Lautriv Mitelob - BV033

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033 Bole m Virtual lautriV miteloB

Editores Evaldo Brasil e Rau Ferreira Origem do Conteúdo Blogs, Sites; e inédito.

Banabuye de Esperança - Parahyba - Brasil Arte, Cultura e a História da Nossa Gente. Fundado em Junho de 2013 Nº 033 - AGO/SET15

Sarau d’Agosto, Sarau do EMAC: Uma tarde de reencontro

Um desabafo que veio à tona PS. de Dória PS. de Dória

O legado de Zazá Bezerra A feira de Esperança em várias épocas

Rau Ferreira

João de Patrício

FOTO: Evaldo Brasil


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A feira de Esperança em várias épocas revivendoesperancapb.blogspot.com.br

POR JOÃO DE PATRÍCIO - Tudo mudou em Esperança. Nada mais é como era an gamente. A feira da cidade, uma das mais tradicionais e movimentadas da região brejeira e das mais frequentadas por pessoas de outras cidades, atraídas pela qualidade da carne e variedade de frutas e legumes, fazem suas compras semanais, costumeiramente. Na foto acima, a primeira, revemos o panorama da feira de Esperança, na década de 60. Pelo arrojo de pessoas acotovelandose, nos dá a idéia do que era a feira do sábado. Três detalhes interessantes que visualizamos na primeira foto, que nos mostra o uso de balaios e cestos, e, as barracas cobertas com lona. Na segunda foto, outro fato marcante: A feira era realizada na avenida Manoel Rodrigues, 2

reeditadas.blogspot.com.br

destacando-se a esquina da Prefeitura e na outra esquina, o an go “sobrado” que pertencia a seu Genésio Cândido, onde nha, em sua esquina, a “bomba de g a s o l i n a ”. N a e s q u i n a d a Prefeitura, o ponto de parada de ônibus, o ponto de par da para Campina Grande. O único ônibus da cidade era de seu Neco de Jonas. Na ul ma foto, a mais atual, data do ano 2000, há 15 anos, a mudança da feira para a frente do campo do América, onde existe até os dias atuais. O detalhe da mudança é que as barracas são cobertas com lonas sinté cas, coloridas. Quem viveu essa época e que mora fora de Esperança, há bastante tempo, não imagina quanta mudança já houve em nossa cidade. Fotos à esquerda e texto original: Revivendo Esperança

Acima Feira de Panelas em Cartão Postal comemora vo 80 Anos de Esperança Abaixo, anos 70: Feira na Solon de Lucena

E em 2013, na Rua Maria Bezerra.

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O legado de RAU FERREIRA - Recebi o livro “Zazá – um homem ou um mito?”, de autoria do Bispo Bruno Rocha, seu ilho. A portadora – Ir. Robé ria – me trouxe o exemplar autografado, com uma anotaçã o na dedicató ria: “para manter viva a histó ria de Esperança” (essa é uma grande responsabilidade, devo dizer). A leitura me foi agradá vel, tanto que em poucos minutos havia acabado e, em pleno ê xtase, comecei a escrever essas poucas linhas... Lembro-me de Bruno, de sua amizade com meu primo Darlan, de Dona Aderita, sua avó ; do Grupo Irineu Jof ily, da casa de Vô Dogival. Quantas lembranças!... Conheci Zazá , honesto e ın ́ tegro. No meu ofıćio quando parava no Sıt́io Timbaú ba para me informar de algum vizinho, desse ou daquele sitiante, respondia sem titubear, mostrando seu cará ter irme e determinado que nó s tanto admirá vamos. Nã o o considero uma pessoa “ignorante”. A ignorâ ncia é um mal daqueles que nã o tem ciê ncia. Zazá era um homem culto, conhecedor d o s e u m i s te r ; p o d i a Se entrou ou não de cavalo em casa, isso é irrelevante face ao seu testemunho extrair da terra o melhor, de cada plantaçã o um para a comunidade evangélica. superavit. Mas, acima de tudo, Zazá foi o homem

