Lautriv Mitelob - BV019

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Direção e Redação: Evaldo Brasil e Rau Ferreira Contato: kaquim@gmail.com Conteúdo: De blogs, sites; e inédito.

Banabuyê de Esperança ‐ Parahyba ‐ Brasil Dedicado especialmente à arte, à cultura e à história da nossa gente. Nº 019 ‐ 30 de Junho de 2014 ‐ 2º Clichê

O mundo e suas voltas

Banzo Dominical

Gana &

O Cordel está de luto

P04

P08

P07

Feminicídio

Morre Manoel Monteiro, cordelista. por Carlos Almeida,

Ana Débora Mascarenhas

Palavra & Fábulas Homenagem

Rau Ferreira

“De caneta e bloquinho na mão”

Cícero da Luz

Morre Joseilton Belarmino, jornalista, por Rau Ferreira

P06

Tributo de Saudade Carmen Cinira

A Flor Letrada

4º FIC Sarau do

P06

Evaldo Brasil

Hauane Maria,

sarau de junho P09

Andança para Onde nem Sei

P06

P10

por Rau Ferreira,

P02 e P03

Saudades da Infância P06

Elpídio Vital Pereira,


Rau Ferreira

02 ‐ Bole m Virtual • Esperança/PB • Dedicado especialmente à arte, à cultura e à história da nossa gente

Os jornais chegaram mesmo a comentar o lançamento de Cysnes. O Paıś, hebdomadá rio carioca, em nota anuncia “um lirismo divagante, na variedade in inita de anseios e aspirações românticas, travados por uma amargura oculta que, de quando em quando, reponta no fecho sonoro de um soneto, no inal dolente de uma balada”, enquanto que Correio da Manhã comenta: “Pode-se a irmar, assim, que o seu livro indiscutivelmente o representa e vale já pela a irmação de um nome na literatura nacional”. O Jornal do Brasil, por sua vez, exalta o soneto Serenidade, como “obra de verdadeiro poeta”.

Cysnes Fluctuantes

Cysnes Amorosos

Cysnes Agonizantes

O primeiro livro do poeta Silvino Olavo – Cysnes – está completando 90 anos. A obra que o elevou aos cimos do Parnaso foi muito bem recepcionada pela crítica de sua época, recebendo altos elogios de autores consagrados e diversas notas em jornais do Brasil. O compêndio se divide em três títulos (Cysnes Fluctuantes, Cysnes Amorosos e Cysnes Agonizantes) distribuídos em 180 páginas. O primeiro é dedicado a Pereira da Silva; o segundo – cujo ofertório é um Lyrio – trás além da sua Ovelhinha Tresmelhada algumas Plumas em quadras; já o terceiro é um tributo a Murilo Araújo, a quem chama de “O mágico do ritmo”. Os desenhos que ilustram o caderno poético são de Angelus, o poeta-pintor que idealizou o salão dos poetas em 1924. São figuras geométricas e assimétricas que abrem cada capítulo com os famosos Cysnes que, bailando em um lago, representam a serenidade. O tom é verde-oliva, talvez em alusão a sua cidade natal. O amor instransponível e inalcançável parece ser o tema central da obra. Abra-se com uma frase de Alves de Souza (O sofrimento é a grande serenidade) e uma dedicatória especial aos seus pais (cérebro/coração); segue-se o livro com uma frase do poeta belga Georges Rodenbach (Guirlandes de La Glorie) enquanto dois cisnes flutuam nas águas poéticas. Os “Cysnes Amorosos” – como o próprio nome o diz – têm o desenho de dois cisnes entrelaçados, se amando


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na mansidão do lago. As “Plumas” são plumas mesmo, e simbolizam uma pequena parte deste ser circunspecto e romântico que nomeia o seu livro de estreia. Em “Cysnes Agonizantes” temos a figura de dois cisnes com as cabeças voltadas para o dorso, se contorcendo de uma dor que mais parece espiritual do que física, de um amor não correspondido quiçá. Assim escreve Silvino os versos de “Longe da Vida”, “Oração do Amor e da Morte”, “Ícaro” e tantos outros que denotam essa condição peculiar do autor. Na juventude, Silvino sofrera um grande golpe do destino: se apaixonou por uma bela moça, filha de um comerciante esperancense. O romance não fora bem aceito pela mãe do poeta, e por outro lado, o seu pai queria que o rapaz seguisse seus passos no comércio. A conjugação dessas duas vontades não poderia resultar noutra coisa senão a fuga do lar. Silvino foi morar em João Pessoa, na casa de sua tia Henriqueta. Matriculou-se na Escola Pio XI, tornando-se um aluno dedicado. Daí por diante, concluiu os estudos e bacharelou-se em Direito, pela Faculdade do Rio de Janeiro. No fim do livro surge o inusitado: dois Cysnes se encontram defronte a um lyrio e formam um belíssimo coração. Aquele amor inconciliável encontra uma seara possível: o lago dos versos, onde podem enfim repousar todo o sentimento.

