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Sarau do c Verde

Um Balé no Chão Ba do APOIO:

PÁGINAS 04 Esperança a 05 n 06 o 07 s 08 1º de 09 dezembro 10 de 2015 11

Editores Evaldo Brasil e Rau Ferreira Origem do Conteúdo Blogs, Sites; e inédito.

úl ma edição de 2015 do Sarau do Fórum Independente de Cultura/FIC foi marcada pela diversidade. Enquanto os pra cantes da Capoeira ensaiaram sua primeira inserção no teatro, bailarinos do SCFV fizeram do chão ba do a 1 sua plataforma. Denominado Sarau do FIC Verde, pela reunião das inicia vas Timbaúba Verde, através da APPTA e o FIC, o evento aconteceu na tarde do domingo, 29 de novembro, para es mular as ações culturais da localidade: a quadrilha Escorrega Mas Não Cai e o Auto de Natal, do Grupo Força Viva. Com o apoio da Prefeitura Municipal, que cedeu um ônibus para transporte dos par cipantes, através da Secretaria de Educação, Cultura e Desporto, a mobilização envolveu e contou efe vamente com a par cipação de pelo menos 15 componentes da Associação Afrocultural Quero Mais/AAQM, envolvidos em quatro apresentações; com cerca de 30

Banabuye de Esperança - Parahyba - Brasil Arte, Cultura e a História da Nossa Gente. Fundado em Junho de 2013 Nº 036 - NOV/DEZ15

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FOTOS: LETÍCIA LÍGIA

beneficiários do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos/SCFV (1), com três segmentos, incluindo coral, dança e recital; uma representação da EMEF Dom Manoel Palmeira da Rocha; além das atrações mbaubenses, uma delas abrindo a tertúlia; e Fernando Virtuosi, num trabalho instrumental sobre sucesso internacional. No segundo momento, mais espontâneo, revezaram-se no palco e no chão ba do diversas atrações, incluindo Assis Torrão e Isabel (realejo e triângulo), encerrando com um momento de fé e oração, dedicado à Sant'Ana, padroeira da Comunidade de Timbaúba, na Zona Rural da cidade Esperança.


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c primeira parte...

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Sarau do FIC Verde foi aberto com as falas de Evaldo Brasil, dando conta do formato e da inicia va FIC; de Antonio Feliciano, pelo projeto Timbaúba Verde/APPTA (Associação dos Pequenos Produtores de Timbaúba e Araras); Marquinho Pintor, pela AAQM; Fabrício Teclas, pelos monitores do SCFV (an go PETI); e a diretora da EMEF Dom Manoel Palmeira da Rocha, Maria Lucimar Dias. A parte ar s ca se deu a par r das boas vindas feitas por Carlota Rousseff (Jeferson Felix); Evaldo Brasil disse “Timbaúba Verde”, cordel 49-057 (p4), escrito pela passagem do 1º aniversário do projeto, em abril de 2008, passando a palavra a Marquinho Pintor. A par r de agora, representaram a AAQM um esquete sobre a libertação da raça negra(3), capoeira, dança e maculelê(14). Fabrício Teclas conduziu um coral com o Hino de Esperança e o aluno Rianderson Nascimento (Noite Feliz, teclado); Carlos Guilherme coreografou três momentos de dança (balé clássico e contemporâneo 1, 4, 12) e Eniedja Fabiana orientou as meninas Beatriz Santos (2, flauta doce, “Se essa rua fosse minha”) e Ellen Brandão (6, poema “Menina Abusada” e música própria “Guria Recalcada”), ocasião em que Raykkoner Dujhkkovck (9) recitou versos de improviso. Como penúl ma atração, a menina Jorrana (10, do Dom Palmeira) cantou, acompanhada pelos instrumen stas presentes e pela plateia, “Ele não desiste”, de Marquinhos Gomes. Por fim, Fernando Virtuosi (13, baixo), Débora Elias (flauta) e amigos nos teclados e guitarra apresentaram “I have a dream” (ABBA), precedidos da leitura da tradução. 2

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c segunda parte...

