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Banabuye de Esperança ‐ Parahyba ‐ Brasil A arte, a cultura e a história da nossa gente. Nº 024, em Novembro/Dezembro de 2014

Direção e Redação: Evaldo Brasil e Rau Ferreira Contato: kaquim@gmail.com Conteúdo: De blogs, sites; e inédito.

RIACHO FUNDO

SARAU DO FIC

Comunidade da Boneca resgata o Pastoril

Casarão Silvestre Batista recebe a última edição do ano

P08

P02 e 03

Silvino Olavo (inédito*)

Que mãos de sombra, ocultas e fatais teceram meu destino, assim, tristonho? que eu não hei sido em minha vida mais do que um cordeiro de holocausto sonho.

AGENDA 21/12/14 Espíritas Esperancenses e visitantes confraternizam com palestra, música e literatura de cordel P04

Para tornar um pouco pitoresco o sentido da vida que me ensombra, eis que as sombras de um sonho romanesco ando a estender na minha própria sombra.

Sou apenas o eco de uma queixa, grande de mais, que se perdeu no Espaço, e hoje, cantando esta suave endeixa, quase inaudível entre humanos passo.

Ela é mansa, discreta e soberana não se irrita, não chora, não se humilha é uma tristeza aristocrática e ufana - or de neve perdida na savana lua polar que entre icebergs brilha...

Minha tristeza americana é filha da Dor onipotente e soberana - é como as angras de afastada ilha minha nobre tristeza americana! 1

*encontrado nas pesquisas de Rau Ferreira

Tristeza americana

E MAIS Esperança, Vila-Moça do Agreste, p06 O refúgio da leitura, p05 89 Anos de Esperança, e fé, p08 Chegada, p07


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por:

Sarau do FIC 10+1: Um sarau informal Aos 29 de novembro ocorreu mais um Sarau do FIC – Fórum Independente de Cultura, em clima de confraternização. O confrade Carlos Almeida e família abriram as portas do Casarão “Silvestre Ba sta” para nos receber. Neste ambiente, imperou o calor humano e tal acolhimento nos fez esquecer o registro das a vidades. Mas, de cor anotamos os principais momentos desta noite fes va. O anfitrião Carlos abriu os trabalhos recepcionando a todos, dizendo da sua felicidade, com um parabéns para a esposa Parícia Silvestre e passou a palavra.

Evaldo Brasil disse seu primeiro cordel “Se essa rua fosse minha”, saudando a jovem Lenira Duarte, conosco pela primeira vez. Carlos enfa zou que a par cipação no sarau não tem idade. Os alunos da EMEF Dom Palmeira impactaram a todos com as suas produções. Thiago Morais Aciole apresentou poema sobre o educandário ao longo dos anos; Raquel Aciole veio com uma homenagem ao município (O lugar onde moro) pela passagem dos seus 89 anos e uma jovem po guar exaltou o seu torrão natal, ressaltando que o seu Estado “tem o formato de um elefante”. Ellen Fabiana recitou de cor. 2

Algumas ponderações foram feitas em relação aos educandos: suas peças são bem produzidas; os professores estavam de parabéns; que o sarau contribuíra de certa forma como espaço de incen vo. Dona Maria José Leão falou do pesar da professora Mª Lucimar Dias que perdera a mãe, jus ficando a sua ausência, lembrando que aqueles trabalhos foram conduzidos pela mestra.

Carlos inter veio acrescentando a sua magnitude no trato com os jovens; Evaldo fez trocadilho com o nome dela “Luz e M a r ”, p o r t a n t o , r e p l e t a d e harmonia. E prosseguiu a leitura de cordéis que pontuaram o evento (Pelo menos é nisso que eu creio I e II; Promoção loucura de Natal I e II; e um dos poemas reunidos no cordel Irineu Joffily – Viva o vilão leproso). Na ocasião, falou do Ins tuto Histórico e Geográfico de Esperança/IHGE, que dá seus primeiros passos para a concre zação de uma casa de memória em nosso Município.


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Rau Ferreira e Evaldo Brasil A musicalidade da noite ficou por conta de Carlos Almeida (voz e violão), da professora Enilda Marcelino (à capela), além do canto e da percussão do Grupo Cultural “Quero Mais”. Em homenagem à semana da Consciência Negra, Rau Ferreira disse o poema/canção Alma não tem cor, de André Abujamra. E lembrou o esperancense João Benedito, contando um de seus casos, encerrando com o poema Ai que já não posso mai.

