Lautriv Mitelob - BV030

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BANABUYE DE ESPERANÇA - PARAHYBA - BRASIL A ARTE, A CULTURA E A HISTÓRIA DA NOSSA GENTE. FUNDADO EM JUNHO DE 2013 - Nº 030 - MAI15 A serviço do Fórum Independente de Cultura/FIC

DIREÇÃO E REDAÇÃO: EVALDO BRASIL E RAU FERREIRA CONTATO: KAQUIM@GMAIL.COM CONTEÚDO: DE BLOGS, SITES; E INÉDITO. A serviço do Ins tuto Histórico e Geográfico de Esperança/IHGE

Sarau 2015.5: Das Amigas e dos Amigos das Artes Ata do Sarau do Fórum Independente de Cultura-FIC, Edição 2015.5. Após a úl ma das assinaturas, lavraremos esta. Esperança, aos 30 de maio, na Associação das Amigas do Lar de Esperança-AALE. (Ass. 01-32; 37...). Realizamos o Sarau denominado das amigas e dos amigos das artes, por ser nas Amigas do Lar, por reunir amantes das artes de Esperança e Campina Grande: Um evento alusivo aos que nunca foram; aos que já vieram e não retornaram e aos que virão. Com efeito, em um ano de a vidades, houve uma con ngência de pessoas que transitaram em nossos salões: alguns meros curiosos e outros mais par cipa vos. Desculpas à parte, também fomos alcançados pela descon nuidade cultural tão propalada por Evaldo Brasil em seu “Ciclo vital autofágico”. Mas enfim, persis mos em mais esta sessão, em um ambiente bastante atra vo onde três gerações se encontram: A memória de Odaildo Taveira, a persistência de Rau Ferreira e a promessa de Tamires Ataíde. Pela primeira vez, houve formação de mesa, em uma noite bastante agradável, assim é que foram

FOTO: Megafone Soluções Culturais REPRODUÇÃO: Internet

Zé da Luz aos 20 anos

chamados por Ferreira a compor a banca Odaildo Taveira, bancário, ex-polí co e grande conhecedor da nossa história; a professora Lucimar Dias, que muitas vezes comparece com os seus pupilos, e tem nos auxiliado a disseminar a cultura nas escolas; o comerciante Vanderlam Alves Venâncio, que firmou parceria com o FIC/Sarau, e sempre distribui guloseimas a cada novo encontro; e, passando a palavra a Evaldo Brasil, este convidou o músico José Fernandes. Assim, alinhada a mesa, deu-se início aos trabalhos do Sarau 2015.5, em homenagem ao poeta popular Zé da Luz, ocasião em que Ferreira apresentou uma breve biografia deste ar sta, e disse-lhe dois poemas: “A Cacimba” e “Sertão em Carne e Osso”. Brasil toma a palavra para dizer do formato deste evento, dos custos e das etapas, dizendo em seguida seu “O Sonho de Iracema” (C49-127), tratando da instabilidade das ins tuições que surgem e morrem na cidade,


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tendo como mote o América Futebol Clube. Ferreira então, passa a palavra a Janete Alves que apresenta seu poema “Sonho”, numa homenagem póstuma ao filho Thiago. Já Ferreira, antes de apresentar a filha para dizer o p o e m a “ M ã e ”, d e M á r i o Quintana, pede a Brasil mais um trabalho, quem declama “Há Braços”, de Adeildo Vieira. Retomando a palavra, Ferreira ins ga a mesa, dizendo inicialmente que aquela não era apenas decora va, mas que deveria par cipar, cada um com a sua modesta contribuição, desta feita convidando Odaildo Taveira, quem manifesta sua sa sfação, e ques ona os saberes locais, nomes populares das nossas ruas, bodegueiros como João dos Santos Reis, e an gos costumes... em um passeio nostálgico que vai de Pedro Pichaco à Zuza Valdez, e junto com Ferreira, nos propicia uma verdadeira aula de História do Povo de Esperança. Taveira nos diz do amor que nutre aos poetas populares, recitando estrofes de diversos deles, lembrando que conhecera Zé da Luz – o qual convivera algum tempo em Areia – e muitos outros; que seu genitor sempre comparecia as rodas de repente, que eram comuns naquele tempo. Na ocasião, Ferreira recita versos de Josué da Cruz (Mulher, animá ingrato) com a narra va deste acontecido, anotando que o cantador residiu por algum tempo em Esperança. 2