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em maiores protocolos, deu-se início ao segundo momento com Kaio Moura (11), bailarino, soltando a voz e cantando o tema da Paixão de Cristo 2010, “Por Amor”. Carlos Almeida, de posse 10 do microfone recita Matança (Cipó Caboclo, de Augusto Jatobá); Assis Torrão e Isabel (7) fazem performance rítmica; Antonio Feliciano homenageia Maria José Leão com a moldura Rosa da Paixão; Natan (8), da dupla Edson & Natan interpreta “É com ela que eu estou”; Tallys Araújo (5) diz e 12 canta um lamento de capoeira, acompanhado do filho O anfitrião, Antonio Feliciano, encerra o Gerson David, menor capoeirista da cidade; João Pedro diz uma quadra, Kaio Moura volta a cantar (Espírito Santo); evento com um momento de oração, apresentando Débora Elias apresenta “De janeiro a janeiro” (voz e violão) e o Hino de Sant'Ana, distribuindo o CD de Zé Boião, Carlos Almeida fecha com “Meninos” (Juraildes Cruz). para quem pediu preces por estar hospitalizado. aculelê é uma manifestação cultural M oriunda da cidade de Santo Amaro da

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Purificação/BA, berço também da Capoeira. É uma expressão teatral que conta através da dança e de cânticos, a lenda de um jovem guerreiro, que sozinho conseguiu defender sua tribo de outra tribo rival usando apenas dois pedaços de pau, tornando-se o 14 herói da tribo. É um tipo de dança folclórica brasileira de origem afro-brasileira e indígena. (Saiba mais em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Maculel%C3%AA).

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Lírio

ESPERANÇA

Outros Poemas

"Oh" Lírio dos meus olhos! Raízes da Minha história. A Deus sempre rogo, Para ver a tua glória. Paraíso da infância, Encontros da Juventude, Manoel que elegância! Areia quanta atitude!

SONHO ÍNTIMO...

Esperança 90 Anos

Nos meus leais passos. No sucesso e no cansaço Lutarei por ti, assim..." Arthur Richardisson 4

DIVERSIDADE

Preciso talvez sair daqui, Mas você não sai de mim. Te levarei nos meus traços,

Esperança verde, alada! Nossa alma aita descansa No doce enlevo enganada De alada e verde esperança... ........................................... Aladino - Eu sonho tanto. - Seu olhar revela Que sonha muito... - Quem dera Sofrer de insônia! .................................... Para não sonhar com ela... João da Retreta “São tantos costumes Passados de mão em Mão. De carinho em carinho. De irmão em irmão Do africano ao português, Do português ao africano... Até chegar em suas mãos”. Hauane Maria

CORDEL 49-057

Lançado no Sarau!

Timbaúba Verde (Pelo primeiro aniversário do projeto de arborização) A comunidade Timbaúba, em sua luta contra os efeitos nocivos da ação humana na natureza, dá exemplo a toda a cidade. Através do projeto Timbaúba Verde vem estendendo para todo o município o trabalho de plantação de mudas que pode mudar a realidade local, evitando um mal maior. Parabéns! I Ainda é muito pequena A quan a dos que sentem O calor e o deserto A ressecar a semente Mas não sai da lembrança Uma luta de Esperança Pela esperança da gente.

II Mas eis que um ano atrás Surge uma ação potente Contrariando a tendência E a teimosia renitente Mas cai bem na cobrança Uma luta de Esperança Pela esperança da gente. (...)

Leia mais em evaldobrasil.blogspot.com.br ou em calameo.com

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RAU FERREIRA historiaesperancense.blogspot.com.br

