Stepanova. Muitos trabalhos realizados por Rodchenko no ínício do século XX influenciaram a
área do Design Gráfico atual. Como exemplo, o retrato de Lily Brik, de 1924, inspirou um número de trabalhos subseqüentes, incluindo a arte da capa de álbuns da música. Entre eles, a mais recente, capa do álbum de Franz Ferdinand, “You Could Have It So Much Better”, de 2005.
E antes, o poster o filme de Dziga Vertov “A sexta parte do mundo” foi a base para a capa do single “Take Me Out”, também do Franz Ferdinand, de 2004. O vídeo desta música traz consigo ícones famosos do movimento Construtivista, como El Lissitzky, Vladimir Tatlin, bem como do próprio.
Capa do álbum de Franz Ferdinand, “You Could Have It So Much Better”, de 2005.
A maioria do trabalho de Rodchenko como designer gráfico, foi dedicado à promoção da causa revolucionária, incluindo um quiosque, em 1919, para a venda e distribuição de jornais e de outra propaganda política. Também concebeu um grande número de cartazes de promoção das iniciativas estatais russas entre 1923 e 1925, em colaboração com o poeta Vladimir Mayakovsky. Ao longo dos anos 20 do séc XX, foi um
“
designer gráfico prolífico, trabalhando em cartazes políticos e comerciais, cartazes para filmes, exercendo as funções de director gráfico e colaborador das revistas LEF (1923-25) e a sua sucessora Novy LEF (192728), bem como embalagens e capas de livros. O seu uso da fotomontagem, de layouts tipográficos de grande impacto e de superfícies coloridas homogéneas resultaram em muitos trabalhos memoráveis
Nós éramos a favor de um mundo novo, o mundo da industria, tecnologia e ciência. Nós éramos a favor do “novo homem”. Sentíamo-lo mas não tínhamos uma ideia precisa do futuro. Criámos um novo conceito de beleza e expandimos os horizontes da arte. Fizemos cartazes, escrevemos slogans, e decorámos praças e edifícios. Até os tipos de letra, tão precisos e persuasivos, foram por nós inventados. Fizemos objectos cuja utilidade já ninguém questiona.” Rodchenko
O vanguardismo de Rodchenko incute-nos uma percepção de modernidade, mesmo após oito décadas volvidas sobre os seus trabalhos mais emblemáticos. A demonstração dessa evidência é o facto de muitos designers gráficos actuais se basearem no seu trabalho. O conhecido designer norte-americano Shepard Fairey é um deles, como o demonstra a campanha concebida para a cadeia de lojas da Sacks.
Trabalho publicitário para a loja Sacks.
EL LISSITZKY er, sso, design ru ta is rt a m Foi u uitegrafo e arq tó fo , fo ra g ó tip muitas expo u to je ro p to que anda zou propag li a re e s e siçõ início Soviética no olpara a União seu desenv O . 0 2 lo u c é do s ás do ideias por tr e d to n e aim v arte suprem e d to n e movim s no ito influente u m m ra fo tista senvolvimen e d o a a c que to ovis e dos m u a h u a B a to d tivista. arte constru a d s to n e m
Nos primeiros anos, Lissitzky desenvolveu um estilo de pintura em que recorria a formas geométricas abstratas, para definir as relações espaciais das suas composições. As formas foram desenvolvidas num espaço tridimensional, que muitas vezes continha diferentes perspetivas, causando um contraste direto com as ideias de teorias suprematistas, o que veio trazer a simplificação das formas e a utilização do espaço 2D.
‘New Man’ – ‘Novo Homem’
“
A imagem não é uma pintura, mas uma estrutura em torno da qual temos de círcular, olhando para ele de todos os ângulos, olhando-a de cima para baixo, investigando-a por baixo.“ El Lissitzky
Ao fundo sua obra “‘Beat The Whites’”