Calor humano extremo, agradecemos a boa acolhida e encerramos o ano de 2014 com saldo posi vo, na presença de trinta pessoas. Nada mais havendo a registrar, finalizamos esta ata a quatro mãos.

Hauane Maria ocupou o espaço para fazer a leitura dos versos É verdade? de Ana Nicolaça Monteiro. A plateia também foi convidada a par cipar na pessoa de Amanda Leite, Luan Vieira e Bruno Wesley, que trabalham a arte do desenho e têm cadeira ca va em nossos encontros. Depois da foto oficial e intervalo pra merenda, Felipe Pajaú apresentou seu humor stand up, com a reação das pessoas ao furarem o pé com um espinho. Após a leitura do inédito Tristeza Americana, de Silvino Olavo, encerramos os trabalhos com mais um canto da capoeira “Quero Mais”. 3


NÃO VÁ NESSA, MEU IRMÃOZINHO

Chicão de Bodocongó

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Não, não vá para Pasárgada, Não creia em conversa fiada, É propaganda enganosa. Lá o rei te escraviza Nem cama terás, Servirás de mulher Para o feitor da fazenda Na cama que você não quer. Serás perseguido como bicho brabo O rei vai lhe dar um ro Vai se declarar teu inimigo Vai querer te matar. Nunca pense nisso “vou me borá pra Pasárgada...

Música, poesia e jantar

na confraternização da Sociedade de Estudos Espíritas Esperancense

Em 21 de dezembro a SEEE realiza o encerramento das a vidades de 2014. Raquel Maia palestra a par r do tema «Jesus e a atualidade». Na ocasião, o Semearte, grupo vocal espírita lança seu trabalho mais recente, em CD (4º) e DVD, «Semeadores da Paz». O poeta Merlânio Maia também marca presença abrilhantando o evento com a pica poesia nordes na e com seus cordéis espiritualistas. O evento ocorre na Câmara Municipal, a par r das 19h, terminando com um jantar de confraternização, no restaurante Paladar Chinês. Veja abaixo um dos trabalho do menestrel e um links para melhor conhece‐ los.

A Cura das Hemorroidas A pessoa fica anêmica Se você tem hemorroidas Perde o viço e a vontade Tem enfermidade ruim Por isto o Vento Nordeste E quando a danada sangra Toma espaço e liberdade Produz anemia assim E busca em nossa cultura Se ela for de botão Um alívio, uma cura Estufa e vira no cão Para aliviar seu mal Tira o conforto e a paz E a hemorroida sarar Você chora, você geme Por isso pode anotar E quanto mais se espreme Que logo, logo alivia! Mais o botão desce mais! (Veja h p://www.campinafm.com.br/agendacultural/no 4

Hauane Maria

Destaque no Sarau do FIC envereda por letras e cores

(Em h p://merlaniopoeta.blogspot.com.br/ acessado em 1º de dezembro de 2014).

Fique em resguardo profundo Espere esfriar um pouco Melhor nem sair de casa Mas beba ele ainda quente Busque Castanha da Índia A ação anti-inamatória Que a cura não se atrasa Vai curando o paciente É uma milagrosa planta Duas vezes tome ao dia Desinama e a força é tanta É um chá que alivia Pois é um vaso constritor E curando ateus e judeus Junte a casca e a semente Essa plantinha é tão forte Coloque em água fervente Que vencem até a morte Que esse caldo tem valor Na natureza de Deus cia/grupo‐semearte‐faz‐show‐de‐lancamento‐de‐seu‐4‐cd)

Depois de você beber Faça banho de acento Mantenha as partes bem limpas E deixe enxugar ao vento Que você logo verá A anemia aliviar Até que nada mais reste A hemorroida terá fim E você dirá assim: Curei com o Vento Nordeste!!


