Lautriv Mitelob - BV015

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Direção e Redação: Evaldo Brasil e Rau Ferreira Contato: kaquim@gmail.com Conteúdo: De blogs, sites; e inédito.

A Reencarnação de Elias (Mat. 17: 1‐13) P. S. de Dória I Tomando Jesus consigo A Pedro, Tiago e João, Levou‐os a um monte an go Sem lhes dar explicação, Foi‐lhes mostrar fatos novos: A reencarnação dos povos, Após transfiguração. II O seu rosto como o sol Resplandeceu, refle u, Num tom sem ser do arrebol Sua veste reluziu, Foi quando sem lhes falar, Num relance de olhar Novo cenário se abril.

ARTE PRIMITIVA

Pintura rupestre em Esperança O novo blogue h p://grupo‐ queromais.blogspot.com.br/ da Associação Afro‐cultural Quero Mais faz uma viagem no tempo ao passear por Lagoa de Pedra. Lá, conforme registro fotográfico, a pintura rupestre ganhou destaque. “Não é a toa que o ar sta plás co e a vista cultural Marquinho Pintor vem divulgando a riqueza que Esperança tem e nós n ã o va l o r i za m o s ”. D i c i l d e encontrar, as pinturas rupestres “não foram feitas de um dia para outro”, mas “nos não damos a

continua...

Fotos: Neguinho Capoeira

Banabuyê de Esperança ‐ Parahyba ‐ Brasil Dedicado especialmente à arte, à cultura e à história da nossa gente. Nº 015 ‐ 28 de Fevereiro de 2014 (2º Clichê, 09/03) Revisto

Ala-Ursas menor importância”. Há muito tempo as pinturas de Lagoa de Pedra são conhecidas. Graças à localização no lado mais íngreme da formação rochosa, ainda resistem ao tempo. Na região, a exploração de pedreiras é fonte de sobrevivência de muita gente. Elas correm o risco de se tornarem parte da memória do que vemos. Essa é mais uma bandeira de luta que a Associação Afro‐cultural Quero Mais levanta para que Esperança abrace. “Essa pintura das fotos é de conhecimento público”, afirma. E ques ona: “s e rá q u e e l a va i s o b re v i ve r ? Precisamos abrir os olhos o mais rápido possível para a riqueza que nós temos. Ajude a preservar esse si o arqueológico”.

s s i m c o m o o Pa p a n g u d e Bezerros/PE, o Careta de Triunfo/PE, o Fofã o de Sã o Luiz/MA e o Cló vis Bate-bola do Rio de Janeiro, a Ala-Ursa dos blocos do Rio Grande do Norte e das iniciativas mais espontâ neas pode vir a ser o sım ́ bolo do Carnaval de Esperança. Apesar das iniciativas que se esgotaram no tempo e nas di iculdades d e e n f r e n t a r o s m o d i s m o s , h á resistê ncia e Mestres artesã os vê m mantendo acessa a chama do fazer popular, sem engessamentos, abertos à s novidades mas atentos, até mesmo por força das limitaçõ se. Mestre Pretinho, Marcone do Morro do Piolho, Marré Gonçalves, Ziu Cavalcante e Marquinhos Pintor sã o exemplos dessa força que, embora dispersa, se mostra grandiosa. Leia mais na pá gina 4 e nas duas ú ltimas pá ginas. E mais:

A

Poemas, Nossa História, Dicas de sites para ler, ver e ouvir


Eternas Saudades (Carlos Egberto Vital Pereira) III E eis que num só momento Apareceram falando Com Jesus Cristo, no evento, Moisés e Elias, voltando... E Pedro sem lhes seguir: ‐É bom estarmos aqui Pra irmos colaborando...

