Lautriv Mitelob - BV008

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008 ∙ Esperança/PB ∙ Dedicado especialmente à arte, à cultura e à história da nossa gente.

BV008 domingo, 1º de setembro de 2013 (formatado para encadernação)

Nossa gente, nossa arte... Nossa terra, nossa história a nossa querida pátria Vou um pouco falar Contar do seu esplendor E a todos encantar Conquistou a independência De um modo espetacular O Brasil era colônia Colônia de Portugal Fornecia matéria-prima Tinha riqueza natural E um algum tempo depois Abrigou a família real A Europa vivia um tempo Tempo de opressão Sofria com as imposições Do poderoso Napoleão A corte amedrontada Resolveu fugir então Com isso a se passar Uma nova era iniciou Medidas foram tomadas E muito transformou O país foi evoluindo E ali tudo começou (continua na última página)

João Benedito, o cantador de Esperança P02

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Poema a Seis Mãos P04

http://frasesabertas-frases.blogspot.com.br/

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*Rau Ferreira, Ativista. Em http://historiaesperancense.blogspot.com.br/

cantador João Viana ele me falou de cantador João dos Santos – João Benedito Viana” (Repentistas e Benedito – nasceu na Glosadores: 1937, p. 32). cidade de Esperança, no ano de Mesmo no fim da vida, na 1860. Era um moreno muito companhia de um menino, não respeitado pela sua habilidade deixou o hábito de versejar e de criar versos, e seu jeito realizar embates memoráveis. irreverente de ser. Trabalhava Conta-se que, em certa nas feiras livres da região ocasião, ao passar pelo velho fazendo o seu repente, mercado de carnes em improvisando motes e Esperança, cabisbaixo e sem desafiando os trovadores ânimo, o cantador foi indagado afamados. sobre o que estaria Na época, se dizia que “imaginando”, e este respondeu João tinha “boa memória e peito de pronto: fino”, ou seja, que cantava e “Nas consequências da vida, glosava abertamente. E por Imaginando vivo a sós, onde quer que fosse, trazia Zé Limeira, em http://cantigasecantos.blogspot.com.br/2013/03/poesia-ze-limeiraLembrando que nossos pais poeta-do-absurdo.html, como imaginamos João Benedito. consigo uma viola. Pisaram nossos avós; Da pintura: http://garimpandopalavras.blogspot.com.br/2012/07/eis-pintura-doO folclorista Câmara Nós pisamos nossos pais, retrato-de-ze-limeira.html Cascudo cita-o em seu livro Nossos filhos pisarão a nós!” cantadores”, chegou a ser colocado em pé Vaqueiros e Cantadores (1939), e de igualdade com Joaquim Sem Fim. reproduz um desafio que o poeta popular Eis porque muitos o consideravam Coutinho Filho relata que: “em manteve com Antonio Correia Bastos. um filósofo do seu tempo. palestras com Josué da Cruz a respeito dos Considerado um dos “temíveis João Benedito faleceu na cidade de melhores poetas populares da atualidade, Remígio, em 1943. 2


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uem sou: Egberto Vital nasceu, sob o signo de leão, em Esperança, Paraíba, em 17 de agosto de 1989. Atualmente reside em Campina Grande onde cursa Letras na Universidade Estadual da Paraíba. É professor; poeta, escritor informal e blogueiro. Publicou, informalmente, o livro Sinestesia pela editora AgBook. Além das postagens, que preenchem a página principal, O Sentinela possui as seguintes “colunas”, denominadas Escritos: Cancioneiro Popular; Críticas; Crônicas; Experimente; Informes, onde encontramos a postagem “Meu novo livro: O "Admirável Mundo Novo" de Pitty: a crise de identidade do homem contemporâneo na virada do século; Meus Poemas; Outras Linguagens, dedicada à fotografia, por exemplo; Poemas invasores; Poemas-canção; Poetas Esperancenses, onde estão Andréia de Nicola, Silvino Olavo e Evaldo Pedro Brasil da Costa, dentre outros; e Sorteios. Além dos seus Escritos, ou seleções, há os links com os quais se afina o professor Egberto Vital, denominados Entretextos: “Disciplina é liberdade” (http://minhaspalavrasmalescritas.blogspot.com.br/); “10086 Sunset Boulevard” (http://sblvd.blogspot.com.br/); “bocadepoema” (http://bocadepoema.blogspot.com.br/); “Bruxedos Mággicos” (http://bruxedosmaggicos.blogspot.com/); “Cemitério das Celebridades” (http://ocemiterio.wordpress.com/); “Escrevendo e outros gerúndios” (http://meuencantadoestranhomundo.blogspot.com.br/); e “Literatura Fascinante”. (http://fascinanteliteratura.blogspot.com.br/). Sua postagem mais recente: Eduardo e Mônica revisitada. (Acessado em 1º de setembro de 2013).

