Lautriv Mitelob - BV037

Page 1

037

Bole m Virtual lautriV miteloB

Sarau do FIC 2016.1 PréVend’o’Carnaval Venha fazer, também!

Fundado em Junho de 2013 | Banabuyê de Esperança - Parahyba - Brasil Arte, Cultura e a História da Nossa Gente | Nº 037 - JAN16 Editores: Evaldo Brasil e Rau Ferreira | Conteúdo: Blogs, Sites; e inédito.

1937: A prefeitura

página 2 página 3 página 4 página 5 Cordel 49-190 Andanças para Onde nem Sei

Esperança sensorial Rua dos Mercantes: onde já fora a feira Cordel 49-190 Esperança dos Meus Sonhos

página 6: Homenagem póstuma à Tarcísio Torres APOIO CULTURAL

página 7: O ano que papai noel não veio página 8: Nova poesia... e mais!


EspeCIAL

Bole m Virtual Dedicado especialmente à arte, à cultura e à história da nossa gente lautriv.mitelob Anos __________________________________________________________________________________________________________________________________________________

A Inauguração do Prédio da Prefeitura Da série Fatos e Fotos que fizeram a história de Esperança

A

JOÃO DE PATRÍCIO revivendoesperancapb.blogspot.com.br

inda dentro da celebração dos 90 anos de Esperança, achei i n te re s s a n te e o p o r t u n o publicar a cópia da Ata da solenidade de Inauguração do prédio da Prefeitura de Esperança, fato esse ocorrido durante a segunda gestão administra va do município, quando o prefeito municipal era o sr. Theotônio Tertuliano da Costa, subs tuindo Manuel Rodrigues de Oliveira (de quem fora vice). Verifica-se, no conteúdo do texto do referido documento que aquela solenidade foi pres giada pelo então governador do Estado, o Dr. Argemiro de ACERVO: João de Patrício; TRATAMENTO: Evaldo Brasil Figueiredo e seu secretariado. Presentes as mais ilustres pessoas da sociedade (correspondente a atual Câmara Municipal), o esperancense, entre elas, o comerciante Francisco Poder Judiciário do Termo da Comarca de Areia e Bezerra Cavalcante, José Souto, professora Adiles demais funcionários. Urbano da Silva, Theotônio Cerqueira da Rocha e Registre-se ainda para aqueles que não outras pessoas importantes da nossa sociedade, chegaram a conhecer a edificação que aquele além de representantes do Poder Judiciário e prédio era o ponto referencial da cidade, o mais representantes do Conselho Administra vo elegante e mais imponente da cidade que subsis u Municipal. até a década de 70 e, posteriormente, foi Vale ainda mencionar o registro da narração reformado para dar lugar à Agência do Banco do dos cômodos e compar mentos daquele edi cio, Estado da Paraíba (PARAIBAN) e, por úl mo, à onde iriam funcionar o Conselho Municipal Agencia do INSS. 2


E nas voltas que o mundo dá...

s

E

u, menina, costumava passear pela chamada Rua da Lagoa. Lá morava Dona Rita, mãe de Da Guia. Ela costumava se sentar no gramado em frente a sua casa pra contar histórias, a meninada adorava. Havia ali perto também um curtume. Era um odor forte que aqueles couros exalavam. Mas, logo ali perto estava a casa de Fogo Eterno, uma senhora que nha esse nome por ser ruiva. Ela costumava passear com os cães de Seu Gigi nas tardes ensolaradas. Na casa dele, por sinal, nha uma palmeira que tem um cheiro forte, lembrando sempre que o Verão está próximo e o Natal também... Perto de cá tem uma, gosto de passar por lá. Aqueles espaços já não existem mais, não tem a grama de frente a casa da Rita, ela mesma já não está mais lá fumando seu cachimbo, nem tem os cães e Fogo Eterno, mas ficaram para sempre na minha lembrança.