Meus momentos aflitos de ansiedades Anunciam os instantes felizes, a espera da chegada E fazia‐se cin lante em meu corpo inquieto de emoções Quando o inerte encontro que vemos Perdeu‐se num infinito ermo de ilusões E o palor de meu sorriso se irradia Nas entranhas dilaceradas de meu lutuoso coração Sem no, na insensatez do meu des no Carreando forças para explicar o inexplicável Buscando siso, na defesa do indefensável Recolho‐me ao meu in mo, no afã de um novo reencontro. Por mensagem no facebook, em 25 de janeiro de 2014

ARTE PRIMITIVA

Pintura rupestre em Esperança Foto: Neguinho Capoeira

Silvino Ferrabrás

O Tempo e

O Tombo I Já gozei a mocidade Na vida fui temporão! Jóve num nha maldade E tampouco frei‐de‐mão Aprendi vivê na marra E sofri quebrano pedra O moço faz a farra O velho leva a quéda. II Aprontei em tenra idade Agi sem sê coração! A vista cega à realidade Num visava amanhã, não Assim eu me as garra Atolano o pé na merda O moço faz a farra O velho leva a quéda.

continua...


IV Se queres, aqui façamos Três Tabernáculos, na hora, Um pra já começamos, Os outros dois não demora. Faço o de Moisés primeiro, Ou então por derradeiro! E o de Elias, agora.

A

Rau Ferreira

Instrução Primária em Esperança

Lei provincial nº 339, de 27 de novembro de 1869, que criou uma cadeira de instrução primária “na povoação de Banabuyé do termo de Alagoa Nova”. Os professores José de Morais Magalhães (1872), Aurora Maria Albuquerque Lima (1885) e Maria Augusta Sobreira de Carvalho (1889) são as referências mais antigas da educação local que se tem notícia. Estes mestres foram responsáveis pelo ensino primário e misto de Esperança no início da povoação. O Almanach da Parahyba, para o ano de 1910, informa que “O município de Alagoa Nova mantém quatro escolas primárias em Esperança, S. Sebastião e Matinhas” (p. 195). Na edição de 1918, este anuário referencia “a professora normalista d. Rosa de Mattos Dourado” ocupando a cadeira mista de Esperança (p. 210). E na distribuição de cadeiras isoladas mantidas pelos municípios

paraibanos, aparece Esperança em 1926 com uma unidade frequentada por 30 alunos (PINHEIRO, p. 135). Nesse aspecto, registro a III Na minha jovialidade importância do professor Num sabia dizer não Juviniano Augusto de Araújo Desconhecia cas dade Sobreira, esposo de Dona Isso prá mim er'ilusão Maria Augusta Sobreira, que Vivia quebrano a barra foi proprietário de um Superano toda pedra externato na cidade de O moço faz a farra O velho leva a quéda. Esperança, e progenitor do ExComandante e atual Patrono da Polícia Militar da Paraíba, Coronel Elísio Sobreira, e que chegaram a lecionar as primeiras letras ao poeta esperancense Silvino Olavo. Fontes: - Livro do Municıp ́ io de Esperança, Ed. Unigraf: 1985, p. 43/44; - Leis e Regulamentos da Instruçã o Primá ria da Paraıb ́ a no Perıo ́ do Imperial, Antonio Carlos Ferreira Pinheiro e Clá udia Engler Cury (Org.), INEP, BrasıĺiaDF:2004, p. 151; - Parahyba do Norte, Collecçã o das Leis Provinciaes de 1869. Parahyba: Typ. dos herdeiros de J.R. da Costa, Rua Direita nº 20. 1869; - PINHEIRO, Antonio Carlos Ferreira. Da era das cadeiras isoladas à era dos grupos escolares na Paraıb ́ a. Ed. Autores Associados, Sã o Paulo: 2002, p. 53, 132, 135 e 195.


Ala-Ursa como marca do nosso Carnaval 2 V Enquanto Pedro falava, Luminosa luz se abril, Sem entender, reclamava, Enquanto a nuvem os cobriu, De onde saiu uma voz Que não era de um algoz Mas, de Deus que ali se ouviu:

continua...