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O refúgio da leitura Ao contrário do que muitos pensam... CARLOS ALBERTO DE ALMEIDA Dia enfadonho de trabalho árduo e pouco lazer. A manhã desse domingo foi de céu claro, sol forte e convida vo às tarefas já tão corriqueiras no, agora, Casarão Silvestre Ba sta, assim ba zado pelo colega Evaldo Brasil. O enfado nos convida a permanecer em casa com familiares e amigos. TV ligada, não dá para sair em busca de uma boa música, destoando de todos que optam pela programação televisiva.

uma matéria tratando da possível melhor nota do Enem 2014. Achego‐me e me junto aos demais telespectadores para assis r ao depoimento de João Vitor, um jovem cearense de apenas 16 anos, estudante de escola pública, que cometeu a proeza de acertar 172 das 180 questões propostas pelo Enem: João acertou 95% da prova! A vida do João, a dedicação de sua mãe frente às

Aí ocorre aquela coisa, inevitável, propiciada pela comodidade do controle remoto: busca‐se algo diferente, que seja do agrado geral. Remota, sabe‐se, é a possibilidade de se encontrar algo diferente e, mais di cil ainda, agradável. A TV aberta abriu falência faz tempo, muitos ainda não se deram conta, inclusive os próprios diretores de programação. O público fica a reboque dessa má qualidade, habituado que está com o chamado gosto médio, tão comba do pelo saudoso Ariano Suassuna. Mas, jus ça seja feita, nem tudo se perdeu neste domingo. Em meio ao lixo, uma pérola! Ouço uma chamada inicial de

dificuldades de mãe/provedora da família, já é, em si, uma proeza. Mas esse menino sabido, diz ter sido ví ma de bullying, por ter o hábito da leitura. A biblioteca onde frequenta é seu melhor refúgio. O Brasil de tantos brasis, ao contrário do que muitos pensam, precisa aprender a ensinar aos filhos dessa Pátria‐Amada‐Mãe‐Gen l que só há uma a saída: O refúgio da leitura, como bem faz esse João! João Vitor, em seu recanto preferido.

(Em h p://muitospensamaocontrario.blogspot.com.br/, acessado em 1º de dezembro de 2014). Conheça um pouco de João em h p://www.opovo.com.br/app/opovo/co diano/2014/11/19/no ciasjornalco diano,3350072/o‐nerd‐que‐acertou‐95‐do‐enem.shtml.

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Esperança, Vila Moça do Agreste RAU FERREIRA Situada no contraforte da Borborema está uma pequena faixa de terras brancas e arenosas. A antiga povoação de Banabuyé, decantada por Jóffily, é hoje Esperança – “A vila moça do Agreste*”, nascida da expansão interna da agricultura paraibana em uma antiga zona de criação de gado. Não possui rios perenes, mas cultiva mandioca, fumo, feijão e a batatinha que exporta pra diversos Estados. Importante entreposto, seu comércio fornece rapadura para abastecer os sertões desbravando um caminho sem precisar passar por Campina. É desafiadora, ciosa de suas forças e de seu destino. Nela há diversos tanques, depósitos naturais que captam a água da chuva. A mão do homem desobstruiu um lajedo para aumentar o volume de água, fechou com uma murada a fenda e protegeu-a cercando a superfície de pedra, ousando denominá-la de “Araçá”. A água da invernada contida nesta depressão serve para o restante do ano, garantindo o suprimento potável de sua população. No combate às secas há ainda três ou quatro reservatórios como esse, além de um pequeno açude cujo nome indígena nos remete à pasta verde onde as borboletas costumavam pousas, e que formam o contingente na época de estiagem. Nessa mesma área há um enorme paredão de pedra ao nível de

encosta de serras, literalmente lavradas. Nesse espigão de serra pode-se muito bem extrair minério e material de brita para construção. Uma lagoa seca, na zona mais baixa daquela urbe, serve de campo de futebol. Por ali alguém apareceu com uma velha bola de couro de onça pintada, troféu da revolução constitucionalista de '32. Possui um belíssimo templo, onde a comunidade se reúne para congregar os votos cristãos. A irmandade do Santíssimo segue as orientações do pároco local. Sim, havia cajueiros que produziam sombra mansa. E as gameleiras que enfeitavam a rua principal foram estacas da antiga fazenda que lhe deu nome. Hoje a vila é uma promissora cidade estabelecida entre as dez primeiras economias da Parahyba. A moça toma aspectos de mulher. Suas ruas foram asfaltadas, há faixas de pedestres, faróis, creches, prédios públicos que abrigam o fórum e a promotoria de justiça. Essa modernidade toda provoca novos hábitos: A meninada não brinca mais nas ruas, as senhoras não se sentam nas calçadas e não há mais aquele sursum corda de beiral de porta. Silvino o seu poema agora é mais atual do que nunca: “Ó vida boa de ócio ingênuo e lindo,/ Ao recordar-te vem-me agora um enorme/ Desejo alegre de chorar sorrindo...” (Retorno, Sombra Iluminada: 1927). (*) “Vila Moça do Agreste”, expressão usada por Luciano Varêda em 1936.