Entre os autores que escreveram sobre Cysnes, apenas para citar: Climé rio da Fonseca, Tostes Malta, Garcia de Rezende, Osó rio Duque de Estrada, Adelino Magalhã es, Agripino Grieco, Rocha Pombo, Haroldo Daltro, Murilo Araú jo, Samuel Duarte e Nosor Sanches.


04 ‐ Bole m Virtual • Esperança/PB • Dedicado especialmente à arte, à cultura e à história da nossa gente Em www.asvoltasqueomundodar.blogspot.com.br

Gana D

Seduz-me feito um prisma qualquer inteira por ser mulher completa a todos os rumos. Toque-me da mais pura forma na língua que o corpo informa carinho sem medo de sentir. Trace-me um desenho louco mesmo que seja pouco para me apaixonar ou iludir. Cace-me numa selva estranha como se fosse uma grande façanha atingir um alvo perdido. Beije-me com uivos ousados com olhos e gestos tarados por um suplício doido varrido. E quando se for, deixe-me saudades como quem deixa granadas ou como quem não deixa nada Carmita Costa

esde que o mundo é mundo a mulher foi da como parte integrante do homem e por isso, descartável em casos de desnecessidade. Ao longo da história muitas mulheres se traves ram de homem para sobreviver. A mãe do Leonardo Da Vinci, assim como o avô materno eram herboristas e ela chegou a se ves r de homem e trabalhar como bo cário para ficar perto do filho sem que as pessoas soubessem quem ela era. A papisa Joanna também se traves u de homem e chegou ao papado e sua história foi riscada do va cano por ser mulher. Milhares de pessoas foram mortas na fogueira da inquisição acusadas de bruxaria só porque de nham o conhecimento sobre as plantas que curavam, das mais de 40 milhões, 90% eram mulheres, pobres e idosas. Usar remédios naturais naquele tempo era perigoso, assim como agora. O fungo Claviceps purpura infecta cereais. Quem os consome sofre com náuseas, diarreias e alucinações: é o ergo smo ou envenenamento por clavagem. Não é a toa que uma aldeia inteira foi queimada porque as pessoas estavam tendo alucinações

O mundo e suas voltas Feminicídio Feminicídio Ana Débora Mascarenhas

cole vas. Em ambiente úmidos e propenso ao desenvolvimento do fungo, guardado de forma precária. Os sintomas são semelhantes ao uso inadequado de beladona, meimendro e mandrágoras que dissolvidas em óleo eram usadas como remédios e causavam alucinações, daí a ideia de voar em vassouras. E nas voltas que o mundo dá, o preconceito e a violência de gênero ainda causa o feminicídio. O conhecimento é p e r i go s o, m a s a e rgo n a n ã o fo i a responsável por tudo, pode até ter contribuído para a matança, mas a grande vilã foi a fraqueza da moral dos humanos. E a mãe do Leonardo, assim como ele, nham tudo pra ir pra fogueira, era uma mulher traves da de homem, ele homossexual e canhoto, além de estudar anatomia humana escondido, coisas perigosas em tempos perigosos.


Bole m Virtual • Esperança/PB • Dedicado especialmente à arte, à cultura e à história da nossa gente ‐ 05 Chico Viola

G

rupo musical nascido na cidade de João Pessoa em janeiro de 2007, que tem como obje vo construir idéias sonoras a par r das influências de cada integrante. Zé Viola progressive band é um projeto idealizado por André Nóbrega e Helder Lauren no. O nome Zé Viola vem de uma homenagem aos músicos Zé Guilherme e Chico Viola pela musicalidade e a tude compa veis com a expressividade regional destes ar stas. O fato de serem dois nomes (Zé Viola) e a extensão final do nome (progressive band) são inspirações do rock progressivo e de um dos maiores nomes desse gênero, a banda Pink Floyd, que o nome é a junção, também, do nome de dois ar stas da época admirados pelos integrantes.