A partir de uma referê ncia (1), uma imagem simples (2), uma opçã o em preto e branco (3); aplicaçã o de cores pelo Quero Mais, Esperança (4); a opçã o para ajustes (5) e encaminhamento para arte- inalizaçã o. Já de inidas as referê ncias à Paraıb ́ a, à origem do concurso e à cidade. Assim a ideia ca minhou, 3 passando pelas mã o de Evaldo Brasil, Carlos Almeida e olhos diversos até chegar à marca, sob tratamento do artesã o e designer esperancense Felipe Pajaú . 4

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IV O mau da sinceridade O sim quando cabe não Oculta toda a maldade Olvida qualqué sermão O mal no bem se'sbarra O desvalô das moeda O moço faz a farra O velho leva a quéda.


Surpreenda‐se! Fantasmas de Guerra

http://www.musicadaparaiba.blogspot.com.br Para quem já não precisa ter a música no computador ou no pendrive (etc), indicamos onde ouvir a nossa música, enquanto se está na rede: um site que trata da “cultura paraibana”. Assim se define a rádio on line que indicamos nesta edição do BV: “A Rádio: A Cultura Paraíba é uma rádio totalmente web, sem programação

Enquete, mantendo‐se nas outras abas; na base, Agendas, Galeria e Esta s cas. Na segunda, a definição acima. Na terceira, a Programação diária; na quarta, No cias, subdividida em Geral, Música e N o v i d a d e s ; a q u i nta , C a n a i s , subdivide‐se em Agenda de Eventos, Galeria de Fotos, Players e Vídeos.

& WebRadio Cultura Paraíba http://www.culturaparaiba.com.br/ fixa, que visa apenas mostrar o melhor da música Paraibana para o mundo. Nossa cultura é vasta, nossos ar stas são talentosos, nosso Estado é belíssimo”. Visite o site e o conheça. Senão vejamos: na primeira aba Home, encontra‐se uma síntese da WR com No cias e Vídeos; a coluna à direita trazendo Publicidades, Recados, Twi er, Redes Sociais e

Além do Fale Conosco, a úl ma aba traz Releases de ar stas e bandas que aderem ao projeto. Sintonize e torne seu player durante o trabalho e/ou em casa. Vale a pena conhecer, ouvir ou mesmo reencontrar um ar sta que faz a nossa MP‐PB (Música Popular Paraibana) onde cabem todos os ritmos e es los. Surpreenda‐se! (Acessada em 26/01/14, às 17:01)

O final dos anos 80 fora uma erupção para o cenário musical brasileiro. Mas pouco se tem de informação das bandas que nasciam aos montes, fluxo e refluxo, reflexo da mídia ins tucionalizada que bombardeou a cabeça dos jovens, hoje adultos patologicamente estressados das metrópoles e das cidades que se desenvolveram à mercê de uma modernidade que se invadiu de violência no mundo de hoje. Neste cenário, onde a violência era representada pelo final da guerra fria

V Viajei muitas cidade C'ua viola na mão Desconhecia a falsidade Todos pra mim er'irmão O povo que me amarra Da função nunca arreda O moço faz a farra O velho leva a quéda.

entre EUA e a ex nta URSS, uma banda de rock surgia nas garagens da capital da Paraíba, João Pessoa, em 18 de julho de 1983, com instrumentos emprestados de amigos, ainda sem nome definido. Fruto da convivência de seis amigos: Sílvio Wanderley, Otacílio Vaz, Fábio Cavalcan , Mano de Carvalho e Cristóvão Filho, todos alunos do mesmo colégio, o ex nto Ins tuto Presidente Epitácio Pessoa (IPEP). (...) Mais no site.


Cordel 49‐128

O Carnaval de Seu Jacinto I (Em memória de Jacinto Barbosa)

Evaldo Pedro Brasil da Costa (Em 22 de Janeiro de 2010)

VI -Este é o meu filho amado! Dizia a voz presente Saída de um céu nublado, Num tom bem forte, estridente; Foi ali que os três, dispostos, Caíram sobre os seus rostos De medo da voz clemente.