O vloguer Gui Toledo surpreende os legionários com uma releitura contemporânea e muito bem-humorada para a música “Eduardo e Mônica” da banda Legião Urbana. A paródia, e diria mais do que isso, a retextualização da canção traz uma ideia de como seria a história do casal mais famoso da história do BRock nos dias atuais. De forma muito criativa o clipe criado por Gui Toledo mostra como seria a saga de Eduardo e Mônica nos tempos em que a tecnologia influencia nas relações interpessoais. É divertido, inteligente e gostoso de assistir. Vale muito a pena conferir: http://youtu.be/gCVuTDDFjCo.

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Poema a Seis Mãos Por Ana Débora Mascarenhas (in http://deboramascarenhas.blogspot.com.br/2013/08/agua.html)

Água 1

Para minha amada que morreu Árvore de grande copa Tronco largo e negro, Protetora. Árvore que sombreia Que protege Nunca nega A sua proteção. Árvore de galhos fortes Que exala perfume Árvore que me pôs no costume De amá-la Que me foi arrancada Sem explicação nenhuma.

(Chicão de Bodocongó) Campina Grande, 29 de agosto de 2013.

Para lembrar, molhe as mãos. A água quente e límpida Que escorre pelos dedos das mãos. Vai te recordar de um amor que já foi seu. Que por descuido se perdeu. (Pos ta do por Ana Débora Ma s ca renha s , à s 06:38, 19 de a gos to de 2013)

Água 2 Para esquecer, molhe as mãos. A água fria a se desfazer... Por entre dedos, pingos se vão! Não vais lembrar, de que você Percebe que se foi ou não; Ou que se foi em vão, não ter. (Pos ta do por Ra u Ferrei ra , à s 13:01, em 30 de a gos to de 2013)

Comentário 1 Que lindo, Rau! Adorei. (Ana Débora Ma s ca renha s , à s 13:28, 30 de a gos to de 2013)

Água 3 Água entre os dedos fria é pra despertar e acordan' de medos... ...quente no couro fere só para lembrar nossa fase de ouro. (Eva l do Bra s i l , à s 18:49, 30 de a gos to de 2013)

Comentário 2 Quanta sensibilidade, Evaldo! Adorei. (Ana Débora Ma s ca renha s , à s 06:04, 31 de a gos to de 2013

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Por Rau Ferreira, em http://andradenoticias.com/o-abopuru-de-esperanca-por-rau-ferreira/

social junto à comunidade São Francisco, em nossa cidade, através do Grupo Cultural “Quero Mais”. Dotado de um dom especialíssimo, as

O Abopuru de Esperança ganhou espaço nas paredes de uma residência, onde o próprio autor apresenta – pari passu – a sua obra, com detalhes no blog http://grupoculturalqueromais.blogspot.com.br/ Bem sei que sou suspeito para come ntar, mas tenho a opinião precisa de que o desenho de Marquinhos supera em brilho e arte a inovação de Társila.