Esperança

sensorial

sensorial

s

ANA DÉBORA MASCARENHAS asvoltasqueomundodar.blogspot.com.br

lautriv.mitelob Dedicado especialmente à arte, à cultura e à história da nossa gente Bole m Virtual __________________________________________________________________________________________________________________________________________________

E nas voltas que o mundo dá, foi passeando ontem com o Zeus, que descobrimos ser quase cego, que vimos uma senhora ruiva como aquela da terrinha... caminhava com quatro cães de pequeno porte e toda a imagem e o cheiro voltou como se um sensor vesse sido ligado. Cães e gente boa, histórias e cheiros bons fazem parte de mim agora, e, onde es verem, obrigada pessoas por fazerem minha infância ter sido tão linda.

comentário POR RAU FERREIRA Minha amiga Ana, gosto muito de ler as suas crônicas. Lembra-me, de certa forma, as escritas por Wilson Mauxx que eram transmi das pela Campina FM. Têm um ar de alegria, nos passa boas recordações, informa e diverte a medida que passeamos pela suas memórias, a sua infância telúrica... Conheço-te um pouco mais a cada dia e vejo que, além de excelente mãe és uma boa contadora de (his)estórias. Obrigado por fazer parte deste universo das letras e por colaborar conosco na construção de um mundo melhor. Agora somos três andorinhas juntamente com Evaldo Brasil. No futuro, seremos milhões. Um forte abraço. 3

sensorial


C

ultura e história parecem andar de mãos dadas. Em uma reunião sexta-feira (23/10), me encontrei com Marquinhos Pintor e este me perguntava sobre a Rua dos Mercantes. Dizia que passando pelos Tributos, os fiscais estavam procurando atualizar um endereço. Interessado pelo tema permaneceu ali alguns minutos para descobrir onde seria essa artéria. O nosso município tem um histórico de ruas populares que se sobrepõe ao nome oficial. Não é demais lembrar as ruas Chã da Bala, do Sertão, do Boi, do

José Pessoa Filho. Neste local, an gamente, se realizavam fes vidades, dada a sua proximidade com a Igreja, e também jogos de peteca. Consta do documento oficial o nome “Mercanteis”, não sei se a grafia da época, ou mero erro de escrita dos anos 30. Porém, se supõe que seja “mercantes”, de mercancia ou comércio. Sua posição estratégica possuía saída para a Rua Nova, para a Rua Paroquial, passando pelo “Beco do Padre” e, obviamente, para a Chã da Bala, no caminho de volta pela Praça do No alto, a rua vista no sen do Centro-Bairro e a visão oposta, em baixo. Calçadão. Era parada de caminhões, (Google Street View, 2012) também exis am naquela artéria algumas garagens (Rua das Garagens), a exemplo Açude e Paroquial. A legislação cuidou de homenagear pessoas, sendo daquelas que abrigavam os ônibus da São José. O finado Maurício do estas Manuel Rodrigues de Oliveira, Solon de Lucena, Epitácio Pessoa, caminhão residiu por muito tempo naquela rua. Professor Joaquim San ago e Monsenhor Severiano. Não é di cil presumir que a rua dos Mercanteis (ou Mercan s), Engrossando aquela fileira, temos a Rua do Carretel, a da dos mercantes por assim dizer, era aquela onde se descarregavam as Gameleira e a dos Avelós. Estas cujos nomes se perderam no tempo, mercadorias para entrega aos comerciantes de nossa cidade. Mas o assim com a que ora se apresenta a dos Mercanteis nham uma razão certo é que, an gamente, ali também fora sede da feira semanal, onde de ser, pois conduziam a caminhos mais ou menos tortuosos (Carretel), o pai de Marquinhos da Xerox também possuía ponto, vendendo aos prazeres da vida d'outrora (Avelós) ou, apenas referenciavam um panelas de barro (daí o velho apelido “Antônio Barros”). Conta-nos esse local específico (Gameleira). amigo que o seu genitor guardava as mercadorias em um quar nho Pois bem. A dos Mercantes para encerrar o mistério é hoje a Rua bem próximo da feira, mas o telhado que estava em ruínas caiu Elísio Sobreira, um descampado que se iniciava em frente ao Grupo quebrando não apenas o estoque como todo o seu comércio. Lídia Fernandes (que já foi posto de saúde, fórum e também abrigou a Essas são nossas considerações, mas será que o caro leitor teria polícia militar) e terminava na paralela a Rua dos Avelós. Uma rua que outra versão? Aguardo os seus comentários. tem praça, que já foi Praça da Bandeira e hoje, salvo engano, é Praça 4

