Lautriv Mitelob - BV026

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BANABUYE DE ESPERANÇA ‐ PARAHYBA ‐ BRASIL A ARTE, A CULTURA E A HISTÓRIA DA NOSSA GENTE. FUNDADO EM JUNHO DE 2013 ‐ Nº 026 ‐ JAN15 A serviço do Fórum Independente de Cultura/FIC

Evaldo Pedro Brasil da Costa

CORDEL 49-113

DIREÇÃO E REDAÇÃO: EVALDO BRASIL E RAU FERREIRA CONTATO: KAQUIM@GMAIL.COM CONTEÚDO: DE BLOGS, SITES; E INÉDITO. A serviço do Ins tuto Histórico e Geográfico de Esperança/IHGE

Feliz Homem Novo nesta edição I Se tudo que entra sai Se em tudo começo e fim Tudo entre não ou sim? A Lei de Newton não cai… Esqueçamos a refrega No Ano Novo que chega Do Ano Velho que vai.

II Se toda gente que sai Quase não pensa no fim Se acham que sempre sim É resposta que lhes cai… Nós falaremos à galega É Ano Novo que chega E o Ano Velho que vai. III Se tudo que gruda sai Até visgo em passarin' Mas se tudo tem seu fim E muita gente se retrai… Pensemos no ser humano Ao nascer do novo ano Sobre o velhinho que vai. IV Chiclete no cabelo sai Mas se perde um pedacin' Mas isso não é tão ruim Podia se perder mais… Respeitemos o decano Ao nascer do novo ano É luz do sol como rai'.

V Pois é! tudo que entra sai Tudo só termina no fim Porque teve um comecin' E chega desse mais‐mais! É preciso respeitar tudo Até o que 'tá meio mudo O ioiô só vem se vai. VI O ano novo a gente faz Seja ele bom ou ruim Deixe atrás o farnesim Relaxa, não se contrai! Não faça o que reprovava Nem magoe quem magoava edo ou tarde a vida esvai. VII E um mundo novo atrai Quem resolve ser novin' O ano, o homem, enfim Mesmo que lhe falte gás, Esquece tudo que é briga Desfaz assim sua intriga Pois perdoar ele é capaz.

Sarau 2015.1 P02 e P03

Je suis Nigeria P07 De Rombo 90 P08 Falta d’água é falta de gestão P05 Um erro de meio século P06 IHGE Notícia P04 E MAIS: A grande pequena exploradora Amabilíssimo Jesus


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SARAU 2015.1

Iniciadas as a vidades do ano com o Sarau 2015.1 na C â m a ra M u n i c i p a l , c o m a presença de um público considerável (42 assinaram, conforme lista*) incluindo os amigos Karl Fern e Chicão de Bodocongó, da Poebras‐CG, e a turma do Megafone. Este foi um verdadeiro “Mega Sarau” ou “Megassauro”. Assim como o mitológico animal que aparece em terras inférteis, estamos fazendo brotar a semente da cultura nas consciências. Nesta edição, resgatam‐se alguns poetas do passado, a exemplo de Silvino Olavo, Augusto dos Anjos e Manuel Bandeira, e vem à luz a nova prata da casa, jovens iniciantes, além de contemporâneos de renome. Esta foi sem dúvida mais uma noite agradável na companhia de amigos. Hauane Maria, filha de Rau Ferreira, atuando como secretária ad hoc registra o evento. Evaldo Brasil faz a acolhida falando sobre as expecta vas para 2015; apresenta regras do evento; e a moeda‐ cultural “Silvino”, exibida em cartaz afixado, disposta em panfleto com os apontamentos iniciais do projeto. No final 2

Mega‐Sarau

seria apresentada impressa colorida para contemplação dos presentes. Com a palavra, Ferreira agradece a presença de todos, apresenta o pessoal do cyber‐movimento cultural “Megafone”, aqui presente para alinhavar parceria com o Fórum Independente de Cultura/FIC por desenvolver, em Campina Grande, a vidade que se afina com a que se realiza em Esperança. A seguir tem início o Sarau, propriamente dito, com todos cientes das regras e apresentação dos inscritos do primeiro momento. Assim é que o Bardo, Ismaell Bento, embora ausente é declamado por Brasil, que disse o