I Os papangus que circularam No Carnaval de Seu Jacinto Festejam em outro recinto Por aqui só apalavraram. Por isso eu vou refletindo Vendo Sonhador assistindo Festança dos que ficaram.

IV Por lá, só o valor celestial Naturalmente segue regra E o pensamento se integra Num novíssimo Festival. Por aqui outros valores Ditam as tinturas e cores Que atingem o Carnaval.

II Por lá, comovente beleza Toma conta da iluminada Praça ao bem consagrada... Por aqui, mais da realeza De se repetir um formato Sem se preocupar, de fato Com mudar para a clareza.

V Seu Jacinto então me diz Pra continuar com essa luta Permanecendo em labuta Lembrando de ser feliz... Outros soldados de arguta Memória que não se insulta Tão bem fazem do que fiz.

III Por lá, lembra-se de avaliar Causa, efeito e aprendizado Sem melindre, nem acuado Todo modo de festejar. Aqui agente não consultado Pires na mão e prostrado Continua o seu rastejar.

VI Espere que a intelligentsia Supere a herança maldita Assuma o que se acredita Sem cair em negligência... E no sangangu do crioulo Doido papangu meio tolo Se revele na impotência.

VI Já gozei a mocidade Agi sem sê coração! Desconhecia cas dade Olvidei qualqué sermão O povo fez algazarra Hoje mim sint' um véda O moço faz a farra O velho leva a quéda.

VII Deixe que o tempo imperioso Se encarregue da mudança Reconstruindo toda aliança Pelo coletivo sonho precioso. Quem se faz obra de amor Nunca perderá o seu valor Está sob a luz do Valoroso.


Raimundo Lápis Vitorino: Um dos mais antigos sapateiros de Esperança ainda em atividade

h p://revivendoesperancapb.blogspot.com.br/2014 /01/lapis‐o‐ul mo‐dos‐sapateiros‐ainda‐em.html, acessado em 31/01/14)

VII Se aproximando, Jesus, Tocou‐lhes suavemente: ‐Levantai‐vos, vede a luz! Não tenhais medo aparente! E abrindo‐se‐lhes os olhos, Viram só um mar de abrolhos E a Jesus, unicamente.

E

sperança, no transcorrer de toda a sua historia, sempre teve entre seus VII filhos, pessoas que marcaram a memória, a tradição e o folclore regional. Hoje vivo da caridade Ser sapateiro, além de ser uma arte, era uma profissão tradicional, não De qualqué um, cidadão; regulamentada por lei, porém, produ va, essencial no contexto da sociedade Ai, não tem privacidade esperancense, como em outras cidades da Paraíba. Minhas força já se fôro É necessário lembrar que, no Brasil, antes da industrialização, da era da Inclusive a minha tara máquina, os artesãos faziam as necessidades da sociedade, como sejam: Em mim tudo sin'cérra... Sapateiros, padeiros, engraxates, pintores, barbeiros, alfaiates, pedreiros, O moço faz a farra chapeados e tantos O velho leva a quéda. outros que, com o seu trabalho, a sua arte, contribuíram para o desenvolvimento da cidade. Não bastava apenas ser simplesmente um sapateiro, era necessário ser conhecido na região, como exímio sapateiro, a ponto de fabricar um sapato ou uma sandália, uma alpercata, para gozar do conceito na comunidade inteira. Lápis é um desses ar stas que, já quase octogenário, ainda vive da profissão de sapateiro, sendo atualmente, um dos mais an gos, e, ainda posso afirmar, o único sobrevivente de uma geração de sapateiros, dentre as dezenas que exis am em Esperança. Basta dizer que o número de sapateiros era tão alto em nossa cidade, que, deles surgiu a ideia da criação ou fundação do Centro Ar s co‐Operário e Beneficente, o CAOBE, na pessoa de outro grande sapateiro conhecido pela alcunha de Michelo (Antônio Roque dos Santos), na década de 50.