http://www.musicadaparaiba.blogspot.com.br

Postado por Mariana Carneiro. Disponível para Download, neste blog, em http://palcomp3.com/bandazeviolapb, http://tnb.art.br/rede/grupozeviola Conheça em http://bandazeviolapb.blogspot.com.br/ Chico Viola: em http://radiozumbijp.blogspot.com.br veja depoimento em http://youtu.be/lEs8ovapBkk Zé Guilherme: em http://www.sertaoteatro.com.br/integrantes.htm veja depoimento em http://youtu.be/ntYVSUbU9pI

INTEGRANTES: André Nóbrega ‐ voz e guitarra Helder Lauren no ‐ guitarra, triângulo e vocal Michel Charles ‐ baixo Nielsen Ba sta ‐ bateria CONTATOS: (083) 8827‐0700 André / (083) 8846‐1410 Helder E‐mail: zeviolapb@yahoo.com.br www.myspace.com/zeviolaprogressiveband Orkut: Zé Viola progressive band

“Esse grupo musical traz consigo reflexões da vida co diana. Sua música rockeanesca em embate harmonioso com os sotaques nordes nos nos remete ao autên co, ao novo desafiador. E não poderiam ser diferentes, quatro músicos cabra da peste coexis ndo permanentemente com seus devaneios mul musicais, com Zé Guilherme sede e fome antropofágica do experimento poé co e sonoro, finalmente fundem‐se nesta brilhante concepção musical chamada Zé Viola progressive band”. Por Roderick Fonseca banda Café do Vento – RN


06 ‐ Bole m Virtual • Esperança/PB • Dedicado especialmente à arte, à cultura e à história da nossa gente

Cícero da Luz Sou Cícero, Ciço nunca fui Cicinho, sincero se soar Cícero Pedro ou Cícero da Luz Se meu nome não chamar Cito uns versos ‐ disse Ruy ‐ Assim citando, vou cantar Se sou poeta, ela me conduz Assinto a poesia, vou rimar. Rau Ferreira

Saudades da Infância Eu era pequeno, de nada sabia Brincava e corria exposto ao sereno Naquele terreno de grande tamanho Hoje não me acanho em exaltar ele Pois tomei nele meu primeiro banho

Não é que o encanto da vida de idoso Eu não compreenda, mas a vida de menino Nunca me sai da lembrança E como nuvem de fumaça Nunca, nunca esquecerei.

Elpídio Vital Pereira

A Flor Letrada foi andando como uma camarada, logo veio outra for e perguntou: ‐ Flor, porque tu és letrada? A Flor Letrada respondeu: ‐ Pois, sou letrada meu camarada! Todo mundo é diferente Ninguém é igual, Você já viu o Jacaré Letrado? é? A Flor Letrada disse: ‐ Ele é assim um jacaré, todo com a mesma Palavra: Jacaré, jacaré, jacaré.

(Dedicado a Pedro Paulo de Medeiros) Caminho de casa em direção à Matriz Não sei claramente aonde ir, mas sei onde estou Vejo São Francisco: Nova Califórnia: – Tubiacanga! As casas passam sem cor vida traço – terraço, ornamentos, oreios Arquitetura do nada –quase nada resta– atesta o bom senso Becos tortos resistem tortos à tortura – ataque aéreo… O coreto da infância não está na praça: O padre pediu, derrube-se! Passa Getúlio Vargas, vem outro, quem? Correio Casarões Matriz Praça Pátio Sítio arquitetônico em pleno centro comercial – vende-se tudo! Tudo, mesmo, parece outro, Cemitério. Sem mistério algum Deixo as almas para trás. Os fantasmas vivos, assombrosos, já me bastam Não vejo as fachadas de 10, 20, dirá 80 anos atrás Vejo a fachada predadora feroz – gafanhotos vorazes Passam por mim voando rasantes Mais baixos que o sobrado Que sobrou quase ileso na esquina do Sertão Passam duas ou três imagens do que tivemos Em meio à insignificância do que temos Mas passam e pesam sobre um caixão de defunto erguido banco Onde estão definitivamente enterrados Os palcos da autonomia e da fantasia – ambas perdidas! Já não temos identidade. Sem elas, perdidos, sem elos Outras poucas fachadas resistem no caminho e passam Por mim pelo tempo pelo apelo depredador do capital Enquanto o humano é mero, objeto abjeto Chego à nova praça Que, da Cultura, prova dessa cultura demolidora da memória. Não esqueço o São Francisco, Ideal, La Buca Romana. Como seremos se já não somos o que éramos? Zumbis a caminhar para onde não se sabe – Sabia!? (E o Pedro Paulo Medeiros voltou, aqui chorou, revoltou para terra alheia. Já não encontrara o que trazia nas lembranças: Perdera a Esperança…)

