Revista Hanna

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E s t i l o Internacional S u i รง o


A

I ntrodução

B

Contexto histórico

C

Expressão artística

D

Propagação internacional

E

Personalidades

F

Referencias

editorial



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Introdução Editorial o

O Estilo Tipográfico Internacional marcou todo o Design gráfico da segunda metade do século XX e resiste, ainda hoje, timidamente. Conheceu uma ascenção, sem precedentes,transformou-se no estandarte da globalização nas artes gáficas. Ironicamente, foi a sua maior força que quase conduziu á sua extinção.


O trabalho do designer deveria possuir uma qualidade claramente inteligível, objectiva, funcional e estética, do pensamento matemático. Com o sucesso da tipografia e do design gráfico suíço do pós-guerra grou-se um amplo movimento, conhecido como Escola Suíça - ou Estilo Internacional - , corrente determinante da estética e do «bom gosto» dos anos 50 e 60. O extensivo uso de grelhas (grid systems, Rastersysteme) como sistema de ordenação e organização do espaço foi a expressão de uma atitude que mostra que o designer concebe o seu trabalho em termos que são racionais, construtivos e orientados para o futuro.

O seu trabalho deveria ser um contributo para a cultura geral, passando a formar parte dela. O design « objectivo», comprometido com o bem comum, bem composto e refinado, constitui — em teoria — a base de um comportamento democrático. O trabalho feito sistematicamente e de acordo com princípios formais rigorosos estabelece exigências de rectidão, inteligibilidade e do conjunto de todos os factores que são igualmente vitais na vida sócio-politica. Trabalhar com o sistema de grelhas significa submeter-se a leis de validez universal.


Bb Contexto Histórico

Suiça nos anos 50.Segunda guerra mundial. País neutro.Reunidas as condição, o Estilo Internacional cresce em um ritmo exonencial. Apoia-se na ideologias do funcionalismo, e valoriza a clareza , legibilidade e objectividade artísticas. Procura a harmonia e a simplicidade das formas, como meio de unificar o design. Referência inspiradora na história do grafismo modernista. O Estilo Internacional representa, ainda hoje , uma influência incontornável.


contexto de aparecimento

1950 / Suíça A guerra de 1939-1945 paralisou qualquer impulso criativo na Europa. Na Suíça, um dos poucos países não afectados pelos cinco anos de guerra, o impulso seguiu o seu curso. Nas Kunstgewerbeschulen (Escolas de Artes Aplicadas) de Basel e Zurique desenvolveu-se uma intensa investigação. O Construtivismo foi rechaçado energeticamente. Emil Ruder criou um novo conceito tipográfico.

Steiner em Zurique e Hofmann em Basel foram os iniciadores de uma nova direcção no desenho gráfico. Eidenbenz, Falle, Piatti, Piali e outros foram os pioneiros de uma nova arte do cartaz.» (Frutiger, À bâtons rompus, 2001). Vinte anos depois da Bauhaus ter cerrado as portas, os suíços viriam a ser os verdadeiros executores da neue typographie, que se obtinha utilizando exclusivamente tipos sem serifas, fotografia,

“Hoje o Estilo Suiço pode ter desaparecido da superfície, mas pode estar atrás das ideias actuais, de sustentabilidade, usabilidade e ergonomia.” O «universalismo» do Estilo Internacional fez repetir continuamente os mesmos padrões. A monotonia começou a reinar no Desenho gráfico, na Arquitectura, na sinalética, no de-

senho editorial, na tipografia, etc. Em breve, quase todas as agências de comunicação forneciam um trabalho indistinto e entediante. Na sua renúncia.

Na sua renúncia à exteriorização de sentimentos pessoais e subjectivos, ou às técnicas propagandísticas de persuasão da publicidade comercial,iniciou um grande estilo.


1896

1917

Esta Sans Serif tornou-se um grande sucesso e foi muito imitada por várias fundições de tipos. Como todas as sans serif da época, Akzidenz Grotesk era principalmente usada como um tipo display, entretanto foi incluída uma caixa-baixa bastante aceitável para textos. A Akzidenz foi marcante durante a Segunda Guerra Mundial; Adolf Hitler, após descobrir que o gótico descendia do judaísmo, decide adoptar a Akzidenz nas suas campanhas de expansão, assim como Mussolini.