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Esperança 90 Anos

sperança tem origem na Fazenda Banabuyé, surgida em 1860. Devemos ainda mencionar, como elementos plasmadores do nosso Município, a capela erigida em homenagem à Virgem do Recebido com um banquete, o governante foi granjeado, Bom Conselho, concluída dois anos depois, e a feira que surgiu no seu demonstrando-se sensível à emancipação municipal, após o discurso entorno. do poeta, “Esperança – Lyrio Verde da Borborema”, cujas palavras ainda A pequena povoação se ecoam em nosso município: “(...) Esperança, árvore desenvolveu com a chegada de alguns “Tenho a honra de comunicar Vossência nova, tem a nobreza de querer ser também árvore boa, comerciantes, advindos de Alagoa Nova. E instalação município toda solenenidade após para prodigalizar, com a esplendidez nutridora do fruto, foi ganhando impulso, ao ponto de ser compromisso assumi exercicio cargo prefeito. a fecundidade da semente e a espiritualidade do instalada, em 1885, uma dos Correios e Povo aclama nome vossencia pelo muito perfume”, reforçado pelo pronunciamento do Telégrafos. interesse causa Esperança. Protestando a renomado orador Severino Diniz: “Esperança – Sr. vossencia toda a minha gratidão honrosa A paróquia foi criada em 20 de maio Presidente, ri e não chora, inda que rindo feche no nomeação asseguro incondicional apóio ao de 1908, por Dom Adauto, que nomeou o silêncio de sua resignação, numa vida de sofrimentos e Padre Francisco Gonçalves de Almeida, para brilhante fecundo governo vossencia. Cordiais de mar rio. Esperança caia, Sr. Presidente, porque em saudações. Manuel Rodrigues” (A União, 1925). administrar-lhes os trabalhos. tempos e mais tempos de escravidão seu povo humilde Da crescente urbanização, veio a e estóico aprendeu a obedecer sem discu r, a sofrer necessidade de sua elevação a categoria de município. Com efeito, as sem chamar e a chorar sem mostrar o próprio pranto”. rendas da vila de Esperança eram maiores do que a de Alagoa Nova, a A par r desta mo vação a idéia então foi ganhando adeptos, sua feira bem mais concorrida e o comércio bem organizado, fazendo entre eles o Deputado Antônio Guedes que apresentou, em novembro com que essas paragens se transformassem em verdadeiro entreposto de 1925, o projeto de lei nº 13, propondo a criação do Município de de mercadorias. Todavia, Esperança permanecia esquecida pelos Esperança. administradores alagoanovenses, que deixavam de realizar bene cios Seguiu-se uma luta intelectual e pacífica em prol desta causa, em prol dos esperancenses. aderindo Antonio Bôto, Genésio Gambarra e Antonio Lucena. Em Nessa época, os homens mais importantes da vila – Manoel contrapar da, havia um ferrenho opositor, o também deputado Rodrigues de Oliveira, Theotônio Tertuliano da Costa e Elísio Sobreira – Aris des Ferreira. O projeto só viria a ser aprovado após terceira formaram uma comissão com o obje vo de pleitear junto aos poderes votação na Assembléia do Estado, no úl mo dia daquele mês. cons tuídos a nossa independência polí ca, tendo como porta-voz o Finalmente era publicada no Jornal A UNIÃO, em 1º de poeta Silvino Olavo e o bacharel Severino Diniz. Dezembro de 1925, a Lei nº 624, que criava e ins tuía o Município e Assim convidaram o governador João Suassuna, que se deslocou Cidade Esperança. a esta comuna a pretexto de inaugurar o sistema de luz a vapor. E antes da emancipação? Leia na página seguinte e na 11. 5


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Antes da Emancipação POR RAU FERREIRA Poli camente, Esperança era distrito de Alagoa Nova. Em relação à jus ça, pertencia ao 2º Juizado de Paz criado em 1896, sendo assim cons tuída: Juiz de Paz Thomaz Rodrigues de Oliveira, Escrivão José Pereira Brandão, Subdelegado Manoel Mar ns de Oliveira. Alagoa Nova era administrada por Theotonio Tertuliano da Costa, que foi o nosso segundo prefeito. Era vice José de Christo Pereira da Costa, comerciante que foi genitor do Cônego Emiliano de Christo, vigário durante muitos anos em Guarabira. Manoel Rodrigues de Oliveira fazia parte do Conselho Municipal (an ga Câmara de Vereadores), do qual ainda par cipava na condição de suplente João Clemen no de Farias Leite, que após a emancipação assumiu o registro civil. José Pereira Brandão, o “Santos Cacheiro”, também exercia a função de agente fiscal da Mesa de Rendas (Coletoria), atuando ainda como professor da Instrução Primária além de ser comerciante de molhados nessa povoação. Este chegou a publicar alguns logogrifos (charadas) nos campinenses “Gazeta do Sertão” e “Gaze nha”. Emancipada, a nossa povoação ganhou não apenas uma estrutura administra va própria, mas uma direção que atendia as conveniências locais, enaltecendo cada vez mais a sua vocação comercial, numa visão meramente financeira que tende a apagar o seu passado glorioso, em detrimento de alguns níqueis. 6