Hauane Maria

Oh, como se foi depressa janeiros E após dezembro E com muita saudade me lembro Do tempo que ali passei

Andança para Onde nem Sei

A Flor Letrada

Evaldo Pedro da Costa Brasil (Em 23 de fevereiro de 2005)


Bole m Virtual • Esperança/PB • Dedicado especialmente à arte, à cultura e à história da nossa gente ‐ 07

O mundo e suas voltas Palavra & Fábulas Ana Débora Mascarenhas

O o

Freud disse que a palavra é a magia que exorciza os demônios que nós mesmos criamos, quando se ouve o seu nome eles fogem. A palavra não cura nada, ele mesmo não curou ninguém, mas ela nos leva a viajar pelas nossas próprias almas: os vales profundos, os tesouros submersos, os cemitérios, as montanhas cobertas de neve... Os lugares que frequentei não me foram mostrados pela psicanálise, mas pelos livros. O Ondjaki é um escritor angolano, em seu livro O assobiador ele diz: “O canto dos pássaros altera a música da primavera”. É um livro que traz felicidade a quem o lê. O Rubem Alves também disse que “a leitura é um ritual antropofágico”. E eu concordo. Os livros nos levam por lugares mágicos, com artefatos que gostaríamos de ter, como o vira tempo da Hermione ou a capa de

“O canto dos pássaros altera a música da primavera” invisibilidade do Harry Po er; ir para o oriente e ver o seppuku dos samurais, conhecer o haicai... sem correr os riscos das viagens, sem gastar muito, cheirar ou fumar alguma coisa. E nas voltas que o mundo dá, tenho pena de quem não lê, porque não sabe o que perde, não vê a boniteza do mundo, as alegrias e as tristezas, os banquetes que os poetas preparam para serem degustados. Porque os poetas preparam banquetes de palavras para serem sen das, ouvidas, declamadas, mas que não lê, é como dizer “não tenho mais fome”. É uma tristeza para quem preparou o banquete. Fábulas ‐ A história de João e Maria era a que eu menos gostava de ouvir quando pequena, não gostava do fato da mãe deles mandar o pai abandoná‐los na floresta e ele obedecer. Agora na versão de João e Maria caçadores de bruxa, o mo vo se revela: ela queria proteger os filhos. O João diabé co por ter comido tanto doce na infância e precisar tomar insulina Detalhe da capa de Silvino Olavo (Rau Ferreira, 2010)

mesmo durante as batalhas é mais interessante que a versão anterior. No filme de Malévola, a Angelina Jolie está perfeita com suas curvas e magreza impecável, nele, o mo vo pelo qual ela se tornar má é mostrado. E aí lembro que o Mandela certa vez disse: “ninguém nasce odiando, mas aprender a odiar”. Foi o caso da bruxa má. O filme é imperdível com cenas maravilhosas como a muralha de espinhos. O Mateus está estudando as fábulas do Esopo e tem do uma visão bem diferente da minha na época que estudei esse gênero textual. Porque ler vai além de decodificar a mensagem de emissor, é preciso estabelecer uma conexão com os conhecimentos prévios. E nas voltas que o mundo dá, ver o outro lado da história é tão gra ficante, e tem gente que tem o poder de reverter as palavras para que elas se tornem a seu favor, é a retórica com poder de persuasão que Aristóteles tanto falava. Detalhe do cartaz de Malévola, o filme (Disney, 2014)


08 ‐ Bole m Virtual • Esperança/PB • Dedicado especialmente à arte, à cultura e à história da nossa gente

O Cordel está de luto A Vida e a Poesia têm começo, meio e fim

C

a r ı́ s s i m o s , t i n h a preparado algo mais ameno, coisas da minha infâ ncia que re letem a infâ ncia d e m u i t o s d o s q u e n o s acompanham nesse Banzo Dominical. “E nas voltas que o mundo dá ” fui impelido a falar de algo que nã o me apraz nem constava nos planos de uma leva de amigos e fã s do poeta Manoel Monteiro. E m h o m e n a g e m a o a m i g o q u e , c o m o e u , é pernambucano de nascimento e paraibano por adoçã o, escrevi em linguagem cordelista a histó ria que segue:

Eu vou contar uma história de cunho sentimental, soube vindo de um sarau que ficou órfão o cordel co'a morte do companheiro – um cordelista fiel – Poeta Manoel Monteiro. Nos versos que faço agora, versos que minh'alma pede, agradecerei a Fred, o amigo Fred Ozanan. E de modo fraternal publico, nesta manhã, no Banzo Dominical.