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Megassauro

SARAU 2015.1

poema dele “Borboleta”. Na sequência, megafônico Helton Meireles diria “Camisa Ferreira faz releitura de “Tropeiros da social de lixo”, que fizera Brasil lembrar e Borborema”, enfa zando que o autor, dizer “Irene no Céu” (Manuel Bandeira). Raymundo Asfora, certa feita fez discurso Felipe Pajaú com o seu stand up se em versos no centro desta cidade; Brasil apresenta sobre o tema “Carnaval” e a diz seu cordel “Do craque, do amigo, do “Piada da Aranha”. No clima de humor, amor”; Ferreira diz “Campanha Eleitoral”, Brasil contaria sua primeira piada no de Maviel Melo e, “A Árvore da Serra”, de evento (Me troque essa nota de Cr$ 18,00). Augusto dos Anjos. Jerimum recita “O guarda noturno” (Chico A turma do Megafone Soluções Culturais entrevista os FICs Pedrosa) e Ferreira encerraria os trabalhos A turma do Megafone (Helton Meireles, Alisson Barbosa, Jéssika com o poema “Oriental” (Silvino Olavo). Azevedo, Clêiton e Jessyka Moura) Após a saída do público, Brasil, Ferreira ocupa o espaço para divulgar o seu e Jerimum concedem entrevista ao projeto, com site e aplica vo para Megafone Soluções Culturais, s m a r t p h o n e ; a s e g u i r, B ra s i l resumindo a história da relação deles apresenta “Mais de mim o que seria com a cultura local; além de enfa zar nesse se rolo es vesse?”. Encerrando a gra dão pelas presenças. as par cipações por inscrição, Chicão Registre‐se ainda o recebimento de Bodocongó apresenta o cordel “O de 02 (dois) exemplares doação feita Avião”. por Elieth de Lacerda Alves, da Depois de pequeno intervalo para primeira obra da trilogia “A Travessia lanche e emprés mo de livros, precedido da foto das Sombras”, de Dalmo Radimack oficial, inicia‐se a etapa de não inscritos, momento espontâneo e da Silva (padre e professor) e o emprés mo de 03 (três), além do mais emo vo. Carlos Almeida Jerimum canta, à capela, “Meninos” agendamento do próximo sarau, no primeiro domingo de março, a de Juraildes Cruz, fazendo dupla com Evaldo Brasil. A jovem Patrícia par r das 16h. Cunha declama seu poema “Sarau”, em homenagem ao evento. Nada mais havendo a registrar damos por encerrada esta ata‐ Brasil cantaria ainda “Alegria de farol” (Adeildo Vieira), enquanto o registro escrita a três mãos. Haune Maria, Rau Ferreira, Evaldo Brasil. 3


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IHGE vira notícia em órgãos de entidades congêneres

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m 2014 a inicia va do a vista Rau Ferreira, de convocar esperancenses e filhos ado vos sensíveis às causas históricas e às manifestações culturais da cidade de Esperança teve registro em bole ns de en dades congêneres do Estado da Paraíba (imagens). O Ins tuto Histórico e Geográfico de Esperança/IHGE vem sendo gestado lentamente, como impõe a realidade local, mas isso não impediu que o Ins tuto Histórico e Geográfico Paraibano/IHGP, sediado na Capital no ciasse a inicia va na edição 47, de dezembro do seu Bole m Informa vo (abaixo). Do mesmo modo, a SPA, Sociedade Paraibana de Arqueologia, sediada em Campina Grande, na edição 104 de seu bole m (à direita) registra que estão sendo dados os «Primeiros passos para a criação de Ins tuto Histórico em Esperança‐PB», dando conta de que terá como patono o intelectual Irineu Joffily.

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Falta d'água é falta de gestão CARLOS ALMEIDA “Quando chovia muito, a baixada Bom Retiro ficava a Veneza brasileira. A enchente tomava conta de tudo. As famílias todas tinham barco e, durante a noite, passeavam nas ruas inundadas, com iluminação nas barcas, cantando e fazendo serenata. Para nós, os moços, aquilo era uma alegria, quando o Tietê transbordava”. O texto acima não trata de ficção, está na centésima página do célebre MEMÓRIA E SOCIEDADE - lembranças de velhos, da socióloga Ecléa Bosi, leitura que recomendo. É o depoimento de quem viveu, ainda jovem, a São Paulo dos anos vinte, no limiar do século passado. Donde podemos concluir que a seca que assola a maior cidade do Brasil é, mais do que nunca, falta de gestão das águas. Isso não é desleixo somente peculiar à capital paulista, mas reflexo de um país que não se deu conta – e faz tempo, como se pode ver – que água é um bem vital. Não se trata de líquido volátil, mas diante do crescimento populacional, principalmente nas grandes metrópoles brasileiras, inviabiliza o modo de vida irresponsável dos seus habitantes e governantes. Se por um lado falta gestão, por outro falta o uso racional dessa preciosidade da natureza. Fico a imaginar uma São Paulo cujo desenvolvimento, nas últimas seis décadas, fosse acompanhado pelo cuidado com a gestão da água. A construção de represas; incentivo à construção de cisternas proporcionais às habitações verticais e horizontais, comerciais ou residenciais; educação para o uso e reuso além do zelo com os mananciais (nascentes, rios e afluentes), teríamos água sem que precisássemos da água de esgotos tratada com o mínimo de potabilidade.