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Inauguração da Praça do Coreto Ata de inauguração da Praça Presidente Getúlio Vargas e do Pavilhão X de Novembro. Aos dez dias do mês de novembro do ano de mil novecentos e quarenta e um, nesta cidade de Esperança, pelas dezesseis horas, presentes o sr. Sebas ão Vital Duarte, Prefeito Municipal, autoridades civis e militares, as escolas públicas e grande número de pessoas foi solenemente inaugurada a Praça Presidente Getúlio Vargas e o Pavilhão 10 de novembro, construção levada a efeito pela atual administração municipal. Discursando na ocasião o sr. Severino Torres que se reportou ao governo do Presidente Getúlio Vargas na comemoração do quarto aniversário

O Coreto se destacava na Praça Getúlio Vargas do advento do Estado Novo. E para constar, lavrei a presente ata de inauguração que vai assinada pelo sr. Prefeito Municipal, autoridades e demais presentes. Eu Maria José Torres, Secretaria ad-hoc a escrevi. (as) Sebas ão Vital Duarte – Prefeito; Joaquim Virgolino da Silva – Suplente de Juiz de Direito, em exercício; Padre João Honório – Vigário da Paróquia; Pedro Alves; Severino de Alcântara Torres; Luiz da Silva; Maria José Torres; Theotonio Costa; José Carolino Delgado; Severiano Costa; Fauto Bastos. Leia sobre o fato na página seguinte.

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O Pavilhão 10 de Novembro (O Coreto) A PRACINHA Carinhosamente era chamada de "A Pracinha", era o lugar de todos, dos encontros, do bate-papo, do cafezinho e da cervejinha aos domingos. Foi palco de grandes acontecimentos da vida social, cívica e polí ca do nosso município. O prédio nha o "Coreto", onde, muitas vezes, a população assis a aos fatos da nossa história. Grandes celebrações litúrgicas da Igreja Católica, Missas solenes no átrio da Matriz, apresentações e desfiles cívicos da semana da Pátria, a recepção a governadores e polí cos importantes, bem como, uma das maiores solenidades cívico-religiosas, a despedida de Monsenhor Palmeira, para ser bispo da Diocese de Pesqueira, PE, com uma Missa concelebrada por 40 padres de outras paróquias e Dioceses da Paraíba. A pracinha situava-se onde hoje é o "CALÇADÃO". COMO TUDO COMEÇOU Não exis a nada naquele local. Foram desapropriadas pelo poder publico várias casas, com o fim de dar nova vida ao centro da cidade, o que, hoje, chamamos de revitalização do centro da cidade. Antes de ser a Praça Getúlio Vargas, era a praça Dr. João Tavares, sem nenhuma edificação, apenas aquele espaço ficou denominado de “Praça”. Por Decreto de nº 26 de 08 de junho de 1927, foi nominada de “Praça Getúlio Vargas”, em homenagem ao Presidente da época, que inaugurava um novo governo, cheio de esperanças para o povo brasileiro. Durante vários anos, aquela praça permaneceu sem nenhuma edificação, apenas o espaço vazio. No início da década de 40, foi edificado o coreto, com