Fred certa vez me disse: Vou levá-lo, companheiro, ao caro Manoel Monteiro, um vate pernambucano de muita capacidade tornado paraibano e com paraibanidade.

A vida e a poesia têm começo, meio e fim!

Jerimum e Xiquexique, ao colega Ozanan, ontem, hoje e amanhã têm muita gratidão pela oportunidade Trabalhei com o poeta daquela aproximação em mais de uma oficina, mostrando como se ensina que se tornou amizade! utilizando o cordel Na cidade de Bezerros, num tema qualificado. em quatro de fevereiro, Com o sonho de Manoel nasceu esse brasileiro eu fiquei logo encantado. e o ano foi trinta e sete. Mas hoje teve outra sorte A meninada na escola fez cordel, mas sem macete: prestava toda atenção De como enganar a morte! naquela interpretação, no poeta, na leitura dos seus versos de cordel A vida e a poesia têm começo, meio e fim! em bela literatura.


Bv019

Fórum Independente de Cultura

sarau de junho Por Rau Ferreira (do facebook) ‐ Nosso encontro mensal de arte, poesia, conto e anedotas... Fórum Independente de Cultura, com a par cipação de ar stas locais. Sem muita divulgação, e ainda concorrendo com quadrilhas e tudo o mais, nesse período junino, ainda fizemos bom público. N o r e g i s t r o , Marquinhos de Nininha, que deixou sua marca. Felipe Pajaú, com seu teatro de bonecos, declamando Leandro Gomes de Barros; Carlos Egberto Vital Pereira com seus “Jogos Pueris” e outros temas; Andréa Gonçalves; Adriano Homero Vital Pereira, em homenagem emocionada a Welligton Vital e fazendo‐nos rir à beça; Evaldo Brasil que segurou a barra, pois nesse dia Rau Ferreira estava como ouvinte. Mas no final, a provocação foi tanta, que declamei “Poema em claro e escuro” de Sol*, com os acréscimos de Samuel Duarte. Foi uma noite emocionante, e rica em cultura. Na próxima, ‐ prevista

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para o dia 26/07 ‐venham todos. Faz bem par cipar: Bruno Gaudêncio, Heloisa Duarte, Vanderley de Brito, Lau Siqueira, Aderaldo Luciano, Antônio Ailson, João Ba sta Bastos Bastos, João Raimundo Neto, Bráulio Tavares, Renally Bento, Leonardo Diniz, Edna Maria Celes no, Jailson Andrade, Grijalva Maracajá Henriques, Janduy Xavier, Ana Débora Mascarenhas, Ednaldo da Silva Lanco, Marilda Coelho da Silva, Sérgio Ricardo Duarte Lima e quem se interessar mais. ATA ‐ Aos vinte e um dias do mês de junho de dois mil e catorze, nós acima e anteriormente assinados (no livro) nos reunimos da Câmara Municipal, dando con nuidade aos saraus propostos pelo Fórum Independente de Cultura (FIC). A noite foi aberta informalmente por Evaldo Brasil, com uma anedota ouvida de Ariano Suassuna. Após as considerações iniciais feitas também por Rau Ferreira, Carlos Nicola e Adriano Véi Homero, dentre outros, ocorreram as apresentações de poemas, bem como piadas e manipulação de bonecos por aqueles e Hauane Maria, Sílvia Celina, Felipe Pajaú, Andréa de Nicola, e Valdilene Gomes. Como registro, anotamos esta Ata, como relato do que se passou, e vai devidamente assinada Evaldo Pedro Brasil da Costa (Ass.). *Silvino Olavo da Costa, que também foi dito em seu poema Noite de S. João, na sequência de Santo Antonio se enganou (Evaldo Brasil), escolhidos pelo período junino.


F e z u m jornalismo a meu ver dissociado da bancada e da academia, um jornalismo puro, sério e empolgante. E também foi professor, ensinando uma garotada que ingressava na radiocomunicação e que hoje ganha a vida na no cia. Não, Joseilton não morreu. Os ícones nunca morrem! Serão sempre exemplos para outras gerações. Mas nunca haverá outro igual, assim como não mais teremos um Ayrton Senna. Para aqueles que creem no Deus vivo como este modesto escritor tenham a certeza que iremos nos encontrar lá no céu. E qual a alegria maior ao vê‐lo de caneta e bloquinho na mão a indagar‐nos quais as no cias da terra para apresentar o seu já universalmente conhecido programa “Jornal da Vida Eterna”. Descanse em paz, meu amigo.