http://muitospensamaocontrario.blogspot.com.br

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Aí faríamos festa quando – e se – o Tietê transbordasse. 5


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Um erro de meio século RAU FERREIRA Quando das minhas andanças por força do o cio na Beleza dos Campos, d e p a re i ‐ m e co m u m c i d a d ã o q u e m e mostrando uma casa moderna disse que ali residiram dois grandes do direito local: um tal Silvino e o outro Dr. Durval.

avistando o funeral de uma criança que passara, repe ra: “Nem todas as flores têm a mesma sorte, umas enfeitam a vida outras enfeitam a morte”. De certo que imaginara o interlocutor ser de sua autoria a frase posta, que guardei na memória. Anos depois descobri que esta pertence ao provérbio português, também citado numa das canções por Bob Marley.

À época nem imaginei que o velho quisesse exaltar a figura de Conheci o segundo, já velho e cansado um poeta que, para mim era desconhecido. Anos mais tarde, me pe cionando em alguns processos criminais que diziam ser embrenhando na pesquisa cheguei à conclusão leviana: Silvino especialista, advogando para gente abastarda e comerciantes de nunca dissera tal impropério como sendo carnes. Cheguei a visitar sua vasta biblioteca com seu e se o fizera certamente não fora esses aqueles compêndios encadernados e coleções os versos. Creio, por mais absurdo que Atropelos d'Esta: ‐ Senhor! de direito A‐Z. Pareceu‐me mesmo um pareça, que a sua intenção – se é que o fato grande tribuno defendendo a sua causa no Antes da Vida e da morte! atribuído pelo transeunte realmente exis u júri. Foi a minha primeira grande impressão – era recitar a quadra que fora publicada em Se tem sorte e tem amor, e acho até que estava decidido a ser '97 na sua obra “Badiva” (em destaque). bacharel. Não durou muito e, formado sem Só tem amor, não tem sorte! anel no dedo, aspirava já ser promotor... Pretensão minha querer corrigir um erro de meio século. Quem sabe tudo não Mas o que reclama esta minha passou de uma “bravata”, desfiando este pobre neófito recém‐ crônica não é a vida pessoal e sim o que me dissera aquele concursado a conhecer a sua própria história. Na lida diária não desconhecido numa tarde de quinta‐feira. Narrava‐me que certa foram poucos os desafios, sendo, pois testado em todos os sen dos. feita passara por ali um poeta – sendo este o primeiro da minha Mas fica aqui o registro: se as flores têm sorte diferente que dirá narra va a residir naquela morada no recanto da Bela Vista – e deste pobre escritor! *Bacharel em Direito, servidor da Jus ça, pesquisador e escritor. Seu trabalho pode ser encontrado em h p://www.historiaesperancense.blogspot.com.br/

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Je suis Nigeria ANA DÉBORA MASCARENHAS 08/01 ‐ Às vezes me pergunto por que Deus deu ao homem o livre arbítrio já que Ele é onipresente e onipotente, sabia no que iria dar. Esses dias eu e o meu pequeno assis mos ao filme Cruzada ‐ele já viu uma dezena de vezes. E sempre me ques ona por que tanta gente mata e morre em nome de Deus se ele pregou o amor e a igualdade entre os homens? Eita! Sei dizer, não. Ontem e hoje vi as manifestações no mundo por causa da morte dos franceses em virtude de uma charge do profeta Maomé. E não adianta ques onar, sempre se matou em nome da fé. Fé essa que eu nunca compreendi. Às vezes acabo ficando meio ácida. Hoje, vindo pela rua, percebi na calçada da farmácia do Kleber uma bacia com água. Ele estava pondo gelo ‐o dia está bem quente. Perguntei pra ele o porquê do gelo. Ele me diz “se você tem tempo, espera só uns cinco minutos que vai ver”. Curiosa esperei, e logo se aproxima uma família de cachorros de rua, bebem a água