Rua dos Mercantes,

onde já fora a feira

RAU FERREIRA: historiaesperancense.blogspot.com.br

Bole m Virtual Dedicado especialmente à arte, à cultura e à história da nossa gente lautriv.mitelob __________________________________________________________________________________________________________________________________________________


ra Onde ne a p a mS anç d ei de casa em direção à Matriz An Não seiCaminho claramente aonde ir, mas sei onde estou

C49-190

Esperança dos Meus Sonhos

Vejo São Francisco: Nova Califórnia: – Tubiacanga! As casas passam sem cor vida traço – terraço, ornamentos, oreios Arquitetura do nada –quase nada resta– atesta o bom senso Becos tortos resistem tortos à tortura – ataque aéreo… O coreto da infância não está na praça: O padre pediu, derrube-se! Passa Getúlio Vargas, vem outro, quem? Correio Casarões Matriz Praça Pátio Sítio arquitetônico em pleno centro comercial – vende-se tudo! Tudo, mesmo, parece outro, Cemitério. Sem mistério algum Deixo as almas para trás. Os fantasmas vivos, assombrosos, já me bastam Não vejo as fachadas de 10, 20, dirá 80 anos atrás Vejo a fachada predadora feroz – gafanhotos vorazes Passam por mim voando rasantes Mais baixos que o sobrado Que sobrou quase ileso na esquina do Sertão Passam duas ou três imagens do que tivemos Em meio à insignicância do que temos Mas passam e pesam sobre um caixão de defunto erguido banco Onde estão denitivamente enterrados Os palcos da autonomia e da fantasia – ambas perdidas! Já não temos identidade. Sem elas, perdidos, sem elos Outras poucas fachadas resistem no caminho e passam Por mim pelo tempo pelo apelo depredador do capital Enquanto o humano é mero, objeto abjeto Chego à nova praça Que, da Cultura, prova dessa cultura demolidora da memória. Não esqueço o São Francisco, Ideal, La Buca Romana. Como seremos se já não somos o que éramos? Zumbis a caminhar para onde não se sabe – Sabia!? (E o Pedro Paulo Medeiros voltou, aqui chorou, revoltou para terra alheia. Já não encontrara o que trazia nas lembranças: Perdera a Esperança…)

(Dedicado a Pedro Paulo de Medeiros)

I Se nunca sonhou, diga, Se não quiser se calar, Se nunca lembrou, diga, Se achar que é p'ra falar: A saudade é uma atrevida Presente por toda a vida Lado a lado a caminhar. II Uma lembrança da terra Que a gente faz nosso lar Uma lembrança da casa Aonde a gente vem morar Aquele velho brinquedo, Uma roupa, um segredo, Pareia p'ra se alembrar. III Uma música bem distante Faz a saudade acordar: Aquela festa que eu fui O cheiro desse lugar... Um colo aconchegante Respiração ofegante... Dá vontade de voltar.

IV Mas o tempo prossegue E o que cou para trás Só volta se bem vivido Senão, não se viva mais. Dos meus sonhos, assim, A Esperança, p'ra mim, É uma criança em paz. V É uma criança em guerra Batalhão sem comandante Uma jovem que se faz fera... E se alguém é mandante É um descontentamento E é um povo desatento... Contradição ambulante. VI Desse sonhado jardim Muitas ores murcharam E Esperança p'ra mim Não é dos que se calaram Do que morreu em vida Do que fugiu dessa lida É dos que se inamaram... VII Esperança dos meus sonhos Programação de saudade É escolha que se arma Com muita propriedade E se a carapuça te cabes E desse coisar nem sabes... Ei, acordes p'ra realidade!

Evaldo Pedro da Costa Brasil, em 23 de fevereiro de 2005

(Dialogando com o programa radiofônico de Lanco Pintor, com a saudade do vivido e o desejo reprimido das Esperanças de cada um. O programa apresentado por Ednaldo da Silva, artista e artíce em diversos segmentos, atualmente vai ao ar pela Ban(abuyê) FM 87.9 Mhz)

Evaldo Pedro da Costa Brasil, em 03 de dezembro de 2015

EVALDO BRASIL evaldobrasil.blogspot.com.br

lautriv.mitelob Dedicado especialmente à arte, à cultura e à história da nossa gente Bole m Virtual __________________________________________________________________________________________________________________________________________________