«o»

Bezerra mais inteligente que já conheci, pois optou por uma vida dedicada ao evangelho, que abraçou logo cedo para a sua salvaçã o e de sua famıĺia. Como diz a Sagrada Escritura: “Eu e minha casa serviremos ao Senhor”. Nã o há outro gesto de maior sabedoria, de abnegaçã o. Foi e sempre será um exemplo de fé , enfrentando nã o apenas as tentaçõ es do mundo, como també m uma doença que alguns temem até mesmo pronunciar-lhe o nome: câ ncer. Nessa perspectiva – de homem cristã o – o mito Zazá é tã o ın ́ imo que parece até desaparecer diante de sua grandeza, de sua conversã o. As estó rias já tã o conhecidas dos esperancenses, e na sua maioria invencionices populares, nem de longe alcançam a verdade que foi Zazá : excelente pai e esposo; honrado cidadã o, cumpridor de seus deveres, e bom cristã o. Se entrou ou nã o de cavalo em casa, isso é irrelevante face ao seu testemunho para a comunidade evangé lica. Tenho certeza – isso sei – que o irmã o Zazá entrou no cé u pela porta da frente. O seu legado aı ́ está : a igreja que ajudou a construir, o episcopado do ilho Bruno, uma famıĺia devotada à caridade e ao anú ncio de Jesus. Salvou a si mesmo, e salvou aos seus. Quer sabedora maior que essa?

http://historiaesperancense.blogspot.com.br/2015/08/o-legado-de-zaza-bezerra.html

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Sarau D’Agosto Ata do Sarau do Fórum Independente de Cultura-FIC, Edição 2015.7, em 22 de agosto de 2015, na Câmara Municipal de Esperança. Após a úl ma das assinaturas dos presentes, lavraremos um registro, po ata. (Ass).

Aspecto do início do sarau. FOTO: Evaldo Brasil.

de 41, conforme lista de presença, a atração da noite iniciou sua função, p e r m i n d o intervalos a cada duas músicas. A c a d a pequeno intervalo, Chicão de Bodocongó diz Augusto dos Anjos. Evaldo Brasil, Chicão de Bodocongó, membro da Casa do Poeta I s m a e l l Fe l i p e O Brasileiro-Poebras/CG, o professor Bardo, Leandro Francisco Metri. Costa e o menino Dentre os trabalhos Davi Menezes se FOTO: R. Menezes. apresentados, na música, do pop revezaram dizendo poemas, cantando e rock nacional ao cancioneiro tocando violão, contando causos e piadas. regional, passando por român cas, Registramos a presença e parceria com a versões e trabalho autoral; dentre Associação Afro-cultural Quero Mais, na pessoa os poemas, diversos em es lo de Marquinho Pintor; com o Megafone Soluções moderno, acrós co, e em cordel, Culturais, nos dois casais presentes, e do incluindo “Augusto”, “Soneto de Cordel I”, dando as boas vindas, “Se essa rua fosse minha” e “De quando a Alaursa foi às forras com o Homem-nu”. Historiando momentos das artes em Esperança, citando figuras como Seu Ti co, convidamos

“Senhoras e senhores por aqui/ De pouca idade, de algo mais/ Estou feliz por vocês, por mim/ Por aportarmos neste cais... (...)*” com estes versos recebemos aos presentes no Sarau do FIC 2015.7 D'Agosto realizado por inicia va do Grupo Virtuosi em parceria com o Fórum Independente de CulturaFIC. Depois de falar um pouco desta inicia va para velhos e novos par cipantes, num total Parte dos presentes e Leandro Costa com trabalho autoral 4


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Sarau do Grupo Virtuosi

Clêrton Mouro, levantando o moral.