funcionamento de bar, cafezinho e passou a ser ponto de encontros. Era o ambiente chique da cidade e, depois, o bar foi denominado de "Bar Noite de Natal". A INAUGURAÇÃO Esse 10 de novembro de 1941, deu-se a inauguração da Praça Getúlio Vargas e do Pavilhão 10 de Novembro. A essa solenidade compareceram diversas autoridades, escolas e a sociedade de Esperança representada por figuras importantes do meio social esperancense. O prefeito da cidade era o Sr. Sebas ão Vital Duarte, Severino de Alcântara Tôrres usou da palavra, representando o então chefe do execu vo. Em sua oratória, como consta da Ata, exaltou o Governo Federal, na pessoa do Presidente Getúlio Vargas, que estava comemorava o quarto aniversário do Estado Novo. Quem lavrou a Ata foi a Sra. Maria José Tôrres, Secretaria e escrivã da Prefeitura. Entre as pessoas presentes àquela solenidade, além do Prefeito Municipal, estavam o Monsenhor João Honório de Melo, vigário da Paróquia, Joaquim Virgulino da Silva e Fausto Bastos. O MOMENTO MAIS TRISTE Nos meados da década de 70, foi destruído todo aquele patrimônio histórico, sem dó, nem piedade, com o intuito de imitar o calçadão de Campina Grande e, lamentavelmente, a praça deixou de exis r, não somente a Praça, mas os encontros, os batepapos aconchegantes, o espaço da sociedade esperancense. A sociedade assis u a tudo, emudecida. Hoje, resta apenas a sua imagem, uma lembrança do que fora. 7


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spera e ânsia é assim que a vejo. Minha cidade natal sempre a espera que algo seja lhe retribuído, ânsia para que os problemas hídricos sejam amenizados. Saí de dela, mas ela não saiu de mim. Carrego seus lugares, espaços esses que alguns que já nem existem mais. Mesmo assim, permanecem

dentro de mim. Tardes e manhãs na escola, amigos de ontem que permanecem até hoje, pessoas queridas que se foram, a praça inesquecível para quem a conheceu e viveu aquela época. O cheiro das árvores que floresciam nela, o primeiro beijo, o primeiro amor, a primeira decepção. As traquinagens de tocar a campainha das casas e sair correndo (sim, eu fiz isso) vivi perigosamente. Das corridas de bicicleta na

Rua do Cemitério, das novenas no mês de novembro, das procissões de maio. Agora essa moça jovem de apenas 90 anos de emancipação faz aniversário. E mesmo sendo conhecida como o "Lírio verde da Borborema", seu verde está cada vez mais escasso. E nas voltas que o mundo dá, parabéns menina, espero um dia poder te encontrar mais verde, mas linda e amada. Porque o tempo costuma ser generoso com alguns. Saudades de você, Esperança, sua linda.

Comemoração Ocial Para comemorar os 90 anos de emancipação polí ca do município, o prefeito Anderson Monteiro anunciou duas mulheres de destacado sucesso da música religiosa como atrações deste evento que festeja o aniversário de Esperança e abre as reflexões e confraternizações de fim de ano. Fernanda Brum, que se apresenta dia 30 de novembro, já vendeu mais de 5 milhões e meio de discos em 20 anos de carreira. Entre os muitos sucessos, “Espírito Santo”, é uma das músicas evangélicas mais cantadas e tocadas por todo Brasil. Não diferente, Adriana Arydes, com apresentação agendada para o 1º de dezembro, tem mais de 20 anos de história na música católica, uma voz inconfundível. Uma das músicas mais conhecidas é “Qual é a Chave”. Como bem frisou o prefeito Anderson Monteiro, “é o momento das famílias esperancenses e visitantes estarem reunidas, mais uma vez, na fé, no canto e na oração”. SECOM – PME. (h p://www.prefeituradeesperanca.pb.gov.br/?p=3592) 8

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Da Emancipação Polí ca aos 90 anos Fatos e Fotos que fizeram a História de Esperança

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sperança, nesta data, 1º de Dezembro de 2015, completa 90 anos de emancipação polí ca. A data é histórica e significa va para o município. Hoje, terça-feira é feriado municipal, ins tuído por Lei municipal. Essa Lei só passou a exis r, na década de 60, quando o gestor era Luiz Mar ns de Oliveira. Tudo aconteceu muito lentamente. O primeiro prefeito, Manoel Rodrigues de Oliveira só tomou posse no dia 31 de dezembro de 1925, juntamente com o vice-prefeito Theotonio Tertuliano da Costa. Isso nos faz entender que a data é alusiva ao ato governamental, oficializando a emancipação do município, que era pertencente a Alagoa Nova. Não significa dizer que, pelo fato de ter sido emancipado o nosso município, em 1º de dezembro de 1925, a a d m i n i s t ra ç ã o m u n i c i p a l t e n h a c o m e ç a d o efe vamente naquela mesma data. Como tudo era mais di cil, em termos de tecnologia, para aparelhamento da máquina administra va, Esperança con nuou se espelhando pelo município de Alagoa Nova, principalmente, no que tange às contas públicas, isto é, o balancete e, pouco tempo depois, o prefeito assinaria decreto, determinando que as prestações de contas do município fossem regidas pelas de João Pessoa, posso dizer melhor, copiadas do sistema da capital.

