Lautriv Mitelob - BV032

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BV032 Bole m Virtual lautriV miteloB

Reeditadas,

Editores Evaldo Brasil e Rau Ferreira Origem do Conteúdo Blogs, Sites; e inédito.

Google Maps e

Banabuye de Esperança - Parahyba - Brasil Arte, Cultura e a História da Nossa Gente. Fundado em Junho de 2013 Nº 032 - JUL/AGO15

Esperança

EVALDO BRASIL - Em abril re rei da rede o blog dedicado aos POSTAGENS DISPONÍVEL: Com tulo, ano, crédito, legenda etc. cordéis e poemas espiritualistas “iniciaiC49”. Transferi as Aniversário do Sarau (2015-Evaldo Brasil, Montagem) postagens para o “evaldobrasil.blogspot.com.br”, este mais Arredores do Bene cio (2014) an go e po “geleia geral”, permi ndo postagens das mais Assentamento Bela Vista (2012) diversas. Desde então, dedico o an go espaço virtual, Assentamento Cícero Romana (2014) renomeado “reeditadas.blogspot.com.br ” à Barragem Araçagi (2014 e 2015) postagem/publicação de imagens rela vas à Esperança, sua Campo da Rodoviária 1 sede e sua Zona Rural. (2008-Desconhecido, 2013-2014-2015-Evaldo Brasil) Inspirado nas exposições que par cipamos nos 70 anos Distrito de Massabielle (2014) de emancipação polí ca do município, em 2005, onde a Caixa Distrito do Pintado (2008-Evaldo Brasil, 2014) Econômica e o Banco do Brasil foram os locais escolhidos para IFPB (2014 e 2015) a reunião de imagens da Esperança de ontem e de então; III Comed (2015-Evaldo Brasil e Emerson Santos-Secom/PME) inspirado ainda na exposição dos 80 anos no Museu Lagoa de Pedra (2014) Temporário, e aproveitando a facilidade que as redes sociais e Lajeiro da Capelinha etc. a net em si nos oferecem, optei por reunir imagens, ora (1971 ou 81-Sargento Oswaldo, 2010-Secom/PME, 2012 e 2015) dispersas ora não vistas, já disponíveis na rede e organizá-las Logradouro e Bananeira (2014) da melhor forma possível. Região de Capeba (2015) Assim, o Google Maps é a fonte de 16 postagens, vez Região de Carrasco (2012) que hoje a resolução das imagens de satélite que São Marcos e Rogaciano (2014) disponibilizam já nos permite, em alguns pontos, recortes na Serrote dos Cocos (2014) escala de 20m. Daí, as postagens de 48 imagens que se Um peixe fora d'água (2015-Evaldo Brasil) seguem, publicadas desde 17 de abril, incluindo atualizações Usina de Lixo (2012 e 2014) posteriores. Do total de 20 postagens, além da categoria Vila Olímpica (2010, 2012, 2014 e 2015)


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A RUA DO IRINEU (psdedória*) Subí, desci, tantas vezes essa avenida Na cadência ritmista dos meus passos De infante, convertendo em abraços As contendas e intrigas desta vida...! Dei meus passos sem ferir essa cadência Do "tinir" duma bigorna, por destino, Escutand' o "tingo" "tingo" em sequência Do ferreiro "Severino de tim tino".

MEDO NO CORETO

Medo no Coreto

A Rua do Irineu

FOTOS: www.reeditadas.blogspot.com.br Visite o blog e veja outras de diversas fontes

Sonetos ilustrados

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Morava perto, na casona da esquina, Cruzamento das garagens, de despachos... Procurava notas e tampinhas de garrafa Meu cabelo loiro balançava aos cachos... −É perto da igreja, vamos pra lá!? Tem muitas notas, o povo bebe e fuma Tem prata de tampinha pra gente brincar Garanto a Hollywood, pelo menos uma...

Se'ra ele, se Mourão, se Daniel, Já não lembro qual dos três tinha o papel De malhar com tanto esmero o ferro ardente.

Debaixo da mesa a perna de pau pintada E o homem arrancava a pele falsa −Eca! Que nojo! Tive medo da desgraça!

Só me lembro da bigorna o seu tinido E do fole que soprava compelido O braseiro que ardia o ferro quente.

−Vamos pra casa ou pra outra praça? Nesse coreto não vai dar pé Além do perneta, tem o Nego Dupé!

*Março de 1985, perl Pedro Dias do Nascimento no facebook.