Rau Ferreira

Era noite. Você o dia. E o vento d'açoite que se abria Era a brisa da agonia Que saia de você ...

Romance VIII Já do monte eles descendo, Sem entender a questão, Jesus foi logo dizendo: Não conteis sobre a visão A ninguém, até que o filho Do homem com “aura” em brilho Volte após ressurreição.

Vagavas pelas plagas da iria - Na ronda do meu prazer – Era noite e você um dia Chegou sem eu perceber Tocando a sua lira... * * * Pelas ruas da urtiga, Nos eremité rios a beber; Era noite, você era o dia! Era o sol, era a lua... era você .

VIII E quere de mim humildade E quere que seja “são” Como? Se num fô “sinceridade” Nada e tudo será em vão... O passado vem e me agarra E volto à idade da pedra! O moço faz a farra O velho leva a quéda! IX E ninguém d'esta cidade Qué mim dá um pão Imprego, trabai, a vidade O que mais me negarão? No cabo da enxada, na pinçara... Insiste “é a úl ma pá de terra” O moço faz a farra O velho leva a quéda! Silvino Ferrabrás, Esperança ‐ PB

Visite e faça bom uso: musicadaparaiba.blogspot.com.br


Boletim Virtual

BV015

lautriv.mitelob

IX A Jesus interrogando Num tom sereno e ordeiro, Pedro quis saber, falando, Como era costumeiro: ‐ Por que os escribas ditam Mas muitos não acreditam Sobre Elias vir primeiro?

Manifestação está prestes a se consolidar como símbolo do carnaval de Esperança

Por Evaldo Brasil

Ala‐Ursas

O Fofão está na rua! O boneco, famoso entre os moradores de São Luís, ajuda a divulgar um po de espetáculo nascido na Europa e montado fora dos palcos “Todos os anos, durante o Carnaval, é possível ver pelas ruas de São Luís um personagem grotesco que aborda as pessoas e, em troca de dinheiro, faz festa para os mais generosos. Trata‐se do Fofão, um primo distante do carioca Clóvis, do pernambucano Papangu, do po guar Ala‐Ursa e de tantos outros bonecos animados que fazem parte da folia de Momo brasileira. (...) Leia mais em: h p://revistaescola.abril.com.br/arte/pra ca‐pedagogica/fofao‐esta‐rua‐429707.shtml (PAULO ARAÚJO, novaescola@fvc.org.br).

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Depois de seis anos de concurso de ala‐ ursas promovido pelo Grupo Cultural Quero Mais; de se replicar em outros promovidos em comunidades e escolas, a Gestão Municipal realiza um grande concurso, com direito a premiação em dinheiro, no Carnaval 2014. A despeito de figuras e agremiações notórias do nosso carnaval, como Lero e sua Boneca, o Cabeção de Seu Chiquim, o Boi de João Marcolino; os índios e as escolas de samba, como a Úl ma Hora, ainda em a vidade, a cidade replica o Bonecão de Olinda, os trios elétricos de Salvador, tem sujos, troças e charangas, mas é a Ala‐Ursa que está prestes a se tornar símbolo popular, e oficial do Carnaval de Esperança. Já reconhecida como símbolo do Carnaval Po guar, a Ala‐Ursa por aqui caracteriza a reciclagem de tecidos, uso de barro na fôrma, arame e/ou papel na estrutura, ntas e adereços no acabamento. Aqui, mestres brincantes fazendo e ensinando a fazer, a exemplo de Mestre Pre nho, Marcone do Morro do Piolho, Marré Gonçalves, Ziu Cavalcante e Marquinho Pintor. Por lá, saem em blocos em Caicó e Mossoró. Em 2009, numa inicia va do então Secretário de Comunicação, Eventos e Turismo, Jacinto Barbosa, houve uma tenta va de resgate do Papangu. Símbolo de Bezerros/PE, este personagem de simples confecção