*Bacharel em Direito, servidor da Jus ça, pesquisador e escritor. Seu trabalho pode ser encontrado em h p://www.historiaesperancense.blogspot.com.br/

Ilustração: Evaldo Brasil, com foto do por‐do‐sol no Bairro Portal.

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Chegada

O mundo e suas voltas

ANA DÉBORA MASCARENHAS Ele está logo ali batendo na porta, pedindo passagem. Sempre que ele chega leva a gente a refle r sobre como anda a vida. O que foi e o que deveria ter sido. Bem, a porta está aberta, pode chegar. O ano foi corrido mais do que os anteriores até. Muitas coisas aconteceram, as crias passaram de ano, o mais novo conseguiu a vaga pra escola que ele tanto queria para o próximo ano, o mais velho está decidindo pra onde vai.

Hoje não como certas coisas que lembram situações que quero sepultar, nem uso certos cheiros; evito certos lugares, quero manter a gaveta da saudade lacrada, longe bem longe. Quero coisas novas, renovação, mesmo com tantas ausências, é o ciclo natural, mas mudanças diárias. Tem dias que não vejo poesia na pedra, vejo somente a pedra no caminho. Tem dias que não vejo pedras e em

Muita gente deixou o nosso convívio por causa da p e re c i b i l i d a d e d o te m p l o biológico e fará falta ‐ sempre fazem. E os planos para o futuro, já não faço mais. A cidade está em festa, esperando a sua chegada, tem luzes por todos os lados; cores, sabores e cheiros espalham‐se por todos os lugares. Mas as mudanças foram muitas. Quando se fala em mudança as pessoas pensam logo em estado civil, emprego e endereço. Mas existem mudanças que acontecem silenciosamente como uma metamorfose ambulante.

outros elas nunca exis ram. E vejo coisas que ninguém vê; e como a Frida, tenho asas para voar, não preciso de pés. Então formatei o HD, limpei as prateleiras, esvaziei as gavetas, virei a página ‐ depois a queimei, busquei em cada canto um espaço, para que você possa ocupar, então venha, me transborde. E nas voltas que o mundo dá, venha dezembro, mostre pra que veio, traga as vontades novas, as perspec vas posi vas, os prognós cos de uma vida melhor a cada dia, para mim, para os meus e para todos. E aquele parafuso que perdi, não me faça encontrar, quero ficar com esse parafuso a menos. Por causa dele passei a viver escandalosamente feliz.

(Em h p://asvoltasqueomundodar.blogspot.com.br/2014_11_01_archive.html, acessado em 1º de dezembro de 2014). 7


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Alunas de Riacho Fundo resgatam o Pastoril

89 Anos de

«Um evento para marcar a história de Esperança!» Nos dias 30 de novembro e 1º de dezembro, a festa dos 89 anos de emancipação polí ca de Esperança foi marcada pelos shows de duas grandes atrações da música religiosa nacional: André Valadão e Tony Alysson. Evangélicos e católicos, «demais pensamentos ou filosofias religiosas e de vida», veram espaço para reflexão e bênção. Uma superestrutura de palco, som e iluminação compôs a estrutura do evento. (FONTE: Secom/PME) 8

A

lunas da EMEF Abel Barbosa de Souza, da Comunidade de Riacho Fundo, apresentaram na tarde de sexta‐feira, 28 de novembro de 2014, um Pastoril ‐ espetáculo popular que compõe com o Bumba‐meu‐boi, o Mamulengo e o Fandango, o ciclo natalino entre Rio Grande do Norte e Alagoas, passando por Pernambuco e Paraíba. A inicia va é resultado da dedicação de Aldênia Soares da Costa Câmara (direção) e Solange Mar ns (professora comunitária) da unidade escolar, com o apoio da

Secretaria de Educação e Cultura, através do programa Mais Educação. Em Esperança, segue a tradição de a vistas culturais como Corina Cabugá, Hilda Ba sta, Fá ma Costa e Vitória Régia Coelho Paulino, quem até bem pouco tempo apresentava sua montagem no pá o da matriz. Agora, resta torcer para que a inicia va permaneça, tornando‐se mais uma marca da comunidade da Boneca Esperança, vez que já contam com a Mestra Marinês, brincanteque mantém a tradição, puxando os cordões azul e encarnado.