5


Homenagem Póstuma à Tarcísio Torres

T

a r c í s i o To r r e s e r a d a v e l h a geração, dos anos dourados de Esperança. A sua história se confunde com a do próprio município que o acolheu em 1932. Filho do casal Severino e dona Corina, foi educado na fé cristã e frequentou o ensino regular no educandário fundado na data de seu nascimento. O ex-aluno do Irineu Joffily, participou das muitas festas que eram promovidas, muitas delas organizadas por Dona Lydia Fernandes, em especial as festas joaninas que tinham os irmãos Pichaco como puxadores das rodas de coco. O seu genitor era guarda fiscal, o que lhe proporcionou uma vida confortável e socialmente ativa. A sua mãe pertencia a família Coêlho, uma senhora muito religiosa e devota de Nossa Senhora ao ponto de duas de suas irmãs seguirem a vocação cristã, tornando-se freiras: Alba e Salomé. Nas palavras do ilustre João Delfino: “A família Torres sempre teve atuação destacada na vida social, política e econômica de Esperança”. Antigo boêmio, frequentava os clubes da cidade, sendo bom dançarino. Também gostava de futebol e ao lado dos irmãos Tonho e Zeca acompanhou as glórias do América, quando não estava em campo jogando uma boa “pelada”. Na política, apoiou o irmão para prefeito em duas disputas 6

eleitorais. Mas naquele tempo ainda não havia chegado a vez da “bandeira branca”, o que só viria a acontecer anos mais tarde, após algumas alianças e o desgaste das forças políticas que derrotaram Zeca em 1976 e 1982. Possuía um acervo de fotos antigas e uma coleção de jornais de festas, recortes da nossa história, algumas delas já divulgadas nos blogs dos amigos João de Patrício e Jailson Andrade. Também o editor deste magazine, o Evaldo Brasil, chegou a digitalizar parte deste material, quando das homenagens alusivas aos 80 anos de emancipação do nosso município, no Museu Temporário. Em nossas pesquisas, Tarcísio nos ajudou com um importante depoimento sobre o cantador João Benedito, narrando algumas aventuras do mandrião Pedro Pichaco. Tarcísio era uma dessas pessoas de coração puro e de espírito superior. Desapegado das coisas materiais, viveu para praticar o bem e ajudar ao próximo. A sua alegria contagiante é inesquecível, além de possuir uma memória invejável. Como servidor do bom Deus, nunca negara um favor a quem quer que fosse. Antes das complicações que lhe fizeram amputar ambas as pernas, ainda no auge de seus 83 anos, Tarcísio era sempre visto na Praça do Calçadão, ora revivendo suas memórias ou falando com os conhecidos. Sua alma repousa em paz.

RAU FERREIRA: historiaesperancense.blogspot.com.br

Bole m Virtual Dedicado especialmente à arte, à cultura e à história da nossa gente lautriv.mitelob __________________________________________________________________________________________________________________________________________________


lautriv.mitelob Dedicado especialmente à arte, à cultura e à história da nossa gente Bole m Virtual __________________________________________________________________________________________________________________________________________________

POR RAU FERREIRA Todos os anos o “bom” velhinho vem para me trazer algo que nem preciso tanto. É uma caixinha com nada dentro ou uma fu lidade qualquer. Acho engraçado receber e não sei nem qual a razão. Melhor que o “amigo” oculto, que de oculto nada tem, pois no final todos ficam sabendo (alguns até antes). Nos confraternizamos, trocamos sorrisos, esquecemos as diferenças e é isso o que realmente importa. Apesar de não estarmos no mesmo barco, e ainda qu’eu seja um pequeno aprendiz, tenha na conta a minha origem. Sei de onde vim e permaneço muito ligado fazendo brotar das pedras um lírio qualquer. Assim a jornada se torna menos pesada e o conselho vale a pena: Não digas nunca mal do teu des no... Mas voltemos ao decrépito Noel. Esse velho sempre faz das suas, e nesse clima que rodeia dezembro, consegue nos verter alguma lágrima à medida que saldamos dívidas com os nossos pares. Pois bem. Já desde o ano passado o ancião dava sinais que não estava bem da cuca. Não atendeu os meus pedidos, nem unzinho sequer. Aquele esperado queijo saiu pela culatra e recebi uma assadeira com muita briga. Esse ano foi bem pior. Esqueceu de me dar um abraço, aperto de mão ou mesmo aquele “muito obrigado”. Estranho, né?! Olha Noel, fui um bom menino. Me comportei legal. Fiz todas as tarefas com zelo e empenho. Come alguns erros, é verdade. Mas nada que não vesse conserto. Não posso explicar o inexplicável. Apenas dei o melhor de mim, mas parece que não foi o bastante. Este ano você me esqueceu! O meu Natal será pobre como o de Jesus. Quem sabe esse não seja o meu presente: aprender uma lição valiosa para a vida. Não acredito mais em você Papai Noel, mas lhe desejo um Feliz Natal!