a todos para o Encontro Municipal de Arte e Cultura-EMAC 2015, que FOTO oficial do sarau: Evaldo Brasil. OUTRAS: Helton Meireles, para Megafone Soluções Culturais. acontece(u) na tarde de terça dia Campina Grande; e Clêrton Moura parabenizou se consolidar, citando Adriano Homero e o 25, no Ginásio de Esportes Severino nossa inicia va, firmando parceria para os Poder Execu vo Municipal. Ramos Pereira, “O Ninão”. próximos momentos. Chicão de Bodocongó convidou a todos Momento em que Leo Guerra se fez presente, em pleno para o Sarau da Poebras, na noite do próximo parabenizamos Beilza Pessoa pelo aniversário; Severino do Ramo fez percussão; pais e sábado, 29, no an go Museu de Artes de trabalho no Serviço de Convivência filhos confraternizaram. E e Fortalecimento de com citações da Saga da Vínculos (SCFV-an go PETI), Amazônia e de Silvino que têm levado crianças de Olavo, como registro de E s p e r a n ç a a s e amigos ausentes, Carlos apresentarem no Teatro Almeida e Rau Ferreira, Municipal Severino Cabral, encerramos esta edição do de Campina Grande. Sarau. Evaldo Brasil, Quando também Câmara Municipal, informamos do Sistema Esperança, 22 de agosto de Municipal de Cultura-SMC, 2015. em sua segunda tenta va de Severino do Ramo faria percussão e Ismaell Filipe diria acróstico. 5


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O BAOBÁ SOLITÁRIO (Agora, temente à vida).

Outros Poemas

Diante dum cenário em calmaria, Um Baobá que se apresenta ao mundo! Exuberante, contrastando ao fundo O céu azul e branco em plena luz do dia.

O INSETO QUE LEVA O VENENO DAS PESTES AO CÁLICE DAS ROSAS PURAS EU DECRETO Eu decreto, eu decreto Alegria; Eu decreto, eu decreto Diversão; Eu decreto, eu decreto Harmonia; A todos, a todos, cidadãos. Eu decreto, eu decreto Simpatia; Eu decreto, eu decreto União; Eu decreto, eu decreto De dentro do meu coração Um belo dia pra você, amigão! Hauane Maria 6

PEQUENO DIÁLOGO

Minhas amigas! Há uns tantos Que vêem um sentido mau nos versos lindos - Que horas são? - Não sei Que eu vos desfolho como os Gregos desfolham acantos - Obrigado Sobre a cabeça das suas virgens. Não há de que. Esses que dizem que os meus versos empana - Quanto custa? Voss'alma de crystal, Virgem Parahybana; - Não está a venda - Virgens que eu corôo de rosas e de versos! - obrigado Esses que vêem, em chamas sempre acesas, - Não há de que. No vosso altar de Vesta o meu culto pagão, - Onde estou? Certo já vos levaram ao ouvido - não sei obrigado Que há nos meus versos outro sentido - Não há de que. Que não seja o de tapizar-vos o chão - Com quem falo? Que pisardes, de rosas, como se fôreis princesas... - Com ninguém Ora! Mas esses são criaturas - Obrigado Tão abjetas como aqueles insetos - Não há de que. Que levam o veneno das pestes Ao cálice das rosas puras... Chicão de Bodocongó João da Retreta – s. o.

Campina Grande, 13 de agosto de 2015 Às 13h01min

É o Baobá que se lhe anuncia... Sem voz, emudecido, moribundo, Temente agora ou a qualquer segundo Tombar por terra: “morte de agonia”. Se por machado for a sua sina... O quinto golpe logo lhe extermina, Pois sua seiva verterá do tronco... Se de uma serra o corte for certeiro... - Melhor que seja - pois tomba primeiro Que aos golpes rudes do machado bronco. PSdeDória A vida não vale nada Tu também nunca valeu A vida é assim mesmo Morre tu e morre eu (Desconhecido) Recolhida por Lanco Pintor


(Se sabem fazer a hora, é certo que não demora)