Ala‐Ursas X ‐ Digo‐vos que Elias veio, Mas não o reconheceram! Esteve no nosso meio, Muitos viram, mas não creram! ‐ Com ar de tristeza à vista ‐ Falara de João Ba sta E logo os três entenderam... P. S. de Dória, Esperança‐PB

acabou pouco aproveitado por aqui, talvez por conta do desencarne do pai da ideia, ficou órfão. Poderia ser símbolo também por aqui. Em Triunfo/P E, um misto de brincante de Maracatu com Cangaceiro caracteriza a figura do Careta, adotado como símbolo permanente naquela “Olinda do Sertão”. Teria surgido quando De pareia com um Careta, um “Mateus” resolveu brincar o Carnaval, Foto: Neide Galdino deixando seu Cavalo Marinho. Aqui, como em Triunfo, pode vir a Ala‐Ursa a ter esse caráter de representa vidade. Com o passar dos anos e dos concursos, ela está voltando à forma mais original possível, desde a exigência da pareia (domador) até a representação fiel do Urso, imaginada para 2015, pelos organizadores deste ano.

O Cavalo Marinho, como o Bumba‐ meu‐boi, é uma aglu nação dos Reisados. Ao longo do espetáculo são agrupados cantos, loas, personagens e parte do Boi de Reis. É um verdadeiro auto popular que fala da vida passada e presente do povo. Uma tradição popular que vem se mantendo viva, principalmente durante o ciclo natalino. (Saiba mais em: h p://www.recife.pe.gov.br/especiais /brincantes/8c.html)

Clóvis batendo bola ‐ Clóvis ou bate‐bola é o nome de uma fantasia carnavalesca caracterís ca do subúrbio (principalmente as Zonas Norte e Oeste) do Rio de Janeiro, no Brasil. A tradição foi trazida pelos colonizadores portugueses, tendo sido também influenciada pela folia de reis. Supõe‐se que o nome tenha derivado do inglês clown, "palhaço", e que teria sido criado no início do século XX, a par r da interpretação popular do termo pelo qual eruditos teriam denominado os foliões fantasiados. Leia mais em h p://pt.wikipedia.org/wiki/Cl%C3%B3vis_(carnaval) Foto: h p://tudocultural.blogspot.com.br/2013/01/retrospec va‐2012‐melhores‐do‐ano.html


Ousadia e participação no Concurso o icial Ala‐Ursa de quatro cabeças, de perna‐de‐pau, de cabeça móvel, soltando pó pelas ventas, de chifres, de bico de ave, de duas caras, de seis pernas mais cabeça mais três alongamentos de girafa (ufa!) deram prosseguimento a ousadia de Ziu Cavalcan e um novo discípulo do Mestre

Pre nho, André, quem, desde 2013 inovam nas propostas de impacto junto ao público. Sessenta e duas ala‐ursas, incluindo de cabeça de ave, dragão e sabe‐lá‐o‐que, distribuídas entre 46 na categoria mirim (aqui até uma fantasma, saindo do caixão) e 16 na categoria principal povoaram a Praça da Cultura n a tard e d a s egu n d a d e C arn aval ( 03/ 03) , acompanhadas ou não de batucadas, torcidas e domadores; de escola de samba e bonecões (Bin Laden e Michael Jackson) em par cipações não compe vas. Além das tradicionais presenças dos brincantes do Morro do Piolho (39%), da Úl ma Hora (27%, fazendo jus ao nome) e da São Francisco (22%), ala‐ ursas se anunciaram como representando as ruas João Mendes, General Osório, Nova Esperança, Santos Dumont e a comunidade do Britador. Dentre os vencedores, o Morro do Piolho obteve os 1º, 2º, 4º e 5º lugares na categoria Mirim e 1º, 3º e 5º na categoria Principal. Uma Ala‐Ursa da São Francisco obteve a 3ª colocação mirim e a quarta principal, enquanto a segunda ficou com uma da Úl ma Hora.



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