Intervalo para um lanche, conversas em paralelo, enquanto se visita a exposição “Simetria” do ar sta plás co R. Duarte, e alguns quadros de Evaldo Brasil e Carlos Engel. Taveira adquire deste úl mo o desenho “A rosa”. Livros se fizeram circular nas mãos de Thamires Ataíde e Penha Santos, com retorno de obras, e re rada de outras, em torno de seis exemplares e m p re sta d o s p e l a B i b l i o te c a I n e ra n te d o FIC/Esperança. As memórias eram trocadas e os livros criteriosamente avaliados: ...grossos, finos, capa dura, cordéis... infan l, adulto... romance, suspense... fábulas, história e poesia... ...e a exposição estava intrigante...livro livre pra ser visto, pra ser lido e a troca de ideias fluía intensamente. Após a confraternização, toca a sineta Evaldo Brasil para ter início a segunda etapa do Sarau, realizando sorteio de kits de cartões postais, DVDs com as filmagens do Sarau 2015.3, sendo sorteados Júnior Venâncio, Bruna Santos e Thiago Aguiar. Rau Ferreira, antes de despedir-se presenteou o compadre Vanderlam Alves com um dos kits por ele adquirido, igualmente cedido para sorteio. Retomados os trabalhos de modo mais informal, Manoel Pereira Leite estreia dizendo “Os Cisnes - A Vida”, de Júlio Salusse (1878-1948). Em seguida, com Clêrton Moura, canta Dias de Saudade (autoral) composta durante um sonho. Enquanto Helton Meireles faz o registro fotográfico para o Megafone Soluções Culturais. Edvânia Aguiar apresenta Jessier Quirino (Um Sonhador Imaginando). Lype Pajaú, provocado por Brasil, apresenta seu stand up... M. Pereira conta o causo do sapo de Itaporanga.


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José Fernandes refere-se aquela cidade como sua terra natal, mas se sente filho ado vo de Esperança, e promete a çar o “epa!” para se apresentar no próximo sarau. Brasil apresenta, dedicando às crianças, seu “Se essa rua fosse minha” (C49-001). M. Pereira conta o causo dos men rosos de Itaporanga. Pajaú, por sua vez, o causo de sala de aula “A cura para histeria: regras da senhora Prim”. H. Meireles lembra as regras da convivência com o pai. Aparecida Galdino depõe da importância do sarau. Encerrando a noite, E. Brasil diz seu poema “A ondulação leve da super cie das águas” (C49-013), tratando do crime cole vo da morte do banabuyê. A p ó s i s s o, a l g u é m s e lembra de fazer a foto oficial. Agendado o próximo sarau para domingo, 28 de junho, na Sociedade de Estudos Espíritas de Esperança/SEEE, lavramos esta ata a quatro mãos. Evaldo Brasil e Rau Ferreira.

C49-013

A Ondulação leve da Superfície das Águas [O Açude Velho, Banabuyê (Banabuié) é aqui o objeto de discussão. O enredo gira em torno dos significados da palavra “Siririca”. Trata-se aqui, de como, aos poucos, a comunidade cometeu o crime cole vo de levar o açude a ser fossa a céu aberto, até agora, quando obras públicas começam a revitalizar a área. O Parque do Açude Velho é solicitado como sonho de infância.]