Primeiras autoridades do Município. De pé: Coronel Elysio Sobreira e Ignacio Rodrigues de Oliveira. Sentados: Manoel Rodrigues de Oliveira, primeiro prefeito (seu solar, acima) e Theotonio Tertuliano da Costa, primeiro vice-prefeito.

Assim, o município, lentamente, foi tomando rédeas. Só no começo da década de 40, passaria a ter feição de cidade independente, na prá ca. Vejamos como os atos administra vos eram lentos, demorados: Dois anos depois, no ano de 1927, foi criada a primeira escola noturna. O prédio da prefeitura* foi inaugurado em 07 de setembro de 1937, já sob o comando da segunda gestão, com o Sr. Thetonio Tertuliano da Costa. O primeiro reservatório de água do município foi inaugurado pelo então Interventor Federal, Ruy Carneiro, no ano de 1941 (Reservatório 16 de Agosto, o Tanque do Governo); a primeira Escola Pública Estadual, Grupo Escolar Irineu Joffily, foi inaugurada na segunda metade da década de 30. A primeira praça da cidade foi inaugurada na década de 40 (Praça Getúlio Vargas, atual Joaquim Pereira “Calçadão”). A energia elétrica, em 1959, o primeiro hospital-maternidade, em 1960, o saneamento de água, o sistema de telefonia, estrada asfaltada, no começo da década de 70. Hoje, Esperança é um município que polariza uma região, tem um comercio desenvolvido, indústria, dezenas de escolas municipais; é sede de um Pelotão da Policia Militar, além de contar com cinco bairros e três Distritos, com uma população de mais de 31 mil habitantes. * Onde hoje funciona o INSS. 9


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Saúdo com Saudade, Esperança POR NICOLA VITAL Esperança, eu te saúdo pelo teu aniversário de 90 anos de vida bem vividos. Me regozija a alma em poder contemplar tua beleza sica, teus monumentos históricos, tua economia viçosa, teu povo fes vo, e hospitaleiro, teu semblante ainda bucólico, num clima ameno, e conquistador, que outrora, atraiu dos mais longínquos torrões, novos a habitar. Esperança, de filhos renomados no cenário polí co, ar s co, literário e financeiro, mil perdões te peço, por não externar seus nomes. Talvez no afã de não pecar por omissão, saúdo a todos que já não habitam esse plano terreno, e beijos, no coração dos que ainda degustam teu sen mento lúdico. Não obstante, maior que a saudação, é a saudade de tua adolescência e juventude. Quiçá, eu trocasse toda sua exuberância presente, por tua ingenuidade e candura de ontem. Saiba, minha querida e amada Esperança, trocaria teus prédios futuristas, pelas singelas casas de tua infância, onde se dormia sem trancas; teu asfalto fervilhante pelas ruas de sapê, onde crianças, no ápice de sua 10

Barra-bandeira (fotolog.com/stefanypimentel)

inocência, as riscavam em suas duradouras brincadeiras de rua, tais como barra-bandeira, enfinca, gata magra etc. Oh! Esperança dileta! Sem sombra de dúvidas, trocaria teus famigerados monstros financeiros, pelo saudoso CINE SÃO JOSÉ; teus restaurantes chineses, pelo inesquecível e acolhedor BAR DO VICENTÃO; tuas Lan-houses e teus Cyber Cafés, pelos simpá cos e saudáveis assustados no saudoso clube CAOBE. Quanta saudade de minha an ga Banabuyê, onde não havia polícia e pai emprestava dinheiro ao filho sem lhe cobrar juros; onde os homens se confraternizavam sem drogas e as famílias não comiam polí ca, primavam por sua unidade. Mesmo com todo o pragma smo atual, morro a cada dia de saudade do teu paradigma infanto-juvenil. Sobretudo, amada minha, pretendo ser teu causídico até que a morte nos separe. (Postagem de 03 de dezembro, no facebook)

