Lautriv Mitelob - BV044

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25|SETEMBRO|16 Toque de Luz Teatro Municipal Severino Cabral

Fundado em Junho de 2013 | Banabuyê de Esperança - Parahyba - Brasil | Nº 044 - AGO/SET16 | Editores: Evaldo Brasil e Rau Ferreira | A Arte, a Cultura e a História da Nossa Gente |

Sarau

das

Pela passagem do Dia do Folclore ............................... Outro viés P.05

presenças presenças

Banda de Esperança: desde o século 19. P.04

10 APOIO CULTURAL

Deixa a sua luz brilhar ............................... As dançarinas da Quero Mais: atração e plateia Denir saudade Após a úl ma das assinaturas dos Registro do Sarau do FIC (Fórum P.03

Independente de Cultura), Edição 2016.4, presentes (em livro listados), registramos o em 27 de agosto de 2016, denominado que segue. “Sarau das 10 Presenças”, realizado na (Con nua na página 2) Câmara Municipal de Esperança.

Setembro Amarelo P.07


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Cultura | Sarau das 10 presenças | FIC: Rimas e dança em pauta

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Dado inicio formal, a pauta foi montada para tratar de rima e dança. Evaldo Brasil aplicou exercícios, improvisando quadras a par r dos nomes dos presentes. Em seguida, depois de alguns tentarem rimar, chegou o momento da apresentação de dança. As dançarinas da AAQM apresentaram dois números, coreografados por elas, um especialmente dedicado à Paraíba (a par r Paraíba, joia rara, de Ton Olivieira), cantada à capela. Dando por encerrado, fizemos as fotos oficiais, para publicação nas redes sociais e no Bole m Virtual Lautriv Mitelob. Nada mais havendo a registrar, senão as jus ficas ausências de Rau Ferreira e Fernando Virtuosi; agendamento para novo sarau em 20 de Novembro, por ocasião da inauguração da sede da AAQM, finalizo este. Esperança/PB, 10/09/2016.

www.reeditadas.blogspot.com.br

Pelas 19h já se encontrava no local o vigilante designado, o senhor Luciano da Silva Pereira. Aguardamos, juntos, a chegada de mais alguém estabelecendo como limite às 20h, quando, sem ninguém mais, fecharíamos a casa e seguiríamos cada um para a sua. Depois da espera regada a temas diversos, chegaram as meninas do que fazem a dança na Associação Afro-cultural Quero Mais/AAQM, devidamente acompanhadas do coordenador Antonio Marquinho Pintor Viturino. Apenas um frequentador viera ao Sarau, interagindo conosco a cerca dos apelidos, Marinildo dos Santos, apresentando um dos que já fora tratado para relaxar as meninas que, em algum momento, pareciam desconfortáveis no tratamento entre si.


Será a saudade denida um dia Por ser a sombra do que nós vivemos? Por ser o nada ter do que tivemos Por ser o nada existir do que existia? Será ela que causa a nostalgia, Será o lembrar das coisas que zemos? Será a vontade de voltar que temos Ao que já foi realidade um dia? Não sei dizer! Não sei, honestamente... Pois ela vem, domina a minha mente, E eu nunca, jamais a compreendi! Deni-la não sei, mas que me importa, Se ela brandamente me transporta Àquele tempo lindo que vivi? (Sá de Freitas, Colaboração: Pedro Dias)

Deixa a sua luz brilhar

DEFINIR A SAUDADE

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25|SETEMBRO|16 Toque de Luz

Teatro Municipal Municipal Severino Severino Cabral Cabral Teatro

Caravana de Esperança estará saindo da Sociedade de Estudos Espíritas Esperancense/SEEE, que fica entre a Emater e a Prefeitura Municipal, às 17h (cinco da tarde do Domingo). Interessados podem procurar Evaldo Brasil. 3


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Banda de Esperança: desde finais do século 19