e vão embora. Ele me conta que todos os dias no meio da tarde, quando está bem quente, a mãe vem com os filhotes beber água fresca, e por isso tem sempre uma bacia na porta. Juro que fiquei emocionada. Primeiro ela veio só, 'tava quente ele deu água, no dia seguinte no mesmo horário ela veio só, e logo voltou com os dois filhotes, e agora vem todos os dias. O mandamento de Deus não é amar ao próximo? Pois bem. Esse é um exemplo de amor ao p róx i m o, n ã o p r e c i s a s e r a p e n a s portadores de polegar opositor, pode ser de quatro patas. E nas voltas que o mundo dá, não creio que o caminho é sair por ai matando em nome de Deus, mas oferecer água, abrigo ou o que for de conforto ao próximo em nome de Deus. Ah, Kleber que bom que tem gente assim no mundo. E a acidez acaba sendo quebrada com o doce da vida. E como disse Saramago: “Matar em nome de Deus, é converter Deus em um assassino”.

Acidez 19/01 ‐ Todas as pessoas têm direito de ir e vir, mas quando se entra em uma propriedade privada, esse direito passa a ser crime. Toda pessoa pode se expressar livremente, mas quando essa expressão fere princípios, dogmas e religiosidade passa a ser crime. Esses dias depois dos atentados em Paris em todo canto se vê escrito: “Je suis Charlie”. Pois bem, os franceses saíram às ruas para protestar, os americanos, e outros europeus passaram a se solidarizar com as "ví mas" dos atentados que ainda assim, não abrem mão do tal direito de expressão. Ora, toda liberdade de um termina quando começa o direito do outro. Agora mesmo a Nigéria tem dois mil mortos em apenas cinco dias, quatrocentas mulheres foram sequestradas, e agora mais cinquenta crianças sumiram. Onde estão os "Je suis Nigeria"? Seria a vida dessas pessoas menos importantes que a dos franceses? O Papa Francisco também falou que liberdade de expressão tem limites, intermediou as negociações de aproximação de Cuba com os Estados Unidos e agora é mo vo de ataques midiá cos por todos os lados. E nas voltas que o mundo dá, me assusto com o que os humanos são capazes de fazer em nome da fé e da falta de amor. Porque não é o amor que mata, não se morre de amor, se morre por falta dele. 7


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Poemas Di-versos & Versos de Poemas Esperança, minha amada... Esperança Cadê teus bailes de carnavais nos clubes Cadê teus carros de samba bem rudes Cadê teus São Joãos com Luiz Cadê teus cinemas, a que meu avô me diz

O escrito Frases coladas em papel Escrita por punho decidido O concebido é a marca do autor Na espera de ser compreendido.

A coragem lhe impõe um rotulo Esperança Lhe impõe um ritmo acelerado Procuro o açude dos índios e não encontro Que tem como compromisso Procuro as casas antigas e desencontro Um olhar crítico e desprendido. E o que procuro não acho E quando não procuro me embaraço Despojado de interesses mesquinhos Foge das mágoas das frases arrogantes Esperança De um complemento mentiroso Encontrei tuas grandes empresas De um pensar ensandecido. Encontrei teu rico comércio Encontrei tua agricultura sustentável Encontrei os amigos que não empresto Esperança, numa Esperança perdida, Nas linhas do tempo, incompreendida Achei a Nova esperança construída Arthur Richardisson 8

SEI TE AMAR Amar, acreditar, sonhar e desejar! Tudo está no ar. Mas algumas coisas Só estão no olhar... Por isso, sei te amar! Hauane Maria

Modificar‐se

Quero que tudo vire moda Que seja moda a moda das ruas Que ouvir Legião Urbana vire moda A moda dos bêbados Que protestar vire moda A moda dos clowns de Silvino Olavo Que mulheres não-padrão sejam moda Que leminski-se a moda Que a poesia seja moda Que modize-se Lenine Chicão de Bodocongó Que Pink Floyd vire moda Caetano e Gil E toque nas rádios da moda Vamos ritaleezar a moda Que a proteção animal seja moda Nordestinizar São Paulo E que dite moda na São Paulo Fashion Week E samplear o Nordeste Que o que velho volte a ser moda Antes que esqueças Vamos fazer tudo virar moda E modifique-se como novo o ano noventa vai seguindo Modifiquemos

De rombo 90

Nós, ventas, cabeças... (Evaldo Brasil, 03/02/15)

Egberto Vital Em O Sen nela h p://egbertovital.blogspot.com.br/


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A grande pequena exploradora

«...