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Bem antes da emancipação: úl mas da vila

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em antes da emancipação polí ca, os futuros dirigentes de nosso Município já exerciam cargos em Alagoa Nova. Assim é que encontramos Theotônio Tertuliano da Costa, segundo prefeito, exercendo a suplência de Juiz Municipal em 1911, quando eram juízes de paz do 2º Distrito de Esperança Thomaz Rodrigues de Oliveira, Eneas Valdevino da Trindade Cunha, José Irineu Diniz (Zezé Cambeba) e Joaquim Cavalcan . Para a subdelegacia havia sido indicado Sulpino Agripino de Souza. Já na instrução primária os professores José Pereira Brandão e Maria Ávila Lins de Vasconcelos. A Paróquia estava a cargo do Pe. Francisco d'Almeida, sendo sacristão Lindolpho d'Araújo Sobreira. Nessa comunidade, funcionava a Irmandade de N. S. do Bom Conselho. No comércio, nomes como José de Christo Pereira da Costa, Manoel Pereira da Costa e Por rio Pereira de Araújo (tecidos); José de Araújo Souto, Francisco e Cassemiro Jesuíno de Lima (molhados). Registrava-se o engenho “Caldeirão”, de Fco. de Araújo Souto. Na agricultura ainda aparecia Bento Olympio Torres, proprietário do engenho Cruz em Alagoa Nova. Em 1914) Theotônio T. da Costa assumia a prefeitura de Alagoa Nova, sendo vice José de Christo Pereira da Costa. O 2º Distrito de Paz estava cons tuído por Enéas V. T. Cunha, Zezé Cambeba, Sebas ão Nicolau da Costa e Thomaz R. de Oliveira. Era subdelegado Manoel Mar ns de Oliveira. Para o ano de 1915 não houve grandes mudanças. No 2º Juizado de Paz, passa a figurar como oficial de jus ça e carcereiro Armínio Genuíno de Araújo. A Paróquia agora era conduzida pelo Pe. José Vital Bessa, enquanto que o comércio aparece melhor dividido do que nos

classificados anteriores: Manoel Rodrigues e Theotônio Costa no ramo dos Calçados; os dois anteriores, José de Araújo Souto e José Christo & Cia, de Chapéus; 16 atuavam com Es vas, a exemplo de José Bezerra Cavalcan , Manoel Joaquim Cândido e Sebas ão Ba sta Júnior; 10, com Fazendas (tecidos), dentre eles Francisco Mar ns de Oliveira, Joaquim San ago, Sebas ão Nicolau e os dois primeiros a encabeçar essa lista. No ramo de Ferragens destacam-se Cassimiro e Francisco Jesuíno de Lima; 11 trabalhavam com Miudezas, como Antonio e Joaquim San ago, José B. Cavalcan e Jovino P. Brandão, além dos que, não à toa, seriam primeiro prefeito o vice da cidade. (...) Acrescenta-se a este rol Joaquim Manoel com o jogo de bilhar, Manoel J. Cândido com padaria, Antônio de Athayde Cavalcante com farmácia e Olyntho de Andrade San ago, na hotelaria. A situação se mantém a mesma entre 1915 e 1917. Em 1918, ingressa no quadro de professores, em subs tuição a José Pereira Brandão, Olyntho de A. San ago. A paróquia figura com as irmandades do Bom Conselho, S. S. Coração, do Rosário, Coração de Jesus e Sant'Anna, mas não podemos afirmar que exis ssem de fato, à exceção da primeira.Pouco muda em 1922, mantendo-se até o início de 1925. Theotônio Costa con nua prefeito de Alagoa Nova, e José de Christo, vice; Manoel Mar ns, subdelegado do 2º Distrito de Esperança, e Jovino Pereira, agente fiscal. São conselheiros municipais Manoel Pereira da Costa e Manoel Rodrigues, sendo suplentes João Clemen no de Farias Leite, acrescido de Severino Donato de Maria. Na paróquia, é vigário o Padre Joaquim Agra. 11