26 de julho de 2015 Evaldo Brasil


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Bodega,

JOÃO BATISTA BASTOS - Eis aí o retrato do sistema comercial das décadas de 50 e 60. A mercearia não nha razão social, mas isso não era interessante para a população. Era o sistema de "budega" que predominava em todo o Nordeste brasileiro, principalmente nos recantos interioranos da nossa Paraíba. A bodega não nha nome, mas recebia o nome dado pelo cliente que era o nome do dono daquele negócio. Eram dezenas de bodegas espalhadas por quase todas as ruas de Esperança. No centro da cidade, situavam-se as bodegas mais equipadas, consideradas modernas, "Chiques", como a bodega de seu Pedim, onde se encontrava o melhor queijo da região,vindo do Sertão e da região caririzeira. Queijo de Coalho e Queijo Mantega, manteiga de garrafa e tantos outros produtos que atraiam a melhor freguesia da cidade. Seu Pedim, como era conhecido, Pedro Alves Sobrinho, nascido na região de Lagoa de Pedra deste município. Logo cedo seus pais vieram morar na cidade, instalaram-se na avenida principal, a Manoel Rodrigues de Oliveira, residiram ali, até a ex nção de seus pais, todos casaram e foram residir fora de Esperança. Todos viveram do comercio, mercearias, porém, seu Pedim teve maior destaque, desenvolveu no ramo de cereais.

um antigo sistema comercial

A foto em destaque apresenta-nos uma noção de como era organizado aquele sistema comercial, hoje, em decadência, face ao aparecimento do sistema de supermercado. Seu Pedim, do lado direito, e seu irmão, Alfredo, do lado esquerdo, de chapéu, trabalhavam juntos. Todos faleceram, e com eles, o sistema comercial. Fonte: http://revivendoesperancapb.blogspot.com.br/ 3


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Escravos de Escravos de Jó jogavam caxangá Os escravos do Jó, eu realmente não sei quem são, mas me apreciam meio preguiçosos, haja vista que Jó – personagem bíblico do Velho Testamento – era o homem mais rico da Terra de Uz, região onde hoje se encontra o Iraque. Ele possuía sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de bois e quinhentas jumentas, mesmo assim seus referidos escravos, ao invés de c u i d a r d a c r i a çã o d o p at rã o, preferiam jogar (no sen do de a rar) caxangá, que segundo informações, era um crustáceo bem parecido com o caranguejo.

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ANGELO ROCK DESCONSTRUINDO CANÇÕES INFANTIS

Tira, põe deixa o Zé Pereira ficar Me parece que as brincadeiras com o c o i ta d o c a xa n gá , b e i rava m o sadismo, quando os escravos, vagabundos, de Jó, deveriam enfiar o pobre animal, dentro de algum ori cio, sabe-se lá onde, e re ra-lo, repe ndo o leviano ato por várias vezes. Não se sabe muito sobre o envolvimento do senhor Zé Pereira, que possivelmente seria um re rante nordes no, saído das terras de Taperoá, na Paraíba, mas tudo indica que poderia ser o “chefe” dos escravos arredios e que incen vava a brincadeira, com o crustáceo (onde estaria o IBAMA uma hora dessas?)

Guerreiros com guerreiros fazem zigue-zigue-zá Guerreiros com guerreiros fazem zigue-zigue-zá Essa úl ma estrofe só confirma o que toda canção, demoníaca, indicara: eles realmente se diver am a rando o animal uns nos outros e para tentar se livrar das agressões, que nham como arma usada o pobre caxangá, faziam zigue-zague, desviando-se do animal, em papel de bala lançada, provocando assim a queda do animal, dezenas de metros a esmo.

Texto: h p://conversando123.blogspot.com.br/ Imagem de Jó: www.bibliaonline.net


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RAU FERREIRA - Quando visitei o Museu de Arte Sacra em Areia, no começo de 2012, observei naquela casa de memória algumas reproduções de pedras de mosaicos bem an gos. As peças são expostas com orgulho em material gráfico. Para mim não era nenhuma novidade. Aquilo que se exibia em Areia era visto com frequências em algumas casas aqui em Esperança. Quando residi na Rua Grande e meu avô materno trocou o an go piso de cimento queimado por mosaicos, foram colocadas pedras ainda frescas, advindas da fábrica de seu Edmilson Nicolau, localizada na Rua do Sertão (foto) que produzia, além dos ladrilhos hidráulicos, jolos, colunas e trilhos. O mestre era Zezito do Mosaico. Na ausência de um museu em Esperança, onde estes pudessem ser expostos em pedra-viva, apresento alguns que foram fotografados na Biblioteca “Dr. Silvino Olavo”, na Associação das Amigas do Lar e em outras residências que ainda mantém íntegro os seus pisos mosaicos.