o ano que papai noel não veio mensagem mensagem

C

hegamos ao final de 2015 na certeza do dever cumprido, através das ações desenvolvidas pelo Fórum Independente de Cultura/FIC, de Esperança. Realizamos saraus, encontros e reuniões; fizemos exposições de arte, apresentamos danças e os movimentos culturais. A parceria com a Associação Afro-cultural "Quero Mais"/AAQM, nos rendeu alguns bons frutos, que pretendemos reafirmar no ano que se inicia. Assim também com o Grupo Virtuosi, a Câmara Municipal, a Sociedade de Estudos Espíritas Esperancense/SEEE, o Projeto Timbaúba Verde e a Seduc/PME... e até com pessoas e ins tuições a quem pagamos para servir! Ainda há muito por fazer, mas a pedra fundamental deste projeto lançada em 2013 já conta hoje com alguns alicerces e não deve ficar à mercê da inconsistência externa (nem se subjugar a ingerências “oportunistas”). O nosso trabalho está acima dessas tendências que, a despeito do que se realiza em outubro a cada quadriênio (ou biênio), perdura por toda um período em nossa comuna, nossa pequena Villa Esperança (quiça Banabuyê!). Daí porque a nossa opção pela independência tem conquistado o respeito daqueles que fazem a cultura, em seu viés das artes, acontecer. 7


registro

Bole m Virtual Dedicado especialmente à arte, à cultura e à história da nossa gente lautriv.mitelob __________________________________________________________________________________________________________________________________________________

70 s o An

Desde 1945

Cartão 9 da série de 8, pelos 80 anos de emancipação de Esperança

Inacinha Celes no e sua lapinha tradicional. Fonte: A Tradição das Lapinhas em Esperança, por João de Patrício. Em revivendoesperancapb.blogspot.com.br de sexta-feira, 19 de dezembro de 2014. 8


FLÁVIA FERREIRA chaodesonhos.tumblr.com

lautriv.mitelob Dedicado especialmente à arte, à cultura e à história da nossa gente Bole m Virtual __________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Chão de sonhos

Simplesmente

O

Flávia Ferreira

s tempos são di ceis e até o meu relógio tem concordado com isso. Diante de mim, amanhece apenas mais um dia para matar a unhadas ou, na pior das hipóteses, ser torturada e morta por ele… Anoitece, e a previsão para o dia seguinte é sempre a mesma: Pancadas de saudade e enxurrada de pensamentos confusos. É que eu ando quebrando a cara pra ter distração depois, brincando de quebra-cabeça com as peças em pedaços. Por ora, eu gostaria de poder sentar ao lado de Deus para descobrir quais critérios Ele usa para interpretar meus desejos. Mas, a verdade é uma só e não tem jus fica vas: Eu só sei ver o brilho, insisto como ninguém e faço da esperança a minha amiga chata. É que busco os mínimos detalhes… Nada de excessos. Aprendi que tudo que começa com muito, acaba muito, pior. Então, só resta sentar no can nho da cama, falando baixinho e acreditar que ainda posso ser ouvida, pois os que amamos con nuam conosco. Sim, com o passar do tempo algumas coisas deixam de doer… Simplesmente. 9


Loving

Lovin’amor Loving o que desejas? Hauane Maria -- OOlá,remédio loving.

_ Um segundo... Não temos, senhora! - Como não?! O remédio mais importante e tu não o tens? Supera a depressão, alegra a família e renova a vida! - Minha senhora, está em falta. Chegou semana passada dez caixas e em menos de uma hora acabou tudo. - Nossa! Eu lhe dou quinhentos reais pelo loving. - Não vai adiantar de nada!