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ESPECIAL

Onde a Concórdia vence a Força DE TRIÂNGULO À LOJA A Maçonaria em Esperança POR RAU FERREIRA A Loja Maçônica “Dogival Costa” tem iniciou a par r de um grupo de estudos em 15 de agosto por divisa: “Concordia Animos Vincit”, cuja tradução de 1984, escolhendo-se o tulo dis n vo de “Dogival significa “A Concordia Vence a Força”, no sen do de que a Costa”, homem livre e de bons costumes, que dignificou harmonia vence o orgulho e a prepotência. Esta frase a profissão de fé maçônica em nosso Município. encontra fundamento bíblico nos textos do Salmo 133 e As primeiras reuniões aconteceram no edi cio em Marcos 18,20. sede da EMATER. Três A concórdia é um fundamento meses depois, era básico, e resume as regras da vida Loja Maçônica “Dogival Costa” cons tuído o Triângulo maçonaria. Maçônico patrocinado pela O Estandarte exibe não apenas Loja “Leônidas San ago” do Oriente de Areia. a divisa, mas também o nome da Loja, 1985 - 2015 Nessa época, foram admi dos seis irmãos por a Jurisdição, os símbolos maçônicos da NOSS O PATRONO Dogival Belarmino Costa iniciação e dois por regularização. acácia, do esquadro e do compasso e (1908/1979) foi comerciante de tecidos, suplente de A Loja “Dogival Costa” foi erigida e da letra “G”, ao centro de uma estrela. juiz de paz e político em nossa cidade. Presidiu a Arena fundada em 1º de dezembro de 1985, Também inscrito naquele panteão e exerceu a vereança por três mandatos, entre alcançando assim os obje vos do Triângulo está a data da fundação desta oficina, 1949/53 e 1963/69, assumindo a Presidência da Maçônico, sendo-lhe outorgada a Carta c u j a b a n d e i ra e n co nt ra - s e e m Câmara Municipal por oito anos consecutivos. Foi Cons tu va Nº 04, originária da Loja Maçônica con nua exposição em nosso Templo também vice-prefeito na gestão de Antônio Coêlho "Fraternidade Palmarense", do Oriente de Maçônico. Sobrinho (1969-73), notabilizando-se como grande Palmares-PE. Nesses trinta anos de incentivador da permanência da Fundação SESP em Nesta mesma data era lançada a pedra existência foram homenageados com nosso Município. fundamental de seu templo, na rua Siqueira a Comenda Lyrio Verde, ofertada pela Tornou-se membro da Aug.: e Resp.: Loja Campos, s/n, cuja solenidade fora presidida pelo Loja “Dogival Costa”, os seguintes Maçônica “Branca Dias”, Nº 01, da Grande Loja do então Grão-Mestre Arlindo Bonifácio. cidadãos: Arnaldo Monteiro Costa, Estado da Paraíba, com sede em João Pessoa, sendo N e s t e a n o d e 2 0 1 5 , o s o b re i ro s Luiz Mar ns de Oliveira, Nildeberto iniciado em 14/04/1947, elevado em 15/09/1972 e comemoram com grande júbilo trinta anos de Pedro de Almeida, José Pereira da exaltado em 30/05/1955, galgando o 12° Grau de sua oficina (Bodas de Pérola). Silva, Severino Ramos Pereira, Vânia Mestre Maçon. Lúcia de Oliveira Delfino, Francisco Em Esperança recebeu homenagem da Loja Dogival Costa, acima, Cláudio de Lima, Maria das Neves Maçônica que o adotou como seu Patrono. Costa e Terezinha de Jesus Costa. em primeiro plano

Jubileu de Pérola


Mobilização cultural integrando ações e comunidades 15

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Evaldo Brasil diz Cordel, Maria José Leão é homenageada e Carlos Almeida recita, toca e canta

AAQM

Ainda do Sarau do c Verde

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Associação Afro-cultural Quero Mais

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Thallys Araújo e Gerson Davi. FOTO: Marquinho Pintor

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Gerson Davi, O menor capoerista da cidade FOTO: Thallys Araújo

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Grupo de Dança da Quero Mais é pura alegria e Marquinho coordena a AAQM


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