SAIBA MAIS: O Pastoril de Esperança, por Rau Ferreira, em h p://mgculturalpb.blogspot.com.br/2010/12/o‐pastoril‐de‐esperanca.html


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Especial

Poliana & Socorro: Dedicação reconhecida

Viva Leandro Gomes de Barros! Leandro Gomes de Barros, paraibano nascido em 19/11/1865, n a Fa ze n d a d a M e l a n c i a , n o Município de Pombal, é considerado o rei dos poetas populares do seu tempo. Em sua homenagem, a data é o Dia do Cordelista. Foi um dos poucos poetas populares a viver unicamente de suas histórias rimadas, que foram centenas. Leandro versejou sobre todos os temas, sempre com muito s e n s o d e h u m o r. C o m e ç o u a escrever seus folhetos em 1889. Na crônica in tulada Leandro, O Poeta, publicada no Jornal do Brasil em 9 de setembro de 1976, Carlos Drummond de Andrade o chamou de “Príncipe dos Poetas” e assinala: “Não foi príncipe dos poetas do asfalto, mas foi, no julgamento do povo, rei da poesia do sertão, e do Brasil em estado puro”.

A aluna Poliana Correia Lima (centro) e a professora Maria do Socorro Cosmo Alves, da EMEF Dom Manoel Palmeira, receberam uma homenagem da Prefeitura de Esperança e dos alunos da escola na manhã de segunda (24/11). Reunidos no pá o da escola e depois em uma caminhada pelas ruas da cidade, toda a comunidade escolar festejou a premiação recebida por aluna e professora na Olimpíada Nacional de Língua Portuguesa/OLP. Residente no sí o Carrasco, zona rural de Esperança, a aluna de 13 anos, par cipou da OLP na categoria Memória Literária com a redação “Uma parte de minha história”, onde relata a convivência com uma madrinha que muito prezava. Poliana e a professora Socorro Cosmo receberam a medalha de bronze na etapa regional da olimpíada, no início do mês, em Maceió/AL. Durante a homenagem recente, também es veram presentes João Delfino (Secretário de Educação do município), Carmery Monteiro (subsecretária) e o diretor da escola Alex Giuseppe Valen n Sousa; os primeiros representando o prefeito Anderson Monteiro. No ato, entregaram a Poliana um FONTE: notebook, em nome da administração, como forma de reconhecimento pela conquista. A aluna ficou entre os Enciclopédia Nordeste: Biografia de Leandro Gomes de 125 premiados, dentre os cerca de 40 mil inscritos para a olimpíada, realizada pelo Ministério da Educação Barros ‐ h p://goo.gl/CENy4n em parceria com um banco privado. FONTE: Secom/PME. 9


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Documentos Selo em homenagem a José Ramalho Nele encontramos ainda a seguinte inscrição: “Homenagem do Clube Filatélico Maçônico do Distrito Federal ao América Futebol Clube e aos seus fundadores. América Futebol Club – Esperança Paraíba”. E ainda as datas: “1945/2004 – 59 Anos de Fundação ; 52 Anos de Instalação – 12.10.1962”. O desportista José Ramalho da Cota foi um dos homens mais inuentes de nossa Cidade. Presidiu o América Futebol Clube de Esperança e foi responsável por implantar o profissionalismo na agremiação. Também contribuiu para a construção do Estádio que hoje leva o seu nome, inaugurado em 22 de janeiro de 1956.

Bole m Virtual Nº 012, p07, Novembro de 2013

RAU FERREIRA Em 2004 o Clube Filatélico Maçônico de Brasília lançou uma peça comemorativa de extrema importância para a nossa história. Trata-se do selo em homenagem aos 86 anos de nascimento do comerciante e desportista José Ramalho da Costa. A peça filatélica obedece as normas do DPFIL, da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, e apresenta uma foto 3x4 do homenageado. Na oportunidade, a Associação também produziu um envelope em “cachet” alusivo ao tema com um detalhe de suma importância: uma miniatura das dimensões do campo, com o nome dos principais jogadores que constituíram o seu plantel, nas suas respectivas posições.

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