Os Cisnes

I A palavra tem alma, tem uso e razão, A vida, manso lago azul algumas Em sua origem dene algo bom e real Vezes, algumas vezes mar fremente, Com o tempo muda, para novo uso, Tem sido para nós constantemente Mesmo assim continua soando normal. Um lago azul sem ondas, sem espumas. Qual a rota, o caminho por ela seguido, Pra manter-se atual e ter novo sentido Sobre ele, quando, desfazendo as brumas Arrancaria a poesia de ser original? Matinais, rompe um sol vermelho e quente, (...) Nós dois vagamos indolentemente, Como dois cisnes de alvacentas plumas. VII Leve ondulação na superfície da água: Um dia um cisne morrerá, por certo: Siririca, em tupi, idioma ainda usado, Quando chegar esse momento incerto, Serve, em modestos versos contados, No lago, onde talvez a água se tisne, Para um desejo novamente colocado: Quando virá o Parque do Açude Velho? Que o cisne vivo, cheio de saudade, E aquela área voltará a um tempo belo Nunca mais cante, nem sozinho nade, Pra redimir a nossa gente do pecado. Nem nade nunca ao lado de outro cisne! (Leia a íntegra do poema em:

Júlio Salusse (1878-1948)

http://evaldobrasil.blogspot.com.br/2014/04/c49-013-ondulacao-leve-da-supercie.html

VEJA MAIS EM: h p://www.reeditadas.blogspot.com.br/2015/05/sarau-do-fic-20155-das-amigas-30mai15.html 3


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CENÁRIO ECOLÓGICO Se o amigo não conhece o meu Nordeste, Do Cariri vindo ao Brejo, pelo Agreste, Desconhece este Brasil, eis a questão. É preciso ver de perto e, sem demora, Até mesmo quando a chuva vai-se embora, O cenário... Agora, preste atenção! Induzido a conhecer logo a Caatinga, Não cogite sobre ouvir a jacutinga... Ave rara de habitat cá do Sudeste. Mas, decerto ouvirá bem acauã... E o ruidoso revoar da ribaçã, Em retirada sob o azul-celeste. Nas manhãs, das estradas vê-se o jeito Dos cabritos que carregam sobre o peito Os chocalhos que badalam sem parar, E as mulheres, das cabras tirando o leite, Amarrado na cabeça como enfeite Um pano feito o “turbante” secular. O verde que se apresenta quase eterno, Na jurema, juazeiro..., sem o inverno, São da ora natural da região. E as “xerótas” tipo palma e xique-xique Retêm água dentro delas como um “dique” Pra matar sêde dos bichos no verão.

São nativos da caatinga o faveleiro, Belos cactus, nobre espécie de cardeiro Cujo fruto tem a cor do carmesim, E que serve de alimento à passarada, Desde cedo, ao surgir da alvorada, Num sonoro gorjear breve e sem-m. É ali, da or viçosa do umbuzeiro, Da jurema, maniçoba ou marmeleiro, Donde a'belha tira o néctar e faz o mel, Que enroscada entre os pés das macambiras, Ou torcida nas frondosas sucupiras, Vive a cobra mais temível: a cascavel. Tudo é verde logo após breve sereno! Há orvalho, ca o clima mais ameno, A semente se estremece lá no chão. É o feijão! seguindo rebenta o milho E nos olhos do irmão renasce o brilho E o desejo dos festejos do São João. Ver a ora do seu campo verdejante Sob o céu a faiscar, relampejante, É um clima de emoção pra nossa gente! E num ciclo renovável a cada ano, Qualquer chuva que desfaça o desengano É motivo pra voltar quem vive ausente.

P.S. de Dória (Rio de Janeiro, Maio de 1985) 4


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Inspirado na Xilogravura

Amanda Leite 5


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por Rau Ferreira*

História Esperancense

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SOL Sob o céu turbulento Nordestino

O primeiro longa metragem que se tem no cia na Parahyba foi o documentário Sob o Céu Nordes no, de Walfredo Rodrigues. O filme produzido pela Nordeste Filmes demorou quatro anos para ser finalizado (1924/1928). No enredo as coisas da nossa terra: o índio, a fauna e a flora, a pesca da baleia no litoral da Paraíba, encerrando-se com a descrição da Capital, suas praças, jardins e monumentos. A estreia na Capital paraibana foi precedida de ampla publicidade. Era um acontecimento notável para a velha cidade. Ao Cine Rio Branco compareceram as principais autoridades estaduais: o Presidente João Pessoa e seu chefe de gabinete Silvino Olavo, além do secretário José Américo de Almeida. A película chamou a atenção de todos que ficaram admirados com as belezas do nosso Estado. Não obstante, os presentes circulavam entre o bar ao lado da sala de projeção, a passarela da beleza – onde as mais belas se faziam presentes – e a society com os seus comentários vivazes.