Sonetos de Cordel II*

ANA DÉBORA MASCARENHAS - Gosto de sair pela cidade de vez em quando. Geralmente acumulo os afazeres pra ir de uma vez só. E andando pelas suas avenidas vejo como cresceu desde que cheguei aqui. Agora há um projeto em andamento de plan o de quinze mil árvores entre Pau Brasil e Ipê. A cidade ficará linda, tem crescido muito e ganhado novas esculturas. Semana passada eram vinte mil pessoas a mais por aqui devido ao Fes val de Inverno. Com a proximidade da Semana Espírita, outro grande evento, a cidade permanece cheia, tem gente de todas as tribos. A parte ruim da história é que tem fila pra tudo, em lojas, restaurantes e b a n c o s . To d a v i a , e l a c o n n u a acolhedora. Já se foram agora dezesseis anos de convivência com os na vos, povo às vezes acolhedor às vezes nem tanto. E seguimos essa estrada conhecendo novos amigos, novos caminhos e crescendo juntos. Enfrentando filas para conseguir agradar o grandão que nunca quer nada de presente, mas eu insisto assim mesmo. E nas voltas que o mundo dá, Conquista ainda anda conquistando muita gente de fora; novas paisagens vão tornando essa moça de cento e poucos anos na joia do Sertão Baiano da ressaca. E vou ficando por aqui.

CORDEL 49-188

Andanças

I Senhoras e senhores por aqui De pouca idade, de algo mais Estou feliz por vocês, por mim Por aportarmos neste cais... Se assim optamos nesta noite Apesar de seu frio açoite... Isso me aquieta, deixa em paz. II Um desao se coloca adiante E apesar das lutas já perdidas De perceber o lado relutante Nenhuma apólice garantida... Outra vez surge oportunidade Desta pode vir viva cidade Pra quem na arte vê guarida. III Senhoras e senhores assim Podemos tocar um barco Que apesar das intempéries Pode endireitar o arco Da mesmice e da maldade Da pouca vez da identidade Que só nos torna mais fraco'. IV Um desao se coloca adiante E apesar de toda luta vivida É sempre começo, rompante De barreira, demanda reprimida Quem sabe que faça a hora E M A C Esse momento é o agora 2 0 1 5 NO NINÃO De dar vazão à reprimida. SARAU DO FIC VIRTUOSI

V Senhoras e senhores por m Preparem vozes e ouvidos Seus poemas e canções Pros artistas promovidos Cada um assim assiste Cada um assim existe Para ouvir e ser ouvido VI Pro desao que se coloca Diante das noites frias Encontramos nesse abrigo As tristezas e alegrias Se sabem fazer a hora “É certo que não demora” Sem os riscos das orgias. VII Senhoras e senhores Assim neste novo espaço Que se abre para a arte Convido a romper o laço Sejamos todos artistas Vamos construir as pistas Pro cantador, pro palhaço.

Se assim optamos nesta tarde/ Apesar do sol que arde... Evaldo Pedro da Costa Brasil, Entre 10 e 22 de agosto, 2015

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*Cordel produzido a par r de 03 sonetos montados com 02 sé mas, tornando-se 49 com a final. Dito nas aberturas do Sarau e do EMAC com adaptação dos versos da 2ª estrofe