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faleceu em 1905, na cidade de Campina Grande. Mas pelo visto, a semente da música permaneceu no nosso município tanto que, em 1910, a banda era regida pelo maestro Cidalino Pimenta, segundo o fascículo Música: Orquestras e Bandas da Paraíba, editado pelo jornal A União. A Filarmônica 1º de Dezembro foi ins tucionaliza em 1925 com a emancipação polí ca, no então governo de Manuel Rodrigues de Oliveira. Reaparece em 1927 regida pelo maestro norte-rio-grandense Pedro Lúcio, apresentando-se em dias cívicos e fes vos, composta por diversos integrantes. Ela também já funcionou como Escola de Música para jovens. Em 1973, foi regulamentada pela Lei Municipal nº 274. E em 1983, ganhou o primeiro lugar da Gincana Cultura “Descubra a Paraíba”, executando o hino popular da capital paraibana “Meu sublime torrão”, sob a regência do maestro José Alves Filho, major da Polícia Militar da Paraíba. Fazem parte da sua história os músicos José Luiz e Joaquim Soldado. Mas, nos anos 70 também foi regida pelo maestro João Veríssimo. Natural de Pocinhos/PB, este músico fixou residência em Esperança, onde residiu até a sua morte. Lembremos ainda os músicos que at u a ra m n e sta fi l a r m ô n i ca : Zé Pa u l o,

Mandarino, Carlos Dias, Epitácio, Tarcísio Torres, Tinil, Jó de Biu, Nego Rapa, Celso e tantos Outros Nos dias atuais também é chamada “Filarmônica Luiz Mar ns de Oliveira” (Lei Municipal nº 1.201 de 09 de novembro de 2006), em homenagem ao exprefeito responsável pela sua reestruturação. É composta por cerca de 30 componentes, em sua grande maioria do quadro efe vo da Prefeitura Municipal de Esperança. A EMEF Olímpia Souto, toda terça-feira, recebe os músicos para ensaio a par r das 19h, aberto para os amantes dessa boa música. Sob a regência do Major José Alves, há mais de trinta anos afinando o grupo, a Filarmônica 1º de Dezembro “Luiz Mar ns de Oliveira” possui em seu repertório forrós, sambas, frevos e mpb que se juntam aos dobrados picos de sua atuação. A cada desfile cívico, novos tulos são acrescidos ao repertório, conforme os sucessos do momento, que sejam adaptáveis e atendam a demanda da população. Na formação atual temos músicos como: Doca, Lanco, Moleque, Nino de Michelo, Nando Fernandes, Antônio Rafael e outros. (Saiba Mais visitando o blog História Esperancense)

www.historiaesperancense.blogspot.com.br

RAU FERREIRA A tradição de uma filarmônica em Esperança é imemorial. Segundo consta, em tempos remotos denominava-se Música de Banabuyé e já exis a em 1889 (Almanak Administra vo). Aliás, aos 24 de janeiro daquele ano no ciava “A Gazeta do Sertão”, editado em Campina Grande por Jóffily & Retumba, que a filarmônica havia sido convidada para tocar na vila de Alagoa Nova, onde ocorreu um desagradável evento. Um cidadão resolveu perturbar o ensaio, sendo preso pelo delegado Paulino Rodrigues Pinto e encaminhado ao Juiz Municipal Joaquim Eloy Vasco de Toledo. Há no cias de que esta banda tenha tocado também em Areia e Remígio. Assim informava um jornal da época: “Terminou a primeira festa da Padroeira, Nossa Senhora do Patrocínio. A novena correu animadíssima, sobretudo nas úl mas noites. No dia da festa houve missa cantada, e procissão à tardinha. Foi imenso o concurso de fieis. A excelente banda de música de Esperança, ali tocou, agradando geralmente” (O Democrata: 14/11/1894). Pelo histórico concluímos que a sua organização se deve ao professor Joviniano Sobreira, que man nha aula de música na cidade com alunos ilustres, a exemplo de Silvino Olavo e do próprio filho Elysio. Este cidadão


Pela passagem do Dia do Folclore

novos poemas Escrevo meus pensamentos Em linhas horizontais Tentando mostrar meus sonhos, Expostos em cabedais Por mais que eu tente alinha-los, Perdem-se em diagonais Eu busco outro viés, mas Perco-me de volta ao texto Do livro que a vida faz. O livro que nasce ao livro Do livro que a vida apraz É feito sem métrica ou rima E nenhum poeta faz Só o menestrel da vida, A ele é quem perfaz.