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SOL Sob o céu turbulento Nordestino

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Na saída, o chefe do governo democrata, que se mostrava de bom humor, aspecto este que fora notado pelos seus auxiliares, sentou-se em um banco para tomar um café, deixando o ponto de Cem Réis intransitável. Todos queriam ver João Pessoa, mas quis o des no que este fosse o seu úl mo contato com os conterrâneos. Nesse aspecto, o poeta esperancense ficou deveras contrariado. E ainda se valendo de sua autoridade, compareceu ao Recife onde exigiu que fossem realizadas inves gações severas para se descobrir aquele que ceifara a vida do seu malogrado chefe. Após a exibição, surgiram ar gos de elogios, dentre os quais, destacamos o de Francisco Marcelo para a publicação “Nordeste”, em maio de 1929: “Como documentação, repe mos, é um bom filme. Tem ni dez, tem paysagens, tem marinhas, tem movimentos, tem quadros. Destes, se outros merecimentos o filme não vesse – Risos entre flores - , só por si, seria bastante para valorizá-lo”. O filme foi exibido em todo o interior da Paraíba e de Fortaleza. A obra foi apontada pela revista O Cruzeiro como “obra de sadio patrio smo”. Já o crí co Severino Alves Ayres a chamou de “panoramização da Paraíba”. Os rolos se perderam no tempo, não se tendo no cia de alguma cópia. Contudo, parte deste trabalho foi u lizada no documentário “Homens de Areia”, de Vladimir de Carvalho.

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ALERTA

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ALERTA

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ATRELA

ATRELA

Quando eu me for, inerte, desta vida, Não desesperes, sê condescendente! Pois é mister; é ver agradecida Alma liberta, ali, que está presente.

Quando eu me for, inerte, desta vida, Não entristeças por estar par ndo; Cuida que dormi, julga que remida, Minh'alma volta pro seu mundo infindo. Quando eu me for, cul va a paciência! Sê tolerante, explora a complacência! Na lucidez que ainda tens doutrora.

Quando eu me for, não tenhas piedade! Não faças caso da fatalidade: É um “novo ser” que se liberta agora! (P.S. de Dória)

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ATRELA

ALERTA

ATRELA

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Que orgulho! Meu Brasil verde-amarelo E outras cores mil. Que vergonha! Meu Brasil pálido e sujo, Desgovernado e hostil. Que orgulho! Meu Brasil alegre frevando, Forrozando e sambando... Que vergonha! Meu Brasil triste chorando, Desesperado gritando... Que orgulho! Meu Brasil que estuda e aprende, Que constrói em qualquer lugar... Que vergonha! Meu Brasil analfabeto, sem escola, Sem futuro e sem casa pra morar... Que orgulho! Meu Brasil belo, faceiro, bem vestido E alimentado que gosta de viajar...

Quaresma

BRASIL CONTRADIÇÃO (POEMA)