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RESQUÍCIOS DE HISTÓRIAS

Um desabafo que veio à tona PSDEDÓRIA - É-nos de grandiosa valia e ficamos eternamente gratos à a tude corajosa e abnegada de uma mente que direciona seu corpo a se debruçar sobre o parapeito de uma janela fic cia de onde se avista adormecida a história do nosso passado. Ao longo de décadas, jamais houve na terra de “Banabuyé” mentes outras ditas “intelectuais”, interessadas e capazes de tal a tude. Não muito longe o tempo, há exatos vinte e cinco ano atrás, necessário foi que um estranho à nossa terra, o senhor JOÃO DE DEUS MAURÍCIO, pesquisador e biógrafo nascido na cidade de Pilar, terra da esposa de Silvino Olavo, vesse a inicia va de gerar o primeiro encontro do leitor, em especial de leitores esperancenses, com a biografia do nosso saudoso Poeta, ressuscitando-o na sua plenitude através da sua importante e magnífica obra “A VIDA DRAMÁTICA DE SILVINO OLAVO”. Em Esperança, polí cos e poderes públicos cons tuídos, ao longo dos anos permaneceram na inércia, na mesmice de sempre, indiferentes a tudo que se disse respeito quando se tratou do resgate da memória dos filhos da terra, o que se nos parece permanecer assim, no tempo e no espaço. “E assim, sempre foi a vergonhosa e decepcionante falta de interesse pelo passado da nossa história”. Não faz muito tempo, sabe-se, há pouco mais de trinta anos

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FIC atento!

passados, Roberto Cardoso, um jovem esperancense, sem nenhum apoio da sociedade civil nem de órgão público algum da terra (que se diz cons tuído), numa a tude nobre e corajosa, lançou-se por sobre um projeto que nha como obje vo resgatar a memória literária, então adormecida, do nosso vate maior, o Dr. Silvino Olavo. Seria a bem vinda reedição dos seus dois primeiros livros de poesias juntos, “CYSNES” E “SOMBRA ILUMINADA”. Sabe-se, também, o município indiferente à causa, permaneceu omisso. É inconcebível ver polí cos a quem nós elegemos e a quem pertencem os poderes públicos, alheios a uma inicia va tão valorosa e tão justa. Quiçá, muitos esperancenses, ainda hoje, não tenham conhecimento do resultado decepcionante e do prejuízo financeiro a que se submeteu esse rapaz, exatamente por falta de incen vo cultural-financeiro por parte das autoridades municipais competentes da época. Hora, não vivenciamos aqui um texto apócrifo, haja vista a veracidade do acontecido está intrinsicamente ligada ao resultado do fato. Não é de se estranhar dizer que antes, e até depois de o Poeta Silvino Olavo aparecer para residir defini vamente em Esperança, em companhia dos seus familiares no ano de 1952, pouquíssimas pessoas da cidade de Esperança sabiam alguma coisa a respeito do seu passado, e porque não dizer, tristemente, o conheciam apenas como o “doido” Silvino Olavo.


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Os estudantes da época, salvo raríssimas exceções, inclusive este que vos relata, jamais ouvira falar num único soneto seu; sequer nha conhecimento a respeito, da sua influência polí ca, dos seus livros de poesia... da sua infeliz trajetória. Fatos que só vieram à tona certo tempo depois. O que vivenciávamos naqueles idos eram os poetas consagrados de outras terras, principalmente o nosso paraibano “Augusto dos Anjos” com os seus majestosos e polêmicos sonetos, alguns dos quais sabíamos proferir a qualquer momento e até hoje. Éramos acéfalos? Não nhamos memória? Não! Mas, apliquemos esses distúrbios às autoridades municipais da época que não atribuíam a menor importância nem nham o menor interesse em reverenciar e muito menos fazer busca sobre o passado dos ilustres filhos da terra. E assim, infelizmente, perdurou por longo tempo! Em Esperança, por imemoráveis anos, polí cos e poderes públicos cons tuídos, sempre permaneceram na inércia, na mesmice de sempre, indiferentes a tudo que se disse respeito quando se tratou do resgate da memória dos filhos da terra, o que se nos parece permanecer assim, no tempo e no espaço. “E assim, reitero, sempre foi a vergonhosa e decepcionante falta de interesse pelo resgate do passado da nossa história”. Somente há pouco tempo, com o acontecimento do centenário do Dr. Silvino Olavo, no ano de 1997, outro jovem pesquisador esperancense, Marinaldo Francisco de Oliveira, teve a feliz e grata ideia de publicar “BADIVA” Poesias inéditas, desta feita, parece-nos, com a colaboração de empresários da terra e com o