A moral da nossa farmacinha: Você pode ter bilhões, rios de dinheiro... Mas você não pode comprar na farmácia o loving, que significa AMOR. 10

HAUANE MARIA: hauanepoe sa.blogspot.com.br

Bole m Virtual Dedicado especialmente à arte, à cultura e à história da nossa gente lautriv.mitelob __________________________________________________________________________________________________________________________________________________


lautriv.mitelob Dedicado especialmente à arte, à cultura e à história da nossa gente Bole m Virtual __________________________________________________________________________________________________________________________________________________

90 Anos de Emancipação de Esperança Vitória Coelho/Osmar PARA OUVIR E VER https://youtu.be/9pF06eLk6jw (www.youtube.com/Angelorock13) https://youtu.be/RkTLY7DdghQ (www.youtube.com/reggaval)

Salve! Salve os colégios! Salve o comércio E toda en dade! Salve o meio de comunicação! Salve as empresas E salve a liberdade!

O amanhecer era uma aurora deslumbrante O anoitecer nos enchia de esperança Clima saudável de um povo ordeiro Tudo feliz que hoje vive da lembrança. As maravilhas que se nha na cidade A imorredoura capelinha e o açude E a pracinha de doces recordações Lembro os corais e as grandes procissões.

Noventa anos de liberdade Noventa anos Esperança faz Os filhos seus que vivem ainda Lembram os que foram E que não voltam mais. Hoje lembramos os velhos tempos Que nhas tudo e hoje não tens mais Tudo acabou você resiste Seus bravos filhos lhe amam cada vez mais.

Salve! Salve Esperança Salve seu povo! Salve a liberdade! Salve a Matriz! Salve as escolas Paroquiais e municipais! Clube Campestre, clube CAOBE Campo do América e Hospital Geral Maternidade, as festas e culturas Tudo se foi e não voltam mais. O pastoril e as quadrilhas verdadeiras O pavilhão e os an gos carnavais Só resta agora lembranças e saudades Daqueles tempos que não voltam jamais.

Salve! Salve o que resta! Banda de música e banda marcial! Salve o berço de homens e mulheres! Que o bem triunfe sobre o mal! Salve! Salve o que resta! Salve as Amigas do Lar, Associação! Salve a Câmara de Vereadores! Salve a terra de confraternização! 11


Bole m Virtual Dedicado especialmente à arte, à cultura e à história da nossa gente lautriv.mitelob __________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Quando na mocidade Por entre ruas e vielas Conheci nesta cidade Moças lindas e belas Era a minha puberdade Rogando por uma cancela.

Ah havia diversidade Uma para e o passar dela Num passo de divindade, Uma sugestão mui singela; Havia outras cristandades Moças iguais e tão belas Cálices virginais na passarela.

Hoje choro de saudade E vivo numa querela: Nos tempos de mocidade Nesse peito rugia a fera Agora essa tal serenidade Mantém preso n'ua cela A minha jovial-idade.

Rau Ferreira RIACHO AMARELO

A CAPELINHA Aos olhos de quem poucas vezes viu, Eis a capela, torre d'aliança, Dos passeios “domingais”… Quanta lembrança Do grito em “ecos” que não mais se ouviu!

Fique sem cobranças, sem lamentos ou esperanças.

O sacrossanto altar assim surgiu Duma promessa a uma virgem santa, E na promessa a fé tornou-se tanta Que ao santuário o céu também se abriu.

12

Pois a certeza que tens é que não terás outro amor, assim como eu, para amar.

BIANCA DUARTE

E lá, buscando a paz d'alma carente, De joelhos em oração, vê-se presente O peregrino ante a Virgem Santa!

Oh Riacho Amarelo, Que crueldade lhe zeram??

Fique consigo. Fique feliz. Fique em paz. P. S. DE DÓRIA

Sobre um lajedo de origem bruta Ei-la ostentando, a serena gruta, Que aos olhos de quem vê reluz e encanta!

Oh Riacho Amarelo! Tributário do Riachão... Umas vezes tão belo, Hoje apenas tens o chão!

FIQUE

Queria construir um castelo Para guardar-te no coração... E para lhe ser sincero, Te resguardar das mágoas que ainda virão!! Oh Riacho Amarelo, Que crueldade lhe zeram!! Recordar-te agora é o que mais quero.

RAU FERREIRA

Nova poesia

Conflito Jovial-Idade


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.