“É com muita honra que recebo a edição eletrônica do Lautriv, ao tempo em que parabenizo nas pessoas dos amigos, Evaldo, Rau e Carlos para não ser omisso com os demais, pelo brilhante trabalho de resgate cultural da nossa cidade, mostrando que é possível sim divulgar a nossa história de forma descontraída e com uma boa e fácil leitura, alinhado ainda a conteúdos contemporâneos notadamente voltados ao engrandecimento da nossa cultura local. Fico feliz e acompanho pelas mídias torcendo pelo sucesso descompromissado do projeto. Forte abraço a todos”. (Gustavo Delfino, por e‐mail)

“(...) obrigada por enviar a edição desse mês, vou ler agora” (Amanda Leite, via facebook) A autora cursa o 5º Ano do Ensino Fundamental

HAUANE MARIA Mary é uma ó ma menina, conhecida como a Grande Pequena Exploradora. Este nome nasceu logo após de uma de suas aventuras. Antes, era apenas a Pequena Exploradora ou pelo menos era assim que a criançada do bairro chamava Mary. O apelido veio do seu jeito introme do e ques onador. Mary como sempre explorando o mundo descobriu uma coisa muito importante e tentou agir! Algo estranho e aterrorizador: era um bandido na vizinhança. Assustada, tentou se esconder e gritar. Queria chamar alguém forte e ágil que conseguisse segurá‐lo. Pensou em avisar a dona da casa, chamar a polícia ou coisa e tal. Mas, teve uma ó ma ideia... Por que não gravar tudo aquilo e chamar a polícia? Pois bem, com a ajuda de seu pai a pequena pegou a câmera e gravou o vídeo, enquanto seu pai ligava para a polícia. O vídeo ficou perfeito, gravou o bandido entrando e saindo. Ele foi pego graças a Mary, ela ganhou uma recompensa. Mas ela diz que a recompensa foi ter se tornado uma grande exploradora. A a tude corajosa lhe valeu o apelido. Anos depois Mary se tornou uma importante dete ve, e ajudou a desvendar muitos casos.

Registros

“Obrigada pela consideração e gen leza” (Simone Vieira, via facebook) “Obrigado pela lembrança... irei dar uma olhada” (Soahd Arruda Rached, via facebook) “Obrigado pela revista e parabéns pelo trabalho...” (Fábio Ataíde, via facebook)

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“Ficou ó mo! Um abraço, Evaldo Brasil! (Josineide Galdino Araújo, via facebook) “Avante com arte! Parabéns!” (Rochelle Melo, via facebook)

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«Amabilíssimo Jesus»

«Amabilíssimo Jesus» A

memória é algo indecifrável e costuma guardar lembranças e pormenores que são a vados em certas circunstâncias. Melodias a vam o hipocampo de maneira mais fácil e por isso permanecem a vas por mais tempo, enquanto que outras informações são “apagadas” por assim dizer, ao longo dos anos. A presente jaculatória me foi ofertada pelo meu colega de trabalho José de Arimatéa Valen m, e recolhida perante sua mãe D. Regina Maria de Melo, de 96 anos de idade. As jaculatórias fazem parte do novenário católico. São pequenas orações ou invocações recitadas no início ou final de cada uma das dezenas do rosário. A exaltação mariana também é cantada em algumas ocasiões seguida da frase: “Rogai por nós”.

Oh, Jesus amabilíssimo, Sejais a minha luz Dai‐me forças que em mim faltam Para levar a minha cruz. Oh, Jesus amabilíssimo, Sejais o meu salvador Defendei a minha alma Do dragão enganador. Oh, Jesus amabilíssimo, Ouvi‐me em confissão Perdoai os meus pecados Só vos sabeis quantos são. Oh, Jesus amabilíssimo, Aqui estou aos teus pés, Fazei‐me conhecer quem sois vós, E quem sou eu. Amém!!!

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Ao me entregar o manuscrito, Arimatéa acrescentou a informação de que sua genitora, quando ainda mocinha, costumava vir da zona rural, em especial nos sábados, acompanhando os familiares à feira. Esta ficava com as outras mulheres na matriz, enquanto que os homens cumpriam seu mister. Na então Capela do Bom Conselho fazia‐ se preces para que o ano fosse bom de chuva, que vessem uma colheita proveitosa... O “Amabilíssimo Jesus” que ora apresentamos é um desses exemplos, que se encontra no recôndito da memória de D. Regina e que pelos nossos cálculos tem por lá seus 80 anos. (Por Rau Ferreira)


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