apoio da Secretaria de Educação da Prefeitura, na gestão do Prefeito Arnaldo Monteiro Costa, em cuja apresentação mostra-se sensivelmente adepto à cultura e ao resgate do nosso passado. Tomara, se outros vierem, con nuem sensíveis à causa! Também agora há pouco, menos de cinco anos passados, desafiando o mesmo propósito e correndo o mesmo risco, sabe Deus como, a ra-se de corpo e alma, assis do pelo seu dileto companheiro de jornada Evaldo Brasil, o jovem Advogado, pesquisador, escritor e poeta Rau Ferreira, buscando e nos trazendo dos porões de tempos longínquos a essência daquilo de que ficamos tão carentes por tanto tempo em outras eras: O seu brilhante livro “Silvino Olavo”. Lendo-o, observam-se, as pesquisas foram profundas, muito além das nossas expecta vas, em todos os sen dos, adentrando em diversificados setores por onde trilhou e de onde o nosso Silvino era elogiosamente aplaudido e reverenciado pelos seus ilustres e intelectuais contemporâneos e porque não dizer, fazendo uma extensa varredura do campo real no que se diz respeito à vida passada do nosso nobre poeta. Não paremos por aqui ainda! Pesquisar é preciso! Pois, em dias futuros poderão surgir novos conhecedores de fatos novos, e neles, possíveis e memoráveis surpresas! Parabéns, Rau Ferreira! Parabéns Esperança, pelo memorialista e ilustre filho que veio à luz em Campina Grande! João Pessoa, agosto de 2015.

FIC atento!

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REGISTRO

EMAC: Uma tarde de reencontro

«Encontro de Arte e Cultura reflete aprendizado na escola» SECOM/PME - Centenas de alunos par ciparam, na terça-feira (25/08), do Encontro Municipal de Arte e Cultura 2015 (EMAC). O evento foi realizado pela Secretaria de Educação no ginásio “O Ninão” e é considerado um projeto que valoriza as tradições nordes nas e o folclore regional, o qual é comemorado no mês de agosto. Para o (ex)secretário municipal de Educação, João Delfino Neto, o evento mostra que nossas crianças e adolescentes recebem todo o aprendizado nas escolas sobre a cultura popular. “O EMAC é uma apresentação brilhante de tudo que foi aprendido durante todo o ano em nossas ins tuições”, destacou o secretário. Também pres giaram o evento o prefeito Anderson Monteiro, diretores, professores, pais e mães de alunos. Quem abriu as apresentações foi o a vista cultural Evaldo Brasil, que leu um cordel sobre cultura popular. Logo em seguida veio a professora Geuza Frutuoso. Ela se ves u de traje matuto e contou uma história do Nordeste. 10

Os primeiros alunos a se apresentarem foram os pequeninos da Creche “Vó Mili na” dançando xaxado. Em seguida, vieram as crianças das creches Vovó Be nha e João Mariano exaltando a cultura do boi bumbá. Ainda se apresentaram estudantes das escolas Fabrício Ba sta, Wellington Vital, Manuel Pereira, Irineu Joffily, Josefa Araújo, José Souto, Hosana Lopes e Dom Palmeira. Mostrando a força do projeto Mais Educação realizado nas escolas do município, alunos da Escola Municipal Olímpia Souto apresentaram a música Asa Branca, de Luiz Gonzaga, tocando flauta, sanfona e violão, tudo acompanhado do professor de música Orlando Vasconcelos. Vários outros shows marcaram o EMAC. Entre eles, mais uma vez o ballet dos integrantes do Serviço de C o n v i v ê n c i a e Fortalecimento de Vínculos ao som de músicas regionais, coreografias diversas e coral. (h p://www.prefeituradeespera nca.pb.gov.br/?p=2884)

FOTOS: Emerson Santos


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