Mosaicos

Esperança em

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Outros Poemas

Banabuyé, 22 de julho de 2015. Rau Ferreira 6

Por onde andas? Que não ouço teu passo leve Já não sinto o teu calor, Já não vejo a constelação Que é o teu sorriso? Então me vejo em teus olhos Os tambores do lado esquerdo do peito Entram em festa Tu colocas o teu ouvido sobre ele.

Evaldo Brasil (150314)

Como símbolo de boa sorte A canoa entrou no mar!... Um corpo, a canoa e o mar; Um velho marinheiro a navegar - em sua última jornada – De mãos postas ao céu desejar Que a maré cheia ao levantar Levasse também seus pecados Para o mais profundo do mar.

O meu casulo é o meu cafofo, castelim... mas até nele às vezes me vejo sem mim.

Como um símbolo de boa sorte Ela jogou ores ao mar!... A areia, o vento e o mar Completavam aquele cenário, Com as luzes que vinham de toda parte; E as ondas no vai-vem danado - Que a todos eles encantava – Brilhava com o sol de marte Quebrado, poente e avermelhado.

DÍSTICO

NAVEGAR É INEVITÁVEL

E NAS VOLTAS QUE O MUNDO DÁ I

Nessa hora as borboletas Incandescentes Batem asas em meu estômago Já não sei onde é o começo e o m de nós Comovo-me em excesso - como Graciliano Por natureza e por ofício. Acho medonho alguém viver sem paixões... A nossa trila sonora vai seguindo no carro. E nas voltas que o mundo dá, Eu sou dependente de sua química (como se você não soubesse). (ADM, VC, por EB, E, em 28/11/14)


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imagens

IMAGENS ANA DÉBORA MASCARENHAS - Quando adolescente, eu nha uma amiga que era bibliotecária do colégio, seu nome, Conceição era uma dessas pessoas que deixa os problemas de lado pra dar boas risadas e todas as noites quando nha uma horinha vaga, lá estávamos nós duas a sorrir. Ela gostava de desenhar, (coisa que nunca levei jeito). E encheu um caderno meu de desenhos seus. Esses dias a encontrei virtualmente. É nessas horas que a gente percebe que amigos são tesouros e o tempo é só um detalhe. E como a gente guarda o que bom, fica a prova desses guardados. E nas voltas que o mundo dá, a gente sempre se esbarra pelas ruas longas da vida com pessoas que vêm e que vão, algumas deixam um pouco de si outras levam um pouco de nós. E como disse Chaplin:

«...

Durante a nossa vida: Conhecemos pessoas que vem e que ficam, Outras que vem e passam. Existem aquelas que, Vem, ficam e depois de algum tempo se vão. Mas existem aquelas que vem e se vão com uma enorme vontade de ficar...

...»

Fonte: http://asvoltasqueomundodar.blogspot.com.br/ 7


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C49-185

Treinando pra ser poeta

FIC atento! 8

I Brincando com as palavras Para ser um rimador Foi assim que comecei Sem ser improvisador A contar causos e fatos A fazer os meus relatos Com o olhar de explorador II Explorador das palavras Cafetão do pensamento Explorando essa lavra Vou deixando testamento Ao contemplar o devir Ao construir um porvir Com ar de devotamento III A rima que vem e ca É um tanto de inspiração Outro tanto de trabalho De sentimento e razão E se for simples o verso Reito e não tergiverso Como em loa ou louvação

IV Então encontro com elas E elas comigo falam Revelam-se feia' ou belas Aqui e ali se calam Mas sempre dormem comigo Eu sempre lhes dou abrigo É assim que se declaram V A sina que aqui se expõe De aparente piração Embolada ou atrapalho Desentendida ou sem razão Se não for ato perverso E sugerir um progresso Já me traz compensação VII VI Se explorar as palavras E se o poeta a poetar Também escolher por sina Fizer rimas no papel Dá de garra da caneta Com esforço e ousadia E começa a fazer rima Feito afoito no rapel Combina, tenta, escreve Um soneto se faz belo Lê, relê, reescreve... Acróstico sai do prelo Sai de baixo e vai pra cima Ou dá cria a um cordel Evaldo Brasil, 2015


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