Boa tarde gente linda, amiga e irmã, de Por Elizabete Costa todas as cores, filosofias, religiões e gêneros. (do perfil do facebook) A vida é linda, as mudanças são constantes, os momentos passam, os movimentos se renovam, o homem cresce e amadurece, toma consciência de sua importância perante as responsabilidades e deveres para com sua marcha e história... Os rumores dos movimentos populares atuais despertaram em mim lembranças de outros movimentos, ainda no século passado... Lembro as dificuldades de locomoção das camadas menos privilegiadas Que vergonha! para uma viagem de emergência ou passeio, Meu Brasil feio, acanhado, nu, faminto acesso à escola, terras para cul var... Tanto é Desolado que não consegue caminhar... que em determinado momento ousei Que orgulho! documentar, na década de 80, páginas nos Meu Brasil um “Continente”, tanto campo Tanta gente que gosta e sabe plantar... meus arquivos par culares, nascida de minha Que vergonha! indignação momentânea, entre as quais está: Meu Brasil “gigante frágil” que nega as suas terras Brasil Contradição. Para o pobre brasileiro que gosta de trabalhar. Que orgulho??? Que vergonha!!! Meu Brasil é um “fantoche”, é um pobre, um diabo Sem governo a governar... Na alternância do orgulho e da vergonha brasileira, sentimos a ferida dolorida de uma nação mal amada e desgovernada. Apesar de tudo que já vivi, vi e ouvi, acredito nas mudanças que se farão a seu tempo ditadas pela consciência de ser, amar e servir... 9


por Rau Ferreira*

DIAS DE PERSEGUIÇÃO POLÍTICA Corria o ano de 1947. Esperança vivenciava dias de perseguição polí ca. O recém-nomeado delegado (em subs tuição ao Tenente Napoleão) passou a perseguir os pessedistas. Assim os correligionários do PSD eram chamados à delegacia como forma de coação e sofriam as mais diversas formas de in midação. Fora determinado o “toque de recolher” após as 23 horas, o que era sinalizado pelo toque da Matriz. Após esse horário, era proibido inclusive o trânsito na cidade. Ví ma de truculência e arbitrariedade, Francisco (Chico) Souto foi ameaçado de prisão pelo simples fato de ter censurado as a tudes arbitrárias e truculentas do delegado. O próprio prefeito chegou ao ponto de constranger os seus adversários ameaçando de sacar de uma arma em praça pública. Três outros comerciantes sofreram as mesmas retaliações a ponto de algumas famílias falarem em abandonar o município. As denúncias foram apresentadas por Severiano Pereira da Costa e Francisco Bezerra ao Presidente da Câmara Federal, Deputado Samuel Duarte, que possuía ín mas relações com o nosso Município e nha esta cidade como seu principal reduto polí co. Estes fatos mo varam a adesão de Chico Souto à polí ca, assumindo a direção do PSD em Esperança (1957) e, elegendo-se Deputado Estadual na eleição seguinte (1958) com 87% da votação, permanecendo no cargo por mais duas legislaturas (1962/66). Cassado no início de 69 pelo Regime Militar, através do AI5,abandonou a militância polí ca. A sua atuação foi marcada na defesa dos interesses de Esperança.

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História Esperancense

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O Mundo e suas voltas

A saudade é um bicho selvagem, às vezes até bruto, que a gente tem a mania de domes car, trazer pra casa e às vezes alimentá-la. O mês de junho ainda nem chegou, mas o frio do inverno já tá se mostrando chegando a quinze graus. Junto com ele vem o cheiro da terra molhada e as vontades do bicho selvagem chamado saudade. Os sons já se mostram alterados, é sanfona nos carros de som na rua, as barracas de quentão que já estão instaladas no comércio, anúncios de festas com sanfoneiros da terrinha, cheiro de fogos no ar. E já tem até milho verde na feira central.

por Ana Débora Mascarenhas

SAUDADE DOMESTICADA

Saudade domes cada: Pamonha e canjica Uma ida ao centro da cidade é mo vo para trazer pra casa esse bicho domes cado. São lembranças de tempos passados, são desejos que se apoderam dos sen dos e minha alma forasteira viaja nos cheiros e sabores desse período de festas que se aproxima. E nas voltas que o mundo dá a gente sem querer alimenta a saudade, corre pra dançar um forró, comer comida de milho que agora não tem mais o sabor do preparo na casa da mãe. E os forasteiros daqui que vieram de lá, se reúnem para alimentar o animal que domes camos. 11


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Galeria Contemporânea

Presos na caminhada

Veja mais em: 12

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