Evaldo Pedro da Costa Brasil (Esperança, 22 de agosto de 2016)

Nicola Vital, perfil no facebook

OUTRO VIÉS

I Hoje, aqui e ali, A cultura popular Se manifesta feliz Para se comemorar Os fazeres aprendidos Canto quase esquecido Passível de resgatar. II Dança do povo simples Expressão particular De comunidade ativa Que se honra eu seu bailar... O mesmo posso dizer De quem sabe bendizer Ao sua história contar. III Lendas, fatos e mitos São tantos para citar Mas o que há por aqui Devemos priorizar. Figuras pitorescas Situações burlescas O anedotário popular.

IV Mal se torna cidade Nascia aqui portentosa Figura que ousaria... De família poderosa. Quebraria a rotina Ao deixar de ser menina A Porca Libidinosa. V Seguindo mito mundial Criatura além do homem Cada um seu cada qual Ora aparece, ora some. Vai por transguração Viver sua perdição O famoso Lobisomem. VI De tempo em tempo volta Um verdadeiro papangu Causa na gente revolta O assunto ainda é tabu. Figura desprovida De nada travestida Conhecida Homem-nu.

CORDEL 49-195

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03 VII São três fatos obscuros Três guras questionáveis Três histórias com H Três momentos memoráveis. Muito para pesquisar, Muito há de se falar, Resguardando inenarráveis.

Imagens: 1. www.sociedadedospoetasamigos.blogspot.com.br/ 2. www.educacao.uol.com.br/ 3. www.hythallosousa.blogspot.com.br

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Setembro Amarelo

POR ANA DÉBORA MASCARENHAS Os samurais eram guerreiros orientais que pra cavam o suicídio ritualís co, o seppuku, um método extremamente doloroso que demonstrava a coragem do guerreiro quando sofria alguma desonra. Na década de 60, foi proibido por lei no Japão. Hoje vejo uma geração de pessoas doentes, talvez por que a população esteja muito maior que antes e os números são sempre expressivos; talvez por que deixamos muita coisa de lado e valorizamos o que não deveríamos. Esse mês é considerado o mês de combate ao suicídio. Tem tanta gente deixando de viver por não aguentar o peso da vida. Esses dias vi uma reportagem sobre um pai que matou a família e depois se matou; deixou uma carta explicando que não suportava o fato de não ter condições de sustentar sua família adequadamente e por isso, resolveu cometer tal atrocidade. São muitos pais como este espalhados por aí. Eu vejo em restaurantes pessoas que mal se falam, mas estão conectados a um celular, a vida online é mais importante que a vida vivida. Pessoas que se preocupam em viajar para o exterior e se preocupam mais em registrar as fotografias da viagem que cur r, e esperam que os outros curtam, compar lhem e veja, comentem. Acho que tem algo errado nessa nova geração. Aqui a ponte que dava acesso aos que queriam por fim as suas vidas foi toda gradeada, mudou-se o endereço dos suicidas. Pelas ruas vejo relatos de pessoas tristes, melancólicas por não conseguirem o que desejam, mas não percebem o que tem. A gestál ca defende que a gente tem que viver o agora, mas tem gente com agorafobia. É preciso cuidar melhor dessa geração. Agora eu ouço o bem-te-vi nas goiabeiras do meu quintal, vejo um lindo dia de inverno antecedendo a primavera. E aprendi que não precisa força, por que quando se precisa forçar algo é por que não nos serve, seja o sapato que não cabe no pé, seja a roupa que não cabe mais por que se engordou ou emagreceu, seja o emprego que não agrada mais. E nas voltas que o mundo dá, se algo precisa de força para servir, não vale a pena, desis r as vezes é um ‘’ato de coragem’’, com o tempo a gente aprende pra onde seguir e para onde não mais voltar. E só pra lembrar, primavera, estamos esperando sua chegada.

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www.asvoltasqueomundodar.blogspot.com.br/

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