A revista “De Stijl” foi uma publicação iniciada em 1917 por Theo van Doesburg e alguns colegas que viriam a compor o movimento artístico conhecido por Neoplasticismo, movimento estético que teve profunda influência sobre o design, artes plásticas e sobre a poesia. Devido à influência dos textos da revista, que muitas vezes assumiam um aspecto de manifesto, o próprio movimento neoplástico (e mais tarde, o Elementarismo) é confundido com o nome da revista. Também costuma-se chamar o seu grupo criador pelo título da publicação. Entre seus colaboradores estavam, além de Doesburg, o pintor Piet Mondrian, o designer de produto Gerrit Rietvield, entre outros.

Akzidenz-Grotesk

Akzidenz Grotesk foi provavelmente cortada por algum experiente porém anônimo puncionista (artífice que grava punções, em inglês: punchcutter) da Berthold.

De Stijl


1919

Bauhaus

abril de 1919, a partir da reunião da Escola do Grão-Duque para Artes Plásticas . A intenção primária era fazer da Bauhaus uma escola combinada de arquitetura, artesanato, e uma academia de artes, e isso acabou sendo a base de muitos conflitos internos e externos que se passaram ali. A maior parte dos trabalhos feitos pelos alunos nas aulas-oficina foi vendida durante a Segunda Guerra Mundial. A Bauhaus tinha sido grandemente subsidiada pela República de Weimar. Após uma mudança nos quadros do governo, em 1925 a escola mudou-se para Dessau, cujo governo municipal naque-

A Bauhaus tinha sido grandemente subsidiada pela República de Weimar. Após uma mudança nos quadros do governo, em 1925 a escola mudou-se para Dessau, cujo governo municipal naquele momento era de esquerda. Uma nova mudança ocorre em 1932, para Berlim, devido à perseguição do recém-implantado governo nazista. Em 1933, após uma série de perseguições por parte do governo nazista, a Bauhaus é fechada, também por ordem do governo. Os nazistas opuseram-se à Bauhaus durante a década de 1920, bem como a qualquer outro grupo que não tivesse uma orientação política de direita. A escola foi considerada uma frente comunista, especialmente porque muitos artistas russos trabalhavam ou estudavam ali. Escritores nazistas como Wilhelm Frick e Alfred Rosenberg clamavam directamente que a escola era “anti-Germânico A escola foi fundada por Walter Gropius em 25 de


1936

Müller-Brockman

Josef Müller-Brockman foi um designer gráfico e professor suíço. Estudou arquitectura, design e história de arte tanto na Universidade de Zurique como na Kunstgewerbeschule Zurich, uma escola de artes aplicadas na cidade homónima. Em 1936 abre o seu atelier em Zurique, especializando-se em deseign gráfico, design de exposições e fotografia. Foi autor dos celebrados livros “The Graphic Artist and his Design Problems”, “Grid Systems in Graphic Design” e das publicações “History of the Poster” e “A History of Visual Communication”, e é geralmente tido como um dos nomes maiores do Estilo Tipográfico Internacional. O seu estilo é reconhecível pela composição simples e clara, pelo uso de tipografia

1944

Graphis #1 revista Graphis, The International Journal of Visual Communication, foi publicada pela primeira vez em 1944 por Walter Herdeg, em Zurique. Trata-se de uma das mais importantes publicações de design gráfico de sempre, na Europa, tendo, ao longo dos seus 350 números, contribuído para a afirmação global do Estilo Tipográfico Internacional.


1954 Univers

Em 1954, a tipografia francesa Deberny & Peignot pretendia acrescentar uma fonte não-serifada à sua lista de tipos Lumitype. Adrian Frutiger, o director de arte da tipografia, sugeriu que se evitasse a adaptação de um alfabeto existente. Em vez disso, pretendia criar uma fonte totalmente nova que fosse, acima de tudo, adequada à escrita de textos longos - à data, uma tarefa bastante complicada para tipos sem serifas. A partir de sketches antigos, dos seus tempos de estudante na Escola de Artes Aplicadas de Zurique, criou a família de fontes Univers. Seria oficialmente lançada em 1957 pela Deberny & Peignot e, mais tarde, viria a ser produzida pela Linotype.

1957

Helvetica A Helvetica foi concebida em 1957 por Max Miedinger e Eduard Hoffmann, na tipografia suíça Haas. O objectivo era desenhar um novo tipo sem serifas que competisse com a Akzidenz-Grotesk no mercado suíço, e que conseguisse atingir uma neutralidade capaz de conferir ao conteúdo grande clareza e legibilidade, não pretendendo possuir significado intrínseco na sua forma. Em 1960, o nome da fonte é alterado pela empresa de patentes alemã Stempel para Helvetica - derivado do nome latim da Suíça, Confoederatio Helvetica - numa tentativa de melhorar o potencial comercial da fonte fora do território Suíço.


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