Abopuru, de Esperança

famosa obra de Tarsila do Amaral (1883/1976) – artista plástica que se tornou um ícone do modernismo no Brasil – ganhou uma versão com as cores de Esperança. Trata-se do célebre quadro “O Aboporu”, que retrata um pensativo homem sob um sol escaldante, e que tem um cacto por companheiro. A versão em óleo sobre tela foi composta em 1928. A ideia partiu do ativista cultural Marquinhos Pintor, que além de artista de grande expressão, desenvolve um trabalho

de símbolos especiais em tons de cinza. Foram acentuados o verde. E o azul do céu ganho um retalho de quadrados multicoloridos. Permanece inalterado o m otivo central da pintura.

Marquinhos Pintor

aquarelas de Marquinhos podem muito bem serem comparadas aquelas produzidas pelo célebre Chico Pintor. Os seus quadros já foram expostos em diversas ocasiões, chamando a atenção de turista que visitam o nosso município não só pela qualidade, com o pela técnica apurada. A reprodução tem linhas e traços acentuados; formas e detalhes coloridos, além 5

Renato Rocha, outro esperancense das artes plásticas


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NOSSA TERRA, NOSSA HISTÓRIA, por Tamires do Nascimento Ataíde* (Continuação da capa) O tempo foi passando E Dom Pedro assumiu As elites pressionaram E o príncipe decidiu Chegara a hora de proclamar A independência do Brasil Em sete de setembro O regente viajava Com uma carta nas mãos A liberdade proclamava “Independência ou morte” Era o que bradava O Brasil naquele momento De Portugal escapava Depois de muito tempo A independência conquistava Sentiu o gosto de ser livre O qual tanto esperava Ao longo de dois séculos O país foi transformando E apesar de tudo O povo sempre lembrando Daquele dia importante Em que a história foi mudando O território se dividiu Em estado e região Constituindo assim Nossa exuberante nação Que atualmente vem lutando Por saúde e educação

Uma nação forte Forte e inteligente Que vence obstáculos E cuida da sua gente Olha sempre para o futuro Caminha sempre em frente Agora chegou a hora De o assunto um pouco mudar Do nosso querido Nordeste Irei sempre comentar Mostrar nossa cultura Nossa identidade espalhar Nove grandes Estados Vocês vão encontrar Nessa região esplendorosa Da qual vou explicar Preste muita atenção Sei que irá se impressionar A região sofre na seca Mas o povo não desanima Tem força e trabalha Canta e faz rima Tem fé em Deus Que abençoa lá de cima Uma terra de riquezas Que sofreu exploração Travou muitas batalhas Fez revolução Superou os obstáculos Com enorme determinação 6

Uma região de beleza Que recebe admiração Segue rumo ao futuro Com a força da população Nosso solo abençoado Paraíba no coração Nosso Estado, nossa casa Terra do São João Onde se planta de tudo Da batata ao feijão Ao som da sanfona É que se dança o baião Paraíba tão querida Escreveu sua história Deixou sua marca Conquistou a vitória Mostrou seu poder E toda a sua glória É com a nossa cidade Que vou encerrar Esperança tão bela Que vai completar Oitenta e oito anos Assim que dezembro chegar Com uma história comprida A qual vou resumir Todos os que chegaram Não quiseram mais sair Pra vida de muitas pessoas Ela ousou contribuir

Foi há muito tempo atrás Que tudo começou Pois a tribo cariri Nessa terra habitou Depois veio um português Que aqui também morou Com o tempo a correr Tudo foi se transformando Cresceu a cidade Mais gente chegando E as poucos todos iam Iam se acomodando A igreja foi construída Com muita dedicação Fruto de uma promessa Promessa de coração Patrimônio da cidade Lugar de oração Felizes são os habitantes Dessa cidade querida Que como Banabuié Também já foi conhecida No passado não distante Hoje é muito evoluída Nesses versos simples Espero ter explicado Um pouco do nosso lugar Pátria, região e estado E com um grande abraço Tenho o cordel encerrado. *A autora surgiu nas edições do festCordel.


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