Tributo de Saudade Com muita tristeza para todos nós, a voz se calou... Mas o seu grande exemplo para sempre nos ficou! Um ser profissional competente, muito pragmático Um ser humano maravilhoso, amigo, carismático! Seu sorriso marca registrada, sua alegria também Era humanamente impossível não lhe querer bem! A sua morte prematura quanta tristeza nos causou Todos ficamos perplexos: Esperança na dor, parou! Um amigo que só nos deu motivos de felicidade. Hoje, todos eles, parados na dor e grande saudade. O lembraremos com carinho sem esquecê-lo jamais Vai com Deus amigo, que a sua alma descanse em paz! (Carmen Cinira)

(www.facebook.com/CarmenCinira47?fref=nf)

Por Rau Ferreira ‐ O que dizer de Joseilton Belarmino... que o conheci tão de perto, par cipei de programas ra d i o fô n i c o s e f u i s e u p r i m e i ro entrevistado na TV/Revista* acerca do livro Silvino Olavo? O que dizer de uma figura carismá ca e simples? O que dizer de um excelente profissional, abnegado e responsável? O que dizer de sua passagem por esse mundo, no auge de seus 36 anos de idade? O que dizer de alguém desejoso em passar num concurso público e ingressar no mundo jurídico? Tudo aconteceu muito rápido e ainda é di cil de entender. Joseilton em sua carreira meteórica ca vou o público jovem e conquistou o respeito de muitos polí cos calejados. Com um jornalismo inovador, deu voz ao povo e mudou – de certa forma – a maneira de pensar e agir de muita gente. Todos paravam para ouvi‐lo ao meio‐dia e com todo bom formador de opinião, nha os seus seguidores. Quis muitas vezes entrevistá‐lo para o BlogHE*, mas ele sempre se esquivava com uma desculpa ou outra. Talvez não se sen sse confortável estando do outro lado do microfone ou quisesse manter no ar um de mistério em torno de sua figura emblemá ca.

Homenagem “De caneta e bloquinho na mão”

* TV Lírio Verde; *http://historiaesperancense.blogspot.com.br/2014/06/joseilton-belarmino-minha-homenagem.html;


São João Pequeno registro Quadrilha da APAE

A Quadrilha de Cadeirantes

Boneca Esperança e Copa 2014

Chamego Medonho: anfitriã

Coco de Roda do Mandacaru

s festividades alusivas Plateia da Manhã Cultural ao período junino em Esperança, a despeito de “O melhor São Pedro da Paraíba” programação oficial- teve início bem Panfleto da Programação Oficial antes com o encontro de portadores de deficiência, em 15 de junho, em evento estadual, no ginásio “O Ninão”. Marcador: Joelder Grismino); em 2º, Entre a quinta (19) e o domingo (29) Tr i lha Junina (e a Rainha: Brunaly); e a Poeta Nicola abre o evento quadrilhas e grupos de dança também terceira, Escurrega mai num cai, fizeram a alegria dos brincantes, seja todas de Campina Grande. A pelas ruas e distritos da cidade, seja no Companhia Folclórica Mandacaru, “Arraial de Lú Natureza”. No dia 21, a de Gurjão, e a junina Rosas de Ouro, de feira livre recebeu a dupla Macambira & Remígio, fizeram o aquecimento da Querindina e suas versões Boneco noite de abertura. Gigante, confeccionados por Ziu O fim de semana foi aberto com a Cavalcanti. E à noite, no Sarau do FIC, Ivanildo Vila Nova, Rogério Menezes tradicional quadrilha do prefeito. Já no “Noite de S. João” de Silvino Olavo foi Iponax Vila Nova domingo, além de mais uma edição da recitado. Corrida da Fogueira, cujos registros A quadrilha Chamego Medonho mais antigos datam de 1965, ao recebeu seis visitantes no Festival Regional Arraial da 3ª Idade seguiu-se a por ela organizado com o apoio da participação dos grupos de dança Prefeitura, numa espécie de pré-abertura dos Serviços de Convivência e oficial. Em 1º lugar, Mistura Gostosa (além Fortalecimento de Vínculos, antigos do Casal de Noivos: Robert e Gisely e do PETI e Pro-Jovem. Curió de Bela Rosa e Lavandeira do Norte


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